PIM PF - abril 2016 (referente a fevereiro de 2016)

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Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional1

Fevereiro de 2016

A produção física da Indústria de Transformação da Bahia apresentou queda de 2,6% em fevereiro na comparação dos últimos 12 meses em relação ao período anterior, após o decréscimo (-5,2%) registrado em janeiro. Com esse resultado, a Bahia subiu para 4º lugar no ranking dos quatorze estados que participam da PIM PF-R, do qual apenas Mato Grosso e Espirito Santo apresentaram resultados positivos (4,8% e 1%, respectivamente). Os demais estados registraram resultados negativos: Amazonas (-19,8%), São Paulo (-12%), Rio de Janeiro (-11,4%) Minas Gerais (-10,7%), Rio Grande do Sul (-10,4%), Ceará (-10,2%), Pernambuco (-10,1%), Paraná (-9,3%), Santa Catarina (-7,9%), Pará (-4,2%) e Goiás (-1,4%). Na Bahia, três dos onze segmentos pesquisados registraram crescimento: Refino de petróleo e biocombustíveis (1,8%), Celulose e papel (0,5%) e Bebidas (0,4%). Apresentaram resultados negativos: Equipamentos de Informática (-46,7%), Minerais não metálicos (-10,4%), Veículos Automotores (-7,2%), Produtos Químicos

(-4,2%),

Alimentos

(-2,9%),

Metalurgia

(-2,6%),

Couro

e

Calçados

(-2,1%) e Borracha e Plástico (-1,9%). Na comparação de fevereiro de 2016 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou crescimento de 13,4%. Oito dos onze segmentos industriais da Bahia apresentaram resultados positivos: Refino de Petróleo e Biocombustíveis (108,3%, maior fabricação de óleo diesel, óleos combustíveis, naftas para petroquímica e gasolina automotiva, base de comparação deprimida, uma vez que essa atividade recuou 60,1% em fevereiro de 2015, em função de greve de funcionários ocorrida em uma importante refinaria local), Metalurgia (26,8%, maior fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Bebidas (8,9%), Equipamentos de Informática (6,4%), Alimentos (4,2%), Couro e Calçados (3,1%), Celulose e Papel (2,9%, aumento na produção de pastas químicas de madeira - celulose) e Produtos Químicos (2,3%, maior fabricação de acrilonitrila, amônia e polietileno de alta densidade PEAD). Apresentaram resultados negativos: Veículos Automotores (-60,2%, menor 1

A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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produção de automóveis, painéis para instrumentos dos veículos automotores e peças ou acessórios para o sistema de direção ou suspensão), Borracha e Plástico (-9,6%, menor produção de pneus novos de borracha para ônibus e caminhões, sacos, sacolas e bolsas de plástico, reservatórios e artefatos semelhantes de plástico e filmes de material plástico para embalagem) e Minerais não Metálicos (-9,4%). O setor industrial (brasileiro e baiano) enfrenta um ambiente de muita dificuldade, refletindo, sobretudo, uma conjuntura doméstica de crises econômica e politica que se retroalimentam, o que acarretou numa retração econômica grave. Do ponto de vista estadual, o desempenho negativo do ano é reflexo de maus resultados alguns segmentos, com influência forte de Metalurgia, Minerais não Metálicos e Veículos Automotores. Os setores de Celulose (voltado à exportação) e o de Refino de Petróleo e Biocombustíveis (por conta de uma parada para manutenção no início de 2015) apresentam resultados positivos na análise anualizada. Quanto às perspectivas para 2016, há poucos elementos que indiquem a possibilidade de recuperação da indústria nacional. A estimativa de mercado é de queda da produção industrial este ano (-5,8%) e de modesto crescimento só em 2017 (+0,3%), de acordo com informações do Banco Central (relatório Focus). Alguns indicadores ilustram as dificuldades enfrentadas pela economia nacional: (i) inflação elevada (o IPCA acumulou alta de 10,36% em fevereiro deste ano, contra um teto de meta de inflação de 6,5% para o ano); (ii) patamar elevado da taxa de juros, com a Selic mantida em 14,25%; e (iii) crescimento do desemprego – segundo a PME (Pesquisa Mensal de Emprego – IBGE), em fevereiro de 2016, a taxa de desemprego foi de 8,2%, para o conjunto de seis regiões metropolitanas investigadas. No caso específico da Região Metropolitana de Salvador, a taxa foi de 12,6%, em fevereiro de 2016. Por outro lado, a depreciação do Real pode ser um alento para o setor exportador.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Tabelas PIM-PF

Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)

Estados São Paulo

Fev 16 / Fev 15

Jan-Fev 16 / Jan-Fev 15

Mar 15-Fev 16 / Mar 14-Fev 15

-12,4

-14,2

-12,0

Minas Gerais

-8,7

-12,3

-10,7

Rio de Janeiro

-3,4

-11,2

-11,4

Paraná

-9,0

-11,2

-9,3

Rio Grande do Sul

-5,5

-4,9

-10,4

Santa Catarina

-4,9

-8,0

-7,9

Bahia

13,4

12,4

-2,6

-26,6

-29,6

-19,8

-3,8

-5,2

-4,2

5,7

0,3

1,0

-1,2

-7,8

-1,4

Pernambuco

-26,3

-28,0

-10,1

Ceará

-10,3

-10,0

-10,2

Mato Grosso

18,0

8,1

4,8

Brasil

-9,5

-11,3

-10,2

Amazonas Pará Espírito Santo Goiás

Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Bahia: PIM-PF de Fevereiro 2016 (variação percentual) Fev 16 / Fev 15 Indústria de Transformação

Jan-Fev 16 / Jan-Fev 15

Mar 15-Fev 16 / Mar 14-Fev 15

13,4

12,4

-2,6

108,3

83,3

1,8

2,3

0,6

-4,2

-60,2

-32,4

-7,2

Alimentos

4,2

0,6

-2,9

Celulose e papel

2,9

-0,7

0,5

Borracha e plástico

-9,6

-8,4

-1,9

Metalurgia

26,8

25,3

-2,6

3,1

-4,3

-2,1

-9,4

-14,5

-10,4

Equipamentos de Informática

6,4

20,9

-46,7

Bebidas

8,9

7,5

0,3

-18,6

-14,3

-7,8

Refino de petróleo e biocombustíveis Produtos químicos Veículos automotores

Couro e Calçados Minerais não metálicos

Extrativa Mineral Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Gráficos PIM-PF

Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)

Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)

Bahia: PIM-PF de Fevereiro 2016 (variação percentual) Bebidas

8,9

0,3

7,5

-46,7

Equipamentos de Informática

20,9

6,4

Minerais não metálicos

-9,4

-10,4

-14,5

Couro e Calçados

3,1

Metalurgia

-2,1

-4,3 26,8

25,3 -2,6

Borracha e plástico

-9,6

Celulose e papel

2,9

Alimentos Veículos automotores

-1,9

-8,4

0,5

-0,7 4,2

-60,2

Produtos químicos Refino de petróleo e biocombustíveis

-2,9

0,6

-7,2

-32,4

2,3

-4,2

0,6 108,3 83,3

1,8

Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Fev 16 / Fev 15) Variação do acumulada no ano (Jan-Fev 16 / Jan-Fev 15) Variação em 12 meses (Mar 15 - Fev 16 / Mar 14 - Fev 15)

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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