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As patologias endócrinas mais frequentes e sua importância
from Cão Sem Segredos
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CAPÍTULO 1
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Dr. Luís Montenegro
TER OU NÃO TER?
Antes de ter um animal será importante pensar se realmente reúne todas as condições necessárias e essenciais para tal, pois só dessa forma se beneficia da sua companhia e se garante o bem-estar. Costumo dizer que a primeira consulta no médico veteri13 nário, deveria ser antes de adquirir o seu animal de companhia. É importante ter em conta que a esperança média de vida do cão aproxima-se dos 13 anos (dependente da raça / tamanho, entre outros fatores), e que, durante este período, ele será completamente dependente de nós. Devemos por isso proporcionar-lhes espaço adequado, tempo e disponibilidade, e ainda ter alguma capacidade financeira, de forma a garantir-lhe alimentação e cuidados médicos adequados. Tal como em nós próprios, com a idade, o cão vai necessitar de mais carinho, paciência e mais cuidados médicos. Inclusive será importante escolher o cão adequado em função das nossas condições. Fatores como o tamanho, raça e idade devem ser considerados. Também devemos ponderar porque preferimos um cão a um gato! Não poderá ser esta uma opção acertada se, eventualmente, vivemos num espaço exíguo, ou saímos às 7 h da manhã e regressamos já noite instalada! Preview
Será, portanto, importante ter em conta a nossa personalidade, espaço (quintal), tempo disponível, planos para os períodos de ausência (férias), disponibilidade financeira, esperança de vida do animal, e até experiências anteriores. Perante isto, a escolha pode recair desde um Yorkshire a um São Bernardo, entre outras raças fantásticas… ou porque não um “rafeirola” de médio porte, simpático e versátil?
É socialmente dignificante que a nossa escolha recaía sobre animais com alguma idade. O mais usual, contudo, é que a sociabilização no seio familiar se faça entre as 9 e 15 semanas, fase em que o canídeo se encontra completamente recetivo ao estabelecimento relacional com o humano. Com animais mais velhos, teremos de ter mais cuidado e paciên-
14 cia, pois inclusive este já pode ter determinados traumas e comportamentos desadequados a uma relação sadia homem / cão. A rotulagem, feita pelo mundo fora, de raças potencialmente perigosas não deixa, em si mesma, de ser falaciosa, pois todos os cães com mais de 15 kg podem ser potencialmente perigosos. Embora compreenda o sentido objetivo das leis criadas e a necessidade de proceder a regulamentação nesta matéria, na minha opinião, esta simples designação não irá resolver esta ameaça, pois, mais tarde ou mais cedo, outras raças estarão também incluídas nesta lista. O principal problema está nos tutores, não nos cães ou na sua raça específica. O importante é que a população esteja informada, de forma a saber adestrar o seu animal e reconhecer as suas limitações, necessitando por vezes de ajuda profissional, no sentido de não possibilitar que Preview