Nota Técnica PIB - 2º trimestre de 2017

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Contas Nacionais Trimestrais

Setembro de 2017

2º Trimestre de 2017

No 2º trimestre de 2017, a economia brasileira, segundo dados das Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, registrou crescimento de 0,2% (com ajuste sazonal) em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o 2º trimestre de 2016, verificou-se crescimento de 0,3%. No acumulado do 1º semestre do ano, o PIB fechou com 0% de crescimento, em relação ao mesmo período de 2016. No acumulado de quatro trimestres, o PIB registrou decréscimo de 1,4% em relação a igual período anterior. (Ver gráfico abaixo).

Sob a ótica da demanda, no acumulado de 12 meses terminados no 2º trimestre de 2017, todos os componentes apresentaram resultados negativos. O Consumo das Famílias caiu 1,9%, ante a redução de 5,5% em 2016. O Consumo do Governo (Despesa de Consumo da Administração Pública) também registrou queda no período em análise (-1,2%, contra -1,1%). A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) apresentou queda acentuada (-6,1%, contra -15%). As Exportações de Bens e Serviços também registraram resultado negativo (-0,7%), depois de longo período com resultados positivos. As Importações de Bens e Serviços apresentaram queda de 0,7%, contra decréscimo de 18,0% em 2016.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Do lado da oferta, a Agropecuária apresentou crescimento de 6,2% e a Indústria apresentou queda de 2,1% no período. Entre as atividades industriais, Extrativa Mineral e SIUP Eletricidade, Gás, Água, Esgoto e Limpeza Urbana - registraram resultados positivos (4,4% e 2,6% respectivamente). Por outro lado, a Indústria de Transformação e Construção Civil permanecem em queda (-2,0% e -6,4% respectivamente). O setor de Serviços recuou 1,7% no período, influenciado pela retração de 2,4% do Comércio.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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O PIB no 2º trimestre de 2017 (a preços de mercado) alcançou R$ 1.639 bilhões, sendo R$ 1.422 bilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 216 bilhões aos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. Considerando o valor adicionado a preços básicos, nota-se que a Agropecuária ganhou participação relativa no PIB, passando de 5,5%, no 2º trimestre de 2016, para 5,8% em igual período de 2017. A Indústria perdeu importância relativa, passando de 22,0% para 21,0%, no período em análise. O setor de Serviços ganhou participação no PIB, passando de 72,5% para 73,2%, na mesma comparação intertemporal. Quanto ao desdobramento do PIB pelos componentes da demanda a preços de mercado (inclusive impostos), o Consumo das Famílias totalizou R$ 1.023 bilhões, o Consumo do Governo R$ 336 bilhões e a FBCF R$ 253 bilhões (15,5% do PIB, contra 16,5% no 2º trimestre de 2016). As Exportações e as Importações de Bens e Serviços alcançaram R$ 216 bilhões e R$ 180 bilhões, respectivamente, enquanto a Variação de Estoques negativa em R$ 10 bilhões, no 2 º trimestre de 2017. Ainda é incerta a saída do Brasil de sua mais profunda crise. Mesmo a economia brasileira dando leves sinais de recuperação, os reflexos da crise política ainda são sentidos e os atrasos na votação das reformas necessárias, como a da Previdência, retardam ainda mais as perspectivas de retomada econômica. Os resultados dos níveis de emprego trouxeram certo fôlego, uma vez que no trimestre encerrado em julho o desemprego atingiu 12,8%, apresentando queda em relação aos 13,6% registrados no trimestre que acabou em abril. Segundo o IBGE, entretanto, os postos de trabalho foram gerados, em sua maioria, na informalidade. Para todo o ano de 2017, a previsão do mercado (Relatório Focus, 25/08) é que o PIB apresente crescimento de 0,39%.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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