Boletim dez

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maristas

2017

um novo começo

Bicentenário Marista

BOLETIM INFORMATIVO Colégio Marista de Carcavelos

dezembro 2 0 1 6 nº38


Editorial Rosto Marista Bicentenário Pastoral Cultural Científico Desporto

Venha o teu Anjo tocar o peso da nossa vida e descobrir neste cerco o que ainda não vemos: a beleza completamente acesa Venha o teu Anjo dizer-nos que é possível uma existência respirar iluminada por aquilo que espera Venha o teu Anjo convencer-nos que é da esperança que nos vem o fogo, e que em cada um dos nossos instantes o eterno pode habitar PROPRIEDADE Colégio Marista de Carcavelos Av. dos Maristas nº 175 2775-243 Parede TEL. 21 4585400 FAX. 21 4581128 EMAIL cmcgeral@marista-carcavelos.org PÁGINA WEB www.marista-carcavelos.org DIRETOR Ir. José Luís Pedrinho REDAÇÃO Comunidade Educativa Marista COLABORADORES Prof.ª Leonor Pinto, António Pinto GRAFISMO Prof.ª Graça Galvão, Vasco Matias FOTOGRAFIA Comunicação Audiovisual C.M.C., Mais que mil palavras Distribuição gratuita

Venha o teu Anjo aproximar em nós o barro da estrela o coração adiado da sua órbita viva o meu pão do pão de todos a alegria voltada para fora da alegria voltada para dentro José Tolentino Mendonça


Editorial Ir. José Luís Pedrinho

Na sucessão dos dias, nem sempre conseguimos decifrar o “novo” que vai embelezando as nossas vidas. Precisamos, por isso, destas etapas do ano para nos apercebermos desta realidade. Ano novo, novos desafios para encararmos com coragem redobrada. Num mundo pintado de cores acinzentadas, sejamos nós, família e escola, profetas da esperança, esperança devidamente enraizada nos valores perenes, que subsistem para além da poeira mediática do tempo. Defendendo uma política de paz, o Papa Francisco dedica a sua mensagem do Dia Mundial da Paz ao tema da não-violência. Desta mensagem, destaco o seguinte excerto: “A não-violência ativa é uma forma de mostrar que a unidade é, verdadeiramente, mais forte e fecunda do que o conflito. No mundo, tudo está intimamente ligado. Claro, é possível que as diferenças gerem atritos: enfrentemo-los de forma construtiva e não violenta, de modo que «as tensões e os opostos [possam] alcançar uma unidade multifacetada que gera nova vida», conservando «as preciosas potencialidades das polaridades em contraste» (n.º 6). É difícil aceitar o que é diferente, o que pensa de forma diversa de nós. Mas se estivermos verdadeiramente recetivos, como nos podemos enriquecer com o que o outro nos pode dar de novo e de diferente! No dia 2 de janeiro celebrámos os 200 anos de vida dos Maristas. 200 anos de um sonho. Um sonho que começou num ambiente humilde, num contexto muito diferente do atual. A este sonho aderiram muitas pessoas e, atualmente, nós – Maristas - ajudamos a construir sonhos de crianças e jovens em mais de oitenta países, espalhados pelos cinco continentes. Os Maristas nasceram há 200 anos, mas este sonho continua a desafiar-nos todos os dias, como tarefa sempre inacabada. O “Rosto Marista” deste Boletim é o Irmão José Santamarta. Agradecemos o seu testemunho de vida (que com os seus mais de oitenta anos, continua a fazer voluntariado numa prisão) e a sua prestimosa colaboração para com o nosso Colégio com a realização das suas magníficas obras artísticas. Ao longo do primeiro período letivo realizaram-se diversas atividades de âmbito científico, pastoral, cultural e desportivo. Seria fastidioso elencar tantas atividades e correria o risco de me esquecer de alguma delas. Aqui fica o meu obrigado a todos os que organizaram, dinamizaram, colaboraram e marcaram presença nestas atividades e momentos especiais. Uma palavra de apreço à Associação de Pais, de Alunos e ao Clube dos Avós pela excelente colaboração. Não esqueçamos nunca que o segredo do sucesso da nossa missão de educadores e educandos reside na realização de um trabalho disciplinado e persistente no dia a dia. E recomeçar sempre que for preciso, como muito bem escreveu Miguel Torga: “Recomeça... Se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade.”

Votos de um Bom Ano de 2017.


Rosto Marista A arte ao serviço dos irmãos e da congregação

Prof.ª Leonor Pinto O Irmão José Santamarta nasceu em Villamarco, León, em 1930. Com apenas treze anos, perguntaram-lhe se gostaria de se tornar Irmão, desde então identificou-se com o carisma marista e há 73 anos que compartilha o seu modo de viver, procurando seguir Cristo e partilhando os ensinamentos de Maria como o fez São Marcelino Champagnat.

Ao longo do seu percurso, nunca esquece a importância que tiveram os formadores extraordinários que teve no seminário, para além da doutrina que lhe transmitiam, relembra a forma como o acolheram e o carinho com que o tratavam. Aos vinte e dois anos, iniciou então o seu percurso como Irmão Marista e educador em Segóvia. Posteriormente, passou por Burgos, Valladollid, Valência e Salamanca, entre outros locais. Mais tarde, em Madrid, frequentou o curso de Belas Artes, onde estudou pintura, gravura, estampagem e cerâmica, além de ter aproveitado diversas oportunidades culturais que a capital espanhola proporciona.


Irmão José Santamarta

Aos setenta e sete anos, abraçou um novo desafio, dinamizar uma Oficina de Artes para um grupo de cerca de vinte reclusos num estabelecimento prisional da sua cidade.

...Procura inspiração para a sua obra na espiritualidade marista...

Procura inspiração para a sua obra na espiritualidade marista, que nasce do evangelho, a raiz de todo o cristão e religioso. As suas produções artísticas refletem, assim, o ensinamento de São Marcelino “tudo a Jesus por Maria”, dado que o nosso fundador convida as crianças e os jovens a aproximarem-se de Maria para conhecer Jesus. A frase “Amai as crianças” ilustra também a maioria das suas criações. Para além de se poderem admirar obras da sua autoria espalhadas por diversos locais do mundo marista, o nosso Colégio tem o privilégio de acolher três produções artísticas do Ir. Santamarta: o retábulo da capela, a imagem de Maria, a Boa Mãe e a obra escultórica comemorativa dos cinquenta anos do Colégio. Existe, ainda, um pequeno quadro no hall da secretaria que é da sua autoria.

Muito obrigado, Ir. Santamarta, pelo legado. Colégio Marista de Carcavelos

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Bicentenário

Marista

Abertura oficial do ano letivo Prof.ªs

Joana Pala, Cláudia Marques

espírito marista e o orgulho dos alunos por pertencerem a esta fundação. Maria Inês Borralha e Gonçalo Vilhena: Foi quando o Frei Albertino benzeu a estátua porque é uma nova imagem do Colégio que nos vai acompanhar ao longo de todo o nosso percurso. Pedro Toledo: O que tens a dizer sobre a estátua de São Marcelino, que está na entrada do Colégio? Diogo Melo e Rita Mendonça: A estátua representa Marcelino Champagnat a acolher os alunos e acho que tem o significado de ajudar e ser solidário com todos, principalmente com as crianças.

No dia 15 de setembro de 2016, ocorreu a cerimónia de abertura oficial do ano letivo do Colégio Marista de Carcavelos, no pavilhão gimnodesportivo. Ali se encontraram todos os alunos, da pré-primária ao secundário, ex-alunos, os irmãos maristas que vivem no colégio, professores, encarregados de educação, clube dos avós, ou seja, a comunidade educativa. Perguntámos aos alunos do 8º ano, que participaram nesta cerimónia, como viveram aquele momento.

Inês Belmonte: A estátua representativa dos 200 anos maristas, criada pelo Irmão marista Santa Marta transmite os valores maristas, tais como a amizade, a solidariedade, a união e a fé, o que considero muito importante. Diogo Lopes e Rafael Rodrigues: Para mim, simboliza a união de todos os alunos maristas em torno do nosso fundador. Nós, os alunos, estamos representados através das mãos que demonstram que somos o mais importante, como mencionou o Irmão Diretor. Filipa Machado: O que sentiste ao cantar o hino junto à estátua nova? Carlota Ferreira: Ao cantar o hino, senti-me feliz. É com enorme alegria que o canto, pois simboliza tudo o que é positivo e que me faz sentir orgulho por estudar neste colégio.

Madalena Lousa: Eu penso que foi uma ótima escolha cantarmos o hino da escola ao pé da nova estátua enquanto que nos últimos anos temos vindo a cantá-lo dentro do pavilhão gimnodesportivo, pois inaugurámos a nova estátua Filipe Mendes: Qual é a sensação de ser um aluno marista no benzendo-a, e nada melhor do que cantar o hino a seguir, momento em que se celebra o bicentenário marista? para representar a união dos alunos em espírito marista. Luís Granja: É um orgulho enorme fazer parte desta grande Margarida Bastos e Carolina: A abertura deste ano letivo família que é tão unida e que consegue comemorar séculos foi especial, pois comemoramos o bicentenário que deu de existência. origem ao tema “200 e + vive o sonho” . O que sentiste Guilherme Machado: Qual foi o momento mais fascinante no momento em que foi cantada a música do lema deste da cerimónia? ano letivo? Miguel Silva: Gostei muito dos pormenores da estátua. Tem vários símbolos que se relacionam com o lema deste ano letivo: “200 e + Vive o sonho”, porque a obra do nosso fundador perdura há dois séculos e continua a ser realizada em várias partes do mundo, com o objetivo de o tornar num lugar melhor.

Afonso Gomes: A música é alegre e motivadora, apela à vivência dos valores maristas como a humildade e a simplicidade, e também nos dá vontade de nos dedicarmos à concretização dos nossos sonhos.

Inês Preto: Na minha opinião, a canção manifesta tudo o que o lema transmite, pois a letra fala de confiar e de seguir João Gouveia: O acontecimento especial desta abertura os sonhos. foi a inauguração da estátua, pois representa não só o Dinis Figueiredo: Qual é a tua opinião sobre a organização cinquentenário do colégio, como também o bicentenário da da Cerimónia de Abertura Oficial do Ano Letivo? instituição Marista. Miguel Silva: Na minha opinião, esta celebração estava bem Afonso Martins: Adorei ouvir o nosso diretor Irmão Pedrinho organizada, foi muito divertida e apelativa. Do que eu gostei e o Frei Albertino a descreverem a estátua e a contar a sua mais foi da entrega de prémios de mérito, pois sinto-me importância para o colégio. Senti que a estátua representa o orgulhoso de o nosso Colégio ter alunos excelentes.

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Exposição “O Presépio” Prof.ª Leonor Pinto

Dinis Figueiredo: A cerimónia significa muito para mim, porque já sou um aluno marista há vários anos e estes momentos da nossa vida marcam-nos muito. Clara Brites: Esta cerimónia tem um forte significado, pois criou-nos um lugar de convívio novo e agradável, de partilha e oração com os outros colegas e professores. Deste ano letivo espero um ano de aprendizagem e de diversão, um ano para viver o sonho de Champagnat. Taísa Macedo: Do que gostas mais no Colégio? Rita Gonçalves: A união, pois faz-me sentir mesmo numa família. Inês Monteiro: Se tivesses a oportunidade de viajar até 2216, o que irias contar aos alunos maristas desse tempo? Filipa Taveira: Diria que, no nosso tempo, nos ensinavam a seguir o exemplo de S. Marcelino, sendo que também desejo que façam o mesmo e que alcancem os seus sonhos com honestidade, pois o lema de 2016 é “200 e + Vive o sonho”. Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Português

“Os Pequenos Irmãos de Maria devem desejar ardentemente os primeiros lugares junto ao presépio, junto à cruz e ao altar.” São Marcelino Champagnat No dia 2 de janeiro 1817, o sonho de Marcelino Champagnat de levar o Evangelho às crianças e aos mais necessitados tornou-se realidade em França e, ao longo destes 200 anos, chegou aos cinco continentes.

Abertura oficial do ano letivo Prof.ª Leonor Pinto

No dia 15 de outubro, o pavilhão do nosso Colégio acolheu toda a Comunidade Educativa para assistir à Cerimónia de Abertura Oficial do Ano Letivo.

200 anos de atuação no mundo é, sem dúvida, motivo de celebração, deste modo, o nosso Colégio irá, no decorrer do presente ano letivo, assinalar esta data, promovendo diversas iniciativas.

Num primeiro momento, foram apresentados os órgãos de gestão do Colégio. Num segundo momento, as alunas Mariana Caeiro e Mariana Martins do 11º ano presentearam-nos com uma emotiva interpretação do lema do presente ano letivo “200 e+ … Vive o sonho!”. De seguida, foi reconhecido o trabalho e o empenho de alunos que se destacaram no ano letivo anterior, tendo sido entregues os diversos prémios de mérito, atribuídos pelos professores e pela Associação de Pais. Foi ainda distinguida a turma que venceu o projeto da Bandeira Azul.

Assim, durante o mês de dezembro, está patente, na entrada principal do Colégio, uma exposição intitulada “O Presépio”. Organizada pela equipa da Pastoral Educativa e com a colaboração, entre outros, da Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios – Carcavelos e da Paróquia de S. Leonardo - Atouguia da Baleia, que gentilmente cederam as figuras do Presépio para a exposição.

No seguimento da abertura do ano letivo foi também inaugurada a nova estátua de homenagem aos 50 anos do Colégio, uma produção artística do Irmão Santamarta. O Ir. Diretor forneceu uma breve explicação sobre os diferentes elementos que estão presentes nesta obra, símbolos da identidade Marista. Ao centro, encontram-se as três violetas, que representam as três virtudes maristas da humildade, simplicidade e modéstia. Os Irmãos Maristas surgem perto dos protagonistas de todo o processo educativo, os alunos. A salientar também a figura de Maria, a Boa Mãe, devoção que Marcelino Champagnat teve sempre presente e que constitui um elo de união para todos os Maristas. Em destaque, surge a figura do nosso fundador, que segura carinhosamente três crianças nos braços, exemplificando que “Para ensinar uma criança é preciso amá-la.” Após as palavras do Ir. Diretor, o Frei Albertino benzeu a estátua , uma imagem que agora pode ser venerada por toda a comunidade educativa. A cerimónia terminou com a interpretação do Hino do Colégio, momento onde todos mostrámos o nosso sentido de pertença ao projeto há 200 anos sonhado pelo Padre Champagnat.

O primeiro presépio, de acordo com fontes históricas, terá sido montado por São Francisco de Assis no Natal de 1223. O frade católico montou o presépio em argila na floresta de Greccio (comuna italiana da região do Lácio). A sua ideia era montar o presépio para explicar às pessoas mais simples o seu significado e dar a conhecer como foi o nascimento de Jesus Cristo. No século XVIII, a tradição de montar o presépio, dentro das casas das famílias, popularizou-se pela Europa e, logo de seguida, por outras regiões do mundo. Durante o período da Quaresma, o nosso Colégio organizará uma exposição alusiva à cruz e, por fim, para assinalar o aniversário do nosso fundador será ainda organizada uma outra exposição de alfaias de altares.

Colégio Marista de Carcavelos

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Pastoral Campanha dos cabazes de Natal

Gala Solidária -

Jorge Esteves Delegado de pais da Pastoral da turma 11º 1D/2

Equipa da Pastoral Educativa

O Colégio Marista de Carcavelos tem por tradição organizar uma “Campanha dos Cabazes de Natal” a favor dos Centros Paroquiais e Instituições de Solidariedade Social da nossa Comunidade, que entregarão às famílias carenciadas os cabazes por nós angariados. Neste tempo de solidariedade e partilha, apelamos à generosidade a toda a Comunidade Educativa, com o objetivo de tornar um pouco mais feliz o Natal dos que nada ou quase nada têm.

No dia 8 de dezembro, os delegados de pais da pastoral, com o apoio da Direção do Colégio e da Coordenadora das Atividades Extracurriculares, organizaram mais uma gala solidária, composta por um espetáculo no auditório cuja entrada era paga com bens alimentares, seguida de uma venda solidária no pavilhão.

Com o intuito de angariar bens alimentares para fazer cabazes de Natal que, conjuntamente com os executados pelas turmas do Colégio, são entregues a famílias carenciadas, esta é uma atividade já com tradição e que, uma vez mais, foi um sucesso.

A Campanha decorreu entre os dias 16 de outubro e 7 de dezembro e envolveu todas as turmas, todos os ciclos e todos os setores do Colégio. Paralelamente e de forma complementar, no dia 8 de dezembro, os Delegados de Pais de Pastoral, em parceria com as Atividades Extracurriculares, organizam a Gala Solidária, com o objetivo de recolher bens e fundos, que também são convertidos em cabazes.

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O empenho de todos os elementos da organização e a participação ativa das famílias mostraram que a solidariedade é um valor real da família Marista e que continua a ser uma tarefa que todos partilham com agrado. Os bens alimentares entregues neste dia e as receitas apuradas nas vendas solidárias traduziram-se em 50 cabazes.


Banco Alimentar I Campanha de 3 e 4 de dezembro 2016 Prof.ª Leonor Pinto

O Colégio Marista de Carcavelos associou-se, uma vez mais, à Campanha do Banco Alimentar que decorreu nos dias 3 e 4 de dezembro. A comunidade educativa marista aderiu em massa a este desafio, disponibilizando algum do seu tempo durante o fim de semana para participar nesta campanha de recolha, provando assim a sua generosidade e o seu comprometimento para com as causas sociais. Os alunos, familiares, funcionários e professores do Colégio distribuíram-se pelos supermercados Pingo Doce do Buzano, Leclerc da Torre D’Aguilha e pela sede da instituição em Alcântara. O Banco Alimentar Contra a Fome recolheu no passado fim de semana um total de 2.129 toneladas de géneros alimentares na campanha realizada em mais de 2.000 superfícies comerciais de todo o País. De seguida, vejamos a contribuição do nosso Colégio em números.

1º Ciclo: Pingo Doce - Buzano Professores: 8 Alunos: 90 Familiares: 45 Total: 143 Alimentos: 2224 kg

2º e 3º Ciclo: Leclerc - Torre D’Aguilha Professores: 20 Alunos: 88 Familiares: 8 Total: 116 Alimentos: 2364 kg

Secundário: Alcântara Professores: 7 Alunos: 65 Familiares, amigos e ex-alunos: 10 Total: 82

Campanha solidária para a casa da criança - Educadora Carla Pombo

Recolha de tampas

Quando nos falam de uma casa tão especial para nós, “A Casa da Criança”, os nossos corações despertam de imediato.

Mais um ano letivo inicia e, mais uma vez, o 2º Ciclo se anima com os vários projetos do ciclo.

As queridas crianças, que lá vivem, estavam a precisar de sapatos para caminhar neste inverno.

Um deles consiste na recolha de tampas de plástico, e é de cariz ecológico e simultaneamente solidário.

Com este alerta, criámos um supermealheiro para lançar um apelo solidário às nossas crianças e às suas famílias. A família Marista uniu-se mais uma vez e, como consequência, o objetivo foi plenamente alcançado.

Este ano, a nossa campanha tem uma parceria com o Projeto da PSP “Dá tampa ao Azulinho” e com a ajuda da Escola Segura, que se disponibiliza na recolha das nossas tampas, todo o material recolhido será convertido em material ortopédico, a entregar a pessoas que dele necessitam.

Um grande obrigado a todas as famílias do jardim de infância, que ajudaram a tornar o Natal deste meninos mais feliz.

Texto coletivo do 5º E

A primeira recolha já foi realizada no final do mês de outubro e esperamos que seja a primeira de muitas. Obrigada a todos os que colaboraram!

Colégio Marista de Carcavelos

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Eucaristia e Lanche de Natal do 2º Ciclo Prof.ª Cláudia Marques

“Estamos aqui juntos, como uma família que se junta em vésperas de Natal, para dizer a Jesus que esperamos a Sua chegada.” Com estas palavras os alunos do 2º Ciclo deram início a esse momento de Festa que foi a Eucaristia de Natal, celebrada no dia 12 de dezembro. Com tranquilidade e emoção, alunos, familiares e professores acolheram Jesus nos seus corações e viveram o verdadeiro espírito da quadra natalícia: a Esperança no Deus Menino! Foram bastante sentidos a participação e o envolvimento de todos os presentes que tornaram esta celebração ainda mais especial. E, terminada a Eucaristia, abriram-se as portas do Lanche Saudável que contou com a participação da “Vitamimos”, da Associação de Pais do Colégio e de todos os pais do 2º Ciclo que foram extraordinários na dinamização deste lanche. O tema era “A Alimentação Saudável” e ficou mais do que provado que, até em dias de Festa, podemos seguir este tipo de alimentação, fundamental para a saúde de todos, miúdos e graúdos. Desde fruta a compotas light, de frutos secos a barritas de cereais, nada faltou e, sempre, com o pensamento na saúde! A todos, pela grande participação, adesão e envolvimento em ambos os eventos, Muito Obrigado!

Campanha a favor das Pessoas-Sem Abrigo Talma Pinheiro e Graça Silveira

Este ano, a Comunidade Vida e Paz irá oferecer, no já tradicional jantar de Natal na Cantina 1 da Universidade de Lisboa, mochilas e mantas para as Pessoas Sem-Abrigo. A Associação de Pais do Colégio Marista de Carcavelos e a Pastoral Educativa apoiaram, mais uma vez, esta iniciativa, promovendo a recolha destes bens junto de toda a comunidade educativa. E foi assim que, este ano, superámos as nossas melhores expetativas, recolhendo 90 mantas e 80 mochilas. Por esta ajuda, muito obrigado a todos!

Colégio Marista de Carcavelos e Escola Marista da Manhiça em Moçambique Clube dos Avós

Um grupo de avós do Clube dos Avós do nosso Colégio, nomeadamente Clara Cruz, Sílvia Sousa, Maria Morais, Rosa Maria, Lucília Branco e Isaurete Cruz, confecionaram cerca de uma centena de vestidos para as alunas da Escola da Manhiça , em Moçambique, e que em breve serão enviadas para aquela Escola. Os vestidos estão expostos na sede do Clube dos Avós, podendo ser visitados por alunos, pais e avós do Colégio..

Festa de Natal da instituição Apoio à Vida Teresa Leite, Duarte Moreira e Francisco Narciso

No dia 19 de dezembro, três alunos do 7ºE representaram todo o 7º ano do Colégio Marista de Carcavelos na entrega dos presentes de Natal para as crianças da instituição Apoio à Vida. Por volta das 15h30, realizou-se uma missa na Igreja das Flamengas, seguida da festa na junta de freguesia de Alcântara. Na festa, começámos por fazer anjos de cartão com as crianças, depois houve um lanche partilhado, uma atuação musical e, por fim, a entrega das prendas.

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Gostámos muito de conhecer o trabalho desta instituição e contribuir para um Natal mais feliz para todas estas crianças.


CLUBE DOS AVÓS Com o início do ano letivo, o Clube dos Avós do Colégio começou as suas atividades junto dos alunos do 1º ciclo, que se inscreveram nas várias áreas que o nosso clube disponibiliza, tais como: Xadrez, Cantinho da agulha, Cantinho das boas histórias, Francês, Horta pedagógica, Atelier de pintura e Cantinho dos sabores. A participação dos alunos nas atividades do clube é para nós motivante e para eles muito proveitosa, dada a transmissão de conhecimentos que lhes proporcionamos, num ambiente saudável, explorando a curiosidade que eles manifestam em aprender. Entretanto os avós do clube promovem também entre si atividades de índole lúdica e cultural. Assim, em outubro, levaram a efeito um almoço convívio, com um “Chef” de cozinha natural e saudável. Ainda em outubro, participaram num passeio cultural ao Norte do país com subida do rio Douro por barco com passagem pelas eclusas das várias barragens do Douro, passeio fluvial na Ria de Aveiro e visita ao extraordinário Museu Berardo em Sangalhos. Em novembro, promoveu-se uma conferência subordinada ao tema:«Bibliotecas Itinerantes no Concelho de Cascais», pela Professora Doutora Maria Mota Almeida, Doutorada em Museologia. Esta conferência teve lugar na Sede do Clube dos Avós. Em dezembro, encerrámos as atividades deste 1º período letivo com o tradicional almoço de Natal, na sala privada do Hotel Riviera em Carcavelos. Recordamos que este clube está à disposição de todos os avós que desejem integrar este grupo.

Maratona de Cartas 2016 Prof.ª Andreia Batista

A Amnistia Internacional para assinalar a comemoração do Dia Internacional dos Direitos Humanos, realiza todos os anos a Maratona de Cartas, o maior evento global de Direitos Humanos. Selecionados quatro casos em que os direitos não estão a ser salvaguardados, a Amnistia, Internacional mobiliza em todo o mundo a campanha para que possamos assinar cartas e petições que apelam à solidariedade de todos nós para que os direitos fundamentais sejam respeitados! Dar o nome pela liberdade de alguém é o mote para a Maratona de Cartas de 2016! Deste modo, todos nós podemos participar através da assinatura de cartas ou de assinatura das petições de apoio aos casos da maratona de cartas http://www.euassino.amnistia.pt/os-casos/#os-4casos Todos nós podemos ajudar de forma a que os direitos humanos possam ser respeitados! Através de uma assinatura podemos de facto mudar a vida de alguém pela pressão exercida junto das autoridades governamentais dos países e possibilitar a libertação de uma vida ou inclusive a sua salvação. A Maratona de Cartas da Amnistia Internacional decorreu no corredor central do colégio e esteve disponível para que todos nós pudéssemos dar o nosso nome pela defesa dos direitos fundamentais, tais como a Igualdade, a Vida, a Liberdade, a Dignidade Humana! Na esperança que a nossa assinatura possa mudar a vida de alguém e que os seus direitos fundamentais passem a ser respeitados, em que um pequeno gesto é um ato humano que faz a diferença na vida das pessoas cujos direitos não são salvaguardados, é assim o sonho que nos acalenta e mobilizou a participação de alunos, professores, funcionários e de toda a comunidade educativa do Colégio Marista de Carcavelos.

Colégio Marista de Carcavelos

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Profissão Perpétua Ir. Jaime Barbosa - Irmão Marista - Comunidade de Carcavelos

No passado dia 8 de outubro, no Colégio Marista de Carcavelos, teve lugar a minha Profissão Perpétua como Irmão Marista. Uma Profissão Perpétua é uma cerimónia na qual os Irmãos Maristas dizem que querem ser Irmãos para toda a vida, através dos votos de pobreza, castidade e obediência. Nesse dia, um dia impregnado de felicidade, estive rodeado das pessoas mais importantes da minha vida e das pessoas com quem partilho a minha missão e o meu ser Irmão no dia a dia: família, amigos, alunos e pais, professores e funcionários do Colégio. Uma Profissão é um sinal visível da vocação de solidariedade dos Irmãos. Pela pobreza, renunciei a ter bens pessoais e optei por partilhar tudo o que tenho e faço com a comunidade; pela castidade, renunciei a ter relações exclusivas com alguém e optei pela disponibilidade para todos aqueles que precisarem de mim, por uma relação de amor desinteressado com todas as pessoas; pela obediência, renunciei a um plano de vida centrado em mim e optei por fundir o meu projeto de vida com o projeto dos Irmãos Maristas, sempre à procura da vontade de Deus. Afirmar que quero ser Irmão para toda a vida não foi uma resposta pontual e fechada: por um lado, foi o culminar de mais de dez anos de vida e missão em comunidade, por outro lado, é um desafio que tenho que acolher todos os dias, procurando sempre e em cada momento responder àquilo a que estou chamado a ser como Irmão Marista. No passado tive muitas experiências como Irmão que me marcaram muito: a vida comunitária, experiências de solidariedade nos CTM em Moçambique e nas Honduras, o trabalho com crianças e jovens nas aulas e na MarCha e uma relação dinâmica com Deus que me ajudou a ler a minha própria vida com mais sentido. No futuro sonho com saber cada vez melhor estar à medida de uma vocação e de um estilo de vida tão nobre como é ser Irmão Marista; espero saber responder sempre àquilo que me pedem como Irmão Marista e continuar a construir o sonho de Marcelino aqui e agora. Tenho 27 anos, exatamente a idade que tinha Marcelino quando fundou os Irmãos Maristas, há já 200 anos. Ao olhar para o mundo com os olhos de Marcelino, também vejo as situações de miséria e de injustiça e a urgência de construir um mundo melhor. Marcelino gritou “Precisamos de Irmãos!”; 200 anos depois a resposta de Marcelino continua a ter todo o sentido, porque tem todo o sentido ser Irmão no século XXI. Sem dúvida, precisamos de Irmãos... Na minha vida descobri que ser Irmão Marista enche de sentido a minha existência e isso torna-me imensamente feliz, realizado e agradecido. Obrigado a todas as pessoas que caminham lado a lado comigo; continuo a contar com o vosso apoio. Da minha parte, contem com a minha presença e disponibilidade na construção de um mundo mais humano e mais fraterno.

Acantonamento MarCha - Prof. Joel Leal Nos dias 7 e 8 de dezembro, a MarCha reuniu-se! E que encontro feliz! Animadores e animandos! Que alegria podermos ter partilhado o jantar, brincar ao fantasma, conviver e pensarmos no que podemos fazer de diferente este Natal. Na noite de dia 7, os animandos foram convidados a escrever uma oração do que gostariam de fazer até ao Natal ou um ato que contribuísse pela positiva nas suas vidas ou consequentemente na das que os rodeiam. No dia 8, as atividades continuaram, sempre com o espírito da MarCha… reflexão, animação e partilha! Houve espaço para aprendermos mais sobre os símbolos de Natal, a árvore, o São Nicolau, a Missa do Galo, entre outros. Símbolos

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conhecidos dos animandos, agora muito mais esclarecidos, sobre o seu significado e importância. Seguiu-se um jogo que nos abriu a vontade de correr e viver, foi pelo espaço da quinta e arredores… Os corações estavam acelerados e não queríamos deixar o encontro acabar sem antes assistir à Gala de Natal no auditório, onde não faltou o mais importante, Jesus! Por muito que as prendas, as renas, os duendes, as estrelas, e todas as outras personagens associadas a esta época estejam por perto, tudo acontece graças a Jesus. Tão bom foi este encontro, finalizando um dia muito feliz, o dia da Imaculada Conceição! A MarCha esteve mais uma vez reunida. E com muita paz no coração! Prontos para novos desafios, abraços, sorrisos e mais fortes laços de família Marista!


Jornada Mundial da Juventude 2016 - Cracóvia Mariana Morais - antiga aluna marista .

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Nos vulgares dias de um transeunte que por seus lugares se passeia, tudo ou nada pode acontecer, dependendo da sua abertura. E houve um que deixou de o ser, para os peregrinos da aventura de uma vida: aquele em que, pousando em seu ombro a mão que acolhe, Jesus lhes segredou que a Jornada Mundial da Juventude seria a melhor forma de preencher as suas férias, sabendo ou não que era Ele. Então, entre 23 de julho e 2 de agosto de 2016 (para nós, Maristas de Carcavelos e Lisboa), uma lufada de ar fresco arrasou o lado de dentro de tantos... Permanecendo apenas a certeza de que, dali em diante, tudo seria diferente. Ainda que ascendêssemos a uma experiência sem fim, regressámos. Regressámos capazes de inundar de esperança na humanidade uma cidade inteira, após fazer parte de um aglomerado de dois milhões e meio de pessoas reunidas por Deus, Jesus, Maria e pelo nosso querido Papa Francisco. Foi uma energia distinta, a sensação de descanso total de uma demanda diária de que este mundo é corrupto, porque nós, humanos, o somos, um bater de coração que se acelera sem parar para reconstruir a Terra e a sociedade e cada um, individualmente. Durante onze dias, vinte e quatro sobre vinte e quatro horas, fomos presenteados com uma partilha pessoal constante, tanto de nós para com o outro como do outro para connosco, em que conhecemos melhor os dois (os seus comportamentos, os seus gostos, as suas crenças, as suas fragilidades), e tal é sempre de uma riqueza não

fácil, não imediata e, por isso, uma aprendizagem com o dobro do valor. Neste tempo tão pequeno e tão grande, não dormimos na nossa cama, não comemos a nossa comida, não comunicámos na nossa língua: a nossa zona de conforto estava a substanciais quilómetros de distância. Porém, a forma como fomos recebidos pelos responsáveis da Paróquia em Munique e pelas famílias em Pcim acrescentou-nos tanto ou tão pouco que nos sentimos a encontrar outra casa, ante a entrega imensa vinda do mais profundo da essência daqueles Seus filhos que nada mais fizeram que trabalhar por nós e para nós. Se a minha fé começou exatamente na gratidão que senti e sinto em relação a tudo o que me vai sendo dado, cada pormenor ajudou a que esse sentimento não fosse possível de ser contado. Não dormimos quando e quanto precisávamos, o cansaço transformou-se no nosso maior inimigo, não só a nível físico como emocional: a manhã que antecedeu a peregrinação para o Campo da Misericórdia, onde se deu a Vigília noturna, foi o momento em que ele se agigantou e não me senti com forças para me levantar; todavia, como sempre, a Cruz elevou a minha vontade para que o superasse. Descobrindo a belíssima cidade

polonesa de Cracóvia, em qualquer que fosse o cantinho vislumbravam-se bandeiras nacionais ou oficiais da JMJ, escutavam-se hinos nacionais ou o oficial do evento, assistia-se a uma simbiose de canções católicas e uma permuta de terços, pulseiras ou porta-chaves (consoante o que de ambas as partes se disponibilizava), partilhando vivências heterogéneas que escorregavam para se encontrarem na homogeneidade do espírito da jornada. Por fim, se elegêssemos um motivo para se sobrepor a todos pelo qual nos sentámos nos acentos do avião, do autocarro, do elétrico durante horas, o Papa seria. Quando passava no Papa-móbil tão perto de nós ou que se levantava e as suas palavras iam ao encontro do microfone e a sua face ao dos ecrãs gigantes, sabíamos que conversava para sete mil portugueses e dois milhões de quase mais duzentos países; todavia, a sua mensagem, tão romântica e pragmática, tão o sonho e a realidade em simultâneo, cativou o peregrino – afinal, cada qual tem de deixar a SUA marca, essa é a finalidade da nossa existência, contribuir com o mais especial que tem para que uma juventude com prioridades trocadas e valores invertidos mas tão promissora nos torne numa espécie melhor. Sejamos a Juventude do Papa!

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Cultural O Natal no Jardim de Infância - Educadora Carla Pombo Com o Natal a chegar, o Jardim de Infância encheu-se de Magia. Como uma grande família e com muita alegria, começámos a enfeitar o nosso espaço para recebermos o Menino Jesus. Teve lugar também a já tradicional grande festa onde também contámos com a fantástica ajuda dos pais!! E, como era de esperar…os nossos pequenos artistas brilharam em palco com os lindos fatos confecionados pelos pais, “vestindo” o papel das várias personagens de uma história, imaginada pelas educadoras. A história “A pequena estrela” narra a aventura de uma estrela curiosa e aventureira, que decidiu fazer uma grande viagem até ao nosso lindo planeta Azul! No entanto, encontrou algumas dificuldades, mas superou-as, espalhando a magia do seu bom coração. E, no final, algo de especial aconteceu, a Estrelinha transformou-se numa estrela Cadente, a linda Estrela do Presépio! Contamos que a magia que as nossas crianças transportam nos seus corações contagie as suas famílias, neste Natal!

Festa de Natal 1º Ciclo - Prof.ª Catarina Machado Nos dias 14 e 15 de dezembro, tiveram lugar no nosso auditório as Festas de Natal dos alunos do 1º ciclo. Foram momentos de verdadeira emoção, onde o sonho de Marcelino e a mensagem de Natal se fundiram de forma mágica durante a atuação dos alunos que deram o melhor de si. 1º e 2º anos O sonho de Marcelino Narrador – Numa noite de Natal, Marcelino, sentado na sua velha cadeira, olhando para o Presépio, refletia sobre a sua vida e começou a recordar, falando com Jesus: Marcelino – Aos 27 anos, sempre atento e dedicado às necessidades sociais e aos sinais de Ti, meu Deus, decidi dedicar toda a minha vida à educação cristã das crianças e dos jovens. O meu sonho remetia-me para a formação destes jovens, tornando-os em bons cristãos e virtuosos cidadãos. Formei um grupo de educadores, a quem dei o nome de Irmãos de Maria, estava certo de que Maria, a Boa Mãe, seria a grande protetora deste projeto. (…) Narrador – Acreditamos que os sonhos, como o de Marcelino, que se repartem e se costuram com paixão, a várias mãos, se revestem de simplicidade e beleza. Por isso, temos a convicção que juntos podemos começar a mudar o mundo por aquilo que mais nos une a nós educadores, irmãos e leigos e pais. (…) Festa de Natal – 3º e 4º anos Título: “O melhor de nós” (…)

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Menino 1: Meu Deus, que sítio é este O que fazemos aqui Pergunta àquele senhor Parece confiante de si Marcelino: Quem sois vós? O que quereis neste lugar? Conheço os jovens desta aldeia Nunca vi este vosso olhar. Pareceis estranhos Permitam que vos diga Tendes sabedoria nos olhos E alegria na barriga. Menino 2: - Alegria temos nós E conhecimento também

MARCELINO: E o que sabeis de Jesus E da sua Boa Mãe? Menino 3: No nosso colégio Aprendemos sobre Jesus Maria deu-nos o nome É ela que nos conduz. (…)


Convívio de Boas Vindas Talma Pinheiro e Graça Silveira

No passado dia 16 de setembro, num final de tarde soalheiro, recebemos com um cocktail de Boas-Vindas, os pais dos novos alunos. Com este encontro, na bonita Quinta Pedagógica do nosso colégio, quisemos dar-nos a conhecer, enquanto Associação de todos nós, reduzindo distâncias e encurtando espaços. Este gesto simples assumiu particular importância para aqueles que se aproximavam da comunidade Marista pela primeira vez. Foi também com grande satisfação que vimos alguns antigos alunos, agora com filhos no colégio, juntarem-se a nós, redescobrindo espaços e afetos. Mais uma vez, queremos agradecer à Direção por sempre apoiar e colaborar nas nossas iniciativas, ajudando-nos assim a dar ainda maior força e sentido à expressão Família Marista.

Formação de delegados do 2º Ciclo Delegados do 2º Ciclo

No dia 12 de outubro, todos nós, os delegados das turmas do 5º e do 6º ano, fomos ter uma aula diferente para aprender a sermos bons delegados. Alguns estavam nervosos porque nunca foram delegados, mas os que já tinham feito esta formação o ano passado explicaram o que ia acontecer. De manhã, fomos de autocarro até Colares. Quando chegámos lá, fizemos o “Bom dia” e logo a seguir tivemos que nos apresentar, dizendo o nome, a idade e algumas coisas de que gostamos ou não gostamos. Depois, fomos divididos em grupos e fizemos: jogos, construções e outras brincadeiras sempre em grupo. O objetivo era trabalharmos em equipa. Depois de almoço, estivemos divididos pelos nossos cargos: turma e cultura, desporto e pastoral. Finalmente voltámos para o Colégio todos contentes com o que aprendemos: o trabalho em equipa é muito importante!

1º ciclo a reciclar Prof. ª Catarina Machado

Este ano letivo, o 1º ciclo está envolvido num projeto que visa a sensibilização dos alunos para a reciclagem. Durante o 1º período algumas turmas tiveram a oportunidade de construírem os seus próprios ecopontos. Os professores titulares em parceria com os professores do departamento de artes, professor Miguel e professora Telma, prepararam aulas onde se abordou a importância da reciclagem e os passos a seguir para a construção dos ecopontos da sala da aula. No 2º período, iremos continuar a desenvolver este projeto com as restantes turmas do setor, contribuindo para uma consciência mais “verde” nos nossos alunos.

“Navegar com rede” Prof.ª Paula Nunes

O projeto do segundo ciclo “Navegar com rede”, que visa a sensibilização dos alunos para uma utilização crítica e consciente da internet, teve a sua primeira apresentação às turmas na semana de 21 a 28 de novembro, com a presença dos elementos da Escola Segura - PSP. Apelando à responsabilidade dos alunos aquando do uso da internet, os agentes da Escola Segura ministraram ações de formação a todas as turmas do ciclo, num momento de partilha, em que os alunos puderam esclarecer dúvidas e obter informações para uma “navegação“ mais segura nas redes sociais.

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Dia de Turma - 5º ano 5ºC

Dia de Turma 6º ano

Dia de Turma Prof. José Fernandes

- 3º Ciclo

O Dia de Turma do 3º ciclo realizou-se no dia 29 de setembro. Um dia diferente onde os nossos alunos tiveram a oportunidade de desfrutar um dia ao ar livre, convivendo e brincando, junto dos seus professores e colegas. No dia 4 de outubro, a nossa turma, o 5ºC, acompanhada pelas turmas A e E, foi até ao Monte Selvagem, uma reserva natural no Alentejo, perto de Montemor-O-Novo. O Monte Selvagem é um parque de lazer e também uma reserva de biodiversidade, que aloja 60 espécies, num total de cerca de 350 animais. Este espaço é um dos destinos turísticos mais procurados na região, tendo sido premiado em 2012 pela Entidade Turismo do Alentejo - ERT, com a distinção de Melhor Empreendimento de Animação Turística do Alentejo. De manhã bem cedo, partimos do Colégio em direção ao parque. Na viagem, que demorou cerca de hora e meia, todos estávamos entusiasmados e ansiosos por conhecer este local. Quando chegámos, fomos lanchar, mas aproveitámos também para fazer o passeio pedestre. Observámos logo alguns animais: burros, renas, suricatas, camelos, entre outros. Enquanto esperávamos pela visita guiada ao parque, pudemos andar de baloiço e de slide. O momento mais aguardado do dia é a viagem de trator onde é possível observar vários animais selvagens em semi-liberdade, aqui o guia dava-nos explicações sobre cada um destes animais. Ficámos a saber algumas curiosidades, por exemplo que as zebras mudam de cor à medida que crescem e que não existe nenhuma zebra com um padrão exatamente igual. Almoçámos sob forma de piquenique e ainda tivemos tempo para ir comprar um gelado ao snack-bar. Depois, tivemos a oportunidade de ir até à quintinha e alimentar os animais (porcos, cabras …). A nossa visita terminou com a ida ao labirinto e às casas nas árvores. Ao longo da visita, percebemos como é importante o respeito e o carinho por todos os seres vivos. E passámos um dia muito divertido na companhia de muita bicharada!

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Este ano, o Dia de Turma dos 6ºs anos foi passado em conjunto. No dia 4 de outubro, as cinco turmas rumaram ao Parque Palmela, em Cascais, onde tinham à sua espera um conjunto de atividades que lhes proporcionariam muito convívio, animação e interação! O dia estava soalheiro, ainda lembrando o verão, como o ambiente que se sentia: alegre e descontraído. Ao longo de todo o dia, os alunos participaram em atividades como: arborismo, jogos tradicionais, matraquilhos humanos, caça ao tesouro, entre outras. O mais importante foi sempre o espírito de grupo e de partilha: de tarefas, de opiniões, de emoções… Apesar de, nos jogos, não haver vencedores nem vencidos, todos saíram a ganhar, pois, no final deste dia, os rostos corados deixavam perceber que os laços ficavam mais fortes! Que todos possam recordar esse Dia de Turma ao longo de todo o ano para que, nos momentos mais cansativos do dia a dia, se possam lembrar que o mais importante são os laços que nos unem e que fazem de nós MARISTAS!

Estes dias são especialmente importantes, pois têm como objetivo desenvolver laços afetivos entre professores e alunos e fomentar o espírito de grupo e de entreajuda. Tem também como objetivo a integração dos novos alunos no Colégio e no Ciclo. Por outro lado, os bons dias realizados proporcionam momentos de reflexão e encontro pessoal. As turmas do 7º ano escolheram como destino o Parque Aventura da Cova da Baleia ou o Parque Palmela em Cascais. Por sua vez, a maioria das turmas de 8º ano decidiram aproveitar o bom tempo que se fazia sentir e optaram por um dia passado na praia, com exceção da turma D que optou por um passeio cultural a Lisboa. Os 9º anos dividiram-se, três turmas rumaram a Lisboa para uma visita ao Jardim Zoológico e as outras duas optaram por passar um dia na praia. Os dias de turma são, com certeza, especiais e constituem momentos que todos os alunos maristas recordarão com saudade.


Viagem cultural 3º Ciclo a Arcos de Valdevez e Guimarães Mafalda Santos, 9ºB

sorte, estava na cidade. Aí passámos um bom bocado antes de irmos para o hotel. No dia seguinte, foi o regresso a Lisboa.

Os alunos das turmas A, B e C do 7.º foram, no passado dia 29 de setembro, conviver e divertir-se no Parque Aventura da Cova da Baleia, Mafra. Entusiasmados, saíram do colégio às 8h25. Durante a viagem até ao local do destino, os alunos ouviram música e conversaram. Lá chegados, participaram na reflexão do Bom Dia com os diretores de turma e com os professores que os acompanharam. Após uma apresentação informal, os monitores deram início às atividades de cada turma separadamente. Os alunos puderam praticar arborismo, orientação, jogos tradicionais e o rappel. O arborismo tinha dois percursos: o grande para os mais corajosos e o pequeno. A orientação era dividida por dois grupos. Os jogos tradicionais, a primeira atividade do 7.º B, foram disputados entre os laranjinhas e os franjinhas. Havia diferentes jogos como, por exemplo, a catapulta; construir um caminho de calhas para a bola de pingue-pongue entrar num balde; saltar num saco de batatas (fazer corridas); soprar para canecas com água para a bola de pingue-pongue chegar à última caneca; puxar a corda O objetivo deste dia era que os alunos fortalecessem os laços de amizade entre os elementos da turma e esquecer que tinham sido de turmas diferentes no ano letivo anterior. Agora são uma nova turma! Como se pode imaginar, estes jovens devem ter adorado o dia e até devem ter pedido aos professores para lá voltar no ano seguinte!

No passado mês de junho, os alunos do terceiro ciclo foram convidados a participar numa viagem cultural a Arcos de Valdevez e Guimarães, localidades do norte de Portugal. Vinte e cinco alunos do sétimo e oitavo anos aceitaram o convite e foram acompanhados de quatro professores (Prof. José Fernandes, Prof. Luís Magalhães, Prof. Nuno Rijo e Prof.ª Rita Fernandes) nesta viagem que durou uma semana.

Em Arcos de Valdevez, fizemos várias atividades como “Selfiepaper”, uma Jeep Tour onde passamos por localidades como Sistelo, Lombadinga, Mezio, Soajo, Peneda e Lindoso, uma caminhada na Ecovia do rio Vez, um dos principais afluentes do rio Lima, uma ida a uma praia fluvial espetacular, às piscinas municipais e ao Parque do Gerês (Porta do Mezio). Para além destas fantásticas atividades, também gostei muito de conhecer a vila e as gentes simpáticas e acolhedoras da terra. Foram quatro dias em cheio, com um tempo magnífico que permitiu que nos divertíssemos muito.

Foi um ótimo passeio e uma ótima maneira de conhecer um pouco mais do nosso país. Da sua história e dos seus costumes. Importantes foram também os laços que criámos, as aventuras que partilhámos e o convívio entre alunos e professores. Gostei muito desta experiência. TESTEMUNHO da ENC. EDUCAÇÃO IRENE CRISTOVÃO Penso que esta viagem foi um sucesso, na medida em que excedeu as nossas expetativas, enquanto pais, e as do Miguel. Foi a primeira experiência do Miguel, ao ir numa viagem de férias sem os pais, o que nos causou alguma preocupação no início, mas depressa a mesma desapareceu. Porque tivemos a noção que ele esteve bem entregue e, no final, tudo correu bem. Segundo o Miguel, a viagem tinha sido bem planeada pelos professores, visitaram lugares magníficos, fez novas amizades e o convívio não podia ser melhor. Para o Miguel, este foi um dos melhores momentos da vida dele, até agora. Para nós pais, foi o cortar um bocadinho do “cordão umbilical”, dando-lhe alguma liberdade e responsabilidade, a qual ele soube aproveitar bem. São momentos como estes que devemos reter na nossa memória.

Em Guimarães, como tínhamos menos tempo, demos um passeio no bonito centro histórico e, no final do dia, depois de jantar, fomos ver o jogo de Portugal para um ecrã gigante na rua ao pé do hotel. No final do jogo, para comemorar a vitória da seleção fomos para uma feira de diversões que, por

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Magusto e Corta-Mato no Colégio Prof.ª Leonor Pinto

No dia 11 de novembro, cumpriu-se a tradição no Colégio Marista de Carcavelos. Durante a manhã, teve lugar o Corta-Mato interno do Colégio, para o qual toda a comunidade educativa foi convidada a participar. Nesta prova, distribuída por 10 escalões etários, participaram cerca de 900 atletas. O Pré-escolar assinalou também esta data festiva, organizando um almoço sob a forma de piquenique no Colégio; no 1º ciclo, foi dinamizado um Bom Dia especial com convidados também eles especiais, os avós dos alunos. À tarde, o tradicional magusto decorreu no Pátio Interno, distribuindo-se castanhas por todos. As diversas turmas, do 2º ciclo ao ensino secundário, organizaram-se, dinamizando vendas de solidariedade com rifas, doces, jogos tradicionais, agendas da Casa da Criança de Tires, entre outras. E, num clima de festa animado, o valor arrecadado nas vendas irá ser distribuído por diferentes associações de solidariedade.

“O meu colégio multicultural”

Brunch de Natal

O meu colégio é multicultural, não tem nenhum tipo de restrições culturais. É um colégio seguro, onde não existem problemas de racismo ou preconceito cultural.

É Natal, é tempo de comer bem! Por isso, porque não enriquecer a mesa da Consoada com uns crepes de vegetais, uma bolonhesa de soja ou alho francês à Brás?

Hoje vivemos numa sociedade multicultural, onde quase todos os países têm etnias vindas de todos os cantos do mundo. Nesta sociedade devemos aceitar o próximo com compaixão, independentemente das suas origens, costumes, cultura ou etnia. Na minha turma em específico temos várias pessoas com diferentes origens (mesmo que a maioria das pessoas não saiba) e todos os problemas dignos de nota que surgiram e surgem na minha turma foram originados por comportamentos individuais e não por desentendimentos entre culturas e nacionalidades.

Foram estas algumas das propostas da professora-estagiária de Educação Física, Fátima Silva, que nos brindou a todos, docentes e não docentes, com um brunch, no dia 19 de dezembro. Aquilo que teve como intenção ser um agradecimento pelo carinho que a professora tem recebido no nosso Colégio, transformou-se num agradável momento de convívio entre todos, sem esquecer que a quadra natalícia também pode ser “verde”. As cores das etiquetas sugestionavam os alimentos que devemos preferir e, assim, com um pouco de cada, compomos uma alimentação verdadeiramente saudável, baixa em calorias e gorduras.

Afonso Rodrigues 8ºA

Todos esses problemas seriam facilmente resolvidos com compaixão, maturidade e sobretudo através do diálogo, a chave para os desentendimentos mundiais. Se todos adotássemos essa atitude, teríamos uma turma ainda mais unida.

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Prof.ª Cláudia Marques

Todos agradecemos a iniciativa e desejamos as maiores felicidades!


Espetáculo de Finalistas Beatriz Nogueira 12º 1B

O espetáculo de finalistas é um acontecimento marcante nas vidas dos alunos que passam pelo 12º ano nos Maristas. Desde que somos alunos nesta casa que ouvimos falar e assistimos ao espetáculo, pensando nele como um acontecimento com grande importância. E, de facto, é. A preparação para o espétaculo e a sua organização é algo para o qual ninguém está física e psicologicamente pronto. Encontrar um tema e, a partir deste, desenvolver um programa que envolvesse pelo menos cinco turmas, não foi uma tarefa fácil, e todos os delegados que conseguiram coordenar as suas turmas estão deveras de parabéns. De facto, a pressão para se conseguir criar atuações concisas em cada turma e juntá-las a tempo do dia da apresentação, é extrema. Para se chegar ao resultado final, passámos por muitas indecisões, confusões, mudanças de última hora, muita ansiedade, nervosismo e preocupação. Muitos gritos circularam nos ensaios, juntamente com muitos sorrisos depois de cumpridos os nossos objetivos. As inúmeras alterações de humor acabaram por compensar e sinto que, na generalidade, nos podemos orgulhar do resultado final.

público, tudo parecia correr bem, graças a muito esforço por parte dos audiovisuais e dos nossos professores. Por detrás das cortinas e do palco, estava um rebanho de alunos agitados e ansiosos com a chegada das suas atuações para poderem brilhar ou, simplesmente, para poderem atuar o mais rapidamente possível e o nervosismo desaparecer. A tensão e preocupação face às mudanças de visual para cada atuação estava em todos e era, efetivamente, palpável. Naquele momento, não havia nada nem ninguém que nos conseguisse acalmar ou fazer pensar noutra coisa. Durante as atuações, para que tudo corresse bem, depositámos a nossa confiança nos nossos colegas de turma e amigos. Esperava-nos um público cheio de expectativas e a sensação de estar em cima do palco depois de tanto trabalho e dedicação é indescritível. Quase dois meses de trabalho reduzidos a uma noite. Os aplausos e interjeições de contentamento por parte de todos converteu-se numa enorme satisfação que iremos relembrar durante muito tempo. E se a noite do espetáculo é uma noite para todos se orgulharem e

relembrarem com muito carinho, então mais o será para a turma de Artes, que conseguiu tratar de forma magistral o tema da opressão. Estes dez alunos dedicaram ao espetáculo todo o seu esforço e tempo até à exaustão, estando de parabéns pelo excelente resultado final. Posso dizer como delegada de turma que tenho muito orgulho no empenho demonstrado pela minha e pelas outras turmas relativamente a este espetáculo, ao qual ninguém foi indiferente. A sensação do encerramento do espetáculo e de subida ao palco foi uma explosão de emoções, desde alívio por o nervosismo ter finalmente acabado, orgulho em todos os que nos rodeavam, tristeza por saber que é o último ano em que vamos poder aproveitar momentos como este nesta casa e uma felicidade extrema por termos conseguido alcançar o que alcançámos naquela noite. Um obrigada a todos! Foi uma noite que marcou o meu percurso nos Maristas, espero que tenha marcado todos os outros também e, principalmente, espero que os próximos anos anseiem por este momentos como nós ansiámos. Vai valer a pena!

Este ano, optámos por “Sonhar a Vida” baseando-nos numa história relacionada com o nosso lema, e, a partir daí, transmitir a mensagem de que todos os nossos sonhos são válidos, por mais diferentes que sejam, apelando também à sensibilidade do público com as atuações finais, nomeadamente a atuação pela qual todos esperavam: a atuação da turma de Artes. Depois de muitos ensaios, o dia da apresentação chegou. Para o

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Gala da Educação 2016 Prof.ª Carla Freitas

Coro de Pais do Colégio Marista de Carcavelos Coro de Pais do CMC

Depois da habitual azáfama de um dia de trabalho, chega a hora do ensaio do Coro de Pais do Colégio Marista de Carcavelos. O jantar até pode ser apressado, mas perder o ensaio é que nem pensar! O Coro de Pais do Colégio Marista de Carcavelos é um sonho tornado realidade. Há muito que alguns pais tinham já manifestado o desejo de formar um coro que estivesse a postos para enriquecer e alegrar ainda mais as celebrações do colégio. Finalmente, em maio de 2016, duas dezenas de mães e pais com o apoio entusiasta do Ir. Diretor, e com a ajuda de dois professores dedicados, aceitaram o desafio de fazer parte da cor e da harmonia das celebrações do Colégio. Têm em comum o gosto pela música, o prazer de cantar e a satisfação de pertencer à família Marista. “É uma gala, mas é, acima de tudo, uma grande festa de reconhecimento dos melhores”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, relativamente a todos os homenageados na terceira Gala da Educação de Cascais, que teve lugar no passado dia 22 de novembro.

Mas, integrar um coro é muito mais do que cantar. Fazer parte de um coro é procurar estar em sintonia com os outros. É trabalhar continuadamente o exercício de unirmos as nossas vozes num propósito comum. Emprestar a voz de cada um a uma melodia que, afinal, se quer de todos.

Reconheceu-se assim o grande contributo de alunos, não docentes e docentes que, no seu dia-a-dia, cultivam entre nós a excelência.

E assim começámos. “Passo a passo, grão a grão”, criaram- -se laços e abraçaram-se novos projetos. Para cada um deles contamos com o carinho, a amizade e a disponibilidade do maestro Joel Leal e da professora Patrícia Martins que, com muita sabedoria e uma extraordinária dedicação, nos orientam todas as semanas.

O Prémio de Mérito para Pessoal Docente foi atribuído à educadora Maria Helena Silva e o Prémio de Mérito para Pessoal Não Docente foi atribuído a Eduardo Correia. Quanto aos Prémios de Mérito e Valor no âmbito escolar, foram distinguidos os alunos Abigail Fernandes, Miguel Grincho, Pedro Rodrigues (Prémios de Mérito) e Ana Lopes (Prémio de Valor). A comunidade educativa junta-se a esta justa homenagem, agradecendo todo o empenho, dedicação e entrega de cada um dos premiados.

A cada quinta-feira, o encontro do coro é um momento único de partilha e descontração que nenhum de nós dispensa. Deixamos lá muito, mas recebemos ainda mais. Cada um dos ensaios é vivido com alegria, na partilha de ideias, sugestões e muitas canções. Afinal, cantar é rezar duas vezes. Junte-se a nós!

Atelier de Escrita Criativa Prof.ª Catarina Machado

No mês de novembro e dezembro, os alunos do 2º, 3º e 4º ano tiveram a oportunidade de experimentar um atelier de Escrita Criativa com professora Leonor Tenreiro, especialista na área. Dentro da sala os alunos puderam desenvolver a escrita de forma lúdica e animada, aprendendo outras estratégias que complementam as que, até à data, têm aprendido com os seus professores. É bom perceber que o ato de escrever é acessível a todos, basta adquirir estratégias que desencadeiem a nossa imaginação e nos ajudam a registar o nosso mundo interior.

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Científico Filosofia para Crianças no 1º Ciclo Prof.ª – Andreia Batista

ideias de todos os alunos, se alcance o abstrato na análise dos conceitos e dos temas em questão. A participação de todos os alunos é assim fundamental para a reflexão e para a partilha de ideias, de tal modo que nas sessões de Filosofia para Crianças, os alunos têm voz ativa para expor, para exemplificar o que Da surpresa ao questionamento, do espanto à reflexão, consideram acerca do tema ou da ideia em análise e para estes são os pilares do desenvolvimento da Filosofia para refletirem criticamente acerca do mesmo a partir dos diversos Crianças, que, de um modo único, conduzem os alunos à recursos propostos. reflexão de ideias e de temas complexos, como sejam a liberdade, o bem e o mal, a verdade, os direitos, as regras, Para além da disciplina de Filosofia no ensino secundário, a UNESCO recomenda a realização de Filosofia para as escolhas autónomas, os valores, entre tantos outros. Crianças a idades mais jovens, reconhecendo assim as suas Numa metodologia própria, as sessões de Filosofia para potencialidades no desenvolvimento de competências Crianças têm decorrido de forma a desenvolver uma metodológicas de análise crítica e reflexiva que visam o competência tão natural nestas idades, que é precisamente incrementar de uma maior conceptualização de conteúdos o espirito questionador. Assim, as sessões são conduzidas e de temas, os quais se afiguram na sua complexidade. Para com atividades desafiantes e lúdicas, no sentido de além da dimensão intelectual, visa-se também o exercício das envolver os alunos e de os conduzir ao questionamento e competências comunicacionais e argumentativas, pois cada à análise de ideias e de temas, cuja complexidade permite aluno é incentivado a argumentar acerca da razão da sua ideia considerar várias abordagens e várias perspetivas. e a explorar respostas possíveis alternativas em diálogo com os Com o objetivo fundamental de, em conjunto, através das outros alunos. Deste modo, a consciencialização de um pensar respostas e de ideias partilhadas pelos alunos, analisarmos autónomo é fundamental por parte dos alunos e é sobretudo ideias que já temos construídas acerca destes temas, de na conceção de que todos devem participar autónoma e ver os seus fundamentos e de considerar a pertinência ativamente na construção deste questionamento em grupo, dos mesmos, podemos então considerar uma abordagem que se incrementa o desenvolvimento da autoconfiança crítica e problematizadora dos temas e dos conceitos em do aluno e do respeito pela divergência de opiniões e de análise. Potencia-se a abordagem do concreto através perspetivas. Interrogar, refletir e partilhar… Estes verbos têm sido o mote da Filosofia para Crianças, projeto que, de um modo singular, se iniciou neste ano letivo nas turmas A, B e C do 4.º ano.

de exemplos simples e vivenciados pelas crianças, para Um bem-haja à participação destes Pequenos Grandes que, de um modo construído em diálogo na partilha das Filósofos nas aulas de Filosofia para Crianças.

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Planetário Móvel

Prof.s Diogo Santos e Helena Felgueiras

No dia 10 de novembro, decorreu no Colégio a atividade “Planetário Móvel”, que pretende despertar nos alunos o gosto e o interesse pela ciência, bem como consolidar os conteúdos lecionados no 7º ano na disciplina de Ciências Físico-Química.. Os alunos envolveram-se de forma positiva nesta atividade, tal como comprova o testemunho duas alunas, Leonor Rodrigues e Maria Carvalho do 7º D. “A nossa ida ao planetário foi muito interessante, pois estávamos a estudar essa matéria e facilitou-nos a aprendizagem. Conseguimos ver todas as constelações, os planetas, a lua e o sol. Em geral, a turma gostou bastante de ter participado nesta atividade”. As imagens foram cedidas pela empresa “Planeta Azul”.

Jornalistas por um dia Visita de estudo à Medialab Prof.ªs Cláudia Marques e Joana Pala

Nos passados dias 18, 19 e 20 de outubro, os alunos do 8º ano realizaram visitas de estudo à Medialab, no Diário de Notícias, onde foram jornalistas por um dia. Os jovens maristas viram como se organiza e funciona a redação de uma empresa de media e construíram a primeira página de um jornal. Para além desta experiência, que consolida os conteúdos temáticos da disciplina de Português - os textos dos media - puderam assim conhecer a História de um jornal com 152 anos, cujo edifício (o primeiro a ser construído com o intuito de albergar um jornal) tem magníficos frescos de Almada Negreiros. As fotografias e os textos produzidos pelos alunos testemunham o seu positivo envolvimento nas atividades desenvolvidas.

O Regresso ao Paleolítico Sara Pestana Ramos 7°B

Neste 1° período letivo, nós, alunos do 7°B, fizemos uma Durante as dramatizações, encontrámo-nos com os Australopitecos que conquistaram o bipedismo; admirámoviagem espetacular à Idade da Pedra. -nos com o Homo Habilis e a sua habilidade manual. Depois Fomos mesmo à época da Pedra Lascada, a mais antiga. A conhecemos, o Homo Erectus que fabricou o biface e já Professor Maria João Mota da disciplina de História levousabia dominar e produzir o fogo. O Homo Sapiens mostrou-nos a conhecer aqueles primeiros homens, como viviam e -nos que já enterrava os seus mortos e que fazia as primeiras como evoluíram. formas de arte. Finalmente, acompanhámos o Homo Sapiens Depois, a Professora dividiu a turma em grupos, a cada Sapiens na caçada e percebemos como eles fisicamente e um dos quais atribuiu uma fase da Hominização, para ser intelectualmente eram como nós, somente, o homem muito investigada e depois dramatizada na turma. teria de evoluir ainda. O resultado foi esclarecedor e também muito, muito divertido. Este foi um método divertido de aprender!

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Conferência sobre a Expansão Portuguesa Alunos do 8º ano

O Professor João Paulo Oliveira e Costa, reconhecido Professor Catedrático, romancista e historiador, honrou-nos com a sua presença no Colégio, na tarde do dia 2 de novembro, havendo, quando contactado, mostrado imediatamente a sua disponibilidade para vir falar com os alunos do 8º ano e do Secundário sobre a Expansão, em geral, e a discussão em redor da Conquista e ocupação de Ceuta, em particular. O Professor João Paulo Oliveira e Costa tem-se desdobrado em várias frentes de trabalho, fornecendo um importante contributo para que o saber histórico se difunda e, assim, possamos compreender melhor o presente e o nosso mundo à luz do passado, que é parte da nossa identidade enquanto pessoas e sociedade, e nos projeta para o futuro. Além do trabalho efetuado no mundo universitário, tem vindo a editar uma vasta obra

científica, com 26 livros e capítulo de livros, 44 artigos científicos e três obras de ficção, três romances históricos. O Professor tem feito um trabalho notável no estudo das relações entre a Ásia e Portugal e, no caso concreto dos contactos históricos entre Portugal e o Japão, já editou dois importantes estudos sobre a Missionação no Império do Sol Nascente, iniciada, como sabemos, por S. Francisco Xavier. Em reconhecimento por esta obra de aproximação entre o Japão e Portugal, foi condecorado por Akihito, o 125º Imperador japonês, com a ordem do Sol Nascente, Raios de Ouro em Roseta. A sua intervenção no auditório do Colégio caracterizouse pela informalidade na comunicação, a que se juntou um vastíssimo domínio dos conhecimentos. Ouvimo-lo a enquadrar a Expansão e a tratar, com especial destaque, da questão de Ceuta, defendendo a perspetiva de que, ao contrário do que diz a Historiografia tradicional, “Ceuta não foi um fracasso”, mas sim a primeira conquista e primeiro grande sucesso da Expansão. Na parte final, o Professor esteve disponível para responder a perguntas colocadas pelos alunos e deixou apreço pela qualidade dos argumentos e questões colocados pelos discentes.

Dia mundial da Filosofia 17 de novembro de 2016

De forma a assinalarmos a comemoração do Dia Mundial da Filosofia no Colégio Marista de Carcavelos, os alunos do 10.º ano assistiram à peça de teatro A Caverna Digital, pela companhia Teatro Reflexo. De modo único, original e singular, a peça de teatro realiza o paralelismo entre a A Alegoria de Caverna de Platão e a atualidade, apresentando num universo paralelo a realidade de dois jovens que é apenas virtual e dependente da projeção de imagens. O mote é dado para o questionamento e a problematização – será que o Homem é capaz de ver para além do que habitualmente lhe é dado a ver? Tal como os prisioneiros da caverna de Platão, também o homem está aprisionado a um mundo de imagens que não constituem a verdadeira realidade. Coadunando esta problematização com a necessidade despertarmos um olhar filosófico que nos possibilite ir para além da aparência, ir apara além das imagens que nos são apresentadas e tomarmos consciência da forma como o homem está na sua vida e no mundo, foi assim realizada, no corredor central do colégio, a exposição sobre O Olhar Filosófico… com a colaboração dos alunos de Filosofia do ensino secundário.

Professores de Filosofia Andreia Batista, Sónia Teixeira e Sérgio Alves

Em 2002 a UNESCO instituiu o Dia Mundial da Filosofia, como resultado da necessidade da humanidade refletir sobre os acontecimentos atuais, fomentando-se o pensamento crítico, criativo e independente, contribuindo assim para a promoção do diálogo, da tolerância e da paz. Assim, este ano, os professores do Colégio gostariam de chamar a atenção para a importância do domínio das diferentes dimensões da argumentação. Numa sociedade de comunicação, democrática e plural, não saber argumentar (defender uma tese com base em justificações racionais) é também um meio de exclusão. «Argumentar é uma necessidade, não um luxo»: não saber argumentar é não saber lutar pelos seus direitos, pelas suas convicções, agravando-se assim as desigualdades culturais, sociais e económicas. Se a democracia é o poder do povo, este não será detentor de poder se não souber expressar com eficácia os seus pontos de vista, os seus valores, as suas preferências, os seus ideais. Por sua vez, aquele que sabe argumentar encontra-se, à partida, em melhores condições de lutar pelos seus direitos, tanto mais que o uso adequado da palavra é também uma forma de poder.

Deste modo, saber argumentar é uma necessidade (de todos) e não um luxo (de uma elite), que potencia o processo de realização de cada um de nós enquanto membro cooperante na sociedade em que se insere, contribuindo para a concretização do verdadeiro sentido de cidadania.

Tomar consciência da necessidade de despertar este olhar filosófico e de vivenciarmos o uso pleno da nossa capacidade argumentativa na análise das ideias, dos temas e problemas da atualidade, foi o mote para a comemoração do Dia Mundial da Filosofia junto dos nossos alunos.

Colégio Marista de Carcavelos

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Dia Europeu das Línguas Margarida Moura e Ana Pinheiro 10º 1A

O dia europeu das línguas celebra-se, todos os anos desde 2001, no dia 26 de setembro. No Colégio marcámos esta data com uma exposição no corredor central. Esta iniciativa convidou os alunos do décimo ano a elaborarem cartazes alusivos a línguas europeias, permitindo-lhes uma sensibilização para as diferentes culturas existentes na Europa, contribuindo ainda para a formação de jovens tolerantes e respeitadores das diferenças. Através desta atividade, pudemos aprender algumas expressões de cada língua, que realçam a diversidade linguística europeia e ficámos assim a saber um pouco mais sobre cada país contemplado na exposição.

Visita de Estudo à Companhia das Lezírias Gonçalo Silva, 11º 3 A

No dia 8 de novembro, as turmas 3A, 4 e parte da 3B do 11.º ano deslocaram-se até à Companhia das Lezírias, no âmbito de uma visita de estudo cujo principal objetivo se prendia com o aprofundamento dos conteúdos trabalhados em aula no que diz respeito à Política Agrícola Comum (PAC). Com já 180 anos de história, a Companhia das Lezírias é a maior exploração agropecuária e florestal do nosso país, estendendo-se ao longo de uma área que ronda os 18.000 hectares, desde a Golegã até à zona estuarina do rio Tejo, sensivelmente, área essa que, apesar de contígua, apresenta grandes contrastes, nomeadamente ao nível da fertilidade dos solos, da paisagem e até das próprias culturas exploradas, o que justifica a subdivisão em área de charneca e em área de lezíria. As atividades económicas praticadas na Companhia são de uma diversidade extraordinária, destacando-se, desde logo, a agricultura, a pecuária, a vinicultura e a produção florestal.

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Assim, ao longo do dia, os alunos tiveram o privilégio de conhecer um pouco melhor o espaço em causa, ficando a perceber de que modo as políticas da Companhia refletem as medidas preconizadas pela PAC e os objetivos que esta visa. Com efeito, o grande fator diferenciador desta exploração agrícola em relação a tantas outras prende-se com a recente aposta que tem sido feita no sentido de preservar o meio ambiente, promovendo o modo de produção integrada e uma agricultura mais sustentável, que permita satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de o fazerem. De resto, esta aposta num modo de produção mais amigo do ambiente representa uma nuance cujos efeitos são notórios em todos os locais por onde passámos, exercendo, portanto, uma marcada influência, tanto ao nível da vinha ou da adega, como ao nível das áreas de produção florestal ou animal. Resumindo em poucas palavras a visita, pode-se falar de um dia diferente, ao longo do qual os alunos puderam constatar que a obtenção da produção de um modo rentável e o recurso a modos de produção mais amigos do ambiente são duas realidades coadunáveis. Posto isto, pode-se classificar a Companhia das Lezírias, sem quaisquer dúvidas, como um exemplo-modelo da concretização da Política Agrícola Comum, que apregoa precisamente valores como a sustentabilidade da atividade agrícola e a preservação ambiental. Nesse sentido, a Companhia constitui um caso de estudo, merecedor de atenção por parte daqueles que se dizem grandes quando todas as suas atitudes nos canalizam para uma pequenez gritante. Assim, a grandeza de uma empresa reside na forma digna através da qual esta alcança resultados financeiros exemplares, e não nos próprios resultados em si, e é precisamente por isso que a Companhia das Lezírias é enorme.


Sempre do Lado dos Direitos Humanos Raquel Dias 11º4

O balanço da exposição foi, sem dúvida, muito positivo para celebrar o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Para comemorar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de dia 10 de dezembro de 1948, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Para celebrar o dia em que 48 países das Nações Unidas aprovaram e redigiram 30 artigos com 30 direitos e liberdades para todos. De modo a promover a paz e a preservação da humanidade após os conflitos da 2ª Guerra Mundial que vitimaram milhões de pessoas.

Portugal, reconhecendo a importância da Declaração Universal dos Direitos do Homem, instituiu, desde a Resolução da Assembleia da República de 1998, o dia 10 de dezembro como Dia Internacional dos Direitos Humanos. A nossa escola celebrou e evocou o Dia Internacional dos Direitos Humanos, este ano, através de uma exposição que se situava no open space, espaço situado no edifício do 2.º ciclo e cuja visita foi realizada no contexto de aula. A exposição ficará para sempre na minha memória com uma clareza impressionante, uma vez que explicitava que os direitos humanos são a condição básica para a promoção da cidadania, do respeito mútuo e da ética. Identificava, recriava e relacionava situações quotidianas, pelos diversos cantos do mundo, em que os direitos humanos não estão a ser reconhecidos e nem aplicados; além disso, salientava como ONGs, como a Amnistia Internacional, contribuem para pôr em prática os Direitos Humanos, denunciando situações em que os mesmos são violados, também remetia e relacionava situações de violação de direitos com os respetivos artigos da Declaração Universal que os protegem.

Porém, volvidos 68 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, deste pioneiro documento internacional que afirma a universalidade dos direitos fundamentais e a igualdade entre todos os seres humanos, e que, cujo conteúdo tem vindo a inspirar a elaboração de constituições de diferentes estados democráticos no Mundo, incluída a Constituição da República Portuguesa, colocando a dignidade da pessoa humana no seu art. 1.º. Contudo, para nossa indignação todos os dias são violados de forma continuada os direitos humanos, as guerras continuam ceifando vidas em quase todos os continentes, é desolador observar a situação das crianças em Alepo, de seres humanos que são obrigados a viver como refugiados, na extrema situação de sofrimento, perseguição e exclusão social, bem como todos os atentados que se fazem à liberdade de expressão e pensamento. Além do mais, continuam a ser ameaçados e mortos os defensores dos Direitos Humanos. O ambiente é de desespero. Porém, a comunidade marista continuará, como sempre, a divulgar e a defender os ideais pelos quais a Declaração Universal foi adotada. Porque urge proteger a Humanidade! Tratar todas as Pessoas de forma Humana, preservando a sua dignidade, dar voz aos dos Direitos Humanos! E certamente sonhar, como apela o nosso lema, “Vive o Sonho”, e lutar por um Mundo cada vez melhor em que os Direitos Humanos se tornem efetivos e iguais para todos e todas.

Escola Empreendedora Prof.ª Glória Reino

O nosso Colégio foi distinguido, em maio passado, com o título “Escola Empreendedora” e o prémio deste ano, uma Nikon Photo & video travel, foi-me entregue formalmente no final de uma conferência sobre Empreendedorismo e Educação, promovida recentemente pela DNA Cascais. Este prémio, que já foi por mim entregue ao Irmão Diretor, é apenas mais um dos muitos prémios que os alunos de Economia têm ganho em virtude da sua participação no Concurso DNA Escolas Empreendedoras. O nosso Colégio tem uma longa tradição de participação em projetos de empreendedorismo jovem tendo sido inclusive, há 10 anos, uma das escolas pioneiras neste tipo de projetos. Tenho muito orgulho em todos os meus alunos que, ao longo destes 10 anos, têm participado naquele que é um dos maiores programas de empreendedorismo escolar em Portugal. Com o envolvimento fantástico destes jovens, foi possível trazer para o Colégio vários computadores portáteis de última geração e agora esta câmara fotográfica que permite também filmagens em alta definição. Estão, mais uma vez, de parabéns os nossos alunos.

Colégio Marista de Carcavelos

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Há sismos no colégio! Graça Silveira e Talma Pinheiro

Compreender os fenómenos sísmicos é de importância fulcral para o nosso país, pois só assim é possível construir uma Sete dias por semana, 365 dias por ano, a estação sísmica sociedade corretamente formada em acções de prevenção e do Colégio Marista de Carcavelos, com o código PMAR na posse de um conjunto de regras de conduta adequada em (todas as estações sísmicas recebem um código de 3, 4 ou caso de sismo. 5 letras; no nosso caso P de Portugal e MAR de MARistas), dá-nos conta de como o nosso planeta “treme”. Os sismos não são ainda previsíveis, o reforço da proteção de vidas e bens só é possível através da avaliação do risco Mas, porque é que o nosso colégio tem uma estação sísmico e do cumprimento de regras bem definidas quer sísmica? nas construções, quer no comportamento social. Contudo, Umas das catástrofes naturais mais devastadoras, tanto isso só é possível numa sociedade devidamente informada e pelo número de vítimas, como pelos danos materiais, são conhecedora das razões que levam ao estabelecimento destas os sismos que ocorrem regularmente no nosso planeta. regras. A educação revela-se essencial à prevenção de muitos Anualmente, ocorrem mais de duas dezenas de milhares dos efeitos que surgem na consequência de eventos sísmicos. de sismos sentidos em todo o mundo. Muitos destes Por outro lado, devemos aos sismos muito do que hoje apenas são sentidos localmente, mas outros são capazes sabemos sobre o interior do nosso planeta. Sempre que ocorre de provocar danos materiais importantes. Causam um um sismo dá-se a libertação de uma enorme quantidade número de vítimas que ultrapassa as centenas de milhar e de energia que se propaga na Terra sob a forma de ondas os seus efeitos destruidores têm-se sentido em áreas muito mecânicas. À medida que estas atravessam o planeta, vão amplas.

Devido ao seu contexto tectónico (na placa Euro-Asiática, limitada a sul pela falha Açores-Gibraltar, que corresponde à fronteira entre as placas euro-asiática e africana e a oeste pela dorsal média Atlântica e junção tripla dos Açores), o território português constitui uma zona de sismicidade moderada a forte, como o comprovam os diversos sismos históricos. O último sismo catastrófico que afectou o território do continente foi o sismo de 1 de novembro de 1755, considerado por vários autores, um dos maiores sismos de sempre.

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sendo refratadas, refletidas e atenuadas pelos diferentes tipos de materiais que constituem o seu interior, de forma análoga ao que acontece a um raio de luz quando atravessa diferentes meios. O conhecimento do interior do nosso planeta é fundamental na definição do risco, da perigosidade e da vulnerabilidade sísmica uma vez que permite uma melhor definição e caracterização da sismicidade. Mas, para estudar os sismos, é necessário registá-los!


As estações sismográficas são a principal ferramenta dos sismologistas para o estudo da sismicidade, do interior da Terra, da tectónica regional e global, do risco sísmico, ou ainda da monitorização dos testes nucleares. Até há pouco tempo, o acesso a este tipo de equipamento estava restrito às unidades de investigação e às instituições responsáveis pela monitorização sísmica, devido aos elevados custos envolvidos. Os recentes desenvolvimentos tecnológicos, têm vindo a permitir às escolas básicas e secundárias envolverem-se nas atividades de investigação em sismologia. Estes sismómetros proporcionam a professores e alunos a oportunidade de participar na comunidade científica de variadas formas e a diferentes níveis. Com efeito, cada nova estação sísmica mais do que “apenas mais uma” na rede existente, vai permitir melhorias qualitativas na compreensão do fenómeno sísmico e na determinação mais precisa de diversos parâmetros físicos (p. ex. localização, magnitude, dimensão) da falha ou fratura que o originou. Se quiserem acompanhar o registo contínuo efectuado pela estação PMAR podem aceder ao link: http://idluiz.fc.ul.pt/ pmar/. Esta estação, a par com as estações PESO (Escola Secundária Adelaide Cabette - Odivelas) e PEFD (Escola Secundária Ferreira Dias - Agualva-Cacém) integra também a primeira sísmica escolar em Portugal Continental. Esta estação foi adquirida pela APCMC, no âmbito do projeto W-SHAKE, com financiamento do programa Ciência Viva. A sua integração na rede sísmica escolar é feita com o apoio do Instituto Dom Luiz da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Na figura ao lado podem ver o registo dos sismo, com epicentro nas Ilhas Salomão, ocorrido no passado dia 8 Dezembro.

Era uma vez… Pequenos Cientistas Joana Pargana, 12º1-A

Ao longo deste 1.º período, nós, os alunos do 12.º ano da disciplina de Química, tivemos o privilégio de desenvolver um projeto com os alunos da Pré-escolar. Com o objetivo de familiarizar os mais pequenos com a Ciência, fomos, no dia 17 de novembro, às turmas dos 5 anos, contar a história do Nobita que ia fazer anos e que precisava de ajuda para planear a festa dele. A história foi desenvolvida com base em experiências de Química simples, tais como fazer um pega-monstros ou encher um balão através de uma reação química (sem ter de soprar). Estas experiências foram realizadas com a ajuda dos mais pequenos que puderam comprovar por eles o que explicávamos. Esta ação permitiu-lhes aprender um pouco sobre a ciência de uma forma interativa (descobrindo, por exemplo, porque se apaga uma vela quando a tapamos com um copo), e a nós deu-nos a possibilidade de ensinar os mais novos sobre assuntos que temos vindo a estudar ao longo de vários anos nesta disciplina. O plano culminou numa exposição no corredor central onde foram apresentados os procedimentos das experiências, fotografias dos momentos mais marcantes e desenhos feitos pelos alunos da Pré-escolar, ilustrando as atividades realizadas. Este projeto, devido à possibilidade que oferece de interagirmos com os mais novos, tornou-se um dos momentos marcantes que tivemos este ano, sendo experiência que gostaríamos, certamente, de voltar a repetir! Penso que desta experiência saíram, de certeza, jovens cientistas.

Colégio Marista de Carcavelos

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Prémio Euroscola Manuel Toledo, Margarida Oliveira, Raquel Dias

No âmbito da disciplina de Ciência Política, sob orientação da Prof.ª Maria Armanda Taveira, o Colégio Marista de Carcavelos venceu o “Prémio Euroscola – Cimeira das Democracias 2016”, uma iniciativa do Gabinete de Informação do Parlamento Europeu em Portugal, em parceria com o Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa. Tendo premiado a melhor “Proposta de Reforma da União Europeia”, este prémio traduziu-se na participação dos alunos, enquanto “eurodeputados” em representação de Portugal, numa simulação de uma sessão do Parlamento Europeu em Estrasburgo, no passado dia 10 de novembro. Esta iniciativa visou fomentar a reflexão crítica entre os “eurodeputados” dos 28 Estados-Membros, sobre as ameaças e as oportunidades que a União Europeia (EU) enfrenta, salientando a importância da participação dos jovens na política europeia. Para a participação nas sessões de trabalho na especialidade e na sessão plenária no Parlamento Europeu, foram propostas diversas questões no âmbito de seis temas, nomeadamente relativas ao ambiente, “Como favorecer o desenvolvimento sustentável?”; direitos humanos, “Pode-se limitar os direitos humanos se estiver em jogo a segurança?”; política externa e desenvolvimento, “Que política europeia em matéria de desenvolvimento?”; migrações, “Qual o papel da Europa em relação às migrações e à integração?”; emprego, “O emprego dos jovens, um desafio europeu?” e o futuro da UE, “Que futuro para a Europa?” Com o objetivo de realizar um trabalho rigoroso sobre cada uma destas questões, os participantes foram divididos em comissões especializadas, tendo competido a cada uma a elaboração de Propostas de Resolução a serem negociadas com os outros Estados-Membros no Parlamento Europeu. A preparação das Propostas de Resolução exigiu um trabalho de elevado rigor científico e político, no sentido do aprofundamento dos seus fundamentos, definição política e discussão. No âmbito desta dinâmica de trabalho, tendo em vista o aprofundamento do conhecimento político e técnico das questões em análise, a disciplina de Ciência Política concretizou duas aulas ministradas por convidados especialistas nestas matérias. A primeira aula foi lecionada por quatro deputados dos partidos políticos com maior representação na Assembleia da República, nomeadamente Filipe Anacoreta Correia (CDS- -PP), Ricardo Batista Leite, antigo aluno do Colégio Marista de Carcavelos (PPD-PSD), Ivan Gonçalves (PS) e Luís Monteiro (BE). A segunda aula foi lecionada pelo eurodeputado Carlos Coelho, pertencente ao Grupo Partido Popular Europeu. Ao longo da preparação das Propostas de Resolução, os grupos de trabalho contaram também com o acompanhamento regular por e-mail de alguns eurodeputados portugueses, particularmente José Manuel Fernandes, Manuel dos Santos e Ana Gomes.

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No dia 10 de novembro de 2016 chegou o momento tão esperado e para o qual tanto trabalhamos, a Sessão Euroscola no Parlamento Europeu. Ao longo deste dia tão marcante para nós, tivemos a responsabilidade de, no Parlamento Europeu em Estrasburgo, vestirmos a pele de um Deputado Europeu em representação de Portugal, na apresentação e na discussão das nossas Propostas de Resolução. Neste contexto, foi nosso privilégio podermos dispor da tribuna do Parlamento Europeu para exprimir o resultado das nossas posições sobre as questões a debate, numa perspetiva de valorização do projeto europeu. A sessão da manhã teve início no hemiciclo do Parlamento Europeu, com a apresentação dos estabelecimentos de ensino em representação de cada um dos Estados-Membros. Durante esta sessão, aprofundamos de seguida o conhecimento sobre o funcionamento das instituições europeias, em particular do Parlamento Europeu e, tivemos a oportunidade de questionar os conferencistas sobre as nossas dúvidas e preocupações relacionados com a Europa e o seu futuro. De seguida, reunimo-nos nas sessões de trabalho especializadas multilingues, onde debatemos com os nossos homólogos dos outros Estados-Membros os vários temas propostos, tendo sido incentivada a compreensão mútua dos diversos pontos de vista e expetativas. Após o almoço, reunidos agora em sessão plenária no hemiciclo, argumentámos e votámos as Moções finais elaboradas por cada um dos grupos de trabalho. Portugal teve o mérito e a honra de ver a quase totalidade das suas Propostas de Resolução aprovadas, com enorme entusiasmo por parte de todos nós. Ao regressar do almoço para a sessão plenária final, foi com enorme satisfação que a nossa professora reconheceu três “eurodeputados” do Colégio Marista de Carcavelos no friso de seis porta-vozes que ocupavam a mesa central do Parlamento. Para além deste protagonismo tão evidente, certamente expressão do bom trabalho desenvolvido, foram ainda muitas as questões colocadas à mesa pelos Eurodeputados de Portugal que ocupavam o hemiciclo. O dia no Parlamento Europeu terminou com a participação no Eurogame, onde pusemos à prova o nosso conhecimento a história, a cultura e as tradições da União Europeia. Ao longo desta jornada de trabalho, travamos conhecimento com outros jovens europeus, percebemos os seus pontos de vista e aspirações para o futuro da Europa e, familiarizarmo-nos com o funcionamento das instituições europeias. Foi muito significativa a tomada de consciência da nossa condição de cidadãos europeus, bem como da importância e da responsabilidade da nossa participação na preservação e na qualificação do futuro da União Europeia. Concluímos que quando os jovens se responsabilizam e se unem por esta causa maior, a defesa da paz, da democracia e da prosperidade na União Europeia consolida-se, na senda de uma Europa para todos, de uma Europa para o futuro. No dia 11 de novembro visitamos Estrasburgo, sede de organismos europeus como o Conselho da Europa, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e o Parlamento Europeu. Visitámos o centro histórico, a praça em homenagem a Gutenberg, inventor da imprensa e a Catedral de Notre-Dame, até 1880 como a mais alta da Europa. De seguida, percorremos de barco um afluente do rio Reno, ao longo do qual fomos interpelados pela memória da difícil história desta cidade francesa de forte influência alemã que, encontrou finalmente a paz e a prosperidade no âmbito da construção europeia.


Desporto Encontro de Surf – Troféu Cascais Prof. Daniel Pedro

Com as condições climatéricas favoráveis, realizou-se no dia 18 de novembro o Encontro de Surf - Troféu Cascais destinado aos alunos das escolas públicas e privadas do concelho de Cascais. Para aproveitar as excelentes ondas, a organização decidiu realizar baterias de seis competidores e todos os alunos tiveram possibilidade de demonstrar a sua habilidade e capacidade, verificando-se um bom nível de surf durante o campeonato. Participaram 40 alunos de 9 escolas do concelho, divididos pelos escalões de Open Feminino, Iniciados Masculinos e Juvenis Masculinos. O Colégio Marista de Carcavelos, como tem sido habitual, marcou presença neste encontro com 8 alunos, 2 raparigas e 6 rapazes.

Escalada

Prof. António Ramos

Início de um novo ano letivo, e com ele a atividade de Escalada recomeçou, temos 27 atletas em atividade, muito entusiastas da modalidade e muito empenhados nos treinos, orientados pelos professores António Ramos (responsável da modalidade), Mariana Abreu e Bernardo Castro. Participámos, neste primeiro período letivo, na 1ª Prova de Escalada do Ranking Regional do Desporto Escolar. A prova teve lugar em Lisboa no complexo desportivo do Casal Vistoso, no dia 30 de novembro. Obtivemos, mais uma vez, excelentes resultados. Nesta época desportiva 2016/17, iremos participar, à semelhança dos anos anteriores, nos quadros competitivos do Desporto Escolar, em mais 6 provas já agendadas. Iremos participar, também, em dois quadros competitivos associativos, da FCMP - Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (nos Campeonatos Nacionais, Taça de Portugal e Campeonato Nacional Juvenil), e nos quadros competitivos da FPME - Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada, no seu Circuito de Boulder. Salientamos, ainda, que a equipa de escalada, como é já tradição, recolocou a faixa de São Marcelino Champagnat e a faixa de Natal, e participa sempre com alegria e entusiasmo nos vários eventos desportivos e de convívio do nosso Colégio. Estão todos de parabéns pelo esforço, empenho e boa representação do nosso Colégio. Salientamos ainda que a equipa de escalada, como é já tradição, recolocou a faixa de São Marcelino Champagnat e a faixa de Natal, e participa sempre com alegria e entusiasmo nos vários eventos desportivos e de convívio do nosso Colégio.

Patinagem Prof.ª Edite Reis

O Colégio conta hoje com cerca 45 patinadoras, sendo uma das extracurriculares mais antigas.

Patinar, em si mesmo, é um ato motor em que a Nesta época, houve um aumento significativo de praticantes e deslocação é feita sobre patins e que necessita de espera-se a adesão de mais patinadoras, pois há alunos externos interessados em serem admitidos, o que viria a beneficiar o treino. espírito da competitividade saudável. Deve haver na patinagem artística uma união entre a técnica e a arte e o patinador tem de adquirir a No primeiro período, houve uma evolução notória na patinagem, capacidade de saber “representar sobre patins” de mesmo nas alunas que a praticam pela primeira vez. forma harmoniosa com a dança e de uma entrega total Espera-se que a Escola do Colégio venha a ter num futuro próximo ao tema que vai apresentar. bons êxitos quer a nível competitivo quer lúdico.

Colégio Marista de Carcavelos

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ZUMBA – ANOS 20 Prof. Daniel Pedro

Realizou-se, pela primeira vez no nosso Colégio, um megaevento de zumba, no dia 26 de novembro, organizado pela Coordenação de Desporto, o Clube Exercício e Saúde Marista e o grupo de eventos “Non Stop Sintra”. Esta parceria resultou num verdadeiro sucesso, proporcionando uma atividade saudável e gratuita para a Comunidade Marista. Contámos, neste dia, com 11 dos melhores instrutores de zumba de Portugal para animar a nossa comunidade, entre eles o Professor João Borges que leciona aulas de zumba no CES Marista às “Girl Power Marista” e às nossas incríveis e assíduas “Mothers in Shape”. Este evento tinha como tema os anos 20 e o pavilhão estava muito bem decorado e animado. Houve espaço ainda para maquilhadoras, vendas de roupa e material diverso, entre outras ações. Contámos com cerca de 250 pessoas num ambiente fantástico. Para o ano há mais….

Corta-mato: saúde a cores! Talma Pinheiro e Graça Silveira

Os bons hábitos alimentares e a melhor forma de os implementar têm sido um objetivo sempre presente nos nossos projetos. Estamos conscientes de que para o alcançar há um longo caminho a percorrer. Nesse sentido, temos procurado levar a cabo ações simples que abrangem toda a comunidade educativa. Das várias iniciativas que temos desenvolvido, estamos certos de que a nossa presença no tradicional corta-mato de São Martinho é a que maior sucesso tem tido. Desde há 3 anos, que a banca da fruta e chupas de cenoura é local de passagem obrigatória para todos os participantes na corrida. Pequenos e grandes, todos são atraídos pela satisfação de saborear uma maçã ou de roer uma cenoura para repor energia. A simpatia da equipa VITAMIMOS e o colorido das bancas são também importantes aliados no apelo que, diligentemente, todos fazemos à alimentação saudável. Este momento do ano, que já vem sendo tradição, mostra-nos a todos que comer bem pode ser fácil, muito divertido e saboroso!

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História de um Anjo da Guarda - Profª. Carla Freitas Há muito, muito tempo, era o anjo que dava mais trabalho no céu. Por muito que Deus lhe explicasse a importância do seu ofício, havia sempre alguma coisa que lhe deixava a alma inquieta. E inquietudes da alma, bastavam as dos homens. Afinal, nunca se ouvira falar em anjos de alma inquieta… Nossa Senhora, com a sua paciência infinita (que ele só reconhecera outra semelhante nas mães da terra), andava sempre a justificar-lhe a pertinência da sua importante missão. Ajudar os homens é tarefa árdua e extenuante, destinada apenas a alguns eleitos… e transportar mensagens divinas também não era para qualquer um… um anjo mensageiro devia ter orgulho nisso. Mas acontecera que este anjo, de tanto conviver com os humanos, tinha-se deixado contagiar pela mania dos homens de pensar sobre o porquê das coisas. E quando se pensa sobre o porquê das coisas, logo se pensa sobre o como, sobre o quem, sobre o quando… e lá se enche a cabecinha com interrogações. Se fossem retóricas, menos mal, mas estas andavam sempre à procura de respostas prontas. Um dia, este anjinho sentiu que tinha de desabafar. Sacudiu com força a alma e ficou com as dúvidas todas penduradas nas asas, prontas para repousarem aos pés de quem lhes soubesse dar respostas. O problema é que Deus estava cheio de trabalho, como sempre, ou não fosse Ele omnipotente e omnipresente, e este anjo temia atrapalhar a magnitude do trabalho divino. Foi por essa razão que, uma vez mais, se dirigiu a quem tinha toda a paciência (ou sapiência) do universo. Aos pés da mãe Maria, foi colocando, uma a uma, todas as interrogações que lhe toldavam o espírito. Por que é que os anjos acompanham as almas que descem do trono de Deus até ao útero das mães, passam de seguida tantos meses a revelar todos os mistérios do universo e, assim que os seres humanos nascem, os anjos, com um toque de asa, fazem-nos esquecer de tudo o que lhes haviam ensinado? Porque assim, ao longo das suas vidas, os homens vão descobrindo por eles o caminho de regresso até Deus, resgatando todos os ensinamentos transmitidos pelos anjos, e tudo ganhará o sentido da vida. Mas não seria mais fácil se eles já nascessem a saber tudo? Os homens têm de aprender a ouvir para além do que os ouvidos captam e a ver para além do que os olhos veem. Só assim compreenderão em beatitude o universo e a si próprios. As palavras de Maria iam ganhando sentido e a alma do anjo sossegava aos poucos. Mas foi então que olhou para o mundo dos homens, primeiro de relance, e depois com muita atenção. E viu. E chorou.

A verdade é que os homens tinham deixado de procurar o caminho de volta para Deus e, por isso, só viam o visível. Não havia mensagem divina que penetrasse nos seus corações. A matéria tinha-se sobreposto ao espírito. Ora, sendo os anjos espírito, o que seria deles? O que seria do seu ofício se os homens não ouviam as mensagens de Deus e nem sentiam que precisavam de ajuda? E, pior do de tudo, o que seria dos pobres homens? E mais uma nuvem de interrogações instalou-se na alma do anjo e o seu coração escureceu. Foi então que Deus reparou nas asas caídas e no corpo vergado deste anjo. Pegou-o ao colo e, sapiente (ou paciente), disse-lhe que para tudo havia solução e desafiou-o a encontrá-la. Pois se havia alguma coisa que este anjo sabia fazer era pensar… E pensou. Muito. Pensou em Deus, pensou nos homens e pensou nas suas vidas. Voltou a observá-los. E viu. E sorriu. Num ápice, subiu pelo trono de Deus, saltou para o seu colo, agarrou-o pelas barbas e sussurrou-lhe ao ouvido a solução encontrada. Atentos, todos os anjos em coro jubilaram com a ideia e o céu cintilou. Os anjos doariam aos homens a luz das suas auréolas e, desta forma, a divindade faria parte intrínseca e permanente da natureza humana. Deus falaria aos homens através deles próprios e o caminho do autoconhecimento seria também o caminho de regresso a Deus. O espírito estaria sempre acima da matéria porque seriam iluminados pela fé e nem sequer haveria necessidade de ajudar os homens porque eles tinham essa vocação inscrita na sua natureza humana e reinaria entre eles a fraternidade. E foi esta a solução encontrada por este anjo, que tinha a feliz mania de pensar. E assim aconteceu… Por isso, quando num dia de abençoada luz, em que nos sentimos particularmente tocados por um raio de sol, estejamos atentos. Talvez seja um mero raio de sol. Ou talvez seja um anjo da guarda a oferecer-nos o que de mais precioso tem para que nunca nos esqueçamos do verdadeiro sentido da vida. E, talvez nesse momento, consigamos ouvir para além do que os ouvidos captam e ver para além do que os olhos veem..


...e+ o vivesonho! um novo comeรงo


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