Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional A produção física da Indústria de Transformação da Bahia registrou queda de 9,9% em julho de 2021 (acumulado de 12 meses), ocupando a última posição no ranking dos quatorze estados que participam da PIM-PF. Além da Bahia, os seguintes estados registraram desempenho negativo: Pará (-9,3%); Mato Grosso (-6,9%) e Goiás (-2,7%). Os seguintes estados apresentaram crescimento: Espírito Santo (21,0%); Santa Catarina (16,3%); Amazonas (16,1%); Ceará (14,6%); Rio Grande do Sul (12,9%); Minas Gerais (12,4%); Paraná (11,5%); São Paulo (9,2%); Pernambuco (7,1%) e Rio de Janeiro (2,5%). Na média, a Indústria de Transformação nacional apresentou crescimento de 8,2%. Em relação à Indústria de Transformação baiana, seis dos onze segmentos analisados apresentaram queda: Veículos automotores (-53,0%), Refino de petróleo e biocombustíveis (-19,6%), Metalurgia (-12,9%), Equipamentos de Informática (-11,7%), Celulose e Papel (-5,8%) e Minerais não metálicos (-1,2%). Em sentido contrário, os seguintes setores registraram crescimento: Couro e Calçados (17,8%), Produtos Químicos (18,9%), Borracha e Plástico (13,6%), Bebidas (7,5%), e Alimentos (2,3%). Na comparação de julho de 2021 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana caiu 13,2%, enquanto a indústria nacional cresceu 1,8%. Apresentaram retração: Veículos automotores (-94,5%, automóveis com motor a gasolina, painéis ou quadros para instrumentos dos veículos automotores, bancos de metal para veículos automotores, peças ou acessórios p/ o sistema de direção ou suspensão e silenciosos para veículos automotores), Celulose e Papel (-42,8%, produção de pastas químicas de madeira), Bebidas (-17,5%, cervejas e chope, refrigerantes), Minerais não metálicos (12,7%, cimentos "Portland", elementos pré-fabricados para construção civil de cimento ou concreto), Produtos Químicos (-8,7%, polietileno linear, princípios ativos para herbicidas. adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio, etileno não-saturado), Refino de petróleo e biocombustíveis, setor que representa 31,0% do VTI da Indústria de Transformação baiana, vide gráfico em anexo (-5,6%, óleos combustíveis, gasolina automotiva, parafina), Equipamentos de Informática (-1,4%, computadores pessoais de mesa, grav. ou reprod. de sinais de áudio e vídeo). Os seguintes segmentos registraram crescimento na produção: Metalurgia (37,1%, barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas
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de cobre, fios de cobre refinado ou de ligas de cobre, ouro em formas brutas para usos não monetários), Couro e Calçados (23,9%, calçados moldados de borracha, calçados femininos de plástico moldado, calçados masculinos de couro), Alimentos (13,4%, açúcar cristal, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, cacau ou chocolate em pó s/ açúcar ou edulcorantes), Borracha e Plástico (2,0%, pneus novos p/ automóveis, camionetas e utilitários). Na comparação de janeiro a julho de 2021 com igual período do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana caiu 16,2% (maior queda entre os 14 estados), enquanto a indústria nacional cresceu 12,4%. A referida queda decorreu do resultado dos seguintes setores: Veículos automotores (-93,5%, encerramento da produção no complexo Ford Camaçari), Refino de petróleo e biocombustíveis (-32,7%, ocorrência de parada para manutenção que afetou a produção de óleos combustíveis, óleo diesel, naftas para petroquímica, parafina, gasolina automotiva), Celulose e Papel (-11,7%, pastas químicas de madeira, processo sulfato, branqueadas ou não), Metalurgia (-7,3%, barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre, ferromanganês), Minerais não metálicos (-0,2%, cimentos "Portland"). Em sentido contrário, apresentaram crescimento: Couro e Calçados (41,3%, tênis de material sintético, calçados femininos/infantis/masculinos de plástico moldado, calçados moldados de borracha), Borracha e plástico (23,0%, pneus novos p/ automóveis, camionetas e utilitários, borracha misturada não vulcanizada em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras, pneus novos p/ caminhões e ônibus), Produtos Químicos (15,1%, acrilonitrila, princípios ativos para herbicidas, etileno não-saturado, propeno não-saturado, policloreto de vinila), Equipamentos de Informática (9,0%, peças e acessórios p/ máqs. p/ processamento de dados e suas unidades periféricas, computadores pessoais de mesa, computadores pessoais portáteis), Bebidas (3,0%, cervejas e chope e águas minerais naturais) e Alimentos (2,2%, açúcar cristal, cacau ou chocolate em pó s/ açúcar ou edulcorantes, pasta de cacau). A Indústria de Transformação baiana continua a registrar em julho o pior resultado do país, no acumulado de 12 meses (-9,9%) e no período de janeiro a julho de 2021 (-16,2%). Os referidos resultados estão sendo influenciados pelo encerramento das atividades do complexo Ford Camaçari, que anulou a produção do que se tratava o quinto maior setor industrial do estado, com 5,0% do VTI da Indústria de Transformação (gráfico, em anexo), bem como por parada para manutenção ocorrida na RLAM que provocou redução expressiva na produção do setor de refino na primeira metade do ano (31,0% do VTI da Indústria de Transformação
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baiana). Ademais, a parada de uma planta do segmento de Celulose e Papel, responsável por 9,3% do VTI da Indústria de Transformação da Bahia, reforçou os resultados negativos em todos os comparativos percentuais (mês, ano e 12 meses). Para 2021, o mercado continua a estimar uma recuperação econômica, com a flexibilização das medidas de isolamento, avanço da vacinação e, consequente, controle da pandemia. O setor produtivo do país também espera a continuidade da agenda de reformas estruturais, com destaque para a Tributária e Administrativa. Conforme as últimas informações do Banco Central (relatório Focus de 03/09/2021), as expectativas de mercado para o ano são: (i) inflação (IPCA) de 7,58%; (ii) crescimento de 6,28% da produção industrial e (iii) crescimento de 5,15% no PIB.
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Tabelas PIM-PF
Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)
Estados
Jul 21 / Jul 20
Jan - Jul 21 / Jan - Jul 20
Ago 20 - Jul 21 / Ago 19 - Jul 20
São Paulo
1,3
14,7
9,2
Minas Gerais
8,3
16,9
12,4
Rio de Janeiro
9,2
7,9
2,5
Paraná
8,2
16,2
11,5
Rio Grande do Sul
2,4
17,7
12,9
Santa Catarina
7,8
23,1
16,3
-13,2
-16,2
-9,9
-8,5
22,2
16,1
-19,2
-7,5
-9,3
Espírito Santo
21,8
28,2
21,0
Goiás
-4,6
-4,7
-2,7
Pernambuco
-8,6
5,9
7,1
Ceará
-3,2
20,9
14,6
Mato Grosso
-3,1
-5,0
-6,9
1,8
12,4
8,2
Bahia Amazonas Pará
Brasil Fonte: IBGE; elaboração FIEB/GEDI
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Bahia: PIM-PF de Julho de 2021 (variação percentual) Jan - Jul 21 / Jan - Jul 20
Ago 20 - Jul 21 / Ago 19 - Jul 20
-13,2
-16,2
-9,9
Refino de petróleo e biocombustíveis
-5,6
-32,7
-19,6
Produtos químicos
-8,7
15,1
16,9
Alimentos
13,4
2,2
2,3
Celulose e papel
-42,8
-11,7
-5,8
Veículos automotores
-94,5
-93,5
-53,0
2,0
23,0
13,6
-17,5
3,0
7,5
Metalurgia
37,1
-7,3
-12,9
Couro e Calçados
23,9
41,3
17,8
-12,7
-0,2
-1,2
Equipamentos de Informática
-1,4
9,0
-11,7
Extrativa Mineral
9,4
9,3
1,5
Jul 21 / Jul 20 Indústria de Transformação
Borracha e plástico Bebidas
Minerais não metálicos
Fonte: IBGE; elaboração FIEB/GEDI
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Gráficos PIM-PF
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Bahia: PIM-PF de Julho 2021 (variação percentual) Equipamentos de Informática
-1,4
Minerais não metálicos
-12,7
23,9
Metalurgia
37,1
Veículos automotores
3,0
13,6
-53,0
-93,5 -42,8
-5,8
-11,7
Alimentos
Refino de petróleo e biocombustíveis
7,5
23,0
-94,5
Produtos químicos
-12,9
-7,3
2,0
Celulose e papel
17,8
41,3
-17,5
Borracha e plástico
-1,2
-0,2
Couro e Calçados
Bebidas
-11,7
9,0
13,4
2,3
2,2
-8,7
16,9
15,1
-5,6
-32,7
Variação mensal (Jul 21 / Jul 20) Variação do acumulada no ano (Jan - Jul 21 / Jan - Jul 20) Variação em 12 meses (Ago 20 - Jul 21 / Ago 19 - Jul 20)
Fonte: IBGE – PIA 2019. Elaboração FIEB/GEDI.
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