Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional1
Agosto de 2015
Em agosto de 2015, a taxa anualizada da produção física da Indústria de Transformação da Bahia foi de -3,2%, contra um resultado registrado em julho de 2015 de -4,1%. Assim, a Bahia ficou no 6º lugar do ranking dos quatorze estados que participam da PIMPF-R, do qual apenas dois apresentaram desempenho positivo: Mato Grosso (2,5%) e Espírito Santo (1,2%). Os outros estados registraram resultados negativos: Amazonas (-13,5%), São Paulo (-9%), Rio de Janeiro (-8,8%), Minas Gerais (-7,5%), Rio Grande do Sul (-7,4%), Ceará (-7,3%), Paraná (-6,7%), Santa Catarina (-5,2%), Bahia (-3,2%), Pernambuco (2,6%), Pará (-2,1%) e Goiás (-0,9%). Na Bahia, dos onze segmentos pesquisados, apenas cinco apresentaram resultados positivos: Veículos automotores (28,1%), Couro e Calçados (4,1%), Celulose e papel (2,8%), Produtos químicos (2,2%) e Borracha e plástico (1,1%). Em sentido contrário, apresentaram retração os segmentos: Equipamentos de Informática (-58,4%), Metalurgia (-19%), Refino de petróleo e biocombustíveis (-9,9%), Minerais não metálicos (-8%), Bebidas (-6,3%) e Alimentos (-1,6%). Na comparação de agosto de 2015 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou crescimento de 3,4%. Seis dos onze segmentos industriais da Bahia apresentaram resultados positivos: Veículos automotores (39,3% impulsionado pela maior fabricação de automóveis), Bebidas (20,2%, aumento na produção de cervejas e chope), Celulose e papel (5,7%, maior produção de maior produção de pastas químicas de madeira), Alimentos (4,8%, aumento na produção de cacau ou chocolate em pó e manteiga, gordura e óleo de cacau), Couro e Calçados (4,4%) e Refino de petróleo e biocombustíveis (0,6%, aumento na produção de óleo diesel e naftas para petroquímica). Apresentaram resultados negativos: Equipamentos de Informática (-52,4%), Minerais não metálicos (-10,7%, menor produção de cimentos “Portland”, massa de concreto para construção, ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica para pavimentação ou revestimento e argamassas ou outros aglomerantes não refratários), Produtos químicos (-2,6%, queda na produção de polietileno de alta densidade, policloreto 1
A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.
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de vinila (PVC), etileno não saturado e princípios ativos para herbicidas), Borracha e plástico (-0,8%) e Metalurgia (-0,3%). Tendo em conta o acumulado nos oito primeiros meses deste ano, em comparação a igual período de 2014, verifica-se uma queda de 5,9% na produção da Indústria de Transformação baiana. Tal desempenho foi determinado pelo resultado dos seguintes segmentos: Equipamentos de Informática (-63,9%, de computadores pessoais de mesa (PC desktops) e gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo - DVD, home theather e semelhantes), Metalurgia (-19,2%, menor fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre, lingotes, blocos e placas de aços ao carbono, vergalhões de aços ao carbono e fio-máquina de aços ao carbono), Refino de petróleo e biocombustíveis (16%, menor produção de óleos combustíveis, óleo diesel, gasolina automotiva e naftas para petroquímica), Minerais não metálicos (-9,4%), Bebidas (-9,3%), Produtos químicos (3,6%, queda na produção de polietileno de alta densidade (PEAD), policloreto de vinila (PVC), amoníaco e ureia) e Alimentos (-3,6%, menor produção de farinha de trigo, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas e açúcar cristal). Apresentaram resultado positivo: Veículos automotores (34,1%, maior produção de automóveis e painéis para instrumentos de veículos automotores), Celulose e papel (3,8%), Couro e Calçados (3,6%) e Borracha e plástico (0,6%). O setor industrial (brasileiro e baiano) registra um período bastante desaquecido, refletindo sobretudo uma conjuntura doméstica de retração econômica. Do ponto de vista estadual, o desempenho negativo de agosto ainda é reflexo dos resultados negativos dos segmentos de refino de petróleo e biocombustíveis, metalurgia e minerais não metálicos. Por outro lado, cumpre registrar o movimento de recuperação do segmento de Automóveis (+28,1% no acumulado do ano), após o bem sucedido lançamento de novo modelo de carro (além da operação de fábrica de motores). Quanto às perspectivas para 2015, há poucos elementos para uma recuperação expressiva da indústria nacional. A estimativa de mercado é de queda da atividade industrial de 6,5% (relatório do Banco Central) este ano, e em 2016 (-0,29%). Alguns indicadores ilustram as dificuldades enfrentadas pela economia nacional: (i) inflação elevada (o IPCA acumula alta de 7,48% no ano até setembro e 9,49% em 12 meses, contra um teto de meta de inflação de 6,5% para todo o ano de 2015); (ii) constante elevação da taxa de juros, com a Selic já alcançando 14,25%; e (iii) crescimento do desemprego – segundo a PME (Pesquisa Mensal
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de Emprego – IBGE), em agosto de 2015, a taxa de desemprego foi de 7,6%, acima da verificada em julho de 2014 (7,5%), para o conjunto de seis regiões metropolitanas investigadas. No caso específico da Região Metropolitana de Salvador, a taxa passou de 9,3%, em agosto de 2014, para 12,4%, em agosto de 2015 (+3,1 pp). Por outro lado, a depreciação do Real pode ser um alento para o setor exportador.
Data: 09/10/2015
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Tabelas PIM-PF
Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)
Estados São Paulo
Ago 15 / Ago 14
Jan-Ago 15 / Jan-Ago 14
Set 14 -Ago 15 / Set 13-Ago 14
-12,9
-9,7
-9,0
Minas Gerais
-6,6
-9,2
-7,5
Rio de Janeiro
-7,1
-9,6
-8,8
Paraná
-11,4
-7,6
-6,7
Rio Grande do Sul
-12,6
-10,0
-7,4
-7,5
-6,8
-5,2
3,4
-5,9
-3,2
-14,6
-15,5
-13,5
-4,8
-1,6
-2,1
-10,8
3,6
1,2
Goiás
-8,1
-3,5
-0,9
Pernambuco
-6,7
-2,7
-2,6
-10,8
-9,2
-7,3
6,4
1,2
2,5
-10,6
-8,8
-7,4
Santa Catarina Bahia Amazonas Pará Espírito Santo
Ceará Mato Grosso Brasil Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
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Bahia: PIM-PF de Agosto 2015 (variação percentual) Ago 15 / Ago 14
Jan-Ago 15 / Jan-Ago 14
Set 14 -Ago 15 / Set 13-Ago 14
Indústria de Transformação
3,4
-5,9
-3,2
Refino de petróleo e biocombustíveis
0,6
-16,0
-9,9
Produtos químicos
-2,6
-3,6
2,2
Veículos automotores
39,3
34,1
28,1
Alimentos
4,8
-3,6
-1,6
Celulose e papel
5,7
3,8
2,8
Borracha e plástico
-0,8
0,6
1,1
Metalurgia
-0,3
-19,2
-19,0
4,4
3,6
4,1
Minerais não metálicos
-10,7
-9,4
-8,0
Equipamentos de Informática
-52,4
-63,9
-58,4
Bebidas
20,2
-9,3
-6,3
Extrativa Mineral
-7,7
-5,0
-4,6
Couro e Calçados
Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
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Gráficos PIM-PF
Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)
Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)
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Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)
Bahia: PIM-PF de Agosto 2015 (variação percentual) Bebidas
20,2
-6,3
-9,3 -58,4
Equipamentos de Informática
-63,9
-52,4
Minerais não metálicos
-10,7
-8,0
-9,4
Couro e Calçados
4,4
Metalurgia
-0,3
Borracha e plástico
-0,8
4,1
3,6
-19,2 -19,0
Celulose e papel
5,7
Alimentos
4,8
Veículos automotores Produtos químicos
1,1
3,8
2,8
-1,6
-3,6 39,3
-2,6
Refino de petróleo e biocombustíveis
0,6
28,1
34,1 2,2
-3,6 0,6 -16,0
-9,9
Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Ago 15 / Ago 14) Variação do acumulada no ano (Jan-Ago 15 / Jan-Ago 14) Variação em 12 meses (Set 14 - Ago 15 / Set 13 - Ago 14)
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