Revista Bahia Indústria - Ano XXIII Nº 246

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Bahia Federação das Indústrias do Estado da Bahia  Sistema FIEB

O pior da crise já passou? Segmentos importantes da indústria na Bahia podem voltar a crescer em 2017

ISSN 1679-2645

Ano XXIII nº 246  2016



EDITORIAL

Medidas para a volta do crescimento A aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 55, que estabelece teto para os gastos públicos nos próximos 20 anos, é uma importante vitória para o governo federal, mas não pode ser encarada como um fim em si mesma. Medida de caráter restritivo, precisa ser acompanhada de outras iniciativas, sem as quais o país não voltará a crescer de forma sustentável. A primeira dessas, a reforma da Previdência, é um remédio amargo, mas necessário, na medida em que o crescente descasamento entre receitas e despesas, estas sempre maiores, ameaça inviabilizar em futuro próximo o sistema de aposentadoria do brasileiro. Hoje, os principais segmentos organizados da sociedade têm a compreensão de que algo precisa ser feito para que o aumento da expectativa de vida se reflita na realidade previdenciária. Porém, enquanto os holofotes se voltam para a reforma da Previdência, há outra importante mudança a ser feita, mas que permanece à parte dos debates, talvez por não interessar ao Estado. É a reforma administrativa, necessária para modernizar o setor público e para forçar o Estado a focar naquilo que se espera de sua atuação; o estímulo à atividade econômica e ao emprego, bem como o investimento em educação, saúde e segurança pública. Por essa razão, o presidente da FIEB, Ricardo Alban, destacou a importância de se levar a efeito a reforma administrativa, em recente encontro com a imprensa. Mesmo com a aprovação da PEC 55 e ainda que a reforma da Previdência seja implementada, não se espera que, no curto prazo, o Brasil volte a crescer na medida de suas necessidades. Em 2017, o PIB brasileiro deve parar de cair e, até mesmo, experimentar certo crescimento, porém abaixo de 1%, conforme projeções do mercado. A indústria deve crescer em percentual semelhante. A Bahia deve acompanhar essa tendência. Não há crescimento por geração espontânea. A volta da atividade econômica e a criação de empregos têm como pressuposto a implementação das reformas estruturantes, acompanhadas de mudanças microeconômicas, como a redução dos juros, a modernização da infraestrutura, o estímulo à inovação e a adoção de medidas compensatórias na área do bem-estar social. Fomentada por um ambiente político conturbado, a crise econômica pode ser mais ou menos longa, a depender das decisões que o governo federal adote para atravessar as turbulências do momento.

Angelo pontes/Sistema FIEB

Presidente Ricardo Alban em encontro com a imprensa

Enquanto os holofotes se voltam para a reforma da Previdência, há outra importante mudança a ser feita, mas que permanece à parte dos debates, talvez por não interessar ao Estado. É a reforma administrativa


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Bahia FIEB PRESIDENTE Antonio Ricardo Alvarez Alban. 1° VICE-PRESIDENTE Carlos Henrique Jorge Gantois. VICE-PRESIDENTES Josair Santos Bastos; Eduardo Catharino Gordilho; Edison Virginio Nogueira Correia; Alexi Pelagio Gonçalves Portela Junior. DIRETORES TITULARES Alberto Cánovas Ruiz;Eduardo Meirelles Valente; Renata Lomanto Carneiro Müller; Fernando Luiz Fernandes; Juan José Rosario Lorenzo; Theofilo de Menezes Neto; José Carlos Telles Soares; Angelo Calmon de Sa Junior; Jefferson Noya Costa Lima; Luiz Fernando Kunrath; João Schaun Schnitman; Antonio Geraldo Moraes Pires; Mauricio Toledo de Freitas; Waldomiro Vidal de Araújo Filho. DIRETORES SUPLENTES Guilherme Moura Costa e Costa; Gladston José Dantas Campêlo; Cléber Guimarães Bastos; Jorge Catharino Gordilho; Marcelo Passos de Araújo; Roberto Mário Dantas de Farias

Antonio B. Cohim da Silva. 3º VICE-PRESIDENTE Roberto Fiamenghi. DIRETORES TITULARES Arlene A. Vilpert; Benedito A. Carneiro Filho; Cleber G. Bastos; Luiz da Costa Neto; Luis Fernando Galvão de Almeida; Marcelo Passos de Araújo; Mauricio Lassmann; Paula Cristina Cánovas Amorim; Hilton Moraes Lima; Thomas Campagna Kunrath; Walter José Papi; Wesley K. F. Carvalho. DIRETORES SUPLENTES Antonio Fernando S. Almeida; Carlos Antônio Unterberger Cerentini; Décio Alves Barreto Junior; Jorge R. de O. Chiachio; Fernando Elias Salamoni Cassis; José Luiz Poças Leitão Filho; Mauricio Carvalho Campos; Sudário M. da Costa; CONSELHO FISCAL - EFETIVOS Luiz Augusto Gantois de Carvalho; Rafael C. Valente; Roberto Ibrahim Uehbe. CONSELHO FISCAL – SUPLENTES Felipe Pôrto dos Anjos; Rodolpho Caribé de Araújo Pinho Neto; Thiago Motta da Costa

Editada pela Gerência de Comunicação Institucional do Sistema Fieb Editorial Mônica Mello, Cleber Borges e Patrícia Moreira. Coordenação editorial Cleber Borges. Editora Patrícia Moreira. reportagem Patrícia Moreira, Carolina Mendonça, Marta Erhardt, Luciane Vivas (colaboração). Projeto Gráfico e Diagramação Ana Clélia Rebouças. fotografia Coperphoto. Ilustração e Infografia Bamboo Editora. Impressão Gráfica Trio. Conselho

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que Jorge Gantois; Assuntos Fiscais e Tributários Sérgio Pedreira de Oliveira Souza; Comércio Exterior Angelo Calmon de Sá Junior; Economia e Desenvolvimento Industrial Antonio Sergio Alipio; Infraestrutura Marcos Galindo Pereira Lopes; Inovação e Tecnologia José Luis Gonçalves de Almeida; Meio Ambiente Jorge Emanuel Reis Cajazeira; Relações Trabalhistas Homero Ruben Rocha Arandas; Responsabilidade Social Empresarial Marconi Andraos Oliveira; Jovens Lideranças Industriais Nayana Carvalho Pedreira; Petróleo, Gás e naval Humberto Campos Rangel; Portos Sérgio Fraga Santos Faria

SENAI Presidente do Conselho Antonio Ricardo A. Alban. Diretor Regional Luís Alberto Breda Diretor de Tec. e Inovação

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SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Sede: 71 3534-8090

@Cimatec: (71) 3534-8090 @Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090 @Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-6349 @Barreiras: (77) 3612-2188

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sistema fieb nas mídias sociais

Sindicatos filiados à FIEB Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado da Bahia, sindacucarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem no Estado da Bahia, sindifiteba@gmail.com / Sindicato da Indústria do tabaco no Estado da Bahia, sinditabaco@fieb.org. br / Sindicato da Indústria do Curtimento de Couros e Peles no Estado da Bahia, sindicouroba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário de Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Candeias, Camaçari, Dias D’ávila e Santo Amaro, sindvest@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da Indústria de Extração de Óleos Vegetais e Animais e de Produtos de Cacau e Balas no Estado da Bahia, sindioleosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Cerveja e de Bebidas em Geral no Estado da Bahia, sindcerba@bol.com.br / Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia, sindpacel@hotmail.com / Sindicato das Indústrias do Trigo, Milho, Mandioca e de Massas Alimentícias e de Biscoitos no Estado da Bahia, sindtrigoba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Calcário, Cal e Gesso do Estado da Bahia, sindicalba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia, secretaria@sinduscon-ba.com.br / Sindicato da Indústria de Calçados, seus Componentes e Artefatos no Estado da Bahia, sindcalcadosba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado da Bahia, simmeb@uol.com.br / Sindicato das Indústrias de Cerâmica e Olaria do Estado da Bahia, sindicerba@gmail.com / Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza em geral e Velas do Estado da Bahia, sindisaboesba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias e Marcenarias de Salvador, Simões Filho, Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D’ávila, Sto. Antônio de Jesus, Feira de Santana e Valença, sindiscamba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Produtos Químicos, Petroquímicos e Resinas Sintéticas do Estado da Bahia, sinpeq@coficpolo.com.br / Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado da Bahia, sindiplasba@sindiplasba.org.br / Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia, sinprocimba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado da Bahia, sindbrit@svn.com.br / Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia, adm@quimbahia.com.br / Sindicato da Indústria de Mármores, Granitos e Similares do Estado da Bahia, simagranba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria Alimentar de Congelados, Sorvetes, Sucos, Concentrados e Liofilizados do Estado da Bahia, sindsucosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado da Bahia, sincarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário da Região de Feira de Santana, sindvestfeira@fbter.org.br / Sindicato da Indústria do Mobiliário do Estado da Bahia, moveba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia, sindratar@gmail.com.br / Sindicato das Indústrias de Café do Estado da Bahia, sincafeba@fieb. org.br / Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado da Bahia, sindileite@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares dos Municípios de Ilhéus e Itabuna, sinec@ sinec.org.br / Sindicato das Indústrias de Construção de Sistemas de Telecomunicações do Estado da Bahia, anaelisabete@telenge. com.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Feira de Santana, simmefs@simmefs.com.br / Sindicato das Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado da Bahia, sindirepaba@sindirepabahia.com.br / Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, sindipecas@sindipecas.org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia, sindcosmetic@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Artefatos de Plásticos, Borrachas, Têxteis, Produtos Médicos Hospitalares, sindiplast@gmail.com / Sindicato Patronal das Indústrias de Cerâmicas Vermelhas e Brancas para Construção e Olarias da Região Sudoeste e Oeste da Bahia sindiceso@gmail.com Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas do Nordeste (Siacan) siacan@veloxmail.com.br / Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) sinaval@sinaval.org.br / Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado da Bahia, sipaceb@gmail.com

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sumário

16 Expectativa de retomada Projeções apontam que a retomada do crescimento deve começar a partir de 2017

Rafael Martins/Arquivo/Sistema FIEB

nº 246 nov/dez.2016

26 joão alvarez/Sistema FIEB

silvio tito/Sistema FIEB

Válvulas de planta da indústria petroquímica, em foto da Shutterstock

12 miguel angelo/cni

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Ginástica Laboral

SENAI e SESI são destaque na OC2016

Fórum reuniu especialistas para debater sobre carreiras

Projeto do SESI melhora saúde de trabalhadores da indústria de Feira de Santana

O SENAI Bahia ficou na 8ª colocação na avaliação geral da Olimpíada do Conhecimento, com duas medalhas de ouro. O SESI foi selecionado para mostra nacional de ciências

Estudantes e jovens profissionais participaram de atividades e debates nas áreas de desenvolvimento de pessoas e mercado de trabalho, no Fórum IEL de Carreiras, em Salvador


Fotos angelo pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

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rês talentosas estudantes do ensino técnico do SESI, com a ajuda de um professor dedicado, conseguiram desenvolver um plástico biodegradável a partir do aproveitamento de uma matéria prima abundante no Nordeste: a mandioca. Com esse projeto, eles foram premiados na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, da Universidade de São Paulo, uma das instituições acadêmicas mais conceituadas do país. O Projeto Bioplástico foi apresentado pelas estudantes Aline Costa, Camila Pires e Ananda Lima, mais o professor Fernando Moutinho, da Escola Djalma Pessoa (localizada no bairro de Piatã, em Salvador), em uma oficina do seminário Agenda Bahia, evento anual organizado pela Rede Bahia, com apoio institucional do Sistema FIEB, que aconteceu no dia 9 de novembro. “Trabalhamos no universo da criação e inovação. A invenção não tem a necessidade de chegar ao mercado, mas a inovação, sim.

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Inovação para o mundo do trabalho Cases apresentados por estudantes do SESI e do SENAI e por jovens profissionais foram destaque no Agenda Bahia Por cleber borges


Esse é o impulso que nos move”, afirmou, na ocasião, o professor Moutinho. O bioplástico pode ser utilizado, dentre outras situações, no acondicionamento e transporte de mudas de plantas, em substituição ao plástico escuro tradicional, que permanece décadas sem se decompor na natureza. CASA INTELIGENTE Em outra oficina, o estudante do SENAI, Bruno de Araújo Silva, apresentou o projeto Automação para Casa Inteligente, um sistema de automação residencial desenvolvido com base na metodologia Theoprax (método de origem alemã que une o ensino ao exercício da prática, com o estudante sendo direcionado a resolver um problema da indústria a partir dos conteúdos estudados e sob a mediação de um professor). Utilizando uma miniatura de casa feita de madeira, o estudante mostrou que, com o sistema, é possível controlar e administrar os dispositivos elétricos e eletrônicos de uma casa – iluminação, tempera-

tura dos cômodos, posição da cortina, televisão e ar-condicionado – por meio de um computador ou utilizando um aplicativo no celular. Para desenvolver o projeto, Bruno Silva contou com a orientação da professora Clélia dos Santos, coordenadora do curso técnico em Informática do SENAI Cimatec. O projeto de casa inteligente foi um dos destaques desta edição do Agenda Bahia, que contou com uma oficina denominada Teoria para prática: Como o talento pode fazer a diferença no mundo do trabalho. Outro projeto desenvolvido no âmbito do Sistema FIEB, mais especificamente pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL), o Inova Talentos, despertou a atenção da plateia no Agenda Bahia: dois cases do Inova Talentos, um programa que busca ampliar o número de profissionais qualificados em atividades de inovação nas empresas industriais. Um deles trouxe a supervisora de Engenharia de Materiais da Ford Camaçari, Cristiane Gonçalves. Ela ressaltou que a maior contribuição do Inova Talentos foi des-

tacar a importância da ideia como fator a ser trabalhado pela inovação. “Isso forçou cada profissional a questionar seus processos em busca de maior produtividade”, afirmou a engenheira da Ford. Por sua vez, a ex-bolsista do Inova Talentos, Alana Santos, da empresa Maquim, que atua com soluções tecnológicas, apresentou o projeto Desenvolvendo a Gestão da Inovação. “Ficamos surpresos em relação ao resultado obtido. Meu projeto foi escolhido para a etapa nacional do Inova Talentos, ficando em 3º lugar, algo muito importante para uma empresa pequena e recente no mercado, que desenvolve tecnologia. Quando você abraça a inovação como algo inerente à sua formação, você ontem bons resultados. O Inova Talentos transformou minha vida”, avaliou Alana Santos. Outro projeto do IEL apresentado no Agenda Bahia foi uma partida do Jogo da Inovação – JOIN, com oficina comandada pela gerente de Desenvolvimento Empresarial, Fabiana Carvalho. [bi]

Bruno Silva (E), do projeto Casa Inteligente; alunas do SESI (abaixo) criaram bioplástico; Alana Santos (acima) elogiou Inova Talentos

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Projeto do SESI reduz absenteísmo Trabalhadores apontam os benefícios da prática que contribuiu para redução das dores lombares

C

om uma solução simples e de pouco impacto na rotina dos trabalhadores, uma indústria de Feira de Santana conseguiu, em um ano, reduzir em 70% o número de afastamentos com duração de até 15 dias causados por dores lombares. Para atingir estes resultados, a empresa implantou em 2014 um projeto que estimula a prática diária de exercícios de flexionamento, direcionados para a região lombar, dentro do programa de Ginástica na Empresa. A experiência foi colocada em prática na Belgo Bekaert, empresa do segmento metalúrgico, com o apoio do Serviço Social da Indústria (SESI). A médica do Trabalho, Maridélia Coelho Sampaio, e

a promotora de saúde do SESI na Belgo, Tatiane Almeida, chegaram a este resultado com base na análise dos afastamentos causados por lombalgia. Elas acompanharam durante um ano os trabalhadores que participavam do projeto FlexiBelgo, que consiste em promover intervalos de 15 minutos para realização de exercícios de alongamento. Além do impacto no absenteísmo, com a redução das faltas ao trabalho, o projeto também foi premiado pela matriz como iniciativa de excelência, durante a reunião anual da Belgo Brasil, em 2015. “O projeto deu tão certo que partimos para uma terceira edição”, revela a médica. “Quando o SESI apresentou a proposta nós não esperáva-

Funcionários da Belgo Bekaert praticam os 15 minutos de alongamento

Silvio Tito/Coperphoto/Sistema FIEB

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mos tanta adesão, mas com os resultados constatamos a melhoria da qualidade de vida no ambiente fabril e seu impacto extramuros”, arremata Maridélia, referindo-se à adoção da prática pelos funcionários fora do ambiente de trabalho. Tatiane Almeida explica que o projeto foi moldado e concebido com a participação da empresa em todas as etapas. “O tempo para fazer o trabalho de ginástica na empresa era curto e decidimos focar numa ação mais segmentada, voltada para melhorar a flexibilidade com a realização de alongamentos. Foi uma decisão acertada”, acrescenta Tatiane. O sucesso da iniciativa foi comemorado pelo gerente da área de Vida Saudável do SESI Feira, Ricardo Correia. “A Belgo Bekaert é nossa cliente neste serviço (ginástica na empresa) há dez anos e os resultados alcançados, com redução da dor lombar e do número de atestados por lombalgia, nos anima a levar esta metodologia para outras empresas”, acrescenta. Os funcionários também aprovaram a proposta. Joelmir Cerqueira conta que o Flexibelgo melhorou sua qualidade de vida, fazendo com que passasse a ter mais disposição para trabalhar. “Reduziu as dores e melhorou a dinâmica entre os companheiros de trabalho”, revela, acrescentando: “A professora tem uma dinâmica excelente, fazendo com que fiquemos à vontade com a ginástica e com as outras atividades propostas”. Para Carlos Santos, o Flexibelgo leva a uma autoavaliação da condição física individual. A ginástica laboral é uma preparação antecipada para o início da nossa jornada de trabalho, trazendo benefícios psicomotores”. [bi]


circuito

por cleber borges

Infraestrutura é a saída

País é um dos que mais gastam com segurança

Indústria perde R$ 130 bi por ano

O caminho para a recuperação da economia passa necessariamente por uma maior participação da iniciativa privada nos investimentos e na gestão de empreendimentos. Para o presidente da CNI, Robson Andrade, a recuperação econômica está diretamente relacionada ao aprimoramento da infraestrutura nacional, especialmente à ampliação e à modernização da infraestrutura logística, energética e de saneamento básico. Em algumas áreas estamos 30 anos atrasados.

O Brasil está entre os países cujas empresas têm os maiores custos com crime e violência. Desde 2006, segundo levantamento do Fórum Econômico Mundial, o país está entre os 25% com pior desempenho no ranking mundial do indicador, em uma análise que envolve 138 nações. Em 2015, em uma escala que vai de 1 a 7, em que quanto mais próximo de 7 melhor é a posição do país, o Brasil ficou com 2,87. A nota fica abaixo da média da América Latina (3,22) e atrás de países como Haiti.

Segundo estudo do Banco Mundial, de 2009, 4,2% do faturamento anual das empresas brasileiras são gastos com segurança privada e com as perdas decorrentes de roubo e vandalismo. O dado é de 2009. Supondo que a violência não tenha aumentado de lá para cá e levando em conta a receita bruta da indústria de transformação no ano passado, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) conclui que, todos os anos, R$ 130 bilhões deixam de ser investidos na produção industrial em função da violência no país. No entanto, é provável que o percentual tenha se elevado nos últimos anos. O número de ocorrências de roubo e furto de carga aumentou 64% entre 2010 e 2015, chegando a 20.803 no ano passado.

Investimento é muito baixo Alguns exemplos do nosso atraso em infraestrutura: o Brasil tem um total de 1.024 quilômetros de estradas pavimentadas por milhão de habitantes, contra 6.438 quilômetros por milhão de habitantes na Rússia, por exemplo. Hoje, o país investe R$ 92 bilhões/ano (dinheiro público e privado) em infraestrutura. Para resolver os gargalos existentes são necessários, no mínimo, R$ 220 bilhões, segundo a CNI.

“Tenho umas 20 ideias todos os dias. Isso não é importante. O que funciona é colocar as ideias em prática, errando e aprendendo no mundo real. Depois de errar 50 vezes, você acerta.” Fabrício Bloisi, baiano, fundador da Movile, uma das maiores empresas de conteúdo e serviços mobile da América Latina.

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sindicatos

angelo pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

Sinprocim promove ação de interiorização em Ilhéus O Sinprocim-BA escolheu a região Sul para fechar a agenda de reuniões itinerantes de 2016. O encontro ocorreu dia 17.11, em Ilhéus. “A ação contribui para aproximar o sindicato das indústrias, levar soluções e prospectar associados”, destacou o presidente do Sinprocim, José Carlos Soares. O sindicato também realizou visitas a empresas e às obras da unidade integrada SESI/SENAI da região. “O fortalecimento da base sindical vai ao encontro da atual política da FIEB, com foco na interiorização e no associativismo”, afirmou o 1º vice-presidente da FIEB, Carlos Gantois. Na ocasião, o sindicato promoveu, em parceria com o Programa de Desenvolvimento Associativo, curso sobre Normas Regulamentadoras.

Trabalhadoras do setor realizaram mamografia

Encontro de panificação reúne empresários do setor em Feira de Santana

Campanha contra câncer de mama

Empresários do setor de panificação de todo o estado estiveram reunidos em Feira de Santana, dias 28 e 29.10, no II Encontro Técnico de Panificação do Estado da Bahia. O evento foi promovido pelo Sindicato Intermunicipal da Indústria de Panificação (SIPACEB). Mais de 600 pessoas participaram dos dois dias do evento, realizado no SENAI no município. Perspectivas para o setor, tendências de mercado, tecnologia e produtividade e qualidade do pão francês foram algumas das temáticas das 16 palestras realizadas no encontro.

Para alertar as trabalhadoras das indústrias de vestuário sobre a necessidade da prevenção e tratamento precoce do câncer de mama, os sindicatos da indústria de vestuário de Salvador e de Feira de Santana promoveram, em parceria com o SESI, a ação Outubro Rosa. Em uma unidade móvel, foram realizados exames de mamografia gratuitos e profissionais de saúde orientaram a respeito da prevenção da doença. Em Salvador, foram atendidas 120 trabalhadoras de 20 empresas associadas, com idade a partir de 40 anos.

Márcio Rodrigues, do IDPC, ministrou palestra

silvio tito/Coperphoto/Sistema FIEB

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Bahia Indústria

Abrava e Sindratar discutem futuro do ar climatizado Com o objetivo de trocar conhecimentos em gestão de ambiente interno e atualizar os profissionais do setor, a Abrava, em parceria com o Sindratar-BA, promoveu a 2ª Expoqualindoor. O encontro discutiu as perspectivas para a qualidade do ar refrigerado no Brasil, a revisão da ABNT de ar-condicionado para unidades de saúde e comemorou os 18 anos da Portaria 3. 3.523/98/MS.

Sincar participa de intercâmbio setorial O presidente do Sindicato da Indústria de Carnes (Sincar-BA), Julio Farias, participou do 2º Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria de Alimentos, na Federação das Indústrias do Ceará (FIEC). A ação busca fortalecer a rede sindical da indústria e o debate de temas prioritários para a atuação coletiva dos sindicatos.


eleições

Troca de experiências no Bate-papo Sindical

Evento comemora Dia do Produtor de Tabaco

Sindifite • Reeleito até 2019, o presidente do Sindifite-BA, Eduardo Catharino Gordilho tomou posse dia 16.12. Ele destacou como foco a continuidade das ações do planejamento estratégico e a atuação articulada com o Sistema FIEB.

Líderes e executivos de sindicatos empresariais da indústria reuniram-se na FIEB para trocar experiências no Bate-papo Sindical sobre Defesa de Interesses, ação do Programa de Desenvolvimento Associativo. O presidente do Sinprocim-BA, José Carlos Soares, compartilhou a boa prática do sindicato que resultou em conquista de benefício fiscal para os préfabricados de cimento. O encontro também contou depoimento do presidente do sindicato metalmecânico do Ceará (Simec/ CE), José Sampaio Filho.

O município de Cruz das Almas foi escolhido para sediar o evento comemorativo do Dia do Produtor do Tabaco (28.10), promovido em outubro pelo Sinditabaco-BA e pela Câmara Setorial do Charuto Baiano. A cidade do Recôncavo baiano é reconhecida pelo envolvimento de suas gerações com a cadeia produtiva de tabaco e por ter seus produtos finais exportados para diversos países. Desde 2013, quando a data foi oficializada no Brasil, a comemoração já aconteceu em Santa Cruz do Sul (RS), Canoinhas (SC) e Rio Azul (PR).

Sindvest • No dia 07 de dezembro, tomou posse a nova diretoria do Sindvest Salvador e Região. Waldomiro Vidal de Araújo Filho seguirá à frente do sindicato até 2019. A eleição foi em outubro. Sindcerbe • Com foco no apoio às empresas associadas na busca de crescimento sustentável e acesso a inovação, tomou posse a diretoria do Sindcerbe, eleita para o triênio 2016/2019. “Em um cenário político e econômico desafiador, o sindicato tem papel de suporte às empresas”, afirmou o presidente Cleonyr Xavier. Sigeb • Continuar o trabalho com foco na capacitação, desenvolvido em parceria com o SENAI, em todo o estado, é uma das prioridades da diretoria do Sigeb. O presidente reeleito, Josair Bastos, permanece à frente do sindicato até 2019. Sincafé • Continuar o trabalho para restruturação do setor, a fim de resgatar o espaço perdido em razão da falta de políticas para a indústria de café é o principal desafio da diretoria do Sincafé-BA. O presidente reeleito, Antônio Roberto Almeida, aponta a necessidade de apoio do governo para estímulo à cultura cafeeira.

Bahia sedia 34ª edição da Abisa Nordeste A Associação Brasileira das Indústrias Saboeiras e Afins (Abisa) escolheu a Bahia para sediar a 34ª edição do seu congresso anual. O evento foi realizado em outubro, no Gran Hotel Stella Maris, em parceria com o Sindisabões-BA. A programação incluiu palestras sobre novas tecnologias, tendências, economia e o cenário de consumo. O evento contou, ainda, com salão de negócios e visita técnica à Deten Química.

Manufatura enxuta Otimizar a produção sem fazer investimentos é possível no setor automotivo. Foi o que aprendeu a turma do Lean Manufacturing na Prática, curso promovido pelo Sindipeças-BA, dias 20 e 21.10, na FIEB. Por meio de simulação de game lean em equipe, os participantes vivenciaram a melhoria da qualidade da produção, reduzindo os desperdícios e aumentando a produtividade.

Sindiscam • O empresário Jaime Lorenzo Piñeiro foi reconduzido à presidência do Sindiscam. “Os principais desafios são a mudança cultural no uso de recursos florestais, a ampliação dos associados e o avanço nas negociações coletivas”, afirmou. O mandato vai até 2019. Sindtrigo • A diretoria eleita do Sindtrigo permanecerá liderada pelo empresário Ricardo Alban. “Nossos maiores desafios são manter os preços competitivos e assegurar os empregos nas empresas do setor”, afirmou Alban, que também preside a FIEB. O mandato vai até 2020. Jefferson Peixoto/Coperphoto/Sistema FIEB

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Ouro baiano na Olimpíada do Conhecimento 2016 Estudantes do SENAI e SESI destacam-se com projetos inovadores e conquistam medalhas no maior torneio de educação profissional das Américas Por Patrícia moreira e Carolina Mendonça com informações da CNI

C

om uma estrela da mídia nacional no portfólio e algumas medalhas douradas no peito de seus competidores, o Serviço Nacional da Indústria da Bahia (SENAI Bahia) e o Serviço Social da Indústria (SESI Bahia) voltaram da Olimpíada do Conhecimento 2016 (OC 2016) com algumas certezas. A principal delas, a de que o trabalho de preparação realizado no estado está dentro dos padrões de excelência dos principais centros nacionais de aprendizagem técnica e científica. A estrela em questão é o carro híbrido ecológico que a equipe baiana levou para a Olimpíada e atraiu os olhares do repórter Marcos Losekann e do ator Bruno De Luca, da Rede Globo, que resolveram conferir de perto o projeto. Movido a força humana e energia elétrica o carro foi desenvolvido por alunos e professores dos cursos técnicos de Mecânica, Mecatrônica e TI de Salvador e Feira de Santana e, a partir de agora, será transformado em desafio para outros estudantes de nível técnico do SENAI Bahia. O veículo também foi escolhido embaixador na ocupação “Tecnologia de Manufatura e Engenharias”, com o objetivo de demonstrar o projeto de um carro ecológico elétrico que possa ser compartilhado, proporcionando a interação com o transporte público coletivo das grandes cidades e centros urbanos.

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Após quatro dias de evento e provas desafiadoras, os estudantes do SENAI alcançaram a 8ª colocação na avaliação geral, à frente de estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro, e a 2ª colocação, quando considerado o desempenho nas provas disputadas. “Isso nos mostra um resultado democrático e sinaliza que a qualidade do nosso ensino técnico não está concentrada apenas em Salvador, pois tivemos alunos de várias unidades participando da competição com bons resultados”, destaca o diretor-regional do SENAI Bahia, Luis Alberto Breda, lembrando que o estudante do SENAI Feira de Santana, Daniel Barreto, foi medalhista de ouro em segurança do trabalho na OC 2016. Foram 1.200 competidores de 26 unidades federativas que disputaram o maior torneio de educação profissional das Américas, de 10 a 13 de novembro, em Brasília.

“ miguel angelo/cni

Estes resultados sinalizam que a qualidade do nosso ensino técnico não está concentrada apenas em Salvador, mas em todo o estado Luis Alberto Breda, diretor-regional do SENAI


A competição é realizada a cada dois anos pelo SENAI e SESI, e este ano recebeu 118.754 visitantes em um espaço de 50 mil m². ciência na escola Se o SENAI Bahia brilhou na OC 2016, as equipes do SESI Bahia não fizeram diferente. Com uma delegação composta por 22 estudantes, incluindo equipe do Instituto Federal de Educação apadrinhada pelo SESI para participar do evento, foram várias conquistas alcançadas pelos estudantes.

“Tivemos uma participação interessante na Mostra de Ciências e Engenharia e no Torneio de Robótica, classificando três equipes das escolas EBEP João Ubaldo Ribeiro, de Luís Eduardo Magalhães, e Djalma Pessoa, de Salvador, e uma do SESI Candeias. Como resultado, a equipe da Djalma Pessoa foi uma das três, dentre 18 escolas do Brasil. Isso demonstra o resultado de nosso esforço de fazer iniciação científica nas nossas escolas e uma forma de reconhecer todo este trabalho”, avalia

Vencedores do Desafio Tunning, do SENAI, e carro ecológico que foi embaixador da competição jefferson peixoto/Coperphoto/Sistema FIEB

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o superintendente do SESI Bahia, Armando da Costa Neto. As equipes que se destacaram na Mostra de Ciências participarão da Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace), de 20 a 24 de março de 2017, em São Paulo. A mostra é uma iniciativa do SESI, em parceria com a Febrace, com o objetivo de estimular a iniciação de estudantes em pesquisa científica e tecnológica.

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SENAI BAHIA Desafio por Equipe Categoria Transporte e Logística

» 1º lugar - Tunning - Projeto de adaptação de um Ford Ka para transformar o motor, a suspensão, o sistema de som e a aparência do veículo, de motor 1.5 e 110 cavalos. Uma das metas era modificar a potência do motor, ampliando-a para pelo menos 120 cavalos. A equipe conseguiu que o veículo atingisse 161 cavalos. A equipe baiana instalou uma placa solar no teto e fez pintura estilizada e adesivagem no capô e nas laterais, além de pintura personalizada das rodas e alteração na suspensão, deixando o veículo rebaixado. Na mesma modalidade. Equipe: Derick Nahuel Santos Piaggio Duarte, Diego Cerqueira Moreira Sena, Gladston de Carvalho Junior, Messias Cardim dos Santos, do SENAI Bahia,

Software desenvolvido por alunos do SESI foi premiado

Desafios Individuais Categoria Transporte e Logística

»3º lugar - Mecânica de Automóveis: os alunos deveriam encontrar cinco defeitos em um

automóvel e corrigi-los em até uma hora. Estudante: Derick Duarte

» 2º lugar - Pintura Automotiva: os competidores tiveram uma hora para reparar riscos e defeitos de pintura na porta de um veículo com ferramentas manuais para polimento e tintas para pequenos reparos. Estudante: Diego Sena Avaliação Prática do Estudante (SAEP)

» 1º lugar - Técnico em Segurança no Trabalho Estudante: Daniel Hall de Santana Barreto, de Feira de Santana. SESI BAHIA Projeto - Software para Gerenciamento do Processo Formativo dos Estudantes

»Equipe selecionada para a Febrace 2017 - Davi Rocha Macedo Sousa, Giovanni de Lima Conceição e Matheus Souza Brito desenvolveram um software que ajuda alunos a gerenciarem os conteúdos escolares sérgio amaral/cni

projetos Os estudantes Davi Rocha Macedo Sousa, Giovanni de Lima Conceição e Matheus Souza Brito desenvolveram um software que ajuda alunos a gerenciarem os conteúdos escolares. Por meio de uma plataforma, acessível pela internet, é possível acompanhar os conteúdos que já foram trabalhados ou que ainda serão vistos em determinado ano letivo. O objetivo é dar mais autonomia para estudantes organizarem a rotina de estudos. Ao todo, estiveram expostos na feira 15 projetos de escolas do SESI de cinco estados: Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro. Os trabalhos tinham o intuito de resolver problemas do mundo real, por meio de fundamentos teóricos e metodologia científica, nas áreas de Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Humanas, Ciências da Saúde, Ciências Sociais Aplicadas e Engenharia. A mostra é um piloto, que deverá ser desenvolvido nas unidades do SESI em todos os estados e no Distrito Federal a partir do próximo ano. O Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC) da Escola Politécnica da USP é parceiro do projeto. [bi]

PREMIADOS OC 2016


Indústria precisará de 529 mil profissionais Estudo do SENAI mostra que haverá milhares de vagas para trabalhadores capacitados entre 2017 e 2020

O

cenário é cinzento em 2016: o desemprego bateu os 11,8%, de acordo com o resultado mais recente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE, relativo a setembro. No entanto, para profissionais de nível técnico qualificados, sobram oportunidades nos próximos quatro anos. É o que aponta o Mapa do Trabalho Industrial 2017-2020, estudo elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) para subsidiar o planejamento da oferta de formação profissional da instituição. Pelo levantamento, a Bahia terá de qualificar 529.741 trabalhadores em ocupações industriais nos níveis técnico, superior e de qualificação entre 2017 e 2020. A pesquisa também pode contribuir com os jovens brasileiros na escolha da profissão e, com isso, aumentar suas chances de ingresso no mercado de trabalho. Em todo o Brasil, será necessário qualificar 13 milhões de trabalhadores em ocupações industriais nesse período. “Esta é a hora de investir numa formação que tenha a ver com o perfil da pessoa, para que, mesmo na crise, em pouco tempo, ela consiga se inserir no mercado de trabalho, atendendo às necessidades da indústria e de setores como serviços e comércio”, afirma o diretor regional do SENAI Bahia, Luis Alberto Breda. O jovem Marcelo Monteiro, 21, percebeu este movimento de mercado e resolveu fazer o curso técnico em Segurança do Trabalho, no SENAI Dendezeiros. Concluinte, ele acredita que os conhecimentos adquiridos o levarão ao mundo do trabalho em pouco tempo. “É uma formação que permite conhecer tanto o chão de fábrica como a área de gestão, então eu saio daqui me sentindo apto a atuar numa empresa e acho que, em breve, estarei contratado”, diz confiante. Para a gerente de Educação Profissional do SENAI-BA, Patrícia Evangelista, a iniciativa de Marcelo deve ser exemplo para outros jovens, mas isso passa

Áreas com maior demanda por formação Veja o número de vagas previstas no estudo Mapa do Trabalho Demanda 2017-2020

Alimentos

38.289 Construção

22.125

Metalmecânica

17.968

Vestuário e Calçados

15.243

Energia

10.307

Fonte: Portal da Indústria

por uma mudança de cultura no Brasil, em que ainda se sobrevaloriza a graduação como formação profissional. “Atualmente, apenas 11% dos estudantes que saem do ensino médio escolhem a formação profissional. Dessa forma, a demanda por técnicos é maior que a sua oferta”, explica. O Mapa prevê que as áreas que mais vão demandar formação profissional no estado devem ser construção (196.198), meio

ambiente e produção (96.557), metalmecânica (52.473), alimentos (47.783), vestuário e calçados (37.749), energia (26.048), tecnologias da informação e comunicação (16.949), petroquímica e química (16.899), veículos (16.700), madeira e móveis (8.440), mineração (6.729), papel e gráfica (5.539) e pesquisa, desenvolvimento e design (1.677). A demanda por formação inclui a requalificação de profissionais que já estão empregados e aqueles que precisam de capacitação para ingressar em novas oportunidades no mercado. “O estudo demonstra a vitalidade do mercado de trabalho no Brasil no horizonte dos próximos quatro anos. Profissionais qualificados terão mais chance de aproveitar as oportunidades que surgirem quando a economia voltar a crescer e as empresas retomarem as contratações”, afirma o diretor-geral do SENAI e diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi. Para se tornar um técnico, o profissional precisa fazer um curso com carga horária entre 800h e 1.200h (1 ano e 6 meses). Esses cursos são destinados a alunos matriculados ou egressos do ensino médio e, ao final, o estudante recebe um diploma. Qualificação A demanda do mercado também será por profissionais com cursos de qualificação (mais de 200 horas), mais curtos, indicados a jovens ou profissionais, com escolaridade variável de acordo com o exercício da ocupação, que buscam desenvolver novas competências e capacidades profissionais. [bi] Bahia Indústria  15


Há espaço para voltar a crescer Indústria baiana pode ter, em 2017, um desempenho melhor que o de 2016

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Por Cleber Borges


Ricardo Alban defendeu reformas estruturantes, como a modernização do Estado

PIB da Bahia pode ter um comportamento melhor, em 2017, do que o registrado em 2016, um ano marcado por paradas técnicas da Braskem e da Petrobras. Isso não significa, porém, que voltaremos a crescer de forma consistente”, avaliou o presidente da FIEB, Ricardo Alan, durante encontro com a imprensa. No cenário internacional, enquanto as economias avançadas podem crescer 2%, em 2017, as economias emergentes devem ostentar um crescimento médio de 4,6%, de acordo com projeções do Fundo Monetário Nacional (FMI). Entretanto, para o Brasil a situação será outra, com um crescimento de apenas 1%, segundo previsão do FMI. Ou 0,8%, segundo projeções do mercado.

angelo pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

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Economia baiana em 2017 Segmentos podem crescer com ajuda do câmbio e a queda dos juros

PROJEÇÕES BRASIL 47,00 44,57

COMO ESTÁ A BAHIA?

2016 2017

7ª economia do País (3,9% do PIB em 2014)

SELIC

(%)

3,35 3,45

CENÁRIOS SETORIAIS - BAHIA 2017

CONSTRUÇÃO CIVIL

Possibilidade de retomada de obras de infraestrutura a partir de concessões à iniciativa privada (aeroporto de Salvador, Fiol, Porto Sul etc).

PLÁSTICO E BORRACHA

Plástico: recuperação da produção, acompanhando o crescimento esperado do mercado interno. O câmbio está favorável. Borracha: pneus em compasso de espera pela recuperação do setor automotivo

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CELULOSE E PAPEL

A demanda continua aquecida. O mercado global continua favorável, especialmente para a celulose de fibra de eucalipto. Assim, o cenário continua positivo para o setor na Bahia, em 2017.

QUÍMICO/ PETROQUÍMICO

Câmbio favorável para aumento das vendas externas. Indústrias trabalham com elevada utilização da

Maior economia do Nordeste (27,8% do PIB regional)

A SEI projeta que o PIB da Bahia registrará queda de 4,5% em 2016, superior à taxa do Brasil (-3,4%).

(US$ bilhões)

Fonte: Banco Central do Brasil; Relatório de Mercado 02/12/2016

6º em número de empregos no Brasil em 2015 / Rais (4,8%)

Balança comercial

(fim do período)

brasileiro, mas, com boa oportunidade na exportação.

(40% do VTI)

(4% do VTI 2014)

(US$ bilhões)

Taxa de câmbio R$/US$

Maior Indústria do Nordeste 7ª Indústria do Brasil

Saldo em conta corrente

-19,30 -25,68

1,05 -6,50

-3,43

0,80

(%)

(55,1%)

(3,8%)

13,75 10,50

(%)

6,69 4,93

PIB

IPCA

(26%)

Maior exportador do Nordeste

9º exportador do País em 2016

(% a.a. fim do período)

Produção industrial

Estado que mais emprega no Nordeste

capacidade, devendo aumentar modicamente a produção em 2017.

REFINO DE PETRÓLEO E PRODUÇÃO DE ÁLCOOL

Reestruturação da Petrobras, com a venda de ativos, pode ter impactos importantes na Bahia. Na área de Refino, espera-se uma produção estável em 2017.

ALIMENTOS E BEBIDAS

Setor produz bens destinados principalmente ao atendimento do mercado interno.

Deve manter o nível de produção atual, sem investimentos expressivos em aumento de capacidade.

METALURGIA BÁSICA

Com mercado internacional desaquecido e o mercado nacional enfraquecido, o quadro previsível para 2017 é de estabilidade.

AUTOMOTIVO

Em 2017, espera-se uma ligeira melhora com a progressiva redução dos juros e a volta do 3º turno da Ford.


joão alvarez/Coperphoto/Sistema FIEB

Para um país que enfrenta uma das piores crises de sua história, essa não deixa de ser uma boa perspectiva. Para o ex-ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega, é possível afirmar que o fundo do poço está próximo. Para ele, o primeiro trimestre de 2017 provavelmente será marcado pela volta do crescimento, ainda que medíocre. Foi o que previu na FIEB, onde realizou palestra no 4ª Fórum de Oportunidades de Investimento na Bahia, evento realizado conjuntamente pela FIEB e Lide (ver texto na página 20). A Bahia deverá fechar 2016 com uma queda de 4,56% no PIB, em linha com o desempenho brasileiro, em grande parte devido a uma retração esperada de 5% na produção da indústria de transformação e também devido à queda na produção de grãos. REFORMAS NECESSÁRIAS O cenário econômico, relativamente otimista para 2017, parte do pressuposto de que haja uma melhora do ambiente político-institucional, especialmente do relacionamento entre os três Poderes e com o Executivo trilhando o caminho da governabilidade. Com isso, espera-se que a aprovação no Senado da PEC 55 , que limita o teto dos gastos públicos por 20 anos, promulgada como Emenda à Constituição 95, estimule o Executivo a enviar ao Congresso proposta de reforma da Previdência. “Quanto à Previdência já há um entendimento de que é necessário mudar regras para acompanhar o

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A retomada da confiança no governo, na era Temer, não está sendo como se imaginava. Graças ao mau desempenho da economia e aos reveses da Operação Lava-Jato criou-se um ambiente pessimista, refratário aos investimentos. E, para piorar o quadro, até o 1º trimestre de 2017 não haverá crescimento. Somente em 2018 sairemos da atual recessão, alcançando uma elevação de 3% do PIB. Esse cenário foi traçado pelo ex-ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega, em palestra no 4º Fórum de Oportunidades de Investimento na Bahia, evento organizado pelo Lide Bahia e FIEB, no dia 1º de dezembro. Atravessar 2017 e chegar a 2018 não será tarefa fácil, pois o emprego será o último indicador a melhorar de desempenho e isso irá interferir negativamente no humor da sociedade. É que os empresários vão inicialmente reduzir a elevada capacidade ociosa e investir em tecnologia, para só depois pensar em contratar mão de obra. Se o desemprego continuará jogando contra, o mesmo não deverá acontecer com outros indicadores. Por exemplo, os juros básicos devem chegar a 10% no próximo ano; não há nem haverá crise cambial, uma vez que hoje o câmbio flutuante se adapta às circunstâncias da economia; e as reservas internacionais são mais elevadas que a dívida externa. Além disso, também não há risco de crise bancária, devido à contração do crédito e, em termos institucionais, o país possui uma democracia estável, o que transmite confiança aos investidores externos, especialmente aos administradores de fundos de pensão. O presidente da FIEB, Ricardo Alban, concorda que vivemos tempos difíceis, mas diz que já começam a ser observados sinais de melhoria. Um exemplo é a instituição do terceiro turno na Ford em Camaçari. “Isso não se deve à retomada do mercado interno, mas ao aumento da demanda argentina, o que demonstra a importância da diversificação dos mercados em momentos de crise”, observou Alban. 20  Bahia Indústria

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Ambiente é contrário ao investimento

Segmento automotivo deve melhorar, em 2017, com a queda dos juros aumento da expectativa de vida, assim como fizeram países como a França e os Estados Unidos. Mas há uma reforma da qual pouco se fala e que é de suma importância para a redução do tamanho do Estado, que é a reforma Administrativa. É importante que ela seja encaminhada”, afirma o presidente Ricardo Alban. projeções É importante, também, uma melhora no humor e nas expectativas dos agentes econômicos, uma vez que toda crise é alimentada por fatores subjetivos. Há fatores positivos que sinalizam nesse sentido. A inflação parece estar em queda e deve aproximar-se do teto da meta em 2017. A Selic, hoje no patamar de 13,75%, continuará a cair e a entrada dos recursos da repatriação (R$ 49 bilhões) proporcionou o primeiro superávit primário das contas públicas pós-impeachment. Hoje, o Banco Central trabalha com projeções de queda de 3,49% do PIB em 2016 e de crescimento de 0,98% em 2017; queda da produção industrial de 6,02% e aumento de 1,11%, respectivamente; inflação medida pelo IPCA de 6,80% e 4,93%; Selic caindo de 13,75% para 10,75%; câmbio aumentando de R$ 3,30 para R$ 3,40; e balança comercial de US$

47,4 bilhões e de US$ 45 bilhões, nos respectivos anos. Na Bahia, o IBGE prevê queda de 5% na produção da indústria de transformação, em 2016, e aumento de 1% em 2017. Segmentos como a Construção Civil; Químico/petroquímico; Plástico e Borracha; Automotivo e Papel e Celulose devem crescer moderadamente, aproveitando nichos do mercado interno e oportunidades externas. Na Construção, espera-se a retomada de obras de infraestrutura a partir e concessões à iniciativa privada (aeroporto de Salvador, FIOL e Porto Sul). Na área habitacional, a queda dos juros pode ensejar a retomada dos negócios. Na Petroquímica, a expectativa com a modernização da Braskem, com investimentos de R$ 400 milhões, para utilização de gás etano como matéria-prima, trará importante impacto no segmento, juntamente com o câmbio favorável ao aumento das vendas externas. No mercado de Celulose e Papel o mercado global continua aquecido, especialmente para a celulose de fibra de eucalipto. Na área automotiva, a queda dos juros e o aumento na oferta de crédito devem incentivar as vendas internas e o segmento ainda conta com a boa fase de mercado como o da América Latina. [bi]


conselhos Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

Representantes da indústria se reúnem com gestor da Embasa Em reunião realizada no dia 3/11, no SENAI Cimatec, representantes de vários segmentos industriais receberam o presidente da Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. – Embasa, Rogério Cedraz, para tratar de demandas do setor produtivo. O objetivo foi iniciar um diálogo visando encontrar soluções para problemas referentes ao abastecimento de água. Estiveram presentes gestores da Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS), o presidente da FIEB, Ricardo Alban, o diretor de Tecnologia e Inovação do SENAI Cimatec, Leone Andrade, coordenadores dos Conselhos Temáticos de Infraestrutura e Meio Ambiente da Federação das Indústrias, diretores de sindicatos industriais e técnicos das áreas industrial e ambiental.

Indústria de petróleo e gás em debate na FIEB A adequação das regras para a exploração de campos maduros de petróleo foi um dos principais assuntos discutidos no 1º Fórum Bahia Onshore, realizado em 25/11, na FIEB. A Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás e a Redepetro-BA apresentaram suas demandas ao secretário de petróleo, gás natural e combustíveis renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Félix, ao secretário de Desenvolvimento Econômico, Jorge Hereda, e ao diretor da ANP, Waldir Barroso. O futuro do estaleiro da Enseada Indústria Naval, em Maragogipe, foi um dos pontos levantados pelo coordenador do Conselho de Óleo, Gás e Naval da FIEB, Humberto Rangel. Angelo Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

Márcio Félix, do MME, falou sobre regulamentação

MPE da Bahia ganham novo fórum As micro e pequenas empresas (MPE) da Bahia ganharam um instrumento de articulação e proposição de políticas públicas e ações para o seu desenvolvimento. Com a participação de representantes de entidades do governo e do setor privado, foi apresentado, no dia 02/12, na sede da FIEB, a nova estrutura do Fórum Regional Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. A iniciativa, que tem o apoio do Conselho da Micro e Pequena Empresa Industrial – Compem da Federação, tem como intuito otimizar operacionalmente, objetivar as pautas estratégicas e dinamizar as ações em busca de melhores resultados. Uma das novidades é a redução dos comitês temáticos de seis para três: Competitividade & Acesso a Mercado; Investimento & Financiamento e Desburocratização & Compras Governamentais. “Encontrar uma nova dinâmica para um setor tão importante da nossa economia é uma grande missão. Acredito que o fórum seja o espaço ideal para isso”, afirmou Ricardo Alban, presidente da FIEB.

Novo Fórum foi reestruturado para dar objetividade às pautas dos micro, pequenos e médios

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João alvarez/Coperphoto/Sistema FIEB

Carreiras em foco Barcelos: O Brasil é um país de contrastes, onde os extremos vivem próximos 22

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Dois dias de atividades e debates nas áreas de desenvolvimento de pessoas e mercado de trabalho. Assim foi o Fórum IEL de Carreiras, promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL) nos dias 28 e 29 de outubro, no Salvador Shopping. O evento foi uma oportunidade para estudantes e jovens profissionais que buscam se desenvolver no mercado de trabalho. “Hoje, as pessoas precisam estar preparadas para atuar em várias profissões, portanto precisam ser flexíveis e ter a curiosidade do aprendizado.”, afirmou o superintendente nacional do IEL, Paulo Mól, na abertura do Fórum. Por Cleber Borges e Marta Erhardt


É possível transformar o mundo, diz ativista social Quando o jornalista Caco Barcelos concluiu sua apresentação sob aplausos, na manhã de abertura do Fórum IEL de Carreiras, parecia difícil que o próximo palestrante conseguisse manter o mesmo interesse da plateia. Esta foi ao evento atraída, também, pelo carisma do veterano apresentador do programa Profissão Repórter, da TV Globo. O agitador cultural Edgard Gouveia, que veio na sequência, logo mostrou as qualidades que o levaram a ser considerado um dos líderes transformadores de 2016 por uma ONG especializada em trabalhos sociais. “A brincadeira é a única forma de transformar o mundo”, afirmou Edgard Gouveia para a plateia de estudantes e jovens profissionais reunida no auditório da Livraria Cultura, do Salvador Shopping.

Dado Schneider e Gabriel O Pensador marcam encerramento

“Podemos transformar realidades de forma rápida, divertida e sem pedir dinheiro”, afirmou, após observar que “ao invés de chamarmos a pessoa para salvar o mundo, vamos utilizar o talento natural do brasileiro. De forma lúdica, brincando, recuperando o espírito comum ao das pessoas que participam de uma gincana, podemos conseguir avanços surpreendentes em muito pouco tempo”, observou o ativista de ações comunitárias, nascido em Santos. Ele contou como, em 2008, sua metodologia de brincadeiras sociais batizada Oásis ajudou a revitalizar, com a participação de mais de 3 mil jovens de diferentes regiões do Brasil, 12 comunidades que tinham sido afetadas pela enchente do Rio Itajaí, em Santa Catarina, catástrofe que sensibilizou

todo o país à época. Aos poucos, na base do boca a boca, a plateia do Fórum IEL de Carreiras, que havia saído para o bate-papo no cafezinho, regressou e o auditório voltou a ficar lotado ao final da manhã, em pleno horário do almoço. BARCELOS Já o apresentador Caco Barcelos afirmou que, quando se pensa em definir uma carreira, é preciso saber quem queremos conhecer e qual será nosso destino, na palestra sobre A Formação Crítica do Jovem. “Nossas elites se esmeraram em construir um país injusto. Hoje, 71.400 famílias brasileiras ganham acima de 160 salários mínimos. Na mediana, recebe cada uma 300 salários mínimos. No outro extremo, 25 milhões de famílias vivem com uma renda de até um salário mínimo”, observou. Segundo ele, a maioria dos seus colegas jornalistas possui boa formação, mas normalmente ouve aqueles 70 mil que estão no alto da pirâmide e dão as costas ao resto do país. “Este é um país de contrastes, onde extremos muitas vezes convivem lado a lado”, afirmou Caco Barcelos.

miguel angelo/cni

Gabriel O Pensador e o estudante Tauã Cadete cantaram juntos

A interatividade com o público deu o tom da palestra de Gabriel O Pensador no segundo e último dia de atividades do Fórum IEL de Carreiras. Ao lado do fã Tauã Iago Cadete, de 15 anos, o músico cantou “Linhas Tortas” e levantou o público do Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura, com um pocket show de encerramento do evento. “Eu só queria tirar uma foto, mas consegui cantar com ele. Cantar lá em cima foi a realização de Bahia Indústria  23


um sonho”, contou o estudante ainda emocionado depois de conversar com o ídolo no camarim após o evento. Quase sem palavras, o jovem explicou que, desde a infância, admira o trabalho de Gabriel O Pensador e, inspirado no trabalho dele, também passou a escrever letras de rap. Antes de embalar a plateia ao som de seus sucessos, o rapper, compositor e escritor falou sobre carreiras não convencionais, detalhando como traçou sua trajetória profissional. Ele explicou que quando começou a escrever letras de música não pensava em construir carreira, mas era um caminho para dar vazão à necessidade de se expressar. O músico aconselhou a plateia a acreditar nos sonhos e fazer as coisas com paixão. “Com uma ideia nova a gente pode fazer algo diferente do convencional e ter impacto na vida de outras pessoas”, disse, destacando aos jovens a importância de ser ousado, mas também de saber ouvir conselhos. CHOQUE DE GERAÇÕES Também palestrante no evento, o publicitário e professor Dado Schneider falou do choque de gerações e as mudanças que o mercado de trabalho vem sofrendo. “O mundo não está preparado para a geração Z e as empresas terão que se adaptar”, disse, citando como exemplo a criação de espaços de lazer dentro do ambiente de trabalho, para que os colaboradores possam relaxar ao longo da jornada. O Fórum contou, ainda, com palestra do professor e empresário Alfredo Maccari Neto, que falou sobre a importância do mentoring (tutoria) para o desenvolvimento de carreiras. 24

Bahia Indústria

João Alvarez/Coperphoto/Sistema FIEB

Programação incluiu oficinas e orientação de carreiras

Nos dois dias do evento, 18 oficinas gratuitas foram oferecidas ao público

Os participantes do Fórum IEL de Carreiras também receberam orientação profissional com foco no desenvolvimento de planos de carreiras personalizados. Utilizando metodologia de coaching, os atendimentos individuais foram realizados em espaço em frente à Livraria Cultura, no Salvador Shopping. A jovem Letícia Mendes, aprendiz na área administrativa, aproveitou a oportunidade. “É uma orientação que não se consegue facilmente de forma gratuita e me ajudou a identificar o meu objetivo profissional”, disse. Quem também saiu satisfeita com o resultado foi a gerente de compras Jéssica Silva. “Consegui identificar o que preciso para atingir meus objetivos profissionais”, destacou. A programação do evento incluiu, ainda, oficinas com temáticas como Entrevista, Seleção e

Elaboração de currículo, Criatividade e inovação, Relacionamento interpessoal e Trabalho em time. Somente no primeiro dia do evento dez oficinas foram realizadas em paralelo aos painéis de palestras. projeto de vida Técnica em automação industrial, Pérola Nobre participou da oficina com a temática Projeto de Vida. “Acho essa iniciativa interessante, pois tem um leque de oportunidades de aprendizado. A minha intenção é agregar conhecimento, especialmente na área de desenvolvimento pessoal e relacionamento interpessoal”, disse. A busca por conhecimento também levou a estudante de Comunicação e Marketing, Beatriz Gurgel ao Fórum IEL de Carreiras. “Estou em busca de informações que contribuam para o planejamento e desenvolvimento da minha carreira”, explicou. [bi]


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Encruzilhada solar Fotovoltaica se configura como uma das cadeias produtivas mais promissoras para a Bahia, que precisa superar gargalos Por Carolina Mendonça

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Bahia é, hoje, o estado com maior potencial do setor fotovoltaico no país. A afirmação foi repetida por vários especialistas no Encontro Baiano de Energia Solar, realizado na FIEB, no dia 6 de dezembro. No evento, que reuniu empresários e autoridades ligados à cadeia produtiva de fontes renováveis, foram apresentados os estudos mais recentes da área e perspectivas, que animam o mercado. O entusiasmo, porém, é freado pela atual situação das linhas de transmissão: inacabadas. Rio Grande do Norte e do Rio Grande do Sul enfrentam o mesmo problema. O estado ficou de fora do último leilão de energia de reserva, anunciado para dezembro, por causa da falta de margem de escoamento para a futura produção das usinas. Esse gargalo foi criado, em parte, pelo atraso na construção de empreendimentos de transmissão sob responsabilidade da concessionária espanhola Abengoa, que está em recuperação judicial no Brasil e tenta negociar um acordo com credores na Espanha.

beto júnior/Coperphoto/Sistema FIEB

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O secretário de Infraestrutura da Bahia, Marcus Cavalcanti, se mostrou preocupado com a chance do problema continuar em 2017. Para ele, ficar novamente de fora dos próximos leilões "seria um desastre para os empreendimentos em desenvolvimento na Bahia". A instalação de empresas desta cadeia produtiva reduziria custos de implantação de projetos, o que tornaria o estado ainda mais competitivo neste segmento. Para o coordenador do Conselho de Infraestrutura da FIEB (Coinfra), Marcos Galindo, além de gerar oportunidades de negócios e desenvolvimento, fazer estes projetos rodarem na Bahia teria uma importância a mais: “Significaria aumentar nossa autonomia energética, já que o Brasil tem uma matriz ainda bastante dependente de água, recurso que sofre impactos com mudanças climáticas e períodos de estiagem”, pontuou. A maior planta de energia solar fotovoltaica da

No encontro, membros do governo, associações e entidades ligadas ao segmento


América Latina, a Ituverava, está sendo construída no Oeste baiano, no distrito de Mariquita, a 800 quilômetros de Salvador, e deve entrar em operação em 2017. De acordo com Frederico Figueiredo, coordenador de Novos Negócios da Enel Green Power, companhia que responde pelo projeto, os maiores desafios do empreendimento têm sido a logística complexa e o licenciamento ambiental. Ele citou ainda, de forma geral, a excessiva carga tributária como um gargalo do segmento solar no Brasil. Para o presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, conexão e tributos são mesmo as maiores dificuldades de quem quer empreender no segmento, além da falta de linhas de financiamento. “Esses problemas não são exclusivos dos baianos. Se o Brasil quiser continuar se destacando nas áreas de eólica e solar, é fundamental solucionar esses gargalos”, diz. Política O coordenador de Sustentabilidade Ambiental do Ministério de Minas e Energia, Luis Badaham, disse que o governo tem tratado a energia renovável como prioridade. "As energias eólica e solar terão papel fundamental para alcançar nossos objetivos nesse esforço mundial", disse ao se referir aos compromissos assumidos pelo Brasil na COP21. O analista na Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Gabriel Konzen, a matriz elétrica brasileira é composta por 10% de energia renovável, sem considerar as hidrelétricas, e a meta assumida pelo Brasil é chegar a 2030 com esse percentual em 23%.

Entrevista  rodrigo Sauaia

Planejamento da matriz era feito de forma descasada Presente no Encontro Baiano de Energia Solar, o presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, concedeu entrevista em que analisou a situação do mercado baiano de energia solar fotovoltaica e o cenário nacional. O que faz da Bahia o estado com maior potencial em energia solar? O estado é líder em número de projetos de geração centralizada. São 1.083 MW em usinas de grande porte já contratadas. Esses projetos entrarão em operação em 2017 e 2018, o que significa que teremos negócios e investimentos sendo realizados, tanto para fornecedores de equipamentos quanto para as empresas que vão fazer a construção (civil e hidráulica) dos projetos, montagem, operação e manutenção dos parques. Há um outro potencial muito grande aqui na Bahia, relacionado ao mercado de geração distribuída. Neste mercado, a Bahia é o 10° estado no ranking nacional, ainda não estando numa posição de liderança frente ao enorme potencial do estado.

Neste mercado, a Bahia é o 10° estado no ranking nacional, ainda não estando numa posição de liderança frente ao enorme potencial do estado

Este mercado chegará ao consumidor de pequeno porte? Atualmente são 147 sistemas de micro e mini geração aqui na Bahia, 2,4 % do mercado brasileiro. Ainda é pouco, mas com a entrada em vigor da Resolução 687/2015 da Aneel (desde março), foram estabelecidas novas modalidades de compensação de energia, chamadas geração compartilhada, autoconsumo remoto e geração condominial. Esses mecanismos podem servir para que os empreendedores e empresários engajem novos grupos de clientes para fazerem uso desta tecnologia. Para a indústria, por exemplo, esta opção pode ser interessante na redução de custos com energia elétrica. Como superar os problemas de conexão? O planejamento da matriz elétrica, no passado, era feito de uma forma descasada. A contratação das usinas de geração de energia era feita num leilão separado do das linhas de transmissão. Isso e diferentes exigências ambientais, além de atrasos de obras, levaram usinas a ficarem prontas antes das linhas. O que o governo federal tem feito agora, em especial por meio da EPE, é tentar reestruturar o planejamento desse processo. O fato da Bahia e o Rio Grande do Norte terem sido prejudicados no leilão de solar e eólica é resultado de anos anteriores. Nossa expectativa é que, para um próximo leilão, como vai ser feita uma nova avaliação da capacidade de escoamento pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), provavelmente já vão "entrar no radar" os empreendimentos de transmissão construídos até o próximo pregão. [bi] Bahia Indústria  27


indicadores  Números da Indústria

Produção cai abaixo da média nacional Balanço de 2016 revela que até outubro, o desempenho da indústria de transformação baiana manteve ritmo de queda

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indústria de transformação nacional apresentou queda na produção física de 7,9%, nos 12 meses terminados em outubro, na comparação com igual período anterior. A Bahia apresentou queda de 4,5%; e, em setembro, houve decréscimo de 5,1%. Com o resultado de outubro, a Bahia continua em 3º lugar no ranking dos 14 estados que participam da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física-R, do qual apenas o estado de Mato Grosso apresentou resultado positivo (0,1%). Os demais estados registraram resultados negativos: Espírito Santo (-0,3%); Bahia (-4,5%); Santa Catarina (-4,9%); Rio Grande do Sul (-5,8%); Minas Gerais (-5,9%); Ceará (-6,2%); São Paulo (-7,3%); Goiás (-7,4%); Pará (-7,5%); Paraná (-7,6%); Rio de Janeiro (-9,1%); Pernambuco (-10,6%); Amazonas (-16,0%). Na Bahia, seis dos onze segmentos pesquisados registraram crescimento: Metalurgia (6,6%), Bebidas (5,4%), Alimentos (5,0%), Produtos Químicos (2,5%), Celulose e Papel (2,3%) e Couro e Calçados (2,1%). Apresentaram resultados negativos: Equipamentos de Informática (-23,3%), Minerais não metálicos (-17,3%), Veículos automotores (-17,2%), Refino de petróleo e biocombustíveis (-10,1%, devido a uma parada não programada da unidade de craqueamen28  Bahia Indústria

to catalítico de resíduos U-39 durante todo o mês de julho) e Borracha e plástico (-5,2%). QUEDA EM OUTUBRO Na comparação de outubro de 2016 com igual mês do ano anterior, a produção física da indústria de transformação baiana apresentou queda de 6,4%, enquanto a nacional teve retração de 7,0%. Seis dos 11 segmentos industriais da Bahia apresentaram resultados positivos: Celulose e Papel (24,3%, com aumento da

produção de pastas químicas de madeira); Equipamentos de Informática (14,2%); Couro e Calçados (13,1% maior produção de tênis de material sintético montado e couros e peles de bovinos curtidos ao cromo); Produtos Químicos (8,7% buta dieno não-saturado, princípios ativos para herbicidas, misturas de alquilbenzenos ou alqui-


Borracha e Plástico (-5,4% menor produção de pneus novos de borracha para ônibus e caminhões, reservatórios, caixas d’água e artefatos semelhantes de plástico e filmes de material plástico para embalagem). Os resultados positivos foram obtidos pelos segmentos: Bebidas (7,5%); Metalurgia (5,1% maior produção de maior produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Alimentos (5,0% maior produção de açúcar cristal, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, leite em pó e massas alimentícias secas), Couro e Calçados (4,2%) e Produtos Químicos (3,8% incremento na produção de amoníaco, ureia e

policloreto de vinila). A menor queda da produção física da indústria da Bahia em comparação ao Brasil deve ser relativizada: no início de 2015, foi registrada redução acentuada da produção na atividade de refino (que representa 31,5% do VTI da Indústria de Transformação Baiana) por conta de uma parada de manutenção na RLAM, deprimindo a base de comparação. No entanto, a RLAM, que havia previsto uma parada programada para o mês de novembro deste ano, das unidades 9 e 18, postergou para janeiro de 2017. Desse modo, acreditamos a indústria baiana fechará o ano de 2016 apresentando menor retração que o Brasil. [bi]

bahia: pim-pf de outubro 2016

Variação (%)

Setores out16/out15 Jan-out16/ Nov15-out16/ Jan-out15 nov14-out15

Indústria de Transformação Refino de petróleo e biocombustíveis Produtos químicos Veículos automotores Alimentos Celulose e papel Borracha e plástico Metalurgia Couro e Calçados Minerais não metálicos Equipamentos de Informática Bebidas Extrativa Mineral

-6,4 -3,6 -4,5 -20,0 -9,7 -10,1 8,7 3,8 2,5 6,3 -13,7 -17,2 4,4 5,0 5,0 24,3 1,9 2,3 -13,3 -5,4 -5,2 -24,2 5,1 6,6 13,1 4,2 2,1 -29,3 -18,6 -17,3 14,2 -12,3 -23,3 -9,6 7,5 5,4 -25,9 -20,6 -19,5

Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI

BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2014-2016) 2014

115 110 105 100 95

2016

90

2015

85 80 75

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70 JAN

lnaftalenos e etanolaminas e seus sais); Veículos Automotores (6,3% maior produção de automóveis); e Alimentos (4,4%). Apresentaram resultados negativos: Minerais não metálicos (-29,3%, com redução na produção de cimentos “Portland”, massa de concreto preparada para construção e argamassas); Metalurgia (-24,3%, com a menor produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre); Refino de Petróleo e Biocombustíveis (-20,0%, pela menor produção de óleo diesel, gasolina automotiva, óleos combustíveis, gás liquefeito de petróleo e álcool etílico); Borracha e Plástico (-13,3%, devido à menor produção de pneus novos de borracha para ônibus e caminhões, filmes de materiais plásticos para embalagem, pneus novos de borracha para automóveis e reservatórios, caixas d’água e artefatos semelhantes de plásticos); e Bebidas (-9,6%). No acumulado de janeiro a outubro de 2016, a indústria de transformação baiana apresentou queda de 3,6%, enquanto a indústria de transformação nacional caiu 7,0%. Cinco dos 11 setores obtiveram resultados negativos: Minerais não metálicos (-18,6% menor produção de massa de concreto preparada para construção, cimentos “Portland”, argamassas e ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica para pavimentação ou revestimento); Veículos Automotores (-13,7% menor produção de automóveis e de painéis para instrumentos dos veículos automotores); Equipamentos de Informática (-12,3%); Refino e Petróleo (-9,7% pela menor produção de óleos combustíveis, óleo diesel e naftas para petroquímica); e

Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)

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painel

angelo Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

Encontro de Negócios do setor químico

Diretor do PNUD Brasil defendeu proteção aos mais vulneráveis

PNUD: Seminário discute desenvolvimento sustentável Representantes de governos, setor privado e da sociedade civil reuniram-se na FIEB, em 23/11, no seminário Diálogos sobre Pessoas: Parcerias para o Desenvolvimento Sustentável, para discutir propostas e iniciativas que colaborem com o alcance das metas dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). Esse foi o segundo seminário nacional sobre os cinco eixos de atuação da Agenda 2030: Planeta, Pessoas, Prosperidade, Paz e Parcerias. O evento é fruto de uma parceria do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Centro de Estudos e Estratégias em Relações Internacionais (Ceeri) e da FIEB, por meio do seu Conselho de Responsabilidade Social Empresarial – Cores. As 169 metas e 17 objetivos integram o documento Transformando Nosso Mundo: Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, concluído em 2015. “Temos que unir esforços para garantirmos investimentos às pessoas mais vulneráveis”, afirmou o diretor do PNUD Brasil, Didier Trebucq.

Cooperação entre Bahia e Espanha é tema de encontro empresarial Com o objetivo de apresentar oportunidades bilaterais de negócios, seja da Espanha como porta de entrada de produtos baianos em mercados europeus e africanos ou como foco de investimentos pelas empresas da Bahia, foi realizado, no dia 19/10, o Encontro Empresarial Brasil x Bahia e Espanha, na FIEB. De acordo com o embaixador espanhol no Brasil, Manuel Hermoso, o país ibérico tem interesse em aumentar a presença de empreendimentos na Bahia. “Temos intenção de ampliar negócios nas áreas de energias renováveis, construção e infraestrutura e estamos otimistas com a notícia das concessões que serão realizadas pelo governo federal”, disse Hermoso. O presidente da FIEB, Ricardo Alban, destacou a relação histórica entre a Bahia e a Espanha. Cezar Brasil/Coperphoto/Sistema FIEB

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Com os objetivos de fomentar negócios, promover exportações e a internacionalização das empresas participantes, além de divulgar produtos, foi realizado, dia 21.11, o Encontro de Negócios Itinerante no Brasil - Setor de Químicos e HPPC. O evento, uma parceria da Rede CIN, CNI e Apex-Brasil, contou com a participação de nove empresas baianas e três compradores internacionais. Foram realizadas 27 reuniões individuais, com estimativa de negócios futuros de US$ 2.9 milhões.

Cimatec e ITA firmam parceria Representantes do SENAI Cimatec e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) assinaram, no dia 5/12, um memorando de entendimento para cooperação em PD&I, com foco em áreas comuns, como energia solar e redes inteligentes. A parceria permite que sejam estabelecidas novas prioridades ao longo dos cinco anos de vigência do documento. Participaram da solenidade o presidente da FIEB, Ricardo Alban, dirigentes do Sistema FIEB, o reitor do ITA, Anderson Correia, a coordenadora de Cooperação do Instituto, Solange Corrêa, e o pesquisador Vilson Almeida. O evento também contou com parlamentares e gestores públicos engajados com o desenvolvimento industrial, além de outros professores, pesquisadores e representantes de empresas industriais com foco em PD&I.

Ministro visita SENAI Cimatec O SENAI Cimatec recebeu, em 20 de outubro, a visita do titular do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. O gestor conheceu os laboratórios de Manufatura Integrada e participou de reunião com dirigentes do Sistema FIEB. O ministro afirmou que o SENAI Cimatec foi escolhido para a visita “pela importância para a Ciência e a Tecnologia no país”.


jefferson peixoto/Coperphoto/Sistema FIEB

Salvador sedia premiações nacionais • A Bahia sediou, em outubro, duas premiações nacionais promovidas pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL). O Prêmio IEL de Estágio e o Prêmio Inova Talentos ocorreram no dia 27 de outubro, no Hotel Deville Prime. Leia mais sobre as premiações no portal do Sistema FIEB (www.fieb.org.br).

SESI promoveu debate com especialistas sobre a MP 746 Após apresentação de projetos de iniciação científica e tecnológicos do SESI e de uma escola pública de Salvador, a 2ª edição da Série SESI Diálogos de Educação discutiu, em novembro, os limites e possibilidades do ensino médio e a formação técnica e profissional, no contexto da MP 746/2016. O superintendente do SESI Bahia, Armando Neto, o gerente executivo de Educação do Departamento Nacional, Sérgio Gotti, além de representantes da Secretaria da Educação, Ifba e outras entidades ligadas à educação debateram o tema do evento. Este foi o segundo encontro realizado em 2016 para discutir o ensino médio. “Uma das temáticas da MP é o ensino médio articulado com educação profissional e o SESI tem a experiência do Ebep. Foi uma oportunidade de discutir, até no sentido de fazermos ajustes no nosso modelo”, destacou o superintendente. Sérgio Gotti lembrou que o SESI Bahia foi precursor nesta discussão por ter sido o primeiro departamento regional a implementar o Ebep.

Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

Reginaldo Rossi (D) homenageou Felipe Porto, da Cerâmica Bloco Forte

CIEB homenageia empresas nos seus 50 anos O Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB) completou 50 anos de criação, em novembro, homenageando cinco empresas a ele associadas desde sua fundação: Construtora Norberto Odebrecht, Água Mineral Dias D’Ávila, Cerâmica Bloco Forte, Biscoitos Tupy e Eternit S/A. A cerimônia, marcada pela presença de empresários, dirigentes da FIEB e do CIEB, representantes do governo do estado e de universidades parceiras.

Encontro reúne empresários da indústria de cosméticos

Sinprocim apresenta portfólio de produtos

Aspectos regulatórios e tributários da indústria de cosméticos e tendências de mercado foram temas discutidos no II Encontro da Indústria Baiana de Cosméticos, promovido pelo Sindcosmetic-BA, no Gran Hotel Stella Maris. “O encontro traz informações relevantes para municiar os empresários para atender aos atuais desafios”, destacou o presidente do sindicato, Raul Menezes.

O portfólio de produtos do Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia (Sinprocim-BA) foi apresentado a empresários, no dia 02.12, durante o I Ciclo de Palestras SinprocimBA, realizado na FIEB. Além do presidente do sindicato, Jose Carlos Teles Soares, o evento contou com a presença do 1º vice-presidente da FIEB, Carlos Gantois, do engenheiro do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos de Cimento (Sinaprocim), Anderson de Oliveira; e do professor, Antônio Sérgio da Silva.

Bahia Indústria  31


jurídico

Panorama atual do processo de legalização de empresas Por Luciana Dias Couto Silva

Desde o advento da Lei Federal nº 11.598, em 03.12.07, que criou a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim), com o objetivo de simplificar e integrar o processo de registro e legalização de empresários e de pessoas jurídicas, o processo de legalização de empresas na Bahia tem passado por transformações. Dentre as mudanças, merece destaque a integração do processo de registro entre os órgãos competentes pela legalização, quais sejam a Receita Federal - RF, a Junta Comercial – Juceb e as Secretarias da Fazenda Estadual e Municipal, o que acarreta, em tese, uma maior agilidade na constituição, alteração e extinção de empresas. Assim, naqueles Municípios que utilizam o integrador estadual, qual seja, o Sistema de Registro Integrado – Regin o empresário irá realizar, on-line, uma “Consulta Prévia de Viabilidade”, e obterá as informações se é possível desenvolver suas atividades no endereço desejado e se o nome empresarial escolhido atende aos requisitos legais para sua formação. Desse modo, o primeiro passo a ser observado por uma empresa que deseje se instalar, abrir filial ou mudar de endereço é verificar se o município onde irá desenvolver suas atividades integra o Regin. O site da Juceb contém a lista dos municípios conveniados. Aprovada a viabilidade, o segundo passo será elaborar, atra32  Bahia Indústria

vés do site da RF, o Documento Básico de Entrada – DBE, indispensável para obtenção do CNPJ e atualização do cadastro da empresa no órgão. O terceiro passo será elaborar o “Requerimento Eletrônico”, através do site da Juceb e ao final do preenchimento deste, o sistema gerará a minuta do ato constitutivo, as guias para recolhimento das taxas e a capa do processo. Só após esta última etapa o empresário irá se deslocar até a Juceb para protocolo do processo físico. Ressalte-se que no dia 09.11.16, a Juceb passou a adotar o procedimento denominado “Via Única”, o qual prevê a apresentação do ato societário em uma única via e o envio deste instrumento por e-mail para o usuário, após o registro pelo órgão, o que permitirá que o empresário se dirija à Juceb apenas para protocolo do processo. Diante do atual cenário, os empresários, advogados, contadores e demais profissionais que atuam no processo de legalização empresarial devem estar atentos às constantes mudanças que vem ocorrendo nos procedimentos destes órgãos, evitando assim atraso na conclusão do registro do ato societário da empresa. Em que pese a adoção de todos estes procedimentos, a legalização empresarial na Bahia, como nos demais Estados, ainda é lenta e carente de ações que reduzam, de fato, o tempo de análise dos órgãos e o custo suportado pelos empresários na formalização dos seus negócios.

Novas faixas de faturamento para EPP e parcelamento A Lei Complementar nº 155/16, publicada em 28.10.16, que altera a LC nº 123/06, instituiu, dentre outros, novas faixas de faturamento para o enquadramento das Empresas de Pequeno Porte (EPP), bem como dispôs sobre o parcelamento dos débitos apurados na forma do Simples Nacional, em até 120 meses, vencidos até a competência do mês de maio de 2016. A referida norma também trouxe modificações relativas ao Microempreendedor Individual (MEI).

Novos procedimentos para as operações de exportação

Luciana Dias Couto Silva integra a Gerência Jurídica da FIEB

Foi publicado, em 26.08.16, o Decreto Federal nº 8.870, que dispõe sobre a aplicação de procedimentos simplificados, denominado Simples Exportação, nas operações de venda ao exterior, realizadas por microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional. O Simples Exportação observará, dentre outros procedimentos: a unicidade do procedimento para registro das operações de exportação; a entrada única de dados; o processo integrado entre os órgãos envolvidos e o acompanhamento simplificado do procedimento.


ideias

Empresa júnior: uma saída para as PME Por Eduardo Sampaio Soares

É chegado um momento em que apenas diminuir gastos não resolve e a empresa tem apenas uma saída: fechar. O que pode fazer o negócio sobreviver é pensar diferente da concorrência, que está focada em gastar menos, e investir em melhorias para a sua produção e para o seu produto, entregando mais valor ao mercado e sendo mais competitivo, além de diminuir gastos desnecessários. Embora investir para se tornar uma empresa mais competitiva pareça ser um pensamento simples, conseguir capital para isto pode ser uma tarefa difícil. Em se tratando principalmente de pequenas e médias empresas, esta barreira pode se tornar ainda maior, desestimulando a melhoria do negócio. Contudo, se houvesse uma forma de buscar as soluções necessárias para se obter melhores resultados e com custo acessível, estas empresas poderiam começar a trilhar um caminho diferente, de elevação do crescimento. Uma solução viável para essa situação é o Movimento Empresa Júnior (MEJ). O MEJ é formado por jovens universitários empreendedores com o intuito de sair da “caixa” do conhecimento teórico das salas de aula das universidades. Através desta vivência, é possível formar profissionais melhores, comprometidos e capazes de transformar o Brasil. Esta grande capacidade transformadora não se restringe ape-

nas aos alunos, mas também aos clientes dessas empresas. O principal foco do MEJ no mercado é auxiliar as PMEs a atingirem um alto crescimento e desenvolver o empreendedorismo dentro e fora da universidade. Os projetos realizados são orientados por professores, especialistas em suas áreas, e por profissionais que atuam no mercado, certificando a qualidade do que é entregue. Além disso, por serem associações civis sem fins lucrativos, não visam ao lucro em seus projetos, o que torna o preço de seus serviços bastante inferiores aos de mercado, podendo chegar a 10-15% do preço de outras consultorias. É uma boa saída para quem deseja investir em soluções para os negócios. Um exemplo de empresa júnior atuante é a Prisma, a Empresa Júnior de Engenharia Química da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, entre projetos para consumidores físicos, dois deles são do setor industrial com foco em otimização da produção. O primeiro deles é para uma indústria produtora de etanol (Unial), que tem como foco melhorar a qualidade da produção através de técnicas de otimização e controle industrial, culminando em um produto de melhor qualidade. O segundo projeto neste segmento é o da Coopmarc – Cooperativa de Materiais Reciclados de Camaçari, com o objetivo de melhorar a produção e seus resultados, mas também de impactar positivamente na melhoria da

O potencial de atuação das empresas júniores é muito grande, não apenas pelo benefício gerado nos negócios, mas também pelo grande impacto social. São jovens inquietos, dispostos a atuar para melhorar a sociedade, orientados por especialistas da área, trazendo um grande benefício pelo contato empresa-universidade

Eduardo Sampaio Soares é diretor de Marketing na Prisma – Empresa Júnior de Engenharia Química da Ufba

qualidade de vida da comunidade local através do nosso trabalho. Além destes exemplos, a Prisma já atuou em outros projetos voltados para o setor industrial, como por exemplo do Estudo de Viabilidade Técnica da Conversão de Forno Industrial-BPF a Gás Natural. Com isso, o potencial de atuação das empresas júniores é muito grande, não apenas pelo benefício gerado nos negócios, mas também pelo grande impacto social. São jovens inquietos, dispostos a atuar para melhorar a sociedade, orientados por especialistas da área, trazendo um grande benefício pelo contato empresa-universidade. Então, você quer dar uma guinada no seu negócio e melhorar seus resultados em tempos de crise? As empresas júniores podem ser o caminho para buscar novas soluções. Você é nosso projeto, o nosso maior resultado. [bi] Bahia Indústria  33


leitura&entretenimento maurício lima/Divulgação

exposição Fotojornalismo mundial Perla primeira vez, Salvador recebe a mostra World Press Photo (WPP), com as imagens mais representativas do fotojornalismo mundial no ano de 2015. São 164 fotografias escolhidas no 59º concurso da organização, sediada na Holanda. As imagens retratam momentos culturais, sociais, políticos e ambientais, vivenciados em 2015. O Brasil está representado pelo Complexo do Alemão, em fotos do espanhol Sebastián Liste. O país também está representado pelo fotógrafo paulista Maurício Lima, que foi premiado em duas categorias nesta edição da WPP, também vencedor do Prêmio Pulitzer em 2016, pela cobertura da crise dos refugiados.

Não perca Caixa Cultural Salvador; ter. a dom., das 9 às 18h. Rua Carlos Gomes, 57, Centro. Gratuita Divulgação

show MPB na Varanda O músico Alexandre Leão apresenta-se às sextas-feiras, na Varanda do SESI, com um repertório autoral e canções consagradas na voz de grandes nomes da música baiana e nacional. O artista, que estreou aos 17 anos, com a gravação da música Paiol de Ouro, por Maria Bethânia, composição de sua autoria, em parceria com Olival Matos, teve várias de suas canções interpretadas por outros artistas, a exemplo de Ivete Sangalo, da Banda Lampirônicos, da Família Caymmi e mais recentemente por Arnaldo Antunes em seu novo CD. O show é uma oportunidade de conhecer de perto toda a musicalidade deste artista que bebe na fonte da Música Popular Brasileira. Não perca Varanda do SESI Rio Vermelho. Às sextas-feiras, 22h. R$ 25 (couvert). Classificação 16 anos

livros Investigando a genética Vencedor do prêmio Pulitzer de não ficção de 2011, Siddhartha Mukherjee, combina ciência, história social e relatos pessoais para contar a extraordinária narrativa de uma das mais importantes descobertas dos O gene, Siddhartha tempos modernos. Ao investigar a Mukherjee hereditariedade, ele irá mostrar como a Companhia das genética influencia as nossas vidas, Letras, 680 p R$ 69,90 – R$ 39,90 personalidades, identidades, destinos e (e-book) escolhas. Ao longo do livro, ele explora também a própria origem e família, com seu trágico histórico de doenças mentais.

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Ensaio sobre a melancolia

A tinta da melancolia, Jean Starobinski Companhia das Letras, 568 p., R$ 74,90

O psiquiatra, crítico literário, linguista e filósofo Jean Starobinski faz um esclarecedor retrato sobre a melancolia. Da história das doutrinas e dos tratamentos da melancolia a suas aparições na obra de artistas emblemáticos como Cervantes, Baudelaire e Kafka, Starobinski combina rigor e lirismo nos diversos ensaios que compõem a obra. Desta forma, oferece ao leitor um retrato primoroso de uma das manifestações mais complexas da história do pensamento ocidental.


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