Nota Técnica - PIB 3º trimestre de 2017

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Contas Nacionais Trimestrais

Dezembro de 2017

3º Trimestre de 2017

No 3º trimestre de 2017, a economia brasileira, segundo dados das Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, registrou crescimento de 0,1% (com ajuste sazonal) em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o 3º trimestre de 2016, verificou-se crescimento de 1,4%. No acumulado do ano até setembro, o PIB fechou com 0,6% de crescimento, em relação ao mesmo período de 2016. No acumulado de quatro trimestres, o PIB registrou decréscimo de 0,2% em relação a igual período anterior. (Ver gráfico abaixo).

Sob a ótica da demanda, no acumulado de 12 meses terminados no 3º trimestre de 2017, o Consumo das Famílias caiu 0,5%, ante a redução de 5,1% em 2016. O Consumo do Governo (Despesa de Consumo da Administração Pública) também registrou queda no período em análise (-0,4%, contra -0,6%). A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) apresentou queda menos acentuada (-4,2%, contra -13,5%). As Exportações de Bens e Serviços registraram resultado positivo de 1,1% e as Importações de Bens e Serviços apresentaram crescimento de 2,7%, contra decréscimo de 14,8% em 2016.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Do lado da oferta, a Agropecuária apresentou crescimento de 11,6%, ante a queda de 3,9% em 2016. A Indústria registrou queda menos intensa de 1,4%, ante (-5,3%) no mesmo período. Entre as atividades industriais, Indústria de Transformação e Construção Civil permanecem em queda (-0,6% e -6,6% respectivamente). De modo contrário, Extrativa Mineral e SIUP Eletricidade, Gás, Água, Esgoto e Limpeza Urbana - registraram resultados positivos (5,4% e 2,0% respectivamente). O setor de Serviços recuou 0,8% no período, influenciado pela retração de 0,3% do Comércio.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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O PIB no 3º trimestre de 2017 (a preços de mercado) alcançou R$ 1.641 bilhões, sendo R$ 1.415 bilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 225 bilhões aos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. Considerando o valor adicionado a preços básicos, nota-se que a Agropecuária perdeu participação relativa no PIB, passando de 5,6%, no 3º trimestre de 2016, para 5,0% em igual período de 2017. A Indústria ganhou importância relativa, passando de 22,0% para 22,2%, no período em análise. O setor de Serviços ganhou participação no PIB, passando de 72,4% para 72,8%, na mesma comparação intertemporal. Quanto ao desdobramento do PIB pelos componentes da demanda a preços de mercado (inclusive impostos), o Consumo das Famílias totalizou R$ 1.048 bilhão, o Consumo do Governo R$ 311 bilhões e a FBCF R$ 263 bilhões (16,1% do PIB, contra 16,3% no 3º trimestre de 2016). As Exportações e as Importações de Bens e Serviços alcançaram R$ 210 bilhões e R$ 195 bilhões, respectivamente, enquanto a Variação de Estoques positiva em R$ 1.437 bilhão, no 3 º trimestre de 2017. O resultado do PIB no 3º trimestre de 2017 registra um processo de lenta recuperação da economia brasileira. O crescimento abaixo do esperado pelo mercado se deu em virtude da revisão dos dados trimestrais anteriores pelo IBGE, deixando a base de comparação maior. A expectativa para o ano de 2017, conforme previsão do mercado (Relatório Focus, 24/11) é que o PIB apresente crescimento de 0,73%. Expansões mais robustas no Produto Interno Bruto são esperadas apenas quando as políticas econômicas e reformas estruturais necessárias (sobretudo a da previdência e a tributária) forem implementadas, reforçando o nível de confiança dos investidores no país.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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