Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional A produção física da Indústria de Transformação da Bahia registrou queda de 9,4% em fevereiro de 2021 (acumulado de 12 meses), ocupando a 13ª posição no ranking dos quatorze estados que participam da PIM-PF. Além da Bahia, os seguintes estados registraram desempenho negativo: Goiás (-0,6%), Minas Gerais (-0,6%), Paraná (-1,9%), Espírito Santo (-2,8%), Santa Catarina (-3,1%), Rio Grande do Sul (-4,3%), São Paulo (-5,1%), Ceará (-5,8%), Mato Grosso (-6,3%), Rio de Janeiro (-6,9%), Amazonas (-7,0%), Pará (-10,5%). Somente o estado de Pernambuco apresentou crescimento (3,0%). Na média, a Indústria de Transformação nacional apresentou queda de 4,4%. Em relação à Indústria de Transformação baiana, seis dos onze segmentos analisados apresentaram queda: Veículos automotores (-55,5%), Metalurgia (-25,7%), Couro e Calçados (-21,1%), Equipamentos de Informática (-15,5%), Borracha e Plástico (-9,9%), Minerais não metálicos (-2,2%). Em sentido contrário: Produtos Químicos (6,1%); Celulose e Papel (4,0%); Refino de petróleo e biocombustíveis (3,7%), Bebidas (1,2%) e Alimentos (0,4%). Na comparação de fevereiro de 2021 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana caiu 21,8%, enquanto a indústria nacional cresceu 1,3%. Veículos automotores (-97,1%, encerramento da produção no complexo Ford Camaçari), Metalurgia (-24,6%, barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre, ouro em formas brutas para usos não monetários, ferromanganês, fios de cobre refinado ou de ligas de cobre), Refino de petróleo e biocombustíveis, setor que representa 29,9% do VTI da Indústria de Transformação, vide gráfico em anexo (-23,2%, óleos combustíveis, óleo diesel, gasolina automotiva, gás liquefeito de petróleo e querosene de aviação), Minerais não metálicos (-6,5%, cimentos "Portland" e massa de concreto), Alimentos (-6,0%, óleo de soja refinado, massas alimentícias secas, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas e farinha de trigo), Bebidas (-0,6%, águas minerais naturais e refrigerantes), Couro e Calçados (-0,2%, calçados femininos de material sintético, calçados femininos de couro, calçados masculinos de couro). Por outro lado, quatro segmentos apresentaram crescimento na produção: Equipamentos de Informática (23,2%, computadores pessoais de mesa, peças e acessórios p/ máqs. p/ processamento de dados e suas unidades periféricas); Produtos Químicos (6,9%, polietileno de alta densidade, propeno não-saturado, princípios ativos para herbicidas, adubos ou
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fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio, adubos ou fertilizantes minerais ou químicos), Borracha e Plástico (6,6%, pneus novos p/ caminhões e ônibus, pneus novos p/ automóveis, camionetas e utilitários, filmes de material plástico (inclusive BOPP) p/ embalagem, borracha misturada não vulcanizada em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras), e Celulose e Papel (5,0%, pastas químicas de madeira, caixas de papelão ondulado ou corrugado, papel p/ usos na escrita, impressão e outros fins gráficos). No acumulado dos dois primeiros meses do ano, a produção física da Indústria de Transformação baiana caiu 18,7% (maior queda entre os 14 estados), enquanto a indústria nacional cresceu 2,0%. Veículos automotores (-95,9%, encerramento da produção no complexo Ford Camaçari), Refino de petróleo e biocombustíveis (-19,4%, óleos combustíveis, óleo diesel, parafina, nafta para petroquímica, gás liquefeito de petróleo), Minerais não metálicos (-5,5%, cimentos "Portland" e massa de concreto), Alimentos (-4,0%, óleo de soja refinado, massas alimentícias secas, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas e farinha de trigo), Bebidas (-3,3%, águas minerais naturais e refrigerantes), Couro e Calçados (-1,1%, calçados femininos de couro e calçados femininos de material sintético), Borracha e plástico (-0,5, pneus novos p/ automóveis, camionetas e utilitários, chapas, folhas, tiras e lâminas de plástico reforçadas e estratificadas). Apresentaram crescimento: Equipamentos de informática (31,6%, maior demanda por computadores pessoais de mesa, notebooks, etc. durante a pandemia), Produtos Químicos (9,3%, propeno não-saturado, princípios ativos para herbicidas, acrilonitrila, xilenos, adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio), Metalurgia (7,1%, barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre e ferrocromo) e Celulose e Papel (4,0%, pastas químicas de madeira, processo sulfato, branqueadas ou não, caixas de papelão ondulado ou corrugado, papel p/ usos na escrita, impressão e outros fins gráficos). No acumulado de 2021, a Indústria de Transformação baiana registra os piores resultados de produção física do país, efeito indelével do encerramento da produção de veículos no complexo Ford Camaçari, que pode comprometer os resultados do agregado por todo o ano. Adicionalmente, o país tem registrado números ainda mais preocupantes referentes à pandemia de Covid-19, provocando restrições nas atividades do setor de comércio e serviços, bem como na movimentação das pessoas, o que obviamente gera efeito negativo à produção industrial. Desse modo, a recuperação econômica esperada para 2021 depende do controle da pandemia (vacinação da população) e de simultânea agenda de reformas no Congresso
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(destaque para a Administrativa e Tributária), sob pena de o país perder a oportunidade de restabelecer um ambiente favorável para o desenvolvimento socioeconômico. Conforme as últimas informações do Banco Central (relatório Focus, 05/04/2021), as expectativas de mercado para o 2021 são: (i) inflação (IPCA) de 4,81%; (ii) crescimento de 5,29% da produção industrial e (iii) crescimento de 3,17%% no PIB.
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Tabelas PIM-PF
Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual) Estados
Fev 21 / Fev 20
Jan-Fev 21 / Jan-Fev 20
Mar 20 - Fev 21 / Mar 19 - Fev 20
São Paulo
4,5
5,0
-5,1
Minas Gerais
5,4
7,1
-0,6
-4,4
-4,4
-6,9
Paraná
3,1
7,1
-1,9
Rio Grande do Sul
7,9
8,4
-4,3
Santa Catarina
8,1
9,5
-3,1
Bahia
-21,8
-18,7
-9,4
Amazonas
-10,0
-10,0
-7,0
-5,9
-7,0
-10,5
4,1
-0,4
-2,8
Goiás
-7,1
-8,8
-0,6
Pernambuco
-1,5
3,3
3,0
Ceará
-0,4
5,0
-5,8
Mato Grosso
-3,9
-9,0
-6,3
1,3
2,0
-4,4
Rio de Janeiro
Pará Espírito Santo
Brasil Fonte: IBGE; elaboração FIEB/GEDI
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Bahia: PIM-PF de Fevereiro de 2021 (variação percentual) Fev 21 / Fev 20 Indústria de Transformação
Jan-Fev 21 / Jan-Fev 20
Mar 20 - Fev 21 / Mar 19 - Fev 20
-21,8
-18,7
-9,4
-23,2
-19,4
3,7
Produtos químicos
12,2
9,3
6,1
Alimentos
-6,0
-4,0
0,4
5,0
4,0
4,0
-97,1
-95,9
-55,5
6,6
-0,5
-9,9
-0,6
-3,3
1,2
-24,6
7,1
-25,7
Couro e Calçados
-0,2
-1,1
-21,1
Minerais não metálicos
-6,5
-5,5
-2,2
Equipamentos de Informática
23,2
31,6
-15,5
Extrativa Mineral
-4,5
-3,4
-7,3
Refino de petróleo e biocombustíveis
Celulose e papel Veículos automotores Borracha e plástico Bebidas Metalurgia
Fonte: IBGE; elaboração FIEB/GEDI
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Gráficos PIM-PF
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Bahia: PIM-PF de Fevereiro 2021 (variação percentual) Equipamentos de Informática
23,2
Minerais não metálicos
-6,5
Couro e Calçados
-0,6
-3,3
6,6
-97,1
-9,9
-0,5 -55,5
5,0
-6,0
Produtos químicos Refino de petróleo e biocombustíveis
1,2
-95,9
Celulose e papel Alimentos
-25,7
7,1
Borracha e plástico Veículos automotores
-21,1
-1,1
-24,6
Bebidas
-2,2
-5,5
-0,2
Metalurgia
-15,5
31,6
4,0
0,4
-4,0 12,2
4,0
9,3
-23,2
-19,4
Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Fev 21 / Fev 20) Variação do acumulada no ano (Jan - Fev 21 / Jan - Fev 20) Variação em 12 meses (Mar 20 - Fev 21 / Mar 19 - Fev 20)
Fonte: IBGE – PIA 2018. Elaboração FIEB/GEDI.
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