Revista Bahia Indústria - Março/Abril -2014

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Bahia Federação das Indústrias do Estado da Bahia Sistema FIEB

ISSN 1679-2645

Ano XxI nº 230 mar/abr 2014

Interiorizar e fortalecer a Federação Carlos Gilberto Farias assume a FIEB e promete olhar para as micro e pequenas indústrias


EM

INAUGURAÇÃO DOS ISIS AUTOMAÇÃO E CONFORMAÇÃO NO CIMATEC 3

N ASCE

E

4.

O MAIOR CENTRO DE INOVAÇÃO E TECNOLOGIA PARA A INDÚSTRIA .

O SENAI ACABA DE INAUGURAR SEUS DOIS NOVOS ISIS – INSTITUTOS SENAI DE INOVAÇÃO. CENTROS ESPECIALIZADOS EM PESQUISA, PROJETOS E TECNOLOGIA, QUE REPRESENTARÃO UM NOVO MARCO NO CENÁRIO INDUSTRIAL BRASILEIRO. O ISI EM AUTOMAÇÃO TRAZ UMA ESTRUTURA DE PONTA PARA DESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS APLICADAS, PROCESSOS E PRODUTOS, DO CONCEITO AO PROTÓTIPO. JÁ O ISI EM CONFORMAÇÃO E UNIÃO DE MATERIAIS VAI OFERECER SOLUÇÕES NAS ÁREAS DE CONFORMAÇÃO MECÂNICA E SOLDAGEM E INSPEÇÃO. TUDO PARA FORTALECER A INDÚSTRIA BRASILEIRA E INOVAR CADA VEZ MAIS.

R EALIZAÇÃO :

A POIO :


EDITORIAL

Tratamento efetivo para as pequenas indústrias No dia 31 de março, o empresário Carlos Gilberto Farias assumiu a presidência da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). A posse ocorreu no dia 10 de abril, em solenidade realizada em Salvador, que reuniu líderes empresariais, políticos e autoridades nacionais e estaduais. Empresário do setor sucroalcooleiro, Farias chegou à direção da entidade após vencer um processo eleitoral inédito nos 66 anos de história da FIEB, disputado com José de Freitas Mascarenhas, obtendo 23 dos 41 votos. A entidade representa o setor industrial, responsável por mais de 26% do PIB estadual; por 43% do Valor de Transformação Industrial do Nordeste; e contribui com 79% das exportações da Bahia. Trata-se de um universo de mais de 7.300 empresas industriais que emprega quase 400 mil trabalhadores. Desse total, 46,4% são indústrias de micro porte; 37,8% de pequeno porte; 12,1% de porte médio e apenas 3,7% são de grande porte. É justamente essa maioria de empresas de micro, pequeno e médio portes, as MPME, que a nova direção da Federação quer olhar mais de perto. A ideia é assegurar que este universo de empresas, que não dispõem de uma base empresarial para realizar investimentos em infraestrutura, capacitação e rafael martins/sistema fieb

inovação possam receber um tratamento mais efetivo por parte da Federação e suas entidades operacionais. O entendimento é que SESI, SENAI e IEL estejam cada vez mais próximas dessas empresas, oferecendo seus serviços e suportes especializados. É neste ponto que entra em cena a outra bandeira da nova gestão, que é interiorizar cada vez mais as estruturas do Sistema FIEB. ‘Chegar perto’ e ‘estar próximo’ são expressões que norteiam estas diretrizes, que buscam expandir, para além da Região Metropolitana de Salvador, a presença das unidades do Sistema FIEB. A RMS concentra mais de 60% do PIB industrial. A nova diretoria terá um vice-presidente dedicado à interiorização e outro às MPME. Para os próximos quatro anos, o lema é Mais apoio para toda a Bahia.

‘Chegar perto’ e ‘estar próximo’ são expressões que norteiam as diretrizes da nova diretoria da FIEB, que terá suas ações expandidas para além da Região Metropolitana de Salvador

Carlos Gilberto Farias reafirma metas de sua gestão em discurso de posse


Unidades do Sistema FIEB Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato SESI – Serviço Social da Indústria Sede: 3343-1301

@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71)

3343-1429 @Responsabilidade Social: (71) 3343-1490 @Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805 @Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513 @Itapagipe: (71) 3254-9930 @Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253 @Lucaia: (71) 3205-1801 @Piatã: (71) 3503 7401 @Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221 @Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081 @Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330 @Eunápolis: (73) 8822-1125 @Feira de Santana: (75) 3602 9762 @Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326 @Jequié: (73) 3526-5518 @Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133 @Valença: (75) 3641 3040 @Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

FIEB

Bahia

Presidente Carlos Gilberto Cavalcante Farias. 1° Vice-Presidente Antonio Ricardo Alvarez Alban. Vice-Presidentes Carlos Henrique Jorge Gantois; Josair Santos Bastos; Mário Augusto Rocha Pithon; Edison Virginio Nogueira Correia. Diretores Titulares Eduardo Catharino Gordilho; Alberto Cánovas Ruiz; Eduardo Meirelles Valente; Renata Lomanto Carneiro Müller; Leovegildo Oliveira de Sousa; Fernando Luiz Fernandes; Juan Jose Rosario Lorenzo; Theofilo de Menezes Neto; José Carlos Telles Soares; Angelo Calmon de Sá Junior; Jefferson Noya Costa Lima; Fernando Alberto Fraga; Alexi Pelagio Gonçalves Portela Junior; Luiz Fernando Kunrath. Diretores Suplentes João Schaun Schnitman; Mauricio Toledo de Freitas; Guilherme Moura Costa e Costa; Gladston José Dantas Campêlo; Waldomiro Vidal de Araújo Filho; Cleber Guimarães Bastos; Jorge Catharino Gordilho; Marcelo Passos de Araújo; Antonio Geraldo Moraes Pires; Roberto Mário Dantas Farias

conselhos Conselho da Micro e Pequena Empresa Industrial Carlos Henrique Jorge Gantois; Conselho de Assuntos Fiscais e Tributários Mário Augusto Rocha Pithon; Conselho de Comércio Exterior Angelo Calmon de Sá

Junior; Conselho de Economia e Desenvolvimento Industrial Antonio Sergio Alipio; Conselho de Infraestrutura Marcos Galindo Pereira Lopes; Conselho de Inovação e Tecnologia José Luis Gonçalves de Almeida; Conselho de Meio Ambiente Jorge Emanuel Reis Cajazeira; Conselho de Relações Trabalhistas Homero Ruben Rocha Arandas; Conselho de Responsabilidade Social Empresarial Marconi Andraos Oliveira; Comitê de Jovens Lideranças Industriais Eduardo Faria Daltro; Comitê de Petróleo e Gás Humberto Campos Rangel; Comitê de Portos Sérgio Fraga Santos Faria

SESI Presidente do Conselho e Diretor Regional

Carlos Gilberto Farias. Superintendente Armando da Costa Neto

SENAI Presidente do Conselho Carlos Gilberto Farias.

Editada pela Superintendência de Comunicação Institucional do Sistema Fieb Conselho Editorial Mônica Mello, Cleber Borges e Patrícia Moreira. Coordenação editorial Cleber Borges. Editora Patrícia Moreira. reportagem Patrícia Moreira, Carolina Mendonça, Marta Erhardt, Luciane Vivas e Surinã Dias (estagiário). Projeto Gráfico e Diagramação Ana Clélia Rebouças. fotografia Rafael Martins. Ilustração e Infografia Bamboo Editora. Impressão Gráfica Trio.

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA Rua Edístio Pondé, 342 – Stiep, CEP.: 41770-395 / Fone: 71 3343-1280 w w w.f ieb.or g.br/ b ahia _ indu stria_online

Diretor Regional: Leone Peter Andrade

IEL Presidente do Conselho e Diretor Regional

As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessariamente o pensamento da FIEB.

Carlos Gilberto Farias. Superintendente Evandro Mazo

Filiada à

Diretor Executivo do Sistema FIEB

Vladson Menezes

Sede: 71 3534-8090

@Cimatec: (71) 3534-8090 @Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090 @Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609 @Barreiras: (77) 3612-2188

IEL – Instituto Euvaldo Lodi Sede: 71 3343-1384/1328/1256 @Barreiras: (77) 3611-6136 @Camaçari: (71) 3621- 0774 @Eunápolis: (73) 3281- 7954 @Feira de Santana: (75) 3229- 9150 @Ilhéus: (73) 3639-1720 @Itabuna: 3613-5805 @Jacobina: (74) 3621-3502 @Juazeiro: (74) 2102-7114 @Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621 @Vitória da Conquista: (77) 3424-2558

CIEB - Centro das Indústrias do Estado da Bahia Sede: (71) 3343-1214 sistema fieb nas mídias sociais

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Sindicatos filiados à FIEB Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado da Bahia, sindacucarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem no Estado da Bahia, sindfiacaoba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do tabaco no Estado da Bahia, sinditabaco@ fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Curtimento de Couros e Peles no Estado da Bahia,sindicouroba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário de Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Candeias, Camaçari, Dias D’ávila e Santo Amaro, sindvest@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da Indústria de Extração de Óleos Vegetais e Animais e de Produtos de Cacau e Balas no Estado da Bahia, sindioleosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Cerveja e de Bebidas em Geral no Estado da Bahia, sindcerbe@bol.com.br / Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia, sindpacel@hotmail.com / Sindicato das Indústrias do Trigo, Milho, Mandioca e de Massas Alimentícias e de Biscoitos no Estado da Bahia, sindtrigoba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Calcário, Cal e Gesso do Estado da Bahia, sindicalba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia, secretaria@sinduscon-ba.com.br / Sindicato da Indústria de Calçados, seus Componentes e Artefatos no Estado da Bahia, sindcalcadosba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado da Bahia, simmeb@uol.com.br / Sindicato das Indústrias de Cerâmica e Olaria do Estado da Bahia, sindicerba@ig.com.br / Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza em geral e Velas do Estado da Bahia, sindisaboesba@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias e Marcenarias de Salvador, Simões Filho, Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D’ávila, Sto. Antônio de Jesus, Feira de Santana e Valença, sindiscamba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Cidade do Salvador, sindpanssa@uol.com.br / Sindicato da Indústria de Produtos Químicos, Petroquímicos e Resinas Sintéticas do Estado da Bahia, sinpeq@coficpolo.com.br / Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado da Bahia, sindiplasba@ sindiplasba.org.br / Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia, sinprocimba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado da Bahia, sindbrit@svn.com.br / Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia, adm@quimbahia.com.br / Sindicato da Indústria de Mármores, Granitos e Similares do Estado da Bahia, simagranba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria Alimentar de Congelados, Sorvetes, Sucos, Concentrados e Liofilizados do Estado da Bahia, sindsucosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado da Bahia, sincarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário da Região de Feira de Santana, sindvestfeira@fbter.org.br / Sindicato da Indústria do Mobiliário do Estado da Bahia, moveba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia, sindratar@gmail.com.br / Sindicato das Indústrias de Construção Civil de Itabuna e Ilhéus, valmirsb@yahoo.com.br / Sindicato das Indústrias de Café do Estado da Bahia, sincafeba@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado da Bahia, sindileite@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares dos Municípios de Ilhéus e Itabuna, sinec@sinec.org.br / Sindicato das Indústrias de Construção de Sistemas de Telecomunicações do Estado da Bahia, anaelisabete@telenge.com.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Feira de Santana, simmefs@simmefs.com.br / Sindicato das Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado da Bahia, sindirepaba@ sindirepabahia.com.br / Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, sindipecas@sindipecas. org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia, sindcosmetic@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Artefatos de Plásticos, Borrachas, Têxteis, Produtos Médicos Hospitalares, sindiplast@gmail.com


sumário mar/abr 2014 Rafael Martins/Sistema FIEB

16 Prioridades e diretrizes

Rafael Martins/Sistema FIEB

Eleito para o quadriênio 2014-2018, Carlos Gilberto Farias pretende ampliar a presença do Sistema FIEB no interior

Fotomontagem da Bamboo sobre foto de Rafael Martins

roberto abreu/Coperphoto

Rafael Martins/Sistema FIEB

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Rafael Martins/Sistema FIEB

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Arthur Garcia/Coperphoto

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inaugurados Cimatec 3 e 4

Indústria ecoeficiente

Entidades do Sistema FIEB presentes na Expoconquista

Presidente do Fundo Ford conhece projeto em Camaçari

SENAI incorpora novas competências com inauguração de laboratórios

Oficinas do IEL orientam empresas sobre como melhorar a competitividade

Produtos e serviços do SESI, SENAI e IEL foram apresentados aos empresários do Sudoeste durante evento que reuniu 700 expositores, em Vitória da Conquista, no mês de março

Jim Vella visitou o Centro de Educação Ambiental, que desenvolve, em parceria com o SESI, atividades de conscientização e oficinas com crianças das escolas municipais


Mais tecnologia na indústria Institutos de Inovação e Centro de Logística ampliam competências do SENAI Cimatec por Carolina Mendonça fotos rafael martins

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oram inaugurados, em 27 de março, os Institutos SENAI de Inovação (ISI) em Automação e em Conformação Mecânica e União de Materiais, além do Centro de Referência em Logística. Os núcleos tecnológicos funcionam nos novos prédios (3 e 4) do Cimatec, em Piatã, que dobrou de tama-

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nho e passou a ser o Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia. A inauguração reuniu representantes do governo, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), instituições parceiras, indústrias, SENAI nacional e regional e FIEB. A instalação dos ISI amplia a atuação do Cimatec,

iniciada em 2002. Orientado a oferecer suporte tecnológico avançado para a indústria, o centro inicialmente teve como foco o setor automotivo, mas passou a atuar também nas áreas de polímeros, eletroeletrônica e microeletrônica. Com os novos centros tecnológicos, destaca-se a ampliação da oferta de ser-

viços e o desenvolvimento de pesquisa aplicada em novas competências como robótica integrada, inteligência artificial, sistemas embarcados, simulações numéricas (feitas por computador), atividades de conformação diversas e tecnologias de logística. Membro da Comissão de Ciência Tecnologia e Comunicação (CCT) do Senado, o senador Walter Pinheiro destacou a importância do Cimatec como polo de desenvolvimento para a indústria. “O Cimatec é hoje um dos três principais centros tecnológicos do país, é um exemplo para todo o Brasil e um orgulho para a Bahia”, afirmou. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, revelou que os dois ISI inaugura-


Números » Os ISI começam a funcionar com projetos de mais de R$ 30 milhões

encomendados por empresas de vários setores. Eles integram uma rede de 25 centros que o SENAI vai inaugurar até o fim de 2015 com o objetivo de desenvolver produtos e processos inovadores para a indústria no Brasil

» Juntamente com o Centro de Referência em logística, os institutos receberam investimentos de R$ 86 milhões e devem ter novo aporte de R$ 38 milhões até 2015 » Até 2013, o Cimatec teve 62 patentes depositadas, entre produtos, programas de computador e marcas » Mais de 60 projetos de pesquisas em andamento

dos são o terceiro e o quarto do SENAI no país. “As novas unidades integram uma rede de 25 institutos de inovação e tecnologia do SENAI, que serão entregues até 2015 e têm como meta impulsionar a competitividade da indústria brasileira”, observou. Para desenvolver esta rede, o SENAI conta com parcerias com instituições como o Instituto Fraunhofer, da Alemanha, além de apoios de agências de fomento como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que vai financiar R$ 1,5 bilhão do projeto. Presente ao evento de inauguração, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, citou o Cimatec como referência. “O Cimatec se consolidou como uma aglomeração virtu-

Laboratórios de logística e visita de autoridades durante a inauguração dos Cimatec 3 e 4

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osa de competências e articulação de serviços para o setor industrial”, destacou.

Robô As novas instalações dos ISI (localizadas no prédio 3) e a chegada de profissionais super especializados permitem avanços mais ousados no Cimatec, como alguns dos projetos de robótica que estão em andamento. Um deles, um equipamento de inspeção de linhas de transmissão de energia, foi encomendado ao SENAI pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Com capacidade para percorrer os cabos e verificar a situação dos mesmos, o robô deve substituir o trabalho que, atualmente, é feito por homens de helicóptero. “Além de insegura, esta operação é muito cara. O aparelho vai reduzir riscos e custos e, futuramente, poderá ficar mais complexo realizando reparos na rede”, explicou o gerente do ISI em Automação, Herman Lepikson. De maior complexidade e caráter inovador, um robô capaz de realizar inspeção e manutenção de 8  Bahia Indústria

plataformas petroleiras do pré-sal por controle remoto e sem fio deve ter seu primeiro protótipo pronto dentro de um ano. Encomendado pela BG Brasil, o Flat Fish será uma solução inédita, pois ficará o tempo todo submerso na água, só subindo para a superfície para manutenção. Único com este modelo na América Latina, o ISI em Conformação e União de Materiais vai promover desenvolvimento tecnológico

Auditório ficou lotado para a solenidade que inaugurou os Institutos de Inovação do SENAI Cimatec

Senai terá Fábrica Modelo Aglutinador de projetos inovadores, o Cimatec vai receber, no primeiro semestre de 2015, a Fábrica Modelo Brasil, primeira da América Latina. O projeto consiste num ambiente único, onde líderes de operações e profissionais podem desenvolver capacidades de Manufatura e Gestão Lean, abrangendo teoria e prática. Será uma fábrica totalmente funcional, com foco em educação profissional e pesquisa aplicada. Isso permite que sejam implementadas mudanças e que seus efeitos sejam avaliados longe do risco inerente a uma fábrica real. Para desenvolver e operar a fábrica modelo, o SENAI Bahia trabalhará com a consultoria McKinsey&Company.

de conformação a quente e frio e união de materiais (soldagem, colagem, rebitagem) em processos convencionais e especiais. “Teremos capacidade de atender toda a indústria de transformação nacional, inclusive com simulações numéricas (por meio de computação), reduzindo riscos e custos”, afirmou o gerente do Instituto, Celso Barbosa. Localizado no Cimatec 4, o Centro de Referência em Logística tem laboratórios que atendem às necessidades do próprio SENAI Bahia, como também servem de sala de aula para os alunos da casa, onde é possível conhecer e praticar os diversos tipos de armazenagem utilizados pela indústria. Os centros tecnológicos reúnem uma infraestrutura inédita no país, capaz de apoiar empresas industriais de todos os portes no processo de desenvolvimento de novas tecnologias, produtos e processos. O Cimatec deverá servir de modelo para a expansão do credenciamento de outras unidades do SENAI em todo o país, a exemplo dos novos ISI e dos Institutos SENAI de Tecnologia (IST). [bi]


circuito

por cleber borges

Maioria dos engenheiros não trabalha na área A maioria dos engenheiros brasileiros não trabalha nas áreas em que se graduaram, conforme análise feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em estatísticas do Ministério da Educação e do IBGE. O levantamento aponta que de 680.526 engenheiros atualmente empregados, apenas 286.302 (42%) trabalham na área. Do total de ocupados com engenharia, 153.341 profissionais (54%) estão no setor industrial. Como são os engenheiros que levam a inovação para a empresa, essa realidade preocupa o setor produtivo. Uma das causas, segundo a CNI, é que os engenheiros saem das universidades com excesso de teoria e pouca prática. A indústria que investe em inovação requer profissionais prontos, com visão de mercado, habilidades de gestão, conhecimento de leis e domínio de inglês.

Brasil na penúltima posição em ranking de patentes Relatório anual da Organização Mundial de Propriedade Intelectual, vinculada à ONU, mostra que o número de patentes válidas no Brasil é relativamente baixo. Levantamento feito entre os 20 maiores escritórios de concessão de patentes no mundo aponta, em 2012, os Estados Unidos em primeiro lugar, com 2,2 milhões de patentes válidas, seguido do Japão, com 1,6 milhão, China (875 mil), Coreia do Sul (738 mil), Alemanha (549 mil), França (490 mil) e Reino Unido (459 mil). O Brasil está na 19ª posição, com 41.453 patentes válidas, abaixo de Mônaco (42.838) e acima da Polônia, último colocado. Entre os BRICS, todos estão na frente: após a China, seguem Rússia (181 mil), África do Sul (112 mil) e Índia (42.991). Patente é requerida e concedida para tecnologia, seja de produto inédito ou para aprimorar uma invenção, sendo um dos fatores que refletem o grau de inovação de um país.

“Nos anos 1970, empresas coreanas vinham ao Brasil em busca de tecnologia. Hoje, montadoras e outras indústrias daquele país se instalam aqui para disputar nosso mercado interno, com seus produtos e sua tecnologia”. Roberto Amaral, ex-ministro da Ciência e Tecnologia, evidenciando o atraso do Brasil nessa área

PIB deve crescer 1,8% e a indústria 1,7% em 2014 O setor produtivo está revendo para baixo as previsões da economia brasileira para este ano. Relatório da CNI projeta crescimento do PIB de 1,8% este ano, contra 2,1% projetados em dezembro, e de 1,7% da indústria, em comparação à estimativa anterior de 2%. A CNI assinala que 2014 se iniciou com bons resultados, como o crescimento da produção industrial no primeiro bimestre, mas considera que esse ritmo não será mantido no resto do ano. Entre as razões, a alta dos juros, pelo Banco Central; a reversão de desonerações tributárias, como o IPI para automóveis; o encarecimento da energia elétrica (pelo déficit hídrico) e dos insumos importados (pela desvalorização cambial).

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sindicatos rafael martins/Sistema FIEB

Cosméticos: Bahia e Itália negociam cooperação Conhecer o contexto do mercado local e discutir oportunidades de cooperação bilateral. Este foi o objetivo do encontro de 11 empresários baianos e três italianos do setor de cosméticos, promovido pela FIEB, através do Centro Internacional de Negócios (CIN), nos dias 17 e 18 de fevereiro. A programação incluiu workshop, rodada de negócios e visitas às unidades de produção locais. A ação, realizada em parceria com o IEL, Sindicosmetic, Sebrae e a Empresa Especial da Câmara de Comercio de Milão, é parte de uma série de atividades para aumentar a competitividade do setor na Bahia e as parcerias tecnológicas e comerciais. Para o presidente do Sindicosmetic, Fabrício Correia, este tipo de ação pode representar um diferencial para a indústria baiana, pois propicia o acesso a novas tecnologias e produtos.

Sinduscon realiza workshop de gestão

Sinprocim participa de encontro da ABNT

O Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon-BA), que promoveu em abril o curso de Controle de Qualidade e Produtividade, programou para 9 e 10 de maio, mais um workshop, desta vez sobre Liderança e Gestão de Pessoas. O objetivo é aprimorar as competências técnicas e de gestão de engenheiros e arquitetos.

O diretor tesoureiro do Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia (Sinprocim), Guilherme Moura Costa e Costa, participou da reunião da Comissão de Estudo Especial de Laje Pré-Fabricada, Pré-Laje e de Armaduras Treliçadas Eletrossoldadas (ABNT/CEE-94), realizada em fevereiro pela ABNT.

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Empresários participaram de encontros e rodadas de negócios

Presidente do Sindpacel é condecorado pela PM Mentor da criação do Conselho Interativo de Segurança do Extremo Sul da Bahia (Cisba), Jorge Cajazeira, presidente do Sindicato das Indústrias do Papel e Celulose (Sindpacel), recebeu em fevereiro, do governador Jacques Wagner, a condecoração do Mérito Militar. A medalha é a mais alta comenda oferecida pela Polícia Militar às autoridades civis, militares e às instituições que tenham prestado serviços relevantes à segurança pública no Estado. O Cisba presta apoio no reequipamento das Polícias Civil e Militar do Extremo Sul. Ainda em fevereiro, Cajazeira foi homenageado com a medalha Alferes Moraes Santos, na sede do Comando do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão. “Fazemos esse trabalho com muita satisfação, pois segurança pública é fundamental para qualquer cidadão. Como presidente do Sindpacel, entendo que o reconhecimento não é só a mim, mas ao setor que represento”, afirma Cajazeira. divulgação


Abic e Sincafé-BA realizam reunião regional Mudanças no padrão de alimentação dos brasileiros, em especial, no café da manhã, com novas opções de bebidas para consumo matinal estão sendo apontadas como responsáveis pelo reflexo na leve queda de consumo interno de café no Brasil. Em 2013, a retração foi de 1,23%, em relação a 2012. Para discutir estas e outras questões, empresários da indústria cafeeira participaram da reunião regional conjunta da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) e do Sindicato das Indústrias de Café (Sincafé-BA), realizada em 25 de março, no Bahia Othon Palace Hotel, em Salvador. “A penetração destes produtos (sucos, achocolatados e bebidas à base de soja) no mercado ainda é pequena, mas tem apresentado um crescimento elevado”, alertou o diretor-executivo da Abic, Nathan Herszkowicz, que traçou um cenário do abastecimento do setor, das dificuldades enfrentadas com a elevação dos preços e os riscos para a indústria. Na avaliação da Abic, manter a qualidade do café poderá evitar a fuga do consumidor. “Uma alternativa para combater a redução do consumo é diferenciar o produto e certificá-lo”, afirmou o presidente da Abic, Takamitsu Sato. Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

Sindileite realiza reunião itinerante O Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados de Leite do Estado da Bahia – Sindileite realizou, em fevereiro, a primeira reunião para avaliação das ações de 2013 e levantamento de demandas do sindicato para 2014. O encontro aconteceu na unidade do SESI, em Vitória da Conquista, e reuniu cerca de 20 empresários da cadeia de laticínios, além de representantes do SESI e da FIEB. Na ocasião, foram discutidos temas como fiscalização, redução das taxas de INSS e planejamento de eventos para 2014.

Josair Bastos preside a Abigraf-BA Presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado da Bahia (Sigeb), Josair Bastos, foi eleito para presidir, até 2016, a Associação Brasileira da Indústria Gráfica – Regional Bahia (Abigraf-BA). O empresário destaca que continuará o trabalho da entidade na defesa dos interesses das empresas do setor. “A Abigraf vai gerar uma agenda de ações, priorizando as demandas das empresas associadas e buscando apoio junto ao Sistema FIEB”, afirmou.

Simagran participa da Vitória Stone Doze dirigentes do Sindicato das Indústrias de Mármores, Granitos e Similares do Estado da Bahia (Simagran) participaram de uma das maiores feiras setoriais do país, a Vitória Stone Fair/Marmomacc Latin America 2014, no Espírito Santo. A missão empresarial foi realizada entre os dias 18 e 21 de fevereiro. Considerada a mais importante da América Latina, a feira contou com 420 expositores nacionais e internacionais de mais de 56 países e 25 estados brasileiros.

Sindratar em parceria com o SENAI Turma de capacitação em refrigeração no Cimatec

Com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica no seu segmento, o Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar (Sindratar-BA) obteve junto ao Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC) a liberação de 240 vagas do Pronatec para o Curso de Mecânico de Refrigeração e Climatização Industrial. Com três meses de duração e carga horária de 240 horas, a capacitação é resultado da parceria do Sindratar-BA com o SENAI, que estruturou a grade do curso a partir das demandas apresentadas pelo sindicato. As duas primeiras turmas tiveram início no dia 7 de abril e as próximas estão previstas para maio e junho. Os cursos são gratuitos e o aluno recebe material didático, fardamento e auxílio estudantil. Informações: (71) 3371-1986.

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indústria baiana de mineração deverá passar do 5º para o 2º lugar em volume de produção nos próximos anos, levando-se em conta a implementação de novos empreendimentos, que têm R$ 10 bilhões em investimentos previstos até 2015. Pensando neste crescimento do segmento, e considerando que se trata de uma das atividades produtivas com índice médio de acidentes da ordem dos 33 por cem mil, o Serviço Social da Indústria (SESI) decidiu aprofundar suas ações e lançar um olhar sobre este segmento para desenvolver soluções para melhorar a qualidade de vida, a saúde e a segurança dos trabalhadores que atuam na produção mineral. “A meta é tornar a indústria de mineração a mais segura e saudável do Brasil, dentro dos padrões internacionais e é por esta razão que realizamos em Salvador um Painel de Especialistas, que vai nos apontar como atingir este objetivo”, explica o gerente do Núcleo Estratégico do SESI Bahia, Kenneth Almeida. O painel aconteceu na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, no último dia 15 de abril, e reuniu especialistas do setor que vão contribuir para a elaboração de um programa afinado com as expectativas da indústria e demais agentes envolvidos no processo de exploração mineral no país. A iniciativa de desenhar um programa específico para a mineração é do Departamento Nacional do SESI, tendo o Departamento Regional da Bahia o papel de conduzir o processo nacionalmente. A proposta segue o exemplo do que foi realizado pelo SESI para a indústria da construção e que resultou em um programa de ação que visa qualificação e prevenção de acidentes naquela indústria. A iniciativa foi bem recebida pelos diferentes atores do processo produtivo mineral que participaram do painel, incluindo empresas, acadêmicos e entidades representativas, além de órgãos públicos e de fiscalização. Para Cláudia Pellegrinelli, do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), a iniciativa do SESI é importantíssima. “O SESI tem competência, recursos e, sobretudo, capilaridade em todo o país para contribuir para a solução dos problemas da mineração. E isso, não somente no sentido de vender algum produto, mas também de se envolver na problemática do setor e, assim, atuar na redução dos índices de acidentes fatais, algo que passa pela mudança de cultura no trabalho, pela educação e pela capacitação

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Indústria mineral mais segura SESI deu início a um programa voltado para a indústria da mineração, que resultará em um portfólio de serviços para o segmento Por Patrícia Moreira Foto Rafael Martins


Participante do Painel de Especialistas, que reuniu empresários, entidades representativas do setor e órgãos públicos e de fiscalização na FIEB

profissional, todas soluções que o SESI pode prover”, destaca a representante do instituto. O presidente do Sindicato das Indústrias de Mineração de Calcário, Cal e Gesso do Estado da Bahia, Sérgio Pedreira, também acredita que o SESI tem muito a contribuir, principalmente no que diz respeito às pequenas e médias empresas, desde a conscientização para uma mudança de cultura até a adoção de programas voltados para os trabalhadores. Ele também defende uma atuação integrada do SESI com o SENAI na condução destas ações, de forma

que as empresas de mineração possam ter acesso a um pacote de serviços, proposta que levará à direção da FIEB.

esforço coletivo Roberto Castro, representante das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), destacou como ponto positivo do encontro promovido pelo SESI o fato de reunir diferentes atores do segmento da mineração para a troca de ideias. Ele explicou que a necessidade de criação de um comitê para discutir segurança no trabalho vem sendo apresentada pelas empresas e a iniciativa do

SESI soma-se a este esforço coletivo. No âmbito estadual, a diretora de Mineração da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração, Ana Cristina Magalhães, parabenizou o SESI pela iniciativa. Segundo ela, esta é uma demanda nova que surge para o Estado e poder trabalhar em parceria com os diferentes setores envolvidos na mineração é muito bem-vinda. O engenheiro Marco Freire, chefe da Divisão de Planejamento e Desenvolvimento da Mineração do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) observou que o maior desafio atualmente é a regularização das pequenas empresas e melhorar a capacitação técnica da mão de obra. “Nossa expectativa é que este painel chegue a um portfólio que possa oferecer serviços, consultoria e apoio à capacitação dos trabalhadores do setor”, destacou. [bi]

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Novos rumos para a FIEB Carlos Gilberto Farias reiterou as metas de sedimentar o Programa de Interiorização da FIEB e de apoiar as MPME Por patrícia moreira Fotos Rafael Martins

irecionar o olhar das casas do Sistema FIEB para o interior da Bahia e para as micro, pequenas e médias empresas (MPME) são as principais bandeiras da gestão do empresário Carlos Gilberto Farias, que assumiu a presidência da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), no dia 31 de março, sucedendo a José de Freitas Mascarenhas, que comandou os destinos da instituição entre 2010 e 2014. Empresário bem-sucedido, diretor da Agrovale, produtora de etanol e açúcar com sede na região do Vale do São Francisco, é a sua experiência de empreendedor, que conhece de perto as dificuldades das empresas do interior, que ele quer trazer para a entidade. Sob o guarda-chuva do Sistema FIEB, o presidente comprometeu-se, durante a campanha que o elegeu com 23 dos 41 votos dos sindicatos patronais da indústria, a direcionar as ações do Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e do 14  Bahia Indústria

Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB) para atingir este objetivo. Durante a coletiva de imprensa que antecedeu a solenidade de posse da nova diretoria, realizada no dia 10 de abril, no cerimonial da Pupileira, em Salvador, Carlos Gilberto Farias indicou como vai conduzir sua gestão para sedimentar o desenvolvimento das indústrias do interior. Uma das primeiras ações será reforçar as atividades de capacitação de mão de obra, com a construção de 50 novas escolas integradas do SESI/ SENAI. “A Federação tem 41 sindicatos associados e 36 deles são representantes de empresas sediadas na Região Metropolitana de Salvador. É chegada a hora de avançar para o interior e isso ampliando a capa-

Presidente faz discurso de posse, na Pupileira


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Robson Andrade presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) “Nós, da indústria brasileira, temos que estar unidos para trabalhar por um Brasil melhor e atrair investimentos. Fazer com que a indústria participe mais da economia do país. E isso é um trabalho de todas as federações. Tenho certeza que Carlos Gilberto tem todas as condições para unir os empresários da Bahia aos de outros estados, na CNI, de maneira que a gente tenha propostas e projetos que possam levar o Brasil para um caminho de desenvolvimento com segurança, justiça social e melhores empregos. A expectativa é que ele trabalhe pela educação, qualidade de vida, e em defesa dos interesses da indústria.”

Marcelo Nilo presidente da Assembleia Legislativa da Bahia “Carlos Gilberto Farias é um empresário muito bem sucedido, alagoano, radicado na Bahia, que tem prestado um grande serviço na área empresarial. Acredito muito na sua gestão. Ele tinha muita vontade de ser presidente da FIEB, participou de uma eleição disputada, democrática e a alternância no poder é muito positiva.”

Renan Calheiros presidente do Congresso Nacional “É uma oportunidade para que Carlos Gilberto Farias dê sua contribuição à Federação a partir da experiência enorme que ele acumulou ao longo dos anos. Acho que para a indústria baiana e a indústria nacional é um evento importante. A convivência que temos com ele e os depoimentos que colhemos das pessoas que têm uma atividade corporativa são todos no sentido de que ele é um grande quadro e sem dúvida vai fazer um grande trabalho.” 16  Bahia Indústria

Robson Andrade, da CNI, discursa durante solenidade que reuniu autoridades e lideranças da indústria

citação da mão de obra nos municípios”, observou o presidente. A medida não apenas serviria para atender às novas indústrias, mas também as já existentes, considerando que a profissionalização dos trabalhadores é um dos principais problemas enfrentados pelas empresas que estão fora da Região Metropolitana de Salvador (RMS).

INTERIOR E MPME Além de ampliar a atuação do Sistema FIEB, a nova gestão contará com uma vice-presidência dedicada às micro, pequenas e médias empresas (MPME), que será exercida pelo empresário e vice-presidente do Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento, Carlos Gantois. “As indústrias que mais precisam ser atendidas neste momento, que caminham com dificuldade, são as micro, pequenas e médias empresas, por isso, essa é a prioridade da nossa gestão”, justificou a opção pelas MPME o presidente da Federação. Na avaliação de Farias, as grandes empresas, pelo perfil de sua estrutura, têm capacidade própria de investir e melhor aten-

der às suas demandas econômico-financeiras. Entre as ações previstas para serem colocadas em prática na nova gestão, está a assinatura de um convênio com a Caixa Econômica Federal e o Sebrae, que terá um escritório na sede da FIEB para orientar e facilitar o acesso a linhas de crédito para os micro e pequenos empresários. Outra novidade da nova gestão é uma vice-presidência dedicada ao interior, que ficará a cargo do empresário Edison Virginio Nogueira Correia. Dentro da política desenhada pelo presidente para o interior, haverá uma maior dedicação, inicialmente, aos municípios de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Alagoinhas, regiões oeste e sul da Bahia, este último, um dos mais desassistidos pela FIEB, na opinião do presidente da Federação. “O sul da Bahia está desassistido. Nós já temos alocados recursos para Teixeira de Freitas, onde vamos implantar um pequeno Cimatec. Quando falo isso, me refiro a uma estrutura capaz de preparar o jovem de forma que ele saia da-


Rafael Lucchesi diretor do SENAI Nacional “Industrial representativo, conseguiu a maioria no processo sucessório, o que é importante e revela um enorme talento. Carlos Gilberto Farias assume uma federação que tem um padrão de excelência muito grande. Certamente, pelas decisões gerenciais, pelo compromisso com a excelência que demonstra ter, ele reúne todas as condições de avançar e aprimorar o trabalho do Sistema Indústria na Bahia.

José Múcio Monteiro

Números da indústria baiana

> A FIEB, fundada há 66 anos, teve atuações importantes ao longo de sua história: a campanha O petróleo é nosso, nos anos 1950, e a participação para garantir a implantação do Polo Petroquímico na Bahia, nos anos 1970

26% 43%

do PIB estadual

do Valor de Transformação Industrial do Nordeste

79%

das exportações da Bahia

7.300

empresas

400mil

trabalhadores

Classificação

li profissionalizado”, pontuou. A ideia é orientar as ações de acordo com a vocação industrial de cada região.

Solenidade A cerimônia de posse da nova diretoria da FIEB reuniu autoridades, personalidades empresariais e políticas, além de amigos e parentes do empresário Carlos Gilberto Farias, entre eles, o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo, o prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto, os secretários estaduais James Correia, da Indústria, Comércio e Mineração, que representou o governador Jaques Wagner, Eugênio Spengler, do Meio Ambiente e José Sérgio Gabrielli, do Planejamento. Presidentes das federações de Indústria do Amazonas, Antônio Carlos da Silva; do Rio Grande do Norte, Amaro Sales de Araújo; da Paraíba, Francisco de Assis Benevides Gadelha; de Santa Catarina, Glauco José Corte; de Pernambuco, José Wicks Corte Real; de Alagoas, José Carlos Lyra de Andrade; de Goiás, Pedro Alves de Oliveira; e de Roraima, Rivaldo Fernandes Neves, também marcaram presença na solenidade. Em seu discurso, que foi precedido

ministro do TCU “Não sei de quem é a festa, se da Federação das Indústrias ou de Carlos Gilberto e de seus amigos. A Bahia empresta sua história e Carlos Gilberto empresta seu talento. A Bahia tem uma das federações mais importantes do Brasil, bem administrada, respeitada e hoje quem assume a presidência é um empresário respeitado, um grande administrador, um grande gestor e um grande companheiro. A Bahia, Carlos Gilberto, a Federação estão de parabéns.”

James Correia secretário da Indústria e Comércio da Bahia “Carlos Gilberto Farias é uma referência para todos nós empresários e, além de tudo, um amigo. E nós, com certeza, tanto enquanto governo ou como empresários, temos uma expectativa muito positiva de que a FIEB vai aumentar os seus tentáculos, vai interiorizar, ampliar a capacidade que ela tem de treinamento, de prestação de serviço à indústria. Enfim, é uma expectativa de que ele reproduza na FIEB todo o sucesso que ele teve na vida profissional.”

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Armando Monteiro senador “A nova diretoria assume compromissos nítidos com o desenvolvimento social do estado e ela será liderada por um empresário que já revelou, ao longo de sua trajetória, a sua capacidade de articulação, de liderança, que será fundamental para que o Sistema FIEB possa bem cumprir sua missão institucional nestes próximos anos. Isso tudo porque a Bahia tem uma grande importância no setor industrial brasileiro; portanto, é importante que a FIEB possa estar bem representada e sob a liderança de um companheiro como Carlos Gilberto Farias.”

Edval Passos diretor superintendente do Sebrae “Temos estado junto com o Sistema FIEB no apoio às micro, pequenas e médias empresas e esse apoio nós vamos continuar a dar, principalmente com essa proposta de interiorização. O apoio às MPME é um dos caminhos para a Federação, bem como a busca pela inovação. Quando falamos em inovação, isso remete ao processo industrial que tem sido a vocação do Sistema FIEB e Carlos Gilberto dará continuidade.”

José Carlos Lyra de Andrade presidente da Federação das Indústrias de Alagoas “Carlos Gilberto Farias está muito entusiasmado. Ele é um grande administrador, implantou a Agrovale em Juazeiro e vai dar continuidade a esse trabalho agora na Federação. Ele está na Bahia há mais de 30 anos, nasceu em Alagoas, mas a vida empresarial dele se deu na Bahia, hoje ele é um alagoano de nascimento, mas é baiano por opção, isso é muito importante”.

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O presidente da CNI e o presidente da FIEB Carlos Gilberto

da execução do Hino Nacional, Carlos Gilberto Farias falou dos desafios da gestão e de sua disposição para superar as dificuldades e atingir os objetivos propostos. “Repousa sobre os nossos ombros a tarefa de melhorar, de qualificar ainda mais esta entidade já cheia de qualidades”, destacou Farias. Ele reconheceu que, nas últimas décadas, a FIEB modernizou-se, dominando competências em áreas inovadoras, tendo como referência o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia, o SENAI Cimatec, hoje referência nacional, mas frisou que o momento também impõe mudanças, entre elas a de modernizar as indústrias do interior. “A mudança obedece não só ao desejo dos presidentes dos sindicatos que nos elegeram, mas porque ela nos é imposta por um momento histórico em que não cabe mais somente a voz do dono, nem tampouco o dono da voz”, ressaltou o presidente. Reafirmando o compromisso de concentrar esforços na reorientação das ações da FIEB, o presidente da Federação adian-

tou que sua gestão não irá descuidar dos grandes projetos, como o Polo Acrílico, o Estaleiro do Paraguaçu, o Porto Sul, além de grandes investimentos no setor de mineração. O novo gestor do Sistema FIEB anunciou ainda a disposição de liderar o maior projeto de formação de mão de obra da Bahia, em cooperação com os governos federal, estadual, universidades, escolas profissionais e sindicatos. “Este é o nosso grande desafio.” O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga Almeida, e o secretário de Indústria e Comércio, James Correia, também fizeram pronunciamentos durante a solenidade de posse.

biografia Alagoano, natural de Quebrangulo, terra do escritor Graciliano Ramos, Carlos Gilberto Farias é diretor da Agrovale, empresa produtora de açúcar, etanol e bioenergia situada na região do Vale do São Francisco, em Juazeiro, considerada a mais competitiva do segmento em todo o país. [bi]


Ecossistema empreendedor Aceleradora do Cimatec disponibiliza recursos tecnológicos para o desenvolvimento de novas empresas

A Flávio Marinho explica que já há nove projetos em andamento

poiar a criação e consolidação de startups em negócios altamente valorizados, este é o objetivo da Acelera Cimatec, a primeira organização do sistema SENAI em todo o país a oferecer investimento privado de risco, consultorias especializadas e capacitações a empreendimentos inovadores voltados para a indústria. Criada em novembro de 2012, é uma das 12 selecionadas pelo programa Start-Up Brasil, do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), no ciclo 2014. Além de ser a única da Bahia

selecionada pelo programa, a aceleradora do Cimatec é uma das duas escolhidas com competência em hardware, uma novidade no perfil das participantes. De acordo com o gerente do projeto no Cimatec, Flávio Marinho, até o momento, já são nove projetos envolvidos. “Mas o objetivo é apoiar mais seis nos próximos 12 meses”, afirma. O núcleo concentrará sua atuação em projetos relacionados à microeletrônica, sistemas embarcados e computação de alto desempenho, estimulando os seguintes temas prioritários: internet das

coisas, robótica e automação, equipamentos para a cadeia de petróleo, gás e energias, telecom, software e impressão 3D. Marinho, que esteve visitando, em abril, organizações similares e instituições de pesquisa no Vale do Silício, destaca o diferencial da aceleradora do SENAI. “Mesmo nos EUA, uma aceleradora como a nossa é bastante rara pelo fato de estar voltada para negócios industriais, baseados em soluções de hardware, ao contrário das principais aceleradoras, que atuam em negócios baseados em software, apenas”, explica.

STARTUPS De acordo com pesquisadores do assunto, uma startup é uma organização de caráter temporário, formada para a criação de um modelo de negócio que seja repetível, escalável e lucrativo. Seu desafio é recombinar estruturas, redesenhar conceitos e gerar novidade por meio de novos produtos, processos produtivos e formas de gerir. Qualquer empresa com menos de três anos de criação e com projetos que se enquadrem nesses parâmetros poderá se candidatar ao apoio oferecido pelo SENAI Cimatec e por uma rede de empresas e instituições de suporte, que assumem o desafio de colocar a Bahia no patamar compatível com sua vocação, história e dimensões. [bi] rafael martins/SIstema FIEB

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Solução inovadora em saúde no trabalho Projeto Saúde do Homem é a nova metodologia do SESI para melhorar a qualidade de vida e a produtividade do trabalhador Por patrícia moreira

O Trabalhadores da Souza Netto durante atividade de treinamento em primeiros socorros

Serviço Social da Indústria (SESI) Bahia atua como parceiro das empresas industriais no provimento de soluções tecnológicas e metodológicas que auxiliem o setor produtivo a melhorar a competitividade, investindo tanto na qualificação quanto na qualidade de vida dos seus trabalhadores. Foi dentro desse contexto que surgiu o Projeto Nova Tecnologia de Promoção da Saúde do Homem na Indústria, aprovado pelo Edital SENAI-SESI de Inovação de 2011. Desenvolvido e testado ao longo de 22 meses, o projeto agora está sendo estruturado para integrar Acervo/Souza Netto

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o portfólio de SESI, passando a ser oferecido como mais um serviço para as empresas industriais. Gerente de Qualidade de Vida do SESI Bahia, Amélio Miranda explica que o projeto Saúde do Homem integra as ações da área de Segurança e Saúde do Trabalhador do SESI Bahia. A iniciativa foi justificada pela demanda por um produto que atendesse às empresas de forma multidisciplinar e integrada. Foi assim que foi estruturada uma rede de suporte para desenvolver ambientes de trabalho saudáveis, a partir da capacitação de profissionais das empresas. Foram vários encontros realizados ao longo de 2012/2013 para preparar os gestores, a fim de colocar em prática a proposta no ambiente das empresas. Para desenvolver o novo produto, o SESI contou com a parceria de empresas industriais como Souza Netto Engenharia, Pampulha Engenharia, Brisa Indústria de Tecidos Tecnológicos, Odebrecht Projeto, Braskem e Paranapanema. O método utilizado foi o de-

senvolvimento de um processo de capacitação com profissionais da Indústria e do SESI, realizado ao longo de 22 meses, por meio de módulos teóricos e práticos. Para isso, o SESI trouxe a Salvador alguns dos profissionais de referência na área, a exemplo de Ana Cristina Limongi, Ricardo De Marchi, Alberto Ogata, Steve Aldana, Marcos Luciano Messeder, Terezinha de Lisieux, dentre outros. Também foram promovidas tutorias presenciais para a construção de soluções articuladas de ambientes de trabalhos saudáveis, identificadas a partir dos resultados do Diagnóstico de Saúde e Estilo de Vida feito com trabalhadores das empresas parceiras.

RESULTADOS Em paralelo, foram desenvolvidas soluções criativas e inovadoras de Promoção da Saúde do Homem, com o objetivo de desconstruir preconceitos e estereótipos e fortalecer o autocuidado e a promoção da saúde, junto à população corporativa masculina das empresas parceiras.


Rafael Martins/Sistema FIEB

Um dos principais resultados obtidos com o projeto de inovação foi a redução de índices de absenteísmo na indústria, que passaram de 7,8% para 3,2% nas empresas acompanhadas. Para atingir estes resultados, foram adotadas iniciativas como Projeto Saúde na Sala de Aula, com a implementação de oficinas educativas. O projeto também apresenta soluções para lidar com o presenteísmo, outro problema comum no ambiente de trabalho, em que o profissional está presente, mas tem baixa pro-

dutividade em razão de problemas de saúde. Na Souza Netto Engenharia, uma das empresas onde o Projeto Saúde do Homem foi implantado, os resultados foram positivos, como aponta Alba Sena, coordenadora de Segurança e Saúde no Trabalho e de Qualidade da empresa. O projeto foi implantado na obra do Terrazzo Salvador, ao longo de dois anos. “Verificamos a redução do absenteísmo, uma melhoria na produtividade e os trabalhadores perceberam que a empresa estava

Alba Sena, da Souza Netto, atesta a redução do absenteísmo após aplicação do programa

preocupada com a saúde deles”, destaca Alba. No canteiro de obras da Souza Netto foram realizadas oficinas e ações na área de saúde bucal, nutrição saudável, higiene pessoal, massoterapia e ainda atenção psicológica, dentre outras. “Buscamos sempre incentivar a prevenção. Os homens nem sempre cuidam de sua saúde e nós conseguimos mostrar com este projeto que eles precisavam se cuidar por serem provedores de suas famílias. Foi um ganho para a empresa, que viu melhorar a produtividade dos trabalhadores, pois agregou valor para eles e suas famílias”, acrescenta Alba. A coordenadora observa ainda a importância de ter uma instituição como o SESI como parceiro. “O SESI oferece uma solução individualizada, moldada à necessidade da empresa”, justifica. Atualmente o projeto está sendo implementado na obra do condomínio Solaris, em Imbassahy, com expectativa de repetir os resultados obtidos anteriormente. As ações de educação e comunicação em saúde foram implementadas dentro de eixos temáticos previstos na Política de Atenção Integral à Saúde do Homem e Política Nacional de Promoção da Saúde. O trabalho incluiu atividades de prevenção ao consumo de álcool e outras drogas, das doenças sexualmente transmissíveis (DST), redução da violência no cotidiano do homem, prática da atividade física, associados com outros indicadores epidemiológicos, encontrados nos diagnósticos dos ambientes de trabalho (necessidade de ações de saúde bucal, ergonomia e prevenção de acidentes com lesão de MMSS). [bi] Bahia Indústria  21


O analista de Inovação do IEL, Litelton Pires, ministrou o último módulo da oficina

Roberto Abreu/Coperphoto/Sistema FIEB

Inovação e ecoeficiência Instituto Euvaldo Lodi (IEL Bahia) realiza oficinas de capacitação empresarial voltadas para as MPME industriais

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ndependentemente do porte da empresa, inovação e ecoeficiência são práticas que devem fazer parte da rotina de gestão. Foi esta a mensagem que o Instituto Euvaldo Lodi (IEL Bahia) deixou aos participantes das Oficinas de Inovação Ecoeficiente IEL, realizadas ao longo do mês de abril, em Salvador. “As micro, pequenas e médias empresas em geral ainda desconhecem a importância destas temáticas”, ressaltou o analista de Inovação do IEL, Litelton Pires, que ministrou um dos módulos da oficina. De acordo com o analista do IEL, um dos principais desafios da oficina é mostrar, com linguagem lúdica e exemplos práticos, como estes temas podem ser incorporados à rotina empresarial de forma a trazer resultados para o empreendimento. “A inovação é importante para aumentar a competitividade das empresas, fazer com que se diferenciem no mercado e atinjam seus objetivos estratégicos”, pontuou Pires. O analista também apresentou aos participantes da capacitação algumas das ferramentas de suporte às empresas disponíveis no mercado. Entre os instrumentos técnicos, foram destacados o Inova Talentos, 22

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parceria entre o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que tem como objetivo ampliar o número de profissionais qualificados envolvidos com a inovação no setor industrial; e o Jogo da Inovação, projeto coordenado pelo IEL para assessorar as organizações na gestão de práticas inovadoras. A oficina também tratou dos principais instrumentos de financiamento de pesquisa para o desenvolvimento de produtos, processos e serviços inovadores em empresas, a exemplo do Edital TECNOVA, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB). “Aqui aprendi sobre métodos de inovação que podem ser aplicados

na empresa em que trabalho e contribuir para que ela conquiste novos mercados”, destacou Reinam Santos, técnico em Segurança e Meio Ambiente na BMD Têxteis. Além dos instrumentos de apoio à inovação, a capacitação empresarial, que teve duração de 32 horas, abordou temas como Inovações Ecoeficientes, Gestão da Inovação, Gestão da Propriedade Industrial e Elaboração de Projeto. O projetista Welber Vasques, da empresa de móveis planejados Formaplas, ressaltou a importância dos temas abordados e a didática adotada na capacitação. “Saio com um conhecimento mais aprofundado. Agora compreendo que a ecoeficiência é importante para que a empresa produza de forma adequada, reduzindo custos, e que a inovação deve estar presente em empresas de qualquer porte”, avaliou.

NOVA OPORTUNIDADE Além das oficinas realizadas no início e no final de abril, o IEL programou mais uma edição da Oficina de Inovação Ecoeficiente IEL, para o período de 5 a 9 de maio, no Hotel Sotero, no Stiep. A capacitação é gratuita e aberta ao público, mas as vagas são limitadas. Para efetuar a inscrição, os interessados devem ligar para (71) 33431526. Mais informações podem ser obtidas por telefone, nos números (71) 3343-1530 e 3343-1524, ou pelo e-mail industriaecoeficiente@fieb. org.br. [bi]


conselhos Jorge Cajazeira assume direção do Comam

Origem Digital agiliza liberação de mercadorias As empresas industriais, a partir deste mês de abril, já podem solicitar a Certificação de Origem Digital pela internet. A certificação online visa dar agilidade na liberação das mercadorias na alfândega e poderá ser solicitada por meio do Sistema COD, já implantado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com Ronnie Pimentel, coordenador da área de Comércio Exterior da CNI, além de gerar o certificado de origem, a confederação irá disponibilizar uma base de dados importante para os usuários. O cadastro para emissão da documentação para certificação de origem deve ser feito pelo site www.cod.cni.org.br Estiveram presentes ao seminário Ary Silveira Barbosa, representando o Comitê de Petróleo e Gás da FIEB, e José Armando Ribeiro, representante da Receita Federal.

Auditor da Receita apresenta benefícios do Repetro, na FIEB

O presidente do Sindicato das Indústrias de papel e Celulose da Bahia (Sindpacel), Jorge Cajazeira, foi eleito para coordenar as ações do Conselho de Meio Ambiente da FIEB (Comam). Ele tem como meta realizar um trabalho de continuidade, mas pretende eleger cinco premissas principais, de forma a trabalhar mais profundamente sobre estes temas. “Vamos colocar a proposta para os integrantes do conselho e definir quais serão estes cinco pontos que afetam a indústria baiana”, observou Cajazeira. Outra iniciativa do novo coordenador será buscar uma maior aproximação e diálogo com a academia, o Ministério Público, a Polícia Ambiental e organizações não-governamentais. Para isso, o Comam passará a contar com mais quatro membros, representantes destas entidades. Outra proposta é trabalhar para a construção de um Conselho de Estabilidade, que reuniria o Comam e o Conselho de Responsabilidade Social. rafael martins/SIstema FIEB

Conjuntura econômica em perspectiva O economista-chefe do Opportunity, Alexandre Bassoli, participou, no dia 18 de março, em Salvador, de café da manhã realizado com o apoio do Comitê de Jovens Lideranças (CJLI) da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). Durante o encontro, promovido pela Esferaquatro Consultoria, o Opportunity e a Associação de Jovens Empreendedores da Bahia, Bassoli apresentou as perspectivas e a conjuntura do cenário econômico do país para 60 empresários.

Conselho de Petróleo e Gás discute o Repetro Considerado um estímulo ao desenvolvimento do setor de Petróleo e Gás, as vantagens do Regime Aduaneiro Especial de Exportação e Importação de Bens Destinados à Exploração e à Produção de Petróleo e Gás natural (Repetro) foram apresentadas na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) pelo auditor fiscal da Receita Federal do Brasil, Luís Henrique Guimarães. O tema foi tratado no seminário Repetro: Incentivo Fiscal à indústria de Petróleo e Gás, realizado por iniciativa do Conselho de Petróleo e Gás da FIEB, em parceria com a Receita Federal e a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Instantaneidade no processo de importação e exportação e celeridade nos trâmites formais são alguns dos benefícios da Instrução Normativa, que tem como principal exigência a obrigatoriedade de entrega das solicitações por meio digital.

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Sistema FIEB na ExpoConquista

S

etecentos expositores, público estimado em 200 mil pessoas e expectativa de movimentação de mais de R$ 100 milhões em negócios. Os números expressivos da Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Vitória da Conquista (ExpoConquista) apontam a importância da feira para a região Sudoeste. Com 48 anos de existência, a exposição contou com uma novidade em 2014: pela primeira vez, o Sistema FIEB montou um estande institucional no evento. “Essa é uma grande oportunidade para que o Sistema FIEB

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se aproxime do público e atraia a comunidade e o empresariado local para conhecer melhor e utilizar mais os recursos oferecidos”, explicou Evandro Mazo, gerente-geral do Centro das Indústrias da Bahia (CIEB), na noite de abertura de evento, em março. A participação do Sistema FIEB se deu em parceria com a Associação das Indústrias de Vitória da Conquista (Ainvic). “A aproximação com a FIEB é importante para o fortalecimento da indústria local, com um intercâmbio de informações estratégicas e o apoio às empresas instaladas na região”,

Produtos e serviços do SESI, SENAI, IEL, CIEB foram apresentados ao público da região Sudoeste Por Marta Erhardt

pontuou o presidente da Ainvic, Sílvio Corradi. Em visita ao espaço de 5oo m 2, empresários da região aprovaram a iniciativa. “Atuação do CIEB na interlocução entre empresários e o Sistema FIEB também tem sido importante para levar os nossos pleitos”, avaliou Ronaldo Bulhões, diretor da ZAB, empresa de produtos de limpeza. Durante os dez dias de feira, as instituições que integram o Sistema FIEB – SESI, SENAI, IEL, CIEB – apresentaram ao público seus produtos e serviços. O estande montado contou com um auditório, onde os participantes da feira puderam conferir, gratuitamente, uma programação diversificada, que incluiu palestras em diversas áreas, café de negócios, rodada de crédito e workshop. A participação do Sistema FIEB na ExpoConquista 2014 integra as ações do Programa de Interioriza-


Arthur Garcia/Coperphoto/Sistema FIEB

ção, lançado na região em maio de 2013, com o objetivo de contribuir para o aumento da competitividade da indústria baiana e para a melhoria das condições de atratividade de novos empreendimentos para o estado. O programa visa fortalecer a representação empresarial e promover o desenvolvimento associativo no interior do estado, com a atuação do CIEB e FIEB, e prevê um incremento da oferta de serviços de educação e qualificação profissional, capacitação empresarial, apoio à inovação e saúde e segurança do trabalhador, realizados pelo SESI, SENAI e IEL. Este último, por exemplo, apresenta crescimento anual de 10% no volume de atividades na região e tem como meta ampliar o número de atendimentos, de acordo com a gerente de Estágio e Formação de Talentos, Edneide Lima. “A ideia é trazer para esta regional

todos os serviços do portfólio do IEL”, conta.

UNIDADE INTEGRADA Para que o atendimento do Sistema FIEB na região seja ampliado, será construída em Vitória da Conquista uma unidade integrada que irá reunir os serviços realizados pelas instituições que integram o Sistema. A nova unidade, que vai funcionar na Avenida Olívia Flores, receberá investimentos na ordem de R$20 milhões e vai atender às demandas das empresas do sudoeste baiano. “O Sistema FIEB tem uma atuação consolidada, com treinamentos, atendimento em saúde e segurança do trabalho, cursos para lideranças e in company. A unidade integrada vai facilitar muito para o empresariado encontrar tudo num mesmo lugar”, avalia Valdevino de Souza, diretor da Engeflex, empresa de embalagens plásticas.

Representantes do Sistema FIEB no evento que apresentou aos empresários os serviços do SESI, SENAI e IEL

A nova estrutura vai permitir que o SESI dobre o atendimento às indústrias da região em um ano, de acordo com o gerente da unidade Sudoeste, Fabrício Vieira. Segundo ele, a principal demanda da região é por atendimento na área de Segurança e Saúde no Trabalho, mas a instituição também tem atuado para a elevação da escolaridade do trabalhador, incluindo a oferta de Ensino Médio EaD (Ensino a Distância). Outra demanda do empresariado da região é por qualificação de mão de obra para as indústrias locais. Por conta disto, o SENAI passou a contar com uma unidade de atendimento com capacidade para três mil alunos por dia. Atualmente, são oferecidos mais de 20 cursos profissionalizantes na região Sudoeste, nas áreas de Construção Civil, Equipamentos Móveis Industriais, entre outros. [bi] Bahia Indústria  25


indicadores  Números da Indústria

Indústria mantém ritmo de expansão Crescimento de 3,5% na produção industrial da Bahia tem influência de segmentos como metalurgia e refino de petróleo

E

m fevereiro de 2014, a taxa anualizada da produção física da indústria de transformação da Bahia cresceu 3,5%, acima da registrada em janeiro de 2014 (3,3%). Dessa forma, o setor manteve o ritmo de expansão da atividade produtiva industrial no Estado, de acordo com pesquisa realizada pelo IBGE. No ranking dos 13 estados que participam da pesquisa, nove deles apresentaram desempenho positivo: Rio Grande do Sul (7%), Paraná (6,9%), Goiás (4,9%), Bahia (3,5%), Pernambuco (2,6%), Ceará (2,6%), Amazonas (2,1%), Santa Catarina (1,6%) e Rio de Janeiro (0,1%). Os outros quatro estados registraram resultados negativos: Espírito Santo (-7,4%), Pará (-6,2%), Minas Gerais (-0,3%) e São Paulo (-0,1%). Na Bahia, dos oito segmentos pesquisados pelo IBGE, seis apresentaram resultados positivos: Metalurgia Básica (19,4%, com crescimento na produção de barras, perfis e vergalhões de cobre, além de ligas de cobre e vergalhões de aços ao carbono); Refino de Petróleo e Produção de Álcool (13%, com maior fabricação de óleo diesel e outros óleos combustíveis, gasolina automotiva e querosenes de aviação); Minerais não-metálicos (3,7%); Veículos Automotores (2,8%); e Produtos Químicos/Petroquímicos (0,2%). Por outro lado, apresentaram retração ou variação nula os segmentos Alimentos e Bebidas (-7,8%); Celulose e Papel (-0,6%); e Borracha e Plástico (0,0%).

FEVEREIRO ESTÁVEL Na comparação de fevereiro de 2014 com igual mês do ano anterior, a produção física da indústria de transformação baiana manteve-se estável (contra um aumento de 5,3% da média Brasil). Cinco dos oito 26  Bahia Indústria


segmentos da Indústria de Transformação registraram expansão na atividade: Refino de Petróleo e Produção de Álcool (10,1%), Minerais não-metálicos (7%, com expansão na produção de cimentos “Portland” e de ladrilhos e placas de cerâmica para pavimentação ou revestimento), Metalurgia Básica (4,9%), Celulose e Papel (2,4%, com aumento na produção de celulose) e Borracha e Plástico (0,4%). No sentido contrário, houve queda na produção de Veículos Automotores (-37%); de Alimentos e Bebidas (-6,2%, redução na produção de óleo de soja refinado e bruto, farinhas e "pellets" da extração do óleo de soja e refrigerantes); e de Produtos Químicos/Petroquímicos (-5,7%, com menor produção de policloreto de vinila - PVC e dióxidos de titânio). Tendo em conta o acumulado do primeiro bimestre deste ano, em comparação a igual período de 2013, verifica-se uma queda de 0,3% na indústria de transformação baiana. Tal desempenho foi determinado pelo resultado dos seguintes segmentos: Veículos Automotores (-53,3%), Alimentos e Bebidas (-11%), Borracha e Plástico (-8%), Metalurgia Básica (-3,7%) e Celulose e Papel (-3,5%). Por outro lado, houve expansão da produção nos segmentos de Refino de Petróleo e Prod. Álcool (11,3%), Minerais não-metálicos (8,2%) e Produtos Químicos/Petroquímicos (1,5%). De modo geral, o resultado positivo da Bahia (acima da média nacional, em termos anualizados) está relacionado, sobretudo, ao desempenho dos segmentos de Metalurgia Básica e Refino de Petróleo e Produção de Álcool. [bi]

bahia: pim-pf de fevereiro de 2014 Setores fev14/fev13

Variação (%)

Jan-fev14/ mar13-fev14/ Jan-fev13 mar12fev13

Indústria de Transformação (1) 0,0 -0,3 3,5 Refino de Petróleo e Prod. Álcool 10,1 11,3 13,0 Produtos Químicos/Petroquímicos -5,7 1,5 0,2 Veículos Automotores -37,0 -53,3 2,8 Alimentos e Bebidas -6,2 -11,0 -7,8 Celulose e Papel 2,4 -3,5 -0,6 Metalurgia Básica 4,9 -3,7 19,4 Borracha e Plástico 0,4 -8,0 0,0 Minerais não-metálicos 7,0 8,2 3,7 Extrativa Mineral (2) 2,1 4,2 0,4

produção física por estado: indústria de transformação Estados

Fev14/ fev13

Variação (%)

Jan-fev 14/ mar13-fev14/ Jan-fev 13 mar12-fev13

São Paulo 0,2 -2,4 -0,1 Minas Gerais 10,5 2,0 -0,3 Rio de Janeiro 0,6 -1,8 0,1 Paraná 17,7 2,3 6,9 Rio Grande do Sul 2,8 2,0 7,0 Bahia 0,0 -0,3 3,5 Santa Catarina 1,8 1,1 1,6 Amazonas 15,4 6,3 2,1 Espírito Santo 2,4 1,3 -7,4 Pará 0,4 2,7 -6,2 Goiás -3,1 -0,8 4,9 Pernambuco 7,2 8,3 2,6 Ceará 5,9 0,8 2,6 Brasil 5,3 1,4 1,4

(1) De acordo com a Pesquisa Industrial Anual (PIA) 2006 (divulgada em junho de 2008), os 8 segmentos acima arrolados somaram 83,5% do Valor da Transformação Industrial (VTI) do Estado da Bahia, em 2006

Fonte IBGE; elaboração Fieb/SDI

BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2012 - 2014) 140 135 2013

130 125 120 115

2012

2014

110 105 100

DEZ

NOV

OUT

SET

AGO

JUL

JUN

MAI

ABR

MAR

FEV

JAN

95

Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14); base = 100 (média 2002)

Bahia Indústria  27


Educação ambiental SESI apoia iniciativa do Ford que promove educação ambiental na rede pública de Camaçari Por Patrícia Moreira Foto Rafael Martins

D

uas vezes por semana, estudantes do Ensino Fundamental da rede pública de Camaçari têm uma aula de campo especial. Aprendem sobre a importância de se preservar o verde, conhecem uma estufa onde são produzidas por ano 22 mil mudas de árvores frutíferas e nativas, além de plantas ornamentais, visitam a horta em forma de mandala, construída com garrafas Pet e onde estão plantadas ervas medicinais e hortaliças. Também têm a oportunidade de conhecer o minhocário – criatório de minhocas –, e aprendem como fazer uma muda de planta, que levam para casa. Outra parte da experiência inclui conhecer a horta vertical, que reaproveita garrafas Pet para fazer horta sobre muros e paredes. Ao final de tudo, eles fazem um juramento e ganham um bottom, tornando-se Amigos da Natureza e saem de lá conscientes da importância da coleta seletiva, reciclagem e da sustentabilidade. Em uma segunda etapa do programa é prevista a implantação de uma horta vertical. É dessa forma lúdica e prática que o Serviço Social da Indústria (SESI Bahia), por meio da Unidade de Responsabilidade Social, participa do programa de educação ambiental como parceiro da Ford. O SESI é responsável pela organização das visitas e desenvolvimento das atividades educativas no Centro de Educação Ambiental, além de fazer a articulação com a Secretaria Municipal de Educação de Camaçari. Para conhecer de perto esta e outras iniciativas da montadora na área social, o presidente mundial do Ford Fund e Serviços Comunitários, Jim Vella, veio

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Presidente Mundial do Fundo Ford, Jim Vella, visitou projeto ambiental desenvolvido com o SESI e até plantou uma muda de Pau-Brasil

à Bahia no dia 26 de março. Além de visitar as instalações do Centro Ambiental e condecorar os estudantes que estavam visitando a unidade, ele também fez o plantio de uma muda de Pau-Brasil e conheceu as instalações da unidade, localizada próxima da planta da montadora, em Camaçari. O Ford Fund é o mantenedor do Centro e do programa de educação ambiental.

Responsabilidade social Jim Vella foi recebido na Casa Ambiental por 34 crianças da Escola Municipal Marcelina Bispo da Silva, do distrito de Monte Gordo. “Embora nosso objetivo principal seja produzir carros e caminhões de alta qualidade, temos também forte responsabilidade de ajudar a desenvolver as comunidades nas regiões onde temos negócios. E para cumprir este objetivo, precisamos muito de parceiros como o SESI. Aprendi,


ao viajar pelo mundo, que a chave para maximizar trabalhos sociais é estabelecer parcerias”, observou o presidente do Ford Fund. Representando o SESI Bahia, a gerente de Responsabilidade Social, Adriana Reis, manifestou a satisfação de poder contribuir com a Ford para o desenvolvimento sustentável da região de Camaçari por meio da educação ambiental. “O SESI tem o papel de contribuir com os programas de responsabilidade social das empresas industriais e para nós é importante contribuir para mudar o comportamento e promover conscientização ambiental”, explicou.

A coordenadora pedagógica da Secretaria de Educação de Camaçari, Iane da Costa, destacou o quanto a iniciativa vem sendo positiva. Segundo ela, os alunos acabam transformando-se em multiplicadores de informações no ambiente escolar. A prova quem dá são os próprios envolvidos na iniciativa. Para Maria Camila Silva, 10, o mais importante da visita ao Centro de Educação Ambiental foi o aprendizado sobre como cuidar da natureza. Para Talita Oliveira, 10, o importante foi aprender como plantar e reciclar.

ampliação O projeto foi iniciado, em caráter experimental, no segundo semestre de 2013 e já atendeu 30 escolas municipais, totalizando 1.042 alunos. Já foram implantadas mais de 20 hortas e até o mês de junho, outras 20 serão plantadas nas escolas de Camaçari. Durante a tarde, Jim Vella teve a oportunidade de

conhecer outro projeto realizado em parceria com o SESI, o de Promoção da Saúde Bucal, oferecido por meio do Odontomóvel, que prevê atendimento odontológico gratuito nas escolas de Camaçari, em uma van Transit adaptada com um consultório. A unidade acumula mais de 11,5 mil ações individuais e coletivas realizadas, incluindo escovações e aplicação de flúor, 4,5 mil procedimentos clínicos e 1,7 mil tratamentos concluídos. Jim Vella visitou o do Odontomóvel e entregou um certificado de Cárie Zero para a escola e kit de higiene para um estudante. [bi] Bahia Indústria  29


painel Rafael Martins/Sistema FIEB

Estudante americano conhece o Join O estudante de MBA da Escola de Negócios Darden, da Universidade da Virginia, nos Estados Unidos, Ayush Bharti, veio à Bahia conhecer de perto a tecnologia do Jogo da Inovação (Join). Ele acompanhou a equipe técnica do Join e visitou as empresas atendidas. Além de interagir com empresários e os comitês de gestão da tecnologia, Bharti conversou com membros do IEL-Bahia. O estudante escolheu o projeto baiano como um novo formato capaz de gerar impactos na cultura empresarial e, também, na vida pessoal dos envolvidos com a inovação na empresa. O Join que começou, no dia 13 de março, sua terceira turma de empresas atendidas em Salvador, já foi testado por mais de 20 empresas no estado.

Empresários foram orientados sobre prevenção de acidentes

Novos cursos de capacitação empresarial O Programa de Desenvolvimento Associativo, iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizado em parceria com a FIEB, está oferecendo três novos cursos de capacitação para empresários e representantes de indústrias baianas. Os cursos abordaram o atendimento à fiscalização do trabalho, a redução da tarifa de energia elétrica e a prevenção de problemas ambientais. A capacitação mais recente foi promovida em Feira de Santana, no dia 9 de abril, sobre como prevenir problemas ambientais. Outras duas, em Salvador e Feira, orientaram sobre a fiscalização do trabalho. Para ter acesso ao calendário dos cursos e reservar vagas, os interessados devem encaminhar e-mail para: capacitacaosindical@fieb.org.br ou ligar para (71) 3343 1249.

Cooperativa compartilha experiência em Alagoas Uma das instituições atendidas pelo Centro Internacional de Negócios da FIEB, por meio do Programa de Competitividade para Internacionalização das MPMEs da Bahia, a Cooperativa de Produtores Rurais da APA do Pratigi (Cooprap) foi selecionada para participar do Seminário de Promoção as Exportações (Sempex 2014), que acontece no dia 25 de maio em Alagoas. Na oportunidade, a Cooprap vai compartilhar sua experiência de sucesso. A cooperativa compreende um conglomerado de produtores de piaçava da região do Baixo Sul da Bahia que tem como principal atividade econômica a extração e tratamento de fibra de piaçava para venda in natura e fabricação de vassouras.

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Feira de Petróleo e Gás na Noruega Empresários baianos interessados em gerar oportunidades de negócios e firmar parcerias comerciais e tecnológicas nos setores de petróleo e gás e energia podem participar da Missão Empresarial Prospectiva à Feira Offshore Northern Seas (ONS) 2014, que acontece entre os dias 25 e 30 de agosto em Stavanger, na Noruega. A Feira ONS é maior evento internacional direcionado para o setor de petróleo e gás e energia. Informações: (71) 3343-1359 / 3343-1424/ E-mail: cin-fieb@ fieb.org.br

Missão empresarial a feira de cosmética Empresários baianos e de outros estados participaram da missão à Feira Cosmoprof Bologna 2014, que aconteceu de 4 a 7 de abril, na Itália, com o objetivo de aproximar os empresários brasileiros dos padrões internacionais de produção e recursos de inovação tecnológica. Os participantes fizeram visitas técnicas a instituições de apoio, centros de pesquisa e empresas em Milão e Ferrara, além de terem encontros de negócios e a participação garantida no estante coletivo com 72 metros quadrados. A feira é considerada o maior evento mundial de Cosmética e Beleza com foco em negócios, novas tecnologias e inovação.


Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

Orientação ambiental Visando contribuir para que as empresas possam exercer suas atividades, em conformidade com a legislação ambiental, a FIEB elaborou folheto informativo sobre as principais obrigações legais a serem cumpridas anualmente pelas empresas. Esta iniciativa faz parte das atividades do Projeto Indústria Baiana Sustentável FIEB, da Gerência de Desenvolvimento Sustentável, que tem como objetivo contribuir para que as indústrias baianas tenham conhecimento e atendam às exigências legais, evitando multas e penalidades e, até mesmo, riscos de interrupção de suas atividades.

Leone Peter entrega diploma a um dos alunos formados pelo Pronatec, no SENAI

Pronatec diploma 400 alunos em Alagoinhas Em cerimônia que reuniu o governador Jaques Wagner, a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Teresa Campello, e o diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Leone Peter, foram diplomados em Alagoinhas, no dia 11 de abril, mais de 400 alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). A cerimônia foi realizada no Ginásio de Esporte do município. Os cursos mais procurados são os de eletricista industrial, mecânico de máquinas industriais, assistente de planejamento e controle de produção, almoxarife e agente de observação de segurança. A formação é realizada pelo SENAI, que está capacitando outros 1,2 mil alunos no município em um dos cursos oferecidos pelo programa. Ivan Cruz/Coperphoto/Sistema FIEB

Gerente apresenta o programa de adequação à NR-12

Fieb e Sebrae fazem evento conjunto Aproximar as entidades do Sistema FIEB e o Sebrae dos empresários industriais do interior do estado é o objetivo dos Encontros Empresariais, que no dia 3 de abril foi realizado em Juazeiro. Na oportunidade, foram apresentadas aos empresários e representantes de empresas do Vale do São Francisco as soluções oferecidas pelo SESI, SENAI, IEL e CIEB e pelo Sebrae. O evento reuniu cerca de 80 participantes. O gerente da unidade SESI de Juazeiro, Alessandro Brito, apresentou o Programa de Adequação à NR-12 – Segurança do Trabalho em Máquinas e Equipamentos. O SENAI anunciou a ampliação do número de salas de aula em Juazeiro para os cursos de qualificação profissional. Somente neste ano o SENAI realizou mais de mil matrículas em cursos profissionalizantes. O público também conheceu as soluções de gestão tecnológica para a indústria oferecidas pelo Sebrae, a exemplo do Sebraetec.

Bahia Indústria  31


jurídico

Apresentado novo cronograma para cadastro no e-Social O Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas – eSocial, que reúne informações da folha de pagamento e demais obrigações acessórias relativas à contratação e utilização de mão de obra onerosa, com ou sem vínculo empregatício, tornou-se obrigatório pelo Ato Declaratório Executivo SUFIS nº 05, de 17 de julho de 2013. Todos os empregadores, inclusive os domésticos e as micro e pequenas empresas, serão obrigados a implantar o eSocial, conforme cronograma estimado detalhado abaixo. O sistema deve eliminar algumas obrigações acessórias a partir de 2015, como Dirf, Rais, GFIP, Caged, o que proporcionará maior transparência na fiscalização, controle, combate à sonegação e garantia de acesso à informação por parte dos trabalhadores. O eSocial também demandará

Protocolo ICMS 21 é suspenso

dos empresários rigor na organização, controle e cumprimento das diversas obrigações trabalhistas, fiscais e previdenciárias, devendo ser atendidos os prazos específicos para inserção das informações. Para melhor compreensão do sistema, e diante da obrigatoriedade da sua implantação, recomenda-se que empregador e contribuinte acessem o site do eSocial (http://www.esocial.gov.br), onde encontrarão as regras e orientações para a nova forma de cumprimento das suas obrigações, dentre as quais a versão 1.1 do Manual de Orientação do Sistema de Escrituração Digital - eSocial. Os empregadores deverão fazer o cadastro inicial, conforme cronograma estimado apresentado pelo Governo em março deste ano, que está sujeito a alterações e ainda pendente de publicação de Ato Normativo.

CRONOGRAMA DE CADASTRAMENTO EMPREGADOR Produtor Rural Pessoa Física e Segurado Especial

Cadastro Inicial até 01/05/2014

Empresas tributadas pelo Lucro Real

até 31/10/2014

Empresas tributadas pelo Lucro Presumido, Entidades Imunes e Isentas e optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional, Micro Empreendedor Individual (MEI), Contribuinte Individual equiparado à empresa e outros equiparados à empresa ou ao empregador

Cronograma em análise pelos Ministérios e pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República

Órgãos da Administração Direta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, bem como suas Autarquias e Fundações

até 31/01/2015

32  Bahia Indústria

O STF concedeu liminar nos autos da ADIn nº 4628 para suspender a eficácia do Protocolo ICMS nº 21/11, do Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ, que autoriza os Estados subscritores a exigirem o pagamento complementar do ICMS em operações de vendas interestaduais realizadas de forma não presencial. O Relator entendeu que o Protocolo é inconstitucional, pois permite dupla incidência do referido imposto sobre os estabelecimentos remetentes (e-comerce e telemarketing) em violação ao art. 155, §2º, VII, “b”, CF/88.

Trabalho no domingo é regulamentado A Portaria nº 375 do MTE, publicada no DOU de 24/03/14, regulamentou os pedidos de autorização para o trabalho aos domingos e feriados. A norma revogou a Portaria nº 3118/89 do MTE que tratava do assunto e inovou ao estipular que, aferidas irregularidades referentes à jornada, descanso, segurança e saúde no trabalho nos últimos 5 anos, o pedido será sobrestado, condicionando-se posterior decisão à realização de inspeção no local. No caso de reincidência nestas irregularidades, a empresa terá o seu pedido indeferido.


ideias

Entender o todo Por Kenneth Almeida

Agrupar Indústrias sob um guarda-chuva de classificação (ex.: “Mineração”, “Alimentos e Bebidas”, etc.) é um desafio complexo. Ainda que haja definições institucionais de apoio – públicas ou privadas – pensando o tipo de produto/método produtivo, o porte da organização e, ainda, as regiões onde elas estão inseridas, a tarefa torna-se hercúlea. Ultrapassando-se essas barreiras iniciais, entretanto, realizar a classificação e o agrupamento torna-se um exercício útil para entender as perspectivas de um conjunto de empresas industriais similares, permitindo-se compreender seus principais resultados produtivos/criação de riqueza, a projeção de tendências futuras e, ainda, a eventual organização de um portfólio de soluções aplicável a um coletivo com necessidades similares. Avaliar aspectos de formação da mão-de-obra em educação básica em relação aos segmentos, por exemplo, torna-se um exercício salutar. Afinal, o perfil de força de trabalho no segmento da construção civil é similar ao do segmento da petroquímica? Observando-se os dados da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego do ano base 2012 (RAIS 2012) há pontos de similaridade, mas a maior parte das informações aponta que há diferenças significativas. Certamente, esse dado está associado ao processo produtivo relacionado ao segmento. Mas o que importa é que as implicações

dessa constatação podem e devem fundamentar estratégias diferenciadas de atuação de prestadores de serviços educacionais (públicos e privados), organizações institucionais de apoio/regulação e as políticas do poder público. Como formar os trabalhadores e os potenciais entrantes no mercado de trabalho nesses segmentos? Certamente, essa questão enseja estratégias diferentes associadas a cada um dos segmentos. Em um segundo exercício, podemos comparar outros dois segmentos industriais a partir do seguinte questionamento: os trabalhadores da indústria da Mineração têm o mesmo perfil de força de trabalho que a indústria do vestuário/confecção? Em um ponto, claramente, a distinção é acentuada (RAIS 2012). No que se refere ao gênero, homens e mulheres distribuem-se de maneira assimétrica entre esses dois segmentos: enquanto na mineração há concentração expressiva do gênero masculino, no vestuário/ confecção a força de trabalho é eminentemente feminina. Por si, essa informação já agrega a possibilidade de desenvolver estratégias de gestão. Ao aproximar a lente de análise, o “zoom” demonstra haver mais pontos a avaliar que vão apoiar o “como” intervir. Em estudos do Serviço Social da Indústria (SESI), realizados em 2012, as causas de afastamento de trabalhadores da Indústria – maiores do que 15 dias – apresentam diferenças significativas associadas à questão do gênero: enquanto homens

A necessidade de organizar essas informações levaram o SESI a definir uma estratégia de investigação aprofundada para os segmentos industriais

Kenneth Almeida, gerente do Núcleo Estratégico do SESI

se afastam em sua maior parte pelos “acidentes em geral”, as mulheres se afastam por “doenças ósteo-musculares”. Ora, esse dado aprofundado precisa ser convertido em planos diferentes de ação nos segmentos mencionados. Afinal, a estratégia de gestão da Segurança e Saúde no Trabalho deve respeitar o contexto e a realidade referentes ao coletivo de organizações de um segmento. A necessidade de organizar essas informações fizeram com que o SESI definisse uma estratégia de investigação aprofundada para os segmentos industriais, selecionando, em ordem de prioridade, aqueles que concentram o maior número de estabelecimentos industriais e trabalhadores no Estado da Bahia, bem como aqueles com um potencial de crescimento expressivo para os próximos anos. À metodologia de avaliação das bases de dados do expressivo atendimento histórico do SESI, agregam-se os painéis de discussão com os principais especialistas do Estado organizados por segmentos industriais. “Entender o todo para atender as partes” é um conceito central na Estratégia do SESI. [bi] Bahia Indústria  33


leitura&entretenimento fotos divulgação

exposição Mabe, da figura à abstração O universo criativo de Manabu Mabe (1924-1997), artista contemporâneo de origem japonesa, que chegou ao Brasil aos 10 anos e aqui desenvolveu sua arte baseada na escola abstracionista, está ao alcance do público de Salvador em 30 obras e cinco desenhos concebidos entre os anos de 1945 e 1959. A mostra Chove no cafezal. Mabe, da Figura à Abstração apresenta o período em que o artista desvencilha-se da linguagem pictórica para uma proposta mais abstrata, tendência que marcou a arte brasileira dos anos 1950. Conciliando vigor com delicadeza, e misturando oriente e ocidente, a obra de Mabe tem a marca das cores vivas.

Não perca Caixa Cultural, ter. a dom.,9h às 18h / Rua Carlos Gomes, 57, Centro, Salvador / Gratuito / Informações: (71) 3421-4200

As tramas de Chico Mazzoni O artista plástico e também professor de arquitetura Chico Mazzoni comemora 31 anos de carreira como artista plástico com uma mostra no Palacete das Artes. A exposição, denominada Tramas Sinceras, reúne 31 telas com pinturas que remetem à tapeçaria oriental. Todas as obras que estão sendo expostas foram feitas a partir da técnica obtida com tinta acrílica em baixo relevo, que o artista vem desenvolvendo ao longo dos anos. De acordo com a crítica de arte Matilde Matos, o artista é um grande desenhista, um dos mais promissores. Em Tramas Sinceras Chico Mazzoni utiliza muitas cores e formas, passando uma pureza e calmaria. Além das telas, uma sala separada apresenta outros 26 desenhos do artista. Não perca Palacete das Artes, Seg. a dom., 13h às 19h / Rua da Graça, 284, Graça, Salvador / Gratuito / Informações: (71) 3117-6997

livros

O futuro da indústria no Brasil: Desindustrialização em debate Edmar Bacha (Org.) Civilização Brasileira, 420 p. R$ 50

34 Bahia Indústria

Desindustrialização em debate

Raio X da Copa

Explicar as razões que levaram a indústria de transformação nacional a sair de 25% para 15% de participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 1985 até os dias atuais é o que busca este livro, que reúne artigos dos mais renomados especialistas econômicos do país. Estamos falando da desindustrialização. O livro tem o intuito de colocar em debate questões fundamentais para o entendimento dos rumos da economia do país, entre elas, o que é desindustrialização.

Correspondente de O Estado de S. Paulo na Suíça, o jornalista Jamil Chade acompanhou durante 10 anos as negociações em torno da escolha do Brasil para sediar a Copa de 2014 e teve acesso privilegiado aos corredores da Fifa e às principais figuras que movimentaram o Mundial. Ele expõe as tenebrosas transações entre CBF e governo e mostra como duas entidades supostamente sem fins lucrativos tornaram a Copa de 2014 no evento mais rentável de suas histórias.

A Copa como ela é Jamil Chade Companhia das Letras, 128 p., 2014 R$ 5,99 (e-book)


Bahia Indústria  35



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