PIM/PF - Novembro 2016 (Referente a Setembro)

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Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional1

Setembro de 2016

A produção física da Indústria de Transformação da Bahia apresentou queda de 5,1%, na comparação dos últimos 12 meses, terminados em setembro, com igual período anterior, após o decréscimo (-5,3%) registrado em agosto. Com esse resultado, a Bahia continua no 3º lugar no ranking dos quatorze estados que participam da PIM PF-R, do qual apenas o Estado de Mato Grosso vem apresentando resultado positivo (5,1%). Os demais registraram resultados negativos: Amazonas (-17,2%), Rio de Janeiro (-10,9%), Pernambuco (-10,9%), Paraná (-8,7%), São Paulo (-8,0%), Pará (-7,3%), Rio Grande do Sul (-7,1%), Goiás (-6,5%), Ceará (-6,4%), Minas Gerais (-5,8%), Santa Catarina (-5,6%), Bahia (-5,1%) e Espírito Santo (-1,0%). Na Bahia, apenas cinco dos onze segmentos pesquisados registraram crescimento: Metalurgia (9,6%), Bebidas (7,4%), Alimentos (4,4%), Produtos Químicos (1,1%) e Couro e Calçados (0,3%). Apresentaram resultados negativos: Equipamentos de Informática (-31,3%), Veículos automotores (-22,0%), Minerais não metálicos (-17,0%), Refino de petróleo e biocombustíveis (-8,9%, devido a uma parada não programada da unidade de craqueamento catalítico de resíduos U-39 durante todo o mês de julho), Borracha e plástico (-4,0%) e Celulose e Papel (-0,9%). Na comparação de setembro de 2016 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou queda de 7,1%. Seis dos onze segmentos industriais da Bahia apresentaram resultados positivos: Veículos Automotores (67,7% impulsionada, em grande parte, pela maior produção de automóveis e peças ou

acessórios para o sistema de direção ou suspensão para veículos), Couro e Calçados (16,6%); Alimentos (11,8%, influenciados pelo açúcar cristal, leite em pó, pastas de cacau, massas alimentícias secas, biscoitos e bolachas); Produtos Químicos (6,9% influenciados pelo avanço na produção de misturas de alquilbenzenos, polietileno linear, policloreto de vinila e etileno não-saturado), Equipamentos de Informática (3,8%); e Celulose e Papel (0,7%). Apresentaram resultados negativos: Metalurgia (-36,5%,

menor produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre ), Refino de Petróleo e Biocombustíveis (-28,0%, pela menor produção de óleo diesel, gasolina automotiva, óleos combustíveis, gás liquefeito de petróleo (GLP) e álcool etílico); Minerais não metálicos (-24,9%, redução na produção de cimentos “Portland”, massa de concreto

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A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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preparada para construção e argamassas); Bebidas (-2,0%) e Borracha e Plástico (1,3%). No acumulado de janeiro a setembro de 2016 a indústria de transformação baiana apresentou queda de 3,7%, enquanto a indústria de transformação nacional caiu 7,0%. Cinco dos onze setores obtiveram resultados negativos: Veículos Automotores (-19,1% menor produção de automóveis e de painéis para instrumentos dos veículos automotores); Minerais não metálicos (-18,5% menor produção de massa de concreto preparada para construção, cimentos “Portland”, argamassas e ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica para pavimentação ou revestimento); Equipamentos de Informática (-15,5%); Refino e Petróleo (-8,4% pela menor produção de óleos combustíveis, óleo diesel e naftas para petroquímica); Borracha e Plástico (-4,4% menor produção de pneus novos de borracha para ônibus e caminhões, reservatórios, caixas d’água e artefatos semelhantes de plástico e filmes de material plástico para embalagem) e Celulose e Papel (-0,2%). Os resultados positivos foram obtidos pelos segmentos: Bebidas (10,0%); Metalurgia (9,2% maior produção de maior produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre); Alimentos (5,0% maior produção de açúcar cristal, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, leite em pó e massas alimentícias secas); Produtos Químicos (3,7% incremento na produção de amoníaco, ureia e policloreto de vinila e Couro e Calçados (3,1%). A menor queda da produção física da indústria da Bahia em comparação ao Brasil deve ser relativizada: no início de 2015, foi registrada redução acentuada da produção na atividade de refino (que representa 31,5% do VTI da Indústria de Transformação Baiana) por conta de uma parada de manutenção na RLAM, deprimindo a base de comparação. No entanto, a RLAM, que havia previsto uma parada programada para o mês de novembro deste ano das unidades 9 e 18, postergou para janeiro de 2017. Desse modo, acreditamos a indústria baiana fechará o ano de 2016 apresentando menor retração que o Brasil. A indústria foi um dos setores que mais sofreu com a crise econômica. O consumo das famílias em baixa e a falta de investimentos contribuíram para os resultados negativos. No entanto, alguns analistas consideram que a economia brasileira já tenha chegado ao fundo do poço e pode estar ensaiando uma recuperação. Os indicadores que mostram essa possibilidade de reversão do ciclo econômico são a normalização dos níveis de estoque ao nível de produção, a elevada capacidade ociosa e a melhora das expectativas empresariais.

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Tabelas PIM-PF

Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)

Estados São Paulo

Set 16 / Set 15

Jan-Set 16 / Jan-Set 15

Out 15-Set 16 / Out 14-Set 15

-0,3

-6,2

-8,0

2,0

-4,0

-5,8

Rio de Janeiro

-5,3

-8,8

-10,9

Paraná

-9,1

-6,9

-8,7

Rio Grande do Sul

-1,0

-4,7

-7,1

0,2

-4,2

-5,6

-7,1

-3,7

-5,1

-11,2

-14,3

-17,2

-8,6

-6,7

-7,3

1,5

-1,8

-1,0

-11,4

-7,1

-6,5

Pernambuco

-3,4

-12,7

-10,9

Ceará

-6,2

-4,6

-6,4

-10,3

5,0

5,1

-4,1

-7,0

-8,5

Minas Gerais

Santa Catarina Bahia Amazonas Pará Espírito Santo Goiás

Mato Grosso Brasil Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI

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Bahia: PIM-PF de Setembro 2016 (variação percentual) Set 16 / Set 15 Indústria de Transformação

Jan-Set 16 / Jan-Set 15

Out 15-Set 16 / Out 14-Set 15

-7,1

-3,7

-5,1

-28,0

-8,4

-8,9

6,9

3,7

1,1

Veículos automotores

67,7

-19,1

-22,0

Alimentos

11,8

5,0

4,4

0,7

-0,2

-0,9

-1,3

-4,4

-4,0

-36,5

9,2

9,6

16,6

3,1

0,3

-24,9

-18,5

-17,0

3,8

-15,5

-31,3

-2,0

10,0

7,4

-23,2

-20,1

-17,8

Refino de petróleo e biocombustíveis Produtos químicos

Celulose e papel Borracha e plástico Metalurgia Couro e Calçados Minerais não metálicos Equipamentos de Informática Bebidas Extrativa Mineral Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI

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Gráficos PIM-PF

Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)

Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)

Bahia: PIM-PF de Setembro 2016 (variação percentual) Bebidas

-2,0

Equipamentos de Informática

Minerais não metálicos

-31,3

3,8

-15,5

-24,9

16,6

0,3

3,1

-36,5

Borracha e plástico

9,2

-1,3

Celulose e papel

-4,0

Veículos automotores

-0,9

-0,2

11,8

4,4

5,0

67,7

Produtos químicos

9,6

-4,4 0,7

Alimentos

Refino de petróleo e biocombustíveis

-17,0

-18,5

Couro e Calçados Metalurgia

7,4

10,0

-22,0

-19,1

6,9

1,1

3,7

-28,0

-8,4

-8,9

Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Ago 16 / Ago 15) Variação do acumulada no ano (Jan-Set 16 / Jan-Set 15) Variação em 12 meses (Out 15 - Set 16 / Out 14 - Set 15)

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