NOTA PIM - Junho 2016

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Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional1

Abril de 2016

A produção física da Indústria de Transformação da Bahia apresentou queda de 1,6%, na comparação dos últimos 12 meses, terminados em abril, com igual período anterior, após o decréscimo (-2,8%) registrado em março. Com esse resultado, a Bahia passa do 4º para o 3º lugar no ranking dos quatorze estados que participam da PIM PF-R, do qual apenas Mato Grosso apresentou resultado positivo (3,6%). Os demais estados registraram resultados negativos: Amazonas (-19,2%), São Paulo (-12,2), Pernambuco (-12,1%), Rio de Janeiro (-11,5%), Rio Grande do Sul (-10,9%), Minas Gerais (-9,6%), Ceará (-9,3%), Paraná (-9,3%), Santa Catarina (-8,4%), Pará (-6,9%), Goiás (-2,7%), Bahia (-1,6%) e Espírito Santo (-0,5%). Na Bahia, apenas quatro dos onze segmentos pesquisados registraram crescimento: Metalurgia (5,9%, barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Bebidas (5,2%), Refino de petróleo e biocombustíveis (4,6%, maior fabricação de óleo diesel, gasolina automotiva e óleos combustíveis) e Celulose e Papel (0,4%). Apresentaram resultados negativos: Equipamentos de Informática (-40,9%, redução da produção de computadores pessoais portáteis - laptops, notebooks, handhelds, tablets e semelhantes, computadores pessoais de mesa e gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo - DVD, home theater integrado e semelhantes), Veículos automotores (-15,8%, menor produção de automóveis e painéis para instrumentos dos veículos automotores), Minerais não metálicos (-12,2%, queda na fabricação de massa de concreto preparada para construção, cimentos “Portland”, argamassas e ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica para pavimentação ou revestimento), Produtos químicos (-3,5%), Alimentos (-2,8%), Borracha e plástico (-2,5%, menor produção de pneus novos de borracha para ônibus e caminhões, reservatórios, caixas d’água e artefatos semelhantes de plástico, filmes de material plástico para embalagem e sacos, sacolas e bolsas de plástico) e Couro e Calçados (-2,2%). Na comparação de abril de 2016 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou aumento de 0,3%. Seis dos onze 1

A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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segmentos industriais da Bahia apresentaram resultados positivos: Metalurgia (38,8%, maior produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Bebidas (24,2%), Celulose e papel (21,7%, aumento na produção de pastas químicas de madeira), Alimentos (7%, incremento na fabricação de farinha de trigo, leite em pó, biscoitos e manteiga, gordura e óleo de cacau), Produtos químicos (4,2%, maior fabricação de amoníaco, ureia, policloreto de vinila - PVC, misturas de alquilbenzenos e propeno) e Couro e Calçados (0,7%). Apresentaram resultados negativos: Veículos automotores (-31,2%, menor fabricação de automóveis), Equipamentos de Informática (-30,9%), Minerais não metálicos (-12,1%), Refino de petróleo e biocombustíveis (-1,1%, menor produção de óleos combustíveis e naftas para petroquímica) e Borracha e plástico (-0,5%). A indústria foi um dos setores que primeiro começou a sofrer com a crise econômica. O consumo das famílias em baixa e a falta de investimentos contribuíram para os resultados negativos. A crise política tem sua parcela de responsabilidade neste cenário ruim. No âmbito setorial, o desempenho no ano é reflexo dos resultados negativos de alguns segmentos, com destaque para Veículos Automotores, Produtos Químicos e Alimentos. O setor Refino de Petróleo e Biocombustíveis (por conta de uma parada para manutenção no início de 2015) apresenta resultado positivo na análise anualizada. A recuperação da indústria brasileira ocorrerá de forma lenta nos próximos anos, visto que no curto prazo há poucos elementos que indiquem uma retomada. O acumulado de 2016 ainda reflete as dificuldades observadas em 2015, seguindo uma tendência de continuidade dessa baixa. A estimativa de mercado é de queda da produção industrial este ano (-5,90%) e de modesto crescimento só em 2017 (+1,00%), de acordo com informações do Banco Central (relatório Focus). Alguns indicadores ilustram as dificuldades enfrentadas pela economia nacional: (i) inflação elevada (o IPCA acumulou alta de 9,32% em maio deste ano, contra um teto de meta de inflação de 6,5% para o ano); (ii) patamar elevado da taxa de juros, com a Selic mantida em 14,25%; e (iii) crescimento do desemprego – segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Estimativa Trimestral, do IBGE), em março de 2016, a taxa de desemprego foi de 10,9%. Por outro lado, a depreciação do Real pode ser um alento para o setor exportador.

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Tabelas PIM-PF

Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual)

Estados São Paulo

Abr 16 / Abr 15

Jan-Abr 16 / Mai 15-Abr 16 / Jan-Abr 15 Mai 14-Abr 15

-2,6

-11,0

-12,2

0,0

-7,6

-9,5

Rio de Janeiro

-7,9

-10,1

-11,5

Paraná

-7,5

-8,4

-9,3

Rio Grande do Sul

-7,5

-7,0

-10,9

Santa Catarina

-5,9

-8,0

-8,5

0,3

3,9

-1,6

Amazonas

-22,6

-23,0

-19,1

Pará

-10,3

-8,8

-7,0

Espírito Santo

-5,6

-1,9

-0,5

Goiás

-4,2

-8,4

-2,6

Pernambuco

-7,9

-22,1

-11,1

Ceará

-0,6

-6,7

-9,3

2,0

5,3

3,6

-5,8

-9,8

-10,3

Minas Gerais

Bahia

Mato Grosso Brasil Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Bahia: PIM-PF de Abril 2016 (variação percentual) Abr 16 / Abr 15

Jan-Abr 16 / Mai 15-Abr 16 / Jan-Abr 15 Mai 14-Abr 15

Indústria de Transformação

0,3

3,9

-1,6

Refino de petróleo e biocombustíveis

-1,1

26,7

4,6

4,2

1,4

-3,5

-31,2

-31,6

-15,8

7,0

-0,1

-2,8

Celulose e papel

21,7

2,5

0,4

Borracha e plástico

-0,5

-6,3

-2,4

Metalurgia

38,8

25,3

5,9

0,7

-0,9

-2,2

Minerais não metálicos

-12,1

-17,0

-12,5

Equipamentos de Informática

-30,9

-2,9

-42,3

24,2

12,1

5,2

-24,0

-19,7

-11,8

Produtos químicos Veículos automotores Alimentos

Couro e Calçados

Bebidas Extrativa Mineral Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Gráficos PIM-PF

Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)

Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14)

Bahia: PIM-PF de Abril 2016 (variação percentual) Bebidas Equipamentos de Informática

24,2

5,2

12,1

-30,9

-42,3

-2,9

Minerais não metálicos

-12,1

-12,5

-17,0

Couro e Calçados

0,7

-2,2

-0,9

Metalurgia

38,8

25,3 5,9

Borracha e plástico

-0,5

Celulose e papel

21,7

Alimentos Veículos automotores

-2,4

-6,3

0,4

2,5

7,0

-2,8

-0,1

-31,2

Produtos químicos Refino de petróleo e biocombustíveis

-15,8

-31,6

4,2

-3,5

1,4

-1,1 26,7

4,6

Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Mar 16 / Mar 15) Variação do acumulada no ano (Jan-Mar 16 / Jan-Mar 15) Variação em 12 meses (Abr 15 - Mar 16 / Abr 14 - Mar 15)

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL

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