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(Des)léxico para A.A., Joana Levi Língua e os túneis do corpo

Ana Rita Teodoro

É portuguesa, mestra em Dança, Criação e Performance pelo CNDC de Angers e pela Universidade Paris 8 (2011/2013). Desenvolveu como pesquisa a criação de uma Anatomia Delirante, da qual resultou a Coleção Delirar a Anatomia, pequenas peças de dança dedicadas a uma parte do corpo: Orifice Paradis (2012), Sonho d’Intestino (2013), Palco e Pavilhão (2017). o butoh de Tatsumi Hijikata tem sido uma das suas áreas de maior investimento artístico. Desde 2007 participa em diferentes workshops liderados por artistas e pesquisadores como: Tadashi Endo, Sankai Juko, Torifune, Akira Kasai, min Tanaka, Yoshito ohno, Patrick De Vos e Christine Greiner. Em 2015, recebe a Bolsa de Aperfeiçoamento Artístico da Fundação Calouste Gulbenkian para estudar com Yoshito ohno no Japão, e em 2016 desenvolve uma pesquisa em torno da prática do butoh com o apoio Aide à la recherche et au patrimoine en danse do Centre national de la danse, CN D (Pantin). Esta pesquisa culmina na performance-conferência intitulada Your Teacher, Please (2018). Ana Rita Teodoro criou as seguintes coreografias a solo – MelTe (2009), Curva (2010), Assombro (2015) e a sua primeira grande peça de grupo FoFo (2019), que contou com o apoio New Settings da Fundação Hermes. No contexto do serviço pedagógico do CN D, Ana Rita concebeu duas conferência-espetáculo para o público jovem: Conferência 1. O Corpo (2019) e Conferência 2. Pequena História do imaginário corporal (2020). No mesmo contexto, Ana Rita prepara uma terceira conferência sobre como o pensamento sobre o corpo se manifesta na dança enquanto arte e expressão dos tempos. Trabalha com o músico Julien Desprez e é intérprete da sua peça Coco (2019), trabalha em diversos projetos pontuais com artistas como Nadia Lauro (Garden of Time, Festival de la cité Lausanne 2020), João dos Santos martins (Trolaró, Casa da Dança de Almada – 2020) e a artista visual Adelaïde Feriot (Palais de Tokyo – 2019). Foi igualmente intérprete de João

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dos Santos martins em Projeto Continuado (2015), em Companhia (2018) e em Antropocenas (2017) do mesmo coreógrafo e da Rita Natálio. Foi artista associada do Centre national de la danse, CN D (Pantin) entre 2017 e 2019 e é artista da Associação Parasita desde a data da sua criação em 2015.

Joana Levi (Rio de Janeiro, 1975) É performer, encenadora e dramaturgista. Vive em Lisboa desde 2017. É formada em Filosofia/USP e mestra em Filosofia-Estética/FCSH-UNL. A sua criação mais recente, Rasante, estreou no Festival Alkantara 20’, no âmbito do ciclo «Terra Batida». Nos últimos dez anos tem-se dedicado a projetos experimentais e colaborativos que forjam uma cena atravessada por diferentes linguagens (da performance ao teatro, da dança ao pensamento filosófico) e que evocam relações de tensão, expressas em contextos e conflitos urbanos, (pós-)coloniais e de género. Recentemente, colaborou com Carlota Lagido, Sónia Baptista, Rita Natálio, Gustavo Ciríaco, Julia Salem, entre outros. Anteriormente, no Brasil, destacam-se as suas criações Museu Encantador (mAm – RJ), em colaboração com Rita Natálio; Rózà (Casa do Povo – SP), em parceria com martha Kiss Perrone; e In_Trânsito (Prémio montagem Cénica – RJ), codirigido por isabel Penoni/Cia marginal. É cooperadora da Penha Sco_arte cooperativa (Lisboa), onde realiza programação de artes performativas e gestão de projetos.

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