Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional A produção física da Indústria de Transformação da Bahia registrou queda de 10,8% em agosto de 2021 (acumulado de 12 meses), ocupando a última posição no ranking dos quatorze estados que participam da PIM-PF. Além da Bahia, os seguintes estados registraram desempenho negativo: Pará (-10,3%); Mato Grosso (-6,3%) e Goiás (-3,8%). Os seguintes estados apresentaram crescimento: Espírito Santo (21,4%); Santa Catarina (16,9%); Amazonas (15,6%); Ceará (13,4%); Paraná (13,2%); Minas Gerais (13,0%); Rio Grande do Sul (12,9%); São Paulo (9,9%); Pernambuco (5,7%) e Rio de Janeiro (3,1%). Na média, a Indústria de Transformação nacional apresentou crescimento de 8,4%. Em relação à Indústria de Transformação baiana, cinco dos onze segmentos analisados apresentaram queda: Veículos automotores (-60,1%), Refino de petróleo e biocombustíveis (-22,1%), Metalurgia (-5,3%), Celulose e Papel (-2,2%) e Minerais não metálicos (-1,3%). Em sentido contrário, os seguintes setores registraram crescimento: Couro e Calçados (26,0%), Produtos Químicos (16,3%), Borracha e Plástico (11,7%), Bebidas (3,4%), Alimentos (0,5%) e Equipamentos de Informática (0,4%). No acumulado de janeiro a agosto de 2021, a produção física da Indústria de Transformação baiana caiu 16,0% (maior queda entre os 14 estados), enquanto a indústria nacional cresceu 10,4%. A referida queda decorreu do resultado dos seguintes setores: Veículos automotores (-94,0%, encerramento da produção no complexo Ford Camaçari), Refino de petróleo e biocombustíveis (-30,8%, óleos combustíveis, óleo diesel, naftas para petroquímica, parafina, gasolina automotiva), Celulose e Papel (-6,8%, pastas químicas de madeira, processo sulfato, branqueadas ou não), Metalurgia (-5,0%, barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Bebidas (-0,9%, refrigerantes) e Minerais não metálicos (-0,1%, cimentos "Portland"). Em sentido contrário, apresentaram crescimento: Couro e Calçados (42,9%, calçados femininos de plástico moldado, calçados moldados de borracha, calçados infantis de plástico moldado), Equipamentos de Informática (19,8%, computadores pessoais de mesa, peças e acessórios p/ máqs. p/ processamento de dados e suas unidades periféricas, computadores pessoais portáteis, ), Borracha e plástico (17,2%, pneus novos p/ automóveis, camionetas e utilitários, borracha misturada não vulcanizada em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras, pneus novos p/ caminhões e ônibus), Produtos Químicos (12,7%,
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princípios ativos para herbicidas acrilonitrila, etileno não-saturado, propeno não-saturado, dióxidos de titânio) e Alimentos (0,9%, açúcar cristal, cacau ou chocolate em pó s/ açúcar ou edulcorantes, pasta de cacau). Na comparação de agosto de 2021 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana caiu 14,7%, enquanto a indústria nacional caiu 0,5%. Apresentaram retração: Veículos automotores (-96,1%, automóveis com motor a gasolina, painéis ou quadros para instrumentos dos veículos automotores, bancos de metal para veículos automotores, peças ou acessórios p/ o sistema de direção ou suspensão e silenciosos para veículos automotores), Bebidas (-21,5%, cervejas e chope, refrigerantes), Refino de petróleo e biocombustíveis, setor que representa 31% do VTI da Indústria de Transformação baiana, vide gráfico em anexo (-18,1%, interrupção por causas externas afetou a produção de óleos combustíveis, óleo diesel, parafina), Borracha e Plástico (-11,2%, sacos, sacolas e bolsas de plástico p/ embalagem ou transporte, filmes de material plástico p/ embalagem, reservatórios, caixas-d'água, cisternas, piscinas e artef. semelhantes de plástico, chapas, folhas, tiras e lâminas de plástico reforçadas e estratificadas), Alimentos (-5,9%, açúcar cristal, farinha de trigo, leite em pó), Produtos Químicos (-1,9%, policloreto de vinila, adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio, polietileno de alta densidade) e Minerais não metálicos (-0,1%, cimentos "Portland", argamassas). Os seguintes segmentos registraram crescimento na produção: Equipamentos de Informática (160,0%, computadores pessoais de mesa, peças e acessórios p/ máqs. p/ processamento de dados e suas unidades periféricas, computadores pessoais portáteis), Couro e Calçados (52,0%, tênis de material sintético, calçados masculinos de couro), Celulose e Papel (38,1%, pastas químicas de madeira, processo sulfato, branqueadas ou não, caixas de papelão ondulado ou corrugado, papel p/ usos na escrita, impressão e outros fins gráficos) e Metalurgia (15,1%, fios de cobre refinado ou de ligas de cobre, barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre, ouro em formas brutas para usos não monetários, ferrocromo). A Indústria de Transformação baiana continua a registrar em agosto o pior resultado do país, no acumulado de 12 meses (-10,8%) e no período de janeiro a agosto de 2021 (-16,0%). Os referidos resultados estão sendo influenciados pelo encerramento das atividades do complexo Ford Camaçari, que anulou a produção do que se tratava o sétimo maior setor industrial do estado, com 5,0% do VTI da Indústria de Transformação (gráfico, em anexo), bem como por
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parada para manutenção e interrupções no segmento de Refino que provocou importante redução na produção do setor. A indústria nacional tem sido afetada pela falta de insumos, alta nos preços das matériasprimas e do custo da energia elétrica, além do menor poder de compra das famílias. Os efeitos da pandemia sobre a cadeia produtiva persistem e o cenário para os próximos meses continua desafiador. No sentido de incrementar a competitividade das empresas e da economia nacional, o setor produtivo cobra a continuidade da agenda de reformas estruturais no Congresso, com destaque para a Tributária e Administrativa. Conforme as últimas informações do Banco Central (relatório Focus de 01/10/2021), as expectativas de mercado para o ano são: (i) inflação (IPCA) de 8,51%; e (ii) crescimento de 5,04% no PIB.
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Tabelas PIM-PF
Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)
Estados
Ago 21 / Ago 20
Jan - Ago 21 / Jan - Ago 20
Set 20 - Ago 21 / Set 19 - Ago 20
São Paulo
0,8
12,5
9,9
Minas Gerais
6,0
15,3
13,0
Rio de Janeiro
7,3
7,7
3,1
Paraná
8,6
15,1
13,2
-1,5
15,0
12,9
5,8
20,5
16,9
-14,7
-16,0
-10,8
-1,4
18,2
15,6
-19,2
-9,1
-10,3
Espírito Santo
12,5
25,9
21,4
Goiás
-4,8
-4,7
-3,8
-13,5
4,2
5,7
Ceará
-5,5
16,3
13,4
Mato Grosso
-2,1
-4,7
-6,3
Brasil
-0,5
10,4
8,4
Rio Grande do Sul Santa Catarina Bahia Amazonas Pará
Pernambuco
Fonte: IBGE; elaboração FIEB/GEDI
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Bahia: PIM-PF de Agosto de 2021 (variação percentual) Jan - Ago 21 / Jan - Ago 20
Set 20 - Ago 21 / Set 19 - Ago 20
-14,7
-16,0
-10,8
-18,1
-30,8
-22,1
Produtos químicos
-1,9
12,7
16,3
Alimentos
-5,9
0,9
0,5
Celulose e papel
38,1
-6,8
-2,2
Veículos automotores
-96,1
-94,0
-60,1
Borracha e plástico
-11,2
17,2
11,7
Bebidas
-21,5
-0,9
3,4
Metalurgia
15,1
-5,0
-5,3
Couro e Calçados
52,0
42,9
26,0
Minerais não metálicos
-0,1
-0,1
-1,3
160,0
19,8
0,4
4,5
8,7
2,8
Ago 21 / Ago 20 Indústria de Transformação Refino de petróleo e biocombustíveis
Equipamentos de Informática Extrativa Mineral Fonte: IBGE; elaboração FIEB/GEDI
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Gráficos PIM-PF
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Bahia: PIM-PF de Agosto 2021 (variação percentual) Equipamentos de Informática Minerais não metálicos
160,0
-0,1
Couro e Calçados
Borracha e plástico
Refino de petróleo e biocombustíveis
-5,3
-5,0
-21,5
3,4
-0,9
-11,2
11,7
17,2 -60,1
-94,0 38,1
Celulose e papel
Produtos químicos
26,0
42,9
15,1
Veículos automotores -96,1
Alimentos
-1,3
-0,1
52,0
Metalurgia Bebidas
0,4
19,8
-2,2
-6,8 -5,9
0,5
0,9 -1,9
16,3
12,7
-18,1
-30,8
Variação mensal (Ago 21 / Ago 20) Variação do acumulada no ano (Jan - Ago 21 / Jan - Ago 20) Variação em 12 meses (Set 20 - Ago 21 / Set 19 - Ago 20)
Fonte: IBGE – PIA 2019. Elaboração FIEB/GEDI.
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