Bahia Federação das Indústrias do Estado da Bahia Sistema FIEB
Futuro do Polo em construção Plano Diretor e novas cadeias reescrevem a história do complexo de Camaçari
ISSN 1679-2645
Ano Xx nº 226 jun/jul/ago/set 2013
EDITORIAL
Polo do amanhã já é uma realidade Até bem pouco tempo, os analistas eram unânimes em alertar para um problema que levantava preocupações no Polo Industrial de Camaçari: a falta de indústrias transformadoras, fabricantes de bens finais, completando a cadeia produtiva em todos os seus ciclos. Formado na sua origem por grandes indústrias petroquímicas, grande parte delas, ainda hoje, importantes fornecedoras de matérias primas para o mercado interno e externo, esta história começou a mudar com a vinda da Ford, nos anos 1990 e a implantação de um parque automotivo na Bahia. A cadeia automotiva, entre promessas e desistências de montadoras de virem se instalar no estado, caminha para a consolidação. Além da implantação da fábrica de motores da Ford na Bahia, a primeira do gênero do Norte e Nordeste, a Jac Motors está fincando bandeira no estado, bem como a Foton, fabricante de ônibus e micro-ônibus. O Polo Acrílico da Basf é um outro exemplo de diversificação do parque industrial baiano com a atração de unidades transformadoras, com investimentos robustos e perspectivas de geração de empregos, além do aproveitamento de matéria-prima local, no caso o propeno, antes destinado à exportação. Somam-se a todas estas as indústrias de equipamentos eólicos, que colocam a Bahia em destaque nacional com a presença de várias gigantes do setor já instaladas em Camaçari. A previsão é de que todas essas indústrias juntas possam gerar, nos próximos cinco anos, mais de 17 mil empregos diretos e indiretos na área de influência do Complexo Industrial. Inaugurado em 1978, o Polo de Camaçari é considerado o maior complexo industrial do Hemisfério Sul, com 90 empresas, 35 químicas e petroquímicas. As demais são dos segmentos metal-mecânico, automotivo, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas, celulose, e energia eólica. Se ao completar 35 anos o complexo responde por 20% do PIB da Bahia, o que esperar dos próximos 35 diante da perspectiva de que ele dobrou de tamanho, conforme anunciado na solenidade que marcou a data? Com o plano de expansão anunciado pelo Governo do Estado, o Polo de Camaçari ganhou mais 140 milhões de metros quadrados. Trata-se da área que já está sendo ocupada pela Jac Motors e encontra-se em fase de terraplenagem. Isso significa que o Polo dobrou de tamanho. A duplicação da área destinada à ocupação industrial também vem amparada por uma proposta de Plano Diretor, que promete planejar a ocupação, oferecendo infraestrutura, tornando mais atraente a atração de indústrias para a Bahia. Se o futuro ainda está por vir, seu traçado já se delineia.
Nos próximos cinco anos, mais de 17 mil empregos diretos e indiretos devem ser gerados na área de influência do Complexo Industrial de Camaçari
Complexo vive um momento dinâmico, com várias obras, como esta da fabricante de ligas de cobre MGX
Rafael Martins/Sistema FIEB
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Emmanuel Silva Maluf; Reinaldo Dantas Sampaio; Vicente Mário Visco Mattos. Diretores Titulares Alberto Cânovas Ruiz; Antonio Ricardo Alvarez Alban; André Régis Andrade; Carlos Henrique Jorge Gantois; Claudio Murilo Micheli Xavier; Eduardo Catharino Gordilho; Josair Santos Bastos; Leovegildo Oliveira De Souza; Luiz Antonio de Oliveira; Manuel Ventin Ventin; Maria Eunice de Souza Habibe; Reginaldo Rossi; Sérgio Pedreira de Oliveira Souza; Wilson Galvão Andrade. Diretores Suplentes Adalberto de Souza Coelho; Alexi Pelagio Gonçalves Portela Júnior; Carlos Alberto Matos Vieira Lima; Juan José Rosário Lorenzo; Marcos Galindo Pereira Lopes; Mário Augusto Rocha Pithon; Noêmia Pinto de Almeida Daltro; Paulo José Cintra Santos; Ricardo de Agostini Lagoeiro
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Presidente do Conselho e Diretor Regional
Conselho de Economia e desenvolvimento indus-
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tos Fiscais e Tributários Cláudio Murilo Micheli Xavier; Conselho de Comércio Exterior Reinaldo Dantas Sampaio; Conselho da Micro e Pequena Empresa Industrial Carlos Henrique Jorge Gantois; Conselho de Infraestrutura Marcos Galindo Pereira Lopes; Conselho de Meio Ambiente Irundi Sampaio Edelweiss; Comitê de Petróleo e Gás Eduardo Rappel; Conselho de inovação e Tecnologia José Luís Gonçalves de Almeida; Conselho de Responsabilidade Social Empresarial Marconi Andraos Oliveira; Conselho de Relações Trabalhistas Homero Ruben Rocha Arandas; Comitê de Portos Reinaldo Dantas Sampaio Comitê de Jovens Lideranças Industriais Eduardo Faria Daltro
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sumário jun/jul/ago/set 2013 Rafael Martins/Sistema FIEB
14 Polo 35 anos
Rafael Martins/Sistema FIEB
Um novo plano diretor, a duplicação da área industrial e novas indústrias marcam os 35 anos do Polo de Camaçari
Vista do Polo de Camaçari, a partir do Mirante da Braskem
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Rafael Martins/Sistema FIEB
ANGELO PONTES/coperphoto
divulgação
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GESTÃO DE PROJETOS
publicações da indústria
Série de vídeos orienta sobre segurança na construção
Lideranças discutem oportunidades na Bahia
Ricardo Vargas alerta para importância do planejamento nas empresas
Aplicativo Banca FIEB está disponível para tablets e smartphones
SESI e Sinduscon disponibilizam na internet vídeos que orientam a indústria da construção para promover a prevenção de acidentes nos canteiros de obra
Fórum da Lide, realizado em parceria com a FIEB, discutiu o cenário econômico na Bahia, investimentos e apontou soluções para os problemas de infraestrutura
Entrevista Ricardo Viana Vargas
O projeto nasce para o fracasso; só não dá errado porque você não deixa Diretor da ONU e chairman da PMI na América Latina esteve na Bahia a convite da Federação das Indústrias por patrícia moreira
R
icardo Viana Vargas é especialista em gerenciamento de projetos, portfólio e riscos. Chairman do Instituto PMI na América Latina, há um ano ele vive em Copenhagen, na Dinamarca, após ter sido convidado para ser diretor do Grupo de Práticas de Projetos do Escritório de Serviços de Projetos das Nações Unidas (UNOPS, na sigla em inglês). Nos últimos 15 anos, foi responsável por mais de 80 projetos de grande porte em diversos países, nas áreas de petróleo, energia, infraestrutura, telecomunicações, informática e finanças, com um portfólio de investimentos gerenciados superiores a US$ 18 bilhões. No dia 16 de julho, convidado para comandar uma capacitação em gestão de projetos para os colaboradores do Sistema FIEB, ele concedeu esta entrevista ao Bahia Indústria. Que caminhos você trilhou até tornar-se chairman da PMI e agora diretor das Nações Unidas? A minha história com gerenciamento de projetos tem quase 20 anos. Eu comecei muito cedo na área, quando os softwares para gestão de projetos estavam sendo lançados. Comecei pela porta dos fundos: aprendendo o software para depois ver para que servia. Minha carreira foi toda construída, até o ano passado, com forte viés em projetos de investimento, envolvendo construção de aeroporto, plataforma de petróleo, refinaria, fábricas. Tinha também uma atuação grande na área de fusões e aquisições. No ano passado, recebi um convite para ser diretor de prática de projetos do Escritório de Projetos das Nações
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Unidas, foi isso que me fez mudar para a Dinamarca e hoje eu tenho atuado como diplomata da ONU. Cuido das práticas de projetos de mais de 1.200 projetos no mundo, em 80 países, que vão desde construir abrigos no Haiti a estrada no Afeganistão, prisão na Libéria. Todos com foco humanitário. Qual é o grande desafio deste trabalho? Nosso trabalho, enquanto prática de projetos, tem o objetivo de fazer cumprir o prazo, o orçamento, para garantir como a gente vai conseguir mais com menos, como ser mais efetivo com menor risco. Hoje a gente tem 300 gestores de projetos no mundo e esse pessoal é treinado e acompanhado pelo nosso escritório. É um mundo bastante diferente daquele em que eu trabalhava. Acho que é uma oportunidade grande de apoiar o desenvolvimento da sociedade e uma ótima oportunidade de vida. Eu brinco que é viver uma outra vida dentro de sua própria vida, pois eu nunca imaginaria que iria trabalhar na ONU.
Como foi que surgiu esta oportunidade? Fui convidado. Um belo dia chegou um e-mail da ONU dizendo que queriam conversar comigo. Num primeiro momento, não dei credibilidade. Como você define este trabalho nas Nações Unidas? Eu acho que o que a gente busca é dar experiências às pessoas. Os projetos que nós temos na ONU, basicamente, são os mesmos que da indústria privada, com fins diferentes, mas com os mesmos desafios: não tem gente, não tem prazo, tem os riscos, como é que eu entrego no prazo, não tem dinheiro. É a mesma coisa. É lógico que o objeto é diferente: mas o problema de gestão é o mesmo. As nossas deficiências são as mesmas de uma empresa privada. A ONU já tinha esta estrutura de Escritório de Projetos? Eu sou o primeiro diretor de projetos da ONU. É a primeira vez que as nações unidas tomam a decisão de ter uma pessoa no nível
valter pontes/coperphoto/sistema fieb
sênior, de diretoria, para exercer este tipo de atividade. Claro que os projetos são desafiadores. Nós não queremos construir escola no Sudão para dar apoio à Unicef ou a algum doador como uma empresa de construção civil. Nós queremos construir a escola com princípios de sustentabilidade. Como é que eu construo a escola usando mão de obra local? Porque, assim, eu ensino às pessoas uma profissão. Como é que eu consigo construir esta escola respeitando a igualdade de gênero, assegurando oportunidades iguais a mulheres e homens? Pra nós, isso é um aspecto importante. Não é só empilhar tijolo. Ao mesmo tempo, tem também que respeitar o meio ambiente, criando uma construção para durar. Como é a gente consegue construir uma prisão respeitando
os princípios básicos de direitos humanos do preso? Estes aspectos é que tornam o trabalho que a gente faz diferente do de uma empresa de construção civil. Qual o grande segredo para ter sucesso no mundo dos negócios? Não quero soar autoajuda, mas eu acho que a maior parte das pessoas não acredita na própria capacidade de conduzir a vida. Muita gente acha que a vida é um elemento do acaso. Eu acho que tem um componente de acaso, mas acho que tem um componente fortíssi-
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Acho que a maior parte das pessoas não acredita na própria capacidade de conduzir a vida. Muita gente acha que a vida é um elemento do acaso
mo de você buscar aquilo que quer. Acreditar em um valor e persegui-lo. Por exemplo, quando me tornei chairman do PMI, em 2009, jamais um latinoamericano ou brasileiro tinha pensado que poderia chegar tão longe. Eu fui o único e até hoje não tem nenhum brasileiro. Então é aquela coisa: você tem que acreditar na sua capacidade. Você colocou em prática a gestão de projetos em sua vida pessoal? Se eu te mostrar você vai achar que eu sou doido. Eu uso isso na minha vida. Quando eu vou escrever um livro, eu adoto o processo do Dome. Tenho convicção de que sou o agente, o gerente de processo da minha própria vida. Mas a gente, muitas vezes, não quer sair de uma zona de conforto. A gente acha que é muito melhor deixar a vida nos leBahia Indústria 7
Entrevista Ricardo Viana Vargas
var. Eu respeito, cada um tem uma história. Por outro lado, eu tenho um estresse muito grande, porque eu não deixo a vida me levar. Eu levo a vida. Se hoje eu estou vivendo em Copenhagen é porque eu quis. E isso começou lá atrás. Venho de uma família com desafios, nasci sem luxo. Quando eu estava próximo da adolescência, por volta de 1985, minha família enfrentou muita dificuldade financeira. Naquele momento, eu percebi que tinha que quebrar aquela inércia. É a primeira vez na minha vida que eu tenho patrão, que é o diretor executivo da ONU. Você vive em um país onde a criminalidade é zero e as pessoas vão trabalhar de bicicleta. Como brasileiro, você acha que o Brasil tem jeito? O Brasil é um país maravilhoso, nós temos um clima formidável, os desastres naturais são irrelevantes, perto de um país que tem terremoto. Agora, nós temos um país de dimensões continentais. Um dos motivos pelo qual eu escrevo meus livros ou gravo um poad cast é para mostrar como é que a gente consegue aumentar a experiência das pessoas como gestor de projetos. O Brasil só se moverá com bons projetos, boas tomadas de decisão e boa implementação. Vamos fazer um aeroporto, uma rodovia, é fazer e entregar. Isso é o que falta: uma atividade de gestão de projetos. É um país de oportunidades singulares, mas temos todos estes desafios. O Sistema FIEB está investindo na capacitação dos seus colaboradores em gestão de projetos, qual a importância disso? Esta é uma iniciativa maravilhosa 8 Bahia Indústria
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Competir sem ter gestão de projeto é igual a ir pra guerra pelado. O que a gente acredita é que se você for com o armamento certo, suas chances de sobreviver aumentam
porque o Sistema FIEB permite esta visão sistêmica. Gestão de projeto é lógica: antes de fazer, deixa eu pensar. A gestão estruturada vai permitir uma abordagem unificada do projeto e isso vai impactar diretamente no resultado do que vocês fazem. O que se quer é o resultado, o plano é só o caminho. Se o plano não conduz a um resultado melhor, ele é dispensável. É possível competir no mercado global sem adotar a gestão de projetos? Você pode competir sem ter gestão de projeto. É igual a ir pra guerra pelado. O que a gente acredita é que se você for com o armamento certo, suas chances de sobreviver aumentam. Você pode construir sua casa sem plano nenhum. Se você usar a gestão de projetos, suas chances de construir algo que você quer, de um modo mais razoável, aumentam. Quais as palavras-chaves da gestão de projetos? A primeira palavra-chave é entender qual a razão de aquele projeto existir. A segunda palavra-chave é qual o trabalho que tem que ser feito. Se você não sabe o que tem que ser feito é muito difícil saber a abordagem. É entender que você está lidando com pessoas e, debaixo desse guarda-chuva de pessoas, você tem liderança, poder, tem que administrar estresse, conflito, diferentes interesses. É preciso entender que o projeto não é meramente um aspecto técnico, mas um aspecto de gestão e que todo mundo não tem um mesmo comprometimento. Como conseguir congregar estes interesses em um resultado satisfatório? Como se deve preparar uma equipe para gerenciar projeto? Passa primeiro pelo suporte executivo. É preciso que
os líderes acreditem nisso, apostem nisso. Depois, é preciso que as pessoas que vão gerenciar projetos tenham capacitação, sejam treinadas, entendam, sejam coerentes e tenham entendimento do trabalho que tem que ser feito. E, terceiro, as pessoas têm que ser expostas aos projetos. Não tem jeito, eu costumo citar uma frase do Machado de Assis que eu acho sensacional: “De nada adianta estudar toda a teoria do amor se você nunca deu um beijo”. Nada adianta estudar tudo de projeto se você não viveu o desafio, a dor do projeto. Que fatores levam um projeto ao fracasso? O projeto nasce para o fracasso, ele só não dá errado porque você não deixa ele dar errado. Gosto de um exemplo clássico. Falo em entropia, que é o nível de desordem do sistema, e que tende ao infinito. Significa que para o projeto dar errado não precisa fazer nada, só deixar rolar. Agora, pra dar certo, para evitar o fracasso, tem que gastar energia, tempo, planejar. É um esforço grande vencer a inércia contrária de fazer com que tudo dê errado. E o que você tem como conselho para os pequenos empreendedores? O primeiro passo é entender a importância de se comprar a ideia. O segundo é se capacitar. Se sou pequeno empreendedor, o principal cérebro sou eu e tenho que me capacitar. O terceiro passo é implementar processos para a gestão de projetos, processos simples. Não transforme a gestão num fator complicador. Estes são os passos essenciais para quem está começando. [bi]
circuito
por cleber borges
Adicional representa R$ 270 milhões/mês Com a manutenção do veto ao Projeto de Lei Complementar que previa acabar com o adicional de 10% do FGTS, o setor privado continuará desembolsando a cada mês R$ 270 milhões de forma indevida. Dinheiro que poderia ser revertido em qualificação profissional, em inovação e na ampliação da capacidade produtiva. Criado em 2001, com a finalidade de restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro do FGTS, o adicional de 10% cumpriu há muito sua finalidade, servindo hoje apenas para aumentar a arrecadação federal.
Construção permanece desaquecida segundo CNI Desaquecida. É dessa forma que a CNI avalia o nível de atividade do segmento da construção civil no país, conforme sondagem divulgada em setembro. De acordo com o estudo, a retração da atividade nos últimos meses tem sido maior entre as pequenas empresas e menor entre as grandes. O emprego setorial também ficou retraído.
Ministro quer acelerar licenciamento ambiental O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, trabalha com uma iniciativa que pode acelerar o licenciamento ambiental nos projetos do setor elétrico em todo o país. É a regulamentação da Lei Complementar 140, que prevê tornar mais claras as regras ambientais. Por sua vez, o Ibama está contratando mais analistas para reforçar sua equipe.
“Educação não é uma questão de falar e ouvir, mas um processo ativo e construtivo” John Dewey (18591952), filósofo norteamericano, um dos expoentes do pragmatismo, teoria da verdade, pela qual uma afirmação é verdadeira se cumpre todas as premissas, inclusive se adequar a observações demonstradas
Indústria emprega 36% das pessoas com deficiência O Brasil possui 45,6 milhões de pessoas com, pelo menos, um tipo de deficiência, o que representa 23,9% do total da população. E a indústria é o setor que, proporcionalmente, mais emprega pessoas com deficiência, de acordo com levantamento realizado pelo Departamento Nacional do SENAI. No total, o setor emprega 25% do total de trabalhadores formais, porém utiliza 117 mil de um total de 324,4 mil profissionais com deficiência, o que representa 36% desse universo. E o SENAI tem importante papel na qualificação de pessoas com deficiência, tendo treinado quase 79 mil delas nos últimos seis anos.
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sindicatos
Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
Sindical promove encontro para discutir ações
Sindicato comemora Dia Mundial do Leite O Dia Mundial do Leite é celebrado mundialmente no dia 1º de junho para incentivar o consumo de leite pela população e divulgar seus benefícios à saúde. Para comemorar a data, o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Leite do Estado da Bahia (Sindileite), montou um estande no Shopping Paralela, onde o público pode conhecer os benefícios dos laticínios e degustar derivados do leite. A Bahia é o maior produtor do Nordeste e o 7º do país, entretanto, a cadeia tem sofrido com os efeitos da estiagem. O presidente do Sindileite, Paulo Cintra, explica que o sindicato tem atuado na busca de políticas tributárias estaduais e de alternativas estratégicas para o setor na época da estiagem. O apoio à cadeia produtiva e o fortalecimento da indústria no estado serão discutidos, dias 20 e 21 de setembro, no Catussaba Resort, em Salvador, no IV Encontro das Indústrias Baianas do Setor de Leite e Derivados, realizado pelo Sindileite-BA.
Programação estimulou o consumo de leite e seus derivados
Rafael Martins/Sistema FIEB
Sindicafé e Abic estimulam a inovação A necessidade de inovar pautou a reunião regional da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) na Bahia, no dia 23 de agosto, na sede da FIEB. Representantes de empresas do ramo, além de diretores da ABIC e do Sindicato das Indústrias de Café do Estado da Bahia (Sindicafé-BA) discutiram como o atual momento do café pode estimular a busca pela inovação. O presidente do Sindicafé-BA, Antônio Roberto da Almeida, defendeu que o momento é importante para pactuar práticas saudáveis de negociação, favorecendo a união e a lealdade entre as indústrias da Bahia. A quarta reunião regional da associação serviu também para o setor celebrar conquistas recentes, como a inclusão do café na cesta básica brasileira, com desoneração de impostos, além da revogação da instrução normativa nº 16.
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Bahia Indústria
Para discutir o atual cenário e as próximas ações para o setor, o Sindicato da Indústria de Mineração de Calcário, Cal e Gesso no Estado da Bahia (Sindical) realizou, dia 9 de agosto, no Restaurante Barbacoa, em Salvador, almoço com a presença da diretoria, empresas associadas e da equipe da Superintendência de Relações Institucionais da FIEB. Durante o encontro, que contou com a presença do deputado Sandro Régis, que atua em prol do segmento, foi realizada prestação de contas, discutidas as ações desenvolvidas pelo Sindical. Para o presidente, Sérgio Pedreira, os encontros são oportunidades de reunir empresários de várias regiões do Estado, trocar experiências e alinhar ações futuras.
Sinditabaco combate mercado ilegal Cerca de 54% do cigarro consumido na Bahia é clandestino. Criar alternativas para combater o contrabando e a pirataria é o foco do grupo da Operação Integrado Comércio Legal. Coordenado pelo Ministério Público Estadual, participam do grupo a FIEB, por meio da Superintendência de Relações Institucionais, CDL, FCDL, Receita Federal, Sefaz-BA e as Polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal. Na 64ª reunião do grupo, no dia 20 de agosto, foi apresentado o mapeamento das áreas de entrada, fábricas clandestinas e pontos de venda do comércio ilegal no estado. Odacir Strada, presidente do sindicato, explica que a meta é criar uma força-tarefa.
eleições
Sindpacel apresenta nova identidade visual e site
Sindipeças. A nova diretoria do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) para o triênio 2013/2016 é composta por João Ricardo de Aquino, da Valeo Sistemas Automotivos, representante da Regional na Bahia. O vice-diretor é Claudemir dos Santos, da Benteler Componentes Automotivos.
Atento às ações de visibilidade e modernização, o Sindicato das Indústrias de Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia (Sindpacel) apesentou, dia 23 de julho, sua nova identidade visual e o novo site institucional. Com linhas e traços que indicam modernidade e arrojo, a reformulação da identidade institucional representa um novo conceito, alinhado à governança da entidade. Durante o coquetel de lançamento, Jorge Cajazeira, presidente do Sindpacel, também apresentou relatório gerencial do primeiro ano de gestão. Na oportunidade, foi lançado o Anuário Estatístico Bahia Indústria Florestal, que traz o panorama da cadeia produtiva do setor e apresenta dados referentes à economia, conservação ambiental e ao papel social das empresas envolvidas no processo.
Sindisabões. O empresário Juan José Rosário Lorenzo, da Indeba, está à frente da nova diretoria do Sindicato das Indústrias de Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza em Geral e Velas no Estado da Bahia, eleita para o triênio 2013/2016. A meta do novo presidente é apoiar as empresas do setor, sobretudo no interior.
diretoria eleita do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Cidade do Salvador (Sindpan). O empresário Mário Augusto Rocha Pithon foi reconduzido à presidência e cumprirá seu quarto mandato até 2016 e buscará intensificar ações de articulação política.
Uran Rodrigues/Divulgação
Sindpan. Tomou posse no dia 14 de junho, a
Jorge Cajazeira apresentou nova marca do sindicato
Açúcar e Álcool. O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado da Bahia, Carlos Gilberto Cavalcante Farias, foi reeleito para o mandato 2013/2016, juntamente com os novos integrantes da diretoria e do conselho fiscal da entidade. A posse ocorreu dia 18 de junho e a perspectiva é a busca de soluções para os atuais desafios do setor.
Sindcalçados. O Sindicato da Indústria de Calçados, seus Componentes e Artefatos no Estado da Bahia (Sindcalçados) realizou eleições em junho para o mandato 2013/2016, reconduzindo o atual presidente, o empresário Roberto Enzweiler, da Calçados Malu, que concorre em chapa única. Haroldo Ferreira foi mantido na função de presidente executivo. Sindióleos. Ricardo de Agostini Lagoeiro, assumiu pela quinta vez a presidência do Sindióleos (Sindicato da Indústria de Extração de Óleos Vegetais e Animais e de Produtos de Cacau e de Balas no Estado da Bahia).
Sinprocim assina convênio com o SESI
Construtoras de Itabuna e Ilhéus participam de feira
Incentivar a realização integrada de programas de educação, saúde, lazer, cultura e responsabilidade social é o objetivo do convênio de cooperação firmado entre o Sindicato das Indústrias de Produtos de Cimento do Estado da Bahia (Sinprocim) e o SESI Bahia. O convênio, assinado dia 23 de julho, na sede da Federação das Indústrias, consiste em uma parceria entre as duas entidades para a sensibilização e implementação de serviços e programas de Qualidade de Vida e Educação junto às indústrias associadas ao sindicato.
Itabuna sediou, de 14 a 16 de junho, a Feira da Casa Própria Itabuna-Ilhéus. Durante os três dias de evento, realizado no centro da cidade, cerca de 8 mil pessoas visitaram a feira, que gerou mais de R$ 35 milhões em propostas de negócios. Mais de 600 imóveis foram disponibilizados para venda e 180 comercializados. O Sindicato das Indústrias de Construção Civil de Itabuna e Ilhéus (SICC), dirigido por Leovegildo Oliveira de Sousa, participou da coordenação da feira e articulou a participação das construtoras da região.
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Por uma indústria mais sustentável Projeto da FIEB auxilia empresas para lidar com questões ambientais por meio de capacitações e suporte técnico
A
necessidade de expandir o negócio fez a Indeba (indústria de produtos de limpeza), sediada em Salvador, adquirir um novo terreno no Centro Industrial de Aratu (CIA). Mas por causa de uma manilha entupida, qualquer chuva alagava o terreno. Para corrigir o problema, a empresa precisa de uma outorga do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Sabendo que a FIEB oferece capacitação em assuntos relacionados a licenciamento ambiental, por meio do Projeto Indústria Baiana Sustentável, o diretor da empresa, Adilson Ribeiro de Almeida procurou a Federação. “Desde outubro do ano passado estamos tentando resolver isso. Depois que entramos em contato com a FIEB, em menos de 15 dias recebemos uma resposta do Inema, sinalizando que, em até duas semanas, teríamos um parecer”, conta Almeida. O Projeto Indústria Baiana Sustentável é coordenado pela Gerência de Desenvolvimento Sustentável (GDS) da FIEB e vem contribuindo para que as indústrias baianas, especialmente as micro e pequenas empresas (MPEs), atendam às exigências legais e mercadológicas – com foco em meio ambiente/licenciamento ambiental. O programa oferece capacitação, divulgação de informações, asses-
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João Alvarez/Sistema Fieb
Outras ações da GDS Evento FIEB de Meio Ambiente > promovido a cada dois anos, o evento é realizado pelo Conselho de Meio Ambiente da FIEB (COMAM/FIEB), com reuniões, debates e articulação sobre a temática ambiental.
soria e articulações institucionais, junto aos órgãos ambientais do Estado e ao Sebrae. A meta inicial era atender 12 empresas em 2013, mas até agosto, 18 já haviam sido atendidas. O site do projeto traduz bem o sucesso que ele vem fazendo entre os empresários, com 2.600 visitas em apenas um mês. “O site disponibiliza todas as informações que dispomos e produzimos sobre o tema, além de outros assuntos que convergem para a sustentabilidade no segmento industrial. É um canal que criamos para que o empresário permaneça sintonizado, bem informado e devidamente subsidiado para tomar suas decisões preventivamente”, explica a gerente da GDS, Arlinda Conceição Dias Coelho. [bi]
Arlinda Coelho destaca o site criado para manter os empresários sempre atualizados sobre a legislação ambiental
Prêmio FIEB de Desempenho Ambiental > Com a participação de empresas e órgãos interessados no tema, o evento também é bienal (intercalado com o Evento FIEB de Meio Ambiente) e premia empresas que se destacam na implementação de práticas de gestão e tecnologias em prol do desenvolvimento sustentável do Estado da Bahia. COEMA Nacional sobre Licenciamento Ambiental > A GDS participou da elaboração do documento encaminhado ao Ministério do Meio Ambiente com o posicionamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre licenciamento ambiental. O evento foi realizado em Ouro Preto (MG), em julho deste ano. Pareceres de Projetos de Lei > A GDS emitiu 99 pareceres de Projetos de Lei em Meio Ambiente, nas instâncias municipal, estadual e nacional. www.fieb.org.br/desenvolvimento_ sustentavel
Angelo Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
Virando a vida Programa ViraVida, criado pelo Conselho Nacional do SESI, está presente em 27 estados e soma 332 jovens atendidos na Bahia
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m toda formatura, é natural que os discursos enalteçam as conquistas, reconheçam esforços e superações. A noite do dia 20 de agosto, em que foi realizada a cerimônia de conclusão do processo de formação socioeducativo do Programa ViraVida, no SESI Itapagipe, quem fez uso da palavra procurou ir além do convencional. Os 100 jovens que receberam o diploma de conclusão dos cursos profissionalizantes tinham muito mais na bagagem em termos de superação. Quem chegou até ali, deixou para trás uma história de risco social e exclusão. O superintendente do SESI Bahia – entidade que coordena o projeto no estado –, Wagner Fernandes, citou Paulo Freire e falou da importância de se dar o máximo de si para atingir objetivos. “Tenham esperança, não de espera, mas aquela que a gente vai em busca daquilo que se quer. Acreditem e continuem nos incentivando, o SESI e as instituições parceiras, a continuar com este projeto”. O sucesso do Programa ViraVida, lembrou o superintendente, é a rede de suporte, formada por ONGs, instituições do Sistema S (SENAI, Sesc, Senac e Sebrae) e empresas. “Por maior que seja o SESI, se não tivéssemos estas parcerias não daríamos conta desse projeto”, acrescentou o presidente do Conselho Nacio-
nal do SESI, Jair Menegelli, idealizador do ViraVida. Falando aos jovens, ele lembrou que agora é preciso ter persistência e dedicação. “Fizemos 40% e 60% dependeram de vocês. Daqui pra frente é 100% com vocês”, destacou Meneguelli, que disse ainda: “Quem estuda tem dificuldade no mercado de trabalho, mas quem não estuda está fora dele”. E as conquistas não foram poucas. Completar a formação foi uma delas, conforme destacou uma das oradoras da turma, que lembrou os colegas que ficaram para trás. “Quando nos encontramos estávamos sem perspectivas, solitários, muitas vezes vazios, nos sentindo incapazes”, disse. Ela também falou do esforço coletivo do grupo para que alguns não desistissem, pois foram muitos os obstáculos enfrentados. O ViraVida é um programa de educação integral, que prevê a regularização do fluxo educacional, associada a atividades de capacitação e atendimento psicossocial. Os jovens atendidos pelo programa podem optar entre os cursos de rotinas administrativas industriais, manutenção de microcomputadores, auxiliar de cabeleireiro e eletricidade industrial, oferecidos pelas instituições parceiras. As famílias também recebem apoio psicossocial e por meio do Sebrae são orientadas para o empreendedorismo. [bi]
Comemoração dos jovens atendidos pelo programa durante a formatura
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Novos tempos para o Polo 14 Bahia Indústria
A atração de novas indústrias e a diversificação das cadeias produtivas, além de um plano diretor, reescrevem a história do Complexo de Camaçari
Por Patrícia Moreira fotos rafael martins
anúncio da criação de uma nova área de expansão, que vai aumentar em 50% a área destinada à implantação de novas indústrias, e a apresentação de um novo plano diretor, que aponta estratégias de crescimento e atração de novos investimentos, além de infraestrutura para novas empresas se instalarem na Bahia, marcaram as comemorações dos 35 anos do Polo Industrial de Camaçari. O projeto, do Governo do Estado, foi apresentado pelo secretário James Correia, durante a solenidade realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, em 11 de julho, com a presença do governador Jaques Wagner, de
industriais, autoridades e trabalhadores da indústria. Durante a solenidade, o presidente da FIEB, José de F. Mascarenhas, um dos engenheiros que participaram da construção de Camaçari, foi homenageado pelas empresas do Polo, por meio do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic). O plano diretor, proposto pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Indústria e Comércio e Mineração do Estado da Bahia (SICM), atende à política de atração de novas indústrias, quando o complexo de Camaçari se prepara para receber, até 2015, investimentos que somam mais de US$ 6,5 bilhões. Isso inclui novas indústrias, a ampliação de unidades e o adensamento de cadeias produtivas. O plano diretor contempla premissas de infraestrutura, logística e proteção ambiental, dividindo
Obras da Jac Motors na área de expansão do Polo
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o distrito em sete zonas: Complexo Básico, Oeste Dias D’Ávila, Oeste Camaçari, Norte, Central, Leste e Sul. Com isso, vai ser possível a organização de cadeias produtivas integradas. O presidente do Cofic, Marcelo Cerqueira, afirmou que, desde a sua implantação, o Polo vem passando por “círculos virtuosos de inovação e crescimento”. Atualmente, o complexo gera 45 mil empregos diretos e indiretos e a expansão, destaca ele, vai incrementar esta demanda. “Nosso desafio é continuar atraindo investimentos, o outro, sem dúvida, é formação de pessoas, é continuar preparando, desenvolvendo pessoas que possam tocar os 35 anos do polo daqui pra frente. Nós temos uma geração que já está terminando o trabalho que realizou ao longo desse tempo e vamos precisar de mais pessoas”, observa. Cerqueira acredita que o anúncio do plano diretor inscreve o Polo de Camaçari em uma nova era: “Esta nova área que está sendo agregada vai, de forma organizada, estruturada, reunindo uma mesma cadeia produtiva integrada, permitir a atração de novos investimentos. Se você tem área adequada, água, energia e pessoas para trabalhar, o empresário vem e o governo está disposto a apoiar”, acrescentou.
POLO ACRÍLICO Um dos exemplos de formação de uma nova cadeia de produção em Camaçari é o Polo Acrílico da Basf, o maior empreendimento da companhia fora da Alemanha, que representa R$ 1,5 bilhão em investimentos em três novas unidades industriais. Juntas, elas produzirão em escala global o ácido acrí16 Bahia Indústria
lico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes (SAP), utilizando como matéria-prima o propeno fornecido pela Braskem. A perspectiva da Basf é iniciar a operação da fábrica de Camaçari em 2014 e, para isso, encontra-se em estágio avançado o processo de construção do complexo. Em consequência da implantação do Polo Acrílico, o Polo atraiu indústrias de transformação como a Kimberly-Clark, que produz fraldas descartáveis e produtos de higiene pessoal. A Braskem, principal fornecedora da Basf, também está sendo levada a se preparar para atender à demanda do novo cliente. Com a perspectiva de fornecimento de aproximadamente 150 mil toneladas de propeno para o Polo Acrílico, a Braskem está concentrando investimentos em logística, com a construção de um conjunto de dutovias e interconexões com a fábrica da Basf. Os recursos somam-se aos aportes realizados pela empresa nas suas seis unidades industriais em Camaçari, da ordem de R$ 230 milhões anuais. Dentre as ações de modernização, a Braskem planeja investir na especialização de uma unidade de polietileno linear do Polo, a fim de obter algum ganho em volume de produção. A implantação do Polo Acrílico será responsável por fazer com que o propeno produzido pela Braskem deixe de ser destinado exclusivamente à exportação para ser consumido no mercado interno. Neste sentido, conforme explicou o presidente, Carlos Fadigas, uma das ações da empresa tem sido trabalhar, em parceria com o governo estadual, para atrair novas empresas químicas
Implantação do Polo Acrílico da Basf (acima) e operários trabalhando nas obras da futura fábrica do Grupo O Boticário
para Camaçari. “Além do exemplo da cadeia do ácido acrílico, a Braskem tem uma gama de produtos que hoje são destinados à exportação e que poderiam servir de suprimentos para novas fábricas aqui”, explica. Um desses conjuntos de clientes é o de indústrias de plástico, que consomem resina de polietileno (PE) e PVC. Fadigas revela que existem investimentos sendo negociados, mas ainda estão protegidos por acordos de confidencialidade. “O que dá para dizer é que existe uma equipe da Braskem trabalhando em caráter permanente para atrair
novas indústrias para o complexo de Camaçari.” O evento, que comemorou os 35 anos do complexo, teve ainda como foco o futuro do Polo. O governador da Bahia, Jacques Wagner, afirmou que a cadeia formadora do projeto, a petroquímica, está sendo fortalecida por outros ciclos produtivos, como o automotivo e o químico. O gestor estadual enfatizou a importância do Porto de Aratu para o escoamento da produção. Ele também sugeriu que o distrito passe a ter “um condomínio que administre o Polo por meio de um conselho, do qual o estado faria parte”.
No quesito infraestrutura, o presidente da FIEB, José Mascarenhas, destaca o alinhamento com o governo estadual quanto à utilização do Porto de Aratu para escoamento da produção industrial. “Quando da implantação do polo, deveria ter sido criado um porto para escoamento da produção industrial. Mas por fatores de localização ele ficou em Aratu. Com a Lei Geral dos Portos abre-se a possibilidade de se ter uma solução. Discutimos recentemente com o governador e ele se mostrou favorável a uma alternativa que nós julgamos ser a melhor, que é a concessão geral do Porto de Aratu e a adoção de uma gestão única para os terminais privatizados”, explica Mascarenhas. A atração de indústrias de transformação para Camaçari também é vista como indicativo de um novo momento para o Polo, na avaliação do presidente da FIEB. “É preciso que a gente aumente a transforma-
ção local da matéria prima, já que boa parte dela é transferida para o centro sul ou para exterior, porque assim vamos dar mais renda ao estado e à região”, observou. Mascarenhas também observa que, para construir o futuro do Polo de Camaçari, é preciso investir em capacitação e inovação. Ele lembra que o SENAI está desenvolvendo projetos nesta direção e as empresas tendem também a participar. Isso inclui ainda iniciativas como a duplicação do SENAI Cimatec, que vai ampliar a formação de mão de obra especializada para a indústria baiana. Bahia Indústria 17
Novas cadeias produtivas O ativo total do Polo, que era de US$ 12 bilhões até 2008, saltou para US$ 16 bilhões em 2011 e deve superar os US$ 22 bilhões até 2015, excluindo os aportes do governo em infraestrutura e considerando um montante de aproximadamente US$ 6,5 bilhões em novos investimentos, de acordo com o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic). Nos próximos anos, com a implantação de novas indústrias, o Polo também deverá gerar 17 mil novos postos de trabalho. Além das indústrias de transformação trazidas pelo complexo acrílico, outros segmentos também são responsáveis por esta transformação do Polo de Camaçari, que já se configura um grande canteiro de obras. Além da implantação da unidade da Jac Motors, cuja sobras estão em fase de terraplenagem, e que prevê R$ 1 milhão em investimentos, o parque automotivo baiano avança na sua consolidação com a instalação de uma fábrica de motores da Ford, a primeira do gênero no Norte/Nordeste, que representa R$ 400 milhões em investimentos. Outro investimento anunciado é a fábrica de ônibus e micro-ônibus Foton, com investimentos de R$ 209 milhões. A Foton anunciou o início das obras para o segundo semestre e pretende dar início à produção em 2015. No segmento eólico, o Polo de Camaçari destaca-se com quatro fabricantes instalados na Bahia, que encontram-se em um franco processo de verticalização da cadeia. A Alston, presente desde 2011, e a Gamesa, primeira indústria eólica a se instalar na Bahia, também no ano de 2011, atuam na fabricação de aerogeradores. Esta última, está investindo R$ 100 milhões numa segunda unidade de produção de naceles (turbinas), que deverá iniciar a operação em 2015. Outra empresa presente em Camaçari é a Torrebras, fabricante de torres eólicas, e a Tecsis, produtora de pás eólicas. Esta deve iniciar a operação em 2014, com um investimento de R$ 100 milhões na unidade, que deve gerar cerca de R$ 3,5 mil empregos diretos. Na área de insumos para a construção civil está a Knauf, já em operação, e que recebeu R$ 150 milhões em investimentos. O Polo de Camaçari também passará a contar com uma gigante da indústria cosmética com a implantação da unidade do Grupo O Boticário, com investimentos de R$ 355 milhões. 18 Bahia Indústria
Vista panorâmica das indústrias do Polo de Camaçari, a partir do Mirante da Braskem
Bahia Indústria 19
SENAI é parceiro do Polo na capacitação de pessoas Para atender à demanda das novas empresas que estão sendo instaladas em Camaçari, o Serviço Nacional da Indústria (SENAI) tem reafirmado sua parceria na qualificação dos profissionais. Assim como atuou quando da implantação das primeiras unidades do complexo automotivo e promove, nas suas unidades – Cimatec, Cetind e Dendezeiros –, ações continuadas para atender às indústrias, o SENAI já foi contratado para preparar novos profissionais para atuar nos novos polos do Complexo de Camaçari. Dos 230 empregados diretos que a Basf planeja contratar para atuar na sua nova planta, prevista para iniciar as atividades ainda em 2014, 87 já estão pré-selecionados, fazendo capacitação no SENAI
> O SENAI atende mensalmente
720
empresas industriais com cursos, consultorias e serviços tecnológicos e de inovação. De 2011 até 2013, o SENAI realizou mais de
4 mil
atendimentos para as empresas do Polo Industrial de Camaçari
valter pontes/coperphoto/sistema fieb
homenagem. Por duas gestões secretário estadual das Minas e Energia, na década de 1970, responsável pela implantação do Polo de Camaçari, o presidente da FIEB, José de F. Mascarenhas, foi homenageado pelas empresas do Polo, representadas pelo Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), durante a solenidade que marcou os 35 anos do complexo e que reuniu governantes, políticos, empresários e trabalhadores da indústria no auditório da Federação. Mascarenhas relembrou a “aventura” de implantar o maior projeto de desenvolvimento regional do Brasil até então, ressaltando a importância do economista baiano Rômulo Almeida no processo. Ele foi saudado pelo ex-governador Roberto Santos, que fez uma retrospectiva histórica do processo de implantação do Polo.
Cetind. Eles compõem um curso de Formação de Operadores, encomendado pela empresa alemã, com 1.306 horas/aula e previsão de término em dezembro. A consultora de RH da Basf e líder para o projeto Complexo Acrílico em Camaçari, Ligia Moraes, explicou que a parceria com o SENAI na capacitação do pessoal é fruto da excelência adquirida pelo serviço. “O relacionamento que a Basf tem com o SENAI, de muitos anos, nos deixa numa situação confortável. Temos certeza que a capacitação será feita nos padrões exigidos pela Basf, pois conhecemos a competência dos profissionais do SENAI, assim como a sua capacidade técnica”, explicou. Atraída pela Basf para o Polo Industrial de Camaçari, a Kimberly-Clark também já começou a capacitar seu pessoal no SENAI Cetind. A primeira turma encomendada pela empresa foi formada por 12 operadores de máquina de fabricar papel. A previsão é que a empresa contrate ainda outros cursos. Para o gerente do Núcleo Estratégico do SENAI, Luís Breda Mascarenhas, a capacidade do SENAI de qualificar os profissionais em todos os níveis é o que faz dele um parceiro tão forte. “O SENAI tem competência para dar suporte às empresas desde a sua implantação até a sua operação, manutenção e todas as fases da sua existência. Auxiliamos na formação dos profissionais, das funções mais básicas até as mais avançadas, além de oferecer suporte técnico ao negócio, para melhoria dos processos e produtos, pesquisas aplicadas, consultorias e diversos outros serviços”, explica. (Colaborou Rafael Pereira) [bi]
20 Bahia Indústria
Banca FIEB reúne as informações da indústria Aplicativo disponibiliza as principais publicações sobre o setor industrial, produzidas pelas entidades e superintendências do Sistema FIEB
O
Sistema FIEB disponibiliza gratuitamente o aplicativo Banca FIEB, que reúne informações do setor industrial. São centenas de revistas, documentos, pesquisas e relatórios produzidos periodicamente pela instituição e seus parceiros. A Banca FIEB pode ser acessada via web e também tem versões para tablets e smartphones, nos sistemas iOS e Android. Para Marcus Verhine, superintendente interino de Desenvolvimento Industrial do Sistema FIEB, a Banca é um instrumento de contato mais direto e amigável com o usuário. “Isto contribui para a defesa de interesses e tomada de decisões dos empresários, em prol da melhoria da competitividade da indústria baiana”, explica. A SDI disponibiliza, por exemplo, notas técnicas, relatórios de análise econômica setorial, de comércio exterior, de infraestrutura e da indústria da construção, dentre outros. O usuário que instalar o aplicativo, ou acessá-lo via internet, poderá ler também todas as edições da Revista Bahia Indústria, cartilhas do SESI, IEL e outras gerências corporativas, assim como livros como o Teatro-Fórum – Pedagogia da Intervenção na Indústria, ou Rômulo - Desenvolvimento Regional e Industrialização, ambos lançados em 2013. A Banca FIEB é o primeiro de uma série de aplicativos que o Sistema FIEB pretende lançar, sempre buscando uma aproximação com seus públicos. A ideia é oferecer serviços e produtos, aproveitando o potencial de mobilidade e seguindo as tendências do mercado de comunicação. “É nosso papel divulgar e propagar não apenas a imagem da FIEB, mas também o conhecimento que produzimos”, pontua Adriana Mira, superintendente de Comunicação Institucional. ”Este acesso via plataforma móvel é um facilitador para disponibilizar todo o conteúdo produzido aqui”, reforça. [bi]
Rafael Martins/Sistema FIEB
Edições da Bahia Indústria estão entre os conteúdos que podem ser acessados pelo tablet ou smartphone
PÁGINAS MAIS ACESSADAS NA BANCA 1. Página principal 2. Revista Bahia Indústria (lista) 3. Cartilhas (lista) 4. Livros (lista) 5. Mapa Estratégico (lista) 6. Cartilha de Eficiência Energética e Hídrica 7. Estatísticas de Comércio Exterior – Julho 2013 8. Sondagem da Indústria da Construção (lista) 9. Revista Bahia Indústria – Edição Abril /Maio 2013 10. Estatísticas de Comércio Exterior (lista)
» Todas as publicações do Sistema FIEB agora trazem o código acima. Use um leitor de QR-Code para acessar rapidamente a Banca, usando seu celular ou tablet
»PARA ACESSAR A BANCA http://www.fieb.org.br/ bancafieb http://bit.ly/BancaiPhone http://bit.ly/Banca-Android Bahia Indústria 21
SESI investe em nova escola Unidade do Retiro será qualificada para atender os mais modernos parâmetros educacionais
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om o objetivo de ampliar a oferta de educação de excelência, o SESI dá início a uma completa reestruturação da unidade do bairro do Retiro, em Salvador. O projeto permite a ampliação de atendimento de 700 para 1.200 alunos, com possibilidade de expansão para até 1.500 estudantes por ano. Além disso, vai tornar viável a oferta de uma Educação Integral de Qualidade em Tempo Integral e a Educação de Jovens e Adultos –, com base nas orientações da estratégia nacional de educação do SESI. A nova escola será construída de forma sustentável, numa área de 10.007,89 m2, representando um investimento de mais de R$ 34 milhões. A estrutura vai contemplar 46 salas de aula, auditório com capacidade para 300 pessoas, refeitório, “escovódromo”, ginásio poliesportivo, quiosques, anfiteatro, 22
Bahia Indústria
uma réplica de um sítio arqueológico, biblioteca com capacidade para 15 mil títulos, sala de multimeios audiovisuais, salão de jogos, sala de capacitação de pessoas, sala de karatê, piscina, núcleo de EJA – Estudos Jovens e Adultos, sala de recursos multifuncionais para atendimento educacional especializado para alunos com necessidades especiais, e laboratórios de línguas estrangeiras, artes, ciências humanas, informática e robótica. A obra de reconstrução envolve a demolição da antiga estrutura do SESI Retiro. Após análise técnica, foram constatados aspectos estruturais que inviabilizariam a simples reforma do espaço para a nova proposta escolar com características modernas e inovadoras. Por isso, durante as férias escolares de junho, a unidade escolar foi relocada para uma estrutura provisória,
Fotos: Divulgação / FCDL
Perspectivas da nova planta da Escola do Retiro, que terá capacidade para 1.200 estudantes
a 500 metros do local de origem, que comporta de forma satisfatória a demanda atual de alunos e profissionais para atender com qualidade os serviços ofertados. O processo de mudança para a unidade provisória foi gradativo e feito em parceria com órgãos públicos, professores e pais de alunos. O SESI Retiro atua na área de Educação Regular e Ensino Fundamental, níveis I e II, prioritariamente para os dependentes dos industriários. O processo de ensino é focado na formação básica e preparação do aluno para ingresso no Ensino Médio articulado com o Ensino Profissionalizante, Programa EBEP, em parceria com o SENAI, com oportunidade de inserção na indústria.
»Superintendência de Comunicação Institucional SESI Mais informações: 3343-1477
conselhos João alvarez/sistema fieb/2012
Comam apoia ações na área ambiental
Citec debate Código Nacional de CT&I
A secretária Rosemma Maluf foi homenageada pelo Conpem
Secretária Rosemma Maluf é homenageada Rosemma Maluf, secretária Municipal de Ordem Pública de Salvador, foi homenageada pelo Conselho de Micro e Pequena Empresa Industrial da FIEB, pelos serviços prestados como ex-conselheira do órgão consultivo. O coordenador do Compem, Carlos Henrique Gantois, ressaltou que a homenagem foi mais do que justa, pois trata-se de uma profissional competente e dotada de espírito público.
Para debater o Projeto de Lei N° 2177/2011, que institui o Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, representantes da CNI e do Conselho de Inovação e Tecnologia (Citec) da FIEB participaram de um encontro com representantes do governo, do segmento empresarial e da comunidade acadêmica. Na oportunidade foram discutidas as mudanças mais recentes no texto do marco legal e coletadas novas contribuições para o PL, que está em fase de finalização. A previsão é que o texto seja validado pela Comissão na segunda quinzena de setembro e, até o dia 10 de outubro, seja votado em plenário. O debate contou com a participação do vice-coordenador do Citec, Ruben Delgado, do vice-coordenador regional do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec) e membro do Citec, Gesil Amarante Segundo, do presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, do secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Paulo Câmera, além de parlamentares e pesquisadores. Na Bahia, as discussões são promovidas pela Fiocruz Bahia, em parceria com a Academia de Ciências da Bahia, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o próprio Citec, o Fortec e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – Regional Bahia.
Juarez Matias/Coperphoto/Sistema FIEB
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rafael martins/sistema fieb
A fim de dar suporte aos empresários que precisam atender as exigências legais na área de meio ambiente e estimular a ecoeficiência, o Sistema Indústria da Bahia desenvolveu projetos voltados para empreendedores de todos os portes. Um deles é o Projeto Indústria Baiana Sustentável, que oferece capacitação, divulgação de informações, assessoria em processos de Licenciamento Ambiental e articulações institucionais, junto ao Inema e demais órgãos ambientais do Estado da Bahia e ao Sebrae. O projeto foi apresentado durante o IV Evento FIEB de Meio Ambiente, que contou com a presença do secretário estadual de Meio Ambiente, Eugênio Spengler, representantes da FIEB, da indústria e de outras entidades. O objetivo do encontro foi debater o Licenciamento Ambiental na Bahia. O evento é uma iniciativa do Conselho de Meio Ambiente (Comam) da Federação e teve o objetivo de disseminar conhecimentos sobre o processo de licenciamento. Representantes de federações das indústrias, associações setoriais e empresas entregaram à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, as 21 propostas de melhoria nos processos de licenciamento ambiental, elaboradas ao longo de um ano.
Vídeos educativos ajudam a prevenir acidentes na obra Empresas da construção contam com nova ferramenta educativa produzida em parceria entre o Sinduscon e o SESI: os vídeos 100% Seguro
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indústria da construção tem à sua disposição uma nova ferramenta para colocar em prática a prevenção de acidentes nos canteiros de obras, a série de vídeos 100% Seguro, apresentada aos empresários, em evento na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). A iniciativa integra o Programa Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho para a Indústria da Construção (PNSST IC), desenvolvido pelo Serviço Social da Indústria (SESI), em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e o Sinduscon-Bahia. Para o presidente da FIEB, José de Freitas Mascarenhas, o grande
desafio é reduzir a incidência de acidentes de trabalho no setor, ainda muito elevada, em relação aos países mais desenvolvidos. “A tarefa agora é distribuir esta série a um número máximo de empresas, sindicatos, governos, assim, todos terão um mecanismo de referência para conduzir as ações de prevenção”, destacou. O presidente do Sinduscon, Carlos Alberto Vieira Lima, elencou as diversas ações do sindicato para conscientização dos empresários. Ele destacou que o setor trabalha sob condições adversas, com grande número de trabalhadores com baixa escolaridade, mas deve persistir. “O grande de-
Operário de obra da Construtora Civil, Onofre Marinho, 39 anos, preparado para um dia de trabalho
Rafael Martins/Sistema FIEB
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safio é tirar estes vídeos da prateleira e colocá-los a serviço da melhoria da qualidade de vida no trabalho”, ressaltou Viera Lima. A série 100% Seguro é composta de 100 vídeos, que abordam situações corriqueiras do ambiente de trabalho. A proposta é não apenas evitar acidentes, como também dar orientações de saúde. Dentre os vídeos, 80 tratam de técnicas de edificação, dez são educativos e dez abordam infraestrutura. Os vídeos estão disponíveis em kits compostos por quatro DVDs, com legendas em português, inglês e espanhol e um Manual da Série, mas também podem ser baixados gratuitamente pelo site www.sesi.org.br/construcao. O PNSST IC foi desenvolvido pelo SESI Bahia. Com orçamento de R$ 18 milhões, o programa prevê, além do desenvolvimento de tecnologias, suporte técnico aos departamentos regionais do SESI e operacionalização nas empresas em todo o país. No dia a dia dos canteiros, segurança é item fundamental, como atesta a gerente de obra da construtora Civil, em Salvador, Isabela Mota. “A segurança vem à frente de qualquer outro item da obra. Não adianta ter produção se não houver segurança”, declara. A construtora conta com o apoio do SESI, que dá suporte na adoção de um programa preventivo. [bi]
Roberto Abreu/Coperphoto/Sistema FIEB
Embarque dos atletas da Bahia; à esquerda, equipe de natação da Coelba, medalha de prata
Baianos de ouro e prata Atletas baianos marcam presença nos Jogos Nacionais do SESI e já se preparam para a etapa estadual
Selmy Yassuda/firjan
D
uas medalhas de ouro e uma de prata foi o resultado da participação baiana nos Jogos Nacionais do SESI 2013, realizado de 14 a 18 de agosto, no Rio de Janeiro. A delegação do SESI Bahia foi representada na competição por 26 atletas de 8 empresas industriais, nas modalidades tênis de campo e de mesa, natação, atletismo, futsal e vôlei de areia. Os atletas campeões na natação foram Christian Gianmmarino, da DHL Supply Chain, que conquistou duas medalhas de ouro nos 50m livres e nos 50m borboleta, na categoria 30+. Ainda na natação, a equipe da Coelba, composta por Bruno Pimentel dos Anjos, Frederico Nacor Frazão Carvalho, João Jodeval Pimentel Filho e Vinicius Silva França, conquistou a prata no revezamento 4x50m livres masculino absoluto. Quem trouxe a medalha de prata no atletismo para a Bahia foi o regulador de máquina injetora da Mondial, Jodison Santana, atleta baiano de Conceição do Jacuípe, que durante os jogos também experimentou a emoção especial de se tornar pai pela primeira vez. Longe de casa, ele ficou sabendo do nascimento antecipado da filha no primeiro dia de competição. Perdeu a disputa pelos 100m livres, mas recuperou-se na prova dos 200m. Nos jogos de 2012, Jodison havia conquistado a medalha de bronze nos 200m livres. Os atletas do tênis de campo e de mesa não conseguiram medalhas. Angela Mondini, da Coelba, ficou na 4ª colocação na classificação geral da modalidade, categoria 45+. Bem como Paulo Souza, da Embasa, que era favorito para levar o ouro no tênis de campo, mas machucou-se durante os jogos, encerrando sua participação ainda nas semifinais. No tênis de mesa, Edjailson Arruda de Lima, da Xerox, também ficou em 4º lugar. No vôlei de praia masculino, a equipe da Cargill ficou com a quinta coloração, o mesmo para a equipe de futsal da empresa Ibar, de Brumado. Se nem todos trouxeram medalhas, o mais importante para os atletas da indústria foi a oportunidade
Quadro de medalhas Natação >Ouro - Christian Giammarino / DHL - 50m livres e 50m borboleta categoria 30+ >Prata - Equipe/COELBA - 4x50m livres masculino absoluto - categoria revezamento
Atletismo >Prata - Jobison Santana / MONDIAL200 m rasos – categoria 16+ José Paulo Lacerda/cni
Christian Gianmmarino ficou com duas medalhas de ouro na natação. Jobison Santana foi 2º lugar no atletismo, na prova dos 200m livres
de competir. Afinal, todos os 1.200 atletas da indústria que chegaram à etapa nacional dos Jogos do SESI, como fez questão de frisar a superintendente do SESI Rio, Maria Lúcia Telles, na solenidade a abertura, já eram vencedores. Em todo o país, a competição mobilizou cerca de 2 milhões de trabalhadores desde as etapas municipais. Também presente à solenidade, o diretor superintendente nacional do SESI, Rafael Lucchesi, ressaltou que os atletas ali presentes eram a razão maior da realização da competição, observando que o principal significado dos jogos é mostrar que “a atividade laboral poder ser fonte de realização e de qualidade de vida”. Finda a etapa nacional, os atletas baianos preparam-se agora para a disputa estadual, marcada para o final do mês de setembro, no SESI Simões Filho. [bi] Bahia Indústria 25
indicadores Números da Indústria
Produção industrial baiana supera desempenho de julho Setores automotivo, de refino e álcool e metalurgia são os que devem continuar alavancando a produção industrial no segundo semestre
E
m julho de 2013, a taxa anualizada da produção física da indústria de transformação da Bahia alcançou 7,2%, acima da taxa registrada no mês anterior (6,1%), sinalizando aceleração no ritmo da atividade produtiva industrial. No ranking dos 13 estados que participam da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sete estados apresentaram desempenho positivo: Bahia, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Ceará. Os outros seis estados registraram resultados negativos: Espírito Santo, Pará, Paraná, Amazonas, Pernambuco e Santa Catarina. Na Bahia, dos oito segmentos pesquisados, seis apresentaram resultados positivos: Veículos Automotores (33,8%, com o aumento na produção de veículos), Refino de Petróleo e Produção de Álcool (16,7%, impulsionado pelo aumento na produção de óleo diesel e outros óleos combustíveis e gasolina automotiva), Metalurgia Básica (13,5%, impulsionado pela maior produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre e pela base de comparação deprimida), Borracha e Plástico (11,1%), Produtos Químicos/Petroquímicos (4,7%, com o aumento na produção de hidróxido de sódio e policloreto de vinila) e Celulose e Papel (4,2%).
RETRAÇÃO Em sentido contrário, dois segmentos registraram queda na produção: Alimentos e Bebidas (-3,1%, pressionada principalmente pela menor produção de refrigerantes, leite em pó, manteiga, gordura, óleo 26 Bahia Indústria
de cacau e óleo de soja em bruto) e Minerais não-metálicos (-1,1%). Na comparação de julho de 2013 com igual mês do ano anterior, a produção física da indústria de transformação baiana apresentou alta de 14,1% (contra um aumento de 2,3% da média Brasil). Sete dos oito segmentos da indústria de transformação registraram crescimento da atividade. A Metalurgia Básica teve um crescimento de produção de 100,3% (barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), por conta também da baixa base de comparação, uma vez que essa atividade apontou recuo de 39,7% em julho de 2012, em função de paralisação parcial ocorrida em uma importante unidade produtiva do segmento. Veículos Automotores foi o segundo destaque, com incremento de 66% na produção de automóveis. O segmento de Refino de Petróleo e Produção de Álcool cresceu 14,9%, por conta do aumento na produção de óleo diesel e outros óleos combustíveis, gasolina automotiva e álcool. Os demais segmentos que tiveram desempe-
nho positivo foram Alimentos e Bebidas (11%, influenciado principalmente pela maior fabricação de cervejas, chope e óleo de soja refinado, na primeira atividade), Produtos Químicos/Petroquímicos (9,7%, com a elevação na produção de hidróxido de sódio e misturas de alquilbenzenos ou de alquilnaftalenos), Borracha e Plástico (4,1%) e Celulose e Papel (2,5%).
Por outro lado, verificou-se queda na produção de Minerais não-metálicos (-2,5%, pressionado pela queda na produção de massa de concreto).
DESTAQUES Tendo em conta o acumulado dos sete primeiros meses deste ano, em comparação a igual período de 2012, verifica-se um crescimento de 7,4% na indústria de transformação baiana. Tal desempenho foi determinado pelo resultado dos seguintes segmentos: Veículos Automotores (32%), Metalurgia Básica (28,9%), Refino de Petróleo e Prod. Álcool (16,7%), Borracha e Plástico (9,9%), Celulose e Papel (4,5%), Produtos Químicos/Petroquímicos (3,5%,). Por outro lado, verificou-se queda na produção de Alimentos e Bebidas (-5,7%) e Minerais não-metálicos (-3,8%). A expectativa é que a indústria baiana continue registrando resultados positivos em 2013, em função, sobretudo, do desempenho dos segmentos Veículos Automotores, Refino de Petróleo e Prod. Álcool e Metalurgia. [bi]
produção física por estado: indústria de transformação Estados
jul13/ jul12
Jan-jul 13/ Jan-jul 12
Variação (%)
ago12-jul13/ ago11-jul12
São Paulo 0,2 2,5 1,0 Minas Gerais -0,8 0,8 2,8 Rio de Janeiro 4,4 3,9 0,8 Paraná 9,8 2,6 -4,4 Rio Grande do Sul 13,7 6,0 0,7 Bahia 14,1 7,4 7,2 Santa Catarina 3,9 0,9 -0,2 Amazonas 10,6 3,5 -1,2 Espírito Santo -6,2 -14,7 -12,3 Pará -4,2 -9,2 -5,9 Goiás 10,1 3,2 2,6 Pernambuco 3,8 1,0 -0,3 Ceará 5,5 2,2 0,3 Brasil 2,3 2,5 0,9 Fonte IBGE; elaboração Fieb/SDI
BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2011 - 2013) 140 135 2013
130 125 120 115
2012
110 105
2011
100
DEZ
NOV
OUT
SET
AGO
JUL
JUN
MAI
ABR
MAR
FEV
JAN
95
Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14). Sem ajuste sazonal.
Bahia Indústria 27
jurídico
Segurança jurídica e proteção de investimentos Por Gustavo Vilas Boas
Douglas C. North, vencedor do Nobel de Economia, desenvolvendo o pensamento institucionalista, versou sobre a relação entre o crescimento econômico e um sistema eficiente de proteção de direitos. Caberia ao Estado especificar os direitos e garantir as relações deles decorrentes, destacando o autor que quanto melhor definidos e mais garantidos estes direitos, mais eficiente seria o desenvolvimento econômico. Falamos, sem dúvida, em segurança jurídica. Embora a expressão pareça abstrata, a sua relevância concreta é facilmente exemplificável, eis que, tem sido tema central de destacadas discussões empresariais, como podemos citar as que circundam o novo marco regulatório da mineração; a guerra fiscal; as concessões/ permissões públicas; as relações envolvendo matéria ambiental e a preservação dos direitos ante as alterações de normas urbanísticas (esta absolutamente patente na realidade soteropolitana, visto o emaranhado legislativo/judicial com que a cidade padece). A questão exsurge, assim, como ponto fundamental da discussão jurídica relacionada ao setor produtivo. Não por outro motivo, o SECOVI-SP apresentou, com grande repercussão, parecer exarado pelo renomado jurista português J. J. Gomes Canotilho, tratando justamente sobre a segurança jurídica materializada nos conceitos constitucionais 28 Bahia Indústria
de direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada. A iniciativa atende à demanda empresarial decorrente de reiteradas alterações normativas que impediam o início ou a continuidade de obras frente à superveniência de restrições diversas daquelas vigentes ao tempo das emissões das licenças. O estudo aborda o sentido geral da segurança jurídica, questionando se as situações subsumidas a esta insígnia estariam efetivamente protegidas pela Constituição, enfrentando as dificuldades de tal discussão, como a contraposição de argumentos de relativização do direito adquirido. Merece destaque a análise feita sobre os critérios de revogabilidade do ato administrativo, ponto relevante, sobretudo quando lidamos com um Estado que ainda vacila entre a posição de indutor do desenvolvimento e o intervencionismo arbitrário. Contudo, nos parecem mais importantes as conclusões sobre o dever estatal de responsabilizar-se pela justa compensação indenizatória aos prejudicados por sua atuação legislativa e executiva, inclusive quanto a atos lícitos, sendo este dever corolário da própria segurança. Traz-se, assim, luz à discussão sobre a segurança jurídica no Brasil, pretendendo-se evitar conjuntura em que o investimento, em vez de orientado e protegido pelo Direito, se torne jogo de azar. Afinal, na lição de Carnelutti, “o direito ou é certo ou não é direito”.
Gerência Jurídica na Bahia Indústria
Gustavo Vilas Boas é advogado e coordenador da Gerência Jurídica
A Gerência Jurídica da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) tem a satisfação de inaugurar este espaço na Revista Bahia Indústria para publicação de artigos jurídicos e notícias, com a finalidade de difundir conhecimentos sobre diversas áreas do Direito que sejam relevantes para o segmento empresarial. Esperamos que as informações divulgadas, utilizando uma linguagem simples e direta, municiem as empresas de conteúdos úteis para facilitar e orientar as decisões rotineiras. As notícias e artigos veiculados neste espaço não devem ser interpretados como consultoria, salientando-se que os conteúdos publicados são elaborados com base na legislação e jurisprudência vigentes à data da sua publicação. A equipe do Jurídico da FIEB é composta dos seguintes profissionais: Silvana Sapucaia (Gerente) Danusa Costa Lima (Coordenadora) Gustavo Vilas Boas (Coordenador) Betânia Trindade Bianca Spínola Cínthia Freitas Fabiana Mendonça Flávia Muniz Leandro Mendonça Tácio Cheab Vaneide Souza
Oportunidades e negócios na Bahia Fórum do Lide, realizado em parceria com a FIEB, discutiu o cenário econômico na Bahia e soluções para os problemas de infraestrutura Rafael Martins/Sistema FIEB
A
s melhorias necessárias à infraestrutura logística do estado, os limites orçamentários e burocráticos enfrentados pelo governo, mas também as cadeias produtivas em expansão e as oportunidades geradas pelo crescimento destes segmentos industriais dominaram as discussões no Fórum de Oportunidades de Investimento na Bahia, realizado nos dias 8 e 9 de agosto, pelo Grupo de Líderes Empresariais – Lide Bahia, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia. Em painéis temáticos, palestras, workshops setoriais e rodadas de negócios, a posição da Bahia na economia brasileira foi tema de debates e propostas de solução para os problemas. “A participação da iniciativa privada e das esferas públicas é fundamental para a concretização de parcerias que vão contribuir para o desenvolvimento local”, disse o presidente do Lide Brasil, João Dórea Junior. O presidente da FIEB, José Mascarenhas, ressaltou a necessidade de se discutir soluções de infraestrutura da maior economia da região Nordeste, a fim de aumentar a competitividade da produção baiana, especialmente a industrial. “Os gargalos na logística emperram e encarecem o escoamento
Autoridades e lideranças empresariais discutiram o cenário econômico da Bahia
da produção, prejudicando o setor”, frisou. O governador Jacques Wagner lembrou que a Bahia é o terceiro pior estado em arrecadação fiscal, mas que a administração pública deve articular alternativas para superar a situação. Ele frisou que se deve defender as produções locais de energia eólica, cobre e da indústria naval, as quais sofrem concorrência e são foco de disputa com outros estados. Wagner disse ainda estar otimista com as rodadas de licitações que o governo federal promoverá em setembro para obras de infraestrutura.
debates O ministro dos Transportes, César Borges, e o secretário estadual de Planejamento, José Sergio Gabrielli, apresentaram dados atuais
sobre infraestrutura na Bahia e mencionaram algumas das iniciativas federais e estaduais em andamento. Borges reconheceu a dificuldade de escoar a produção, devido à situação da malha logística, e elencou algumas das obras do PAC e do PIL que poderão desafogar gargalos. “Mas temos que resgatar o planejamento permanente e cobrar os atrasos impostos pelas empresas contratadas.” Gabrielli afirmou que a Bahia vive transformações na sua economia, por conta da expansão de segmentos como a mineração, a energia eólica e a celulose fora da RMS. O secretário defendeu a ponte Salvador-Itaparica como novo canal de integração entre Recôncavo, capital e litoral Norte, contribuindo para o dinamismo econômico. [bi] Bahia Indústria 29
painel Angelo Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
SESI Matemática nas escolas O SESI Bahia assinou convênio com a Secretaria da Educação do Estado, para implantar na rede pública o programa SESI Matemática, desenvolvido pelo SESI do Rio de Janeiro, para melhorar o desempenho dos estudantes na disciplina. O programa vai atender 300 escolas do Ensino Médio, atingindo 9 mil estudantes. As escolas do SESI também adotarão o programa.
Jovens da turma piloto de 60 alunos, diplomados no lançamento do programa
Proaj oferece qualificação em TI a jovens da rede estadual Capacitar mais de 10 mil estudantes e egressos da rede pública estadual de ensino, no prazo de quatro anos, é a meta do Programa de Aprendizado Jovem (Proaj). Fruto de uma parceria entre o governo do Estado, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), e o SENAI Bahia. O programa tem foco na capacitação em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), com carga horária de 600 horas, divididas entre disciplinas básicas – português, matemática, inglês, conhecimentos gerais e introdução à ciência da computação – e módulos de formação específica – desenvolvedor de web, java e jogos para dispositivos móveis, comunicação de dados, suporte de hardware e redes de computadores. Na solenidade de lançamento foram diplomados 60 jovens que participaram do projeto piloto do programa. O Proaj está com três turmas em andamento, cada uma com 300 estudantes. Ao final de cada uma, os melhores alunos serão identificados e poderão ministrar cursos no SENAI Bahia.
Eliana Calmon discute ética A ministra do Supremo Tribunal Federal, Eliana Calmon, participou como convidada da reunião de diretoria da FIEB, realizada no dia 25 de julho, quando proferiu palestra sobre Ética e Regulação, fazendo uma leitura histórica da política no Brasil contemporâneo e propondo, ao final, formas de combater a corrupção, prática que se banalizou nas esferas públicas do país. Na avaliação da ministra, a Era Lula representou avanços na inclusão social, mas, para governar, o PT promoveu transações a fim de garantir a governabilidade. O resultado foi a manutenção de práticas corruptas históricas e a volta de uma dinâmica de elitismo, o que tem causado eco no “grito das ruas”. A ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também teceu duras críticas ao Poder Judiciário. Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB
30 Bahia Indústria
Ginástica Laboral vence Prêmio Marca O SESI foi reconhecido pela excelência dos serviços de segurança e saúde pelo Prêmio Marca Brasil 2013, promovida pela Revista Cipa. Venceu pela segunda vez como melhor empresa de serviços prestados durante a Sipat e, pela oitava vez, na categoria Ginástica Laboral. Em todo o Brasil, o SESI atende, diariamente, pelo programa de Ginástica Laboral, 700 mil trabalhadores de 1.531 indústrias.
Case sobre inclusão é premiado O SESI Bahia foi vencedor, na categoria Prestação de Serviços, do 4º Prêmio de Reabilitação e Readaptação Profissional com um trabalho sobre a criação de um programa para inclusão de pessoas com deficiência na indústria. O prêmio será entregue, dia 16 de setembro.
Senador defende inovação
Movimenta Salvador busca novas adesões
O senador Walter Pinheiro (PT-BA) defendeu a ampliação e a desconcentração dos investimentos em inovação a fim de favorecer o crescimento do setor industrial. Ele foi o convidado da reunião de diretoria da FIEB de agosto. Para o senador, o mais importante agora é identificar os gargalos que impedem o desenvolvimento econômico, sendo necessários investimentos em infraestrutura (transportes, energia e comunicações).
Encontro na FIEB, em 29 de agosto, reuniu empresários de diversos segmentos, interessados em conhecer o Movimenta Salvador, que visa articular ações de fomento à prosperidade e à qualidade de vida da população da cidade. O encontro contou com apresentações do presidente da FIEB e do Conselho Deliberativo do Instituto, José Mascarenhas, e do diretor-geral do Movimenta, Aldo Ramon. No final das exposições, os interessados na causa, receberam ficha para futuras adesões.
Líderes sindicais discutem desafios da indústria As expectativas dos sindicatos filiados ao Sistema FIEB quanto aos desafios da indústria baiana para os próximos quatro anos foram debatidas no III Encontro de Presidentes de Sindicatos, na sede da Federação, dia 12 de julho. Divididos em grupos temáticos e utilizando a metodologia JOIN, os dirigentes sindicais foram estimulados a discutir e identificar os desafios para o setor e o papel do Sistema FIEB, com foco em educação e qualificação, infraestrutura e interiorização. As sugestões servirão ao planejamento estratégico da entidade.
Rafael Martins/Sistema FIEB
José Mascarenhas e Fernando Barbosa formalizam parceria
FIEB e Estaleiro assinam contrato Os presidentes da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), José de F. Mascarenhas, e do Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP), Fernando Barbosa, assinaram, dia 8 de agosto, contrato de parceria com o objetivo de fortalecer a cadeia de petróleo e gás e naval na Bahia. A assinatura ocorreu na FIEB, quando também estiveram presentes o diretor de Relações Institucionais e de Sustentabilidade do EEP, Humberto Rangel, além do superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Armando Neto. O IEL, entidade do Sistema FIEB, fará a gestão do projeto. A iniciativa faz parte de convênio firmado com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior (MDIC), que contempla 60 empresas baianas, incluindo as da cadeia automotiva. O Superintendente do IEL-BA, Armando Neto, lembrou que conta com a experiência de dez anos na capacitação de fornecedores, por conta da metodologia do Programa de Qualificação de Fornecedores (PQF). roberto abreu/Coperphoto/Sistema FIEB
Alunos do SESI representam a bahia no congresso. Os estudantes, Fernanda Siqueira Vieira, Luciana Moreno Borges e Luís Henrique de Almeida Silva, da 3ª série do ensino médio EBEP da Escola Djalma Pessoa, do SESI Bahia, estão entre os seis estudantes baianos, de um total de 78 em todo o país, selecionados pela Câmara dos Deputados para participar do Parlamento Jovem Brasileiro 2013. Entre 23 e 27 de setembro, eles terão a oportunidade de atuar como deputados federais, em Brasília, simulando a rotina dos trabalhos legislativos e a representação política por meio da vivência do processo democrático.
Bahia Indústria 31
juarez matias/coperphoto/sistema fieb
Estágio premiado Petrobras, Desenbahia e Sicoob foram vencedoras da 10ª edição do Prêmio Melhores Práticas de Estágio
A
importância do estágio como ferramenta imprescindível para a formação profissional do estudante ganhou destaque na 10ª edição do Prêmio Melhores Práticas de Estágio, realizada em parceria com o Fórum de Estágio da Bahia, em julho, na sede do Sistema FIEB. A premiação foi criada em 2004 com o objetivo de reconhecer as boas práticas de estágio desenvolvidas por empresas baianas e auxiliar as organizações a aprimorar seus programas de treinamento e formação profissional. “Neste trabalho de disseminação da cultura do estágio de qualidade, tentamos levar a mensagem de que o estágio faz parte da educação. O nosso desafio é levar essa mensagem para as empresas que ainda não conseguem enxergar desta forma”, destacou o superintendente do IEL, Armando Neto. A edição de 2013 premiou a Petrobras na categoria grande empresa. Já a média empresa contemplada foi a Desenbahia – Agência de Fomento do Estado da Bahia. A Sicoob (Cooperativa Central de Crédito da Bahia) levou o primeiro lugar entre as empresas de pequeno porte. As finalistas de cada categoria e os estagiários de destaque nos projetos inscritos no prêmio também foram homenageados. O vice-presidente da FIEB, Reinaldo Sampaio, destacou que o prêmio tem contribuído para a mudança da cultura de estágio nas organizações baianas. “Tem havido um aprimoramento de visão do estágio, principalmente entre pequenas e médias empresas. Há o entendimento da importância deste processo de treinamento profissional para os estudantes, que se tornarão o futuro das empresas”, pontuou. Também participaram da solenidade o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia, Nilton Vasconcelos, e o diretor geral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), Roberto Lopes. [bi] 32 Bahia Indústria
Premiação Confira a lista de finalistas e vencedores
Grande empresa
programa Credibahia”.
>Petrobras (vencedora)
>Cromex Estudante reconhecido: Jeferson Giovani de Lima Alves, homenageado pelo projeto “Reestruturação da área de armazenamento de resíduos”. >Zoo de Salvador Estudante reconhecido: Lalitha Coelho Cavalcante, homenageada pelo “Projeto de translocação do mico-de-cheiro (Saimiri sciureus) da mata do Zoológico de Salvador-BA para seu habitat de origem”.
Estudante reconhecido: Daniel Gonçalves de Souza Neto, homenageado pelo projeto “Utilização de harmônicos de ranhuras para estimação da velocidade do motor elétrico de uma unidade de bombeio mecânico”. >Le Biscuit Estudante reconhecido: Diego Ribeiro Galvão, homenageado pelo projeto “Gestão de metas”.
>Tribunal de Contas do Estado Estudante reconhecido: Iago Santos do Carmo, homenageado pelo projeto “Saúde e bem estar no TCE”.
Média empresa Armando Neto destacou a importância de mostrar que estágio é parte do processo educacional
>Desenbahia (vencedora) Estudante reconhecido: Israel Cerqueira Santos, homenageado pelo projeto “Proposição de melhoria da gestão de qualidade do
Micro e pequena empresa >Sicoob (Cooperativa Central de Crédito da Bahia) (vencedora) Estudante reconhecido: Erica Soraia Torres de Sobral, homenageada pelo projeto “Programa de controle e monitoramento de ações educacionais à distância PCM – Sicoob Educanet”. >Escola Kennedy >Laboratório Gontijo
ideias
Boas perspectivas para o setor de P&G na Bahia Por Amaro F. Apoluceno Neto e Antônio J. P. Rivas
A Agência Nacional de Petróleo (ANP), a partir de 1999, iniciou as rodadas de blocos de exploração, realizadas anualmente até 2007, quando sofreu solução de continuidade. Somente em maio deste ano foi realizado o BID 11, cujos resultados e impactos ora são analisados. A importância da realização dos leilões pode ser dimensionada em termos de bônus e investimentos, onde os números gerados por essas licitações se mostram muito expressivos, ilustrando de forma inequívoca a pujança da indústria de E&P. Os bônus das onze rodadas somaram cerca de US$ 4 bilhões, dos quais US$ 1,4 bilhão foi ofertado neste último leilão. Os investimentos do Programa Exploratório Mínimo (PEM), totalizaram quase US$ 6 bilhões. Considerando a dinâmica do processo exploratório, estima-se que esses valores podem triplicar, somente na fase de exploração, podendo ter dimensões muito maiores, no caso de eventuais descobertas comerciais, onde a operadora perfuraria poços adicionais e construiria instalações de superfície, para o desenvolvimento da jazida, o tratamento e escoamento dos fluidos. Os valores de PEM somam US$ 179,8 milhões, dos quais cerca de 30% ou US$ 55 milhões deverão ser aplicados no Recôncavo. Das 64 empresas habilitadas, 39 participaram deste BID, sendo originárias de 12 países. Foram 30 vencedoras, com 12 nacionais e 18
estrangeiras: Canadá (5), Reino Unido (3), Estados Unidos (2), além de Austrália, Bermudas, Colômbia, Espanha, França, Guernesei, Noruega, Portugal, cada um com uma operadora. Resumidamente, o BID 11 na Bahia teve 14 empresas participantes, 7 no Recôncavo e 7 no Tucano Sul, que arremataram 36 blocos, 15 no Recôncavo e 21 no de Tucano, dos 52 ofertados (16 no Recôncavo e 36 no de Tucano). Na Bahia, das nove empresas que arremataram blocos, seis são nacionais e três estrangeiras, sendo que destas, duas canadenses – Gran Tierra e Alvopetro – já atuam no Recôncavo, e apenas a GeoPark (Bermudas) é estreante. Das seis nacionais, cinco são estreantes na Bahia e apenas a Imetame já atua como operadora no estado. A grande novidade foi a ausência da Petrobras como operadora, mesmo tendo a Bahia duas bacias sedimentares ofertadas nesta rodada. As operadoras que venceram na Bahia, foram a Petra Energia, para o bloco 15 de Tucano; Nova Petróleo, bloco 5, no Recôncavo; Gran Tierra, bloco 3, Recôncavo; Cowan, bloco 3, Tucano; Alvopetro, bloco 2 em Recôncavo e um em Tucano; GeoPark, com 2 blocos no Recôncavo; Imetame, 2 bloco no Recôncavo; Sabre, também 2 no Recôncavo e Brasoil Manati, que ficou com um bloco no Recôncavo. A atual configuração deve modificar as relações com os fornecedores de bens e serviços, na medida em que a maior e mais tradicional empresa estatal não vai atuar como operadora, o que deverá mu-
Amaro F. Apoluceno Neto é geólogo/ Geopex Consultoria
Antônio J. P. Rivas é geólogo/ Secretaria do Planejamento da Bahia
dar a forma de contratação, a estratégia de investimento, o volume de recursos, o ritmo de implantação dos projetos, enfim, um novo ambiente de negócios pode estar começando a se configurar, o que, por sua vez, também vai exigir da cadeia de fornecedores uma postura diferenciada para lidar com contratantes exclusivamente do setor privado. Um exercício que pode ser feito é na Bacia do Tucano, onde a Petra Energia arrematou 15 (70%) dos 21 blocos ofertados, o que pode determinar um ritmo exploratório diferenciado, bem como haver desdobramentos com soluções alternativas, em havendo descobertas, na fase de desenvolvimento da produção. Como exemplo, a Petra fez associação com a GeoSol, tradicional empresa de sondagem para mineração, criou a Slim Drilling, empresa de perfuração de poços delgados para gás natural, já tendo perfurado alguns poços, em Minas Gerais, com sonda não convencional, atingindo a profundidade de 2.100 metros. Em resumo, a retomada das rodadas de exploração é, certamente, um fator importantíssimo para o desenvolvimento do estado da Bahia, gerando não só riquezas na forma de petróleo e gás natural, mas propiciando a geração de empregos e a demanda de serviços que certamente impulsionarão o desenvolvimento do estado. Espera-se que este processo não sofra solução de continuidade, promovendo, assim, um ritmo constante de crescimento e geração de renda. [bi] Bahia Indústria 33
leitura&entretenimento fotos divulgação
exposição Originais de Debret em Salvador Um conjunto de 60 aquarelas e desenhos do artista francês Jean-Baptiste Debret, que chegou ao Brasil em 1816, integrando a Missão Artística Francesa, estão em exposição em Salvador, na Caixa Cultural. A mostra Debret – Viagem ao sul do Brasil traz os registros do artista sobre o Brasil imperial, apresentando os tipos humanos, hábitos, costumes e festas populares, além de paisagens da Mata Atlântica e marinas. Toda a crônica do cotidiano do Rio de Janeiro imperial e de seus habitantes, transparece nas aquarelas do artista. As obras, que poucas vezes viajaram pelo país, pertencem ao acervo do Museu Castro Maya.
não perca Caixa Cultural Salvador, ter. a dom., 9 às 18h, até 13/10. Gratuito. Rua Carlos Gomes, 57 – Centro. Informações: (71) 3421-4200
Fotografia, poesia e fé O fotógrafo Ricardo Prado está em cartaz no Foyer do Teatro Castro Alves com a mostra Fé, que reúne 30 fotografias de sua autoria. Nelas, o artista traduz sua experiência a partir do contato com o universo dos romeiros de Bom Jesus da Lapa, captando olhares, gestos, lágrimas, luz e sombras da tradicional romaria. A mostra reúne, ainda, poemas de José Inácio Vieira de Melo, que transformou em palavras os sentimentos despertados pelas fotos. Ricardo Prado, há três anos, registra a romaria realizada no mês de agosto. O registro das expressões do sagrado é, segundo ele, uma maneira de documentar a manifestação popular e mostrar a capacidade dos peregrinos de manter viva uma crença secular. A cidade do oeste baiano também receberá a mostra. não perca TCA (Foyer), seg. a dom., 12 às 18h, até 8/10. Gratuito. Praça Dois de Julho, Campo Grande, Centro. Informações: (71) 3535-0600
livros Inovação e tecnologia A trajetória da exploração de petróleo no Brasil, a partir da evolução tecnológica da Petrobras é o tema deste livro. Nele são retratadas as principais inovações em equipamentos e sistemas de produção submarinas adotadas, desde as primeiras Petróleo em Águas Profundas descobertas até os desafios do pré-sal; as José Mauro de Morais atividades de pesquisa, desenvolvimento e Ipea capacitação de recursos humanos e os 424 p. Disponível na avanços tecnológicos que ajudaram a Biblioteca da construir a história da companhia que hoje FIEB-Sede é uma das gigantes mundiais do setor.
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O homem e o visionário A biografia de um dos maiores ícones do século XX é registrada neste livro. Neal Gabler, mostra como Walt Disney transformou a indústria do entretenimento, a partir da construção Walt Disney: o triunfo de um império sinérgico que combinou da imaginação cinema, televisão, parques temáticos, americana música e livros, numa iniciativa inédita e Neal Gabler vanguardista para a época. O livro traz à Ed. Novo Século 911 p. tona também o lado humano de Disney, Disponível na revelando o homem solitário, ferido e Biblioteca da FIEB-Sede desapontado que ele foi.
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