janeiro | junho de 2014 · edição 13 · ano 7
Brasil se mobiliza para o salto da educação Ao assegurar 10% de seu PIB para a educação, País se prepara para uma virada histórica. É o que prevê o recém-aprovado Plano Nacional de Educação. Governo, sociedade civil organizada e empresas comungam o sonho de uma escola pública inclusiva e de qualidade
CORES
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Quem é coruja faz projetos sustentáveis saírem do papel. Quem é coruja busca compromisso de verdade. É por isso que a Eternit acredita e investe em seu portfólio de produtos. Oferecer soluções cada vez mais inteligentes e sustentáveis nos inspira a crescer de forma responsável. Para qualquer projeto, Goiás pode contar com a marca da coruja. • • • • •
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0800 021 1709 De segunda a sexta das 8h às 17h sac@eternit.com.br JANEIRO | JUNHO / 2014
a marca da coruja
ÍNDICE
CARTA AO LEITOR
SÍLVIO SIMES
Educação entra na pauta de prioridades do Estado brasileiro A aprovação pela Câmara dos Deputados do Plano Nacional de Educação (PNE), sintonizado com a Emenda Constitucional nº 59, e sancionado dia 25 de junho pela presidente Dilma Rousseff, se constitui em um marco na história da educação no Brasil, ao tempo em que consolida gloriosamente a luta de muitos brasileiros que dedicaram suas vidas a essa causa. O plano traz um conjunto de princípios e uma concepção estrutural, ao instituir um sistema nacional de educação com visão sistêmica, aplicado por meio do regime de colaboração e responsabilidade compartilhada entre União, Distrito Federal, estados e municípios. Os investimentos em educação estarão assegurados a uma parcela progressiva do Produto Interno Bruto (PIB). Será de 7% do PIB nos próximos cinco anos, chegando a 10% do PIB em 2024. O texto constitucional exclui a educação dos efeitos nocivos da Desvinculação das Receitas da União (DRU), proibindo o desvio de recursos para outras áreas. O PNE integra ao processo formativo a discussão e o respeito à diversidade e agrega o conhecimento trazido pelos saberes não tradicionais, com a perspectiva de uma formação humanística, científica, cultural e tecnológica, de caráter inclusivo. A educação é um dever do Estado, mas em torno dela gravita uma sociedade ansiosa por preparar os seus filhos para as demandas do século 21. E foi isso o que prevaleceu nas conclusões dos fóruns municipais, estaduais e nacional de educação, culminados com o plano. Nele, está expressa a garantia de políticas públicas em todas as etapas e modalidades, sendo integral e obrigatória no ensino básico, para crianças e jovens na faixa etária dos 4 aos 17 anos. E também a valorização do professor, com equiparação salarial com a dos profissionais de mesma titulação. A distância entre as metas e a realidade da escola pública no Brasil dá a dimensão do desafio a ser enfrentado nesta década. Trata-se, no entanto, de uma decisão estratégica, que guarda estreita relação com o desenvolvimento do país, e que não pode mais ser adiada. Será necessário um esforço conjunto e uma mobilização nacional para o alcance desse pleito. As empresas fazem parte desse processo e muitas têm uma atuação ativa. A educação predomina nas políticas de responsabilidade social corporativa e está entre as áreas com maior volume de investimento social privado. Nesse ambiente propício à troca de saberes, por certo as empresas terão muito a contribuir, transferindo o conhecimento que detêm em diversas áreas do conhecimento, como a de gestão, para a melhoria da escola pública. Excelentes projetos estão em curso, como mostra esta edição da revista CORES.
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Presidente da Fieg
Luiz Fernandes Dourado, da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação e do Conselho Superior da Capes comenta o Plano Nacional de Educação
Artigos
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CRIAÇÃO, PRODUÇÃO E PUBLICIDADE
Pedro Alves de Oliveira
Presidente do Conselho Temático de Responsabilidade Social Antônio de Sousa Almeida
Superintendente
José Eduardo de Andrade Neto cores@sistemafieg.org.br (62) 3219.1303
Gerente de Comunicação Geraldo Neto
Melhorar a escola pública desde suas raízes é o desafio que o Brasil terá que enfrentar nesta década. As estratégias e metas estão traçadas no Plano Nacional de Educação, que assegura escola pública integral, gratuita e obrigatória para a educação básica. Será preciso uma mobilização nacional para tornar realidade seus pressupostos
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da REDAÇÃO sintese@sintesecom.com.br
PUBLICAÇÃO
Ensino básico agora é integral e obrigatório
Pedro Alves de Oliveira Mundo do trabalho exige e Sesi e Senai mudam Katleem Marla Pires de Lima Educação é determinante no tripé do desenvolvimento sustentável Antônio de Sousa Almeida Cuidar do lixo é imposição legal e indício de cidadania Heribaldo Egídio Goiás é polo de referência da indústria farmacêutica no Brasil Marçal Henrique Soares Sindifargo vai a campo para implantar logística reversa
Conselho Editorial
Luciana Machado Márgara Morais Antônio de Sousa Almeida Leandro Gondim Silva Elaine Lopes Farinelli
www.sintesecom.com.br sintese@ sintesecom.com.br
Projeto gráfico
Edição
Design gráfico
Márgara Morais
(62) 9971-1118
margaramorais@gmail.com
CORES
Colaboração
Graciana Rizério
Bruno Galiza
Henrique Funari
Fotografia
Sílvio Simões Arquivos da Fieg-Ascom e empresas
Capa
Amós Messias Mendes, da escola Sesi Canaã (GO)
Impressão
Gráfica Kelps
Tiragem
5 mil exemplares
* Publicação dirigida e distribuição gratuita. As opiniões contidas em artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.
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Artigo
Mundo do trabalho exige e Sesi e Senai mudam Por Pedro Alves de Oliveira
O Sesi e o Senai de Goiás estão revendo seu modelo educacional. Propõem, para tanto, sair do conteúdo enciclopédico para o significativo, da ênfase na memória para o desenvolvimento de competências (conhecimento, habilidades e atitudes), do ensino cartesiano para a associação entre as diversas áreas, do giz e aula discursiva para o uso de tecnologias, aulas práticas e vivências. Em 2013, por exemplo, ambos priorizaram a capacitação de docentes nas vertentes tecnológica e pedagógica, para melhoria da qualidade dos processos educacionais. Houve aumento substancial no atendimento ao trabalhador da indústria e diversificação no modo de ensinar, com a entrada da robótica e da educação a distância, inclusive no nível técnico, e o início da implantação dos institutos Senai de Tecnologia em Alimentos e em Automação. A produção em educação profissional do Senai Goiás (formação inicial e continuada, educação profissional técnica de nível médio e educação superior) saltou de 142.847 matrículas em 2012 para 202.176 em 2013. Além disso, o Senai superou a meta estabelecida no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). No ano passado, o Senai efetivou 21.709 matrículas em ações de formação profissional, quando o previsto eram 20 mil. Os cursos foram desenvolvidos em 104 municípios goianos, em parcerias com prefeituras, associações, escolas e instituições beneficentes. Para 2014, sua previsão é ampliar em quase 50% a capacidade de atendimento, com oferta de 32.442 vagas, em 123 municípios, ou a metade dos 246 municípios existentes neste Estado. Nos três primeiros meses deste ano, o Departamento Regional de Goiás já contabilizava mais de seis mil matrículas, em cursos técnicos e de formação inicial e continuada.
Promover o desenvolvimento humano significa tornar as pessoas capazes de aprender novas habilidades, assimilar novos conceitos, avaliar novas situações, lidar com o inesperado O Sistema CNI se preocupa tanto com a realização de mudanças atualmente para que a educação no Brasil ajude nossas indústrias evoluírem em produção e competitividade. Para o País melhorar sua posição em padrões mundiais baseado no ranking de PISA (programa internacional de avaliação de estudante), é imprescindível que se aumente a qualidade da educação básica e se amplie a oferta e melhoria da qualidade da educação profissional. Entre as 144 nações avaliadas, o Brasil ocupa a 116ª posição em qualidade dos sistemas educacionais, 132ª em qualidade em matemática e ciências e 53ª em língua portuguesa. Há baixa capacidade de entendimento e expressão em português, baixo raciocínio matemático e baixa capacidade de raciocínio científico de resolução de problemas práticos. Tais conclusões sinalizam para a necessidade de um modelo de educação que favoreça o desenvolvimento econômico e social. Isso porque nossa educação peca pelo academicismo, insiste num ensino enciclopédico e faz do título e do diploma sua razão de ser. Assim, o Brasil, internacionalmente, é o país da “mesmice” e da “bacharelice”, sem capacidade de inovar, criar e competir. A empresa brasileira moderna, entretanto, anseia por profissionais que tenham bom senso, lógica de raciocínio, competência para se comunicar, aprendendo continuamente e preparados para trabalhar em
grupo, dominando plenamente seu ofício. Os novos tempos exigem uma educação realmente para o mundo do trabalho. Consolida-se o consenso sobre a necessidade de considerar tanto os conhecimentos de natureza mais acadêmica quanto o saber prático como condições essenciais para a formação de conceitos, competências e habilidades básicas. Promover o desenvolvimento humano significa tornar as pessoas capazes de aprender novas habilidades, assimilar novos conceitos, avaliar novas situações, lidar com o inesperado, realizar novas tarefas, serem críticas e criativas. Nesse contexto, não há como manter currículos escolares dissociados da realidade do mundo do trabalho. Inserção no mundo do trabalho se tornou impossível sem a capacidade de entender e fazer uso do raciocínio matemático e científico e o domínio da língua escrita e falada. A formação da criança, do adolescente e do jovem enfrenta o desafio de lidar com seres em fases muito especiais da sua existência, com todas as incertezas e transformações próprias de cada período de vida e todas as novas possibilidades que vão se abrindo para eles. As escolas Sesi, já reconhecidas pelo bom trabalho que executam, procuram fazer mais e diferente, formando pessoas bem informadas para a realidade atual, que acreditam em suas ideias, e sejam capacitadas a articular conhecimentos com soluções criativas e elevado nível de compreensão.
Pedro Alves de Oliveira (presidencia@sistemafieg.org.br) é presidente dos Conselhos Regionais do Sesi e do Senai de Goiás e da Federação das Indústrias do Estado de Goiás - Fieg
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Educação é determinante no desenvolvimento sustentável Por Katleem Marla Pires de Lima
O que torna um país competitivo? Os economistas são unânimes em afirmar que a competitividade de um país assenta-se na tríade da boa governança, infraestrutura eficiente e boa educação. Um ambiente favorável aos negócios precisa contar com regras claras e transparentes da administração pública, que ofereçam aos investidores e empreendedores a certeza jurídica e fluidez necessárias. A infraestrutura é fundamental à circulação dos bens e insumos, permitindo a celeridade que traz economia à produção. Já a boa educação é o celeiro de onde provêm as mentes inovadoras que desenvolverão a tecnologia imprescindível ao aprimoramento dos bens de consumo e serviços, como também as respostas do mercado às necessidades sempre crescentes da população. No entanto, há um elemento nesse tripé para o desenvolvimento que assume uma importância maior que os demais: a educação. Podemos fazer um exercício hipotético e tentar imaginar um cenário ideal para os negócios: uma administração pública desburocratizada e livre da corrupção com os gargalos da infraestrutura já superados. Será que neste cenário ideal haveria realmente condições favoráveis ao crescimento econômico se a questão da educação restasse ignorada? O Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil em Goiás (Fepetigo) acredita que não. A experiência dos diversos atores sociais que o integram já mostraram de maneira inequívoca que a ausência da educação tem reflexos nefastos na economia, sobretudo quando condena à miséria e à pobreza milhares de jovens que poderiam estar somando sua força de trabalho para a geração de riquezas.
A ausência da educação tem reflexos nefastos na economia, sobretudo quando condena à miséria e à pobreza milhares de jovens que poderiam estar somando sua força de trabalho para a geração de riquezas E é aí que conectamos os negócios ao trabalho infantil. Dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) 2009 mostram que em Goiás apenas 54,5% da população entre 15 e 17 anos está efetivamente frequentando o Ensino Médio. Significa que aproximadamente 145 mil jovens nessa faixa etária estão fora da escola. A baixa escolaridade dessa população não os permite ingressar no mercado formal de trabalho, conduzindo-os ao já saturado mercado informal, onde lhe são oferecidos os trabalhos penosos e mal remunerados, desprezados pelos trabalhadores adultos. A remuneração obtida com os trabalhos informais não responde às necessidades de subsistência desses jovens e eles tornam-se adultos incapazes de se autoproverem por meio do trabalho, exigindo do poder público a oferta de serviços básicos como moradia, saúde, educação, segurança pública e transporte. Essa população não participa da geração dos recursos para o custeio desses serviços, uma vez que a informalidade não gera receita para o Estado. Disso resulta uma carga tributária pesada para a economia formal, obrigada a prover meios de manter serviços públicos em escala crescente, destinados a uma população economicamente ativa, mas incapaz de produzir
riquezas. Outro aspecto da ausência da educação de qualidade é o fato da população afetada ficar economicamente prejudicada, considerando que os trabalhos em que poderá ser aproveitada são os informais e de pequena remuneração. Em outras palavras, a falta da educação produz uma massa de população de baixo poder aquisitivo, que afeta diretamente os negócios. Quando vemos um jovem aproveitado em trabalhos informais, estamos diante do resultado do nosso descaso com a educação. A proposta do Fepetigo é a de criar uma corrente pela educação que favoreça a promoção de nossos adolescentes e jovens, de sorte que eles possam se desenvolver e fazerem suas contribuições ao mundo do trabalho, gerando riquezas e sendo os protagonistas de um desenvolvimento sustentável e duradouro que só a educação é capaz de promover, a exemplo dos países desenvolvidos, que fizeram essa aposta histórica e até hoje colhem os bons resultados de uma educação de qualidade para todos. Veja como sua empresa pode contribuir com a educação em nosso Estado, seja fazendo gestão política ou apoiando iniciativas que buscam o aprimoramento da educação. Está em nossas mãos fazer as mudanças que desejamos para o crescimento de Goiás.
Katleem Marla Pires de Lima (katleemm.fepetigo@gmail.com) é auditora fiscal do Trabalho e coordenadora do Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil em Goiás - Fepetigo CORES
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Artigo
Investir nas pessoas assegura um mundo melhor Por Ivo Corrêa Faria
As empresas que pretendem continuar operando em um mercado cada vez mais competitivo, seja qual for o segmento, necessitam implementar sistemas de gestão que promovam a melhoria contínua da qualidade de seus processos, sendo esta uma peça chave no sucesso do negócio. Partindo desse princípio, vemos que a responsabilidade social, aplicada de forma sistêmica, agregada à gestão, tornou-se determinante para o crescimento e consolidação das empresas. Nesse contexto, a educação corporativa se mostra uma ferramenta eficaz para a propagação da responsabilidade social. As pesquisas apontam a satisfação dos trabalhadores em fazer parte de uma companhia que investe em sua capacitação profissional e no desenvolvimento de suas habilidades, sendo esse quadro ainda mais evidente entre os jovens, o que demonstra que essa é uma tendência a vigorar nos próximos anos. Investir na capacitação profissional dos colaboradores, assim como na melhoria da qualidade de vida deles, passou a ensejar uma nova mentalidade dentro das empresas. Incorporar a responsabilidade social ao negócio é, no entanto, uma estratégia de longo prazo, que exige adaptações e uma mudança efetiva na cultura organizacional. Mas os benefícios auferidos são inúmeros, como a redução do desperdício, o aumento na produtividade, a melhoria na qualidade do produto, a fidelização dos colaboradores e o incremento nos ativos intangíveis da empresa. Além disso, a prática da responsabilidade social ainda proporciona um ambiente favorável à inovação, fazendo com que haja uma sinergia em termos de resultados. A educação corporativa é mais do que um conjunto de treinamentos. É a inserção dos trabalhadores nos planos estratégicos da empresa. Até mesmo porque, uma orga-
A prática da responsabilidade social proporciona um ambiente favorável à inovação, fazendo com que haja uma sinergia em termos de resultados nização que passa por esse processo adquire autoconhecimento e maturidade. Essa é a experiência que colhemos na Pontal Engenharia, empresa que atua na construção e incorporação de edifícios residenciais, com 28 anos no mercado. Desde os anos 90, a construtora vem investindo em capacitação, treinamento e em atividades que geram prazer aos colaboradores. As ações foram conduzidas mediante um planejamento estratégico e os resultados da adoção de uma política de responsabilidade social fizeram com que os colaboradores realmente vestissem a camisa da empresa, sentindo eles próprios responsáveis pela qualidade dos produtos comercializados por ela. Os ganhos de produtividade foram da ordem de 17%. A grande maioria dos trabalhadores continua até hoje no quadro da empresa. Uma pesquisa com os colaboradores sazonais apontou que 100% deles gostariam de trabalhar na construtora novamente. Os resultados sinalizaram que a empresa estava no caminho certo, mas que era preciso ir além, no sentido de garantir a efetivação dessas conquistas. Foi aí que a diretoria passou a considerar a necessidade e a importância de se obter a certificação do sistema de gestão integrado, visando balizar sua política. Assim, em 2010, a empresa passou a ser certificada pela NBR 16001, a norma brasileira que chancela as boas práticas de responsabilidade social. Detentora de outras
certificações, como a do PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat), a ISO 9001 (qualidade), a NBR ISO 14001 (meio ambiente) e a OHSAS 18001 (saúde e segurança), a Pontal Engenharia tornou-se, já em 2010, a primeira construtora do país a obter essas cinco certificações. Paralelamente, concorrendo em diversos certames, conquistou o 1° lugar estadual e nacional por duas vezes consecutivas no Prêmio Sesi de Qualidade no Trabalho (PSQT-2010 e 2012), na modalidade Desenvolvimento Socioambiental; 1º lugar no Prêmio Chico Mendes 2012, na modalidade Gestão Socioambiental Responsável; 1º lugar nacional no Prêmio Fecomércio de Sustentabilidade 2012, na categoria grande empresa; 1º lugar nacional no Prêmio CBIC de Responsabilidade Social 2011, categoria empresa; 2º lugar no Prêmio Goiás de Gestão Ambiental 2011, na modalidade Educação Ambiental Corporativa; dentre outros. A empresa entendeu a importância da educação no âmbito do desenvolvimento sustentável, considerando seu tripé social, ambiental e econômico, ao mesmo tempo em que ampliou o seu conceito de qualidade e passou a se relacionar com todas as partes envolvidas no processo: os clientes, os colaboradores, os fornecedores, o poder publico, a comunidade e o meio ambiente. Com isto, pode-se concluir que todo investimento no ser humano traz resultados surpreendentes.
Ivo Corrêa Faria (ivo@pontaleng.com.br) é engenheiro civil e diretor executivo da Pontal Engenharia
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pontal
Educação corporativa pontua valores inerentes à missão Motivada pela necessidade de fortalecer a cadeia de stakeholders, construtora goiana ganha visibilidade no mercado ao seguir a norma brasileira de responsabilidade social
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tender aos quesitos da responsabilidade socioambiental na condução do negócio e na execução das atividades produtivas é um princípio adotado pela Pontal Engenharia. A empresa se distingue por ter sido a primeira construtora goiana certificada pelo ICQ Brasil (instituto acreditado pelo Inmetro), com a NBR 16001, a norma brasileira de responsabilidade social. Em Goiás, e mesmo no Brasil, ainda são poucas as empresas certificadas pela NBR 16001. Ao seguir a norma, a empresa está sujeita a auditorias externas que de tempos em tempos são feitas com o intuito de conferir e validar o cumprimento das boas práticas corporativas. O ICQ Brasil também certificou o Sistema Integrado de Gestão (SIG) da empresa em outras áreas, o que fez com que a Pontal se tornasse a construtora com o maior número de certificações expedidas pelo instituto. No rol de normas estão a NBR ISO 14001 (meio ambiente), OHSAS 18001 (saúde e segurança), NBR ISO 9001 (qualidade) e PBQP-H nível A (práticas construtivas). As certificações, em seu conjunto, dão transparência ao negócio e reforçam a conduta ética incorporada pela empresa. Nos postulados da missão, é regra fundamental levar satisfação às pessoas, com base no conceito de morar e viver bem, respeitando o meio ambiente, a comunidade, a saúde e segurança dos trabalhadores. Conceitos que expressam valores transferidos à empresa por seu presidente e fundador, o engenheiro Ricardo Mortari Faria. O tripé do desenvolvimento sustentável, que preconiza o atendimento aos aspectos sociais, econômicos e ambientais está incorporado à gestão. Na prática, isso significa agregar aos produtos os valores defendidos pela empresa. “Ao adotarmos esse modo de ser e fazer as coisas, compondo e incluindo as necessidades e interesses das partes envolvidas em nosso negócio, toda a cadeia se fortalece”, diz a engenheira Ambiental, Grace Cury, gerente ambiental do Sistema Integrado de Gestão (SIG). Inicialmente, o que a construtora fez foi levar esses conceitos ao entendimento dos trabalhadores, valorizando o papel de cada
Colaboradores valorizam aquisição de novos conhecimentos e comemoram conquistas na educação um na construção de um mundo melhor. Estes, por sua vez, passaram a atuar como facilitadores e multiplicadores das ideias tangentes ao desenvolvimento sustentável, ao verem que o bem-estar pretendido pela empresa alcancaria os colegas, a própria família e a comunidade. “Apesar de conceitualmente simples, trata-se de um processo de evolução do indivíduo em sua totalidade”, explica Grace Cury. “Os resultados são de médio e longo prazo e exigem investimentos, perseverança e constante treinamento para se chegar a uma mudança de mentalidade”, diz ela. Projetos e iniciativas em curso Alfabetização - empresa não tem restrição para contratar pessoas analfabetas, já que todas têm a oportunidade de se alfabetizar; o ensino, ministrado pelo Sesi, no canteiro de obras, é bancado pela construtora, bem como a infraestrutura, material didático e lanche. Ensino de jovens e adultos (EJA) - empresa adota programa em atendimento à solicitação feita pelos próprios colaboradores, fornecendo-lhes educação básica e oportunidade de inclusão social. Qualificação e aperfeiçoamento - agenda re-
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gular mantida com o Senai e Sinduscon (sindicato patronal da indústria da construção), parceiros nas ações de qualificação profissional. Computação - curso realizado no canteiro de obras, com instrutores do Sesi, visando a inclusão social dos trabalhadores da construção civil. Treinamento - prática constante com o fim de atender aos requisitos admissionais e procedimentais e orientar os colaboradores para a adoção de boas práticas e bons hábitos, com foco na melhoria contínua dos sistemas. Redução do absenteísmo - programa de premiação estimula colaboradores a não faltarem ao trabalho. Ganhadores podem optar por material de construção, eletrodoméstico ou compras de supermercado. Leitura de projetos - curso facilita o entendimento sobre dados técnicos de projetos e agrega valor ao escopo de iniciativas visando o aperfeiçoamento profissional dos colaboradores. Palestras e apresentações - abordagem de temas diretamente relacionados com as necessidades dos colaboradores da empresa, como: saúde, higiene, economia doméstica, os quais visam o bem-estar dos colaboradores e de suas famílias.
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CRC-GO
Resolução traz segurança para contadores e empresas Carta de Responsabilidade da Administração sela compromissos entre contadores e empresas, além de proteger o empresário em suas ações futuras Por Naiara Gonçalves
Elione Cipriano da Silva, presidente do CRC-GO: “Contadores e empresários ganham com a oficialização de responsabilidades”
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m novo documento, publicado por meio da Resolução 1.457/2013, do Conselho Federal de Contabilidade, veio delimitar as responsabilidades administrativas das organizações. Trata-se da Carta de Responsabilidade da Administração, que oficializa o papel da organização, por meio do sócio/empresário, e mede as ações que envolvem a legalidade ou a irregularidade nas questões financeiras das empresas. Por força de resolução, o profissional de contabilidade é obrigado a apresentar este documento à empresa e colher sua assinatura a cada final de exercício contábil. De acordo com o presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRC-GO), Elione Cipriano da Silva, com a oficialização de responsabilidades, o empresário tem o dever de acompanhar as ações praticadas em sua organização. Entre elas, estão cuidados com dinheiro, transações financeiras que envolvem a pessoa jurídica, bem como a administração em si. Isso vale para qualquer empresa. A Carta expressa a preocupação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras
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(COAF), órgão do Ministério da Fazenda, de cumprir a legislação. Trata-se de um instrumento que legitima a participação do contador, seja ele pessoa física ou jurídica, no controle interno da empresa e nas tratativas de gestão. “A Carta de Responsabilidade da Administração dá confiabilidade às informações, evitando irregularidade sobre transações financeiras e imprimindo transparência ao processo”, explica Elione Cipriano da Silva. A nova resolução tem repercussão em todas as esferas de âmbito federal, estadual e municipal. O vice-presidente de Fiscalização, Ética e Disciplina do CRC-GO, Wagner Felipe Filho, acrescenta que o documento irá facilitar a gestão e proteger o empresário em suas ações futuras. “A clareza descrita no texto da Carta faz com que o empresário/administrador se sinta protegido e o contador possa atuar de forma clara, transparente e segura, em condições de exercer uma assessoria contábil com a visão plena da gestão da empresa, ressalta Wagner. Ele frisa que essa assessoria vai da área contábil à administrativa, diretamente integradas na empresa. “É fundamental que o empresário procure um profissional atualizado com a legislação vigente e afinado com as orientações do conselho que o representa”, acrescenta. A Carta também será fiscalizada pelos conselhos regionais. Para a vice-presidente de Controle Interno do CRC-GO, Maria Luzia da Silveira Rodrigues, com a Carta, a responsabilidade não fica totalmente sobre os profissionais contadores. “Atualmente, o mundo contábil e dos negócios vem evoluindo de tal forma que há uma necessidade crescente de aperfeiçoar as relações entre as partes, e a Resolução 1.457/2013 caminha nessa direção”, diz ela. De acordo com o economista e assessor da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Rui Dias da Costa, a Carta de Responsabilidade da Administração materializa os compromissos e responsabilidades entre os envolvidos. “Não há dúvidas de que teremos uma relação mais madura, responsável e transparente, que irá propiciar o crescimento da classe contábil”, finaliza. JANEIRO | JUNHO / 2014
“A Carta protege o empresário em suas ações futuras e permite ao contador atuar de forma transparente e segura, exercendo uma assessoria contábil com a visão plena da gestão da empresa” Wagner Felipe Filho, Vice-presidente de Fiscalização, Ética e Disciplina do CRC-GO
Carta confere lisura à gestão Resolução 1.457/2013, do Conselho Federal de Contabilidade, exige que seja acrescentada nos contratos de prestação de serviços contábeis a obrigatoriedade do fornecimento da Carta de Responsabilidade da Administração para cada encerramento de exercício. Ela só precisará estar estipulada nos contratos de prestação de serviço com novos clientes ou quando ocorrer renovação de contrato. A Carta de Responsabilidade da Administração é um documento emitido pela empresa, assegurando a idoneidade de todas as informações e documentos repassados para a realização da escrituração contábil.
CORES
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Artigo
Cuidar do lixo é imposição legal e indício de cidadania Por Antônio de Sousa Almeida
Um problema vivido pela sociedade brasileira hoje e nos próximos anos é o que fazer com o lixo. Os aterros sanitários são poucos e estão lotados; em sua maioria, estados e municípios não têm plano de gestão. O crescimento da população, aliado ao aumento da demanda de consumo, os hábitos consumistas e a quantidade de novos produtos, facilmente descartados por outros mais modernos, estão causando um estrago grande ao ambiente. Ainda temos muitos lixões, nos quais, pessoas pobres, e em condições degradantes, tiram dali seu sustento. E pensar que o lixo é, por outro lado, uma fonte de riqueza, podendo dele ser extraído inúmeros materiais possíveis de serem reaproveitados, reciclados ou retornarem às indústrias como matéria-prima para a fabricação de novos produtos, é algo que não podemos deixar escapar. Em agosto de 2010, o governo federal publicou a Lei nº 12.305, instituindo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instrumento que veio para disciplinar a gestão do lixo em nosso País. A lei trouxe avanços para a solução de um problema de proporções gigantescas, sobretudo ao dividir com os cidadãos a responsabilidade pela destinação ambientalmente adequada do lixo que produzem. Nada mais certo, já que todos nós fazemos parte da cadeia dos chamados entes geradores de resíduos. Alguns setores da indústria estão obrigados a instituir o sistema de logística reversa, expediente caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar o retorno dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento em seu ciclo produtivo, em outros ciclos, ou dar a eles outra destinação.
Só há um caminho a seguir, e ele passa, necessariamente, por um processo de educação, capaz de cultivar nas pessoas a vontade de adotar novos hábitos e comportamento
No entanto, a lei só sairá do papel, se houver a adesão do cidadão-consumidor, notadamente no caso da logística reversa. Só há um caminho a seguir para que isso aconteça, e ele passa, necessariamente, por um processo de educação, capaz de cultivar nas pessoas a vontade de adotar novos hábitos e comportamento. Esse aprendizado incide nos valores que cada um de nós guarda dentro de si mesmo. Cabe ao governo federal, estados e municípios cumprir a sua parte, dando providência ao que está estabelecido em lei. Ao mesmo tempo, participar do esforço de conscientização da sociedade e apoiar as indústrias, para que possam fazer frente aos desafios enfrentados na questão do lixo. A gestão do lixo passou a ser uma preocupação das empresas. Isso explica o fato de os programas de coleta seletiva serem os que mais prosperam internamente, por iniciativa de empresas que querem conscientizar seus trabalhadores. Estes, por sua vez, se sentem motivados a participar de uma ação coletiva para o bem da sociedade. É importante ressaltar que a educação, voltada para a cidadania, é uma ideia disse-
minada no meio empresarial. Muitas companhias têm feito investimentos pesados nessa área, a exemplo das que estão presentes nesta edição da revista CORES. A boa notícia em relação ao lixo é que ele está permitindo a inclusão social de pessoas e famílias que se dedicam à coleta seletiva, sendo este um dos objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos. O fato mais recente é o desta Copa do Mundo. O lixo produzido nos estádios que receberam os jogos, e no entorno deles, foi coletado e encaminhado à reciclagem em cooperativas. A Coca-Cola Brasil, em parceria com a Fifa, responsabilizou-se pelo gerenciamento dessa ação. Foram treinados para a tarefa 840 catadores. Eles receberam uniformes, um valor fixo pelo dia de trabalho, alimentação e transporte, e ganharam com a venda do material. A seleção dos profissionais foi feita por 160 cooperativas ligadas ao Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR). Essa experiência foi implantada na Copa das Confederações e resultou na coleta de 65% do volume de lixo gerado no evento, o correspondente ao montante de 320 toneladas.
Antônio de Sousa Almeida (antonio@kelps.com.br) é presidente do Conselho Temático de Responsabilidade Social da Federação das Indústrias do Estado de Goiás – Fieg – e do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado de Goiás – Sigego
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Artigo
Responsabilidade social começa dentro de casa Por Mario Cesar Lucas Ribeiro de Freitas
Nos últimos anos, mudanças em praticamente todos os segmentos de mercado trouxeram acirramento da concorrência empresarial e a exigência de maior competitividade por parte das empresas. As organizações viram-se impelidas ao desenvolvimento de novas competências para sobreviver neste cenário, incluindo a formação e qualificação de seus colaboradores. Mas o investimento em treinamento de pessoal não atende apenas à necessidade mercadológica, é responsabilidade social das empresas, na atualidade. Considerando a importância da educação para o desenvolvimento sustentável das empresas e o quanto ela reflete na satisfação e motivação dos colaboradores, a EBM Desenvolvimento Imobiliário optou por seguir um programa de capacitação e aperfeiçoamento profissional que atendesse aos quesitos da responsabilidade social, em proveito da empresa e de seus trabalhadores. Os resultados dessa iniciativa podem ser medidos por indicadores de desempenho que colocam a empresa em posição de destaque no segmento de sua atuação e negócio. A empresa adotou indicadores estratégicos, como a taxa de rotatividade de pessoal (turn-over) voluntário e involuntário – sempre muito baixo para as médias do setor – e a grade de treinamento para medir e avaliar seu desempenho internamente. Quase que dobrou a quantidade de horas de desenvolvimento profissional em 2013, em relação aos três últimos anos, ampliando a gama de conhecimentos com novas abordagens na área de produção e liderança. Em 2010, a quantidade de horas de desenvolvimento profissional por colaborador estava na casa de 26,32. Um ano depois, o número teve uma leve queda (25,41), o que foi recuperado no ano seguinte (27,41). No entan-
Programa de desenvolvimento profissional ampliou a gama de conhecimentos com novas abordagens na área de produção e liderança
to, o grande salto ocorreu em 2013, quando passou para 50 horas a carga horária relativa à capacitação e aperfeiçoamento profissional por colaborador. Já o investimento financeiro cresceu quase quatro vezes no mesmo período. Em 2010, era R$ 78,1 mil; no ano seguinte, R$ 114 mil e, em 2012, R$ 142,1 mil. No ano passado, chegou a R$ 250 mil. As palestras multitemáticas e os workshops de formação colaborativa foram agregados a uma base única de gestão, com a criação da Universidade Corporativa em 2012. No ano seguinte, esta passou a agregar também programas de desenvolvimento e capacitação, desde as lideranças até às equipes de obras. A Universidade Corporativa compreende os seguintes programas: Carreira de Sucesso, Obra Nota 10, Start, Formação de Líderes, Multiplicadores e Crítica Construtiva (CRICO). Muitos colaboradores que ocupam hoje cargo de liderança e até de diretoria, iniciaram suas atividades como estagiários. A empresa investe em ações voltadas à profissionalização de mais de 60 jovens estagiários. São treinamentos, palestras, entre outras atividades, com o intuito de oferecer
oportunidade de trabalho e ampliação dos conhecimentos curriculares. O programa Start é um deles. Com duração de dois anos, oferece aos jovens a possibilidade de crescimento pessoal e profissional. O projeto permite, a cada seis meses, que o estagiário acompanhe uma nova área da empresa. Essa ação garantiu à EBM o 1º lugar como Melhor Prática de Estágio da região Centro-Oeste, em 2013, de acordo com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL Goiás). Pesquisa de market share (associa desenvolvimento comercial ao desenvolvimento profissional e pessoal das equipes), realizada pela Ademi-GO em 2013, distingue a EBM com o melhor desempenho em vendas, em Goiânia. No mesmo ano, a empresa também esteve entre as 19 melhores para se trabalhar no Centro-Oeste, conforme os indicadores do Instituto Great Place to Work. A realidade tem nos mostrado que os investimentos em educação estão na linha de frente das ações de responsabilidade social das empresas. Além de capacitarem os colaboradores para o trabalho, se constituem em fator de motivação, ao agregarem pessoas a um objetivo comum. Isto faz toda a diferença no ambiente interno.
Mario Cesar Lucas Ribeiro de Freitas (mario.cesar@ebm.com.br) é gerente administrativo na EBM
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a ebm valoriza e investe na formação de profissionais e cidadãos melhores. A EBM acredita que desenvolvimento comercial e responsabilidade social andam juntos. A empresa reforça seu papel investindo em ações e projetos que buscam o desenvolvimento e a capacitação profissional de seus colaboradores.
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Novo modelo de educação vê o indivíduo no todo Fatores distintos, que vão do econômico ao social, atuam de forma combinada e projetam o novo cenário da educação no Brasil. Nele, educação e inclusão social estão em confluência, bem como a agregação de novos saberes ao conhecimento produzido pela humanidade. É nesse contexto que o país acaba de instituir sua política pública para as próximas décadas, consubstanciada no Plano Nacional de Educação.
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aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), em consonância com a Emenda Constitucional nº 59, de 11/11/2009, sancionado dia 25 de junho pela presidente Dilma Rousseff, é um sinal claro de que a educação finalmente entrou na pauta de prioridades do Estado brasileiro. A Câmara dos Deputados já tinha endossado a nova política pública, assegurando os investimentos em educação a uma parcela progressiva do Produto Interno Bruto (PIB). Será de 7% do PIB nos próximos cinco anos, chegando a 10% do PIB em 2024. O texto constitucional exclui a educação dos efeitos nocivos da Desvinculação das Receitas da União (DRU), proibindo o desvio de recursos para outras áreas. O plano traz um conjunto de princípios e uma concepção fundante e estrutural, ao instituir um sistema nacional de educação, com visão sistêmica, aplicado por meio do regime de colaboração e responsabilidade compartilhada entre União, Distrito Federal, estados e municípios. Entre seus pressupostos, está o oferecimento de uma educação democrática e ampla para todos, e integral e obrigatória para crianças e jovens na faixa etária de 4 a 17 anos.
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O desafio inerente ao ensino e à aprendizagem está em integrar os saberes com uma abordagem global e interdisciplinar do conhecimento
Com o novo plano, ensino integral passa a ser obrigatório para crianças e jovens de 4 a 17 anos A União terá dois anos para instituí-lo, cabendo aos demais entes federados elaborar seus próprios planos, os quais serão avaliados a cada 4 anos. O PNE foi articulado com a participação da sociedade brasileira, por meio dos fóruns municipais, estaduais e nacional de educação e prevê formas de a sociedade monitorar e avaliar a qualidade do ensino no Brasil. A nova política prevê a formação inicial e continuada de professores, com equiparação salarial com os profissionais de mesma titulação; investimento na expansão e reestruturação das redes físicas, e em equipamentos educacionais, como livros, laboratórios de informática, redes de internet e novas tecnologias. Os recursos também serão utilizados para financiar a educação infantil e especial, os programas como o do ensino técnico e emprego (Pronatec), o de
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bolsas em faculdades privadas (Universidade para Todos - ProUni), o financiamento estudantil (Fies) e o de bolsas para estudo no exterior (Ciência sem Fronteiras). O financiamento custo-aluno, a ser adotado nos dois primeiros anos, deverá ser compatível com um conjunto de padrões mínimos de qualidade de ensino, estabelecidos no texto constitucional. Os avanços a que o plano propõe e os desafios que o Brasil terá que enfrentar para torná-lo uma realidade são abordados na entrevista concedida à revista CORES (página 28), pelo professor, doutor Luiz Fernandes Dourado, que integra a Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação e o Conselho Superior da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), e que participou da formulação do plano.
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Educação integral - Nesse cenário de confluência entre educação e inclusão social, se fortalecem os pressupostos da educação integral, cujas referências históricas estão nos ideais de educação democrática propostos por Anísio Teixeira na primeira metade do século XX. A partir de 1990, o tema ganha outra dimensão e caráter, refletidos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que sinaliza como horizonte o aumento progressivo da jornada escolar, a valorização de ações educacionais para além do currículo escolar padrão e a necessária articulação entre escola e sociedade. No mesmo sentido apontou a Constituição Federal de 1988, expressando uma perspectiva dupla de proteção social e qualidade da educação, ao fortalecer a educação como um direito social fundamental e estabelecer uma ampla rede de proteção à criança e ao adolescente, regulamentada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Estudo realizado pela Fundação Itaú Social e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), sob a coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), compilado na publicação Tendências para Educação Integral, aponta a educação integral como instrumento de inclusão social e traz a opinião dos educadores sobre os novos postulados de ensino e aprendizagem, cujo grande desafio é integrar os saberes com uma abordagem global e interdisciplinar do conhecimento. Ana Lúcia Braga, do projeto Escola Viva na Rede, do Instituto Kairós, diz que a educação de hoje deve entender o ser humano como um processo. “O saber do passado não é o passado, é o saber da sociedade que está se transformando e se abrindo para o que há de novo”.
homem, mundo e sociedade, tendo por base o respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade. “A escola tem que ser atrativa para estimular o aluno a ver nela uma esperança de se tornar um cidadão produtivo, autossuficiente, participativo nos desafios de construir um espaço em que ele possa se sentir respeitado, orgulhoso de pertencer à sua comunidade, ao seu país, ao planeta Terra”, diz a professora Marilene Raio. A necessidade de se integrar os saberes para uma formação plena é um pensamento unânime. Dentre esses saberes, a música e as artes, em suas mais diversas expressões, têm colhido resultados surpreendentes, com experiências que transformaram a vida de muitas crianças e adolescentes. A música tem correlação com as ciências, a exemplo da matemática, ajudando a construir o pensamento lógico, além de interagir culturas de diferentes matizes. O site educarparacrescer.abril.com.br traz a opinião dos educadores: “A música contribui para a formação integral do indivíduo, reverencia os valores culturais, difunde o senso estético, promove a sociabilidade e a expressividade, introduz o sentido de parceria e cooperação, e auxilia o desenvolvi-
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O pesquisador e doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP), Nelson Pretto, fala da necessidade de considerar esse movimento contemporâneo uma oportunidade de aproximar novas e antigas tecnologias ao processo educativo, que leve em conta os aspectos multiculturais e multiraciais. Os estudos realizados pela Fundação Itaú Social, Unicef e Cenpec, bem como a íntegra dos artigos dos professores citados nesta matéria, estão acessíveis nos sites www.educacaoeparticipacao.org.br e www. fundacaoitausocial.org.br. Novos saberes - A educação está inserida em um contexto de transformação, com mudanças na visão e na concepção dos modelos de ensino, traduzidos por uma diversidade de novos conteúdos, formas e meios de se educar. Apreender o conhecimento acumulado pela educação tradicional e agregar a ele novos saberes inerentes ao mundo contemporâneo, é uma tendência mundial, a que o Brasil vem seguindo. As distinções que separam e enquadram as disciplinas acadêmicas até então estabelecidas são insuficientes para atender a grande diversidade de fenômenos culturais e sociais que caracterizam o mundo pós-industrial, ao qual se convencionou chamar de a Era do Conhecimento. Os tempos atuais colocam em evidência os processos de construção do conhecimento que valorizam o pensamento relacional, articulado, crítico e criativo no contexto da educação. O aluno passa a ser considerado na perspectiva de sua integralidade como ser humano. “O século 21 exige uma formação multifacetada que permita ao jovem interpretar e expressar, com clareza, pontos de vista, posições críticas sobre os fatos e capacidade transformadora de processos e juízos de valores que um mundo em mutação, no qual vivemos, requer”, diz a professora Marilene Raio, do Centro Cultural Guia Aprendendo a Aprender, que prepara jovens pré-vestibulandos em redação, na faixa etária de 12 a 18 anos. “Educar o jovem para expressar suas ideias com clareza, coerência e conhecimento de sua própria realidade é o maior desafio dos regimes democráticos que se firmaram nos ideais de prosperidade que desfrutamos de forma fragmentada e desigual”, ressalta. Relações de troca - As novas práticas educativas se baseiam numa política horizontalizada, em que professores e alunos ensinam e aprendem, superando diferenças de geração, conforme preconizado pelo brasileiro e notório educador Paulo Freire: “Só ensina quem aprende e só aprende quem ensina”. Esse é um processo de mão dupla, de diálogo, que passa por uma visão ampla de
A educação preconizada no século 21 vê o aluno na perspectiva de sua integralidade como ser humano
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mento motor, pois trabalha com a sincronia de movimentos”. Ao entrar em contato com a música, zonas importantes do corpo físico e psíquico são acionadas - os sentidos, as emoções e a própria mente. Em conformidade com esse pensamento é a Lei nº 11.769, de 18/8/2008, que veio consolidar o que muitas escolas já estão fazendo, ao dispor sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica. Nas escolas, a música não deve ser necessariamente uma disciplina exclusiva. A ideia é trabalhar com uma equipe multidisciplinar e, nela, ter entre os profissionais o professor de música. Cada escola tem autonomia para decidir como incluir esse conteúdo de acordo com seu projeto político-pedagógico. Tecnologia agregada - Outros fatores, como inovação e tecnologia, estão concorrendo para as transformações sociais no Brasil e no mundo, e também na educação. As crianças aprendem a ler e a contar por meio de abordagens interativas que incluem jogos, brincadeiras, música e artes de um modo geral. O acesso às tecnologias de informação, a internet e, particularmente o advento das redes sociais, induzem a outras realidades. Nas escolas públicas, no entanto, a inclu-
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são digital ainda é um embrião, mesmo com a chegada dos computadores, notebooks, tablets e smartphones. O problema maior, nesse caso, reside nos professores. Em entrevista recente à novaescola.org.br, por ocasião do evento Transformar 2014, realizado em São Paulo, Mitchel Resnik, diretor do Laboratório de Mídia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) diz que o grande desafio está na qualificação dos professores para lidar com os instrumentos que a tecnologia oferece. Para Resnik, apesar de virem incorporando as lousas digitais e projetores multimídia, os professores têm dificuldades em desenvolver estratégias que usem esses recursos para ensinar os conteúdos. “As novas tecnologias ainda servem com frequência para reproduzir um modelo tradicional, com aulas expositivas e pouca construção coletiva do conhecimento”, declarou. Diálogo intersetorial - As parcerias público-privadas e de composição de redes cada vez mais vêm influenciando a arquitetura de gestão que se observa na implementação da educação integral, com a associação de escolas, organizações não governamentais e empresas. A educação está entre as áreas com maior volume de investimento social privado, e os projetos relacionados a ela são os que JANEIRO | JUNHO / 2014
A música e as artes ajudam a construir o pensamento lógico e a interagir culturas de diferentes matizes
Os projetos na área da educação estão entre os que mais recebem investimento social privado no Brasil
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têm maior adesão por parte das empresas. O motivo é claro: os projetos focados na educação fazem muito bem a interlocução entre as empresas e a comunidade, bem como aos demais segmentos de sua cadeia produtiva, também chamados de stakeholders. Ajudar a comunidade na gestão da escola pública está entre as principais políticas de responsabilidade social corporativa no Brasil, conforme se observa no estudo Investimento Social Privado no Brasil - Tendências, Desafios e Potencialidades, publicado pelo Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), entidade sem fins lucrativos, que congrega grande parte das organizações que realizam investimento social privado no país (www.gife.org.br). A indústria, representada pelas federações nos estados e por sua confederação nacional, a CNI, participa de todos os fóruns cuja pauta seja a formulação de políticas públicas. Foi assim com a Política Nacional de Resíduos Sólidos e, agora, com o Plano Nacional de Educação. Em seu artigo Mundo exige e Sesi e Senai mudam (ver página 4), o presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Pedro Alves de Oliveira, diz que para o País melhorar sua posição em padrões mundiais baseado no ranking de PISA (programa internacional de avaliação de estudante) é imprescindível que se aumente a qualidade da educação básica e se amplie a oferta e melhoria da qualidade da educação profissional. Em sintonia com as instruções do PNE, as escolas da rede Sesi Senai em Goiás introduziram novas metodologias de ensino e saberes inerentes à linguagem atual para atender as demandas do mundo do trabalho. Desde 2013, elas ministram aulas de robótica. Capacidade de inovação, criatividade, raciocínio lógico, trabalho em equipe e valores humanos são os novos conceitos, fortalecidos com a disciplina (ver página 42). As empresas, de outro modo, reúnem condições ideais para contribuir com a escola pública. Muitas já o fazem, por meio de projetos sociais estruturados, voltados para o ensino regular e, paralelamente, para a difusão da cidadania, atuando na formação de uma consciência individual e coletiva. O processo se dá na abordagem de conceitos sobre sustentabilidade em sala de aula, nas práticas responsáveis em relação ao lixo, no uso comedido de energia, no não desperdício, na não contratação de mão de obra infantil, dentre outras normas, tomadas como princípios.
O desenvolvimento do Brasil passa por uma escola pública inclusiva e de qualidade
Geração conectada A internet consolidou o processo de globalização, dando às pessoas a oportunidade de se conhecerem, de manifestarem suas ideias, de trocarem experiências, compartilharem o gosto musical, de se juntarem em grupos que pensam na mesma linha e de se articularem em redes sociais. Interligadas, passaram a ter mecanismos próprios para a propagação simultânea de fatos e acontecimentos, agregando a eles seus valores e opinião pessoal. No Brasil, o número de usuários ativos na web passou dos 60 milhões. O primeiro trimestre de 2014 registrou 145 milhões de acessos à banda larga, de acordo com dados levantados pela Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil). O volume total representa um avanço aci-
ma de 50% em relação aos três primeiros meses de 2013. De lá para cá, 50 milhões de novas conexões via banda larga foram ativadas. O número de pessoas conectadas passou de 8% em 2005 para 72% em 2013 (webinsider.com.br). O trabalho do governo para ampliar o acesso à internet, leva os analistas a projetarem que até 2016, o país terá 100 milhões de internautas, o que corresponde a 80% da população. A plataforma de comunicação virtual se propaga pela interação que proporciona entre pessoas de todas as partes do mundo, pelas novidades que oferece aos usuários, pela agilidade na busca de informações, pelo volume de informações disponíveis na web e pelas opções de diversão e entretenimento que oferece.
Fontes de pesquisa: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) · Constituição Federal de 1988 · Fórum Nacional de Educação – Educação brasileira: Indicadores e Desafios (2013) · Tendências para Educação Integral (Fundação Itaú Social, Unicef e Cenpec) · Investimento Social Privado no Brasil – Tendências, Desafios e Potencialidades (GIFE) · Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) · Nova Escola (novaescola@atleitor.com.br) · Agência de notícia do Senado e da Câmara Federal
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Esporte abre portas para jovem goiano Com apenas 17 anos, Max Yury é dezenove vezes campeão de karatê em torneios locais e recebe seu primeiro título mundial na modalidade Por Amanda Oliveira
MMIC, explica que o patrocínio é uma forma de incentivar o esporte nos municípios onde a empresa atua em Goiás. “Para nós, tem sido uma honra patrocinar um atleta local que, com garra e determinação, acumula conquistas e se tornou um exemplo para muitas pessoas”, diz Borges. Inclusão social - O gerente-geral da Mineração Maracá Indústria e Comércio, Carlos Eduardo Paraizo, destaca ainda que esta é apenas uma das realizações da empresa na área. “Acreditamos que o esporte é mais do que um entretenimento, ele é saudável, proporciona interação social e traz benefícios no desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens. Por isso, apoiamos diversas iniciativas e vamos continuar seguindo esta linha, impulsionados por estes bons exemplos”, diz. Entre os programas apoiados pela empresa, está o Atleta do Futuro, realizado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi). A ação utiliza o esporte para promover a educação e a inclusão social de crianças e adolescentes. Com isso, beMax Yury comemora vitória no mundial de karatê e registra mais uma conquista na trajetória do esporte neficia mais de 190 mil pessoas em todo o país, por meio do fomento à prática de atividades econhecido como um dos melhores lu- Influenciado pelo pai, que trabalha como ope- físicas e disseminação dos valores do esporte tadores de sua categoria no Brasil, o rador de máquinas na MMIC e ministra aulas de como hábito de aprendizagem e inclusão social. O Instituto Yamana de Desenvolvimento adolescente de apenas 17 anos come- karatê há 20 anos para crianças, jovens e adulçou a treinar aos dois e levou dezoito títulos tos, Max ganhou seu primeiro título aos cinco. Socioambiental também apoia projetos que regionais e nacionais, além do mundial no “Este era o meu sonho desde que comecei a proporcionam bem-estar aos moradores de coCampeonato da Paz de Artes Marciais (WTMF), praticar karatê, mas não pude realizar. Graças munidades próximas à sua operação, por meio na Tailândia, conquistado em março deste a Deus meu filho conseguiu, alcançou vários tí- do Seminário de Parcerias. “Trata-se de um imano. A participação foi viabilizada graças à tulos nacionais e internacionais. É uma alegria portante programa de responsabilidade social, que visa estimular o crescimento e a qualidade parceria com a Mineração Maracá Indústria e muito grande”, diz Osmilton Guilherme Lopes. Tendo a determinação como sua palavra- de vida da população. Nos últimos três anos, Comércio (MMIC), empresa da Yamana, que -chave, o adolescente treina três horas por doamos equipamentos a instituições locais que patrocinou sua ida ao continente asiático. O apoio da empresa fez a diferença. “Foi dia, sete dias por semana, sem deixar os estu- incentivam o esporte, além de instalarmos acamuito importante ela ter acreditado em mim, dos de lado. Aluno do 3º ano do Ensino Médio, demias gratuitas ao ar livre”, conta Guilherme cheguei até a fazer rifa para juntar o dinheiro sonha em cursar Direito e atuar na Polícia Fe- Araújo, gerente de Segurança, Saúde, Meio e poder disputar o campeonato”, diz. “Foi a deral, mantendo o esporte como um comple- Ambiente e Comunidades (SSMAC). Seu Geraldo Tavares, de 65 anos, aprovou maior felicidade do mundo, uma sensação úni- mento em sua vida. “O karatê é importante ca! Parecia que eu estava em um filme, lutando para mim, ajuda no desempenho da escola, a ideia. Emagreceu 16 quilos em seis meses, didentro de um templo, com imagens de dragões contra a ansiedade, ensina a respeitar o pró- minuiu o colesterol e as dores nas articulações ao redor e danças típicas da Tailândia. Nunca ximo e ocupa a mente, sem contar que ajuda após o uso dos aparelhos de ginástica, com aupensei que levaria a medalha para casa, mas vi- muitos a se afastar das drogas. Tenho que con- xílio de um profissional da área. “Esta academia é um bem na saúde da população, não só para nha treinando ao máximo e estava preparado”. tinuar lutando, sem parar de estudar”, diz. Wilson Borges, gerente administrativo da os idosos, mas para toda a cidade”, garante. O gosto pelas artes marciais vem de berço.
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A GENTE PLANTOU E DEPOIS COLHEU. Todos os palitos Creme Mel s達o feitos a partir de madeira reflorestada, pois acreditamos que ao cuidar do mundo estamos cuidando da gente.
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Boas práticas construtivas mostradas em documentário Vídeo lançado na 17ª Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho e Meio Ambiente da Toctao Engenharia pode ser visto em www.youtube.com/tvtoctao
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ara ampliar a percepção do público em relação à temática da sustentabilidade, e sobre como a construção civil pode contribuir com o equilíbrio entre desenvolvimento e preservação dos recursos, a Toctao Engenharia lançou um documentário sobre boas práticas, no encerramento de sua 17ª Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho e Meio Ambiente (SIPATMA). Com 14 minutos de duração, o vídeo mostra os processos construtivos desenvolvidos com base em premissas econômicas, ambientais e sociais, e contou com o financiamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A organização destinou R$ 15 mil à empresa, vencedora do Prêmio CBIC de Responsabilidade Social 2013, para aprimorar suas ações sustentáveis, reconhecidas nacionalmente. Como o recurso deveria ser investido no próprio projeto que motivou a premiação, a Toctao optou por aplicá-lo na comunicação das práticas do programa Gestão da Responsabilidade Ambiental. Um deles é o documentário. O expectador entenderá porque a adoção da responsabilidade socioambiental traz benefícios econômicos à empresa, ao reduzir o uso dos recursos, a geração de resíduos, evitar desperdícios, além de fomentar uma mudança de comportamento e cultura entre os colaboradores. “O vídeo será uma ferramenta de educação e disseminação das boas práticas, pois os recursos audiovisuais facilitam a compreensão dos processos”, diz a coordenadora de Meio Ambiente, Cinthia Martins. No vídeo, é possível ver como funciona o Canteiro Ecológico da Toctao, que adota medidas de economia nas obras, como o uso da iluminação natural nos escritórios, energia solar nos chuveiros dos vestiários dos trabalhadores, reuso de água, inclusive a do ar condicionado, reaproveitamento de resíduos de concreto e cultivo de hortas para estimular os bons hábitos na alimentação, entre outras medidas. Multiplicadores - Projetos para despertar o engajamento dos colaboradores à
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Cinthia Martins na apresentação do vídeo que mostra boas práticas nos processos construtivos causa e aqueles visando o relacionamento com o público externo, também foram mostrados. Dentre eles, o Canteiro Aberto, dirigido à comunidade acadêmica, e o Vizinho Amigo, programa implantado com o fim de promover o diálogo e mitigar os impactos da construção nos locais vizinhos às obras. Todas essas práticas tiveram início em 2010, juntamente com a adequação dos processos para a certificação pela NBR ISO 14001 (meio ambiente). O sistema de gestão da empresa é certificado ainda pelas normas NBR ISO 9001 e PBQP-H nível A (qualidade) e OHSAS 18001 (saúde e segurança). O roteiro do vídeo foi escrito pelo diretor cinematográfico e roteirista Pedro Novaes. Ele mesmo se surpreendeu com a realidade que encontrou nos canteiros de obra. “O cuidado que a empresa tem com o meio ambiente é admirável. Observa-se que a Toctao mudou completamente sua maneira de construir, adaptando e aplicando técnicas que causam menor impacto ambiental, geram benefícios econômicos, bem como valores intangíveis”, diz ele.
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Para Cinthia Martins, a gravação do documentário reservou outras surpresas para a empresa, como a descoberta de que havia formado multiplicadores de boas práticas. “Fomos surpreendidos com depoimentos de trabalhadores que passaram a praticar a coleta seletiva em casa e que se atentaram para eliminar o desperdício de água e energia, porque viram os resultados dessas medidas no ambiente de trabalho”, diz ela. No evento de lançamento do vídeo, a coordenadora do Sistema de Gestão Integrado (SGI) da Toctao Engenharia, Ana Clara Schreiber, destacou o quanto é importante o aprimoramento da comunicação, com o fim de reforçar a cultura interna da sustentabilidade. “Uma empresa só pode ser construída com a ajuda de colaboradores capacitados e empenhados em colocar em prática as ações propostas. Quando percebem que as sugestões trazem resultados, a dedicação deles é ainda maior”, ressalta. O vídeo será exibido também para estudantes que visitam os canteiros de obras, em reuniões com a comunidade e em apresentações institucionais da empresa.
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MARCA empresarial
Por Márgara Morais
Exemplo de cidadania chama atenção na Copa do Mundo Os japoneses deram um show de civilidade na Copa do Mundo. As imagens que circularam na internet, mostrando os nipônicos catando o lixo que ficou nas arenas, estão entre as mais emblemáticas do evento. Eles coloriram as arquibancadas com sacos de lixo azuis, cheios de ar, como balões, inicialmente para festejar o momento e, ao final, para depositar o lixo que acumularam. O gesto, comum no Japão, mostrou que a educação passa pelos princípios de cidadania.
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Entre os brasileiros, esta atitude ainda não é comum, mas isso deverá mudar nos próximos anos, é o que define a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída em 2010. O lixo, agora, é da responsabilidade de todos, começando pelo cidadão comum. Os exemplos de boas práticas relacionadas ao lixo estão se sobressaindo principalmente nas escolas de ensino básico, com crianças e jovens, e dentro das empresas, com os adultos.
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Imagens como esta circularam o mundo - globoesporte.globo. com/rn/copa-do-mundo
Prêmio Brasil Ambiental elege a biodiversidade Estão abertas as inscrições para o 10º Prêmio Brasil Ambiental, promovido pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio), que tem por fim reconhecer o mérito de trabalhos e práticas socioambientais conduzidos por empresas com atuação no Brasil. O tema deste ano é Biodiversidade e a importância do patrimônio genético. As inscrições podem ser feitas até o dia 12 de agosto pelo site www.premiobrasilambiental.com, nas seguintes categorias: Emissões Atmosféricas, Gestão de Resíduos Sólidos, Inovação Ambiental, Preservação e Manejo de Ecossistemas, Responsabilidade Socioambiental e Uso Racional dos Recursos Hídricos. A categoria especial tem o nome de Patrimônio Genético e Conhecimento Tradicional Associado, e visa projetos de proteção do conhecimento das populações tradicionais, escolhidos em função de sua relevância e da necessidade de engajar organizações e pessoas na proteção das riquezas nacionais.
Conferência Ethos 360° Uma dinâmica que propõe integrar todas as atividades, possibilitando aos participantes acompanhar o evento de forma global e interativa, será a marca da Conferência Ethos 360º, este ano. Entre os temas a serem abordados estão os formatos de negócios do futuro, as tendências em termos de finanças, lideranças e consumo. Está confirmada a presença de dois aclamados economistas contemporâneos, Pavan Sukhdev e Cameron Hepburn. A conferência acontecerá dias 24 e 25 de setembro, em São Paulo. As inscrições estão abertas no site www3.ethos.org.br/ce2014.
Executivos contam como implantaram suas políticas de responsabilidade social
Livro de Voltolini traz contribuições às empresas A recente publicação de Líderes Sustentáveis com a Mão na Massa – O que Aprender com a Experiência dos Principais Executivos de Sustentabilidade do Brasil é mais uma ação da Plataforma Liderança Sustentável, do consultor e jornalista Ricardo Voltolini. O livro traz depoimentos em primeira pessoa de Carlos Nomoto (Santander), Elisa Prado (Tetra Pak), David Canassa (Votorantim), Luciana Alvarez (AES Brasil), Jorge Soto (Braskem), Fábio Abdala
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(Alcoa), Denise Alves (Natura), Armando Ennes Jr. (Whirlpool), Denise Hills (Itaú), João Redondo (Duratex) e Sílvio Gava (Even). A experiência deles está ajudando outras empresas em suas políticas de responsabilidade social. O livro é uma ferramenta para educar lideranças e fomentar a cultura da sustentabilidade. Pode ser adquirido em lotes, via Karina Marinheiro pelo e-mail karina@ideiasustentavel.com.br ou pelo telefone (11) 5579-8012.
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ENTREVISTA LUIZ FERNANDES DOURADO
Plano Nacional de Educação universaliza ensino básico Depois de mais de três anos em discussão, a Câmara dos Deputados aprovou e a presidente Dilma Rousseff sancionou dia 25 de junho, o Plano Nacional de Educação (PNE), em sintonia com a Emenda Constitucional nº 59, de 11/11/2009. O PNE estabelece em 7% do PIB (Produto Interno Bruto) o investimento em educação nos próximos cinco anos, chegando a 10% do PIB em 2024. Foram estabelecidas 20 metas a serem alcançadas nesse período, dentre elas, universalizar o Ensino Pré-Escolar, Fundamental e o Ensino Médio. O plano prevê ainda a erradicação do analfabetismo, o aumento de vagas em escolas de período integral, expansão de vagas no ensino superior, na educação técnica e na pós-graduação, além da valorização do professor.
Luiz Fernandes Dourado é graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Goiás (UFG), mestre em Educação pela UFG, doutor em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, pós-doutor em Sociologia pela École des Hautes Études en Siences Sociales de Paris. Integra a Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação e o Conselho Superior da Capes e participou da elaboração do Plano Nacional de Educação. É autor do livro Plano Nacional de Educação - Avaliação e Perspectivas (Editora da UFG e Editora Autêntica/3ª edição).
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ENTREVISTA LUIZ FERNANDES DOURADO
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“A universalização da educação básica é uma meta definida na Constituição Federal”
THAMARA FAGURY
ara falar sobre os avanços que o plano propõe e os desafios que o Brasil terá que enfrentar para torná-lo uma realidade, a revista CORES entrevistou o professor, doutor Luiz Fernandes Dourado, que participou da elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE) e integra a Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação e o Conselho Superior da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Em quais pilares o Plano Nacional da Educação (PNE) está fundamentado? Luiz Fernandes Dourado - O plano é constituído de várias metas e estratégias, ligadas às políticas e gestão da educação. Traz um conjunto de princípios e uma concepção fundante e estrutural, ao instituir um sistema nacional de educação, por meio do regime de colaboração e responsabilidade compartilhada entre União, Distrito Federal, estados e municípios. A União deverá instituí-lo dentro de 2 anos, cabendo aos demais entes federados elaborar seus próprios planos, os quais serão avaliados pelo conjunto da sociedade brasileira a cada 4 anos. Que desafios o Brasil terá de enfrentar para torná-lo uma realidade? O Brasil ampliou a educação obrigatória antes restrita ao Ensino Fundamental, para uma educação abrangente, que inclui crianças e jovens na faixa etária de 4 a 17 anos, ou seja, da Pré-escola ao Ensino Médio. A universalização da educação básica é uma meta definida na Constituição Federal, a ser conquistada até 2016. Esse é, ao mesmo tempo, um avanço e um desafio, já que demandará um esforço enorme dos governantes para melhorar as condições de oferta dos processos de ensino-aprendizagem, aprimorar e garantir a formação inicial e continuada de professores, bem como carreira com salários atrativos e condições objetivas de trabalho. O que o plano trouxe de novo para o ensino superior? O PNE aprovou a duplicação de vagas para a educação superior. Trata-se de uma necessidade histórica, tendo em vista o fato de o ensino superior no Brasil ainda estar acessível somente a uma elite social, e isso, sem dúvida, é um freio ao nosso desenvolvimento. Buscando mudar essa realidade, o plano propõe a ampliação da educação superior e define que 40% das novas vagas deverão ser garantidas para a escola pública. Esta política se articulará com a de cotas, que visa ampliar a participação de estudantes oriundos da escola pública, nas universidades públicas federais. Temos deficiências a serem superadas para garantir a democratização da educação e permitir que pessoas de todas as faixas etárias, e também a população de baixa renda, tenha acesso a ela. Este é um desafio do Estado brasileiro.
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ENTREVISTA LUIZ FERNANDES DOURADO
É preciso estabelecer diretrizes e mecanismos direcionados à melhoria dos processos formativos, à infraestrutura das escolas, dos recursos pedagógicos e de gestão, de modo que reflitam na melhoria do rendimento escolar dos estudantes, superando assim altas taxas de reprovação e desistência nos processos formativos. Em que nível a educação no Brasil se enquadraria, se comparada a países mais avançados? Temos uma educação desigual e combinada. Há escolas convivendo com o que há de melhor em tecnologia e outras em péssimas condições, tanto públicas quanto privadas. Por isso, é preciso que haja mais recursos e uma política de investimento efetiva, capaz de melhorar as escolas públicas e dar a elas condições de permanência dos estudantes, possibilitando a eles uma formação com acesso a ciência, cultura e a diferentes formas de linguagem, como internet, laboratório, música, dança, esporte, que são uma realidade em muitos países da Europa e nos Estados Unidos, e mesmo no Brasil, só que aqui, as disparidades ainda são acentuadas. Os saberes agregados ao mundo do trabalho tiveram repercussão na PNE? É importante situar que a legislação referente à educação no Brasil sempre se pautou na promoção dos novos saberes, sobretudo os relacionados à cidadania e à formação para o trabalho. Tais questões são fundamentais, uma vez que traduzem valores morais e éticos e é em cima deles que se fundamenta uma sociedade, daí a importância de nesse processo formativo se agregar a discussão e o respeito à diversidade, numa perspectiva de formação humanística, científica, cultural e tecnológica. Sem perder de vista a promoção do princípio da gestão democrática, da superação das formas de discriminação, das lutas pela inclusão de diferentes linguagens e dinâmicas culturais. Nessa direção, o acesso a novas tecnologias de comunicação e informação, incluindo a internet e seus desdobramentos, é fundamental para um processo formativo amplo, que considere a articulação com o saber historicamente produzido pela humanidade com as novas demandas propiciadas por esses processos interativos.
A internet, a música e as artes contribuem no aprendizado dos alunos? Contribuem, mas podem contribuir mais. Para isso, é necessário que os processos pedagógicos das escolas contemplem a salutar integração entre conhecimento, cultura, participação e cidadania. É importante destacar que programas como o Mais Educação, que ampliam a jornada escolar, proporcionam espaços alternativos, onde estudantes e professores compartilham de novas perspectivas formativas, lúdicas e culturais. Eles agregam valor aos conteúdos e processos do ensino regular. A permanência na escola tem de ser prazerosa, instigante e motivadora, e as artes de um modo geral conduzem a esse clima. Como preparar os educadores para absorver esses novos conhecimentos? Os cursos de formação de professores estão sendo objeto de questionamento e busca de melhoria, tendo em vista a necessidade de formar profissionais com uma visão mais abrangente do processo educativo. Nesse sentido se requer dos professores o conhecimento específico de sua área de atuação, mas também de processos e dinâmicas pedagógicas que lhes permitam propor ações que aperfeiçoem a relação ensino-aprendizagem. Assim, é fundamental que os cursos de formação inicial e continuada de professores façam a articulação de teoria e prática, permitam o acesso às novas tecnologias de comunicação e informação, para que o professor exercite, antes de tudo, seu papel de investigador, pesquisador e formulador do processo de educação. Os investimentos privados em educação impactam na qualidade de ensino? A educação e a escola vivem um momento de muitas avaliações e também de propostas pedagógicas as mais diversas. Nesse particular, é oportuno ressaltar a importância do apoio efetivo dado por instituições privadas às escolas públicas. Há empresas de fato envolvidas com a educação, sobretudo com o ensino profissionalizante, cujo conhecimento é indispensável ao desenvolvimento econômico pretendido pelo Brasil. Quanto mais garantirmos educação para todos com qualidade, maiores chances teremos de superar os atuais indicadores de exclusão e desigualdades sociais e nos habilitarmos para a Era do Conhecimento. CORES
“O acesso aos novos saberes e às tecnologias de comunicação e informação asseguram uma formação ampla. Para isso, é necessário que os processos pedagógicos das escolas contemplem a salutar integração entre conhecimento, cultura, participação e cidadania”
Princípios diretores do PNE Visão ampla da educação, com garantia de políticas públicas para todas as etapas e modalidades; inclusão social; financiamento custo-aluno compatível e estabelecimento de parâmetros nacionais de qualidade; fortalecimento de processos e mecanismos de gestão democrática e participativa nas escolas; consolidação de programas complementares de alimentação e saúde, com foco no desenvolvimento pleno dos estudantes; educação em tempo integral.
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ANGLO AMERICAN
Projetos formam cidadãos para o mundo Investimentos em educação e cultura elevam qualidade de vida da comunidade e resguardam crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social
FLÁVIA VALSANI
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Atraídos pelo projeto “Era Uma Vez na Escola”, alunos tomam gosto pela leitura
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política de investimento social da Anglo American é voltada para a comunidade local, priorizando áreas como educação e cultura. São projetos que contribuem para a formação de crianças e adolescentes de Catalão, Ouvidor, Barro Alto e Niquelândia, cidades goianas onde a empresa mantém unidades operacionais. Um exemplo é o “Era Uma Vez na Escola”, aprovado este ano via edital de Investimento Social da empresa. A ação é desenvolvida pela Secretaria Municipal de Educação de Ouvidor e objetiva melhorar o processo de ensino-aprendizagem, promovendo o gosto pela leitura e combatendo o analfabetismo funcional na educação infantil e no Ensino Fundamental. Prevê ainda a ampliação e renovação de móveis e equipamentos, criação de espaço para leitura, qualificação dos profissionais da educação, além de melhorar o acervo da biblioteca escolar. Mais de 580 crianças e adolescentes que estudam na rede municipal de ensino são contemplados com a iniciativa. Outra ação importante nessa área é o programa Educação Rural, que conta com o apoio da Anglo American e a parceria da ONG CARE Brasil. O objetivo é promover uma educação contextualizada no meio rural, que fortaleça no jovem o orgulho de pertencer à sua região, além de fomentar o papel da escola na construção do desenvolvimento sustentável. Eles serão capacitados para práticas financeiras e empreendedoras que contribuam com as rotinas das famílias que residem no campo, nas regiões de Catalão e Ouvidor. A ONG CARE Brasil, responsável pela metodologia do programa Educação Rural, está presente em mais de 87 países no mundo e atua há 12 anos no Brasil, com foco no desenvolvimento local e sustentável das comunidades e territórios, por meio de ações de inclusão social, fortalecimento da economia local, preservação do meio ambiente, inovação na gestão pública e mobilização social. Música e esporte - Cultura, educação e cidadania formam o tripé dos projetos em Barro Alto, voltados para crianças e adolescentes em
Ensino da música contextualiza novos saberes e contribui para a formação plena de crianças e jovens condição de vulnerabilidade social. Para participar, é preciso estar matriculado na escola, já que o programa faz o acompanhamento escolar. A Camerata de Violões de Barro Alto existe desde 2005 e é conduzida pela Associação dos Amigos da Cultura, com o apoio da Anglo American, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, conhecida também por Lei Rouanet. O projeto tem como objetivo promover a cidadania e oferecer atendimento psicossocial para as crianças e adolescentes. Ministradas pelo maestro Levi Trindade Teixeira, as aulas para formação musical misturam arranjos de coral, percussão e violão. Mais de 1.500 alunos já passaram pelo projeto e este ano 120 pessoas, entre 9 e 18 anos, serão beneficiadas. Criado em 2007, o projeto Banda de Percussão Batuqueira é conduzido pela Associação dos Parceiros da Arte Cultural de Barro Alto (APAC) e atende 120 jovens com vulnerabilidade social em Barro Alto e Souzalândia. Com o mesmo objetivo, outro projeto, o Bola na Rede – Golaço Social, é executado pela APAC, com recursos da Anglo American, via Fundo Municipal da Criança e do Adolescente de Barro Alto. Busca-se, por meio do esporte, estimular o desenvolvimento pleno de 120 crianças e adolescentes. São oferecidas aulas de futsal e futebol. O projeto existe desde 2009 e cerca de 750 jovens já foram atendidos. Em Niquelândia, a empresa mantém uma parceria sólida com o Instituto Paulo Rocha, que coordena o Projeto Social PAES - Paz, Amor e Educação Social, por meio do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente de Niquelândia. Este, por sua vez, consiste na for-
mação socioeducativa e cultural de 80 crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos de idade, com base na metodologia da Fundação Gol de Letra, reconhecida pela Unesco como modelo no apoio às crianças em situação de risco social. Jovens residentes das vilas Mutirão, São Vicente, São Paulo e São José, em Niquelândia, participam de oficinas de música, artes plásticas, dança, informática, educação física, educação sexual, leitura, escrita e capoeira. Por meio das atividades, o PAES consegue mostrar aos jovens um caminho de luz e esperança no sonho de um futuro melhor. Na mesma direção está o Sinfonia do Cerrado, que ministra aulas de violão e cavaquinho. Em 12 de anos de projeto, aproximadamente 2.780 crianças foram atendidas. Em 2014, a Orquestra de Violões será regida pelo maestro Levi TrindadeTeixeira, que também rege a Camerata de Violões de Barro Alto. A iniciativa levará diversidade de gêneros para 120 estudantes de música, entre 9 e 17 anos. Núcleos de capacitação - A Anglo American possui uma parceria sólida com o Sesi Senai nos municípios onde atua em Goiás (Catalão, Ouvidor, Barro Alto e Niquelândia), com o fim de preparar a comunidade para o mercado de trabalho. São oferecidos cursos gratuitos de inclusão digital, educação continuada em diversas modalidades, programa Educação de Jovens e Adultos (Alfabetização, Ensino Fundamental e Médio). Existem ainda cursos de iniciação profissional e aprendizagem industrial, entre eles para o cargo de assistente administrativo. A empresa também desenvolve ações de capacitação profissional, com a finalidade de preparar os moradores para as oportunidades CORES
que surgem dentro dos projetos e operações da companhia. Nessa mesma direção está o Programa de Priorização de Mão de Obra Local. Independentemente da fase em que o projeto se encontra, quem é da comunidade sempre terá prioridade na contratação, desde que preencha os requisitos necessários. Primeiro emprego - Um curso profissionalizante durante a formação educacional de um aluno pode modificar sua carreira. Buscando contribuir com este processo e impulsionar carreiras promissoras, a Anglo American desenvolve, também em parceria com o Sesi Senai, o programa Jovem Aprendiz. A iniciativa é baseada na Lei da Aprendizagem, que determina a contratação de jovens aprendizes por empresas de médio e grande porte em um número equivalente a pelo menos 5% do quadro de empregados. Os processos de seleção são realizados de acordo com a demanda em cada área da companhia. Só podem participar do programa os candidatos indicados pelo próprio Sesi Senai, que avalia os alunos com melhor desempenho durante o curso. O programa dá aos jovens a oportunidade de desenvolverem suas habilidades, podendo ser considerado uma escola profissionalizante. Há um ano e seis meses como aprendiz no departamento de Recursos Humanos da operação de Fosfatos da Anglo American, Rafaela de Cássia Faria Rodrigues destaca sua evolução dentro da companhia: “Considero que este foi um período muito produtivo. A Anglo American contribuiu para o meu crescimento pessoal e profissional, hoje me sinto capaz de executar qualquer uma das tarefas relativas à área de Recursos Humanos”.
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REFRESCOS BANDEIRANTES
Política social dá prioridade à educação Capacitar os trabalhadores para o ofício e para a vida é uma estratégia que deu certo na Refrescos Bandeirantes, onde as pessoas são estimuladas ao estudo e ao conhecimento Por Astero da Mota Silva Neto
Comunidade é alvo de projetos e parcerias
Oportunidade de adquirir conhecimento é o principal fator de motivação entre os colaboradores
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ada vez mais, as empresas se preocupam com o relacionamento com os seus colaboradores, dando a eles a mesma atenção dispensada aos clientes. “Fidelizá-los é uma maneira de assegurar que permaneçam na empresa, que trabalhem com satisfação e prazer”, ressalta o gerente de Desenvolvimento de Pessoas da Refrescos Bandeirantes, Juliano Ribeiro da Costa, para quem o crescimento profissional dos colaboradores reflete diretamente em ganhos para as corporações. Estar em condições de fazer planos e estabelecer metas pessoais é um estímulo para aqueles que querem investir na carreira profissional, e essa possibilidade advém com o conhecimento, por meio da educação. É com esse entendimento que a Refrescos Bandeirantes, fabricante e distribuidora dos produtos Coca-Cola para Goiás e Tocantins, mantém projetos na área de educação voltados para os colaboradores. Em 2011, a companhia implantou, em parceira com o Sesi, o Escolaridade, progra-
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ma criado com o objetivo de oferecer formação escolar para os trabalhadores que não tiveram a oportunidade de completar o Ensino Fundamental em idade regular. Em 2012, quinze alunos receberam os certificados de conclusão de curso, e, este ano, oito já concluíram o 9º ano e estão matriculados no Ensino Médio. Salviano Pereira de Souza trabalha há 25 anos na Refrescos Bandeirantes e, há três, dedica parte do seu tempo ao programa. Graças a ele, viu despertar em si o desejo de estudar e a vontade de crescer profissionalmente. Salviano fala do orgulho que tem em fazer parte desse processo, do aprendizado que colheu e da satisfação em concluir o Ensino Fundamental. “O que mais quero é dar continuidade aos estudos!”, diz ele, que agora tem metas de vida pela frente. A política de responsabilidade social adotada pela empresa privilegia a educação. Os colaboradores que estão num patamar de ensino mais avançado são beneficiados com um convênio feito com as Faculdades Alfa, que JANEIRO | JUNHO / 2014
Os projetos sociais mantidos pela Refrescos Bandeirantes refletem os valores cultivados pela marca Coca-Cola e pela cadeia de fabricantes e distribuidores do produto. Dentre eles, o Coletivo, que desde 2009 transforma a realidade de milhares de pessoas, especialmente de jovens e mulheres de baixa renda, com a oportunidade de ingresso no mercado de trabalho. Trata-se de uma plataforma de comunicação e relacionamento que envolve cerca de 500 unidades da companhia no Brasil, atuando em 150 comunidades. Em Goiás, centenas de adolescentes receberam formação na área de vendas, logística e varejo, por meio das unidades instaladas em Goiânia, Trindade e Aparecida de Goiânia.
concede descontos expressivos, de até 50% para cursos de graduação e 25% para os de MBA. O convênio foi firmado em 2000 e, de lá para cá, só tem crescido o número de interessados. “Nosso intuito é que o colaborador aperfeiçoe seus conhecimentos e habilidades para aplicar no dia a dia de nosso negócio, tendo condições ainda de se posicionar de forma competitiva, bem como contribuir para o desenvolvimento social de nossa região”, observa Juliano Ribeiro da Costa. Dieukenys Rodrigues Amado sempre quis fazer um curso superior. Há quase dois anos trabalhando na área de Planejamento e Controle de Produção (PCP), ele está mais próximo de realizar o seu sonho. Aos 20 anos, cursando Administração, Dieukenys reconhece que o apoio da empresa está sendo determinante em sua carreira. “O convênio é a grande motivação para eu continuar meus estudos”, diz ele.
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IDTECH
Projetos promovem inclusão cultural em ambiente hospitalar Os momentos vividos durante a internação ficaram menos difíceis no HGG. A unidade hospitalar utilizou a música e a arte para levar alegria aos pacientes e visitantes Por Luciana Porto
H
umanizar o ambiente hospitalar é o maior desafio para o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), Organização Social gestora do Hospital Alberto Rassi (HGG). Integrados a uma política de humanização, os projetos “Sarau do HGG” e “Arte no HGG” têm como objetivo tornar esse ambiente menos hostil e mais acolhedor. As ações desenvolvidas por ambos valorizam a arte, proporcionando inclusão cultural e entretenimento aos pacientes, colaboradores e visitantes da unidade. Caracterizado por shows musicais, o Sarau do HGG é promovido semanalmente com o apoio de cantores e músicos voluntários. Sem estilo musical definido, o projeto resgata a memória afetiva dos pacientes e convidados, proporcionando, sobretudo, momentos inéditos para quem aprecia a música. Isso pôde ser observado durante a apresentação de Grace Venturini, quando a cantora levou à unidade repertório especial em comemoração ao Dia das Mães. Moradora do município de Trindade, Maria Terezinha Moreira garante não esquecer jamais os dias em que fez companhia para o marido, internado no HGG devido a problemas cardíacos. Mãe de três filhos, a dona de casa não conseguiu segurar as lágrimas na apresentação da artista. “Eu me emocionei assim que ela começou a cantar, muitas das músicas marca-
Maestro convida paciente para viver a experiência de reger a Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás ram meu romance com meu marido, só tenho a agradecer por esse presente maravilhoso.” O hospital recebeu também Aline Araújo. De aparência frágil e delicada, a instrumentista surpreendeu a todos ao tocar a imponente harpa paraguaia para os colaboradores do hospital. A assistente social Sônia Cristina Kuramoto não resistiu aos encantos do instrumento. “A música tira o foco da doença e leva aos pacientes um pouquinho de conforto”. Essa constatação rendeu à Aline novo convite,
desta vez, para participar do Sarau do HGG. A apresentação da Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás foi um dos pontos altos do projeto. Além do concerto, o maestro Andreyw Batista deu uma aula de música para os presentes. Kerlane Vasconcelos, aprendiz de violino, foi convidada pelo maestro para reger a orquestra. A jovem, que estava em tratamento contra a anorexia, sensibilizou a plateia. “Foi muito difícil segurar as lágrimas, muito emocionante mesmo”, avaliou uma colaboradora do hospital.
Exposição
Arte colore ambiente hospitalar e agrada pacientes
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O projeto Arte no HGG visa contribuir com a melhora dos pacientes em tratamento. A mostra “Senhora das Cores”, por Helena Vasconcelos, deixou o hospital repleto de telas coloridas, protagonizadas por personagens folclóricos e figuras populares das festas religiosas do Estado. O contabilista Joaquim de Barros, de nacionalidade portuguesa, internado na unidade, se disse encantado com as obras. “Nem mesmo na Europa vi coisa igual”, enaltece. A primeira exposição foi realizada por Rucélia Ximenes. Referência no mundo da moda, a artista completou 40 anos de carreira com a mostra “Os caminhos da arte de Rucélia Ximenes”.
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BELCAR
Trabalhadores são motivados a opinar sobre gestão Utilizando ferramentas apropriadas de comunicação, empresa envolve as pessoas num exercício de “contação de histórias” e se prepara para recertificar seu sistema de gestão
Ações integradas unem empresa e comunidade
Equipe vencedora da Gincana da Qualidade comemora vitória ao lado de colegas e diretores
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filosofia de gestão participativa faz parte da cultura da Belcar Caminhões. A empresa acredita que delegar poder e autoridade às suas lideranças contribui para alavancar o negócio da concessionária. Este ano, a Belcar apostou no storytelling (expressão em Inglês que significa “contando história”), ferramenta de comunicação surgida em 1992, tendo como pioneiro Robert McKen, para mobilizar os trabalhadores. Com o desafio de evitar os velhos hábitos de lista, planilhas e palestras, a área de Comunicação e Marketing decidiu contar a história dos conceitos da ISO 9001(qualidade), em que a empresa é certificada desde 2009, realizando a Gincana da Qualidade. O objetivo era se preparar para a auditoria de recertificação. A ferramenta do storytelling coube perfeitamente na proposta da gincana, criando uma conexão emocional com os trabalhadores e colocando-os em condições de ouvir a “história” que a empresa queria contar sobre ela mesma: quem é, de onde vem e em quê acredita. Os trabalhadores foram estimulados a exercitar a criatividade e a autonomia nas tomadas de decisões para cumprir as missões da gincana.“Os resultados foram além da disseminação dos conceitos de qualidade. O que se obteve foi uma grande mobilização em cima de uma meta acordada, com o engajamento de todos os tra-
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balhadores”, conta a coordenadora de Comunicação e Marketing, Grazielle Rosa. As atividades foram encerradas com uma “pizzada”, quando, então, os participantes apresentaram as paródias produzidas pelos grupos, com o tema sobre a gestão da qualidade, responsabilidade social e gestão ambiental. Outras ações de cunho participativo foram criadas para aproximar a gestão do público interno, a exemplo do Faça a Diferença, reuniões em que os trabalhadores de vários níveis hierárquicos podem se reportar diretamente à alta direção, tirando dúvidas e dando sugestões. Nas datas comemorativas, a empresa desenvolve ações que fogem do senso comum. No Dia da Mulher, por exemplo, todas as trabalhadoras tiveram suas atividades diárias descritas em forma de superpoderes. Cada uma foi transformada em uma super-heroína. “Elas ainda foram surpreendidas no seu local de trabalho com um café da manhã servido num carrinho-bar, por dois rapazes escolhidos a dedo numa agência de modelos. Não precisa nem falar o alvoroço, que foi, não é?”, conta Grazielle. A ideia é propor ações específicas que despertem em cada pessoa o sentimento de que aquela ação foi especialmente pensada para ela. “O trabalhador se sente valorizado e estimulado a cooperar com a gestão da empresa”, diz a coordenadora de Comunicação e Marketing. JANEIRO | JUNHO / 2014
A empresa busca integrar as ações externas de seu projeto Vínculos com propostas voltadas aos trabalhadores. Focado nas áreas de educação, cultura e meio ambiente, o projeto é desenvolvido com a participação da comunidade e instituições parceiras. Por meio dele, a empresa mantém a Escola de Informática e Cidadania e apoia as oficinas de arte e artesanato de produtos feitos com materiais reciclados. Seus parceiros são: Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Vila Redenção, em Goiânia, APAE e Pestalozzi. No último Dia das Mães foram confeccionadas bandejas produzidas a partir do reaproveitamento das arandelas de filtro de ar de caminhões para compor o presente das mães. Além disso, foi criado um blog (www. maessobmedida.blogspot.com.br) com a “receita de mãe”, a partir do depoimento de cada uma delas. Em 2013, os trabalhadores foram, de forma voluntária, ministrar palestras para as alunas dos cursos de artesanato do CRAS da Vila Redenção sobre técnicas de vendas, noções de marketing, política de preços e comércio. No mesmo ano, empresa e CRAS promoveram o Redenção em Cena, que contou com a participação dos trabalhadores em oficinas de artesanato, apresentações musicais, de dança e ações de saúde em prol da comunidade. “Acreditamos que quando as pessoas se sentem parte do processo, se potencializa a possibilidade de alcançar os objetivos propostos”, observa Grazielle Rosa.
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SERRA GRANDE
Profissionalização é fator de desenvolvimento Capacitar os jovens para o mercado de trabalho faz parte da política de responsabilidade social da AngloGold Ashanti, aplicada à unidade Serra Grande, em Crixás (GO)
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á dois anos, fazer parte do quadro de profissionais da Serra Grande, empresa do grupo AngloGold Ashanti, para o jovem Jedelmar Moura Santos, de 20 anos, era apenas uma possibilidade. Filho de uma das colaboradoras da empresa, ele ficou sabendo do curso de Mecânico de Manutenção de Equipamentos Pesados de Mineração, oferecido pela mineradora, e viu aí a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho. Há oito meses, Jedelmar integra a equipe da unidade, em Crixás (GO), e vislumbra um futuro promissor. Outros 12 jovens
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concluíram o mesmo curso e, atualmente, 10 deles estão no quadro da empresa, que opera no município há mais de 25 anos. Assim como Jedelmar, Naiara Batista da Silva, de 23 anos, diz que o curso mudou sua vida. Ela, que antes obtinha sua renda com a prestação de serviços domésticos, agora diz se orgulhar de ter sido a primeira mulher da classe a concluir o curso e de ter encontrado nele a profissão para a qual realmente tem talento. “Foi uma oportunidade que nunca achei que teria na vida. Vejo chances de crescer profissionalmente aqui na Serra Grande”, diz ela.
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“Chamada Pública de Projetos estimula a qualificação das instituições locais para uma atuação sustentável” Rogério Carvalho da Costa, Gerente de Sustentabilidade
DAIANY BATISTA
Naiara, hoje no quadro de trabalhadores da empresa, comemora: “O curso de mecânica mudou minha vida. Vejo chances de crescer profissionalmente”
O curso foi idealizado a partir de projeto elaborado pelos próprios empregados, juntamente com a Secretaria Municipal de Promoção Social de Crixás e com professores voluntários, e aprovado em 2011, na Chamada Pública de Projetos (CPP). Esta é uma das linhas de investimento social adotada pela empresa nas unidades brasileiras. Segundo o gerente de Sustentabilidade, Rogério Carvalho da Costa, a CPP tem o objetivo de estimular a mobilização social e tornar a comunidade protagonista de seu desenvolvimento. “Por meio dela, promovemos empreendimentos sociais e estimulamos a qualificação das instituições locais para uma atuação sustentável, com autonomia e o fortalecimento de novas competências”, explica. A iniciativa reforça a intenção da companhia de promover a inclusão dos jovens no mercado de trabalho. “Sabíamos da nossa demanda interna e não havia por que não investir na capacitação da população do município, via Chamada Pública de Projetos, criada com a finalidade de aproximar empresa e comunidade”, observa Nicola Cassali, chefe de Manutenção Mecânica. Parceria com Sesi Senai - Para 20 vagas, na época, foram mais de 80 inscritos. Diante dessa demanda, a empresa optou por fortalecer o curso, incluindo o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), unidade Niquelândia, como parceiro. A grade curricular foi elaborada de acordo com as necessidades da indústria de mineração. Um investimento de cerca de R$ 100 mil. Atualmente, o curso está em sua segunda turma. As aulas tiveram início em março, com 20 jovens aprovados no processo seletivo. O programa abrange temas como planejamento, desenho técnico, lubrificação, metrologia, SSMA (Saúde, Segurança e Meio Ambiente), eletrônica, entre outros. Com carga horária de 880 horas/aula, a oportunidade é direcionada a candidatos acima de 21 anos, que tenham cursado o Ensino Médio. Juntamente com o Senai, várias turmas foram formadas nos cursos de Técnico em Mineração, Técnico em Eletrotécnica, Mecânico em Equipamentos Pesados de Mineração, Assistente Administrativo para Pessoas com Deficiência, entre outros. Atualmente, cerca de 80% dos empregados são oriundos do município ou de outras cidades do Estado de Goiás, resultado de um trabalho de estímulo à capacitação profissional da comunidade. A empresa é mantenedora da Escola Sesi Crixás, que atende 600 alunos, entre filhos de empregados e da comunidade. A CORES
política de responsabilidade social adotada pela companhia contribuiu para a melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano do Município (IDHM) que avalia itens como educação, longevidade e renda. De acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em pesquisa realizada em 2010, Crixás cresceu 75% em relação à primeira avaliação, feita em 1991, saltando de 0,404 (nível baixo) para 0,708 (nível alto).
“Sabíamos da nossa demanda interna e não havia por que não investir na capacitação da população do município, via Chamada Pública de Projetos, criada com o fim de aproximar empresa e comunidade” Nicola Cassali, Chefe de Manutenção Mecânica
Sobre a empresa A AngloGold Ashanti, unidade Serra Grande, situada no município de Crixás, Região Norte de Goiás, atua há mais de 25 anos na extração de ouro. Com uma força de trabalho de aproximadamente mil profissionais, sua produção anual chega a 4 toneladas do metal, exportado para países como Inglaterra e Estados Unidos.
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SESI
Robótica muda salas de aula e traz novos conceitos Escolas da rede Sesi introduzem metodologias e saberes consoantes com linguagem dos tempos atuais para atender as demandas do mundo do trabalho Por Daniela Ribeiro ALEX MALHEIROS
Professor Ednaldo Costa: “Alunos com acesso à robótica melhoraram nas notas e no comportamento”
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m vez do quadro negro, um computador. Peças de plástico que se encaixam substituem o lápis. A sala de aula dá lugar a um laboratório com maletas de kits da Lego. O resultado da lição não é a resolução de um problema de matemática, e sim um robô. Desde o ano passado, essa é a realidade nas escolas Sesi de Goiás com a implantação da robótica. Capacidade de inovação, criatividade, raciocínio lógico, trabalho em equipe e valores humanos são os novos conceitos, fortalecidos com a disciplina. A iniciativa está dando tão certo que estudantes goianos participaram da etapa nacional do Festival de Robótica First Lego League (FLL) e foram selecionados para a fase internacional da disputa, que será realizada em agosto deste ano.
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A implantação da metodologia faz parte das mudanças que Sesi e Senai promovem em seu modelo educacional para atender às exigências do mundo do trabalho, sobretudo nas vertentes tecnológica e pedagógica. No caso das aulas de robótica, a metodologia desperta o interesse de alunos para áreas mais afetadas pelo déficit de mão de obra qualificada na indústria, como engenharia, física e matemática, que ainda é um gargalo para a economia. Durante as aulas no Sesi, crianças e adolescentes são convidados a construir robôs que cumpram missões em curto espaço de tempo – tirar objetos do caminho é uma das tarefas –, além de desenvolver soluções para um problema a partir da execução de um projeto de pesquisa (ver box). Teoria e prática caminham JANEIRO | JUNHO / 2014
juntas do início ao fim da iniciativa. Todo o trabalho é desenvolvido por uma equipe de alunos, sob supervisão de professores orientadores. Os resultados são perceptíveis e alunos que passaram a ter acesso à robótica exibem melhoria nas notas e no comportamento na sala de aula, aponta o professor Ednaldo Costa, do Sesi Campinas, uma das escolas mais tradicionais de Goiânia. O projeto envolve as disciplinas de geografia, matemática, português, física, biologia, inglês e educação física. “É uma atividade que possibilita o aprendizado de maneira prática”, diz o professor. Gilda Teixeira, mãe do aluno Matheus Antônio de Passo, também do Sesi Campinas, notou que o filho melhorou o comportamento, fez novas amizades e até ficou menos tímido
Projeto alerta sobre riscos de alagamentos após entrar para equipe que disputou a etapa nacional do torneio de robótica. “Ele está tendo a chance de ver a vida de outra forma. Na minha época, eu não tive essa oportunidade.” O estudante Lucas Felipe, de 14 anos, deixou para trás as dificuldades em matemática e melhorou as notas. “Agora tenho mais facilidade para fazer cálculos, nas aulas de física e ciências.” A melhoria no desenvolvimento dos estudantes é ressaltada por Jaime Mendes, coordenador pedagógico do Sesi Planalto, também na Capital. “Muitos alunos estavam na mesma escola e não se conheciam. Descobrimos líderes e grandes talentos durante os trabalhos”, revela. Edvaldo Júnior, de 13 anos, aluno do 8º ano do Sesi Planalto, diz que aprendeu que o trabalho em conjunto sempre terá um resultado melhor. “Sozinho posso menos do que atuando em equipe.”
Alunos do Sesi Canaã, em Goiânia, desenvolveram um sensor ultrassônico, usando kit de robótica da Lego, para alertar sobre riscos de alagamentos. Os estudantes utilizaram fios de silicone e sensores nas paredes de construções. O mecanismo capta quando a estrutura sofre abalos, dilata ou contrai e adquire rachaduras. O começo e o fim das fissuras são medidos para saber se há riscos. As informações são processadas em uma central de diagnósticos. Alerta sonoro e luzes de emergência nas cores vermelha e amarela e verde indicam se é necessária a evacuação das pessoas, se a situação é estável ou se está tudo bem. Parece coisa de adulto, mas é o estudante Amós Messias Mendes, de 13 anos, que explica como funciona o projeto
selecionado para representar Goiás no Festival Internacional de Robótica. Amós fala com desenvoltura e entusiasmo de circuitos, conexões e sensores. O menino diz que tem visto a escola de maneira diferente. “Gosto muito da montagem e programação. Vejo como algo inovador. A gente aprende brincando conceitos de matemática e de geometria.” Marcela Costa de Almeida, de 14 anos, também ajudou no desenvolvimento do sensor e se destacou na equipe. “Nós, mulheres, somos mais detalhistas e isso faz toda a diferença”, afirma. O gosto pela robótica fez com que a estudante repensasse o curso superior que pretende fazer. “Sempre quis medicina, mas agora quero fazer algo ligado à informática.”
Marcela faz parte da equipe que representará Goiás no Festival Internacional de Robótica
ALEX MALHEIROS
Torneio aborda temas inquisidores “Fúria da Natureza” foi o tema da edição 2013 do Torneio de Robótica First Lego League (FLL). Estudantes com idade entre 9 e 15 anos, de todo o Brasil, apresentaram soluções inovadoras para prevenir desastres naturais como tornados, ciclones, avalanches, tempestades, terremotos, tsunamis, enchentes e deslizamentos de terra. Além dos projetos apresentados, foram premiadas as equipes que mais se destacaram nas categorias Design do Robô, Core Values (inspiração, trabalho em equipe e gracious professionalism) e Desafio do Robô. Em 2014, os estudantes irão trabalhar o tema “World Class”. Os projetos devem propor modos de como o conhecimento e as habilidades para o século 21 devem ser adquiridos. Os times irão ensinar as maneiras pelas quais as crianças querem e precisam aprender. Os detalhes do tema da próxima temporada serão divulgados apenas em agosto, mas estudantes de todo o País já podem montar suas equipes e começar a se preparar.
CORES
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HALEX ISTAR
Crianças são educadas em sua essência Projetado com o objetivo de oferecer uma formação plena na primeira infância, centro de educação infantil se baseia nas relações de afeto para transmitir valores às crianças
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air para trabalhar e deixar os filhos pequenos em um local seguro, na companhia de pessoas confiáveis, é o desejo de toda família. Esse sonho tornou-se realidade para os colaboradores da Halex Istar Indústria Farmacêutica, da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) e da comunidade do bairro Caiçara, em Goiânia, onde está instalado o Centro de Educação Infantil (CEI). A iniciativa foi possível graças a uma parceria público-privada, celebrada em agosto de 2009, entre a Halex Istar e a Agetop. As atividades educativas estão amparadas em um diferenciado projeto pedagógico, baseado no binômio “cuidar – educar”. A pedagoga Gisele Estevam, coordenadora do Instituto Halex Istar e do CEI explica: “Trabalhamos com a primeira infância, nossos alunos são bem pequenos e por isso requerem um atendimento especial, diferente do voltado ao Ensino Fundamental”. Tudo o que é realizado com as crianças, seja qual for a atividade pedagógica em questão, está baseado nas relações, no afeto, nos vínculos. “Uma dança, cantiga de roda ou uma simples refeição são atividades educativas onde muitas coisas são ensinadas e aprendidas”, ressalta ela. Partindo da realidade da clientela e em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) Gisele Stevam defende que a educação infantil deve oferecer ao aluno, indiscriminadamente, todas as ferramentas intelectuais, emocionais e sociais que o permitam agir com autonomia, seja como estudante, no nível pessoal e, mais tarde, na vida profissional. “Nesse sentido, diariamente criamos condições em nossas propostas educativas para que as crianças possam construir valores éticos e morais, educando na essência para a solidariedade e também para a sustentabilidade”, diz Gisele. Atualmente, 30 crianças, entre 5 meses e 5 anos e 11 meses de idade, estão matriculadas. Elas permanecem em período de tempo integral na creche, sem custo para as famílias. Em agosto, são aguardados 10 novos alunos.
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A unidade está instalada em área privilegiada e faz parte das dependências da Agetop. Possui lago, jardins, parque de brinquedos e até uma horta. As crianças têm atividades educativas de música, linguagem e arte, de acordo com a faixa etária. Os conteúdos são repassados por meio de vídeos, passeios, visitas, tarefas em sala de aula e ao ar livre, e até brincadeiras. Com os educadores, elas aprendem sobre os cuidados com a higiene pessoal e alimentação. Segundo Gisele, tudo foi projetado visando o desenvolvimento integral das crianças na primeira infância. “O compromisso com uma formação plena faz parte da política de responsabilidade social da Halex Istar”, destaca. Os resultados do trabalho de cinco anos incluem a parceria com a Secretaria de Estado da Educação, que alocou cinco professores, trabalhando em regime de tempo integral, para atender as crianças. A parceria, segundo Gisele Estavam é fundamental para fazer frente aos custos demandados pela creche. Socialização entre crianças é estimulada nas atividades lúdico-pedagógicas
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Sobre a empresa Os alicerces nos quais se baseiam a sólida política de responsabilidade social da Halex Istar expressa os valores cultivados por Heno Jácomo Perillo e Zanone Carvalho, seus fundadores. Buscando atender as necessidades dos públicos envolvidos na cadeia de negócio da empresa, a Halex Istar foi uma das pioneiras na adoção de medidas visando promover o bem-estar e a qualidade de vida de seus colaboradores. Fundada em 1959, veio ao longo dos anos ampliando o relacionamento com os clientes, fornecedores, governo e comunidade. Em 2007, criou o Instituto Halex Istar, que administra os investimentos nas áreas de desenvolvimento humano, meio ambiente, pesquisa tecnológica e saúde. Hoje, mantém parceria com diversos segmentos sociais, como forma de ampliar projetos de grande envergadura, a exemplo do Centro de Educação Infantil Halex Istar/Agetop.
HALEX ISTAR
Escola do “buracão” deixa estigma para traz Incrustrada na divisa de uma favela, escola pobre e sem estrutura é transformada em unidade modelo, graças a investimento social privado no projeto Parceiros da Educação
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comunidade do Jardim das Aroeiras, em Goiânia, viveu uma experiência pouco comum. A escola que atende o bairro, e sofria com a falta de recursos, dificuldades para os professores ministrarem suas aulas, ambientes inadequados ao aprendizado e uma infinidade de outros problemas comuns às escolas públicas, viu tudo se transformar quando o Colégio Estadual Jardim das Aroeiras ganhou o apoio da Halex Istar Indústria Farmacêutica, em 2010. A partir daí, teve início uma história de conquistas e realizações. O colégio foi fundado em 1989, graças à mobilização dos moradores, sobretudo das mulheres, que desejavam garantir o direito dos filhos à educação. A escola do “buracão”, assim conhecida por fazer divisa com uma invasão e pelas mazelas de sua condição social, conseguiu superar o estigma que lhe fora imposto, para tornar-se motivo de orgulho da comunidade. Hoje, com 242 alunos no Ensino Fundamental, em regime de tempo integral, e 142 no Ensino Médio, no período noturno, alunos, professores e colaboradores vivem tempos de glória. A escola é pública e gratuita, todos os que estudam e trabalham nela têm acesso à alimentação. O dia começa com o café da manhã, servido no refeitório, onde, mais tarde, as turmas se reúnem para o almoço. Pela manhã, estudo regular, após a refeição, os alunos da primeira fase se recolhem para uma soneca, enquanto que os da segunda fase podem optar por outras atividades, como assistir a vídeos e participar de jogos de entretenimento. Na parte da tarde são ministradas aulas do currículo complementar, como letramento e matemática. Depois, os alunos vão para as oficinas eletivas de judô, karatê, futsal, jogos de raciocínio, dança, teatro, pintura, coral e percussão. Walkyria Menezes, professora e diretora da unidade, conta que o apoio da Halex Istar estaria a princípio restrito a um suporte financeiro, mas que a relação foi muito além disso. “Logo percebemos o interesse e envolvimento da empresa com a comunidade local, os esforços para mudar a realidade daquelas pessoas, mesmo que em um contexto de dificuldade e
Revitalizada, escola resgata seu papel de educadora e proporciona formação plena aos alunos exclusão”, diz ela. Até então preso aos problemas do cotidiano, como os de infraestrutura, o Colégio Estadual Jardim das Aroeiras estava diante da possibilidade de tornar-se uma escola modelo. “Conseguimos resgatar o compromisso com o ensino e a aprendizagem, razão maior de nossa missão. Hoje, gestão escolar e professores sabem que é possível ter, ao mesmo tempo, eficiência, qualidade e foco para influenciar de maneira positiva a vida dos alunos”, comemora Walkyria. A escola foi premiada pelo Instituto de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), em 2011, ficando entre as sete melhores escolas públicas de Goiânia e entre as 40 melhores do Estado. Perguntada sobre que sentimento tem a empresa ao ver o alcance de sua ação social, a conselheira e auditora interna da Halex Istar, Carmen Lúcia Perillo, responde: “Acredito que a empresa nem saiba calcular esse alcance, diante dos desdobramentos e da extensão do público beneficiado por essa iniciativa”. Segundo ela, os pais de alunos que antes não participavam da vida escolar dos filhos, mudaram seu comportamento, os alunos passaram a cuidar do colégio, a ter orgulho dele, antes vítima de atos de depredação e vandalismo. Um dos requisitos da parceria é o acompanhamento das ações, sendo a escola avaliada pe-
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riodicamente por indicadores de desempenho e aprendizagem, o que na opinião da empresa parceira faz toda a diferença. A ação da Halex Istar se enquadra como investimento social privado, segundo o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), que assim o define: “Investimento social privado é o repasse voluntário de recursos privados de forma planejada, monitorada e sistemática para projetos sociais, ambientais e culturais de interesse público”. A empresa parceira não desfruta de nenhum benefício fiscal, os valores são considerados pela legislação do imposto de renda como despesas operacionais.
Parceiros da Educação Associação sem fins lucrativos, certificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), tem como articulador em Goiás o segmento jovem da Associação Comercial e Industrial do Estado (Acieg). O processo consiste na identificação da escola pública a ser apoiada e na elaboração de um diagnóstico de necessidades e plano de ação.
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Goiás é polo de referência da indústria farmacêutica Por Heribaldo Egídio
Neste ano em que o Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás (Sindifargo) comemora sua primeira década de fundação e a Lei 9.787 de 1999, que criou o medicamento genérico, 15 anos, o balanço do setor é importante para situar o papel desse segmento industrial no desenvolvimento de Goiás e do País. O Estado é o segundo maior polo produtor de genéricos e na produção geral de medicamentos, abrigando mais de 25 indústrias em operação nos municípios de Anápolis, Goiânia e Aparecida de Goiânia. Juntas, elas geram em torno de 13 mil empregos diretos, além de agregarem centenas de outras empresas que compõem a cadeia produtiva do setor, como as que atuam como fornecedoras de insumos, embalagens, máquinas, equipamentos e prestadores de serviços diversos. O setor industrial goiano responde por aproximadamente 25% de toda a produção nacional de medicamentos destinados ao varejo, tanto público, quanto privado. E, para este ano, trabalhamos com uma perspectiva de crescimento da ordem de 12%, ou seja, num patamar bem superior à média de crescimento da indústria nacional. Cabe ressaltar que a indústria farmacêutica goiana é relativamente jovem. Ela ganhou maior impulso no final da década de 90, com o advento da Lei 9.787, de 10 de fevereiro de 1999, a chamada Lei dos Genéricos. Com o apoio do Governo do Estado, foi implantado o Polo Farmacêutico de Goiás, com sede em Anápolis e, para dar suporte ao mesmo, foram criados o Instituto de Gestão Tecnológica Farmacêutica (IGTF), que cumpriu um importante papel nessa trajetória de crescimento, além do próprio Sindifargo, o qual tenho a honra de presidir, com a participação de uma diretoria forte, composta por empresários que conhecem bem o setor.
Não existe hoje, em Goiás, nenhuma empresa interditada ou parada por questões sanitárias legais, e a maioria absoluta possui certificado de boas práticas farmacêuticas A indústria, no geral, tem inúmeros desafios a serem suplantados, dentre eles, fazer frente à enorme gama de normas regulamentadoras que, muitas vezes, retardam o crescimento e impõem altos investimentos às empresas, para se adequarem a um verdadeiro cipoal de normativas e leis. Outro problema é a falta de mão de obra qualificada para atender às demandas de nossas plantas produtivas, que são todas dotadas de equipamentos de última geração. Isso, sem contar com a alta carga tributária e as deficiências estruturais para o escoamento da produção, que resultam no que se convencionou chamar de Custo Brasil. Nosso trabalho tem sido justamente este, unir as empresas, os parceiros políticos e classistas do setor produtivo, para lutar pela eliminação ou minimização dos gargalos que nos afligem e nos afetam. Para tal, atuamos em consonância com as entidades coirmãs, levando os nossos posicionamentos às esferas competentes, em busca de soluções. Trabalhamos para que, cada vez mais, possamos melhorar a qualidade da mão de obra e para que as empresas adotem práticas inovadoras, mantendo-se na vanguarda da gestão, da qualidade e da produtividade. É importante destacar as condutas sanitárias e ambientais adotadas por nossas indústrias. Não existe hoje, no estado, nenhuma empresa interditada ou parada por questões sanitárias legais, e a maioria
absoluta possui o certificado de boas práticas farmacêuticas. As que estão instaladas em polos industriais, todas elas possuem estação de tratamento primário de esgoto, própria e licenciada. A destinação final dos resíduos sólidos gerados no processo produtivo é feita por empresas especializadas nesse tipo de serviço, indo os resíduos para incineração ou coprocessamento. Evoluímos também na incorporação da responsabilidade social à gestão de nossas empresas. Entre as ações nessa área, vale ressaltar a participação do Sindifargo na criação Fórum Goiano de Inclusão no Mercado de Trabalho das Pessoas com Deficiência e dos Reabilitados pelo INSS, fundado em maio de 2011, no qual assumimos a tarefa de coordenação. A entidade funciona na sede da Fieg, em Goiânia, e conta atualmente com mais de 40 parceiros, incluindo o Ministério Público do Trabalho em Goiás, gerência regional do Trabalho, OAB, Sesi, Senai e Sesc, além das entidades que atuam na promoção dos direitos da pessoa com deficiência e sua respectiva inclusão no mercado de trabalho. Não temos medo nenhum de errar ao afirmarmos que a indústria farmacêutica é um orgulho para o Estado de Goiás. E nós, empresários do setor e lideranças classistas, temos o compromisso de atuar para que este crescimento continue em patamares elevados, contribuindo com a geração de emprego, renda e divisas.
Heribaldo Egídio (sindifargo@sistemafieg.org.br) é presidente do Conselho Administrativo do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás - Sindifargo
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Projeto de Terras Raras Nobres & Pesadas de Classe Mundial em Goiás
O Projeto de Terras Raras da Mineração Serra Verde, localizado em Minaçu, no norte do estado de Goiás, é o maior depósito de terras raras em argilas iônicas fora da China
É um dos projetos com maior volume de terras raras nobres e pesadas do mundo, que representam mais de 60% do recurso mineral
Nossa equipe gerencial possui uma experiência combinada total de 215 anos no setor de mineração e inclui consultores de renome na indústria de terras raras
A geologia deste depósito de argila iônica é correspondente à dos produtores do sul da China, que dominam este mercado, permitindo um processamento mais simples e com custo mais baixo. O início das operações está previsto para 2017
Responsabilidade ambiental, segurança, sustentabilidade e desenvolvimento social são valores prioritários da empresa
www.mineracaoserraverde.com.br
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SÃO COTTOLENGO
Resíduo sólido é fonte de receita para a Vila Centro de referência no tratamento de pessoas com deficiência múltipla, Vila São Cottolengo aposta no gerenciamento do lixo para obter recursos e engajar a comunidade à sua causa Por Antonio Erasmo Queiroz
Participar da coleta seletiva é um orgulho para internos, colaboradores e comunidade; campanha cresce com a conscientização das pessoas
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undada há mais de 60 anos em Trindade (GO), a Vila São José Bento Cottolengo tem atrás de si uma história de grandeza por sua atuação na acolhida e no tratamento de pessoas com deficiência múltipla. Trata-se de uma organização social, sem fins lucrativos, ligada à Igreja Católica, e mantida com o apoio de pessoas físicas e jurídicas. Muitas delas são parceiras também em campanhas e eventos promovidos com o fim de mobilizar recursos para a manutenção do trabalho humanitário realizado pela instituição. Dentre os projetos que estão em curso, um deles é visto como de grande impacto e alcance social, frente aos benefícios que acarreta. Trata-se da gestão do lixo. “Queremos nos posicionar como uma instituição ambientalmente correta, além de tirar do lixo toda a riqueza que ele pode nos proporcionar”, diz a Irmã Márcia Rocha, diretora administrativa. A venda de plástico e papel para a reciclagem tornou-se uma fonte de receita. Esta e outras ações fazem parte do Projeto Reciclar, implantado em 2010, no mesmo ano da instituição da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Participar do projeto, fazendo a coleta seletiva de materiais, tornou-se uma motivação para o público interno, e uma forma de interação com a comunidade, que aplaude a iniciativa. Hoje, todo o resíduo sólido gerado na Vila vai para uma central de resíduos, onde é separado corretamente nas baias e posteriormente vendido a empresas parceiras, autorizadas e licenciadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. “Não conseguimos reciclar, ainda, mas damos um destino correto ao lixo”, ressalta Meire Nancy, coordenadora da central. Comunidade engajada - A coleta seletiva foi incorporada ao dia a dia dos colaboradores. Os mais engajados, passaram a levar papel e embalagens PET de casa para a central. Foram instalados Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) e lixeiras diferenciadas, tanto
na parte interna da Vila quanto em locais estratégicos da cidade. Escolas da rede pública também estão mobilizadas com a campanha. Em outubro de 2013, teve início a parceria com a Goiás Recicláveis, em que ela se compromete a buscar os resíduos sólidos de empresas localizadas na Capital e em Aparecida de Goiânia (GO). Nos oito meses de ação, quase 500 toneladas de papel, plástico e papelão foram recolhidos. O que seria lixo reverteu-se em recurso financeiro para a Vila São Cottolengo, investidos na melhoria da unidade de internação infantil e na adequação do sistema de distribuição de água. Comunidade e empresas contribuem com a doação de resíduos. Uma delas é a Organização Jaime Câmara, que por ver na iniciativa uma forma de mobilizar outras empresas, propôs parceria com a instituição para a coleta do lixo no trajeto por onde passam os atletas da Caminhada Ecológica, que saem de Goiânia, com destino a Aruanã (GO), como forma de alertar a sociedade para a preservação do Rio Araguaia. Vila São Cottolengo e Organização Jaime Câmara mantêm contato com as prefeituras dos municípios que estão no trajeto da caminhada, em busca de apoio, para que a população participe da campanha, separando os resíduos sólidos e os doando na ocasião da chegada da comitiva. O caminhão da Goiás Recicláveis se responsabiliza em fazer a coleta. “Esta é uma maneira de engajar as pessoas na causa do lixo e tornar o trabalho da Vila mais conhecido”, destaca Romel José de Oliveira, supervisor de Mobilização de Recursos. As ações fazem parte do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Vila São Cottolengo. “Mudar a visão sobre o lixo é um processo de educação, que mexe muito com os costumes de cada cidadão”, diz Daniela Mendes, coordenadora institucional. Hoje, após quatro anos da criação do Projeto Reciclar, a instituição colhe os frutos do trabalho de conscientização que plantou.
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Público atendido surpreende O trabalho de mais de meio século fez da Vila São Cottolengo uma referência no tratamento de pessoas com deficiência, estando oficialmente cadastrada como Centro Especializado em Reabilitação Física, Auditiva e Intelectual. Além do serviço ambulatorial, voltado para as comunidades locais, a instituição atende 132 municípios com a concessão de órteses, próteses, meios auxiliares de locomoção e aparelhos auditivos, por meio de convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS). Diariamente, são realizados cerca de 2.400 atendimentos, incluindo os serviços nas duas unidades educacionais, com ensino inclusivo e oficinas pedagógicas. A instituição filantrópica é conhecida pelo trabalho humanizado que oferece a 360 pacientes internos de longa permanência. O público, que oscila numa faixa etária de 0 a 109 anos, recebe atendimento de psicologia, terapia ocupacional, nutrição, serviço social, fisioterapia, educação física, fonoaudiologia e serviço médico-ambulatorial durante 24 horas.
Equipes da Vila São Cottolengo e Organização Jaime Câmara estão juntas na Caminhada Ecológica
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Sindifargo vai a campo para implantar logística reversa Por Marçal Henrique Soares
Após 20 anos de debate no Congresso Nacional, em 2 de agosto de 2010 foi sancionada, finalmente, a Lei 12.305/2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e, com ela, o sistema de logística reversa. Assim terminam os séculos de atividades econômicas sem a contrapartida de preservar e recuperar o meio ambiente em nosso País. Um dos pontos considerados de maior avanço no texto é o que determina a responsabilidade compartilhada de todos os segmentos da sociedade na destinação ambientalmente adequada dos resíduos. Aos setores de nossa economia, por sua vez, coube a elaboração de acordos setoriais abrangendo toda a cadeia produtiva, com o fim de implantar o sistema de logística reversa. O Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de Goiás (Sindifargo) abraçou a missão de construir o acordo setorial e definir a campanha para recolhimento e destinação final dos medicamentos vencidos e ou impróprios ao consumo, a maioria deles em poder dos consumidores, ainda pouco cientes quanto à responsabilidade que lhes imputa a lei. A Anvisa, coordenadora do Grupo de Trabalho (GTA) que responde ao Comitê Orientador para a Implantação da Logística Reversa (CORI), composto por cinco ministérios, criou o Grupo Temático de Trabalho (GTT) e encomendou um estudo à Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Unicamp para elaborar o projeto de logística reversa de medicamentos no Brasil. Destaca-se, que nunca tinha havido antes qualquer movimento nesse sentido, e que nenhum dado era conhecido. Após vários debates, com a participação de instituições nacionais e regionais, dentre elas o Sindifargo, formou-se o grupo de trabalho do setor privado, denominado Comitê Gestor da Logística Reversa de Medicamentos. Este, por sua vez, deu origem ao Grupo
Consumidor passa a ser o principal ator no processo da logística reversa, já que sem a adesão dele, levando os resíduos até os pontos de coleta, nenhuma ação logrará êxito Temático de Medicamentos (GTM), com representação em cada estado da Federação. Em Goiás, o Sindifargo, juntamente com a Vigilância Sanitária, Conselho Regional de Farmácia e outras entidades criou o projeto embrião do sistema de logística reversa em nosso estado, lançando campanha de informação e conscientização do consumidor sobre o tema. A partir daí, é importante ressaltar, o consumidor passa a ser o principal ator do processo, já que sem a adesão dele, levando os resíduos até os pontos de coleta, a campanha não lograria êxito. Assim, em setembro de 2012, teve início a coleta amostral nas cidades de Anápolis, Aparecida de Goiânia e Goiânia, que duraria seis meses. Ao todo, foram instalados 110 pontos de coleta e 231 urnas. O resultado foi a arrecadação de 1.698 quilos de medicamentos impróprios ao consumo, uma média mensal de 7,35 quilos por urna e 1,23 quilos por ponto de coleta. Calculou-se, aproximadamente, um ponto de coleta para cada 18,9 mil habitantes. Cidades com menos de 21 mil habitantes, como Rubiataba e Ceres, receberam um ponto de coleta para cada 4,4 mil habitantes. A campanha, realizada concomitantemente em outros estados, forneceu dados estatísticos ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) para subsidiar o edital que estabelece a meta progressiva da coleta de resíduos de medicamentos nos próximos cinco anos. Em 09/10/2013, o MMA publicou o edital de chamamento 02/2013, convidando o setor
regulado (indústria, distribuidor e varejo) para elaborar propostas ao Acordo Setorial da Logística Reversa de Medicamentos. Em 07/04/2014 as entidades que representam a indústria farmacêutica no Brasil protocolaram sua proposta. Na mesma data, os setores de distribuição e varejo de medicamentos protocolaram cada um, propostas independentes. Não houve consenso dentro da cadeia. Assim, estamos esperando o parecer do CORI para dar continuidade ao projeto nacional, lembrando que a cada cinco anos haverá uma revisão completa do acordo setorial. A falta de consenso reside no ponto central das discussões: “quem vai pagar a conta?”. Destaco aqui o principal artigo do edital que publicou a meta progressiva da coleta de resíduos de medicamentos, a ser cumprida entre 2014 e 2018. A previsão inicial é atingir 39.754.203 habitantes, 20,84% da população nacional, Estima-se arrecadar 28.620 quilos/ano de medicamentos este ano. Em 2018, a meta salta para 104.444.745 habitantes, 54,75% da população, e recolhimento de 237.336 quilos de medicamentos. No período, o Brasil terá recolhido 539.198 quilos de medicamentos impróprios ao consumo. Como se vê, a questão do lixo impõe desafios para toda a sociedade, demandando esforços concentrados e uma postura de maior flexibilidade por parte das entidades protagonistas desse cenário. É preciso ir além do que já foi feito até agora para que a Política Nacional de Resíduos Sólidos se torne uma realidade.
Marçal Henrique Soares (marcal.henrique@gmail.com) é presidente-executivo do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás - Sindifargo
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Mais do que fazer bem, é importante fazer a diferença.
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Estas marcas fomentam a responsabilidade social em Goiás. 52
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