Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional1
Janeiro de 2017
A produção física da Indústria de Transformação da Bahia apresentou queda de 6,3%, em janeiro de 2017, no acumulado de 12 meses, e ocupou a penúltima posição no ranking dos quatorze estados que participaram da PIM PF-R. Treze estados registraram resultados negativos: Mato Grosso (-0,4%), Santa Catarina (-2,0%), Minas Gerais (-3,2%), Paraná (-3,2%), Goiás (-3,7%), Rio Grande do Sul (-3,9%), Ceará (-4,1%), São Paulo (-4,2%), Pará e Rio de Janeiro (-4,9%), Pernambuco (-5,5%), Bahia (-6,3%) e Amazonas (-8,0%). O Estado do Espírito Santo não apresentou variação nesse comparativo de 12 meses. Desse modo, a Indústria de Transformação nacional registrou queda de 5,2% no período analisado. Na Bahia, seis dos onze segmentos apresentaram queda: Equipamentos de Informática (-26,4%), Minerais não metálicos (-16,0%), Refino de petróleo e biocombustíveis, setor que representa 31,5% do VTI da Indústria de Transformação, vide gráfico em anexo (-15,7%, devido a uma parada não programada da unidade de craqueamento catalítico de resíduos U-39 durante todo o mês de julho e a uma parada programada nos meses de dezembro e janeiro na unidades U-09 e U-18), Veículos automotores (-10,6%, baixa demanda do mercado interno de automóveis), Borracha e Plástico (-4,7%) e Metalurgia (-3,5%). Os segmentos que apresentaram crescimento, foram: Bebidas (8,2%), Couro e Calçados (7,3%), Alimentos (3,3%), Celulose e Papel (2,6%) e Produtos Químicos (1,6%). Na comparação de janeiro de 2017 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou queda de 15,3%, enquanto a indústria nacional contabilizou retração de 0,3%. Sete dos onze segmentos industriais da Bahia apresentaram resultados negativos: Equipamentos de Informática (-69,7%, menor produção de gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo), Veículos Automotores (-38,0%, retração da produção de automóveis influenciada pelo período de férias entre dezembro e janeiro), Metalurgia (-32,4%, barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Refino de Petróleo e Biocombustíveis (-21,9%, realizada parada programada para manutenção que reduziu a produção de óleo diesel, óleos combustíveis e naftas para petroquímica), Borracha e Plástico (-6,1%, menor produção de tubos ou canos de plástico para construção civil, pneus novos usados em ônibus e caminhões e reservatórios, caixas d’água, cisternas, piscinas e artefatos semelhantes de plástico), Alimentos (-5,9%, produção de tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, óleo de soja em bruto e carnes de bovinos
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A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.
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frescas ou refrigeradas) e Produtos Químicos (-0,4%). Apresentaram resultados positivos: Couro e Calçados (18,5%, maior produção pelo aumento na produção de tênis de material sintético), Minerais não metálicos (13,0%, massa de concreto preparada para construção, ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica para pavimentação ou revestimento e cimentos “Portland”), Celulose e Papel (4,0%, maior produção e pastas químicas de madeira) e Bebidas (2,9% produção de refrigerantes). Tendo em conta a economia da Bahia, a instabilidade econômica e política também implicou no aumento do desemprego, redução da renda e consumo das famílias, e queda da produção industrial. Os setores industriais brasileiro e baiano enfrentaram um ano de grande dificuldade em 2016 com o desaquecimento do mercado interno. Entretanto, o ciclo de redução da taxa de juros, queda da inflação e a ligeira melhora da confiança dos empresários e consumidores são indicativos da possibilidade de retomada do crescimento. Importante a tomada de decisão quanto às medidas de ajuste fiscal e às reformas na Previdência e trabalhista, associada aos investimentos em infraestrutura, para que o ciclo econômico ascendente seja sustentado no longo prazo. A expectativa para 2017 é que, assim como no Brasil, a economia baiana apresente uma branda melhora, com os níveis de atividade da economia sendo retomados de forma gradual e lenta. Conforme informações do Banco Central (relatório Focus), as perspectivas para 2017 são: (i) inflação de 4,19%; (ii) crescimento de 1,22% na produção industrial; (iii) queda da taxa Selic para 9,0%; e (iv) crescimento de 0,48% no PIB brasileiro.
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Tabelas PIM-PF
Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)
Estados São Paulo
Jan 17 / Jan 16
Fev 16-Jan 17 / Fev 15-Jan 16
1,2
-4,2
-1,5
-3,2
Rio de Janeiro
0,4
-4,9
Paraná
4,0
-3,2
-4,1
-3,9
5,7
-2,0
-15,3
-6,3
Amazonas
8,8
-8,0
Pará
0,9
-4,9
15,6
0,0
9,2
-3,7
14,2
-5,5
0,3
-4,1
Mato Grosso
13,4
-0,4
Brasil
-0,3
-5,2
Minas Gerais
Rio Grande do Sul Santa Catarina Bahia
Espírito Santo Goiás Pernambuco Ceará
Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
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Bahia: PIM-PF de Janeiro de 2017 (variação percentual) Jan 17 / Jan 16 Indústria de Transformação
Fev 16-Jan 17 / Fev 15-Jan 16
-15,3
-6,3
-21,9
-15,7
-0,4
1,6
-38,0
-10,6
-5,9
3,3
4,0
2,6
-6,1
-4,7
-32,4
-3,5
Couro e Calçados
18,5
7,3
Minerais não metálicos
13,0
-16,0
-69,7
-26,4
2,9
8,2
-19,6
-23,0
Refino de petróleo e biocombustíveis Produtos químicos Veículos automotores Alimentos Celulose e papel Borracha e plástico Metalurgia
Equipamentos de Informática Bebidas Extrativa Mineral Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
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Gráficos PIM-PF
Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)
Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)
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Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)
Bahia: PIM-PF de Janeiro 2017 (variação percentual)
Bebidas
8,2
2,9
Equipamentos de Informática
-69,7
Minerais não metálicos
-26,4
-16,0 13,0
Couro e Calçados
7,3
18,5
Metalurgia
Borracha e plástico
-3,5 -32,4
-4,7 -6,1
Celulose e papel
2,6
Alimentos
4,0
Veículos automotores Produtos químicos Refino de petróleo e…
-5,9
3,3
-10,6
-38,0
-21,9
1,6
-15,7
Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação do acumulada no ano (Jan 17 / Jan 16) Variação em 12 meses (Dez 16 - Jan 17 / Dez 15 - Jan 16)
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ANEXO – Matriz da Indústria de Transformação Baiana
Fonte: Pesquisa Industrial Anual 2014. IBGE.
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