Revista Bahia Indústria - Setembro/Outubro - 2014

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IEL amplia atuação e muda foco Ao completar 45 anos, instituição busca novos desafios na Bahia


Realizado no dia 18 de setembro de 2014, o 11º Prêmio FIEB de Desempenho Socioambiental premiou as empresas que se destacaram na implementação de atividades voltadas à melhoria contínua do desempenho socioambiental, extensivas à cadeia de valor. A iniciativa é uma ação conjunta dos Conselhos de Meio Ambiente (Coman) e de Responsabilidade Social (Cores) da FIEB. As empresas vencedoras foram contempladas com um prêmio de cinco mil reais. Parabéns às empresas participantes.


EDITORIAL

Quando se pensa em desenvolvimento de carreiras e em estágio supervisionado, vem à mente imediatamente o nome do Instituto Euvaldo Lodi – IEL. Criado há 45 anos, o IEL Bahia já alocou mais de 200 mil estagiários e capacitou mais de 30 mil estudantes, resultados que ajudaram a consolidar a marca de uma instituição criada com o desafio de promover a interação entre universidade e indústria. Sem descuidar desse aspecto, que é de suma importância, mas está consolidado, o desafio do IEL Bahia é outro: fortalecer a atuação na área de desenvolvimento empresarial, especialmente com uma presença mais forte no interior da Bahia. Com a diversificação de investimentos em curso no interior baiano, abrangendo áreas tão diversas quanto mineração, energia eólica, alimentos e infraestrutura, foi colocado ao Sistema FIEB, do qual o IEL faz parte, o desafio de colaborar para que indústrias que demandam maior conhecimento em gestão possam competir em pé de igualdade com empresas de outras regiões do país. Com quase 10 anos de experiência em desenvolvimento empresarial, o instituto auxilia micro, pequenas e médias empresas baianas a solucionar seus gargalos de gestão, por meio de ações como o Projeto Extensão Industrial Exportadora (Peiex), o Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi) e o Programa de Qualificação de Fornecedores (PQF). Desde 2006, o IEL capacitou mais de 7.600 líderes de empresas locais, que passaram a ter gestão melhor estruturada. Esse avanço lhes permite, dentre outras coisas, enxergar melhor o potencial do negócio. Instituição que se renova, o IEL percebeu lá atrás a necessidade de se readequar às necessidades do mercado. E agora planeja oferecer uma nova linha de soluções em educação empresarial, nas áreas de gestão empresarial e liderança. Serão ofertados, por exemplo, cursos com 40 horas de duração; programas de educação empresarial, com carga de 40 a 180 horas; cursos online com carga horária de 20 a 80 horas, desenvolvidos em parceria com a CrossKnowlegde, líder europeia em soluções de e-learning; e o programa

marcelo Gandra/Coperphoto/sistema fieb

IEL se renova ao completar 45 anos

de educação executiva, formatado em parceria com universidades renomadas. Além disso, o IEL já virou sinônimo de apoio à inovação, tendo como ferramentas o Join (Jogo da Inovação), desenvolvido com recursos da Finep, e o Inova Talentos, iniciativa realizada em parceria com o CNPq. Nessa mudança, o IEL Bahia tem a seu favor a experiência acumulada e o conhecimento das demandas do mercado. Todo o planejamento de conteúdo dos cursos, por exemplo, leva em conta o perfil da indústria baiana e foca em uma abordagem mais próxima da realidade das empresas. Aos 45 anos, o IEL Bahia se renova, ampliando portfólio e estendendo sua atuação a um maior número de municípios baianos.

Estagiário da J.J. Inspeções: empresa é cliente do IEL desde 2006

O desafio do IEL Bahia é fortalecer a atuação na área de desenvolvimento empresarial, especialmente com uma presença mais forte no interior da Bahia


Unidades do Sistema FIEB Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato SESI – Serviço Social da Indústria Sede: 3343-1301

@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429

@Responsabilidade Social: (71) 3343-1490 @Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805 @Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513 @Itapagipe: (71) 3254-9930 @Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253 @Lucaia: (71) 3205-1801 @Piatã: (71) 3503 7401 @Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221 @Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081 @Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330 @Eunápolis: (73) 8822-1125 @Feira de Santana: (75) 3602 9762 @Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326 @Jequié: (73) 3526-5518 @Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133 @Valença: (75) 3641 3040 @Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Sede: 71 3534-8090

@Cimatec: (71) 3534-8090 @Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090 @Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609 @Barreiras: (77) 3612-2188

IEL – Instituto Euvaldo Lodi Sede: 71 3343-1384/1328/1256 @Barreiras: (77) 3611-6136 @Camaçari: (71) 3621- 0774 @Eunápolis: (73) 3281- 7954 @Feira de Santana: (75) 3229- 9150 @Ilhéus: (73) 3639-1720 @Itabuna: 3613-5805 @Jacobina: (74) 3621-3502 @Juazeiro: (74) 2102-7114 @Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621 @Vitória da Conquista: (77) 3424-2558

CIEB - Centro das Indústrias do Estado da Bahia Sede: (71) 3343-1214 sistema fieb nas mídias sociais

Bahia FIEB

CIEB

Presidente Carlos Gilberto Cavalcante Farias. 1° Vi-

PRESIDENTE Carlos Gilberto Cavalcante Farias. 1º

ce-Presidente Antonio Ricardo Alvarez Alban. Vice-

VICE- PRESIDENTE Reginaldo Rossi. 2º VICE- PRESIDENTE Jorge Emanuel Reis Cajazeira. 3º VICE- PRESIDENTE Carlos Antonio Borges Cohim da Silva. DIRETORES TITULARES Arlene Aparecida Vilpert; Benedito Almeida Carneiro Filho; Cleber Guimarães Bastos; Luiz da Costa Neto; Luis Fernando Galvão de Almeida; Marcelo Passos de Araújo; Mauricio Lassmann; Paula Cristina Cánovas Amorin; Roberto Fiamenghi; Thomas Campagna Kunrath; Walter José Papi; Wesley Kelly Felix Carvalho; DIRETORES SUPLENTES Antonio Fernando Suzart Almeida; Carlos Antônio Unterberger Cerentini; Décio Alves Barreto Junior; Fernando Elias Salamoni Cassis; Hilton Moraes Lima; Jorge Robledo de Oliveira Chiachio; José Luiz Poças Leitão Filho; Mauricio Carvalho Campos; Sudário Martins da Costa; CONSELHO FISCAL – EFETIVOS Luiz Augusto Gantois de Carvalho; Rafael Cardoso Valente; Roberto Ibrahim Uehbe; CONSELHO FISCAL – SUPLENTES Felipe Pôrto dos Anjos; Rodolpho Caribé de Araújo Pinho Neto; Thiago Motta da Costa.

-Presidentes Carlos Henrique Jorge Gantois; Josair

Santos Bastos; Mário Augusto Rocha Pithon; Edison Virginio Nogueira Correia. Diretores Titulares Eduardo Catharino Gordilho; Alberto Cánovas Ruiz; Eduardo Meirelles Valente; Renata Lomanto Carneiro Müller; Leovegildo Oliveira de Sousa; Fernando Luiz Fernandes; Juan Jose Rosario Lorenzo; Theofilo de Menezes Neto; José Carlos Telles Soares; Angelo Calmon de Sá Junior; Jefferson Noya Costa Lima; Fernando Alberto Fraga; Alexi Pelagio Gonçalves Portela Junior; Luiz Fernando Kunrath. Diretores Suplentes João Schaun Schnitman; Mauricio Toledo de Freitas; Guilherme Moura Costa e Costa; Gladston José Dantas Campêlo; Waldomiro Vidal de Araújo Filho; Cleber Guimarães Bastos; Jorge Catharino Gordilho; Marcelo Passos de Araújo; Antonio Geraldo Moraes Pires; Roberto Mário Dantas Farias

conselhos Conselho da Micro e Pequena Empresa Industrial Carlos Henrique Jorge Gantois; Conselho de Assuntos Fiscais e Tributários

Mário Augusto

Rocha Pithon; Conselho de Comércio Exterior Angelo Calmon de Sá Junior; Conselho de Economia e Desenvolvimento Industrial Antonio Sergio Alipio; Conselho de Infraestrutura Marcos Galindo Pereira Lopes; Conselho de Inovação e Tecnologia José Luis Gonçalves de Almeida; Conselho de Meio Ambiente Jorge Emanuel Reis Cajazeira; Conselho de Relações Trabalhistas Homero Ruben Rocha Arandas; Conselho de Responsabilidade Social Empresarial Marconi Andraos Oliveira; Comitê de Jovens Lideranças Industriais Eduardo Faria Daltro; Comitê de Petróleo e Gás Humberto Campos Rangel; Comitê de Portos Sérgio Fraga Santos Faria

SESI Presidente do Conselho e Diretor Regional

Editada pela Superintendência de Comunicação Institucional do Sistema Fieb Editorial Mônica Mello, Cleber Borges e Patrícia Moreira. Coordenação editorial Cleber Borges. Editora Patrícia Moreira. reportagem Patrícia Moreira, Carolina Mendonça, Marta Erhardt, Luciane Vivas e Surenã Dias (estagiário). Projeto Gráfico e Diagramação Ana Clélia Rebouças. fotografia Coperphoto. Ilustração e Infografia Bamboo Editora. Impressão Gráfica Trio. Conselho

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA

Rua Edístio Pondé, 342 – Stiep, CEP.: 41770-395 / Fone: 71 3343-1280 www.fieb.org.br/bahia_industria_online

Carlos Gilberto Farias. Superintendente Armando da Costa Neto

SENAI

As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessariamente o pensamento da FIEB.

Presidente do Conselho Carlos Gilberto Farias. Diretor Regional Leone Peter Andrade

IEL

Filiada à

Presidente do Conselho e Diretor Regional

Carlos Gilberto Farias. Superintendente Evandro Mazo Diretor Executivo do Sistema FIEB

Vladson Menezes

Sindicatos filiados à FIEB Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado da Bahia, sindacucarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem no Estado da Bahia, sindifiteba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do tabaco no Estado da Bahia, sinditabaco@ fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Curtimento de Couros e Peles no Estado da Bahia, sindicouroba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário de Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Candeias, Camaçari, Dias D’ávila e Santo Amaro, sindvest@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da Indústria de Extração de Óleos Vegetais e Animais e de Produtos de Cacau e Balas no Estado da Bahia, sindioleosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Cerveja e de Bebidas em Geral no Estado da Bahia, sindcerba@bol.com.br / Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia, sindpacel@hotmail.com / Sindicato das Indústrias do Trigo, Milho, Mandioca e de Massas Alimentícias e de Biscoitos no Estado da Bahia, sindtrigoba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Calcário, Cal e Gesso do Estado da Bahia, sindicalba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia, secretaria@sinduscon-ba.com.br / Sindicato da Indústria de Calçados, seus Componentes e Artefatos no Estado da Bahia, sindcalcadosba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado da Bahia, simmeb@uol.com.br / Sindicato das Indústrias de Cerâmica e Olaria do Estado da Bahia, sindicerba@ig.com.br / Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza em geral e Velas do Estado da Bahia, sindisaboesba@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias e Marcenarias de Salvador, Simões Filho, Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D’ávila, Sto. Antônio de Jesus, Feira de Santana e Valença, sindiscamba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Cidade do Salvador, sindpanssa@uol.com.br / Sindicato da Indústria de Produtos Químicos, Petroquímicos e Resinas Sintéticas do Estado da Bahia, sinpeq@coficpolo.com.br / Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado da Bahia, sindiplasba@sindiplasba.org.br / Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia, sinprocimba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado da Bahia, sindbrit@svn.com.br / Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia, adm@quimbahia.com.br / Sindicato da Indústria de Mármores, Granitos e Similares do Estado da Bahia, simagranba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria Alimentar de Congelados, Sorvetes, Sucos, Concentrados e Liofilizados do Estado da Bahia, sindsucosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado da Bahia, sincarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário da Região de Feira de Santana, sindvestfeira@fbter.org.br / Sindicato da Indústria do Mobiliário do Estado da Bahia, moveba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia, sindratar@gmail.com.br / Sindicato das Indústrias de Construção Civil de Itabuna e Ilhéus, valmirsb@yahoo.com.br / Sindicato das Indústrias de Café do Estado da Bahia, sincafeba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado da Bahia, sindileite@fieb. org.br / Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares dos Municípios de Ilhéus e Itabuna, sinec@sinec.org.br / Sindicato das Indústrias de Construção de Sistemas de Telecomunicações do Estado da Bahia, anaelisabete@telenge.com.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Feira de Santana, simmefs@simmefs.com.br / Sindicato das Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado da Bahia, sindirepaba@sindirepabahia.com.br / Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, sindipecas@ sindipecas.org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia, sindcosmetic@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Artefatos de Plásticos, Borrachas, Têxteis, Produtos Médicos Hospitalares, sindiplast@gmail.com / Sindicato Patronal das Indústrias de Cerâmicas Vermelhas e Brancas para Construção e Olarias da Região Sudoeste e Oeste da Bahia sindiceso@gmail.com Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas do Nordeste (Siacan) siacan@veloxmail.com.br / Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) sinaval@sinaval.org.br

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sumário set/out 2014 marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

16 IEL completa 45 anos Momento é de rever programas e definir novas estratégias de atuação

Roque Cambuí, em foto de Marcelo Gandra

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marcelo Gandra/Coperphoto

marcelo Gandra/Coperphoto

marcelo Gandra/Coperphoto

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PDI é lançado

Parlamentar Jovem

Bahia Moda Design reúne moda e tecnologia

Programa de Interiorização chega a Juazeiro

Pequenas e médias indústrias contam com solução integrada do Sistema FIEB

Isabela Pereira, do SESI, teve seu projeto de lei aprovado na plenária final

O SENAI levou para a quarta edição do evento o Body Scanner, equipamento que permite mapear até cem medidas do corpo humano. A programação incluiu desfiles, palestras e exposição

Sistema FIEB vai investir em unidade integrada na região. Anúncio foi feito pelo presidente. Na ocasião, foi realizado encontro com empresários em parceria com o Sebrae


Entrevista  Alexandre Furlan, vice-presidente da CNI

“A terceirização é uma forma moderna de organizar as atividades econômicas” Com experiência de 25 anos na área de Relações Trabalhistas, o representante da CNI defende a atualização da legislação por Carolina Mendonça

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m Salvador para a 4ª Reunião Ordinária do Conselho Temático Permanente de Relações do Trabalho e Desenvolvimento Social da CNI, realizada no dia 4 de setembro, na sede da FIEB, Alexandre Furlan, presidente do Conselho, concedeu entrevista à Revista Bahia Indústria. O empresário, que também é vice-presidente da CNI e diretor da Organização Internacional dos Empregadores (OIE) e representante da CNI na Organização Internacional do Trabalho (OIT), falou sobre as relações de trabalho no Brasil moderno, a necessidade de se modernizar a legislação trabalhista e ainda de se aprovar um marco legal para as questões relativas à terceirização. Enquanto essas mudanças não são realizadas, se é que serão, pois o assunto foi transformado numa “batalha de cunho ideológico”, opina ele, a CNI incentiva o empresariado a dialogar com seus funcionários, a fim de fechar acordos favoráveis às duas partes.

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Na sua visão, como está a discussão sobre possíveis mudanças nas leis trabalhistas? Alexandre Furlan - Durante muito tempo, não se deu valor às questões da área de trabalho. As empresas se preocupavam mais em fazer um bom produto e vendê-lo. Isso vem mudando por conta dos passivos trabalhistas que foram se criando. Hoje, há mais de sete milhões de processos só na Justiça do Trabalho. No entanto, o nível de participação do empresariado nas negociações trabalhistas ainda é baixo. Nós (CNI) defendemos que a melhor forma de se modernizar as relações de trabalho é privilegiar a negociação coletiva, em vez de ficar esperando mudanças na legislação. Isso porque, se aproximando dos funcionários para conversar, você consegue privilegiar as especificidades da sua realidade de produção. Temos uma legislação trabalhista de 72 anos, que trata igualmente os desiguais. A mesma CLT vale para jornalistas e metalúrgicos, por exemplo, mas

a realidade desses profissionais é muito diversa. A melhor forma de salvaguardar o interesse do empregado e do empregador é negociando próximo ao seu ambiente de trabalho. O problema é que nem sempre os acordos coletivos são respeitados... Por quê? Porque instituições como o Ministério Público consideram que estamos descumprindo as leis, e que a CLT é o melhor para o trabalhador. Desnatura-se a convenção coletiva, algo que deveria ser legal e está previsto na Constituição. Por conta disso, há uma insegurança jurídica muito grande. Predomina uma visão paternalista em relação aos trabalhadores, que está desatualizada. Há 72 anos, o conceito de hipossuficiência do trabalhador era muito mais presente, tínhamos 80% da população no campo e sem meios de comunicação adequados. Esta realidade mudou, os trabalhadores estão muito mais informados, têm


logística e transporte. Para quem? Para outra empresa, com seus empregados. No caso de tecnologia da informação, por exemplo, se você precisa de manutenção durante alguns dias no mês, justifica ter um empregado full time? Imagine se os condomínios não pudessem contratar o serviço de manutenção de elevadores e fossem obrigados a ter um empregado só para isso? A terceirização é uma forma moderna de organizar as atividades econômicas. Mas a discussão fica parada na indefinição do que é atividade-fim.

Angelo Pontes/coperphoto/sistema fieb

instrução, mas essas mudanças não foram acompanhadas pela legislação. Quando pedimos mudanças na legislação trabalhista, não queremos a perda de direitos, mas uma adequação às peculiaridades de cada categoria e o respeito às negociações coletivas. Quer dizer, nós temos agentes externos interferindo em algo que eles não conhecem, dizendo-se protetores da legislação e contrariando o que foi acordado também pelos trabalhadores. Quais os limites da negociação na legislação vigente? Hoje, o que se pode negociar é jornada de trabalho e salário, mais nada. Há uma série de pontos que poderiam ser flexibilizados. Em relação às férias, por exemplo. O que impede que, num segmento onde há sazonalidade, se negocie dividir as férias (15 e 15 dias), no que isso fere o direito do trabalhador se for bom pra ele? Nada, a meu ver. Se ele conscientemente concordar, não vejo problema nenhum. Um acordo

deste tipo não suprime o direito, apenas o flexibiliza. Outra polêmica é a questão da terceirização... Um viés ideológico está pautando essas discussões. Quem está pautando essas discussões não é o trabalhador, é o MP, as centrais sindicais e o Judiciário, dentro desta premissa ideológica o capital é o vilão e o trabalhador, uma vítima. Quando falo em terceirização, não estou falando diretamente do seu João, que vai lá prestar serviços de forma terceirizada. Estou falando que não vou mais ter 40 caminhões dentro da minha empresa e vou terceirizar a minha área de

Quais as consequências disso tudo na prática? Muitas vezes, o que se negocia com o trabalhador acaba não valendo. Há uma indução ao conflito. A gente judicializa tudo. Por isso os empresários estão a favor do PL 4330, de 2003, que está em trâmite no Congresso há mais de 10 anos. Apesar de ainda não atender totalmente o que almejamos, traz mais segurança para o trabalhador, respalda seus direitos. E também para as empresas, porque define limites para a terceirização. Atualmente, quando essas questões chegam à justiça, a gente não sabe o que pode acontecer, é o Judiciário que está legislando. A CNI está buscando o marco legal porque a terceirização é um fenômeno inexorável, que acontece inclusive em órgãos públicos. E neste contexto, são as pequenas empresas as que mais sofrem. Se se restringe a possibilidade de negociação para a prestação de serviço, ela passa a ter um custo maior do que a sua capacidade de sobreviver no mercado. Muitas empresas acabam migrando para a ilegalidade, a informalidade. [bi] Bahia Indústria  7


SENAI Dendezeiros promove I Expomob Empresários e futuros profissionais do ramo se reuniram em evento que discutiu tendências para o segmento moveleiro

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eunir profissionais, empresários e estudantes da área moveleira para apresentar novidades e promover interação entre os integrantes da cadeia produtiva foi o objetivo da I Expomob, realizada pela gerência de Madeira e Mobiliário do SENAI Dendezeiros, no dia 26 de setembro. Além de exposição de produtos, o evento contou com palestras, oficinas, cursos e rodadas de negócios. “Foi positiva a primeira edição da ExpoMob, pois houve interação entre alunos, empresários, profissionais do ramo e principais fornecedores do segmento moveleiro, o que contribuiu para difundir novas tecnologias e tendências,

além de apresentar trabalhos realizados por alunos, evidenciando a qualidade da mão de obra formada pelo SENAI para a indústria”, afirmou o coordenador da área, Lucas Pereira. Para Andressa Rigotti, executiva de Relacionamento da Promob Software Solutions, o evento foi uma oportunidade de a empresa perceber as necessidades do mercado local, já que o mesmo possibilitou o contato direto com os três principais públicos do segmento. “Foi muito oportuno, pois tivemos contato com estudantes, profissionais e fornecedores. Esta junção de públicos foi muito benéfica.” Durante o evento, negociou-

Mostra de equipamentos fez parte de evento que reuniu estudantes, fornecedores e empresários no SENAI

Roberto Abreu/Coperphoto/Sistema FIEB

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-se com expositores participantes a compra de produtos a preço de custo, para que estes sejam utilizados pelos alunos do SENAI em processo de formação. Com isto, os estudantes terão acesso às novidades do segmento e, os fornecedores, seus produtos divulgados. “Fiquei bem impressionado com o interesse dos meninos, muitos deles deixaram seus contatos a fim de conhecer nossas instalações. Eventos como este deveriam acontecer com mais frequência”, elogiou o consultor da Rehau, fabricante de fitas de borda e tapa-furos para móveis, Nilton Rebolças. Os organizadores do evento também levantaram a discussão sobre a importância da produção mais limpa no segmento. Em um mercado que cresce com o aquecimento da construção civil e, por consequência, maior busca por móveis planejados ou seriados, o debate é fundamental para os protagonistas desta indústria, uma das mais pressionadas pelos órgãos ambientais quanto ao cumprimento das exigências legais. “Para mudar padrões de produção, é preciso investir em tecnologias mais limpas, redução e reaproveitamento de resíduos, uso eficiente de energia, realizar análises de ciclo de vida e embalagens de produtos, entre outras práticas”, pontuou Lucas Pereira. [bi]


circuito

por cleber borges

"A indústria brasileira manifesta a confiança de que o diálogo entre o setor público e a iniciativa privada não só continuará, mas será aprofundado, em favor da adoção das medidas para a melhora da competitividade, o estímulo ao crescimento consistente e a manutenção dos avanços sociais.” Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria

“As legislações tributárias estaduais e federal geram burocracia e custos. É como se nossas empresas participassem de uma maratona carregando uma mochila de 40 quilos; e os competidores, não.” Jorge Gerdau, presidente do conselho de administração da Gerdau, indústria siderúrgica, líder na produção de aços longos nas Américas

“Nossa empresa perde mais de R$ 60 milhões por ano com veículos roubados. Além disso, temos um gasto enorme com segurança privada e circuitos internos de TV. Muita gente vê isso como um custo natural, mas não gasto dinheiro com isso, nas minhas lojas do Chile e do Uruguai.” Eugênio Mattar, presidente da Localiza, empresa de aluguel de veículos.

“O modal mais eficiente é o ferroviário. Não no Brasil. Aqui os trens são mais lentos e o frete é igual ao custo rodoviário. Uma opção seriam as hidrovias, mas não investimos nelas. No fim, meu custo de logística chega a 20% do faturamento. O dos concorrentes globais fica entre 10% e 12%.” José Carlos Grubisich, presidente da Eldorado, que produz 1,5 milhão de toneladas/ano de celulose

“O Brasil se tornou um país caro antes de ficar rico. O resultado é que tudo é caro, mas boa parte da população ainda é pobre. Para resolver isso, é preciso investir em educação.” Marco Stefanini, presidente da Stefanini, empresa provedora de soluções em tecnologia e inovação

“As ineficiências do governo para licitar obras e para liberar licenças (ambientais) já entram como elemento normal na viabilização de um projeto, mas com o tempo isso faz com que as empresas percam competitividade.” Walter Schalka, presidente da Suzano, segunda maior produtora global de celulose de eucalipto

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sindicatos Sindicer representa a Bahia em Pernambuco

mauro frasson/fiep/divulgação

Intercâmbio setorial reúne sindicatos da construçã0 Líderes sindicais de todo o país estiveram em Curitiba, dia 29 de setembro, para um Intercâmbio de Lideranças Sindicais, que reuniu presidentes de sindicatos do segmento da Construção Civil. Os participantes conheceram as boas práticas de gestão do Sinduscon-PR e trocaram experiências. O presidente do Sindicato da Indústria da Construção da Bahia (Sinduscon-BA), Carlos Henrique Passos, destacou a importância da iniciativa. “Fomos apresentados a práticas exitosas e também tivemos a oportunidade de conhecer melhor o relacionamento do Sinduscon-PR com a FIEP, que favorece o desenvolvimento das atividades sindicais”, avaliou.

Representantes de diversos estados participaram do encontro, no Paraná

SIGEB promove ciclo de palestras

Sinditabaco discute Rota Turística do Charuto

Empreendedorismo na indústria gráfica, controle de cores na impressão digital, fluxo de pré-impressão e controle de variáveis na impressão off set foram alguns dos temas abordados no ciclo de palestras promovido pelo Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado da Bahia (Sigeb), em parceria com o SENAI e apoio do Sebrae. Além de Salvador, os encontros já foram realizados em Bom Jesus da Lapa, Guanambi, Caetité, Valença, Juazeiro, Camaçari e Alagoinhas.

Com o objetivo de discutir estratégias para incrementar a Rota do Charuto, representantes do Sindicato das Indústrias de Tabaco (Sinditabaco) se reuniram com o Secretário de Turismo do Estado, Pedro Galvão. O roteiro turístico passa por municípios do Recôncavo Baiano e prevê visitas a empresas da região. Durante a visita, os turistas conhecerão todas as etapas da fabricação do charuto, desde o cultivo do tabaco, colheita, secagem, classificação das folhas de fumo e fabricação do produto final. “Os estrangeiros ficam entusiasmados em conhecer uma atividade econômica mantida em região tão rica em história, cultura e gastronomia”, explicou o presidente do sindicato, Odacir Strada.

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No dia 29 de agosto a CNI reuniu, em Pernambuco, lideranças do segmento de cerâmica. “A interação e a troca de informações entre os presidentes de sindicatos foi produtiva. Esperamos que a iniciativa seja repetida e ampliada”, afirmou o presidente do sindicato o Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Cerâmica para Construção e Olaria do Estado da Bahia (Sindicer), Manuel Ventin, que representou a Bahia. O intercâmbio é uma ação do Programa de Desenvolvimento Associativo da CNI e Federações. A proposta é fortalecer a rede de relacionamentos e discutir temas como negociação coletiva, defesa de interesses e prestação de serviços. Até o final do ano, serão realizados encontros para os segmentos metalmecânico, químico e farmacêutico e de panificação.

SINEC debate logística reversa A logística reversa dos equipamentos elétricos e eletrônicos foi tema de palestra promovida pelo Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares de Ilhéus e Itabuna (SINEC), e pela Abinee, dia 4 de setembro, em Ilhéus. O encontro debateu a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a implantação do acordo setorial no Estado. “Orientamos as empresas a dar o destino correto aos resíduos”, afirmou o presidente do SINEC, William de Araújo.


Angelo Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

Federação tem dois novos sindicatos Dois novos sindicatos passaram a integrar, em setembro, o quadro de entidades filiadas à Federação das Indústrias do Estado da Bahia. O Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas do Nordeste (Siacan), com base territorial interestadual, solicitou a filiação com vistas à representação das indústrias de adubos e fertilizantes agrícolas, localizadas em grande número na região de Camaçari. Já a filiação do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), com base nacional, atende ao crescimento do polo naval no estado, com tradição no reparo e construção naval. Agora a FIEB passa a contar com 43 sindicatos.

Simagran promove visita à Cachoeiro Stone Fair O Sindicato da Indústria e Mármores, Granitos e Similares (Simagran-BA) participou da Cachoeiro Stone Fair 2014, uma das maiores feiras do setor no país, entre os dias 26 e 29 de agosto, em Cachoeiro do Itapemirim/ES. A missão técnica teve como objetivo estimular os empresários a conhecer novas tecnologias em maquinários, insumos e tendências de mercado. "As atividades do dia a dia fazem com que eventos importantes como este passem despercebidos. A divulgação e o subsídio conseguido pelo sindicato estimulam o empresário a participar”, afirmou Marcos Régis, presidente do Simagran. A missão teve o apoio da FIEB.

Inovação, combate às fraudes e à clandestinidade foram debatidos no evento

Laticinistas discutem desafios Combate à clandestinidade e à fraude no leite, melhorias de infraestrutura na produção e a situação tributária para o setor lácteo foram alguns dos assuntos discutidos durante o 5º Encontro Baiano dos Laticinistas, nos dias 26 e 27 de setembro, em Salvador. Realizado pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Leite do Estado da Bahia (Sindileite-BA), o evento reuniu empresários do setor e representantes de instituições relacionadas à cadeia do leite. O encontro contou com a presença do secretário estadual da Agricultura, Jairo Carneiro, dentre outras autoridades. “Saímos do evento com uma agenda positiva junto a vários dirigentes de órgãos que participaram do painel final do encontro”, avaliou o presidente do Sindileite-BA, Paulo Cintra.

Ceramistas discutem fiscalização Ceramistas baianos participaram, dia 23 de setembro, em Jacobina, de encontro promovido pelo Sindicato das Indústrias de Cerâmica, em parceria com FIEB e Sebrae. A reunião discutiu as dificuldades enfrentadas no atendimento à fiscalização do trabalho e abordou a responsabilidade ambiental das empresas.

Errata: Na ed. 232, a foto de Claudio Moitinho foi publicada no lugar da do presidente do Sinprocim, José C. Soares.

Óleo queimado é tema de seminário Com o objetivo de alertar sobre os riscos causados pelo descarte inadequado dos óleos lubrificantes usados e apresentar as principais normas e exigências ambientais no descarte do resíduo para a renovação do alvará de funcionamento, o Sindicato da Indústria da Reparação de Veículos e Acessórios (Sindirepa-BA), o CIEB e o Sebrae, em parceria com a FIEB, promoveram, dia 20 de agosto, em Feira de Santana, o seminário Óleo Queimado e Licenciamento Ambiental: Entenda os Impactos no seu Negócio. O evento contou com palestra do diretor do Sindirepa Nacional e membro do Ministério do Meio Ambiente, Antonio Gaspar. A ação buscou mobilizar as empresas e a sociedade sobre os cuidados com o meio ambiente. “O descarte adequado do óleo queimado é uma responsabilidade de todos. A proposta é que eventos assim aconteçam em todo o estado, alertando as empresas sobre o tema”, destacou o presidente do Sindirepa, Reginaldo Rossi.

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C

om o objetivo de apoiar as micro, pequenas e médias empresas industriais baianas, proporcionando condições para que possam aumentar a competitividade e conquistar novos mercados, foi lançado no dia 22 de outubro, no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), o Programa de Desenvolvimento das MPMEs Industriais (PDI), uma iniciativa do Sistema FIEB e do Sebrae Bahia. “O desenvolvimento das empresas de menor porte e o fortalecimento das cadeias produtivas estão entre as principais metas do Sistema FIEB”, pontuou o 1º vice-presidente da FIEB, Ricardo Alban, na abertura do evento. Com o programa, as duas instituições vão atuar de forma integrada, identificando as demandas das indústrias em várias regiões do estado. Ao ofertar, de forma articulada, produtos e serviços das instituições

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Solução integrada para pequenas indústrias Sistema FIEB lança o PDI, que dá suporte aos micro, pequenos e médios empreendimentos que buscam competitividade e mercados Por marta erhardt


Na Região Central da Bahia existem 2.840 MPME, com mais de 41 mil trabalhadores contratados. A RMS/Litoral Norte, por sua vez, sedia 8.421 empresas, que empregam quase 162 mil trabalhadores. Até o final de 2014, a meta é atingir 822 empresas e quase 38 mil trabalhadores nas duas regiões do estado. Após estas duas regiões, o programa será levado para a Região Sul (Ilhéus/Itabuna), Região Sudoeste (Vitória da Conquista); Região Oeste (Barreiras/Luiz Eduardo Magalhães), e Região Norte (Juazeiro). “Um diferencial deste programa é que as duas instituições estão unindo suas competências para atuar de forma articulada na identificação das demandas”, destacou o superintendente do Sebrae, Edival Passos.

que integram o Sistema FIEB – SESI, SENAI e IEL – e também do Sebrae, o novo programa pretende facilitar o acesso a soluções que atendam também empreendimentos de menor porte do interior do estado. “Esse tipo de ação se torna mais premente quando se observa uma desaceleração da economia. Esta sinergia da FIEB e do Sebrae é em prol de uma Bahia mais justa e mais equânime”, ressaltou o vice-presidente da FIEB, Carlos Henrique Gantois, que apresentou o programa. Duas regiões foram escolhidas para sediar o projeto piloto do PDI: a Central, polarizada por Feira de Santana, que inclui 118 municípios, dentre eles Alagoinhas, Serrinha e Santo Antônio de Jesus; e a RMS/ Litoral Norte, polarizada por Salvador, a qual inclui 38 municípios, entre eles, cidades de porte como Camaçari, Lauro de Freitas e Simões Filho.

Associativismo Outro objetivo do PDI é fomentar o associativismo, estimulando a adesão de novas indústrias aos sindicatos que as representam no Sistema FIEB, fortalecendo, assim, a representatividade sindical. “Vamos estreitar ainda mais a relação com os empresários do setor produtivo industrial, para que possamos direcionar os investimentos de forma mais assertiva”, explicou o diretor técnico do Sebrae, Lauro Ramos, destacando que os sindicatos passam a ser porta-vozes dos programas e soluções oferecidas pelas duas instituições. A solenidade de lançamento do PDI contou, ainda com explanação do vice-presidente do Centro das Indústrias da Bahia (CIEB), Reginaldo Rossi, que explicou a atuação da entidade com as micro, pequenas e médias empresas no interior da Bahia.

Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

Outras iniciativas

Evento reuniu empresários e autoridades na Fieb

FIEB e Sebrae mantém outras iniciativas conjuntas. Uma delas é o programa Quinta do Crédito, criado para facilitar o acesso das MPME ao crédito, de forma ágil e diferenciada. O programa, que conta com o apoio da Caixa Econômica Federal, oferece orientação aos empreendedores e os encaminha para identificar soluções de crédito para seus negócios. O atendimento, feito por consultores do Sebrae, aponta o passo a passo para a contratação de crédito. Após essa etapa, o empresário é direcionado para a Caixa, que apresenta as opções de linhas de crédito disponíveis e a documentação necessária para fechar negócio. O atendimento acontece todas as quintas-feiras, das 9 às 17 horas. O agendamento deve ser feito no site www.fieb.org.br/Quinta-do-credito. [bi] Bahia Indústria  13


Exercício democrático Estudantes da Escola Djalma Pessoa integraram a bancada baiana no Parlamento Jovem 2014

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ábio Jesus dos Reis, Isabela de Souza Pereira, Pedro Paulo Ribeiro Silva e Sara Freitas Santos, estudantes do ensino médio da Escola Djalma Pessoa, do SESI Piatã, viveram durante uma semana uma experiência transformadora. Eles integraram, ao lado de Marcelo Santana Júnior, aluno do Instituto Federal de Educação da Bahia (Ifba) de Santo Amaro e da estudante do Colégio Estadual Lomanto Júnior, Larissa Santos Viana, a bancada que representou a Bahia no Parlamento Jovem Brasileiro. Foi no período de 22 a 26 de setembro que 78 jovens de todo o país conheceram a rotina de trabalho do Congresso Nacional e participaram de uma jornada parlamentar,

durante a qual fizeram a defesa de seus projetos de lei. O projeto apresentado por Isabela Pereira foi um dos cinco de todo o Brasil aprovados na plenária final do Parlamento Jovem. Ela propôs a inclusão de dados indispensáveis no cartão do Sistema Único de Saúde, tais como tipo sanguíneo, uso de fármacos cotidianos, patologias cardiovasculares, doenças precedentes, autorização de órgãos e transfusões de sangue. Isabela havia sentido na pele o problema da falta de informação entre médico e paciente quando foi atendida em um posto de saúde e lhe foi receitado um analgésico ao qual é alérgica. A aprovação do projeto não foi fácil e Isabela teve que se dedicar para defender sua proposta com

Fabrício, Sara, Isabela e Pedro, durante visita à Secretaria de Educação do Estado

Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

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argumentos e dados. Valeu a pena pelo exercício da argumentação, mas principalmente porque o projeto despertou o interesse de deputados. A experiência serviu também para mostrar um lado bem diferente da política. “Eu tenho hoje uma nova visão da política, pois pude conhecer o trabalho do deputado e percebi o quanto é árduo o caminho para garantir a aprovação de um projeto de lei”, avalia Isabela. Para Fabrício Jesus dos Reis, que propôs tornar o ensino da Constituição Federal disciplina obrigatória nas escolas, a experiência também deixou lições. “Éramos tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais com relação ao que enfrentamos na nossa realidade cotidiana”, explicou. Pedro Paulo Ribeiro Silva Cunha pode perceber que o mais importante foi identificar o grande potencial dos jovens, que têm muito a contribuir. Pedro defendeu como projeto no Parlamento Jovem a construção de centros esportivos para estudantes de escolas públicas do Ensino Fundamental ao Ensino Médio. A quarta aluna do SESI selecionada foi Sara Freitas Santos Vasconcelos, autora do projeto que dispõe sobre a obrigatoriedade da adoção da disciplina ciência política aplicada no ensino fundamental e médio. Ela conta que ficou impressionada ao conhecer melhor a rotina dos deputados, o trabalho nas comissões e a experiência enriquecedora do debate. No dia 30 de setembro os estudantes do SESI foram recebidos pelo secretário da Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto, acompanhados da coordenadora pedagógica Karla Andrade e do professor Luiz Luz. [bi]


Prospecção internacional Missões aproximam empresários das indústrias de laticínios e de moda dos mercados internacionais

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desafio de internacionalizar empresas vai além de promover abertura de mercado para atividades de importação e exportação. Permitir a interação com diferentes mercados, o intercâmbio tecnológico entre empresas mais desenvolvidas do mesmo setor faz parte dos objetivos quando a meta é abrir novos mercados. É neste sentido que trabalha o Centro Internacional de Negócios (CIN), da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). “Internacionalizar é fazer com que as empresas passem a ter como referência o mundo e não somente o mercado onde atuam”, explica Patrícia Orrico, gerente do CIN, que desenvolve o Programa de Internacionalização de Empresas. Em parceria com entidades nacionais e internacionais, o CIN promoveu missões empresariais, rodadas de negócios e viabilizou a participação de empresas baianas em feiras setoriais em diversos países. Foram envolvidos nestas iniciativas os segmentos de cosmética, automação, tecnologia da informação, petróleo e gás e alimentos e, mais recentemente, as indústrias de vestuário, laticínios e de charutos. No período de 31 de agosto a 7 de setembro, oito empresários, consultores e técnicos da indústria de laticínios da Bahia participaram da Missão Empresarial do Setor de Leite e Derivados à Holanda. Promovida em parceria com o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Leite do Estado da Bahia (Sindileite) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a missão foi realizada no âmbito do Enterprise Europe Network (EEN), rede de negócios da Comissão Europeia, que disponibiliza serviços de apoio à inovação e internacionalização de empresas, proporcionando acesso a mercados internacionais com vistas a estimular a competitividade. Durante a missão, o grupo participou de encontros e visitas técnicas a empresas, fazendas, centros tecnológicos, centros de pesquisa, clusters e entidades

Divulgação/Sindivest

Delegação baiana visitou o Material Connexion, maior centro de pesquisa sobre materiais inovadores e sustentáveis

de classes representativas do setor de leite e derivados da Holanda. Também com o objetivo de conhecer o modelo da cadeia de valor da moda na Itália e de permitir a prospecção de oportunidades, transferência de tecnologia e distribuição cruzada, aconteceu de 8 a 12 de setembro a Missão Moda Itália - Bahia. A programação incluiu visitas a instituições de organização setorial e de apoio à pesquisa, como o Material Connexion, design e desenvolvimento de produtos, recursos de inovação tecnológica e mercadológica de Milão, que tem uma indústria de moda de referência mundial. A missão reuniu 42 (quarenta e dois) participantes da Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul, entre os quais empresários associados do Sindicato do Vestuário (Sindivest) de Feira de Santana e de Salvador. Outra iniciativa articulada pelo CIN/FIEB, a pedido do Sindicato da Indústria do Tabaco do Estado da Bahia (Sinditabaco), foi a participação dos empresários do segmento na Feira Inter-Tabac Dortmund 2014, de 19 a 21 de setembro, na Alemanha. [bi] Bahia Indústria  15


IEL

Desenvolvendo

empresas e pessoas IEL comemora 45 anos com desafio de ampliar atuação na área de capacitação empresarial

om cerca de 200 mil estagiários alocados e mais de 30 mil estudantes capacitados desde 1996, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) tem atuação consolidada na área de desenvolvimento de carreiras em toda a Bahia. A instituição –criada em 1969 para promover a interação entre a universidade e a indústria, por meio do estágio supervisionado –, comemora 45 anos em 2014 e tem como principal desafio fortalecer a atuação na linha de Desenvolvimento Empresarial, principalmente no interior do estado. “Esse desafio está alinhado com o crescimento das empresas no interior. Não só o crescimento em números, mas o desenvolvimento das empresas, que demandam maior conhecimento em gestão para competir com empresas de outras regiões do país”, destaca o superintendente do IEL, Evandro Mazo, ressaltando que a instituição está desenvolvendo novas soluções, e diversificando o portfólio para que este esteja mais aderente à demanda das empresas de cada região do estado. 16  Bahia Indústria

O instituto tem quase 10 anos de experiência em desenvolvimento empresarial, desde a criação da Gerência de Capacitação Empresarial, em 2005, para auxiliar micro, pequenas e médias empresas baianas a solucionar seus gargalos de gestão, por meio de ações como o Programa de Qualificação de Fornecedores (PQF) ou o Projeto Extensão Industrial Exportadora (Peiex), ou ainda o Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi). De 2006 a setembro de 2014, o IEL capacitou mais de 7.600 líderes de empresas baianas. Um deles é Roque Cambuí, diretor da JJ Inspeções Técnicas em Equipamentos Industriais, empresa que atua desde 1982 na área de inspeção de equipamentos e em instrumentação. Participante do PQF desde 2006, a empresa passou por consultorias e oficinas que ajudaram a melhorar sua gestão. “Quando você tem uma gestão estruturada, passa a ver melhor o seu potencial. O IEL me proporcionou uma visão melhor de mercado, que me abriu oportunidades”, afirma Roque Cambuí. Segundo ele, desde o início da parceria com o IEL, a JJ Inspeções aumentou o faturamento em 800%. “Mantenho o certificado diamante há alguns anos e não pretendo deixar o programa, pois as consultorias são importantes para nos manter atualizados”, avalia, acrescentando que o programa também promove networking com ações de relacionamento com o mercado. A satisfação com os serviços do IEL também se estende ao convênio de estágio. Hoje a empresa conta com cinco estagiários selecionados pela instituição.

marcelo gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

Por marta erhardt


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Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

Com essa expertise, a instituição identificou a necessidade de se readequar às demandas do mercado. Com isso, o IEL vai oferecer uma linha de soluções de educação empresarial, nas áreas de gestão empresarial e liderança. A linha será composta por quatro modalidades de atendimento ao empresário. Serão oferecidos cursos rápidos, com carga horária de até 40 horas; os programas de educação empresarial, com duração de 40 a 180 horas; os cursos online, utilizando tecnologia EAD, desenvolvidos em parceria com a CrossKnowlegde, líder europeia em solução de e-learning, com carga horária de 20 a 80 horas; e o programa de educação executiva, desenvolvido em parceria com universidades e outros parceiros na área de educação, que podem ser realizados no Brasil e no exterior. A previsão é que os cursos rápidos, os programas de educação empresarial e os cursos online já estejam atuando no início de 2015. Já o programa de educação executiva deve ter início em 2016. Com esta mudança, o IEL tem como objetivo ocupar uma posição de referência na promoção de cursos nas áreas de gestão empresarial e liderança. “Temos a nosso favor a experiência e o conhecimento das demandas do mercado. Por isso, o planejamento do conteúdo tem levado em conta o perfil da indústria baiana e foca numa abordagem mais próxima da realidade do mercado”, explica o gerente de Capacitação Empresarial do IEL, André Pinto.

Inovação Para apresentar soluções cada vez mais aderentes às necessidades de cada região, o IEL aposta na captação de recursos junto a fontes nacionais de fomento, a exemplo do que acontece com projetos como o Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), financiado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) e o Jogo da Inovação (Join), desenvolvido com recursos do Fundo Verde e Amarelo da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Mais de 40 empresas já adotaram a solução Join, elaborada para sistematizar a gestão da inovação em micro, pequenas e médias empresas. Uma prova do sucesso do Join é que a metodologia está sendo replicada no IEL de Pernambuco. A inovação tem recebido atenção especial no IEL. Outro programa que trabalha esta temática é o Inova Talentos, iniciativa em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico 18  Bahia Indústria

Alana Santos e Patric Piton, da startup Maqhin

CASE INOVA TALENTOS Startup do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação, a Maqhin Soluções Tecnológicas enxergou no Inova Talentos a possibilidade de colocar em prática projetos importantes para a empresa. “Vimos como oportunidade de alavancar prioridades que tínhamos, como estruturar e formalizar a gestão da inovação dentro da empresa”, explica o diretor Patric Piton. A empresa teve dois projetos aprovados logo na primeira chamada do programa. No total, a Maqhin conta com quatro projetos e sete bolsistas. Entre eles está Alana Santos, recém-formada em administração pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), que desenvolve um modelo de gestão da inovação na empresa. “Com o programa tenho a oportunidade de aliar o conhecimento acadêmico com a prática, a execução de um projeto. Aqui na empresa tenho oportunidade de inovar, trazendo o aprendizado adquirido na universidade para a realidade do mercado”, avalia. Alana também ressalta as capacitações ministradas ao longo do programa como atrativo para participar. Durante o período de desenvolvimento dos projetos, os profissionais selecionados contam com 126 horas de capacitação a distância, com conteúdo e certificação de escolas internacionais, a exemplo de Harvard Business School. Alguns dos temas dos treinamentos são: Criatividade e Inovação, Gestão de Projetos, Liderança e Empreendedorismo.


Rafael martins/Sistema FIEB

(CNPq), que tem como objetivo ampliar o número de profissionais qualificados em atividades de inovação no setor empresarial brasileiro. “Nosso principal desafio é contribuir para disseminar a cultura da inovação, além de estimular, difundir, capacitar e assessorar as empresas para que possam inovar cada vez mais”, pontua a gerente de Inovação e Projetos Especiais do IEL, Fabiana Carvalho. Com 79 projetos submetidos, a Bahia ocupa a 2ª colocação no número de proposições do Programa Inova Talentos, tendo São Paulo na liderança. A Bahia foi recordista de submissões na primeira chamada, com 45 projetos. Já na segunda chamada, foram submetidos 34 projetos de 28 empresas. As inscrições para a terceira chamada do programa estão abertas. Empresas baianas de todos os portes e institutos privados de PD&I podem submeter projetos de inovação até 5 de dezembro. Na Bahia, o IEL oferece assessoria para a elaboração do projeto. Os projetos são avaliados e as empresas que tiverem propostas aprovadas receberão bolsistas pagos pelo CNPQ. As bolsas variam de R$ 2,5 mil (graduados até 5 anos) a R$ 3 mil (mestres com até 5 anos de diplomação).

Estágio de qualidade O processo de recrutamento, seleção, capacitação e acompanhamento dos profissionais do Inova Talentos é realizado pelo IEL, que também atua na área de Desenvolvimento de Carreiras. O principal serviço desta linha de atuação é o estágio. Até setembro de 2014, mais de 22 mil estagiários foram alocados pelo IEL em todo o estado. A expectativa é que o total de estágios intermediados neste ano supere o de 2013, quando 23 mil estudantes foram alocados. E a perspectiva para os próximos anos também é

Evandro Mazo, superintendente do IEL, quer mais foco no empresário

de crescimento, com novas parcerias, principalmente com prefeituras no interior do estado. “Com a abertura de vagas de estágio a prefeitura aumenta as oportunidades para os jovens e estimula outras empresas a seguir o mesmo caminho”, avalia a gerente de Estágio e Formação de Talentos do IEL, Edneide Lima. Ela ressalta que, além do incremento quantitativo, o IEL também se preocupa com a qualidade do estágio. Por isso, a instituição realiza feiras e workshops, para conscientizar empresas e estudantes sobre o principal papel do estágio, que é contribuir para a formação profissional dos jovens. [bi]

Programa fortalece cadeias produtivas Há nove anos, as empresas baianas fornecedoras de produtos e serviços industriais são capacitadas pelo IEL, por meio do Programa de Qualificação de Fornecedores (PQF), que tem como objetivo fortalecer a cadeia produtiva e promover o desenvolvimento local, com a capacitação de empresas de menor porte para atender às exigências de grandes empreendimentos implantados na Bahia. Atualmente, cerca de 100 empresas fornecedoras de micro, pequeno e médio portes de todo o estado são beneficia-

das pelo programa, que é realizado em parceria com SESI, SENAI e Sebrae. Uma das empresas-âncora pioneiras na parceria com o IEL foi a Deten Química. “Foi um casamento ideal para a Deten, pois o mercado baiano é carente de bons fornecedores. As empresas de maior porte têm com o PQF a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva, pois sem os pequenos, não existimos”, avalia o coordenador de suprimentos da Deten, Thadeu Hamdan.

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Moda Bahia busca fortalecer identidade Evento que discute desafios do segmento e avanços para a moda no estado se consolida no calendário nacional Por carolina mendonça e patrícia moreira

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riado em 2010 com o objetivo de dar visibilidade à moda baiana, aproximando e fortalecendo toda a cadeia do segmento, o Bahia Moda Design (BMD) chegou à sua quarta edição neste ano, consolidando-se nacionalmente como um projeto de valorização da produção local. Realizado nos dias 23 e 24 de setembro no SENAI Cimatec, o evento reuniu cerca de cinco mil participantes entre estudantes, empresários, criadores e fashionistas. Promovido pelos Sindivest de Salvador e Feira de Santana, com a parceria do Sebrae e Senac e o apoio do Shopping Barra e da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), nesta edição, o BMD apostou no investimento em design para melhoria de produtos, serviços e processos e na aliança entre moda e sustentabilidade. A proposta se refletiu na programação diversificada do evento. “A cada ano, avançamos. A 20  Bahia Indústria

Bahia tem um diferencial na cultura e levaremos isso também para a moda produzida no estado”, disse a presidente do Sindicato do Vestuário de Salvador (Sindivest), Eunice Habibe, que destacou o apoio recebido do Sistema FIEB para o fortalecimento da indústria da moda. Já a presidente do Sindivest Feira, Dilma Portugal, ressaltou que o sucesso do BMD é resultado também da força do associativismo. “É a lição que estamos aprendendo, da importância de estarmos unidos, tanto no nosso estado como nacionalmente”, disse. Para Marina Almeida, diretora regional do Senac, o BMD significa a concretização de um sonho. “Vamos continuar trabalhando, fazendo uma moda mais bonita e profissional, como a Bahia merece”. Lauro Ramos, diretor técnico do Sebrae, também falou da importância de juntar esforços e destacou as rodadas de negócios realizadas durante o evento, com a participação de 40 empresários

do segmento. As marcas que participaram das rodadas expuseram suas coleções para o público, reforçando a identidade local. Como resultado, foram gerados R$ 1,1 milhão em vendas de curto prazo.

Programação Foram apresentados sete desfiles de marcas baianas de Salvador e do interior da Bahia. Participaram desta ação seis empresas locais: Elementais, Mahalo, AnaPort, Mito, Carol Brasil e Yes Bahia, além da dupla vencedora do concurso Novos Talentos do Shopping Barra, com a equipe Villô Ateliê, numa integração entre a universidade e a indústria. Além de desfiles, rodadas de negócios e showroom, o público assistiu à palestra "Tendência e Inovação: Novos consumidores de moda", ministrada pela gerente de Marketing e Relações Públicas da WSGN Group, Clarissa Araújo, e a um talk-show com o estilista Alexandre Herchcovitch, além de po-


fotos paulo lima/divulgação

Alexandre Herchcovitch (E) e desfiles do BMD

der fazer parte do estudo antropométrico do SENAI Cetiqt, que utiliza um Body Scanner. Clarissa destacou o perfil dos novos consumidores de moda, dando dicas de como cativá-los, já que, para ela, não existe mais fidelidade às marcas. "É preciso criar um envolvimento com o seu consumidor, para que ele se mantenha engajado. É preciso oferecer uma experiência", disse. A especialista, que veio ao evento com apoio da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), ressaltou a necessidade das marcas inovarem, oferecendo serviços de conveniência, criando um diferencial para o cliente, a exemplo de entregas

Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

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Quatro edições de sucesso O Bahia Moda Design foi criado em 2010, fortalecendo toda a cadeia do setor, desde as indústrias de confecção, designers, fornecedores e revendedores até o incentivo à formação de mão de obra, valorizando talentos em formação. A primeira edição do evento foi uma das ações do Programa de Fortalecimento da Atividade Empresarial do Estado da Bahia que tem como um dos seus objetivos, apoiar o Projeto Estruturante do APL de Confecções de Salvador e Feira de Santana. O Projeto Estruturante foi co-financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e contou com o apoio da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secti), Sebrae, IEL e SENAI. Já o evento, teve a realização do Sebrae e Sindvest em parceria com o SENAI, SENAC e Unifacs, com patrocínio do Shopping Barra. O BMD 2010 atingiu a marca de mais de 1.800 visitantes nos três dias de evento, com a participação de 20 empresas expondo seus produtos durante a Rodada de Negócios, além da realização de desfiles de empresas baianas e da exposição dos Novos Talentos. A segunda edição do Bahia Moda Design, realizada em 2012, teve a realização do Senac, SENAI e Sebrae e Sindvest Salvador e Feira de Santana com o apoio do Banco do Nordeste. Com um formato reduzido, foi realizado na Casa do Comércio, em dois dias, com a produção de quatro desfiles, sendo dois em cada dia, realização de duas palestras e exposição de um espaço com editorial de moda com empresas sindicalizadas de Salvador e Feira de Santana. Em 2013, o Bahia Moda abriu as portas para novas empresas do segmento de moda baiana mostrarem o seu potencial competitivo frente à forte concorrência do mercado asiático e de outras regiões do país, com atividades integradas, seguindo a proposta da Arena Fonte Nova (onde foi realizado) de forma que o público pudesse interagir e participar efetivamente do evento em toda a sua programação.

Representantes das instituições parceiras na abertura do evento

personalizadas, sites de fácil navegação e compras e embalagens caprichadas. Herchcovitch contou um pouco a sua trajetória de mais de 20 anos na moda, enfatizando a necessidade de se aprender o "fazer" antes de pensar em lançar uma marca. "Há uma glamourização da profissão do estilista. As pessoas acham que basta saber desenhar ou fazer uma graduação para ficar famoso em pouco tempo. Isto é uma ficção", afirmou. O estilista, que atualmente lança mais de mil produtos licenciados/ano, acredita que a moda feita na Bahia pode ter elementos regionais sem cair no folclore. "Quem está começando deve pensar em fazer roupas que o mundo inteiro possa vestir", opinou. Os participantes do BMD 2014 também puderam participar do estudo antropométrico realizado pelo Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (Senai/Cetiqt), que está traçando um diagnóstico completo do corpo do brasileiro. O público foi “mapeado” pelo Body Scanner, um aparelho que tira mais de cem medidas corporais. Em uma cabine, sensores luminosos e câmeras são disparados. Em apenas 60 segundos, o equipamento capta as medidas e as registra num computador, formando imagens. As dimensões registradas integram a pesquisa, cujo objetivo é desenvolver tabelas de padrões para dar mais precisão à cadeia Têxtil e de Confecção no desenvolvimento de produtos e, assim, atender melhor o usuário final, respeitando características regionais. [bi]

Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

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Bahia Indústria


conselhos

Coema discute gestão marinha e Lei de Resíduos

O Comitê de Petróleo e Gás representou a Federação das Indústrias do Estado da Bahia na Rio Oil & Gas, da qual participou com o Governo do Estado da Bahia, Sebrae, Redepetro e Enseada Indústria Naval. Durante o evento, foram realizados atendimento técnico especializado e prospecção de negócios. A Rio Oil & Gas, o mais importante evento da cadeia do país, que aconteceu no Rio de Janeiro, entre 15 e 18 de setembro, é realizada a cada dois anos. Esta edição teve como tema O Novo Cenário Geopolítico: Superando os Desafios. A Bahia, que atualmente tem uma produção de R$ 4,5 bilhões por ano de gás e petróleo, tem um montante de R$ 20 bilhões em investimentos previstos para exploração e produção, até 2022, daí a importância de participar de eventos como este.

Roberto Abreu/Coperphoto/Sistema FIEB

Rio Oil & Gas aponta os desafios da indústria naval

Shelley Carneiro destacou a importância da defesa de interesses

Com o objetivo de mobilizar as empresas da Bahia para discutir os gargalos da Legislação Ambiental, que impede o crescimento da indústria, foi realizada, no dia 19 de setembro, na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), reunião do Conselho Regional de Meio Ambiente. Organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o encontro reuniu representantes de federações de nove estados do Nordeste. Sob o comando do gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Shelley Carneiro, a 14ª reunião do Conselho Temático de Meio Ambiente (Coema) discutiu a gestão marinha da costa brasileira para exploração da indústria de pescado e a nova Lei de Resíduos Sólidos.

CRT defende diálogo nas negociações coletivas O Conselho de Relações Trabalhistas (CRT) da FIEB reuniu especialistas e empresários, no dia 4 de setembro, para o seminário Negociações Coletivas de Trabalho. O consultor em Relações do Trabalho da CNI, Marcelo Lomelino, falou da necessidade de se transformar o cenário atual, em que boa parte das negociações são “entregues” à representação sindical e, nem sempre, agradam as partes. O especialista defende o diálogo direto com os funcionários. O coordenador do CRT, Homero Arandas, pontuou que as leis trabalhistas não acompanharam as mudanças do mundo do trabalho no Brasil, daí a relevância das negociações coletivas. Em um segundo momento do seminário, empresários industriais que integram o Conselho de Relações Trabalhistas da FIEB apresentaram dados sobre as últimas negociações coletivas nos segmentos da Construção Civil, Têxteis; Metalúrgicos/Automotivos; Metalúrgicos de Feira de Santana; Químico e Petroquímico.

Angelo Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

Homero Arandas e Lomelino, em evento do CRT

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FIEB vai investir R$ 20 milhões em unidade em Juazeiro Equipamento vai funcionar no Distrito Industrial de São Francisco e vai reunir os serviços oferecidos por SESI, SENAI, IEL e CIEB Por marta erhardt

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Sistema FIEB vai investir R$ 20 milhões na construção de uma unidade integrada, no município de Juazeiro, para atender demandas das indústrias da região Norte do estado. O anúncio foi feito pelo presidente da instituição, Carlos Gilberto Farias, durante encontro com empresários da região, no dia 4 de setembro. “Precisamos mudar o eixo de desenvolvimento da indústria na Bahia e é com esse propósito que estamos aqui”, pontuou Farias. A futura unidade integrada funcionará no Distrito Industrial de São Francisco. O superintendente de Engenharia do Sistema FIEB, Rodrigo Alves, detalhou o projeto do complexo, que vai contar com dois prédios do SESI para atendimento nas áreas de Saúde, Segurança no Trabalho e Educação. O edifício onde funcionará a área de Saúde terá 11 consultórios médicos, dois consultórios odontológicos e Raio-X. Já a estrutura voltada para os serviços de Educa-

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ção terá 9 salas de aula e 4 laboratórios, além de ginásio esportivo. A unidade integrada também vai contar com um prédio do SENAI, que vai prestar atendimento na área de educação profissional. A estrutura terá 11 salas de aula, 7 laboratórios e galpão para cursos práticos. O empreendimento conta, ainda, com portaria, central de utilidades e central de resíduos, além do clube do SESI, que será requalificado. De acordo com Alves, a obra será licitada até o final de 2014 e

O programa capitaneado pelo Sistema FIEB tem como objetivo tornar a região mais atrativa para novos empreendimentos Edival Passos, superintendente do Sebrae

tem início previsto para o primeiro semestre de 2015. O prazo de execução é de 15 meses. A nova unidade vai reforçar a atuação das casas que integram o Sistema FIEB na região. SESI, SENAI e IEL oferecem serviços de educação e qualificação profissional, capacitação empresarial, apoio à inovação e saúde/segurança do trabalhador. O superintendente do Sebrae, Edival Passos, destacou a parceria da instituição com o Sistema FIEB no apoio às micro, pequenas e médias empresas, especialmente no interior do estado. “O programa capitaneado pelo Sistema FIEB também tem como objetivo tornar a região mais atrativa para novos empreendimentos”, ressaltou. O prefeito de Juazeiro, Isaac Carvalho, avaliou que a unidade integrada chega em um momento importante para a cidade. “Estamos passando por uma nova fase de desenvolvimento e precisamos avançar, agregar valor ao agronegócio e atrair novos investimentos”, disse.

Carlos Gilberto Farias (C) confere projeto da unidade integrada da região norte


Ivan Cruz/Coperphoto/Sistema FIEB

Seminário discute desenvolvimento industrial Até 2017 a região Norte da Bahia terá investimentos privados da ordem de R$ 1,9 bilhão em segmentos industriais como Mineração, Energia e Alimentos, segundo dados da Secretaria da Indústria Comércio e Mineração (SICM) de julho este ano. O desenvolvimento industrial da região foi discutido no workshop A Indústria na Região Norte da Bahia, realizado em Juazeiro. A iniciativa do Sistema FIEB, em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Jua-

zeiro, a prefeitura municipal e a Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Juazeiro (Aciaj) reuniu empresários da região para debater as perspectivas e desafios para o crescimento industrial. “Estamos levantando as demandas da região, para perceber as necessidades e contribuir para o desenvolvimento da indústria, fazendo com que a economia cresça”, ressaltou o vice-presidente da FIEB, Edison Nogueira, destacando que a iniciativa também teve como objetivo estreitar os laços com os empresários locais.

Perspectivas e desafios O analista da Superintendência de Desenvolvimento Industrial (SDI), Carlos Danilo Almeida, traçou um cenário da indústria e destacou o grau de escolaridade como um dos desafios a serem en-

frentados. Ele apresentou dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE/RAIS), que apontam que 1,3% dos trabalhadores da indústria da região são analfabetos, 13,4% têm até o fundamental incompleto e 5,9% têm o fundamental completo. Melhorias de infraestrutura também foram apontadas como fundamentais para o crescimento da indústria no norte baiano. A necessidade de um aeroporto regional, melhorias no distrito industrial e o desassoreamento da hidrovia do São Francisco foram alguns dos pontos discutidos no evento. [bi]

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indicadores  Números da Indústria

Queda na produção só é superada por São Paulo Em agosto, a taxa anualizada da produção industrial apresentou retração de 3,5% na BA; só SP registrou queda maior, de 3,6%

A

taxa anualizada da produção física da indústria de transformação da Bahia apresentou, em agosto de 2014, queda de 3,5%, superior à registrada em julho de 2014 (-2,3%). No ranking dos 14 estados que participam da Pesquisa Industrial Mensal da Produção Física-Reformulada*, seis estados apresentaram desempenho positivo: Amazonas (4,8%), Mato Grosso (4,3%), Goiás (3,4%), Ceará (2,2%), Pará (2,1%) e Pernambuco

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(1,2%). Os outros oito estados registraram resultados negativos: São Paulo (-3,6%), Bahia (-3,5%), Minas Gerais (-3,2%) Rio de Janeiro (-3,0%), Paraná (-2,3%), Espírito Santo (-2,0%), Rio Grande do Sul (-1%) e Santa Catarina (-0,8%). Na Bahia, dos 11 segmentos pesquisados, apenas quatro apresentaram resultados positivos: Bebidas (5,6%); Refino de Petróleo e Biocombustíveis (5,6%); Minerais Não Metálicos (0,5%) e Alimentos (0,3%). O segmento de Borracha

e Plástico permaneceu estável. Por outro lado, apresentaram retração os segmentos de Veículos Automotores (-31%); Equipamentos de Informática (-28,5%); Couro e Calçados (-5,6%); Metalurgia (-2,8%); Celulose e Papel (-2,1%) e Produtos Químicos (-0,3%). Na comparação de agosto de 2014 com igual mês do ano anterior, a produção física da indústria de transformação baiana apresentou queda de 10,4%. Quatro dos 11 segmentos pesquisados apresentaram resultados positivos: Produtos Químicos (12,2%, maior produção de polietileno de alta densidade, amoníaco, etileno não-saturado, soda cáustica, ureia e xilenos); Celulose e Papel (5,1%); Couro e Calçados (2,1%) e Refino de Petróleo e Biocombustíveis (0,6%). Apresentaram retração os segmentos: Veículos Automotores (-69%, com redução na produção em mais de 80% dos produtos investigados no segmento, com destaque para a menor fabricação de automóveis), Equipamentos de Informática (-44,6%, recuo na produção de computadores pessoais de mesa e computadores pessoais portáteis); Metalurgia (-12,7%, devido à redução da produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de vergalhões de aço); Alimentos (-8,9%, com queda na produção de farinha de trigo, manteiga de cacau, cacau ou chocolate em pó, pasta de cacau e de leite em pó); Bebidas (-8%); Minerais não Metálicos (-6,2%) e Borracha e Plástico (-4,1%) Tendo em conta o acumulado dos primeiros oito meses deste ano, em comparação a igual período de 2013, verifica-se uma queda de 5,9% na produção da indústria de transformação baiana. Tal desempenho foi determinado pelo resultado dos seguintes segmentos: Equipamentos de Informática (-40,5%, menor produção de computadores pessoais de mesa e também de portáteis - laptops, notebook, handhelds, tablets e semelhantes); Veículos Automotores (-40,1%, menor fabricação de automóveis); Couro e Calçados (-6,9%, queda na produção de tênis de material sinté-


tico e calçado de plástico moldado de uso feminino); Metalurgia (-5,5%, menor produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre); Minerais não Metálicos (-3,4%); Celulose e Papel (-1,1%) e Borracha e Plástico (-0,4%). Por outro lado, houve expansão da produção nos segmentos de: Bebidas (9,7%, aumento na fabricação de cervejas e chope); Produtos Químicos (3,5%, devido a maior produção de ureia, amônia, polietileno de alta densidade; misturas de alquilbenzenos ou de alquilnaftalenos e hidróxido de sódio); Refino de Petróleo e Biocombustíveis (2,8%, com maior produção de óleo diesel, óleos combustíveis e gasolina automotiva) e Alimentos (0,4%). De modo geral, os segmentos industriais brasileiro e baiano enfrentam um ano de grande dificuldade com o desaquecimento dos mercados interno e externo. Do ponto de vista estadual, o desempenho negativo da indústria reflete: (i) a enorme queda do segmento de Automóveis (responsável por 8,3% do VTI industrial, em 2012), por conta do mercado nacional desaquecido, que gerou inclusive a necessidade de se promover férias coletivas para ajuste dos estoques, além do mercado externo em crise, especialmente na Argentina, principal importador dos veículos brasileiros; (ii) Metalurgia (responsável por 4,2% do VTI industrial, em 2012), que enfrenta dificuldades com a queda dos preços internacionais e o aumento dos custos com a energia; (iii) segmento de Couro e Calçados (responsável por 3,0% do VTI industrial, em 2012), que registra resultados negativos em virtude do crescimento dos custos locais de produção e o aumento da concorrência com os importados. [bi]

bahia: pim-pf de agosto de 2014

Variação (%)

Setores ago14/ago13 Jan-ago14/ set13-ago14/ Jan-ago13 set12-ago13

Indústria de Transformação Refino de petróleo e biocombustíveis Produtos químicos Veículos automotores Alimentos

-10,4

-5,9

0,6

2,8

-3,5 5,6

12,2

3,5

-0,3

-69,0

-40,1

-31,0

-8,9 0,4 0,3

Celulose e papel Borracha e plástico Metalurgia

5,1

-1,1

-2,1

-4,1

-0,4

0,0

-12,7 -5,5 -2,8

Couro e Calçados Minerais não metálicos Equipamentos de Informática Bebidas

2,1

-6,9

-6,2

-3,4

-5,6 0,5

-44,6

-40,5

-28,5

-8,0 9,7 5,6

Extrativa Mineral

-0,1

4,1

3,2

Fonte IBGE; elaboração Fieb/SDI

* A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por, pelo menos, 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.

BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2012 - 2014) 125 120 115 110

2014 2013

105 100 95 90

2012

85

DEZ

NOV

OUT

SET

AGO

JUL

JUN

MAI

ABR

MAR

FEV

JAN

80

Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)

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FIEB premia práticas sustentáveis 11º Prêmio FIEB de Desempenho Socioambiental destacou projetos de tratamento de resíduos sólidos

Sou e quero ser um fornecedor verde. Este prêmio é um estímulo, tira o paradigma de que só as médias e grandes empresas têm compromisso com o meio ambiente”, ressalta o vencedor na categoria Micro e Pequenas Empresas, o empresário Hari Hartmann, diretor da Camisas Polo Indústria Comércio e Serviços Ltda. A empresa de confecções teve um conjunto de boas práticas de sustentabilidade reconhecido no 11º Prêmio FIEB de Desempenho Socioambiental, entre elas, a redução no gasto de água e energia, utilização de materiais recicláveis na produção de camisas e embalagens, além do incentivo ao uso de bicicletas no transporte de seus funcionários. Um exemplo para a indústria baiana. Valorizar as empresas baianas que se destacam na promoção de atividades que utilizam menos recursos naturais no processo produtivo, proporcionando o aumento da produtividade e da competitividade, com menos impacto negativo no meio ambiente é justamente o objetivo do prêmio, cujos vencedores foram conhecidos no dia 18 de setembro, em cerimônia realizada na sede da Federação. Nesta edição, micro, pequenas, médias e grandes empresas baianas foram estimuladas a apresentar projetos sobre a temática “Resíduos Sólidos: como tratar o descarte de pneus, pilhas, plásticos e outros objetos de uso comum”, conforme previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos. As empresas contempladas foram: Sindicato da 28  Bahia Indústria

Indústria da Construção do Estado da Bahia, na categoria Tecnologias Limpas; Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), na modalidade Programas Socioambientais; SWD Ind. de Plástico e Derivados - Refran, na categoria Práticas Sustentáveis Extensivas à Cadeia de Valor; e Camisas Polo Indústria, Comércio e Serviços Ltda., na categoria Micro e Pequenas Empresas.

incentivo “O prêmio traz um estímulo para que as práticas aqui destacadas sirvam de exemplo e incentivo para outras empresas”, destacou o 1º vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, Antônio Ricardo Alban, que também ressaltou a atuação do Sistema FIEB com ações de mobilização empresarial que estimulam uma postura protagonista por parte da indústria. O 11º Prêmio FIEB de Desempenho Socioambiental é uma ação conjunta dos Conselhos de Meio

Ambiente (Comam) e de Responsabilidade Social (Cores) da FIEB. “Esse trabalho em conjunto é importante na busca da sustentabilidade. O prêmio é importante, pois indica caminhos vitoriosos e inspira atuações semelhantes”, pontuou o coordenador do Comam, Jorge Cajazeira. O evento contou com a presença do secretário estadual do Meio Ambiente, Eugênio Spengler. “O sucesso obtido pelas empresas vencedoras contribui para que todos os setores identifiquem alternativas para melhorar suas práticas, seja pela adoção de novas tecnologias, seja pela redução de desperdício”, frisou. Também participaram o gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Shelley Carneiro e o representante do Ministério do Meio Ambiente, Ariel Pares. Na oportunidade, também foi realizado o Seminário Produção e Consumo Sustentáveis, que debateu temas como produção mais limpa com eficiência de recursos;

Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

Por Marta Erhardt e carolina mendonça


Hari Hartmann, diretor da Camisas Polo, empresa vencedora na categoria Micro e Pequenas Empresas

quem ganhou Confira a lista dos vencedores do Prêmio FIEB de Desempenho Ambiental Tecnologias Limpas Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia Projeto: Gestão Sustentável de Água e Energia Programas Socioambientais Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) Projeto: Energia com Cidadania Práticas Sustentáveis Extensivas à Cadeia de Valor Swd Ind. de Plásticos e Derivados LTDA - Refran Projeto: Reaproveitamento Sustentável Micro e Pequenas Empresas Camisas Polo Indústria Comércio e Serviços Ltda. Projeto: Boas Práticas de Sustentabilidade na MPE do Vestuário

construções sustentáveis; resíduos sólidos e logística reversa. “O tema produção e consumo sustentável é bastante abrangente e envolve desde o produtor até o cliente, o consumidor. O desafio é conseguir discutir esses problemas de uma forma mais horizontal”, explicou o gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Shelley Carneiro. O seminário, realizado na Bahia pela FIEB, em parceria com o Instituto Cidade Sustentável (ICS), contou com o apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O gerente da CNI explicou que, além da Bahia, a temática já foi debatida no Rio Grande do Sul e em Brasília. Até o final do ano, iniciativas semelhantes serão realizadas em Minas Gerais e no Amazonas. [bi] Bahia Indústria  29


painel Empresários conhecem inovações do fisco Resultado de parceria entre a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e outras entidades de classe com a Secretaria da Fazenda do Estado, foram realizados dois seminários, no mês de setembro, com o objetivo de atualizar os empresários e profissionais sobre as novas medidas nas áreas fiscal e contábil. O primeiro seminário foi realizado em Salvador, no dia 15 de setembro, e teve como alvo as empresas industriais que utilizam a Escrituração Fiscal Digital (EFD). Foram apresentadas duas novas obrigações relacionadas a essa área: o Registro de Controle da Produção e Estoque (RCPE), conhecido como Bloco "K", que entrará em vigor em 2016; e a portaria 196/14, publicada pela Secretaria da Fazenda da Bahia (Sefaz-Ba), que regulamenta as informações sobre incentivos fiscais na EFD. No dia 18 de setembro, o evento ocorreu em Feira de Santana e reuniu cerca de 300 participantes.

Divulgação/Lapp Group

Executivos e James Correia, na inauguração da Lapp Group

Empresa alemã Lapp Group investe R$ 50 milhões em unidade na Bahia A multinacional alemã, Lapp Group, líder mundial no fornecimento de cabos, fios, acessórios, conectores industriais e tecnologias relacionadas, inaugurou, no dia 24 de outubro, no Polo Industrial de Camaçari, a primeira fábrica do grupo na América do Sul e a 18ª unidade de produção. A companhia investiu R$ 50 milhões no estado e pretende ampliar ainda mais os investimentos. A inauguração contou com a presença do Secretário da Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia, James Correia, do prefeito de Camaçari, Ademar Delgado das Chagas e de representantes de classes empresariais. O vice-presidente Edison Virgínio Nogueira representou o presidente da FIEB, Carlos Gilberto Farias, na solenidade de inauguração.

SENAI Cimatec terá centro independente de design da Intel A Intel anunciou que o SENAI Cimatec terá um dos dois primeiros centros independentes de design no Brasil. O outro centro será o Instituto de Pesquisas Eldorado, com unidades no Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul. A criação de um programa para capacitação dos centros independentes de design faz parte do plano de investimento de R$ 300 milhões para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias em áreas de interesse nacional, anunciado no início de 2013. A intenção da iniciativa é inserir o Brasil no mapa de produção de designs de referência de dispositivos de computação pessoal, já que o domínio deste mercado é essencialmente dos países asiáticos, que desenvolvem mais de 95 % desses designs. A Intel também pretende auxiliar na evolução dos ecossistemas locais.

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IEL realiza feiras de estágio no estado Promovido pelo Fórum de Estágio da Bahia, em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), foram realizadas ao longo do mês de setembro, feiras e workshops de estágio em Ilhéus, Itabuna, Vitória da Conquista e Feira de Santana. O evento teve como objetivo promover no interior a cultura de estágio de qualidade, ações interativas e preparação do jovem para o mercado de trabalho, estabelecendo uma aproximação entre as instituições de ensino, estudantes e empresários. Os eventos contaram com a presença de mais de dois mil estudantes e estagiários, além de instituições parceiras do IEL. Nos workshops foram apresentados cases de sucesso com a participação de estagiários, que apresentaram os projetos implantados por eles nas empresas.

Conexão Jovem forma novas turmas O Projeto Conexão Jovem concluiu a formação das novas turmas dos cursos de capacitação em Manutenção de Microcomputadores e Formação de Liderança, com a certificação de jovens da região de Candeias. O projeto é realizado pela Unidade de Responsabilidade Social do SESI, em parceria com a DOW Brasil.


marcelo gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

Vitória da Conquista sedia I Fórum Empresarial Representantes de empresas de diversos segmentos do sudoeste baiano participaram do primeiro encontro do Fórum Empresarial do Sudoeste, realizado no Instituto Baiano de Educação e Negócios (IBEN/FGV), em Vitória da Conquista, no dia 16 de setembro. O objetivo da reunião foi estruturar a criação do fórum para debater permanentemente temas relevantes que impactam nas empresas da região, especialmente nas indústrias, e elaborar propostas que contribuam para a melhoria da competitividade. Com reuniões bimensais, o Fórum também será um espaço para a troca de experiências entre os empresários da região.

Josiene mostra cupcakes com aveia, distribuídos no lançamento do Cozinha Brasil Turminha

Cozinha Brasil Turminha ensina crianças a se alimentar bem O Programa Cozinha Brasil está oferecendo mais uma ação na Bahia, o Cozinha Brasil Turminha. A iniciativa visa estimular crianças de 6 a 14 anos a adotar uma alimentação saudável. Sob a coordenação de Josiene Santana e o apoio da nutricionista Tatiana Fernandes, os estudantes aprendem a preparar alimentos como o suco da horta (maracujá com abóbora) e um cupcake de chocolate e aveia. O objetivo é mostrar que a alimentação pode ser mais nutritiva e ao mesmo tempo ter sabor e aparência que agradam as crianças. Josiene diz que a proposta é despertar os mais jovens para adotar hábitos saudáveis na alimentação, tudo isso trabalhando de forma lúdica. O Cozinha Brasil Turminha, que está em busca de parceiros para levar a iniciativa para as comunidades, vai começar as atividades pelas escolas do SESI de Salvador e Região Metropolitana. Marcelo Gandra / Coperphoto / Sistema FIEB

Nigéria e Bahia reforçam laços comerciais Representantes da Embaixada da Nigéria no Brasil e do Centro de Negócios Nigéria-Brasil participaram, no dia 17 de setembro, na Federação das Indústrias do Estado da Bahia, de um encontro com dirigentes da casa, empresários e estudantes. O objetivo foi apresentar as oportunidades de negócios e investimentos no país africano. A primeirasecretária da Embaixada da Nigéria no Brasil, Rosemary E. Oseyi-Okosodo, acompanhada do presidente do Centro de Negócios Nigéria-Brasil, Olúségum Michael Akinruli, lembraram que a Nigéria é uma das economias que mais crescem no continente africano e oferece possibilidades de investimentos em áreas como infraestrutura, indústrias e preparação de mão de obra.

Representantes da Nigéria, ao lado de Gantois e Rossi

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jurídico

Arbitragem como meio de solução alternativa das lides Por leandro mendonça

A arbitragem é uma modalidade extrajudicial de resolução de conflito através de um árbitro escolhido pelas partes envolvidas numa situação de discordância de direitos patrimoniais disponíveis. Em suma, consiste em um procedimento no qual as partes estabelecem as regras de direito a serem aplicadas, regido pela Lei 9.307/96. Há que se observar a definição do que pode ser objeto de arbitragem. A Lei refere-se exclusivamente a “direitos patrimoniais disponíveis”, que são aqueles que podem ser objeto de transação, a exemplo de controvérsias referentes a pagamentos, obrigações assumidas, multas, indenizações, dentre outras. Entretanto, determinados direitos são sensíveis, a ponto de poderem ser considerados como verdadeiras exceções, a exemplo de pedido de anulação de título de patente e outras questões revestidas de interesse público, tais como, impostos, questões previdenciárias, delitos criminais, dentre outras. A arbitragem deve ser instituída por cláusula compromissória, contida no contrato firmado entre as partes, ou por documento apartado com referência ao instrumento contratual pactuado, restando expressa a submissão às regras de órgão arbitral institucional ou entidade especializada designada para tal finalidade. Como instituto de garantia da 32  Bahia Indústria

lisura e da segurança do procedimento, está previsto no art. 17 da lei suso mencionada, que “os árbitros, quando no exercício de suas funções ou em razão delas, ficam equiparados aos funcionários públicos, para os efeitos da legislação penal”. Ademais, por força do art. 18 da mesma Lei, o árbitro deve ser considerado juiz de fato e de direito, cuja sentença exarada não estará sujeita a recurso, nem mesmo dependerá de homologação pelo Poder Judiciário, possuindo caráter de título executivo judicial, conforme preceitua o art. 475-N do Código de Processo Civil. Segundo dados divulgados recentemente pelo Conselho Nacional de Justiça, há 95,14 milhões de processos em trâmite no país. O judiciário está no limite de sua produtividade, de modo que não consegue acompanhar o crescente número de novos casos, refletindo no tempo de conclusão de cada ação, que, dependendo da complexidade, pode durar mais de 10 anos. Diante desse contexto, resta evidente que uma possível saída para evitar esse sistema vagaroso e dispendioso é a adoção de método alternativo de resolução de conflitos pelas empresas. Conclui-se por dizer que a utilização da arbitragem deve ser estimulada, por representar um meio de solução mais célere e eficiente dos litígios, sendo inclusive um instrumento de resgate do poder de decisão para as partes, além de servir como verdadeiro auxiliar do Poder Judiciário.

Grandes geradores de resíduos sólidos Foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) do dia 15 de setembro de 2014, o Decreto nº 25.316 que regulamentou os parágrafos 4º e 6º do art. 160 da Lei 7.186/2006 (Código Tributário e de Rendas do Município de Salvador CTRMS) determinando, dentre outros pontos, que os Grandes Geradores de Resíduos Sólidos deverão assumir a responsabilidade pela coleta, transporte, tratamento e destinação dos respectivos resíduos sólidos e disposição final dos rejeitos por eles produzidos, atribuindo-lhes, ainda, a obrigatoriedade de realizar seu cadastramento na sede da Limpurb.

Nova regulamentação do Simples

Leandro Mendonça integra a equipe da Gerência Jurídica FIEB

A Resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) nº 115, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 8 de setembro de 2014, alterou a Resolução CGSN nº 94/2011, que trata sobre o Simples Nacional, regulamentando as novas disposições trazidas pela Lei Complementar nº 147/2014, recentemente publicada, e que, por sua vez, alterou a Lei Complementar nº 123, de 15 de dezembro de 2006, a qual instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa - ME e da Empresa de Pequeno Porte - EPP.


ideias

Competitividade: o debate em torno do Programa de Desenvolvimento Industrial Por Armando Mendoza Yañez

O desafio da competitividade e da internacionalização de micro, pequenas e médias empresas industriais em um mercado dinâmico e globalizado requer aprofundar o debate sobre a competitividade industrial do estado e do Nordeste. Competitividade está interconectada à utilização eficaz de recursos econômicos, materiais e humanos. Melhorar permanentemente a competitividade industrial pode ser o grande desafio para um crescimento econômico-social saudável. O mercado mundial oferece oportunidades para empresas de diversos setores e tamanhos que são capazes de compreender as mudanças, tendências de consumo, para oferecer a cada cliente o que ele demanda especificamente. O Estado tem um papel central na competitividade, sendo uma de suas tarefas fundamentais manter um ambiente macroeconômico estável, infraestrutura, simplificação tributária, distribuição da riqueza, programas de apoio social, educação e saúde. O papel das empresas é minimizar as possibilidades de insucesso; desenvolver experiências piloto; identificar oportunidades; avaliar condições de mercado; identificar possíveis clientes e lançar mão das ferramentas de marketing. Outro ponto é a necessidade de capacitação continuada. Estar atualizado em ferramentas de ges-

tão, assumir a qualidade como um processo contínuo, conhecer estratégias empresariais, identificar possibilidades de alianças estratégicas para sobreviver e crescer são alguns dos focos para os empresários buscarem se capacitar e desenvolver habilidades. Acredito que o Programa de Desenvolvimento Industrial (PDI) da FIEB/SEBRAE pode levar a uma importante reflexão sobre o futuro da indústria em nosso estado. Primeiro entendo necessário um eixo principal em torno do conceito de competitividade, porque ela é o motor das transformações e dos ajustes necessários para manter e incrementar vantagens sustentáveis para concorrer em mercados dinâmicos e globalizados, mesmo atuando localmente. A segunda questão é situar inequivocamente o espaço geográfico do problema. As mudanças tecnológicas, econômicas, políticas transformaram de tal maneira o emaranhado industrial que a localização e o nível de especialização das empresas vêm determinado cada vez mais por variáveis regionais. O futuro da indústria baiana poderá estar atrelada ao Nordeste. A terceira consideração é que não podemos esquecer o encurtamento dos ciclos de vida de produtos, induzido pelo desenvolvimento e explosão tecnológica que está motivando cada vez mais a especialização em tecnologias e a diversificação de produtos, evitando nosso foco excessivo na perspectiva de liderança de custos

Competitividade está interconectada à utilização eficaz de recursos econômicos, materiais e humanos. Melhorar a competitividade industrial pode ser o grande desafio para um crescimento saudável

Armando Mendoza Yañez é Consultor FIEB/ Sebrae

incompatível com nossas escalas industriais. Intensificar investimentos em ativos intangíveis, em implementação de sistemas de informação e gestão e dinamizar os modelos de qualidade devem estar no centro das soluções e projetos de desenvolvimento industrial. É importante, também, ter presente que o protagonismo da competitividade deve recair principalmente sobre empresários e trabalhadores. Por último, devemos entender que o objeto do debate não pode reduzir-se à problemática de nosso futuro industrial a partir exclusivamente de questões tecnológicas, jurídicas e de mercado, que são questões importantes. Mas devemos refletir também sobre problema de ordem cultural, cooperação, liderança, comprometimento, por trás das quais muitas vezes se escondem deficiências que podem estar na raiz de todos nossos problemas e dos desafios de desenvolvimento para nossa indústria, particularmente de micro e pequena indústria. [bi] Bahia Indústria  33


leitura&entretenimento Sal Marinho/Divulgação

exposição Leminski revivido Uma imersão multimediática nas mais diversas facetas de Paulo Leminski é o que propõe a exposição Múltiplo Leminski, em cartaz na Caixa Cultural, em Salvador. O poeta, músico, compositor, romancista, tradutor e ensaísta, judoca e publicitário se revelam em fragmentos do acervo do artista, espalhados pelos dois andares do prédio dedicado à mostra em que a interatividade é uma das marcas. Cerca de mil objetos, entre fotos, livros, pinturas, poesias, vídeos e filmes compõem um mosaico de possibilidades da personalidade do artista que, ao lado dos Novos Baianos, construiu uma página especial da música brasileira dos anos 1980.

Não perca Caixa Cultural, ter a dom, 9 às 18h. Até 7.12. Rua Carlos Gomes, nº 20 – Centro. Gratuito. Informações: (71) 3421-4200 Roberto Abreu/Coperphoto/Sistema FIEB

Franz Post brasileiro O mineiro Pedro Guedes apresenta em Salvador a exposição Múltiplos Olhares, inspirada na obra do artista holandês Franz Post, que em visita ao Brasil Colonial, no século 17, numa expedição com a comitiva de Mauricio de Nassau, retratou em suas telas o Nordeste brasileiro. Guedes faz uma releitura das paisagens de Post em 20 telas, produzindo, a partir de interferências surrealistas ou do hiperrealismo, uma nova interpretação para os desenhos clássicos do autor holandês. As obras são apresentadas em técnicas como óleo sobre linho sobre madeira originária dos pintores flamengos do século 15, misturando hiperrealismo com detalhes da técnica francesa trompe l'oeil, que proporciona truques de perspectiva nas telas. Não perca Centro Cultural Correios, seg a sex, 10h às 18h. Até 02.11. Largo do Cruzeiro de São Francisco, nº 20. Gratuito. Informações: (71) 3321-6665

livros

Os Inovadores - Uma Biografia da Revolução Digital Walter Isaacson Livraria Cultura, 415 p., 2014 R$ 57

34 Bahia Indústria

Cabeças inovadoras

Globalização em pauta

Walter Isaacson traz em seu novo livro a história das cabeças inovadoras que criaram o computador e a internet. Saltos criativos, obstáculos, empreendedorismo e ideias visionárias, tudo é debatido com cuidado. Tim Berners-Lee, o criador da web, e Larry Page e Sergey Brinn, os fundadores do Google, fazem parte dos personagens estudados pelo autor. Bill Gates e Steve Jobs são retratados, por exemplo, a partir da guerra travada pelos dois durante anos.

Em nove artigos, escritos por nomes como Edgard Morin, Peter Sloterdijk e Michel Rocard, que integram o Collegium International, o livro traz um apelo sobre a necessidade de que o mundo tome outros rumos e que a globalização deve se guiar por práticas, valores e ideias que não a desumanizem, nem a façam instrumento de mais desigualdade. O documento diz que, diante da crise financeira, institucional, moral e ecológica, é preciso reafirmar os laços entre os países.

O mundo não tem mais tempo a perder Vários autores - Le Collegium International Civilização Brasileira,144 p., 2014 R$ 25,90


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Bahia Indústria  35



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