Nota PIM - Agosto 2017 (ref junho 17)

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Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional1

Agosto de 2017

A produção física da Indústria de Transformação da Bahia apresentou queda de 8,2% no acumulado de 12 meses até junho de 2017, permanecendo na última posição no ranking dos quatorze estados que participam da PIM-PF. Além da Bahia, os seguintes estados registraram resultados negativos: Mato Grosso (-7,4%), Pará (-5,1%), Goiás (-2,2%), Minas Gerais (-1,5%), Ceará (-1,3%), Amazonas (-1,2%), São Paulo (-1,2%), Pernambuco (-0,7%); Rio Grande do Sul (-0,6%) e Rio de Janeiro (-0,6%). Os estados que apresentaram crescimento foram: Santa Catarina (1,1%), Paraná (0,8%) e Espírito Santo (0,6%). Na média, a Indústria de Transformação nacional apresentou queda de 2,2% no período analisado. Em relação à indústria baiana, apenas três de onze segmentos analisados apresentaram crescimento em termos anualizados: Couro e Calçados (15,1%), Veículos automotores (14,5%) e Alimentos (2,6%). Por outro lado, os oito segmentos restantes sofreram redução da produção: Equipamentos de Informática (-48,3%), Metalurgia (-29,9%, em virtude de uma parada para manutenção da Paranapanema iniciada no fim de março), Refino de petróleo e biocombustíveis, setor que representa 29,0% do VTI da Indústria de Transformação, vide gráfico em anexo (-19,7%, devido a uma parada programada nos meses de janeiro e fevereiro nas unidades U-09 e U-18 da RLAM, além do crescimento da concorrência dos combustíveis importados), Bebidas (-10,8%), Minerais não metálicos (-6,3%), Borracha e Plástico (-3%), Celulose e Papel (-1,5%) e Produtos Químicos (-1,1%). No acumulado do primeiro semestre de 2017, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou queda de 7,5%, enquanto a indústria nacional contabilizou retração de 0,2%. Apenas quatro dos onze segmentos industriais da Bahia apresentaram resultados positivos: Veículos Automotores (16,7%, aumento na produção de automóveis), Couro e Calçados (15,8%, maior produção de tênis de material sintético), Minerais não metálicos (1,4%) e Alimentos (0,2%). No entanto, outros sete segmentos analisados sofreram queda: Equipamentos de Informática (-71,5%, retração na fabricação de gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo - DVD, home theater integrado e semelhantes - e computadores pessoais de mesa e portáteis), Metalurgia (-40,6%, queda na produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Refino de Petróleo e 1

A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Biocombustíveis (-14,2%, menor fabricação de óleo diesel, naftas para petroquímica e gasolina

automotiva),

Bebidas

(-14,2%),

Borracha

e

Plástico

(-1,8%), Celulose e Papel (-2,4%) e Produtos Químicos (-1,4%). Na comparação de junho de 2017 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou queda de 11,7%, enquanto a indústria nacional ficou estável. Apenas dois dos onze segmentos apresentaram incremento: Alimentos (5,7%, aumento da produção de farinha de trigo, manteiga, cacau ou chocolate em pó e óleo de soja em bruto) e Minerais não metálicos (5,1%). Em sentido contrário, nove segmentos registraram queda: Equipamentos de Informática (-58,5%), Metalurgia (-38,6%, menor fabricação barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Refino de petróleo e biocombustíveis (-15,3%, menor produção de óleo diesel, naftas para a petroquímica e óleos combustíveis), Bebidas (-14%), Veículos Automotores (-13,4%, menor produção de automóveis e painéis para instrumentos dos veículos automotores), Produtos Químicos (-7,7% pela menor produção de ureia, amônia, misturas de alquilbenzenos ou de alquilnaftalenos e benzeno), Celulose e Papel (-6,3%), Couro e Calçados (-4,1%) e Borracha e Plástico (-0,1%). De maneira preocupante, os dados do primeiro semestre de 2017 não registram sinal de recuperação da indústria baiana, pelo contrário. Em retrospecto, a produção industrial brasileira iniciou movimento de forte retração em meados de 2014 até março de 2016. Nesse período, a indústria baiana manteve um quadro de queda, mas de menor monta que a média nacional. No entanto, a partir de 2º semestre de 2016, a indústria brasileira passa a reagir, reduzindo as perdas acumuladas em períodos anteriores, mas, na contramão da recuperação da indústria nacional, a produção industrial da Bahia passou a apresentar forte declínio nos últimos meses de 2016. O desempenho negativo de negócios emblemáticos tem conduzido o agregado da indústria de transformação baiana para o último posto do ranking nacional. A produção industrial local tem sido bastante impactada pelos resultados do setor de refino, especialmente, já que detém 29% do VTI da indústria, e o de Metalurgia (4,3% do VTI). Ambos têm registrado expressivas quedas na produção. No panorama nacional, o governo Temer deverá enfrentar dificuldades para manter a agenda de competitividade e as reformas estruturais aguardadas pelo setor produtivo nacional. Já não é certo, por exemplo, a aprovação no Congresso da Reforma Previdenciária, necessária para o restabelecimento da confiança dos investidores e a construção de um padrão sustentado de crescimento da economia brasileira. De acordo com as informações do Banco Central (relatório Focus, 04 de agosto), as perspectivas para 2017 são: (i) inflação (IPCA) de 3,45%; (ii) crescimento de 0,81% na produção industrial; (iii) queda da taxa Selic para 7,5% no final do ano; e (iv) crescimento de 0,34% no PIB brasileiro.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Tabelas PIM-PF

Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)

Estados

Jun 17 / Jun 16

Jan-Jun 17 / Jan-Jun 16

Jul 16-Jun 17 / Jul 15-Jun 16

São Paulo

3,1

0,0

-1,2

Minas Gerais

2,6

-0,3

-1,5

-1,0

1,7

-0,6

Paraná

0,6

2,4

0,8

Rio Grande do Sul

2,1

1,9

-0,6

-0,8

3,3

1,1

-11,7

-7,5

-8,2

0,7

2,7

-1,2

-10,6

-5,0

-5,1

Espírito Santo

1,3

2,1

0,6

Goiás

0,1

1,4

-2,2

-2,8

0,6

-0,7

4,3

0,6

-1,3

-2,6

-3,4

-7,4

0,0

-0,2

-2,2

Rio de Janeiro

Santa Catarina Bahia Amazonas Pará

Pernambuco Ceará Mato Grosso Brasil Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Bahia: PIM-PF de Junho de 2017 (variação percentual) Jun 17 / Jun 16 Indústria de Transformação

Jan-Jun 17 / Jan-Jun 16

Jul 16-Jun 17 / Jul 15-Jun 16

-11,7

-7,5

-8,2

-15,3

-14,2

-19,7

-7,7

-1,4

-1,1

-13,4

16,7

14,5

5,7

0,2

2,6

Celulose e papel

-6,3

-2,4

-1,5

Borracha e plástico

-0,1

-1,8

-3,0

-38,6

-40,6

-29,9

-4,1

15,8

15,1

5,1

1,4

-6,3

Equipamentos de Informática

-58,5

-71,5

-48,3

Bebidas

-14,0

-14,2

-10,8

2,1

-8,6

-18,3

Refino de petróleo e biocombustíveis Produtos químicos Veículos automotores Alimentos

Metalurgia Couro e Calçados Minerais não metálicos

Extrativa Mineral Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Grรกficos PIM-PF

SUPERINTENDร NCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

5


Bahia: PIM-PF de Junho 2017 (variação percentual) Bebidas

-14,0

Equipamentos de Informática

-58,5

Minerais não metálicos

5,1

Couro e Calçados Metalurgia

-10,8

-14,2

-48,3

-71,5 -6,3

1,4

-4,1

-38,6

-40,6

Borracha e plástico

-0,1

Celulose e papel

-6,3

Alimentos Veículos automotores

Produtos químicos Refino de petróleo e biocombustíveis

-29,9

-1,8

-3,0

-2,4

-1,5

5,7

2,6

0,2

-13,4 -7,7

15,1

15,8

14,5

16,7 -1,1

-1,4

-15,3 -14,2

-19,7

Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Jun 17 / Jun 16) Variação do acumulada no ano (Jan - Jun 17 / Jan - Jun 16) Variação em 12 meses (Jul 16 - Jun 17 / Jul 15 - Jun 16)

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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ANEXO – Matriz da Indústria de Transformação Baiana

Fonte: Pesquisa Industrial Anual 2015. IBGE.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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