Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto

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Bahia

ISSN 1679-2645

Federação das Indústrias do Estado da Bahia  Sistema FIEB

Aceitam-se boas ideias SENAI mantém incubadora e aceleradora para estimular empreendedores e estudantes a desenvolverem projetos de inovação

Ano XXII nº 238 Jul/ago/2015



EDITORIAL

Rafael Brito, técnico do SENAI, com um dos projetos da incubadora

T

er uma ideia incrível pode não ser o bastante quando se tem um espírito inovador e empreendedor. É preciso que ela tome forma, se desenvolva e se transforme em ação ou produto. O caminho para que isso aconteça é muitas vezes árduo. Sem apoio, grandes inovações acabam se perdendo. Foi para evitar que ideias originais ou quem sabe, revolucionárias, tenham a gaveta como destino que o SENAI Bahia resolveu dar uma forcinha para quem tem uma ideia brilhante na cabeça e não sabe o que fazer com ela. Desde 2012 foi estruturado o Programa de Empreendedorismo e Inovação do SENAI, de onde tem saído boas surpresas. Algumas delas estão demonstradas nas páginas da matéria de capa desta edição da Revista Bahia Indústria e revela um pouco do que a Bahia tem a oferecer em soluções para a sociedade e, em especial, para a indústria. Ao todo, são 27 projetos que recebem o suporte do SENAI: 15 em processo de pré-incubação (uma etapa inicial, de seleção e validação de ideias), seis já incubados (em fase de desenvolvimento e/ou implantação) e outros seis sendo acelerados. Nesta última etapa, o projeto recebe um aporte financeiro que permite ao empreendedor acessar o mercado mais rapidamente. Por meio do Start Up Brasil, programa do Governo Federal que atua por meio de aceleradoras qualificadas como o SENAI, são oferecidos aos empreendedores recursos de até R$ 200 mil em bolsas de pesquisa e desenvolvimento para os profissionais. Sejam incubados ou acelerados, os perfis dos projetos são dos mais variados, contemplando áreas como robótica e automação, impressão 3D, supercomputação, telecomunicações e equipamentos para a cadeia de petróleo e gás. Igualmente diversificado é o perfil dos empreendedores. Há casos de estudantes, jovens recém-formados ou mesmo profissionais mais experientes que decidem tirar seus protótipos da garagem e abrir uma start-up – pequenas empresas que apostam em negócios de risco, com investimento inicial baixo, mas potencial de crescimento e retorno rápidos. Para dar suporte a esta iniciativa o SENAI Cimatec estruturou o Laboratório Aberto. Recentemente inaugurado, o espaço oferece aos usuários recursos

angelo pontes/Coperphoto/sistema fieb

Pensar fora da caixa

para modelagem computacional, impressão 3D, circuitos e sistemas automatizados, além de bancadas de eletroeletrônica, equipamentos de marcenaria e soldagem e o apoio de um quadro de pessoal especializado do SENAI. O espaço do Cimatec faz parte de uma rede de laboratórios abertos que serão inaugurados em todo o Brasil e integra o Programa SibratecShop, desenvolvido pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação em parceria com o SENAI e o SEBRAE. A iniciativa prevê a disponibilização de R$ 1 milhão por laboratório, de modo a permitir às empresas custear matéria-prima, assessoria técnica e o aluguel das máquinas para o desenvolvimento de seus projetos. Fica o convite para conhecer nas páginas desta edição o que o SENAI Bahia vem realizando para estimular a inovação no nosso estado. Para o SENAI, o futuro é isso: pensar fora da caixa.

São 27 projetos que recebem o suporte do SENAI: 15 em processo de pré-incubação (uma etapa inicial, de seleção e validação de ideias), seis já incubados (em fase de desenvolvimento e/ou implantação) e outros seis sendo acelerados.


Unidades do Sistema FIEB Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato SESI – Serviço Social da Indústria Sede: 3343-1301

@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429

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@Cimatec: (71) 3534-8090 @Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090 @Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609 @Barreiras: (77) 3612-2188

IEL – Instituto Euvaldo Lodi Sede: 71 3343-1384/1328/1256 @Barreiras: (77) 3611-6136 @Camaçari: (71) 3621- 0774 @Eunápolis: (73) 3281- 7954 @Feira de Santana: (75) 3229- 9150 @Ilhéus: (73) 3639-1720 @Itabuna: 3613-5805 @Jacobina: (74) 3621-3502 @Juazeiro: (74) 2102-7114 @Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621 @Vitória da Conquista: (77) 3424-2558

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Bahia FIEB

CIEB

PRESIDENTE Antonio Ricardo Alvarez Alban. 1° VICE-

PRESIDENTE Reginaldo Rossi. 1º VICE-PRESIDENTE

-PRESIDENTE Carlos Henrique Jorge Gantois. VICE-

Jorge Emanuel R. Cajazeira. 2º VICE-PRESIDENTE Carlos Antonio B. Cohim da Silva. 3º VICE-PRESIDENTE Roberto Fiamenghi. DIRETORES TITULARES Arlene Aparecida Vilpert; Benedito Almeida Carneiro Filho; Cleber Guimarães Bastos; Luiz da Costa Neto; Luis Fernando Galvão de Almeida; Marcelo Passos de Araújo; Mauricio Lassmann; Paula Cristina Cánovas Amorim; Hilton Moraes Lima; Thomas Campagna Kunrath; Walter José Papi; Wesley Kelly Felix Carvalho. DIRETORES SUPLENTES Antonio Fernando Suzart Almeida; Carlos Antônio Unterberger Cerentini; Décio Alves Barreto Junior; Jorge Robledo de Oliveira Chiachio; Fernando Elias Salamoni Cassis; José Luiz Poças Leitão Filho; Mauricio Carvalho Campos; Sudário Martins da Costa; CONSELHO FISCAL - EFETIVOS Luiz Augusto Gantois de Carvalho; Rafael C. Valente; Roberto Ibrahim Uehbe. CONSELHO FISCAL – SUPLENTES Felipe Pôrto dos Anjos; Rodolpho Caribé de Araújo Pinho Neto; Thiago Motta da Costa

-PRESIDENTES Josair Santos Bastos; Mário Augusto

Rocha Pithon; Edison Virginio Nogueira Correia; Alexi Pelagio Gonçalves Portela Junior. DIRETORES TITULARES Eduardo Catharino Gordilho; Alberto Cánovas Ruiz; Eduardo Meirelles Valente; Renata Lomanto Carneiro Müller; Leovegildo Oliveira de Sousa; Fernando Luiz Fernandes; Juan Jose Rosario Lorenzo; Theofilo de Menezes Neto; José Carlos Telles Soares; Angelo Calmon de Sa Junior; Jefferson Noya Costa Lima; Fernando Alberto Fraga; Luiz Fernando Kunrath; João Schaun Schnitmam. DIRETORES SUPLENTES Mauricio Toledo de Freitas; Guilherme Moura Costa e Costa; Gladston José Dantas Campêlo Waldomiro Vidal de Araújo Filho; Cléber Guimarães Bastos; Jorge Catharino Gordilho; Marcelo Passos de Araújo; Antonio Geraldo Moraes Pires; Roberto Mário Dantas de Farias

conselhos Conselho da Micro e Pequena Empresa Indus-

SESI

trial Carlos Henrique Jorge Gantois; Conselho de

Presidente do Conselho e Diretor Regional

Mário Augusto Rocha Pithon; Conselho de Comércio Exterior Angelo Calmon de Sá Junior; Conselho de Economia e Desenvolvimento Industrial Antonio Sergio Alipio; Conselho de Infraestrutura Marcos Galindo Pereira Lopes; Conselho de Inovação e Tecnologia José Luis Gonçalves de Almeida; Conselho de Meio Ambiente Jorge Emanuel Reis Cajazeira; Conselho de Relações Trabalhistas Homero Ruben Rocha Arandas; Conselho de Responsabilidade Social Empresarial Marconi Andraos Oliveira; Comitê de Jovens Lideranças Industriais Eduardo Faria Daltro; Comitê de Petróleo e Gás Humberto Campos Rangel; Comitê de Portos Sérgio Fraga Santos Faria Assuntos Fiscais e Tributários

Antonio Ricardo Alvarez Alban. Superintendente Armando da Costa Neto

Editada pela Gerência de Comunicação Institucional do Sistema Fieb Editorial Mônica Mello, Cleber Borges e Patrícia Moreira. Coordenação editorial Cleber Borges. Editora Patrícia Moreira. reportagem Patrícia Moreira, Carolina Mendonça, Marta Erhardt, Emília Valente, Luciane Vivas e Décio Esquivel (estagiário). Projeto Gráfico e Diagramação Ana Clélia Rebouças. fotografia Coperphoto. Ilustração e Infografia Bamboo Editora. Impressão Gráfica Trio. Conselho

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA

Rua Edístio Pondé, 342 – Stiep, CEP.: 41770-395 / Fone: 71 3343-1280 www.fieb.org.br/bahia_industria_online

SENAI Presidente do Conselho Antonio Ricardo A. Alban. Diretor Regional Luís Alberto Breda Diretor de Tec. e Inovação

Leone Peter Andrade

As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessariamente o pensamento da FIEB.

IEL Presidente do Conselho e Diretor Regional

Filiada à

Antonio Ricardo Alvarez Alban. Superintendente Evandro Mazo Diretor Executivo da FIEB

Vladson Menezes

Sindicatos filiados à FIEB Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado da Bahia, sindacucarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem no Estado da Bahia, sindifiteba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do tabaco no Estado da Bahia, sinditabaco@fieb.org. br / Sindicato da Indústria do Curtimento de Couros e Peles no Estado da Bahia, sindicouroba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário de Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Candeias, Camaçari, Dias D’ávila e Santo Amaro, sindvest@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da Indústria de Extração de Óleos Vegetais e Animais e de Produtos de Cacau e Balas no Estado da Bahia, sindioleosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Cerveja e de Bebidas em Geral no Estado da Bahia, sindcerba@bol.com.br / Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia, sindpacel@hotmail.com / Sindicato das Indústrias do Trigo, Milho, Mandioca e de Massas Alimentícias e de Biscoitos no Estado da Bahia, sindtrigoba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Calcário, Cal e Gesso do Estado da Bahia, sindicalba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia, secretaria@sinduscon-ba.com.br / Sindicato da Indústria de Calçados, seus Componentes e Artefatos no Estado da Bahia, sindcalcadosba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado da Bahia, simmeb@uol.com. br / Sindicato das Indústrias de Cerâmica e Olaria do Estado da Bahia, sindicerba@gmail.com / Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza em geral e Velas do Estado da Bahia, sindisaboesba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias e Marcenarias de Salvador, Simões Filho, Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D’ávila, Sto. Antônio de Jesus, Feira de Santana e Valença, sindiscamba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Cidade do Salvador, sindpanssa@uol.com.br / Sindicato da Indústria de Produtos Químicos, Petroquímicos e Resinas Sintéticas do Estado da Bahia, sinpeq@coficpolo.com.br / Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado da Bahia, sindiplasba@sindiplasba.org.br / Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia, sinprocimba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado da Bahia, sindbrit@svn.com.br / Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia, adm@quimbahia.com.br / Sindicato da Indústria de Mármores, Granitos e Similares do Estado da Bahia, simagranba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria Alimentar de Congelados, Sorvetes, Sucos, Concentrados e Liofilizados do Estado da Bahia, sindsucosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado da Bahia, sincarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário da Região de Feira de Santana, sindvestfeira@fbter.org.br / Sindicato da Indústria do Mobiliário do Estado da Bahia, moveba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia, sindratar@gmail.com.br / Sindicato das Indústrias de Construção Civil de Itabuna e Ilhéus, valmirsb@yahoo.com.br / Sindicato das Indústrias de Café do Estado da Bahia, sincafeba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado da Bahia, sindileite@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares dos Municípios de Ilhéus e Itabuna, sinec@sinec.org.br / Sindicato das Indústrias de Construção de Sistemas de Telecomunicações do Estado da Bahia, anaelisabete@telenge.com.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Feira de Santana, simmefs@simmefs.com.br / Sindicato das Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado da Bahia, sindirepaba@sindirepabahia.com.br / Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, sindipecas@sindipecas.org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia, sindcosmetic@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Artefatos de Plásticos, Borrachas, Têxteis, Produtos Médicos Hospitalares, sindiplast@gmail.com / Sindicato Patronal das Indústrias de Cerâmicas Vermelhas e Brancas para Construção e Olarias da Região Sudoeste e Oeste da Bahia sindiceso@gmail.com Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas do Nordeste (Siacan) siacan@veloxmail.com.br / Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) sinaval@sinaval.org.br / Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado da Bahia, sipaceb@gmail.com

4  Bahia Indústria


sumário jul/ago 2015 angelo pontes/coperphoto/Sistema FIEB

16 Acelerando a inovação SENAI vira celeiro de boas ideias com a incubadora e aceleradora de projetos voltados para a indústria

Capa: Ana Clélia Rebouças

22 marcelo gandra/Sistema FIEB

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12º Prêmio de Estágio

Manual de Licenciamento

ViraVida na Bahia é destaque nacional

Roteiro revela tradição do tabaco baiano

Empresas e estudantes reuniram-se para workshop e premiação anual

Publicação atualiza regulamentação para licenciamento ambiental

Projeto registra 15% de evasão, um dos mais baixos índices entre as 21 cidades do país onde o SESI adota o projeto de ressocialização. Na Bahia, uma nova turma de 160 jovens foi diplomada

Sinditabaco propõe criar a Rota do Charuto, roteiro turístico pelo Recôncavo com visitação às fábricas de produção artesanal e contato com a cadeia de produção


IEL premia Workshop e premiação marcaram a 12ª edição do Prêmio IEL de Estágio, que reuniu empresas e estudantes na FIEB

C

om um projeto de adequação tarifária, no qual efetuou o estudo dos contratos de fornecimento firmados entre os consumidores de energia de alta tensão e as concessionárias, a estudante de Engenharia Elétrica da Faculdade Área 1, Regiane Batista, reduziu em R$ 70 mil, em menos de um ano, os custos com o insumo na empresa na qual trabalha. Iniciado em setembro de 2014, em 10 filiais da empresa Máquina 6  Bahia Indústria

Destaques em estágio Por Marta Erhardt

de Vendas, na Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte, o projeto foi ampliado para outras 22 lojas da rede e a estimativa é reduzir, até o final do ano, mais R$ 150 mil com os ajustes. Regiane foi vencedora do Prêmio IEL de Estágio na categoria Estagiário, incluída na premiação nesta 12ª edição. “Não é impossível. A gente tem que acreditar no nosso sonho. A ferramenta do sucesso está no conhecimento”, comemorou. A premiação também homenageou as empresas com melhores práticas de atração, desenvolvimento e retenção de estagiários e as instituições de ensino que apoiam e incentivam a prática de estágio durante

a formação acadêmica dos alunos. Entre as instituições de ensino finalistas, a Faculdade Maurício de Nassau se destacou. “Esse prêmio é uma forma de despertar um olhar mais delicado para a prática de estágio, sem a qual a graduação não está completa”, pontuou a analista de Carreiras da instituição, Ivonildes Silva. Na categoria empresas, a Softwell Solutions (do segmento de software) levou, pela segunda vez, o prêmio entre as organizações de pequeno porte; o Sebrae ficou com o primeiro lugar entre as de médio porte; e a Máquina de Vendas Brasil (varejista do segmento de eletroeletrônicos) foi vencedora entre as de grande porte. “O mais importante de tudo é que a gente forma pessoas e fortalece os valores dos estudantes”, ressaltou a gerente de Desenvolvimento de RH da Máquina de Vendas Brasil, Priscilla Breitenbauch, sintetizando o sentimento dos demais vencedores.


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Raymundo Dórea, ao lado do Mapa Estratégico de Inovação da empresa, destaca os benefícios do JOIN

Os vencedores nas três categorias da edição 2015 do Prêmio; o publicitário Maurício Magalhães em palestra durante o Workshop

A entrega do Prêmio IEL de Estágio fez parte da programação do 16º Workshop de Estágio, no Dia do Estagiário (18.8), em cerimônia no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). "O IEL é uma instituição focada em educação e, desde sua criação, já encaminhou mais de 200 mil estudantes para o mercado de trabalho”, destacou o vice-presidente Josair Bastos, que representou a FIEB no evento. Já o superintendente do IEL, Evandro Mazo, falou sobre a importância do envolvimento das universidades, empresas e dos estudantes no processo de estágio, ressaltando os desafios que devem ser enfrentados por cada um destes agentes diante do cenário de mudança constante, que exige soluções de problemas de forma mais rápida. “Para os estudantes, o desafio é pensar globalmente, ter maturidade para aprender e para lidar

com o ambiente de trabalho diversificado. As instituições de ensino precisam adequar seus planos de trabalho e dinâmica de aulas às demandas do mercado. Já as empresas precisam identificar e reter seus talentos”, explicou.

WORKSHOP A programação do workshop contou com a palestra Bahia, fico ou vou embora?, ministrada pelo publicitário Maurício Magalhães, que fez algumas provocações ao público. Além de abordar sua experiência profissional, o comunicólogo, que desenvolveu sua carreira na Bahia e atualmente mora em São Paulo, também falou sobre a possibilidade de crescimento profissional na Bahia. “Precisamos de um ambiente de negócios melhor. A gente está virando fornecedor de mão de obra. Em São Paulo, o baiano é visto como mão de obra rara, trabalhadora e dedicada”, ressaltou.

Sócio-presidente da Agência TUDO, uma empresa do Grupo ABC, presidido por Nizan Guanaes, Maurício Magalhães defendeu uma postura mais ativa e participativa da sociedade – e dos jovens em especial – para transformar o ambiente local. “A força de São Paulo está no coletivo, no todo. Na Bahia, o charme está no indivíduo. É preciso mudar o perfil, olhar o todo, se enxergar como artífice de mudança”, destacou o publicitário. O Workshop de Estágio também contou com a apresentação do coral Os Pequenos Cantores da Monsanto. Regidos pelo maestro e pianista Alcides Lisboa, os integrantes do coral, criado em 2001, encantaram o público com interpretações de músicas como Semente do Amanhã, de Gonzaguinha. [bi]

>Confira a lista de finalistas no portal do Sistema FIEB (www.fieb.org.br) Bahia Indústria  7


Guia de sustentabilidade FIEB lançou no V Evento de Meio Ambiente manual que orienta empresas nos processos de licenciamento ambiental

A

s micros, pequenas e médias empresas têm às suas mãos agora um instrumento para auxiliar na realização dos procedimentos para obtenção e/ou renovação de licenças junto aos órgãos ambientais. Trata-se do Manual de Licenciamento Ambiental. Iniciativa do Sistema FIEB, em parceria com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), a publicação foi apresentada oficialmente a executivos dos mais diversos setores da indústria baiana durante o V Evento FIEB de Meio Ambiente, no dia 4 de agosto. “É uma iniciativa muito bem-vinda, que está sendo lançada num momento oportuno para todo o empresariado”, acredita a gerente de Meio Ambiente e Responsabilidade Social da FIEB, Arlinda Coelho. Segundo a gerente, o manual atende à demanda gerada pela mudança na legislação que regulamenta o licenciamento ambiental no estado e que introduziu, em novembro de 2014, alterações nos fluxos do processo. Ilustrado com imagens da fauna e flora baianas, a publicação traz, em suas 65 páginas, desde a definição do que é uma licença ambiental até dados sobre os processos, documentos e prazos para a obtenção do anuência dos órgãos competentes, em linguagem atraente e acessível.

A iniciativa faz parte do projeto Indústria Baiana Sustentável. Lançado em 2013, como fruto de um termo de cooperação entre FIEB, Inema e Sebrae, o projeto presta apoio a micros, pequenas e médias empresas nos processo de licenciamento ambiental em diversos níveis, incluindo a intermediação dos trâmites para dar celeridade aos processos nos órgãos ambientais. Até o momento, já foram atendidas 100 empresas associadas a 37 sindicatos filiados à FIEB, representativos dos mais diversos segmentos produtivos em 42 municípios baianos.

Evento de Meio Ambiente

Arlinda Coelho destaca que o Manual vai auxiliar os empresários

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O lançamento do manual foi apenas uma das atividades do V Evento de Meio Ambiente, que atraiu mais de cem executivos à FIEB. Com o tema Desafios e Oportunidades Ambientais para o Setor Empresarial Baiano, o evento colocou em pauta questões que estão na ordem do dia para a competitividade das empresas, como mudanças climáticas, gestão de resíduos sólidos, recursos hídricos e a relação entre inovação e sustentabilidade. “O que precisamos neste momento é de agendas positivas”, enfatizou o presidente da FIEB, Antonio Ricardo Alban, ressaltando os desafios do atual cenário de crise, que demandam uma visão ampla da sustentabilidade, e a preocupação ainda maior com a agilidade e a eficiência. Ao lado do presidente da FIEB, estiveram à mesa de abertura o superintendente de Estudos e Pesquisas Ambientais da Secretaria do Meio Ambiente, Luis Ferraro, representando o secretário de Meio Ambiente Eugênio Spengler, o diretor superintendente do SEBRAE Adhvan Furtado e o secretário de Cidade Sustentável de Salvador, André Fraga, além do coordenador do Conselho de Meio Ambiente da FIEB e vice-presidente do Centro de Indústrias do Estado da Bahia (CIEB), Jorge Cajazeira. Com formato inspirado no programa Roda Vida, o evento deste ano foi concebido para estimular o debate e a interação entre os participantes. Quatro conferencistas fizeram apresentações e responderam questões colocadas por especialistas convidados. [bi]


circuito

por cleber borges

Reação leva governo a recuar na CPMF

Ociosidade é a maior dos últimos 12 anos

O recuo do governo federal em reeditar a Contribuição Provisória para Movimentação Financeira (CPMF) deveu-se à reação contrária do setor produtivo e dos demais segmentos representativos da sociedade. Na Bahia, OAB, Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas, Associação Comercial, Fecomércio e FIEB divulgaram conjuntamente na imprensa nota pública na qual salientavam que a criação de mais um imposto reduziria a competitividade das empresas e penalizaria a sociedade, que não tem responsabilidade sobre o descontrole nas contas públicas.

A utilização da capacidade instalada da indústria brasileira recuou 0,9 ponto percentual em julho, em relação a junho, baixando para 78,6%, o menor resultado da série histórica, que começou em 2003. Todos os indicadores caíram, o que reforça o quadro recessivo da indústria, informa pesquisa da CNI. No mesmo período, o faturamento da indústria caiu 0,2% e as horas trabalhadas na produção diminuíram 2,3%. Para a CNI, a desvalorização cambial contribuirá para melhorar a competitividade da indústria, mas não será suficiente para reverter a situação atual.

Dificuldades na indústria da construção Assim como aconteceu no fechamento do primeiro semestre, a indústria da construção civil terminou julho com 40% de ociosidade do seu parque industrial. É o que revela a Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria, para quem as dificuldades enfrentadas pelo setor se agravaram em julho. Os indicadores revelam queda na atividade e no emprego. Conforme a pesquisa, feita com 596 construtoras de todo o país, o índice de nível de atividade acumula uma queda de 13,8 pontos em 12 meses e é o mais baixo da série histórica, que começou em dezembro de 2009. A maior ociosidade foi registrada nas pequenas empresas, segmento em que a utilização da capacidade de operação foi de apenas 55%.

“Quando escrita em chinês a palavra crise compõese de dois caracteres: um representa perigo e o outro representa oportunidade.” John Fitzgerald Kennedy, presidente dos EUA (1961–1963), ao conclamar os norte-americanos a investir, apesar das crises durante seu governo

Sistema tributário reprovado por 70% das indústrias O sistema tributário brasileiro está muito longe do ideal. Além da elevada carga tributária, o número de impostos é grande, a estrutura é muito complexa e pouco transparente, não respeita direitos e garantias do contribuinte e traz insegurança jurídica. Essa é a conclusão de pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria com 2.622 empresários de todo o país. Segundo eles, o ICMS, a Cofins e as contribuições previdenciárias são os impostos que mais afetam a competitividade. Mais de 70% das empresas reprovam a estrutura tributária brasileira. O número de impostos foi o item com a pior avaliação: 90% dos entrevistados o consideraram ruim ou muito ruim. O item simplicidade teve 85% de respostas muito ruim ou ruim.

Bahia Indústria 9


sindicatos

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Sindicer participa de encontro do setor em Teresina Com o objetivo de intensificar a interação e a troca de experiências, empresários da indústria de cerâmica vermelha participaram, em junho, do 20º Encontro dos Sindicatos de Cerâmica Vermelha do Nordeste e da 10ª Convenção Nordeste de Cerâmica Vermelha, realizados em Teresina. O diretor do Sindicer-BA, Paulo Barbosa, representou o sindicato baiano.

Quimbahia reelege diretoria O vice-presidente da FIEB, Mário Pithon, representou a instituição

Seminário debate fiscalização do trabalho em frigoríficos Os principais alvos de fiscalização em empresas de abate e processamento de carnes e derivados foram discutidos durante o Seminário NR 36, promovido pelo Sindicato de Carnes e Derivados do Estado da Bahia (Sincar), na FIEB, no dia 10 de agosto. Representando a FIEB, o vice-presidente Mário Pithon destacou a relevância do diálogo entre empresários e o órgão fiscalizador. “Nós queremos a aplicação da lei, mas o poder de polícia deve ser aplicado com razoabilidade”, ressaltou. A importância da aproximação da Superintendência com o setor industrial também foi destacada pelo presidente do Sincar, Júlio Farias, e pelo superintendente Regional do Trabalho, Severiano Alves de Souza.

Em eleição realizada em junho, a direção do Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e de Produtos Farmacêuticos da Bahia (Quimbahia) foi reeleita para mandato até 2018. Segundo o presidente reeleito, João Augusto Tararan, “o foco estará na ampliação do número de associados”. Angelo Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

Armando Neto e Carlos Henrique Passos

Sindiplasf participa de encontro em SC

Visitas aproximam Simmefs das empresas

Encontro discute liderança e SST na indústria da construção

O presidente do Sindiplasf, Luiz da Costa Neto, participou, dia 23.7, do 2º Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria do Plástico, na Federação das Indústrias de Santa Catarina. O encontro reuniu, em Florianópolis, 14 presidentes e dois diretores de sindicatos. "Foi uma oportunidade de discutir as dificuldades do setor, levantar sugestões e definir ações conjuntas", avaliou Luiz Neto. O Intercâmbio faz parte do Programa de Desenvolvimento Associativo.

Para apoiar as demandas do setor e fortalecer o associativismo, Simmefs realiza visitas técnicas às empresas da região. O coordenador regional da FIEB, Antônio Luiz Gomes, e o executivo do sindicato, Geraldo Nicacio, apresentam as instituições e prestam orientação sobre questões trabalhistas, jurídicas, fiscais e administrativas. Nas visitas, representantes do SESI, SENAI e IEL apresentam os produtos e serviços oferecidos para as indústrias.

O Sinduscon-BA e o SESI lançaram o Programa de Treinamento para Lideranças, desenvolvido pelo Programa Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho para a Indústria da Construção (PNSST-IC), durante encontro ocorrido, dia 28.7. O programa visa desenvolver e aprimorar as habilidades das lideranças em três níveis hierárquicos: mestres e encarregados, gerentes e engenheiros e diretores e empresários. “É preciso transformar a construção, estimulando a mudança da cultura para a prevenção de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais”, afirmou o presidente, Carlos Henrique Passos.

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Bahia Indústria


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Sinprocim reúne trabalhadores em dia de atividades esportivas

Eduardo Gordilho com a diretoria da FIEB e do CIEB, na inauguração

Sindifite inaugura nova sede com melhor infraestrutura Com a presença de empresários, dirigentes sindicais e da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), o Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem (Sindifite), inaugurou, no dia 21.07, sua nova sede, localizada na Avenida Tancredo Neves, em Salvador. Para o presidente da entidade, Eduardo Gordilho, com a nova estrutura, o sindicato intensificará os trabalhos, apoiando a política de interiorização da FIEB. “Teremos um local exclusivo e com estrutura adequada para atender às demandas das empresas e desenvolvimento de ações, com foco na ampliação no quadro de associados”, afirmou Gordilho. Atualmente o Sindifite conta com 17 empresas associadas, que geram 4.500 empregos.

Cerca de 300 trabalhadores de nove empresas associadas ao Sindicato das Indústrias de Produtos de Cimento (Sinprocim-BA) participaram da 5ª edição da Jornada de Esporte e Lazer Sinprocim, realizada dia 11 de julho, no SESI Simões Filho. Este ano, a Jornada contou com disputas em 11 modalidades esportivas. A empresa Desal ficou em primeiro lugar na competição, seguida pela IBPC e Postes Nordeste. “Esse é um momento de integração entre os trabalhadores das empresas do setor”, ressaltou o presidente do Sinprocim, José Carlos Soares. Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

Futsal foi uma das 11 modalidades disputadas

Dirigentes de sindicatos de reparação de veículos

Empresários relatam experiência associativa

Workshop discute tributação para o setor de cosméticos

Líderes de sindicatos de reparação de veículos de 13 estados brasileiros participaram, em junho, da 2ª reunião do Sindirepa Nacional, na sede da FIEB. A associação reúne sindicatos patronais de reparação de veículos de 18 estados. A queda da arrecadação sindical foi um dos temas tratados no encontro. “A reunião nos permite discutir os problemas comuns e buscar soluções em prol do segmento”, avaliou o presidente do Sindirepa-BA, Reginaldo Rossi.

A convite da CNI, o diretor do Sinprocim-BA, Jarilson Santana, participou do Diálogo sobre a Competitividade da Indústria, ação do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA) que tem o propósito de mostrar que muitos dos problemas enfrentados pelas empresas podem ser superados por meio da ação coletiva. O encontro foi promovido pela Federação das Indústrias do Maranhão (FIEMA), dia 22 de julho, na cidade de São Luís.

Empresários e representantes de empresas do setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos tiveram a oportunidade de entender melhor os tributos federais e estaduais voltados para o setor, com o workshop Tributação do Setor de HPPC: Entendendo e Praticando, realizado na Federação das Indústrias do Estado da Bahia, em 7 de julho. O evento foi promovido pelo Sindicato das Indústrias de Cosméticos e Perfumaria do Estado da Bahia (Sindcosmetic), em parceria com ABIHPEC, FIEB e Sebrae. “Além de a carga tributária ser alta, a legislação é complicada, o que dificulta o entendimento do empresário e o desenvolvimento da empresa”, ressaltou o presidente do sindicato, Raul Menezes.

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Oásis de crescimento Em meio à crise econômica, indústrias de base florestal ostentam números positivos Por Emília Valente

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a contramão do cenário de crise econômica, o setor florestal vive um momento de expansão, com balança comercial favorável, exportações em alta e aumento no volume de área plantada. Os números positivos constam do Relatório Ibá 2015 e do anuário Abaf – Bahia Florestal 2015. Lançadas dia 6 de agosto na sede da FIEB, em evento promovido pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf) e Sindicato das Indústrias de Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia (Sindpacel), as duas publicações traçam um panorama animador da cadeia produtiva de base florestal tanto no estado da Bahia como no Brasil. “Precisamos ser contagiados pelo otimismo que anima hoje o setor florestal, aprender com as lições e méritos deste segmento que navega hoje num mar de almirante”, sinaliza o presidente da FIEB, Antônio Ricardo Alban. Para a presidente executiva do Ibá, Elisabeth Carvalhaes, “os dados con-

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solidados nos anuários dão uma dimensão da relevância econômica, social e ambiental do setor agroflorestal”. Um dos cinco mais importantes do Brasil, o segmento é responsável por 1,1.% de toda a riqueza gerada no país, por 5,5% do PIB indústria e pela geração de 5 milhões de empregos.

cenário Os números são ainda mais significativos, levando em conta o cenário global da economia brasileira. Em 2014, o PIB do setor cresceu 1,7%, alavancado principalmente pela expansão do volume de exportações de celulose (12,6%). A expansão é 17 vezes maior do que a do PIB brasileiro – e muito superior à de segmentos como agropecuária (0,4%), indústria (-1,2%) e serviços (0,7%). Entre os fatores que contribuíram para o bom desempenho estão a desvalorização do real em relação ao dólar, a elevação do preço da celulose no mercado internacional e a alta produtividade das árvores plantadas no país. Só para ter uma ideia, no Brasil, a área florestal necessária para a produção de 1,5 milhão de toneladas de celu-

lose por ano é de 140 mil hectares – um quinto da área necessária em um país como a Escandinávia. Localmente, os números do anuário Abaf espelham a tendência nacional. O PIB do segmento no Estado cresceu 6,5% de 2013 para 2014, atingindo um volume de recursos da ordem R$ 9,02 bilhões. Em paralelo, o montante arrecadado com as compras externas chegou a US$ 1,67 bilhão, garantindo aos produtos do segmento o primeiro lugar no ranking de exportações do estado, à frente de setores tradicionais como combustíveis e derivados, produtos químicos e orgânicos. Mais expressiva ainda é a contribuição do setor para a balança comercial baiana. Em 2014, as indústrias de base florestal registraram um superávit positivo na comparação entre suas exportações e importações, da ordem de US$ 1,64 bilhão. O número é 60 vezes maior que o saldo da balança comercial do estado no mesmo período. “E a boa notícia é que o segmento tem um potencial enorme para crescer na Bahia”, comemora o presidente da Abaf, Sérgio Bornstein, lembrando que a área de plantio no Estado corresponde a apenas 1,2% do território baiano. No ranking dos principais estados produtores de florestas no Brasil, ocupamos o quinto lugar, com 671 mil hectares de área plantada. Em contrapartida, somos benchmarking mundial em produtividade de eucalipto, com uma performance (42 metros cúbicos de hectare por ano) superior tanto à média brasileira como a de outros importantes países produtores de florestas. Do ponto de vista do impacto social do segmento, também há dados animadores: os municípios que se-


Fotos Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

EXPORTAÇÃO DO SETOR DE BASE FLORESTAL BAIANO Celulose

22% US$ 1,67 Bilhão

5% 5%

68% 14,9% 100%

Celulose Solúvel Papel Ferro Liga Bahia Brasil

EXPORTAÇÕES DO ESTADO DA BAHIA Bilhão US$

Produtos de

1,67 Base Florestal

Combustíveis

1,37 e Derivados

Produtos Químicos

1,26 Orgânicos

Grãos, Sementes

0,90 e Frutos Diversos 0,52 Cobre fotos divulgação abaf

diam indústrias de base florestal vêm apresentando uma evolução mais favorável no Índice do Desenvolvimento Humano (IDH), que avalia critérios como educação, longevidade e renda. “Entre os anos de 1991 e 2010, a média de crescimento do IDH dos municípios florestais, como Eunápolis e Mucuri, chegou a 84%, contra apenas 63% dos municípios não-florestais”, informa Bornstein. Em meio às boas notícias, o presidente do Sindpacel, Jorge Cajazeira, alerta, no entanto, para dois grandes desafios enfrentados pelo setor: a segurança fundiária e os fatores logísticos. “Atualmente, é a ausência do porto na região Sul do Estado que impede a expansão do setor na Bahia”, resume.

Setor vive momento de expansão, com balança comercial favorável

DOAÇÃO DE MUDAS Durante o evento de lançamento do Relatório Ibá 2015 e do anuário Abaf – Bahia Florestal 2015. também foi realizada a assinatura de um termo de cooperação ambiental entre a Prefeitura Municipal de Salvador e as entidades ABAF e Sindpacel para a doação de 10 mil mudas de espécie de Mata Atlântica, que serão plantadas em diversos locais da cidade. A cerimônia contou com a presença do vice-governador do Estado, João Leão, do secretário de Cidade Sustentável de Salvador, André Fraga, além do presidente do Sindpacel, vice presidente do Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB) e coordenador do Conselho de Meio Ambiente, Jorge Cajazeira. [bi] Bahia Indústria  13


O

Projeto ViraVida foi implantado na Bahia em maio de 2010 e destaca-se no cenário nacional apresentando um dos mais baixos índices de evasão entre os 21 estados do país que adotam o projeto, com 15% de desistência, face à média nacional de 20%. Idealizado pelo Departamento Nacional do SESI e conduzido pela Gerência de Educação do SESI Bahia, o projeto já atendeu 427 jovens em situação de vulnerabilidade no estado. No dia 17 de agosto, o ViraVida diplomou mais uma turma de 160 alunos, em solenidade no SENAI Cimatec. Na ocasião, foram apresentados os 100 novos educandos que passaram a integrar o projeto. Realizado pelos departamentos regionais do SESI em parceria com as entidades do Sistema S (SENAI, Senac, Sesc e Sebrae), o projeto também conta com o apoio de organizações sociais, que atuam no acolhimento e encaminhamento dos jovens de 16 a 21 anos. As empresas também são parceiras ao abrir espaço para eles no mercado. Do total de inscritos, 87% dos egressos estão trabalhando, após passarem por capacitação. Os 160 formandos da turma de 2015 foram capacitados pelo SENAI em cursos como manutenção de microcomputadores, assistente administrativo e auxiliar de rotinas administrativas e de obras. O Senac ofereceu cursos de recepcionistas em meios de hospedagem, inglês aplicado a serviços turísticos, balconista de farmácia e operador de caixa de supermercado. Destes jovens, 121 estão inseridos no mercado de trabalho, atuando na indústria, empresas de comércio e serviços.

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Os jovens recebem formação pedagógica para competar o ciclo de estudos. Dentre eles, 63% dos que já foram acolhidos pelo ViraVida concluíram o ensino básico na rede pública. Um total de 5% dos estudantes está cursando o ensino superior e 2% curso técnico do SENAI.

FORMATURA A solenidade de formatura contou com a presença do presidente do Conselho Nacional do SESI, Gilberto Carvalho, do vice-presidente da FIEB, Edison Virgínio, que representou o presidente Ricardo Alban, do superintendente do SESI Bahia, Armando Neto, além dos representantes das organizações parceiras, que foram homenageados pelo apoio ao projeto. Na abertura, o Núcleo de Práticas Orquestrais do SESI Bahia, formado por estudantes da Escola Bernardo Martins Catharino e do Centro de Apoio à Inclusão do SESI, recepcionou os formandos, executando duas peças musicais e o Hino Nacional. O vice-presidente Edison Virgínio fez a saudação aos formandos e agradeceu os apoiadores do Vira Vida. “Meus parabéns a todas estas instituições que fazem com que este projeto aconteça e aos formandos, que graças à persistência chegaram até aqui e agora têm uma nova perspectiva de vida”. O presidente do Conselho Nacional do SESI, Gilberto Carvalho, lembrou que o ViraVida foi idealizado por Jair Meneghelli, que teve a sensibilidade de identificar uma solução para acolher jovens em situação de risco social. Mas o principal ponto destacado pelo presidente do Conselho Nacional foi o fato de o projeto re-

Formatura reuniu os 160 educandos do projeto no Senai Cimatec


fotos marcelo gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

Bahia é

destaque no

ViraVida

Projeto de ressocialização de jovens registra um dos mais baixos índices de evasão do país Por patrícia moreira

gistrar um baixo índice de evasão, na Bahia. “O SESI Bahia soube encontrar uma forma de atrair o jovem e fazer com que eles não desistam”, destacou Carvalho. O conselheiro do SESI Bahia, Carlos Cohim Silva acrescentou que o ViraVida é uma iniciativa que oferece uma expectativa de futuro aos jovens. “A gente vê o quanto este projeto oferece incentivo para que estes adolescentes resgatem sua história e sua cidadania quando vemos aqueles que já passaram por aqui encaminhados profissionalmente”, destacou.

Cláudia Libório, gerente do ViraVida leu uma mensagem para os jovens faando da importância de sempre recomeçar e persistir. Para os formandos, o momento foi de comemorar. “Fui capacitado em auxiliar administrativo industrial e hoje estou atuando como jovem aprendiz. Este momento aqui é emocionante e gratificante para mim que, antes do projeto, estava sem perspectiva de vida e não conseguia sonhar. Hoje, acredito que posso realizar meus sonhos”, declarou João (nome fictício), um dos 160 formandos. Para Natália, o ViraVida foi o lugar onde sua vida se transformou. “Aprendi a interagir com as pessoas e agradeço a todos os que me ‘puxaram a orelha’. O ViraVida foi para mim um ponto de partida”, destaca a jovem, formada em auxiliar administrativo. [bi] Bahia Indústria  15


A vez das startups Com apoio dos processos de incubação e aceleração do SENAI, pequenas empresas dão seus primeiros passos apostando na inovação para driblar a crise Por Emília Valente

divulgação

Pó colorido abre portas para empreendedor

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Na Índia – berço dos Holi Festivals, onde as pessoas saúdam a chegada da primavera, atirando tinta umas nas outras – ele é conhecido como gulal. Nos Estados Unidos, color powder. O pó colorido que virou febre em festivais de música eletrônica abriu as portas do mundo do empreendedorismo para Pablo Arruti. Formado em filosofia, Pablo fazia performances em festas, quando decidiu fabricar em casa sua versão do produto. Com o Zim – um pó biodegradável à base de amido de milho e corante comestível – ele se tornou o primeiro fabricante em larga escala do Brasil. E os negócios cresceram rapidamente. A produção subiu de 7 toneladas em 2013 para 70 em 2014. Hoje, são 15 toneladas por mês, com previsão de faturamento de R$ 3,2 a 3,8 milhões no ano. A consultoria do SENAI permitiu a Pablo reformular o seu processo produtivo, usando técnicas mais limpas e eficientes. Agora, o desafio é garantir a sobrevivência do negócio para além do mercado de entretenimento. "Nossa meta é atingir o público infantil em 2016, com um novo produto, o Zim Bio, antialérgico e inteiramente natural", diz Pablo. O pó poderá substituir produtos como a tinta guache em atividades lúdicas e educativas. Para isso, porém, o produto precisa do selo do Inmetro. "Espero que o processo de incubação me ajude a superar os entraves burocráticos ao lançamento no mercado", diz Pablo.


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m tempos de oferta de emprego formal em baixa, apostar em ideias inovadoras pode ser uma saída para reverter o cenário adverso. Criado em 2012, o Programa de Empreendedorismo e Inovação do SENAI vem atraindo um número crescente de indivíduos e empresas interessados em empreender com o suporte dos processos de incubação e aceleração da instituição. “De 2013, quando lançamos o primeiro edital do programa, a 2014, o volume de inscritos cresceu seis vezes”, contabiliza Flávio Marinho, responsável pela coordenação do programa. E o avanço não é apenas numérico. Uma conquista do programa tem sido atrair empreendimentos mais qualificados e com maior foco no universo da indústria. “O amadurecimento das propostas é visível”, garante Marinho. Uma vez selecionados nos editais, os empresários passam a contar com facilidades em infraestrutura (laboratórios, salas de reunião, telefonia, internet), acesso a instrumentos de financiamento, orientação tecnológica, treinamentos e consultorias. Hoje, 27 projetos recebem o suporte do SENAI: 15 em processo de pré-incubação (uma etapa inicial, de seleção e validação de ideias), seis já incubados (em fase de desenvolvimento e/ou implantação) e outros seis sendo acelerados. Nesta última etapa, o projeto recebe um aporte financeiro para acessar o mercado mais rapidamente, que pode vir tanto de investidores externos quanto por meio do Start Up Brasil. O programa do Governo Federal, que atua por meio de ace18  Bahia Indústria

leradoras qualificadas como o SENAI, oferece aos empreendedores até R$ 200 mil em bolsas de pesquisa e desenvolvimento. Sejam incubados ou acelerados, os perfis dos projetos são dos mais variados, contemplando áreas como robótica e automação, impressão 3D, supercomputação, telecomunicações e equipamentos para a cadeia de petróleo e gás. Igualmente diversificado é o perfil dos empreendedores. Há estudantes, jovens recém-formados ou mesmo profissionais mais experientes que decidem tirar seus protótipos da garagem e abrir uma start-up – pequenas empresas que apostam em negócios de risco, com investimento inicial baixo, mas potencial de crescimento e retorno rápidos. Em outros casos, empresas já estabelecidas no mercado criam uma célula externa para desenvolver um projeto com liberdade em relação às contingências do dia-a-dia. Nas próximas páginas, reunimos sete histórias de serviços e produtos inovadores que estão sendo desenvolvidos ou acabam de desembarcar no mercado com o apoio do SENAI e o espírito empreendedor de seus criadores.

Laboratório Aberto Mas não são apenas as empresas incubadas que podem ter acesso ao ambiente de inovação oferecido pelo SENAI. Recentemente inaugurado, o Laboratório Aberto do SENAI Cimatec está oferecendo ao público um espaço para transformar ideias inovadoras em protótipos de produtos. Lá, pequenas empesas, empreendedores e mesmo amadores dispõem de recursos para modelagem computacional, impressão 3D, circuitos e sistemas automatizados, além de bancadas de eletroeletrônica, marcenaria e soldagem, entre outros equipamentos. O espaço faz parte de uma rede de laboratórios inaugurados em todo o Brasil, como resultado do Programa SibratecShop, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação em parceria com SENAI e SEBRAE. A iniciativa prevê recursos de R$ 1 milhão por laboratório, de modo a permitir às empresas custear matéria-prima, assessoria técnica e o aluguel das máquinas.

Rafael Brito, técnico do SENAI, apresenta o veículo híbrido Guel


Ao se deslocar pelo Rio de Janeiro, onde mora, o engenheiro Yuri Berezovoy usa cada vez menos carro ou moto. Seu meio de transporte é a Guel, o protótipo de um veículo que ele e dois sócios desenvolvem com apoio dos processos de incubação e aceleração do SENAI Bahia. “A Guel é um híbrido de bicicleta elétrica com cicloelétrico, com facilidades dos dois veículos”, conta Yuri. A um apertar de botão, o usuário escolhe entre andar no modo ciclovia ou no modo trânsito. No primeiro, a velocidade máxima é de 20 km/hora, sem aceleração manual e com potência de 350 watts. Já no segundo, a potência triplica e é possível chegar a 50 km/hora. “É um modo adequado às condições de trânsito nas grandes cidades; anda como uma moto cinquentinha, só que sem ruído e poluição”, explica. Outra vantagem é a facilidade de manutenção. As bicicletas elétricas no Brasil são montadas com componentes chineses – se o motor quebra, é preciso importar um novo. Para o protótipo, a equipe da Guel adaptou um motor elétrico de baixo custo, usado pelo setor automobilístico. “Com isso, revertemos recursos para itens de segurança e design”, diz Yuri. Até agora, já foram injetados cerca de R$ 1,5 milhão no projeto, incluindo recursos do Edital SENAI de Inovação e do Start-up Brasil. A meta agora é lançar uma edição limitada de 50 veículos, para consumidores selecionados. angelo pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

Os sócios da Pastar, Caio Lima e Mateus Ladeia (E)

Portal aposta no agronegócio Em 2012 e 2013, o sertão passou por uma das piores secas da sua história. Para evitar perdas, pecuaristas tentaram às pressas alugar pastos para transferir seus animais. Foi diante deste cenário que um grupo de universitários teve um click: criar um site para alugar pastos. Nascia a ideia do Pastar, que hoje funciona como uma vitrine online de serviços agropecuários, intermediando a comercialização de propriedades e animais (bovinos, caprinos, equinos e ovinos). Um dos sócios, o aluno de Ciência da Computação Caio Lima conta que o formato do portal mudou desde a primeira versão, em 2014. Um impulso foi dado com a seleção no Start-up Brasil, que injetou recursos da ordem de R$ 90 mil. A mais importante reformulação é recente: com o suporte do SENAI, o portal passou a permitir ao usuário comparar ofertas, exibindo anúncios de sites de negócios agropecuários e localizando os preços mais baratos. “Saltamos de 40 mil acessos ao ano para 30 mil por mês”, festeja Caio. Por enquanto, o Pastar não cobra dos anunciantes. A ideia é focar no aumento do número de transações, antes de buscar retorno financeiro.

angelo pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

Ideal no trânsito ou na ciclovia

Ubirajara Barroso mostra o Nowet

Aparelho põe fim à cama molhada A enurese noturna – o popular "xixi na cama", que tira o sono de muitas famílias – é um distúrbio de difícil tratamento. A técnica mais eficaz resolve apenas 50% dos casos. Consiste em um aparelho com sensor de umidade ligado a um circuito que aciona um alarme quando a criança está prestes a urinar. "Em geral, a criança tem um sono pesado, e quando os pais a acordam a cama já está molhada", conta o urologista Ubirajara Barroso. Foi este cenário que sugeriu ao médico a ideia de um novo aparelho. Nele, o sensor provoca um estímulo sem dor que contrai a musculatura da uretra, impedindo a micção. "A criança é acordada com a bexiga ainda cheia, e pode ser condicionada a levantar para fazer xixi". Com o nome provisório de Nowet, o aparelho – premiado em congressos no Brasil e exterior – está sendo desenvolvido no SENAI Cimatec com recursos da Embrapii e foi selecionado também no edital SENAI de Inovação. "O próximo passo é abrir uma empresa, com a ajuda dos processos de incubação, para comercializar o produto", explica Ubirajara.

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Editora virtual começa a decolar

fotos angeli pontes/Coperphoto/Sistema FIEB

Equipamento previne acidentes em plataformas Um dos maiores riscos aos processos de exploração e produção de petróleo e gás natural consiste no surgimento das chamadas "golfadas", bolsões de gás que podem provocar graves acidentes e perdas financeiras. "No processo produtivo, não temos como saber com precisão o volume que sai de água, gás e petróleo", explica o engenheiro elétrico com mestrado em Engenharia Mecatrônica, Marcelo Pessoa, da start-up Echo Flow. Diante desse desafio, Marcelo criou o Fluxviz, um visualizador de fluxos que permite identificar mudanças na interação entre líquidos e gases, detectando em tempo real a formação de golfadas. O projeto já tem aprovados hoje recursos da ordem de R$ 800 mil, do Star-up Brasil e do Edital SENAI de Inovação. Até 2018, Marcelo calcula que irá precisar de mais aproximadamente R$ 2,3 milhões para colocar seu produto no mercado. "Já estamos fazendo negociações com empresas como Petrobras, Odebrecht e a britânica BG Group", revela.

Mira digital protege policiais Garantir segurança aos policiais e precisão no uso das armas de fogo é o objetivo da Mira Digital, um projeto desenvolvido no SENAI Cimatec pela Think Tank, do Rio de Janeiro, com recursos do Start-up Brasil e do Edital SENAI de Inovação. O equipamento traz uma tela de LCD acoplada a um óculos especial que fornece imagens para que o policial faça a mira sem se expor. "A tecnologia também permite conferir imagens para investigação", conta a engenheira Luana Carvalho, da Think Tank. Segundo ela, só há equipamentos do gênero hoje em uso pelas forças armadas de países como Estados Unidos e Israel.

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Marcelo Pessoa (D) e a equipe envolvida no projeto Ecoflow

Luana Carvalho, engenheira da Think Tank

Empreender sempre foi o negócio de Ricardo Nery. Mas o “pulo do gato” da sua carreira chama-se Editora Viva. A start-up criada em parceria com os sócios Rafael Santos e Marcos Sepúlveda é um dos projetos incubados pelo SENAI em fase mais adiantada. A editora criou a primeira multiplataforma virtual de educação superior do Brasil para o fornecimento de ebooks, videoaulas, audiolivros e palestras acessadas por meio de dispositivos móveis, como tablets e celulares. Com só seis meses no mercado, a Viva já atua nas áreas Jurídica e de Finanças em parceria com empresas como a JusPodivm, do setor de vendas de material jurídico, e o grupo Azimut, especializado em gestão de recursos. O próximo passo é produzir conteúdo para a indústria. Para outubro, está previsto o lançamento de um primeiro módulo de cursos. Para formatar este modelo de negócio, a consultoria do SENAI foi fundamental. “Nossa ideia inicial era um site para contratação de recursos humanos; depois, percebemos que a demanda maior das empresas era em qualificação de mão-deobra”, relata Ricardo. Em 2013, a Daten, do Polo de Ilhéus, injetou recursos que deram à editora fôlego para tocar seus projetos sem urgência do retorno financeiro. E os primeiros faturamentos vieram antes do planejado. “Hoje posso dizer que chego para trabalhar feliz”, comemora Ricardo. [bi]


conselhos

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Indústria apresenta Agenda Mínima para o setor de petróleo O Conselho Deliberativo da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), do qual a Federação das Indústrias do Estado da Bahia é integrante, reuniu-se em 9 de julho, sob a liderança do presidente da FIRJAN, Eduardo Eugênio Gouvêa, para discutir uma proposta de “Agenda Mínima da Indústria para o Setor Petróleo”. O objetivo do documento, que será entregue ao Governo Federal, é estimular os investimentos no setor de óleo e gás. Entre os principais pontos para o avanço da política setorial de petróleo e gás no País estão a realização de leilões, o aperfeiçoamento do modelo de partilha e do processo de licenciamento ambiental, a definição de uma política industrial para o setor e o fortalecimento da rede de fornecedores, dentre outros.

Ministério orienta executivos sobre comércio exterior

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Representante do Conselho de Petróleo defende interesses do segmento O panorama do setor de construção naval e offshore frente à crise da indústria brasileira foi o tema da palestra do coordenador do Conselho de Petróleo, Gás e Naval (CPGN) e diretor de relações institucionais e sustentabilidade da Enseada Indústria Naval, Humberto Rangel, durante a 12ª Marintec South América, no dia 13 de agosto, no Rio de Janeiro. O diretor da Enseada classificou como crise de liquidez o momento vivido pelos estaleiros nacionais, iniciada em novembro do último ano, após a suspensão dos pagamentos à Sete Brasil, que levou à paralisação das obras de construção das sondas. Como consequência, Rangel sinalizou a demissão de mais de 14 mil trabalhadores em todo o Brasil, nos últimos nove meses, além da perda dos investimentos em conhecimento e competitividade. Para assegurar o futuro da indústria naval ele defende que é necessário garantir, com urgência, a reestruturação da Sete Brasil e seu plano de investimento, a liberação dos recursos aprovados pelo Fundo de Marinha Mercante (FMM), o engajamento dos agentes financeiros nos planos alternativos de investimentos nas sondas e a quitação, por parte da Sete Brasil, dos valores em aberto dos serviços executados pelos estaleiros.

Executivos participaram de evento do MDIC apoiado pelo Comex

Executivos baianos tiveram a chance de conhecer melhor os processos normativos que regulam as operações de comércio exterior, durante o 36o Seminário de Operações de Comércio Exterior, ocorrido na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), no dia 12 de agosto. Promovido pela primeira vez em Salvador, o evento foi uma iniciativa da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC) em parceria com a FIEB, através do Centro Internacional de Negócios (CIN/FIEB), com o apoio do Conselho de Comércio Exterior da FIEB (Comex). “As condições para este mercado de exportação são difíceis: o mundo cria regras e por isso precisamos cada vez mais de eventos deste tipo, nos quais as empresas possam tirar dúvidas e obter mais informações”, afirmou o coordenador do Comex, Ângelo Calmon de Sá Junior.

Guia de Produção e Consumo Sustentáveis O Conselho de Responsabilidade Social (Cores) discutiu, em sua última reunião mensal, o lançamento do Guia de Produção e Consumo Sustentáveis: tendências e oportunidades para o setor de negócios e, as novidades sobre o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) para 2015. A publicação do guia é fruto de uma parceria entre o Pnuma e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e tem como objetivo a sensibilização e o engajamento do setor industrial do Brasil e partes interessadas. O documento tem como foco as pequenas e médias empresas por sua capacidade de adaptação e flexibilidade e seu papel fundamental como força transformadora.

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Tesouro do

Recôncavo

Sindicato da Indústria do Tabaco no Estado da Bahia propõe criação de um roteiro turístico do charuto

Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

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Por Marta Erhardt

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entro econômico da Bahia e do Brasil entre os séculos XVII e XIX, o Recôncavo Baiano atrai turistas pela sua diversidade cultural, história e acervo arquitetônico. Entre as riquezas da região está a tradicional cultura do tabaco, atividade econômica com volume de exportação da ordem de US$ 17,7 milhões nos cinco primeiros meses deste ano. Além da relevância econômica para a região, a cadeia produtiva do tabaco pode ganhar viés turístico, com a criação da Rota do Charuto, proposta pelo Sindicato da Indústria do Tabaco no Estado da Bahia (Sinditabaco). A ideia é fortalecer o roteiro já existente – desenvolvido pela empresa Dannemann – com a inclusão de visitas a fábricas em São Gonçalo dos Campos, São Félix e Cachoeira, além de produtores de Cruz das Almas. A proposta também inclui o contato com outros atrativos culturais da região, a exemplo do tradicional samba de roda. “Para o público interno, a rota vai proporcionar uma experiência marcante, com a descoberta do processo de fabricação do charuto baiano, que é de alta qualidade. Já o turista de fora do país também vai conhecer a cultura do Recôncavo, que tem forte história, gastronomia e religiosidade”, ressalta o diretor executivo do Sinditabaco, Marcos Augusto Souza. No total, o sindicato elaborou três roteiros: uma rota de um dia, com foco nas visitas às fábricas; outra de dois dias, com ida por terra, pela BR-324 e retorno de barco, via Maragojipe, com parada em Itaparica e chegada ao terminal marítimo do Mercado Modelo. A segunda opção inclui, além das visitas às empresas, atividades culturais e visitas a pontos turísticos de algumas cidades, como a Sociedade da Boa Morte, em Cachoeira. Há, ainda, uma opção de rota náutica, de um dia, com partida do terminal marítimo do Mercado Modelo em direção a Maragojipe. Para avaliar a proposta do Sinditabaco, técnicos da Secretaria de Turismo do Estado (Setur), da Bahiatursa e da Associação Brasileira de Agências de Viagens da Bahia (ABAV) realizaram uma visita técnica à região, em junho, seguindo o roteiro de um dia de viagem, pela estrada. “A intenção é elaborar um diagnóstico do que foi visto in loco e um plano de ação, apontando oportunidades de melhoria”, explica Gustavo Salles, diretor de Qualificação e Segmentos Turísticos da Setur. “Essa é uma experiência positiva. Não conhecia nada sobre o charuto baiano e estou encantado com tudo o que vi. Acredito que esse será um novo segmento para ser trabalhado e atrair um público segmentado”, avalia o superintendente da Abav, Cláudio Almeida, explicando que, além de colaborar para o diagnóstico da rota, o papel da instituição é divulgar o roteiro, posteriormente, para as agências de viagem, operadoras e agências de receptivo associadas. Bahia Indústria  23


O acesso aos atrativos, infraestrutura, o tempo de deslocamento e permanência nos pontos da rota, além do roteiro seguido em cada local, são alguns dos pontos observados durante a visita técnica, segundo o coordenador de Desenvolvimento Turístico da Bahiatursa, Divaldo Borges. “Além das fábricas, avaliamos outros atrativos que podem ser agregados ao roteiro”, conta.

A ROTA A primeira parada é no município de São Gonçalo dos Campos, a 114 km de Salvador, onde desde 1978 funciona a fábrica da Menendez e Amerino. O processo de fabricação foi trazido de Cuba, onde a família produziu os charutos Monte Cristo até a Revolução Castrista, quando a fábrica de Havana foi expropriada. A aliança da tradição cubana com o tabaco cultivado na Bahia foi possível graças à parceria com o exportador baiano Mário Amerino da Silva Portugal. A história é contada aos visitantes, que acompanham de perto o processo artesanal de fabricação dos charutos, exportados para países como Alemanha, Estados Unidos e Argentina. “Essa rota é importante para que as pessoas conheçam e entendam a cultura que está por trás do charuto. Ajudaria a dissociar a imagem do charuto da do cigarro”, defende o supervisor de produção da empresa, Joaquin Menendez. Ao todo, a empresa conta com 75 funcionários, sendo que a produção é toda feita por mulheres. Uma delas é Rosilda Coutinho, que trabalha há 20 anos no local. Os anos experiência a levaram a atuar no controle de qualidade do produto. “Olho se estão no peso e tamanho corretos, se há imperfeições”, conta. De São Gonçalo dos Campos o roteiro segue até a Fazenda Santo Antônio, situada no município de Governador Mangabeira, onde funciona o projeto de reflorestamento da Mata Atlântica, Adote uma Árvore, criado pela Dannemann. Mais de 160 mil árvores de diferentes espécies foram plantadas desde o início do projeto, em 2001. Na fazenda, de onde se tem a vista do lago da barragem de Pedra do Cavalo, o visitante pode ter a experiência de plantar uma árvore que levará seu nome. Quem participa do projeto recebe um certificado. A manutenção da área reflorestada é feita por agrônomos contratados pela empresa. Após a experiência de plantio, o tour prevê uma pausa para almoço. Nesta parada, os visitantes se deliciam com pratos típicos da região, preparados na 24

Bahia Indústria

Fazenda Santa Cruz – Restaurante (alto); Plantação de fumo; Vista da cidade de Cachoeira

Fazenda Santa Cruz – Receptivo Turístico e Restaurante, que funciona em um casarão datado de 1854. Localizado na cidade de Muritiba, o restaurante foi inaugurado há 13 anos e só abre sob reserva. Da varanda, o turista tem uma vista panorâmica dos municípios históricos de São Félix e Cachoeira. E é para esta última cidade que os visitantes são levados, depois do almoço, para conhecer a história e o processo de fabricação da empresa Leite Alves, que desde 1936 produz charutos artesanalmente. O sócio-proprietário Renato Madeiro explica todo o processo produtivo, que envolve diferentes tipos de folha de tabaco: o sapo (recheio), o capote (parte que envolve o recheio) e a capa (folha que caracteriza, em até 30%, o aroma e o sabor dos charutos). Depois de capeado, os charutos são submetidos a baixas temperaturas, para esterilizar, e levados para


fotos Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

Rota do Charuto

ida e volta pela estrada | 1 dia

São Gonçalo dos Campos

Roteiro 1

Governador Mangabeira São Félix Cachoeira Muritiba Cruz das Almas Maragojipe

Salvador • São Gonçalo dos Campos Governador Mangabeira • Muritiba Cachoeira • São Félix ida pela estrada e volta de barco | 2 dias

Roteiro 2

Salvador • São Gonçalo dos Campos Governador Mangabeira • Muritiba • Cachoeira São Félix • Cruz das Almas • Cachoeira Maragojipe • Itaparica • Salvador

Itaparica ida e volta de barco | 1 dia

Salvador

sala de estocagem, onde temperatura e umidade são controladas. “A umidade relativa do ar ideal é de 70%. Um ambiente muito úmido pode mofar o produto e se for muito seco não deixa o charuto muito apropriado para consumo”, destaca.

visitação A empresa recebe visitantes há 12 anos e, nos últimos seis, vem investindo na melhoria da estrutura para recepcionar os turistas, o que inclui a organização de um pequeno museu com fotos antigas da produção, reportagens e a pri-

meira máquina de cortar fumo da fábrica. Quem se interessa pelo universo dos charutos também não pode deixar de visitar o Centro Cultural Dannemann. Por isso, a próxima parada do roteiro é no município de São Félix, onde está situada a fábrica aberta pelo fundador da empresa, Geraldo Dannemann. Logo na entrada, os visitantes encontram uma exposição permanente de obras de artistas do Recôncavo. Na parte de dentro, encontra-se a área de fabricação, onde as charuteiras, vestidas com trajes típicos, traba-

Roteiro 3

Salvador • Maragojipe • Cachoeira • Muritiba São Félix • Maragojipe • Salvador

lham. Cada uma delas produz, em média, cerca de 120 charutos por dia. Com expertise em receber turistas, a Dannemann oferece, aos visitantes interessados a opção de comprar uma caixa de charuto robusto personalizada. No centro há uma loja de souvenires como cinzeiros, maçaricos e porta cigarrilhas. O local pode ser visitado gratuitamente, de terça a sábado. Depois de São Félix, o passeio segue para o município de Cruz das Almas, onde pequenos produtores e empresas que não têm centro de visitantes, a exemplo da Sandes e da Monte Pascoal, expõem seus produtos na Casa da Cultura (Fundação Cultural Galeno D`Avelirio), antiga Cadeia Pública do município. No local, os visitantes também conferem apresentações culturais, com shows de cantores de música regional, apresentações de samba de roda e capoeira. Bahia Indústria  25


Tabaco cultivado na Bahia tem sabor único Conhecido como Mata Fina ou Bahia-Brasil, o tabaco produzido no Recôncavo é reconhecido internacionalmente pelo sabor encorpado e adocicado, característica conferida pelas condições climáticas e do solo da região. “O Recôncavo Baiano reúne condições de clima e solo favoráveis. Aqui chove no tempo certo e na quantidade ideal para o cultivo do tabaco. A quantidade de chuva influencia no crescimento da planta, o que contribui para que o aroma e sabor do tabaco produzido na Bahia sejam únicos no mundo”, esclarece o diretor executivo do Sinditabaco, Marcos Augusto Souza. Por este motivo, o tabaco produzido no Recôncavo é utilizado para compor o blend de charutos fabricados em países como Honduras e Nicarágua, por exemplo. “O tabaco produzido nestes países tem o sabor mais picante. Por isso o tabaco do Recôncavo é utilizado como uma espécie de tempero, para quebrar a acidez e auxiliar no equilíbrio do blend, proporcionando uma fumada mais suave”, explica o diretor do Sinditabaco.

origem Para fortalecer a imagem do tabaco cultivado no Recôncavo Baiano, o Centro de Internacionalização da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (CIN / FIEB) tem apoiado o setor com diversas ações. Entre elas, está o su26  Bahia Indústria

fotos Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema FIEB

porte na construção de um processo de denominação de origem junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), ação realizada em parceria com outras instituições, como o Sebrae, universidades, Apex e Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Pela sua qualidade e genuinidade, o tabaco do Recôncavo Baiano é passível de receber a denominação de origem. É importante ter um espectro mais amplo de valor, não se limitando ao produto que se fuma, mas englobando todo o papel que o tabaco tem na região”, ressalta a gerente do CIN, Patrícia Orrico, lembrando que os produtos são mais valorizados quando esses aspectos não tangíveis são agregados. A proposta para o setor de charuto também engloba a promoção comercial, com a participação das empresas em rodadas de negócios e feiras internacionais, de forma a promover o produto junto a potenciais mercados, a exemplo de países da Europa e Ásia. A próxima ação neste sentido acontecerá em setembro, quando empresas baianas do setor participarão da feira Inter-tabac, em Dortmund, Alemanha. “Também buscamos apresentar o charuto com outros produtos genuinamente baianos, cujo escopo, do ponto de vista promocional, possa ser associado, como chocolate e a cachaça”, destaca a gerente do CIN. [bi]

Produção na Menendez e Amerino (alto); Charuteiras na Dannemann; e Renato Madeiro, da Leite Alves (D)

Menendez e Amerino Rua Corredor, nº 714, São Gonçalo dos Campos / www. menendezamerino.com.br Fazenda Santa Cruz- Receptivo Turístico e Restaurante Rua Dannemann, s/n, Muritiba / www.santacruzfazenda.tur.br Leite Alves Av. Antônio Carlos Magalhães, nº 82, Cachoeira / www. charutosleitealves.com.br Centro Cultural Dannemann Av. Salvador Pinto, nº 29, Centro, São Félix / www.centrodannemann. com Fundação Cultural Galeno D`Avelirio Rua Quinze de Novembro, nº 56, Cruz das Almas / www. galenodavelirio.blogspot.com.br


Novas fronteiras Ex-aluno do Conexão Mundo e estudantes de Engenharia do SENAI participam de intercâmbio

soa, Cristina Andrade, observa que bons projetos requerem estudantes comprometidos. “Wesley é um deles. Dedicação e foco foram características importantes para o sucesso dele, alinhadas ao suporte dos profissionais que integram o projeto. Estamos orgulhosos e felizes”, destaca a gestora.

INTERCÂMBIO NA FRANÇA Os cinco estudantes da Faculdade de Tecnologia SENAI Cimatec que viajaram para passar um ano na França foram selecionados para o Programa Capes/ Brafitec de intercâmbio entre universidades das especialidades de Engenharia. Isa Moreira e Amanda Dantas, do curso de Engenharia de Materiais, e Hanna Silveira, Caio Amaral e Davi Ribeiro, do curso de Engenharia Mecânica embarcaram no final do mês de julho. Eles vão estudar na a Escola Politécnica Universitária de Annecy, na região dos Alpes franceses, e o grupo de Engenharia de Materiais irá estudar na Escola Politécnica de Montpellier. “Minha expectativa é fazer um estágio e melhorar meu currículo para voltar com melhores possibilidades de emprego”, conta Amanda Dantas, empolgada diante da oportunidade de fazer a sua primeira viagem internacional. [bi]

Estudantes de Engenharia da Faculdade SENAI Cimatec no embarque para a França; Wesley Bomfim (detalhe) foi aluno do Conexão Mundo

Valter Pontes (no alto) e Marcelo Gandra/Coperphoto/Sistema Fieb

A

luno, entre 2011 e 2013, da Escola Djalma Pessoa, do Serviço Social da Indústria (SESI), em Salvador, o estudante Wesley Bomfim, 19 anos, embarcou no dia 9 de agosto para os Estados Unidos. Ele foi passar um ano estudando em uma universidade americana pelo programa federal Ciência Sem Fronteiras. No SENAI, cinco estudantes da Faculdade de Tecnologia SENAI Cimatec viajaram para a França para passar um ano. Eles foram selecionados para o Programa Capes/Brafitec de intercâmbio entre universidades das especialidades de Engenharia. As duas experiências revelam o esforço do SESI e SENAI para melhorar o desempenho dos seus estudantes, assegurando, no caso do Conexão Mundo, o aprendizado do idioma estrangeiro, e no caso da parceria com a França, o intercâmbio científico com instituições de ensino do exterior. Para Wesley Bomfim, a experiência do Conexão Mundo – metodologia educacional do Sistema Indústria que promove um intercâmbio linguístico com os Estados Unidos para melhorar o aprendizado do inglês no Ensino Médio –, favoreceu sua aprovação no teste proficiência, garantindo sua seleção para a Missouri University of Science and Tecnology, no estado do Missouri, nos EUA. Sua meta é aproveitar a experiência para desenvolver um projeto de pesquisa de sua autoria sobre materiais semicondutores poliméricos. A instituição americana dispõe de laboratórios especializados que vão permitir a viabilidade do estudo. Um dos sete estudantes do Conexão Mundo da turma de 2013 selecionados para ir aos Estados Unidos na etapa presencial do programa, Wesley conta que a experiência foi fundamental para despertar nele a curiosidade científica e a vontade de se dedicar à pesquisa. “Antes do Conexão eu não tinha certeza do que queria fazer. Mas pude descobrir a quantidade de oportunidades que o mundo tem a oferecer e, como fui um dos sete selecionados para ir a Denver, tive contato com uma universidade estrangeira. Assim que voltei procurei de alguma forma conseguir ter acesso àquele novo mundo que tinha descoberto”, conta. A gerente do SESI e diretora da Escola Djalma Pes-

Bahia Indústria  27


indicadores  Números da Indústria

Produção anualizada caiu 4,8% na Bahia

A

taxa anualizada da produção física da indústria de transformação da Bahia caiu 4,8% no mês de junho de 2015. Em razão disso, a Bahia ocupou o 7º lugar no ranking dos 14 estados que participam da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física R, do IBGE, do qual apenas três apresentaram desempenho positivo: Espírito Santo (2,4%), Mato Grosso (2,3%) e Goiás (0,9%). Os demais estados registraram resultados negativos: Amazonas (-12,5%), São Paulo (-8,1%), Rio Grande do Sul (-7,7%), Rio de Janeiro (-7,6%), Minas Gerais (-7,2%), Paraná (-6,4%), Ceará (-5,5%), Bahia (-4,8%), Santa Cata-

28  Bahia Indústria

rina (-4,4%), Pernambuco (-2,4%) e Pará (-1,2%). Na Bahia, dos 11 segmentos pesquisados, apenas quatro apresentaram resultados positivos: Veículos Automotores (11,3%), Couro e Calçados (3,4%), Produtos Químicos (2,5%), Celulose e Papel (1,7%). Em sentido contrário, apresentaram retração os segmentos: Equipamentos de Informática (-53,2%), Metalurgia (-19,2%), Bebidas (-9,5%), Refino de Petróleo e Biocombustíveis (-9,3%), Minerais Não Metálicos (-7,3%), Alimentos (-2,5%) e Borracha e Plástico (-0,3%). Na comparação de junho de 2015 com igual mês de 2014, a produção física da indústria de transformação baiana apresentou queda de 4,6%. Apenas quatro dos onze segmentos industriais da Bahia apresentaram resultados positivos: Veículos Automotores (278,1% de crescimento, impulsionado não só pela maior fabricação de automóveis, mas também pela baixa base de comparação, uma vez que esta atividade assinalou recuo de 80,2% em junho de 2014);

Somente três estados – Santa Catarina, Pernambuco e Pará – apresentaram queda maior

Borracha e Plástico (7,8%, devido à maior produção de pneus novos de borracha para automóveis e de filmes de material plástico para embalagem); Refino de Petróleo e Biocombustíveis (2,3%, com maior produção de óleo diesel, naftas para petroquímica e parafina); e Couro e Calçados (0,7%). Puxando a queda do agregado, apresentaram retração em junho os segmentos: Equipamentos de Informática (-64,1%, redução na fabricação de computadores pessoais de mesa - PC Desktop, computadores pessoais portáteis - laptops, notebook, handhelds, tablets e semelhantes, gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo - DVD, home theater integrado e semelhantes -, além de peças e acessórios para máquinas para processamento de dados e suas unidades periféricas); Metalurgia (-20,6%, pela menor produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre); Bebidas (-7,0%); Alimentos (-6,1%); Produtos Químicos (-5,9%, menor produção de polietileno de alta densidade - PEAD, policloreto de vinila e acrilonitrila); Minerais Não Metálicos (-3,2%) e Celulose e Papel (-2,9%). Tendo em conta o acumulado nos seis primeiros meses deste ano, em comparação a igual período de 2014, verifica-se uma queda de 8,9% na produção da indústria


de transformação baiana. Tal desempenho foi determinado pelo resultado dos seguintes segmentos: Equipamentos de Informática (-66,4%, queda na produção de computadores pessoais de mesa - PC desktops - e gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo - DVD, home theather e semelhantes); Metalurgia (-24,0%, menor fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre, lingotes, blocos e placas de aços ao carbono e vergalhões de aços ao carbono); Refino de petróleo e biocombustíveis (-21,0%, menor produção de óleo diesel, óleos combustíveis, gasolina automotiva e naftas para petroquímica); Bebidas (-14,0%); Minerais Não Metálicos (-9,5%); Alimentos (-5,4%, menor produção de farinha de trigo, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, manteiga, gordura e óleo de cacau e açúcar cristal); e Produtos químicos (-4,7%, menor fabricação de amoníaco, polietileno de alta densidade (PEAD), ureia e policloreto de vinila - PVC). Apresentaram resultado positivo: Veículos automotores (31,6%, maior produção de automóveis e painéis para instrumentos de veículos automotores, mas também pela baixa base de comparação, pois esse setor recuou 34,2% nos seis primeiros meses de 2014); Couro e Calçados (3,7%); Celulose e Papel (2,6%); e Borracha e Plástico (0,2%). O setor industrial (brasileiro e baiano) registra desaquecimento, refletindo uma conjuntura doméstica de retração. Do ponto de vista estadual, o desempenho negativo de junho ainda é reflexo dos resultados negativos dos segmentos de refino de petróleo e biocombustíveis e de metalurgia. Cumpre registrar a

bahia: pim-pf de junho 2015

Variação (%)

Setores jun15/jun14 Jan-jun15/ jul14-jun15/ Jan-jun14 jul13-jun14

Indústria de Transformação Refino de petróleo e biocombustíveis Produtos químicos Veículos automotores

4,6

-8,9

-4,8

2,3

-21,0

-9,3

-5,9

-4,7

2,5

278,1

31,6

11,3

Alimentos

-6,1 -5,4 -2,5

Celulose e papel

-2,9

2,6

1,7

7,8

0,2

-0,3

Borracha e plástico Metalurgia

-20,6 -24,0 -19,2

Couro e Calçados Minerais não metálicos Equipamentos de Informática Bebidas

0,7

3,7

3,4

-3,2

-9,5

-7,3

-64,1

-66,4

-53,2

-7,0 -14,0 -9,5

Extrativa Mineral

-4,0

-3,6

-2,6

Fonte IBGE; elaboração Fieb/SDI

recuperação do segmento de Automóveis (+31,6% no acumulado do ano), após o bem sucedido lançamento de novo modelo de carro. Quanto às perspectivas para 2015, há poucos elementos para uma recuperação expressiva da indústria nacional. A estimativa é de queda da atividade industrial de 5,2% este ano, com alguma recuperação em 2016 (+1,2%). Alguns indicadores ilustram as dificuldades: (i) inflação elevada (IPCA acumula alta de 6,83% no ano até julho e de 9,56% em 12 meses, contra um teto de meta de inflação de 6,5%); (ii) constante elevação dos juros, com a Selic já alcançando 14,25%; e (iii) crescimento do desemprego. [bi]

BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2012 - 2015) 115 110

2014 2013

105 100 95 2012

90 85 80

2015

75

DEZ

NOV

OUT

SET

AGO

JUL

JUN

MAI

ABR

MAR

FEV

JAN

70

Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)

Bahia Indústria  29


painel Lançado Movimento Compre do Pequeno Negócio Gerar a conscientização da sociedade em torno do consumo de produtos e serviços de micro e pequenas empresas, para fortalecer a economia brasileira. Com este objetivo, o Movimento Compre do Pequeno Negócio foi lançado pelo Sebrae, no dia 05.08, na FIEB. Ricardo Alban, presidente da FIEB e do Conselho Deliberativo Estadual (CDE) do Sebrae Bahia, lembrou que as pequenas indústrias também fazem parte do movimento. “Queremos gerar uma oportunidade para que elas cresçam e cheguem ao médio e grande porte”, destacou.

Marcelo Gandra/Coperphoto/SistemaFIEB

Alerta vermelho para as contas públicas

Presidente da FIEB, Ricardo Alban, durante evento Mário Bittencourt

Programação incluiu oficinas, mini cursos, núcleos de atendimento e apresentações culturais

Mais de 2 mil pessoas participaram da VIII Feira de Estágio Oficinas, mini cursos, feira de livros, seletivas de estágio e emprego, exposição de empresas, núcleos de atendimento, apresentações culturais e atividades esportivas. Com programação diversificada, a VIII Feira de Estágio de Vitória da Conquista reuniu mais de duas mil pessoas na Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR), nos dias 7 e 8 de agosto. A I Corrida pelo Estágio foi um dos destaques desta edição do evento, que é promovido pelo Fórum de Estágio da Bahia, em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

30  Bahia Indústria

O aumento de 10% no salário mínimo – previsto para janeiro de 2016 – vai gerar impacto nas despesas previdenciárias, desestabilizando as contas públicas e acirrando a crise no governo federal. O alerta foi dado pelo editor executivo do Valor Econômico, Cristiano Romero, dia 27 de julho, na FIEB. Conferencista do evento Desafio da Competitividade – O Capital Humano no Desafio da Competitividade da Indústria, promovido pela CNI e Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), o jornalista fez um diagnóstico do cenário político-econômico do Brasil.

Prepostos recebem capacitação Representantes de indústrias de diversos segmentos participaram, dia 16/07, do curso de capacitação de prepostos promovido pela FIEB. O grupo tirou dúvidas e recebeu orientações para representar adequadamente as empresas em audiências trabalhistas e cíveis, de modo a garantir mais segurança. Ministrado pelas advogadas Manoela Gonçalves e Viviane Pitanga, o curso abordou diversos aspectos relacionados aos prepostos, desde orientações relativas a vestimenta e postura durante audiências, até as peculiaridades dos processos na Justiça do Trabalho e nos Juizados Especiais.


valter Pontes/Coperphoto/SistemaFIEB

Sindicatos têm descontos em processos extrajudiciais

Angelo Pontes/Coperphoto/SistemaFIEB

A FIEB firmou no final de julho um convênio de cooperação com a Associação Comercial da Bahia (ACB) para disseminar a utilização dos Meios Extrajudiciais de Solução de Conflitos (MESC’s). Com o convênio, a Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem da ACB passou a fornecer descontos aos sindicatos industriais, empresas associadas e parceiros nas taxas dos processos extrajudiciais. Os Meios Extrajudiciais de Solução de Conflitos são um procedimento alternativo para a solução de litígios relativos a direitos patrimoniais, de forma ágil, econômica e confidencial.

Federação adere ao Pacto pela Educação A FIEB já está colaborando com o Pacto pela Educação proposto pelo governo estadual para alavancar a qualidade do ensino público na Bahia. A adesão foi formalizada em visita do secretário estadual de Educação Osvaldo Barreto à Federação, no dia 3 de agosto. “Vamos fazer tudo que for do nosso limite de competência, para contribuir com o programa”, garantiu o presidente Ricardo Alban. Foi definida a criação de um grupo de trabalho do Sistema FIEB para discutir as iniciativas a serem implementadas.

Workshop orienta empresas afetadas pelo dumping O Brasil é o país que mais adota medidas de proteção à indústria local, com 30 a 40 medidas antidumping por ano. Ainda assim, só 43% das investigações solicitadas por empresas prejudicadas por importações desleais resultam na aplicação de medidas de proteção. Uma das razões é a dificuldade das empresas em coletar dados para as investigações. Para ajudar a reverter o problema, a CNI realizou, dia 21 de julho, na FIEB, o workshop A Indústria e as Investigações Antidumping.

Embaixador alemão (no alto), no Cimatec, e cônsul dos EUA, na FIEB

Agenda diplomática Em julho e agosto, diplomatas de vários países visitaram a FIEB e o SENAI Cimatec. Confira: • O embaixador da Alemanha no Brasil Dirk Brengelmann veio à Bahia em junho para a inauguração do Complexo Acrílico da BASF, e aproveitou para conhecer o SENAI Cimatec. “Hoje pude me dar conta da extensão e do alto nível da cooperação entre o SENAI e institutos alemães em projetos tecnológicos”, afirmou. Um dos projetos que mais o impressionaram foi o Flat Fish, o submarino não tripulado desenvolvido para monitorar dutos e instalações de plataformas do pré-sal em grande profundidade. • Dia 22 de julho, o embaixador do Chile no Brasil, Juvenil Britto, conversou com o presidente da FIEB, Ricardo Alban. Na pauta, as oportunidades de parcerias e negócios entre empresários chilenos e executivos baianos. • Já o cônsul-geral dos Estados Unidos do Rio de Janeiro James Story foi recebido pelo vice-presidente Alexi Portela, no dia 7 de agosto. A viagem foi a sua primeira a Salvador como titular do cargo. Na ocasião, executivos da Federação e da Rede Bahia o apresentaram o fórum Agenda Bahia, propondo uma parceria com o consulado. A ideia é incluir na agenda do evento uma palestra com o professor de Empreendedorismo e Inovação da University of California, Berkeley, Naeem Zaafer.

Bahia Indústria  31


jurídico

Inovações na arbitragem brasileira Por Viviane Pitanga

No dia 26 de maio foi sancionada a Lei nº 13.129/15, que altera a Lei de Arbitragem nº 9307/96, com o objetivo de aprimorá-la, considerando sua importância como alternativa para resolução de conflitos. A nova lei ampliou o alcance da arbitragem ao possibilitar a sua aplicação à administração pública direta e indireta, pois, apesar de haver previsão em outros diplomas legais de sua utilização em contratos administrativos, as possibilidades eram específicas e encontravam grande resistência por parte dos administrativistas. A Lei 13.129/2015 acrescentou o artigo 136-A à Lei das Sociedades Anônimas (Lei nº 6.404/76), permitindo que a aprovação da convenção de arbitragem no estatuto social da empresa seja feita pela maioria dos acionistas, possibilitando aos sócios minoritários que tenham discordado da deliberação o direito de retirar-se da companhia mediante o reembolso do valor das suas ações. A nova Lei estabeleceu que as partes podem, de comum acordo, afastar algumas regras de regulamentos dos órgãos arbitrais ou entidades especializadas, para que possam ter maior autonomia, a exemplo da possibilidade de escolha de outros árbitros que não estejam no órgão escolhido. Ademais, foi instituído no texto da Lei que a arbitragem interrompe a prescrição, retroagindo à data do requerimento da sua instauração, mesmo que extinta a arbitra32  Bahia Indústria

gem por ausência de jurisdição dos árbitros. Foi acrescido, ainda, um dispositivo legal, que permite aos árbitros proferir sentenças, contemplando parte dos pedidos, sendo possível, assim, o julgamento parcial do mérito. Outra inovação implementada foi a regulamentação das tutelas cautelares e de urgência no próprio texto da Lei (art. 22 A e 22 B). Isso possibilita às partes recorrerem ao Poder Judiciário para a concessão destas medidas, antes de instituída a arbitragem, sendo que, uma vez instituída, caberá aos árbitros manter, modificar ou revogar a medida cautelar. Ressalte-se que, se a arbitragem já estiver instituída, a medida deverá ser requerida diretamente aos árbitros. Por fim, foi inserida no texto da Lei a faculdade ao árbitro ou ao tribunal arbitral de expedição de carta arbitral para que o órgão jurisdicional nacional pratique ou determine o cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato solicitado pelo árbitro. O legislador determinou, ainda, que o procedimento de cumprimento da carta arbitral deverá observar o segredo de justiça, desde que a confidencialidade tenha sido estipulada na arbitragem. A reforma da Lei de Arbitragem foi comemorada por incluir avanços neste instituto, contudo, foram vetados dispositivos que permitiriam o uso da arbitragem em conflitos trabalhistas e decorrentes de relações de consumo, em atendimento às ressalvas apontadas pelo Ministério da Justiça e do Trabalho.

Publicado cronograma do e-Social Foi publicada, em 25/06/15, a Resolução nº 1 do Comitê Diretivo do e-Social, que definiu os prazos para utilização obrigatória do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (e-Social). O início da obrigatoriedade para microempresas e empresas de pequeno porte, ao micro empreendedor individual com empregado, ao empregador doméstico, ao segurado especial e ao pequeno produtor rural pessoa física será definido em atos específicos.

Dispositivos da NR-12 são alterados

Viviane Pitanga é advogada da Gerência Jurídica do Sistema FIEB

A Portaria n.º 857/15, do Ministério do Trabalho e Emprego, alterou dispositivos da Norma Regulamentadora (NR 12), que define referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos. Dentre as alterações, destacam-se as informações que devem constar nos manuais das máquinas e equipamentos fabricados ou importados antes da vigência dessa Norma.


ideias

Efeitos da Depreciação Fiscal no fim do Regime Tributário de Transição Por Fernando Matos

A interpretação da literatura tributária é complexa por várias razões, a começar pelo ambiente operacional das empresas. Se sua interpretação é complexa para profissionais que estão lidando com o dia-a-dia das empresas, o desafio é ainda maior para as autoridades fiscais, que têm o dever de fazer proposições tributárias e adequar essas proposições aos diferentes ambientes operacionais das empresas. Não raro, estas interpretações causam fenômenos atípicos. Foi o que aconteceu com a IN RFB 1.515/14, complementada pela IN RFB 1.556/15, quando interpretou a Lei 12.973/14 e criou uma forma nova e diferente da Lei para a tributação da Depreciação Fiscal dos Ativos Imobilizados, que exige que as empresas antecipem o pagamento de IRPJ e da CSLL. As diferenças dos valores da Depreciação Societária e da Depreciação Fiscal iniciam-se com a alteração do padrão da contabilidade brasileira para a contabilidade internacional, de acordo com o International Financial Reporting Standards (IFRS). Para receber os ajustes relativos aos diferentes valores entre a contabilidade fiscal e a nova contabilidade societária foi criado pela Lei 11.941/09 o Regime Tributário de Transição (RTT), que permitiu a criação do Livro da Contabilidade Fiscal (FCONT),

a fim de manter a neutralidade tributária. A Lei 4.506/64 trata da depreciação fiscal e produz efeitos até hoje, enquanto a Lei 6.404/76, art. 183, inciso V, §2º, trata do registro na contabilidade societária do custo de aquisição e da depreciação. As diferenças de critério e de taxas, entre a Depreciação Fiscal e a Depreciação Societária, foi reconhecida em 2011, pelo Parecer Normativo – PN RFB 01/11. Diante dessas realidades, nasce a conclusão óbvia de registrar a diferença, entre a depreciação fiscal e societária, como parte do RTT e no FCONT. Em 2014, foi publicada a Lei 12.973/2014, que extingue o RTT e cria os critérios de tributação incidentes sobre as diferenças entre os valores dos ativos registrados na contabilidade fiscal e na contabilidade societária, chamando-o de: “Da Adoção Inicial”, no seu Capítulo IV. Em 2015, foi publicada a IN RFB 1.556/2015, que criou novidades na tributação das diferenças entre a depreciação societária e fiscal, exigindo a antecipação da tributação da diferença de depreciação, o que estaria em desacordo com a Lei. Esse procedimento novo e incomum, criado com base em um exemplo de Instrução Normativa, de certa forma, intempestiva, por ser de 2015 para complementar outra IN do ano anterior e produzir efeitos fiscais retroativos para as empresas que optaram pela adoção inicial em 2014, resulta em: - Mudança no critério da depreciação fiscal; - Não considera que a forma de tributação das diferenças entre a depreciação societária e fiscal tem regras tributárias próprias; - Que a depreciação é uma conta de ativo com natureza de passivo por ser uma conta credora; - Que as contas de depreciação são contas independentes das contas que recebem os lançamentos de custos de aquisição dos ativos imobilizados e por essa razão devem observar critérios próprios de realização; e principalmente, - Antecipa a tributação das diferenças entre a depreciação societária e fiscal, quando o objetivo do RTT foi de criar uma neutralidade tributária. [bi]

Em 2015, foi publicada a Instrução Normativa RFB 1.556/2015, que criou novidades na tributação das diferenças entre a depreciação societária e fiscal, exigindo a antecipação da tributação da diferença de depreciação, o que estaria em desacordo com a Lei

Fernando Matos é sócio na Deloitte na Consultoria Tributária Bahia Indústria  33


leitura&entretenimento Divulgação

show Mistura interativa Toda última terça-feira do mês, a orquestra Neojiba, realiza o “Concertando no SESI”, projeto de música interativa que mescla variedade de estilos e famílias de instrumentos sinfônicos e populares, revelando uma multiplicidade artística e musical do núcleo orquestral. Com esse conceito artístico, quartetos de cordas, grupos de compositores, quintetos de metais e de madeiras, cantores e violonistas, entre outros músicos, são os protagonistas desta série, que está na quinta edição e tem também como diferencial a participação de artistas e grupos convidados. A iniciativa é fruto de uma parceria com o Teatro SESI.

Não perca Teatro SESI, 29/9, 20h. R. Borges dos Reis, 9 - Rio Vermelho. Ingresso R$ 10 e R$ 5 (meia). Grátis trabalhador da indústria. (71) 3032-1073 Léo de Azevedo/Divulgação

exposição Artisticidade africana Composta por tronos, máscaras de rituais, estatuetas, esculturas, instrumentos musicais e utensílios que fazem parte do acervo permanente do Centro Cultural Solar Ferrão, o Palacete das Artes apresenta a exposição “Bahia é África Também”, que evidencia a riqueza da produção africana do século XX. As afinidades ancestrais entre Salvador e África, cidade e continente interligados pelo mar, motivaram a escolha do industrial italiano Claudio Masella para fazer a doação da coleção, que integra o acervo do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado. É a primeira vez que as peças são expostas fora do seu espaço original. Não perca Palacete das Artes, ter a sex, 13 às 19h. Sab, dom e feriados, das 14 às 19h. Até 25.8. Rua da Graça, 289, Graça. Grátis. (71) 3117-6997

livros

De zero a um: O que aprender sobre empreendedorismo com o Vale do Silício Peter Thiel Editora Objetiva 216 p. R$ 29,90

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Em busca do sucesso

Liberalismo inconformado

Não existe fórmula para o sucesso, cada processo de criação sempre começa do zero. Em De zero a um: O que aprender sobre empreendedorismo com o Vale do Silício, Peter Thiel dissemina a ideia de que é sim possível ser otimista quanto ao futuro promissor de empresas que buscam a inovação. Para ele, ser diferente é sinônimo de prosperidade. Enquanto algumas instituições lutam para competir em busca do sucesso, monopolizar seria a melhor condição de existência.

Milton Friedman, Nobel de Economia, e Rose Friedman discorrem sobre economia, liberdade e a conexão entre esses dois conceitos, traçando o modo como nossa liberdade se desgastou e nossas riquezas foram disfarçadas com o aumento de leis, regulamentações e agências governamentais. Em defesa do liberalismo, eles analisam como as boas intenções produzem resultados indesejáveis quando o governo assume o papel de intermediário.

Livre para escolher: Um depoimento pessoal Milton Friedman e Rose Friedman Editora Record 476 p. R$ 48,00


EM CADA OLHAR, DETERMINAÇÃO. EM CADA GESTO, PRECISÃO. E EM CADA CORAÇÃO, O ORGULHO DE COLOCAR NOSSA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL COMO A MELHOR DO MUNDO.

#SenaiBrasilMelhordoMundo Foi a primeira vez na história que um país da América Latina recebeu a WorldSkills, a maior competição de

Mais de 1.200 competidores de 62 países mostraram suas habilidades em

, durante

4 dias, em São Paulo, no Anhembi Parque. Com a maior delegação brasileira de todos os tempos, nossa equipe mostrou seu talento, garra, determinação e conhecimento. E o resultado não poderia ter sido outro. Nos dois rankings mais importantes da Competição, conquistamos o 1º lugar por pontos e o 1º lugar no quadro geral de medalhas, entre todos os países participantes. Foram 27 medalhas, um recorde: 11 de Ouro, 10 de Prata, 6 de Bronze e 18

Parabéns a todos! como excelente escolha e oportunidade de transformação de vida para milhares de jovens.

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