Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional1
Julho de 2017
A produção física da Indústria de Transformação da Bahia apresentou queda de 7,5% no acumulado de 12 meses até maio de 2017, permanecendo na última posição no ranking dos quatorze estados que participam da PIM-PF. Os seguintes estados registraram resultados negativos:
Mato
Grosso
(-4,9%),
Pará
(-4,4%),
Goiás
(-2,2%),
Amazonas
(-2,1%), Minas Gerais (-2%), Ceará (-2%), São Paulo (-1,7%), Rio de Janeiro (-0,9%), Pernambuco (-0,9%) e Rio Grande do Sul (-0,6%). Os estados que apresentaram crescimento foram: Santa Catarina (1,3%), Paraná (0,3%) e Espírito Santo (0,1%). A Indústria de Transformação nacional apresentou queda de 2,6% no período analisado. Em relação à indústria baiana, quatro dos onze segmentos apresentaram crescimento em termos anualizados: Couro e Calçados (17,3%), Veículos automotores (14,8%), Alimentos (2,9%), e Produtos Químicos (0,1%). Por outro lado, os sete segmentos restantes sofreram redução da produção: Equipamentos de Informática (-46,4%), Metalurgia (-25,8%, em virtude de uma parada para manutenção da Paranapanema iniciada no fim de março), Refino de petróleo e biocombustíveis, setor que representa 29,0% do VTI da Indústria de Transformação, vide gráfico em anexo (-20,3%, devido a uma parada programada nos meses de janeiro e fevereiro nas unidades U-09 e U-18 da RLAM, além do crescimento da concorrência dos combustíveis importados), Minerais não metálicos (-7,4%), Borracha e Plástico (-3,3%), Celulose e Papel (-0,4%) e Bebidas (-0,3%). No acumulado de janeiro a maio de 2017, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou queda de 6,5%, enquanto a indústria nacional contabilizou retração de 0,3%. Apenas três dos onze segmentos industriais da Bahia apresentaram resultados positivos: Veículos Automotores (22,9%, aumento na produção de automóveis), Couro e Calçados (20,0%, maior produção de tênis de material sintético e calçados femininos de couro) e Minerais não metálicos (0,6%). No entanto, outros oito segmentos analisados sofreram queda: Equipamentos de Informática (-73,4%, retração na fabricação de gravador ou reprodutor de sinais de áudio/vídeo e computadores pessoais de mesa e portáteis), Metalurgia (-41%, queda na produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Refino de Petróleo e Biocombustíveis (-14%, redução na produção de óleo diesel,
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A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
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naftas para petroquímica e gasolina automotiva), Bebidas (-3%), Borracha e Plástico (-2,2%), Celulose e Papel (-1,6%, menor produção de pastas químicas de madeira), Alimentos (-1,3%) e Produtos Químicos (-0,1%). Na comparação de maio de 2017 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou queda de 0,9%, enquanto a indústria nacional contabilizou crescimento de 4,1%. Quatro dos onze segmentos apresentaram incremento: Couro e Calçados (54,1%, expressivo crescimento da produção de tênis de material sintético e calçados femininos de couro), Veículos Automotores (43,1%, aumento na fabricação de automóveis), Celulose e Papel (5,3%) e Alimentos (4,7%). Em sentido contrário, sete segmentos registraram queda: Equipamentos de Informática (-80%, queda na fabricação de gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo (DVD, home theater integrado e semelhantes, bem como computadores pessoais de mesa), Metalurgia (-41,8%, menor fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Bebidas (-27%), Produtos Químicos (-6,6%), Refino de petróleo e biocombustíveis (-4,4%), Minerais não metálicos (-2,9%) e Borracha e Plástico (-0,3%). A recuperação da indústria brasileira e, especialmente, da baiana está ameaçada. Do ponto de vista local, o quadro é preocupante e agravado pela extrema concentração setorial. O mau desempenho de negócios emblemáticos conduz o agregado da indústria de transformação baiana para o último posto do ranking nacional. A produção industrial local tem sido bastante impactada pelos resultados do setor de refino, que detém 29% do VTI da indústria, e o de Metalurgia (4,3% do VTI). Ambos têm apresentado quedas consecutivas na produção. No âmbito nacional, a crise política volta a se agravar, pondo em risco toda uma agenda de competitividade e as Reformas Estruturais aguardadas pelo setor produtivo nacional. Já não se pode contar com a aprovação no Congresso da Reforma Previdenciária, necessária para o restabelecimento da confiança dos investidores e a construção de um padrão sustentado de crescimento da economia brasileira. De acordo com as informações do Banco Central (relatório Focus, 07 de julho), as perspectivas para 2017 são: (i) inflação (IPCA) de 3,38%; (ii) crescimento de 0,84% na produção industrial; (iii) queda da taxa Selic para 8,25% no final do ano; e (iv) crescimento de 0,34% no PIB brasileiro.
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Tabelas PIM-PF
Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)
Estados
Mai 17 / Mai 16
Jan-Mai 17 / Jan-Mai 16
Jun 16-Mai 17 / Jun 15-Mai 16
São Paulo
4,3
-0,6
-1,7
Minas Gerais
2,3
-1,2
-2,0
Rio de Janeiro
2,4
2,4
-0,9
Paraná
7,5
3,0
0,3
Rio Grande do Sul
7,5
1,9
-0,6
Santa Catarina
9,5
4,3
1,3
-0,9
-6,5
-7,5
1,0
3,0
-2,1
-1,6
-3,7
-4,4
1,6
2,3
0,1
Goiás
-1,1
1,4
-2,2
Pernambuco
-3,2
1,3
-0,9
7,4
-0,2
-2,0
-3,6
-1,4
-4,9
4,1
-0,3
-2,6
Bahia Amazonas Pará Espírito Santo
Ceará Mato Grosso Brasil Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
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Bahia: PIM-PF de Maio de 2017 (variação percentual) Mai 17 / Mai 16
Jan-Mai 17 / Jan-Mai 16
Jun 16-Mai 17 / Jun 15-Mai 16
Indústria de Transformação
-0,9
-6,5
-7,5
Refino de petróleo e biocombustíveis
-4,4
-14,0
-20,3
Produtos químicos
-6,6
-0,1
0,1
Veículos automotores
43,1
22,9
14,8
Alimentos
4,7
-1,3
2,9
Celulose e papel
5,3
-1,6
-0,4
-0,3
-2,2
-3,3
-41,8
-41,0
-25,8
Couro e Calçados
54,1
20,0
17,3
Minerais não metálicos
-2,9
0,6
-7,4
Equipamentos de Informática
-80,0
-73,4
-46,4
Bebidas
-27,0
-3,0
-0,3
-1,3
-10,5
-20,4
Borracha e plástico Metalurgia
Extrativa Mineral Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
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Gráficos PIM-PF
Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)
Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)
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Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)
Bahia: PIM-PF de Maio 2017 (variação percentual) Bebidas
-27,0
Equipamentos de Informática
-80,0
Minerais não metálicos
-2,9
Couro e Calçados Metalurgia
-46,4
-73,4 -7,4
0,6
54,1
-41,0
-0,3
Celulose e papel
Refino de petróleo e biocombustíveis
-3,3
-0,4
-1,6
4,7
Veículos automotores
-25,8
-2,2 5,3
Alimentos
Produtos químicos
17,3
20,0
-41,8
Borracha e plástico
-0,3
-3,0
2,9
-1,3 43,1
-6,6
14,8
22,9 0,1
-0,1
-4,4 -14,0
-20,3
Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Abr 17 / Abr 16) Variação do acumulada no ano (Jan 17 - Abr 17) Variação em 12 meses (Mai 16 - Abr 17 / Mai 15 - Abr 16)
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ANEXO – Matriz da Indústria de Transformação Baiana
Fonte: Pesquisa Industrial Anual 2015. IBGE.
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