Bahia Federação das Indústrias do Estado da Bahia Sistema FIEB
ISSN 1679-2645
Ano XXII nº 237 mai/jun/2015
Tecnologia de alta performance Inauguração de Centro de Supercomputação posiciona o SENAI Cimatec na vanguarda científica
EDITORIAL
Reconhecido nacional e internacionalmente pelo nível de excelência no atendimento às demandas da indústria por qualificação, inovação e serviços especializados, o SENAI Cimatec acaba de se consolidar como um dos principais centros de tecnologia do país com a inauguração do Centro de Supercomputação para Inovação Industrial, onde está instalado o supercomputador Cimatec Yemoja. Mais rápido da América Latina e um dos mais velozes do mundo, o Cimatec Yemoja chegou para introduzir a Bahia no universo das pesquisas em computação de alto desempenho. Ele será utilizado prioritariamente em pesquisas na área de geofísica, mas também irá atender a indústria de petróleo e gás e a comunidade acadêmica. Em números, o Cimatec Yemoja é capaz de realizar 404 trilhões de operações por segundo. Sua capacidade de memória RAM é equivalente à de 40 mil microcomputadores convencionais e seu sistema operacional é composto de 1.716 processadores, enquanto que um PC comum tem apenas um, para citar apenas alguns dados mais relevantes. A escolha do centro tecnológico do SENAI baiano se deu após uma análise detalhada por parte da BG, parceira do SENAI Cimatec e principal investidora nesta iniciativa. A expectativa era identificar na América Latina um centro com capacidade de entrega de projetos de alta complexidade e esta análise detalhada levou os executivos da empresa ao SENAI Bahia, conforme explicou o presidente da BG América do Sul, Nelson Silva. O investimento previsto para o Centro de Supercomputação para os próximos três anos é de R$ 60 milhões e inclui a aquisição de outro supercomputador de alta performance. Os recursos preveem ainda investimentos em infraestrutura e pesquisa. Com este segundo equipamento será possível executar pesquisas avançadas em campos complexos como os do pré-sal, em especial, priorizará o estudo e a otimização da tecnologia Full Waveform Inversion ((FWI) para o processamento de dados sísmicos 3D e 4D de dimensões industriais. O segundo supercomputador abrirá espaço, ainda, para estudos avançados nas áreas de biomedicina, robótica, processamento de
marcelo gandra/Coperphoto/sistema fieb
Excelência comprovada e atestada
imagens e energias alternativas. Além de sediar um dos mais modernos centros de supercomputação do continente, o SENAI Cimatec também foi escolhido pela Intel para ser um dos 50 centros em todo o mundo a integrar o Intel Parallel Computing Centers (Centro de Computação paralela da Intel – IPCC). Com isso, a Bahia também passará a atuar no desenvolvimento de aplicações de ponta e na formação de recursos humanos especializados em computação de alto desempenho. O ingresso no IPCC dará ao SENAI-Ba acesso a recursos financeiros e tecnológicos e contribuirá para consolidá-lo como referencial de excelência na modernização e otimização em processamento de alto desempenho (HPC, na sigla em inglês). O futuro no SENAI Bahia é muito promissor. O impacto que esta revolução em forma de bites e bytes irá promover, ainda está para ser escrito.
Diretor regional do SENAI Bahia, Leone Peter, na inauguração do Centro de Supercomputação do SENAI
Além de sediar um dos mais modernos centros de supercomputação do continente, o SENAI Cimatec também foi escolhido pela Intel para ser um dos 50 centros em todo o mundo a integrar o Intel Parallel Computing Centers
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PRESIDENTE Reginaldo Rossi. 1º VICE-PRESIDENTE
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Editada pela Gerência de Comunicação Institucional do Sistema Fieb Editorial Mônica Mello, Cleber Borges e Patrícia Moreira. Coordenação editorial Cleber Borges. Editora Patrícia Moreira. reportagem Patrícia Moreira, Carolina Mendonça, Marta Erhardt, Rafael Pereira, Luciane Vivas e Surenã Dias (estagiário). Projeto Gráfico e Diagramação Ana Clélia Rebouças. fotografia Coperphoto. Ilustração e Infografia Bamboo Editora. Impressão Gráfica Trio. Conselho
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sumário mai/jun 2015 marcelo gandra/coperphoto/Sistema FIEB
16 Superveloz Inauguração do, Cimatec Yemoja coloca a Bahia no mapa das pesquisas em computação de alto desempenho
Ilustração Bamboo
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Destaque nacional
Interesses da indústria na pauta do Legislativo
Ação Global
FIEB une parlamentares em defesa de estaleiro
Adoção do JOIN levou a Engpiso à final do Prêmio Nacional de Inovação
Os projetos de lei de interesse da indústria estão na nova Agenda Legislativa, lançada em 25 de maio. Na mesma data, Carlos Gilberto Farias recebeu homenagem post mortem
Parceria com a Rede Globo, evento elegeu a qualidade de vida como tema
Projeto estratégico para a retomada da indústria naval baiana teve suas obras interrompidas, gerando efeitos devastadores para a economia dos municípios do Recôncavo
Destaque A nacional em inovação Cliente do JOIN, Engpiso foi finalista do Prêmio Nacional de Inovação, disputado por 2 mil empresas de todo o país Por Marta Erhardt
Raymundo Dórea, ao lado do Mapa Estratégico de Inovação da empresa, destaca os benefícios do JOIN
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s boas práticas de gestão da inovação implementadas com auxílio da tecnologia do Jogo da Inovação (JOIN), desenvolvida pelo IEL/ BA, levaram a empresa baiana Engpiso à final do Prêmio Nacional de Inovação (PNI), na categoria Gestão da Inovação PME. A premiação foi realizada em maio, dentro da programação do 6º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, em São Paulo. A gestão da inovação passou a ser implementada de forma sistemática na Engpiso desde 2013, quando a empresa foi convidada a participar do projeto piloto do JOIN. “O JOIN foi importante para fomentarmos uma política para a elaboração do Mapa Estratégico de Inovação da empresa. Hoje a inovação é um negócio dentro do nosso portfólio, com soluções e produtos”, relata o diretor de negócios da Engpiso, Raymundo Dórea. O empresário explica, ainda, que as ferramentas do JOIN foram importantes para que a Engpiso consolidasse uma cultura de participação dos colaboradores nas atividades de inovação. Um exemplo é a criação de banco de ideias no SisJOIN, software de gestão da inovação, uma das Soluções JOIN para as empresas. O superintendente do IEL, Evandro Mazo, ressalta a importância de se envolver os colaboradores para trabalhar cotidianamente a inovação tanto de produtos e serviços, quanto de processos. “Envolver todos os funcionários é fundamental para que
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a empresa se torne inovadora. É uma conquista da equipe do IEL, em parceria com as empresas, que nossa metodologia promova resultados tão positivos quanto o da Engpiso”, destaca. Mais de 2 mil empresas de todo o país se inscreveram no Prêmio Nacional de Inovação em 2014. Deste total, 28 chegaram à final. “É a primeira vez que uma empresa baiana de pequeno porte consegue chegar a essa etapa, na categoria Gestão da Inovação”, comemora Dórea, ressaltando a importância de participar da premiação ao lado de empresas de grande porte, a exemplo da Votorantim, Natura e 3M do Brasil. Esta não foi a primeira vez que a Engpiso chegou à fase final do PNI. A empresa também foi finalista em 2013, mas na modalidade Agente Local de Inovação. “Mostra que estamos no caminho certo e que é possível que outras empresas de menor porte também sigam neste rumo. É preciso que se acredite que a inovação é viável e
“
É uma conquista para a equipe do IEL Bahia, em parceria com as empresas, que nossa metodologia, o JOIN, promova resultados tão positivos quanto o da Engpiso Evandro Mazo, superintendente do IEL-Bahia
exequível para as empresas de pequeno porte”, destaca Dórea. O Prêmio Nacional de Inovação, que integra a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), foi realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Sebrae, com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Movimento Brasil Competitivo (MBC) e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O diretor de negócios da Engpiso comemorou, também, a participação no 2015 MIT Brazil Challenge of Innovation Conference, evento que integrou a programação do 6º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria.
Melhorias e internacionalização Como resultado da gestão da inovação, Dórea aponta melhorias como a implantação da gestão de projetos, o planejamento e o controle da produção com metodologia lean construction e o projeto para implantar a ISO 9001:2008, norma internacional que fornece requisitos para o Sistema de Gestão da Qualidade das organizações. A empresa, que atua há 20 anos no mercado, no segmento da construção civil, venceu também dois editais da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), na área de inovação. “Esses editais possibilitaram que estreitássemos o relacionamento com a academia, com instituições como Cimatec, Ufba e Ucsal”, ressalta Dórea. Com esses projetos, a empresa participou, em maio, de intercâmbios de pesquisa na Europa. Durante 15 dias, o diretor de negócios da Engpiso visitou o Instituto Europeu de Design e a Universidade Politécnica da Catalunha, além de participar da Construmat, feira da construção realizada na Espanha. Na Alemanha, visitou a Universidade de Dresden e o Instituto Fraunhofen. Já na Itália, teve reuniões na POLI.design e participou da Expomilão. Os contatos realizados renderam acordos de cooperação internacionais para desenvolvimento de produtos e soluções na área de construção civil. [bi]
Sobre o JOIN O Jogo da Inovação – Solução JOIN, elaborado para sistematizar a gestão da inovação em empresas de todos os portes, já foi adotado por 40 empresas baianas. Desenvolvida pelo IEL, a metodologia apresenta conceitos, boas práticas e ferramentas que auxiliam empresas a transformarem seus negócios com a inovação. “Nosso objetivo é auxiliar a empresa para que, de uma forma simples, prática e vivencial, se consiga adotar processos que sistematizem a atividade de gestão da inovação na empresa. O que queremos é que as empresas vejam a gestão da inovação de forma tão estratégica quanto a gestão financeira e de produção, por exemplo”, explica a gerente de Desenvolvimento Empresarial do IEL, Fabiana Carvalho. Empresas interessadas podem contratar a solução JOIN em modalidades de atendimento personalizadas. Mais informações estão disponíveis no Portal JOIN (www.jogodainovacao.com.br). Os interessados também podem entrar em contato pelo telefone (71) 3343-1317 ou pelo e-mail jogodainovacao@fieb.
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FIEB realiza encontros setoriais com sindicatos Representantes de 33 sindicatos conheceram os serviços das entidades e contribuíram para o planejamento estratégico do Sistema FIEB
O
s produtos e serviços oferecidos pelas entidades que integram o Sistema FIEB foram apresentados a 63 presidentes e diretores de 33 sindicatos filiados à Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), em cinco encontros setoriais, realizados no auditório da instituição entre os dias 9 e 16 de junho. “Conhecendo os produtos e serviços existentes, os sindicatos podem identificar aqueles que são mais importantes ou apontar a necessidade de incluir determinados produtos que julgam relevantes, contribuindo, desta forma, para o planejamento estratégico do Sistema FIEB”, destaca o diretor-executivo da FIEB, Vladson Menezes. “A ideia é que as informações apresentadas sejam replicadas para as empresas associadas dos sindicatos participantes”, complementa a gerente de Relações Sindicais, Manuela Martinez. O primeiro encontro, realizado no dia 9 de junho, reuniu representantes dos setores Químico, de Celulose e Plástico, que tiveram a oportunidade de conhecer melhor a estrutura e atuação setorial das entidades que integram o Sistema FIEB – FIEB, SESI, SENAI E IEL – e puderam identificar serviços e oportunidades de negócios. Representantes das entidades integrantes do Sistema FIEB apresentaram seus portfólios, que incluem serviços de educação e qualificação profissional, capacitação empresarial, apoio à inovação e saúde/segurança do trabalhador, apoio à internacionalização, além da representação institucional e defesa de interesses da indústria baiana. “É um evento muito importante para a divulgação dos serviços da FIEB. Além disso, a divisão por setores permite uma interação maior, facilita o esclarecimento de dúvidas e a proposição de novas soluções”, avaliou Roberto Fiamenghi, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais, Petroquímicas e de Resinas de Ca-
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Vladson Menezes destacou a importância de conhecer as demandas da indústria
maçari, Candeias e Dias D’Ávila (Sinpeq). Também participaram dos eventos líderes sindicais dos setores Metalmecânico, Eletrônicos, Móveis, Têxtil, Calçados, Construção Civil, e Alimentos e Bebidas. Em todos os encontros, os participantes elencaram, através de votação eletrônica, os serviços considerados prioritários e também apresentaram as demandas de cada setor. As sugestões apontadas pelos sindicatos vão servir de insumo para o planejamento estratégico do Sistema FIEB para 2016. “Essa é uma excelente iniciativa e acho que deveríamos fazer em cada sindicato. A estrutura do Sistema FIEB tem diversos serviços importantes e de excelente qualidade, mas que acabam sendo subutilizados”, destacou o presidente do Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza e Velas no Estado da Bahia. (Sindisabões-BA), Juan José Rosário Lorenzo. [bi]
circuito
por cleber borges
Roubo de cargas em Aratu Como se não bastassem todos os problemas logísticos já conhecidos no Porto de Aratu, que afetam a competitividade da produção industrial baiana, um outro vem a público. Empresas que operam no terminal têm sofrido com o roubo de carga. A partir de investigações iniciadas em 2014, a Polícia Federal deflagrou uma operação que resultou nas apreensões de dois caminhões, em Minas Gerais e São Paulo. Ficou constatado que R$ 10 milhões eram furtados por ano, há 10 anos, o que representa um prejuízo total de R$ 100 milhões. Segundo a PF, duas empresas foram alvo do furto, uma de concentrado de cobre e outra que armazena produtos de várias empresas. O modus operandi da quadrilha envolvia, além do roubo de cargas, a extorsão e intimidação de testemunhas.
Importados e energia elevam custo industrial A alta dos insumos importados, com a valorização do dólar, e o aumento da energia puxaram o aumento de 0,8% nos custos da indústria brasileira no primeiro trimestre do ano em relação ao último trimestre de 2014. No mesmo período, os preços dos produtos industrializados no mercado interno subiram 1,5%, o que permitiu a recomposição das margens de lucro das empresas, informa estudo divulgado no dia 10 de junho, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Só o custo com energia aumentou 8,7% no período, frente ao último trimestre de 2014. Na comparação com o primeiro trimestre de 2015, teve uma alta de 28,4%.
“Nunca antes em períodos democráticos tivemos maturidade para fazer correções antes que a crise se instalasse.” Joaquim Levy, ao afirmar que, no Brasil, governos eleitos não têm tradição de tomar medidas econômicas impopulares para prevenir crises.
Burocracia atrasa obras de saneamento Etapas redundantes na análise de projetos aumentam em 41% o prazo para iniciar obras de saneamento básico. Se a burocracia fosse reduzida, os prazos de projetos de distribuição de água, de coleta e tratamento de esgoto no país cairiam de 22 meses para 13 meses. O alerta consta de estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). As redundâncias estão em processos do Ministério das Cidades e do Comitê Gestor do PAC. São etapas de análise técnica e homologação de projeto para obtenção de financiamento, feitas pela Secretaria de Saneamento do ministério e no comitê, que estão duplicadas na Caixa Econômica Federal. Segundo a CNI, essas atribuições deveriam ser só da Caixa, gestora dos recursos para obras de saneamento.
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sindicatos
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Quimbahia promove palestra para preparar empresas para fiscalização
Consultora da CNI, Débora da Col, falou de comunicação e imagem
FIEB promove oficina de media training Para aperfeiçoar o relacionamento dos porta-vozes dos sindicatos com a imprensa, a FIEB promoveu, em maio, a oficina Media Training: Relacionamento com a Imprensa, como parte das ações do Programa de Desenvolvimento Associativo. A consultora da CNI, Débora da Col, explicou a importância da comunicação para o fortalecimento da imagem do sindicato e orientou sobre como se relacionar com a imprensa. O presidente do Sindicer-BA, Manuel Ventin, considerou a iniciativa relevante na preparação dos dirigentes. “A oficina nos alertou para detalhes que favorecem a forma como queremos passar nossa mensagem”, avaliou. “Devemos ter consciência da influência que exercemos na sociedade e da necessidade de sermos mais ativos nesta relação”, destacou o presidente do Sindisabões-BA, Juan Lorenzo.
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A partir de janeiro de 2016, os estabelecimentos industriais deverão informar seus estoques e produção no Sped Fiscal. Para orientar as empresas a se preparar para a fiscalização, o Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e de Produtos Farmacêuticos (Quimbahia) promoveu, em maio, uma palestra para discutir o Bloco K, ferramenta digital de controle de produção e estoques que vai integrar o Sped Fiscal. O encontro abordou os controles gerenciais adequados à legislação e as vantagens e desvantagens na escolha administrativa e judicial para discussão de débitos fiscais.
Coalizão metal-mecânica reúne-se em Salvador Os integrantes da Coalizão dos Sindicatos da Indústria Metal-Mecânica do Nordeste participaram de reunião, em abril, na sede do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simmeb). O primeiro encontro do grupo em 2015 discutiu as expectativas quanto às negociações trabalhistas frente ao atual cenário econômico e as dificuldades enfrentadas pelo setor no recebimento pelos produtos fornecidos. “A coalizão busca a promoção de ações conjuntas para a solução de problemas comuns”, destacou o presidente do Simmeb, Alberto Canovas.
Qualidade do ar em ambientes internos é tema de seminário
Sinprocim promove curso para certificação no Selo de Qualidade
Atento à importância da aplicação da legislação relativa à qualidade do ar em ambientes internos para assegurar a saúde das pessoas, o Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia (Sindratar-Ba) promoveu, no dia 26 de maio, o 1° Seminário Qualidade do Ar Interno (QAI) de Capacitação de Fiscais, no SENAI Cimatec. O objetivo foi capacitar os agentes fiscalizadores. Segundo o presidente do Sindratar, Rogério Lopes de Faria, a iniciativa partiu da demanda das empresas associadas, solicitando uma ação no cumprimento da Portaria Nº 3.523, do Ministério da Saúde, que determina a aplicação do Plano de Manutenção Operação e Controle (PMOC). “O Sindratar buscou diálogo com os órgãos fiscalizadores para definir quais medidas poderiam ser tomadas para melhor atender às exigências da portaria”, afirmou.
Empresas inscritas no processo de Certificação no Selo Qualidade Sinprocim-Ba (SQS) participaram, dia 29 de maio, de curso promovido pelo Sindicato das Indústrias de Produtos de Cimento no Estado da Bahia. O selo será concedido às empresas que possuem padrões de excelência em seu processo de fabricação e gestão. A engenheira Maria Lívia Costa, da Cristal Consultoria, responsável pelo núcleo operacional do selo, conduziu o curso. O presidente do Sinprocim, José Carlos Soares, acredita que o selo vai contribuir para fortalecer o segmento, a partir da melhoria da qualidade.
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eleições Sindvest. Tomou posse
Paulo Cintra (D), Ricardo Alban e Adhvan Furtado
Salvador sedia Intercâmbio Setorial de Laticínios Salvador sediou, em maio, o Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria de Laticínios. O encontro nacional reuniu, na FIEB, presidentes de sindicatos industriais de laticínios de vários estados. Os dirigentes discutiram os principais desafios e soluções para o setor e conheceram as ações do Sistema FIEB para os sindicatos. “Esta é uma iniciativa estratégica de discussão de temas comuns. Neste sentido, é importante que o sindicato busque o apoio disponível nas entidades de representação parceiras”, considerou Paulo Cintra, presidente do Sindileite-Ba, que apresentou as boas práticas do sindicato. O presidente da FIEB, Antônio Ricardo Alban, participou do encerramento e falou da atuação do sindicato baiano. “Tudo tem mais foco quando atuamos com dedicação e o Sindileite tem trabalhado com este afinco”, destacou. O intercâmbio faz parte das iniciativas do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), parceria entre CNI, Federações e Sebrae. Este foi o terceiro intercâmbio de 2015. Em abril, presidentes de Sindicatos da Indústria de Vestuário de todo o país estiveram reunidos na sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG).
em maio a nova diretoria do Sindicato da Indústria do Vestuário de Feira de Santana e Região (Sindvest). O empresário e vicepresidente da FIEB, Edison Virginio Nogueira, vai liderar a entidade até 2018. Segundo ele, um dos principais desafios da nova gestão é retomar o projeto do Polo de Distribuição das Indústrias de Confecção de Feira de Santana (Policon).
Moveba. A diretoria reeleita do Sindicato da Indústria do Mobiliário (Moveba) tomou posse em maio para mandado até 2018. O presidente da entidade, João Schnitman, destacou como principal desafio dar continuidade ao projeto de criação do Polo Moveleiro. A ideia é que as empresas unam forças para alcançar benefícios em logística e redução de custos. Schnitman destacou, ainda, a meta de ampliar a base de associadas e a atuação no interior.
Simmefs. O fortalecimento da parceria com a FIEB é o foco da diretoria reeleita do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Amélia Rodrigues, Feira de Santana e São Gonçalo dos Campos (Simmefs). O
sindicato realiza um trabalho constante de visitas técnicas às empresas, apresentando serviços e benefícios oferecidos pelo Sistema FIEB. O presidente reeleito, Luiz Kunrath, lidera a entidade até 2018.
Sinditabaco. Ampliar as ações de relacionamento institucional está entre as prioridades da nova diretoria do Sindicato das Indústrias de Tabaco (Sinditabaco-BA), empossada em abril, para mandato de dois anos. “Vamos estreitar relações com instituições para discutir questões tributárias que impactam o setor e com órgãos reguladores, como a vigilância sanitária”, destacou a presidente eleita, Ana Cláudia Mercês. Sindibrita. Apoiar as empresas associadas a atravessar o momento de crise pela qual passa a cadeia da construção civil é a prioridade da diretoria do Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada da Bahia (Sindibrita-BA), empossada em abril para mandato até 2018. De acordo com o presidente reeleito, Fernando Jorge Carneiro, as empresas estão retraídas por conta do atual cenário e este é o desafio para os próximos anos.
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Diálogo com o Legislativo
A
indústria baiana tem interesse convergente com o Projeto de Lei nº 19.123/2011, que dispõe sobre a criação do Programa Nota Fiscal Baiana. Ele é uma das 26 proposições que integram a segunda edição da Agenda Legislativa da Indústria, lançada pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), na noite de 28 de maio, como parte das comemorações pelo Dia da Indústria, celebrado em 25 de maio. A publicação reúne os Projetos de Lei em tramitação na Assembleia Legislativa da Bahia que impactam, positivamente ou não, o setor industrial e que terão acompanhamento ao longo do ano. “Ao trazer para o debate Projetos de Lei de elevada importância para o setor produtivo, este documento permite um exercício saudável da democracia, contribuindo para o aperfeiçoamento das instituições”, destacou o presidente da FIEB, Antônio Ricardo Alban. Os Projetos de Lei – que tratam de questões que interessam ao setor, relacionadas às áreas tributária, econômica, social, trabalhista, de política urbana e meio ambiente – foram analisados pelo Comitê de Assuntos Legislativos da FIEB, em parceria com os 44 Sindicatos filiados e os Conselhos Temáticos da Federação. Além de trazer um resumo do projeto e apresentar em que fase
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de tramitação ele se encontra, o levantamento indica o posicionamento da indústria em relação à proposição. “A integração entre a Assembleia e o setor produtivo é positiva, pois vamos discutir o que é importante para o setor. Vivemos um momento difícil, de crise econômica, crise política, crise moral e, diante disso, nós precisamos unir forças no sentido de levantar essa área tão importante que é o setor produtivo”, avaliou o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo.
Agenda Legislativa da Indústria, que reúne Projetos de Lei que impactam no setor, foi lançada em evento comemorativo do Dia da Indústria Por Marta Erhardt
Fotos Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
Ricardo Alban entregou a medalha a Carlos Graco Farias
Mérito industrial para Carlos Gilberto Farias
Lançamento da Agenda legislativa (acima) e homenagem a Carlos Gilberto Farias
A programação comemorativa do Dia da indústria também foi marcada pela entrega da Medalha Mérito Industrial Luiz Tarquínio, em homenagem in memoriam a Carlos Gilberto Farias, que presidiu a FIEB no período de abril a novembro de 2014, quando veio a falecer. “Carlos Gilberto Farias foi um companheiro que realizou um trabalho profícuo para o desenvolvimento da indústria baiana e brasileira”, destacou o presidente da FIEB, Antônio Ricardo Alban. Familiares de Carlos Gilberto, entre eles, a esposa Elizabeth e os filhos Carlos Graco, Christianne e Karine, participaram da solenidade, que contou com a apresentação de um vídeo sobre a trajetória de vida do ex-dirigente. Foi o filho de Farias, Carlos Graco Gondim Farias, quem recebeu a condecoração das mãos do presidente da FIEB. Já o diploma do mérito industrial Luiz Tarquínio foi entregue a ele pelos vice-presidentes da entidade, Carlos Gantois, Alexi Portela Júnior, Edison Virgínio Correia, Josair Bastos e Mário Pithon, além do presidente do Centro das Indústrias da Bahia (CIEB), Reginaldo Rossi. “O estado da Bahia deu a Carlos Gilberto a oportunidade de mostrar não somente sua capacidade técnica, mas também sua capacidade de aglutinar as pessoas. Não foi à toa que ele veio a presidir um órgão tão importante como a FIEB”, pontuou Augusto Farias, irmão do homenageado, em discurso de agradecimento. A Medalha Mérito Industrial Luiz Tarquínio foi criada em 1973, com o objetivo de premiar personalidades que tenham contribuído para o desenvolvimento da indústria na Bahia. Os últimos agraciados com a insígnia foram Armando Monteiro Neto, Jorge Lins Freire e Victor Gradin, todos em 2010. Também participaram da solenidade o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Manoel Gomes de Mendonça Neto, representando o governador Rui Costa; e o diretor do escritório Salvador Cidade Global, Jorge Khoury, que representou o prefeito ACM Neto. Natural de Juazeiro, Khoury ressaltou o espírito empreendedor de Carlos Gilberto Farias. [bi]
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Inovação premiada Projeto do SENAI Dendezeiros, vencedor do Theoprax 2014, vira referência internacional em solução logística Por rafael pereira
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eduzir os custos de produção e tornar-se mais competitivo é um objetivo comum a todo empresário, visando à saúde financeira do seu empreendimento. E foi o que buscou a diretoria da Kordsa Global quando deu ao então estudante de logística do SENAI e controlador de estoque na empresa, Dario Sobrinho, a missão de desenvolver um projeto capaz de reduzir os custos do seu parque industrial. Em parceria com o especialista em suprimentos da Kordsa, Aureomar Mendes, Dario desenvolveu um projeto que vem revolucionando o sistema de controle de materiais da empresa. Vencedor do Theoprax 2014, na unidade SENAI Dendezeiros, o projeto ganhou, recentemente, o All Stars Awards, premiação interna da Kordsa. Concorrendo com os 30 melhores projetos apresentados pelas nove unidades da companhia em todo o mundo, o trabalho baiano foi destaque e recebeu menção honrosa.
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“Nosso projeto recebeu reconhecimento em nível mundial pela sua relevância e deverá ser implantado nas demais unidades”, pontuou Dario. “Durante a premiação, o nosso diretor operacional elogiou o projeto não só pelo seu caráter inovador, mas por ser um projeto de chão de fábrica. Após sua implantação, a cultura do chão de fábrica mudou o que, para ele, é o maior ganho que a empresa pode ter”, avaliou.
REDUÇÃO DE CUSTOS Mas, evidentemente, a parte financeira também foi levada em consideração. Como já foi dito, a motivação foi reduzir custos. E eles conseguiram. O descritivo financeiro do projeto apresentou um retorno de caixa para a empresa de aproximadamente R$ 600 mil, já na sua implementação, só com as devoluções dos materiais do primeiro 5S. “Este foi o único projeto que teve retorno financeiro aplicado e executado no Theoprax de 2014. E os valores são consideráveis. A empresa já sente os resultados claramente”, explicou o professor do SENAI e orientador da equipe na realização do trabalho no Theoprax, José Emanuel Rebouças Ferreira. Os outros estudantes do SENAI integrantes da equipe que desenvolveu o projeto são Leila Silva, Elizabete Viano, Marco Silva e Thiago Silva. O projeto foi posto em prática na empresa em junho de 2014. A equipe buscou inspiração para sua
realização em duas tecnologias já conhecidas mundialmente: o Six Sigma, que é um conjunto de técnicas e ferramentas para melhoria de processos, e o Kanban, que permite um controle detalhado de produção, com informações sobre o tempo dedicado a cada etapa do processo industrial. Juntando as duas tecnologias, eles implementaram o chamado Kanban Eletrônico, um sistema informatizado, capaz de acompanhar todas as etapas da produção. E inovaram quando conectaram a invenção ao sistema de gestão e controle de tráfego da empresa – área responsável pelo controle de entrada e saída de materiais em cada oficina da Kordsa. “Com ele, a partir do momento que o mecânico retira a peça do armário e dá baixa, o painel no almoxarifado identifica a movimentação e pode iniciar alguma outra ação a partir daí, como solicitar compra ou reposição do item”, explicou Aureomar Mendes. Esta-
Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
TheoPrax 0 quê • O TheoPrax é uma metodologia de origem alemã, que tem o objetivo de incrementar a motivação na aprendizagem, fazendo com que estudantes analisem problemas reais e proponham soluções para serem aplicadas nas empresas. onde e como • A iniciativa é uma parceria do SENAI-BA e o Instituto Fraunhoffer-ICT. Como primeiro Centro Theoprax fora da Alemanha, o SENAI desenvolve os projetos nas unidades Cimatec, Cetind, Dendezeiros, Feira de Santana, Ilhéus, Vitória da Conquista e Barreiras, unindo teoria e prática no processo de aprendizagem e melhorando a qualidade da formação e qualificação profissional voltada para a indústria.
va criado um modelo de controle multissetorial inédito na empresa, que acabou virando referência. O projeto foi inicialmente implementado na oficina de tecelagem. Devido ao seu sucesso, hoje já está em todas as seis oficinas da fábrica. “Estamos falando de eliminação de desperdício de peças e de tempo, além do fim da má gestão dos processos. Este projeto está promovendo uma mudança de cultura na empresa. É um ganho
intangível, que vai se perpetuar”, conclui Aureomar Mendes. Com matriz na Turquia, a Kordsa Global tem nove filiais no mundo, sendo a unidade baiana a única do Brasil. Ela conta com aproximadamente 400 funcionários e é a segunda empresa que mais importa no Polo Industrial de Camaçari. Boa parte da sua matéria-prima vem da China e seu principal negócio é a produção de nylon e fios de poliéster. [bi]
Dario Sobrinho, ao lado de Aureomar Mendes (D), é autor de projeto
quem faz aqui • Os projetos são desenvolvidos por alunos dos cursos técnicos e de graduação. Com base nas competências necessárias para o projeto, é definida a equipe e o professor orientador, que realiza visita técnica para conhecer a necessidade da empresa e, com base nos requisitos do cliente, é desenvolvida uma solução e elaborado o planejamento para execução do projeto. A solução e o planejamento são apresentados e, após a aprovação, é assinado um contrato de serviço. para quem • Para as empresas. Além de terem acesso a soluções criativas e de baixo custo para seus problemas, o método permite conhecer jovens capacitados para recrutamento de futuros funcionários.
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angelo pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
O Cimatec Yemoja tem capacidade para realizar 404 trilhões de operações por segundo
Computação de
alta perform 16 Bahia Indústria
Bahia ganha centro de referência global com o Cimatec Yemoja, o mais rápido supercomputador da América Latina Por cleber borges
mance
mais rápido supercomputador da América Latina e um dos mais velozes do mundo foi inaugurado no dia 27 de maio, em Salvador. O Cimatec Yemoja (nome original de Yemanjá, na língua iorubá) está instalado no Centro de Supercomputação para Inovação Industrial do SENAI Cimatec, entidade do Sistema FIEB. O Cimatec Yemoja introduz a Bahia no universo das pesquisas em computação de alto desempenho. Com capacidade para realizar 404 trilhões de operações por segundo (TFlops), ele será utilizado prioritariamente em pesquisas em geofísica, mas beneficiará a comunidade acadêmica, a indústria de petróleo e gás e a sociedade em geral. Por meio de extensão, ele pode ser acessado de qualquer parte do mundo, contribuindo com pesquisas em outros países. A companhia de óleo e gás BG Brasil é realizadora e parceira do SENAI Cimatec na aquisição do supercomputador e também em um programa de P&D Bahia Indústria 17
Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB
(pesquisa e desenvolvimento) em geofísica, submetidos à aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “Nós procurávamos um centro que fosse capaz de entregar projetos de alta complexidade e, depois de uma análise detalhada, chegamos à conclusão de que o SENAI Cimatec era o melhor local para a instalação do supercomputador. Estamos muito satisfeitos com essa escolha”, afirma o presidente da BG América do Sul, Nelson Silva.
Pré-Sal Presente no Brasil desde 1994, a BG Brasil atua nas áreas de exploração e produção de óleo e de gás natural liquefeito em mais de 20 países. No pré-sal da Bacia de Santos, a BG Brasil tem participação em quatro blocos e é operadora de 10 blocos da Bacia Barreirinhas, na Margem Equatorial do Maranhão. Conforme destaca o presidente da FIEB e do Conselho do SENAI Bahia, Antônio Ricardo Alban, o Cimatec Yemoja não está na Bahia por acaso. “O SENAI Cimatec é, hoje, um dos três principais centros de tecnologia e inovação do país. Esta não é uma avaliação apenas nossa, é também de todos os parceiros com os quais atuamos 18 Bahia Indústria
em busca de uma indústria mais moderna e competitiva”. Para viabilizar o Centro de Supercomputação para Inovação Industrial do SENAI Cimatec serão investidos R$ 60 milhões ao longo de três anos, incluindo equipamentos (com destaque para um segundo supercomputador, ver p. 19), infraestrutura, pesquisa e gastos operacionais. Neste projeto, está sendo implantado um centro de excelência de nível internacional em computação de alto desempenho, voltado para a indústria de óleo e gás, que contribuirá para o desenvolvimento de estudos em campos complexos, como os do pré-sal. “A complexidade dos campos do pré-sal nos impulsiona a buscar soluções cada vez mais inovadoras. O supercomputador é, definitivamente, parte desse esforço e nos auxiliará nas atividades da indústria de óleo e gás. Nosso objetivo é produzir inovação no Brasil, fomentando conteúdo local de base tecnológica globalmente competitiva”, ressalta o CEO da BG América do Sul, Nelson Silva. O projeto dará prioridade ao estudo e otimização da tecnologia chamada Full Waveform Inversion (FWI) para o processamento de dados sísmicos 3D e 4D de dimensões
Solenidade de lançamento do Centro de Supercomputação, no Cimatec
industriais no pré-sal. A iniciativa será conduzida pelo consórcio International Inversion Initiative, liderado pela BG Brasil. Serão colaboradores nas pesquisas a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a Universidade de British Columbia (Canadá) e o Imperial College London (Inglaterra), referências mundiais em FWI. De acordo com o diretor regional do SENAI Bahia, Leone Peter Andrade, um dos diferenciais do Centro de Supercomputação é permitir futuramente o acesso de empresas de pequeno e médio porte a pesquisas na área. A utilização de softwares de modelagem computacional, em geral, é custosa, demanda conhecimento especializado e muito tempo de desenvolvimento. “Com sua capacidade de escala, o Centro de Supercomputação adquirirá os principais softwares e ofertará às empresas soluções adequadas à sua realidade financeira”, avalia. O supercomputador e as inciativas de pesquisas em FWI também vão capacitar recursos humanos e impulsionar a indústria, oferecendo soluções tecnológicas que irão otimizar a identificação e extração de recursos naturais do subsolo para superar os desafios das operações no pré-sal.
Mais um supercomputador será adquirido Além do Cimatec Yemoja, será implantado futuramente, no SENAI Cimatec, um segundo supercomputador, este, voltado para estudos em biomedicina, robótica, processamento de imagens e energias alternativas. Com ele, será possível desenvolver competências nas mais modernas técnicas de modelagem computacional, transformadoras da produtividade industrial. Diversas áreas se beneficiarão, a exemplo da indústria automobilística, a eletrônica computacional, o agronegócio e a indústria farmacêutica, que pesquisará formulações químicas de novos produtos. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o SENAI Nacional, o Governo da Bahia (por meio da Fapesb) e a Intel também são parceiros do projeto de supercomputação, que tem como diferencial facilitar o acesso de empresas de pequeno e médio porte a pesquisas avançadas. Segundo o coordenador do Centro de Supercomputação para Inovação Industrial do SENAI Cimatec, Renato Miceli, o supercomputador Yemoja será utilizado para executar programas que demandem alta capacidade de processamento, memória e comunicação. Ele afirma que o Centro de Supercomputação atuará simulando modelos científicos complexos para resolver problemas de aplicação industrial, gerando tecnologias propulsoras do desenvolvimento e inovação industriais. Dada a complexidade e volume de dados processados pelo supercomputador, a tecnologia trazida para garantir o melhor desempenho é dos processadores Intel Xeon e Xeon Phi™, especialmente desenvolvidos para aplicações que fazem uso massivo de processamento paralelo (uma forma de computação em que vários cálculos são realizados simultaneamente) e tirem proveito dos seus avançados mecanismos de vetorização (transformação de imagens em representações numéricas). “Com esse centro o SENAI Cimatec proverá ao Brasil não só profissionais capacitados como recursos de computação em alto desempenho, necessários para promover um salto de eficiência no segmento de óleo e gás brasileiro”, comenta Fernando Martins, diretor-executivo da Intel Brasil. O sistema utilizado é o SGI®ICE X™ que fornece um
Cimatec Yemoja em números
1º
da América Latina
Existem apenas outros 3 supercomputadores, todos estão no Brasil Tem quase duas vezes o poder do 2º colocado
132 mil gigabytes de memória RAM Equivalente a 40.000 microcomputadores convencionais
32,4
R$ milhões
Esse montante daria para comprar 10.800 modernos PCs (R$ 3 mil cada)
124º
maior do mundo em desempenho*
1.716 Processadores Cada PC conta com apenas um
2
milhões de gigabytes para armazenamento Um PC convencional conta com apenas 600
O Yemoja proporciona redução no número de poços perfurados, aumento no sucesso exploratório e no volume das descobertas, em função da sua maior precisão
*segundo o Top500.org
processamento com alto desempenho, juntamente com uma alta eficiência de refrigeração e perfil de consumo de energia. “A implantação do nosso sistema vai trazer benefícios diretos para o setor de petróleo e exploração de energia, permitindo que os pesquisadores possam realizar análises altamente sofisticadas e a visualização de dados sísmicos”, afirma Jorge Titinger, diretor-executivo da SGI. Bahia Indústria 19
Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB
Acesso a acadêmicos e a serviços de modelagem computacional O Cimatec Yemoja será disponibilizado também para a comunidade acadêmica. O Centro de Supercomputação está preparado para atuar junto a grupos de pesquisa, brasileiros e do exterior, no mapeamento e resolução de problemas científicos com o uso de supercomputação. No que diz respeito à prestação de serviços tecnológicos, existe uma carência muito grande em engenharia assistida por computador, em especial para desenhos complexos. Um dos principais objetivos do Centro de Supercomputação é oferecer para a indústria brasileira um serviço de qualidade em modelagem computacional, que permita ao mesmo tempo acelerar o processo de desenho e prototipagem de produtos e reduzir custos. Alinhada com estas ações está a formação de recursos humanos em computação de alto desempenho, desde técnicos e adminis20 Bahia Indústria
tradores de sistemas até mestres e doutores, para satisfazer demandas da academia e da indústria por profissionais nessa área. Além de sediar projetos para melhorar a competitividade da indústria de óleo e gás, os ganhos para a economia regional são evidentes. Por estar localizado na Bahia e em um centro tecnológico como o SENAI Cimatec, que tem forte relacionamento com a indústria baiana, os ganhos para o ecossistema empresarial local são diretos. Nele, poderão ser desenvolvidos projetos para implementar inovações tecnológicas, aumentar a produtividade e reduzir custos associados à produção. Outro ponto de destaque é a capacidade que um equipamento deste porte possui de facilitar a criação de inovações disruptivas, ou seja, inventos capazes de gerar grandes evoluções tecnológicas. O Centro de Supercomputação pos-
sui uma incubadora de empresas que abrigará indústrias nascentes, as quais podem explorar os conhecimentos gerados pelos pesquisadores e os transformar em produtos de mercado. Embora disponível para todas as áreas do conhecimento, o Centro de Supercomputação do SENAI CIMATEC possui uma linha específica de pesquisa e formação de pessoas em tecnologias para exploração e produção de petróleo e gás natural. Na Bahia há um grande parque industrial, potencial usuário desta tecnologia. A cadeia de produção de energia eólica, a indústria automotiva e o segmento petroquímico, dentre outros, também poderão se beneficiar do centro de computação. Para a comunidade, o Centro de Supercomputação do SENAI Cimatec estará disponível por meio de grupos de pesquisa e de projetos de empresas e instituições.
Parceiros e autoridades no Centro de Controle do Yemoja
Senai da Bahia ingressa no programa global IPCC A Intel selecionou o Centro de Supercomputação para Inovação Industrial do SENAI Cimatec, na Bahia, como um dos integrantes de seu programa Intel Parallel Computing Centers (Centro de Computação Paralela da Intel IPCC). Apenas 50 centros de todo o mundo fazem parte do programa. Ao se tornar um IPCC, o SENAI-BA junta-se a um seleto grupo de instituições de alto nível, que inclui ETH Zürich, Lawrence Berkeley National Laboratory, Universidades de Stanford e Wisconsin, Georgia Institute of Technology, Centro de Computação Avançada do Texas, Universidades de Bristol e Edimburgo. No Brasil, os centros de supercomputação da UNESP e UFRJ já fazem parte do programa, conforme destaca o gerente do Núcleo Estratégico do SENAI, Luis Alberto Breda. “O Centro de Supercomputação do SENAI Bahia, que hospeda o maior supercomputador da América Latina, é uma adição importante ao programa de centros de computação paralela da Intel, que conta com apenas 40 instituições no mundo, três delas no Brasil. Os IPCCs são voltados para o desenvolvimento de aplicações de ponta e formação de recursos humanos especializados em computação de alto desempenho”, destaca Fernando Martins, diretor-executivo da Intel Brasil. “A Intel vê grandes oportunidades para a computação de alto desempenho no Brasil, e a chegada de mais um centro de supercomputação ao nosso programa comprova a excelência do
trabalho que está sendo realizado no país”, complementa. As inovações recentes em computação paralela, envolvendo sistemas com processadores multicore (com mais de um núcleo), estão abrindo novas oportunidades para o processamento de alto desempenho (HPC, na sigla em inglês) em diversas áreas do conhecimento. Os IPCCs estão focados no desenvolvimento e aprimoramento de software para aumentar a escalabilidade (possibilidade de crescimento) de aplicações de HPC. Ao incentivar o avanço do processamento paralelo (forma avançada de computação em que vários cálculos são realizados simultaneamente), as instituições integrantes do programa buscam
acelerar descobertas em diferentes áreas da pesquisa científica. Como integrante do IPCC, o SENAI-BA tem um papel fundamental em construir as bases para que o Centro de Supercomputação se torne uma referência de excelência na otimização e modernização de código HPC em plataformas Intel, explorando as novas funcionalidades tanto da família de processadores Intel Xeon quanto do Intel Xeon Phi, extraindo o máximo desempenho. Além da pesquisa, outro objetivo estratégico é a formação de mão de obra local especializada em HPC. Ao entrar para o IPCC, o SENAI-BA terá acesso a recursos como financiamento, hardware, software e suporte técnico. [bi]
Nuno Simões, diretor de assuntos corporativos da Intel
Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB
Bahia Indústria 21
Ação Global reafirma compromisso social A edição 2015 do evento, que ocorreu simultaneamente em todo o Brasil, recebeu 7.700 visitantes em Salvador
R
ealizado com o apoio de 40 parceiros, sendo seis indústrias, entidades públicas, instituições de ensino e empresas, a 22ª edição do Ação Global aconteceu no SESI Piatã e contabilizou 23.315 atendimentos, no dia 30 de maio. Promovido em parceria com a Rede Globo, o evento recebeu 7.772 visitantes. A maior demanda da população foi pelos serviços de saúde, que somaram 10.602 atendimentos, seguidos pelos de educação (6.731) e cidadania (2.680). O Ação Global 2015 teve como tema este ano Qualidade de Vida. O superintendente do SESI Bahia, Armando Neto lembrou que este é um dos eixos de atuação do SESI, ao lado da educação, que promove ações para estimular mudanças no estilo de vida, no ambiente de trabalho e por meio de ações educativas. “A ideia fundamental é estimular as pessoas à adoção de práticas saudáveis no seu dia a dia, de forma que possam viver mais e melhor”, destacou. A gerente de Marketing da Rede Bahia, Alessandra Franco, ressaltou que a parceria com o SESI já dura 22 anos. “O SESI é um grande parceiro, comprometido com todas as ações propostas e nós buscamos esta as-
sociação de forças pelo grande poder de aglutinação de parceiros que o SESI tem”, explica. Ela também destacou a importância de realização do Ação Global: “Mesmo que seja apenas por um dia, o Ação Global dá acesso à população a serviços que no dia a dia não é fácil acessar”. O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, Valtércio de Oliveira, participou da abertura do evento. O TRT e a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho participaram com um estande, orientado a população.
ARTISTAS E TALK SHOW
Serviços de saúde foram os mais procurados na edição do evento deste ano
Angelo Pontes/Coperphoto/SistemaFIEB
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Bahia Indústria
O ator Érico Brás, que faz o personagem Jurandir, em Tapas & Beijos, e a atriz Maria Joana, da série Malhação visitaram o Ação Global em Salvador. Érico participou, ao lado do cardiologista Lucas Andrade, da nutricionista Luciana Oliveira e do professor de Educação Física Diogo Andrade de um talk-show sobre saúde e qualidade de vida, mediado pelo apresentador da Rede Bahia, Darino Sena. Na oportunidade, os participantes do evento tiveram a oportunidade de encaminhar perguntas e tirar dúvidas sobre boas práticas de saúde e qualidade de vida. Brás, que pela segunda vez participa do Ação Global em Salvador, destacou a importância de artistas participarem de eventos como este. “É de imensa importância a presença dos artistas nesses eventos, porque incentiva a população. Eu sempre participo. Além disso, é sempre bom estar em Salvador, minha terra”, contou. Para a população, o dia foi de lazer e uma oportunidade de usufruir da diversidade de serviços oferecidos pelo Ação Global. A auxiliar administrativa Rosangela Santana, que participou pela primeira vez do evento, aproveitou para tirar foto 3x4, cortar o cabelo de sua filha mais nova e se divertir com a feira de turbantes. A estudante, Drielle de Araújo, de 17 anos, aproveitou para fazer sua primeira Carteira de Trabalho e o CPF. [bi]
Em defesa do Enseada FIEB reuniu bancada federal baiana para ato em defesa do Enseada Indústria Naval, que está com 82% das obras físicas concluídas
A
té meados de 2014, o estaleiro Enseada Indústria Naval, em Maragogipe, chegou a empregar 7 mil trabalhadores. Hoje, emprega 300, número suficiente apenas para manter o seu espaço físico e equipamentos. Com 82% das obras concluídas, o empreendimento espera receber os R$ 600 milhões restantes do total de R$ 1,6 bilhão financiado junto ao Fundo da Marinha Mercante, com repasses da Caixa e Banco do Brasil. O projeto está praticamente parado desde que a Operação Lava Jato ganhou as manchetes nacionais. A situação gerou efeitos devastadores para a economia do Recôncavo, especialmente para os municípios de Maragojipe, Salinas da Margarida, Saubara, Santo Antônio e Nazaré. Para defender a viabilização do estaleiro, a FIEB reuniu, em 25 de maio, em sua sede, representantes da bancada baiana no Congresso Nacional. “A Bahia precisa se colocar acima das diferenças partidárias para abraçar esse projeto estratégico para a retomada da nossa indústria naval”, frisou o presidente da FIEB, Ricardo Alban. Para o presidente do Enseada Indústria Naval, Fernando Barbosa, é essencial que a Caixa e BB liberem os recursos do financiamento. Ele lembrou que o acionista maior do Enseada – a Odebrecht – se comprometeu a dar aval para os R$ 600 milhões que faltam. Outra prioridade é conseguir dos clientes Sete Brasil e Petrobras o compromisso de manter as encomendas com o estaleiro, dentro das condições estabelecidas. “Mudanças podem inviabilizar o empreendimento”, assinalou.
INICIATIVA ELOGIADA A iniciativa da FIEB foi elogiada pelos parlamentares. “A FIEB tem dado contribuição importante para superar obstáculos ao crescimento da Bahia. É essencial solucionarmos a questão do estaleiro”, afirmou o senador Walter Pinheiro (PT). Para a senadora Lídice da Mata (PSB) a situação supera diferenças partidárias. “Essa é uma questão de interesse da Bahia e a FIEB foi feliz ao compreender isso”. O deputado federal Lúcio Vieira Lima
Foto: Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB
Presidente da FIEB, Ricardo Alban, no encontro com a bancada federal
(PMDB) concorda. “Precisamos mostrar que nosso estado está unido em torno do problema”. Para o deputado Cláudio Cajado (DEM) a solução para o caso se dará em um âmbito mais abrangente, envolvendo os demais estaleiros paralisados no país. O 1º vice-presidente da FIEB, Carlos Gantois reforçou a importância da união dos parlamentares. “Temos que encontrar uma fórmula de garantir que os projetos para o Estado tenham continuidade, independentemente da crise“. Já o presidente do CIEB, Reginaldo Rossi, disse que a Bahia deve se pronunciar com veemência na defesa de seus interesses. [bi] Bahia Indústria 23
conselhos Angelo Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
Seminário discutiu tributação para pequenos negócios As agendas tributárias federal e estadual voltadas para micro, pequenas e médias empresas foram discutidas durante o seminário Tributação para Pequenos Negócios: Entendendo e Praticando, realizado no auditório da FIEB, no dia 26 de maio. Promovido pelo Conselho de Assuntos Fiscais (Caft) e voltado para empresários, advogados e profissionais de contabilidade, o seminário também debateu a tributação extrafiscal e questões tributárias polêmicas das micro, pequenas e médias empresas (MPME). Na abertura do evento, o 1º vice-presidente da FIEB, Carlos Henrique Jorge Gantois, ressaltou a necessidade de o estado assumir um maior planejamento para realizar ampla reforma tributária. O presidente do CIEB, Reginaldo Rossi, também manifestou preocupação com a complexidade de tributos que pesam sobre as MPME. O vice-presidente da FIEB e coordenador do Caft, Mário Augusto da Rocha Pithon falou sobre “Tributação Extrafiscal – Função Social do Estado”.
Representantes da FIEB e de órgãos ligados à gestão de tributos participaram do encontro
Comam discute logística reversa A reunião do Comam, de maio, discutiu Logística Reversa de Eletroeletrônicos com a presença do gerente de Sustentabilidade da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Ademir Brescansin. A Abinee é responsável pela logística reversa da linha verde e prevê firmar acordo setorial para adotá-la também para os produtos eletroeletrônicos. Um dos pontos discutidos na reunião foi o fato de a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) não especificar quais produtos deveriam ser contemplados no Sistema de Logística Reversa (SLR) e o fato de também de não estabelecer o índice de reciclabilidade dos eletroeletrônicos, o que dificulta o processo de reciclagem. A PNRS estabeleceu duas metas progressivas a serem cumpridas em até cinco anos. Já foram assinados acordos setoriais para as embalagens de óleos lubrificantes e de lâmpadas (fluorescentes de vapor de sódio Hg e de luz mista).
Crise hídrica é debatida na FIEB A preocupação com o risco de uma crise hídrica na Bahia, a exemplo do que aconteceu em São Paulo, levou os Conselhos de Infraestrutura (Coinfra) e de Meio Ambiente (Comam) da FIEB a promoverem reunião conjunta, no dia 13 de maio. O coordenador do Coinfra, Marcos Galindo, explicou que além de dar início a um diálogo produtivo com as entidades estaduais, o objetivo foi saber como o estado tem se preparado para o enfrentamento da questão. Já o coordenador do Comam, Jorge Cajazeira, pontuou que a reunião também visou à proposição de uma agenda positiva entre indústria e estado. O principal tema abordado foi a situação dos reservatórios de Sobradinho, que com cerca de 22% de sua capacidade, atingiu o menor índice registrado em toda sua história para o mês de maio.
Ferramenta simplifica acesso a informações sobre comércio exterior O Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apresentou, no dia 2 de junho, o novo Sistema de Consultas sobre Tarifas, Regras de Origem e Serviços dos Acordos Comerciais Brasileiro, o Capta 2. O lançamento ocorreu em Brasília e, simultaneamente, foram enviados às federações de indústria dos estados representantes do ministério para apresentar a ferramenta. Na Bahia, os novos recursos do Capta 2 foram discutidos durante reunião dos Conselhos de Comércio Exterior (Comex) e de Portos da FIEB . Para o coordenador do Comex, Angelo Calmon de Sá, a ferramenta vai facilitar a vida dos exportadores e importadores brasileiros ao simplificar o acesso a informações sobre tarifas, países com os quais o Brasil mantém acordos bilaterais, entre outras.
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Bahia Indústria
Rede de Parceiros beneficiará indústrias Programa prevê clube de benefícios para as empresas associadas ao Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB)
O
Centro das Indústrias da Bahia (CIEB), entidade que integra o Sistema FIEB, lançou em maio, em Salvador e Feira de Santana, o programa Rede de Parceiros, clube de benefícios voltado para as empresas industriais associadas à entidade. A iniciativa tem como objetivo oferecer às associadas e seus funcionários, produtos e serviços com descontos e condições especiais. Serão oferecidos às empresas associadas preços diferenciados para serviços como certificação digital, seguros e treinamentos. Já para os colaboradores e dirigentes de empresas, há parcerias com farmácias, instituições de cursos superiores, escolas de línguas estrangeiras, academias de ginástica, cinemas, clubes, dentre outras. Além de beneficiar as associadas do CIEB, que contarão com um portfólio de produtos e serviços de qualidade, o programa fortalece as empresas parceiras, ao estimular o bom ambiente de negócios. Criado em 1966, o CIEB atualmente possui 709 indústrias associadas, na capital e interior. No lançamento da Rede de Parceiros, que contou com a presença do 1º vice-presidente da FIEB, Carlos Gantois, o presidente do CIEB, Reginaldo Rossi, disse que é preciso mudar o foco das políticas econômicas, que priorizam o capital
Angelo Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
Reginaldo Rossi, presidente do CIEB, lançou a Rede de Parceiros em Salvador e Feira de Santana
ao invés do trabalho. “Precisamos entender a importância de o Brasil ter uma indústria competitiva”, afirmou Rossi. É o que faz o Sistema FIEB, lembrou Reginaldo Rossi, destacando a criação ou ampliação de centros profissionais em localidades do interior, colaborando para formar e qualificar trabalhadores especializados e também com a oferta de serviços tecnológicos. Dessa forma, contribui para descentralizar espacialmente a indústria baiana, criando no interior um ambiente de negócios favorável à implantação de indústrias.
Além disso, destacou que o CIEB tem atuado na defesa dos interesses do setor industrial, citando como exemplo as negociações empreendidas com a CNI para ampliar a abrangência do Supersimples. “Temos que criar condições para que o empresário acredite no potencial do interior, mas para que isso aconteça precisamos, além de mão de obra qualificada, ter boas estradas, ferrovias e acesso a portos”, completou Rossi. O lançamento da Rede de Parceiros aconteceu no auditório da FIEB e contou com palestra de Fábio Martins, da Projek Consultoria, empresa que integra o programa. Ele abordou o tema Como Reduzir o Custo da Minha Empresa, destacando a importância de as pequenas empresas, nos momentos de crise econômica, trocarem os cortes de custos tangíveis (salários, energia, telefonia, água etc) por cortes de despesas intangíveis, como o retrabalho, o desperdício de tempo e a ineficiência, a partir da padronização de processos. “Com isso, a empresa pode reduzir de 10% a 15% os seus custos, sem abrir brechas para os concorrentes”, afirmou o consultor. O CIEB promove o intercâmbio entre o Sistema FIEB, sindicatos patronais, demais entidades representativas do empresariado da Bahia e os poderes públicos. [bi] Bahia Indústria 25
indicadores Números da Indústria
Transformação industrial tem retração de 6,4% O desempenho da Bahia foi o sétimo pior dentre os 14 estados pesquisados pelo IBGE
U
ma queda de 6,4% na taxa anualizada marcou a produção física da indústria de transformação na Bahia, em abril de 2015. Houve um declínio em relação à taxa anualizada registrada em março de 2015 (-5,6%), o que deixou a Bahia em 8º lugar no ranking dos 14 estados que participam da Pesquisa Industrial Mensal da Produção Física (PIM-PF-R), do qual apenas três apresentaram desempenho positivo: Mato Grosso (2,4%), Goiás (2,2%) e Espírito Santo (0,3%). Os outros estados registraram resultados negativos: Amazonas (-13,1%), Paraná (-7,6%), Rio de Janeiro (-7,1%), Minas Gerais (-7,0%), São Paulo (-6,9%), Rio Grande do Sul (-6,7%), Bahia (-6,4%), Ceará (-5,0%), Santa Catarina (-4,2%), Pernambuco (-1,8) e Pará (-0,6%). Na Bahia, dos onze segmentos pesquisados, apenas quatro apresentaram resultados positivos: Produtos Químicos (3,6%), Celulose e Papel (2,6%), Couro e Calçados (2,8%) e Borracha e Plástico (0,1%). Em sentido contrário, apresentaram retração os segmentos: Equipamentos de Informática (-50,8%), Metalurgia (-16,7%), Refino de Petróleo e Biocombustíveis (-11,6%), Bebidas (-7,5%), Minerais não metálicos (-6,5%), Veículos automotores (-3,0%) e Alimentos (-0,7%). Na comparação de abril de 2015
26 Bahia Indústria
com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou expressiva queda de 13,5%. Apenas dois dos 11 segmentos industriais da Bahia apresentaram resultados positivos: Veículos automotores (1,4%, devido à maior fabricação de automóveis) e Couro e Calçados (0,7%, com a produção maior de tênis em material sintético). Puxando a queda do agregado, apresentaram retração os segmentos: Equipamentos de Informática (-63,0%, queda na produção de computadores pessoais de mesa - PC Desktop - e gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo - laptops, notebook, handhelds, tablets e semelhantes); Metalurgia (-33,4%, menor produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre, lingotes, blocos ou placas de aços ao carbono e fio-máquina de aços ao carbono); Bebidas (-14,1%, recuo na fabricação de cervejas e chope); Refino de petróleo e biocombustíveis (-20,9%, redução na fabricação de óleo diesel, gasolina automotiva, naftas para petroquímica e óleos combustíveis); Bebidas (-16,3%); Alimentos (-13,4%, queda na produção de farinha de trigo, manteiga, gordura e
óleo de cacau, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas e cacau ou chocolate em pó); Minerais não metálicos (-12,4%); Celulose e Papel (-6,0%); Produtos Químicos (-1,5%) e Borracha e Plástico (-0,5%).
QUADRIMESTRE Tendo em conta o acumulado do primeiro quadrimestre deste ano, em comparação a igual período de 2014, verifica-se uma queda de 12,8% na produção da indústria de transformação baiana. Tal desempenho foi determinado pelo resultado dos seguintes segmentos: Equipamentos de Informática (-66,4%, com recuo na fabricação de computadores pessoais de mesa e gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo - laptops, no-
tebook, handhelds, tablets e semelhantes); Refino de petróleo e biocombustíveis (-35,2%, menor produção de óleo diesel, óleos combustíveis, naftas para petroquímica e gasolina automotiva); Metalurgia (-24,3%); Bebidas (-16,1%, menor produção de cervejas, chope e refrigerantes); Minerais não metálicos (-11,2%, queda na produção de elementos pré-fabricados para construção civil de cimento ou concreto, massa de concreto, ladrilhos, revestimentos e azulejos de cerâmica); Alimentos (3,3%); Produtos Químicos (-2,2%) e Borracha e Plástico (-0,5%). Por outro lado, no primeiro quadrimestre houve expansão da produção nos segmentos: Veículos Automotores (31,8%, impulsionado não só pela maior produção de automóveis e painéis para instrumentos de veículos automotores, mas também por uma baixa base de comparação, já que esse segmento recuou 28,2% nos quatro primeiros meses de 2014.); Celulose e papel (8,2%, por apresentar aumento na fabricação de pastas químicas de madeira); e Couro e Calçados (4,8%, aumento na fabricação de tênis). O setor industrial (brasileiro e baiano) registra um primeiro quadrimestre desaquecido. Do ponto de vista estadual, o desempenho negativo de abril ainda é reflexo da parada da RLAM, que responde por quase um terço do VTI da Indústria de Transformação. Por outro lado, cumpre registrar o movimento de recuperação do segmento de Automóveis (+31,8% no acumulado do ano), após o bem sucedido lançamento de novo modelo de carro. Quanto às perspectivas para 2015, há poucos elementos para uma recuperação expressiva da indústria nacional. A estimativa de
bahia: pim-pf de abril 2015
Variação (%)
Setores abr15/abr14 Jan-abr15/ mai14-abr15/ Jan-abr14 mai13-abr14
Indústria de Transformação Refino de petróleo e biocombustíveis
-13,5
-12,8
-6,4
-20,9
-35,2
-11,6
Produtos químicos
-1,5
-2,2
3,6
Veículos automotores
1,4
31,8
-3,0
Alimentos
-13,4 -3,3 -0,7
Celulose e papel
-6,0
8,2
2,6
Borracha e plástico
-0,5
-0,5
0,1
Metalurgia
-33,4 -24,3 -16,7
Couro e Calçados
0,7
4,8
2,8
Minerais não metálicos
-12,4
-11,2
-6,5
Equipamentos de Informática
-63,0
-66,4
-50,8
Bebidas
-16,3 -16,1 -7,5
Extrativa Mineral
-2,4
-3,8
-1,4
Fonte IBGE; elaboração Fieb/SDI
mercado é de queda da atividade industrial de 3,2% este ano, com alguma recuperação em 2016 (+1,5%). Alguns indicadores ilustram as dificuldades enfrentadas pela economia nacional: (i) inflação elevada (o IPCA acumula alta de 4,57% no ano até abril e de 8,17% em 12 meses); (ii) constante elevação da taxa de juros, com a Selic já alcançando 13,75%; e (iii) crescimento do desemprego – segundo o IBGE, sendo que, em abril de 2015, a taxa de desemprego foi de 6,4%, bem acima da verificada em abril de 2014 (4,9%), para as seis regiões metropolitanas investigadas. No caso específico da RMS, a taxa passou de 9,1%, em abril de 2014, para 11,3%, em abril de 2015. [bi]
BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2012 - 2015) 115 110
2014 2013
105 100 95 2012
90 85 80
2015
75
DEZ
NOV
OUT
SET
AGO
JUL
JUN
MAI
ABR
MAR
FEV
JAN
70
Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)
Bahia Indústria 27
Exigências do eSocial preocupam pequenos e médios empresários FIEB e CIEB promoveram debate com entidades envolvidas na sistematização do programa que trata de obrigações acessórias Por cleber borges
Empresário não paga imposto. Quem paga imposto é o consumidor”, afirmou o presidente do Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB), Reginaldo Rossi, na abertura da Conferência eSocial, realizada no dia 13 de maio, na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). Para Rossi, o empresário convive com uma alta carga tributária e ainda é obrigado a lidar com uma infinidade de obrigações acessórias, cujo atendimento requer uma atenção cada vez maior e, muitas vezes, a contratação de escritórios de apoio. “Vamos cumprir o que determina o eSocial, mas é preciso que o governo, que nos faz tantas exigências, dê contrapartidas na forma de bons serviços”, afirValter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
28 Bahia Indústria
mou o dirigente do Sistema FIEB. O eSocial é um projeto federal que vai unificar o envio de informações pelo empregador em relação aos seus empregados. As obrigações acessórias são exigências de informações que as empresas têm de fornecer ao governo federal, nas áreas trabalhista, fiscal, de segurança do trabalhador e previdenciária, incluindo emissão de guias de recolhimento, demonstrações contábeis, folha de pagamento e movimentação de empregados. As declarações são enviadas eletronicamente. Com base nelas, a Receita Federal e a Previdência podem fazer cruzamentos de dados e detectar possíveis irregularidades. O cumprimento de todas elas é uma preocupação das empresas, especialmente as de micro,
Debate reuniu a diretoria da FIEB e representantes de órgãos oficiais
O que muda com a nova sistemática Admissão O empregado não poderá ser admitido sem a CTPS, e o empregador terá o prazo de 48 horas para anotá-la e devolvê-la, sob pena de multa, sendo obrigatório o exame médico admissional. Cabe ao empregador cadastrar imediatamente os empregados não inscritos no PIS/PASEP ASO - Atestado de Saúde Ocupacional O ASO é um comprovante do exame clínico ocupacional, que deverá ser realizado para os seguintes casos: admissional, periódico, retorno ao trabalho, mudança de função e demissão Contrato de Experiência A duração deverá ser anotada na CTPS e o prazo máximo de vigência é de 90 dias Aviso de Férias Comunicar o órgão local do Ministério do Trabalho, individualmente, por meio do Evento Aviso de Férias S-2300. A data limite ainda não foi definida CAT - Comunicação de Acidente do Trabalho Ocorrendo o acidente de trabalho, independentemente de afastamento ou não, ainda que por meio período, é obrigatória a emissão da CAT Comunicação de Acidente do Trabalho pelo empregador, sob pena de multa Afastamento Temporário O empregador deve comunicar o afastamento do empregado, bem como eventuais alterações e prorrogações. Caso o empregado possua mais de um vínculo de trabalho, a empresa deverá enviar o Evento - Afastamento Temporário S-2320 para cada um dos vínculos Desligamento Deverão ser comunicados, individualmente, utilizando o Evento – Desligamento S-2800 referente ao empregado Aviso Prévio A empresa deverá comunicar, individualmente, o Evento - Aviso Prévio S-2400 e o Evento - Cancelamento de Aviso Prévio S-2405, em caso de cancelamento
pequeno e médio portes, pois o descumprimento, na maioria dos casos, resulta em pesadas multas ou, até, em alguns casos, na paralisação temporária das atividades. Para o 1º vice-presidente da FIEB, empresário Carlos Gantois, a entrada em vigor do eSocial, prevista para janeiro de 2016, preocupa as empresas, especialmente as de médio porte, que não estão abrigadas no Supersimples (regime tributário diferenciado para micro e pequenas empresas). “A FIEB e o CIEB estão atentos a aspectos que possam onerar tanto estas como as empresas de menor porte. Por essa razão, estão em permanente contato com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), visando evitar que as obrigações acessórias nos tragam aumentos de custos trabalhistas e previdenciários. O governo entende que o eSocial simplificará procedimentos, mas vários aspectos ainda precisam ser esclarecidos e é em razão disso que estamos promovendo debates como esta conferência”, afirmou Carlos Gantois. Gantois explica que o Sistema FIEB estimula o debate do eSocial para criar um contraponto que resulte em uma legislação mais madura e compatível com as exigências de competitividade. “Mesmo com o Manual de Orientação do eSocial, aprovado no início do ano, nada garante que essa nova sistemática não penalize as empresas. Acredito que ela precisa ser aperfeiçoada, sob pena de muitas das MPMEs serem obrigadas a fechar as portas”, avalia Gantois, acrescentando que “vivemos um momento de desconforto social, em um cenário de desaquecimento econômico, no qual o governo precisa mais que nunca fazer sua
parte, cortando gastos para poder reduzir a carga tributária.” Para ele, as indústrias instaladas no Nordeste precisam receber um tratamento diferenciado em relação às políticas públicas. “Precisamos ter um novo pacto federativo. Os desiguais têm de ser tratados de forma desigual. Nunca teremos uma nação equilibrada com desníveis regionais tão acentuados”, afirmou o dirigente da FIEB. O presidente do Conselho Regional de Contabilidade, Wellington Cruz, lembra que, sem os empre-
“
O governo entende que o eSocial simplificará procedimentos, mas vários aspectos ainda precisam ser esclarecidos Carlos Gantois. 1º vice-presidente da FIEB e coordenador do Compem
sários, a economia para, por isso é preciso bom senso no momento de se criar novos mecanismos de fiscalização, pois “muitas vezes sabemos que uma multa é injusta, mas não podemos deixar de aplicar.” José Honorino de Macedo, chefe de Inspeção do Trabalho da Secretaria Regional do Trabalho, defendeu que a nova sistemática irá aliviar as empresas da rotina de cadastrar informações e documentos e dar mais confiabilidade às informações. A conferência foi uma realização dos conselhos da Micro e Pequena Empresa e de Assuntos Fiscais da FIEB. [bi] Bahia Indústria 29
painel Angelo Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
Homenagem do Sindpacel • O Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira de Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia (Sindpacel) homenageou dois ex-presidentes, durante as comemorações dos 60 anos do sindicato e posse da nova diretoria. Os ex-diretores da Federação das Indústrias Elio Régis e José do Patrocinio Coelho, este, um dos fundadores do Sindpacel, receberam a homenagem das mãos do presidente reeleito da entidade, Jorge Cajazeira. José do Patrocínio foi representado por seu filho, Erwin Coelho. Marcelo Gandra/Coperphoto/SistemaFIEB
FIEB apoia sindicatos no Planejamento Estratégico
Prêmio de estágio acontece em agosto No Dia do Estagiário, celebrado em 18 de agosto, o IEL vai homenagear os agentes envolvidos no processo de estágio. Na data, será realizada a 12ª edição do Prêmio IEL de estágio, que vai reconhecer as empresas com melhores práticas, além de estudantes e instituições de ensino que incentivam a prática de estágio durante a formação acadêmica. A premiação será integrada com o Workshop de Estágio, que contará com palestras e atividades culturais. As inscrições para o evento podem ser efetuadas pela Agenda de Estágio, no Facebook do Sistema FIEB (www.facebook. com/SistemaFIEB).
30 Bahia Indústria
Empresários participam de rodada de negócios na FIEB
Empresários participaram da iniciativa promovida pelo IEL e Cofic Mais de 60 representantes de empresas, entre compradores e fornecedores, participaram do I Encontro com Fornecedores, realizado pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL/BA) em parceria com o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), no dia 3 de junho, no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). A iniciativa, promovida no âmbito do Fórum Empresarial de Suprimentos, teve como objetivo favorecer a interação entre as empresas, fomentando a geração de negócios, com foco na área de Manutenção Industrial. A expectativa de negócios futuros é de movimentar mais de R$ 17 milhões. A abertura do evento contou com a presença do superintendente do IEL Bahia, Evandro Mazo, do superintendente de Desenvolvimento e Comunicação do Cofic, Érico Oliveira e do coordenador do Fórum Empresarial de Suprimentos, Thadeu Handam.
Pelo quinto ano consecutivo, a FIEB apoia os sindicatos filiados na elaboração dos seus planejamentos estratégicos. Além do suporte na construção e implantação do planejamento, a Federação também colabora para a execução dos Planos de Ação, a fim de ampliar a representatividade, a sustentabilidade e a competitividade dos setores. A iniciativa integra o Programa de Desenvolvimento Associativo. Além da elaboração e revisão do planejamento estratégico (Ciclo A) e da elaboração do plano de ação (Ciclo B), a ação inclui o apoio no gerenciamento e implementação de ações estratégicas definidas no Plano de Ação e avaliação de resultados (Ciclo C). Com isso, os sindicatos que já elaboraram o planejamento podem construir um plano de monitoria.
Angelo Pontes/Coperphoto/SistemaFIEB
Festival SESI Música premiará os talentos da indústria O Festival SESI Música, que será realizado de 25 a 27 de setembro, no Centro de Cultura Amélio Amorim, em Feira de Santana, inscreve até 10 de julho. Os candidatos poderão concorrer nas categorias músicas inéditas e não inéditas. O Festival é destinado aos trabalhadores da indústria e seus dependentes diretos (filhos maiores de 15 anos e cônjuges) e aos alunos do Ensino Médio da Rede SESI de Educação. As inscrições podem ser feitas nas unidades do SESI na capital e no interior. Os três primeiros lugares receberão prêmios em dinheiro nos valores de R$ 2 mil, R$ 1 mil e R$ 700.
Equipe do SESI fez treinamento em gestão do absenteísmo na Finlândia Uma equipe composta por quatro médicos e uma engenheira de segurança do Serviço Social da Indústria (SESI Bahia) participou, de 1º a 10 de junho, de uma capacitação no Finish Institute of Occupational Health (Fioh). A iniciativa fez parte da estruturação do Instituto SESI de Inovação em Gestão do Absenteísmo e Reabilitação, que ficará sediado na Bahia e servirá de referência para todo o Brasil. A proposta é que o instituto desenvolva tecnologias para a prevenção da incapacidade para o trabalho e redução dos custos associados, que impactam na competitividade das indústrias. A iniciativa foi promovida pelo Departamento Nacional e vai ampliar o portfólio de serviços do SESI às indústrias. Antes de partir, a equipe realizou, nos dias 26, 27 e 28 de maio, um seminário preparatório com 20 representantes de todas as unidades do SESI Bahia, do Departamento Nacional e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Valter Beal, presidente da comissão organizadora do 8º Cobef
Pesquisas na área de engenharia de fabricação são apresentadas no 8º Cobef Os resultados de mais de 350 pesquisas técnicas e científicas na área de Engenharia de Fabricação foram apresentados e discutidos na 8ª edição do Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação (Cobef), realizado no SENAI Cimatec, entre os dias 19 e 22 de maio. Considerado o maior evento nacional na área, o congresso é realizado a cada dois anos, com promoção da Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas (ABCM). O evento reuniu especialistas da academia e da indústria. “Neste congresso é apresentado o que está sendo pesquisado nas universidades. Esta é uma chance de pegar, logo no início, o desenvolvimento de tecnologias que depois serão utilizadas pela indústria”, avalia o presidente da comissão organizadora do 8º Cobef, Valter Beal. Angelo Pontes/Coperphoto/SistemaFIEB
Intercâmbio entre Bahia e Portugal O VI Encontro de Negócios Bahia-Portugal: Um Futuro de Oportunidades, promovido pela Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil, dias 21 e 22 de maio, no auditório da FIEB, discutiu experiências e práticas empreendedoras em diversas áreas. “Portugal e a Bahia são complementares. Se dermos as mãos, acredito que podemos fazer parcerias muito frutíferas em diversos segmentos”, ressaltou o presidente da Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil, Antônio Coradinho. Durante o encontro, a presidente da Associação Empresarial da Região de Santarém (NERSANT), Maria Salomé Rafael, e o vice-presidente da FIEB, Josair Bastos, assinaram convênio de cooperação para fomentar o intercâmbio na área agroindustrial.
Maria Salomé Rafael e Josair Bastos assinam acordo
Bahia Indústria 31
jurídico
Importância da Lei Anticorrupção Por Fabiana Mendonça Nogueira
Em um país que tem culturalmente os atos de corrupção como um estigma, incluir a Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013) em seu ordenamento jurídico representa importante avanço, pois trata diretamente da conduta dos que praticam atos lesivos contra a Administração Pública. Ela é aplicada a pessoas jurídicas brasileiras (sociedades empresárias, sociedades simples, fundações, associações) ou pessoas jurídicas estrangeiras com sede, filial ou representação no Brasil, que tenham praticado atos lesivos: I) em território brasileiro contra a Administração Pública nacional ou estrangeira; II) no exterior contra a Administração Pública brasileira; e III) no exterior contra a Administração Pública estrangeira, quando realizados por pessoa jurídica brasileira. Neste último caso, além de processada e julgada no Brasil, a empresa corruptora poderá ainda ser processada e julgada de acordo com a legislação do país em que cometeu o ato lesivo. O artigo 5º da referida lei elenca um rol taxativo dos atos lesivos que ensejam a responsabilização objetiva da pessoa jurídica nas esferas administrativa e civil, a exemplo de fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente; prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público ou a terceira pessoa a ele relacionada. A Lei prevê que as pessoas jurí32 Bahia Indústria
dicas que cometem atos lesivos à Administração Pública serão responsabilizadas objetivamente, ou seja, não dependerá da demonstração de culpa ou intenção, bastando prova do nexo entre a sua conduta e o ato lesivo praticado em seu interesse ou benefício. Importante observar que dirigentes, administradores ou qualquer pessoa, autora, coautora ou partícipe do ato ilícito, poderá também ser responsabilizada individualmente. Neste caso, há de ser comprovado que a ação ou omissão ilícita do agente foi praticada com dolo (vontade de realizar a conduta) ou culpa (agiu com negligência, imprudência ou imperícia). As sanções estão previstas no artigo 6º e podem ser aplicadas de forma isolada ou cumulativa, assim como podem decorrer de processo administrativo, judicial ou ambos. Dentre as sanções, estão multa no valor de 0,1% a 20% do faturamento bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos os tributos; publicação da decisão condenatória em meios de comunicação de grande circulação; suspensão ou interdição parcial das atividades e dissolução compulsória da pessoa jurídica. A Lei Anticorrupção foi regulamentada pelo Decreto nº 8.420/2015, que trouxe critérios para a aplicação das penalidades no âmbito administrativo. Assim, além de atender a compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, a lei preenche uma lacuna no ordenamento jurídico do país.
Ampliada aplicação da Lei de Arbitragem No dia 27 de maio de 2015 foi publicada a Norma Federal nº 13.129, que alterou a Lei de Arbitragem (nº 9.307/96), ampliando o âmbito de aplicação do instituto e dispondo sobre a escolha dos árbitros, quando as partes recorrem a órgão arbitral, interrupção da prescrição pela instituição da arbitragem, concessão de tutelas cautelares e de urgência nos casos de arbitragem, carta arbitral e sentença arbitral. Dentre as alterações trazidas, é possível citar a maior celeridade conferida aos processos arbitrais e a possibilidade de sua utilização em litígios relacionados a contratos públicos.
Regulamentada competência na área ambiental
Fabiana Mendonça Nogueira integra a equipe da Gerência Jurídica da FIEB
O Decreto Federal nº 8.437, publicado em 23/04/15, regulamentou a Lei Complementar nº 140/11, que trata da cooperação entre os entes federativos nas ações administrativas relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, ao meio ambiente, ao combate à poluição e à preservação das florestas, fauna e flora, para, dentre outros pontos, definir os tipos de empreendimentos ou atividades cujo licenciamento ambiental será de competência da União.
ideias
Terceirização, apocalipse do sistema trabalhista? Por Homero Arandas
Nos últimos meses, muitos têm criticado a terceirização no Brasil. Mas a terceirização é uma realidade presente em todos os continentes, em todas as cadeias produtivas e é responsável por milhões de empregos formais. Nossas empresas, até pouco tempo, eram verticalizadas; faziam tudo nos seus “canteiros operacionais”, de serviços de limpeza ao manuseio de matérias-primas, controle de qualidade, movimentação, embalagem e entrega do produto final. Hoje, com os avanços tecnológicos e da especialização, é impossível ser eficiente em todas as atividades. Há que se buscar produtividade, sob pena de ver sucumbir o negócio e, com ele, os empregos. A terceirização tem como base a especialização e traz ganhos de produtividade, inovações tecnológicas e novos empregos. Com ganho para o consumidor final. Quais os benefícios da terceirização para os trabalhadores? Essa questão precisa ser respondida com clareza para a sociedade. Hoje, o Brasil possui 12,5 milhões de trabalhadores formais terceirizados. Para esses e para os futuros trabalhadores dessa modalidade de contratação, não há uma lei que lhes dê garantias, nem existe fronteira entre as responsabilidades das empresas contratantes e contratadas. Isso gera insegurança jurídica, inibe investimentos e empregos. Por conta dessa falta de clareza
da legislação, somente no Tribunal Superior do Trabalho existem mais de 16 mil processos trabalhistas versando sobre a matéria, enquanto há uma discussão, estéril, do que é atividade meio ou atividade fim. Essa fronteira é impossível de se precisar no mundo atual. O que é atividade fim para uma empresa especializada, para outra é atividade meio. A terceirização ultrapassa hoje os limites da simples transferência de serviços de apoio e passa a integrar o fornecimento de itens antes considerados como integrantes do produto. Há um forte e crescente processo de integração entre a produção industrial e a área de serviços. A competição hoje se desloca da concorrência entre empresas para um novo modelo que coloca para competirem entre si redes de produção. O que importa é a proteção do trabalhador. Precisam ser garantidos todos os seus direitos trabalhistas, desde salários, 13º, férias, horas extras etc, e benefícios e vantagens conseguidos nas negociações coletivas. Como assegurar isto? Com uma legislação que obrigue: somente poder se contratar serviços especializados, de empresas especializadas, com capital social compatível, que ao assinar contrato de prestação de serviços especializados ofereçam garantias suplementares de seguro/fiança bancária, e seja a empresa contratante responsável também por fiscalizar o cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias dos empregados da empresa que contratou. Onde estaria nessa nova situação a precarização das relações de trabalho? Não devemos dar ouvidos a argumentos do tipo: “as empresas de aviação vão terceirizar seus pilotos, as escolas vão terceirizar todos os seus professores”. Isso é terrorismo ideológico. A precarização não decorre da terceirização, mas sim da existência de trabalhadores na informalidade. Não é verdade afirmar que as empresas terceirizam apenas para reduzir custos. Reduzir custos não significa prejudicar o trabalhador com o pagamento de menores salários ou corte de benefícios trabalhistas. Significa reduzir custos de produção, mediante ganhos de especialização, eficiência e produtividade, para oferecer ao consumidor produto de qualidade a preço competitivo. [bi]
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Hoje, o Brasil possui 12,5 milhões de trabalhadores terceirizados. Para esses e para os futuros trabalhadores dessa modalidade de contratação, não há uma lei que lhes dê garantias, nem existe fronteira entre as responsabilidades das empresas contratantes e contratadas
Homero Arandas é coordenador do Conselho de Relações Trabalhistas da FIEB Bahia Indústria 33
leitura&entretenimento Divulgação
teatro O tigre como metáfora Questões atuais de ordem política, cultural e social são abordadas no espetáculo O Tigre, musical solo com George Mascarenhas e texto e direção de Deborah Moreira. O espetáculo toma como ponto central um recorte de jornal – Homem sobrevive a três ataques de tigre – para a construção de uma narrativa que cruza vozes poéticas, cujos delineamentos apontam saídas na contramão da história. O Tigre é na verdade uma metáfora dos desafios que tentam imobilizar os seres humanos. O texto toma como exemplo personalidades como Martin Luther King, Mahatma Gandhi, Bertolt Brecht, Cacilda Becker, Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Não perca Teatro SESI, sáb e dom, às 20h. Até 26.7. Rua Borges dos Reis, 9, R.Vermelho. R$ 30 e R$ 15, gratuito para industriário. Tel: (71) 3334-6800 Léo de Azevedo/Divulgação
exposição Museu multicultural Com um acervo de artes decorativas do século XIX, o Museu Carlos Costa Pinto reúne 3.175 exemplares, divididos em 12 coleções, entre elas, 216 peças de cristal do século XIX, originária de Baccarat, na França, uma das mais importantes marcas de cristal do mundo, além de porcelanas, cristais, móveis, coleções de prataria do século 19. Às quintas-feiras, o museu promove a Matinée do Museu, com uma programação de clássicos do cinema, às 15 horas. No dia 25 de julho, o espaço recebe a cantora Nairzinha, às 15 horas, com o Projeto Cirandando Brasil, para crianças. De 20 a 24 de julho será oferecido o curso Artes Decorativas. Não perca Museu Carlos Costa Pinto, seg a sáb, exceto ter, 14h30 às 19h. Av. Sete, 2.490, Vitória. R$ 10 e R$ 5 (meia). Informações: (71) 3336-6081
livros
A Invenção das Tradições, Eric J. Hobsbawm, 392 p., Paz e Terra, R$ 60
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História e tradição
O Brasil biografado
Organizado por Eric. J. Hobsbawn e Terence Ranger, o livro reúne textos de renomados historiadores. São ensaios críticos que abrangem as culturas ocidentais em seus diversos aspectos e ajudam a compreender como mudanças são fenômenos naturais em todas as sociedades. Por outro lado, problematiza a condição das sociedades contemporâneas, que, quando rompem com determinadas tradições, acabam perdendo certos modelos de comportamento.
As autoras propõem uma nova história do Brasil, ao se debruçarem sobre a “grande história” mas também sobre o cotidiano, a expressão artística e a cultura, as minorias, os ciclos econômicos e os conflitos sociais. A história que surge dessas páginas é a de um longo processo de embates e avanços sociais inconclusos, em que a construção falhada da cidadania, a herança contraditória da mestiçagem e a violência aparecem como traços persistentes.
Brasil: Uma Biografia, Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling, 792 p., Companhia das Letras, R$ 59,90
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