ANO 63 / Nº 262 /FEVEREIRO 2015
ENTREVISTA
BALANÇO
ICQ BRASIL
O fechamento de empresas de menor porte deveria ser olhado como uma oportunidade e não como fracasso, afirma Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae. As chances de sucesso, completa ele, são maiores na segunda tentativa.
SENAI, SESI E IEL GOIÁS INVESTEM EM NOVOS E MELHORES SERVIÇOS
SISTEMA TORNA MAIS RACIONAL O USO DE ENERGIA NAS EMPRESAS
REVISTA DO SISTEMA FEDER AÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE GOIÁS
Mais enxuto. E mais eficiente? A REFORMA ADMINISTRATIVA NO ESTADO, QUE REDUZIU O NÚMERO DE PASTAS E CONCENTROU PODERES EM DUAS “SUPERSECRETARIAS”, EMBORA CONSIDERADA NECESSÁRIA, AINDA ALIMENTA INCERTEZAS ENTRE EMPRESÁRIOS, QUE TEMEM RESULTADOS CONTRÁRIOS AOS ANUNCIADOS
AJUSTE FISCAL
Cortes vão preservar investimento público, afirma Ana Carla Abrão
Leve os cursos do Senai para sua indústria.
Sistema Fieg/Ascom
• Segurança (NRs) • Gestão • Construção • Vestuário • E muito mais
Informações: 4002 62 13 www.senaigo.com.br
ARTIGO
A INDÚSTRIA E O FARDO TRIBUTÁRIO
A
revelação desanimadora é da própria Receita Federal do Brasil: a carga tributária para a indústria corresponde a 45,4% de seu PIB, o que significa que quase metade de tudo produzido pelo setor é direcionada para o pagamento de tributos. Com efeito, é a mais elevada entre todos os setores e praticamente o dobro da incidente sobre a atividade produtiva como um todo, segundo dados oficiais divulgados pela primeira vez em 2014. Os números mostram ainda que a desproporcional carga tributária para a indústria de transformação – o mesmo setor que é responsável por 16,2% do PIB brasileiro responde com 31,1% da arrecadação total – não só é a maior como também foi a que mais cresceu no período analisado (2009-2012). Esse verdadeiro monstro é foco da Nota Técnica A Carga Tributária para a Indústria de Transformação, editada em janeiro pelo Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) – veja íntegra no site http://www.firjan.org.br/economia. Entre 2009 e 2012, houve aumento de 7,1 pontos porcentuais, muito superior ao observado para os demais setores. Isso reflete a combinação de crescimento da arrecadação e queda do PIB industrial no período. Com um fardo desse tamanho, a retomada do crescimento industrial passa inexoravelmente pela redução da carga tributária incidente sobre a indústria de transformação, conclui a análise da Firjan, que aponta os impostos e o custo do trabalho como os maiores entraves ao setor. Sem que esses vilões “sejam realmente atacados, continuaremos com produção e investimentos em baixa e, no final das contas, perdas de postos de trabalho.”
ACASO, O SISTEMA TRIBUTÁRIO É “UMANÃODASPORQUESTÕES QUE MAIS PREOCUPAM O SEGMENTO INDUSTRIAL GOIANO, AO LADO DA EDUCAÇÃO, SEGURANÇA PÚBLICA, INFRAESTRUTURA, POLÍTICA INDUSTRIAL E GESTÃO PÚBLICA.” PEDRO ALVES DE OLIVEIRA, presidente da Fieg
Não por acaso, o sistema tributário é uma das questões que mais preocupam o segmento industrial goiano – as outras são educação, segurança pública, infraestrutura, política industrial e gestão pública, segundo apontou estudo recente da Fieg. Gestão pública, aliás, é o tema da reportagem de capa desta edição da Goiás Industrial, que aborda a reforma administrativa anunciada no final do ano passado pelo governo estadual, com enxugamento do número de secretarias, corte de cargos e afastamento de comissionados. Oportuna é, também, entrevista com a secretária estadual da Fazenda, Ana Carla Abrão, que garante: o ajuste fiscal em andamento no Estado deverá poupar investimentos. A publicação traz ainda entrevista com o amigo Robson Braga de Andrade, presidente da CNI e do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, que defende a criação de ambientes favoráveis ao surgimento e ao desenvolvimento de pequenas empresas. Em artigo, o senador Ronaldo Caiado fala sobre a reforma política, outra bandeira da Fieg. Boa leitura!
GOIÁS INDUSTRIAL // Fevereiro 2015 //
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SISTEMA INDÚSTRIA Diretores
SISTEMA FIEG Federação das Indústrias do Estado de Goiás Presidente: Pedro Alves de Oliveira FIEG REGIONAL ANÁPOLIS Presidente: Wilson de Oliveira Av. Engº Roberto Mange, nº 239-A, Bairro Jundiaí, CEP 75113-630, Anápolis-GO Fone/Fax (62) 3324-5768 / 3311-5565 E-mail: fieg.regional@sistemafieg.org.br SESI Serviço Social da Indústria Diretor Regional: Pedro Alves de Oliveira Superintendente: Paulo Vargas SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Diretor Regional: Paulo Vargas IEL Instituto Euvaldo Lodi Diretor: Hélio Naves Superintendente: Humberto Oliveira ICQ BRASIL Instituto de Certificação Qualidade Brasil Diretor: Justo O. D’Abreu Cordeiro Superintendente: Dayana Costa Freitas Brito
Sandro Antônio Scodro Mabel Otávio Lage de Siqueira Filho José Nivaldo de Oliveira Jaime Canedo Pedro Silvério Pereira Joaquim Guilherme Barbosa de Souza João Essado Elvis Roberson Pinto Silvio Inácio da Silva Eliton Rodrigues Fernandes Olympio José Abrão Carlos Roberto Viana Luiz Gonzaga de Almeida Luiz Ledra José Antônio Vitti José Luiz Martin Abuli Welington Soares Carrijo Álvaro Otávio Dantas Maia Jair Rizzi Robson Peixoto Braga Edilson Borges de Souza José Divino Arruda Domingos Sávio Gomes de Oliveira Eduardo Cunha Zuppani Mário Renato Guimarães de Azeredo Emílio Carlos Bittar Antônio Benedito dos Santos Leopoldo Moreira Neto Conselho fiscal Célio Eustáquio de Moura Jerry Alexandre de Oliveira Paula Orizomar Araújo Siqueira Conselho de representantes junto à CNI Pedro Alves de Oliveira Paulo Afonso Ferreira Conselho de Representantes junto à Fieg
DIRETORIA DA FIEG (2015-2018) Presidente: Pedro Alves de Oliveira 1º Vice-presidente: Wilson de Oliveira 2º Vice-presidente: Antônio de Sousa Almeida 3º Vice-presidente: Gilberto Martins da Costa 1º Diretor Secretário: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior 2º Diretor Secretário: Heribaldo Egídio da Silva 1º Diretor Financeiro: André Luiz Baptista Lins Rocha 2º Diretor Financeiro: Hélio Naves
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Abílio Pereira Soares Júnior Ailton Aires Mesquita Alexandre Araújo Moura Alexandre Baldy de Sant’anna Braga Álvaro Otávio Dantas Maia Antônio Alves de Deus Bruno Franco Beraldi Coelho Carlos Alberto de Paula Moura Júnior Carlos Alberto Vieira Soares Carlos Roberto Viana Célio Eustáquio de Moura Cyro Miranda Gifford Júnior Daniel Viana Domingos Sávio G. de Oliveira Edilson Borges de Sousa Eduardo Cunha Zuppani Eduardo José de Farias Eliton Rodrigues Fernandes Elvis Roberson Pinto Emílio Carlos Bittar Eurípedes Felizardo Nunes Fábio Rassi Flávio Paiva Ferrari Flávio Santana Rassi
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Francisco Gonzaga Pontes Gilberto Martins da Costa Hélio Naves Heitor de Oliveira Nato Neto Heribaldo Egídio Jaime Canedo Jair Rizzi Jerry Alexandre de Oliveira Paula João Essado Joaquim Cordeiro de Lima Joaquim Guilherme Barbosa de Souza José Alves Pereira José Antônio Vitti José Divino Arruda José Luiz Martin Abuli José Magno Pato José Romualdo Maranhão José Vieira Gomide Júnior Laerte Simão Leopoldo Moreira Neto Luiz Antônio Vessani Luiz Gonzaga de Almeida Luiz Ledra Luiz Rézio Manoel Silvestre Álvares da Silva Marley Antônio Rocha Olympio José Abrão Orizomar Araújo de Siqueira Otávio Lage de Siqueira Filho Paulo Sérgio de Carvalho Castro Pedro Alves de Oliveira Pedro de Souza Cunha Júnior Pedro Silvério Pereira Plínio Boechat Lopes Roberto Elias de Lima Fernandes Robson Peixoto Braga Sandro Antônio Scodro Mabel Sávio Cruvinel Câmara Sílvio Inácio da Silva Ubiratan da Silva Lopes Valdenício Rodrigues de Andrade Wilson de Oliveira
CONSELHOS TEMÁTICOS Conselho Temático de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação Presidente Melchíades da Cunha Neto Vice-Presidente Ivan da Glória Teixeira Conselho Temático de Meio Ambiente Presidente (em exercício) Pedro Silvério Pereira Conselho Temático de Infraestrutura Presidente Célio de Oliveira Vice-Presidente Álvaro Otávio Dantas Maia
Conselho Temático de Política Fiscal e Tributária Presidente Eduardo Zuppani Vice-Presidente José Nivaldo de Oliveira Conselho Temático de Relações do Trabalho Presidente Sílvio Inácio da Silva Vice-Presidente Marduk Duarte Conselho Temático de Micro e Pequena Empresa Presidente Leopoldo Moreira Neto Vice-Presidente Carlos Alberto Vieira Soares Conselho Temático de Responsabilidade Social Presidente Antônio de Sousa Almeida Vice-Presidente Rosana Gedda Carneiro Conselho Temático de Agronegócios Presidente André Lavor Pagels Barbosa Vice-Presidente Annanias Justino Jayme Conselho Temático de Comércio Exterior e Negócios Internacionais Presidente Emílio Bittar Vice-Presidente José Carlos de Souza Conselho Temático Fieg Jovem Presidente Leandro Almeida Vice-Presidente Agripino Gomes de Souza Júnior Conselho Temático de Desenvolvimento Urbano Presidente: Ilézio Inácio Ferreira Vice-Presidente: Roberto Elias Fernandes Rede Metrológica Goiás Presidente Marçal Henrique Soares Câmara Setorial de Mineração Presidente José Antônio Vitti Vice-Presidente Luiz Antônio Vessani Câmara Setorial da Indústria da Construção Presidente Sarkis Nabi Curi Vice-Presidente Gilberto Martins da Costa
HENRIQUE MORG | HOMENAGEM
LEGADO DO DIÁLOGO Henrique Morg ajudou a construir as bases para o relacionamento franco e aberto entre o setor produtivo e organismos ambientais em Goiás Homenagem: familiares de Henrique Morg
A
atuação do empresário Henrique Wilhelm Morg de Andrade à frente do Conselho Temático de Meio Ambiente da Fieg e na presidência do Sindicato das Indústrias Cerâmicas do Estado de Goiás (Sindicergo) contribuiu para redefinir a relação entre o setor empresarial e organismos ambientais, com base no diálogo e no respeito à legislação. “Ele atuou para desfazer o clima de hostilidade e desconfiança que havia entre os dois lados, aproximando produção e meio ambiente. Essa consciência veio sendo trazida pelo conselho e pela Fieg com a participação ativa do sr. Morg. Sua opinião era respeitada e ele era ouvido pela federação, pelo setor industrial e pelos órgãos ambientais”, descreve Elaine Farinelli, assessora técnica e secretária do Conselho Temático de Meio Ambiente da Fieg. O empresário e líder classista faleceu no dia 30 de novembro do ano passado, deixando a mulher, Mara, e cinco EXPEDIENTE
REVISTA DO SISTEMA FEDER AÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE GOIÁS
filhos – Flávia, Luísa, Mariana, Virgílio e Paulo. Paulistano, formado em engenharia civil, Morg chegou a Goiás em meados da década de 1970 e, em 1983, comprou a Cerâmica Monte Castelo, em Nazário, a 75 quilômetros de Goiânia. No início dos anos 2000, ele e Laerte Simão, da Cerâmica União, trabalharam pela reativação do Sindicergo, com apoio da Fieg. Simão assumiu a presidência do sindicato após a morte de Morg. “Sua morte me pegou de surpresa. Sua imagem estará definitivamente associada à história do Sindicergo e sua atuação sindical foi fundamental para o fortalecimento da entidade”, comentou. Segundo ele, Morg era “um empreendedor nato, profissional competente e uma pessoa solidária, objetiva e, acima de tudo, honesta. “Estas são as palavras mais próximas que encontro para qualificar o sempre amigo Henrique Morg. Era um irmão”, emociona-se Simão. O presidente da Fieg, Pedro Alves de
Direção José Eduardo de Andrade Neto
Nathalya Toaliari e Janaina Staciarini e Corrêa
Coordenação de jornalismo Geraldo Neto
Colaboração Welington da Silva Vieira
Edição Lauro Veiga Filho e Dehovan Lima
Fotografia Sílvio Simões, Alex Malheiros e Sérgio Araújo
Reportagem Andelaide Pereira, Célia Oliveira, Daniela Ribeiro, Edilaine Pazini, Jávier Godinho,
Projeto gráfico Jorge Del Bianco
participam de ato da diretoria da Fieg que dá nome do empresário a uma sala do Edifício Pedro Alves de Oliveira
Oliveira, lamentou a perda do empresário e destacou o trabalho realizado no sindicato e na federação pela consolidação da indústria cerâmica em Goiás. O presidente da Fieg Regional Anápolis, Wilson de Oliveira, ressaltou que Morg era um líder classista dedicado e dinâmico, que deixou um grande legado para o setor ceramista goiano e para o meio ambiente. Como resultado do trabalho desenvolvido pelo conselho de meio ambiente, retoma Elaine, a Fieg tornou-se um “palco de grandes debates e eventos sobre temas ambientais de interesse do Estado e da indústria goiana”. Entre os eventos mais relevantes, ela ressalta a apresentação realizada pelo deputado federal Aldo Rebelo, relator do projeto que criou o novo código florestal, durante a Semana de Meio Ambiente da Fieg, realizada em 2011 em Aruanã.
Capa, ilustrações, diagramação e produção Jorge Del Bianco DC Design Gráfico e Comunicação Impressão Gráfica Kelps Departamento Comercial (62) 3219-1720
Redação e correspondência Av. Araguaia, nº 1.544,Ed. Albano Franco, Casa da Indústria - Vila Nova CEP 74645-070 - Goiânia-GO Fone (62) 3219-1300 - Fax (62) 3229-2975 Home page: www.sistemafieg.org.br E-mail: ascom@sistemafieg.org.br As opiniões contidas em artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista
GOIÁS INDUSTRIAL // Fevereiro 2015 //
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ÍNDICE SENAI GOIÁS
17 REVISTA DO SISTEMA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE GOIÁS
Nº 262 /FEVEREIRO 2015 Zeca Ribeiro
IEL GOIÁS
13 ARTIGO
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/ “Uso da máquina governamental, caixa dois, desvios de recursos e formação de ‘partidos de aluguel’ são a realidade de um sistema eleitoral com sinais claros de deterioração”, afirma o senador Ronaldo Caiado (DEM/GO). O grande desafio, portanto, escreve ele, será fazer a reforma política, que deverá incluir o fim da possibilidade de reeleição dos governantes.
ENTREVISTA
08
/ Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Conselho Deliberativo Nacional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Robson Braga de Andrade cobra dos governos e instituições ambientes favoráveis ao surgimento e ao desenvolvimento de pequenas empresas
/ Iniciado em dezembro de 2013, sob coordenação do IEL Goiás, em parceria inédita envolvendo as mineradoras Anglo American, AngloGold Ashanti e Votorantim Metais, o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF) qualificou 72 empresas de médio e pequeno porte dos municípios de Barro Alto, Goianésia, Crixás, Niquelândia e Uruaçu
BALANÇO
25 SESI GOIÁS
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/ A maior interação social proporcionada por atividades educativas e de lazer, realizadas dentro e fora das indústrias pelo Sesi Goiás, por meio de uma equipe capacitada e de sua ampla estrutura, promove melhorias no ambiente de trabalho, com reflexos positivos sobre a produtividade.
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/ Nos últimos quatro anos, Sesi, Senai e IEL Goiás multiplicaram o volume de serviços prestados à indústria e a seus trabalhadores, modernizando e ampliando sua estrutura, incrementando os serviços já existentes e desenvolvendo novas opções e ferramentas. Os investimentos realizados no período apenas pelas duas primeiras entidades superou a marca de R$ 123,5 milhões.
PERSONAGEM
PEIXE BRASIL
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/ Decano dos industriais goianos, o capitão Waldyr O’Dwyer desafia a idade e, aos “98 anos e meio”, comanda a Anadiesel, concessionária Mercedes-Benz, em Anápolis, onde participou de boa parte da história do Sistema Fieg, e ainda reivindica missões. “Sempre procuro ser útil.” Alegria e bom humor são marcas
6
/ O Sistema Fieg incrementou suas ações para estimular o desenvolvimento tecnológico e a inovação nas empresas goianas, por meio de cursos de capacitação, palestras e a prestação de serviços de consultoria e assessoria, em parte coordenadas pelo Conselho Temático de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da Fieg, por meio do Núcleo de Inovação de Goiás (NIG), implantado em 2011.
/ Seguindo o modelo do Cozinha Brasil, projeto desenvolvido pelo Sesi, o Projeto Peixe Brasil tem como meta estimular o consumo de pescado no País, ajudando a criar oportunidades de emprego e de geração de renda. O Senai Goiás fará o trabalho de capacitação de nutricionistas e merendeiras em sete capitais brasileiras
Mais enxuto.
E mais eficiente?
CATALÃO
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/ Quinta maior economia entre os 246 municípios goianos, Catalão lidera o crescimento industrial em Goiás, com índices acima da média estadual. “Os avanços registrados no município se dão através da qualidade de mão de obra, incentivo fiscal e ótima localização geográfica”, analisa Geraldo Vieira Rocha, secretário municipal da Indústria, Comércio, Turismo e Serviços.
CAPA
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/ O processo de enxugamento da máquina pública estadual, iniciado com a reforma administrativa que extinguiu meia dúzia de pastas e concentrou poderes em duas “supersecretarias”, prevendo economia entre R$ 300 milhões a R$ 400 milhões neste ano, pretende racionalizar a gestão, o que corresponderia à expectativa do setor produtivo. Mas líderes industriais temem o risco de burocratizar ainda mais os processos, tornando as decisões mais lentas.
AJUSTE FISCAL
38
/ Em entrevista à Goiás Industrial, a economista Ana Carla Abrão, nova titular da Secretaria da Fazenda do Estado, indica que o processo de ajuste das contas estaduais, que deverá incluir cortes entre 30% e 40% nas despesas de custeio, deverá preservar os investimentos públicos. Ana Carla comenta, ainda, os planos da Sefaz para continuar atraindo investimentos quando e se for aprovada a reforma do ICMS.
MINERAÇÃO
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/ A despeito das notórias dificuldades às quais está sujeita a economia brasileira neste ano, Votorantim Metais, maior produtora de níquel eletrolítico, e da Brasil Minérios, posicionada entre as três maiores produtoras de vermiculita do mundo, planejam, na soma das duas mineradoras, aumentar seus investimentos entre 30% e 40% na comparação com 2014.
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
MADE IN GOIÁS
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/ O ICQ Brasil já iniciou o processo de certificação de sistemas de gestão de energia, destinados a racionalizar e tornar mais eficiente o uso do insumo pelas corporações, num momento de aumentos vigorosos de tarifas e risco de apagão. Desde junho de 2011, a Organização Internacional de Padronização (ISO, na sigla em inglês) colocou em vigor um conjunto de normas específicas para a gestão de energia no mundo, consolidadas na NBR 50001.
/ Concebida a partir de um conceito inovador no setor cervejeiro, seguindo um modelo de negócios diferenciado, que dispensou a necessidade de investimentos em ativo imobilizado, a startup goiana LionFish Special Beer, a “caçula” no ramo das cervejas especiais, já desenha seus passos no mercado internacional.
GOIÁS INDUSTRIAL // Fevereiro 2015 //
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ENTREVISTA | ROBSON BRAGA DE ANDRADE, presidente da CNI e do Sebrae Nacional
A segunda
CHANCE FRENTE DE TRABALHO “UMAÉ O FORTALECIMENTO DOS
Miguel Ângelo
ENCADEAMENTOS PRODUTIVOS ENTRE GRANDES E PEQUENAS EMPRESAS. ESSA LIGAÇÃO É UM CANAL PRIVILEGIADO DE TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA E DE MELHORES PRÁTICAS E TEM IMPACTO DIRETO SOBRE A COMPETITIVIDADE DA CADEIA PRODUTIVA”
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O fechamento de negócios de menor porte, no curso da história econômica dos países, deve ser visto mais como oportunidade de aprender do que como fracasso. “Os números indicam que as chances de sucesso são maiores na segunda tentativa”, comenta Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Conselho Deliberativo Nacional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), nesta entrevista à Goiás Industrial. Cabe às instituições e aos governos criar ambientes favoráveis ao surgimento e ao desenvolvimento de pequenas empresas. Num ano de aperto fiscal e monetário no Brasil, as dificuldades serão maiores para empresas de todos os tamanhos e as possibilidades de crescimento para a economia, espera Andrade, deverão se consolidar a partir do segundo semestre.
mento dos encadeamentos produtivos entre grandes e pequenas empresas. Essa ligação é um canal privilegiado de transferência de tecnologia e de melhores práticas e tem impacto direto sobre a competitividade da cadeia produtiva. Goiás Industrial – De que forma será possível promover maior aproximação entre o Sebrae e o setor industrial? Pode-se antecipar quais as principais linhas e diretrizes desse trabalho de aproximação? Robson Braga de Andrade – A diversificação do Conselho Deliberativo é muito positiva, pois traz pontos de vista diferentes de cada setor. Historicamente, o Sebrae e a CNI são entidades muito próximas, com diversas parcerias de sucesso, tanto na defesa da adoção de políticas públicas quanto na prestação de serviços para pequenas indústrias. Queremos juntar o conhecimento do Sebrae em pequenos negócios à experiência da CNI em oferecer soluções para a indústria brasileira. Essa colaboração rendeu programas e projetos que colheram bons resultados, como o Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi) e o Associa Indústria. Recentemente, assinamos convênio para capacitar e ajudar a internacionalizar mais de 3,5 mil pequenas indústrias. Boas práticas e projetos vencedores podem servir a todo o setor produtivo, não apenas à indústria. Goiás Industrial – Pesquisa, desenvolvimento e inovação de produtos e processos parecem estar no centro de qualquer estratégia para recuperar a produtividade e a competitividade da economia. Quais os caminhos para conduzir micro, pequenas e
Goiás Industrial – Quais são os planos e os principais projetos do senhor para os quatro anos do mandato à frente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae? Que desafios espera NO FIM DO ANO PASSADO, encontrar? A CNI E O SEBRAE FECHARAM Robson Braga de Andrade – O UM ACORDO DE R$ 56 MILHÕES objetivo é identificar as grandes prioridades VOLTADO PARA O FORTALECIMENTO nacionais das micro e pequenas empresas. DA INOVAÇÃO EM MICRO E Assim, poderemos unir esforços e integrar PEQUENOS EMPREENDIMENTOS os instrumentos que temos para apoiar os empreendedores. Estreitar os laços com as empresas é fundamental para melhorar o trabalho prestado por nós. Um dos focos da nossa atuação precisa ser o aumento da produtividade, tema que já é central em diversos projetos conjuntos do Sebrae com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), mas é necessário envolver outros atores para ampliar a escala dessas iniciativas. Além disso, outra frente de trabalho é o fortaleci-
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José Paulo Lacerda
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ENTREVISTA | ROBSON BRAGA DE ANDRADE
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Miguel Ângelo
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A RETOMADA GRADUAL DA PRODUÇÃO SE CONSOLIDARIA A PARTIR DO SEGUNDO SEMESTRE, COM A RETOMADA DA CREDIBILIDADE DA POLÍTICA ECONÔMICA, A ESTABILIDADE DOS PREÇOS E O REALINHAMENTO DA TAXA DE CÂMBIO
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Miguel Ângelo
médias empresas rumo à inovação? E quais as OS NÚMEROS INDICAM QUE principais dificuldades a serem vencidas nesse AS CHANCES DE SUCESSO SÃO campo? MAIORES NA SEGUNDA TENTATIVA. Robson Braga de Andrade – Empresas AS INSTITUIÇÕES E O GOVERNO que inovam conseguem aumentar a produtividaTÊM O PAPEL DE CRIAR AMBIENTE de, ampliam suas credenciais para competir nos FAVORÁVEL AO SURGIMENTO mercados globais, proporcionam empregos de E DESENVOLVIMENTO DE qualidade e fortalecem a indústria, independenPEQUENAS EMPRESAS temente do porte. É importante lembrar que 99% das empresas brasileiras são pequenos negócios, mas a inovação é mais presente entre as grandes. Por isso, no fim do ano passado, a CNI e o Sebrae fecharam um acordo de R$ 56 milhões voltado para o fortalecimento da inovação em micro e pequenos empreendimentos. O convênio contempla investimentos nos Núcleos Estaduais de Inovação e em ações como o Prêmio Nacional de Inovação e o Goiás Industrial – O número de empreendedores e, esCongresso Brasileiro de Inovação, que será realizado nos dias 13 pecialmente, de micro e pequenos empresários tem crescido no e 14 de maio, em São Paulo. Além disso, a CNI criou e coordena, País, enquanto a taxa de mortalidade desses negócios contidesde 2008, a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) – o nua elevada. Quais os desafios a vencer para reduzir essa taxa mais bem consolidado ambiente de diálogo entre o setor empree disseminar boas técnicas de gestão entre as micro, pequenas e médias empresas? sarial industrial e o governo. A MEI atua na elaboração e proposição de políticas públicas para tornar o ambiente de inovação cada Robson Braga de Andrade – O primeiro passo é não vez mais atrativo e próspero. Para 2015, a agenda da MEI prioriza ver o fechamento de uma empresa como fracasso, mas como seis desafios para alavancar a inovação no Brasil: repensar o sisaprendizado. Esse espírito empreendedor e inovador deve ser valorizado. Na Europa, a tendência é facilitar a vida de quem não tema de financiamento à inovação, modernizar o marco legal, teve sucesso na primeira vez, mas quer abrir um segundo negócio. fortalecer empresas de base tecnológica, atualizar os cursos de Os números indicam que as chances de sucesso são maiores na engenharia para ampliar qualidade e oferta desses profissionais, segunda tentativa. As instituições de apoio ao empreendedor e o modernizar a propriedade intelectual e regulamentar e ampliar o governo têm o papel de criar ambiente favorável ao surgimento e acesso à biodiversidade. desenvolvimento de pequenas empresas. Isso passa por redução da burocracia, simplificação dos regimes e capacitação de gestão. Goiás Industrial – O acesso ao crédito tem sido apontado por empresários de pequeno porte como um dos obstáculos para seu crescimento. O governo já anunciou não apenas o aumento dos juros nos empréstimos do BNDES, mas também a redução na participação do banco de fomento no financiamento de projetos e empreendimentos. O custo do crédito tende a continuar subindo como resultado da política monetária mais apertada. Haverá espaço para promover maior acesso a empréstimos e financiamentos para micro, pequenas e médias empresas? Robson Braga de Andrade - A escassez de crédito e seu alto custo prejudicam negócios de todos os tamanhos. Particularmente, as pequenas empresas
precisam de maior capacidade de organização para acessar os recursos com solidez. Em muitos casos, falta informação sobre as linhas de financiamento disponíveis no mercado. Fazer essa ponte é uma das missões do Sebrae e das federações das indústrias. Diante de previsões que preocupam, esse trabalho deve ser fortalecido. Goiás Industrial – Todos os indicadores apontam que a indústria fechou 2014 com resultados negativos, seja sob o ponto de vista da produção e da participação no Produto Interno Bruto (PIB), seja no emprego e na balança comercial do setor. Qual o balanço da CNI sobre o desempenho industrial no ano passado? Robson Braga de Andrade - De fato, 2014 foi um ano difícil. Projeções da CNI indicam que, com a desaceleração do consumo e queda de mais de 6% nos investimentos, o PIB do País deve ter encerrado o ano com crescimento de apenas 0,3%. A indústria, que pode ter tido uma retração de 1,5%, foi a principal afetada por esse fraco desempenho. A perda do dinamismo tem várias razões que precisam ser enfrentadas, como os elevados custos tributários, as deficiências da infraestrutura, o anacronismo das leis trabalhistas e outros problemas, que tiram a capacidade das nossas empresas de competir nos mercados interno e externo. Goiás Industrial – Quais são as perspectivas para a indústria em 2015? Que vetores tenderão a ter maior influência para o desempenho do setor? Robson Braga de Andrade - As nossas expectativas
para este ano são um pouco melhores que as de 2014. O PIB deve crescer 1%, com expansão industrial também de 1%. No entanto, a retomada gradual da produção se consolidaria a partir do segundo semestre, com a retomada da credibilidade da política econômica, a estabilidade dos preços e o realinhamento da taxa de câmbio. O ajuste na economia, combinado com uma estratégia de melhora do ambiente de negócios e de redução dos custos, pode ajudar a recuperar a confiança dos empresários, criando condições para o retorno de um ciclo virtuoso de investimentos, produção, emprego e consumo. Goiás Industrial – A nova equipe econômica já anuncia as primeiras medidas de endurecimento da política fiscal, que provavelmente combinará cortes de despesas com aumento de impostos para atingir a meta de superávit fiscal. Qual a expectativa da CNI em relação à nova equipe e quais ajustes deveriam estar incluídos entre suas prioridades? Robson Braga de Andrade - Sabemos que 2015 será marcado por ajustes importantes na condução da macroeconomia. O setor produtivo espera ações para movimentar a política econômica na direção de maior estabilidade, melhoras institucionais, maior competência educacional e tecnológica, e criação de condições para que o Brasil fortaleça a indústria. A redução dos custos de produção, a modernização dos marcos regulatórios da infraestrutura e o estímulo aos investimentos são prioridades a serem perseguidas pelo governo neste e nos próximos anos. Temos que aumentar a competitividade da nossa economia.
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Miguel Ângelo
A REDUÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO, A MODERNIZAÇÃO DOS MARCOS REGULATÓRIOS DA INFRAESTRUTURA E O ESTÍMULO AOS INVESTIMENTOS SÃO PRIORIDADES A SEREM PERSEGUIDAS PELO GOVERNO NESTE E NOS PRÓXIMOS ANOS
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Viola Jr - Câmara dos Deputados
ARTIGO
O DESAFIO DA REFORMA POLÍTICA
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UMA DAS MUDANÇAS VITAIS QUE DEVE OCORRER É O FIM DA REELEIÇÃO, UM DOS ITENS QUE DEPENDE DE PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL. A PRERROGATIVA DA REELEIÇÃO FOI TOTALMENTE DEFORMADA” RONALDO CAIADO, senador da República (DEM/GO)
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so da máquina governamental, caixa dois, desvios de recursos e formação de “partidos de aluguel” são a realidade de um sistema eleitoral com sinais claros de deterioração. Assistimos hoje no Brasil um processo que, infelizmente, afugenta o cidadão de bem, principalmente, os jovens que não enxergam oportunidade de sobreviver em campanhas eleitorais que, com raras e honrosas exceções, se transformaram em um grande balcão de negócios. A mudança desse cenário depende de uma reforma política abrangente que não vemos pautada no Congresso Nacional desde 2009, quando tive a oportunidade de relatar o único projeto amplo que tratava do tema, infelizmente, derrotado no plenário da Câmara dos Deputados por apenas 12 votos. Uma reforma ampla só é possível ser feita a partir da aprovação de emendas à constituição combinadas com projetos de lei e considerando que temos uma realidade bem distinta à época em que fui relator da matéria. Hoje, os escândalos dos anões do orçamento, dos sanguessugas e do Waldomiro Diniz perderam a relevância em comparação ao megaesquema de corrupção da Petrobras e, muitos envolvidos, já alegam que esse último escândalo será “fichinha” perto dos que virão a partir de auditorias em órgãos como BNDES e fundos de pensão. Por isso, em minha opinião, uma das mudanças vitais que deve ocorrer é o fim da reeleição, um dos itens que depende de proposta de emenda constitucional. A prerrogativa da reeleição foi totalmente deformada. Passou a ser uma ferramenta muito mais em benefício do governante que da
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população, mecanismo que confere poder de influência e pressão aos que estão no poder e tira a competitividade dos candidatos da oposição. Outros temas relevantes são o fim das coligações nas eleições proporcionais e o financiamento de campanha. No caso do financiamento, precisaremos aguardar o resultado da decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a extinção ou não da possibilidade de doação por parte de pessoas jurídicas. Na hora de definir como será o financiamento, precisamos nos lembrar de que hoje temos o aparelhamento do Estado e o uso de estrutura governamental nas campanhas, como forma de ampliar apoio político e consequentemente o tempo de rádio e TV, essenciais numa campanha eleitoral. Temos ainda uma situação que está acontecendo agora e reforça as deformidades do nosso sistema eleitoral. O ex-prefeito de São Paulo e atual ministro das Cidades, Gilberto Kassab, age a mando do Palácio do Planalto para sugar parlamentares da oposição com propostas maravilhosas e ilícitas, fundar um partido que já surge natimorto, para depois se fundir ao PSD e engrossar a base do Executivo no Congresso. Mecanismo que frauda o resultado das urnas e mina a capacidade de promovermos um debate com conteúdo nacional. Resultado: alta da inflação, desemprego, falência e desestruturação de uma Petrobras e corrupção desenfreada. Fazer a reforma política não será uma tarefa fácil, até porque mudanças na Constituição dependem da aprovação de pelo menos 308 deputados e 49 senadores em duas votações. Acredito que o maior envolvimento de órgãos, como a Fieg e outros entes que representam os segmentos produtivos darão peso a essa discussão. A responsabilidade de uma mudança do sistema eleitoral brasileiro não é apenas do Congresso Nacional. Essa é uma prerrogativa nossa, mas sem a alavancagem desses setores organizados, dificilmente conseguiremos avançar nesses temas. Vamos encarar essa pauta para que os brasileiros possam ver eleitos representantes de fato dos seus interesses e não governantes que têm em mente apenas sua permanência no poder.
IEL
PROGRAMA CERTIFICA FORNECEDORES DA CADEIA MINERAL A inciativa nasceu há um ano da união entre o Instituto Euvaldo Lodi e as mineradoras Anglo American, AngloGold Ashanti e Votorantim Metais Célia Oliveira Do interior do Estado
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m novo tempo começa para 72 empresas de Barro Alto, Goianésia, na Região Centro Goiano; Crixás, Niquelândia e Uruaçu, no Norte, concluintes do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF) Goiás, realizado pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL Goiás) e pelas mineradoras Anglo American, AngloGold Ashanti e Votorantim Metais. Integrantes da cadeia de fornecimento industrial mineral, nas duas regiões, as organizações, de pequeno e médio porte, ganham reforços na geração e na condução de negócios empresariais, resultado das capacitações concluídas por seus diretores e gestores. Desde dezembro de 2013, o IEL coordena os
trabalhos definidos em conjunto com as três mineradoras. Como mantenedoras do programa, elas buscam despertar no parque fornecedor goiano a sustentabilidade dos negócios, incentivando a adoção de um modelo de gestão profissionalizado e moderno. Com o programa, o desenvolvimento regional também é fortalecido, a partir de negócios locais que deixam nos municípios as divisas geradas.
Novos parceiros Para cumprir seus objetivos, ao longo de seu primeiro ano de atividades, o programa ganhou parceiros como Senai, Sesi, Sebrae e GoiásFomento e contou, nos cinco municípios, com apoio das respectivas prefeituras e entidades de classe, como associações comerciais, sindicatos e câmaras de dirigentes lojistas. “Os parceiros foram fundamentais para a concretização das atividades previstas no plano do programa como o Diagnóstico Empresarial - um trabalho de campo -, as rodadas de negócios, as capacitações, o convênio para linha de crédito e para o momento da certificação”, enumera a coordenadora técnica do programa, Sandra Márcia Silva, do IEL Goiás.
Fornecedores certificados em Niquelândia:
programa fornece as ferramentas para que empresas de menor porte possam crescer
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IEL
Momento da coroação Em dezembro do ano passado, nos cinco municípios que formam o raio de atuação das mineradoras, muita celebração e expectativa marcaram as solenidades de certificação dos concluintes, que reafirmaram o compromisso com a qualidade da gestão, ao perceber no programa a oportunidade de expandir negócios. Para muitos, o crescimento proporcionado já é visível depois de constatar que trabalhavam de forma errônea. “Não tínhamos conhecimento, e com as propostas do programa vimos que, quando se trabalha sem rumo, se tem perdas”, reconhece o diretor da Metal Tec, de Uruaçu, Marcos de Souza, que hoje organizou a empresa, fixou clientes antigos, conquistou novos e estima aumento da carteira de clientes em 40%. A empresa perdia material de serviço e de escritório por não saber reaproveitar. “Também perdi bons funcionários por não saber lidar com eles”, revela Souza.
Com a empresa nas mãos Crescer em princípios, valores, ter transparência e melhorar continuamente eram as visões do pequeno empresário Gedson Ferreira, da Torneadora Jerusalém, em Niquelândia. Depois do PDF, ele viu que trabalhava no ritmo ‘deixa a vida me levar’, ou seja, não sabia planejar. “Com o programa acordei. Devo e posso ter minha empresa nas mãos. Aprendi a fazer controle e constatei que só tinha prejuízos”, diz Ferreira. Segundo ele, o programa chegou na hora certa para os fornecedores do município, fazendo-os abrir a mente rumo a uma gestão perene e menos dependente da relação com as mineradoras. Agora, para refazer a empresa, Ferreira está reavaliando tudo e colocando em prática todo o conhecimento adquirido nas capacitações. 14
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VALEU. “NO INÍCIOTODAFOIDEDICAÇÃO BEM PUXADO,
MAS DO MEIO PARA O FINAL SEMPRE CHAMAVA A TODOS DA EMPRESA PARA OS CURSOS DIZENDO: VAMOS ARROCHAR QUE HOJE TEM TREINAMENTO.” MARCOS DE SOUZA, diretor Metal Tec/Uruaçu
Vestindo a camisa do programa
CONFIANÇA. “ANTESHOJETUDOSINTOESTAVAMAISSOLTO, NÃO GANHAVA NADA. SEI O QUE FAZER PARA TER LUCRO E AVALIAR AS MARGENS DE RISCOS PARA NÃO PERDER COMO PERDIA.” GEDSON FERREIRA, diretor Torneadora Jerusalém/Niquelândia
Para atender a um mercado altamente competitivo, além do setor mineral, que movimenta extensa cadeia de fornecedores e responde por excelente contribuição no PIB brasileiro e goiano, é preciso determinação, compromisso, vontade e planejamento. Tais características no dia a dia dos 72 empresários certificados no Programa de Desenvolvimento de Fornecedores visam melhorar internamente suas organizações – muitas de perfil familiar – e seus sistemas de gestão, para que possam empreender buscando fazer parte da rica cadeia de compras nos cinco municípios em Goiás onde estão instaladas e também em outras localidades e estados. “Com as capacitações, houve uma abertura muito grande aos fornecedores. Eles compreenderam que podem e devem fazer negócios em outros setores e até entre si mesmos, ampliando a malha comercial”, aponta o gerente de compras da Anglo American, Luiz Alberto Roselli de Souza. “Com o programa vamos traduzir a lógica da competitividade, porque para ser competitivo lá fora, temos de ser primeiro aqui dentro”, resume o diretor de suprimentos da Votorantim Metais, Ricardo Porto.
Transformação interna Após a participação no programa, as empresas passam a ter uma identificação clara dos processos que as conduzirão à oferta de um serviço ou produto alinhado às necessidades das compradoras e do mercado como um todo. “Vemos que quando elas entram no programa ocorre uma transformação interna muito grande”, afirma Sandra Márcia Silva, coordenadora do PDF Goiás/IEL. “Nós recebemos com muita satisfação o PDF, junto com o IEL e as mineradoras. Nos esforçamos para trazer o programa para cá, pois tínhamos a
Aprendendo a crescer Em Barro Alto e Crixás, os fornecedores igualmente deram os primeiros passos para deixar as empresas mais organizadas e eficazes nas rotinas gerenciais. Elas buscam qualificação, parceiros e aberturas de novos horizontes que possam gerar resultados positivos. Na avaliação do gerente geral de
certeza de sua valia para o fortalecimento das empresas e da cidade”, frisa o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goianésia, Paulo Luís da Silva. No município, a proprietária da Torneadora MM, Maria José Pereira, tem expectativas de crescer muito. “Quando fui convidada pensei que não conseguiria, mas o apoio do IEL e das mineradoras me motivou a seguir, a vestir a camisa do programa”. Para ela, participar das capacitações foi benéfico para a gestão nos aspectos de pessoal, planejamento, estratégias e vendas. “Já tenho bons resultados e todas as horas de treinamento e consultoria valeram demais”.
serviços e suporte da AngloGold Ashanti, Ewerton Trindade, a certificação dos fornecedores representa o aprimoramento do potencial para atender às demandas das mineradoras, possibilitando o crescimento da Região Norte Goiano. “As fornecedoras demonstraram que querem aprimorar, gerar trabalho, renda e contribuir para uma sociedade melhor. Todas que participaram merecem nosso
JUSTAMENTE “QUANDOO PDFEUVEIOPROCURAVA POR
ALGO QUE PUDESSE ME AJUDAR A MELHORAR A EMPRESA. A PARCERIA IEL E MINERADORAS FOI UM INCENTIVO PARA NÓS” MARIA JOSÉ PEREIRA, proprietária da Torneadora MM/Goianésia
reconhecimento.” “Queremos crescer e para isso precisamos aprender como. Tudo foi gratificante. A rodada de negócios que nos favoreceu encontrar parceiros, os módulos das capacitações com assuntos que preencheram espaços vazios na gestão”, salienta Zenaide Diniz Ferreira, da Trans Aquino, em Barro Alto.
Zenaide Diniz Ferreira, da
Trans Aquino: a rodada de negócios, os módulos de capacitação, “tudo foi gratificante”
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IEL Reinaldo Domingos, da
Master Eletricidade: “Compreendi que o desenvolvimento de uma empresa depende da dedicação da direção”
FORNECEDORES CERTIFICADOS ▶▶ Barro Alto: 12 ▶▶ Crixás: 16 ▶▶ Goianésia: 12 ▶▶ Niquelândia: 21 ▶▶ Uruaçu: 11
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 2013/2014 ▶▶ 4 Rodadas de Negócios: Niquelândia, Crixás, Barro Alto e Uruaçu
▶▶ Expectativas de Negócios nas rodadas: R$ 500 mil
▶▶ Empresas certificadas: 72 ▶▶ Módulos aplicados: Como Conduzir
Negociações Eficazes; Gestão Financeira; Planejamento Estratégico e Gestão de Pessoas
▶▶ Carga horária das capacitações: 450 horas
Mudanças significativas Já em Crixás, o diretor da Master Eletricidade, Reinaldo Domingos enxerga no certificado do programa a prova de que tudo o foi transmitido era necessário. “Já percebi mudanças significativas nas áreas de venda e manutenção e aprendi como trabalhar e prospectar clientes, pois compreendi que o desenvolvimento de uma empresa depende muito da dedicação da direção.” Ele conta que dos módulos de capacitação, o que mais contribuiu para
a Master Refrigeração foi o de Como Conduzir Negociações Eficazes, pois precisava esboçar um plano de vendas para crescer 30%, segundo expectativas. Agora, com a capacitação no Programa de Desenvolvimento de Fornecedores, o empresário comemora a realização de vendas em grande volume. Para Domingos, o programa tem mostrado que as empresas não podem ficar focadas somente nas mineradoras. “Eu busco outras fontes porque um dia as mineradoras vão embora e devo continuar com minha empresa.”
▶▶ Horas de consultorias: 592 ▶▶ Lançamento do portal
www.pdfgoias.com.br
ATIVIDADES PARA 2015 ▶▶ Módulos que serão aplicados:
Técnicas de Vendas; Atendimento ao público; Saúde e Segurança no Trabalho, Liderança e Responsabilidades Legais das Empresas
▶▶ Capacitações técnicas aos funcionários das fornecedoras
▶▶ Rodada de Negócios
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Presidente da Fieg e do Conselho consultivo do IEL Goiás, Pedro Alves de Oliveira, participa da cerimônia de certificação em Crixás. Ao lado de empresários concluintes do PDF e da equipe do IEL, ele disse que, com o programa, as mineradoras dão reciprocidade aos municípios em que atuam.
SENAI
INOVAR NA INDÚSTRIA
É PRECISO A difusão de novas tecnologias é essencial para o desenvolvimento socioeconômico sustentável. Nesse contexto, o Sistema Fieg investe em ações de inovação para contribuir com o crescimento da atividade industrial
Em exposição: alunos do Sesi Senai apresentam produtos que desenvolveram durante os cursos
de Goiás (NIG). Implantado em 2011, o núcleo tem por objetivo a implantação de planos de gestão de inovação nas indústrias, orientação das empresas na elaboração de projetos de captação de recursos junto aos órgãos de fomento, entre outras atividades.
Incentivo a práticas inovadoras
Andelaide Lima
D
esde o advento da globalização, inovação tornou-se palavra-chave para quem busca espaço em um mercado cada vez mais competitivo. Diante do desafio de propor novas maneiras de aquisição de conhecimento e habilidades capazes de contribuir com o desenvolvimento tecnológico, o Sistema Fieg realiza diversas atividades voltadas para a área, com base no tripé incentivo ao empreendedorismo, fomento à pesquisa e oferta de soluções tecnológicas para as empresas. As ações abrangem desde palestras e capacitações a consultorias e assessorias. Boa parte delas é coordenada pelo Conselho Temático de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da Fieg, por meio do Núcleo de Inovação
Gerente de Tecnologia e Inovação do Sesi e Senai Goiás, Cristiane Neves reforça que a temática inovação é a bola da vez no mercado atual. Para ela, o conceito está ligado à implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou melhorado e que seja útil para as pessoas, organizações e para a sociedade. “Alguns estudiosos acreditam que a motivação e o dom da inovação estão no DNA das pessoas ou no meio em que elas estão inseridas, sendo estimuladas e cultivadas.” Cristiane lembra que todas as unidades Sesi e Senai adotam, desde o início de um de seus diversos cursos, algumas formas de propiciar a absorção do conhecimento e a aplicação prática do conceito de inovação. No curso de inovação e criatividade – temática transversal a todas GOIÁS INDUSTRIAL // Fevereiro 2015 //
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as áreas –, os alunos são sensibilizados para adoção de pequenas ações que estimulem a inovação e a criatividade. Anualmente, é realizada a feira de Ciência e Tecnologia do Ensino Básico Articulado com a Educação Profissional (Ebep) e há o concurso Inova Senai – ambos apresentam projetos e produtos inovadores desenvolvidos por alunos e docentes.
Goiás, destaque em robótica A utilização da robótica na sala de aula muda o jeito de aprender, desperta maior interesse, melhora o desempenho e modifica o comportamento do aluno. A iniciativa possibilitou participação destacada de Goiás na etapa regional do Torneio de Robótica First Lego League (FLL), realizado pelo Sesi nos dias 28 e
29 de novembro, em Goiânia, envolvendo 31 equipes de alunos de Mato Grosso, do Distrito Federal e Tocantins, além de Goiás. Durante o torneio, os competidores apresentaram projetos inovadores por meio da construção de robôs com peças de encaixe, propondo soluções criativas para problemas reais. A equipe Sesi Canaã Robots foi a grande campeã e outros dois times do Sesi e Senai Goiás se classificaram para a fase nacional, que será disputada este ano, em Brasília. A competição é uma iniciativa do grupo Lego, da Dinamarca, e da organização americana First (For Inspirationand Recognitionof Science and Technology) realizada em mais de 80 países.
“Quem procura inovar será bem colocado no mercado” O evento Jovens Empreendedores, promovido pelo Conselho Temático Fieg Jovem, Sesi e Senai, é outro incentivo à inovação. Em sua terceira edição, em novembro do ano passado, foram apresentados diversos cases de iniciativas empreendedoras desenvolvidas por alunos do Ensino Básico Articulado com a Educação Profissional
Presidente do Conselho
Temático Fieg Jovem, Leandro Almeida: setor produtivo está aberto a soluções tecnológicas
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Cristiane Neves: a inovação está no “DNA das pessoas ou no meio em que elas estão inseridas, sendo estimuladas e cultivadas”
(Ebep) das unidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Itumbiara. “Todos os segmentos produtivos estão abertos a soluções tecnológicas, quem procura inovar sempre será bem colocado no mercado de trabalho”, afirma o presidente do Conselho Temático Fieg Jovem, Leandro Almeida. Ele ressalta que a Fieg tem papel fundamental de fomentar o empreendedorismo, apoiando quem deseja empreender e desenvolver suas indústrias em Goiás. “A instituição oferece ambiente neutro para desenvolvimento de novas ideias, projetos em conjunto com indústrias de diversos segmentos, esforços para manter a qualidade empresarial do Estado, debates sobre temas relevantes, além de cobrar dos diversos setores maior responsabilidade em desburocratizar a abertura de novas empresas, como também em diminuir a carga tributária”, explica.
Novas e boas ideias Apresentado durante o Jovens Empreendedores, um alvejante produzido à base de folha de mamoeiro (Carica papaya) é aposta para higienização e remoção de manchas em superfícies diversas. Idealização dos alunos do curso de química industrial do Sesi Jundiaí/Senai Roberto Mange, de Anápolis, o projeto foi escolhido com base na existência de conhecimentos populares sobre a utilização da folha do mamoeiro para a limpeza de tecidos por meio da exposição direta aos raios solares de uma solução contendo as folhas. Também influenciou os autores o emprego do fruto mamão em larga escala pela indústria alimentícia devido a suas propriedades e presença de nutrientes benéficos. Apaixonado pela área de química, Hélio Jader, um dos alunos, conta que durante o desenvolvimento do produto aprendeu muito sobre novas técnicas de análises. “O mercado de trabalho está sempre em movimento e em busca de novos talentos. Por isso é importante iniciativas como esta, que estimulam a criatividade e o espírito inovador”, diz.
Combate ao desperdício Outra inovação, uma toalha industrial embebida em solvente para a área gráfica surgiu diante da necessidade de combater o desperdício com a utilização de uma série de solventes na produção da indústria. O projeto prevê restringir a quantidade de solvente, que já estará aplicado à toalha, possibilitando economia estimada em até 30%. Além disso, o solvente é biodegradável e acelera a decomposição das fibras do papel utilizado para a confecção das toalhas. A ideia nasceu dentro da turma de alunos do Pronatec do curso técnico em processos gráficos do Sesi/Senai Vila Canaã, em Goiânia.
Presidente do Sindquímica, Jaime Canedo conhece alvejante fabricado a partir da folha do mamoeiro, desenvolvido por alunos do ensino articulado (Ebep)
Vinagre e iogurte congelado A produção de vinagre da casca do abacaxi, uma alternativa sustentável para os resíduos oriundos do processamento de frutas, mobilizou alunos do Sesi/Senai Vila Canaã. Também na área de alimentos, as alunas Milena Rozante, Lais Oliveira e Júlia Oliveira, da Unidade Integrada Sesi Senai Aparecida de Goiânia, desenvolveram um frozen de yogurt, , sabor café, escolhido por ser “uma bebida muito consumida no Brasil, de carac-
terísticas benéficas, como manter a atenção e o humor, ajudar na respiração e na digestão e atenuar a sensação de fome.” Além desses projetos, também foram apresentadas experiências em recuperação de alumínio de embalagens tetra pak por processo hidrometalúrgico; um biodigestor doméstico à base de resíduos orgânicos; produção de cosméticos; brinquedos pedagógicos e domótica (processo de automação residencial).
Produção de
cosméticos: loção hidratante com óleo de coco entre os produtos inovadores em exposição no evento Jovens Empreendedores
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SENAI
Parceria na criação de produtos
demonstração de mais um produto inovador desenvolvido por eles
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* Programação sujeita a alterações
Alunos do Sesi Senai fazem
Na área de apoio à pesquisa, ferramenta importante para as indústrias é o Edital Senai Sesi de Inovação – iniciativa de âmbito nacional que, anualmente, oferece suporte técnico e financeiro para elaboração de projetos de inovação tecnológica e social. Desde sua implantação, em 2004, o programa já aprovou mais de 300 projetos no País. Em 2014, os recursos do edital somaram
mais de R$ 30 milhões, incluindo a contrapartida de empresas e parceiros, além de bolsas concedidas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Com apoio financeiro e tecnológico viabilizado pelo edital, empresas goianas colocaram no mercado três novos produtos, em 2014: um scraper de arraste para tração em tratores agrícolas, projeto desenvolvido pela indústria Tractorgyn, e o creme Rhenovy, de hidratação intensiva que auxilia no tratamento e prevenção da desidrose, doença causadora de lesões na pele das mãos e dos pés, ambas iniciativas em parceria com a Faculdade Senai Ítalo Bologna; e a maionese de pequi, produzida pela Sabor Brasil em parceria com a Escola Senai Vila Canaã.
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O IMPACTO DO LAZER NA PRODUTIVIDADE Indústrias investem em eventos educativos e em recreação, em parceria com o Sesi, com foco no bem-estar de seus colaboradores e na produtividade Edilaine Pazini
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nvestir em momentos sociais e de interação pode melhorar o estilo de vida do trabalhador, com diminuição do estresse e aumento na satisfação com o trabalho, com reflexo na produtividade. De eventos educativos a recreativos, o Serviço Social da Indústria (Sesi) organiza e realiza diversas atividades dentro ou fora da indústria, de forma customizada, de acordo com a ne-
Natal no Sesi Jaiara, em Anápolis: Papai Noel distribui
presentes aos filhos dos empregados da Roan Alimentos
cessidade. Para isso, a instituição conta com uma equipe capacitada e ampla estrutura, que atendem ao empresário industrial em qualquer lugar do Estado. Ciente dos benefícios que a interação pode levar para dentro da empresa, José Luiz Teixeira, diretor geral das indústrias Biotextil, Ludan e Textilsan, localizadas em Carmo do Rio Verde, Região Centro Goiano, decidiu realizar uma confraternização de final de ano diferente. Ele trocou o jantar com o Papai Noel por um dia de palestras preventivas e educativas, serviços em saúde e lazer, em parceria com o Sesi. No dia 8 de dezembro, em plena segunda-feira, todos os 212 trabalhadores das três empresas foram liberados do expediente para participar do evento, no Clube das Mães, onde foram oferecidos serviços como aferição da pressão arterial, apuração do Índice de Massa Corporal (IMC) e circunferência abdominal, levantamento do índice cariogênico e avaliação de saúde bucal, entre outros. GOIÁS INDUSTRIAL // Fevereiro 2015 //
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SESI
Excursões no cardápio Após o sucesso da confraternização, planejada, organizada e realizada pelo Sesi, o empresário já pensa em estender ainda mais a parceria. “Por meio do Diagnóstico de Saúde e Estilo de Vida, realizado durante o evento, já estamos pensando em proporcionar diversos outros serviços do Sesi para nossos trabalhadores. Queremos também organizar excursões para as unidades de Aruanã e Goiânia”, ressalta Teixeira.
SEM O SESI NÃO SERIA “POSSÍVEL ORGANIZAR ESTE
EVENTO, POIS CARMO DO RIO VERDE É UMA CIDADE PEQUENA, E NÃO POSSUÍMOS FORNECEDORES E PROFISSIONAIS CAPACITADOS PARA UM EVENTO DESTE PORTE.” JOSÉ LUIZ TEIXEIRA, diretor geral das indústrias Biotextil, Ludan e Textilsan
Vantagens para o funcionário As atividades informam, motivam e criam oportunidades para que os trabalhadores da indústria conheçam, experimentem e incorporem hábitos mais saudáveis ao estilo de vida e também façam escolhas de lazer mais ativas, que promovam sua qualidade de vida. Foi o caso de Célio Batista da Silva, de 33 anos, que trabalha na produção da Biotextil há 14 anos e foi promovido a gerente de estoque. “Descobri que estou um pouquinho acima do peso e preciso praticar
Marynna Marques da Silva, da Ludan: “A gente aprende a planejar gastos e como se comportar no trabalho”
atividade física”, diz o trabalhador. Para ele, o evento foi mais produtivo que nos últimos anos. “Este foi um dia excelente, agradável, de socialização com os outros funcionários, com informações legais sobre saúde e de distração mesmo, pois nosso pessoal reflete no profissional e estando bem com nosso corpo e mente, estamos bem no trabalho também”, acredita. Já Marynna Marques Silva, de 19 anos, operadora de máquina na Ludan há um ano, usou o dia especial para assistir às palestras ministradas durante o evento. “A gente aprende bastante coisa com essas atividades, como planejar gastos, como se comportar melhor no trabalho, e isso nos motiva a trabalhar mais feliz e produzir mais”, ressalta. Segundo ela, o evento organizado pela empresa, em parceria com o Sesi, só reforça a preocupação que o grupo, composto pelas indústrias Biotextil, Ludan e Textilsan, tem com o bem-estar dos funcionários.
Célio Batista da Silva, da Biotextil: “Descobri que estou um pouquinho acima do peso e preciso praticar atividade física”
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Ampla estrutura nas unidades do Sesi Além de levar seus serviços até municípios mais distantes, onde não possui unidade fixa, o Sesi dispõe de ampla estrutura em Goiânia, Catalão, Itumbiara, Anápolis, Aparecida de Goiânia e Niquelândia, que conta com clube, quadras esportivas e salões de festas para sediar grandes eventos. Realizar momentos de lazer, cultura e interação dentro das empresas ou nas unidades do Sesi leva diversos benefícios para a indústria. O incentivo à atividade física dos trabalhadores desenvolve valores e atributos entre os funcionários, proporcionando momentos participativos e divertidos. As atividades promovem qualidade de vida e trazem melhorias ao clima organizacional, aprimorando as relações de trabalho. No mês de dezembro, o Sesi Jaiara foi palco de várias festas de confraternização de empresas industriais de Anápolis, com diversas atrações, atividades recreativas para os trabalhadores e dependentes. Foram mais de 3.300 trabalhadores atendidos por meio de parceria com as empresas Fagron, Gravia, Carta Goiás e Roan Alimentos. Só a Carta Goiás, uma das maiores empresas brasileiras no segmento de higiene, reuniu mais de 1.500 pessoas, entre trabalhadores e familiares. Serviços técnicos especializados de decoração, locação de som, brinquedos infláveis, atividades recreativas, locução e animação com professores do Sesi, disponibilização de espaços (quadras, ginásio, campos de futebol, salão, cantina, churrascaria), utilização das piscinas do clube e salão de jogos, limpeza e guarda-vidas foram algumas das atividades oferecidas pelo Sesi Jaiara durante o evento. A surpresa ficou por conta do Papai Noel, que chegou de helicóptero.
NÃO HÁ OUTRO “ESPAÇOEM ANÁPOLIS, COM A ESTRUTURA FÍSICA E HUMANA COMO A DO SESI.” VICTOR LEONARDO FERREIRA COUTINHO, vice-presidente de operações da Carta Goiás
Um sentimento de gratidão “Já é o terceiro ano consecutivo que realizamos nossa festa de final de ano em parceria com o Sesi, com quem temos um relacionamento muito próximo, que vai além da linha normal de treinamento de colaboradores e serviços de educação e saúde”, ressalta o vice-presidente de operações da Carta Goiás, Victor Leonardo Ferreira Coutinho. Segundo ele, em Anápolis não há outro espaço como o do Sesi, munido da estrutura física e humana, com equipe própria qualificada para atender a demandas como essa.
Diversão e satisfação que refletem no ambiente de trabalho Pelo terceiro ano consecutivo, a Roan realiza sua confraternização no Sesi Jaiara, em Anápolis. Para o diretor da empresa, Valdenício Rodrigues, os benefícios vão além do aumento da produtividade e bem-estar do trabalhador. “O Sesi possui uma estrutura completa, difícil de se encontrar em outro local, e o custo é acessível para a
Para Coutinho, o sentimento é de gratidão pelo trabalho que o Sesi realiza com sua empresa, sempre pronto a atender com qualidade e de acordo com as necessidades que sua indústria apresenta. “Às vezes pensamos em implantar algo que foge ao portfólio e padrão dos fornecedores e o Sesi sempre está ali para nos apoiar e ajudar no desenvolvimento daquela ideia e vice-versa, sempre que o Sesi precisa de alguma indústria para implantar um novo serviço, estamos à disposição. É uma parceria de mão dupla”, afirma o empresário.
O SESI OFERECE UMA “ESTRUTURA COMPLETA E COM UM CUSTO MUITO ACESSÍVEL À INDÚSTRIA” VALDENÍCIO RODRIGUES, diretor da Roan Alimentos
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indústria, então os benefícios acabam sendo inúmeros”, ressalta Rodrigues. De acordo com o empresário, a Roan encontrou no Sesi um parceiro que colabora constantemente com o desenvolvimento de ações para melhorar qualidade de vida de seus funcionários. Atualmente, em parceria com o Sesi, a empresa conta com os serviços de Ginástica Laboral, Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), Medicina no Trabalho, entre outros de caráter sazonal. “É muito importante termos esse dia para comemorarmos tudo que fizemos durante o ano, nossos resultados, interagindo com nossos colegas de trabalho, líderes da empresa e tudo junto com nossa família no mesmo ambiente”, diz o auxiliar de produção da Roan Alimentos Urubanês Pereira da Costa, de 38 anos.
Serviços básicos à comunidade A promoção da saúde e a melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores e da comunidade onde a indústria está instalada refletem ainda na imagem da empresa. Pensando no bem-estar também da população do município onde estão instaladas, as empresas Açofergo, AlcaFoods, Araporâ Bioenergia, Caramuru Alimentos, Cargill, Clínica Resgate, Grupo Maudi, Supermercado Reis, Stemac Grupo Geradores, Tinta Mixcor, Conservar Serviços, JBS Friboi, que formam o Grupo Somarh, em Itumbiara, uniram forças e realizaram em parceria com o Sesi, um dia de ação social para a comunidade local. No dia 29 de novembro, os moradores do Setor Norma Gibaldi con-
taram com diversos serviços em saúde, lazer e educação. De acordo com a coordenadora do Grupo Somarh, Suzi Deppu ela, o suporte em educação, lazer, cultura e a estrutura oferecida pelo Sesi em Itumbiara é de extrema importância para as empresas da região, que se preocupam com a qualidade de vida do trabalhador e da comunidade em geral.
SAIBA MAIS Confira no site http://www.sesigo.org.br alguns dos serviços oferecidos pelo Sesi para seus eventos.
Grupo Somarh, de Itumbiara: 12 empresas se unem para realizar dia de ação social, numa parceria com o Sesi
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SESI/SENAI/IEL | BALANÇO 2010 | 2014
MAIS E MELHORES
SERVIÇOS Sesi, Senai e IEL Goiás investem em novas estruturas e em modernização, ampliando sua capacidade para atender à indústria do Estado
C
om investimentos vigorosos nos últimos anos, as instituições do Sistema Fieg expandiram sua atuação, ampliaram os serviços prestados, reforçando sua excelência e modernizando a estrutura e os modelos de gestão, num empenho reconhecido por indústrias, trabalhadores e sociedade em geral. Entre 2011 e 2014, Sesi e Senai investiram, respectivamente, R$ 59,839 milhões e R$ 63,681 milhões, totalizando R$ 123,520 milhões, destinados à modernização de suas estruturas e a novas construções, conforme Paulo Vargas, diretor regional do Senai Goiás e superintendente do Sesi Goiás.
Ensino técnico: número de
matrículas nos cursos de capacitação profissional experimenta avanço superior a 80% desde 2010
“Praticamente todas as unidades do Sesi e do Senai receberam benefícios, foram ampliadas ou reformadas, aprimorando nossa capacidade de servir ao trabalhador e às empresas industriais”, acrescenta o presidente da Fieg, Pedro Alves de Oliveira. Entre os investimentos incluem-se melhorias no Sesi Jardim Planalto, no Senai Vila Canaã, em Goiânia; a implantação, em Anápolis, de três núcleos de educação profissional nos bairros Filostro Machado, Munir Calixto e Parque das Flores; e ampliações nas unidades do Sesi de Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde. Encontram-se em fase de conclusão dois Institutos Senai de Tecnologia – o de Alimentos, na Escola Senai Vila Canaã, e o de Automação na Faculdade Senai Ítalo Bologna, ambos na capital. Até o final deste ano, deverá ser entregue ainda o Instituto de Química Ambiental, na Faculdade Senai Roberto Mange, em Anápolis. GOIÁS INDUSTRIAL // Fevereiro 2015 //
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SESI/SENAI/IEL | BALANÇO 2010 | 2014
do ano passado, enquanto na educação continuada saiu de 15% para 48% e, no caso da EJA, de 12% para 26%. No ano passado, o Sesi realizou ainda mais de 68 mil consultas ocupacionais e em torno de 100 mil consultas odontológicas, preferencialmente destinadas a trabalhadores e a suas famílias.
Paulo Vargas: Rede
Senai quase dobra número de empresas atendidas em Goiás em cinco anos
Formação profissional Paulo Vargas destaca o forte crescimento na Rede Senai em Goiás, ao longo de 2010 a 2014, das matrículas para educação profissional, que saíram de 113,5 mil para mais de 200 mil, num salto de quase 80% no período, nas modalidades de formação inicial e continuada, cursos técnicos e ensino superior. O número de empresas atendidas pela entidade, considerando-se o mesmo intervalo, avançou de pouco mais de 1,2 mil para praticamente 2,3 mil, configurando incremento superior a 90%. A área de cobertura foi igualmente ampliada, com o número de municípios atendidos crescendo de 82 para 171, num processo de interiorização em busca da indústria onde ela está instalada, pontua Vargas. O Senai tornou-se o maior ofertante, em Goiás, de cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do governo federal. Isso já acontecia, no ano passado, em 152 municípios goianos, envolvendo o traba26
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lho de 228 unidades remotas, oferecendo 140 diferentes cursos técnicos e de qualificação profissional.
Educação e saúde O Sesi Goiás seguiu a mesma trilha, elevando o número de empresas atendidas, por suas diversas áreas, de 981 em 2010 para 1,4 mil ao final de 2014, passando de 80 para 123 municípios atendidos. Com 1.228 funcionários registrados até o final do ano passado, a instituição engrossou o volume de matrículas oferecidas no ensino regular, no programa de educação para jovens e adultos (EJA) e na área de educação continuada. Nas três áreas, o total de matriculados avançou de praticamente 51,7 mil para 62,4 mil desde 2010 a 2014, com uma distribuição que tem beneficiado, de forma crescente, os colaboradores da indústria goiana. Entre os alunos do ensino regular, a participação dos trabalhadores passou de 37% em 2010 para 46% no final
Lúcia Helena Ferreira dos Santos, aluna do programa de educação de jovens e adultos: cresce participação de trabalhadores nos cursos
Empregos de qualidade Lançado em 2011 pelo IEL Goiás, o portal Banco de Oportunidades de Emprego aproximou empresas em busca de mão de obra capacitada de profissionais qualificados, reduzindo atritos produzidos muitas vezes pela falta de informações. Desde sua criação até o ano
passado, o portal registra 577 empresas cadastradas e 39.237 candidatos a vagas, destaca Humberto Oliveira, superintendente do IEL Goiás. Apenas no ano passado, 12.931 profissionais cadastraram seu currículo no portal. Entre 2010 e 2014, ressalta Oliveira, o programa de estágio apresentou crescimento expressivo, saindo de 13.642 para 18.365 estagiários, com uma taxa média de contratação pelas empresas em torno de 80%, segundo a mais recente pesquisa sobre egressos de estágio. Naquele período, 77.171 estagiários foram incluídos no programa. Ainda em 2011, retoma Oliveira, foram iniciadas as conversações para a venda do Site do Estágio, concretizada em 2013. Em abril deste ano, o site deverá estar implantado em 22 Estados, 18 dos quais já operavam o sistema em 2014. “A equipe de tecnologia da informação (TI) do IEL Goiás, que desenvolveu a ferramenta, responde pela implantação do site nas demais federações estaduais e pelo treinamento e pela preparação do pessoal local. Nossa área de TI deixou de atuar apenas como apoio para se tornar uma divisão de negócios do IEL Goiás”, comenta ele.
Quebrando paradigmas Lançado em 1999, o Programa de Qualificação e Desenvolvimento de Fornecedores realizou 240 atendimentos, com a participação de 20 empresas gestoras entre 2010 e 2014, contribuindo para dar suporte a pequenas e médias empresas fornecedoras, qualificando-as para atender a grandes clientes. Num desdobramento do programa, o IEL Goiás e as mineradoras Anglo American, AngloGold Ashanti e Votorantim Metais formataram o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores de Goiás (PDF), abrangendo os municípios de Barro Alto e Goianésia, na região Centro Goiano, além de Niquelândia, Crixás e Uruaçu, no Norte do Estado. Para Humberto Oliveira, o programa representou a “quebra de um paradigma”, já que tornou possível associar grandes concorrentes e seus fornecedores com o objetivo de aprimorar a qualidade de produtos e serviços oferecidos pelas empresas locais, seguindo exigências das grandes mineradoras.
Humberto Oliveira: “Nossa área de TI deixou de atuar apenas como apoio para se tornar uma divisão de negócios”
Em 2012, numa iniciativa inédita no País, desta vez em parceira com a Escola de Governo do Estado de Goiás e com o Insead, uma das maiores instituições de educação executiva do mundo, o IEL Goiás realizou o Seminário Internacional de Gestão Pública, destinado a gestores e lideranças do setor publico estadual.
Parceria na nova sede O setor de negócios do IEL Goiás será transferido em breve para a nova sede da Fieg, construída em frente à Casa da Indústria, em parceria entre o instituto e a federação, com participação da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Humberto Oliveira lembra que a entidade tem participação de 23,16% na área total construída do Edifício Pedro Alves de Oliveira, que empresta seu nome à nova sede, correspondendo a uma área de 1,045 mil metros quadrados.
Área de TI do IEL, responsável pelo desenvolvimento e expansão tecnológica do serviço de estágio
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PERSONAGEM
CAP. WALDYR O’DWYER, À FRENTE DOS NEGÓCIOS AOS 98 ANOS Dehovan Lima
Capitão Waldyr O'Dwyer no escritório da
Anadiesel, em Anápolis: sob a mesa, o livro Da Carpintaria à Automação Industrial, sobre a história do Senai, que acompanhou de perto
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P
erto de completar um século de vida – está com “98 anos e meio” –, o capitão Waldyr O’Dwyer, decano dos industriais goianos, é pura expressão de alegria, de bom humor e impressiona, sobretudo, pela disposição e lucidez, a despeito de dificuldades comuns à idade avançada. “Um homem feliz e realizado”, resume ele, que se diz capaz ainda de “desempenhar com entusiasmo missões” que porventura receber. “Sempre procuro ser útil”, diz. Diretor-presidente da Anadiesel, concessionária Mercedes-Benz, ele cumpre expediente diariamente na empresa e acompanha “com interesse” o trabalho da Federação, onde atuou por quase 50 anos, tendo sido, até 2011, presidente da hoje Fieg Regional Anápolis. Ex-oficial do Exército brasileiro, Waldyr O’Dwyer não se esquece da atuação nos campos da Itália, na 2ª Guerra Mundial, mas entusiasmo maior demonstra com os negócios, que iniciou ainda na década de 40, em Ipameri (GO), com as Indústrias Reunidas Santa Cruz, abastecendo com charque a Região Nordeste do País. Encerrado o ciclo da atividade na indústria da carne, abraçou, no início da década de 60, a oportunidade de ser o concessionário Mercedes-Benz em Anápolis, em meio ao boom de desenvolvimento da Região Centro-Oeste, resultante da criação da capital federal e da construção da rodovia Belém-Brasília. Hoje, além da matriz em Anápolis, a Anadiesel tem filiais em Goiás (Porangatu) e no Tocantins (Gurupi e Palmas) e emprega mais de 270 funcionários. Foi nesse ambiente de antigos e novos negócios que Waldyr O’Dwyer participou de forma ativa da vida do Senai, inicialmente, e em seguida da Fieg, onde – faz questão de destacar – atuou ao lado dos ex-presidentes Antônio Ferreira Pacheco, Aquino Porto, Paulo Afonso Ferreira e do atual, Pedro Alves de Oliveira. Ele se lembra de ter doado ao Senai de Anápolis, “aquela escolazinha que se tornou faculdade”, o primeiro motor a diesel da unidade, bem como todo o maquinário necessário ao ensino de mecânica diesel. “Os alunos faziam estágio na Anadiesel. Os primeiros e melhores tiveram emprego garantido na empresa. O Senai Roberto Mange foi um verdadeiro celeiro de mecânicos de motor a diesel. Ali se formaram os primeiros do Centro-Oeste.”
Anadiesel, concessionária Mercedes-Benz: além da matriz em Anápolis, filiais em Porangatu, Gurupi e Palmas
Paralelamente aos negócios, o capitão Waldyr procura seguir rotina normal e preserva hábitos antigos, como a equitação, passatempo predileto dos tempos do Exército, que pretende retomar assim que terminar a fisioterapia a que se submete depois de ter passado por uns “quiproquós”, como ele denomina recentes problemas de saúde. Também aprecia encontros com amigos, quando não dispensa “alguns goles de uísque”.
Honrarias: medalhas de
participação na 2ª Guerra Mundial e diploma da Fieg
www.facebook.com/Goiasindustrial SUELY AQUINO PORTO, Que enorme prazer ver o capitão Waldyr tão bem!!! Todos de nossa família temos grande carinho e admiração por ele!!! MARIA BERNADETE SERRAVALLE RUGUE BERNARDO, Saudades do cap Waldyr Trabalhei com ele e tenho ótimas lembranças . Abracos
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PROJETO NACIONAL
MAIS PEIXE NA MESA Projeto Peixe Brasil mira exemplo do Cozinha Brasil, do Sesi, para elevar consumo de pescado; Sesi Goiás fará capacitação de nutricionistas e merendeiras em sete capitais Janaina Staciarini e Corrêa
O
Sesi Goiás deverá deflagrar ainda este ano, em sete capitais, as capacitações no âmbito do convênio entre o Ministério da Pesca (MPA) e Conselho Nacional do Sesi que busca ampliar o conhecimento e o uso de pescados na alimentação do brasileiro e nas merendas escolares. Denominado de Peixe Brasil, o projeto adotou como estratégia capacitar manipuladores de alimentos das escolas públicas e filantrópicas, aproveitando a experiência do Cozinha Brasil, programa do Sesi que ajuda a população a se alimentar de forma nutritiva, barata e sem desperdício, com desenvolvimento de receitas que utilizam integralmente os alimentos. A execução das atividades ficou a cargo da Coordenação de Projetos Especiais do SENAI. Os cursos serão realizados nas regiões metropolitanas de Manaus, Belém, Salvador, Fortaleza, Brasília, São Paulo e Florianópolis. O trabalho busca respeitar as peculiaridades regionais, de acordo com Ângela Peres, coordenadora nacional do Programa Sesi Cozinha Brasil. “A proposta é trabalhar com receitas regionais a partir da produção local, ou seja, serão elaboradas preparações utilizando os pescados que são mais produzidos nas regiões em que o projeto atuará”, explica. Um exemplo é o hambúrguer de peixe, receita saborosa, apreciada principalmente pelo público infantil, beneficiários diretos do programa. Para o Sesi, a iniciativa é inédita. “Desde sua criação, o Cozinha Brasil promove receitas saudáveis, saborosas e de baixo custo que utilizam pescados como ingredientes, mas nunca em um contexto de uma parceria público-privada específica como se propõe o Projeto Peixe Brasil.”
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Pescado: potencial de produção no País chega a 20 milhões de toneladas por ano, diante de apenas 500 mil em 2012
Ângela Peres: “A proposta é trabalhar com receitas regionais a partir da produção local”
a realidade local, isso é um grande trunfo do Programa Cozinha Brasil: a expertise em se adequar as realidades” afirma.
Potencial de consumo de pescado Com 12% de toda a água doce do planeta, o Brasil é ainda banhado por uma costa marítima de 8,5 mil quilômetros. Além disso, tem 8,2 bilhões de metros cúbicos de água distribuídos em rios, lagos açudes e represas. O País tem tudo o que precisa para se tornar um dos maiores produtores mundiais de pescado, proteína animal mais saudável e consumida no Planeta. No entanto, somente no ano passado o consumo interno de pescados subiu, atingindo 14,50 quilos por habitante/ano, diante do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de 12 quilos por habitante ao ano.
O PROJETO PEIXE BRASIL EM NÚMEROS
Alimentação correta e saudável A ideia do Peixe Brasil é promover a alimentação adequada e saudável no ambiente escolar, por meio do melhor aproveitamento dos alimentos e o aumento da oferta de refeições nutritivas, saborosas e de alto valor proteico à base de pescados. O projeto busca, ainda, contribuir para o crescimento do mercado de peixes pela educação e formaçã o de novos consumidores e fortalecimento dos programas públicos de compras institucionais de alimentos, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A atuação do programa Peixe Brasil vai se espelhar no rigor em relação à merenda escolar do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que estabelece diretrizes rígidas para sua manufatura. Determina, por exemplo,
que haja apoio ao desenvolvimento sustentável, com incentivos para a aquisição de gêneros alimentícios diversificados, produzidos em âmbito local e preferencialmente pela agricultura familiar e por empreendedores familiares rurais. Dos recursos repassados pelo FNDE, 30% devem ser gastos em alimentos produzidos pela agricultura familiar.
Adaptado à realidade local As capacitações realizadas com os manipuladores de alimentos não terão nenhum custo para as escolas. A ideia é justamente trabalhar com a realidade da estrutura já existente no local. Ângela Peres, Coordenadora Nacional do Cozinha Brasil, afirma que caso haja a necessidade de incrementar a estrutura física das escolas, como por exemplo, a aquisição de refrigeradores, a orientação será repassada ao final das atividades. “Mas não trataremos isso como empecilho para a execução do projeto, trabalharemos com
▶▶ O Brasil tem condições de produzir, de
maneira sustentável cerca de 20 milhões de toneladas de pescados por ano (2010 – 500 mil toneladas);
▶▶ Capacitação teórica e prática de
manipuladores de alimentos de escolas públicas e filantrópicas em 11 capitais brasileiras;
▶▶ Atividades de qualificação técnica e
profissional para gestores, responsáveis técnicos e manipuladores da alimentação escolar, totalizando mais de 3.200 pessoas.
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CAPA | A SUPERSECRETARIA
E se não melhorar? A perspectiva de racionalização da máquina estadual, após a reforma administrativa, não é unânime entre os empresários, diante de incertezas em relação a seus resultados Lauro Veiga Filho
Equipe mais enxuta:
governo reduz número de secretários de Estado e prevê economia de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões
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A
reforma administrativa anunciada ainda no final do ano passado, que resultou no enxugamento do número de secretarias de 16 para uma dezena, corte de cargos e afastamento de comissionados, despertou expectativas positivas e incertezas entre as principais lideranças da indústria em Goiás. A concentração de funções e poderes em torno de duas “supersecretarias” – a de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação, sob comando do vice-governador José Eliton, e a de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanas, dirigida pelo ex-deputado Vilmar Rocha – poderá racionalizar a gestão pública. No entanto, na direção oposta, a depender de como se dará a relação entre os secretários e os novos superintendentes, corre-se o risco de burocratizar ainda mais os processos, tornando as decisões mais lentas do que o ritmo demandado pelo setor empresarial. “Vamos esperar para ver os resultados”, afirma o primeiro vice-presidente da Fieg, Wilson de Oliveira, resumindo um ponto de vista recorrente entre os empresários.
Eduardo Ferreira
Primeira reunião do governador Marconi
Perillo com seus principais auxiliares: governo reduz número de secretários de Estado e prevê economia de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões
“Tudo demora além da conta” A expectativa do empresário Wilson de Oliveira, também presidente da Fieg Regional Anápolis, é de que o enxugamento da máquina estadual assegure maior agilidade à administração pública, aprimorando o atendimento ao setor produtivo. “Sabemos que há várias ‘gavetas’ nas diversas instâncias do poder público. Por isso, esperamos que a reforma traga mais agilidade na emissão de licenciamentos ambientais e na liberação do uso de solo”, sustenta ele. “Tudo demora além da conta naquelas áreas e muitos empresários reclamam contra isso em Anápolis, diante da dificuldade crescente para lidar com a burocracia estatal”, reforça Oliveira. As mudanças na estrutura administrativa do Estado, espera ele, devem reduzir o número de departamentos, esperando-se que o atendimento se torne mais eficiente, o que exigirá realocação de pessoal para setores que de fato necessitam. “Na Agência de Fomento, por exemplo, faltam servidores para analisar e despachar processos.”
Palácio Pedro Ludovico Teixeira: coração administrativo do governo estadual também passou por reformas para adequar estrutura às novas secretarias
A reforma fará alguma diferença, cita ele, se houver maior rapidez nos processos. “Vai ficar mais rápido a expedição de Termo de Acordo de Regime Especial (Tare)? O licenciamento será descomplicado? Vamos esperar para ver os resultados.” Ainda segundo Oliveira, os excessos do setor público criam novos custos, contribuindo para reduzir a competitividade da indústria. “Como as empresas não conseguem condições ideais de competição, os importados passam a dominar o mercado”, observa o empresário.
COMO AS EMPRESAS NÃO “CONSEGUEM CONDIÇÕES IDEAIS
DE COMPETIÇÃO, OS IMPORTADOS PASSAM A DOMINAR O MERCADO WILSON DE OLIVEIRA, presidente da Fieg Regional Anápolis
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CAPA | A SUPERSECRETARIA
No centro das preocupações Gilberto Martins da Costa, presidente do Sindicato das Empresas de Extração de Areia do Estado de Goiás (Sindiareia), teme que a criação de supersecretarias, como parte do processo de reforma administrativa e racionalização da máquina administrativa, possa “travar um pouco o Estado”.
Infraestrutura e meio ambiente, lembra ele, estão no centro das preocupações do setor produtivo, já que lidam diretamente com a capacidade de escoar a produção de forma eficiente e com deliberações que podem influenciar decisões de investimento em novos empreendimentos. Na visão de Costa, há falta de técnicos para analisar o licenciamento ambiental de projetos empresariais e isso vem causando atraso nos investimentos. “Mas acredito que o governador terá sensibilidade para ouvir a classe empresarial e tomar as providências necessárias caso as mudanças na área administrativa tornem o processo de licenciamento mais lento”, pondera ele.
O desafio da qualidade
Gilberto Martins Costa, presidente do
Sindiareia: “Acredito que o governador terá sensibilidade para ouvir a classe empresarial”
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Na opinião do presidente dos sindicatos das Indústrias de Fabricação de Etanol e de Açúcar no Estado de Goiás (Sifaeg/Sifaçúcar) e diretor-presidente da Jalles Machado, Otávio Lage de Siqueira Filho, com a reestruturação administra-
Otávio Lage de Siqueira Filho, presidente do
Sifaeg/Sifaçúcar: “Creio que alguns processos tendem a ser desburocratizados, possibilitando ao setor produtivo ter uma resposta mais rápida”
tiva, o governo vai reduzir despesas com pessoal, mas terá pela frente o desafio principal de manter a qualidade dos serviços prestados. “Creio que essa reforma dará mais agilidade nas ações de governo, com mais sinergia entre as áreas afins e interdependentes”, afirma ele. “Alguns processos tendem a ser desburocratizados, possibilitando ao setor produtivo ter uma resposta mais rápida”, acrescenta. Siqueira Filho acha importante que o Estado mantenha, além dos incentivos fiscais, a política de melhorias na infraestrutura, “com mais investimentos em rodovias, ferrovias, aeroportos, que vão facilitar a logística.” Igualmente fundamentais, na sua avaliação, investimentos em qualificação de mão de obra e em educação, “porque ela é a base para qualquer Estado se desenvolver”.
Maior agilidade à gestão Diretor da Fieg, André Rocha acredita que a reforma administrativa tem como alvo dois objetivos centrais, ao perseguir a “otimização dos recursos públicos, trazendo economia para o Estado ao evitar a sobreposição de órgãos” e, complementarmente, “dar maior agilidade ao setor público estadual”. Em sua avaliação, caso não se alcance a agilidade necessária, “o prejuízo pode ser maior para a sociedade do que a economia de recursos alcançada.” Rocha espera que o bom diálogo mantido com a área ambiental do governo possa ter continuidade daqui para frente. Além disso, acrescenta ele,
o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação, José Eliton, “sempre teve bom trânsito no Fórum Empresarial e, portanto, presume-se que deverá preservar esse canal de diálogo com a sociedade.” Em sua expectativa, “o conjunto deverá ser maior do que a soma dos esforços individuais que existiam antes.” Na área de comércio exterior, Rocha lembra que o secretário William O’Dwyer mantém diálogo próximo com as embaixadas estrangeiras em Brasília e, em sua nova função, terá condições de se concentrar no processo de consolidação da internacionalização da economia goiana.
Jayr Inácio
“Desburocratização em todos os níveis”
André Rocha, diretor da Fieg: ao evitar a
sobreposição de órgãos, governo estadual poderá economizar e “otimizar” uso de recursos públicos
Emílio Bittar, presidente do Conselho Temático de Comércio Exterior e Negócios Internacionais da Fieg, aposta em resultados positivos na gestão de José Eliton à frente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. “O setor exportador goiano precisa do reconhecimento do governo de Goiás da tamanha importância que tem. Com exportações significativas, o Estado traz do exterior recursos e riquezas que passarão a cir-
Emílio Bittar, presidente do Conselho Temático
de Comércio Exterior e Negócios Internacionais da Fieg: sinergia com o governo estadual
cular internamente, gerando empregos, renda e mais impostos”, afirma Bittar. O setor exportador, prossegue o empresário, espera “desburocratização em todos os níveis”, o que inclui facilitação na emissão de certificados e desoneração de impostos no transporte de bens e produtos para os portos, entre outras medidas para impulsionar o comércio exterior. Como resultado da mais recente reforma administrativa, Bittar espera gestão mais ágil e eficiente, além de aumento no diálogo com o setor produtivo. “O atual governo já permitiu uma proximidade com as entidades do Fórum Empresarial e essa sinergia deve ser continuada e incrementada com a nova administração”, reforça ele.
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CAPA | A SUPERSECRETARIA
Maior foco e mais diálogo Os ganhos na área do comércio exterior deverão ser incrementados a partir da reforma, com maior aproximação, interação e diálogo entre setores do governo, avalia William Leyser O’Dwyer, superintendente de Comércio Exterior da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação. “Inicialmente, pareceu algo ousado, mas, no dia a dia, as secretarias estão mais próximas do que no passado, facilitando a circulação de informações”, complementa O’Dwyer, para quem esse processo tende a favorecer o comércio exterior de forma mais significativa. Na sua visão, os superintendentes poderão desenvolver ações mais integradas, com foco em metas definidas, favorecendo inclusive o diálogo com o setor produtivo. A agenda definida para a área de comércio exterior busca inaugurar uma nova fase no processo de abertura de mercados para empresas goianas e seus produtos, a começar pela missão aos Estados Unidos, realizada em janeiro, com participação do vice-governador e do superintendente de Comércio Exterior, com visitas à Câmara Americana de Comércio em Nova York, ao consulado brasileiro na mesma cidade e à multinacional do setor farmacêutico Pfizer.
Agenda internacional Neste ano, o superintendente William O’Dwyer prevê crescimento “vigoroso do comércio exterior” em Goiás, depois de ter fechado 2014 com exportações de US$ 6,980 bilhões, em valores aproximados, no terceiro melhor resultado em toda a série histórica, mas quase 4,6% abaixo do recorde de 2012, quando o Estado havia exportado US$ 7,315 bilhões. O superávit comercial goiano, no entanto, bateu recorde histórico, atingindo US$ 2,561 bilhões. 36
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Para isso, a agenda de visitas oficiais e missões comerciais, ainda em fase de elaboração, já contempla viagens à Itália e a Portugal ainda em fevereiro, enquanto a equipe de comércio exterior do governo prepara o terreno para uma missão à Rússia, um dos principais mercados de destino das exportações brasileiras de carne bovina. “Temos interesse em uma maior aproximação com os países asiáticos e estamos estudando a melhor maneira de inserir nossos produtos no Oriente Médio”, antecipa O’Dwyer. A programação deverá incluir, ainda em fase de confirmação, um road show na Holanda, quando o governo pretende apresentar os principais atrativos da economia goiana a empresários europeus, além da participação no Encontro Econômico Brasil-Alemanha, previsto para junho, em Joinville.
PARECEU “ALGOINICIALMENTE, OUSADO, MAS, NO DIA A
DIA, AS SECRETARIAS ESTÃO MAIS PRÓXIMAS DO QUE NO PASSADO, FACILITANDO A CIRCULAÇÃO DE INFORMAÇÕES” WILLIAM LEYSER O’DWYER, superintendente de comércio exterior
O SALTO DAS EXPORTAÇÕES GOIANAS 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
(Valores em US$ milhões)
1.413.115 1.817.393 2.093.111 3.184.780 4.091.752 3.614.964 4.044.638 5.605.193
2012
7.314.578
2013
7.042.674
2014
6.979.884
Fonte: Mdic
Desafios adiante Diretor executivo da Fieg e presidente do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás (Sindifargo), Heribaldo Egídio da Silva afirma que a estrutura administrativa do Estado de fato precisava de um enxugamento, “aliás como em todo o setor público”, reforça. “A minha dúvida é se a reforma anunciada resolve ou cria novos problemas”, ressalva. A área de comércio exterior, faz questão de comentar Egídio, “está entregue a excelentes mãos”, mas ele espera que a superintendência de indústria confirme disposição para o diálogo com o setor produtivo, mantendo aberto os canais de comunicação com o Fórum Empresarial. A estimativa oficial é de economia ao redor de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões com a reforma, lembra Egídio, o que deverá permitir que o governo estadual concentre maiores investimentos em projetos de infraestrutura, a exemplo do aeroporto de cargas e da plataforma logística de Anápolis, além de rodovias e do centro de convenções de Aparecida de Goiânia, sustenta ainda o empresário. Egídio cobra maior atenção aos principais polos de desenvolvimento econômico do Estado e aos distritos industriais, que exigem reformas e ampliação, num trabalho a ser desenvolvido em parceria com os municípios. “O governo terá ainda de trabalhar com o governo fe-
Heribaldo Egídio da Silva, presidente do
Sindifargo: “A minha dúvida é se a reforma anunciada resolve ou cria novos problemas”
deral para tornar a Ferrovia Norte-Sul efetivamente operacional, o que daria novo ânimo à atividade produtiva no Estado”, afirma.
E mais incertezas As duas novas supersecretarias, comenta Sandro Mabel, presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentação no Estado de Goiás (Siaeg), “reúnem áreas muito distintas e, caso haja concentração muito grande das decisões na pessoa do secretário, isso pode ser prejudicial”. Para ele, “é preciso que os secretários sejam muito bem assessorados, com subsecretários com certa autonomia, para que os projetos não parem em função dessa concentração.” Mas, de outro lado, observa ainda Mabel, com doses de agilidade e delegação de poderes, internamente, “essa forma de gestão pode até dar celeridade aos projetos, ou seja, vai depender muito dos secretários recém-empossados.” A “altíssima carga tributária” e o “engessamento da legislação trabalhista”, continua Mabel, ocupam o alto da agenda do setor produtivo, que demanda políticas públicas incentivadoras da produção, da geração de empregos e de renda no Estado e no País. “Sofremos muito para conseguir competitividade no mercado interno e externo. O governo precisa ser mais parceiro dos empresários”, afirma ele. Nessa direção, “o primeiro passo é o investimento em energia elétrica, infraestrutura básica para qualquer indústria.” A qualidade da energia elétrica em Goiás, na avaliação de Mabel, “tira qualquer chance de competitividade das empresas, pois precisamos investir muito em geradores e equipamentos que protejam o maquinário da os-
Sandro Mabel, presidente do Siaeg: “Caso haja
concentração muito grande das decisões na pessoa do secretário, isso pode ser prejudicial”
cilação de energia.” O setor empresarial precisa ainda, acrescenta ele, de estradas de qualidade, programas de qualificação profissional, suprimento estável de água e de toda uma “infraestrutura básica que garanta o funcionamento pleno da indústria”. Para isso, sustenta o empresário, “as secretarias também terão de atuar fortemente no cenário nacional para que Goiás tenha espaço e seja contemplado com políticas de desenvolvimento e de isonomia econômica”.
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SEFAZ | ANA CARLA ABRÃO
Ajuste poupará INVESTIMENTOS Secretária da Fazenda prevê que impacto será mais bem administrado por Goiás, que tem conseguido manter “trilha de crescimento importante”
O
ajuste fiscal em andamento no Estado deverá corrigir desequilíbrios conjunturais de caixa, evitando que consolidem um problema estrutural mais à frente, e abrir espaço para que o Tesouro estadual recupere sua capacidade de realizar investimentos com recursos próprios, afirma a economista Ana Carla Abrão, secretária estadual da Fazenda, em entrevista à Goiás Industrial. Numa fase de aperto fiscal também na área federal e de baixo crescimento para a economia em geral, com custo de capital mais elevado e obstáculos maiores para a captação de dívidas novas, haverá impactos sobre a atividade econômica, mas Goiás deve ser menos afetado porque “está em uma trilha de crescimento ainda importante”, acima da média brasileira nos últimos anos, avalia a secretária. Ana Carla fala ainda sobre a reforma do ICMS e dos caminhos para continuar atraindo investimentos. Confira os principais trechos da entrevista.
HOJE, O GOVERNO DO ESTADO TEM UMA “SITUAÇÃO ESTRUTURAL ORGANIZADA, DE
SOLVÊNCIA DE ATIVOS E PASSIVOS. MAS DO PONTO DE VISTA DO CAIXA, O ESTADO GASTA MAIS DO QUE ARRECADA. É NECESSÁRIO CORRIGIR PARA PERMITIR QUE SE TENHA CAPACIDADE DE INVESTIMENTO NOS PRÓXIMOS ANOS
Goiás Industrial – Qual o tamanho do ajuste pretendido e quais serão as primeiras medidas? Ana Carla Abrão – Na verdade, a ideia aqui é reequilibrar as contas do Estado. Como todos os Estados da federação, hoje Goiás gasta mais do que arrecada e isto vai gerando, claro, um desequilíbrio no dia a dia que a gente precisa corrigir antes que ele se torne um problema estrutural. Hoje, o governo do Estado tem uma situação estrutural que é organizada, de solvência de ativos e passivos. Mas do ponto de vista do caixa, operacionalmente, o Estado gasta mais do que arrecada. Então, é necessário corrigir isso até para permitir que se tenha capacidade de investimento nos próximos anos.
”
Ana Carla Abrão: medidas
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Denis Marlon
corrigirão desequilíbrios de caixa, evitando que se transformem em desajustes estruturais
Goiás Industrial – A expectativa é de mais um período de baixo crescimento, agravado pelo ajuste exigido. Como isso afetará a economia do Estado? Ana Carla Abrão – Acho que Goiás não está imune ao que vai acontecer com o País. Não tenho dúvidas de que teremos um ano difícil do ponto de vista do crescimento e do ajuste. É impossível a gente imaginar que se faça um ajuste na União do tamanho que vai ser feito sem que haja impactos no crescimento econômico. Então, quando a gente fala do ajuste fiscal, do aumento de juros, o País certamente vai sofrer do ponto de vista de crescimento. Em Goiás, o ajuste também será forte, mas temos ao menos o benefício de que o Estado vem crescendo nos últimos anos. Ao contrário do País, que já está num processo de baixo crescimento há algum tempo, Goiás está numa trilha de crescimento ainda importante. Imagino que a gente consiga fazer o ajuste, que não será pequeno, mas com menos sacrifício do ponto de vista de crescimento. Goiás Industrial – Dentro do programa de ajuste, estará contemplada alguma outra operação de crédito para 2015? Ana Carla Abrão – O receituário é muito clássico. A gente vai trabalhar na frente das despesas e o custeio é a primeira que aparece em função da própria reforma (administrativa). Tem a frente de receita – e aí não está na pauta neste momento aumento de impostos. Mas claramente tem aí uma efetividade de arrecadação, melhoria nos processos. E terceiro, a parte toda de gestão da dívida. Muito já foi feito neste ponto. Mas há sempre a necessidade de buscarmos junto a organismos multilaterais, junto a bancos privados e aos próprios bancos públicos algum espaço para a gente fazer cada vez com que o serviço da dívida fique menos oneroso, porque o serviço da dívida consome uma parcela importante da arrecadação. Goiás Industrial – O ajuste estadual vai de certa forma poupar investimentos? Ana Carla Abrão – A ideia é que a gente consiga reequilibrar o orçamento e conseguir designar uma parcela de recursos do Tesouro para investir no Estado. Hoje a gente tem investimentos com recursos de vinculação e uma série de investimentos que foram feitos, mas com o caixa do Tesouro muito apertado. O que a gente pretende é dar tranquilidade e previsibilidade, do ponto de vista de receita e despesa, para manter a capacidade, na verdade recuperar a capacidade do Estado de investir com recursos do Tesouro.
Ana Carla Abrão – Isso foi tema do discurso do ministro (Joaquim) Levy (da Fazenda). Eu estava lá e ele deu um recado que acho que é um recado ao qual devemos prestar atenção. Segundo ele, as alíquotas do ICMS devem convergir para um patamar que acabe com a guerra fiscal. Isso é o melhor para União e é melhor inclusive para os Estados. Como é que isso vai ser feito, acho que isso é um grande desafio e que vai ter que ser puxado, liderado pela União. Goiás Industrial – Vencida essa etapa, supondo-se que a reforma seja aprovada, como o governo vai fazer política de atração de investimentos? Ana Carla Abrão – Acho que a melhor bandeira que Goiás tem é apresentar suas contas ajustadas, apresentar solvência, apresentar uma situação de liquidez boa e ter capacidade de o próprio Estado investir. Acho que se a gente conseguir gerar confiança, fizer um bom trabalho do ponto de vista de “venda” do Estado de Goiás como um local que fortalece os contratos, que tem suas vantagens comparativas e, além de tudo, é um Estado que está organizado do ponto de vista fiscal, não vejo porque a gente não consiga manter uma trilha de crescimento, mesmo numa situação em que não se tenha mais os instrumentos de incentivos e benefícios da forma como a gente teve no passado. É claro que tudo tem de ser ajustado. Existem diferenças entre os diversos Estados. Existem vantagens comparativas de uns em relação aos outros. Mas acho que a gente consegue trabalhar no sentido de ter um conjunto de coisas que mantenha o Estado atrativo do ponto de vista do investimento. A gente sabe que o investimento público tem como contrapartida o investimento privado. Se a gente conseguir ter o Estado como um investidor também, acho que isso ajuda mesmo que a gente tenha aí a exaustão dos benefícios.
ESTÁ NUMA TRILHA DE CRESCIMENTO “AINDAGOIÁSIMPORTANTE. IMAGINO QUE A GENTE CONSIGA
FAZER O AJUSTE, QUE NÃO SERÁ PEQUENO, MAS COM MENOS SACRIFÍCIO DO PONTO DE VISTA DE CRESCIMENTO
”
Goiás Industrial – A reforma do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ainda está bloqueada no Congresso. Qual a expectativa da secretaria?
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ARTIGO
TERCEIRIZAÇÃO: CONSTRUINDO UM MARCO LEGAL
“
A TERCEIRIZAÇÃO NÃO IMPLICA NECESSARIAMENTE PRECARIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO. RESULTA DE IMPERATIVOS DE ORDEM ECONÔMICA E TECNOLÓGICA, NUMA SOCIEDADE GLOBAL E COMPETITIVA, CABENDO AO DIREITO DO TRABALHO, NA MESMA VELOCIDADE DAS MUDANÇAS, IMPEDIR REDUÇÃO DOS PATAMARES MÍNIMOS DE PROTEÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA.” NELSON MANNRICH, advogado, em São Paulo, sócio de MSV Mannrich, Senra e Vasconcelos Advogados. Professor titular de Direito do Trabalho da USP, presidente honorário da Academia Brasileira de Direito do Trabalho
O
debate em torno da terceirização certamente envolve desafios enfrentados pelo Direito do Trabalho em face de profundas transformações, nessa passagem para a sociedade da informação, que congrega mais de 70% da população economicamente ativa. As grandes corporações acabaram externalizando seu processo produtivo, integrado por meio de redes empresariais, em complexas e diversificadas estruturas, com sensível esgotamento do modelo de produção em série. Não se trata de mudanças da empresa – mas de paradigmas organizativos – ou seja, “a centralização organizativa cede lugar à descentralização e autonomia, bem como à interconexão, interna e externa” (Piore e Sabel). Nesse contexto de tantas transformações, a prestação de serviços determina diversas modalidades de parceria entre empresas, cada qual especializada em determinada atividade, direta ou indiretamente ligadas ao ciclo
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produtivo, com seus próprios empregados ou prestadores de serviços, sem qualquer forma de subordinação entre elas, com divisão e definição de responsabilidades. Os trabalhadores vinculados à fornecedora não se sujeitam ao poder de comando da tomadora, ao contrário dos que enxergam vínculo de emprego ao longo dessa intrincada rede, não por conta de ordens diretas, que não existem, mas da chamada subordinação estrutural. A terceirização não implica necessariamente precarização das condições de trabalho. Resulta de imperativos de ordem econômica e tecnológica, numa sociedade global e competitiva, cabendo ao Direito do Trabalho, na mesma velocidade das mudanças, impedir redução dos patamares mínimos de proteção social e trabalhista. Esse o desafio do marco legal que está sem ser construído. Deve-se eliminar a intermediação ilegal de mão de obra (marchandage), face mais visível do trabalho precário. Na terceirização, observa-se relação jurídica entre dois sujeitos reais, ou seja, entre dois reais empregadores ou entre um real empregador e um autêntico trabalhador autônomo. No marchandage, não há atividade econômica, apenas exploração do homem pelo próprio homem, com intuito exclusivo de lucro. Na terceirização, não se contratam pessoas, mas serviços, assumindo-se riscos, obrigações e responsabilidades próprios de empresário. Ideologias à parte, terceirização implica especialidade em determinada atividade, mediante domínio do respectivo know-how; observa-se verdadeiro empregador ou trabalhador independente, cabendo-lhe não só a direção pessoal dos serviços de seus próprios empregados, como a assunção dos riscos da respectiva atividade econômica.
NOVA SEDE DA FIEG
O NOVO ESPAÇO DA INDÚSTRIA Sede inaugurada em dezembro deverá tornar mais efetivo o apoio da Fieg aos sindicatos do setor, aproximando-os da área técnica da federação
I
naugurado oficialmente no dia 15 de dezembro, numa solenidade com a presença do governador de Goiás, Marconi Perillo, dos presidentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, da Fieg, Pedro Alves de Oliveira, e dos sindicatos patronais da indústria goiana, a nova sede da federação ganhou aprovação unânime das lideranças do setor industrial. O edifício, que toma emprestado o nome do presidente da federação, numa homenagem prestada pelos sindicatos, abrigará as entidades anteriormente sediadas no Palácio da Indústria, no Centro de Goiânia, o IEL Goiás, a Coordenação Técnica (Cotec) e o Centro Internacional de Negócios da Fieg, além da assessoria
sindical, setor de cadastro, informática, a secretaria geral e o setor de protocolo. “Uma ideia iluminada e um belo projeto de engenharia, com instalações modernas que atendem as nossas necessidades, além de aproximar os sindicatos da nossa federação”, afirma Antônio Almeida, presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de Goiás (Sigego). Edilson Borges de Sousa, presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas em Geral de Goiânia (Sinroupas), considera que a mais nova sede da Fieg permitirá maior integração entre os sindicatos, estimulando a prática do associativismo. “Será uma nova fase de aprendizado, já que haverá oportunidade para maior troca de experiências e ideias entre os sindicatos.” O presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de Goiás (Sindirepa-GO), Sílvio Inácio da Silva, elogiou o investimento realizado pela Fieg. “Não há federação classista que faça algo assim pelos seus sindicatos.” Segundo ele, a nova
Inauguração do Edifício Pedro Alves de Oliveira
reúne empresários, governador Marconi Perillo e o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade
sede, muito mais ampla e com instalações modernas, permitirá reuniões mais produtivas, oferecendo espaço para palestras, workshops e mesmo seminários. “O investimento vai aproximar ainda mais o setor produtivo da área técnica da Fieg, levando a uma articulação melhor entre sindicatos e a direção da federação”, comenta Gilberto Martins da Costa, presidente do Sindicato das Empresas de Extração de Areia do Estado de Goiás (Sindiareia). A maior proximidade certamente facilitará a comunicação e o diálogo dos sindicatos com a presidência da Fieg, afirma José Luiz Martin Abuli, presidente do Sindicato das Indústrias de Gesso, Decorações, Estuques e Ornatos do Estado de Goiás (Sindigesso). Ele também considera que a mudança dos sindicatos para o novo prédio vai melhorar e simplificar o trabalho de suporte aos sindicatos realizado pela área técnica da federação. O presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário do Estado de Goiás (Sinvest), José Divino Arruda, sustenta opinião semelhante, destacando ainda a maior comodidade das novas instalações e a perspectiva de valorização do trabalho realizado pelos sindicatos. “Teremos maior acesso à Fieg, assim como a sua área técnica, e isso representará um ganho muito grande”, ressalta Arruda. Para Jaime Canedo, presidente do Sindicato das Indústrias Químicas no Estado de Goiás (Sindquímica-GO), havia certo distanciamento entre os executivos dos sindicatos e da Fieg, que agora deixa de existir com a mudança para a nova sede, com “ganhos operacionais para todos”. Canedo acrescenta que “o presidente Pedro Alves de Oliveira, com esse investimento, quer fortalecer a base sindical e sabe que isso é importante e necessário para o setor” GOIÁS INDUSTRIAL // Fevereiro 2015 //
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ICQ BRASIL
EFICIÊNCIA E CUSTO MAIS BAIXO Consumo de energia: gestão pode trazer
redução de custos para as organizações, assim como menores emissões de gases do efeito estufa
Norma da ISO regula a implantação de sistemas de gestão que podem trazer redução de até 60% no uso de energia em vários setores da economia
À
s vésperas de um ciclo de forte aumento das tarifas de energia, a adoção de sistemas de gestão de energia pelas empresas pode trazer ganhos ao tornar mais eficiente o uso deste insumo, reduzir desperdícios e despesas na área, além de conter emissões de carbono e de outros gases formadores do efeito estufa. Esses sistemas já vêm sendo certificados pelo ICQ Brasil, seguindo um conjunto de normas que o País ajudou a escrever no âmbito da International Organization for Standardization (ISO). Até 2011, afirma Telmo Azambuja,
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engenheiro civil, consultor e auditor de sistemas de gestão, não existiam normas específicas para a gestão de energia no mundo, a despeito das novas demandas geradas pela necessidade de poupar recursos naturais, evitar emissões e enfrentar o aquecimento global. Em junho daquele ano, concluindo um processo de debates iniciado ainda em 2005 em diversos países, a ISO baixou a NBR 50001, fixando requisitos para a implantação de sistemas integrados de gestão de energia, envolvendo a implantação e operação de políticas energéticas pelas organizações, fixação de responsabilidades da direção nesta área e instituindo definições para a verificação e análise crítica dos mesmos. “O Brasil teve atuação marcante na geração da ISO 50001”, reforça Azambuja. Os Estados Unidos sediaram a primeira reunião para discutir a norma em setembro de 2008 e o segundo encontro ocorreu no Brasil, em março do ano seguinte. De acordo com o especialista, os trabalhos foram conduzidos pelo Comitê
Técnico TC 242, da ISO, sob coordenação dos EUA, que dividiram com o Brasil, por meio da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a secretaria executiva do comitê. A versão brasileira da norma, aprovada em 15 de junho de 2011, lembra ainda Azambuja, entrou em vigor em 17 de julho do mesmo ano. Na visão da ISO, conforme o consultor, “num cenário de mudanças climáticas, a norma colabora para a redução de gases do efeito estufa (GEE) relacionados ao setor de energia” e parte do pressuposto de que o uso do insumo “precisa ser bem gerenciado” pelos usuários finais, já que estes não podem, sozinhos, interferir em políticas e decisões tomadas globalmente pelos governos e outros agentes nesta área. Para que isso possa ocorrer, Azambuja afirma que será “preciso conectar especialistas em eficiência energética com especialistas em sistemas de gestão”. Aplicável a todos os tipos de organização, nas atividades sobre as quais elas podem ter controle, o sistema de gestão permite melhoria contínua do desempenho energético nas empresas, com maior eficiência no uso e consumo de energia. Numa avaliação inicial, a ISO acredita que a norma poderá influenciar na redução de 60% “do uso da energia mundial em diversos setores da economia”, sintetiza Azambuja.
CATALÃO
POLO DE CRESCIMENTO Indústria passa a responder por mais da metade das riquezas produzidas pelo município, tornando-se a terceira mais importante no Estado
Q
Murilo Mattos
uinta maior economia entre os 246 municípios goianos, Catalão tem liderado o crescimento industrial em Goiás e vem apresentando, ano após ano, desempenho superior à média estadual, segundo estatísticas do Instituto Mauro Borges (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan). “Os avanços registrados no município se dão através da qualidade de mão de obra, incentivo fiscal e ótima localização geográfica”, analisa Geraldo Vieira Rocha, secretário municipal da Indústria, Comércio, Turismo e Serviços. Entre 2002 e 2012, período de dado mais recente divulgado pelo IMB, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) do
Estado, acumulou crescimento nominal de 231%, saindo de R$ 37,416 bilhões para R$ 123,926 bilhões, Catalão realizou salto de 331,5%. O PIB municipal avançou de algo ligeiramente abaixo de R$ 1,271 bilhão para praticamente R$ 5,483 bilhões, o que elevou a participação do município no PIB estadual de 3,4% para 4,4% no período. Pouco mais da metade desse incremento foi gerado pelo setor industrial, destaca Vieira Rocha, com base nos números aferidos pelo IMB e levando em conta ainda o comportamento de segmentos vitais para a economia do município, a exemplo da indústria de mineração, com destaque para a produção de fosfato e fertilizantes; de fabricação e montagem de veículos automotores e máquinas agrícolas, além da montagem de veículos blindados. O valor adicionado bruto da indústria, que somava apenas R$ 357,67 milhões em 2002, representando 33,4% das riquezas agregadas por todos os setores da economia municipal, saltou para algo em torno de R$ 2,491
bilhões em 2012, quase sete vezes mais. Para comparação, o valor adicionado de toda a indústria goiana registrou variação de 258,3% no mesmo período. O desempenho mais vigoroso do setor industrial não apenas elevou sua fatia no PIB catalano de 33,4% para 52%, ou seja, mais da metade de toda a renda gerada na região, como ainda assegurou a Catalão o posto de terceiro maior polo industrial do Estado, saindo da sexta posição em 2002, ultrapassando Aparecida de Goiânia, Rio Verde e São Simão. A fatia do valor adicionado da indústria de Catalão no total do Estado, da mesma forma, quase dobrou, passando de 4,52% para 8,78%. Localizado no Sudeste goiano, a 258 quilômetros de Goiânia e a 312 quilômetros de Brasília, com população estimada de 96,8 mil pessoas em 2014, o município de Catalão destaca-se como um dos mais importantes polos econômicos integrados do Estado. O emprego e a renda média da população ocupada no mercado formal reagiram positivamente, segundo números da Relação Anual de Informações Sociais (Rais). O número de empregados mais do que dobrou, saltando de 11,4 mil para 26,2 mil, enquanto o rendimento médio apresentou crescimento real, já descontada a inflação, de 69% entre 2003 e 2013. O Índice de Desenvolvimento Humano do município evoluiu de 0,553 em 1991, considerado baixo, para 0,766 em 2010, o que coloca Catalão entre regiões de alto desenvolvimento.
Na liderança: setor industrial de Catalão apresenta taxas de crescimento mais aceleradas do que a média do Estado
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MINERAÇÃO
CORRIDA PELA EFICIÊNCIA Brasil Minérios e Votorantim Metais destacam um volume maior de recursos para investir em melhoria operacional e pesquisa geológica
A
s dificuldades conjunturais enfrentadas pela economia brasileira não deverão afugentar os investimentos no setor mineral em Goiás. Pelo menos nos casos da Votorantim Metais, maior produtora de níquel eletrolítico, e da Brasil Minérios, posicionada entre as três maiores produtoras de vermiculita do mundo, o planejamento definido para este ano embute aumento dos investimentos entre 30% e 40% na comparação com 2014, na soma das duas companhias. Os recursos serão destinados a melhorias e modernização das operações já existentes, tornando-as mais eficientes, e a pesquisas e exploração geológica nas regiões de Niquelândia, Norte do Estado, onde a Votorantim mantém sua planta; em São Luís dos Montes Belos, no Oeste Goiano, e Catalão, no Sudeste, áreas exploradas pela Brasil Minérios. As incertezas em relação ao comportamento da demanda doméstica e a perspectiva de baixo crescimento do mercado global, sobretudo em função da desaceleração da economia chinesa, não autorizam ainda planos
Unidade da Vorotantim
Metais em Niquelândia: investimentos concentrados em aprimoramento da planta
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de expansão. Mas ambas as mineradoras estão atentas às oportunidades e pretendem acrescentar maior qualidade e eficiência a suas operações no Estado.
Mais pesquisas para dobrar reservas A Brasil Minérios trabalha em regime intenso de pesquisas em dez áreas requeridas ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) nos arredores da mina de Morro Pelado, em São Luís de Montes Belos, onde a empresa opera uma planta com capacidade nominal para algo entre 60 mil a 70 mil toneladas de vermiculita por ano, incluindo o minério concentrado e expandido. A proposta, detalha o geólogo Eduardo Cavalcanti Campos, diretor executivo e um dos sócios da companhia, juntamente com a Construtora Central do Brasil (CCB), que detém 80% do negócio, é dobrar as reservas na região, atualmente estacionadas na faixa de 20 milhões de toneladas de minério, com 5 milhões de toneladas de vermiculita contida. Além disso, por meio da Goiás Vermiculita, a Brasil Minérios, dona de 60% do capital da primeira empresa desde 2005, quando adquiriu a participação da Eucatex no negócio, desenvolve pesquisas geológicas e estudos de viabilidade econômica e financeira na região de Catalão para futuramente instalar uma planta para processamen-
Eduardo Cavalcanti Campos: perspectivas
promissoras para o mercado de vermiculita, com novas aplicações a caminho
to de vermiculita, que ali parece ter maior vocação para aplicações na agricultura. As reservas já medidas alcançam 3 milhões a 4 milhões de toneladas, mas devem crescer ainda à medida em que se aprofunde o trabalho de pesquisa. O projeto, ainda não decidido pela Brasil Minérios, exigiria investimentos estimados entre R$ 10 milhões a R$ 20 milhões, a depender do tamanho da operação.
Rumo ao mercado externo Com a entrada da CCB, relembra Campos, no início dos anos 2000, a Brasil Minérios ganhou musculatura suficiente para adquirir a planta de vermiculita que a Paranapanema explorava no município há quatro décadas, elevando sua produção de 500 para 2 mil toneladas por mês. Atualmente, a empresa concentra sua produção na mina de Morro Pelado, respondendo por algo entre 10% e 15% da produção global de vermiculita, estimada em 500 mil a 600 mil toneladas por ano. “Percebemos que nosso minério tinha qualidade internacional e iniciamos nossos esforços para exportar a produção a partir de 2005, atingindo inicialmente os mercados argentino, chileno e
uruguaio”, relembra o geólogo. Em torno de 65% da produção de concentrado é destinada ao mercado externo, incluindo os Estados Unidos, com 40% das vendas externas, o México, os países da América do Sul, a França, Bélgica, Suécia, Alemanha, Inglaterra, Espanha, Rússia, Turquia, Índia, Austrália, Taiwan, Coreia do Sul, Nova Zelândia e Dubai, entre outros. A empresa busca o equilíbrio entre os mercados externo e doméstico, como forma de minimizar turbulências eventuais.
de 2013”, comenta Eduardo Cavalcanti Campos, diretor da empresa. As perspectivas para o mercado de vermiculita e seus produtos são promissoras, relata ele, e devem ser reforçadas vigorosamente com a certificação de novas aplicações para o minério pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), incluindo argamassa, blocos,cimento autonivelante e luzfill, um produto à base de vermiculita para preenchimento de blocos.
Novos produtos a caminho
Investindo 35% a mais
Os investimentos deverão somar entre R$ 10 milhões e R$ 20 milhões neste ano, diante dos R$ 10 milhões investidos pela Brasil Minérios no ano passado. Os recursos serão direcionados basicamente para melhoria do produto e de processos na planta de São Luís de Montes Belos e prospecção geológica. Para este ano, a empresa trabalha com a perspectiva de atingir 60 mil toneladas em vendas, saindo de 53 mil toneladas em 2014 e 58 mil toneladas em 2013. “Com o dólar a R$ 2,70 ou próximo disso, a venda de 53 mil toneladas no ano passado gerou uma receita equivalente a 60 mil toneladas de produto, considerando-se os preços
A unidade de Niquelândia da Votorantim Metais, uma operação que integra a lavra do níquel laterítico e a planta industrial para a produção de carbonato de níquel, num total aproximado de 20 mil toneladas de níquel por ano, gerando 1,2 mil toneladas de cobalto e 1,8 mil toneladas de cobre como subprodutos, deverá receber investimentos totais de R$ 65,698 milhões neste ano. Esse valor representará avanço de 35% em relação a 2014, quando foram investidos R$ 48,641 milhões. Entre 2013 e 2015, a Votorantim Metais terá investido em Niquelândia R$ 174,922 milhões, incluindo R$ 23,107 milhões em exploração geológica.
Complexo mineral: produção de
carbonato de níquel gera cobalto e cobre como subprodutos
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MADE IN GOIÁS | LIONFISH
A CAÇULA ENTRE AS ESPECIAIS A LionFish Special Beer chega ao mercado com novo conceito de negócio e foco no segmento de cervejas goumert e no mercado internacional
S
em um único centavo aplicado em ativo imobilizado, concebida a partir de um novo conceito no mercado cervejeiro, a startup LionFish Special Beer, a “caçula” no ramo das cervejas especiais, na descrição do dono da marca, Wesley César, foi oficialmente apresentada a investidores, à indústria do setor e a fornecedores durante o 1º Encontro Cervejeiro realizado no início de outubro do ano passado em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. “Desenvolvi um plano de negócios baseado em um modelo diferenciado, que não exige investimento em imobilizado e contempla, além da própria cerveja, linhas de roupas, objetos de decoração, franquias, eventos, cursos”, afirma César, esclarecendo que um dos objetivos será ensinar o público e interessados em geral a “fazer cerveja”. Com o plano debaixo do braço, o empresário saiu em busca de investidores e quatro já se juntaram ao empreendimento, que exigiu, até aqui, investimentos de R$ 1,6 milhão em desenvolvimento da marca e do produto. Toda a produção da LionFish será terceirizada a partir de fábricas em Ribeirão Preto, de onde será atendido o mercado paulista; Juiz de Fora, de olho no mercado carioca; e, numa terceira etapa, também em Goiânia. Criada para acompanhar pratos de alta gastronomia, as cervejas
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Wesley César: sem um
centavo aplicado em ativo imobilizado, nova cerveja já consumiu R$ 1,6 milhão no desenvolvimento da marca e do produto
da LionFish são o resultado de fórmulas exclusivas desenvolvidas pelo mestre cervejeiro Edmilson Silva, “um dos melhores da atualidade”, nas palavras de César. Elaborada como cerveja especial tipo exportação, o produto combina maltes de cevada e trigo e é aromatizado com lúpulos e especiarias. “Uma bebida fresca, com suave carbonatação, sendo uma alternativa ao vinho nos melhores restaurantes”, resume César. As vendas ao mercado externo, intermediadas por um consultor internacional especialmente contratado, deverão ser iniciadas em março próximo, alcançando primeiramente os Estados Unidos, o Panamá e a Colômbia. “Já temos até aqui 8 mil litros produzidos e que serão destinados à exportação”, acrescenta César. Em sua versão long neck, a LionFish virá inicialmente em quatro sabores, incluindo Weiss, Stout, Indian PAle Ale (IPA) e um estilo concebido a partir de hibisco e pétalas de rosas, especialmente para seduzir o paladar feminino – a LionFish Femminile, ainda em fase de desenvolvimento.“Temos mais oito fórmulas exclusivas criadas pelo mestre Edmilson Silva”, adianta César. Numa programação que pretende atingir público selecionado, a LionFish poderá ser encontrada, segundo o empresário, em locais pouco usuais, a exemplo de galerias de arte, e ainda em empórios gourmet em Goiânia ou ainda no site www.reinodomalte.com.br.
Renata dos Santos //
GENTE DA INDÚSTRIA
PIONEIROS /
Primeiro fabricante
de estufas para salgadinhos e afins da cidade, Arican Francisco de Oliveira comanda, com a mulher Vanessa Camargo Oliveira, a Metalmac. A fábrica, aberta no início dos anos 1990, fabrica produtos para lanchonetes de Goiás, Mato Grosso, do Pará e de outras regiões do País.
COMÉRCIO EXTERIOR /
Com oito
cursos programados para 2015, o Centro Internacional de Negócios da Fieg (CIN) convidou para o primeiro semestre especialistas de peso, como Luiz Roberto Oliveira e Daniel Polydoro, para ministrar cursos de conteúdo abran-
AGREMIAÇÃO-EMPRESA / Reeleito presidente do Clube de Engenharia para o
gente e de curta duração. O primeiro,
biênio 2015/2016, o engenheiro civil Bruno Miguel Di Carlo (esquerda), da TCI Constru-
Como Estruturar um Departamento de
tora, diz que 2015 deve ser um ano difícil mas que sua administração terá foco nos as-
Comércio Exterior, está marcado para
sociados e em suas famílias. “A qualidade em serviços e atendimento deve ser nossa
o dia 25 de março e o outro, Importa-
prioridade em todas as áreas, como administrativa, social, gastronômica, cultural. A
ção: Passo a Passo, dia 27 de maio. Os
agremiação precisa ser transformada em empresa”, disse Di Carlo (na foto, ao lado
demais vão ocorrer durante os meses
do presidente do Crea-GO, o agrônomo Francisco Almeida, durante a solenidade de
de agosto e novembro, com temas como
posse no início de janeiro).
câmbio, exportação, negociação no exterior.
SORVETE / O sorveteiro Jorge Luiz Vieira (direita) e o chef Fernando Hanna, cliente famoso e considerado seu padrinho, que assina a sobremesa elaborada com a produção gelada refrescante presente nas melhores festas da cidade. O empresário, que fundou há mais de 30 anos uma pequena indústria de sorvetes na região de Campinas, a Totem, negócio familiar, inaugura este ano carreira solo, com incremento na atividade, renomeada de JL Sorvetes. “Ainda me lembro das suas entregas feitas inicialmente numa motocicleta. No nosso menu estrelas vão do tradicional sorvete de creme aos sofisticados macadâmia e frutas vermelhas, base das nossas caldas exclusivas”, conta Hanna. GOIÁS INDUSTRIAL // Fevereiro 2015 //
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GENTE DA INDÚSTRIA
ÓCULOS / O empresário José Luis Rodrigues (na foto, à esquerda, com clientes) comemora a inauguração da Escuderia, primeira indústria do setor óptico em Goiás. Construída na saída para Trindade, a fábrica acaba de lançar nova linha de óculos, marcada por linhas arrojadas e matéria-prima alemã. No setor há uma década, ele produz óculos nos segmentos infantil e adulto, com destaque para nova linha Ben 10 e a coleção homônima à marca, a Escuderia. “De 15 a 18 de abril vou exibir meus produtos na Expo Abióptica, que movimenta o Transamérica Expo Center, em São Paulo, principal feira do segmento na América Latina”, adianta.
IMAGENS AÉREAS /
Os irmãos
BIJUTERIA / André Luis Alves Pe-
Rodrigo e Rogério Queiroz Silveira
reira, da indústria de bijuterias Atrevi-
começaram o ano inovando com a
da, retorna de Salvador, onde expôs, de
produção de portfólio diferenciado
29 janeiro a 3 de fevereiro, na Off Brasil,
pela construtora Queiroz Silveira,
feira nacional de moda alto verão que
de Goiânia. Seus terrenos, edifícios
reúne expositores de todos os Estados.
prontos e obras em construção ti-
Fundada no Centro de Goiânia, por sua
veram fotografias captadas pelo alto
mãe, Maria Helena, em 1992, a fábrica le-
em panorâmicas exclusivas com uso
vou para a Bahia produtos que são ten-
de drones. O resultado foram ima-
dência na estação do calor, dominados
gens aéreas personalizadas (foto)
por tons como turquesa e dourado, com
assinadas pela Photosky.
forte inspiração da cultura da Turquia. “Já estamos produzindo para o verão, que será terá mais preto, cinza, grafite e ouro velho”, adianta.
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// GOIÁS INDUSTRIAL // Fevereiro 2015
FERRO BOM / Ovídio Correia Mesquita (Perfinasa) recebeu um presente especial no mês de janeiro. A conquista da certificação NBR ISO 9001:2008 por sua indústria, que comemora 53 anos em fevereiro, com unidades no Setor dos Funcionários, em Goiânia, e em Senador Canedo, onde atua no ramo de transformação de bobinas e chapas de ferro e aço em insumos para segmentos da indústria, com atuação no mercado nacional. A entrega do certificado
NA TV / Silvia Heringer está em êx-
reuniu diretoria e colaboradores em
tase porque os produtos de sua indús-
café da manhã.
tria de enxovais serão destaque no BBB 2015. A casa mais vigiada do País vai exibir em todos os quartos suas colchas e almofadas. Em 2013, os produtos da marca foram enviados para a Rede Globo e compuseram ambientes da novela Flor do Caribe e Sangue Bom. Em fevereiro ela participa da Abimad e da Apub.
NY /
Romão Tavares (Max Vinil)
acaba de chegar de Nova York, onde teve breve pausa da finalização das reformas de ampliação de sua fábrica de tintas, em Aparecida de Goiânia. Na viagem de trabalho e passeio na metrópole em pleno inverno gelado, ele teve companhia do filho Romário Pazini, que é funcionário público em Santa Catarina. Otimista com os negócios para 2015, o
MODA HOMEM /
empresário participou da NRF Big Show,
Vaz, que há dois anos inaugurou sua
maior evento do varejo do mundo, reali-
indústria de confecção, Quim, e parti-
zado de 11 a 14 de janeiro.
cipou do GO Fashion, planeja expansão.
A estilista Lara
Em 2015, a marca – cujo nome foi inspirado em pais e avôs – incrementa seu e-
SAPATO /
Mocassim e rasteiras
-commerce e marca presença em mul-
com pedras são o foco da coleção
timarcas do Norte, Nordeste e Sudeste.
verão 2015 da Lu & Lui. A marca, da em-
A coleção outono-inverno continua
presária Heloisa Helena Fernandes de
embasada na proposta de unir tradição
Lima, surgiu há 30 anos e mantém duas
e contemporaneidade, inovando com
lojas em Campinas. Da fábrica, no Setor
suas estampas digitais e ilustrações
Sudoeste, saem remessas para todo o
exclusivas. A previsão da consultoria
Brasil. “Além de gás para continuar e
britânica Market Line é de que, até 2017,
driblar a crise, estratégia e criatividade
o mercado de moda masculina movi-
são almas do negócio”, ensina.
mente R$ 23,6 milhões no Brasil. GOIÁS INDUSTRIAL // Fevereiro 2015 //
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GIRO PELOS SINDICATOS SI N D U SC O N - G O
NATAL SOLIDÁRIO – 1 / O Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO) promoveu, por meio do Sinduscon Jovem, em dezembro, a campanha Natal Solidário, beneficiando 210 pessoas, sendo 70 pacientes adultos, 50 crianças e 90 familiares de vítimas de acidentes com queimaduras assistidas pelo Núcleo de Proteção aos Queimados (NPQ), no Clube de Engenharia de Goiás, apoiador do evento. A organização e o atendimento aos convidados ficaram por conta de 30 colaboradores do sindicato e integrantes do Sinduscon Jovem. Os presentes foram distribuídos pelo diretor de Responsabilidade Social da Consciente Construtora, Felipe Inácio Alvarenga (na foto com o presidente do SindusconGO, Carlos Alberto Moura), devidamente caracterizado como Papai Noel.
SIM M E A
Luciana Lombardi
PLANO DE INVESTIMENTO / O
NATAL SOLIDÁRIO – 2 / A diretora geral do Núcleo de Proteção aos Queimados, Maria Thereza Sarto Piccolo, ressaltou a importância da parceria com o SindusconGO, desejando que essa união continue de forma efetiva em 2015. Da mesma forma, a coordenadora de atividades do Núcleo, a terapeuta ocupacional, Rosa Serafim, agradeceu, em nome dos beneficiados, pela realização do evento, ressaltando que ele alegrou o Natal das famílias atendidas. SI N D IC UR T UM E
BALANÇO FINAL / Ao longo dos 13 primeiros dias de dezembro, a Blitz Lei do Couro inspecionou mais de 1.200 estabelecimentos comerciais em Goiás, entre lojas, shoppings e galerias, percorrendo 10 cidades, num total de 2.319 quilômetros. A ação, com apoio do Sindicato das Indústrias de Curtumes e Correlatos de Goiás (Sindicurtume), encontrou mais de 550 infrações, observadas em 45% dos estabelecimentos vistoriados, que receberam orientações necessárias para sanar os problemas verificados. A blitz é uma iniciativa do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), cuja proposta é verificar se os produtos anunciados no comércio como fabricados em couro são realmente confeccionados a partir do material. 50
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presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Anápolis (Simmea), Robson Peixoto Braga, participou de encontro promovido pela Caoa/Hyundai (foto) para apresentação do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A montadora, sediada no Distrito Agro Industrial de Anápolis (Daia), foi habilitada no Inovar-Auto visando à produção do modelo IX 35, com investimentos previstos de R$ 300 milhões. “A Caoa/Hyundai demonstra elevado comprometimento com a economia de Goiás e do País, ao ampliar seus investimentos e no esforço para a nacionalização de parte de sua produção”, ressaltou Robson Braga.
F I EG A N Á P O L I S
BALANÇO POSITIVO / O presidente da Fieg Regional Anápolis, Wilson de Oliveira, fez um balanço positivo do trabalho realizado pela entidade ao longo do ano passado. Durante a confraternização de final de ano (foto), realizada em dezembro passado, com a presença do presidente da federação, Pedro Alves de Oliveira, ele ressaltou que esse resultado reflete a união dos seis sindicatos das indústrias abrigados na regional. Para 2015, Wilson de Oliveira antecipou ano também de conquistas, fruto de um trabalho que se desenvolve ao longo do tempo baseado em boas parcerias. “Vamos continuar unidos, sindicatos e Sistema Fieg, para promover o crescimento da indústria e, consequentemente, da economia em Goiás”, assinalou.
MAIS EMPRESÁRIOS / A importância dos sindicatos é amplamente reconhecida e o Simelgo planeja, neste ano, aumentar a participação dos empresários, envolvendo maior número deles em suas atividades regulares. “Um sindicato sem a participação de seu público tem sua representatividade enfraquecida. E não é isso que queremos para o Simelgo. Por isso, pretendemos externar ainda mais os benefícios que o sindicato promove na rotina empresarial ao público que mais interessa: o empresário do setor metalmecânico e de material elétrico”, afirma Hélio Naves.
SI MEL G O
EM CLIMA DE CHURRASCARIA / Regada a muitas risadas e animação, a “Churrascaria do Simelgo”, evento de confraternização promovido pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Goiás, no Clube Antônio Ferreira Pacheco, recebeu empresários, presidentes de sindicatos patronais, seus familiares e amigos. “Planejamos uma festa mais informal, para que as pessoas se sentissem mais à vontade. O tema churrasco agrada a todos”, salientou o presidente do Simelgo, Hélio Naves. Sorteio de brindes, música ao vivo e muita prosa também fizeram parte do cardápio da festa.
PROGRAMAÇÃO INTENSA / Com o objetivo de ampliar sua base e reforçar o atendimento ao associado, a diretoria do Simelgo prepara uma série de ações para este ano, incluindo agenda intensa de visitas a empresas do setor, sejam associadas ou não. Para Naves, “o sindicalismo não é estático. Na medida em que o empresário souber o que o sindicato está fazendo por ele, vai aumentar a participação. É extremamente importante que todos estejam organizados politicamente em torno da defesa dos interesses da classe para que sejamos um setor forte.”
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GIRO PELOS SINDICATOS SI EEG
SINDICE RGO
PARCERIA PARA O FUTURO / O
SETOR CERAMISTA PERDE LIDERANÇA SINDICAL / Uma perda
presidente das Indústrias Extrativas do Estado de Goiás e Distrito Federal (Sieeg), Domingos Sávio Gomes de Oliveira, participou, em Belém (PA), da Exposição Internacional de Mineração (Exposibram) e do Congresso Brasileiro de Mineração, realizados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Sávio buscou estreitar relacionamento com o setor de promoções e eventos do Ibram, em busca de parceria para a futura realização de um seminário que envolva todo o setor mineral da região central do País.
OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS / Realizada a cada dois anos nas últimas três décadas, a Exposibram tornou-se um dos mais importantes eventos da mineração na América Latina, reunindo as principais mineradoras com atuação global e os grandes fornecedores de produtos e serviços, sendo considerada um centro de oportunidades de negócios. “Toda a cadeia produtiva vem à feira. Quem vende tecnologia, equipamentos e serviços. Fornecedores estrangeiros, especialmente chineses e australianos, enxergam grandes oportunidades no Brasil”, assinala o diretor de Assuntos Ambientais do Ibram, Rinaldo Mancin.
irreparável para o sindicalismo goiano. No dia 30 de novembro passado, faleceu o empresário Henrique Wilhelm Morg de Andrade (foto), que presidia, pela segunda vez, o Sindicato das Indústrias Cerâmicas do Estado de Goiás (Sindicergo) – leia mais na página 27. Ele também ocupava o cargo de diretor da área ambiental da Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer) e era diretor da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), onde exercia a presidência do Conselho Temático de Meio Ambiente. Proprietário da Cerâmica Monte Castelo, localizada no município de Nazário, Henrique Morg deixou mulher e cinco filhos. O vice Laerte Simão assumiu a presidência do sindicato.
MOMENTO DELICADO / O Congresso Brasileiro de Mineração reuniu 2 mil pessoas para debater os desafios da mineração brasileira e mundial. Para 2015, detalha Domingos Sávio, os temas giraram em torno do marco regulatório da mineração, a questão dos royalties e a transformação do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) em agência regulatória. O presidente do Ibram, José Fernando Coura, antecipou um ano difícil para o setor em 2015, a exemplo das dificuldades que enfrenta a indústria de alumínio. “O momento é grave, com uma crise instalada em função da queda não só dos preços das commodities metálicas mas também das agrícolas”, disse.
SICMA
“PACOTE” DE DESBUROCRATIZAÇÃO / O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Anápolis (Sicma), Álvaro Otávio Dantas Maia, comemorou o lançamento do “pacote” de desburocratização (foto), para a redução de prazos na emissão de documentos relativos à aprovação de projetos de engenharia, alvarás para construção, reforma e demolição e do habite-se. Segundo ele, as medidas foram fruto de um trabalho conjunto envolvendo diversas secretarias da prefeitura de Anápolis e várias entidades classistas. O inspetor regional do Crea-GO, Firelênio Wesley Fraga, que é também diretor do Sicma, disse que a categoria dos engenheiros e arquitetos recebe com bons olhos as medidas de desburocratização e que outros avanços ainda irão ocorrer ao longo de 2015. 52
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SI N DA L I M EN TO S
QUALIFICAÇÃO DE PANIFICADORAS / O Sindicato das Indústrias de Alimentação de Anápolis (SindAlimentos), em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL Goiás), lançou o Programa de Desenvolvimento e Qualificação de Empresas de Panificação. Segundo o presidente da entidade, Wilson de Oliveira (na foto, durante apresentação do programa), as empresas do setor terão acesso a ferramentas para promover inovação e ganhar competitividade, com a modernização de máquinas, equipamentos e da gestão empresarial. Além disso, destacou que a medida também vem ao encontro à orientação do Ministério Público, para que as indústrias de panificação adotem medidas mais rígidas para o controle de qualidade de seus produtos. A iniciativa conta ainda com parceria do Sebrae e apoio da Fieg Regional Anápolis.
SINDIFA RGO
CASE DE SUCESSO / Marçal Henrique Soares, presidente executivo do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás (Sindifargo), proferiu palestra durante o Curso Intensivo em Políticas Públicas e Defesa de Interesses da Indústria (foto), realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), no âmbito do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA). Marçal Soares apresentou como case de sucesso a parceria entre o sindicato e a CNI, em ações conjuntas desempenhadas no Senado Federal em favor do setor industrial farmacêutico.
SI VA
DESFILE ALTERNATIVO / O papel foi a matéria-prima escolhida para compor as modelos (foto) que desfilaram na passarela do evento de encerramento do curso de aprendizagem de costureiro industrial da Faculdade Senai Roberto Mange, que teve o apoio do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Anápolis (Siva), presidido pelo empresário Jair Rizzi. Ao todo, 13 peças foram cuidadosamente confeccionadas pelas alunas, sob a coordenação da professora Gilene Matos. De acordo com Rizzi, o Senai tem sido um grande parceiro do setor na formação e qualificação de mão de obra e a expectativa é de que, em 2015, esse trabalho continue produzindo resultados ainda mais positivos. GOIÁS INDUSTRIAL // Fevereiro 2015 //
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SINDICATOS SINDICATOS COM SEDE NA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE GOIÁS
Av. Anhanguera, nº 5.440, Edifício José Aquino Porto, Palácio da Indústria, Centro, Goiânia-GO, CEP 74043-010 SINPROCIMENTO Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Estado de Goiás Presidente: Luiz Ledra Fone: (62) 3224-0456/Fax 3224-0338 siac@sistemafieg.org.br SINDIREPA Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de Goiás Presidente: Sílvio Inácio da Silva Telefone (62) 3224-0121/ 3224-0012 sindirepa@sistemafieg.org.br SINDIAREIA Sindicato das Empresas de Extração de Areia do Estado de Goiás Presidente: Gilberto Martins da Costa Fone/Fax: (62) 3224-8688 sindiareia@sistemafieg.org.br SINDCEL Sindicato das Indústrias da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia no Estado de Goiás Presidente: Célio Eustáquio de Moura Fone: (62) 3218-5686 / 3218-5696 Sindcel.go@gmail.com SINDIALF Sindicato das Indústrias de Alfaiataria e Confecção de Roupas para Homens no Estado de Goiás Presidente: Daniel Viana Fone: (62) 3223-2050 SIAEG Sindicato das Indústrias de Alimentação no Estado de Goiás Presidente: Sandro Antônio Scodro Mabel Fone/Fax: (62) 3224-9226 siaeg@terra.com.br SINDICALCE Sindicato das Indústrias de Calçados no Estado de Goiás Presidente: Elvis Roberson Pinto Fone/Fax: (62) 3225-6402 sindicalce@sistemafieg.org.br SININCEG Sindicato das Indústrias de Calcário, Cal e Derivados no Estado de Goiás Presidente: José Antônio Vitti Fone/Fax (62) 3223-6667 sininceg@sistemafieg.org.br SINDICARNE Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados no Estado de Goiás e Tocantins Presidente: José Magno Pato Fone/Fax (62) 3229-1187 e 3212-1521 sindcarn@terra.com.br SINDICURTUME Sindicato das Indústrias de Curtumes e Correlatos do Estado de Goiás Presidente: João Essado Fone/Fax: (62) 3213-4900 sindicurtume@sistemafieg.org.
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SINDIGESSO Sindicato das Indústrias de Gesso, Decorações, Estuques e Ornatos do Estado de Goiás Presidente: José Luiz Martin Abuli Fone: (62) 3224-7443 sindigesso@sistemafieg.org.br SINDILEITE Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Goiás Presidente: Joaquim Guilherme Barbosa de Souza Fone (62) 3212-1135 / Fax 3212-8885 sinleite@terra.com.br SIMPLAGO Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado de Goiás Presidente: Olympio José Abrão Fone (62) 3224-5405 simplago@sistemafieg.org.br SINDIPÃO Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria no Estado de Goiás Presidente: Luiz Gonzaga de Almeida Fone: (62) 8422-4022 sindipao@sistemafieg.org.br SIMAGRAN Sindicato das Indústrias de RochasOrnamentais do Estado de Goiás Presidente: Eliton Rodrigues Fernandes Telefone: (62) 3225-9889 simagran@sistemafieg.org.br SINCAFÉ Sindicato das Indústrias de Torrefação e Moagem de Café no Estado de Goiás Presidente: Carlos Roberto Viana Fone (62) 3212-7473 - Fax 3212-5249 sincafe@sistemafieg.org.br SINVEST Sindicato das Indústrias do Vestuário no Estado de Goiás Presidente: José Divino Arruda Fone/Fax: (62) 3225-8933 sinvest@sistemafieg.org.br SINDIBRITA Sindicato das Indústrias Extrativas de Pedreiras e Derivados do Estado de GO, TO e DF Presidente: Flávio Santana Rassi Fone/Fax: (62) 3213-0778 sindibrita@sistemafieg.org.br SIEEG Sindicato das Indústrias Extrativas do Estado de Goiás e do Distrito Federal Presidente: Domingos Sávio Fone: (62) 3212-6092 - Fax 3212-6092 sieeg@sistemafieg.org.br SIGEGO Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de Goiás Presidente: Antônio de Sousa Almeida Fone (62) 3223-6515 - Fax 3223-1062 sigego@sistemafieg.org.br
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SIMELGO Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Goiás Presidente: Hélio Naves simelgo@sistemafieg.org.br Fone/Fax: (62) 3224-4462 contato@simelgo.org.br SINDQUÍMICA-GO Sindicato das Indústrias Químicas no Estado de Goiás Presidente: Jaime Canedo Fone (62) 3212-3794/Fax 3225-0074 sindquimica@sistemafieg.org.br SINDMÓVEIS Sindicato das Indústriasde Móveis e Artefatos de Madeira no Estado de Goiás Presidente: Pedro Silvério Pereira Fone/Fax: (62) 3224-7296 sindmoveis@sistemafieg.org.br SINDTRIGO Sindicato dos Moinhos de Trigo da Região Centro-Oeste Presidente: Sérgio Scodro Presidente-Executivo: André Lavor P. Barbosa Fone: (62) 3223-9703 sindtrigo@gmail.com
OUTROS ENDEREÇOS SIFAÇÚCAR Sindicato da Indústria de Fabricação de Açúcar do Estado de Goiás Presidente: Otávio Lage de Siqueira Filho Presidente-Executivo: André Luiz Baptista Lins Rocha Rua C-236, nº 44 - Jardim América CEP 74290-130 - Goiânia - GO Fone: (62) 3274-3133 / Fax (62) 3251-1045 SIMESGO Sindicato da Indústria Metalúrgica, Mecânica e de Material Elétrico do Sudoeste Goiano Presidente: Heitor de Oliveira Nato Neto Rua Costa Gomes, nº 143 Jardim Marconal CEP 75901-550 - Rio Verde - GO Fone/Fax: (64) 3623-0591 simesgo1@hotmail.com SINDUSCON-GO Sindicato das Indústrias da Construção no Estado de Goiás Presidente: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior Rua João de Abreu, 427 - St. Oeste CEP 74120-110 - Goiânia- GO Fone: (62) 3095-5155 contato@sinduscongoias.com.br SINROUPAS Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas em Geral de Goiânia Presidente: Edilson Borges de Sousa Rua 1.137, nº 87 - Setor Marista CEP 74180-160 - Goiânia - GO Fone/Fax: (62) 3088-0877 sinroupas@yahoo.com.br
SIFAEG Sindicato das Indústrias de Fabricação de Etanol no Estado de Goiás Presidente: Otávio Lage de Siqueira Filho Presidente-Executivo: André Luiz Baptista Lins Rocha Rua C-236, nº 44 - Jardim América CEP 74290-130 - Goiânia- GO Fone (62) 3274-3133 e (62) 3251-1045 sifaeg@terra.com.br SIAGO Sindicato das Indústrias do Arroz no Estado de Goiás Presidente: José Nivaldo de Oliveira Rua T-45, nº 60 - Setor Bueno CEP 74210-160 - Goiânia - GO Fone/Fax (62) 3251-3691 siagoarroz@hotmail.com
SINDICATOS/ANÁPOLIS Av. Engº Roberto Mange, nº 239-A, Jundiaí, Anápolis/GO - CEP 75113-630 Fone/Fax: (62) 3324-5768 e 3324-5997 fieg.regional@sistemafieg.org.br SINDALIMENTOS Sindicato das Indústrias da Alimentação de Anápolis Presidente: Wilson de Oliveira sindalimentos@sistemafieg.org.br SICMA Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Anápolis Presidente: Álvaro Otávio Dantas Maia sicma@sistemafieg.org.br SINDICER-GO Sindicato das Indústrias de Cerâmica no Estado de Goiás Presidente: Laerte Simão sindicergo@sistemafieg.org.br SIVA Sindicato das Indústrias do Vestuário de Anápolis Presidente: Jair Rizzi siva@sistemafieg.org.br SINDIFARGO Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás Presidente: Heribaldo Egídio Presidente-Executivo: Marçal Henrique Soares sindifargo@sistemafieg.org.br SIMMEA Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Anápolis Presidente: Robson Peixoto Braga simmea@sistemafieg.org.br
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