Nota PIM - Novembro 2017 (ref setembro 17)

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Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional1

Novembro de 2017

A produção física da Indústria de Transformação da Bahia apresentou queda de 3,8% no acumulado de 12 meses até setembro de 2017 (uma evolução, comparando-se com o resultado negativo de 4,7% do mês anterior), ocupando a penúltima posição no ranking dos quatorze estados que participam da PIM-PF, à frente somente do Pará. Além da Bahia, os seguintes estados registraram resultados negativos: Pará (-4,8%), Minas Gerais (-1,3%), Goiás (-0,6%), Mato Grosso (-0,3%) e Pernambuco (-0,1%). Os estados que apresentaram crescimento foram: Paraná (4,6%), Santa Catarina (2,5%), Amazonas (2,3%), Rio de Janeiro (1,7%), Espírito Santo (1,4%), São Paulo (0,9%), Ceará (0,5%) e Rio Grande do Sul (0,4%). Na média, a Indústria de Transformação nacional apresentou ligeira queda de 0,2% no período em análise. Em relação à Indústria de Transformação baiana, cinco dos onze segmentos analisados apresentaram crescimento em termos anualizados: Veículos automotores (19,5%), Couro e Calçados (10,7%), Borracha e Plástico (3,2%), Celulose e Papel (2,5%) e Alimentos (1,2%). Por outro lado, os seis segmentos restantes sofreram redução da produção: Equipamentos de Informática (-49,7%), Metalurgia (-27,4%, em virtude de uma parada para manutenção da Paranapanema iniciada no fim de março), Refino de petróleo e biocombustíveis, setor que representa 29,0% do VTI da Indústria de Transformação, vide gráfico em anexo (-10,8%, devido a uma parada programada nos meses de janeiro e fevereiro nas unidades U-09 e U-18 da RLAM, além do crescimento da concorrência dos combustíveis importados), Minerais não metálicos (-4,1%), Bebidas (-3,8%) e Produtos Químicos (-1,9%). No acumulado do ano até setembro de 2017, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou retração de 3,0% (ante -3,9% no mês passado), enquanto a indústria nacional contabilizou crescimento de 0,9%. Seis segmentos industriais da Bahia apresentaram queda: Equipamentos de Informática (-67,8%), Metalurgia (-30,5%, menor fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Refino de Petróleo e Biocombustíveis (-7,8%, redução na produção de óleo diesel, naftas para petroquímica e óleos combustíveis), Bebidas (-2,7%), Produtos Químicos (-1,4%) e 1

A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Minerais não Metálicos (-0,5%). Por outro lado, cinco segmentos apresentaram crescimento: Veículos Automotores (19,2%, aumento na produção de automóveis), Couro e Calçados (9,3%), Borracha e Plástico (6,0%), Alimentos (1,4%) e Celulose e Papel (0,6%). Na comparação de setembro de 2017 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou crescimento de 4,2%, enquanto a indústria nacional registrou alta de 2,7%. Seis segmentos apresentaram incremento: Veículos Automotores (30,6%, maior produção de automóveis e painéis para instrumentos dos veículos automotores), Metalurgia (19,7%, num possível sinal de recuperação), Bebidas (10,7%), Borracha e Plástico (8,9%, crescimento da produção pneus novos usados em automóveis, ônibus e caminhões e filmes de material plástico para embalagem), Refino de petróleo e biocombustíveis (2,8%, maior produção de gasolina automotiva e óleo diesel) e Alimentos

(2,6%).

Em

sentido

contrário,

cinco

segmentos

registraram

queda:

Equipamentos de Informática (-73,1%, menor produção de gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo (DVDs)), Produtos Químicos (-7,2%), Couro e Calçados (-5,6%, menor produção de calçados de material sintético e de couro femininos), Minerais não metálicos (-5,2%) e Celulose e Papel (-4,8%). A indústria baiana registra sinais de lenta recuperação de sua produção no ranking nacional anualizado. A produção industrial local tem sido bastante impactada pelos resultados do setor de refino, especialmente, já que detém 29% do VTI da indústria, e o de Metalurgia (4,3% do VTI). Ambos têm registrado expressivas quedas na produção. A indústria nacional como um todo vem se recuperando a passos mais céleres e a expectativa é positiva para o fechamento de 2017. O aspecto político vem dificultando a retomada efetiva da economia brasileira e, especialmente, o cumprimento de toda uma agenda de competitividade e reformas estruturais até então previstas. De acordo com as informações do Banco Central (relatório Focus, 03 de novembro), as perspectivas para 2017 são: (i) inflação (IPCA) de 3,08%; (ii) crescimento de 2,0% na produção industrial; (iii) queda da taxa Selic para 7,00% no final do ano; e (iv) crescimento de 0,73% no PIB brasileiro.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Tabelas PIM-PF

Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)

Estados São Paulo

Set 17 / Set 16

Jan-Set 17 / Jan-Set 16

Out 16-Set 17 / Out 15-Set 16

5,1

2,0

0,9

Minas Gerais

-1,4

-0,1

-1,3

Rio de Janeiro

17,8

1,8

1,7

9,0

5,1

4,6

-5,1

0,9

0,4

Santa Catarina

2,5

3,6

2,5

Bahia

4,2

-3,0

-3,8

Amazonas

7,5

3,3

2,3

Pará

0,4

-5,0

-4,8

-1,9

2,2

1,4

7,2

2,3

-0,6

-4,1

-0,1

-0,1

Ceará

3,3

1,6

0,5

Mato Grosso

4,5

2,1

-0,3

Brasil

2,7

0,9

-0,2

Paraná Rio Grande do Sul

Espírito Santo Goiás Pernambuco

Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Bahia: PIM-PF de Setembro de 2017 (variação percentual) Set 17 / Set 16

Jan-Set 17 / Jan-Set 16

Out 16-Set 17 / Out 15-Set 16

Indústria de Transformação

4,2

-3,0

-3,8

Refino de petróleo e biocombustíveis

2,8

-7,8

-10,8

Produtos químicos

-7,2

-1,4

-1,9

Veículos automotores

30,6

19,2

19,5

2,6

1,4

1,2

-4,8

0,6

2,5

8,9

6,0

3,2

Metalurgia

19,7

-30,5

-27,4

Couro e Calçados

-5,6

9,3

10,7

Minerais não metálicos

-5,2

-0,5

-4,1

-73,1

-67,8

-49,7

Bebidas

10,7

-2,7

-3,8

Extrativa Mineral

14,0

-2,5

-9,8

Alimentos Celulose e papel Borracha e plástico

Equipamentos de Informática

Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Grรกficos PIM-PF

SUPERINTENDร NCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Bahia: PIM-PF de Setembro 2017 (variação percentual) Bebidas

10,7

Equipamentos de Informática

Minerais não metálicos

-73,1

-0,5 -5,6

Metalurgia

19,7

Borracha e plástico

Refino de petróleo e biocombustíveis

-30,5

10,7

-27,4 3,2

6,0

-4,8

2,6

Veículos automotores

-4,1

9,3

8,9

Alimentos

Produtos químicos

-49,7

-67,8

-5,2

Couro e Calçados

Celulose e papel

-3,8

-2,7

30,6 -7,2

0,6

2,5

1,4

1,2

19,5

19,2

-1,4 2,8

-7,8

-1,9

-10,8

Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Set 17 / Set 16) Variação do acumulada no ano (Jan - Set 17 / Jan - Set 16) Variação em 12 meses (Out 16 - Set 17 / Out 15 - Set 16)

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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ANEXO – Matriz da Indústria de Transformação Baiana

Fonte: Pesquisa Industrial Anual 2015. IBGE.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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