Revista Bahia Indústria - Agosto/Setembro/Outubro 2012- Ano XIX Nº 222

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Bahia Federação das Indústrias do Estado da Bahia Sistema FIEB

Economia sustentável Sistema FIEB reconhece experiências bem sucedidas no Prêmio de Desempenho Ambiental 2012

ISSN 1679-2645

Ano XVIII nº 222 ago/set/out 2012


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E S C O L H A

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M O D A L I D A D E

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P A R T I C I P E .

FUTEBOL DE SETE MASTER

FUTSAL

NATAÇÃO

VÔLEI

XADREZ

FUTEBOL

ATLETISMO

TÊNIS

TÊNIS DE MESA

VÔLEI DE PRAIA

2  Bahia Indústria


EDITORIAL

Sustentabilidade e comprometimento ambiental A questão ambiental há muito deixou de ser mera coadjuvante na rotina e prática das empresas industriais para se tornar atividade-fim, quando não faz parte de todo o processo produtivo visando a economia de recursos naturais e/ou o gerenciamento dos resíduos. Para enfrentar estes problemas, as indústrias colocam em prática ações de gerenciamento ambiental e de responsabilidade social com o propósito de transformar rotinas ou gerar valores, visando um comportamento mais conservacionista de seus colaboradores. O Sistema FIEB, atento a esta necessidade de repensar a equação entre prática produtiva e redução das emissões de resíduos tóxicos, implantou o Prêmio de Desempenho Ambiental, que este ano completou 10 anos. Na edição de 2012, quatro iniciativas de grandes empresas foram premiadas dentro do tema Economia Verde – Braskem, Deten, Veracel e Coelba – e uma pequena empresa – a Salve Terra –, que produz usando material reciclado. Os prêmios foram entregues no dia 16 de agosto e mostraram que existe espaço para a produção de bens e serviços ambientais de baixo impacto. Da mesma forma, as iniciativas premiadas demonstram uma preocupação em semear a conscientização ambiental, seja no ambiente corporativo ou nas comunidades nas quais estão inseridas, por meio de iniciativas pedagógicas ou lúdicas, prova de que há vários caminhos a serem percorridos. A temática ambiental, longe de ser algo distante e alheio à realidade da indústria, passou a fazer parte das rotinas corporativas e preocupação primordial em um cenário onde a competitividade passa também pela conquista de padrões internacionais de gerenciamento das emissões e pela disseminação de uma cultura empresarial que preza pela responsabilidade de suas ações e um comprometimento com a sustentabilidade. Durante a Rio +20, realizada em junho deste ano, no Rio de Janeiro, a indústria assumiu uma postura protagonista em relação aos destinos do setor em relação à questão ambiental. O Sistema FIEB caminha alinhado com as diretrizes da indústria nacional ao assumir seu papel de estimular seus associados a se comprometerem na adoção de práticas socioambientais saudáveis por meio de ações como o Prêmio de Desempenho Ambiental, que convida as empresas industriais baianas a desenvolverem tecnologias limpas e a adotarem posturas ambientalmente responsáveis.

Ampliar a produção, gerando menor impacto ambiental, graças a um monitoramento minucioso dos processos e emissões, tem sido a tônica do setor industrial

O Sistema FIEB caminha alinhado com as diretrizes da indústria nacional ao assumir seu papel de estimular seus associados a se comprometerem na adoção de práticas socioambientais responsáveis


Unidades do Sistema FIEB Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato SESI – Serviço Social da Indústria Sede: 3343-1301

@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429

@Responsabilidade Social: (71) 3343-1490 @Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805 @Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513 @Itapagipe: (71) 3254-9930 @Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253 @Lucaia: (71) 3205-1801 @Piatã: (71) 3503 7401 @Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221 @Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081 @Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330 @Eunápolis: (73) 8822-1125 @Feira de Santana: (75) 3602 9762 @Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326 @Jequié: (73) 3526-5518 @Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133 @Valença: (75) 3641 3040 @Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Sede: 71 3343-8090

@Cimatec: (71) 3534-8090 @Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090 @Feira de Santana: (73) 3639-9302 @Ilhéus: (73) 3639-9302 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609 @Barreiras: (77) 3612-2188

IEL – Instituto Euvaldo Lodi Sede: 71 3343-1384/1328/1256 @Barreiras: (77) 3611-6136 @Camaçari: (71) 3621- 0774 @Eunápolis: (73) 3281- 7954 @Feira de Santana: (75) 3229- 9150 @Ilhéus: (73) 3639-1720 @Itabuna: 3613-5805 @Jacobina: (74) 3621-3502 @Juazeiro: (74) 3611-0155 @Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621 @Vitória da Conquista: (77) 3424-2558

CIEB - Centro das Indústrias do Estado da Bahia Sede: (71) 3343-1214 sistema fieb nas mídias sociais

4  Bahia Indústria

FIEB

CIEB

Presidente José de Freitas Mascarenhas. 1º Vice-

Diretor-Presidente José de Freitas Mascarenhas.

presidente: Victor Fernando Ollero Ventin. Vice-

Vice-Presidentes José Carlos Boulhosa Baqueiro;

presidentes Carlos Gilberto Cavalcante Farias;

Irundi Sampaio Edelweiss; Carlos Antônio Borges Cohim Silva. Diretores Titulares Clovis Torres Junior; Fernando Elias Salamoni Cassis; João de Teive e Argollo; João Ricardo Aquino; Luís Fernando Galvão de Almeida; Luiz Antunes Athayde Andrade Nery; Marconi Andraos Oliveira; Roberto Fiamenghi; Rogelio Golfarb; Ronaldo Marquez Alcântara; Diretores Suplentes Davidson de Magalhães Santos; Erwin Reis Coelho de Araujo; Givaldo Alves Sobrinho; Heitor Morais Lima; Jorge Robledo de Oliveira Chiachio; José Luiz Poças Leitão Filho; Mauricio Lassmann Diretor regional oeste Pedro Ovídio Tassi

Emmanuel Silva Maluf; Reinaldo Dantas Sampaio; Vicente Mário Visco Mattos. Diretores Titulares Alberto Cânovas Ruiz; Antonio Ricardo Alvarez Alban; André Régis Andrade; Carlos Henrique Jorge Gantois; Claudio Murilo Micheli Xavier; Eduardo Catharino Gordilho; Josair Santos Bastos; Leovegildo Oliveira De Souza; Luiz Antonio de Oliveira; Manuel Ventin Ventin; Maria Eunice de Souza Habibe; Reginaldo Rossi; Sérgio Pedreira de Oliveira Souza; Wilson Galvão Andrade. Diretores Suplentes Adalberto de Souza Coelho; Alexi Pelagio Gonçalves Portela Júnior; Carlos Alberto Matos Vieira Lima; Juan José Rosário Lorenzo; Marcos Galindo Pereira Lopes; Mário Augusto Rocha Pithon; Noêmia Pinto de Almeida Daltro; Paulo José Cintra Santos; Ricardo de Agostini Lagoeiro

SESI

Bahia

Editada pela Superintendência de Comunicação Institucional do Sistema Fieb Conselho Editorial Irundi Edelweiss, Maurício Castro, Cleber Borges e Patrícia Moreira. Coordenação editorial Cleber Borges. Editora Patrícia Moreira. reportagem Patrícia Moreira, Carolina Mendonça e Fábio Bito Teles. fotografia João Alvarez. Projeto Gráfico e Diagramação Ana Clélia Rebouças. Ilustração e Infografia Murilo Gomes.

Presidente do Conselho e Diretor Regional José

de Freitas Mascarenhas.

Impressão Stilo Gráfica e Editora

Superintendente José Wagner Fernandes

conselhos Conselho de Economia e desenvolvimento in-

SENAI

dustrial Antônio Sérgio Alípio; Conselho de

Presidente do Conselho José de Freitas

Assuntos Fiscais e Tributários Cláudio Murilo

Mascarenhas. Diretor Regional: Leone Peter Andrade

Micheli Xavier; Conselho de Comércio Exterior Reinaldo Dantas Sampaio; Conselho da Micro e Pequena Empresa Industrial Carlos Henrique Jorge Gantois; Conselho de Infraestrutura Marcos Galindo Pereira Lopes; Conselho de Meio Ambiente Irundi Sampaio Edelweiss; Comitê de Petróleo e Gás Eduardo Rappel; Conselho de inovação e Tecnologia José Luís Gonçalves de Almeida; Conselho de Responsabilidade Social Empresarial Marconi Andraos Oliveira; Conselho de Relações Trabalhistas Homero Ruben Rocha Arandas; Comitê de Portos Reinaldo Dantas Sampaio

IEL

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA Rua Edístio Pondé, 342 – Stiep, CEP.: 41770-395 / Fone: 71 3343-1280 / w w w.f ieb.or g.br/ b ahia _ indu stria_online

Presidente do Conselho e Diretor Regional

José de Freitas Mascarenhas. Superintendente Armando da Costa Neto

As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessariamente o pensamento da FIEB.

Diretor Executivo do Sistema FIEB

Alexandre Beduschi

Filiada à

Sindicatos filiados à FIEB Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado da Bahia, sindacucarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem no Estado da Bahia, sindfiacaoba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do tabaco no Estado da Bahia, sinditabaco@ fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Curtimento de Couros e Peles no Estado da Bahia,sindicouroba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário de Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Candeias, Camaçari, Dias D’ávila e Santo Amaro, sindvest@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da Indústria de Extração de Óleos Vegetais e Animais e de Produtos de Cacau e Balas no Estado da Bahia, sindioleosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Cerveja e de Bebidas em Geral no Estado da Bahia, sindcerbe@bol.com.br / Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia, sindpacel@hotmail.com / Sindicato das Indústrias do Trigo, Milho, Mandioca e de Massas Alimentícias e de Biscoitos no Estado da Bahia, sindtrigoba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Calcário, Cal e Gesso do Estado da Bahia, sindicalba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia, secretaria@sinduscon-ba.com.br / Sindicato da Indústria de Calçados, seus Componentes e Artefatos no Estado da Bahia, sindcalcadosba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado da Bahia, simmeb@uol.com.br / Sindicato das Indústrias de Cerâmica e Olaria do Estado da Bahia, sindicerba@ig.com.br / Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza em geral e Velas do Estado da Bahia, sindisaboesba@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias e Marcenarias de Salvador, Simões Filho, Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D’ávila, Sto. Antônio de Jesus, Feira de Santana e Valença, sindiscamba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Cidade do Salvador, sindpanssa@uol.com.br / Sindicato da Indústria de Produtos Químicos, Petroquímicos e Resinas Sintéticas do Estado da Bahia, sinpeq@coficpolo.com.br / Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado da Bahia, sindiplasba@ sindiplasba.org.br / Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia, sinprocimba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado da Bahia, sindbrit@svn.com.br / Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia, adm@quimbahia.com.br / Sindicato da Indústria de Mármores, Granitos e Similares do Estado da Bahia, simagranba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria Alimentar de Congelados, Sorvetes, Sucos, Concentrados e Liofilizados do Estado da Bahia, sindsucosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado da Bahia, sincarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário da Região de Feira de Santana, sindvestfeira@fbter.org.br / Sindicato da Indústria do Mobiliário do Estado da Bahia, moveba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia, sindratar@gmail.com.br / Sindicato das Indústrias de Construção Civil de Itabuna e Ilhéus, valmirsb@yahoo.com.br / Sindicato das Indústrias de Café do Estado da Bahia, sincafeba@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado da Bahia, sindileite@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares dos Municípios de Ilhéus e Itabuna, sinec@sinec.org.br / Sindicato das Indústrias de Construção de Sistemas de Telecomunicações do Estado da Bahia, anaelisabete@telenge.com.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Feira de Santana, simmefs@simmefs.com.br / Sindicato das Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado da Bahia, sindirepaba@ sindirepabahia.com.br / Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, sindipecas@sindipecas. org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia, sindcosmetic@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Artefatos de Plásticos, Borrachas, Têxteis, Produtos Médicos Hospitalares, sindiplast@gmail.com


sumário ago/set/out 2012

16 Desempenho ambiental Prêmio destaca boas iniciativas desenvolvidas pela indústria baiana para reduzir o impacto ambiental

Unidade da Deten Química, no Polo de Camaçari Foto: João Alvarez

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SESI planeja ações para repensar o futuro

Sistema FIEB amplia sua presença no interior

Institutos de Inovação

Melhores práticas

Gestores do Serviço Social da Indústria da Bahia (SESI Bahia) estão realizando seminários para repensar os serviços oferecidos à comunidade e preparar a instituição para os desafios do futuro.

O presidente do Sistema FIEB, José de Freitas Mascarenhas, lançou o Programa de Interiorização em Feira de Santana, em 21 de agosto, para ampliar a oferta de serviços oferecidos ao setor industrial.

Presidentes da CNI e de 19 federações conheceram o SENAI Cimatec.

IEL Bahia premia empresas por desenvolverem boas iniciativas de estágio.


Projetando o amanhã SESI realiza planejamento estratégico para repensar seu modelo de gestão para os próximos 15 anos em um país que sofrerá profundas transformações por patrícia moreira

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Fotos João Alvarez

sociedade se transforma a passos largos e o SESI quer estar afinado para acompanhar estas transformações no campo da educação e da qualidade de vida, sem perder de vista a sua visão e fundamentos. É por esta razão que está em curso, desde março, o programa de Planejamento Estratégico do SESI, que projeta ações para a instituição para os próximos 15 anos. De 31 de julho a 2 de agosto, o programa realizou o primeiro seminário, quando a equipe de consultores da Fundação Politécnica da Universidade Federal da Bahia (Ufba), sob a coordenação do professor e ex-reitor Naomar Almeida, que auxilia o SESI neste trabalho, apresentou o primeiro diagnóstico para a equipe de gestores. Foi o primeiro de um total de quatro encontros, que acontecem até novembro. “Ainda tem um percurso a se percorrer e entendo que é um momento importantíssimo que pode fazer com que a gente altere a velocidade da roda ou até altere

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a roda”, observou o superintendente do SESI, Wagner Fernandes. Os primeiros diagnósticos sinalizam para a necessidade de se implantar um centro de pesquisa do SESI e de firmar parcerias para dar mais capilaridade aos serviços prestados pela instituição. “Já identificamos que não temos braços nem recursos para atender todas as indústrias com serviços próprios, vamos precisar de aliados”, explica o superintendente, adiantando algumas ideias que já começam a despontar dos primeiros diagnósticos técnicos. No seminário, que reuniu como palestrantes o professor José Pastore, que falou sobre Educação Básica como fator de competitividade para a indústria e a coordenadora do Instituto Ayrton Senna, Inês Kisil Miskalo (ver entrevista), que falou sobre a experiência do Instituto com um modelo de resultados em escala, os consultores da Ufba apresentaram um amplo estudo sobre o panorama industrial, as perspectivas de mudanças de

paradigmas em termos de gestão, considerações em relação à educação e qualidade de vida. Além destas colaborações, o coordenador do Núcleo Estratégico do SENAI, Luís Breda, falou do processo de planejamento adotado pela instituição. A ideia foi mostrar como o SENAI vem trabalhando, já que a proposta é que cada vez mais as duas unidades trabalhem aliadas, em modelo de sistema, especialmente por conta da questão de qualificação e das demandas comuns às duas casas.

CENÁRIOS O I Seminário de Planejamento Estratégico – SESI 15 anos funcionou como um encontro de aglutinação, após um período de reflexão e troca de experiências, iniciado em outubro de 2011. A julgar pelos cenários apresentados pelo professor Rogério Quintella, que traçou um panorama da evolução tecno-econômica da humanidade e abordou as mudanças de paradigma que marcaram esta evolução, as lideranças do SESI têm pela frente grandes desafios.


“Pensar em escala é uma opção para otimizar recursos” Inês Kisil Miskalo, coordenadora da área de educação formal do Instituto Ayrton Senna, falou sobre as experiências bem-sucedidas da entidade na área de educação

No cenário traçado para o Brasil em 2027, ano para o qual está sendo pensado o novo formato do SESI, a realidade será bem diferente da atual. Segundo Quintella, o país deixará de ser um país de analfabetos, terá um padrão europeu de renda per capita e dois terços de sua população na classe C. No campo da produção e da gestão, ele aponta que os padrões mundiais estarão fortemente relacionados à sustentabilidade de gestão de processos. Do ponto de vista laboral, Naomar Almeida sinaliza mudanças ainda mais profundas. “Em 2027, o perfil do trabalhador na indústria será muito diferente do que é agora, mais especializado para atuar numa estrutura muito mais

flexível. Vai desaparecer a figura do industriário que orientou o modo como o sistema “S” da indústria se estruturou. Trata-se de um paradigma tecno-econômico totalmente distinto, de forma que se as instituições não se anteciparem estarão funcionando em dissonância com a realidade que a cerca”, explica Naomar Almeida. Em relação ao SESI, ele explicou que o encontro é uma primeira fase de diagnóstico interno. “O foco que a instituição tem utilizado com trabalhador/indústria e empresa/ empresário não permite esta mudança de escala que precisa ser feita. Algumas possibilidades estão abertas e são oportunidades para o SESI pensar como vai-se organizar daqui a 15 anos”, acrescentou.

Naomar Almeida coordena equipe que ajuda a pensar o SESI do futuro

O SESI está repensando seu programa de educação e qualidade de vida e a senhora trouxe para o último encontro do Planejamento Estratégico SESI 15 anos a experiência de 18 anos do Instituto Ayrton Senna, que mensagem o instituto trouxe para os gestores do SESI? Inês Kisil Miskalo – O instituto se caracteriza por desenhar soluções para o país. Quando começou este trabalho, a ideia era recuperar o fluxo escolar de crianças que estavam atrasadas na escola por meio do programa Acelera Brasil. Depois, percebemos que era importante formar os educadores, os profissionais, então, fomos criando para evitar chegar no Acelera Brasil. A criança que não está alfabetizada, mais cedo ou mais tarde vai ficar com distorção, então, nós começamos a investir em outras ações que pudesse ajudar o país, os estados, os municípios a evitar aquela situação. Hoje a gente trabalha mais na gestão do processo educacional no sentido de que se você adotar práticas gestoras, você terá uma eficiência maior na educação. O instituto tem mostrado para as redes e para as pessoas que é importante avaliar, usar a Bahia Indústria  7


Quais são os grandes desafios que a educação brasileira ainda tem pela frente? IKM – A gente fala muito da falta de qualidade, só que a falta de qualidade é consequência da falta de ações ou de um processo onde a educação nunca foi olhada com a devida atenção. Pensar educação para muitos é pensar de forma organizada, planejada, sistematizada, e a educação no país fica muito à deriva das pessoas que estão lá na frente e não exatamente como uma política educacional. Acho que falta para o país um projeto de nação, onde as ações não vão morrer como ações, vão ter que existir como políticas públicas educacionais para todos e não para poucos.

avaliação como um diagnóstico, trabalhar de forma planejada, estabelecer metas, avaliar o processo e fazer as correções necessárias. Em que aspecto o Instituto Ayrton Senna pode colaborar com a experiência do SESI? IKM – A solicitação foi para que a gente pensasse na questão de escala, ou seja, como equacionar necessidades com recursos. E a escala é uma solução para se otimizar recursos. Fazer um trabalho para poucos, não é o que o país precisa pois custa mais caro. Pensar escala, que é o que o SESI está atualmente fazendo, é pensar ações em educação, em modelos, que possam ser replicáveis e o instituto foi convidado, porque nossa escala é sempre pensar em ações para o país e nunca para um único local. Aí é que houve esse casamento entre o planejamento estratégico do Sesi com o que o instituto pode contribuir. 8  Bahia Indústria

Inês Miskalo defende que o foco deve estar na gestão pedagógica

No Brasil, nós ouvimos falar de um projeto de nação desde que se decretou a Independência. Será que ainda vamos ouvir falar por muito tempo da necessidade de um projeto de nação? IKM – Espero que não. Eu acho que a gente já caminhou bastante. A educação, agora, é um assunto que está dominando muito as conversas populares, não é uma coisa só de educador. A gente tem muita gente pensando e querendo fazer a educação. O que a gente não pode é ficar fazendo uma discussão teórica da educação, precisa sair da teoria e por o pé no chão. Como é que aquelas teorias educacionais, aquelas discussões metodológicas acontecem de fato na escola e garantem que a criança aprenda. Elas precisam ter gestão e isso não é uma cultura da educação do país, fazer o gerenciamento. Se a gente conseguir implantar isso, fazer os educadores se comprometerem com o resultado, com um pacto nacional de compromisso com a criança, a gente vai sair do discurso e fazer com que as coisas se desloquem. Só que não vai poder ser muito demorado; às vezes as coisas andam muito devagar. Na sua palestra, a sra. fala da dificuldade de trabalhar com os governos. Como transformar isso? IKM – Quando a gente trabalha com governos, a gente tem que trabalhar não como projeto de uma gestão, daquele secretário, daquele governo, mas do estado, do município, e fazer com que as pessoas se sintam também donas do projeto. Essa mobilização social é que vai fazer com que a educação mude e deixe de ter ações isoladas e passe a ser uma ação em forma de política pública. A educação tem dado certo onde a sociedade se empenha mais e cobra a solução do poder público. [bi]


circuito

por cleber borges

Ministra diz que o ViraVida é modelo “O principal programa que o Brasil tem de construção de oportunidades para meninos e meninas em situação de exploração sexual não é organizado pelo governo brasileiro, é organizado pelo SESI.” A afirmação é da ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, em referência ao projeto ViraVida. Para ela, é um exemplo de boa prática para o governo federal no enfrentamento da exploração sexual de adolescentes e jovens. “Queremos que o ViraVida inspire iniciativas do governo para que possamos estender o projeto com a tecnologia que ele produziu”, destacou. A ministra quer desenvolver um plano de ação de proteção a crianças e adolescentes com foco no Mundial de 2014.

Uma vitória do empresariado

Burocracia afeta 90% das indústrias

O secretário da Fazenda do Estado, Luiz Alberto Petitinga, retirou o caráter de urgência do Projeto de Lei nº 19.825/2012, que tramitava na Assembleia Legislativa, atendendo à demanda do Fórum Empresarial da Bahia. O projeto institui o arrolamento de bens e direitos de grandes devedores para assegurar o patrimônio necessário ao pagamento de crédito tributário. O Estado passaria a ter o poder de arrolar o bem de um devedor, mesmo que a ação ainda tramitasse na esfera administrativa. O projeto define o valor de R$ 500 mil a partir do qual o devedor será passível do arrolamento. A legislação federal estabelece um limite quatro vezes maior, de R$ 2 milhões.

Nove em cada dez indústrias brasileiras são prejudicadas pelo excesso de burocracia, com elevação de custos, desvio de recursos das atividades produtivas e menos investimentos. As informações são da Sondagem Especial Burocracia, feita pela Confederação Nacional da Indústria. A pesquisa ouviu 2.388 industriais: 1.835 do setor de transformação, 116 do extrativo e 437 da construção. Para 85% dos empresários, o número excessivo de obrigações legais é o que mais atrapalha. Em segundo lugar (56%), vem a complexidade das obrigações legais e, em terceiro (41%), a alta frequência das mudanças. A burocracia também prejudica a obtenção de licenças e alvarás.

“Se a culpa é minha, eu coloco em quem eu quiser.” Homer Simpson, personagem de sitcom americana, “autor” da frase que se presta ao ambiente corporativo.

Cozinha Brasil em Moçambique A experiência do programa de educação alimentar Cozinha Brasil, desenvolvido pelo SESI, será aproveitada no treinamento de merendeiras em Moçambique, conforme acordo de cooperação técnica que o governo brasileiro está formalizando com aquele país. Técnicos do SESI, da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Exteriores, e do Programa Mundial de Alimentação da ONU discutirão as bases do acordo para implantar o programa em Moçambique, um dos países mais pobres do mundo. O Cozinha Brasil, que orienta famílias sobre como evitar desperdícios e obter alimentação saudável, se adequa ao programa de alimentação escolar, observou o técnico da ABC, Armando Cardoso.

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FIEB amplia presença em Feira

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ortalecer a representatividade e ampliar a presença do Sistema FIEB e de seus serviços na região que detém o quarto maior PIB (Produto Interno Bruto) do estado estão entre as razões que levaram o Sistema FIEB a implantar seu Programa de Interiorização na região de Feira de Santana. Esta foi a terceira região do estado a receber o programa, que já fincou bases no oeste da Bahia, em 15 de abril de 2011, e na região sul, em 1º de dezembro de 2011. Além das unidades do SENAI e do SESI, já existentes na região, Feira de Santana passará a contar agora com uma representação do 10

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Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB), que será conduzida localmente por João Batista Ferreira, que foi apresentado durante o lançamento do programa. Seu papel será o de atuar como articulador das demandas da região com a Federação das Indústrias, que trabalhará em parceria com o Centro das Indústrias de Feira de Santana (CIFS), presidido por André Régis. Na prática, o programa lançado no dia 21 de agosto pelo presidente do Sistema FIEB, José de Freitas Mascarenhas, traduz-se, no curto e médio prazos, por investimentos de R$ 6 milhões na requalificação

Programa de Interiorização vai melhorar o atendimento e a oferta de serviços na região por Patrícia Moreira Fotos João Alvarez

da unidade do SENAI Feira e de R$ 15 milhões na implantação de uma unidade da escola de Educação Básica articulada com Educação Profissional (Ebep), que vai reunir sob uma mesma proposta pedagógica o ensino convencional e tecnológico, fruto de uma afinada parceria entre SESI e SENAI. Com mais de 550 mil habitantes e um PIB da ordem de US$ 6,4 bilhões, Feira de Santana é um dos muni-


mento e se comprometeu a continuar atuando como interlocutor para tentar atendê-las. Ele visitou, pela manhã, o Centro Industrial do Subaé e constatou as condições infraestruturais. Ele defendeu que o estado faça a sua parte para assegurar o bom funcionamento do distrito industrial, lembrando que a situação se repete em outras regiões. “A situação é a mesma em Aratu, em Ilhéus. O industrial tem que contribuir com impostos, mas o estado tem que assegurar a infraestrutura.”

CADEIA AUTOMOTIVA

cípios que mais crescem no estado. Sua economia é caracterizada pelo setor de serviços, especialmente o comércio, mas o setor industrial participa com 24% do PIB do município. As perspectivas para a região são otimistas: entre 2002 e 2009, a economia local cresceu à taxa média anual de 7,2%, superior ao crescimento médio da economia baiana. Parte da explicação para o crescimento feirense está na atração de empresas industriais de porte, como a planta da Nestlé e a fábrica da Belgo Bekaert, além da ampliação da Pirelli Pneus. O lançamento do Programa de Interiorização da FIEB reuniu empresários e lideranças do setor produtivo da região, vice-presidentes e diretores da FIEB, além de superintendentes. Durante a permanência em Feira de Santana, o presidente José Mascarenhas esteve em contato com os empresários e industriais feirenses e ouviu as principais demandas do seg-

Presidente visitou fábrica de pneus da Tyres, antes da solenidade com empresários

O presidente da FIEB, que também visitou pela manhã a fábrica de pneus sólidos Standard Tyres, sediada no CIS, maior fabricante de pneus especiais da América Latina, citou a empresa como exemplo pela excelência dos serviços. A Tyres é uma empresa 100% nacional que exporta para vários países. Para José Mascarenhas, este é um referencial a ser seguido: “Quem puder exportar, exporte, não somente porque é um mercado que não tem limites, mas porque é também um caminho para se buscar a excelência na produção”, destacou. Entre as áreas que vão merecer especial atenção por parte da FIEB está o apoio à indústria de pneus, plástico e automotiva, conforme destacou o presidente. A ideia é fortalecer a cadeia automotiva na Bahia. “Queremos baianizar a produção de automóveis”, frisou Mascarenhas. Para que isso aconteça, a FIEB estará auxiliando as empresas interessadas em se qualificar para ingressar nesta cadeia por meio das atividades desenvolvidas pelo IEL, que atua na capacitação e qualificação de fornecedores para grandes indústrias do setor e apoio à inovação, além da intermediação de estágio/formação de talentos; e pelo SENAI e SESI. O SESI Feira atendeu, de janeiro a julho deste ano, 343 empresas, nas áreas de Segurança e Saúde do Trabalhador, Lazer, Educação e Responsabilidade Social, beneficiando um total de 57.775 trabalhadores. Com uma área superior a 16 mil m², o SENAI Feira, por sua vez, possui 24 laboratórios, 11 salas de aula e matricula mais de 1.200 alunos/ano em cursos de Aprendizagem Industrial e de Qualificação Profissional, básica e gratuita, preferencialmente em áreas transversais (como usinagem, logística, automação, manutenção mecânica e tecnologia da informação). Com a requalificação da unidade, a capacidade será ampliada. O projeto de ampliação deverá ser concluído este ano, com início de obra previsto para 2013. [bi] Bahia Indústria  11


sindicatos ABic/Divulgação

O Sindileite realizou, dias 28, 29 e 30 de setembro, o 3º Encontro das Indústrias Baianas do Setor de Leite e Derivados, no Hotel Catussaba, em Stella Maris. O objetivo foi discutir os rumos e perspectivas do setor, abordando temas como sustentabilidade, tratamento dos resíduos líquidos industriais, desafios e oportunidades de mercado, design e inovação. No encerramento do evento, Paulo Cintra, que foi reconduzido à presidência por mais um mandato, tomou posse para o exercício 20122015, juntamente com a nova diretoria. O sindicato comemorou o aumento do número de associados de 67 para 108 nos últimos três anos.

Abic quer mais crédito para o café Menos rigor na concessão de crédito para os pequenos e médios produtores e políticas de fomento à inovação foram temas discutidos durante a Reunião Regional Bahia da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), dia 30 de agosto, na sede da Federação das Indústrias da Bahia. O evento foi uma oportunidade para se discutir demandas e alternativas para o aumento da competitividade do segmento. De acordo com o presidente da ABIC, Américo Sato, as condições de competitividade mudaram com a desoneração do PIS/COFINS, criando novos desafios para o setor. Na Bahia, o setor enfrenta um fator a mais, que é a estiagem. De acordo com o presidente do Sincafé, Antônio Almeida, houve uma redução da produção, encarecendo o preço do café local. Durante o evento, o SENAI apresentou seus serviços de apoio à inovação. O setor volta a se reunir durante o 20º Encontro Nacional das Indústrias de Café (Encafé), o maior evento do setor no Brasil, no Iberostar Bahia, de 28 de novembro a 2 de dezembro. Mas informações www.abic.com.br.

Sindibrita promove palestras técnicas O Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado da Bahia (Sindibrita) realizou, na FIEB, duas palestras técnicas sobre o uso de agregados em revestimentos asfálticos e as mudanças nas leis ambientais do estado. “A evolução do conhecimento faz com que os empresários acompanhem as mudanças, se atualizem quanto às novidades nesta área e melhorem os produtos e a forma de atuar”, disse o presidente do Sindibrita Fernando Jorge Carneiro.

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Rumos e perspectivas

Melhorar a qualidade do café nacional e investir na inovação foram temas tratados na reunião da Abic

Convenção coletiva As empresas que desejarem obter mais informações e conhecer a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2012/2013, assinada entre o Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia (Sindifibras) e o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação, Tecelagem e Similares do Estado da Bahia (Sinditextil), já podem acessar o documento no site do sindicato (www.sindifibrasba. com.br). A convenção tem vigência até 30 de abril de 2013.

Eleição no Sindical Sérgio Pedreira foi reconduzido à presidência do Sindicato da Indústria de Mineração, Calcário, Cal e Gesso (Sindical-BA), no dia 20 de setembro. A posse será dia 6 de novembro.


FIEB defende a política de incentivos fiscais da Bahia Federação ingressou como amicus curiae nas ações de inconstitucionalidade movidas pelo Governo de São Paulo contra legislação estadual

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Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF), na qualidade de amicus curiae, nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adin) movidas pelo governo de São Paulo, que tenta derrubar a política de incentivos fiscais oferecida pela Bahia. A FIEB representa o interesse da indústria, um dos principais segmentos atingidos, caso a Corte Federal reconheça a inconstitucionalidade da política de incentivos com base na desoneração do ICMS, praticada pelo estado da Bahia há mais de dez anos. Na opinião do presidente da FIEB, José de Freitas Mascarenhas, o questionamento pode criar um clima de insegurança jurídica, a partir do momento em que muitas indústrias beneficiam-se destes incentivos fiscais. As ações, que foram impetradas no dia 10 de agosto, atingem não apenas a Bahia, mas também os estados do Amazonas, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. Em relação à Bahia, estão sendo questionados a Lei 7.980/01 e o Decreto 8.205/02, que instituem o Programa de Desenvolvimento Industrial (Desenvolve) e estabelecem possibilidades de crédito presumido de ICMS e de tratamento diferenciado. O go-

Murilo Xavier explica que a Bahia pode ser bastante afetada pela medida

verno de São Paulo alega que a concessão de crédito presumido e o diferimento do recolhimento do ICMS contrariam as normas do Conselho de Política Fazendária (Confaz), que prevê aprovação por unanimidade para validar políticas de incentivos fiscais, conforme previsto na Lei Complementar 24, de 1975. Murilo Xavier, diretor e coordenador do Conselho de Assuntos Fiscais e Tributários da FIEB explica que a Lei 7.980/01 e o Decreto

8.205/02 foram de grande importância para ampliar e diversificar a matriz industrial do estado. O instrumento de amicus curiae ("amigo da corte") é a intervenção assistencial em processos de controle de constitucionalidade por entidades representativas para se manifestar nos autos sobre questão de direito pertinente à controvérsia constitucional. Não são partes dos processos; atuam apenas como interessados na causa. [bi] Bahia Indústria  13


FIEB recebeu presidente da CNI e de 19 federações Encontro discutiu a implantação de institutos de tecnologia e inovação nas unidades do SENAI Bahia por carol mendonça fotos joão alvarez

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SENAI projeta realizar investimentos de R$ 1,2 bilhão na construção de pelo menos 43 institutos de tecnologia e 23 institutos de inovação em todo o país, nos próximos cinco anos. Considerado a mais avançada unidade do SENAI no país, o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (SENAI Cimatec), que se destaca pelo modelo de integração entre formação profissional, oferta de serviços tecnológicos e realização de pesquisa aplicada, foi escolhido para sediar o encontro, que reuniu 19 presidentes de federações de indústrias, no dia 6 de agosto, em Salvador. O encontro dos presidentes contou com a presença do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, que reconheceu a excelência do trabalho desenvolvido na unidade do SENAI Bahia. “Não conhecia de perto o Cimatec; a gente fica empolgado com o trabalho que se faz aqui, é o sonho que a gente persegue para a indústria nacional”, declarou o presidente da CNI, ao final de uma visita guiada aos laboratórios, salas de aula e núcleos de pesquisa da unidade. O presidente da Federação das Indústrias do Ceará, Roberto Macêdo, declarou que estava aguardando a visita ao Cimatec antes de pensar em implantar qualquer projeto de centro tecnológico no seu estado. “Conhecer o modelo de funcionamento do Cimatec foi fundamental”, explicou. Os representantes

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Presidentes de federações de indústrias vieram à Bahia conhecer o Cimatec

foram recebidos pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), José de Freitas Mascarenhas, que ressaltou o compromisso que esta iniciativa representa. “Este é um programa de extrema importância para o Brasil, que está atrasado em inovação, e agora nossa responsabilidade é enorme, pois o governo federal nos deu a confiança e escolheu o SENAI para desenvolvê-lo”, afirmou o presidente da FIEB.

INVESTIMENTOS Do montante de R$ 1,2 bilhão de investimento destinado ao sistema SENAI, a Bahia receberá R$ 200 milhões, sendo R$ 120 milhões do SENAI nacional e R$ 80 milhões de investimentos próprios, que serão aplicados no Cimatec e em sete institutos de tecnologia e inovação. Isso tornará possível a implantação de duas novas unidades no oeste da Bahia (Barreiras e em Luís Eduardo Magalhães); uma no sul, entre Ilhéus e Itabuna; uma no sudoeste; além de uma nova unidade em Juazeiro e da ampliação da agência de Camaçari.


Também estão sendo projetadas uma unidade para atender ao Polo Naval e uma outra, ainda em estudo, para o extremo sul do estado. Parte do Programa SENAI de Apoio à Competitividade da Indústria, os institutos de inovação e tecnologia vão atender às demandas do setor industrial, oferecendo serviços tecnológicos de alto valor agregado e desenvolvendo pesquisa aplicada de produtos e processos em áreas de conhecimentos transversais. “Os centros vão atuar em rede com as empresas, universidades e outros institutos tecnológicos, criando zonas de inovação e incentivando a retenção de talentos na indústria”, disse o diretor nacional do SENAI, Rafael Lucchesi. [bi] Bahia Indústria  15


Economia

verde , fonte Renovável 10ª edição do Prêmio de Desempenho Ambiental destacou-se por premiar iniciativas voltadas para a educação e a redução do impacto ambiental POR Patrícia Moreira Fotos João Alvarez

heque Verde, Se eu Fosse uma Floresta, Lixo ou Luxo. Estes são os títulos de três dos quatro projetos vencedores da 10ª edição do Prêmio de Desempenho Ambiental, que elegeu como tema deste ano Economia Verde. Despertar a sensibilidade e promover a conscientização de quem vive no entorno das fábricas ou simplesmente consome os produtos que a indústria produz está por traz deste conceito, que ampliou o leque de possibilidades e abriu caminho para novas iniciativas. O princípio não sugere grandes revoluções. Baseia-se no conceito de que nada se perde, tudo se recicla, mas agrega a certeza de que um pouco de criatividade pode ajudar – e muito – a superar certos desafios. A Salve Terra, por exemplo, vencedora na categoria pequena empresa, utiliza materiais recicláveis na confecção de seus produtos. 16  Bahia Indústria

A Deten destina parte dos seus resíduos para envolver seus colaboradores em um trabalho de responsabilidade social e de conscientização ambiental, que se reverte em doação de recursos para instituições sociais. A Veracel apostou na reprodução do ambiente da Mata Atlântica para despertar o sentimento de preservação das florestas ao trazê-la para mais perto das pessoas. E a Coelba não hesitou em colocar suas fichas no seu maior projeto de geração de energia solar, o Projeto Pituaçu Solar, que foi destacado com uma Menção Honrosa. Com enfoque mais tradicional, a Braskem apresentou um amplo programa de gerenciamento de emissões atmosféricas com resultados animadores e com benefícios extensivos à sua cadeia de fornecedores. Embora batizado com um nome mais técnico, o Projeto Gestão de Emissões Atmosféricas na Unidade de Insumos Básicos da Bahia também prevê ações de reciclagem e reaproveitamento de materiais já utili-

Márcia e Guilherme Menezes estão por trás do projeto que resultou na Salve Terra


SALVE TERRA Lixo ou luxo

A Salve Terra é uma pequena empresa e concorreu com um projeto que consiste em transformar material reciclável em roupas, bijuterias, objetos de decoração e embalagens, dando um novo significado a materiais que, após o primeiro uso, seriam devolvidos ao lixo. Assim, garrafas PET são transformadas em bijuterias, viram embalagens para presentes ou transformam-se em flores. A empresa também tem ações de conscientização ambiental e atua desenvolvendo oficinas de reciclagem em comunidades de baixa renda. Bahia Indústria  17


Julgadora do Prêmio FIEB, Arlinda Coelho, a agenda de desenvolvimento sustentável da indústria baiana apresenta grandes desafios e numerosas oportunidades. “O Prêmio FIEB é uma dessas oportunidades de assumir a liderança na mobilização do setor produtivo, visando demonstrar os avanços alcançados pela indústria baiana na área de sustentabilidade econômica/ambiental/ social”, destacou, ressaltando que a escolha do tema economia verde teve por objetivo estar em sintonia com aquilo que a ONU define como uma economia “que resulta em melhoria do bem-estar das pessoas, promovendo a equidade social e reduzindo significativamente os riscos ambientais, bem como a escassez dos recursos naturais”.

DETEN

Cheque Verde A Deten concorreu com uma iniciativa que direciona parte dos resíduos destinados à reciclagem – a sucata metálica e o óleo lubrificante – para um programa social gerido pelos trabalhadores da fábrica, o Cheque Verde. A renda apurada com a venda dos resíduos é revertida para até quatro entidades sociais a cada ano. Em 2012, o projeto conseguiu R$ 16 mil, que foi rateado entre quatro instituições. A ideia de concorrer com o projeto teve por objetivo disseminar a ideia que se reverte em benefício para as equipes envolvidas que envolvem numa atividade de cunho social, com impacto sobre as comunidades que encontram-se no entorno da fábrica.

zados, gerando grandes benefícios ao meio ambiente. O prêmio foi entregue no dia 16 de agosto, em solenidade realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia. Para Irundi Edelweiss, presidente do Conselho de Meio Ambiente da FIEB, responsável pela promoção do Prêmio de Desempenho Ambiental, os ganhos vão além da simples premiação. “Além do papel tradicional da missão desse evento, que é difundir os 18  Bahia Indústria

cuidados com o meio ambiente e reconhecer e premiar as empresas que se destacaram com projetos específicos, este ano destacaria a preocupação com a questão da nova lei de resíduos sólidos com reflexos no papel da indústria na logística reversa de seus produtos, isto é, uma preocupação por gerar produtos quer possam ser reciclados e reaproveitados.” Para a gerente de Desenvolvimento Sustentável do Sistema FIEB e presidente da Comissão

Angel Fernandez, Ana Serra e Carlos Pessoa, da Deten Química S.A.

Fator de competitividade Coordenador de Estudos de Regulação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) no Rio de Janeiro, Ronaldo Seroa da Motta, que foi um dos palestrantes na solenidade de entrega do prêmio, destaca que a indústria do século 21 precisa produzir de forma responsável e, mais que isso, ser protagonista na condução das ações de preservação e conscientização ambiental, seja na sua postura interna quanto externamente, adotando práticas e formas de gestão dos recursos naturais sustentáveis. “Não há dúvida que o setor empresarial está muito ativo numa agenda ambiental. A sua participação, por exemplo, na Rio + 20, foi forte e protagonista. Hoje é uma questão de competitividade e reputação”, explica Ronaldo Seroa da Motta, que é doutor em Economia pela University College London.


VERACEL

Se eu Fosse uma Floresta Ernandes Alcântara /Divulgação

Na avaliação de Seroa, a realização de premiações como a que a FIEB realiza e que este ano completou uma década deve ser estimulada, pois gera benefícios para as empresas e para a sociedade. O especialista observa que a questão ambiental pode representar oportunidades: “Há um espaço produtivo para a produção de bens e serviços ambientais de baixa escala. O prêmio da FIEB mostra isto com seus premiados”, avalia. Mas para quem promove ações de sustentabilidade, os ganhos são vivenciados na prática. A consultora interna de Proteção Ambiental, Segurança e Qualidade da Deten e membro do comitê do projeto desde 1998, Ana Serra, explica que o principal mérito da iniciativa é firmar um pilar de sustentabilidade que envolve o trabalhador e o torna mais comprometido. “O trabalhador tem orgulho da empresa na qual trabalha, por isso a gente pede que ele participe do projeto e indique as instituições que serão beneficiadas”, revela. Ana Serra explica que o objetivo de partidipar do Prêmio FIEB foi também divulgar o projeto para outras empresas. “Porque é muito fácil para elas aderirem. Se uma Braskem ou uma Dow resolver doar

A Veracel Celulose concorreu com a exposição itinerante Se eu Fosse uma Floresta, que reproduz o ambiente da Mata Atlântica, inspirada no tema escolhido pela ONU (Organismo das Nações Unidas) para 2011, Ano Internacional da Floresta. A mostra, que percorre a cada seis meses unidades da Veracel, fica montada durante dois anos, aberta à visitação pública, tendo impacto sobre os dez municípios do extremo-sul na conscientização sobre a importância de se preservar a floresta nativa. Atualmente a exposição está montada no Núcleo Florestal da Veracel em Eunápolis, onde ficará até abril do próximo ano. A equipe trabalha com a consultoria da Árvore da Vida, de Minas Gerais. A proposta é uma exposição interativa e que promova sensações nos visitantes, despertando sua consciência ambiental. Ela já recebeu 2.700 visitantes e graças à participação da comunidade e colaboradores envolvidos foi possível minimizar os impactos socioambientais, gerando mudança de valores e de comportamento nos visitantes e na comunidade. Fazem parte da ação resgatar o sentimento de pertencimento e de preservação. A mostra apresenta réplicas de animais da Mata Atlântica e espécies da floresta.

Comunidade visita a exposição no Núcleo Florestal da Veracel, em Eunápolis

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Manu Dias / Secom

CASES PREMIADOS CATEGORIA GRANDE E MÉDIA EMPRESA »Produção Mais Limpa »Braskem S/A »Projeto Gestão de Emissões Atmosféricas na Unidade de Insumos Básicos Responsável pelo projeto: Sérgio Hortélio, engenheiro de meio ambiente Menção honrosa: Coelba »Projeto Pituaçu Solar - Geração de energia fotovoltaica em estádio de futebol. Responsável pelo projeto: Ana Christiná Romano Mascarenhas, assessora de eficiência energética »Projetos Cooperativos de Responsabilidade Socioambiental »Deten Química S/A »Projeto Cheque Verde Responsável pelo projeto: Carlos Luís Pellegrini Pessoa, coordenador de proteção ambiental, segurança e qualidade

Coelba

Pituaçu Solar O Projeto Pituaçu Solar visa estimular o uso de fontes de energia renováveis, em especial a energia solar, além de estimular o mercado na produção de novas tecnologias. O projeto consiste na implantação do sistema fotovoltaico instalado no Estádio Governador Roberto Santos, respeitando as características de uso e estrutura do local. A usina fotovoltaica possibilita a geração de crédito de energia ativa, injetando 272MWh/ ano na rede, o que poderá abastecer 301 casas populares com energia pelo período de um ano.

»Educação Ambiental »Veracel Celulose S.A. »Exposição Itinerante de Educação Ambiental Temática Se eu Fosse uma Floresta Responsável pelo projeto: Virgínia Londe de Camargo e Lígia Gallozzi Mendes, especialista ambiental e especialista em educação ambiental e RPPN

CATEGORIA MICRO E PEQUENA EMPRESA »Salve Terra »Projeto Lixo ou Luxo – Modalidade Educação Ambiental Responsável pelo projeto: Guilherme Menezes, diretor

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parte do que reciclam, isso pode se reverter em benefício para muito mais pessoas”, acredita Ana, que contabiliza 48 instituições já atendidas pelo projeto da Deten, que utiliza os recursos obtidos com a reciclagem de óleo lubrificante e sucata.

Emoção e interação No caso da experiência da Veracel, a grande conquista é poder despertar certas emoções nas pessoas. “Nosso propósito é fazer com que elas se coloquem no lugar da floresta. Toda a exposição é montada de forma interativa, com réplicas de animais, caixas para experiências táteis e sensoriais e algumas provocações que levam as pessoas a refletirem”, explica a bióloga Virgínia Londe de Camargos, especialista ambiental da Veracel e que coordena o Programa de Educação Ambiental. O projeto Se eu Fosse uma Floresta começou em

Projeto que utiliza a energia solar em Pituaçu recebeu menção honrosa

2011 e percorreu quatro unidades da Veracel no extremo-sul do estado. Ela é desmontada a cada dois anos para dar espaço a um novo tema. Este último foi escolhido em função de o ano de 2011 ter sido escolhido pela ONU como Ano Internacional da Floresta. A mostra foi montada no dia 21 de setembro no Núcleo Florestal da Veracel, em Eunápolis, e permanecerá em cartaz até março de 2013. Desde que foi aberta, a exposição recebeu mais de 2.700 pessoas. Mas quem levou mesmo um susto por ter sido escolhido como vencedor na categoria Pequena Empresa deste ano foi Guilherme Menezes, proprietário da Salve Terra. “Foi um susto porque com um ano e meio de loja não imaginava. O mais importante é que isso nos motiva a continuar este trabalho e, a partir do Prêmio de Desempe-


BRASKEM

Programa de Gestão de Emissões Atmosféricas da Unidade de Insumos Básicos A Braskem concorreu com o Programa de Gestão de Emissões Atmosféricas na Unidade de Insumos Básicos, que busca a redução de perdas de recursos naturais, produtos e energia. O projeto tem ainda por objetivo minimizar os efeitos do impacto ambiental da indústria química, contribuindo para a transformação e evolução do segmento com vista à liderança global da química sustentável. O projeto prevê a realização de verificações diárias, decenais e mensais, com as respectivas análises críticas de identificação de desvios e ações de correção. O programa é analisado e submetido ao fomento contínuo das ações. O trabalho de monitoramento envolve toda a planta da Braskem e seus fornecedores.

Unidade da Braskem em Camaçari

nho Ambiental, recebemos contatos para futuras parcerias”, conta Menezes. Ele, que é técnico ambiental, explica que a ideia de criar uma loja que produzisse a partir de materiais reciclados surgiu de uma conversa em família. Daí, ele chamou a mãe, Márcia Maria Menezes, que é artista plástica, para assumir a parte de criação e hoje ele já estuda colocar em prática alguns projetos de educação ambiental e de geração de renda envolvendo comunidades de baixa renda.

monitoramento Principal premiada pelo trabalho no desempenho e controle das emissões atmosféricas industriais, a Braskem venceu a 10ª edição do prêmio na categoria Produção Mais Limpa com uma iniciativa que reduziu em 62% a emissão de COV (composto orgânico volátil) desde 2002; em 22%, na média, a emissão de GEE (gases de efeito estufa), desde 2005; em 25%, o volume de NOx (número de oxidação) de poluentes convencionais liberados na atmosfera, desde 2002; e em 48%, as emissões fugitivas. De acordo com Sérgio Hortélio, coordenador técnico de meio ambiente da Braskem, o Projeto de Gestão de Emissões Atmosféricas insere-se na meta que a empresa traçou para 2020 e que prevê alcançar o padrão das melhores empresas do mundo em relação ao controle de emissão de gases que provocam o efeito estufa, que é de 600 kg por tonelada de produto. “Montamos um modelo de gestão que monitora vários indicadores e programas. Cada unidade e fornecedores externos dão a sua contribuição”, explica Sérgio Hortélio. Para o coordenador do programa, a conquista do Prêmio FIEB de Desempenho Ambiental é uma sinalização de que as equipes estão trabalhando no caminho certo, revela Hortélio, que lembra a conquista do BenchMais Ambiental Brasileiro com uma parte do projeto vencedor da FIEB. [bi] Bahia Indústria  21


Polo Acrílico abre novas oportunidades Representantes da Basf e da Kimberly-Clark garantem que a perspectiva é trabalhar com fornecedores baianos e 90% de mão de obra local

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Marcelo Zenni, da Kimberly-Clark, apresentou o cronograma das obras da unidade

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om a perspectiva de produzir, a partir de 2013, ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes, o projeto do Polo Acrílico de Camaçari, liderado pela Basf, estimulará a atração de pelo menos outras seis indústrias, entre elas, a Kimberly-Clark e a Braskem. Mas a contratação de empresas e trabalhadores baianos na construção e operação do Polo Acrílico já é uma realidade, tanto na construção das plantas como na operação das fábricas oferecendo oportunidades para fornecedores de bens e serviços (matérias-primas, transporte, jardinagem, por exemplo) e mão de obra (operadores de logística, engenheiros, função administrativa, estágio, entre outros). O cenário de oportunidades foi apresentado pelos diretores durante o Seminário Oportunidades do Polo Acrílico da Bahia, realizado no dia 1º de agosto, na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). “A engenharia é nossa, mas a construção da planta industrial já está sendo realizada com 100% de empresas e mão de obra da Bahia”, garantiu o gerente de planta Kimberly-Clark, Marcelo Zenni, durante a apresentação do cronograma de obras da unidade. O diretor de operações do pro-

jeto do Complexo Acrílico da Basf, Holger Herbst, também falou do interesse do grupo em trabalhar com fornecedores baianos e 90% de mão de obra local. “Até por questões de logística, segurança e custos”, explicou o executivo. Entusiasmados com as possibilidades de negócio, dezenas de empresários baianos presentes ao evento propuseram a realização de uma rodada de negócios – intermediada pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL) regional – para que as multinacionais conheçam os produtos e serviços oferecidos pelos fornecedores do estado. De acordo com o vice-presidente da FIEB, Reinaldo Sampaio, o Polo Acrílico coloca a Bahia numa posição de vanguarda das indústrias de transformação e de base. “A implantação do empreendimento e seus desdobramentos podem contribuir para alterar a matriz industrial do estado”, avaliou. O superintendente de Desenvolvimento Econômico da Secretaria de Indústria Comércio e Mineração (Sicm), Paulo Guimarães, enfatizou que a atuação do governo estadual está focada no adensamento de cadeias produtivas. “Nosso objetivo é que as empresas baianas possam fornecer para mais de uma cadeia, atendendo a outros mercados”, disse. [bi]


conselhos

Esclarecimento da Sefaz Em razão de denúncias feitas por contribuintes, que teriam sido abordados, por meio de telefonemas, para tratar de julgamentos de processos administrativos fiscais, o Conselho de Assuntos Fiscais e Tributários da FIEB informa que a Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz) divulgou comunicado esclarecendo que seus servidores não efetuam ligações telefônicas com esta finalidade e que o contato com os contribuintes é realizado pessoalmente, pelos Correios (com aviso de recebimento) ou por edital publicado no Diário Oficial do Estado. A Sefaz/BA informou ainda que os julgamentos do Conselho da Fazenda (Consef) são realizados em sessões públicas, por órgãos colegiados, contando, na 2ª Instância, com a participação paritária de representantes dos contribuintes e com a assessoria da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Esclareceu, por fim, que o acesso aos processos é facultado às partes, em qualquer estágio, e que a consulta à tramitação e os acórdãos já publicados estão disponíveis em seu site www.sefaz.ba.gov. br, no canal: Legislação e Contencioso/Julgamentos/ Jurisprudência (Acórdãos).

Oportunidade de crédito para as MPE Representantes do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Desenbahia e Banco do Nordeste participaram do seminário O Momento Financeiro das Micro e Pequenas Empresas – Oportunidades e Desafios, dia 18 de agosto, no auditório da FIEB, quando apresentaram as linhas de crédito e deram orientação com atendimento individual aos empresários. “É fundamental que os empresários saibam de que forma obter esses aportes de capital que se tornam imperiosos para a sobrevivência e o crescimento no mercado”, afirmou o coordenador do Conselho da Micro e Pequena Empresa Industrial da FIEB, Carlos Henrique Gantois. Os empresários também participaram de um debate sobre o cenário econômico atual, as ameaças e oportunidades para as MPE. De acordo com o superintendente do Sebrae Bahia, Edival Passos, o marco legal brasileiro para o setor criou um ambiente favorável. No entanto, para ele, é preciso avançar no acesso ao crédito, baixando ainda mais os juros e desburocratizando as relações entre os empresários e as instituições financeiras. Também participaram do evento o superintendente de Comércio e Serviços da Secretária Estadual de Indústria e Comércio, Advan Furtado, que recomendou como ferramenta de consulta e apoio disponível na internet, o Guia Prático para acesso ao Crédito Bancário (www.forumregionalmpe.ba.gov.br/publicacoes).

Encontro reuniu representantes da FIEB e de entidades como o Sebrae no auditório da FIEB

ag enda 06 07

Comitê de Petróleo e Gás nov Road Show e Rodada de Negócios sobre Navipeças (para embarcações e plataformas offshore) Manhã e tarde Local: FIEB – auditório e salas de reunião Realização FIEB e ONIP

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1º Seminário

dez “Reservatórios Não

Convencionais: Oportunidades em Shale Gas e Shale Oil nas Bacias do Recôncavo e Tucano Sul” Manhã e tarde Local: FIEB – auditório Realização FIEB, MME, ANP, Governo do Estado da Bahia, IBP e Petrobras

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Melhores Práticas de Estágio 2012 Vencedores do prêmio promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi são reconhecidos pelos exemplos de formação profissional produtiva POR Carolina Mendonça

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FOTOs joão alvarez

Lacerta Consultoria Projetos e Assessoria Ambiental, a Braskem, a Cromex e a Escola Kennedy foram as grandes vencedoras da 9ª edição do Prêmio Melhores Práticas de Estágio, promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL) regional e pelo Fórum de Estágio da Bahia. A premiação foi realizada no dia 18 de julho, na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). Sintetizando o sentimento dos que foram escolhidos pelos melhores programas de estágio na Bahia, o diretor de Projetos da Lacerta, Henrique Ribeiro, falou sobre a importância do prêmio: “É uma grande motivação para as empresas aprimorarem seus programas de estágio, visando ampliar o potencial dos estudantes que integram sua equipe e que, possivelmente, serão seus futuros empregados”, afirmou o representante da empresa contemplada com o Troféu Euvaldo Lodi, destinado às que já foram premiadas nos anos anteriores e atingiram pontuações mais altas. 24  Bahia Indústria

Na categoria grande empresa, a escolhida foi a Braskem, de Camaçari. Já a média empresa contemplada foi a Cromex, de Simões Filho. E a Escola Kennedy, do município de Eunápolis, foi a vencedora entre as empresas de pequeno porte. As finalistas de cada categoria e os estagiários de destaque nos projetos inscritos no prêmio também foram anunciados durante a solenidade. O superintendente do IEL,

Armando Neto destaca a importância da premiação

Armando Neto, ressaltou que o principal objetivo do prêmio é, por meio do reconhecimento das melhores práticas, contribuir para a mudança da cultura de estágio dentro das empresas. “É uma maneira de reforçar que a verdadeira essência do estágio é o ato de educar, de contribuir para a formação profissional e cidadã de jovens, que não podem ser vistos como mão de obra barata”, disse.

inovação De acordo com o diretor geral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), Roberto Lopes, o prêmio é uma ação que concorre para o esforço de incorporar a inovação nos processos produtivos. “O estágio abre portas para a inserção de novas tecnologias, ideias e mudanças de atitude, mudando padrões de


vencedores por categoria PEQUENA EMPRESA »Escola Kennedy estudante reconhecida »Christiane Silva Ferreira, da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), pelo projeto Cidadãos do Mundo finalista »Cooperativa Central de Crédito da Bahia (Salvador) MÉDIA EMPRESA »Cromex S/A (Simões Filho) estudante reconhecido »Leonardo Correia de Oliveira, da Escola Politécnica da Ufba, pelo projeto Instalação de Sistema de Ensaque para Carbonato de Cálcio finalistas »Portugal Telecom Inovação Brasil (Salvador) »Deten Química S/A (Camaçari)

comportamento e rompendo com a inércia institucional”, pontuou. Já o diretor do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado da Bahia (Sebrae-BA), Lauro Ramos, acredita que o estágio é fundamental no caminho profissional e a iniciativa da premiação deve ser apoiada e ampliada, pois “cria uma corrente do bem”, formando líderes que irão conduzir os destinos das empresas. “O estágio de qualidade representa uma etapa indispensável na vida profissional, pois esse é o momento de os estudantes adquirirem a experiência que o mercado de trabalho exige. Para as empresas, o estágio é a forma mais eficiente de seleção dos colaboradores, pois podem avaliar as competências desenvolvidas e potenciais que buscam para a organização”, afirma a gerente de

Estágio e Formação de Talentos do IEL, Edneide Lima. Criado em 2004 pelo IEL, em parceria com o Fórum de Estágio da Bahia, o prêmio tem como objetivos identificar as boas práticas de estágio das empresas baianas e auxiliar as organizações a desenvolver programas de estágio cada vez melhores, já que todos os inscritos passam pela avaliação de uma comissão julgadora e recebem um relatório que aponta em que pontos a atividade pode ser incrementada. Em 2011, as empresas vencedoras foram a Lacerta Consultoria, Projetos e Assessoria Ambiental Ltda (categoria Pequena Empresa), Portugal Telecom Inovação Brasil (Média) e Petrobras UO BA (Grande). Já Yazaki Autoparts do Brasil Ltda. recebeu o Troféu Euvaldo Lodi. [bi]

Representantes das quatro empresas vencedoras da edição do Prêmio Melhores Práticas de Estágio 2012

GRANDE EMPRESA »Braskem S/A (Camaçari) estudante reconhecida »Simara Vargas Magalhães, da Ufba, pelo projeto Redução de Perdas Físicas na área de Transferência de Insumos Básicos da Industrial de Energia e Serviços da UNIB 1 BA. finalista »Yazaki Autoparts do Brasil Ltda. (Feira de Santana) TROFÉU EUVALDO LODI »Lacerta Consultoria Projetos e Assessoria Ambiental Ltda. (Salvador) estudante reconhecido »André Kaufer Leite, da Universidade Católica do Salvador (Ucsal), pelo projeto Genotoxicidade como Ferramenta Inovadora no Monitoramento Ambiental em Ecossistemas Aquáticos: Teste de Micronúcleo e Teste Allium cepa.

Bahia Indústria  25


indicadores  Números da Indústria

Desempenho da Bahia supera o nacional Enquanto a taxa anualizada da produção física do estado cresceu 0,6%, em julho, a do Brasil registrou queda de 2,7%

A

taxa anualizada da produção física da indústria de transformação da Bahia cresceu 0,6% em julho último, após manter-se estável em junho, registrando trajetória de leve recuperação da atividade produtiva industrial. No mesmo período, a produção brasileira apresentou queda de 2,7%. No ranking dos 13 estados que participam da pesquisa sobre a produção setorial do IBGE, além da Bahia, quatro estados apresentaram desempenho positivo: Goiás (7,5%), Paraná (6,9%), Pernambuco (4%) e Pará (12,5%). Oito estados registraram resultados negativos: Espírito Santo (-10%), Ceará (-4,5%), Rio de Janeiro (-4,4%), São Paulo (-4,1%), Santa Catarina (-4,1%), Minas Gerais (-1,6%), Rio Grande do Sul (-0,4%) e Amazonas (-1,1%). Na Bahia, dos oito segmentos pesquisados, três apresentaram desempenho negativo: Veículos Automotores (-19,9%), Metalurgia Básica (-11,6%) e Refino de Petróleo e Prod. de Álcool (-7,2%). Por outro lado, apresentaram resultados positivos os segmentos Produtos Químicos/Petroquímicos (7,5%), Borracha e Plástico (6,4%),

26  Bahia Indústria

Alimentos e Bebidas (5,4%), Celulose e Papel (3,2%) e Minerais não-metálicos (2,1%). Na comparação de julho de 2012 com igual mês do ano anterior, a produção física da indústria de transformação baiana apresentou crescimento de 3% (contra uma queda de 3% na média Brasil). Cinco dos oito segmentos da Indústria de Transformação registraram crescimento da atividade, como segue: Refino de Petróleo e Prod. de Álcool (18,8%, em função

produção física por estado: indústria de transformação Estados

Jul12/ Jan-Jul 12/ Jul11 Jan-Jul 11

Variação (%)

Ago11-Jul12/ Ago10-Jul11

São Paulo -5,6 -5,9 -4,1 Minas Gerais 0,2 -0,9 -1,6 Rio de Janeiro -5,5 -8,2 -4,4 Paraná -7,8 1,8 6,9 Rio Grande do Sul -6,4 -2,9 -0,4 Bahia 3,0 3,2 0,6 Santa Catarina -0,2 -2,9 -4,1 Amazonas -15,3 -7,7 -1,1 Espírito Santo -8,4 -9,9 -10,0 Pará -4,6 1,7 1,5 Goiás -12,4 6,0 7,5 Pernambuco 3,3 4,1 4,0 Ceará 2,5 -1,4 -4,5 Brasil -3,0 -3,9 -2,7 Fonte IBGE; elaboração Fieb/SDI

do avanço na produção de óleo diesel e outros óleos combustíveis, gasolina automotiva e gás liquefeito de petróleo), Celulose e Papel (15,3%, com a expansão na produção de celulose), Borracha e Plástico (8,8%, devido ao incremento na produção de garrafões, garrafas e frascos de plástico), Minerais não-Metálicos (6,1%, aumento na produção de ladrilhos e placas de cerâmica, massa de concreto e cimentos “Portland”) e Alimentos e Bebidas (3%, em função da maior produção de cerveja, chope e manteiga, gordura e óleo de cacau). Por outro lado, verificou-se queda na produção em Metalurgia Básica (-39,7%, explicada especialmente pela paralisação para manutenção em importante empresa do segmento, provocando a redução da fabricação de barra, perfil e vergalhões de cobre e vergalhões de aços ao carbono), Veículos Automotores (-35,3%, devido à menor fabricação de automóveis) e Produtos Químicos/ Petroquímicos (-1,4%). Tendo em conta o acumulado dos primeiros sete meses deste ano, em comparação a igual período de 2011, verifica-se um crescimento de 3,2% na indústria


de transformação baiana. Tal desempenho positivo foi determinado pela alta dos seguintes segmentos: Produtos Químicos/Petroquímicos (12,2%, ainda refletindo a baixa base de comparação, por conta das paralisações decorrentes do desligamento do setor elétrico ocorrido na Região Nordeste do país em fevereiro do ano passado; nessa atividade sobressaiu a maior produção de etileno não-saturado, polietileno de alta e baixa densidade, sulfato de amônio e polietileno linear), Borracha e Plástico (9,2%, com a maior fabricação de garrafões, garrafas e frascos de plástico), Alimentos e Bebidas (4,3%, com a maior fabricação de cervejas, chope, farinhas e “pellets” da extração do óleo de soja, óleo de soja em bruto e manteiga, gordura e óleo de cacau), Minerais não Metálicos (3,8%) e Celulose e Papel (2,7%). De modo geral, mantém-se a tendência negativa dos segmentos produtores de commodities, influenciados pela conjuntura internacional adversa com a crise na Europa e a desaceleração dos Brics, que seguem apresentando resultados inferiores aos de segmentos mais voltados ao atendimento do mercado interno e produtores de bens finais. Ressalte-se que a indústria de transformação baiana apresenta resultado positivo no acumulado dos primeiros meses deste ano devido, sobretudo, à base de comparação deprimida, relacionada aos efeitos da interrupção do fornecimento de energia elétrica em fevereiro de 2011, que comprometeu importante parte da produção de empresas localizadas no Polo Industrial de Camaçari. [bi]

BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2010 - 2012) 140 135

2010

130 125

2012

120 115

2011

110 105 100 95 DEZ

NOV

OUT

SET

AGO

JUL

JUN

MAI

ABR

MAR

FEV

JAN

90

Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14); base = 100 (média 2002)

Bahia Indústria  27


Especialista esclarece Plano Brasil Maior Fernando Matos, da Deloitte, alertou para o risco de perda de receita caso os benefícios da MP 563 sejam mal avaliados

O

Plano Brasil Maior é benéfico para alguns segmentos do mercado, mas também há riscos para as empresas, que podem invalidar, perder ou onerar seus custos se os processos não forem adequadamente cuidados. O alerta foi dado pelo consultor da Deloite Touche Tohmatsu, Fernando Matos, que, juntamente com Nilson França e os gerentes Marcus Cruz e André Rodrigues, também representantes da consultoria, participaram, dia 12 de setembro, no auditório da FIEB do seminário Os Impactos do Plano Brasil Maior nos lucros e resultados das empresas. O evento foi uma parceria da Deloitte com o Conselho de Assuntos Fiscais e Tributários (Caft) da FIEB e teve por objetivo apresentar para empresários e técnicos que atuam no setor tributário e fiscal as vantagens, desvantagens e riscos que a MP 563/2012 oferece, de forma que a tirar proveito dos seus benefícios. Matos citou como exemplo o caso do Reintegra. De acordo com o especialista, se não forem observadas as questões de importação própria e a que é praticada por terceiros, a empresa vai receber 3% como vantagem fiscal de desoneração da exportação e no momento de um processo de fiscalização, quando a Receita Federal somar todas as importações no custo do produto e relacionar com a receita, se ultrapassar o limite de 40%, a empresa terá que devolver todo o benefício. Ele também citou como exemplo a proposta de desoneração da folha e alertou que as empresas têm que estar atentas à fórmula adequada de fazer o cálculo das proporções (veja quadro). “O plano é bom, embora não esteja claramente definido quem ganha e quem perde”, destaca Matos. Na avaliação dele, organizar a estrutura empresarial, selecionando pessoas para dominar o conhecimento sobre o Plano Brasil Maior, movimentar a estrutura para centralizar parte dessas tarefas e contar com ajuda externa também são formas de evitar riscos. “Sai mais barato uma ação preventiva do que ser alvo de um auto de infração da Receita.” 28  Bahia Indústria

Empresa precisa avaliar benefícios, alerta Matos

demonstração da folha Eventos S/ Desoner. C/ Desoner.

Salário dos funcionários INSS Patronal Custo c/ empregados

5.000 1.000 6.000

5.000 0 5.000

dre Receita Bruta Dedução INSS P. Receita Líquida CSP Lucro Bruto

Cenário Atual Cenário(1) Cenário(2) Cenário(3)

10.000 10.000 10.101 9.090 0 100 101 90 10.000 9.900 10.000 9.000 6.000 5.000 5.000 5.000 4.000 4.900 5.000 4.000

Fonte: Fernando Matos/ Deloite Touche Tohmatsu


Serviços e tecnologia na Construir Bahia Sistema FIEB levou seus serviços para a feira especializada em produtos e serviços para o segmento da construção civil

A

necessidade de adotar soluções inovadoras no gerenciamento dos canteiros de obras e para o descarte correto dos resíduos sólidos da obra foram temas tratados na abertura da feira Construir Bahia 2012, que aconteceu de 13 a 15 de setembro, no Centro de Convenções, em Salvador. Os temas foram tratados durante o 10º Seminário Tecnológico e 9º Seminário de Inovação na Construção Civil, realizado pelo SENAI, em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) e o Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae). A importância e o sucesso do evento, que este ano completou dez anos, foram ressaltados pelo presidente do Sinduscon, Carlos Alberto Vieira Lima: “Não podemos ficar no estágio em que estamos, com canteiros e processos de construção que permanecem os mesmos de 40 anos atrás e pagando um preço elevado por isso.” O Serviço Social da Indústria (SESI) também realizou o IX Fórum de Segurança e Saúde do Trabalho, no dia 14 de setembro, que abordou os resultados sociais e financeiros do investimento nas práticas de segurança e saúde do trabalho (SST). De acordo com o superintendente do SESI-BA, José Wagner Fernandes, o objetivo foi sensibi-

Sistema FIEB levou a unidade móvel do SENAI para o evento

lizar para a importância das práticas de SST, mostrando o retorno destes investimentos. “Os resultados são muito positivos. Uma prova de que vale a pena investir. E o SESI disponibiliza consultorias e serviços para as empresas que querem implantar estas práticas.” O gerente administrativo financeiro da Odebrecht, Vitor Vasconcelos, trouxe o case de sucesso do serviço móvel de odontologia do SESI-BA em uma obra de grande porte da empresa, que, trouxe como resultados, além da redução de doenças bucais e do absenteísmo causado por dores e extrações dentárias, mais cuidados com higiene pessoal entre os trabalhadores e

o hábito da prevenção. “Observamos mudança de comportamento e ainda reduzimos os custos.” Durante a Construir Bahia, o Sistema FIEB esteve presente com um stand. Na ocasião, o SESI apresentou alguns de seus trabalhos em inovação e pesquisa, a exemplo do protótipo de telha sustentável, da retroescavadeira, da simulação de empilhadeira e de guindaste. O SENAI levou para o evento um simulador de equipamentos móveis industriais (EMI) e a unidade Escola Móvel de Construção Civil, que ficou aberta à visitação. Já o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) participou apresentando seu portfólio de serviços. [bi] Bahia Indústria  29


painel

Energia no mercado livre

Reinaldo Sampaio, vice-presidente da FIEB, e Guilherme Monteiro Barreto, da Libra

Libra Terminais planeja investir no Porto de Salvador O executivo de Novos Negócios da Libra Terminais, empresa do Grupo Libra, anunciou, durante encontro com o vice-presidente da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB), Reinaldo Sampaio, no início de agosto, a decisão da companhia em expandir seus negócios para o Nordeste e, em especial, investir no Porto de Salvador, com vistas ao arrendamento do terminal de contêineres. Em contato com a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), a empresa obteve retorno positivo, comprometendo-se a apresentar estudos de viabilidade técnica. O Grupo Libra tem uma participação importante no segmento, com 27% do mercado nacional de arrendamento de terminais de contêineres no Brasil e a FIEB vê com bons olhos a perspectiva de ter uma empresa desse porte atuando no Porto de Salvador. De acordo com Reinaldo Sampaio, é incompreensível que a Bahia tenha um único terminal de contêiner para navios de maior dimensão e ainda assim, sem calado suficiente para embarcações de grande porte. Isso estaria em descompasso com a realidade econômica da Bahia e fez com que o estado perdesse a liderança para Pernambuco e Ceará. A preocupação da FIEB agora é que a Codeba dê a devida agilidade à demanda da Libra.

Espanha quer investir em parcerias na Bahia “Estou impressionado com o desenvolvimento de Salvador e com o dinamismo econômico da Bahia”, afirmou o embaixador da Espanha no Brasil, Manuel de la Câmara Hermoso, em visita à FIEB. Na companhia do cônsul geral e do vice-cônsul da Espanha na Bahia, respectivamente, Daniel Chamorro Garcia e Juan Manuel Caserza, o diplomata foi recebido pelo 1º vice-presidente da FIEB, Victor Ventin, e pelo superintendente de Desenvolvimento Industrial da Casa, João Marcelo Alves. O embaixador Manuel Hermoso fez questão de conhecer as áreas prioritárias de desenvolvimento industrial no estado e sinalizou que a Espanha tem interesse em projetos nas áreas ambiental e de infraestrutura. Ele adiantou o desejo de viabilizar, ainda este ano, um encontro entre empresários espanhóis e baianos. “Temos que explorar possibilidades de parcerias”, destacou.

30  Bahia Indústria

Apesar de ser um diferencial de economia para as empresas, a grande maioria desconhece como adquirir o insumo de energia no mercado livre. A constatação é da consultora Alexandra Susteras, gerente de Estudos e Gestão de Energia da Andrade e Canellas, para quem o potencial de crescimento deste mercado é de 46%. O tema foi tratado durante encontro ocorrido no dia 13 de agosto, na sede da Federação das Indústrias da Bahia, quando se discutiram as oportunidades e riscos de se recorrer ao mercado livre. Alexandra explica que existem hoje mais de 10 mil consumidores diferenciados, incluindo indústrias, com gastos mensais com energia acima de R$ 100 mil, que poderiam se beneficiar com uma redução de 25% em seus custos com energia. A iniciativa da realização do evento foi das entidades que representam o setor e insere-se na programação do Ano do Mercado Livre de Energia.


SESI acima da média na Prova Brasil As unidades Candeias e Retiro do SESI-BA tiveram pontuações acima da média recomendada pelo Ministério da Educação na Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc), mais conhecida como Prova Brasil. O exame testa conhecimentos em matemática e língua portuguesa entre alunos dos 5º e 9º anos do ensino fundamental da rede pública. Seus resultados compõem a base para o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que deverá ser divulgado em dezembro deste ano. Em português, os alunos do 9° ano do SESI Retiro obtiveram a pontuação de 285,3; enquanto a média recomendada pelo MEC é 275,0; e o resultado da rede pública do estado ficou em 253,5. Já em matemática, os estudantes da unidade Candeias do 5° ano receberam 238,4 na avaliação, superando a média recomendada pelo ministério, que é de 225,0. Apenas os alunos do 9° ano das duas escolas ficaram com médias abaixo da recomendada (300,0) em matemática: Candeias 285,4 e Retiro 282,7. Porém, as notas estão bem acima da média estadual (263, 7) e da nacional (250,6). Esta foi a primeira vez que escolas do SESI-BA passaram pela avaliação.

Estudantes do SESI Retiro e Candeias foram bem avaliados

Prêmio de Inovação

Força Jovem: reciclagem e capacitação em manutenção de PCs

A Engpiso, empresa do segmento de pré-fabricados de concreto, associada ao Sinprocim-BA, concorre no Prêmio Nacional de Inovação, na categoria Agentes Locais de Inovação, na qual é avaliado o sistema de gestão da inovação dentro da empresa e como ela organiza seus processos para viabilizar ideias inovadoras. A empresa teve a assessoria do Instituto Euvaldo Lodi Bahia no processo de inscrição e recebeu o apoio da Superintendência de Relações Institucionais (SRI) da FIEB e do Conselho da Micro e Pequena Empresa Industrial da FIEB (Compem), presidido por Carlois Gantois.

Um computador velho pode fazer muita diferença. É isso o que mostra o Programa Força Jovem, desenvolvido pela Dow, em parceria com o Serviço Social da Indústria (SESI/BA), a Universidade Federal da Bahia (Ufba), por meio do

Programa Onda Digital, a Secretaria de Educação e Cultura de Candeias (Seduc) e a Associação de Moradores de Madeira, distrito de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador. A partir de equipamentos doados pela Petrobras e

Alunos do curso mostram equipamentos recuperados

pelos Laboratórios Leme, 26 jovens das comunidades de Madeira e Pasto de Fora foram capacitados no Curso de Manutenção Básica de Microcomputadores, cuja formatura ocorreu no dia 10 de agosto. Eles aprenderam a montar novos equipamentos utilizando peças de máquinas antigas, e depois da instalação de softwares livres, cada jovem ficou com um equipamento. Quatro computadores foram doados para a Associação de Moradores de Madeira. O curso, além de desenvolver a metareciclagem (reutilização de lixo eletrônico), possibilita o acesso da população local à tecnologia.

Bahia Indústria  31


ideias

O Apofis e a inovação Por Fernando M. Machado

O asteróide 2004MN4 foi batizado de Apofis, o deus egípcio da destruição, quando assustou o mundo em 2004. Com aproximadamente 250 metros de diâmetro, passará entre a Terra e a Lua, a 18.600 milhas da superfície do planeta, mais próximo que muitos satélites de comunicação, na sexta-feira, 13 de abril de 2029. Calcula-se que há 99% de probabilidade de que o planeta fique incólume, mas se o Apofis passar a 293 milhas adicionais de distância, numa pequena região espacial de 800 metros de largura, haverá uma probabilidade significativa de impacto em 13 de abril de 2036. Nada que ver com profecias Maias. Os asteróides, cometas, as explosões solares, as supernovas, as erupções de super-vulcões e os câmbios climáticos, entre outras causas de extinção massiva no passado, são importantes lembretes de como a vida na Terra é frágil. A evidência científica é inexorável. Tudo neste universo, incluindo todos os seres, é feito de nada mais que poeira de estrelas. E, por poético que seja, mais cedo ou mais tarde, voltaremos a sê-lo. A sempre presente possibilidade de grandes mudanças na vida no planeta nos faz buscar sinais e mecanismos de prevenção. Identificamos e monitoramos trajetórias de asteróides, sua composição, cometas e explosões solares, e desenvolvemos possíveis soluções para evitar as correspondentes catástrofes, quando possível. Nenhuma delas se constitui em pe32  Bahia Indústria

quenas soluções incrementais ao que já fazemos no dia a dia. Porque a vida empresarial seria diferente? Mutatis mutandis, o contexto empresarial simula as alternâncias cíclicas do cosmos. As atuais múltiplas crises nas áreas econômica e social, ambiental, de recursos naturais, segurança e governabilidade, somadas a uma revolução tecnológica de grande magnitude, são sinais claros de que a sobrevivência das empresas demanda realizar mudanças radicais nos seus respectivos negócios. Uma ruptura massiva está a caminho, um verdadeiro Apofis dos negócios, e as empresas existentes no país terão que decidir se serão vitimas ou protagonistas desta ruptura. Em junho, a empresa consultora KPMG publicou o resultado de sua pesquisa anual intitulada Perspectivas da Manufatura Global: Promovendo o Crescimento através da Inovação. A pesquisa cobriu as perspectivas de negócios de 241 executivos de alto nível da indústria em todo mundo, a maior parte deles dos EUA, Europa e Ásia. A grande maioria das empresas consultadas tem enfrentado a volatilidade de preços nos seus insumos, riscos ao interior da cadeia produtiva e uma demanda incerta. A adoção, pelas mesmas, da receita tradicional para maximizar vendas e lucros, de otimização de custos e eficiência operacional, na espera de melhores tempos, tem sido a norma. Mas como a estagnação econômica já dura quatro anos, estas empresas estão indo além do corte de custos, adotan-

Setenta e cinco por cento dos executivos encontram-se otimistas quanto ao futuro dos seus negócios nos próximos 12 a 24 meses, com alto crescimento de margens, e 72% dos mesmos acreditam que a inovação transformacional será o grande fator de promoção deste crescimento

do novas estratégias de expansão de seus negócios via aumento de competitividade pela inovação. Setenta e cinco por cento dos executivos encontram-se otimistas quanto ao futuro dos seus negócios nos próximos 12 a 24 meses, com alto crescimento de margens, e 72% dos mesmos acreditam que a inovação transformacional será o grande fator de promoção deste crescimento. Há uma busca generalizada por novas maneiras de inovar colaborativamente a montante e a jusante da cadeia produtiva. Já não é segredo que o mundo desenvolvido em crise tratará de sair dela via aceleração dos investimentos e das exportações. Como o amplo protecionismo comercial está fora de questão, como poderão competir as empresas nacionais com o assalto, pelas empresas mencionadas acima, ao mercado nacional, cujo consumo está estimulado pelas nossas políticas de resposta à crise econômica global? Com mais eficiência ope-


nasa/divulgação

"Tudo neste universo é feito de nada mais que poeira de estrelas. E, mais cedo ou mais tarde, voltaremos a sê-lo"

racional lastreada em inovações incrementais? Uma recente newsletter na internet (Value Point) se intitulou "Kodak se une ao cemitério das empresas descerebradas". Em 19 de fevereiro passado, a revista “The Economist” cobriu a queda do gigante japonês da eletrônica, NEC (Nippon Electric Company), mencionando que: “Hoje em dia, não há nada que a NEC produza que outras firmas não estejam fazendo também.” E sugere que outros gigantes como Sharp, Panasonic, Toshiba e Hitachi estão na mesma trajetória. Todas essas empresas já fo-

ram, num momento, conhecidas e admiradas pelas suas grandes inovações de ruptura. Agora fracassam precisamente por serem vítimas do seu sucesso. Na medida em que desenvolveram escala, tornaram-se “de classe mundial”, a excelência operacional passou a ser considerada como crítica para a manutenção do sucesso e as inovações incrementais reinam com exclusividade. A prisão do sucesso as fez mudar o foco mental, afetando seus processos, critérios de decisão sistemas organizacionais e sensores do contexto. O mais importante passa a ser atingir as projeções

Fernando M. Machado, presidente da Focototal Ltda.

dos resultados numéricos esperados por acionistas e pelo mercado. Quando os problemas chegam, a otimização de custos e a resposta exclusiva. Tudo isso as induz a uma verdadeira cegueira empresarial e ao maior risco de todos, o da irrelevância. Se isso acontece com estas empresas de “classe mundial”, estão as empresas brasileiras imunes? O cérebro representa menos de 5% do nosso corpo, mas se deixa de funcionar, estamos oficialmente mortos, e nossos órgãos podem ser colhidos para serem reutilizados. O mesmo acontece com as empresas. [bi] Bahia Indústria  33


leitura&entretenimento Alessandra Nohvais/divulgação

teatro Criançada em cena No mês das crianças o Teatro SESI preparou uma programação especial com dois espetáculos infantis no fim de semana. Além de Sol, de Céu e de Lua (foto), que continua sua temporada de sucesso, o grupo maranhense MiraMundo se apresenta o primeiro fim de semana do mês com o espetáculo Palita no Trapézio. A primeira montagem é voltada para um público de até 1 ano, que é convidado a sentar no palco (acompanhado de um adulto), para vivenciar essa experiência artística, na maioria das vezes, a primeira. O cenário tem as cores da arte de Joan Miró, ao qual agregou-se a poesia de Manoel de Barros.

não perca Teatro SESI, sáb. e dom., 16h30, 13 a 28.10, R$30 e R$15 (meia). Gratuito para Industriários e dependentes. Informações: (71) 3616-7060 Claudio Rossi /Divulgação

exposição Jorge Amado 100 anos Fotografias, objetos, folhetos de cordel, filmes e imagens, enfim, um pouco da intimidade e também do que foi a vida pública de e sobre Jorge Amado fazem parte da mostra que o Museu de Arte Moderna da Bahia exibe como parte das comemorações do centenário do escritor baiano. A mostra Jorge Amado e Universal tem curadoria de William Nacked e ocupa o térreo do casarão, a capela e a galeria 1 do MAMBA. Ela é dividida em módulos distintos, cada um deles dedicado a um aspecto marcante na vida do autor, sem a pretensão de retratar uma biografia, mas o universo e os personagens de Jorge. não perca MAM-BA, ter. a sex, 13 às 19h, sab, dom. e feriados, 14 às 19h, até 18/11. Gratuito. Av. Contorno, Solar do Unhão. Informações: (71) 3117-6143

livros Liderança e sustentabilidade A CEO da Damicos Consultoria e Negócios e professora do MBA em Gestão da Sustentabilidade e da Responsabilidade Social da Unifacs, Maiza Neville, e a psicóloga Regina Drumond, especializada em Qualidade Total no Japão e Coreia, são Liderança e Sustentabilidade autoras deste guia sobre liderança e - Dilemas, Desafios e sustentabilidade. O livro vem recheado de Propósitos exemplos práticos que ajudam a melhorar Maiza Neville e Regina C. Drumond, a percepção sobre os temas abordados e Casa da Qualidade, ajudam o leitor a refletir sobre a prática 212 p. R$ 35 adotada no dia a dia profissional.

34 Bahia Indústria

Decisão nas corporações

Tomada de Decisão nas Organizações uma Visão Multidisciplinar Abraham Sin Oih Yu (Org.) Editora Saraiva 336 p. R$ 54

Com textos de 16 pesquisadores do grupo de pesquisa Núcleo Decide da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA‑USP), o livro, que é um dos finalistas do Prêmio Jabuti 2012, reúne as teorias sobre tomada de decisões surgidas nos últimos 50 anos, traduzidas em interpretações voltadas para a aplicação nas organizações. A obra é dividida em quatro partes, que apresentam ao leitor todas as dimensões do problema decisório.


COM O CENTRO INTERNACIONAL DE NEGÓCIOS, AS INDÚSTRIAS BAIANAS GANHAM O MUNDO. O Centro Internacional de Negócios ( CIN FIEB ) prepara as pequenas e médias indústrias baianas para o mercado internacional. Promove o aumento da competitividade dessas empresas, prospecta novos mercados, atrai investimentos externos e fomenta a cooperação empresarial.

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36  Bahia Indústria


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