Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional1
Outubro de 2017
A produção física da Indústria de Transformação da Bahia apresentou queda de 4,7% no acumulado de 12 meses até agosto de 2017 (uma evolução, comparando-se com o resultado negativo de 5,9% do mês anterior), dividindo desta vez a última posição com o Estado do Pará no ranking dos quatorze estados que participam da PIM-PF. Além da Bahia, os seguintes estados registraram resultados negativos: Pará (-4,7%), Mato Grosso (-3,0%), Goiás (-1,8%), Minas Gerais (-0,9%), Ceará (-0,4%) e Pernambuco (-0,2%). Os estados que apresentaram crescimento foram: Paraná (3,0%), Santa Catarina (2,3%), Espírito Santo (1,7%), Rio Grande do Sul (0,4%), São Paulo (0,4%) e Amazonas (0,4%). O Estado do Rio de Janeiro apresentou estabilidade no comparativo (0,0%). Na média, a Indústria de Transformação nacional apresentou queda de 0,7% no período em análise. Em relação à Indústria de Transformação baiana, cinco dos onze segmentos analisados apresentaram crescimento em termos anualizados: Veículos automotores (21,8%), Couro e Calçados (13,2%), Celulose e Papel (3,0%), Alimentos (2,3%) e Borracha e Plástico (2,2%). Por outro lado, os seis segmentos restantes sofreram redução da produção: Equipamentos de Informática (-47,3%), Metalurgia (-30,9%, em virtude de uma parada para manutenção da Paranapanema iniciada no fim de março), Refino de petróleo e biocombustíveis, setor que representa 29,0% do VTI da Indústria de Transformação, vide gráfico em anexo (-13,4%, devido a uma parada programada nos meses de janeiro e fevereiro nas unidades U-09 e U-18 da RLAM, além do crescimento da concorrência dos combustíveis importados), Bebidas (-5,5%), Minerais não metálicos (-5,0%) e Produtos Químicos (-0,7%). No acumulado do ano até agosto de 2017, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou retração de 3,9% (ante -5,1% no mês passado), enquanto a indústria nacional contabilizou crescimento de 0,8%. Cinco segmentos industrias da Bahia apresentaram queda: Equipamentos de Informática (-67,2%), Metalurgia (-34,7%, menor fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Refino de Petróleo e Biocombustíveis (-9,0%, redução na produção de óleo diesel, naftas para petroquímica e óleos combustíveis), Bebidas (-4,3%) e Produtos Químicos (-0,6%). Por outro lado, seis 1
A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
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segmentos apresentaram crescimento: Veículos Automotores (17,5%, aumento na produção de automóveis), Couro e Calçados (11,4 %), Borracha e Plástico (5,5%), Celulose e Papel (1,3%), Alimentos (1,3%) e Minerais não metálicos (0,1%). Na comparação de agosto de 2017 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou crescimento de 4,1%, enquanto a indústria nacional registrou alta de 4,2%. Seis segmentos apresentaram incremento: Veículos Automotores (18,2%, maior produção de automóveis e painéis para instrumentos dos veículos automotores), Borracha e Plástico (11,9%, crescimento da produção pneus novos usados em automóveis, ônibus e caminhões e filmes de material plástico para embalagem), Bebidas (10,5%), Produtos Químicos (5,0%, explicado pela maior produção de misturas de alquilbenzenos ou de alquilnaftalenos, polietileno linear e soda cáustica), Refino de petróleo e biocombustíveis (2,6%, maior produção de gasolina automotiva e óleo diesel) e Celulose e Papel (0,4%). Em sentido contrário, cinco segmentos registraram queda: Equipamentos de Informática (-50,0%, menor produção de gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo (DVDs)), Couro e Calçados (-5,5%, menor produção de calçados de material sintético e de couro femininos), Metalurgia (-2,1%), Minerais não metálicos (-1,0%) e Alimentos (-0,1%). Após dois meses consecutivos de alta na produção, a indústria baiana registra alguns sinais de recuperação, apesar de ainda permanecer, junto com o Pará, na última posição do ranking nacional numa avaliação anualizada (12 meses). O agregado da indústria sofre especialmente com os resultados negativos do setor de Refino e Metalurgia, que representam 33,3% do VTI da Indústria de Transformação local. De outro lado, a produção industrial brasileira, como um todo, vem retomando a passos graduais melhores resultados, devendo fechar o ano com resultado positivo. Mesmo com sinais visíveis de retomada da economia, do ponto de vista político, o governo federal enfrenta grandes dificuldades em perseguir a agenda de competitividade e as reformas estruturais aguardadas pelo setor produtivo nacional. De acordo com as informações do Banco Central (relatório Focus, 06 de outubro), as perspectivas para 2017 são: (i) inflação (IPCA) de 2,98%; (ii) crescimento de 1,18% na produção industrial; (iii) queda da taxa Selic para 7,00% no final do ano; e (iv) crescimento de 0,7% no PIB brasileiro.
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
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Tabelas PIM-PF
Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)
Estados
Ago 17 / Ago 16
Jan-Ago 17 / Set 16-Ago 17 / Jan-Ago 16 Set 15-Ago 16
São Paulo
6,6
1,5
0,4
Minas Gerais
2,7
0,1
-0,9
Rio de Janeiro
0,1
0,0
0,0
Paraná
8,8
4,6
3,0
-2,0
1,1
0,4
Santa Catarina
5,0
3,7
2,3
Bahia
4,1
-3,9
-4,7
Amazonas
6,0
2,7
0,4
-3,2
-4,3
-4,7
Espírito Santo
8,7
2,7
1,7
Goiás
2,4
1,4
-1,8
Pernambuco
0,2
0,3
-0,2
Ceará
4,6
1,4
-0,4
15,8
1,3
-3,0
4,2
0,8
-0,7
Rio Grande do Sul
Pará
Mato Grosso Brasil Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
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Bahia: PIM-PF de Agosto de 2017 (variação percentual) Ago 17 / Ago 16
Jan-Ago 17 / Set 16-Ago 17 / Jan-Ago 16 Set 15-Ago 16
Indústria de Transformação
4,1
-3,9
-4,7
Refino de petróleo e biocombustíveis
2,6
-9,0
-13,4
Produtos químicos
5,0
-0,6
-0,7
Veículos automotores
18,2
17,5
21,8
Alimentos
-0,1
1,3
2,3
0,4
1,3
3,0
Borracha e plástico
11,9
5,5
2,2
Metalurgia
-2,1
-34,7
-30,9
Couro e Calçados
-5,5
11,4
13,2
Minerais não metálicos
-1,0
0,1
-5,0
-50,0
-67,2
-47,3
Bebidas
10,5
-4,3
-5,5
Extrativa Mineral
14,0
-4,2
-13,0
Celulose e papel
Equipamentos de Informática
Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
4
-15
Brasil
Bahia
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
ago/17
jul/17
jun/17
mai/17
abr/17
mar/17
fev/17
jan/17
dez/16
nov/16
out/16
set/16
ago/16
jul/16
jun/16
mai/16
abr/16
mar/16
fev/16
jan/16
dez/15
nov/15
out/15
set/15
ago/15
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
dez/14
nov/14
out/14
set/14
ago/14
jul/14
jun/14
mai/14
abr/14
mar/14
fev/14
jan/14
dez/13
nov/13
out/13
set/13
ago/13
jul/13
jun/13
mai/13
abr/13
mar/13
fev/13
jan/13
Gráficos PIM-PF
PIM-PF Indústria de Transformação: Brasil x Bahia x São Paulo
15 (taxas acumuladas em 12 meses)
10
5
0
0,4
-0,7
-5
-4,7
-10
São Paulo
5
Bahia - Produção Física da Indústria de Transformação (2015 - 2017) 120 110 100 90 80 70 60 Jan
Fev
Mar
Abr
Mai 2015
Jun
Jul 2016
Ago 2017
Set
Out
Nov
Dez
Bahia: PIM-PF de Agosto 2017 (variação percentual) Bebidas
17,2
Equipamentos de Informática
-44,3
Minerais não metálicos Couro e Calçados
-47,3
-67,2
-2,5
-5,0
0,1
5,0
Metalurgia
-5,5
-4,3
13,2
11,4
-20,7
-34,7
Borracha e plástico
21,4
Celulose e papel Alimentos
Refino de petróleo e biocombustíveis
2,2
5,5
28,9
4,1
Veículos automotores
Produtos químicos
-30,9
38,2 3,1
1,3
3,0
1,3
2,3
21,8
17,5
-0,6
21,5 -9,0
-0,7
-13,4
Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Ago 17 / Jul 16) Variação do acumulada no ano (Jan - Ago 17 / Jan - Ago 16) Variação em 12 meses (Set 16 - Ago 17 / Set 15 - Ago 16)
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ANEXO – Matriz da Indústria de Transformação Baiana
Fonte: Pesquisa Industrial Anual 2015. IBGE.
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