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ESPECIAL
from Revista MedicAção Ed. Jan/fav/mar 2020
by Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas
A Vida Fora Consultório
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Conheça alguns médicos e suas paixões fora da Medicina O anestesista chefe de cozinha, Muccio Abreu A cirurgiã, 1ª mulher brasileira a conquistar os 7 Cumes (The 7 Summits Challenge) D os consultórios para o estúdio de música e, porque não, para a cozinha, a marcenaria, para a quadra de tênis ou para o alto de uma montanha? Alguns médicos buscam hobbies e acabam descobrindo outros talentos. Alguns levaram tão a sério que se profissionalizaram nessas outras “áreas de atuação”. Eles não pensam em largar a medicina, só querem curtir e explorar outros papéis. Ela se sentiu desafiada ao falar para o marido que queria escalar montanhas. “Não tinha coragem de contar sobre o meu sonho para as outras pessoas, aquilo iria parecer insano e impossível. Quando contei ao meu marido que iria ao Everest, ele falou: “...por que não faz um Iroman antes?...” na tentativa que eu desistisse... Completei o Iroman Brasil em 2005 e fui ao Nepal escalar o Cho Oyu, 8.200m e sexto mais alto do mundo, sendo a primeira do Brasil a escalar uma montanha de 8.000m”, contou. A fala apaixonada é da cirurgiã plástica Dra. Ana Elisa Boscarioli. Nascida em Igarapava foi criada em Campinas, formada pela Unicamp. Os 7 Cumes são as montanhas mais altas de cada continente, onde a Antártida entra na lista e a América se encontra separada em América do Norte e América do Sul. O mineiro de Araxá, Dr. Mucio Abreu (formado na PUC Campinas) tem 22 anos de Anestesiologia. Nas horas vagas começou a se dedicar a cozinha e, aos poucos, ganhou notoriedade ao dar cor e formas inusitadas aos pratos. Na página @mucioabreu do Instagram ele já reúne 25.100 mil seguidores. O médico já deu entrevistas na TV e participa de diversos eventos de gastronomia e degustaçã o, como o “Cozinha Show” do Festival de Gastronomia da Serra da Canastra, onde cozinhou ao vivo para 30 convidados no evento que reuniu mais de sete mil pessoas.
“A cozinha autoral é aquela advinda de experiências. Como eu nunca fiz nenhum curso de gastronomia, as criações dos meus pratos não são presas à técnicas formais, mas resultam de combinações de sabores, cores, texturas e formas que surpreendam visual e gustativamente”, resumiu Mucio.
O Coloproctologista marceneiro O baterista radiologista e o pediatra músico
Dr. Gustavo Sevá Pereira tem a rotina agitada, entre consultório e centro cirúrgico, ainda coordena o Grupo de Coloproctologia do Hospital Mário Gatti de Campinas. Mas, tem nas horas vagas uma relaçã o com a marcenaria que está atravessando gerações. “Meu pai sempre gostou e tinha uma oficina onde fazia pequenos reparos, peças de madeira, mas principalmente sempre foi o lugar de calma pra ele. Acabei gostando disso!”. Dr. Gustavo mantém uma oficina em casa onde ele e o filho dividem o tempo juntos. Recentemente doou uma peça para a sala de prescrições do hospital onde a esposa trabalha. “Faltava um móvel pra organizar as pastas dos pacientes que fosse do jeito que ela queria e acabei fazendo uma pra ela”.
Na bateria da banda “Rock Therapy” está Daniel Nava. O Radiologista começou a tocar somente há uns três anos, apesar de ser um sonho de criança. “Comecei a tocar bateria através do videogame com meu sobrinho. Tinha uma bateria lá e ele não gostava de tocar, então comecei a tocar a bateria e ele a guitarra, gostei da brincadeira e fui”.
Uma brincadeira que já tem formaçã o de banda, agenda de shows e até cachê. Daniel que toca na banda com outro colega de profissão chegou a se apresentar no Festival do Parque Hopi Hari com algumas bandas amadoras da região de Campinas. O evento contou com Peble Rude e o Ultraje a Rigor.
... E na guitarra, o pediatra, especialista em Pneumologia Pediátrica, Dr. Alfonso Alvarez. “Eu tocava na adolescência, quando entrei na faculdade de medicina, tive que dar uma parada no hobbie e agora alguns anos atrás minhas filhas queriam tocar violão. Daí eu aproveitei pra voltar a tocar guitarra, já faz uns cinco anos isso”.
O tenista atuante aos 76 anos
Dr. Sérgio Masini Alarcon, ginecologista, sempre sorridente, esbanja vitalidade no tênis aos 76 anos!!! Pratica três vezes na semana há 28 anos. “Recomendo viementemente esporte para todo mundo. Já tive problemas sérios nos joelhos. E, muitas vezes os ortopedistas falavam pra eu fazer outra atividade menos competitiva. Fiz seis cirurgias, com isso houve melhora, continuei no tênis e eu preservei minhas coronárias porque esporte é vida!”.
Ao praticar esportes ou cultivar hobbies, os médicos afirmam ganhar qualidade de vida e equilibrar a rotina profissional com mais atenção a própria saúde física e mental. Por isso, a importância de se investir no que se gosta e buscar hábitos saudáveis. Um profissional feliz e saudável reflete no ambiente de trabalho e junto aos seus pacientes.