vivasesi Ano 9
nº. 51
Goiânia
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O barato de aprender com a robótica
Rostos pintados, chapéus e roupas coloridas, caraterísticos de cada time, alunos lotaram o Sesi Canaã para o Torneio de Robótica First Lego League (FLL). Com pouco mais de um ano de utilização na sala de aula, a metodologia muda jeito de aprender. Páginas 2 e 3
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Alunos acompanham tarefas executadas por robô durante o Torneio de Robótica, na Escola Sesi Vila Canaã: Goiás se destaca na competição
Quatro times goianos vão à fase nacional do Torneio de Robótica
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equipe Sesi Canaã Robots, formada por dez alunos do Serviço Social da Indústria, foi a grande campeã da etapa regional do Torneio de Robótica First Lego League (FLL), disputada nos dias 28 e 29 de novembro, no Sesi Canaã, em Goiânia, por 31 equipes de Goiás, Mato Grosso, do Distrito Federal e Tocantins. Além da campeã, outros três times do Sesi e Senai Goiás se classificaram para a fase nacional da disputa, prevista para março de 2015, em Brasília. São alunos que fazem o Ebep (Educação Básica Articulada com Educação Profissional) nas unidades Vila Canaã, de Goiânia, de Niquelândia, no Norte do Estado, e do ensino fundamental do Sesi Planalto, na capital. Em dois dias de disputa, eles apresentaram projetos inovadores por meio da construção de robôs inteiramente
com peças de encaixe, diante do desafio de propor novas maneiras de aquisição de conhecimento e habilidades para o século 21. Professor responsável pelo time campeão, José Nazaré Rodrigues Júnior se diz motivado por constatar a melhoria de notas e comportamento de seus alunos resultante da utilização da robótica em sala de aula. “Fazemos um trabalho em equipe e percebemos que a cada dia eles se superam. Temos casos de estudantes que até tiveram alta de tratamento psicológico depois que começaram a participar do projeto.” Líder da equipe campeã do Sesi Canaã, o estudante Júlio César Menezes, de 13 anos, diz que a robótica o estimula a ser uma pessoa melhor. “Fiquei mais alegre, mais responsável e com muito mais vontade de aprender.” O Torneio Mais do que uma simples competição,
o Torneio de Robótica FLL faz parte de um processo de aprendizagem em que alunos e professores aprendem juntos conteúdos de física, química, biologia, matemática e tecnologia. De maneira criativa, os competidores buscam soluções inovadoras para problemas reais: planejam, projetam, constroem e programam robôs. A proposta é despertar o interesse de crianças e adolescentes para as carreiras de engenharia e tecnologia. A competição é uma iniciativa do grupo Lego, da Dinamarca, e da organização americana First (For Inspirationand Recognitionof Science and Technology) realizada em mais de 80 países, com mais de 230 mil crianças por ano. Criada em 1998, a disputa propõe que estudantes sejam apresentados ao mundo da ciência e da tecnologia de forma divertida, por meio da construção de robôs inteiramente com peças de encaixe. Em 2013, o Sesi foi convidado para ser o operador oficial do evento no Brasil.
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O poder transformador “Para nós do Sesi, o torneio tem importância muito grande. É por meio da robótica que os estudantes estão conseguindo entender disciplinas como matemática e física.” Sérgio Gotti, gerente de Educação Básica do Departamento Nacional do Sesi
“Com a robótica, consigo trabalhar de forma diferenciada com os alunos e percebo que eles melhoram significativamente as notas, o comportamento, etc.” Adriano Fonseca, professor responsável pela equipe de robótica do Colégio da Polícia Militar de Goiás – Unidade Ayrton Senna
“Eu dava muito trabalho na escola. Depois da robótica, passei a pensar nas minhas atitudes, Agora, penso antes de fazer. Minhas notas melhoraram e meu comportamento na sala de aula também.” Ayzack Augusto Chagas, de 13 anos, aluno do Colégio da Polícia Militar de Goiás – Unidade Ayrton Senna
“Tinha muita dificuldade em matemática e consegui melhorar depois que passei a fazer parte do projeto. Meu pai é torneiro mecânico e antes eu não via a profissão na área de exatas com diversão, agora vejo e pretendo fazer engenharia mecatrônica.” Matheus Ângelo, de 14 anos, aluno do Sesi Campinas
RESULTADO Champion’s Award • 3º lugar – Lego Of Olympus • 2º lugar – Legofield • 1º lugar – Sesi Canaã Robots
Classificados para a fase nacional • Sesi Canaã Robots • Legofield • Lego Of Olympus • Gametech Canaã – EBEP Sesi Vila Canaã
• Young Creators • Lego da Justiça Sesi – Sesi Planalto • Robotic Engineers • Revolucionários da Robótica – Sesi EBEP Niquelândia
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Sesi melhora estrutura de lazer e educação para atender trabalhadores
Parque aquático do Sesi Planalto, na Região Sudoeste de Goiânia: melhorias proporcionam conforto aos usuários
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ela primeira vez na história, a expectativa de vida das novas gerações será, em média, cinco anos menor, segundo o relatório Desenhado para o Movimento, elaborado por 70 especialistas do mundo inteiro. A tendência é associada à redução do nível de atividade física das pessoas, que caiu mais de 5% em apenas meia década. Se o fenômeno continuar, em 2030 seremos 34,1% menos ativos, resultando em prejuízos econômicos, físicos e sociais. O problema é grave, mas a solução é simples: mais atividade física, fator de elevação da qualidade de vida. Com variado portfólio de serviços nas áreas de esporte e lazer, voltados para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores da indústria e abertos também à comunidade, o Sesi Goiás proporciona acesso da população à prática esportiva em diferentes modalidades, seja em unidades próprias ou dentro de empresas. No dia 5 de dezembro, a instituição do Sistema Fieg entregou obras de reforma e revitalização da unidade Sesi Jardim Planalto, localizada na região Sudoeste
de Goiânia. As novas instalações contemplam principalmente as áreas de esporte e lazer, como academia e piscinas. A unidade, fundada em 1983, recebeu investimentos de quase R$ 3 milhões. A nova academia de ginástica ficou bem mais ampla, ganhou aparelhos novos e modernos. “Passamos de 400 para 550 matrículas nessa modalidade e ainda te-
mos capacidade para receber mais 300 alunos, com conforto, distribuídos ao longo do dia”, garante o gerente do Sesi Planalto, Rogério Viana. O espaço onde funcionava a antiga academia passou a ser ocupado pelo consultório odontológico da unidade, coordenações de educação e lazer, além da sala dos professores. Na estrutura esportiva, o Sesi Planalto também recebeu melhorias no ginásio, que teve o piso substituído. A piscina infantil recebeu cobertura e a sala de ginástica foi reestruturada para receber aulas de dança, pilates, alongamento, entre outras modalidades. Além de esporte, a unidade oferece serviços de educação, saúde, lazer e responsabilidade social, atendendo 23 bairros de Goiânia e 26 municípios de Goiás. Após a modernização, o Sesi Planalto passou a contar com uma área construída de 6,8 mil metros quadrados, além da área das piscinas com mais 3 mil metros quadrados. Em 2015, a unidade inicia o período letivo com 19 salas de aula climatizadas e equipadas com recursos audiovisuais, duas quadras poliesportivas, duas piscinas (sendo uma coberta), sala de recursos multimeios, biblioteca, laboratório de informática e robótica.
Instalações mais amplas e equipamentos modernos na academia: qualidade de vida para o trabalhador
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Mateus, Lais Fernanda e Geovana: trio vive expectativa com viagem de intercâmbio aos Estados Unidos
Yes, we can! Alunos do Conexão Mundo Goiás arrumam malas para conhecer EUA
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rês alunos do Conexão Mundo Goiás – programa do Sesi que oferece aulas gratuitas e diferenciadas de inglês a 50 estudantes da Escola Senai Dr. Celso Charuri, em Aparecida de Goiânia – embarcam em janeiro para um intercâmbio nos Estados Unidos. Laís Fernanda Lourenço Ribeiro, Mateus da Rocha Coimbra e Geovanna Gonçalves Sousa obtiveram o melhor desempenho durante as duas etapas do projeto e irão participar de uma viagem de duas semanas à cidade de Jackson, no Estado de Michigan. Eles conhecerão a cultura americana por meio de visitas técnicas, passeios culturais, dentre outras atividades. O Conexão Mundo Goiás é uma parceria Sesi e Senai com a ONG americana US-Brazil Connect. A iniciativa é mais um diferencial para a qualificação profissional dos
jovens que frequentam o Ebep, modalidade de ensino que articula a educação básica com a educação profissional. Além de se despedirem do ensino médio já com formação técnica, adquirida simultaneamente, terão em seu currículo mais um idioma. Na expectativa da viagem, Mateus da Rocha, de 18 anos, aluno de eletromecânica da Escola Celso Charuri, conta que esperava a escolha para a última etapa do projeto com base em sua evolução no programa. “Eu sempre me interessei muito pela língua, fazia pesquisas e agora vou ter a oportunidade de conhecer outro país e aperfeiçoar ainda mais meu inglês. Isso é incrível”, diz. Sobre o programa Iniciado em abril de 2014, o Conexão
Mundo em Goiás representa nova experiência no ensino do Sesi e Senai, ao facilitar o aprendizado do inglês e permitir ao estudante estabelecer contatos e fazer amizades com professores e outros estudantes estrangeiros. O programa é dividido em três etapas. Na primeira, os alunos participam das aulas virtuais, por meio do Facebook, hangouts (bate-papos com webcam pelo Google) e de uma plataforma virtual de aprendizado. Nas aulas e atividades a distância, eles interagem pela internet com monitores americanos, que são estudantes ou professores de colégios profissionalizantes, congêneres do Senai, nos Estados Unidos. Já na segunda etapa, os professores americanos visitam o Brasil e os alunos aprendem na prática o que vivenciaram na primeira fase.
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Leidiane Damaceno, gerente de Recursos Humanos da Di Paula Confecções: parceria antiga com o Sesi e fidelidade
Consultoria em ergonomia é novo serviço do portfólio do Sesi
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ostura inadequada, adquirida principalmente por causa de um posto de trabalho mal dimensionado, e movimentos repetitivos estão entre os fatores que mais contribuem para o aparecimento de doenças ocupacionais, como a LER (Lesões por Esforço Repetitivo). Não por acaso, esses vilões do setor produtivo são alvo da Norma Regulamentadora 17 (NR 17), do Ministério do Trabalho e Emprego, cujo cumprimento é exigido das empresas, independentemente do ramo de atuação. Editada originalmente no início da década de 90, essa NR trata sobre as condições ergonômicas das atividades do trabalhador. Para auxiliar as indústrias a desenvolver ações para a adequação do ambiente de trabalho, prevenindo doenças ocupacionais, o Serviço Social da Indústria
(Sesi Goiás) passa a oferecer a Consultoria em Ergonomia, um dos programas do diversificado portfólio em segurança e saúde no trabalho (SST). A ergonomia auxilia no bem-estar e conforto no ambiente laboral e na qualidade de vida dos trabalhadores, com reflexo na queda dos índices dessas enfermidades e em maior produtividade, além de garantir que a empresa esteja em dia com a legislação. “A melhor solução para evitar problemas ao colaborador e ao empregador continua sendo a prevenção”, afirma a fisioterapeuta e ergonomista da Gerência de Saúde do Sesi Goiás, Marcela Alves Andrade. O mais novo serviço do portfólio da instituição foi implantado em uma indústria do vestuário de Goiânia, a Di Paula Confecções, que acertou parce-
ria com o Sesi Goiás para desenvolver a metodologia. A gerente de Recursos Humanos da empresa, Leidiane Damaceno, afirma que havia procurado em vão empresas para executar o serviço na Di Paula. “Já somos parceiros do Sesi há seis anos, com a execução da EJA, Ginástica Laboral, cursos de Educação Continuada, consultórios móveis, palestras e teatros. Então, quando soube desse novo serviço em ergonomia, firmamos a parceria”, ressaltou. Na confecção, foram realizados treinamentos e reuniões com o Comitê de Ergonomia (Coergo), criado dentro da própria empresa, e levantamento das condições dos postos de trabalho. Também foi implantado um programa de ações educativas,com apresentação dos resultados finais à diretoria da empresa.
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Adaptação de postos de trabalho Após receber laudo dos problemas levantados durante a Análise Ergonômica do Trabalho (AET), de acordo com a gerente, a Di Paula Confecções iniciou um plano de ação para adaptar todos os postos de trabalho, indicar atividades para o revezamento dos colaboradores que trabalham em pé e criar uma maior conscientização de postura adequada. O laudo foi apresentado também aos colaboradores pela professora de Educação Física do Sesi Edina Rodrigues, em setembro. Os postos de trabalho foram filmados e analisados por especialistas para que o ambiente se torne o mais agradável possível. Os trabalhadores responderam questões, em as maiores queixas apontadas foram dores nas pernas, nos ombros e na coluna. Durante a visita, a professora escolheu alguns exercícios que atendem esses problemas e ajudam a melhorar a circulação sanguínea. Ela também deu dicas aos colaboradores para reforçar a importância de se participar das aulas de Ginástica Laboral. Auxiliar administrativo na empresa, Anderson Silva, de 22 anos, já sente os be-
nefícios da ergonomia. Há um ano e sete meses na empresa, ele foi auxiliar de costura e realizou trabalhos em pé. As dores nas pernas e na coluna eram diárias. “Descobri que até o jeito que eu dividia o peso era inadequado”, conta. Após algumas reuniões com a equipe que compõem o
Coergo, Anderson melhorou sua postura, além de fazer pausas para alongamentos, que colaboram com o relaxamento dos músculos. “Parei de fazer academia por falta de tempo e a ginástica aqui da empresa passou a ser uma das minhas únicas formas de me exercitar.”
Anderson Silva, da Di Paula Confecções: benefícios com melhoria na postura
Serviço surgiu após sucesso de projeto
Wesley Galvão, da Pontal Engenharia, pioneira do serviço
O novo serviço do portfólio do Sesi, a Consultoria em Ergonomia, surgiu após o êxito alcançado durante a implantação do projeto De Olho na Postura, da Pontal Engenharia, construtora de Goiânia, no âmbito do Edital Senai Sesi de Inovação de 2011. Com ações inovadoras em ergonomia, voltadas para a segurança e a qualidade de vida do trabalhador, o projeto foi selecionado entre 81 propostas em todo o Brasil. Com o subsídio adquirido pelo edital e assistência do Sesi Goiás, a construtora desenvolveu ações e executou o projeto em canteiros de obras e em departamentos administrativos. Após quase dois anos do início das atividades, a Pontal
comemora os bons resultados. “Tivemos aumento no índice de qualidade de vida, na ausência de reclamações de dor e na satisfação da saúde”, cita o engenheiro civil e de segurança do trabalho, Wesley de Andrade Galvão. O projeto de inovação De Olho na Postura foi escolhido para ser mostrado como case de sucesso no Congresso Brasileiro de Qualidade de Vida, em São Paulo, em setembro. Para a fisioterapeuta Marcela Andrade, que apresentou o case no evento, a ergonomia é o melhor caminho para a prevenção das doenças ocupacionais, da redução do absenteísmo e do aumento de qualidade de vida dos trabalhadores da indústria.
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Novo espaço no Sesi Aparecida para atendimento em saúde e segurança do trabalho: inauguração reúne empresários e autoridades
Indústrias de Aparecida terão atendimento em saúde e segurança
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ara atender à demanda de um dos principais polos produtivos do Estado, o Sesi inaugurou em Aparecida de Goiânia, no dia 3 de dezembro, espaço destinado à prestação de serviços nas áreas de saúde e segurança no trabalho, como consultas e exames ocupacionais e tratamento odontológico. As novas instalações, na Unidade Integrada Sesi Senai, devem ampliar em 25% o número de serviços realizados atualmente pela instituição nessas duas áreas, antes oferecidos apenas em Goiânia e Anápolis. A capacidade do Núcleo de Saúde e Segurança no Trabalho de Aparecida é de realizar por ano mais de 48 mil consultas ocupacionais e 20 mil atendimentos odontológicos. Conforto, praticidade, segurança e agilidade são alguns benefícios que a nova estrutura irá proporcionar aos trabalhadores de Aparecida de Goiânia, de acordo com o gerente de Saúde do Sesi Goiás, Marco Antônio Naves. Ele justifica que o setor industrial do município está
em constante crescimento, com quatro parques industriais implantados e dois outros em fase de implantação. “O investimento é uma resposta a demandas do polo industrial. O Sesi já atende com exames e consultas ocupacionais, por meio da unidade de Goiânia, mais de 50 indústrias de Aparecida, que terão mais um local para realizar esses serviços, com seus trabalhadores atendidos no próprio município”, explica. Analista de Recursos Humanos da Brasil Foods, indústria de Aparecida de Goiânia, Nereu Cavani reforça o discurso do gerente do Sesi sobre a importância de a empresa ter esses serviços mais perto. “Hoje, temos uma grande dificuldade com as localizações dos nossos parceiros, temos de deslocar as pessoas até eles e, às vezes, dar folga para que os colaboradores possam fazer esses exames. A nova estrutura do Sesi em Aparecida vai melhorar demais esse aspecto, pela proximidade”, garante. Além de facilitar o trabalho interno
da empresa, Cavani ressalta a importância da ampliação da parceria com o Sesi. “A gente já conta com a parceria do Sesi para desenvolver a qualidade de vida de nossos colaboradores, com serviços em esporte, lazer e treinamentos, e agora, nessa área da segurança, vai nos dar mais reforço e agilidade”, diz. Sobre o novo espaço O Núcleo de Saúde e Segurança no Trabalho do Sesi Aparecida coloca à disposição das empresas locais e de seus colaboradores seis consultórios médicos e seis odontológicos, salas para exames clínicos, um posto de coleta de material biológico, escritório de engenharia de segurança no trabalho, além de salas administrativas e uma ampla recepção. O portfólio de serviços inclui exames complementares de eletrocardiograma, eletroencefalograma, espirometria, acuidade visual, audiometria, radiografia do tórax e pulmão, além do atendimento odontológico.
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ViraVida forma 1ª turma em Goiás Jovens com histórias de vida marcadas por falta de oportunidades saem do programa do Sesi para o mercado de trabalho “Com 12 anos, eu tinha algumas amizades da pesada, ficava até uma semana fora de casa sem dar satisfação. Minha mãe me procurava nas ruas de madrugada e eu não estava nem aí. Vi uma amiga matar uma pessoa na minha frente e decidi voltar para casa. Em uma festa conheci o pai de minha filha. Não foi uma gravidez desejada, mas minha filha foi muito bem-vinda. No início, me interessei pelo projeto mais pela bolsa de 500 reais mensais que ele oferece aos alunos. O ViraVida foi minha segunda casa, toda essa equipe do Sesi passou a fazer parte da minha vida. Nunca vou poder retribuir tudo que fizeram por mim. Minha história é de luta, mas com um final de vitória.”
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istórias de superação e discursos emocionantes, como o depoimento acima, de uma das alunas concluintes, marcaram a formatura da primeira turma do Programa ViraVida do Sesi Goiás, realizada dia 30 de outubro, em Goiânia. Entre os 28 formandos, ela é uma dos oito que acabam de passar em um processo seletivo de uma empresa goiana. Outros três já conseguiram emprego e os demais estão sendo encaminhados ao mercado de trabalho. Coordenadora de Recursos Humanos de uma das empresas que estão recrutando esses estudantes, Pauline Erica ressalta a importância da parceria com o projeto, que possibilita a oportunidade de inclusão dos jovens para fazer parte do mercado de trabalho e iniciar sua carreira profissional. Ela frisa a dificuldade em encontrar adolescentes qualificados no mercado atualmente e elogia o esforço dos formandos. “Os jovens do ViraVida tiveram um excelente desempenho na nossa seleção, na forma como se comunicam, se expressam, suas desenvolturas e o melhor é que mostraram muito em-
Jair Meneguelli, presidente do Conselho Nacional do Sesi: programa permanente e expectativa de política pública
penho e vontade de querer fazer parte do nosso time”, afirma. Durante um ano e sete meses, os alunos tiveram a oportunidade de dar continuidade aos estudos por meio da Educação de Jovens e Adultos (EJA), se profissionalizar em ocupações como operador de computador e recepcionista, por meio do Pronatec, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, e participar de outros 15 cursos de Educação Continuada, que englobam comportamento pessoal, profissional e atividades artesanais, além de palestras educativas e preventivas em saúde e acompanhamento psicossocial. Mais jovens resgatados pelo ViraVida Durante a formatura, outros 51 jovens que serão resgatados pela iniciativa participaram de aula inaugural. O evento contou com a presença do presidente do Conselho Nacional do Sesi e idealizador da iniciativa, Jair Meneguelli, e do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg),
Pedro Alves de Oliveira. Meneguelli explica que esse é um programa permanente, que sempre irá formar uma turma e dar início a outra, até que sensibilize governos para que se torne uma política pública. “Esse é um programa completo, com começo, meio e fim. Não estamos inventando a roda. Estamos trazendo o mundo empresarial para dentro desse tema, nos somando a rede de enfrentamento já existente nos Estados. Mas com a vantagem de o empresariado poder, ao final do resgate de vida e formação profissional desses jovens, oferecer um emprego para continuar mudando suas vidas”, ressalta. Iniciativa de âmbito nacional, o ViraVida é dirigido a jovens entre 16 e 21 anos, de baixa renda, que têm sua história de vida marcada por experiências relacionadas à violência sexual. Durante o programa, os alunos recebem uma bolsa no valor de 500 reais, dos quais 20% (100 reais) ficam retidos em uma poupança, resgatável ao final do processo de formação.
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Sacrifício vale medalhas nos
Gerson Pereira Xavier, da Aeromotor, garantiu o primeiro lugar na prova de 100 metros rasos no atletismo após dedicar tempo livre para treinamento
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om rotina dividida entre a produção em suas empresas e os treinos para participar dos Jogos do Sesi, em diversas modalidades, trabalhadores-atletas tiveram seu esforço recompensado com medalhas de ouro, prata e bronze conquistadas na fase estadual da competição, realizada em Goiânia de 14 a 16 de novembro. O auxiliar de mecânica da Aeromotor, de Goiânia, Gerson Pereira Xavier, 42 anos, participou pela primeira vez da competição e já conquistou o primeiro lugar nos 100 metros rasos, categoria 30+, no atletismo. Mas para chegar vitorioso, o caminho foi bem mais longo do que a corrida na pista. Xavier, que já se dedicou totalmente ao esporte, há cinco anos, chegou a deixar o atletismo para voltar a trabalhar com carteira assinada, mas encontrou nos Jogos do Sesi um meio de conciliar trabalho, esporte e estudos. “Por falta de incentivo não conseguia mais continuar me dedicando 100% e precisei me reinserir no
mercado de trabalho”, conta. “Agora utilizo o horário do almoço para treinar e hoje estou realizando um sonho, que é participar dos Jogos do Sesi”, afirma. Mais de 700 trabalhadores-atletas de 58 indústrias goianas, localizadas em Anápolis, Aparecida de Goiânia, Catalão, Goiânia, Itumbiara, Minaçu, Niquelândia, Palmeiras de Goiás e Rio Verde, disputaram a fase estadual dos Jogos do Sesi, nas categorias futebol, futsal masculino e feminino, futebol sete máster, voleibol masculino e feminino, vôlei de praia masculino e feminino, atletismo, xadrez, tênis de mesa e de campo, natação, truco, sinuca, dama, peteca e dominó. Benefícios vão além das competições Além de incentivar a prática esportiva, os Jogos do Sesi promovem a qualidade de vida dos trabalhadores da indústria. Ao lado de bons resultados nas provas, os participantes são estimulados por valores do esporte, ensinamentos
que podem praticar tanto em casa quanto no local de trabalho. A realização dos jogos visa mostrar que a prática esportiva pode transformar a vida dos trabalhadores e a produção das empresas. Estreante na disputa, a equipe de futsal feminino da indústria PifPaf, de Palmeiras de Goiás, contabilizava o aprendizado adquirido, apesar de derrota para o time da Caramuru, de Itumbiara. “Sabemos que o time da Caramuru joga há seis anos e para nós foi importante competir e pegar mais habilidade para disputar o próximo jogo”, diz a trabalhadora-atleta da PifPaf Stefane Jannaína Alves Montalvão. Dividindo seu tempo entre a produção na área de cortes de frango na empresa e os treinos do time, ela começou a fazer parte da equipe há dois meses e já sente os benefícios que o esporte pode proporcionar à sua qualidade de vida. “Após dois anos sem praticar nenhuma atividade física, topei entrar no time e já sinto meu corpo mais definido, melhor
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Jogos Estaduais do Sesi preparo, mais fôlego e até maior motivação para continuar na empresa, que tanto nos apoia e oferece oportunidades para que possamos participar de torneios como este do Sesi”, ressalta. Diante dos benefícios que o esporte trouxe para sua vida, como a cura de uma bronquite quando ainda era criança, o analista de processos da Mitsubishi, de Catalão, Antony Henrique Marques, de 35 anos, nunca parou de praticar exercícios físicos. Para ele, treinar com o time de futebol sete máster da empresa e disputar os jogos proporciona valores que ele conseguiu levar para a vida pessoal e profissional. “Eu era um cara muito individualista, achava que não precisava de ninguém e o esporte foi que me proporcionou o companheirismo, ser mais humilde e ver que não existem diferenças”, conta. É a primeira vez que Henrique participa dos Jogos do Sesi na modalidade sete máster, mas o time da Mitsubishi é hexa-
campeão na etapa estadual do torneio. Na última fase nacional, realizada em Belém, em setembro, a equipe levou prata para casa, mas já guarda um troféu de ouro da fase nacional em Salvador, realizado em 2011. “Neste ano não levamos o ouro, mas levo experiência”, ressalta o atleta. Prata que vale ouro Interação, superação e maior qualidade de vida são alguns dos benefícios apontados pelos trabalhadores-atletas que participaram desta 22ª edição do torneio. Apesar de ter perdido a final do voleibol feminino para o time da Mitsubishi, de Catalão, com um placar acirrado (2 sets a 1), a equipe da Vale Fertilizantes levou prata para casa, mas com gostinho de ouro por ser a primeira vez que o time, que treina há apenas seis meses, participou das competições. Para a capitã da equipe, Carolina Purcina dos Santos, de 29 anos, a conquis-
ta vai muito além da medalha de prata. “Claro que queríamos o ouro, mas o esporte para nós não significa somente a disputa. O mais importante para nós é a interação com as colegas de trabalho e de outras indústrias, a melhoria na saúde e no condicionamento físico”, afirma. Já para a integrante do time campeão, Marcela Machado Rabelo, de 29 anos, a vitória foi merecida e gratificante, pois a equipe tenta há cinco anos o ouro e sempre levava prata para casa. “Deixamos nossos compromissos em casa, filhos e marido, para participarmos do torneio e esta foi uma grande conquista para nós, além do que é mais importante, que é fazer novas amizades e ganhar mais motivação para continuarmos praticando atividade física, treinando com o time”, ressalta. O resultado completo da fase estadual dos Jogos do Sesi 2014 está disponível no site www.sesigo.org.br.
Marcela Machado, da Mitsubishi, e Carolina Purcina, da Vale Fertilizantes: interação é o mais importante na competição
Stefane Jannaína, da PifPaf, e Antony Henrique, da Mitsubishi: melhora no condicionamento físico e qualidade de vida
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Sesi e Prefeitura de Aparecida capacitam 300 merendeiras Mais de 300 merendeiras de 85 instituições de ensino da rede municipal de Aparecida de Goiânia participaram de capacitação do Programa Cozinha Brasil, desenvolvido pelo Sesi Goiás. De 6 a 7 de novembro, o curso de Educação Alimentar ensinou as alunas a aproveitar integralmente os alimentos, com utilização de cascas, talos e sementes. A ação beneficia mais de 35 mil estudantes do município com uma alimentação mais saudável, além de proporcionar economia para escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis). A iniciativa é uma parceria entre o Sesi e a Prefeitura de Aparecida, por meio da Secretaria de Educação. Para uma das participantes do curso, Diane Paula de Melo, merendeira da Escola Municipal Vilmar Gonçalves (foto), o que mais a surpreen-
deu durante as aulas foi o total aproveitamento dos alimentos, com a utilização de talos, cascas e folhas. “A gente sabia que podia ser utilizado, mas não sabia como”, afirma. Além disso, Diane conta que a capacitação colabora muito para a melhoria na higienização do alimento e no conhecimento de seus nutrientes. O programa, que atende também trabalhadores da indústria e seus dependentes e pode ser oferecido dentro das próprias empresas, ensina a população a se alimentar de forma nutritiva, barata e sem desperdício, já que as receitas desenvolvidas utilizam os alimentos integralmente. As aulas, divididas em teoria e prática, são ministradas por nutricionistas, com duração de dez horas. Durante o curso, os alunos aprendem como elaborar um cardápio equilibrado, plane-
Ouro na Olimpíada de Matemática
Aluno Marcelo Junio: reconhecimento da Escola Sesi e comemoração com a família
O aluno do 9º ano da Escola Sesi Jundiaí, em Anápolis, Rafael de Oliveira Moura, conquistou ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática (Obmep). O es-
tudante participa da disputa desde que ingressou na instituição, no 6º ano do ensino fundamental. A melhora do aluno na disciplina é refletida gradativamente em suas colocações no concurso. “Na primeira vez que me inscrevi não me qualifiquei, no segundo ano levei bronze e no terceiro, prata. Hoje estou comemorando o ouro”, afirma. Outro aluno destaque foi Marcelo Junio Assunção, que conquistou medalha de prata. Otávio Enrique Mendes e Artur S. Trautenmuller levaram bronze. Para homenagear todos os medalhistas e participantes da Obmep, a diretora da escola, Marciana Neves, ofereceu um café da manhã com entrega de menção honrosa a todos os inscritos. Ela ressalta a importância de incentivar professores e estudantes a participar do concurso. “Além de fortalecer nosso vínculo com seus familiares, traz também credibilidade e visibilidade à escola. Sempre voltamos com medalhas e isso só certifica que nosso trabalho está no caminho certo”, diz.
Merendeiras participam de capacitação do Cozinha Brasil
jamento de compra, congelamento e descongelamento, cuidados no preparo e manipulação dos alimentos. Esses conhecimentos incluem questões relacionadas à higiene, nutrição, saúde, cultura, recursos naturais, além do não desperdício e da valorização da culinária regional.
vivasesi Revista de divulgação do Sesi Goiás, publicação da Assessoria de Comunicação Institucional do Sistema Fieg Av. Araguaia, nº 1.544, Edifício Albano Franco, Casa da Indústria Vila Nova - Goiânia-GO - CEP 74645-070 Fone: (62) 3219-1300 / Fax: (62) 3223-9913 www.sesigo.org.br e-mail: ascom@sistemafieg.org.br Presidente da FIEG e Diretor Regional do SESI: Pedro Alves de Oliveira Assessor de Comunicação Institucional do Sistema FIEG: Geraldo Neto Edição: Dehovan Lima Reportagens: Daniela Ribeiro e Edilaine Pazini Projeto Gráfico e Diagramação: Thatyane Mendonça Fotos: Alex Malheiros, Edilaine Pazini e Valciano Lisboa