Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional1
Março de 2017
A produção física da Indústria de Transformação da Bahia apresentou queda de 6,9% no acumulado de 12 meses até março de 2017, ocupando a última posição no ranking dos quatorze estados que participam da PIM PF-R. Todos os estados registraram resultados negativos: Santa Catarina (-0,1%), Espírito Santo (-0,9%), Paraná (-1,4%), Pernambuco (-1,4%), Goiás (-1,4%), Rio Grande do Sul (-1,9%), Minas Gerais (-2,2%), São Paulo (-2,3%), Ceará (-2,7%), Mato Grosso (-3,3%), Rio de Janeiro (-3,3%), Amazonas (-5,1%), Pará (-5,3%) e Bahia (-6,9%). Desse modo, a Indústria de Transformação nacional registrou queda de 3,7% no período analisado. Na Bahia, cinco dos onze segmentos apresentaram queda: Equipamentos de Informática (-41,6%), Refino de petróleo e biocombustíveis, setor que representa 31,5% do VTI da Indústria de Transformação, vide gráfico em anexo (-20,6%, devido a uma parada não programada da unidade de craqueamento catalítico de resíduos U-39 durante todo o mês de julho e a uma parada programada nos meses de janeiro e fevereiro nas unidades U-09 e U18 da RLAM), Metalurgia (-13,8% em virtude de uma parada para manutenção da Paranapanema iniciada no fim de março), Minerais não metálicos (-7,5%) e Borracha e Plástico (-3,1%). Os segmentos que apresentaram crescimento foram: Couro e Calçados (11,3%), Bebidas (8,8%), Veículos automotores (5,2%), Alimentos (3,2%), Produtos Químicos (2,3%) e Celulose e Papel (1,1%). Na comparação do acumulado do primeiro trimestre de 2017 com igual período do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou queda de 7,9%, enquanto a indústria nacional contabilizou retração de 0,5%. Seis dos onze segmentos industriais da Bahia apresentaram resultados negativos: Equipamentos de Informática (70,4%, retração na fabricação de gravador ou reprodutor de sinais de áudio/vídeo e computadores pessoais de mesa e portáteis), Metalurgia (-38,3%, queda na produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Refino de Petróleo e Biocombustíveis (-17,9%, as paradas programadas para manutenção nas duas unidades reduziram a produção de óleo diesel, óleos combustíveis e naftas para petroquímica), Celulose e Papel (-5,9%, menor produção de pastas químicas de madeira), Alimentos (-4,1%, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja e óleo de soja em bruto e refinado) e Borracha e Plástico (1
A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.
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1,5%). Apresentaram resultados positivos: Veículos Automotores (17,9%, em decorrência de férias coletivas de 8 a 26 de fevereiro de 2016, deprimindo a base de comparação), Couro e Calçados (14,2%, maior produção de tênis de material sintético), Bebidas (7,8%), Minerais não metálicos (7,4%) e Produtos Químicos (2,6%, PVC, etileno não-saturado, polietileno linear e propeno não-saturado). Na comparação de março de 2017 com igual mês do ano anterior, quatro dos onze segmentos apresentaram resultados negativos: Equipamentos de Informática (-78,7%, queda na fabricação produção de gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo, computadores pessoais portáteis e de mesa), Metalurgia (-44,0%, barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Refino de petróleo e biocombustíveis (-14,3%, óleo diesel, naftas para petroquímica, gasolina automotiva e gás liquefeito de petróleo) e Alimentos (2,8%, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas). Apresentaram resultados positivos: Veículos Automotores (28,0%, aumento na produção de automóveis), Bebidas (17,5%), Couro e Calçados (16,9%, tênis de material sintético), Minerais não metálicos (9,3%), Produtos químicos (5,8% aumento na fabricação de PVC, polietileno linear e propeno nãosaturado), Borracha e Plástico (3,3%) e Celulose e Papel (1,0%). A recuperação da indústria brasileira e baiana segue lenta. A taxa de desemprego continua crescendo (13,7% no trimestre de 2017, PNAD), alcançando o patamar de 14,2 milhões de desempregados no país. A instabilidade política é fator de impacto no ambiente econômico e traz incertezas futuras. De acordo com documento divulgado pelo FMI, a recuperação da economia estará baseada na redução das incertezas políticas, alívio na política monetária e mais progresso na agenda de reformas. A entidade aponta a importância das reformas econômicas (Previdenciária e Trabalhista) como medidas relevantes para o equilíbrio fiscal no médio e longo prazo. A expectativa da mesma é que o país saia da recessão ainda este ano, de modo gradual e moderado. A perspectiva para o fim de 2017 é que, assim como no Brasil, a economia baiana apresente uma branda melhora, com os níveis de atividade da economia sendo retomados. Conforme informações do Banco Central (relatório Focus, 05 de maio), as perspectivas para 2017 são: (i) inflação de 4,01%; (ii) crescimento de 1,49% na produção industrial; (iii) queda da taxa Selic para 8,5%; e (iv) crescimento de 0,47% no PIB brasileiro.
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Tabelas PIM-PF
Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)
Estados São Paulo
Mar 17 / Mar 16
Jan-Mar 17 / Jan-Mar 16
Abr 16-Mar 17 / Abr 15-Mar 16
0,9
0,1
-2,3
-1,3
-1,3
-2,2
Rio de Janeiro
4,2
2,1
-3,3
Paraná
4,9
4,6
-1,4
Rio Grande do Sul
7,4
1,9
-1,9
Santa Catarina
5,9
5,3
-0,1
Bahia
-3,9
-7,9
-6,9
Amazonas
-6,9
2,3
-5,1
0,6
-3,2
-5,3
-2,0
1,6
-0,9
7,6
7,2
-1,4
Pernambuco
-0,9
4,2
-1,4
Ceará
-3,8
-2,2
-2,7
Mato Grosso
-0,3
0,4
-3,3
0,2
-0,5
-3,7
Minas Gerais
Pará Espírito Santo Goiás
Brasil Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
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Bahia: PIM-PF de Março de 2017 (variação percentual) Mar 17 / Mar 16 Indústria de Transformação
Jan-Mar 17 / Jan-Mar 16
Abr 16-Mar 17 / Abr 15-Mar 16
-3,9
-7,9
-6,9
-14,3
-17,9
-20,6
5,8
2,6
2,3
Veículos automotores
28,0
17,9
5,2
Alimentos
-2,8
-4,1
3,2
Celulose e papel
1,0
-5,9
1,1
Borracha e plástico
3,3
-1,5
-3,1
-44,0
-38,3
-13,8
16,9
14,2
11,3
9,3
7,4
-7,5
-78,7
-70,4
-41,6
17,5
7,8
8,8
-10,5
-14,1
-22,7
Refino de petróleo e biocombustíveis Produtos químicos
Metalurgia Couro e Calçados Minerais não metálicos Equipamentos de Informática Bebidas Extrativa Mineral Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)
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Gráficos PIM-PF
Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)
Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
5
Bahia: PIM-PF de Março 2017 (variação percentual) Bebidas
17,5
Equipamentos de Informática -78,7
Couro e Calçados Metalurgia
-41,6
-70,4
Minerais não metálicos
9,3
-7,5
7,4
16,9
11,3
14,2
-44,0
-38,3
Borracha e plástico
3,3
Celulose e papel
1,0
Alimentos
-13,8 -3,1
-1,5
-2,8
Veículos automotores
-5,9
1,1
-4,1
3,2
28,0
Produtos químicos Refino de petróleo e biocombustíveis
8,8
7,8
5,2
17,9
5,8
2,3
2,6
-14,3
-17,9
-20,6
Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Mar 17 / Mar 16) Variação do acumulada no ano (Jan 17 - Mar 17) Variação em 12 meses (Abr 16 - Mar 17 / Abr 15 - Mar 16)
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ANEXO – Matriz da Indústria de Transformação Baiana
Fonte: Pesquisa Industrial Anual 2014. IBGE.
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