Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional A produção física da Indústria de Transformação da Bahia fechou o ano de 2020 com queda de 5,2%, ocupando a nona posição no ranking dos quatorze estados que participam da PIMPF. Os seguintes estados apresentaram queda no ano de 2020: Espírito Santo (-0,9%), Minas Gerais (-1,9%), Paraná (-2,6%), Santa Catarina (-4,4%), Amazonas (-5,0%), Mato Grosso (-5,2%), Rio Grande do Sul (-5,4%), São Paulo (-5,7%), Rio de Janeiro (-6,0%), Ceará (-6,2%) e Pará (-8,5%). Somente os seguintes estados apresentaram crescimento: Pernambuco (3,7%) e Goiás (0,2%). Na média, em 2020, a Indústria de Transformação nacional apresentou queda de 4,6%. Em relação à Indústria de Transformação baiana, seis dos onze segmentos analisados apresentaram queda em termos anualizados: Veículos automotores (-41,6%, menor produção de automóveis com motor a gasolina, álcool ou bicombustível, painéis ou quadros, bancos de metal, peças ou acessórios p/ o sistema de direção ou suspensão, silenciosos para veículos automotores), Metalurgia (-30,4%, barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre, fios de cobre refinado ou de ligas de cobre, ferromanganês), Couro e Calçados (-21,5%, tênis de material sintético, calçados femininos de couro, calçados moldados de borracha, calçados femininos de plástico moldado e calçados femininos de material sintético), Equipamentos de Informática (-18,9%, computadores pessoais de mesa, peças e acessórios p/ máqs. p/ processamento de dados e suas unidades periféricas e computadores pessoais portáteis), Borracha e Plástico (-10,1%, pneus novos p/ automóveis, camionetas e utilitários, chapas, folhas, tiras e lâminas de plástico reforçadas e estratificadas, filmes de material plástico p/ embalagem) e Minerais não metálicos (-3,7%, ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica p/ pavimentação ou revestimento esmaltados, massa de concreto, tijolos perfurados e outros tijolos de cerâmica). Por outro lado, cinco segmentos apresentaram crescimento na produção: Refino de petróleo e biocombustíveis, setor que representa 29,0% do VTI da Indústria de Transformação, vide gráfico em anexo (13,7%, óleos combustíveis e naftas para petroquímica), Celulose e Papel (7,5%, pastas químicas de madeira, caixas de papelão ondulado ou corrugado), Produtos Químicos (4,1%, polietileno linear, polietileno de alta densidade, etileno não-saturado, misturas de alquilbenzenos ou de alquilnaftalenos – indústria química registrou forte queda em novembro e dezembro de 2019, por efeito de
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paralisação ocorrida na planta da Braskem em Alagoas), Bebidas (2,8%, cervejas e chope) e Alimentos (1,4%, farinha de trigo, massas alimentícias secas, resíduos da extração de soja). Na comparação de dezembro de 2020 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou variação positiva de 0,8%, enquanto a indústria nacional cresceu 10,2%. Seis dos onze segmentos apresentaram crescimento na produção: Metalurgia (42,2%, barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre, fios de cobre refinado ou de ligas de cobre, ouro em formas brutas para usos não monetários, ferrocromo), Produtos Químicos (30,0%, etileno não-saturado, xilenos, propeno nãosaturado, benzeno, polietileno de alta densidade), Couro e Calçados (14,5%, tênis de material sintético, calçados moldados de borracha, calçados masculinos de plástico moldado, calçados infantis de plástico moldado, calçados femininos de plástico moldado), Bebidas (10,9%, cerveja, chope, refrigerante), Celulose e Papel (8,5%, pasta química de madeira e caixa de papelão, papel p/ usos na escrita, impressão e outros fins gráficos), Borracha e Plástico (7,7%, reservatórios, caixas-d'água, cisternas, piscinas e artef. semelhantes de plástico, filmes de material plástico, borracha misturada não vulcanizada em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras). Em sentido contrário: Alimentos (-16,0%, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, farinha de trigo, resíduos da extração de soja, óleo de soja refinado), Equipamentos de Informática (-15,2%, computadores pessoais de mesa, peças e acessórios p/ máqs. p/ processamento de dados e suas unidades periféricas), Refino de petróleo e biocombustíveis (-11,2%, óleo diesel, óleos combustíveis, gasolina automotiva, querosenes de aviação), Veículos automotores (-9,8%, automóveis com motor a gasolina, álcool ou bicombustível, bancos de metal para veículos automotores, peças ou acessórios p/ o sistema de direção ou suspensão, n.e., p/ veículos, silenciosos para veículos automotores), Minerais não metálicos (-3,7%, cimentos "Portland"). A crise global provocada pela pandemia do Covid-19 gerou impacto profundo na economia mundial, assim como na do Brasil em 2020. No âmbito da produção industrial, o primeiro momento da crise foi marcado por reduções ou mesmo paralisações na produção. No segundo semestre do ano, as maiores dificuldades passaram a ser na restrição da oferta e encarecimento dos insumos e matérias-primas industriais. Observando-se a trajetória da produção física da indústria de transformação baiana em 2020, em relação ao ano de 2019 (ver gráfico), vê-se forte queda entre os meses de abril e junho, e, aos poucos, uma recuperação da produção, aproximando-se do patamar de igual período do ano anterior.
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Vale salientar a importância das políticas emergenciais implementadas pelo Governo Federal, junto às empresas e, sobretudo, as pessoas mais necessitadas de baixa renda. Essas ações atenuaram os efeitos negativos da pandemia e as expectativas iniciais de uma queda na economia bem mais acentuada. Por fim, cabe destacar o profundo impacto causado pelo anúncio de encerramento das atividades industriais da FORD na Bahia. Trata-se da paralisação da quinta maior atividade industrial do Estado da Bahia, em termos de VTI – Valor da Transformação Industrial (5,4% do total). Desse modo, caso não se encontre no curto prazo um player substituto para esse parque produtivo, os resultados da produção industrial baiana em 2021 estarão seriamente prejudicados. Nesse sentido, entendemos que há clara necessidade de se trabalhar a melhoraria do ambiente de negócios local, de modo a viabilizar novos investimentos, seja para ampliação/modernização ou instalação de novas plantas industriais no estado. Conforme as últimas informações do Banco Central (relatório Focus, 05/02/2021), as expectativas de mercado para o 2021 são: (i) inflação (IPCA) de 3,60%; (ii) crescimento de 5,00% da produção industrial e (iii) crescimento de 3,47%% no PIB.
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Tabelas PIM-PF
Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)
Estados
Dez 20 / Dez 19
Jan 20-Dez 20 / Jan 19-Dez 19
São Paulo
17,5
-5,7
Minas Gerais
17,7
-1,9
2,4
-6,0
Paraná
19,0
-2,6
Rio Grande do Sul
19,7
-5,4
Santa Catarina
18,7
-4,4
0,8
-5,2
Amazonas
10,9
-5,0
Pará
-6,7
-8,5
Espírito Santo
19,8
-0,9
Goiás
-5,8
0,2
8,3
3,7
17,7
-6,2
1,2
-5,2
10,2
-4,6
Rio de Janeiro
Bahia
Pernambuco Ceará Mato Grosso Brasil Fonte: IBGE; elaboração FIEB/GEDI
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Bahia: PIM-PF de Dezembro de 2020 (variação percentual) Dez 20 / Dez 19 Indústria de Transformação
Jan 20-Dez 20 / Jan 19-Dez 19
0,8
-5,2
-11,2
13,7
30,0
4,1
-16,0
1,4
8,5
7,5
-9,8
-41,6
7,7
-10,1
Bebidas
10,9
2,8
Metalurgia
42,2
-30,4
Couro e Calçados
14,5
-21,5
Minerais não metálicos
-3,7
-3,7
-15,2
-18,9
-7,2
-6,7
Refino de petróleo e biocombustíveis Produtos químicos Alimentos Celulose e papel Veículos automotores Borracha e plástico
Equipamentos de Informática Extrativa Mineral Fonte: IBGE; elaboração FIEB/GEDI
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Gráficos PIM-PF
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Bahia: PIM-PF de Dezembro 2020 (variação percentual) Equipamentos de Informática Minerais não metálicos
-15,2
-18,9
-3,7
-3,7
Couro e Calçados
14,5
-21,5
Metalurgia Bebidas Borracha e plástico
42,2
-30,4
10,9
2,8
7,7
-10,1
Veículos automotores -9,8 Celulose e papel
Alimentos
-41,6 8,5
7,5
-16,0
Produtos químicos
1,4 30,0
Refino de petróleo e -11,2 biocombustíveis
4,1
13,7
Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Dez 20 / Dez 19) Variação do acumulada no ano (Jan - Dez 20 / Jan - Dez 19)
Fonte: IBGE – PIA 2018. Elaboração FIEB/GEDI.
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