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Rosa Marques
AMAZÓNIA Uma obscura névoa emerge Além montanhas… Além fronteiras… Além mundo…
Mensageira de maus presságios Agiganta-se… Mancha de negro o azul do céu Puro e divinal.
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Incrédulo, o mundo assiste… Perplexo, chora… lamenta… Ciente, que depois da destruição
Daquela que era única… Da distinta e majestosa floresta… No Planeta, nada mais será igual…
VESTIDA DE OUTONO Vestida de Outono, a cidade move-se… Monumental… deslumbrante… Sob os reflexos de ouro, que lhe dão Ainda mais encanto… Um toque de magia.
Porém, tudo passa… Tudo modifica a cada instante…
Ao fim do dia, a música invade As ruas estreitas e mais antigas da cidade Entoa nas paredes altas dos prédios Entra na alma dos visitantes… Enxames vindos de todas as direcções.
Das árvores sublimes… admiráveis Tombam as folhas caprichosas e… Apressadas, rolam pelas ruas da cidade Perdem-se pelas praças e jardins…
Graciosas, dançam nas avenidas Ao sabor da brisa da tarde!
(Barcelona, Outubro de 2016) Publicado na antologia, Brisas de Outono, 2019
PRIMAVERA É expansão de cores Nos prados, nos jardins Abrindo em mil tons As flores!
É rumor de pétalas Pássaros e alegre canto É teu sorriso Afastando meu pranto!
É louvor, é oração De toda a Natureza Em êxtase, em exclamação! É ver as varandas A encherem-se de vaidade Os vasos coloridos espalhando Alegria pelas ruas da cidade!
É brisa agreste Na tarde que de repente Se fez sombria!
É encontro na esplanada Amigo que chega… Trazendo com ele alegria!
Publicado na antologia «A Primavera dos Sorrisos», 2017