Bahia Federação das Indústrias do Estado da Bahia Sistema FIEB
ISSN 1679-2645
Ano Xx nº 227 out/nov 2013
Aposta nas pequenas indústrias Sistema Fieb articula ações para fortalecer o papel das micro, pequenas e médias empresas
EDITORIAL
Fortalecendo o elo mais frágil da cadeia As micro, pequenas e médias empresas, sintetizadas na sigla MPME, reúnem o maior contigente de unidades produtivas, mas também formam o elo mais frágil do sistema industrial se não são devidamente assistidas. Elas estão na base da cadeia, dando sustentação às atividades dos grandes empreendimentos, realizando atividades complementares essenciais e indispensáveis a um sistema econômico dinâmico e competitivo. Apesar da sua importância, poucas são as políticas que identificam a necessidade de estruturar este setor da atividade empreendedora, o que tem sido suprido pelo trabalho de instituições como o Sistema FIEB, por meio das diversas entidades que o compõem. A questão é oferecer às MPME a oportunidade de se desenvolver, provendo-as de instrumentos para dotá-las dos requisitos necessários para que se tornem mais competitivas. E quando se trata de competitividade, vem à luz uma outra palavra-chave: inovação, o grande desafio de quem empreende nas sociedades contemporâneas. Aliar competitividade e inovação tem sido o trabalho incansável dos gestores e técnicos do Sistema FIEB, com seus braços operacionais, ou seja, o Serviço Nacional da Indústria (SENAI), o Serviço Social da Indústria (SESI), o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e o Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB). Uma das ações para levar cada vez mais longe os serviços das instituições que compõem o Sistema FIEB tem sido o Programa de Interiorização, que acabou de chegar à região Norte, para reforçar as ações voltadas para os 25 municípios da região de Juazeiro. Mas este trabalho envolve uma ação contínua, no contato diário com as representações sindicais patronais e as empresas associadas, a cargo da FIEB; no atendimento ao trabalhador da indústria na promoção de atividades de prevenção em segurança e saúde no trabalho (SST), ou de educação, lazer e cultura, missão do SESI. Ou ainda, nas atividades desenvolvidas pelo SENAI, que vem ampliando suas competências, oferecendo um portfólio de serviços e soluções tecnológicas, além de assegurar formação e capacitação de técnicos especializados voltados para o segmento. Para o SENAI, a palavra-chave tem sido capilaridade e expansão dos serviços. O Sistema FIEB caminha para atuar de forma integrada e complementar, alinhando as competências de cada uma de suas casas e associando-se a instituições parceiras, visando não apenas oferecer serviços, como também viabilizá-los, assegurando subsídios financeiros que atendem, especialmente às PME.
Rafael Martins/Sistema FIEB
Trabalhadora de uma pequena indústria de roupas instalada em Salvador, atendida pelo Sistema FIEB
Apesar da sua importância, poucas são as políticas públicas que identificam a necessidade de estruturar as pequenas e médias empresas, o que tem sido suprido pelo trabalho de instituições como o Sistema FIEB, por meio de suas diversas entidades
Unidades do Sistema FIEB Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato SESI – Serviço Social da Indústria Sede: 3343-1301
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SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
FIEB
CIEB
Presidente José de Freitas Mascarenhas. 1º Vice-
Diretor-Presidente José de Freitas Mascarenhas.
presidente: Victor Fernando Ollero Ventin. Vice-
Vice-Presidentes José Carlos Boulhosa Baqueiro;
presidentes Carlos Gilberto Cavalcante Farias;
Irundi Sampaio Edelweiss; Carlos Antônio Borges Cohim Silva. Diretores Titulares Clovis Torres Junior; Fernando Elias Salamoni Cassis; João de Teive e Argollo; João Ricardo Aquino; Luís Fernando Galvão de Almeida; Luiz Antunes Athayde Andrade Nery; Marconi Andraos Oliveira; Roberto Fiamenghi; Rogelio Golfarb; Ronaldo Marquez Alcântara; Diretores Suplentes Davidson de Magalhães Santos; Erwin Reis Coelho de Araujo; Givaldo Alves Sobrinho; Heitor Morais Lima; Jorge Robledo de Oliveira Chiachio; José Luiz Poças Leitão Filho; Mauricio Lassmann Diretor regional oeste Pedro Ovídio Tassi Diretor regional Feira de santana João Baptista Ferreira Diretor regional sudoeste Silvio Vittorio Corradi Saavedra
Emmanuel Silva Maluf; Reinaldo Dantas Sampaio; Vicente Mário Visco Mattos. Diretores Titulares Alberto Cânovas Ruiz; Antonio Ricardo Alvarez Alban; André Régis Andrade; Carlos Henrique Jorge Gantois; Claudio Murilo Micheli Xavier; Eduardo Catharino Gordilho; Josair Santos Bastos; Leovegildo Oliveira De Souza; Luiz Antonio de Oliveira; Manuel Ventin Ventin; Maria Eunice de Souza Habibe; Reginaldo Rossi; Sérgio Pedreira de Oliveira Souza; Wilson Galvão Andrade. Diretores Suplentes Adalberto de Souza Coelho; Alexi Pelagio Gonçalves Portela Júnior; Carlos Alberto Matos Vieira Lima; Juan José Rosário Lorenzo; Marcos Galindo Pereira Lopes; Mário Augusto Rocha Pithon; Noêmia Pinto de Almeida Daltro; Paulo José Cintra Santos; Ricardo de Agostini Lagoeiro
SESI conselhos
Presidente do Conselho e Diretor Regional
Conselho de Economia e desenvolvimento indus-
José de Freitas Mascarenhas.
trial Antônio Sérgio Alípio; Conselho de Assun-
Superintendente José Wagner Fernandes
tos Fiscais e Tributários Cláudio Murilo Micheli
Xavier; Conselho de Comércio Exterior Reinaldo Dantas Sampaio; Conselho da Micro e Pequena Empresa Industrial Paulo José Cintra Santos; Conselho de Infraestrutura Marcos Galindo Pereira Lopes; Conselho de Meio Ambiente Irundi Sampaio Edelweiss; Comitê de Petróleo e Gás Eduardo Rappel; Conselho de inovação e Tecnologia José Luís Gonçalves de Almeida; Conselho de Responsabilidade Social Empresarial Marconi Andraos Oliveira; Conselho de Relações Trabalhistas Homero Ruben Rocha Arandas; Comitê de Portos Reinaldo Dantas Sampaio Comitê de Jovens Lideranças Industriais Eduardo Faria Daltro
SENAI Presidente do Conselho José de Freitas
Bahia
Editada pela Superintendência de Comunicação Institucional do Sistema Fieb Conselho Editorial Irundi Edelweiss, Adriana Mira, Cleber Borges e Patrícia Moreira. Coordenação editorial Cleber Borges. Editora Patrícia Moreira. reportagem Patrícia Moreira, Carolina Mendonça, Marta Erhardt, Rafael Pereira. Projeto Gráfico e Diagramação Ana Clélia Rebouças. fotografia Rafael Martins. Ilustração e Infografia Bamboo Editora.
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA Rua Edístio Pondé, 342 – Stiep, CEP.: 41770-395 / Fone: 71 3343-1280 w w w.f ieb.or g.br/ b ahia _ indu stria_online
Mascarenhas. Diretor Regional: Leone Peter Andrade
IEL
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Presidente do Conselho e Diretor Regional
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Sede: 71 3534-8090
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CIEB - Centro das Indústrias do Estado da Bahia Sede: (71) 3343-1214 sistema fieb nas mídias sociais
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Sindicatos filiados à FIEB Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado da Bahia, sindacucarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem no Estado da Bahia, sindfiacaoba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do tabaco no Estado da Bahia, sinditabaco@ fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Curtimento de Couros e Peles no Estado da Bahia,sindicouroba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário de Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Candeias, Camaçari, Dias D’ávila e Santo Amaro, sindvest@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da Indústria de Extração de Óleos Vegetais e Animais e de Produtos de Cacau e Balas no Estado da Bahia, sindioleosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Cerveja e de Bebidas em Geral no Estado da Bahia, sindcerbe@bol.com.br / Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia, sindpacel@hotmail.com / Sindicato das Indústrias do Trigo, Milho, Mandioca e de Massas Alimentícias e de Biscoitos no Estado da Bahia, sindtrigoba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Calcário, Cal e Gesso do Estado da Bahia, sindicalba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia, secretaria@sinduscon-ba.com.br / Sindicato da Indústria de Calçados, seus Componentes e Artefatos no Estado da Bahia, sindcalcadosba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado da Bahia, simmeb@uol.com.br / Sindicato das Indústrias de Cerâmica e Olaria do Estado da Bahia, sindicerba@ig.com.br / Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza em geral e Velas do Estado da Bahia, sindisaboesba@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias e Marcenarias de Salvador, Simões Filho, Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D’ávila, Sto. Antônio de Jesus, Feira de Santana e Valença, sindiscamba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Cidade do Salvador, sindpanssa@uol.com.br / Sindicato da Indústria de Produtos Químicos, Petroquímicos e Resinas Sintéticas do Estado da Bahia, sinpeq@coficpolo.com.br / Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado da Bahia, sindiplasba@ sindiplasba.org.br / Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia, sinprocimba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado da Bahia, sindbrit@svn.com.br / Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia, adm@quimbahia.com.br / Sindicato da Indústria de Mármores, Granitos e Similares do Estado da Bahia, simagranba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria Alimentar de Congelados, Sorvetes, Sucos, Concentrados e Liofilizados do Estado da Bahia, sindsucosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado da Bahia, sincarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário da Região de Feira de Santana, sindvestfeira@fbter.org.br / Sindicato da Indústria do Mobiliário do Estado da Bahia, moveba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia, sindratar@gmail.com.br / Sindicato das Indústrias de Construção Civil de Itabuna e Ilhéus, valmirsb@yahoo.com.br / Sindicato das Indústrias de Café do Estado da Bahia, sincafeba@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado da Bahia, sindileite@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares dos Municípios de Ilhéus e Itabuna, sinec@sinec.org.br / Sindicato das Indústrias de Construção de Sistemas de Telecomunicações do Estado da Bahia, anaelisabete@telenge.com.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Feira de Santana, simmefs@simmefs.com.br / Sindicato das Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado da Bahia, sindirepaba@ sindirepabahia.com.br / Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, sindipecas@sindipecas. org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia, sindcosmetic@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Artefatos de Plásticos, Borrachas, Têxteis, Produtos Médicos Hospitalares, sindiplast@gmail.com
sumário out/nov 2013 fotos Rafael Martins/Sistema FIEB
14 Foco nas MPME
Rafael Martins/Sistema FIEB
Sistema FIEB consolida ações para reforçar atendimento às micro, pequenas e médias empresas da Bahia
Reginaldo Mendes, gerente da Fábrica de Biscoitos Tupy
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SENAI ganha dois supercomputadores
Região Norte recebe o Programa de Interiorização
Prata da casa no Bahia Moda
compromisso social
Equipamentos vão ser instalados no SENAI Cimatec e permitirão estudos avançados em computação de alto desempenho, visando os desafios do pré-sal e novas tecnologias
Sistema FIEB reforça ações de apoio à atividade empresarial na região de Juazeiro e anuncia como prioridade a construção de uma Unidade Integrada no município
Gefferson Vila Nova, professor do SENAI, foi um dos destaques do evento
Relatório sintetiza principais ações sustentáveis realizadas pelo Sistema FIEB
SENAI terá dois computadores de alto desempenho SENAI Cimatec recebe dois supercomputadores e ganha Instituto de Robótica, colocando a Bahia em um novo patamar no desenvolvimento de pesquisas por Rafael Pereira foto Rafael Martins
O
computador mais rápido da América Latina e um segundo, também de alta performance, estão sendo montados no SENAI Cimatec. Eles integrarão o Centro de Supercomputação para Inovação Industrial e introduzirão a Bahia no universo das pesquisas em computação de alto desempenho (HPC, na sigla em inglês). A companhia de óleo e gás BG Brasil é parceira no projeto de implantação de um deles, o mais potente, que foi submetido à aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e deve receber investimento total de US$ 32 milhões. Com ele, será desenvolvido um centro de excelência em imageamento sísmico e modelagem de nível internacional, contribuindo para o desenvolvimento de estudos em campos complexos de óleo e gás, como os do pré-sal. O outro supercomputador é voltado à biomedicina, energia eólica,
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robótica e processamento de imagens. Com ele, será possível desenvolver competências nas mais modernas técnicas de modelagem computacional. Diversas áreas se beneficiarão, como a indústria automobilística, a eletrônica computacional e a indústria farmacêutica, que pesquisará formulações químicas de novos produtos. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o SENAI Nacional e local e o Governo da Bahia são parceiros nas duas frentes.
Robótica O SENAI Cimatec também tem como meta tornar-se referência na América Latina em inteligência artificial e em pesquisa na área de robótica. Para isso, está criando o Instituto Brasileiro de Robótica (BIR). Voltado para o desenvolvimento de projetos de robôs para a indústria, o instituto buscará soluções que aumentem a competitividade das empresas e promovam pesquisas de ponta na área.
Leone Peter, diretor do SENAI, com Nelson Silva, presidente da BG Brasil, e o ex-governador Roberto Santos
O presidente da FIEB, José Mascarenhas, explicou que o instituto terá duas vertentes de atuação. “Buscar soluções para tarefas complexas da indústria, incluindo desenvolver, no prazo de quatro anos, o primeiro veículo subaquático autônomo (inteligente), projetado e fabricado no Brasil, a ser utilizado na área de petróleo e gás; e desenvolver pesquisas que irão expandir o conhecimento em robótica e inteligência artificial no país. Nossa meta é, em dez anos, estar no top 10 dos institutos do gênero no mundo”, adiantou. As áreas do conhecimento que mais se beneficiarão com o instituto, neste primeiro momento, são agroindústria, automotiva, energia, mineração, petróleo e gás e saúde. Os recursos para implantação do BIR são de R$ 18 milhões, do orçamento para estruturação do Instituto SENAI de Inovação
“A Bahia ganhou um centro de referência estratégico” O coordenador do Centro de Supercomputação para Inovação Industrial do SENAI, Adhvan Novaes Furtado, explica com detalhes como os dois supercomputadores vão auxiliar as pesquisas avançadas na Bahia
em Automação. O projeto conta com a parceria do Centro de Pesquisa Alemão para Inteligência Artificial (DFKI). Para o diretor do DFKI, Frank Kirchner, o BIR vai criar um ambiente favorável para pesquisas relacionadas ao tema.
PARCERIA COM A INTEL Outra ação envolvendo o SENAI Cimatec foi a assinatura, no dia 11 de novembro, com a Intel, de um Protocolo de Intenções na área de tecnologia. O presidente da FIEB explicou, inclusive, que a parceria vai fortalecer o Polo de Informática de Ilhéus. Quatro áreas de atuação estão abarcadas neste protocolo: computação de alto desempenho (HPC), desenvolvimento de plataformas abertas de hardware, desenvolvimento de software e soluções inovadoras para atender à indústria local. A Intel montou um laboratório dentro do SENAI
para realização de cursos de especialização na área de desenvolvimento de programas. O presidente da Intel Brasil, Fernando Martins, contou que a escolha do SENAI Cimatec é resultado de uma longa procura. “Fizemos uma pesquisa por anos, buscando instituições com espírito empreendedor e competência técnica. O SENAI Cimatec se enquadrou perfeitamente”, elogiou. Escolhido como um dos três centros Intel Parallel Computing Center (IPCC) no Brasil, o Cimatec receberá investimentos diretos da Intel em bolsas de pesquisas PHD. A instituição foi selecionada como uma das mil universidades do mundo credenciadas para integrar o projeto Galileo, que é o primeiro produto de uma nova família de processadores Intel compatíveis com as placas de desenvolvimento Arduino.
Para que servirão estes computadores? Estes computadores farão parte de um laboratório de computação de alto desempenho e serão utilizados para executar programas que demandem alta capacidade de processamento, memória e comunicação. Em geral, estas máquinas atuam simulando modelos científicos complexos. Quem será beneficiado? Comunidade acadêmica, indústria e sociedade em geral, pois o Centro de Supercomputação e Inovação Industrial atuará em três frentes: Pesquisa e Desenvolvimento, Serviços Tecnológicos e Formação. Existem duas linhas de pesquisa já definidas para o centro: Imageamento Sísmico Avançado e Otimização de algoritmos para demandas empresariais. Um poder computacional desta magnitude precisa ser disponibilizado para nossa comunidade acadêmica e o centro estará preparado para atender às demandas dos grupos de pesquisas interessados. No que diz respeito à prestação de serviços, existe uma carência muito Bahia Indústria 7
Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
energia e aeroespacial. Embora disponível para todas as áreas do conhecimento, o centro de supercomputação do SENAI Cimatec possuirá uma linha específica de pesquisa e formação de pessoas em tecnologias para exploração e produção de petróleo e gás natural. Na Bahia, há um grande parque industrial, potencial usuário desta tecnologia. A cadeia de produção de energia eólica, a indústria automotiva e petroquímica também podem se beneficiar de um centro de computação de alto desempenho.
grande por serviços de engenharia assistida por computador, em especial, para desenhos complexos. Um dos principais objetivos deste centro é oferecer para a indústria brasileira um serviço de qualidade em modelagem computacional que permita, ao mesmo tempo, acelerar o processo de desenho e prototipagem de produtos e reduzir custos. Alinhada com estas ações está a formação de recursos humanos em computação de alto desempenho, desde técnicos, administradores de sistemas até mestres e doutores. E de que forma os computadores estarão disponíveis para uso da comunidade? Através dos grupos de pesquisas e dos projetos das empresas. Mais do que dois computadores de grande porte, o que está sendo desenvolvido na Bahia é um centro de referência em uma das áreas mais estratégicas para o avanço técnico-científico nacional. Este centro atuará para a comunidade acadêmica, para a indústria e formando pessoas para a sociedade. Para a indústria baiana, qual o diferencial que estas máquinas trarão em termos de competitividade e inovação? Por estar localizado na Bahia e em um centro como o SENAI Cimatec, que tem forte relacionamento com a indústria baiana, os ganhos para o ecossistema empresarial local são diretos. Poderão ser desenvolvidos projetos que permitirão implementar inovações tecnológicas, aumentar a produtividade e reduzir custos associados à produção. A formação de recursos humanos será outro diferencial. Grande parte das pessoas qualifi8 Bahia Indústria
Adhvan Furtado, coordenador do Centro
cadas deve ser absorvida localmente. Outro ponto de destaque é a capacidade que um equipamento deste porte possui de facilitar a criação de inovações disruptivas, ou seja, inventos capazes de gerar grandes evoluções tecnológicas. O centro possui uma incubadora de empresas que abrigará as empresas nascentes que explorarão os conhecimentos gerados pelos pesquisadores e os transformarão em produtos de mercado. Quais as áreas que mais farão uso das máquinas? Em geral, as áreas mais demandantes de supercomputação são a indústria de manufatura, biotecnologia,
“
Um dos diferenciais da proposta do centro de supercomputação é facilitar o acesso a empresas de pequeno e médio porte
As pequenas e médias empresas poderão se beneficiar? Um dos diferenciais da proposta deste centro é justamente facilitar o acesso a empresas de pequeno e médio porte. A utilização de softwares de modelagem computacional em geral é custosa, demanda conhecimento especializado e muito tempo de desenvolvimento. O centro de supercomputação, com sua capacidade de escala, adquirirá os principais softwares e ofertará às empresas soluções adequadas à sua realidade financeira. Outra forma de apoio à inovação às PME está relacionada aos projetos Embrapii. O SENAI Cimatec é parte da empresa brasileira de pesquisa e inovação industrial e pode subsidiar projetos de inovação. Um terço do investimento necessário ao projeto é apoiado pelo programa, um terço pela empresa interessada e um terço como contrapartida não-financeira do próprio Cimatec. Acreditamos que a utilização do supercomputador poderá gerar muitos projetos com características inovadoras e com capacidade de transformar a capacidade produtiva da empresa. [bi]
circuito
por cleber borges
O atraso do Brasil
Problemas de qualificação
Para que a economia cresça a uma média de 4,5% ao ano, é preciso que os investimentos no Brasil se situem em 25% do PIB. E, boa parte desse investimento deve ser canalizado para os setores de infraestrutura de transportes, educação (especialmente capacitação de professores e ensino fundamental) e saneamento. A distância do Brasil em relação a outros países emergentes, como Chile e China, por exemplo, é tamanha nesses quesitos que, tomando a área de infraestrutura como exemplo, para se igualar a eles, precisaria investir durante as próximas três décadas 4,5% do PIB no setor. Atualmente, são investidos apenas 2,4% do PIB. Ou seja, a distância só aumenta, conforme ressalta o economista Cláudio Frischtak.
No Brasil, 74% das empresas de construção civil têm dificuldade de encontrar mão de obra qualificada. Quanto maior a empresa, pior. Dentre as de pequeno porte, 64% encontram dificuldade; entre as médias, 77%; e, das grandes construtoras, 81%. O levantamento foi realizado pela Confederação Nacional da Indústria. Dos entrevistados, 94% dizem que é difícil encontrar pedreiros e serventes; 92%, encarregados e mestres de obra; 70%, trabalhadores da área administrativa. De acordo com as empresas, a principal dificuldade para investir em qualificação dos funcionários é a alta rotatividade no trabalho, o baixo interesse dos trabalhadores e a má qualidade da educação básica.
Cenário pouco alvissareiro
Indústria ajusta estoques
Moody´s e Standard & Poor´s, agências avaliadoras da solvência das nações, podem a qualquer momento rebaixar a nota de rating do Brasil. Quanto pior essa nota, mais caro fica para o país captar dinheiro no exterior. Recentemente, o FMI e a Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgaram diagnóstico desfavorável às contas nacionais e pediram, ambos, mais arrocho fiscal. Em síntese, o setor público gasta além de suas possibilidades. Como os gastos de custeio sempre aumentam, sobra pouco recurso para investir. A perspectiva para 2014, segundo setores críticos ao governo Dilma, é de baixo crescimento da economia.
A indústria brasileira ajustou os estoques em setembro. O indicador de estoque efetivo em relação ao planejado caiu 1,5 ponto e ficou em 49,8 pontos no mês. É a primeira vez, desde abril, que a indústria opera sem excesso de estoques, conforme a Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria. Para a entidade, isso abre espaço para que eventuais aumentos da demanda sejam respondidos com aumento da produção industrial. O estudo mostra que há outros sinais positivos no setor. No terceiro trimestre, diminuiu a insatisfação com as margens de lucro. Para as empresas, o principal problema enfrentado pela indústria continua sendo a elevada carga.
“Economia frequentemente não tem relação com o total gasto, mas com a sabedoria empregada em gastá-lo.” Henry Ford, fundador da Ford Motor Company, pioneiro na montagem em série, que reduziu custos e popularizou o automóvel
Bahia Indústria 9
sindicatos
Angelo Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
Sinduscon apresenta cases de inovação em encontro nacional O Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA) prestigiou, entre os dias 2 e 4 de outubro, em Fortaleza, o 85º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), que teve como tema “O futuro que vamos construir juntos”. Diretores do sindicato ministraram palestras na programação do evento, que reuniu os principais players do setor. O diretor de Relações Institucionais, Vicente Mattos, falou sobre o Programa de Inovação Tecnológica na Construção, e a assessora técnica Natasha Thomas apresentou o projeto da nova sede da entidade, que demonstra na prática a viabilidade técnica e econômica da construção sustentável.
Setor de leite discute competitividade Pelo quarto ano consecutivo, foi realizado, em Salvador, o Encontro das Indústrias Baianas do Setor de Leite e Derivados, evento em que se discutiu a situação e as perspectivas do segmento, com o objetivo de apoiar a cadeia produtiva e fortalecer o setor lácteo. Promovido pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Leite (Sindileite), o encontro reuniu, entre 20 e 22 de setembro, laticinistas e fornecedores de equipamentos de todo o estado, que se dividiram em estandes montados no salão de eventos do Hotel Catussaba. A ação contribui para a melhoria da competitividade das indústrias e para o fortalecimento do setor. O sindicato aproveitou para lançar a primeira edição do Informativo Laticínios da Bahia, que terá periodicidade bimestral.
Workshop para discutir Norma de Desempenho Paulo Cintra, presidente do Sindileite, durante encontro do setor
Livro destaca a cultura do tabaco no Recôncavo Uma nova visão da realidade da cultura e da indústria tabaqueira e a projeção de perspectivas é a proposta do livro Tabaco da Bahia, lançado pelo Sindicato da Indústria do Tabaco no Estado da Bahia (Sinditabaco) com o apoio da FIEB. A obra, de autoria de Jean Baptiste Nardi, traz um olhar crítico sobre a cadeia produtiva do fumo. De acordo com o autor, os limites do mercado, as tarifas alfandegárias e a política sanitária contribuem para a atual crise do setor. Ele observa que é patente o desconhecimento do segmento, embora ele seja a base econômica de muitos municípios do Recôncavo. Angelo Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
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Bahia Indústria
Os efeitos, a abrangência e principais pontos da NBR-15.575 – em vigor desde 19 de julho – nos elos do setor da construção foram os principais temas abordados no Workshop Norma de Desempenho NBR 15575 – Edificações Residenciais, promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon) e Ademi, com o apoio da FIEB, em setembro, em Salvador. “A NBR cria uma disciplina para projetos e gestão da construção, com vistas a obter maior habitabilidade, segurança e desempenho ao longo do uso da edificação”, avaliou o presidente do Sinduscon, Carlos Alberto Vieira Lima. O Guia Orientativo para atendimento à NBR 15.575 está disponível no www. sinduscon-ba.com.br.
Moveba participa de congresso nacional Com objetivo de buscar estratégias para impulsionar o crescimento econômico do setor moveleiro baiano, o Sindicato da Indústria do Mobiliário (Moveba) participou do 4º Congresso Moveleiro, promovido pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), nos dias 25 e 26 de setembro, em Curitiba. O encontro contou com palestras de especialistas mundiais do design, mídias sociais, sustentabilidade e mercado, além de rodadas de negócios. “No sul, há uma grande integração das empresas e instituições. Precisamos ter isso como referência para promovermos oportunidades de crescimento para a movelaria baiana”, destacou o diretor do Moveba, Fernando Barreto.
Simagran participa de feira internacional
Sinprocim firma parceria com o SENAI
Sindiscam empossa nova Diretoria
Com constantes ações voltadas para feiras nacionais e internacionais, o Sindicato da Indústria e Mármores, Granitos e Similares (Simagran) participou da 48ª edição da Marmomacc, de 25 a 28 de setembro, em Verona, na Itália. Trata-se da maior feira de design e tecnologia em mineração e um indicador de tendências e novidades para o setor de rochas ornamentais. “Nosso objetivo é internacionalizar a indústria baiana de rochas e para sermos competitivos precisamos investir em tecnologia. Se conseguirmos produzir mais, geraremos mais empregos”, afirmou o presidente, Marcos Regis Andrade. A ação contou com o apoio da FIEB.
Com objetivo de qualificar as empresas do setor, o Sindicato das Indústrias de Produtos de Cimento (Sinprocim) firmou convênio com o SENAI para realização do curso de Ensaios de Concreto. A parceria inclui a criação do Clube da Qualidade, pelo qual as empresas poderão utilizar os laboratórios do SENAI para ensaios de produtos, de forma a atender às exigências técnicas do Selo de Qualidade Sinprocim, que certificará empresas com padrões de excelência nos processos de fabricação e gestão. “As ações buscam apoiar as empresas, proporcionando a melhoria da competitividade”, afirma José Carlos Telles Soares, presidente do sindicato.
Tomou posse, dia no dia 24 de setembro, a diretoria eleita do Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias e Marcenarias (Sindiscam). A eleição ocorreu em agosto e o mandato vai até 2016. Na opinião do presidente reeleito, Emmanuel Maluf, o principal desafio é aumentar o quadro de filiados. “O projeto é dinamizar o sindicato, defendendo os interesses do segmento. Para tanto, já está sendo feito um trabalho de contato com as empresas do setor, apresentando o portfólio de serviços e a integração com o Sistema FIEB. Destacamos a importância do associativismo para a sobrevivência das madeireiras”, pontuou.
Wagner Fernandes e Juan Lorenzo, na assinatura do convênio
Rafael Martins/Sistema FIEB
19º Simpósio do Sinpel discute acordos coletivos Proporcionar a troca de conhecimento, interagir com órgãos parceiros e discutir ideias. Foi com este propósito que foi realizado, nos dias 11 e 12 de setembro, o 19º Simpósio Intersindical de Negociações Coletivas das Indústrias de Celulose, Papel, Papelão e Artefatos (Sinpel). O evento ocorreu no Balneário Camboriú, Santa Catarina, e contou com a participação de uma comissão do Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira de Papel e Artefatos de Papel e Papelão do Estado da Bahia (Sindpacel). A conjuntura do setor, o desempenho da indústria e a economia do país foram alguns dos temas analisados. Para Jorge Cajazeira, presidente do Sindpacel, o evento foi de extrema importância para o setor. O Simpósio 2013 propôs discussões conjuntas sobre parâmetros, estratégias e táticas de negociação coletiva, para fazer frente aos sindicatos dos trabalhadores do setor. A participação do Sindpacel contou com o apoio da Federação das Indústrias do Estado da Bahia.
Sindisabões assina convênio de qualidade de vida Incentivar a realização integrada de programas de educação, saúde, lazer, cultura e responsabilidade social é o foco do convênio firmado entre o Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes, Produtos de Limpeza e Velas (Sindisabões) e o SESI, dia 9 de setembro. “Será disponibilizado um trabalho de excelência em segurança e saúde do trabalhador a um custo acessível”, afirmou o presidente do Sindisabões, Juan Lorenzo. A parceria auxilia as associadas a construir um ambiente que incentive o crescimento econômico sustentável.
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Interiorização chega ao Norte da Bahia Sistema FIEB anuncia para empresários, em Juazeiro, sua meta de ampliar serviços do SESI, SENAI e IEL Por Marta Erhardt
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Fotos Rafael Martins
nica empresa de grande porte a efetuar navegação regular na Hidrovia do São Francisco, a indústria de beneficiamento de algodão Icofort contabiliza perdas de 65% na safra 2013/2014, causadas por problemas de logística. Com dificuldade de utilizar o Rio São Francisco, cujo leito é assoreado, a empresa precisou usar rodovia para transportar mais de 30 mil toneladas de matéria-prima oriunda do oeste baiano, encarecendo os custos. Em Juazeiro desde 1999, onde emprega 480 pessoas, a Icofort inaugurou, em 2005, uma moderna refinaria de óleo de algodão, com capacidade para processar 50 mil toneladas do produto. Para os próximos anos, a empresa tem como meta dobrar a capacidade de processamento. Se a hidrovia estivesse em boas condições de navegabilidade, poderia responder por quase 90% do fluxo de matéria-prima. “O modal, se for restabelecido, pode representar uma redução de até 20% no custo logístico”, destaca o diretor de logística Marcelo Cerqueira, acrescentando que a Icofort tem planos para investir na modernização das embarcações se houver garantias de manutenção contínua da hidrovia. Mas, se a situação não for resolvida, a empresa estuda abandonar, no início de 2014, o modal fluvial.
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O problema foi apresentado ao presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), José de Freitas Mascarenhas, durante visita à fábrica, que precedeu o lançamento, no mês de setembro, em Juazeiro, do Programa de Interiorização do Sistema FIEB. Acompanhado dos executivos do Sistema, Mascarenhas se prontificou em colaborar, visando uma solução. “O setor público ainda não deu a importância que deveria ao transporte fluvial. É crucial que se tenha logística para que as indústrias possam ser competitivas. A infraestrutura é uma das deficiências que atrapalham a competitividade da indústria brasileira.”
interlocução A agenda de defesa de interesses do setor industrial, na qual o apoio na interlocução para a solução de problemas como o da Icofort se insere, é um dos níveis da atuação do Sistema FIEB com o Programa de Interiorização. Seu objetivo é contribuir para o aumento da competitividade da indústria baiana e para a melhoria das condições de atratividade de novos empreendimentos. Após a visita às instalações da Icofort, o presidente José Mascarenhas e os principais executivos do Sistema FIEB percorreram o Distrito Industrial de Ju-
azeiro, no qual constataram problemas como ausência de iluminação, limpeza e de pavimentação asfáltica em vários trechos. Posteriormente, mantiveram encontro com mais de 80 empresários da região, no qual ouviram suas demandas e comprometeram-se a encontrar soluções dentro das áreas de competência do SESI, SENAI e IEL. No encontro, Mascarenhas sugeriu que os empresários industriais do Norte da Bahia se reúnam em uma associação para levantar as principais necessidades da região e encaminhar as demandas de forma coletiva para a FIEB. Já os empresários, aproveitaram a oportunidade para pleitear melhorias na infraestrutura e logística da região e na oferta de energia. Ciente da importância da melhoria da infraestrutura para o desenvolvimento da cidade e da região, o prefeito de Juazeiro, Isaac Carvalho, disse que a prefeitura está pleiteando a construção de um anel rodoferroviário no município. Outro desafio é alterar o tipo de outorga do Porto de Juazeiro. De acordo com o secretário de Gestão Estratégica do município, Flávio Luiz Silva, a expectativa é que o governo estadual consiga fazer a alteração na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para permitir a realização da licitação e concessão.
Fortalecendo a presença na região
José Mascarenhas visita unidade da Icofort, em Juazeiro
Com o Programa de Interiorização, o Sistema FIEB vai reforçar suas ações de assistência à atividade empresarial. Para ampliar o atendimento às demandas das empresas industriais da região, o Sistema FIEB tem como uma das prioridades construir uma Unidade Integrada em Juazeiro, com investimento estimado em R$ 11 milhões. A unidade vai reunir os serviços oferecidos pelas entidades que integram o sistema e atenderá às demandas das indústrias da Região Norte da Bahia, que abrange 25 municípios. Entre eles, destacam-se Juazeiro, Paulo Afonso, Casa Nova, Senhor do Bonfim, Jaguarari e Campo Formoso que, de acordo com o IBGE (Censo 2010), somam 543 mil habitantes e têm um PIB de R$ 5,7 bilhões. Juntos, estes seis municípios reúnem 181 empresas industriais e geram 11 mil postos de trabalho. Destas indústrias, 88% são de micro e pequeno porte e empregam 20% do total da mão de obra do setor. Precedendo a visita do presidente da FIEB, José Mascarenhas, à região, SESI e SENAI realizaram, separadamente, encontros com representantes da indústria para levantar suas demandas e estruturar as ações das duas instituições, visando atendê-las com mais eficiência. Entre as principais necessidades está a qualificação de mão de obra. O SENAI, que em 2012 realizou 341 matrículas em diversos programas de qualificação profissional na região, deve fechar 2013 com mil matrículas. A instituição também oferece serviços técnicos e tecnológicos, consultorias e desenvolvimento tecnológico e vai ampliar ainda mais a sua atuação em 2014, com a oferta de cerca de 2.500 vagas em cursos de qualificação profissional para toda a Região Norte. Deste total, cerca de 2 mil vagas serão no município de Juazeiro. Para atingir esta meta, o SENAI alugou um imóvel onde funcionarão outras 12 salas de aula. A expectativa é que no primeiro trimestre de 2014 o espaço já esteja em funcionamento. Em 2012, o SESI realizou 33.657 atendimentos a trabalhadores de 177 indústrias da região. Já o IEL atendeu, em 2012, 70 indústrias do norte baiano e alocou mais de 1.200 estudantes em vagas de estágio. Esse número deve crescer para 1.800 em 2013 e chegar a 2 mil em 2014. [bi] Bahia Indústria 13
reforçando a base Sistema FIEB concentra ações e une esforços para apoiar o desenvolvimento das micro, pequenas e médias indústrias Por Patrícia Moreira, Marta erhardt
e Rafael pereira fotos rafael martins
rover soluções para tornar a indústria baiana mais competitiva e produtiva é o propósito do Sistema FIEB e de suas casas, visando também assegurar o adensamento das cadeias existentes na Bahia, e, mais do que isso, oferecer uma rede de suporte qualificada, que confira solidez e segurança aos processos produtivos. É aí que SENAI, SESI, IEL, CIEB e FIEB entram com iniciativas afinadas com as demandas de mercado. Uma delas passa pelo fortalecimento das micro, pequenas e médias empresas industriais, agentes importantes na composição das cadeias de suporte às grandes empresas, mas também a estrutura mais frágil do processo produtivo. O entendimento do presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, José Mascarenhas, é que as MPME (micro, pequenas e médias empresas) têm um “indiscutível papel na economia, dado o seu papel disseminador na distribuição dos bens” (vide artigo, p. 20). O diretor regional do Serviço Nacional da Indústria (SENAI), Leone Peter, partilha da mesma opinião. “Orientar o foco para as micro e pequenas empresas é importante, estratégico e necessário, não só porque elas são as empresas do futuro, mas também porque, ao mapear todas as cadeias de fornecimento industriais, você vai achar fornecedores com este perfil. 14 Bahia Indústria
Então, melhorar a competitividade dessas indústrias é melhorar a cadeia como um todo”, analisa. Por esta razão, o SENAI está buscando dar mais capilaridade às ações da entidade, fazendo com que os serviços especializados cheguem ao interior do estado e assim possam atender melhor ao segmento das MPME. A desconcentração das ações do SENAI está prevista no Planejamento Estratégico da FIEB, em seu Programa de Interiorização, observa Leone Peter. A estratégia, conforme explica o diretor regional do SENAI, é fazer esta desconcentração a partir das principais unidades regionais e, a partir delas, criar núcleos nas cidades do entorno. Outra ação do SENAI é a oferta de produtos. “Estamos fazendo um planejamento estratégico de todas as 30 áreas tecnológicas para ampliar nosso portfólio em educação, consultoria e serviços tecnológicos, adequados às micro e pequenas empresas”, acrescenta Peter. Além dessa estratégia macro, que visa ampliar o portfólio de serviços no interior, o gerente do Núcleo Estratégico do SENAI Bahia, Luís Breda Mascarenhas, explica que o foco da instituição é também oferecer estrutura e aumentar a competitividade das empresas baianas. “Nosso objetivo é levar para o empresário as melhores soluções, utilizando as tecnologias mais modernas e adequadas. Hoje, todas as nossas áreas estão estruturadas para a inovação e o
O empresário Guilherme Viterbo, da Costa Leste, moda praia e casual
Ações preventivas com custo subsidiado
apoio aos empreendimentos, tanto os de grande porte quanto os menores”, explica. Uma das maneiras de apoio, segundo Breda, é a disponibilização de maquinário industrial. Muitas empresas não dispõem de algumas máquinas para trabalhos específicos, como prototipagem rápida, desenvolvimento de ensaios, calibração, medição tridimensional. “Estas máquinas são muito caras. Elas, então, recorrem ao SENAI”, acrescenta Breda.
SESI O Serviço Social da Indústria (SESI Bahia) atendeu, até setembro de 2013, 2.400 empresas industriais, sendo 38% micro, 38% pequenas e 17% médias, nas áreas de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), qualidade de vida, odontologia, lazer ativo e educação do trabalhador da indústria e de seus dependentes. De acordo com o superintendente do SESI Bahia, Wagner Fernandes, além de ser importante em nú-
mero de empresas, as MPMEs são as que, por suas características, têm mais dificuldade para atendimento aos programas legais e específicos voltados para a redução de acidentes de trabalho e absenteísmo. É aí que o SESI surge como supridor de soluções, oferecendo serviços importantes para que o trabalhador seja mais produtivo e possa contribuir para a competitividade das empresas. “A perpetuidade das MPME no ambiente empresarial vai depender de ela ser inovadora, ter processos que permitam que ela tenha produtos de melhor qualidade e com menores custos”, explica Fernandes, destacando algumas
A Costa Leste tomou consciência da necessidade de contratar os serviços do SESI depois de uma reunião convocada pelo Sindicato das Indústrias de Vestuário de Salvador (Sindivest), alertando para empresas que estavam sendo fiscalizadas e cobradas pelo cumprimento das exigências da NR-12. “Nós aderimos como uma ação preventiva e já recebemos o relatório com todos os ajustes que terão que ser feitos”, explica Guilherme Viterbo, proprietário da Costa Leste, fabricante de roupas de Salvador. Na avaliação do empresário, que teve o custo da consultoria realizada pelo SESI subsidiada por meio da parceria com o Sebrae, o investimento valeu a pena. “Com os ajustes, a gente não fica exposto às fiscalizações e embora a indústria de vestuário não ofereça tanto problema, a gente identificou alguns pontos que poderiam dar problema e vamos fazer correções de pequenos elementos de segurança nas máquinas.” Bahia Indústria 15
Inovação para se destacar no mercado Desenvolver um produto inovador, com foco no usuário, maior conforto e ergonomia, elaborado com tecidos de maior durabilidade. Para atingir este objetivo e iniciar um processo de diferenciação dos produtos no mercado de fardamentos, o designer e sócio da QG Uniformes Profissionais, Erick Oliveira, tem-se dedicado a pesquisas sobre novas modelagens e matérias-primas. “Queremos inovar, transformando o que hoje é vendido como commodity em algo diferenciado, mas com um preço competitivo”, explica. O avanço nas atividades de inteligência competitiva, com a identificação de tendências de mercado, desenvolvimento de análises estratégicas e mapeamento e riscos, foi conquistado com a participação, desde
soluções que o SESI tem oferecido às empresas. Um exemplo é o Modelo SESI em Segurança e Saúde no Trabalho (SST) que oferece serviços como o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), palestras educativas, Relatório Executivo de Gestão do Absenteísmo, Avaliações ambientais, laudos de insalubridade e periculosidade. Todos visam o atendimento a normas regulamentadoras, como as NR 7, 9, 15 e 16. Outra ação importante que o SESI vem desenvolvendo, resultado de uma ação conjunta que envolve a Superintendência de Relações Institucionais (SRI) da FIEB, os sindicatos patronais e tem a parceria do Sebrae é o Programa de Adequação à NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. O programa atende atualmente 50 empresas, sendo 76% MPE. A coordenadora do programa, a engenheira de segurança do SESI, Maria Fernanda Faiçal, lembra que empresas têm no programa a oportunidade de reduzir o núme16 Bahia Indústria
agosto deste ano, no Jogo da Inovação (Join), solução do IEL-BA desenvolvida com recursos do Fundo Verde e Amarelo da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para sistematizar a gestão da inovação em MPMEs e prestadoras de serviços industriais das regiões de Salvador, Feira de Santana e Ilhéus. Com um ano e meio de existência, a empresa, sediada em Salvador, tinha como negócio, inicialmente, a prestação de serviços de serigrafia. Mas se reposicionou e direcionou a atuação para o ramo de confecções. Foi quando os sócios participaram de uma partida Join e decidiram ingressar no programa. Eles perceberam que a inovação é uma ferramenta estratégica, presente também nos processos de gestão da empresa.
ro de acidentes com máquinas e equipamentos, principal objetivo do SESI, mas também evitar as notificações e autuações da Superintendência Regional do Trabalho, evitando prejuízos financeiros
SUBSÍDIOS No Programa de Adequação à NR 12, a parceria com o Sebrae permite um aporte de recursos em forma de subsídio para as micro e pequenas empresas (MPE), que cobre até 70% do valor da consultoria feita pelo SESI, ficando a empresa com apenas 30% dos custos. Algumas empresas da região de Feira de Santana também estão negociando subsídios do Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), intermediados pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL Bahia). Os serviços de SST, desenvolvidos dentro do Modelo SESI, também contam com subsídio: as empresas arcam com 10 a 15% do valor dos serviços e os demais recursos são dos departamentos Nacional e Regional do SESI. O SENAI também está atento à importância do financiamento para as MPMEs. Então, além das
parcerias tradicionais com a Fapesb (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Edital SESI/SENAI de Inovação; os fundos de fomento Finep (Financiadora de Estudos e projetos) e ou programas como o Sibratec, Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi), em convênio com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), o SENAI está buscando uma outra forma de viabilizar o atendimento, reduzindo o custo dos serviços para as micro e pequenas empresas. “Isso vai se dar via Teoprax, uma metodologia alemã que aproxima a instituição educacional das empresas. Com este método, os problemas do mundo real, neste caso os das indústrias, principalmente das micro e pequenas indústrias, são trazidos para as escolas para serem resolvidos por alunos em projetos de final de curso. Ele explica que em uma consultoria feita pelo Teoprax, o custo pode cair 80%. Outra iniciativa que está sendo estruturada no SENAI é o programa de fomento de empresas via incubadoras e aceleradoras. “São empresas de base tecnológica,
Base da cadeia produtiva é qualificada pelo PQF A Cristal Pigmentos, do setor químico e petroquímico, a segunda maior produtora mundial de pigmentos de titânio, firmou parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-Bahia) e desde 2005 é uma das âncoras do Programa de Qualificação de Fornecedores (PQF) na Bahia. “Tínhamos dificuldade com algumas empresas que estavam tecnicamente qualificadas, mas apresentavam problemas de gestão e regularidade de documentação ou que não estavam devidamente preparadas na área de saúde e segurança ocupacional”, recorda Jaime Rezende, líder de Suprimentos da Cristal. As empresas participantes do programa são auxiliadas na implantação de 98 práticas de excelência, distribuídas em dez critérios. A qualificação dos fornecedores pelo PQF contribuiu para que a empresa alcançasse a marca de 3 milhões de horas sem acidentes de trabalho, atingida em 2012. A conquista do prêmio de Melhor Indústria Química e Petroquímica para se Trabalhar do Brasil, organizado pela Editora Abril, também é atribuída à iniciativa.
Empresa reverte risco de falência
que nascem geralmente como micro empresas. Isso a gente está fomentando não só no SENAI de Salvador, mas também no interior. Na Unidade sul, por exemplo, nós vamos partir para um centro tecnológico e uma incubadora também”, acrescenta.
AÇÕES INTEGRADAS Para assegurar o atendimento às MPME, o Sistema FIEB tem atuado de forma integrada. Um exemplo disso são as ações em torno do cumprimento da Norma Reguladora 12, trabalhada no âmbito Programa de Melhoria da Competitividade para Micro e Pequenas Indústrias, que envolve, além do SESI, a Superintendência de Relações Institucionais (SRI), e os Conselhos Temáticos da FIEB e
o Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB). Graças a esta parceria, tem sido possível sensibilizar o empresariado por meio de palestras e encontros na capital e no interior, onde o CIEB, por exemplo, contou com a participação de cerca de 400 empresários e representantes de indústrias. A meta do programa é sensibilizar 2 mil empresas até 2016 em todo o estado e prevê, ainda, o fortalecimento do associativismo. O superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL Bahia), Armando Neto, ressalta a importância dessa sinergia entre as casas do Sistema FIEB. “Temos competências em áreas diferentes. A ideia de sistema pressupõe a articulação e, desta forma, aproveita-se a expertise de cada casa”, pontua.
Débora Santana, proprietária da Vovó Nize, fabricante de granola, fundada em 2005, conta que, inicialmente, a empresa produzia pães, mas quase faliu. “O prazo de validade dos pães é muito curto, o que gerou muitas perdas com logística para a empresa. Chegamos à beira da falência”, relata. Como alternativa, surgiu a ideia de mudar o ramo do negócio. Santana resolveu procurar o SENAI, que, por meio do Sibratec, desenvolvido pelo IEL Bahia, fez o atendimento e deu um novo norte para a empresa. A equipe de engenharia de alimentos do SENAI mostrou a possibilidade da Vovó Nize produzir granola. “A granola tem todas as características que precisávamos e pertence ao mesmo ramo de trabalho que atuávamos, o que permitiu que a gente aproveitasse nosso maquinário e até nossos fornecedores”, comemorou Santana. Hoje, a situação se reverteu e o negócio vive em constante expansão. Atualmente, 20 funcionários trabalham na produção e na comercialização.
Sustentabilidade como aposta Criar uma linha de produtos em couro sustentável e socialmente responsável. Este foi o objetivo de Paulo Vinícius Sales, dono da Dominus Couro, de Ipirá, quando se inscreveu no Edital SESI/SENAI de Inovação. “A gente queria potencializar a atuação da empresa e agregar valor à cadeia do couro, disseminando o conceito sustentável no nosso ramo de negócio”, explicou Sales. A iniciativa resultou na criação da Dominus Eco, linha desenvolvida por meio de uma atuação integrada entre o SENAI (Área de Couro e Calçados) e o SESI (Área de Responsabilidade Sócio Empresarial) em Pesquisa Aplicada. O projeto teve duração de 20 meses e contemplou a pesquisa e o desenvolvimento de produtos ecológicos, como bolsas e carteiras femininas, com o uso de insumos verdes. Lançada no início de 2013, a linha está ganhando espaço. Atualmente, a empresa tem 35 empregados. Bahia Indústria 17
Suporte à representação A Superintendência de Relações Institucionais da FIEB implantou em 2012 o Projeto Sindicatos, que contribuiu para o crescimento de 9% no número de empresas associadas aos sindicatos filiados à FIEB em 2013. “O sindicato é fundamental, principalmente no apoio às micro e pequenas empresas, defendendo seus interesses, organizando e fortalecendo as demandas setoriais”, pontua o superintendente Cid Vianna. Dentre as ações do projeto, está a estruturação do portfólio de sindicatos filiados à FIEB, que, além de informações sobre cada representação, apresenta os benefícios ofertados pelo Sistema FIEB às empresas associadas, como descontos nos serviços de educação e qualificação profissional, capacitação empresarial, serviços técnicos e tecnológicos, e na área de saúde e segurança do trabalhador, realizados pelo SESI, SENAI e IEL. As empresas associadas contam, ainda, com um sistema de assessoria jurídica online, que beneficia principalmente MPE, destaca Cid Vianna.
ASSOCIATIVISMO Outra ação voltada para as empresas industriais, desenvolvida pelo Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB), visa estimular o associativismo. Desta forma, empresas do mesmo setor ou de setores correlatos são estimuladas e se reunir e identificar os gargalos e demandas comuns. A partir daí, o CIEB articula o atendimento com parceiros como SESI, SENAI, IEL e Sebrae. Com o apoio do CIEB, empresas de confecção do oeste baiano formaram um núcleo setorial (ver na p. 19). O mesmo ocorre em Vitória da Conquista (setores de Alimentos e Transformação de Plástico), em Ilhéus e Itabuna (setor de Alimentos – Chocolate) e em Feira de Santana (setor de Logística/ Serviços Industriais), onde os núcleos estão sendo estruturados. “A atuação por meio dos núcleos setoriais facilita o atendimento das demandas e dá mais representatividade ao processo de defesa de interesses”, explica o gerente-geral do CIEB, Evandro Mazo. Outro pilar de ação é a disseminação de informações estratégicas, principalmente para as MPE, que somam 67% da base do CIEB. 18 Bahia Indústria
O IEL Bahia atua em duas linhas de atuação que abarcam serviços e projetos com foco nas MPME baianas: desenvolvimento de carreiras e empresarial. Até setembro de 2013, o IEL atendeu cerca de 600 empresas de micro e pequeno porte, além de 249 de médio e grande porte em todo o Estado, segundo dados da base Siga. Deste total, 47% estão no interior. “A meta é ampliar o atendimento, priorizando o interior do estado, seguindo a diretriz do Sistema FIEB”, explica o superintendente do IEL, Armando Neto. Ele destaca, ainda, que todos os serviços e projetos do IEL são subsidiados e o benefício é ainda maior para associadas dos sindicatos filiados à FIEB. Para auxiliar as empresas de menor porte a solucionar seus gargalos de gestão, o IEL oferece, na linha de desenvolvimento empresarial, soluções para o fortalecimento da competitividade. Um
exemplo é o Programa de Qualificação de Fornecedores (PQF), que há oito anos capacita as MPME para atender às exigências dos grandes empreendimentos implantados na Bahia. Atualmente, beneficia cerca de 130 organizações em todo o estado e é realizado em parceria com SESI e SENAI. Nesta mesma linha, foram lançados em 2013 dois projetos para fortalecimento das cadeias produtivas Automotiva e de Petróleo e Gás e Indústria Naval.
Ecoeficiência As MPME baianas também contam com o apoio do IEL para implementar boas práticas em ecoeficiência, além de possibilitar transferência tecnológica. Desenvolvido na Bahia desde 2011, Programa Indústria Ecoeficiente atendeu 161 empresas integrantes das cadeias da Construção Civil, Petroquímica e Automotiva. [bi]
Prevenção e segurança no ambiente produtivo A Fábrica de Biscoitos Tupy S/A foi uma das empresas que contaram com os serviços do SESI para adequação às normas da NR-12. O trabalho foi iniciado há cinco meses nas duas unidades da empresa. Na fábrica do Retiro, o trabalho já foi concluído e agora a unidade do Centro Industrial de Aratu está fazendo os ajustes recomendados pelo SESI. De acordo com o gerente administrativo Reginaldo de Queiroz Mendes, como o maquinário da fábrica é antigo, era necessária a adaptação, caso contrário a empresa seria multada e a empresa teria que suspender as atividades até que fossem feitas as adequações, gerando prejuízos ao faturamento. Ele conta que com base no relatório elaborado pelo SESI, a empresa já foi inspecionada e liberada pela Delegacia Regional do Ministério do Trabalho. As adequações permitiram assegurar maior segurança aos funcionários e isso acaba surtindo um efeito positivo no ambiente de trabalho. A empresa também teve que fazer treinamentos para o pessoal. “Há casos de empresas que tiveram que ficar 30 dias fechadas para adequação, além de ter que fazer o serviço às pressas e a um custo maior, por falta de tempo de pesquisar preço e fornecedores”, adverte Reginaldo.
silvia torres/ag. sebrae
valter pontes/coperphoto/sistema fieb
União para competir e crescer
De olho no exterior
Em busca de mais competitividade, micro e pequenas empresas do setor de confecções do oeste uniram-se para formar a Redevest, que deve entrar em operação em janeiro de 2014. Inicialmente, as empresas vão realizar compras de insumos e serviços em conjunto. Mas existe a possibilidade de realizar vendas conjuntas e formar um centro de distribuição comum no futuro. “Só seremos competitivos se tivermos volume de compra e de venda. Vimos que a união era importante para aumentar nosso poder de barganha”, explica Augusto Andrighetti Klemz, gerente da Robe Belle, situada em Barreiras e uma das sete integrantes da Redevest. O empresário ressalta que o principal objetivo é fortalecer regionalmente a cadeia têxtil. Por isso, em paralelo, os empresários também identificaram a necessidade de industrialização do polo produtor de algodão do oeste. A criação da Redevest foi viabilizada pelo Programa de apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi). Durante um ano e meio, as empresas integrantes do projeto receberam consultorias e capacitações. Atualmente, cerca de 120 empresas dos setores de Cosméticos e Saneantes, Metalmecânica, Mineração, Papel & Celulose e Vestuário são beneficiadas com as ações do programa na Bahia.
A FIEB também desenvolve, por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN), e em parceria com o IEL e o Sebrae, o Programa de Competitividade para Internacionalização das MPME da Bahia. Instalada há 20 anos em Feira de Santana, a empresa de produtos naturais Vitta Croc participou, representada por traders, da maior feira multissetorial da América Latina e Caribe, em abril deste ano, no Panamá. “A vantagem é que o Panamá é porta de entrada para o resto da América”, pontua a diretora comercial, Amália dos Santos. A Vitta Croc é uma das 218 empresas cadastradas no Programa de Internacionalização, que começa com o Projeto de Extensão Industrial Exportadora (Peiex). Mapeando as principais necessidades, estabelece um perfil do negócio e elabora o diagnóstico da competitividade da gestão. Ao longo de dois anos do programa, foram elaborados 177 planos de competitividade. Bahia Indústria 19
artigo
José de F. Mascarenhas
Dos grandes e dos pequenos A exemplo da competitividade que se observa no Brasil, nas cadeias ligadas aos recursos naturais, em especial, ao agronegócio e à mineração, a FIEB tem trabalhado para fortalecer as cadeias produtivas industriais, indo ao encontro das micro, pequenas e médias empresas (MPME). O setor automotivo, no entendimento da Federação, é um dos mais promissores, neste sentido, se tomarmos por base exemplos como o da Toyota, no Japão, que tem cerca de 500 fornecedores fixos, que dividem a tarefa com 3 mil empresas menores e se relacionam com outras 20 mil de pequeno porte. Isso poderia ser replicado na Bahia tomando por base a cadeia de fábricas em torno da Ford. Outro ponto é tornar as MPME baianas competitivas. Um desafio constante e principal alvo estratégico da FIEB. A principal arma de ataque é o desenvolvimento da tecnologia e da inovação. Eis o motivo porque tanta prioridade é dada ao SENAI Cimatec e à sua instrumentalização. Este não é o único problema para o sucesso dessas empresas, destacando-se também a qualificação de pessoal e dos executivos, além de outros fatores, inclusive o fortalecimento dos sindicatos e das associações empresariais para aumentar a escala e a capilaridade quando da oferta dos atendimentos. Contudo, de nada adianta propor, se as lideranças desses grupos não entenderem a natureza 20 Bahia Indústria
da complexidade da competição. O eixo não é o paternalismo fácil e ilusório. O empresário desafiado, ambicioso nos seus negócios e permanentemente insatisfeito, tem a chave para o seu crescimento. O papel das organizações empresariais é desenvolver competência própria, profissionalizada, para apoiá-los na defesa de interesses e na oferta de instrumentos que melhorem o seu dia a dia produtivo. Na economia, todas as empresas são interdependentes. Observem-se os números. No tocante ao segmento da indústria de transformação do país, a principal na composição do PIB industrial, as MPME representam 96% dos estabelecimentos e 33% do Valor da Transformação Industrial (VTI). Empregam 54% do pessoal ocupado total ou 4,2 milhões dos empregos formais, segundo o IBGE. As grandes indústrias, por sua vez, que são apenas 3,4% do total, têm quase 67% de participação no VTI e empregam pouco mais de 46% dos trabalhadores, ou seja, 3,6 milhões de postos.
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"A importância das MPME na economia é indiscutível, dado o seu papel na distribuição dos bens, mas são muitos os desafios para assegurar a sua competitividade"
Fica claro que as MPME, que geralmente fazem parte dessas cadeias de produção, são em número bem maior e quem mais necessita de atenção, até porque elas têm a função de servir diretamente à população. As grandes são doadoras dos sistemas de apoio e o que mais requisitam é a defesa de interesses coletivos. Na Bahia, o cenário acompanha a tendência nacional. Aqui, das 5.504 indústrias registradas pela pesquisa, 97% se encaixam no segmento das MPME. Este grande grupo emprega 54% do pessoal ocupado total, aproximadamente 125 mil empregos, e representa 26% do VTI estadual. Já as grandes indústrias são 3% do total, empregam 46% da mão de obra e têm 74% do VTI da Bahia. A importância das MPME na economia é indiscutível, dado ainda o seu papel disseminador na distribuição dos bens. São muitos os desafios que têm a enfrentar para assegurar a sua competitividade em um mercado marcado pela forte concorrência e intensa atualização tecnológica, que ajuda a baratear custos e aumentar a eficiência dos sistemas de produção de manufatura. Essa visão realista do futuro competitivo, que vem cada vez mais se incorporando à economia do país, tem de contar com a sobrevivência e o sucesso das nossas MPME. José de F. Mascarenhas é presidente da FIEB
conselhos Roberto Abreu/Coperphoto/Sistema FIEB
Jovens lideranças discutem macroeconomia O Comitê da Jovem Liderança Industrial da FIEB (CJLI) promoveu, dia 16 de outubro, encontro para discutir macroeconomia e seus reflexos no cenário local. O convidado para falar do tema foi o economista-chefe da Votorantim Wealth Management, Fernando Fix, que apresentou a palestra Perspectivas para a Economia Brasileira, durante a qual fez uma avaliação do cenário econômico atual, a partir da abordagem da crise norte-americana, que esteve a um passo de atingir o teto de sua dívida, inclusive com risco de calote. Ele também avaliou o ambiente de instabilidade na Europa e no Brasil e fez uma análise da indústria nacional.
Experiência canadense em exploração de petróleo é apresentada na FIEB Com o objetivo de discutir novas formas de exploração de poços de petróleo onshore (em campos terrestres), especialistas em exploração de petróleo e gás do Brasil e do Canadá participaram do encontro Fundamentos da Exploração e Produção de Não Convencionais: a Experiência Canadense, que buscou estreitar relações comerciais e compartilhar experiências. Os canadenses têm tradição na exploração com características semelhantes às verificadas na Bahia, como explica o diretor da FIEB, Miguel Andrade. “Os canadenses trabalham com esta técnica, ou similar, há mais de 30 anos e conseguiram reduzir seus custos”, explicou. Representantes do Canadá participou de rodadas de negócio. O evento, ocorrido no dia 11 de novembro, na FIEB, foi promovido pelo Comitê de Petróleo e Gás em parceria com Petrobras, Sebrae, Alberta-CA, Canadá e Export Development Canada. Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
Nicola Minervini falou dos desafios para as pequenas e médias empresas
Evento reuniu representantes do governo canadense e empresários
Comex e CIN discutem internacionalização das empresas O associativismo e as parcerias interempresariais são alternativas para que pequenas e médias empresas consigam competir com grandes organizações e concorrentes asiáticos no mercado internacional. Esta foi a mensagem que o especialista italiano e consultor em comércio exterior, Nicola Minervini, transmitiu a empresários baianos, durante o Seminário Modelos de Competitividade Internacional e Inovação, realizado no dia 8 de outubro, na sede da FIEB. O especialista italiano falou dos principais desafios para micro, pequenas e médias empresas que têm interesse em exportar e apontou o consórcio de serviços como um dos modelos de cooperação possíveis, no qual as empresas contariam com uma entidade de apoio, para ingressar no mercado internacional. Promovido pelo Conselho de Comércio Exterior (Comex) e pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da FIEB, em parceria com o Sebrae, o seminário contou com a presença do vice-presidente da FIEB e coordenador do Conselho de Comércio Exterior, Reinaldo Sampaio. O evento reuniu, no auditório da FIEB, empresários, técnicos e representantes de instituições baianas atuantes no comércio exterior. O público teve a oportunidade de compartilhar das experiências do consultor, que atua há mais de 40 anos na área.
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Moda Bahia com DNA SENAI O estilista Gefferson Vila Nova, professor do SENAI, foi um dos destaques do Bahia Moda Design Por rafael pereira
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esouras, pedaços de tecidos, desenhos espalhados. “Cadê a fita métrica que estava aqui?”, pergunta Gefferson Vila Nova, no meio do processo de produção de um novo look. Ele se prepara para mais um desfile, em São Paulo, na 34ª Casa de Criadores. Vencedor do Concurso de Talentos do Shopping Barra de 2013, o estilista e professor do núcleo de moda do SENAI Dendezeiros vem ganhando espaço no cenário da moda nacional. Natural de Buracica, no interior da Bahia, Gefferson mudou-se para Salvador aos 15 anos, para es22
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tudar. Já sabia o que queria fazer: moda. “A vida inteira eu soube que trabalharia com moda. Sabe aquelas bandeirolas de São João? Eu picotava todas para fazer roupa para meus bonecos. Lembro que quando eu tinha 12 anos, vi um desfile do Christian Lacroix e fiquei encantado. Era magenta, azul, tantas cores. Eu sempre amei cores. Ali eu já sabia o que eu queria”, confessa. Mas, apesar de ter um talento visível, ele encontrou dificuldade para iniciar sua carreira. Para atender à expectativa da família, Gefferson estudou publicidade,
ciências sociais e tentou até jornalismo, mas não concluiu nenhuma destas faculdades. Não se sentia motivado, não era o que gostava. Até que soube de uma capacitação do SENAI em costura e resolveu se inscrever. Gostou tanto do curso que emendou, na sequência, outras duas capacitações na área: ilustração e uma extensão na área de moda. Por orientação de um professor, resolveu se inscrever no seu primeiro concurso, o Made in Bahia. Resultado: primeiro lugar. “Nesta época, eu trabalhava em dois call centers. Me virei, fiz o projeto e levei para minha costureira. Eu nem sabia costurar. No dia do desfile, quando chamaram meu nome na hora do primeiro lugar, eu nem acreditei”, conta. Foi o empurrão que ele precisava para entrar de vez no circuito. Veio o segundo concurso, o Capi-
Sindicatos do vestuário promoveram o Bahia Moda Design, na Arena Fonte Nova; na passarela, desfile da Bonie
valter pontes/coperphoto/sistema fieb
rafael martins/sistema fieb
tal Fashion Week, evento realizado em Brasília, com foco voltado para o Centro-Oeste. Para Gefferson participar, os organizadores deram um jeitinho. “Mandei um projeto e recebi uma resposta positiva, de um professor da UNB, doutor em semiótica, dizendo que o evento ia ‘abrir uma exceção’ para minha participação, como estilista convidado. Eu só não poderia concorrer ao prêmio”, explicou. Via ProUni, Gefferson, enfim, entrou na faculdade que queria: Design e Gestão de Moda. No meio acadêmico fez boas parcerias. Começou a assinar coleções de algumas marcas. Suas peças começaram a ser vendidas em diversos estados brasileiros e, inevitavelmente, ganharam o mundo. “Já vendi para a Grécia, Irlanda, Alemanha, Itália, Espanha, França. Enfim, tem roupa minha em vários países. Mas a melhor experiência foi vender para os Emirados Árabes. As clientes pediam para adequar as roupas, pois elas não usam nada acima do joelho ou sem manga. Elas compravam muito”, lembra rindo. Os contatos internacionais vieram das participações em feiras e desfiles pelo mundo, como a Prêt à Porter Paris, onde já esteve duas vezes, e a Pure London. Hoje em dia, aos 31 anos, Gefferson se divide entre as passarelas e outra paixão: a docência. No SENAI, Gefferson ministra aulas de Desenho Técnico, Introdução a Modelagem e História da Moda. “Eu nunca vou me afastar da sala de aula. Eu me sinto muito bem ensinando”. Sobre os novos talentos que encontra nas suas aulas, ele é otimista. “Tem estudante aqui no SENAI que vai longe. Os meninos que vieram do Ebep (Educação Bá-
sica com a Educação Profissional) do SESI e do SENAI mesmo são muito aplicados. É de impressionar a capacidade deles”, elogia.
BMD
Cenário atual do setor de vestuário na Bahia
678 é o número de empresas de vestuário
94%
do total são de micro e pequenas empresas
15.559
é o total de empregos gerados pelo setor Fonte: sdi/fieb
Gefferson Vila Nova: “A vida inteira eu soube que trabalharia com moda”
Gefferson Vila Nova foi um dos estilistas que desfilaram na passarela do Bahia Moda Design 2013. O evento, que vem desenvolver a indústria da moda na Bahia, foi realizado nos dias 25 e 26 de setembro, na Itaipava Arena Fonte Nova. Desfilaram também no BMD: Bonie (feminina), Tempt (masculina), Vivire (praia), Jeferson Ribeiro, Mahalo e Maddá. O evento contou ainda com mesas redondas com especialistas de moda, oficinas práticas voltadas para capacitação, além de exposições e rodadas de negócios. Promovido pelos Sindicatos das Indústrias do Vestuário de Salvador e Feira de Santana, com o apoio do SENAI, SENAC e Sebrae, o evento consolida a valorização da moda produzida essencialmente no estado. Durante os dois dias, lojistas do interior da Bahia e de outros estados tiveram contato com as criações das grifes. A estimativa é que o evento tenha gerado aproximadamente R$ 1,5 milhão em negócios. “Um encontro como este vem provocar toda a cadeia de produção, mostrando o potencial da indústria baiana, dos nossos designers. É a demonstração do quanto a moda baiana tem crescido e se fortalecido”, declarou a presidente do Sindvest de Salvador, Eunice Habibe. A presidente do Sindvest de Feira de Santana, Dilma Portugal, concordou. “Eu vejo que as marcas baianas estão cada dia melhores. É um polo que tem crescido muito e gerado emprego.” [bi] Bahia Indústria 23
AL e FIEB lançam agenda da indústria Publicação lançada pela Federação estreita diálogo do setor produtivo com o Legislativo
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rinta e dois projetos de lei que tramitam na Assembleia Legislativa da Bahia e impactam no setor produtivo estão reunidos na Agenda Legislativa da Indústria do Estado da Bahia 2013, lançada pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) no dia 24 de outubro. A primeira edição da publicação engloba proposições relacionadas às áreas tributária, econômica, social, trabalhista, de política urbana e meio ambiente. Além de apresentar um resumo de cada projeto de lei e sua fase de tramitação, o documento, que será publicado anualmente, traz o posicionamento do setor industrial em relação aos mesmos. Das proposi-
ções analisadas, a indústria posiciona-se convergente com 12 projetos de lei e divergente de 20 deles. Com a iniciativa, a FIEB pretende aproximar setor produtivo do Poder Legislativo. “É um instrumento que vai estreitar a relação da indústria com a Assembleia. Estamos à disposição para o diálogo construtivo, para que tenhamos projetos de lei melhor elaborados e que, desta forma, colaborem para o bem comum e tragam melhorias para a economia do estado”, destacou o presidente da FIEB, José de F. Mascarenhas. O presidente ressaltou, ainda, que o fato de a indústria baiana se posicionar sobre os projetos em tramitação demonstra a abertura para roberto abreu/coperphoto/sistema fieb
José Mascarenhas e Marcelo Nilo apresentam a publicação
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o debate com o Legislativo, que deve ser pautado em princípios como a ética e a transparência. Presente na cerimônia de lançamento, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Marcelo Nilo, também destacou que a Casa está aberta ao diálogo. “A partir de agora essa integração será mais efetiva. Comprometo-me a ouvir as demandas dos empresários”, pontuou. Todos os Projetos de Lei que constam na Agenda foram protocolados entre 2011 e 2012 e tiveram suas tramitações atualizadas até maio deste ano. Atualmente, além das proposições que integram a publicação, a FIEB monitora outros 34 projetos de lei em tramitação na Assembleia. O acompanhamento é realizado pela Gerência de Assuntos Legislativos e Executivos, criada em 2011. De acordo com o superintendente de Relações Institucionais da FIEB, Cid Vianna, por conta desta iniciativa, 57% dos projetos votados ou arquivados em 2012 tiveram deliberação favorável aos interesses do setor empresarial. “Há uma necessidade deste debate para que os parlamentares possam conhecer a realidade do setor produtivo.” Para elaborar a publicação, a FIEB contou com a participação de lideranças empresariais, por meio dos seus sindicatos filiados, de integrantes dos Conselhos Temáticos, dirigentes e colaboradores do Sistema FIEB. O documento está disponível no aplicativo Banca FIEB, que reúne publicações do setor industrial. A Banca FIEB pode ser acessada gratuitamente na internet (http://www.fieb.org.br/ bancafieb) e tem versão para tablets e smartphones, nos sistemas iOS e Android. [bi]
Gestão sustentável como valor agregado Sistema FIEB apresenta relatório que sintetiza as ações na área de sustentabilidade adotadas na entidade rafael martins/sistema fieb
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ão basta promover uma causa, é preciso primeiro dar o exemplo, fazer bem feito, para depois procurar influenciar. É com esse espírito que o Sistema FIEB lançou o Relatório de Sustentabilidade, versão 2012, primeira publicação da entidade que reúne suas principais iniciativas voltadas para o desenvolvimento sustentável do estado. O lançamento ocorreu no final de outubro, durante o encontro Gestão Sustentável para uma Sociedade Justa e Economicamente Viável. Conforme explicou o presidente da FIEB, José Mascarenhas, o Relatório “tem não apenas o objetivo de estimular as indústrias à prática de uma gestão mais responsável, como também tornar mais conhecidas as ações que o Sistema empreende com esse enfoque.” Para o vice-presidente da FIEB, Reinaldo Sampaio, a publicação apresenta um trabalho desenvolvido há muito tempo na Federação. “Este relatório é o coroamento de um processo desenvolvido ao longo de muitos anos, com o objetivo de contribuir com o fortalecimento da cultura da sustentabilidade e da responsabilidade socioambiental da indústria da Bahia.” Por sua vez, o coordenador do Conselho de Responsabilidade Social da FIEB (Cores), Marconi Andraos, explicou que a entidade “tem, entre suas tarefas, que sensibilizar as empresas para que
passem a gerir seus negócios de forma sustentável, compreendendo o valor agregado que a gestão socialmente responsável traz para a organização.” O Relatório de Sustentabilidade foi elaborado com o uso da metodologia GRI, que parte da análise da aplicabilidade, às características da organização, de um conjunto de 48 indicadores nas áreas econômica, ambiental, de direitos humanos, boas práticas trabalhistas, responsabilidade social e responsabilidade quanto a produtos. No caso de indicadores não aplicáveis diretamente, fez-se
uma adaptação, mantendo seu objetivo. Após essa análise, verificou-se que o Sistema FIEB atende integralmente a 37 indicadores de desempenho e, parcialmente, a 11 deles, se enquadrando no Nível B das diretrizes GRI de indicadores monitorados com foco em sustentabilidade, com níveis de A a C. A atuação sustentável do Sistema FIEB parte dos valores que adota, os quais incluem atuar com ética e transparência, adotar a meritocracia, valorizar a força de trabalho, estimular a inovação, foco no cliente e atuar com responsabilidade social. [bi]
Integrante da Orquestra Juvenil do SESI, ação de relações responsáveis do Sistema
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indicadores Números da Indústria
Indústria baiana cresceu 7% Taxa anualizada da produção física, em setembro, foi influenciada pelo desempenho de segmentos com o automotivo e metalurgia
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taxa anualizada da produção física da indústria de transformação da Bahia alcançou elevação de 7%, em setembro último, pouco acima da taxa registrada no mês anterior (6,8%), sinalizando a manutenção no ritmo da atividade produtiva industrial. No ranking dos 13 estados que participam da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF-R), oito estados apresentaram desempenho positivo: Bahia, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Ceará, Minas Gerais e Santa Catarina. Os demais cinco estados registraram resultados negativos: Espírito Santo, Pará, Paraná, Pernambuco e Amazonas. A pesquisa é realizada pelo IBGE, com dados locais trabalhados pela Superintendência de Desenvol-
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vimento Industrial da Federação das Indústrias do estado da Bahia. Na Bahia, dos oito segmentos pesquisados, seis apresentaram resultados positivos: Veículos Automotores (35,8%, devido à maior fabricação de automóveis); Metalurgia Básica (22,7%, com maior produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre); Refino de Petróleo e Produção de Álcool (17,2%, com aumento na produção de óleo diesel e outros óleos combustíveis e gasolina automotiva); Borracha e Plástico (10,3%); Celulose e Papel (5,7%, maior fabricação de celulose); e Produtos Químicos/Petroquímicos (2%). Em sentido contrário, dois segmentos registraram queda na produção: Alimentos e Bebidas (-5,5%, devido à menor produção de refrigerantes, óleo de soja
em bruto, leite em pó e manteiga, gordura e óleo de cacau) e Minerais Não-metálicos (-0,1%).
CRESCEU ACIMA DA MÉDIA Na comparação de setembro de 2013 com igual mês do ano anterior, a produção física da indústria de transformação baiana apresentou um crescimento de 4,4% (contra um aumento de 2% da média Brasil). Seis dos oito segmentos da indústria de transformação pesquisados registraram crescimento da atividade, como segue: Refino de Petróleo e Produção de Álcool (22,%, com maior produção de óleo diesel e outros óleos combustíveis e de gasolina automotiva); Veículos Automotores (16,9%); Borracha e Plástico (11,8%); Minerais não-metálicos (9,6%, maior produção de cimentos “Portland” e ladrilhos e placas de cerâmica para pavimentação ou revestimento esmaltados); Celulose e Papel (9,5%, maior produção de celulose) e Metalurgia Básica (3%). Por outro lado, verificou-se queda na produção de Produtos Químicos/Petroquímicos (-6,8%, em razão do importante impacto
negativo decorrente da paralisação de algumas unidades produtivas locais, em função tanto dos efeitos do desligamento do setor elétrico ocorrido na Região Nordeste, no final do mês de agosto, mas que afetaram a produção em setembro, quanto de paradas programadas para manutenção). Em termos de produtos, destaca-se a menor fabricação de etileno não-saturado, O-xileno, benzeno, polietileno de
alta densidade (PEAD) e misturas de alquilbenzenos. Também teve queda na produção o segmento de Alimentos e Bebidas (-4,6%). Tendo em conta o acumulado dos nove primeiros meses deste ano, em comparação a igual período de 2012, verifica-se um crescimento de 6,1% na indústria de transformação baiana. Tal desempenho foi determinado pelo resultado dos seguintes segmentos: Veículos Automotores (31,9%, com maior fabricação de automóveis), Metalurgia Básica (30,2%, maior produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Refino de Petróleo e Prod. Álcool (15,5%), Borracha e Plástico (9,2%), Celulose e Papel (4,4%) e Produtos Químicos/Petroquímicos (0,2%). Por outro lado, verificou-se queda na produção de Alimentos e Bebidas (-6,4%) e Minerais não-metálicos (-0,7%). A indústria baiana tem apresentado desempenho expressivo em 2013, em função dos resultados obtidos pelos segmentos de Metalurgia, Veículos Automotores e Refino de Petróleo e Produção de Álcool. [bi]
produção física por estado: indústria de transformação Estados
set13/ set12
Jan-set 13/ Jan-set 12
Variação (%)
out12-set13/ out11-set12
São Paulo -1,0 2,0 1,7 Amazonas -3,2 1,8 -0,7 Pará -10,8 -9,2 -7,6 Ceará 4,5 2,8 1,6 Pernambuco -7,5 -0,2 -1,0 Bahia 4,4 6,1 7,0 Minas Gerais -0,4 0,0 1,4 Espírito Santo 4,5 -11,9 -10,8 Rio de Janeiro 3,7 3,0 2,1 Paraná 11,2 4,0 -1,2 Santa Catarina 5,8 1,5 1,2 Rio Grande do Sul 8,8 5,6 2,0 Goiás 12,8 4,8 4,8 Brasil 2,0 2,0 1,4 Fonte IBGE; elaboração Fieb/SDI
BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2011 - 2013) 140 135 2013
130 125 120 115
2012
110 105
2011
100
DEZ
NOV
OUT
SET
AGO
JUL
JUN
MAI
ABR
MAR
FEV
JAN
95
Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14). Sem ajuste sazonal.
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Formação acadêmica aprimorada na prática Finalista nacional do Prêmio IEL de Estágio compartilha experiência durante workshop realizado em Salvador
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uando desenvolvo uma tecnologia para tornar a empresa em que atuo mais competitiva, também contribuo para o crescimento do País, ainda que indiretamente”. Com esta declaração, o engenheiro eletricista Daniel Gonçalves compartilhou com o público do 14° Workshop de Estágio a importância desta prática para a sua vida profissional. Com o projeto de pesquisa “Utilização de harmônicos de ranhuras para estimação da velocidade do motor elétrico de uma unidade de bombeio mecânico”, ele ficou em segundo lugar na categoria grande empresa do Prêmio IEL de Estágio, realizado em outubro, em Brasília. O projeto foi elaborado durante o período de estágio de Daniel na Petrobras (Unidade Operacional Bahia), realizado de março a novembro de 2012. O engenheiro eletricista participou de uma mesa redonda que integrou a programação do 14° Workshop de Estágio, realizado no dia 30 de outubro, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e reuniu representantes das três empresas vencedoras estaduais do Prêmio Melhores Práticas de Estágio 2013.
Edneide Lima e Daniel Gonçalves discutiram sobre como tirar proveito do estágio
Rafael Martins / Sistema FIEB
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Enéas Góes Furtado, Patrícia Matos, Taiane Aguiar, apresentaram os programas de estágio e treinamento da Petrobras, Desenbahia e Sicoob, respectivamente. A mesa redonda foi mediada pela gerente de Estágio e Formação de Talentos do Instituto Euvaldo Lodi-Bahia (IEL-BA), Edneide Lima e também contou com a presença do estudante vencedor na categoria média empresa, Israel Cerqueira Santos, que estagiou na Desenbahia. Na abertura do evento, o superintendente do IEL e presidente do Fórum de Estágio da Bahia, Armando Neto, reforçou a importância do estágio como atividade complementar ao aprendizado acadêmico. “As atividades que o IEL desenvolve nesta área, como o workshop e o Prêmio Melhores Práticas, têm como objetivo disseminar a importância do estágio como ferramenta educacional”, destacou.
Redes sociais Com o tema Desenvolvimento de Carreiras, o workshop contou, ainda, com palestra do especialista em comunicação digital, Fábio Bito Teles, que abordou como as redes sociais podem auxiliar ou atrapalhar a vida profissional. O especialista explicou que as redes sociais são importantes fontes e ferramentas para coleta de informação, para estabelecer networking e para a produção e disseminação de conteúdo profissional. “Não se contente com apenas uma experiência de estágio. Se desafie, vá adiante, não espere que a empresa em que você trabalha vá te dar tudo o que você quer. Nós temos que buscar no mercado o que queremos”, aconselhou. Promovido pelo IEL-Bahia por meio do Fórum de Estágio da Bahia, o 14° Workshop de Estágio contou com o apoio do SENAI, SESI, Unijorge, Faculdade Social, Petrobras, DayHORC, EEEMBA, Grupo FF, Tecon, Wizard, Shiro Temaki, Uranus2 e ABMP. [bi]
Ex-prefeito de Bogotá discute mobilidade Considerado uma das referências em mobilidade urbana do mundo, Enrique Peñalosa foi convidado pelo Instituto Movimenta Salvador
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constatação de que a mobilidade do pedestre é um dos principais problemas de Salvador foi uma das primeiras observações do ex-prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, que veio à Bahia a convite do Instituto Movimenta Salvador. Considerado um dos principais nomes sobre mobilidade urbana no mundo, ele discutiu Mobilidade e Planejamento Urbano da capital baiana, no dia 2 de outubro, na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). O urbanista, que governou a capital colombiana de 1998 a 2001, período em que implantou grandes projetos, como a Rede Bogotá de Ciclovias, o Distrito de Bibliotecas e o Transmilênio (sistema de transporte coletivo), observou que a capital da Bahia é uma cidade que exclui os pedestres.
qualidade de vida Para Peñalosa, os espaços públicos devem ser melhor aproveitados e a capital baiana precisa promover mudanças consideráveis para melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes. “A melhor cidade para se viver é aquela especialmente agradável para caminhar, com árvores, iluminação, calçadas. Aqui, as pessoas fazem isso no shopping, porque é onde encontram segurança, calçamen-
Roberto Abreu/Coperphoto/Sistema FIEB
Para o especialista, a capital baiana precisa promover mudanças para melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes
to adequado, etc. Elas precisam ter espaços públicos assim também”. O vice-presidente da FIEB, Reinaldo Sampaio, concordou com o convidado e fez um comparativo com outros momentos da história. “No passado, as cidades existiam com a premissa de agrupar indivíduos em um ambiente de felicidade, harmônico, seguro. Hoje nós subvertemos esta lógica. As cidades estão agredindo a natureza humana, por isso, a cada dia, o indivíduo tem se sentido mais excluído, com sensação de não pertencimento a este espaço. Precisamos discutir soluções para reverter este quadro”, pontuou. Outra particularidade de Salvador que foi bastante criticada
pelo ex-prefeito foi a existência de autopistas no centro da cidade, como a Avenida Luiz Vianna Filho, a Paralela. “Autopistas urbanas, como as que vejo aqui em Salvador, são um desastre, são como um rio venenoso que passa pela cidade. Os seres humanos não podem se aproximar. Não se pode atravessar. Elas deveriam ser substituídas por avenidas arborizadas, com espaço para os pedestres, calçadas, áreas de convívio", criticou. Para Peñalosa, Salvador só tem um caminho para resolver a questão, que é o sistema de ônibus com faixas exclusivas. De acordo com o ex-prefeito de Bogotá, uma faixa de ônibus mobiliza mais pessoas que 60 faixas de carros. [bi] Bahia Indústria 29
painel Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
Caminhada do Medida Certa bate recorde
Esporte Cidadania chega à 9ª edição
Realizada pela Rede Globo, em parceria com o SESI, a Caminhada do Medida Certa em Salvador reuniu mais de 10 mil pessoas, no Dique do Tororó. Foi o maior público já registrado no evento, que acontece em várias capitais do país. Durante a caminhada, uma iniciativa do programa Fantástico para estimular a adoção de hábitos de vida saudáveis na população, 63% do público feminino participante e 59% do público masculino foram diagnosticados com sobrepeso e obesidade. A Caminhada incluiu atividades de recreação, orientação nutricional e dicas de alimentação saudável, cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) em adultos, feito pelo SESI e, em crianças, pela Pastoral da Criança. As atividades de orientação nutricional foram realizadas pelo Programa Cozinha Brasil do SESI.
Um dia dedicado à sensibilização da comunidade para a importância da prática do esporte como forma de manter a qualidade de vida e boas práticas de convivência social, foi assim A 9ª edição do Esporte Cidadania, realizado em parceria com a Rede Globo, e que este ano aconteceu no sábado, 26.10, das 9 às 16 horas, na unidade do SESI Simões Filho. O evento contou com a presença de Allan do Carmo, atleta de maratona aquática, que ganhou a medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos (Rio 2007). Ele não apenas marcou presença como fez questão de percorrer os estandes e conversar com as crianças presentes. Durante o evento foram realizados 15.172 atendimentos, incluindo emissão de documentos, atividades de lazer e recreação, oficinas esportivas, além de serviços de saúde, oferecidos pelos parceiros e pelo SESI.
Lazzo Matumbi foi um dos convidados da Sala de Som
Festival Literário e Varanda na Flica O Espaço Cultural Pouso da Palavra ficou pequeno para a premiação do 1º Festival SESI Literário, no dia 25 de outubro, durante a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). A premiação foi acompanhada do lançamento de um livro com as obras classificadas e precedida de um bate-papo com a poetisa Rosana Paulo, o sociólogo Gustavo Falcón, o designer e editor Enéas Guerra, e pelo chefe da representação Minc Bahia e Sergipe, Lula Oliveira. Além do Festival Literário, o SESI também esteve presente com a Varanda do SESI e a Sala de Som, que teve transmissão pela web, valorizando a boa música e as manifestações culturais locais. O Festival teve 293 obras inscritas e contou com a adesão de 43 empresas industriais representadas por seus trabalhadores e dependentes, de alunos da rede SESI de Educação e, também, dos alunos da rede pública de Cachoeira e São Félix. A lista completa dos premiados está no Portal do SESI www.fieb.org.br/sesi.
Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
Jogos Regionais do SESI em João Pessoa • Mais de 500 trabalhadores de 45 empresas de todo o estado participaram, nos dias 27, 28 e 29 de setembro, da etapa dos Jogos Estaduais do SESI 2013. A competição foi classificatória para os Jogos Regionais do SESI, que acontecerão este ano em João Pessoa, na Paraíba, no período de 21 a 24 de novembro, com a participação das delegações dos estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba.
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Empresas interessadas em desenvolver produtos, processos e serviços inovadores terão mais um incentivo a partir de agora. Até 19 de dezembro estão abertas as inscrições para o Inova Talentos, uma iniciativa do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que oferecerá, até 2015, mil bolsas para estudantes do último ano da graduação e para recémformados desenvolverem inovações nas empresas. As inscrições serão realizadas pelo Portal da Indústria. O CNPq investirá R$ 29 milhões no custeio das bolsas. O processo de recrutamento, seleção, treinamento e acompanhamentos dos profissionais será realizado pelo IEL, que também auxiliará as empresas a desenvolver os projetos. Na Bahia, as empresas devem entrar em contato pelo e-mail inovatalentos@fieb. org.br. Os candidatos escolhidos receberão bolsas que vão de R$ 1,5 a R$ 3 mil mensais pelo período de um ano.
Rafael Martins/Sistema FIEB
Parceria entre IEL e CNPq pela inovação
Victor Ventin liderou a mobilização dos empresários
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Fórum discutiu mudanças no IPTU
Empresários do oeste estiveram com Mascarenhas
O Fórum Empresarial da Bahia, que representa 30 entidades, conseguiu importantes vitórias relativas às mudanças propostas pela Prefeitura Municipal do Salvador na cobrança do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), aprovado no dia 18 de setembro, na Câmara de Salvador. Um dos pontos questionados pelos empresários foi a tributação diferenciada para imóveis dotados de equipamentos como geradores de energia e churrasqueiras, bem como o aumento da taxação em até 300%. Foram três encontros realizados pelo Fórum, um deles com a presença do prefeito Antonio Carlos Magalhães Neto, no dia 27 de setembro.
Empresários da região oeste na FIEB
Árabes buscam ampliar negócios na Bahia
Seis empresários dos municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, representantes dos segmentos industriais de confecções, alimentos, metal mecânica e construção civil, filiados ao Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB), visitaram o SENAI Dendezeiros, unidade que atua com educação profissional, serviços técnicos e tecnológicos e informação tecnológica nas áreas de alimentos e bebidas, couro e calçados, construção civil, gráfica, têxtil e vestuário, equipamentos móveis industriais e madeira e mobiliário. Os empresários também tiveram reuniões com o presidente da FIEB José de F. Mascarenhas e com executivos do SESI, SENAI, IEL e CIEB. O Sistema FIEB está construindo duas unidades na região oeste, uma no município de Barreiras e outra em Luís Eduardo Magalhães.
Interessados nos segmentos da petroquímica, agroindústria, energia renovável e turismo, representantes diplomáticos de 13 países árabes participaram, no dia 31 de outubro, na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN), do Fórum Econômico Bahia x Países Árabes. O encontro reuniu embaixadores e encarregados de negócios de países como Sudão, Egito, Argélia, Omã, Marrocos, Arábia Saudita, além de empresários, presidentes de sindicatos baianos e lideranças vinculadas à Câmara de Comércio Árabe. O Fórum teve por objetivo apresentar oportunidades de negócios bilaterais e também o portfólio de serviços oferecidos pelo Sistema FIEB.
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jurídico
Assédio moral nas relações de emprego Por Flávia Muniz Martins
Têm sido frequentes os relatos de assédio moral nas reclamações trabalhistas. E, com a multiplicação dessas demandas, que culminam, em regra, na condenação do empregador ao pagamento de indenização por danos morais pela Justiça do Trabalho, o assunto tem se tornado alarmante no ambiente empresarial. Mas, o que é o assédio moral e como pode ser evitado? O assédio moral pode ser definido como uma conduta abusiva, de natureza psicológica, atentatória contra a dignidade psíquica da vítima, praticada de forma reiterada e intencional, colocando o assediado numa situação constrangedora, vexatória, com a intenção de isolá-lo do ambiente de trabalho. Em geral, é manifestado por repetidas atitudes constrangedoras e humilhantes, como ocorre com a rotulação de apelidos agressivos, excesso na cobrança de resultados em reuniões, pagamento de prendas por não atingir a meta prevista, dentre outros. Todavia, nada impede que ocorra veladamente, dificultando a sua caracterização e intencionalidade, como no caso da desqualificação do profissional com o paulatino esvaziamento de suas atividades. A situação mais comum de assédio moral é entre superior hierárquico e seu subordinado. Mas nada impede que ocorra a situação inversa, o assédio moral vertical ascendente. Há também o assédio horizontal, entre colegas de trabalho. 32 Bahia Indústria
E, o mais prejudicial, o organizacional, caracterizado por uma política institucional agressiva, com a gestão por stress, visando eliminar os empregados mais fracos. Neste ponto, vale um destaque: o estabelecimento de metas de produtividade, com sua consequente cobrança, está inserido no âmbito do poder diretivo do empregador, sendo imprescindível e necessário para a consecução da atividade produtiva econômica. O que se veda, apenas, é o abuso do direito no exercício do poder diretivo. As consequências do assédio moral são nefastas. A repetição sistemática leva à degradação do ambiente de trabalho, com a perda da produtividade da vítima e, possivelmente, o comprometimento de sua saúde, violando o empregador não apenas os direitos da personalidade do empregado, mas seu dever de manter o meio ambiente de trabalho hígido e sadio. Mas como evitar o assédio moral no ambiente de trabalho? Sem dúvida, o melhor caminho é a prevenção, por meio de ações informativas e educativas, cultivando uma política institucional de respeito aos direitos humanos, e de repulsa ao assédio. Igualmente, o investimento em capacitação e treinamento dos trabalhadores em suas relações interpessoais, principalmente de seus líderes, ao lado da possibilidade de criação de um canal de denúncia, no qual o empregado tenha seu sigilo preservado, contribuirão para a diminuição do assédio moral no ambiente corporativo.
STF dá parecer sobre regras do Simples O Supremo Tribunal Federal (STF) negou provimento ao recurso de contribuinte que questionava a exigência de regularidade fiscal com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou com as Fazendas Públicas federal, estaduais ou municipais para o recolhimento de tributos pelo regime especial de tributação para micro e pequenas empresas, o Simples. O Tribunal entendeu que tal exigência não fere os princípios da isonomia e do livre exercício da atividade econômica. A decisão teve repercussão geral reconhecida e deve orientar as demais decisões em instâncias inferiores.
Decisão sobre multa do FGTS
Flávia Muniz Martins é advogada da Gerência Jurídica da FIEB
Empresa obteve tutela antecipada para deixar de recolher a multa adicional de 10% sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço paga em demissões sem justa causa, mesmo após o veto do governo federal ao projeto de lei que previa o seu fim da sua exigibilidade. O contribuinte alegou que a multa já teria cumprido o papel para o qual foi criada (recomposição do déficit de R$ 40 bilhões no FGTS gerado com o pagamento dos expurgos inflacionários dos planos Verão e Collor I), e que o governo a estaria usando para outros fins, como o programa Minha Casa, Minha Vida. Da decisão cabe recurso.
ideias
A participação do empresário no processo legislativo Por Silvana Sapucaia
Nos últimos anos, o segmento produtivo por intermédio de organizações que representam os seus interesses, vem realizando um grande trabalho coletivo para definir e defender a posição da indústria nos projetos que tramitam nas Casas Legislativas. Isto está sendo possível não apenas em razão do processo de redemocratização do Estado, mas também porque tais organizações se estruturaram para levantar informações e produzir dados concretos que demonstram aos legisladores os impactos concretos das Leis na economia nacional. Percebe-se, então, a evolução na atuação destas organizações – que antes era realizada com o objetivo de influenciar na aprovação de projetos convergentes com os interesses do empresariado, ou na rejeição daqueles que ameaçassem esses interesses –, para o desempenho de um novo trabalho, que visa mostrar ao Poder Legislativo que a efetividade da norma só será atingida quando o processo legislativo reconhecer a necessidade de compreensão sistêmica dos problemas, levando em consideração os impactos nas áreas econômica, ambiental e social. E neste novo contexto, qual passou a ser o papel do empresariado no processo de elaboração das leis? Sem dúvida que o empresário é um ator político relevante no processo de formação das leis, não apenas no âmbito federal, como
também estadual e municipal, devendo exercer seu poder de influência nos processos de elaboração de regras para minimizar o impacto econômico que poderá delas advir. Isto porque, o que se observa, em muitos casos, é que efetivamente a matéria trazida no projeto de lei requer um conhecimento técnico específico, dominado plenamente apenas por aqueles que vivenciam as práticas correlatas. Não sendo possível aos parlamentares visualizar profundamente o impacto que aquela norma resultará no cenário econômico. É importantíssimo que o empresariado esteja atento, a fim de evitar, ou ao menos minimizar, por exemplo, o excesso e a má qualidade da regulação da atividade econômica; a legislação trabalhista inadequada; o sistema tributário que onera a produção; o elevado custo de financiamento da atividade produtiva; a infraestrutura material insuficiente e a infraestrutura social deficiente. Estes seis fatores formam, conforme entendimento da CNI, o “custo Brasil”. Diminuir o “custo Brasil” é essencial para manter a competitividade da indústria nacional. Evidente que a eficácia da atuação isolada do empresariado provavelmente será menor do que a ação das organizações de representação. Assim como a atuação das organizações, sem o apoio do empresário, fica prejudicada, pelo que se defende um trabalho em conjunto, onde há atuação em parceria através da análise de
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"O empresário é um ator político relevante no processo de formação das leis, não apenas no âmbito federal, como também estadual e municipal, devendo exercer seu poder de influência"
Silvana Sapucaia é gerente Jurídica do Sistema FIEB
impacto do Projeto de Lei no seu segmento produtivo e da construção de uma tomada de posição, além do trabalho de mobilização e conscientização de seus pares, se necessário. Cabe ao empresário acompanhar estas etapas, que são dinâmicas, fornecendo informações e análises baseadas na experiência do seu ‘dia a dia’, onde o grau de participação do empresariado industrial nas questões legislativas representa seu comprometimento com o futuro de sua empresa e ainda demonstra, não apenas seu nível de responsabilidade, mas também o reconhecimento que seu segmento produtivo tem papel fundamental na economia e também na definição da qualidade de vida das comunidades e de seus empregados. Assim, cabe ao segmento produtivo demonstrar aos legisladores que o número excessivo e a desconexão das leis com o mercado, implica em burocracia e ineficiência, emperrando processos que viabilizam a competitividade e inovação para o desenvolvimento econômico e social. [bi] Bahia Indústria 33
leitura&entretenimento fotos divulgação
exposição Pierre Verger, uma ponte sobre o Atlântico Os soteropolitanos têm até 23 de fevereiro para conferir duas mostras de Pierre Verger, em Salvador. Uma retrata uma viagem pelo Suriname, em 1948, acompanhado do antropólogo, Alfred Métraux, que registra cenas da vida cotidiana no Atlântico Negro. Esta, em cartaz na Fundação Pierre Verger apresenta 34 imagens, a maioria inéditas, que permitem entrar em contato com uma temática chave de ouro da obra: as Américas negras. Já na Aliança Francesa, estarão expostas 40 fotografias do Brasil, das Antilhas e de países do continente africano. As fotos tiradas no Brasil mostram a cultura africana na Bahia como: o candomblé, a culinária e as tradições culturais.
não perca Fund. Pierre Verger (Pelourinho) e Aliança Francesa (Vitória), até 23/2. Seg a sab., 8 às 21h, Dom. 13 às 21h. Gratuito. (71) 3203-8400/3336-7599
Photografo Ergo Sum A exposição Photografo Ergo Sum dos fotógrafos Marco Aurélio Martins e Rafael Martins estará aberta a visitação até 15 de janeiro, na Galeria Pierre Verger, no Subsolo da Biblioteca Central, em Salvador. A mostra é composta por imagens que utilizam como técnica fotogramas e light painting em preto e branco, produzidas a partir da projeção de uma fonte de luz sobre áreas fotossensíveis pelo sombreamento total ou parcial de objetos. O trabalho experimental faz parte de uma provocação sobre o tempo na fotografia. Quem for conferir a poderá conhecer um pouco mais do trabalho de dois nomes da fotografia baiana e o encontro de pai e filho, de duas gerações unidas por uma mesma arte. não perca Galeria Pierre Verger, Seg. a Dom., 9 às 21h, até 15.01. Gratuito. Biblioteca Central dos Barris, Centro, Salvador. Informações: (71) 3103-4065
livros
Elaboração de Projetos Maria Alice Soares Consalter, 3ª ed, IBPEX, 176 p., 2011. Disponível na Biblioteca FIEB Sede
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Ferramenta do século 21
Conflitos sindicais
A administração por projetos, ao lado do gerenciamento estratégico, é considerada um dos principais instrumentos de gestão do século 21. A metodologia tem auxiliado os gestores a lidar melhor com os desafios do mundo globalizado e as mudanças constantes e imprevisíveis do cenário empresarial. Neste livro estão elencados os princípios fundamentais e as etapas na elaboração de projetos, em especial, projetos de investimentos, de forma didática e abrangente.
Um mergulho sobre a conduta sindical, a partir do olhar aguçado do jurista e de um especialista na temática, é o que nos propõe Luciano Martinez, juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região e professor adjunto do Direito do Trabalho da Ufba. Nesta obra, a liberdade sindical, a ação hostil à organização ou à ação sindical são tratados com a maestria de quem domina a matéria. Trata-se de uma obra de referência.
Condutas Antissindicais Luciano Martinez, Ed. Saraiva, 456 p., 2013. Disponível na Biblioteca FIEB Sede
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