Revista Bahia Indústria - Junho/Julho 2012 - Ano XVIII nº 221

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Bahia Federação das Indústrias do Estado da Bahia Sistema FIEB

O SENAI do futuro Sistema FIEB anuncia investimentos que transformarão formação e pesquisa em tecnologia e inovação na Bahia

ISSN 1679-2645

Ano XVIII nº 221 junho/julho 2012


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E

P A R T I C I P E . VÔLEI

TÊNIS DE MESA

XADREZ

VÔLEI DE PRAIA


EDITORIAL

Construindo o futuro Um dos centros mais avançados do SENAI no país, o Cimatec, que completou em 2012 uma década, comemorou a data com uma solenidade especial, que reuniu autoridades, representantes do setor industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), SENAI Nacional, além de integrantes do Sistema FIEB. Foi a ocasião oportuna para o anúncio de um aporte de R$ 200 milhões em investimentos, que irá transformar o SENAI Bahia e dotá-lo do que há de mais avançado em qualificação, formação e pesquisa aplicada. Estamos falando da implantação de dois Institutos SENAI de Inovação e de três Institutos SENAI de Tecnologia, além da ampliação de agências instaladas no interior, assegurando uma maior presença do Sistema FIEB em outras regiões do estado, além da Região Metropolitana de Salvador, onde se concentra a maioria de suas atividades. Como parte desta estratégia, as unidades de Feira de Santana, Ilhéus e Dendezeiros também vão receber um upgrade. Tudo isso visa preparar o SENAI Bahia para os grandes desafios dos próximos anos em demanda por capacitação e preparação de profissionais para atender o setor industrial baiano. E disso o SENAI entende, como relatam os representantes de importantes segmentos industriais instalados ou em processo de implantação na Bahia. A Ford, por exemplo, já capacitou mais de 5 mil trabalhadores com a ajuda do SENAI, em especial, do Cimatec, e destaca a busca de soluções rápidas para atender suas necessidades. A JAC Motors, que está montando uma fábrica na Bahia, fala o quanto foi relevante identificar a presença do SENAI. Para um dos diretores da fábrica, o SENAI Bahia reúne condições de infraestrutura e recursos para atender às demandas de uma empresa em implantação, que necessitará de uma estrutura de apoio para capacitar e treinar pessoal, mas também para buscar soluções de inovação, no que o Cimatec poderá contribuir com seus núcleos de pesquisa aplicada. Sincronizar as demandas das empresas industriais com as necessidades de capacitação de pessoal e viabilizar o aumento da densidade de uma cadeia industrial são algumas das atividades de caráter estratégico que o SENAI está habilitado a desempenhar. Com os novos investimentos, em dois anos, a perspectiva é duplicar a estrutura atual. Os desafios são muitos, mas a história do SENAI Bahia, que o coloca como unidade de referência no país, serve de base para um futuro ainda mais sólido e promissor na construção de uma indústria baiana cada vez mais competitiva.

Professor orienta alunos de turma da Ford que está sendo treinada em laboratório do SENAI em Camaçari

Um aporte de R$ 200 milhões em investimentos vai transformar o SENAI Bahia e dotá-lo do que há de mais avançado em qualificação, formação e pesquisa aplicada nos próximos anos


Unidades do Sistema FIEB Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato SESI – Serviço Social da Indústria Sede: 3343-1301

@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429

@Responsabilidade Social: (71) 3343-1490 @Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805 @Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513 @Itapagipe: (71) 3254-9930 @Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253 @Lucaia: (71) 3205-1801 @Piatã: (71) 3503 7401 @Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221 @Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081 @Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330 @Eunápolis: (73) 8822-1125 @Feira de Santana: (75) 3602 9762 @Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326 @Jequié: (73) 3526-5518 @Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133 @Valença: (75) 3641 3040 @Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Sede: 71 3343-8090

@Cimatec: (71) 3534-8090 @Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090 @Feira de Santana: (73) 3639-9302 @Ilhéus: (73) 3639-9302 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609 @Barreiras: (77) 3612-2188

IEL – Instituto Euvaldo Lodi Sede: 71 3343-1384/1328/1256 @Barreiras: (77) 3611-6136 @Camaçari: (71) 3621- 0774 @Eunápolis: (73) 3281- 7954 @Feira de Santana: (75) 3229- 9150 @Ilhéus: (73) 3639-1720 @Itabuna: 3613-5805 @Jacobina: (74) 3621-3502 @Juazeiro: (74) 3611-0155 @Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621 @Vitória da Conquista: (77) 3424-2558

CIEB - Centro das Indústrias do Estado da Bahia Sede: (71) 3343-1214 sistema fieb nas mídias sociais

4  Bahia Indústria

FIEB

lhistas Homero Ruben Rocha Arandas; Comitê de

Presidente José de Freitas Mascarenhas. 1º Vice-

Portos Reinaldo Dantas Sampaio

Bahia

presidente: Victor Fernando Ollero Ventin. Vicepresidentes Carlos Gilberto Cavalcante Farias;

CIEB

Emmanuel Silva Maluf; Reinaldo Dantas Sampaio; Vicente Mário Visco Mattos. Diretores Titulares Alberto Cânovas Ruiz; Antonio Ricardo Alvarez Alban; André Régis Andrade; Carlos Henrique Jorge Gantois; Claudio Murilo Micheli Xavier; Eduardo Catharino Gordilho; Josair Santos Bastos; Leovegildo Oliveira De Souza; Luiz Antonio de Oliveira; Manuel Ventin Ventin; Maria Eunice de Souza Habibe; Reginaldo Rossi; Sérgio Pedreira de Oliveira Souza; Wilson Galvão Andrade. Diretores Suplentes Adalberto de Souza Coelho; Alexi Pelagio Gonçalves Portela Júnior; Carlos Alberto Matos Vieira Lima; Juan José Rosário Lorenzo; Marcos Galindo Pereira Lopes; Mário Augusto Rocha Pithon; Noêmia Pinto de Almeida Daltro; Paulo José Cintra Santos; Ricardo de Agostini Lagoeiro

Diretor-Presidente José de Freitas Mascarenhas. Vice-Presidentes José Carlos Boulhosa Baqueiro;

Irundi Sampaio Edelweiss; Marco Aurélio Luiz Martins. Diretores Titulares Carlos Antônio Borges Cohim Silva; Clovis Torres Junior; Fernando Elias Salamoni Cassis; João de Teive e Argollo; Luís Fernando Galvão de Almeida; Luiz Antunes Athayde Andrade Nery; Marconi Andraos Oliveira; Roberto Fiamenghi; Rogelio Golfarb; Ronaldo Marquez Alcântara; Diretores Suplentes Davidson de Magalhães Santos; Erwin Reis Coelho de Araujo; Givaldo Alves Sobrinho; Heitor Morais Lima; Jorge Robledo de Oliveira Chiachio; José Luiz Poças Leitão Filho; Mauricio Lassmann Diretor regional oeste Pedro Ovídio Tassi

Editada pela Superintendência de Comunicação Institucional do Sistema Fieb Conselho Editorial Irundi Edelweiss, Maurício Castro, Cleber Borges e Patrícia Moreira. Coordenação editorial Cleber Borges. Editora Patrícia Moreira. reportagem Patrícia Moreira, Carolina Mendonça e Fábio Bito Teles. fotografia João Alvarez. Projeto Gráfico e Diagramação Ana Clélia Rebouças. Ilustração e Infografia Murilo Gomes. Impressão Stilo Gráfica e Editora

SESI conselhos

Presidente do Conselho e Diretor Regional José

Conselho de Economia e desenvolvimento in-

de Freitas Mascarenhas. Superintendente José Wagner Fernandes

dustrial Antônio Sérgio Alípio; Conselho para o

Desenvolvimento

Empresarial

Estratégico

Clóvis Torres Júnior; Conselho de Assuntos Fis-

SENAI

cais e Tributários Cláudio Murilo Micheli Xavier;

Presidente do Conselho José de Freitas

Conselho de Comércio Exterior Reinaldo Dantas Sampaio; Conselho da Micro e Pequena Empresa Industrial Carlos Henrique Jorge Gantois; Conselho de Infraestrutura Marcos Galindo Pereira Lopes; Conselho de Meio Ambiente Irundi Sampaio Edelweiss; Comitê de Petróleo e Gás Eduardo Rappel; Conselho de inovação e Tecnologia José Luís Gonçalves de Almeida; Conselho de Responsabilidade Social Empresarial Marconi Andraos Oliveira; Conselho de Relações Traba-

Mascarenhas.

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA Rua Edístio Pondé, 342 – Stiep, CEP.: 41770-395 / Fone: 71 3343-1280 / w w w.f ieb.or g.br/ b ahia _ indu stria_online

Diretor Regional: Leone Peter Andrade

IEL Presidente do Conselho e Diretor Regional

As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessariamente o pensamento da FIEB.

José de Freitas Mascarenhas. Superintendente Armando da Costa Neto

Filiada à

Diretor Executivo do Sistema FIEB

Alexandre Beduschi

Sindicatos filiados à FIEB Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado da Bahia, sindacucarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem no Estado da Bahia, sindfiacaoba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do tabaco no Estado da Bahia, sinditabaco@ fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Curtimento de Couros e Peles no Estado da Bahia,sindicouroba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário de Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Candeias, Camaçari, Dias D’ávila e Santo Amaro, sindvest@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da Indústria de Extração de Óleos Vegetais e Animais e de Produtos de Cacau e Balas no Estado da Bahia, sindioleosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Cerveja e de Bebidas em Geral no Estado da Bahia, sindcerbe@bol.com.br / Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia, sindpacel@hotmail.com / Sindicato das Indústrias do Trigo, Milho, Mandioca e de Massas Alimentícias e de Biscoitos no Estado da Bahia, sindtrigoba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Calcário, Cal e Gesso do Estado da Bahia, sindicalba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia, secretaria@sinduscon-ba.com.br / Sindicato da Indústria de Calçados, seus Componentes e Artefatos no Estado da Bahia, sindcalcadosba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado da Bahia, simmeb@uol.com.br / Sindicato das Indústrias de Cerâmica e Olaria do Estado da Bahia, sindicerba@ig.com.br / Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza em geral e Velas do Estado da Bahia, sindisaboesba@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias e Marcenarias de Salvador, Simões Filho, Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D’ávila, Sto. Antônio de Jesus, Feira de Santana e Valença, sindiscamba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Cidade do Salvador, sindpanssa@uol.com.br / Sindicato da Indústria de Produtos Químicos, Petroquímicos e Resinas Sintéticas do Estado da Bahia, sinpeq@coficpolo.com.br / Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado da Bahia, sindiplasba@ sindiplasba.org.br / Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento no Estado da Bahia, sinprocimba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado da Bahia, sindbrit@svn.com.br / Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia, adm@quimbahia.com.br / Sindicato da Indústria de Mármores, Granitos e Similares do Estado da Bahia, simagranba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria Alimentar de Congelados, Sorvetes, Sucos, Concentrados e Liofilizados do Estado da Bahia, sindsucosba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado da Bahia, sincarba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria do Vestuário da Região de Feira de Santana, sindvestfeira@fbter.org.br / Sindicato da Indústria do Mobiliário do Estado da Bahia, moveba@fieb.org.br / Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia, sindratar@gmail.com.br / Sindicato das Indústrias de Construção Civil de Itabuna e Ilhéus, valmirsb@yahoo.com.br / Sindicato das Indústrias de Café do Estado da Bahia, sincafeba@ fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado da Bahia, sindileite@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos, Computadores, Informática e Similares dos Municípios de Ilhéus e Itabuna, sinec@sinec.org.br / Sindicato das Indústrias de Construção de Sistemas de Telecomunicações do Estado da Bahia, anaelisabete@telenge.com.br / Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Feira de Santana, simmefs@simmefs.com.br / Sindicato das Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado da Bahia, sindirepaba@ sindirepabahia.com.br / Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, sindipecas@sindipecas. org.br / Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia, sindcosmetic@fieb.org.br / Sindicato das Indústrias de Artefatos de Plásticos, Borrachas, Têxteis, Produtos Médicos Hospitalares, sindiplast@gmail.com


sumário Junho/julho 2012

16 10 ANOS do CIMATEC Ao completar uma década do Cimatec, são anunciados investimentos de R$ 200 milhões para o SENAI Bahia

Leone Andrade, Jaques Wagner e José Mascarenhas visitam laboratório do Cimatec Foto: João Alvarez

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José Paulo Lacerda/CNI

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Programa Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho

Jogos do sesi

Inovação made in bahia

TABLET PARA CRIANÇAS COM NECESSIDADES especiais

SESI Bahia coordena programa nacional que atua na prevenção de acidentes e na promoção da saúde com trabalhadores da indústria da construção, previsto para ser implantado até 2014

Atletas da Bahia conquistam quatro medalhas na 8ª edição dos Jogos Nacionais

IEL apresenta cases de empresários que descobriram novos negócios

Protótipo similar a um tablet, desenvolvido no SENAI Cimatec, apresenta resultados surpreendentes no processo educativo de crianças portadoras de necessidades especiais


Tecnologia preventiva Equipe do SESI coordena programa nacional com foco na prevenção de acidentes e promoção da saúde na indústria da construção por patrícia moreira

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Fotos João Alvarez

oenças e acidentes provocam a perda de 36 milhões de dias de trabalho por ano, uma média de quatro dias por trabalhador. Ao todo, 28% dos afastamentos por períodos superiores a 15 dias ocorrem na indústria, conforme revela pesquisa do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/Ufba). Um outro estudo, do SESI Nacional, divulgado em 2011, mostra que a indústria brasileira registra perdas da ordem de R$ 42 bilhões por ano, o equivalente a 3% do PIB (Produto Interno Bruto), com trabalhadores que se apresentam no trabalho sem as condições de saúde ideais, com impacto no seu desempenho. Os números sobre o impacto da saúde do trabalhador no ambiente do trabalho são ainda mais expressivos quando se trata da indústria da construção civil, uma das campeãs em número de acidentes graves e afastamentos por doenças. Com base no banco de dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), o índice de mortalidade no setor em 2009 foi de 18 para cada 100 mil trabalhadores com cartei-

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ra assinada, equivalente ao dobro em relação às demais atividades produtivas. Vale ressaltar que o setor saiu de aproximadamente 1 milhão de trabalhadores, em 2005, para três milhões, em 2011. Apesar do aumento da população empregada no setor, no período de 2000 a 2009, houve avanços na redução do índice de mortalidade relacionada ao acidente do trabalho, que passou de 32 mortes a cada 100 mil trabalhadores para as 18 mortes para cada 100 mil. Mas a taxa ainda é considerada muito alta se comparada à das demais atividades econômicas (uma proporção de 7 para cada 100 mil) e à da indústria da construção de países como Finlândia e Inglaterra.

Saúde no Trabalho Dados como estes levaram o Departamento Nacional do Serviço Social da Indústria (SESI) a desenvolver, em 2010, o Programa Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho para a Indústria da Construção (PNSST IC). O SESI Bahia foi escolhido para coordenar este programa, em função da experiência do Departamento Regional com o desenvolvimento do

Programa Setorial de Segurança e Saúde do Trabalho para a Indústria da Construção na Bahia, realizado em parceria com o Sinduscon Bahia e coordenado pelo engenheiro Robério Costa Silva. “Nós aproveitamos a nossa experiência para construir um novo programa, de âmbito nacional, com novas estratégias, tecnologias e produtos”, explica Robério Silva. O programa nacional foi projetado para ser implantado no período de 2010 a 2014, com orçamento total de R$ 18 milhões e dividido em três fases, cada uma com duração de 18 meses. O PNSST IC, além do desenvolvimento de tecnologias (diagnósticos, programas de sensibilização, treinamentos e desenvolvimento de softwares), também prevê transferência de tecnologias aos estados, suporte técnico aos DRs do SESI e operacionalização junto às empresas. A equipe encarregada do programa tem perfil multidisciplinar e inclui engenheiro de segurança, administrador de empresas, pedagogo, analista de sistemas e epidemiologista. Na execução estão previstas visitas em campo e inspeções para verificar a adoção das medidas sugeridas. “A ideia é le-

Operários dos canteiros de obras, e também as construtoras, são alvos do programa de prevenção em saúde e segurança


var informações até o trabalhador sobre a prevenção de acidentes no trabalho”, explica Robério Silva, destacando que a experiência prática vem comprovando melhorias e a redução de acidentes após a adoção do método de prevenção. O programa teve a adesão de todos os estados e já foi lançado em quatro (Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará e Santa Catarina). Desde 2010, foram desenvolvidas cinco tecnologias e outras seis estão em desenvolvimento. Em todo o país, a iniciativa já capacitou 120 profissionais, entre engenheiros e técnicos de 26 estados da federação. O Sindicato da Indústria da Construção Civil da Bahia (Sinduscon) é parceiro do Sistema FIEB no apoio a iniciativas como esta, que ajudam a reduzir a ocorrência de acidentes nos canteiros. O presidente do sindicato, Carlos Alberto Vieira Lima, observa que a educação dos profissionais é fator fundamental na prevenção de acidentes. De 1998 a 2008, houve uma redução de 47% no número de acidentes de trabalho nos canteiros, de acordo com o Ministério do Trabalho, graças a iniciativas como esta empreendida pelo SESI. Bahia Indústria  7


SESI desenvolve Soluções de Promoção da Saúde do Homem O Serviço Social da Indústria (SESI), órgão colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS), também desenvolve outras ações inovadoras na área de prevenção e orientação à saúde, voltadas para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores da indústria. Uma delas é o Programa de Saúde do Homem, iniciativa piloto desenvolvida em cinco empresas de Salvador desde outubro de 2011, com um grupo de 2 mil trabalhadores. Segundo Cláudia Lemos, coordenadora do projeto, a iniciativa considerou os resultados do Diagnóstico de Saúde e Estilo de Vida (DSEV), serviço subsidiado pelo SESI, aplicado em 47 mil industriários, que apontou a predominância de trabalhadores do sexo masculino na indústria e a presença de fatores de riscos aglomerados – como obesidade, alimentação pobre em fibras, sedentarismo, etc. –, que contribuem para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis. “A expansão das doenças crônicas acarreta prejuízos para a sociedade, ao passo que afeta o bem-estar das pessoas, provoca a perda de produtividade e onera os custos das empresas. Contudo, é possível mudar este cenário, investindo em soluções sociais”, afirma a coordenadora. Nesta perspectiva, o SESI desenvolve duas ações voltadas para a indústria baiana: um curso de formação de promotores de Qualidade de Vida no Trabalho, com gestores e técnicos da Indústria e uma agenda de Qualidade de Vida no ambiente de trabalho das empresas parceiras. O desenvolvimento humano permeia todo o projeto, com a transferência de tecnologia para as indústrias, com 8  Bahia Indústria

Medição de pressão arterial é uma das ações que fazem parte do programa para prevenir doenças crônicas

ações integradas de qualidade de vida, a contribuição dos eixos de promoção da saúde, esporte, bem-estar e responsabilidade social. Além do projeto, outra ação de promoção da Saúde do Homem é a série Homens Saudáveis, Viva Mais Viva Melhor, da Campanha Educativa de Segurança e Saúde no Trabalho, que disponibiliza material específico para a promoção da saúde do homem, desenvolvido em parceria com o Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA). Este material instrucional entra como suporte para as atividades presenciais de educação e comunicação em saúde. A campanha disponibiliza folders, cartilhas, dentre outros materiais informativos, para as indústrias, por meio de uma vitrine virtual, com vistas à prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, à melhoria do estilo de vida do trabalhador e à promoção da saúde do homem. Todo o material pode ser solicitado mediante cadastro no site do SESI (www.sesi.org.br/pro-sst). “O SESI, com a implementação destas estratégias, caminha em consonância com o direcionamento de desenvolvimento de ambientes de trabalho saudáveis e eleva, assim, a qualidade de vida da população corporativa. O entendimento é que os trabalhadores estarão mais aptos e motivados a contribuir de forma efetiva para um processo produtivo inovador e sustentável na Indústria Baiana”, explica Cláudia Lemos. [bi]


circuito

por cleber borges

Exclusão bancária atinge 36%

Caminhos da sustentabilidade

Mais de um terço da população brasileira – exatos 36% – não possui conta corrente ou poupança por não ter condições financeiras, revela a pesquisa CNI-Ibope Retratos da Sociedade Brasileira: Inclusão Financeira. Quatro em cada cinco brasileiros, correspondendo a 78% da população, usam dinheiro como principal forma de pagamento, enquanto 13% lançam mão do cartão de crédito. O cartão de débito aparece na terceira posição, com 6% de usuários, e na última posição, empatados com 1%, estão o cheque e o vale-alimentação. O uso de dinheiro é mais comum entre as pessoas de baixa renda, atingindo 88% de quem ganha até um salário mínimo, contra 38% de quem possui renda acima de 10 salários mínimos.

Ser sustentável implica em custos adicionais, mas é um fator necessário à sobrevivência das empresas. É o que revela estudo da CNI realizado com 60 executivos de grandes empresas do país, para os quais os investimentos em sustentabilidade deverão crescer nos próximos anos. O tema é tratado normalmente pelo alto escalão das empresas, sendo 50% pela presidência, 22% pela diretoria e 14% pela vicepresidência. Em apenas 7% delas é tratado no âmbito de gerências. Não investir em ações sustentáveis acarreta riscos à sobrevivência da empresa, para 39% dos ouvidos e risco à imagem, para 18%. A tendência para os próximos anos é de crescimento dos investimentos na área, para 75%, enquanto apenas 3% acham que haverá redução. As principais barreiras para implementar ações de sustentabilidade são custos adicionais, falta de cultura na organização, regulação, falta de incentivos e de tecnologia.

O que afeta a competitividade As empresas brasileiras trabalham, em média, 13 vezes a mais que as concorrentes estrangeiras para pagar impostos. Isso inibe os investimentos e aumenta os preços para o consumidor. Por essa razão, a CNI acaba de lançar uma campanha para chamar a atenção da sociedade para problemas antigos que afetam a competitividade da indústria. No site http:// aindustriatempressa.com.br/ estão detalhadas as ações necessárias para resgatar a capacidade de competição da indústria brasileira e o internauta pode assinar manifesto defendendo a competitividade da indústria brasileira.

“A inflação aleija, mas o câmbio mata.” Mário Henrique Simonsen (1935-1997), ao destacar, na década de 1980, os efeitos prejudiciais do câmbio sobre a competitividade da indústria.

Capital de giro mais barato O BNDES anunciou que reduzirá as taxas de juros do programa Progeren, destinado ao financiamento de capital de giro. As taxas ao ano para micro e pequenas empresas, que eram 9,5%, passaram para 6%. Para as médias empresas, os juros caíram de 9,5% para 6,5% e, para as médias-grandes e grandes, de 10% para 8%. O presidente da instituição, Luciano Coutinho, espera que a redução dos juros seja repassada pelos agentes financeiros, na ponta, aos clientes. É, talvez, o programa de capital de giro com as taxas mais baixas já praticadas do país. O BNDES incluirá no Progeren as médias empresas de toda a indústria da transformação, que até então só tinham alguns produtos atendidos. O total disponível até o dia 31 de dezembro de 2013 será de R$ 14 bilhões, sendo R$ 11 bilhões para micro, pequenas e médias empresas e R$ 3 bilhões para médias-grandes e grandes empresas.

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sindicatos ELEIÇÕES Sindratar• Foi eleita, dia 18 de junho, a nova diretoria do Sindicato das Indústrias de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia (Sindratar-BA) para o biênio 2012-2014. O empresário Raimundo Dunezeu, da Mac Engenharia e Instalações, disputou, em chapa única, o terceiro mandato. Suas metas são ampliar a base de empresas associadas, formar parcerias para incrementar a formação de mão de obra especializada para o segmento, bem como, normatizar e certificar os procedimentos do sindicato nos moldes da ISO 9001:2008.

Sindileite: ação de conscientização O órgão das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, na siga em inglês) instituiu, em 2011, 1º de junho como Dia Mundial do Leite. Em Salvador, a data foi lembrada com um café da manhã, oferecido pelos associados do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Leite do Estado da Bahia (Sindileite), no Jardim de Alah. Além disso, estudantes de enfermagem e nutricionistas realizaram exames de controle da pressão arterial e de glicose e deram dicas nutricionais. De acordo com o presidente do sindicato, Paulo Cintra, a iniciativa teve a adesão de 18 empresas na Bahia. “A proposta é divulgar as qualidades nutricionais do leite, um alimento rico em cálcio, mas também em proteínas”, explicou. Das 6 às 10 horas, quem costuma caminhar pela Orla de Salvador foi convidado a participar da degustação dos produtos (leite, iogurte, queijo, bebidas lácteas) e a aprender sobre combinações saudáveis com outros alimentos, como chocolate e cereais, em uma barraca montada no Jardim de Alah. A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), da Secretaria da Agricultura do Estado da Bahia, parceira do evento, levou para o Jardim de Alah 200 crianças de quatro escolas municipais.

Sindratar promove capacitação O Sindicato das Indústrias de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia (Sindratar-BA), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), por meio do SENAI Cimatec, oferece aos profissionais da área de refrigeração e ar condicionado, curso de capacitação em supervisão de instalação de equipamentos e sistemas de ar condicionado. O curso, que começou em 11 de junho, prossegue até 25 de setembro.

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Bahia Indústria

Estudantes e populares participaram de atividades pelo Dia do Leite

Sindvest-Feira• A nova diretoria do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Feira de Santana e Região (Sindivest) tomou posse, 11 de abril, na sede da entidade, no SESI de Feira de Santana. A nova presidente, Ane Rose Lula, exercerá mandato até 2015. Ela pretende dar continuidade aos projetos da entidade. A nova gestão ganhou o reforço da empresária Késia Melo, da Kelvi’s Confecções, que leva para a equipe toda a sua experiência com moda e consciência do associativismo para evolução do setor do vestuário na região. Moveba• João Schaun Schnitman foi reeleito, dia 2 de abril, para a presidência do Sindicato da Indústria do Mobiliário da Bahia (Moveba). A posse ocorreu dia 15 de maio, em ato na sede da FIEB.


ABNT/Divulgação

Participação baiana na Rio+20 O baiano Jorge Cajazeira, presidente do Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel no Estado da Bahia (Sindipacel) e do comitê que desenvolveu as normas da ISO 26000, foi o único representante baiano a dar palestra durante a reunião da Organização das Nações Unidas, a Rio+20, dia 18 de junho, no Rio de Janeiro. Ele apresentou os trabalhos do comitê da ISO 26000, finalizada após cinco anos de trabalho, com a participação de 600 especialistas de cem países. Mais conhecida como a ISO da responsabilidade social, a norma já foi adotada por entidades representativas, governos e empresas de 157 países.

Representação baiana na FAO Wilson Andrade, presidente do Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais da Bahia (Sindifibras), representou a Bahia na reunião do comitê de commodities da FAO (órgão das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação), presidida pelo brasileiro José Graziano, em Roma, no final do mês de maio. Ele participou como coordenador de um dos 18 comitês que engloba os diversos setores do agronegócio mundial. Durante quatro dias, o maior fórum de agronegócio mundial discutiu sobre a produção, consumo e distribuição de alimentos, fibras e florestas, considerando as condições climáticas, sociais e econômicas nos próximos 50 anos.

Jorge Cajazeira apresentou trabalhos no comitê da ISO 26000

Polo de Confecções de Feira será instalado Após longa indefinição, o Projeto Policon – Polo de Distribuição das Indústrias de Confecção de Feira de Santana – irá finalmente ser implantado. Em 2011, o local de instalação do polo foi alvo de um processo judicial envolvendo a Cooperativa dos Badameiros de Feira de Santana (Coobafs) e o Sindicato das Indústrias de Vestuário de Feira de Santana (Sindvest), que reivindicava a reintegração de posse do terreno para instalação do polo. O impasse foi resolvido em meados do mês de maio. Com o fechamento do processo, o Sindvest de Feira de Santana mobiliza as indústrias associadas para reestruturação do Policon, que abrigará em torno de 50 lojas destinadas ao escoamento da produção de confecção da cidade, o que promete fortalecer ainda mais a cadeia produtiva da região.

Simagran promove reuniões itinerantes

Divulgação

José Graziano e Wilson Andrade durante reunião da FAO, em Roma

Como parte da estratégia de fortalecer as ações do Sindicato da Indústria de Mármores, Granitos e Similares da Bahia (Simagran) no interior, foi realizado, dia 13 de junho, em Feira Santana, reunião itinerante que discutiu temas como fiscalização do Ministério do Trabalho nas marmorarias, convênios e benefícios para as empresas do setor, convenção coletiva dos trabalhadores, o fim do carrinho transportador de chapas e o prazo final para implantação do sistema a úmido nas marmorarias. A próxima reunião no interior será em 15 de agosto, na cidade de Santo Antônio de Jesus.

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Sistema FIEB marca presença no sul baiano Serviços para a região foram apresentados no IV Festival Internacional do Chocolate

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público que visitou o IV Festival Internacional do Chocolate da Bahia pôde conhecer também serviços e produtos oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB (CIEB, SESI, SENAI e IEL) na região sul do estado. Durante o evento, realizado em Ilhéus, entre os dias 28 de junho e 2 de julho, equipes da Federação das Indústrias do Estado da Bahia fizeram demonstrações e apresentaram palestras com temas de interesse da economia local, a exemplo da cadeia do cacau. No estande do Sistema FIEB, o público conferiu demonstrações de análises realizadas nos laboratórios do SENAI, além de obter informações sobre cursos, capacitações, programas e projetos para atender às demandas da indústria. Na abertura das palestras, o gerente geral do Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB), Evandro Mazo, falou sobre as ações do Programa de Interiorização da federação para o sul do estado. “Nosso

Estande da FIEB disponibilizou informações ao público

Joá Souza/coperphoto

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objetivo é fomentar e apoiar a implantação de centros tecnológicos, ampliação das capacitações de pessoal e atração de novos investimentos”, explicou. O assunto capacitação interessou particularmente Cláudio Silva, 54, dono de uma pequena construtora em Ilhéus. Com dificuldades para encontrar mão de obra qualificada na região, especialmente encanadores e eletricistas, ele está tendo atrasos nas obras. Quando soube que a Unidade Sul do SENAI oferece cursos de formação e qualificação de trabalhadores para a construção civil, o empresário se animou. “Vou lá buscar informações e ir atrás de funcionários capacitados!”, disse. O empresário também gostou de saber que a federação dá informações e apoia os empresários que desejam exportar e importar, já que ele pretende comprar produtos em mercados no exterior. As informações foram apresentadas pela coordenadora de Comércio Exterior do Centro Internacional de Negócios (CIN) da FIEB, Daniella Cunha, que mostrou as linhas de atuação da entidade para o processo de internacionalização das empresas baianas. “Oferecemos informações, estudos e pesquisas de mercados, consultorias para a elaboração de planos, certificação de origem (COD), inteligência comercial, e precisamos desta aproximação com o empresariado para conhecer melhor as demandas de cada segmento”, pontuou. A programação também contemplou temas de interesse para a economia da região, como a segurança alimentar na cadeia produtiva do cacau e do chocolate, a inserção de um programa de gestão da qualidade nas empresas, o cumprimento das normas de saúde e segurança do trabalho e o Programa de Qualificação de Fornecedores (PQF) do IEL, cujo foco é o aumento da competitividade por meio de um processo de avaliação e capacitação de empresas fornecedoras, em critérios pré-estabelecidos. [bi]


Missão comercial estreita laços com o além-mar FIEB participa de comitiva do governo que esteve em Portugal, apresentando oportunidades de negócios com a Bahia

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trair empresários portugueses para investir na Bahia e cooperar com empresários baianos de diferentes setores. Este foi o objetivo da Missão Técnica da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (Sicm) a Portugal, realizada entre 19 e 22 de junho. A FIEB integrou a comitiva representada pelo superintendente de Desenvolvimento Industrial, João Marcelo Alves, que apresentou o perfil da indústria local, seus diferentes segmentos e localização territorial, assim como o apoio que o Sistema FIEB poderá dar aos futuros investidores. Foram realizadas quatro apresentações aos empresários, três em núcleos empresariais regionais e uma em Lisboa. Os segmentos que despertaram maior interesse foram os de alimentos, moldes, plásticos, metalomecânico, naval e materiais de construção. “Apesar da crise e da forte queda na demanda por produtos e serviços industriais portugueses, os acordos de cooperação em que se possa alocar máquinas, tecnologia e know-how em produtos e processos são bem vistos. As alianças e joint-ventures tecnológicos também foram bem recebidas pelos empresários de pequeno e médio portes”, conta João Marcelo Alves. De acordo com o superinten-

Divulgação

Antonio Coradinho (E) e João Marcelo Alves (2º à direita) integraram missão empresarial a Portugal

dente, há um grande número de empresas de pequeno e médio portes na zona do euro, particularmente na Europa mediterrânea, que possuem tecnologia de ponta, elevada qualidade e know-how de processos e produtos. No entanto, elas têm sofrido uma grande queda nas vendas e na produção e buscam por novos mercados para sobreviver e crescer. “Apesar das limitações de investimentos greenfield (iniciados do zero), dada a atual crise de crédito na zona do euro, as parcerias com empresários baianos surgem como uma opção interessante e podem ser um atalho à inovação tão necessária à indústria baiana”, afirma Alves.

Para o presidente da Câmara Portuguesa de Comércio na Bahia, Antonio Coradinho, é justamente nas diferenças que as indústrias portuguesa e baiana são altamente complementares. “A Bahia produz uma série de matérias-primas que precisam ser beneficiadas e Portugal possui tecnologia, conhecimento e equipamentos ociosos por conta da crise; é preciso fazer esta ponte e tirar proveito da língua comum e desta reciprocidade”, aponta. Uma das ações que podem contribuir para promover esta aproximação é o 5° Seminário de Oportunidades de Negócios Bahia-Portugal, entre 19 e 21 de outubro, na capital baiana. [bi] Bahia Indústria  13


Competitividade saudável Bahia conquista quatro medalhas nos Jogos Nacionais do SESI: uma de prata e três de bronze por Fábio Bito Teles e Verônica Lins

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equena em números, grande nas conquistas. Esse é o retrato da delegação baiana que participou da 8ª edição dos Jogos Nacionais do SESI, no início de junho, em Goiânia. Os 22 atletas classificados para a etapa nacional voltaram para a Bahia com quatro medalhas – uma de prata e três de bronze – e muita história para contar. Paulo Roberto Souza, representando a Embasa, conquistou a medalha de prata no tênis de campo categoria 45+. “Minha participação era incerta, devido a uma contusão, e o resultado terminou sendo

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muito bom”, conta Paulo, que tinha conquistado o ouro em 2010. Outro atleta já experiente e que trouxe medalha para casa foi Jobson Silva Santana, representante da Mondial Eletrodomésticos, no Atletismo. O terceiro lugar no pódio veio na prova de 200m rasos, 16+. “É muito difícil trabalhar, treinar e estudar, mas tenho apoio da empresa, que me dispensa mais cedo para participar das competições e patrocina os uniformes”, revela. Jobson reconhece que todo o esforço vale a pena e pensa em integração. “O esporte melhora o

Solenidade de abertura da 8ª Edição dos Jogos Nacionais, em Goiânia

relacionamento com os colegas e estimula o espírito de equipe na empresa. Sempre que posso chamo outros colegas para treinarem comigo”.

natação Foi com este mesmo espírito de integração que Laís Araújo, representante da Coelba na natação, participou dos Jogos do SESI pela primeira vez e trouxe o bronze nas provas de 400m, categoria 25+. “Entrei nos Jogos para completar a equipe que estava desfalcada e conquistei essa vitória.”


Equipe da Bahia recebe medalha Valores do Esporte

A BAHIA NOS JOGOS NACIONAIS DO SESI

22 atletas 4

modalidades (Tênis, Natação, Atletismo e Xadrez) prata (Paulo Roberto Souza – Embasa – no tênis de campo) bronze (Jobson Silva Santana – Mondial – no atletismo; Laís Araújo – Coelba – na natação; Célia Lopes de Souza – Coelba – no atletismo) empresas representadas (Embasa, Suzano, Coelba, DPAN – Ilhéus, Continental, Magnevita e Mondial)

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josé paulo lacerda/cni

O terceiro bronze baiano também veio de uma atleta da Coelba. Célia Lopes de Souza deu um grande salto para ficar entre as três melhores do Brasil, no salto em altura feminino 30+. Para Célia, o esporte é essencial para o dia a dia. “A prática esportiva me deixa muito mais motivada, muito mais ativa para desenvolver as minhas atividades.” Para Wagner Fernandes, superintendente do SESI Bahia, o esporte está atrelado à melhoria da qualidade de vida do trabalhador, e, consequentemente, ao aumento da competitividade da indústria.

“Além do vínculo direto com a saúde do trabalhador, o esporte ensina valores que são importantes conquistas.” Luiz Figueiredo, gerente da unidade do SESI Simões Filho, lista alguns desses valores. “O esporte aprimora o espírito de equipe, competitividade, solidariedade, responsabilidade e a vida saudável”, conta. O próximo desafio agora é preparar a edição Regional dos Jogos, aqui na Bahia, em novembro, e fazer ainda mais bonito na edição nacional, no ano que vem, desta vez no Rio de Janeiro.

As delegações regionais também receberam medalhas durante os Jogos Nacionais. As equipes técnicas de cada Estado foram homenageados com a medalha Valores do Esporte – Espírito de Equipe, Motivação, Respeito, Comprometimento e União – como reconhecimento aos profissionais responsáveis por promover estes valores fundamentais para a prática esportiva e promoção da qualidade de vida nas suas unidades. Fábio Rocha, coordenador de Programa de Lazer do SESI Simões Filho e técnico da equipe de natação delegação NE2, foi o representante da Bahia a receber a homenagem. Para Rocha, os jogos são uma oportunidade de valorizar o trabalhador, além de uma excelente oportunidade de promover a integração e a união entre os atletas de vários estados e empresas. “Há uma rica troca de experiência. É gratificante observar o quanto essa integração se desdobra em motivação e incentivo entre eles. Os trabalhadores atletas se apoiam e isso só fortalece o espírito esportivo”, avalia. E espírito esportivo não falta a Francineide Ferreira Luz, atleta da Continental Pneus, que disputou os 200m 30+ e faz a sua estreia nos Jogos. Ela começou a praticar atletismo há sete anos, por incentivo de uma colega de trabalho, e já inclui o esporte à sua rotina. Para melhorar o seu rendimento, ela treina quase três horas por dia na pista de atletismo do SESI Simões Filho, sob o acompanhamento de um técnico. Treinando em horários opostos ao seu expediente, ela não reclama da ginástica que faz para conciliar esporte, trabalho e vida pessoal. “Recomendo a prática de atividade física para meus colegas. O esporte me deixa mais disposta para trabalhar”, afirma. Hoje, com o apoio da Continental, Francineide participa das provas do campeonato baiano de atletismo e dos eventos esportivos promovidos pela empresa. No portal da FIEB é possível acompanhar a programação dos Jogos do SESI, fazer inscrições e conferir a dicas SESI Esportes http://www.fieb. org.br/jogos_do_sesi/ [bi] Bahia Indústria  15


Filosofia SENAI para

inovar e competir Ano em que o Cimatec faz uma década marca o início da expansão da rede tecnológica na Bahia POR Patrícia Moreira e Carolina Mendonça Fotos João Alvarez

os próximos três anos, o SENAI Bahia vai receber mais de R$ 200 milhões em investimentos para a criação, expansão e modernização de suas unidades, na Região Metropolitana de Salvador e no interior. Os investimentos ocorrem quando o SENAI Bahia, acaba de comemorar os 10 anos do Cimatec, um dos maiores centros de referência em tecnologia e inovação do país. É o princípio de um processo, que resultará na expansão do próprio Cimatec, que vai ganhar as unidades 3 e 4, e na criação de três Institutos SENAI de Tecnologia (IST) – em Eletroeletrônica, em Processos Químicos e Biotecnológicos e em Construção Civil –; e mais dois Institutos SENAI de Inovação (ISI) – em Automação Industrial e em Conformação Mecânica e Soldagem. “Mantemos o olhar voltado para o futuro. Para continuar atendendo o nosso compromisso com a indústria, com foco e eficiência, estamos elaborando um Plano Estratégico de Ação, tendo como horizonte dez anos à frente”, assegura o presidente da FIEB. As ações preveem ainda a expansão e a moderni16  Bahia Indústria

Governador Jaques Wagner, autoridades e o presidente da FIEB, José Mascarenhas (D) zação das unidades Cetind, em Lauro de Freitas, e Dendezeiros, na capital, e a construção de uma nova estrutura do SENAI em Camaçari, onde hoje há uma agência. No interior, Feira de Santana, Juazeiro, Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e Vitória da Conquista vão ter unidades do SENAI duplicadas ou construídas. A Região Sul (Ilhéus/Itabuna) ganhará uma Escola Técnica e um Centro Tecnológico. Há ainda a perspectiva de construção das unidades Polo Naval e Parque Tecnológico em Salvador. Todos estes investimentos refletem o compromisso da Federação das Indústrias da Bahia de dotar o SENAI de uma estrutura afinada com as demandas da indústria. Sinaliza também o comprometimento do Sistema FIEB com o desenvolvimento regional da Bahia, que vem registrando uma transformação da


sua matriz, nos últimos 10 anos, a partir da chegada da Ford a Camaçari, e que vem expandindo suas fronteiras industriais para o interior. Mas também reflete a credibilidade da instituição no mercado, resultado de uma equação que, na avaliação do diretor regional do SENAI Bahia, Leone Peter Andrade, é composta por uma equipe altamente qualificada, somada a uma “aderência ao mercado”. Quem traduz isto na prática é o gerente de Instalação de Motores para a Ford América do Sul, Paulo Oliveira. “Essa união da Ford com o SENAI tem resultado em grandes conquistas. A maior delas, motivo de muito orgulho, é o programa Fast Track. O SENAI Cimatec conseguiu atender a uma demanda específica da Ford”, revela. Além disso, ele destaca a parceria que se traduz

Mantemos o olhar para o futuro. Para continuar atendendo o compromisso com a indústria, estamos elaborando um Plano de Ação tendo como horizonte 10 anos à frente José de Freitas Mascarenhas, presidente da FIEB

em doações de carros, motores e peças pela Ford, no intuito de fomentar o conhecimento tecnológico. “Essa parceria possibilitou a criação de um laboratório de testes de bancada, cursos de mestrado, cursos profissionalizantes e projetos de pesquisas. Para uma empresa global como a Ford, é importante contar com parceiros competentes, munidos de equipamentos e cercados por tecnologia de ponta.” Uma pequena amostra disso tudo é o número de profissionais da Ford que já passou pelo SENAI: 5 Bahia Indústria  17


mil. Somem-se a estes, 6,5 mil trabalhadores capacitados para a Veracel, 5 mil para a da Suzano, mais de 500 para a Bridgestone e mais de 16 mil para o Polo Calçadista. O próximo compromisso do SENAI é com o treinamento das equipes da JAC Motors.

JAC MOTORS “A JAC Motors considera o SENAI Cimatec importante para viabilizar a implantação da empresa na Bahia. Precisaremos capacitar nossos colaboradores antes mesmo de iniciarmos as operações. Além disso, estamos desenvolvendo uma nova família de veículos, que será montada em Camaçari e que demandará serviços de engenharia para pesquisas e inovações. O apoio do Cimatec contribuirá para alcançarmos as nossas metas, que estão atreladas ao cronograma do projeto e ao custo do veículo”, revela Marcelo Sorato, diretor da cadeia de suprimentos e de Engenharia da JAC. Marcelo Sorato revela que as condições de infraestrutura e os recursos encontrados com a presença do Cimatec tiveram um grande impacto na decisão do grupo de se instalar no estado. A explicação para este reconhecimento externo, na avaliação do gerente do Núcleo Estratégico do SENAI, Luís Alberto Breda, está em tentar enxergar as demandas do mercado no longo prazo e na maleabilidade para se adaptar às necessidades dos clientes industriais. Breda acredita que uma decisão importante que transformou o perfil do SENAI Bahia foi a verticalização da formação. Há 15 anos, o SENAI oferecia apenas cursos de qualificação gratuitos. Isso mudou na primeira gestão do presidente José Mascarenhas. “Com a mudança do perfil industrial, o SENAI precisou se atualizar e mudou o seu portfólio. Manteve os cursos tradicionais de qualificação e aperfeiçoamento – caldeireiro, eletricista, soldador –, mas inseriu a formação de nível técnico, de graduação (tecnólogo e bacharelado), especialização e de mestrado e doutorado. Esta atuação vertical, amplia a capacidade de apoiar a indústria local”, avalia Breda. O SENAI também desenvolve projetos como o de Desenvolvimento de Cadeias de Suprimentos (Decas). “Era interesse ampliar a presença da cadeia automotiva. O SENAI mapeou as peças produzidas fora da Bahia, fez o cruzamento com as empresas locais para densificar a cadeia”, explica Breda. O SENAI segue a metodologia de comitês setoriais, em que representantes das empresas, entidades de 18  Bahia Indústria

classe, universidades e parceiros de instituições congêneres são chamados para desenhar, com a indústria, – que tem uma participação de 70% nestes comitês –, os programas de formação. Mas a experiência demonstrou que, para avançar na competitividade, é preciso evoluir constantemente. “Parte disso se atende com pessoal qualificado, mas é preciso dispor de um centro tecnológico para resolver problemas mais complexos e desenvolver novas soluções. O Cimatec resulta de um processo de inovação sólido, atrelado a um programa de pós-graduação consistente, contribuindo para a me-

lhoria da competitividade das empresas”, sintetiza o gestor do NES.

CIMATEC 10 ANOS Ao longo de 10 anos, o SENAI Cimatec consolidou-se com uma estrutura física de 56 laboratórios, 35 salas de aulas, quatro ambientes para certificação de pessoas, biblioteca especializada com quase de 26 mil títulos; oferta de cursos de formação profissional desde aprendizagem básica até o doutorado; realização de serviços técnicos e tecnológicos; desenvolvimento de pesquisa aplicada; atendimento a mais de 2.700 empresas industriais.


Projetos de expansão Região Metropolitana »Cimatec 3 e 4 »Criação dos Institutos SENAI de Tecnologia (IST) em Eletroeletrônica, Processos Químicos e Biotecnológicos e em Construção Civil »Criação dos Institutos SENAI de Inovação (ISI) em Automação Industrial e em Conformação Mecânica e Soldagem »Expansão e a modernização das unidades Cetind e Dendezeiros »Construção de unidade do SENAI em Camaçari »Em fase de aprovação: Construção das unidades Pólo Naval e Parque tecnológico de Salvador

Interior Norte »Duplicação da unidade Feira de Santana »Construção da unidade Juazeiro Oeste »Construção de unidades em Luís Eduardo Magalhães e em Barreiras Região Sul (Ilhéus/Itabuna) »Construção de escola técnica e de um centro tecnológico Sudoeste »Construção de unidade em Vitória da Conquista

Alunos em treinamento contratado pela Ford na agência do SENAI em Camaçari; ao lado, obras do Cimatec seguem avançadas

Foi esta trajetória de sucesso que se celebrou em uma solenidade realizada no dia 10 de junho, em cerimônia que reuniu autoridades, representantes da Confederação Nacional da Indústria, SENAI Nacional, dirigentes do Sistema FIEB, funcionários e alunos da casa. “O Cimatec é motivo de orgulho para a Bahia, sua capacidade de formação, inovação e tecnologia é um fator de atração para novos projetos no estado”, afirmou o governador Jaques Wagner. O resultado deste avanço é que o Cimatec virou referência para programas federais de grande porte, a exemplo do projeto piloto Bahia Indústria  19


da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Durante a solenidade, foram assinados contratos para a realização de cinco projetos – três da General Motors do Brasil, um da Cambuci e outro da Ferbras – e há mais 51 em processo de avaliação. O centro também lidera a oferta de cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) na Bahia, que oferecerá 18 mil vagas até o fim do ano. Convidado a entregar alguns dos diplomas dos 33 mestres da primeira turma de mestrado em Gestão e Tecnologia Industrial e em Modelagem Computacional formados pela instituição, o professor da Universidade de Aachen (Alemanha), Reiner Kopp, referência mundial em conformação mecânica, disse que o Cimatec trouxe progresso tecnológico para a Bahia, um importante fator de atração para empresas estrangeiras. “Esta estrutura de apoio pode ser o diferencial”, pontuou. »LEIA NO PORTAL – Entrevistas de Leone Andrade e de Marcelo Sorato, da Jac Motors: www.fieb.org.br 20  Bahia Indústria

SENAI Cimatec toca projetos pela Embrapii

Leone Peter apresenta equipamento do Laboratório de Plásticos do Cimatec. Na foto: Jaques Wagner, Paulo Câmera, José Mascarenhas, Rafael Lucchesi, Reiner Kopp e Roberto Santos (ao fundo)

Um dos três centros tecnológicos a participar do projeto piloto da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) no país, a unidade Cimatec coordena o desenvolvimento dos cinco primeiros projetos aprovados entre os mais de 50 prospectados pelo SENAI-BA. São três contratos com a General Motors do Brasil para área automotiva, um com o Grupo Cambuci, gestora das marcas de materiais esportivos Penalty e Stadium, e outro da Perbras, que atua no setor de petróleo e gás natural. “Os projetos são prospectados por uma equipe do Núcleo Estratégico do SENAI (NES) juntamente com o Cimatec e também recebem o aval do diretor regional da entidade”, explica o gerente do NES, Luís Alberto Breda. Ele diz que a estimativa é que, até maio de 2013, serão 200 projetos prospectados e cerca de 60 aprovados para desenvolvimento. Elaborado nos moldes da Embrapa (Empresa Brasileira de Pes-

quisa Agropecuária), o projeto piloto da Embrapii colabora para estabelecer uma ponte entre institutos de pesquisa e as empresas que desejam investir em novos produtos e processos com apoio técnico de qualidade e financeiro, já que o governo federal entra com um terço dos recursos do empreendimento. A flexibilidade de obtenção de recursos e a garantia de expertise na condução dos projetos – além do Cimatec, apenas os Institutos de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e Nacional de Tecnologia (INT) participam da Embrapii – levaram a General Motors do Brasil a buscar o SENAI-BA. “Como todo investimento em inovação envolve riscos, precisávamos firmar parceria com uma instituição de excelência e a unidade Cimatec tinha o perfil e a experiência necessários”, definiu o engenheiro-chefe de tecnologia e inovação da Engenharia de Manufatura da GM Brasil, Carlos Sakuramoto. [bi]


Inovação como diferencial por patrícia moreira

Três empreendedores apostaram em novos produtos e tecnologias com o apoio do IEL Bahia

Fotos João Alvarez

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biratan Martins, da H2O Alimentos, empresa de Salvador, fabricante do Acarajé da Bahia congelado. Eudes Alves, sócio da Contagium Indústria e Comércio de Confecções, fabricante de fardamentos de Feira de Santana. João Paulo Paschoarelli Veiga, da Fluxotécnica Equipamentos Industriais, fornecedora da área de petróleo e gás. A priori, estas três empresas não têm nada em comum e atuam em ramos diversos, a não ser por uma peculiaridade: a busca por inovação. Investir em inovação e desenvolver soluções pioneiras para incrementar produtos e negócios tem sido um caminho cada vez mais procurado pelos empresários com o apoio de instituições como o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-Bahia), que integra o Sistema FIEB. Com o papel de gerar conhecimento e funcionar como um facilitador para aproximar empresa e centros de pesquisas (universidades, institutos, etc.), visando o acesso a soluções técnicas mais avançadas, o IEL atua como agente de capacitação em tecnologia de gestão e em qualificação a serviços dos parceiros industriais. André Pinto, gerente de Capacitação Empresarial do IEL, desenvolve um trabalho com pequenas empresas e explica que a falta de capacitação leva os empresários a acreditarem que o capital consiste na única restrição ao desenvolvimento de seus negócios, o que é um equívoco. “O empresário fica muito prejudicado por não ter esta visão”, observa. Quando é procurado, o IEL faz um diagnóstico do negócio e identifica as demandas que serão tratadas no âmbito do Sistema FIEB ou fora dele. “O mais difícil é o empresário chegar até aqui”, acrescenta André Pinto.

QUALIFICAÇÃO No âmbito do Programa de Qualificação de Fornecedores (PQF), que atende fornecedores das grandes

André Pinto, gerente de Capacitação Empresarial do IEL

indústrias da Bahia, a Contagium desenvolveu, em parceria com o SENAI, um sistema que permite fazer o controle de acesso de pessoas pelo uniforme. Eudes Alves explica que a ideia surgiu quando assistia a uma palestra do IEL. O sistema, conhecido como RFID (Radio Frequency Identification), permite também controlar o acesso a ambientes restritos, a entrada e saída de veículos e documentos, levantamentos patrimoniais, dentre outras aplicações. Com o apoio do IEL, a ideia original transformou-se em realidade. “O IEL foi fundamental neste processo. Encontramos todo o suporte e orientação e foi quem nos levou a conhecer esta nova tecnologia. Eu só tinha uma ideia”, revela Alves, que agora está buscando Bahia Indústria  21


financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) para ampliar o processo de inovação. Fabricante de fardamentos, a ideia da Contagium, agora que concretizou a primeira etapa do processo de inovação, é conquistar grandes fornecedores como clientes e assim ampliar sua área de atuação. O Acarajé da Bahia encontrou uma solução inovadora no âmbito do Projeto Extensão Industrial Exportadora (Peiex), projeto voltado para a disseminação da cultura de exportação, desenvolvido pelo IEL, em parceria com a Apex Brasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. Tudo começou quando o empresário Ubiratan Martins teve a ideia de congelar o bolinho mais famoso da Bahia. “Ele já chegou ao IEL com uma ideia inovadora: vender o tradicional acarajé baiano congelado. No IEL, nós oferecemos todo o suporte de gestão, por meio do Peiex – como precificar o produto, fazer promoção comercial, elaborar planejamento estratégico, etc. Mas faltava apoio para ter maior visibilidade no mercado e identificamos que ele precisava melhorar a embalagem. Pelo Sibratec (Sistema Brasileiro de Tecnologia), outro projeto do IEL, a gente conseguiu subsidiar 90% da consultoria do SENAI para fazer a adequação de embalagem”, conta André Pinto. A ideia de congelar o acarajé foi desenvolvida em oito meses. O investimento inicial foi de R$ 80 mil em

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equipamentos de cozinha, matéria-prima e embalagem. Em 2011, a empresa produzia 35 mil acarajés por mês para restaurantes, bares, hotéis e consumidor final, em 11 estados. O negócio deu certo e o volume de vendas cresce ao ritmo de 50% ao ano. A embalagem desenvolvida pelo SENAI melhorou a aparência, dando qualidade final ao produto, e assegurou ao quitute da H2O Alimentos voos mais altos.

Captação de recursos

O IEL ajudou a desenvolver uma nova embalagem para o Acarajé da Bahia

Mas inovação não é apenas desenvolver um produto a partir de uma ideia original. A experiência da Fluxotécnica consistiu em descobrir o caminho das pedras na captação de recursos. “Às vezes, o empresário tem boas ideias, mas não tem dinheiro para tocar o projeto e inovação não sai do papel se não houver pesquisa e desenvolvimento e, no Brasil, isso é muito caro”, explica André Pinto, citando a Fluxotécnica. Fornecedora da área de petróleo e gás, a Fluxotécnica já fazia parte do PQF quando soube do edital Pappe Inovação (Fapesb), que disponibiliza até R$ 500 mil para soluções inovadoras a fundo perdido. “Ele bateu na nossa porta para que o IEL o ajudasse a construir uma proposta para ter acesso a estes recursos e ele conseguiu”, revela o gerente do IEL. A empresa criou o Petrol-Pack, um sistema de compressão para a exploração de campos on shore (em terra), que aumenta a produção em poços de gás e de óleo em poços de gás e de gás associado, respectivamente. “Os empresários acham que é impossível fazer captação, que tem que ter conhecimento, ou que a empresa não tem capacidade de fazer algo à altura. Com a assessoria do IEL, a gente desenvolveu a proposta para apresentar à Fapesb e tivemos sucesso”, explica o empresário João Paulo Paschoarelli Veiga, 46, engenheiro mecânico, sócio da Fluxotécnica. Mas ele faz questão de frisar que os recursos não chegam por acaso. É necessário também ter capacitação. “Sempre representamos multinacionais e investimos muito. Só conseguimos levar o projeto adiante porque conseguimos colocar o produto no mercado e um grande cliente apostou em testar e operar o equipamento. O que conseguimos foi uma junção de fatores”, revela. E conseguiu. Para a experiência dar certo, além de ganhar o edital, é preciso muita articulação e experiência. A Fluxotécnica já trabalhava na área há mais de 25 anos, o


A estratégia é não querer inventar a roda. Partir do zero é apostar no erro, tem que partir de algo tangível e se cercar da própria experiência e dos parceiros tecnológicos João Veiga (foto), engenheiro mecânico, sócio da Fluxotécnica

que permitiu a concepção do equipamento. Agora, a empresa já está partindo para uma experiência mais ousada, desenvolvendo um produto destinado à exploração off shore (pré-sal): vasos separadores aplicados em condições severas de pressão, temperatura e corrosão comuns na exploraçao do pré-sal, em parceria com SENAI Cimatec e financiado pela Finep. “A estratégia é não querer inventar a roda. Partir do zero é apostar no erro, tem que partir de algo tangível e se cercar da própria experiência e dos parceiros tecnológicos”, ensina João Veiga. Em fase de aprimoramento do Petrol-Pack, Veiga revela que já está fornecendo o equipamento em pequena escala, com a perspectiva de produzir em série para exportar para a Argentina e a Venezuela. O equipamento teve um custo de desenvolvimento de R$ 3,5 milhões e está sendo comercializado a R$ 550 mil, a unidade. O novo projeto prevê investimentos de mais de R$ 7 milhões e envolve parceiros como o SENAI Cimatec e Aberddeen. [bi] Bahia Indústria  23


Tecnologia de inclusão Engenheiros do Cimatec e equipe médica do Cepred constróem juntos aparelho que ajuda crianças com necessidades especiais POR Fábio Bito Teles

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FOTO joão alvarez

Q

uando a fonoaudióloga Thais Abreu chegou à Amee (Área de Microeletônica e Eletrônica Embarcada) do Cimatec, sabia que dava mais um passo para promover inclusão através da tecnologia. Acostumada com os desafios, a equipe da Amee, gerenciada por Yan Medeiros, percebeu logo que havia na proposta da doutora Thais algo singular. “A diferença deste projeto foi o cliente final. Passamos a conhecer uma realidade totalmente diferente do nosso cotidiano”, revela Medeiros.


O cliente final neste caso são crianças especiais do Cepred (Centro de Prevenção e Reabilitação da Pessoa com Deficiência), que apresentam alguma dificuldade de comunicação. “Eu tinha um paciente com paralisia cerebral e surdez. Assim ele não podia se comunicar oralmente, nem por libras. Foi aí que pensei num aparelho digital como solução”, conta a fonoaudióloga. Antes, o processo de aprendizagem usava desenhos de papel pregados na parede sistematicamente e a lentidão gerava nervosismo nas crianças. Depois de compreender as necessidades delas, a equipe definiu um padrão para a construção de um sistema operacional e foram criados os jogos educativos na área de Modelagem Computacional do Cimatec e, em seguida, saiu o primeiro protótipo. O produto desenvolvido pela equipe tem um nome um pouco estranho: Sistema Eletrônico Portátil Baseado na Comunicação Alternativa Aumentativa, ou CAA. Mas ao olhar o primeiro protótipo, percebe-se logo a semelhança com um Tablet, só que um pouco mais robusto do que os encontrados no mercado hoje em dia. “O primeiro protótipo tinha a função de verificar a funcionalidade dos softwares e a receptividade das crianças, logo, questões estéticas foram deixadas de lado”, conta Yan Medeiros. Mas a ideia não é que o CAA seja fininho como um iPad, por exemplo. O aparelho tem que ser envolto em acrílico e bastante resistente, já que as crianças eventualmente batem com força no equipamento, o atiram no chão e babam nele. Em 2011, foi feita a primei-

Sempre trabalhei no desenvolvimento de sistemas e produtos eletrônicos para a indústria, mas nunca para o desenvolvimento motor e cognitivo de crianças com deficiência. Acho que essa foi a maior conquista no projeto Cleber Almeida, engenheiro da Amee do SENAI Cimatec

ra apresentação do protótipo às crianças, com o objetivo de testar a receptividade tanto do programa que substitui o material didático, como a estrutura física do aparelho. E a reação delas não poderia ter sido melhor. “Foi fantástico (o momento). Era nítida a expressão de satisfação delas”, relembra o gerente da Amee. Para Cleber Almeida, engenheiro da Amee, que registrou o momento do primeiro teste, a boa receptividade foi quase como um prêmio. “Sempre trabalhei no desenvolvimento de sistemas e produtos eletrônicos para a indústria, mas nunca para o desenvolvimento motor e cognitivo de crianças com deficiência. Acho que essa foi a maior conquista do projeto”, celebra. Para José Marcos Araújo, diretor de TI da Distak Computadores Ltda, empresa parceira do projeto, “a reação das crianças aumentou a motivação para investir. Depois de quase dois anos de expectativas, presenciar o uso e também a aceitação por parte dos usuários é gratificante”, conta.

Na página ao lado, Yan Medeiros mostra o tablet desenvolvido no Cimatec

A continuidade do investimento resultou num segundo protótipo que está pronto e já se assemelha ao que será o produto final. A segunda versão contou com a atuação da Área de Desenvolvimento de Produtos Industriais (ADPI), composta por designers que deram ao equipamento um aspecto mais amigável e manuseável. “Também foi reduzido o tamanho das placas eletrônicas e inserimos uma tela mais moderna, resistente a impacto e riscos. O volume desta segunda versão deve ser 1/3 da primeira”, revela Medeiros. Só que entre estar pronto e ser produzido em grande escala existe um abismo. “O nosso principal cliente é o governo. Mas o caminho ainda é longo...”, analisa José Marcos Araújo. Segundo o empresário, o grande problema é investimento, já que para a produção em larga escala são necessários um projeto comercial e um plano de negócios. “Estamos à procura de novos investidores”, convida. Mas muito mais que lançar um produto no mercado, ver este projeto ganhando vida tem um sentido de responsabilidade social importante, avalia o gerente da Amee do SENAI Cimatec. “Para a maioria das pessoas, comunicar-se é algo trivial, mas não para aquelas crianças. Cada sujeito e predicado que formavam era uma vitória. Levar esta oportunidade para pessoas tão especiais foi algo que humanizou nossos engenheiros, tão acostumados ao dia a dia com máquinas. Dificilmente teremos outro projeto com o impacto do CAA em nossa equipe.” Otimista, Yan Medeiros acredita que em 2013 já estejam finalizadas as questões de documentação e acordos de propriedade intelectual. [bi] Bahia Indústria  25


indicadores  Números da Indústria

Produção baiana volta a crescer em abril Produtos Químicos/Petroquímicos, Alimentos e Bebidas, Minerais não-metálicos e Borracha e Plástico puxaram o desempenho da indústria para cima

A

taxa anualizada da produção física da indústria de transformação da Bahia apresentou, em abril de 2012, desempenho positivo de 0,3%, após registrar crescimento nulo em março, retomando a trajetória de recuperação da atividade produtiva industrial. No ranking dos 13 estados que participam da pesquisa do IBGE (denominada PIMPF-R), a Bahia ficou na 7ª colocação entre os sete estados que apresentaram desempenho positivo (atrás de Goiás, Paraná, Pernambuco, Amazonas, Rio Grande do Sul e Pará). Seis estados registraram resultados negativos: Ceará, Espírito Santo, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Na Bahia, dos oito segmentos pesquisados, quatro apresentaram desempenho positivos: os de Produtos Químicos/Petroquímicos (9,5%), Alimentos e Bebidas (7,1%) e Minerais não-metálicos e Borracha e Plástico (ambos com 3,1%). Por outro lado, tiveram resultado negativo: Veículos Automotores (-13,6%), Re-

fino de Petróleo e Prod. de Álcool (-9,5%), Metalurgia Básica (-8,7%) e Celulose e Papel (-2,8%). Na comparação de abril de 2012 com igual mês do ano anterior, a produção física da indústria de transformação baiana apresentou queda de 1,4% (houve queda de 3,1% da média nacional). Quatro dos oito segmentos da Indústria de Transformação registraram crescimento da atividade, como segue: Celulose e Papel (14,8%, refletindo especialmente a baixa base de comparação, uma vez que o segmento mostrou queda de 15,2% em abril de 2011, quando houve paralisação parcial para manutenção em unidade produtiva); Borracha

e Plástico (6%); Produtos Químicos/Petroquímicos (3%, por conta da maior produção de polietileno de alta e baixa densidade, sulfato de amônio e etileno) e Minerais não-Metálicos (2,7%). Por outro lado, quatro segmentos registraram queda na atividade: Veículos Automotores (-17,7%, devido à redução na fabricação de automóveis, devido à retração do mercado nacional), Refino de Petróleo e Produção de Álcool (-10,4%, decorrente do recuo na produção de óleo diesel e nafta petroquímica); Metalurgia Básica (-5,1%, devido à menor produção de barra, perfil e vergalhões de co-

BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2010 - 2012) 140 135

2010

130 125

2012

120 115

2011

110 105 100 95

Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14); base = 100 (média 2002)

26  Bahia Indústria

DEZ

NOV

OUT

SET

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JUL

JUN

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ABR

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FEV

JAN

90


bre e vergalhões de aços ao carbono) e Alimentos e Bebidas (-2,7%, em função da menor produção de leite em pó, óleo de soja refinado e refrigerantes).

COMMODITIES EM QUEDA De modo geral, mantém-se a tendência negativa dos segmentos produtores de commodities, influenciados pela conjuntura internacional adversa, com a crise na Europa e a desaceleração das economias dos Brics. Destaca-se que a indústria de transformação baiana tende a apresentar resultados positivos no acumulado do primeiro semestre do ano. Tal tendência se deve principalmente ao efeito base de comparação deprimida relaciona-

da aos efeitos da interrupção do fornecimento de energia elétrica em fevereiro de 2011, que comprometeu parte da produção das empresas localizadas no Polo Industrial de Camaçari. Na prática, essa tendência é confirmada no acumulado janeiro/abril, quando se registrou alta de 6,2% na produção industrial, em comparação com igual período do ano passado. O resultado, que não surpreende, fez com que a Bahia ficasse entre os seis que cresceram no acumulado do ano, ao lado de Paraná, Rio Grande do Sul, Pará, Goiás e Pernambuco. Decresceram as indústrias de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Amazonas, Espírito Santo e Ceará. [bi]

produção física por estado: indústria de transformação Estados

Variação (%)

Abr/12 Jan-abr12/ Mai11-Abr12/ abr11 Jan-abr11 Mai10-Abr11

São Paulo -3,8 -5,1 -1,8 Minas Gerais -0,8 -1,0 -1,0 Rio de Janeiro -10,9 -9,4 -2,8 Paraná 2,4 6,2 7,8 Rio Grande do Sul -1,7 1,1 1,7 Bahia -1,4 6,2 0,3 Santa Catarina -2,3 -5,1 -6,1 Amazonas -11,8 -4,6 3,0 Espírito Santo -4,4 -6,0 -6,7 Pará 1,3 2,0 0,4 Goiás 16,8 19,3 14,4 Pernambuco 3,9 5,2 3,5 Ceará -3,2 -3,7 -9,0 Brasil -3,1 -3,0 -1,2 Fonte IBGE; elaboração Fieb/SDI

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Participação

direta Líderes sindicais participam da elaboração do Planejamento Estratégico do Sistema FIEB para os próximos quatro anos POR Carolina mendonça Fotos João alvarez

C

ontribuindo diretamente com a construção do Planejamento Estratégico do horizonte 2013-2016 do Sistema FIEB, presidentes e representantes dos sindicatos das indústrias da Bahia se reuniram na sede da Federação, em 18 de maio, para indicar desafios para a competitividade do setor e da instituição. Participantes de um processo de construção coletiva de ações para os próximos quatro anos, eles elencaram os principais problemas enfrentados pelos segmentos da indústria baiana e sugeriram caminhos de atuação para as instituições do Sistema FIEB. Divididos em grupos temáticos, os líderes sindicais discutiram Educação e Qualificação; Infraestrutura e Interiorização; Associativismo e Defesa de Interesse; Competitividade e Inovação; e Desenvolvimento Sustentável e Comércio Exterior (internacionalização). “É um momento em que a liderança sindical tem oportunidade de se expressar e discutir, apresentando necessidades e expectativas em relação ao Sistema FIEB e ao seu setor de representação”, afirma o superintendente de Relações Institucionais da FIEB, Cid Vianna. Para complementar as discussões e traçar um panorama da indústria frente às políticas públicas para o setor, o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flavio Castelo Branco, ministrou a palestra Plano Brasil Melhor: Principais Medidas e seus Impactos na Indústria. O especialista destacou os pontos fortes

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Flávio Castelo Branco fez uma análise do cenário econômico

do pacote, a exemplo dos incentivos à inovação e às exportações; pontos de atenção, como as dificuldades de implementação e a transitoriedade da maior parte das medidas; além do que ficou ausente: uma agenda sobre as questões estruturais (custo de energia, excesso de carga tributária, entre outros). Os resultados do encontro estarão refletidos nas diretrizes do Planejamento Estratégico do Sistema FIEB para os próximos quatro anos, que está em processo de elaboração, conduzido pela Superintendência de Planejamento e Monitoramento (SPM) e cuja metodologia vem sendo utilizada há dois anos. Realizado por equipes internas com alto nível de suficiência, o processo de Planejamento é apoiado por ferramentas de acompanhamento como o Balanced ScoreCard, um instrumento de planejamento e gestão de empresas, além das Reuniões de Análise Estratégica (Raes), uma prática em organizações de ponta. A SPM também já implantou um Escritório de Gestão a Estratégia e está montando um Escritório de Gerenciamento de Projetos para apoiar e criar a cultura de gestão de projetos na organização.


“O processo de planejamento é participativo” A Superintendente de Planejamento e Monitoramento, Ângela Ribeiro, explica como é feito o Planejamento Estratégico do Sistema FIEB. Com tem sido o envolvimento dos líderes sindicais na construção do planejamento estratégico dos próximos quatro anos? A visão das lideranças sindicais sobre o cenário da indústria da Bahia e principais desafios para a sua competitividade é um dos

Ângela Ribeiro destaca a importância de ouvir cada líder sindical

principais inputs para nosso ciclo de planejamento estratégico. A exemplo de anos anteriores, o envolvimento se dá mediante consultas internas, isto é, entrevistas individuais com cada líder sindical, constituindo-se na primeira etapa de todo o processo e, nos dois últimos anos, complementado por encontros anuais para discussão coletiva sobre os Fatores Impulsionadores da Competitividade da Indústria.

Quais são as etapas de elaboração do Planejamento e como este será estruturado? O ciclo de planejamento estratégico do Sistema FIEB tem horizonte de quatro anos e é revisitado anualmente. O processo acontece de forma participativa, envolvendo dois públicos: lideranças externas (sindicados e empresas) e lideranças internas, mobilizando em torno de 100 pessoas entre líderes e técnicos. O processo é corporativo, ou seja, é comum ao Sistema FIEB e este ano tivemos algumas inovações, como uma maior integração entre o planejamento e o orçamento, a realização da etapa preliminar (denominada de reflexões estratégicas) no âmbito das entidades SESI, SENAI e IEL para subsidiar o encontro corporativo, a definição clara de premissas para orientar os planos de ação e orçamento e, principalmente, um maior envolvimento das lideranças sindicais. Após o II Encontro de Presidentes de Sindicatos, estamos preparando um novo encontro para “devolutiva”, ou seja, momento em que o Sistema FIEB apresentará um conjunto de ações para responder às demandas apresentadas pelo líderes. Quando o mesmo estará pronto? Será apresentado? Os direcionadores estratégicos que orientarão o orçamento das áreas e planos de ação estão prontos e foram divulgados para toda a força de trabalho em junho. As etapas seguintes serão orçamento, planos e programas de ação, encaminhados em setembro para as entidades nacionais e aprovação final em dezembro pelos Conselhos das entidades e Diretoria FIEB/CIEB. [bi] Bahia Indústria  29


painel Indústria brasileira no Japão

Estudante do SESI cumprimenta monitor americano que participa do projeto

Projeto piloto de intercâmbio Duzentos estudantes do programa de Educação Básica do SESI articulada com Educação Profissional do SENAI (Ebep) integram a experiência-piloto do Projeto de Intercâmbio de Inglês, que no mês de junho cumpriu sua etapa presencial. Durante um mês, 20 universitários norte-americanos conviveram com os alunos selecionados desenvolvendo atividades para o avanço da aprendizagem da língua inglesa. A convivência com os universitários das Community Colleges dos EUA é apenas uma das etapas do intercâmbio, iniciado em abril, de forma virtual, com interações por meio de ferramentas como Google Take Action, Skype e Facebook. Fruto da cooperação entre SESI, SENAI e o National Center for Business Champions, o projeto tem como objetivo elevar o nível de inglês instrumental dos estudantes do ensino articulado e também promover uma experiência de estágio de alta qualidade para os monitores americanos. A experiência será realizada ainda este ano com alunos de seis departamentos regionais do SESI.

Música para socializar. A Orquestra Juvenil do SESI Itapagipe realizou seu primeiro concerto, 15 de junho, no ginásio da Escola Bernardo Martins Catharino. Resultado da parceria com a Neojibá, a iniciativa pioneira do Sistema FIEB já inspira outros projetos. No dia 26 de junho, o idealizador do ViraVida, Jair Meneguelli, presidente do Conselho Nacional do SESI, anunciou a possibilidade de incluir aulas de música no ViraVida. O projeto atua no resgate de jovens em situação de risco.

30  Bahia Indústria

O presidente da FIEB e vice-presidente da CNI, José de Freitas Mascarenhas, representou a indústria nacional em seminário sobre oportunidades de investimento no Brasil, realizado no dia 25 de maio, no Japão. Promovido pelo Itamaraty e pelo jornal Nikkei, o mais importante diário econômico japonês, o encontro reuniu autoridades de peso das duas nações, a exemplo do ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel e do ministro japonês da Economia, Yukio Edano, além de representantes da Fiesp, da Vale e do governo da Bahia. José Mascarenhas fez palestra sobre Infraestrutura no Brasil e, juntamente com a missão brasileira, visitou investidores do país asiático com interesses em nosso país e o Ministério dos Transportes do Japão.


Cartilha Sped é lançada na FIEB O Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração comercial e fiscal dos empresários e das associações empresariais. Com o objetivo de transmitir o conhecimento a respeito das obrigações tributárias acessórias relacionadas ao Sped e facilitar o entendimento e aplicação da legislação que trata dessa matéria, foi lançada, em 19 de junho, na FIEB, a Cartilha do Sped, resultado do esforço de várias instituições e entidades, entre elas a Federação das Indústrias do Estado da Bahia. Para o presidente da FIEB, José Mascarenhas, a Cartilha irá contribuir de forma significativa para o cumprimento das obrigações impostas pelo sistema tributário brasileiro, considerado um dos mais complexos do mundo. O diretor da FIEB e coordenador do Conselho de Assuntos Fiscais e Tributários (Caft), Cláudio Murilo Xavier, assegurou que esta é apenas uma das ações do Sistema FIEB com o intuito de melhorar a relação fisco-contribuinte. A cartilha está disponível para download no Portal FIEB: www.fieb.org.br.

Saint-Clair Júnior e Thiago Guedes disputam etapa regional

Campeões em Física e Química

O guia está disponível em versão impressa e digital

Responsabilidade Social Estão abertas as inscrições para o 15º Prêmio SESI Qualidade no Trabalho (PSQT), que pretende identificar e reconhecer as empresas industriais que adotam práticas diferenciadas de gestão em responsabilidade social empresarial. Informações: sesi.org.br/psqt2012

Thiago Guedes e Saint-Clair Ramos dos Santos Júnior, alunos do 3º ano do ensino médio da Escola Djalma Pessoa, do SESI Bahia, estão concorrendo na etapa regional Norte e Nordeste das Olimpíadas de Química 2012. Eles estão entre os 40 baianos selecionados para esta etapa da competição. A escola também foi destaque na Olimpíada de Física, com duas alunas medalhistas: Luciana Moreno, prata; e Mariana Vilas Boas, bronze. Os resultados atestam a política de valorização da escola que tem como meta tornar-se centro de referência em educação até 2015.

CIN participa de Missão Empresarial a Angola Com o objetivo de buscar novas oportunidades de negócios para as empresas industriais baianas, o Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias da Bahia (CIN/ FIEB), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), levou a Angola empresários baianos. Eles integraram a Missão Empresarial Brasileira que participou da 29ª Feira Internacional de Luanda (Filda), que aconteceu de 15 a 21 de julho, no país africano. Uma das mais importantes do continente, a Filda representou uma oportunidade para os empresários introduzirem seus produtos no mercado africano. Dotado de um expressivo mercado consumidor, Angola importa 40% dos bens e serviços consumidos no país, e foi um dos países que mais cresceram nos últimos anos, a um ritmo de 10% ao ano. O papel do CIN foi dar suporte aos empresários industriais, promovendo apoio na organização das atividades e encontros de negócios.

Bahia Indústria  31


ideias

Desafios baianos por Reinaldo Sampaio

A região semiárida vive um período de estiagem, considerado a maior seca dos últimos 50 anos. Há cerca de 50 anos, Celso Furtado, em uma de suas reflexões sobre o Nordeste, lembrou que nunca seria demais afirmar que “a seca é parte da realidade nordestina e em particular do semiárido, assim como as neves perenes são parte do mundo dos esquimós”. A tradução da observação furtadiana é que não podemos nos surpreender com a inexorabilidade da seca e, por isso, é preciso organizar as atividades produtivas na região, não somente para garantir a sobrevivência da população, mas, acima de tudo, assegurar a possibilidade do seu progresso. Missão que, até o momento, não realizamos. Nesses 50 anos, muitas coisas foram e continuam sendo feitas por aqueles que governam, contribuindo para a sobrevivência e a subsistência da população do semiárido, mas são insuficientes para a promoção do progresso e da transformação da realidade territorial, na sua dimensão de formação socioespacial, ou na definição de Pierre Bourdieu, de interação homem-território-natureza. Max Weber, in Economia e Sociedad, pondera que, quando um ente, por exemplo, o governo, propõe-se a implementar uma ação transformadora, para que alcance os resultados desejados, precisa dispor dos meios apropriados para realizá-la e, na medida em que essa ação depende da iniciativa de outro agente da transformação, 32  Bahia Indústria

deve-se por à sua disposição os meios que induzam aos objetivos desejados. Dentre esses meios, impõe-se um esforço concentrado para disponibilizar um instrumental técnico-científico que, conhecendo o clima e as características físico-químicas do solo e de suas potencialidades, desenvolva espécies vegetais e animais adaptados à ecologia da região; que monitore os recursos de água de superfície e subterrânea e das possibilidades do seu aproveitamento; que amplie o conhecimento geológico do cristalino rochoso e do seu potencial mineral e que seja estudado o perfil etnológico da população, associando esses conhecimentos a formas criativas de organização da produção, substituindo a conservadora visão orientada para os “problemas do semiárido”, pela visão estratégica de operar as suas “potencialidades e oportunidades”. O desenvolvimento territorial é uma ação sistêmica, devendo observar os aspectos relativos aos desequilíbrios da distribuição espacial das populações, aos desperdícios dos recursos naturais, aos impactos que as novas técnicas e novas estruturas produtivas, principalmente as do meio rural, causam nas populações originárias e nas atividades produtivas pré-existentes, além da necessidade de oferecer à população equipamentos e serviços públicos eficientes. No caso da Bahia, o desenvolvimento da região semiárida ganha contorno ainda mais estratégico, tanto pela sua dimensão territorial, 388

Quando observamos as rendas ‘per capita’ dos Estados brasileiros em 1985, os dez com as piores rendas eram os nove Estados nordestinos mais o Pará e, quando analisamos os dados do IBGE de 2009, constatamos que essa condição não foi alterada mil km² (nela caberia, juntos, os Estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Sergipe e ainda sobrariam 35 mil km²), quanto pela população residente, cerca de 6,0 milhões de pessoas, cujas condições socioeconômicas nos conferem o incômodo primeiro lugar – nacional – em número de famílias inscritas no Programa Bolsa Família. Dentre as ações necessárias, proponho o fortalecimento do aparato técnico-científico da estrutura de estudos do semiárido da Embrapa, com a instalação de Centros de Pesquisa no próprio território; que o Serviço Geológico Brasileiro (CPRM), em cooperação com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) intensifique o conhecimento geológico da região, disponibilizando informações em escalas de 1:100.000 e em semidetalhe dos distritos mineiros; que se acelere a utilização dos recursos do Ministério da Integração que estariam disponíveis para implementar as obras do tramo sul da transposição do Rio São Francisco, que contemplaria o semiári-


Raul Spinassé/Ag. A Tarde

do da Bahia. Cabe ainda promover uma reorientação da forma de atuação do Banco do Nordeste na aplicação dos recursos do Fundo de Financiamento do Nordeste (FNE), predominantemente destinados à agricultura familiar. Apoiá-la é um imperativo, mas deve ser objeto do programa de financiamento do Ministério da Agricultura e não do FNE. Esses recursos, como determinado na Lei 7.827/89, foram criados para promover o desenvolvimento da base produtiva regional, objetivando a redução das desigualdades intra e interregionais, donde se depreende uma ação transformadora que propicie o progresso desses produtores e não a sua sobrevivência. Quando observamos as rendas “per capita” dos estados brasileiros em 1985, os dez com as piores rendas eram os nove estados nordestinos, mais o Pará, e, quando analisamos os últimos dados publicados pelo IBGE, relativos a 2009, constatamos que essa condição não foi alterada. Vale dizer que na Bahia, a maior economia do Nordeste, a renda “per

capita” equivale a cerca de 55% da renda per capita média brasileira, evidenciando o malogro das pretensas políticas de desenvolvimento da região, em grande parte decorrente da ausência dos investimentos indutores e da preservação das velhas formas do fazer, amplificada pela ineficácia da alocação desses recursos, que devem ser orientados para construir formas inovadoras de organização da produção, através da incorporação de novas tecnologias e do fortalecimento de mecanismos associativos de natureza empresarial que eleve a produtividade, o valor adicionado da produção e a geração de excedentes, possibilitando o progresso social. Faltou a impulsão dinâmica geradora do desenvolvimento e os dados demonstram a permanência das forças concentradoras do conhecimento técnico e da renda, em contradição com o real sentido do desenvolvimento, de ser não apenas um processo de acumulação macroeconômica, mas principalmente uma via de

As ações governamentais não alteraram a realidade do semiárido baiano

Reinaldo Sampaio é vice-presidente da FIEB e coordena o Comitê de Portos

acesso a novas formas sociais que estimulem a criatividade humana para atender às aspirações de uma coletividade. A experiência histórica demonstra que essa impulsão dinâmica deve ser centrada na expansão industrial e, para tanto, deve-se também priorizar a questão logística, dado que o processo de desenvolvimento somente ocorre nos espaços territoriais nos quais a sociedade e os agentes econômicos dispõem da produção e da fluidez, da tecnologia, da educação, da informação, das finanças e da mobilidade dos fatores da produção (maquinaria, insumos e produtos) e das pessoas, em condições eficientes e competitivas. No que concerne à logística, o Nordeste, e em particular o semiárido, padecem do famoso dilema de Hirschman, de que não se investe porque não há demanda, porém, a demanda somente ocorrerá se houver investimento. É preciso investir, porque o desenvolvimento não é um processo espontâneo; ele decorre da decisão política de promovê-lo. [bi] Bahia Indústria  33


leitura&entretenimento danilo canguçu/divulgação

teatro Paparutas: para crianças O cotidiano de Lucas, em meio ao mundo tecnológico, é transportado de um instante para o outro, a uma tradição milenar, ligada à força da natureza. Como se sairá Lucas em um mundo tão diferente do seu? O enredo dessa trama, criada por Lázaro Ramos e adaptada pela diretora, atriz e arte-educadora Débora Landim, é conferido no novo espetáculo, Paparutas, da Companhia Novos Novos. Em cena, 25 atores, com idades entre 7 e 20 anos, mostra essa belíssima história, aliando tradição e modernidade.

não perca Teatro Vila Velha (Passeio Público), sab., 16 horas e dom., às 11 e 16 horas, até 29/7, R$ 20 e R$ 10 (meia). Informações: (71) 3083-4600 Divulgação

exposição Dores da Colômbia Conhecido por obras que desdenha dos estereótipos da sensualidade, pintando gordinhas e gordinhos erotizados, o pintor, desenhista e escultor colombiano Fernando Botero, tem seu trabalho Dores da Colômbia apresentado em Salvador. A fim de denunciar a violência da história colombiana e propor uma reflexão por meio da arte, Botero lança seu olhar sobre episódios como os atentados que afligiram a Colômbia, nos anos de 1980 e 1990. Cores vibrantes compõem as imagens que representam cenas inspiradas na violência do narcotráfico, nas guerrilhas e no comportamento dos paramilitares colombianos. não perca Caixa Cultural Salvador, até 27 de julho, das 9h às 18h. Entrada gratuita. Informações: (71) 3421 – 4200

livros Os bastidores de Wall Street

O Jogo da Mentira Michael Lewis Best Business 308 p. R$ 49,90

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Em O Jogo da Mentira, o autor, que entrou como trainee no Salomon Brothers e chegou ao cargo de corretor, descreve, com um toque de ironia, todas as formas que Wall Street tinha de transformar dinheiro em mais dinheiro e como os corretores conseguiam manter a sanidade diante dos balanços financeiros diários, trazendo um relato preciso de uma época de grandes lucros e prejuízos abissais, em que fortunas poderiam ser ganhas ou perdidas da noite para o dia.

Gandhi pelo avesso O consagrado jornalista americano Joseph Lelyveld faz uma biografia pouco convencional do líder indiano Mahatma Gandhi na qual apresenta o homem em sua totalidade problemática, enxergando Mahatma Gandhi - E por trás dos mitos criados por seus sua Luta com a Índia seguidores e inimigos. O autor não hesita Joseph Lelyveld em destacar os numerosos fracassos do Companhia das Letras Mahatma. Do mesmo modo, temas como 480 p. sua ambígua sexualidade e a tendência à R$ 48 autopromoção são abordados com sensibilidade crítica.


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Bahia Indústria  35


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