A experiência de Goiás em aliança público-privada para adensamento da cadeia automotiva by Sistema FIEG

PROGRAMA DE APOIO A INICIATIVAS DE COMPETITIVIDADE LOCAL

A EXPERIÊNCIA DE GOIÁS EM ALIANÇA PÚBLICO-PRIVADA PARA ADENSAMENTO DA CADEIA AUTOMOTIVA

Fundo Multilateral de Investimento Membro do Grupo BID

PROGRAMA DE APOIO A INICIATIVAS DE COMPETITIVIDADE LOCAL

A EXPERIÊNCIA DE GOIÁS EM ALIANÇA PÚBLICO-PRIVADA PARA ADENSAMENTO DA CADEIA AUTOMOTIVA

Goiânia-GO 2014

Confederação Nacional da Indústria (CNI) Robson Braga de Andrade Presidente Carlos Eduardo Abijaodi Diretor de Desenvolvimento Industrial e Diretor do Programa de Apoio a Iniciativas de Competitividade Local Diego Bonomo Gerente Executivo de Comércio Exterior e Gerente do Programa Michele Mamede Faiad Especialista e Coordenadora Nacional do Programa

Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) Ismael Gílio Especialista do Fundo Multilateral de Investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Fomin/BID)

Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG) Pedro Alves de Oliveira Presidente José Eduardo de Andrade Neto Superintendente da FIEG Welington da Silva Vieira Coordenador Técnico da FIEG Paulo Vargas Diretor Regional do SENAI e Superintendente do SESI em Goiás Walmir Pereira Telles Coordenador de Projetos do SENAI Goiás

Programa de Apoio a Iniciativas de Competitividade Local – A Experiência de Goiás em Aliança Público-Privada para Adensamento da Cadeia Automotiva Dehovan Lima Redação e Edição Janaina Staciarini e Corrêa Colaboração Jorge Del Bianco Projeto gráfico, capa, ilustrações e diagramação Alex Malheiros, Weimer Carvalho, Janaina Staciarini e Corrêa Fotos Nelson Aníbal Lesme Orué e Johanna Guevara Tradução de texto Geuza Lídia da Silva Normalização

Ficha catalográfica F474p Federação das Indústrias do Estado de Goiás-FIEG Programa de apoio a iniciativas de competitividade local: a experiência de Goiás em aliança público-privada para adensamento da cadeia automotiva / FIEG __ Goiânia, 2014. 44 p. 1. Indústria automobilística. 2. Competitividade. 3. Inovação. 4. Parcerias. 5. Estado de Goiás. I. Autor. II. Título CDD - 629

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APRESENTAÇÃO

Interação público-privada, pilar do desenvolvimento sustentável �� 5

OPINIÃO

Desenvolvimento Territorial, Inovação e Política Industrial (*) ��6

PROGRAMA DE APOIO A INICIATIVAS DE COMPETITIVIDADE LOCAL / DIAGNÓSTICO INICIAL

Indústria automotiva goiana, entre avanços e entraves �� 11 Perfil do setor automotivo em Goiás / série histórica �� 12 Crescimento exige política industrial vigorosa �� 14 Isolamento e falta de mão de obra são entraves �� 15

PROGRAMA DE APOIO A INICIATIVAS DE COMPETITIVIDADE LOCAL / AS PRIMEIRAS AÇÕES

Ação público-privada começa com perspectivas animadoras ��17 Parceria italiana inspira ideia do Instituto SENAI de Tecnologia �� 18 SENAI, da formação de mão de obra ao Instituto de Automação �� 19 PROSPECÇÃO

Missão Ásia abre perspectivas de negócios �� 21 Novos horizontes para setor plástico �� 22 EMPRESAS E GOVERNOS

Mitsubishi destaca projeto CNI/BID e aposta em condomínio industrial ��23 Desenvolvimento de fornecedores inclui SGQ e BSC �� 26 Projeto antecipa criação de parque tecnológico em Anápolis �� 28 Governo anuncia instalação de câmara de testes em Catalão �� 30 TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS

FIEG aponta avanço no desenvolvimento de cultura industrial ��32 Atração de investimentos ��32 Inovação em projeto de cobertura de caminhões �� 33 Perspectiva de investimentos de R$ 3,622 bilhões até 2015 ��35 O PARQUE AUTOMOTIVO

Das primeiras L200 à produção de 4 famílias de veículos no Cerrado ��35 Suzuki coloca Itumbiara no eixo produtivo �� 37 Hyundai lança ix35, o 4º modelo produzido em Anápolis �� 38 John Deere aposta no produtor �� 39 OPINIÃO

A promoção do Desenvolvimento Territorial no Contexto da CNI & FIEG �� 40

GLOSSÁRIO �� 42 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ��44

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PEDRO ALVES DE OLIVEIRA Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG)

Interação público-privada, pilar do desenvolvimento sustentável

raças ao ideal comum, à sintonia e parceria entre iniciativa privada e poder público, Goiás – antes considerado um Estado essencialmente agropastoril – construiu um parque industrial diversificado e descentralizado, em perene atualização e expansão, fortalecendo uma economia que, em muitos sentidos, se habituou a crescer mais do que a média nacional.

de Goiás por performance ainda melhor. O Programa de Apoio a Iniciativas de Competitividade Local CNI/BID, baseado na interação público-privada, é uma aposta oportuna dentro da atuação pioneira do Sistema Indústria pela transformação do Estado e pela implantação de uma política industrial que promova todas as cadeias produtivas goianas, valorizando suas potencialidades, descobrindo novas vocações, interligando os diferentes elos, disseminando a inovação tecnológica e fortalecendo a educação profissional. A estratégia mobiliza todo o Sistema FIEG – Federação, SESI, SENAI, IEL e ICQ Brasil –, iniciativa privada e poder público, em parceria mantida com empresas, governo do Estado e prefeituras das cidades-polos da indústria automotiva e região de seu entorno. Esse é um exemplo de iniciativas que exigem pressa, engajamento dos atores da cadeia produtiva, a exemplo do indispensável investimento em logística de transporte, gargalo que precisamos superar para destravar o crescimento socioeconômico. Nesse caso, a expectativa maior fica por conta do Projeto Centro-Oeste Competitivo, iniciativa do setor produtivo pela qual a FIEG se empenha, em meio à perspectiva criada pelo início de operações da Ferrovia Norte-Sul. 

Movido principalmente por dois programas de incentivo – Fomentar e Produzir –, Goiás produz cada vez mais alimentos e automóveis, produtos metalúrgicos e equipamentos médicos, produtos farmacêuticos, peles, atomatados, carnes bovina, suína e aves, derivados de soja, álcool, massas, biscoitos, bebidas e minérios. Indiscutivelmente, a chegada da indústria automobilística a Goiás foi um avanço extraordinário em direção à tecnologia, geração de empregos e ao prestígio econômico e social. Mas aquela foi a fase de apenas montagem, com participação modestíssima de peças realmente fabricadas no Brasil, algo em torno de 0,3%. Hoje, o valor da transformação industrial já alcança 6,5% a 7,2%, o que, convenhamos, ainda é muito pouco, daí o empenho permanente da Federação das Indústrias do Estado

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gratificante para mim, na qualidade de um humilde assessor europeu do FOMIN/BID, constatar o importante êxito alcançado pelo Programa de Apoio à Competitividade Local impulsionado pela CNI com apoio do FOMIN/BID, êxito que está fundamentado, em minha opinião, em dois fatores determinantes e numa sólida base de sustentação.

FRANCISCO ALBURQUERQUE

Assessor Regional da Agenda de Desenvolvimento Econômico Local do FOMIN/BID, doutor em economia, professor de universidade e pesquisador do Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha. Foi Diretor da Direção de Desenvolvimento e Gestão Local do Instituto Latino-Americano e do Caribe de Planejamento Econômico e Social (ILPES) do Sistema CEPAL das Nações Unidas

De um lado, o programa seguiu um desenho inteligente, que partiu da convicção de que a competitividade empresarial não é possível sem a melhora simultânea das condições do entorno territorial, com o propósito de que a criação de aspectos positivos no território (infraestrutura completa, abastecimento de água e energia, mercado de trabalho local qualificado, eficiente gestão de resíduos, sistema local de inovação, entre outros bens públicos) possa fortalecer a produtividade total e construir uma base interna sólida de vantagens competitivas. Tudo isso ainda pode impulsionar, como tem acontecido nesta ocasião, processos de aprendizagem entre os próprios atores territoriais integrantes das coalizões ou parcerias público-privadas impulsionadas pelo programa, que tornam possível continuar o avanço

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do desenvolvimento industrial e a inovação territorial no Brasil. De outro lado, o programa tem contado com a força das parcerias público-privadas comprometidas, entre as quais cabe citar três das “hélices” dos motores do desenvolvimento territorial, isto é, a coordenação dos governos territoriais (municipal e estadual), o setor privado empresarial e financeiro e o setor de conhecimento. É necessário sinalizar que o Brasil soube manter em sua história recente a força de seu Sistema Indústria (CNI, FIEG, SESI, SENAI, IEL, ICQ Brasil) em uma aliança importante entre o setor privado e o setor público com a participação ativa das empresas e governos estaduais e municipais, que constituem uma base de sustentação como garantia para o êxito dos programas de desenvolvimento industrial e territorial. Como se sabe, a competência empresarial não tem lugar somente através da redução de custos de produção, mas sim mediante a melhoria de produtividade e a incorporação de elementos de qualidade e inovação no contexto produtivo e empresarial e no respectivo entorno territorial. Existe uma profunda relação entre a mudança tecnológica, a introdução

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de inovações sociais, institucionais e de meio ambiente, o aumento da produtividade dos fatores, e o crescimento econômico. Por isso, não são suficientes nem as políticas de fomento do empreendedorismo nem a inserção em cadeias de valor globais, se tudo o que foi apontado não estiver acompanhado fundamentalmente de um enfoque de desenvolvimento territorial capaz de construir uma base interna sólida para sustentar as propostas competitivas de uma região ou de um território determinado. De fato, a inovação territorial requer um conjunto de organizações interconectadas, entre os quais se encontram as empresas, os governos territoriais, as universidades, os centros de PD&I, laboratórios, as incubadoras de empresas, os parques industriais ou tecnológicos, etc. Entre essas organizações, há uma divisão de trabalho, sendo a coordenação um aspecto fundamental, que se realiza através de redes, comissões de coordenação, reuniões periódicas e outros instrumentos. Assim, a inovação e difusão de inovações são elementos fundamentais do processo de mudança, o que mostra as prioridades para uma política de inovação, que não se limita somente a uma política de desenvolvimento tecnológico, uma vez que é necessário realizar mudanças sociais e institucionais internamente (no território), para dispor de uma “capacidade social” suficiente para

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ÎÎ Em Anápolis, Francisco Alburquerque (centro) visita Centro Tecnológico Automotivo do SENAI aproveitar e adaptar as tecnologias. Nesse enfoque sistêmico, a empresa deixa de se ver de forma individual para visualizar o conjunto formado pelos demais elementos com os quais interage (e dos que depende) no desenvolvimento de suas capacidades produtivas. É a cooperação e as relações de colaboração entre os atores o que explica a eficácia do conjunto e dos diferentes atores ou elementos individuais. A construção de vantagem competitiva depende, portanto, da capacidade de inovação e melhoria contínua do ambiente produtivo e entorno institucional de cada território, sua base de recursos humanos qualificados, a difusão de conhecimento e o avanço em direção à fronteira de uma terceira revolução industrial, que implica no desafio de uma produção mais limpa e desenvolvimento ambientalmente sustentável. Essa construção de vantagens competitivas se sustenta, essencialmente, em um esforço coletivo que deve ser feito para assegurar a aquisição das competências necessárias em educação ambiental, formação profis-

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sional, pesquisa e desenvolvimento para a inovação, entre outros. O termo latino “competere”, da qual surge a palavra “competência”, significa buscar ou pretender alguma coisa de forma conjunta. Daqui vem o adjetivo “competente”, que utilizamos para referirmo-nos àqueles que possuem atitudes para resolver de forma coletiva determinados temas. Toda uma concepção diferente do que aquela que ressalta unicamente as condições de rivalidade competitiva entre as pessoas e os territórios, algo insuficiente para poder falar de forma plena das condições para o desenvolvimento econômico, social e ambiental. Minhas felicitações e meus agradecimentos por esse esforço coletivo que mostra, sem dúvida alguma, a grandeza do trabalho em equipe realizado no Estado de Goiás. Madrid, 22 de abril de 2014

(*) Tradução da carta de Francisco Alburquerque, assessor europeu do BID (veja à frente versão original, em espanhol)

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De: Francisco Alburquerque Para: CNI/FIEG

Desarrollo Territorial, Innovación y Política Industrial

Es especialmente grato para mí, en calidad de un modesto asesor europeo del FOMIN/BID, constatar el importante éxito alcanzado por el Programa de Apoyo a la Competitividad Local impulsado por la CNI con apoyo del FOMIN/BID, éxito que está basado, en mi opinión, en dos factores determinantes y una sólida base de sustentación. De un lado, el programa siguió un diseño inteligente que partió de la convicción de que la competitividad empresarial no resulta posible sin la mejora simultánea de las condiciones del entorno territorial, a fin de que la creación de externalidades positivas en el territorio (infraestructuras y equipamientos adecuados, abastecimiento de agua y energía, mercado de trabajo local cualificado, eficiente gestión de residuos, sistema local de innovación, entre otros bienes públicos) pueda fortalecer la productividad total de los factores y construir una base interna sólida de ventajas competitivas. Pero además, ello suele impulsar, como ha sucedido en esta ocasión, procesos de aprendizaje entre los propios actores territoriales integrantes de las coaliciones público-privadas impulsadas por el programa, que hacen posible continuar el avance del desarrollo industrial y la innovación territorial en Brasil. De otro lado, el programa ha contado con la fortaleza de las coaliciones público privadas comprometidas, entre las cuales cabe citar tres de las “hélices” de los motores del desarrollo territorial, esto es, la coordinación de los gobiernos territoriales (municipal y estadual), el sector privado empresarial y financiero, y el sector de conocimiento. Finalmente, es necesario señalar que Brasil ha sabido mantener en su historia reciente la fortaleza de su Sistema Industria (FIEG, Federación, SESI, SENAI, IEL, ICQ Brasil) en una alianza importante entre el sector privado y el sector público con participación activa de empresas y gobiernos estaduales y municipales, lo cual constituye una base de sustentación como garantía para el éxito de los programas de desarrollo industrial territorial. Como es bien sabido, la competencia empresarial no tiene lugar solamente a través de la reducción de costes de producción, sino mediante la diferenciación productiva y la incorporación de elementos de calidad e innovación en el tejido productivo y empresarial, y en el entorno territorial respectivo. Existe, pues, una profunda relación entre el cambio tecnológico, la introducción de innovaciones sociales, institucionales y medioambientales en el territorio, el aumento de la productividad de los factores, y el crecimiento económico. Por ello no son suficientes ni las políticas de fomento del emprendedorismo ni la inserción en cadenas de valor globales, si ello no va acompañado fundamentalmente de un enfoque de desarrollo territorial capaz de construir una base interior

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sólida en la que sustentar las apuestas competitivas de una región o territorio determinado. En efecto, la innovación territorial requiere un conjunto de organizaciones interconectadas, entre las que se encuentran las empresas, los gobiernos territoriales, las universidades, los centros de I+D, los institutos tecnológicos, los viveros de empresas, los parques industriales o tecnológicos, etc. Entre estas organizaciones existe una división del trabajo, siendo su coordinación un aspecto fundamental, que se realiza a través de redes, comisiones de coordinación, reuniones periódicas y otros instrumentos no mercantiles. Así pues, la innovación y la difusión de innovaciones son elementos clave del proceso de cambio, lo que muestra las prioridades para una política de innovación, que no se limita sólo a una política de desarrollo tecnológico, ya que es necesario realizar cambios sociales e institucionales internamente (en el territorio), a fin de disponer de una “capacidad social” suficiente para aprovechar y adaptar las tecnologías. En este enfoque sistémico, la empresa deja de contemplarse de forma individual para pasar a visualizar el conjunto de los demás elementos con los que interactúa (y de los que depende) en el despliegue de sus capacidades productivas. Es, pues, la cooperación y relaciones de colaboración entre los actores, lo que explica la eficacia del conjunto y de los diferentes actores o elementos individuales. La construcción de ventajas competitivas depende, por tanto, de la capacidad de innovación y mejora continua del tejido productivo y entorno institucional de cada territorio, su base de recursos humanos calificados, la difusión de conocimiento y el avance hacia la frontera de la tercera revolución industrial que implica el reto de la producción limpia y el desarrollo sustentable ambientalmente. Esta construcción de ventajas competitivas descansa, esencialmente, en un esfuerzo colectivo que debe hacerse para asegurar la adquisición de las competencias necesarias en educación ambiental, formación profesional, investigación y desarrollo para la innovación, entre otras. El término latino “competere”, del cual surge la palabra castellana “competencia”, significa buscar o pretender algo de forma conjunta. De aquí viene el adjetivo “competente”, que utilizamos para referirnos a quienes tienen aptitudes para resolver de forma colectiva determinados temas. Toda una concepción diferente a aquella que resalta únicamente las condiciones de rivalidad competitiva entre las personas y los territorios, algo insuficiente para poder hablar de forma plena de condiciones para el desarrollo económico, social y ambiental. Mis mejores felicitaciones y agradecimiento por este esfuerzo colectivo que muestra, sin duda alguna, la grandeza del trabajo en equipo en el estado de Goiás.

Madrid, 22 de abril de 2014 Francisco Alburquerque

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ÎÎ Linha de montagem da Mitsubishi em Catalão: pioneirismo da indústria automotiva no Estado, em meio a parceria entre iniciativa privada e poder público

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Em contraste com a Fiat de Betim, centro de uma “gigantesca indústria de autopeças que a abastece, nem Catalão, sede da Mitsubishi e John Deere, nem Anápolis, da Hyundai, oferece qualquer insumo para os veículos. Ou seja, não há produção local de nenhuma peça.

”

CLÁUDIO DE MOURA CASTRO E CLÁUDIO MARINHO, CONSULTORES (*), sobre a realidade da cadeia automotiva em Goiás, em diagnóstico de avaliação do Sistema Indústria elaborado em 2011, no âmbito do Programa de Apoio a Iniciativas de Competitividade Local CNI/BID, abrangendo os Estados do Espírito Santo, de Pernambuco, do Acre e de Goiás

Indústria automotiva goiana, entre avanços e entraves

ouco mais de uma década e meia depois de tímido desembarque em Goiás, sob as bênçãos dos incentivos fiscais, a indústria automobilística engata investimentos e acelera para olhar definitivamente pelo retrovisor o estágio inicial de atividade recente e inesperada e enxergar horizonte de uma cadeia produtiva forte, consolidando parque metalmecânico diversificado, capaz de abastecer com insumos as montadoras de veículos aqui instaladas.

de autopeças capaz de fornecer insumos para as montadoras. Na segunda metade da década de 2000, no entanto, a expansão do setor havia ganhado fôlego com a chegada de novas empresas e ampliação das já existentes no Estado. Atualmente, o parque metalmecânico envolve, direta ou indiretamente, mais de 2,6 mil empresas, quando considerados também os setores de fabricação de plásticos e de reparação de veículos, e emprega algo em torno de 22,2 mil trabalhadores. Em menos de duas décadas, essa evolução alterou a composição e a estrutura do parque industrial de Goiás. As montadoras, lideradas no encerramento da década de 1990 pela Mitsubishi Motor Company e pela John Deere e, mais recentemente, pelo grupo Caoa/Hyundai, Suzuki e Foton Lovol Bramax (FLB), saíram de participação modestíssima, equivalente a 0,3% do valor da transformação industrial, para uma fatia que tem variado entre 6,5% e 7,2%. 

Nessa corrida, deflagrada, sobretudo, com a adoção pelo País de um novo regime automotivo, que penaliza de forma mais dura a entrada de veículos importados e impõe exigências mais severas para a nacionalização da produção, há muitos obstáculos a superar. Em diagnóstico elaborado em 2011, no âmbito do Programa de Apoio a Iniciativas de Competitividade Local CNI/BID, os consultores Cláudio de Moura Castro e Cláudio Marinho apontaram gargalos, sobretudo, pela ausência de uma indústria

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QUEM SÃO? (*) CLAUDIO DE MOURA CASTRO é economista pela UFMG. Mestrado pela Universidade de Yale, doutoramento na Universidade de Vanderbilt (em Economia). Ensinou na PUC/Rio, Fundação Getúlio Vargas, Universidade de Chicago, Universidade de Brasília, Universidade de Genebra e Universidade da Borgonha

CLÁUDIO MARINHO consultor senior em cenários e estratégias para empresas, associações empresariais e governos, com ênfase nos desafios da inovação organizacional e tecnológica em ambiente de incertezas. Foi secretário de Planejamento e Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Governo de Pernambuco

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Perfil do setor automotivo em Goiás / série histórica TABELA 1

Variáveis

Participação

(Goiás/Brasil)

2001

2011

2001

2011

102

2,55%

2,33%

Empregos

1.188

7.024

0,43%

1,31%

Salários (R$ milhões)

6,246

188,566

0,10%

0,82%

Receita líquida das operações industriais (R$ milhões)

26,102

3.983,0

0,05%

1,72%

Custos da operação industrial (R$ milhões)

13,658

3.013,3

0,04%

2,07%

Valor bruto da produção (R$ milhões)

26,093

4.294,2

0,05%

1,82%

Valor da transformação industrial (R$ milhões)

12,435

1.280,9

0,07%

1,41%

Produtividade (VTI / empregado, em R$ mil)

10,467

226,897

15,1%

107,5%

Número de unidades locais

Fonte dos dados brutos: PIA Empresa/IBGE

TABELA 2

Ainda no vermelho (Balança comercial do setor automotivo em Goiás, valores em US$ milhões) Variáveis

2002

2013

2012

Exportação

1,907

6,783

10,552

Importação

84,993

1.777,1

1.223,4

-83,086

-1.770,3

-1.212,8

Saldo

Fonte: Sistema Aliceweb/Secex

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TABELA 3

Desempenho fiscal (Arrecadação de ICMS total e no setor automotivo, valores em milhões) Setores

Variação (2012/2011)

Variação (2012/2003)

2003

2011

2012

201,967

889,987

861,845

-3,2%

+326,7%

Fabricação de veículos e peças

86,826

511,378

483,805

-5,4%

+457,2%

Comércio de veículos e peças

85,781

326,696

322,056

-1,4%

+275,4%

ICMS total

3.698,7

9.875,2

11.369,3

+15,1%

+207,4%

5,46%

9,01%

7,58%

Automotivo

Participação do setor automotivo na receita total

Fontes dos dados brutos: Sefaz e Boletim do ICMS (Cotepe/Confaz)

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Crescimento exige política industrial vigorosa protagonistas – Anápolis e Catalão. A primeira, com nível sólido de industrialização, conta com um porto seco voltado principalmente para a Hyundai e os laboratórios que formam o polo farmoquímico, um dos três maiores do País, com destaque para a produção de medicamentos genéricos. “Em virtude do seu dinamismo, começam a aparecer os entraves logísticos, incluindo os problemas politicamente delicados da grande frota de caminhões que atravessa o centro da cidade, levando autopeças ou veículos”, observaram os consultores no trabalho, de-

Em meio a essa realidade e a boas perspectivas alimentadas pelo volume de investimentos anunciado, o desenvolvimento do setor automotivo em Goiás exige forte ação para enfrentar entraves logísticos e turbinar, de forma global, toda a cadeia produtiva local, por meio da promoção de uma política industrial vigorosa. O caminho, apontado no diagnóstico dos consultores Cláudio de Moura Castro e Cláudio Marinho, no âmbito do Programa de Apoio a Iniciativas de Competitividade Local CNI/BID, passa, sobretudo, pela realidade das duas cidades

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senvolvido em 2010. “Também em contraste com esse dinamismo – acrescentaram –, nota-se uma séria fraqueza na cadeia produtiva local. As indústrias dependem de insumos importados de fora da cidade.” Eles também constataram limitações do ponto de vista da mão de obra requerida. “Apesar de contar com 103 cursos superiores, a cidade precisa importar mão de obra com esse nível. Faz alguns anos, o SENAI criou uma escola de química, para abastecer as necessidades da indústria de fármacos.” 

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ÎÎ Porto Seco de Anápolis: suporte à Hyundai e ao polo farmoquímico

produtivas locais são completamente truncadas. Todos os insumos são importados.” Apesar de, do ponto de vista do número de unidades fabris, Goiás ser o segundo Estado do País, com a Hyundai em Anápolis, a Mitsubishi e John Deere em Catalão (à época da consultoria a Suzuki ainda não havia se instalado em Itumbiara), o sistema de simples montagem dos veículos, em função do isolamento dos insumos e dos mercados, é o grande gargalo do setor automotivo goiano, segundo os dois especialistas. “Um primeiro problema alegado é a falta de escala para justificar a produção local de autopeças. São apenas 50 mil veículos por ano, no caso da Hyundai. Trata-se de uma produção CKD (Complete Knock-Down, termo em inglês para definir conjuntos de partes de automóveis criados pela fábrica matriz ou pelo seu centro de produção para exportação e posterior montagem nos países receptores destes kits, geralmente fábricas menores ou com produção reduzida) e nada mais. De fato, no caso do Tucson, apenas 40% do carro é nacional. No caso do caminhão da Hyundai, somente o suporte da placa é feito localmente.” Moura Castro e Marinho lembraram que esse assunto, “fonte de perplexidades”, foi debatido amplamente com interlocutores em Goiás, no desenvolvimento do trabalho

Isolamento e falta de mão de obra são entraves No caso de Catalão, sede da Mitsubishi e da John Deere, o olhar crítico de Moura Castro e Marinho percebeu uma cidade ainda mais surpreendente do que Anápolis, “pois é mais isolada dos centros industriais brasileiros. Com 86 mil habitantes, é uma cidade nova e ainda pequena. Suas atividades principais se situam na indústria do vestuário e nas múltiplas minerações. Não obstante, tem duas empresas automotivas, a Mitsubishi e a John Deere. Tal como Anápolis, ou em grau ainda mais sério, as cadeias

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de consultoria. “Ouvimos com muita ênfase que esse é um processo lento e que, mais cedo ou mais tarde, vai acontecer. De fato, os ‘sistemistas’ levaram sete anos até irem para Resende (Rio de Janeiro) e em Betim (MG) tampouco foi tão rápido. Aprofundando o lado técnico, a falta de escala não é no componente em si mas na indústria local. Como não há uma tradição metalmecânica nas cidades (Catalão e Anápolis), não há indústrias que possam produzir os componentes como mais uma linha de suas fábricas.” No diagnóstico, os consultores destacaram ainda as perspectivas de surgimento e consolidação da cadeia produtiva capaz de fornecer insumos para a indústria automotiva. “Fala-se na possibilidade de injeção de plástico por indústrias locais, já que as matrizes poderiam ser fornecidas pelas fábricas. Mas até agora, essas são apenas conjecturas. Os bancos dos veículos parecem ser os candidatos mais imediatos. No fundo, de ambos os lados, há uma certa inércia. As fábricas estão confortáveis, usando componentes de indústrias já maduras localizadas alhures. Há o discurso da necessidade de integração do processo produtivo – à la Fiat. Mas pouco acontece. As indústrias locais, e pequenas, não sabem como se mover nesse tabuleiro. E tampouco têm a tradição de qualidade e a infraestrutura técnica.” 

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ÎÎ Formação de mão de obra pelo SENAI: suporte do Sistema FIEG para atender às demandas do setor automotivo

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Em cinco anos, programa CNI-BID altera realidade do segmento, ao discutir gargalos, executar ações de estímulo à competitividade, promover ambiente favorável aos negócios e fomentar inovação e desenvolvimento tecnológico da cadeia produtiva, por meio de qualificação de empresas e missões internacionais de benchmarking

Ação público-privada começa com perspectivas animadoras

esse contexto marcado por desafios da realidade da cadeia produtiva e perspectivas de mudanças futuras, nasce, em 2009, o Programa de Apoio às Iniciativas de Competitividade Local, também denominado Projeto de Desenvolvimento Territorial (PDT), com financiamento bancado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), na proporção de 60%, e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por meio do Fundo Multilateral de Investimentos (Fomin), na ordem de 40%. De lá para cá, o programa tem desenvolvido ações de estímulo à competitividade em setores considerados estratégicos para Estados de quatro regiões pré-definidas, envolvendo as cadeias automotiva, em Goiás; metalmecânica, em Pernambuco; e arranjos produtivos locais nos setores de madeira e móveis, no Acre, e de rochas ornamentais no Espírito Santo.

em metalmecânica, que poderá servir de plataforma para a expansão quantitativa e qualitativa do setor automotivo, prevendo-se ainda a instalação de um parque de fornecedores integrados às montadoras. O setor automotivo em Goiás, hoje, conta com expressiva planta industrial, incluindo a produção de máquinas e implementos agrícolas e, por sua dinâmica econômica e tecnológica, requer suporte de instituições de alta performance. 

Num convênio com a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), apoio do governo estadual e participação das grandes empresas do setor no Estado, a vertente goiana do programa deverá contribuir para estruturar uma rede de oferta de serviços tecnológicos

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ÎÎ Estruturação de rede de oferta de serviços em metalmecânica é o desafio do Programa de Apoio às Iniciativas de Competitividade Local

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Parceria italiana inspira ideia do Instituto SENAI de Tecnologia Na busca de novos rumos para a indústria automobilística goiana, um dos grandes passos do Programa de Apoio às Iniciativas de Competitividade Local foi a viabilização de acordo de cooperação com a Itália. Uma missão de benchmarking empresarial levou, em setembro de 2012, um grupo de representantes da iniciativa privada e do poder público nas esferas estadual e municipal para visita ao Instituto Meccano de Tecnologia, sediado na cidade de Ancona, na Itália. Programa de mão dupla, a cooperação trouxe logo depois a Goiás, em janeiro de 2013, representantes do instituto italiano para conhecer as potencialidades produtivas do Estado. A partir dessa visita e dos contatos realizados, o Instituto Meccano desenvolveu estudo preliminar a fim de indicar a melhor forma de fomentar a cadeia automotiva no Estado. A constatação é de que a grande demanda de serviços exige a estruturação de uma rede de fornecedores locais qualificados e dedicados ao setor automotivo, mas com a possibili-

dade de trabalhar no campo mais amplo da metalmecânica, segundo a diretora geral do Instituto Meccano, Letizia Urbani, que visitou os polos de Goiânia, Catalão e Anápolis, acompanhada do diretor comercial do organismo, Domenico Pettinati. Eles conheceram unidades do SENAI que atendem às indústrias, empresas ligadas ao setor automotivo, além de manter diálogo com o governo, empresários e representantes de sindicatos. 

ÎÎ Executivos do Instituto Mecccano, da Itália, Domenico Pettinati e Letizia Urbani visitam a Mitsubishi, em Catalão, acompanhados do gerente de Qualidade da MMC Automotores do Brasil, William Nunes de Aquino (centro)

parceria internacional buscou analisar a necessidade tecnológica “dasA indústrias automotivas instaladas em Goiás, de modo a conhecer de forma estruturada tanto a demanda quanto a oferta de serviços destinados ao atendimento do setor. A consultoria italiana deu subsídios à iniciativa do SENAI no sentido de gerar dados factíveis que contribuam para o melhor planejamento e instalação de um Instituto SENAI de Tecnologia, com base em Goiânia e laboratórios “satélites” em Catalão e Anápolis.

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MICHELE MAMEDE FAIAD, da Unidade de Comércio Exterior da CNI

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Com o Instituto SENAI de Tecnologia próximo à indústria, reduzimos custos “logísticos e fomentamos o desenvolvimento em pesquisa e inovação. Estamos acompanhando, participando e contribuindo no Projeto de Desenvolvimento Territorial do segmento automotivo goiano, já que acreditamos que, desta maneira, continuaremos ajudando no desenvolvimento de toda a região.

”

WILLIAM NUNES DE AQUINO, gerente de Qualidade da MMC Automotores do Brasil

SENAI, da formação de mão de obra ao Instituto de Automação A proposta de criação de um instituto de tecnologia à imagem e semelhança do Instituto Meccano, da Itália, mobiliza o SENAI, responsável pela execução, em Goiás, do Programa de Apoio a Iniciativas de Competitividade Local CNI/ BID, e cria expectativa, na iniciativa privada, de avanço no assunto. Em meio às discussões, teve início, em Goiânia, a construção do Instituto SENAI de Tecnologia em Automação, um dos três em fase de implantação no Estado – os outros dois são nas áreas de alimentos e química industrial. A expectativa da instituição é de proporcionar grande avanço e elevação no patamar de sua atuação, extensiva à indústria automotiva, ao reforçar a prestação de serviços às empresas. Parte da estratégia para atender à grande demanda por mão de obra, os institutos começaram a sair do papel em 2013, no âmbito do Programa SENAI de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira, com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O projeto goiano mobiliza, respectivamente, a Faculdade de Tecnologia SENAI Ítalo Bologna, a Escola SENAI Vila Ca-

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naã, em Goiânia, e a Faculdade de Tecnologia SENAI Roberto Mange, em Anápolis. Os institutos vão consolidar as unidades como aliadas das empresas no desenvolvimento integrado de produtos e processos, pesquisa aplicada, solução de problemas complexos e antecipação de tendências tecnológicas. Paralelamente, terão ainda o papel de formar profissionais para gerar conhecimento e desenvolver tecnologias. A instituição do Sistema FIEG, que viu nascer a indústria automobilística no Estado e cuja atuação foi, inclusive, um dos fatores de atração de montadoras para o Centro-Oeste, tem historicamente participação expressiva no atendimento por meio de formação de mão de obra para o segmento, ao oferecer cursos tradicionais nas áreas de mecânica automotiva e de funilaria. Não por acaso, mantém parceria pioneira com a Mitsubishi, desde sua chegada a Catalão e, igualmente, com a Caoa/Hyundai a Anápolis, atendendo a necessidades das montadoras, do processo seletivo de pessoal à qualificação de profissionais para atuar no pro-

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ÎÎ Linha de produção da Hyundai, em Anápolis: parceria com o SENAI desde o início das operações

ÎÎ Na Mitsubishi, em Catalão, Paulo Vargas

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(SENAI) e Pedro Alves de Oliveira (FIEG) são recebidos por Hélio Pereira (centro)

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cesso produtivo ao aperfeiçoamento e atualização de técnicos da rede de concessionárias de ambas as marcas. Em Catalão, a Escola SENAI dispõe de módulo de capacitação em soldagem, modernizado em 2012 diante do projeto de ampliação da fábrica da Mitsubishi. Na reforma, o ambiente de ensino ganhou máquinas de última geração, importadas da Finlândia. Em Anápolis, a Faculdade de Tecnologia

SENAI Roberto Mange ampliou, no mesmo ano, a oficina de mecânica automotiva, que quase dobrou de tamanho, passando de 800m2 para 1.400m2, dentro de estratégia para reforçar a parceria com a Caoa/ Hyundai. No Centro de Desenvolvimento Automotivo (CTA), existente na unidade desde abril de 2007, foi instalada uma linha de montagem simulada, com equipamentos doados pela montadora. 

ÎÎ Presidente da FIEG, Pedro Alves, conhece módulo de solda em Catalão; SENAI ganha nova oficina em Anápolis

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o interesse de que novos fornecedores “daHáHyundai e também da Mitsubishi venham investir em Anápolis e Catalão.

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AILTON AIRES MESQUITA, empresário, então presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de Goiás (Sindirepa), um dos participantes da Missão Ásia

Missão Ásia abre perspectivas de negócios Também fruto do Programa de Apoio às Iniciativas de Competitividade Local, a Missão Ásia, comandada pela FIEG em setembro de 2013, promoveu importante aproximação de Goiás com o mercado asiático, mais precisamente Coreia do Sul e Japão. O resultado é a abertura de oportunidades de negócios para empresas goianas, especialmente para aquelas de pequeno e médio porte, com possibilidades, sobretudo, nos segmentos de reciclagem e gestão de resíduos sólidos, co-geração de energia, automobilístico e, numa perspectiva mais distante, tratores agrícolas. Embora resultados mais concretos sejam aguardados apenas para médio ou longo prazo, a missão trouxe na bagagem dois protocolos de intenção e uma série de contatos que poderão abrir as portas para negócios no futuro. Na Coreia, a FIEG firmou protocolos com o Korea Environmental Industry & Technology Institute (Keiti), instituto ligado ao governo que se ocupa da pesquisa e do desenvolvimento de tecnologias verdes, e com a Korea Agricultural Machinery Industry

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Cooperative (Kamico), cooperativa dedicada à produção de máquinas agrícolas para a agricultura familiar e de equipamentos sob medida. Os documentos assinados estabelecem um cronograma conjunto de trabalho entre as entidades, prevendo a identificação de possibilidades de cooperação técnica e transferência de tecnologia. 

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ÎÎ Execução do programa CNI-BID cria expectativa para o setor plástico de atuar no fornecimento de suprimentos para a indústria automotiva, a exemplo da MVC Componentes Plásticos, que fornece parachoque, paralama e acabamento interno do teto para veículos da MMC

Novos horizontes para setor plástico

chegada ao Estado das montadoras Mitsubishi e Hyundai já havia criado demanda por mão de obra especializada e também de fornecedores periféricos, os ‘sistemistas’, segundo Olympio José Abrão, presidente do Sindicato das Indústrias de Materiais Plásticos do Estado de Goiás (Simplago), um dos participantes da Missão Ásia, desenvolvida por meio do Projeto CNI/BID. Apesar de a indústria de transformação de plásticos em Goiás ter perfil voltado quase que exclusivamente à fabricação de embalagens para a indústria alimentícia, construção civil e ao agronegócio, há novos horizontes. Nesse aspecto, o empresário observa que a iniciativa da FIEG de trazer a missão de empresários italianos, para mapear e prospectar o setor, vem ao encontro à meta traçada pelo Simplago. 

Nosso setor tem muito a contribuir com a “cadeia automotiva. Queremos diversificar e tornar nossas indústrias aptas a fornecer para esse mercado.

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OLYMPIO JOSÉ ABRÃO, presidente do Sindicato das Indústrias de Materiais Plásticos do Estado de Goiás (Simplago), um dos participantes da Missão Ásia

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Mitsubishi destaca projeto CNI/BID e aposta em condomínio industrial

indústria automotiva de Goiás já começa a ver resultados do convênio CNI/ BID (Confederação Nacional da Indústria/Banco Interamericano de Desenvolvimento). Desde sua implantação, em 2009, o Programa de Apoio às Iniciativas de Competitividade Local mobiliza atores que integram a cadeia produtiva, incluindo iniciativa privada e poder público, com raio de ação que abrange os polos de Catalão, Anápolis, Goiânia e Aparecida de Goiânia. A conclusão unânime é de que o grande mérito do programa foi colocar em debate as carências do segmento.

troca de experiências. A constituição e o funcionamento do Comitê Territorial da Cadeia Produtiva oficializaram, na FIEG e no poder público, o debate e o levantamento de demandas da cadeia produtiva, compreendendo o mapeamento de necessidades em termos de produtos, processos e serviços e gestão. Em Catalão, onde a Mitsubishi atua como empresa-âncora do programa, a mobilização atinge, além da montadora, empresas como Weldmatic, MVC Componentes Plásticos, Fórmula R Pneus, Central Metalúrgica Catalana (CMC). O gerente de Qualidade MMC Automotores do Brasil, William Nunes de Aquino, destaca o efeito das missões internacionais de benchmarking à Itália e à Asia (Japão e Coreia). “A primeira, ao Instituto Meccano (Itália), uma experiência excepcional porque lá eles realmente são um case de sucesso. Na

Abrangente, a metodologia aplicada para desenvolvimento das ações inclui qualificação, consultorias, workshops, palestras, missões empresariais no País e no exterior, destinadas a qualificar, conscientizar e sensibilizar os agentes públicos e privados. Nesse sentido, o programa proporcionou, inicialmente, a realização de cursos de formação de rede empresariais, com participação de representantes dos quatro Estados envolvidos – Goiás, Pernambuco, Espírito Santo e Acre. Em Catalão, Anápolis e Goiânia, foram desenvolvidas três turmas de elaboração de projetos de inovação em redes empresariais; e coaching sindical. Missões internacionais (Ásia e Europa) e estaduais, sendo três em São Paulo, uma no Acre e outra no Espírito Santo, possibilitaram intercâmbio e

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visita, a gente percebeu que existe uma interação e uma compra de serviços das indústrias com o Meccano. E, ao longo do tempo, foi diminuindo a necessidade de injeção de recursos pelo governo. Ele se tornou autossustentável. A indústria privada começou a enxergar em Meccano um potencial de vendas de serviço de alta tecnologia, de monitoramento, de qualidade e isso fez a sustentabilidade no negócio”, afirma. Segundo ele, há probabilidade de aplicação da experiência italiana no Brasil, especialmente em Goiás. “Qual é a demanda por serviços que hoje compramos do Sudeste e de fora do País? Potencialmente, esses serviços podem ser comprados aqui no Estado de Goiás. Aí, sim, é o crescimento do Estado, é a sustentação. Em vez de a Mitsubishi comprar um serviço de pontes fixas, ou de emissões ou de metalografia

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de uma instituição, um laboratório no Sudeste do País, compra aqui no Estado de Goiás. Há ganho para o Estado e para a empresa porque se reduz frete, reduz a distância, potencializa e isso volta, né? É um círculo virtuoso.” Nunes citou ainda a visita a Goiás de executivos do Instituto Meccano, Letizia Urbani e Domenico Pettinati, em janeiro de 2013, quando se discutiu a instalação de um Instituto SENAI de Tecnologia, com base em Goiânia e laboratórios “satélites” em Catalão e Anápolis. O executivo da Mitsubishi defende ampliação na oferta de serviços do Sistema S para atender total ou parcialmente à demanda da indústria. Sobre a missão à Ásia, ele apontou a constatação, naquele mercado, de avanços em reciclagem em resíduos produzidos pelas indústrias e sugeriu o aproveitamento desse nicho por empresas do Estado. “Nós somos uma empresa que atingimos pouco acima de 95% de reciclagem de resíduos sólidos, o que é uma experiência europeia, bastante elevada. Mas em boa parte desses resíduos, a gente atinge excelência porque temos parceiros fora do Estado para a segunda fase da reciclagem. Existem ainda potencialidades de consultoria e suporte nesses serviços de reciclagem para que a gente não compre também de outros Estados e exista um anteparo aqui no Estado de Goiás, em quantidade de resíduos elevada. É uma geração de resíduos que consegue dar sustentação para empresas virem. Então, é fazer o casamento da demanda com a oferta. A demanda por serviços e a oferta dos serviços dentro do Estado.” Em relação aos benefícios trazidos pelo Programa de Apoio às Iniciativas de Competitividade Local, William Nunes considerou

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ÎÎ Vista aérea da planta da Mitsubishi, em Catalão: empresa-âncora do projeto BID-CNI planeja implantar condomínio industrial

positivas as etapas executadas até agora, de potencializar a cadeia, olhar o que o mercado tem de excelente por meio do benchmarking das missões europeia e asiática, além do levantamento da demanda, coordenado pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás e pelas empresas-âncoras. “Falta agora a gente fazer esse casamento. Na hora que fizer esse casamento vai se chegar ao objetivo do Estado, que é ter um polo de conhecimento não totalmente centralizado em Goiânia.” Ele defendeu a descentralização e observou que Catalão já tem uma vertente metalmecânica industrial sedimentada. “Temos o

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segmento metalmecânico e a indústria de autopeças vindo para cá, temos a mineração que já é forte e, entre mineração e segmento metalmecânico, há a química, que é um meio de campo que as duas podem aproveitar e a empresa tem formalmente em seus projetos a médio e longo prazo um condomínio industrial. Pode ser que aconteça em dois anos, três anos, que atrase um pouco ou que antecipe, mas vai acontecer.” Sobre a cadeia produtiva, citou a presença em Catalão de parceiros como MVC (grupo Artecola), fabricante de componentes plásticos (vacuum form), como parachoques, protetor de caçamba, entre outros. No galpão de enge-

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certo de tomar o próximo passo, definir o que estaria dentro do SENAI, do projeto que vai suportar isso. Porque muito dinheiro a gente deixa fora do Estado. Quando os sistemistas vierem para cá com foco na unidade produtiva também vão deixar fora do Estado de Goiás um bocado de dinheiro. E este dinheiro, se houver algum benefício através desse projeto, que possa fazer chegar as oportunidades para esse pessoal que está vindo, conseguiremos fazer essa troca tanto financeira quanto de experiência entre as partes. Então, o momento de recomeçar é agora”, diz Roberto Damião, em alusão a uma próxima etapa do projeto CNI-BID. “Se tem

nharia experimental da montadora, há a Magnetti Marelli, que possui profissionais de PD&I, e na pintura, tem a Axalta (ex-Dupont), prestadora de serviços de tecnologia em tintas. No Distrito Minero Industrial de Catalão (Dimic), está instalada a Weldmatic, empresa brasileira especialista em solda, chassis e submontagens diversas. Cedo ou tarde, a implantação e funcionamento do condomínio industrial em Catalão não têm mais possibilidade de recuo, segundo Roberto Damião, da área de Sistemas de Produção da Mitsubishi. “É uma questão de sobrevivência da empresa se ela quer tentar ser um sistemista. Esse é o momento

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alguma coisa para quem está chegando agora, que não andou, o momento de recomeçar, de fazer acontecer, é agora. Nós vamos ter sucesso nesse projeto. O interesse é mútuo: é nosso, é dos nossos parceiros que nós estamos convidando para vir para cá e da oportunidade que a região nos coloca ou vai oferecer para que a gente deixe aqui o recurso, o desenvolvimento, a tecnologia, a competência. Nós não estamos falando só de serviço. Por que a gente não pode pensar em prospecção e desenvolvimento de alguma coisa? Tem de ser audacioso, de sonhar, mas dar passos reais, suportados por esse projeto.” 

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Desenvolvimento de fornecedores inclui SGQ e BSC

ÎÎ Sérgio Ferreira,

traídas pelo Programa de Apoio às Iniciativas de Competitividade Local, sete empresas de Catalão, de diferentes segmentos e portes, participaram conjuntamente de projetos direcionados de Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ) e Balanced Scorecard (BSC), ferramentas essenciais para a melhoria da competitividade, visando também à possibilidade se tornarem fornecedoras de bens e serviços para a cadeia automotiva.

diretor da WGO Telecom, de Catalão: Sistema de Gestão da Qualidade e ampliação

A implementação do SGQ e a consequente certificação ISO resultaram em melhor controle e garantia da qualidade de seus produtos, por meio de uma sistemática de gerenciamento de seus processos organizacionais. No projeto, foram investidos recursos da ordem de R$ 93 mil. Do grupo de empresas, participaram WGO Telecon, ADN22, que produz bancos de couros para a Mitsubishi e capas de couro dos volantes da Suzuki; Central Metalúrgica Catalana (CMC); Vermelhão Transportes; BUG Controle de Vetores e Pragas Urbanas e a IFutura.

Já o projeto de preparação para implantação do Balanced Scorecard (BSC), ferramenta de medição e gestão de desempenho que alinha o planejamento estratégico com as ações operacionais da empresa, mobilizou a Vermelhão Transportes, WGO Telecom e Mundo W3. O projeto absorveu recursos de R$ 111 mil. Ambas as atividades foram desenvolvidas com recursos do convênio CNI/BID para desenvolvimento do setor industrial, financiado por meio do Fundo Multilateral de Investimentos (Fomin).

A coordenação dos projetos em Catalão percebeu muitos benefícios para as empresas envolvidas, como maior competitividade, adequação do quadro de funcionários à realidade do mercado, percepção de necessidade de mudança de instalações físicas, economia na implantação das melhorias e criação de rede de contatos. Após o desenvolvimento das ações, a constatação de participantes é de que, se não fosse projeto, dificilmente eles teriam acesso a ferramentas, como BSC, desconhecida de grande parte, ou mesmo perceberiam

a visão de ter sempre um diferencial em nosso segmento, batíamos de frente “comComa falta de treinamentos e especializações que nos atendesse e nos preparasse para ostentar algo que proporcionasse tranquilidade e segurança aos nossos clientes quando solicitados nossos serviços. Então quando fomos convidados a participar do SGQ (Sistema da Gestão da Qualidade) que atendesse à ISO 9000, subsidiado pelo CNI/ BID para algumas empresas em Catalão, não pensamos duas vezes.

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ROBSON SOLANE DA COSTA, diretor comercial da BUG Controle de Vetores e Pragas Urbanas

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no projeto de preparação para uma certificação ISO 9001 foi a prova “dosEntrar nove para sabermos se estávamos ou não no caminho certo, pois por mais que temos em nossa cultura e na nossa política a preocupação com o alcance de altos índices de performance, agíamos de forma empírica, sem seguir uma metodologia científica e reconhecida. Hoje estamos mais seguros.

”

CRYSTIAN GONÇALVES DE ANDRADE, DA IFUTURA, que oferece cursos de qualificação profissional, informática e inglês e logo passará a ministrar também cursos técnicos e de pós-graduação

para tecnologias de ponta, como é o caso do acesso wireless (via rádio), de alta velocidade. Também integrante do grupo de organizações beneficiadas com a implantação do Balanced Scorecard, a Mundo W3, que desenvolve sites e portais de internet, reforçou a visão da necessidade de gestão e acompanhamento global baseada em números e em planejamento estratégico transparente, segundo Fausto Mastrella, CIO & Quality Manager da empresa. Para a BUG Controle de Vetores e Pragas Urbanas, uma das organizações que se prepararam para implantação do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), a possibilidade subsidiada pelo programa CNI-BID veio ao encontro à necessidade de ter um diferencial em

a necessidade de implantá-las. Ou seja, o trabalho já resultou na criação de uma rede, não apenas para atender à empresa-âncora, mas para possibilitar a inclusão das diversas organizações envolvidas. A percepção da necessidade de mudança de sede administrativa, para instalações mais amplas e modernas, foi o caminho percorrido, após a implantação do BSC, pela WGO Telecom, que atua com sistemas de alta tecnologia destinados às áreas de comunicação de dados, mais especificamente o mercado de acesso à internet. Empresa jovem, fundada em 1999, a WGO mantém constante processo de evolução e inovação nas tecnologias empregadas no acesso à internet, tendo passado do tradicional acesso discado via linha telefônica

seu segmento de atuação, destaca o diretor comercial Robson Solane da Costa. Segundo ele, um gargalo era a falta de treinamento e de especializações para proporcionar o alcance desse patamar, obtido com a participação no programa. Opinião semelhante é externada por Crystian Gonçalves de Andrade, da IFutura, que oferece cursos de qualificação profissional, informática e inglês e logo passará a ministrar também cursos técnicos e de pós-graduação na Região Sudoeste. Para ele, a participação no projeto de preparação para a certificação ISO 9001 foi a “prova dos nove” para saber se a empresa estava ou não no caminho certo, deixando para trás a forma empírica para seguir metodologia científica e reconhecida.

o projeto de implantação do BSC em nossa empresa, foi reforçada nossa visão da necessidade “deApós gestão e de acompanhamento global toda baseada em números e em planejamento estratégico transparente. Metas, objetivos e aprendizado, considerando desde o crescimento individual pessoal de cada colaborador até o amadurecimento dos processos internos, alavancaram nossa qualidade de produto e de serviço entregue. Identificamos fraquezas e possíveis riscos que antes não considerávamos como iminentes, forçando-nos a buscar novas soluções, novas formas de contornar períodos difíceis e a qualificação total, surtindo como consequência dessas ações a capacidade de atender prontamente empresas de grande porte, o que antes era visto como possibilidades muito desafiadoras.

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FAUSTO MASTRELLA, CIO & Quality Manager da Mundo W3

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Projeto antecipa criação de parque tecnológico em Anápolis

m Anápolis, onde está instalada a Hyundai, candidata natural à condição de empresa-âncora mas ainda sem nenhum fornecedor na região, o desenvolvimento do Programa de Apoio a Iniciativas de Competitividade Local, entre outras façanhas, fez amadurecer na administração municipal a ideia do projeto de criação de um parque tecnológico, abrangendo o setor metalmecânico, o polo farmoquímico e a área de tecnologia da informação.

aplicar essas questões tanto para o polo farmoquímico quanto para o Daia (Distrito Agro Industrial de Anápolis), de uma maneira geral, e também para os setores de construção civil e móveis. Ou seja, o projeto previsto para o setor metalmecânico capacitou, teve todo um trabalho e nós pegamos aquilo ali

Secretário municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, Fabrizio Viana admite, em tom de brincadeira, que o programa “atirou no que viu e acertou no que não viu”. Segundo ele, toda a movimentação do processo foi canalizada para vários setores. “As mesmas deficiências que nós temos no setor metalmecânico com a instalação aqui da Hyundai e a falta de expertise de micros, pequenas e médias empresas, de não conseguir fazer uma parceria com a montadora, nós temos em vários outros setores”. Ele cita a prestação de serviços, no caso do polo farmoquímico, que muitas vezes vai buscar empresas em São Paulo, no Rio, ou no Sul para poder suprir as demandas “porque as empresas locais não tinham aquela preocupação com o rigor da qualidade ou construir essa parceria ou então olhavam aquilo ali e pensavam: isso não é pra nós.” O programa CNI-BID – acrescenta Fabrizio Viana – “trouxe essa expertise para nós, enquanto poder público municipal, e começamos a

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e aplicamos em outros segmentos.” O secretário faz questão de frisar que o projeto da CNI e do BID foi importante ao levantar a questão para o setor empresarial de uma maneira geral sobre a necessidade de fazer transferência tecnológica, de discutir essa capacitação e também de inserir o poder público

ÎÎ Fabrizio Viana, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Anápolis: aposta no parque tecnológico no município (abaixo e no alto)

pista de acesso ao DAIA

pista de acesso à Igrejinha

Estrada - Anápolis / Bonfinópolis

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QUADRO DE ÁREAS DESCRIÇÃO DA ÁREA

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ÁREA TOTAL DO PARQUE ÁR E A D E P R E S E R VA ÇÃ O P ER M A NE N T E - APP ÁREA PARCELÁVEL ÁREA PÚBLICA DESTINADA A IMPLANTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ÁREA PÚBLICA DESTINADA AO VERDE ÁREA DO PARQUE AMBIENTAL

5.697.648,00 2 4 0 .8 1 1 , 3 5 5.456.836,65 545.683,66 272.841,83 1.390.569,19

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municipal, com a constatação da necessidade de criar algo semelhante ao Instituto Meccano de Tecnologia, na Itália, alvo da missão de benchmarking proporcionada pelo programa da CNI. “Nesse período já nasce o debate aqui do Parque Tecnológico de Anápolis”, revela Fabrizio Viana. “Ou seja, sensibilizou o poder público municipal, que percebeu a viabilidade, de que não é uma coisa distante da agenda do município. Nós temos aqui hoje a prefeitura encampando o Parque Tecnológico, em parceria com o governo estadual e a iniciativa privada.” Aposta da atual administração de Anápolis, o Parque Tecnológico constitui área de 5,6 milhões de metros quadrados, quase no fundo do Daia, já autorizada para a finalidade e integrante do perímetro urbano, com previsão de conclusão para 2015, segundo o secretário. “Estamos na fase dos projetos executivos e das licenças ambientais e, provavelmente, no mês de agosto já começam as primeiras movimentações de terra ali. Só está faltando o anel viário e as licenças ambientais já estão praticamente todas pron-

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tas desde fevereiro para começar a parte de infraestrutura. E o primeiro passo é a criação de uma estrutura gerencial, empresarial do parque, a incubadora de empresas, que vão ser preferencialmente de TI, metalmecânico e biofármacos. Também já foi feito um movimento no sentido de criar uma agência de inovação ligada à Universidade Estadual de Goiás (UEG).” A médio prazo, um dos setores estratégicos do parque é o metalmecânico. Fabrizio Viana pondera que, apesar da existência do polo automotivo de Catalão, é estratégica a criação, em Anápolis, de um instituto de transferência de tecnologia, capaz de fazer articulação, de criar habitat de inovação, levando em consideração características próprias do município, na área de logística, citando a finalização da Ferrovia Norte-Sul, a fase avançada do aeroporto de cargas, o porto seco, a instalação do Daia, o polo farmoquímico e a própria Hyundai. A discussão sobre a criação do parque tecnológico sempre considerou estratégica a inclusão da Hyundai, apesar do “modelo de negócios fechado” da montadora,

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segundo o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação. “Nós temos aqui o polo industrial manufatureiro. Vamos pegar o exemplo do polo farmoquímico e da própria Hyundai, onde se monta os carros, mas a inteligência não está aqui na cidade de Anápolis ou no Estado de Goiás. Então a gente tomou uma decisão a médio e longo prazo, qual o tipo de desenvolvimento nós queremos, onde vamos apostar? E já vinha essa discussão em relação a criar o polo de inovação aqui no Estado de Goiás, especificamente na cidade de Anápolis. O projeto da CNI vem com recurso muito grande e trazendo experiências concretas. Não só da nossa visita ao Instituto Meccano, mas também a visita deles aqui e fazendo essa discussão de que é viável, uma coisa factível. Então, o projeto potencializou a agenda. Muitas vezes, a gente falava nessas questões e tudo parecia distante. Um parque tecnológico, cravado no interior goiano, mas não. É possível. Nós vimos esta experiência concreta, na Itália, que trabalha com pequenas e médias empresas. E que hoje é um sucesso, uma referência naquela região da Itália.” 

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Governo anuncia instalação de câmara de testes em Catalão

arceiro importante no desenvolvimento do projeto CNI-BID, ao lado da FIEG, das empresas-âncoras e das administrações municipais da área de abrangência territorial, o Governo de Goiás considera o polo automotivo de grande relevância no contexto nacional, “uma vez que estão implantados em nosso território montadoras de veículos com alto valor agregado, assim como de implementos agrícolas”, nas palavras da assessora de Atração, Investimentos e Novos Negócios da Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (SIC), Isabella Jayme de Angelis.

Participante da missão de benchmarking à Itália, ela observa que “os resultados desse projeto da Confederação Nacional da Indústria, em parceria com a FIEG e fundamental apoio financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento, são de extrema valia para o setor produtivo e a economia goiana, que se fortalecem em virtude de ações decorrentes desse processo.“ Cita, como por exemplo, a decisão do Governo do Estado, de instalar em Catalão uma câmara anecóica, cabine blindada, projetada para conter as reflexões de ondas eletromagnéticas, utilizada para a realização de ensaios de

compatibilidade eletromagnética, obrigatórios para a certificação na indústria dos segmentos de eletromecânica, automação, informática, eletromédico, de telecomunicações e automobilístico. A iniciativa, da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sectec), visa atender às demandas de montadoras instaladas em Goiás, que dependem de instituições situadas em outros Estados para realização de testes de controle de qualidade. Esse procedimento gera alto custo e morosidade, reduzindo a eficiência e a competitividade industrial. Segundo Isabella, a instalação representará um salto

ÎÎ Em meio à execução do projeto CNI-BID, o Governo do Estado decide instalar, em Catalão, uma câmara anecóica para atender a demandas de montadoras, que hoje dependem de instituições de fora para realização de testes de controle de qualidade, a exemplo da estrutura do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em São José dos Campos (SP)

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ÎÎ Governador Marconi Perillo anuncia investimentos em Catalão voltados para o desenvolvimento do setor automotivo. O presidente da FIEG, Pedro Alves de Oliveira (esquerda) participa da solenidade

desse instituto e a necessidade de ações similares em nosso Estado, de forma a promover o desenvolvimento tecnológico e qualitativo das pequenas e médias empresas, que consistem na grande maioria dos fornecedores do setor automotivo.” A experiência italiana, cuja rede industrial é composta principalmente por MPEs, organizadas em arranjos produtivos com amplo intercâmbio de informações e especialização de tarefas, representa, em sua opinião, um exemplo de sucesso, de um centro produtor e exportador de tecnologia, que muito tem a contribuir para a indústria goiana. Para aquisição da câmara anecóica, prevista para ser instalada na unidade de qualificação profissional que será implantada no Condomínio Empresarial Tecnológico GoiásTec, em Catalão, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sectec) receberá suporte técnico do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O Inpe dispõe de duas câmaras anecóicas, instaladas no Laboratório de Integração e Testes (LIT), localizado no câmpus do instituto, em São José dos Campos (SP). A principal delas é também a maior e mais completa em funcionamento no Brasil, além de uma das maiores do mundo, com 12 metros de altu-

para o setor automotivo goiano e outros segmentos que têm ampla utilização desse equipamento, favorecendo a atração de novos investimentos para Goiás. “Ações como esta, de interação e esforço conjunto da iniciativa privada e do poder público, são louváveis e representam oportunidade de profícuos novos investimentos, promoção de desenvolvimento econômico, social e cultural de nosso Estado.” Isabella reconhece que um dos grandes gargalos do setor automotivo goiano consiste no elo dos sistemistas – fabricantes de autopeças, parte vital para o adequado desenvolvimento de toda a cadeia produtiva. Nesse sentido, a assessora da SIC destaca o papel que a FIEG e o SENAI, entidades com amplo respaldo e aval do setor produtivo, desempenham na capacitação desses fornecedores e de seus colaboradores. “A anunciada implantação do Centro Tecnológico SENAI, com essa finalidade, demonstra a seriedade e compromisso de suas ações para a sociedade e setor produtivo.” A missão institucional à Itália, com intensa programação no Instituto Meccano – acrescenta Isabella Jayme – possibilitou “aprofundado conhecimento sobre a filosofia

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ra, 28 metros de comprimento e 15 metros de largura. Estudos feitos pela Sectec junto a segmentos do mercado mostram que a construção de uma câmara anecóica no Estado é de grande serventia para a indústria, especialmente a farmoquímica e a automobilística, em expansão e consolidação em Goiás. A câmara anecóica é parte integrante da estrutura de apoio e suporte à

ÎÎ Issabela Jaime, da Secretaria de

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Indústria e Comércio, em visita à Mitsubishi: expectativa com o Centro Tecnológico do SENAI

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FIEG aponta avanço no desenvolvimento de cultura industrial

inovação tecnológica que a Sectec vai implantar no Condomínio Empresarial GoiásTec, em Catalão, neste ano. O condomínio é um investimento privado, voltado para o desenvolvimento do setor industrial da região, que terá a parceria do Governo de Goiás no fomento à inovação tecnológica. Em área doada pelos proprietários do empreendimento, será erguido uma unidade de qualificação e formação tecnológica, onde será instalada a câmara e diversos outros laboratórios voltados para os segmentos beneficiados. O Condomínio Empresarial Tecnológico GoiásTec é uma pareceria inédita entre o poder público e a iniciativa privada em Goiás. Para viabilizar a infraestrutura de suporte à inovação tecnológica, o Governo de Goiás, por meio da Sectec, vai investir R$ 21 milhões na construção da unidade de capacitação e formação tecnológica. A Prefeitura de Catalão também participa da parceria, com investimentos na viabilização da infraestrutura do condomínio e na avaliação e aprovação da legislação necessária para a construção do empreendimento. Denominado GoiásTec Condomínio Empresarial Tecnológico, o empreendimento será construído na BR-050, saída para Uberlândia. Os investidores privados pretendem atrair para o local empresas ligadas aos setores metalmecânico, de confecções, do agronegócio, logística e de mineração. A área tem cerca de 456 mil metros quadrados e, para viabilizar a cooperação com o Governo de Goiás, os proprietários do empreendimento doaram uma área de 30 mil metros quadrados para o Estado. 

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O projeto em parceria com o BID e CNI representa grande avanço no desenvolvimento de uma cultura industrial no Estado de Goiás, segundo o coordenador técnico da FIEG, Welington da Silva Vieira. Ele observa que as empresas goianas, como resultado de um processo de industrialização recente, ainda são muito voltadas para o mercado local, atuando em setores tradicionais da indústria. “Esse projeto de desenvolvimento local, tendo a indústria automotiva como âncora, criou condições para muitos empreendedores dos territórios beneficiados com as ações vislumbrarem novas

alternativas de negócios, refletirem sobre seus processos de inovação e aproveitarem oportunidades para melhoria dos processos internos de gestão”, afirma. Os conhecimentos disseminados, a conscientização sobre as oportunidades de crescimento das empresas oferecidas pelo setor automotivo e a perspectiva real de atração de empresas locais e de outras regiões para o setor em Goiás são, em sua opinião, legados do projeto, “de valor inestimável para a economia goiana e para o desenvolvimento tecnológico e a inovação das indústrias da região.” 

ÎÎ Ismael Gílio, do BID, Walmir Telles (SENAI) e Welington Vieira (FIEG): workshop em Goiânia

Atração de investimentos No âmbito de parceria entre Fieg, Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Goiânia sediou, dia 7 de maio, o Workshop Atração de Investimentos Privados na Indústria Metalmecânica do Estado de Goiás. O evento, na Casa da Indústria, mobilizou representantes de diversos setores governamentais e privados, interessados em debater perspectivas de captação e aprimoramento de investimentos para a cadeia. Os trabalhos foram conduzidos pelo consultor Eli Moreno, com participação do consultor do BID Ismael Gílio.

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Inovação em projeto de cobertura de caminhões

m Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana, o Programa de Apoio às Iniciativas de Competitividade Local alavancou o desenvolvimento de produto inovador: um componente mecânico que possibilita a cobertura, de forma automatizada, de cargas de caminhões com caçamba basculante, utilizados no transporte de grãos, couro, minérios, areia, brita, lixo, etc. De dentro da cabine, com um simples comando, é feito todo o manuseio, dispensando subidas e descidas do operador à caçamba do veículo, prevenindo riscos de quedas e ferimentos comuns na ação, além de otimizar o tempo.

quistou os mercados doméstico e internacional, com exportação para países como Guatemala, Colômbia e Angola. Com declaração de pioneirismo emitida pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), a Cobre Fácil Coberturas requereu patente do acessório no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e teve o registro da marca deferido em 2014. Só em 2013, foram comercializados 400 kits, ao valor unitário que varia entre R$ 2,6 mil e R$ 8 mil, segundo o empresário José Roberto Silva, diretor da Cobre Fácil, que planeja vender mil peças por mês futuramente. “Existe um crescimento na fabricação de carrocerias, reboques e semireboques e nosso produto agrega valor a esses veículos”, diz. O empresário destaca que a

Desde o início da fabricação, em 2010, o kit Cobre Fácil já con-

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ÎÎ José Roberto Silva, da Cobre Fácil: projeto

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embrionário nasceu dentro do SENAI

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areia ou qualquer outro produto que venha poluir o meio ambiente e até mesmo causar acidentes nas estradas. Presidente da Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia entre 2005-2006, José Roberto Silva destaca o “relacionamento estreito” com as instituições do Sistema FIEG e observa que o embrião de seu projeto nasceu no SENAI, no âmbito do projeto BID-CNI, onde teve aporte financeiro de R$ 39.138 para o desenvolvimento da pesquisa. 

utilização do kit vai ao encontro da Resolução 441, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de maio de 2013, que dispõe sobre o transporte de cargas de sólidos a granel nas vias abertas à circulação pública em todo o território nacional, além de atender à Norma Regulamentar 35, do Ministério do Trabalho e Emprego, sobre trabalho em altura. Ele cita ainda a rentabilidade com a redução do tempo de operação e benefícios de sustentabilidade ambiental com a utilização do acessório, que evita dispersão de grãos,

ÎÎ Kit Cobre Fácil, desenvolvido no âmbito do projeto CNI-BID: fácil manuseio, sustentabilidade ambiental, rentabilidade e segurança do trabalho

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Perspectiva de investimentos de R$ 3,622 bilhões até 2015 O horizonte para a indústria metalmecânica em Goiás é promissor em termos de investimentos: R$ 3,622 bilhões até 2015, contemplando 24 projetos de instalação e expansão de empresas, segundo os números mais recentes levantados pelo Instituto Mauro Borges (IMB), ligado à Secretaria de Gestão e Planejamento do Estado (Segplan). Segundo a Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), os projetos do setor enquadrados nos programas Fomentar e Produzir somam investimentos fixos de R$ 1,5 bilhão, com o compromisso de criação de 4.528 empregos nos próximos anos. Considerando-se apenas as montadoras Mitsubishi, Hyundai, Suzuki, John Deere e Foton, esperam-se investimentos de R$ 1,4 bilhão, em valores aproximados, e abertura de 3.793 vagas de emprego. O levantamento aponta o investimento de US$ 600 milhões realizado pelo grupo Caoa/Hyundai na expansão de sua unidade instalada no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), que passou a montar ali o utilitário esportivo ix35, antes importado da Coreia do Sul.

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ÎÎ Mitsubishi L200 / Primeiras caminhonetes produzidas em Catalão, no final da década de 90

Das primeiras L200 à produção de 4 famílias de veículos no Cerrado Desde quando inaugurou a primeira linha de montagem em Catalão, de onde saíram as primeiras L200 de cabine dupla montadas no País, em 1998, até 2015, a MMC Automotores do Brasil – do grupo Souza Ramos, em associação com o BTG Pactual, que assumiu participação de 12,4% no negócio em 2010 – terá investido na região em torno de R$ 1,8 bilhão em valores históricos. A fase mais robusta desses investimentos foi iniciada em 2010, com o anúncio do Projeto Anhanguera 2, que prevê investimentos de R$ 1,1 bilhão até 2015 e a contratação de mais de mil funcionários, além dos 3,8 mil atualmente empregados pela montadora. Adicionalmente, a empresa vai precisar de especialistas em pintura, na parte de automação e na parte de montagem de motores, serviços ligados a dinamômetro e outros que compõem a parte de montagem. O pacote que inclui uma nova linha de pintura, contemplando ainda a montagem de novos modelos,

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deverá permitir que a MMC dobre sua capacidade de produção, hoje limitada a 50/60 mil unidades por ano exatamente por conta do gargalo no setor de pintura. Mesmo operando em três turnos, a linha atual não consegue acompanhar o ritmo de produção, daí a necessidade de construir uma nova, com maior capacidade. Para montar a nova área de pintura e colocá-la em operação em 2014, o grupo vai investir R$ 370 milhões. A área construída do complexo de Catalão deverá aumentar de 98 mil para 270 mil m2 até 2015, o que nem se compara com os 14 mil m2 ocupados pela fábrica em 1998, época de sua inauguração. Caso necessário, ainda haverá espaço de sobra para futuras expansões, já que a MMC ocupa um terreno de 600 mil m2 no Distrito Industrial de Catalão. O ritmo das obras acelerou-se após o aumento de impostos sobre veículos importados e foi antecipada a chegada às concessionárias da versão nacional do Mitsubishi ASX,

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HLS, Savana e GL), dois modelos da TR4 (4x2 e 4x4), a Pajero Dakar (com opções a diesel e flex) e dois modelos ASX (4x2 e 4x4). No ano passado, foram emplacados quase 61 mil veículos com a marca Mitsubishi, numa variação de 9% frente a 2011, e espera-se a venda de 85 mil unidades em 2015, quase 40% a mais. Alguns modelos já são exportados para o Mercosul e há planos para exportação do ASX tão logo a empresa consiga suprir toda a demanda doméstica.

importado do Japão pela MMC desde 2010 e agora integralmente montado em Catalão. Além da linha dedicada ao ASX, a MMC já concluiu a instalação da fábrica de motores 2.0 que alimenta o crossover e realizou aproximadamente 95% do investimento total, com a expectativa de, no segundo semestre de 2014, produzir o Lancer nacional. Atualmente, a planta de Catalão produz quatro famílias de veículos, incluindo seis modelos da L200 Triton (HPE, GLS, GLX,

ÎÎ Mitsubishi ASX / importado Japão desde 2010 e agora integralmente montado em Catalão

ÎÎ L200 TritonGL / Seis modelos da caminhonete saem atualmente da planta da MMC no Sudeste do Estado

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ÎÎ TR4 e Pajero Dakar / SUV completam as quatro famílias de veículos da marca Mitsubishi produzidos em Catalão

Suzuki coloca Itumbiara no eixo produtivo A Suzuki do Brasil, como a Mitsubishi controlada pelo grupo Souza Ramos e pelo banco de investimentos BTG Pactual, programou um investimento inicial de R$ 150 milhões em sua fábrica, instalada em Itumbiara, Sul de Goiás, onde a empresa produz o jipe compacto Jimny desde novembro de 2012. Mas as operações comerciais no Estado, afirma a empresa, foram iniciadas em 2008. Nos primeiros 12 meses de produção, as vendas do Suzuki Jimny estão projetadas em 2 mil unidades e a montadora espera crescimento gradativo de suas operações, acompanhando o desenvolvimento do mercado.

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ÎÎ Jipe Jimny / Compacto da Suzuki do Brasil é produzido em Itumbiara

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Hyundai lança ix35, o 4º modelo produzido em Anápolis Perto de atingir o marco de 150 mil unidades produzidas anualmente na fábrica de Anápolis, instalada em área de 174 mil m2 de área construída no Daia, o Grupo Caoa/Hyundai lançou oficialmente, no final de 2013, o ix35 flex nacional. Com um investimento de R$ 600 milhões, a expectativa do grupo é fabricar 24 mil unidades do modelo por ano no local. O utilitário esportivo ix35 Flex é o quarto veículo fabricado na unidade goiana, onde a montadora produz o utilitário esportivo Tucson Flex e os comerciais leves HR e o HD78. 

ÎÎ ix35 flex | Com o lançamento, no final de 2013, expectativa do Grupo Caoa/Hyundai é fabricar por ano 24 mil unidades do modelo

ÎÎ Tucson Flex | Utilitário esportivo também é montado em Anápolis

ÎÎ HR e o HD78 | Comerciais leves completam a família Hyundai produzida no Centro-Oeste

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Os pulverizadores eram os únicos produtos das “Soluções Integradas John Deere ainda não produzidos no Brasil. Isso vai permitir que os produtores tenham acesso a financiamentos via Finame.

”

LEO MAROBIN, gerente geral da John Deere

John Deere aposta no produtor segmentos do agronegócio. Ainda com o nome Cameco do Brasil, a fábrica de colhedoras de cana de Catalão foi inaugurada em 1999, num investimento à época de US$ 40 milhões. As máquinas, até então, eram produzidas pela fábrica da Cameco Industries, que mantinha uma linha de produtos exclusiva para cana-de-açúcar em Thibodaux, no Estado de Louisiana, nos Estados Unidos. Um ano antes, a Deere & Company, dona da John Deere Brasil, já havia adquirido o controle global da Cameco e, em outubro de 2002, foi a vez da subsidiária brasileira assumir integralmente a operação da Cameco no Sudeste de Goiás. Hoje, a planta de Catalão, única a fabricar colhedoras de cana fora dos EUA, ocupa uma área de 22 mil m2, gerando 700 empregos diretos e mais de 300 de forma indireta. 

Integrante do parque industrial de Catalão, um dos territórios de atuação do programa CNI-BID, a John Deere investiu em torno de R$ 60 milhões para ampliar sua fábrica em Catalão e acomodar a linha de produção de pulverizadores, que entrou em operação em 2012 como parte de um projeto de nacionalização iniciado ainda em 2007. O primeiro modelo produzido pela unidade a chegar ao mercado foi o 4730, um pulverizador autopropelido até então importado pela empresa. Em maio de 2013, a fabricante iniciou a montagem do modelo 4630, também em Catalão. A expansão faz parte da estratégia da John Deere para consolidar sua participação no mercado brasileiro e permitiu à companhia ampliar o portfólio de produtos fabricados no País, oferecendo um pacote integrado de máquinas e implementos aos clientes em todos os

ÎÎ Máquinas e equipamentos / Também sediada em Catalão, a John Deere investe em expansão para consolidar participação no mercado brasileiro

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A promoção do Desenvolvimento Territorial no Contexto da CNI & FIEG

irmado em 4 de março de 2009, entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Fundo Multilateral de Investimentos (Fomin), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Programa de Apoio a Iniciativas de Competitividade Local teve como objetivo central o desenvolvimento de um Modelo de Ação Integrada das entidades que fazem parte do Sistema Indústria, juntamente com atores regionais, empresariais e institucionais, a partir de gestão público-privada, com a finalidade de promover vantagens competitivas dos territórios correspondentes.

força em face das ações envolvendo as cadeias produtivas ou cadeias globais de valor, que têm merecido maior atenção dos organismos de fomento, nacionais e internacionais, uma vez que a complexidade dessa nova economia encontra nelas maior campo de ação e atuação mais precisa e direcionada. De qualquer forma, o Projeto DT teve o mérito de ser flexível o bastante para adaptar-se aos diversos enfoques, seja territorial, setorial, local ou de cadeias de valor. Desde o Acre, com madeira e móveis; Espírito Santo, com rochas ornamentais; Goiás e Pernambuco, com a indústria automobilística, alcançou plenamente seus objetivos

Passados exatos cinco de sua execução, percebe-se que o projeto foi pioneiro e à frente de seu tempo, pois ousou lançar as bases para a promoção do desenvolvimento territorial, expressão que cunhou o título-fantasia – Desenvolvimento Territorial (DT). Apenas muito recentemente, essa denominação passou a ser considerada em seu sentido mais amplo e, mesmo assim, com razoável mescla de conceitos com desenvolvimento setorial. Infelizmente, a denominação desenvolvimento territorial e/ ou setorial, e mesmo local, perdeu

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ISMAEL GÍLIO, especialista setorial sênior do Fundo Multilateral de Investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Fomin/BID)

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e superou suas metas, integrando as entidades do Sistema Indústria com atores empresariais, locais, regionais e institucionais, envolvendo setores tradicionais e de tecnologia de ponta, em economias com diferentes características. Esse legado, tanto para a CNI, que se integra perfeitamente à recente publicação do Mapa Estratégico da Indústria, quanto para cada um dos Estados, encontrará, seguramente, aplicações em diversos outros territórios e segmentos empresariais. Em relação a Goiás, com a governança da FIEG e especial apoio do SENAI, o Projeto DT deixa legado de valor inestimável: envolvimento de todas as entidades do Sistema Indústria, incluindo o Centro Internacional de Negócios (CIN), forte apoio empresarial, par-

ticipação de entidades regionais e nacionais, ministérios, além da perfeita sintonia com o Governo do Estado, que sempre disponibilizou o apoio necessário, numa exata, adequada e equilibrada gestão público-privada em beneficio dos interesses, necessidades e demandas regionais. Adicionalmente, a partir de enfoque das empresas automotivas, tendo como âncoras a Hyundai e a Mitsubishi, e mais recentemente a Suzuki, o projeto abordou os setores de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas – em diversas localidades ou espaços territoriais do Estado –, que têm forte conexão com o expressivo setor agroindustrial, chegando até às tecnologias para tratamento e reciclagem de resíduos sólidos industriais.

Portanto, a partir de objetivo direcionado ao automobilístico, passando por diversos outros segmentos interligados, o Projeto DT alcançou abordagem setorial metalmecânica, mais ampla e integrada. Ao alcançar a conclusão, coroada de êxito, o Projeto DT em Goiás deixa como principal legado modelo de intervenção para a promoção do desenvolvimento territorial, que vai desde a pequena empresa local até as relações, missões e intercâmbios internacionais, passando pela inovação e pelo desenvolvimento tecnológico, expostos nesta publicação, e esperamos possa consolidar-se na atração de novos investimentos para o Estado, alguns dos quais já estão a caminho. 

ÎÎ Indústria automotiva goiana e o programa CNI-BID: legado de valor inestimável para a cadeia produtiva

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- APL - ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS – Conjunto de fatores econômicos, políticos e sociais, localizados em um mesmo território, desenvolvendo atividades econômicas correlatas e que apresentam vínculos de produção, interação, cooperação e aprendizagem. Os arranjos geralmente incluem empresas – produtoras de bens e serviços finais, fornecedoras de equipamentos e outros insumos, prestadoras de serviços, comercializadoras, clientes, etc., cooperativas, associações e representações – e demais organizações voltadas à formação e treinamento de recursos humanos, informação, pesquisa, desenvolvimento e engenharia, promoção e financiamento. - AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – Aplicação de técnicas, softwares e/ou equipamentos específicos em uma determinada máquina ou processo industrial, com o objetivo de aumentar sua eficiência, maximizar a produção com o menor consumo de energia e/ ou matérias-primas, menor emissão de resíduos de qualquer espécie, melhores condições de segurança, seja material, humana ou das informações referentes a esse processo ou, ainda, de reduzir o esforço ou a interferência humana sobre esse processo ou máquina. É um passo além da mecanização, onde operadores humanos são providos de maquinaria para auxiliá-los em seus trabalhos. - BALANCED SCORECARD (BSC) – Metodologia de medição e gestão de desempenho, desenvolvida pelos professores da Harvard Business School Robert Kaplan e David Norton, em 1992. Os métodos usados na gestão do negócio, dos serviços e da infraestrutura baseiam-se normalmente em metodologias consagradas que podem utilizar a TI (Tecnologia da Informação) e os softwares de ERP como soluções de apoio, relacionando-a à gerência de serviços e garantia de resultados do negócio. Os passos dessas metodologias incluem: definição da estratégia empresarial, gerência do negócio, gerência de serviços e gestão da qualidade. Esses passos são implementados por meio de indicadores de desempenho. O BSC (Balanced Scorecard) foi apresentado inicialmente como um modelo de avaliação e performance empresarial, porém a aplicação em empresas proporcionou seu desenvolvimento para uma metodologia de gestão estratégica.

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- BENCHMARKING – Termo inglês que significa “aferição”, de “benchmark”, que significa “marca de referência”, é a busca das melhores práticas na indústria que conduzem ao desempenho superior. É visto como um processo positivo e pró-ativo por meio do qual uma empresa examina como outra realiza uma função específica a fim de melhorar como realizar a mesma ou uma função semelhante. O processo de comparação do desempenho entre dois ou mais sistemas é chamado de benchmarking, e as cargas usadas são chamadas de benchmark. - BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento. - CADEIA PRODUTIVA – Conjunto de etapas consecutivas, ao longo das quais os diversos insumos sofrem algum tipo de transformação, até a constituição de um produto final (bem ou serviço) e sua colocação no mercado. Trata-se, portanto, de uma sucessão de operações (ou de estágios técnicos de produção e de distribuição) integradas, realizadas por diversas unidades interligadas como uma corrente, desde a extração e manuseio da matéria-prima até a distribuição do produto. A Association française de Normalisation (AFNOR) adota um conceito mais amplo, considerando a cadeia produtiva como um encadeamento de modificações da matéria-prima, com finalidade econômica, que inclui desde a exploração dessa matéria-prima, em seu meio ambiente natural, até seu retorno à natureza, passando pelos circuitos produtivos, de consumo, de recuperação, tratamento e eliminação de efluentes e resíduos sólidos. Compreende, portanto, os setores de fornecimento de serviços e insumos, máquinas e equipamentos, bem como os setores de produção, processamento, armazenamento, distribuição e comercialização (atacado e varejo), serviços de apoio (assistência técnica, crédito, etc.). - CKD – Complete Knock-Down, termo em inglês para definir conjuntos de partes de automóveis criados pela fábrica matriz ou pelo seu centro de produção para exportação e posterior montagem nos países receptores destes kits, geralmente fábricas menores ou com produção reduzida. - CNI – Confederação Nacional da Indústria, entidade máxima da indústria brasileira

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- CONDOMÍNIO INDUSTRIAL – Local onde alguns fornecedores escolhidos por montadoras se instalam junto a plantas de indústrias automotivas, eletrônicas, dentre outras, objetivando reduzir custos em estoques, processos, transporte e facilitar a integração entre os parceiros. - DAIA – Distrito Agro Industrial de Anápolis. - DIMIC – Distrito Minero Industrial de Catalão. - EMPRESA-ÂNCORA – Conceito utilizado para designar empresas que desempenham papel de liderança para um grupo de pequenas e médias empresas fornecedoras de produtos e serviços para ela. A cooperação vertical é forte entre as empresas-âncora e as empresas fornecedoras e existe um objetivo de promover o desenvolvimento da cadeia produtiva como um todo. - FIEG – Federação das Indústrias do Estado de Goiás, entidade classista empresarial, defensora dos interesses do segmento industrial. - FOMENTAR – Fundo de Participação e Fomento à Industrialização do Estado de Goiás, criado pela Lei n° 9.489, de 19/07/1984, com objetivo de incrementar a implantação e a expansão das indústrias para a promoção do desenvolvimento do Estado. - FOMIN – Fundo Multilateral de Investimentos - IEL – Instituto Euvaldo Lodi, instituição integrante do Sistema Indústria, com atuação na promoção de estágios e no desenvolvimento de pessoas e organizações. - INCENTIVOS FISCAIS – Fazem parte do conjunto de políticas econômicas que visam facilitar o aporte de capitais em determinada área por meio da cobrança de menos impostos ou de sua não-cobrança, visando ao aquecimento econômico do respectivo território, principalmente com capitais exógenos (de fora). Aparecem frequentemente na forma de isenção fiscal.

- METALMECÂNICO – A indústria metalmecânica (ou indústria metalomecânica ou metalúrgica, podendo ser ainda conhecida como metalurgia mecânica) incorpora todos os segmentos responsáveis pela transformação de metais nos produtos desejados, desde a produção de bens até serviços intermediários, incluindo máquinas, equipamentos, veículos e materiais de transporte. - PARQUE TECNOLÓGICO – Concentração geográfica de empresas, instituições de ensino, incubadoras de negócios, centros de pesquisa e laboratórios que criam um ambiente favorável à inovação tecnológica. À medida que passam a compartilhar do mesmo ambiente, geram benefícios econômicos para seus participantes e para as comunidades, devido à colaboração entre si. - PLANTA INDUSTRIAL – Unidade industrial, ou mesmo setor dentro de uma indústria- Farmoquímico – O termo origina de duas palavras gregas muito semelhantes: phármakon (medicamento) e phármacon (substância química usada como medicamento). Assim, as palavras farmoquímico e fármaco (no sentido de substância química usada como medicamento) e as expressões princípio ativo (para medicamento) e insumo farmacêutico ativo (IFA) são equivalentes. - POLÍTICA INDUSTRIAL – Conjunto coordenado de ações, envolvendo os setores público e privado, visando ampliar a competitividade da indústria. O objetivo final é impulsionar o crescimento econômico e o emprego do setor industrial. Assim, a política industrial é um componente de uma estratégia de fortalecimento da indústria e parte indispensável de uma política de desenvolvimento. A promoção da competitividade constitui o foco da política industrial praticada atualmente no mundo desenvolvido e em países que buscam promover seu desenvolvimento. - PORTO SECO – Porto Seco ou Estação Aduaneira Interior (EADI) Centro-Oeste é um terminal alfandegado de uso público, de zona secundária, destinado à prestação de serviços de movimentação e armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro.

- INSTITUTO MECCANO DE TECNOLOGIA – Especializado no fomento e na promoção da inovação tecnológica no setor industrial, sediado na cidade de Ancona, na Itália.

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- PRODUZIR – Programa do Governo do Estado de Goiás que incentiva a implantação, expansão ou revitalização de indústrias, estimulando a realização de investimentos, a renovação tecnológica e o aumento da competitividade estadual com ênfase na geração de emprego, renda e redução das desigualdades sociais e regionais. - PROGRAMA DE APOIO ÀS INICIATIVAS DE COMPETITIVIDADE LOCAL – Também denominado Projeto de Desenvolvimento Territorial (PDT), uma iniciativa da CNI destinada a realizar ações de estímulo à competitividade em setores considerados estratégicos em regiões pré-definidas. - SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, instituição integrante do Sistema Indústria, responsável pela formação da mão de obra que movimenta o setor produtivo e pela disseminação de tecnologia e inovação.

- SESI – Serviço Social da Indústria, instituição integrante do Sistema Indústria, promotora da qualidade de vida do trabalhador e de seus dependentes, com foco em educação, saúde, lazer e responsabilidade social. - SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) – Estrutura organizacional criada para gerir e garantir a qualidade, os recursos necessários, os procedimentos operacionais e as responsabilidades estabelecidas. - SISTEMISTA – Um fornecedor sistemista é uma empresa instalada dentro do condomínio industrial que divide os custos de infraestrutura, transporte, saúde, alimentação, entre outros serviços, possui relacionamento estreito com a empresa focal e é responsável pela industrialização de um importante sistema do automóvel.

Ô ÔR E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S . Goiás Industrial, Revista da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG) - ano 61, número 253 - Goiânia, agosto/2013 . Informativo SENAI, Órgão de divulgação do SENAI Goiás (extinto) - anos 16, 17 e 19, números 95, 100 e 109 - Goiânia, outubro/1998; setembro/1999; maio/2001 . Diagnóstico Setorial - Pesquisa de Prospecção de Empresas Afetas à Cadeia Automotiva para Participação do Edital Fundo 2 - Empresa Responsável: Asplan Consultoria Econômica - Setembro/2010 . Estudo Prospectivo do Segmento de Plástico em Goiás - Empresa Responsável: IEL Goiás - 1º semestre de 2014 . Consultoria de Avaliação do Sistema Indústria nos Estados do Espírito Santo, Pernambuco, Acre e Goiás . Empresa responsável: CMC Consultoria e Assessoria Empresarial Ltda. Porto Marinho Cenários, Estratégias e Tecnologia da Informação Ltda. - 2º semestre de 2011 . Coordenação nacional e estadual do projeto CNI-BID . Wikipédia - Enciclopédia Livre na Internet

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Fundo Multilateral de Investimento Membro do Grupo BID