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Revista Hist贸rica - SMCC 90 anos
Revista Especial SMCC 90 Anos: a história da SMCC em 10 capítulos Diretoria
Fundada em 1º de Dezembro de 1925 Filiada à Associação Paulista de Medicina Órgão de Utilidade Pública: Lei Municipal 04966/1979 Lei Estadual nº 6/1981 Rua Delfino Cintra, 63 • Centro • 13013-055 Campinas, SP • Fone/Fax: (19) 3231-2811 smcc@smcc.com.br | www.smcc.com.br
Impressão: Jornalista Responsável: J. A. Maranho/MTE 0077047-SP Produção Editorial: Mendes Guimarães Propaganda Fotos: Adriano Rosa Tiragem: 3.000 exemplares
Comissão Editorial Editor: Dr. Marcelo Amade Camargo Redatores: Dr. Marcelo Amade Camargo /J. A. Maranho Revisão: Dra. Fátima Maria Ap. F. Bastos Colaboração: José Pedro Soares Martins, Paulo César Nascimento e Adriano Rosa
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Presidente Dr. Clovis Acurcio Machado 1º Vice Presidente Dra. Fátima Maria Ap. F. Bastos 2º Vice Presidente Dr. Carlos Alberto Salomão Muraro Secretário Geral Dr. Silvio Luis de Oliveira 1º Secretário Dr. Arnaldo Stelini Junior (In memoriam) Dir. de Finanças e Patrimônio Dr. José Roberto Franchi Amade Dir. de Finanças e Patrimônio Adj. Dr. Donizeti Cesar Honorato Dir. Científico Dr. Marcelo Amade Camargo Dir. Eventos Dr. Luiz Inácio Quaglia Passos Dir. Eventos Adj. Dr. Irineu Francisco Debastiani Dir. Administrativo Dr. Waldir Favarin Murari Dir. Administrativo Adj. Dr. Admar Concon Filho Dir. Comunicação e Marketing Dra. Carmen Sylvia Ribeiro
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Dir. Comunicação e Marketing Adj. Dr. Cesar Augusto Amin Sanged Dir. Defesa Profissional Dr. Marco Aurélio Bussacarini Dir. Defesa Profissional Adj. Dra. Eglê V. de Marco Dir. Sede de Campo Dr. Ricardo Antonio Araujo Dir. Sede de Campo Adj. Dr. Antonio Cesar Antoniazzi Delegados APM: Dr. Carlos Augusto Reis de Oliveira Dr. Danilo Glauco P. Villagelin Filho Dr. Sandor Dosa Acras Dr. Francisco Américo F. Neto Conselho Fiscal Dr. José Martins Filho Dr. José Jorge Facure Dr. Marco Antonio Beluzzo Dra. Elisa Maria Cunha de F. T. Caivano Dra. Andréa Dias Tavares Momente Dra. Karime Petermann Choueire A SMCC não se responsabiliza pelos anúncios veiculados nesta revista, de responsabilidade exclusiva dos anunciantes
Mensagem do Editor
O livro “SMCC 90 ANOS NA HISTÓRIA DA SAÚDE EM CAMPINAS: MEMÓRIAS E LEGADOS” foi lançado oficialmente durante cerimônia realizada no dia 1º de dezembro de 2015, exatamente noventa anos após a fundação da entidade, em 1925. Tivemos a honra de contar com a enorme contribuição do Dr. Rui Ferreira Pires, que, através de suas vivências, testemunhou muito de perto o que tem sido a SMCC, da qual, aliás, foi competente Presidente. O livro foi e está sendo distribuído principalmente junto às instituições de ensino médico, às entidades da classe médica, aos principais órgãos da mídia, às instituições culturais e científicas públicas e privadas, às entidades parceiras da SMCC e às instituições representativas dos mais diversos segmentos da sociedade. Trata-se, portanto, de uma ação institucional da SMCC, não só prestando conta de sua história e dos planos e projetos realizados junto às entidades ligadas à Saúde, como à toda a comunidade.
Marcelo Amade Camargo Diretor Científico SMCC Gestão 2014/2017 Editor da Revista Especial SMCC 90 anos
A história da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC) tem sido contada de várias maneiras e em diversas épocas. Dentre as principais, destaca-se a excelente monografia de autoria do Dr. Rui Ferreira Pires, publicada quando a entidade atingiu seu 70º aniversário de fundação (SMCC – Setenta Anos de História). Agora, vinte anos depois, em razão do 90º aniversário da SMCC, produzimos um novo e belo livro comemorativo desta importante data, com a história inteira da entidade, pesquisada e redigida por jornalistas e editores especializados.
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Uma vez que a distribuição dos livros para todos os associados não seria viável devido ao alto custo, esta Diretoria optou por editar esta Revista Especial, que está sendo distribuída a todos os associados. Para isso, contamos com o apoio fundamental de diversas empresas e parceiros que fizeram questão de registrar sua mensagem nesta revista e aos quais agradecemos imensamente. Por uma questão literária, as referências às gestões passadas foram feitas através do nome de seus presidentes, pois o espaço é curto para nomear os membros de todas as diretorias ao longo do texto. Mas fizemos questão de registrar o nome de todos os integrantes das 56 diretorias ao final da edição, pois esta homenagem deve ser recebida por todos que participaram de cada Diretoria. Trata-se de um exemplar raro e histórico, a ser lido de quando em quando, matando as saudades e guardado por todo o tempo, com todo o carinho, principalmente pelos associados e seus familiares. Boa leitura!
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Fiquei muito feliz por ter sido escolhida para coordenar o livro dos 90 anos da SMCC e sinto-me privilegiada de também fazer parte desta história.
A SMCC deixou sua marca na história de Campinas e do país.
Para falar sobre isto gostaria de citar um trecho do prefácio escrito pelo nosso querido Dr. Rui Pires a quem quero agradecer pelo tanto que ajudou a mim e aos jornalistas para resgatarmos a memória de nossa entidade: “Não basta a uma entidade ter história. É preciso orgulhar-se dela, cultivar seus vultos e enaltecer seus feitos”. A nossa entidade uma das mais antigas de nosso país, foi e continua sendo parte integrante da história da saúde de Campinas, o que nos comoveu muito ao longo de quase um ano de pesquisa da documentação que embasou este livro. Com grande alegria vimos consolidar nossas expectativas de que a Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas esteve presente e/ou influenciou momentos importantes da história da saúde em nossa cidade, quer seja no combate às doenças ou na fundação de grandes hospitais e Universidades. Quero também agradecer aos jornalistas José Pedro Soares Martins e Paulo Cesar Nascimento, ao Alcibiades Godoy (BID,design) e Adriano Rosa (fotografia), pelo profissionalismo, amizade e convivência na confecção deste livro. O envolvimento, a pesquisa e o entusiasmo destes profissionais foram fundamentais para que atingíssemos nosso ideal de deixar para a história, a memória dos 90 anos desta instituição da qual temos tanto orgulho de sermos parte. Nesses 90 anos a Sociedade já teve 56 diretorias e 43 presidentes.
Dra. Fátima Maria A. Ferreira Bastos Vice-Presidente SMCC Gestão 2014/2017 Responsável pelo projeto do Livro SMCC 90 anos
A galeria de presidentes confirma como a entidade é o espelho do dinamismo e vigor da classe médica da cidade. A nossa história deverá ficar registrada para sempre em nossos arquivos e memória. Agradeço a confiança em mim depositada e creiam foi uma experiência muito feliz e gratificante. A Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas é hoje uma entidade respeitada e sólida que já deixou sua marca na história de Campinas e do país; e tudo isto só foi possível devido as pessoas que deixaram um pouco de suas vidas para se dedicarem a esta entidade e ajudála a conquistar os seus 90 anos de vida!
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Palavra do Presidente
O alicerce de uma instituição é a sua memória e mantê-la viva é a forma de fortalecer as suas bases. Para que isso pudesse perdurar lançamos o Livro comemorativo aos 90 anos da SMCC, que mostra a história de nossa instituição comprovada por relatos de ex-presidentes através de fotos, documentos e registros de fatos importantes na memória da SMCC. Todo esse acervo histórico é de significativa importância porque nos ajuda a compreender o passado, vivenciar o presente e planejar e organizar ações futuras da nossa Sociedade. Nesta Revista Especial, apresentamos um resumo do livro, direcionamos um olhar para as pessoas que muito lutaram para a construção da história institucional, pois, sem a contribuição de cada uma delas, não seria possível construir e muito menos passarmos a história desses 90 anos.
Dr. Clovis A. Machado Presidente da SMCC Gestão 2014/2017
Aproveito esta edição para falar aos colegas associados de minha honra em presidir a SMCC quando esta completa 90 anos e fazer parte da galeria dos expresidentes que muito fizeram para que chegássemos neste ano como uma entidade com tamanha representatividade no cenário do associativismo. Desenhamos um projeto de mudanças na gestão administrativa, dando ênfase à profissionalização, sem protecionismo e favorecimentos. Isto só foi possível graças ao empenho e apoio de uma diretoria dinâmica e participativa. Temos consciência que ao publicarmos essa revista não só podemos resgatar o passado, mas preservar a memória da instituição, que sempre está ao lado do Associado. Parabéns a todos os associados que fazem parte desta história! Um grande abraço a todos.
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Índice A história da SMCC em 10 capítulos. CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
INTRODUÇÃO E ANTECEDENTES HISTÓRICOS
A FUNDAÇÃO
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CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
O DIFÍCIL COMEÇO
UMA FASE HISTÓRICA: NOVAS SEDES E OS NOVOS DESAFIOS
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CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
A II GUERRA MUNDIAL E A GERAÇÃO DE OPORTUNIDADES
SONHOS REALIZADOS: A SEDE PRÓPRIA, A UNICAMP E A UNIMED CAMPINAS
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CAPÍTULO VII
CAPÍTULO VIII
O CLUBE DE CAMPO E A DEFESA PROFISSIONAL
CONSOLIDAÇÃO DA MODERNA SMCC
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CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
SMCC NO SÉCULO XXI
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O PRESENTE E FUTURO DA SMCC
ANEXO
DIRETORIAS DA SMCC AO LONGO DA HISTÓRIA 7
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Vista parcial de Campinas, no final do século 19. Foto: Julius Nickelsen. Acervo MIS-CAmpinas/Coleção BMC
Capítulo I Introdução e antecedentes históricos.
Antes do primeiro decênio da história da SMCC – de 1925 a 1935 – é preciso contar alguma coisa do ambiente vivido por Campinas, notadamente o da Saúde, que estimulou, empurrou e determinou a fundação da entidade. De fato, se a fundação da SMCC pode ser considerada como fato relevante, cientifica e culturalmente falando, para Campinas, ela finalmente ocorreu, naquele momento, em razão de acontecimentos de dramáticas consequências. Era o tempo do médico “faz-tudo”, do “médico da família”, procurando, com um mínimo de recursos, tanto de equipamentos, como de medicamentos, salvar vidas, numa cidade onde o saneamento básico, praticamente inexistente, contribuía para a ocorrência e proliferação das epidemias. Campinas já se destacava, culturalmente, principalmente em razão dos recursos gerados pela produção do café. E a medicina praticada nessa região do Estado de São Paulo, ainda que sem tantos recursos, já se colocava como uma das melhores do país. Foi quando uma série de epidemias tomou conta da cidade – a traumática Febre Amarela, no final do Século 19; a terrível Gripe Espanhola, no período 1918-19 e a Varíola anos depois – e provocou a reação das autoridades e, principalmente, da classe médica, naquele momento ainda incipiente, muito mais atuante em forma de clínica do que em cirurgias.
Sede do CCLA, palco dos encontros preparatórios para criação da Sociedade. Acervo MIS-Campinas/ColeçãoBMC.
Com a Febre Amarela, Campinas perdeu uma parte expressiva do protagonismo conquistado com a força da cultura cafeeira. Mas a cidade se levantou e ainda com o café irrigando a economia local e estadual – permitindo a implantação de uma estrutura de transporte ferroviário com as Companhias Paulista e Mogiana – desenvolveu-se, celeremente,
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surgindo importantes instituições como o Instituto Agronômico de Campinas, o Colégio Culto à Ciência, o Centro de Ciências, Letras e Artes, bem como alguns hospitais. As epidemias foram, portanto, decisivas para a tomada de consciência coletiva sobre as condições sanitárias, provocando notáveis melhoramentos no saneamento básico da cidade. Fundado em 1901, o Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas foi, praticamente, o berço da SMCC através da sua Comissão de Ciências Médicas, coordenada por Ângelo Simões, Manoel de Assis Vieira Bueno e João Ferreirinha, que, por sua vez, refletia a crescente preocupação da classe médica com a atualização de seus conhecimentos. Cinco antes da fundação da SMCC, Campinas já contava com um bom número de destacados médicos trabalhando em boas instituições de assistência à saúde. Nesse cenário, amadurecia a ideia da criação de uma instituição que reunisse a classe médica, como espaço de socialização, organização, troca de informações atualização científica, seguindo, aliás, exemplos de outras comunidades em todo o mundo, sendo uma sua precursora, a Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, fundada em 30 de junho de 1820, seguida, depois, pela Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, fundada em 1886, da Sociedade Médico-Cirúrgica de São Paulo, em 1886 (dissolvida em 1891) e da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, fundada em 1895. Campinas, por sua vocação vanguardeira não poderia ficar atrás. E no dia 18 de maio de 1903, fundava-se a Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas. Mas esta entidade teve vida curta, não tendo saído do papel e do registro em cartório, não se sabe exatamente o motivo. A Gripe Espanhola passou por Campinas e deixou marcas profundas, com 204 mortes e 6.872 casos registrados, ou 6% da população na época. Estava claro que os serviços de saúde ainda precisavam melhorar muito. A SMCC seria criada nessa conjuntura de múltiplos desafios. Na década de 1920, a classe médica atuava, basicamente, em dois campos: de um lado, existia a Medicina Preventiva, de responsabilidade do Estado, cuidando, essencialmente, das doenças infecto-contagiosas, muito presentes, naqueles tempos, sendo a profilaxia executada pelos Centros de Saúde e, de outro lado, a Medicina Curativa, realizada por clínicas e hospitais. Na época, a figura do médico já era muito respeitada e ouvida. Naquele momento, funcionavam, em Campinas: a Santa Casa de Misericórdia, a Maternidade de Campinas, o Hospital Irmãos Penteado, a Real Sociedade Portuguesa de Beneficência, o Circolo Italiani Uniti (futuramente Casa de Saúde de Campinas), o Instituto Penido Burnier e o Sanatório Cândido Ferreira.
Casa e Saúde
Instituto Penido Burnier
Maternidade
Santa Casa de Misericordia
Hospital Beneficência Portuguesa
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Hospital Irmãos Penteado
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A fundação da SMCC, naquele momento, representava, também, na área médica, o intenso movimento que a cidade protagonizava, refletindo o que ocorria em todo o Brasil, nas diversas áreas do conhecimento humano, notadamente nos segmentos científicos e porque não dizer, nas esferas econômica e política. De fato, o decênio 1920-1930 caracterizou-se por uma verdadeira revolução, em quase todas as áreas, marcando, inclusive, o encerramento do que se denominou República Velha, iniciando-se, em 1930, a República Nova. Respiravase, por igual, a quebra das barreiras nas áreas artísticas, com o advento da Semana da Arte Moderna, em 1922, com enorme repercussão nas demais áreas artísticas e científicas. O café ainda representava a principal fonte de receitas para o Brasil e, notadamente, para Campinas, ainda sede da principal região produtora desse produto. A cidade vivia um momento especial, estimulando a iniciativa já tantas vezes tentada, mas nunca concluída, da fundação de uma entidade que reunisse, representasse e defendesse a sua classe médica, já numerosa e de alta qualidade. Da mesma forma, no campo político, estava chegando ao fim, não somente a Velha República, como a velha política do “café com leite”, que, mediante antigo acordo concedia a São Paulo e Minas Gerais, o direito de ocupar, em forma de rodízio, a Presidência da República. Os demais estados exigiam uma ruptura nessa política, principalmente os mais populosos, à frente o Rio Grande do Sul, onde também terminaria a longa dinastia de Borges de Medeiros como Presidente daquele Estado. Portanto, em 1925, data da fundação da SMCC, quando o Brasil era presidido por Artur Bernardes, logo sucedido por Washington Luiz, que governou até 1930, a República tinha sido palco de uma quantidade de pequenas, médias e grandes revoltas e movimentos demonstrativos da insatisfação com o “estado d’arte” da política brasileira. Poder-se-ia afirmar que a fundação da SMCC nasceu em momento mais do que histórico, divisor de águas, seja na área artística, como na política e na área econômica (com a proximidade do declínio do café como nossa principal fonte de receitas e o início da industrialização do país). Ao longo de sua história, a SMCC passou por períodos marcantes como revoluções políticas, uma ditadura, a II Grande Guerra Mundial, o advento de novos medicamentos e novas tecnologias na Medicina... sempre fazendo parte de debates e decisões que muitas vezes marcaram o rumo da História. Além disso, serviu de berço para importantes entidades e conquistas em nossa região, como o Sindicato dos Médicos de Campinas, a Faculdade de Medicina da UNICAMP, a UNIMED Campinas e a delegacia regional do CREMESP, para citar alguns exemplos.
Sede SMCC
Nos próximos capítulos, o leitor poderá acompanhar cada momento desta gloriosa história.
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Capítulo II A fundação. Por volta de 19h00 do dia 19 de novembro de 1925, MARCOS LINDEMBERG, certamente um dos médicos que mais insistira junto aos colegas para a fundação da entidade representativa da categoria, em Campinas, já se fazia presente no salão onde se realizaria uma reunião preparatória da Assembleia Geral que, finalmente, fundaria a SMCC. Ele sabia que seria um teste definitivo, junto à classe, para comprovar se a mesma estaria, realmente, interessada na empreitada que, desde logo, considerava bastante árdua, de forma a evitar o fiasco da tentativa de 1903. Fora, por isso, o primeiro a chegar e demonstrava seu nervosismo, orientando os funcionários colocados à disposição pelo Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas, sobre o formato da sala, bem como a Lista de Presenças, a disponibilidade de água e café aos participantes. Somente a partir das 20h00 começaram a chegar os cinco primeiros colegas: MIGUEL DE BARROS PENTEADO, FRANCISCO BETIM PAES LEME, PENIDO BURNIER, FRANCISCO BELIZZI E AFFONSO FERREIRA. Quinze minutos depois, assinariam a lista de presenças BELFORT DE MATTOS, VICENTE BAPTISTA, FALCÃO DE MIRANDA, JOSÉ AUGUSTO BASTOS, ANTONIO MARTINS VALVERDE, JOSÉ PINTO DE MOURA, ANTONIO FESSEL,
Sede do CCLA, palco dos encontros preparatórios para criação da Sociedade. Acervo MIS-Campinas/ColeçãoBMC.
HERMAS DE CARVALHO BRAGA e CLOVIS PEIXOTO.
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Nesse momento, já se notava a nítida sensação de alívio do Dr. Lindemberg, que se transformou em verdadeira felicidade, ao perceber a chegada dos colegas: BENEDICTO DA CUNHA CAMPOS, OLYMPIO DIAS PORTO, NESTOR DE OLIVEIRA, ALCIDES GARCIA, J. PAGANO BRUNDO, GUILHERME BOLLIGER, CARLOS PENTEADO STEVENSON, A. BALDASSARI, ARLINDO DE LEMOS JÚNIOR, LUIZ VIANNA BARBOSA, MANOEL ALEXANDRE MARCONDES MACHADO, FRANCISCO DE ARRUDA ROZZO, CELSO DE OLIVEIRA REZENDE, ARNALDO DE CAMPOS, J. ROLLEMBERG SAMPAIO e outros mais em seguida. O Dr. Lindemberg dera uma espiada na lista, contando, para sua enorme satisfação, trinta colegas, praticamente quase todos que tinham sido convidados e instados em comparecer. Agora e ali, via sua tão sonhada SMCC finalmente fundada. Por volta das 20h30, aclamado presidente da reunião, MIGUEL DE BARROS PENTEADO agradeceu a presença de todos e, notadamente, ao Dr. Lindemberg, pela sua atuação junto ao Centro de Ciências, Letras e Artes e aos colegas médicos, tornando possível aquela reunião. Dando prosseguimento e conforme sugestão de PENIDO BURNIER, foi designada uma Comissão para redigir os estatutos da nova Sociedade, composta de MARCOS LINDEMBERG, JOSÉ AUGUSTO BASTOS e VICENTE BAPTISTA. O Presidente, agradecendo, desde logo, à Comissão, enfatizou a necessidade de sua missão ser cumprida o mais rápido possível, visando à formalização da SMCC, como a entidades dos médicos de Campinas e região. Mesmo não se fazendo presente àquela reunião, MÁRIO GATTI, através de manifestação do Dr. BELIZZI, declarava sua incondicional adesão àquela iniciativa. Outros importantes médicos, impossibilitados de comparecimento à reunião, manifestaram, também, seu apoio: ARMANDO DA ROCHA BRITO, AZAEL LOBO, CLEMENTE DE TOFFOLI, ALCINDO SOARES, JÚLIO DE ARRUDA, JAYME DE CAMPOS, OCTAVIO MARCONDES MACHADO e ARAÚJO MASCARENHAS. Antes de encerrar, o Presidente pediu a todos os presentes para assinar a Lista de Fundadores da SMCC. Marcos Lindemberg agradeceu aos funcionários do Centro de Ciências, Letras e Artes, sendo o último a deixar o salão, visivelmente comovido e feliz. Contara, ao todo, trinta e oito adesões!!! Faltava, apenas, a discussão e aprovação dos estatutos, em Assembleia Geral, bem como eleição da Diretoria e demais órgãos da entidade, o que ocorreria em 1º de dezembro de 1925, no mesmo salão do Centro de Ciências Letras e Artes de Campinas, contando com a presença de vinte e nove médicos. Nessa Assembleia, presidida por MIGUEL DE BARROS PENTEADO e secretariada por FRANCISCO BETIM PAES LEME e ARMANDO DA ROCHA BRITO, foram discutidos e aprovados os estatutos, bem como eleita a primeira Diretoria Executiva da entidade, composta :
Dr. Francisco Betim Paes Leme Acervo SMCC
Presidente: FRANCISCO BETIM PAES LEME Vice-Presidente: JOÃO PENIDO BURNIER 1º Secretário: AZAEL ÁLVARES LOBO 2º Secretário: CLOVIS MONTEIRO PEIXOTO Tesoureiro: FRANCISCO DE ARRUDA ROSO Bibliotecário: VICENTE BAPTISTA
Estava fundada, finalmente, a Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC) que, sem interrupção, atingiria seus noventa anos, com excepcional contribuição não somente à classe médica, como, por igual, a toda a comunidade da região de Campinas, ao desenvolvimento das ciências e procedimentos médicos, bem como à continuada atualização científica e técnica de seus associados.
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Intalações do lazareto em Campinas, para vitimas de moléstias contagiosas. Acervo MIS-Campinas/Coleção BMC.
Capítulo III O difícil começo.
Como qualquer entidade nascente, a SMCC teve que contar com a dedicação integral de sua primeira Diretoria para as providências iniciais: um local para sua sede, uma Secretaria que pudesse realizar o mínimo que se esperaria de uma entidade de classe, além de convencer mais médicos a dela participar, bem como desenvolver as primeiras ações de atualização científica dos associados. O primeiro problema – um local para a primeira sede – seria facilmente resolvido, com a contribuição do Diretor Tesoureiro, FRANCISCO DE ARRUDA ROSO, que emprestou à SMCC extraordinária contribuição, na sua primeira década, ocupando a Tesouraria por nove gestões. Foi graças a ele que a entidade conseguiu um local para sua primeira sede, situada exatamente onde o Dr. Roso trabalhava como titular da Delegacia Regional de Saúde, na então Rua Francisco Glicério, nº 986, bem junto ao Largo da Catedral, ou seja, bem no coração da cidade. A entidade ocuparia aquele sodalício por oito anos. E, com toda a justiça, o Dr. Roso receberia homenagem especial da entidade, em 06 de abril de 1937, em sessão conjunta com o então Sindicato Médico de Campinas. Quanto à adesão de novos associados, além dos fundadores, foi crescendo paulatinamente, à medida que a entidade começava a se projetar, principalmente como local mais do que adequado para a atualização técnica e científica de uma classe médica ávida de novos conhecimentos e que necessitava acompanhar a evolução, já trepidante, a partir daquele momento histórico, da Medicina. E grande parte dos primeiros trabalhos, cursos e sessões, nesse sentido, tiveram a autoria de dirigentes e fundadores da SMCC. O mandato de uma Diretoria era anual e, portanto, já em 1926, uma nova Diretoria, agora capitaneada por HERMAS DE CARVALHO BRAGA, tomava o encargo de tocar a SMCC. Como se percebeu depois, o primeiro grupo continuou a comandar a entidade, com rodízio entre seus membros e, a cada gestão, um novo companheiro viria a participar do
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Grupo de médicos, em 1943, com integrantes da SMCC (a partir da esquerda): Dr. Alfredo Gomes Júlio, Dr. Adhemar Jügensen, Dr. Manoel Dias da Silva, Dr. Paulo Mangabeira Albernaz , Dr. Ediberto Pereira, Dr. Armando Rocha Brito Jr., Dr. Dr. Heraldo Novaes, Dr. Ferreira Jorge, Dr. Roberto Rocha Brito, Dr. Clemente Hotman, Dr. Armando Rocha Brito, Dr. Vicente B. Silva, Dr. Vicente B. Silva, Dr. Hermas de Carvalho Braga, Dr. Riolando Ferreira, Dr. Azael Lobo, Dr. Ruy Melo e Dr. Geraldo Corrêa. Acervo Fundação Roberto Rocha Brito
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Corpo clínico do Instituto Pardo Meo-Muraro (a partir da esquerda): Dr. Sílvio Pádua, Dr. Manoel Rios Muraro, Dr. Januário Pardo Meo, Dr. Israel Martins e Dr. Geraldo Amaral. Acervo Dr. Cirilo Pardo Meo Muraro.
Dr. Araújo Mascarenhas em consulta no posto de puericultura do Hospital Àlvaro Ribeiro. Foto Imperial. Acervo MIS-Campinas.
grupo, de forma a garantir a realização dos objetivos inicialmente traçados e que justificariam a própria fundação da entidade. Eis a sequência dos primeiros presidentes: AZAEL LOBO (1927), ARLINDO DE LEMOS JÚNIOR (1928), PAULO MANGABEIRA ALBERNAZ (1929), ARMANDO DA ROCHA BRITO (1930), JANUÁRIO PARDO MÊO MURARO (1931) e CARLOS PENTEADO STEVENSON (1932) que fez a mudança para a segunda sede da SMCC. Hoje, todos esses protagonistas da história de Campinas, emprestam seus honrosos nomes a importantes vias da cidade, para, acima de tudo, serem sempre citados e lembrados pelos milhões de campineiros que habitaram e habitam essa hoje grande metrópole.
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Capítulo IV
Edifício Santana, em 1938, o primeiro “arranha-céu” de Campinas. No quarto andar, a SMCC instalou sua terceira sede. Photo Parodi. Acervo MIS-Campinas.
Uma fase histórica: novas sedes e os novos desafios.
A primeira década vivida pela SMCC ocorreu, como já se disse, em fase mais do que histórica, tanto para Campinas, como para o Estado de São Paulo e para o Brasil. Nos anos que encerrariam a década de 1920 - 1930, quando São Paulo e Minas Gerais praticamente comandavam o país, houve insurgências, manifestações, revoluções do norte e do sul, desejando compartilhar a direção e os destinos do Brasil. Acabou por assumir o comando do país, um gaúcho: Getúlio Vargas. Contudo, grande parte dos estados reclamava da forma fraudulenta como as eleições tinham ocorrido, tendo sido de certa forma imposto Getúlio Vargas, como solução para o problema. Ali terminava a Velha República e começava o Estado Novo, logo mais identificado como um estado ditatorial, a ponto de perdurar por mais 15 anos. Na área econômica, o Brasil enfrentaria o desastre da queda do café, como a principal fonte de receita do país, com o “crash” da Bolsa de Chicago, em 1929, com reflexos imediatos na região de Campinas, até então a principal área de produção da rubiácea no país. Grandes fortunas, da noite para o dia, viraram pó, levando numerosas famílias para a pobreza. Se econômica e politicamente, portanto, vivia-se um péssimo momento, eis que, em 1932, os paulistas e principalmente os campineiros, tiveram que pegar em armas para defender a instituição de uma Constituição que privilegiasse a Democracia. A derrota dos paulistas foi um duro golpe sentido nessa região, com São Paulo , por um bom tempo, tendo que se sujeitar ao governo às vezes tirânico de Getúlio Vargas. A SMCC era composta de líderes, muitos deles atuando na política local, mas com grande influência em São Paulo e no Rio de Janeiro, capital da República. E as sessões na SMCC não se resumiam a ouvir e discutir trabalhos científicos de Medicina, mas, também, dos graves problemas que estavam acontecendo aqui mesmo, fossem econômicos, sociais ou políticos.
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Comitiva de Getúlio Vargas (ao centro) fotografada por Claro Jansson durante sua passagem por Itararé (São Paulo) a caminho do Rio de Janeiro após a vitoriosa Revolução de 1930.
É óbvio que as atas das reuniões e dos encontros na sede da entidade não registravam aqueles muitos momentos em que seus dirigentes, conscientes de sua responsabilidade como líderes de uma classe e da comunidade, não poderiam se furtar em discutir e deliberar, mesmo que informalmente, de modo muito sério e responsável, sobre tais temas. Muitas das boas ideias, das intermediações, de projetos e propostas, a respeito do enfrentamento destas adversidades, nasceram nos encontros realizados na sede da SMCC. Por outro lado, enfrentando tais crises econômicas e políticas, a entidade também sofria com a dificuldade em gerar recursos para sua continuidade. Mas aquele destemido grupo, de uma forma ou de outra, encontrou forças para dar uma resposta à comunidade, tentando alcançar os objetivos definido pelos seus estatutos. E o conseguiu! Campinas, não obstante todas as dificuldades conjunturais, crescia e amentava sua importância política e científica no país. A quantidade de médicos ampliava-se, com muitos novos profissionais tentando fazer carreira na região. Tanto que, já em 1929, durante a gestão de ARLINDO DE LEMOS JÚNIOR, a SMCC emprestava todo apoio à constituição do Sindicato dos Médicos de Campinas e Região, o SINDIMED. O apoio à criação do Sindicato foi um sinal da vocação da SMCC para as grandes causas socais e da classe médica. Após sete anos na Delegacia Regional de Saúde, em 1932, quando era Presidente CARLOS PENTEADO STEVENSON, a sede da SMCC mudou de local. Permanecera no antigo local, por cortesia do Estado. Contudo, graças a uma interessante iniciativa, com três entidades unindo-se para ter suas sedes reunidas num só imóvel, situado na Rua Barão de Jaguara, nº 1433, última quadra da rua, junto à Praça Bento Quirino – uma casa que não mais existe – a SMCC teve um novo local para sua sede. Ali se instalaram a SMCC, o Sindicato dos Médicos e a Associação dos Engenheiros e Arquitetos. Para reduzir despesas, constituíram as “Sociedades Reunidas”. A transferência para essa nova casa, como nos conta o médico e historiador Dr. Rui Ferreira Pires no seu livro “SMCC – SETENTA ANOS DE HISTÓRIA”, foi feita em 11 de junho e a inauguração oficial, em sessão solene, em 27 de agosto de
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1933. Especialmente convidado, o Professor Almeida Prado, da Faculdade de Medicina da USP, proferiu a conferência subordinada ao tema “Cloremia e suas variações patológicas”. A SMCC permaneceu nesse endereço por cerca de quatro anos, sendo que cinco Diretorias por lá passaram, lideradas, respectivamente, por CARLOS PENTEADO STEVENSON (1932), HERMAS DE OLIVEIRA BRAGA (1933), ANTONIO BERNARDES DE OLIVEIRA (1934) que se mudou para São Paulo, para lecionar na Escola Paulista de Medicina, MÁRIO PERNAMBUCO (1935) e JANUÁRIO PARDO MÊO (1936,) que fez a mudança para uma nova sede, a terceira. Essa terceira sede foi localizar-se no primeiro “arranha-céu” de Campinas, hoje ainda existente, na Rua Barão de Jaguara, esquina com a Rua César Bierrenbach. Denominaram-no “Palacete Santana”, em 1937, permanecendo, ali, a SMCC, por dez anos, aproximadamente. A SMCC, agora transformada em um reconhecido centro de atualização científica e técnica para seu já numeroso quadro de associados, no tempo em que permaneceu no “Palacete Santana” viu ocupar a cadeira de Presidente, nomes mais do que consagrados, admirados e respeitados de Campinas: na sequência, JANUÁRIO PARDO MÊO (1937), ALFREDO GOMES JÚLIO (1938), GABRIEL PORTO (1939), ROLDÃO DE TOLEDO (1940), LYCURGO DE CASTRO SANTOS FILHO (1941), OCTÁVIO BIERRENBACH DE CASTRO (1942), JOSÉ FRANCISCO MONTEIRO SALES (1943), JOÃO DE SOUZA COELHO (1944), PAULO MANGABEIRA ALBERNAZ (1945), RENÊ PENNA CHAVES (1946), ROBERTO ROCHA BRITO (1947), CELSO WEY MAGALHÃES (1948) e ANTONIO AUGUSTO DE ALMEIDA (1949).
O Dr. Rui Ferreira Pires assim narra, sobre os dez anos em que a sede se achava instalada no Palacete Santana:
Formatura do Curso de Radiologia da GE promovido pela SMCC em 1942. Acrvo Fundação Roberto Rocha Brito.
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O Dr. Rui Ferreira Pires assim narra, sobre os dez anos em que a sede se achava instalada no Palacete Santana: “Desse período, os livros registraram intensa programação científica. Havia reuniões ditas ordinárias, quando o palestrante era escolhido entre a “prata da casa”. E as extraordinárias, quando convidados especiais, geralmente professores, aqui compareciam, para proferir conferências magistrais ou ministrar cursos. Entre outros, estiveram em nosso auditório: Alípio Correa Neto, Rubião Meira, Dutra de Oliveira, Felício Cintra do Prado, Oscar Monteiro de Barros, Aderbal Tolosa, Jairo Ramos, Ulhoa Cintra e José Ramos Jr.” A entidade decidiu criar e editar um “Boletim”, cuja iniciativa e publicação couberam, durante muitos anos, ao eminente Professor Lycurgo de Castro Santos Filho, hoje considerado o maior historiador da Medicina do país.
Obras do Dr. Lycurgo de Castro Santos Filho, um dos maiores historiadores da Medicina. Acerva Dr. Luís Eduardo M. de Castro Santos.
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Capítulo V
Desembarque das tropas aliadas na 2º Guerra Mundial.
A 2ª Guerra Mundial e a geração de oportunidades.
De 1938 a 1945, grande parte do mundo esteve envolvido com a 2ª Grande Guerra Mundial. Getúlio governava com mãos de ferro o Brasil e, inicialmente, pendera para o eixo Berlim-Roma. Depois, em razão do afundamento de vários navios da esquadra brasileira pelos mortais submarinos alemães, e pressionado pela opinião púbica, decidiu-se por aliarse às forças comandadas por ingleses e americanos contra os alemães de Hitler e os italianos de Mussolini, criando as Forças Expedicionárias Brasileiras, nas quais vários médicos de Campinas se alistaram. O período da Guerra permitiu ao Brasil, destaque especial como fornecedor de alimentos e matérias primas, nascendo, nesse momento, a Companhia Siderúrgica Nacional, como fornecedora de ferro e aço para as forças aliadas. Pode-se afirmar que o início da industrialização do país surgiu com essa empresa e outras que acompanharam sua criação. O Brasil poderia ter aproveitado melhor essa grande oportunidade, mas ficou, como em outros momentos de sua história, aquém das possibilidades que se apresentavam. De qualquer forma, foi um momento de expansão do país, com a implantação de obras de infraestrutura, seja na abertura de novas estradas, construção de escolas e hospitais, telecomunicações, portos etc. O país se preparava para o grande impulso que o presidente eleito, Juscelino Kubistchek, acabaria por consolidar, alguns anos mais tarde. Durante esse período, eminentes médicos dirigiram a SMCC, cada qual contribuindo com a modernização dos aparatos e fármacos médicos, surgidos, muitos deles, em razão das necessidades nos campos de batalha, onde soldados e civis morriam às pencas. De fato, a Segunda Grande Guerra Mundial favoreceu o florescimento de uma grande quantidade de medicamentos, equipamentos e procedimentos que alavancou não só a indústria farmacêutica, como permitiu a modernização de hospitais e clínicas.
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A SMCC acompanhou, muito de perto, essa evolução, e procurou transmiti-la, imediatamente e com alta qualidade, para seu corpo de associados. A quarta sede da SMCC foi transferida para Rua Doutor Quirino, nº 1352, onde ANTONIO AUGUSTO DE ALMEIDA transmitiu o cargo de Presidente para ARSÊNIO OSWALDO SEVÁ, em 01 de dezembro de 1949.
Grupo de amigos, ex-colegas de faculdade e presidentes da SMCC, em foto de 1946 (a partir da esquerda): Roberto Franco do Amaral, José do Amaral, José Alfio Piason, Arsênio Oswaldo Sevá e Antônio Carlos de Souza. Acervo família Sevá.
A quarta sede da SMCC foi uma das mais bem equipadas, confortáveis e elegantes sedes provisórias da SMCC, e fez história. A Caixa Econômica Estadual construía um edifício sede, onde hoje se situa, na esquina da Rua Thomaz Alves, nascido de um projeto que previa três andares, além do térreo. As Sociedades Reunidas prontificaram-se a assinar um contrato de locação por um pavimento a mais, ampliando, assim, o projeto original. Inaugurado, exatamente no dia em que a SMCC completava 24 anos, tiveram importante participação nesse empreendimento, Benedito da Cunha Campos, Lito Marcondes e João Lech Júnior, além do engenheiro Jordano Ribeiro. Na solenidade de inauguração, o Prof. Jairo Ramos proferiu a palestra “A APM e o meio médico paulista”. Essa sede atendeu a SMCC durante quatorze anos, tendo presidido a entidade, na sequência: ARSÊNIO OSWALDO SEVÁ (1949), CARLOS PENTEADO STEVENSON (1950), ALFREDO GOMES JÚLIO (1951), JOSÉ MARTINS ROCHA (1952-54), JOSÉ ALFIO PIASON (1954-56), ANTONIO CARLOS DE SOUZA (1956-58), LUIZ GASTÃO MANGABEIRA ALBERNAZ (1958-1960), ROBERTO FRANCO DO AMARAL (1960-62), GABRIEL PORTO (1962-64).
Dr. Luiz Gastão Mangabeira Albernaz discursa em sua posse na SMCC: presidentes sintonizados com as demandas de uma cidade em rápida transformação nos anos 1950-60. Acervo Dra. Beatriz Mangabeira A. de Queiroz.
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Como se percebe, a entidade alterou seus estatutos, ampliando os mandatos para dois anos, a partir de JOSÉ MARTINS ROCHA.
A surpreendente situação criada com a repentina necessidade de deixar a quarta sede, por tão longo tempo instalada no prédio da Caixa Econômica Estadual, apanhou a Diretoria, de surpresa, obrigando-a a rápidas providências. Graças, então, à providencial oferta do segundo andar do edifício à Rua General Osório, nº 883, pelo Eng. Edward de Vita Godoy, foi possível, ainda que em menor espaço e provisoriamente, acomodar a sede da entidade, tendo sido, para tanto, obrigada a se desfazer de parte do seu mobiliário, em razão da exiguidade de espaços. Essa situação, até certo ponto constrangedora, fortaleceu a intenção, há muito acalentada, da sede própria da SMCC.
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Capítulo VI Sonhos realizados: a sede própria, a UNICAMP e a UNIMED Campinas.
A Casa do Médico: sede própria foi inaugurada em 20 de agosto de 1971, na Rua Delfino Cintra, proximo da Avenida Francisco Glicério, no Centro de Campinas. Acervo SMCC.
De fato, com a cessão de terreno, pela Prefeitura Municipal, em local privilegiado, no centro da cidade, para a específica finalidade da construção da sede da entidade, um projeto fora encomendado ao Arq. Marino Ziggiatti. Faltavam os recursos financeiros, porém. Foi, então, que a Diretoria Executiva decidiu por oferecer aos associados a oportunidade de se tornarem “Sócios Remidos”, desde que contribuíssem com determinado valor para a construção da sede própria. Exitosa a campanha, foi contratada a Construtora Penteado de Freitas para a edificação da mesma sede. O ambiente político brasileiro, muito conturbado após o movimento militar empresarial de 1964, que paralisaria por muitos anos o livre jogo democrático, coincidiu com uma fase de muitas disputas na área da saúde, em que os profissionais da Medicina tinham que optar entre a chamada “Medicina de Grupo” e a “Medicina Estatal”. Começou a luta pela livre escolha.
Nota promissória da campanha de arrecadação de recursos para a construção da sede própria. Acervo Dr. Cláudio Fernandes
Nessa quinta sede, completaram gestões as diretorias presididas por GABRIEL PORTO, ABOIN GOMES, WILLIAM OMATI e BENEDITO COSTA LIMA. Este último, no seu discurso de posse, enfatizava metas que sua Diretoria procuraria desenvolver e ou participar: “... a) intercessão junto ao INPS para a implantação do Regime de Livre Escolha; b) normatização dos departamentos científicos da SMCC; c) reforma dos estatutos da entidade (aprovados em 16.05.69) e d) plano de ação para a construção da sede.”
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A aspiração de ter a livre escolha teve uma forte oposição da Previdência – que prevaleceu – e o antigo sonho da classe médica, apesar da intensa e heroica luta da SMCC e das demais entidades representativas da classe médica do país, acabou, gerando enorme frustração. Enquanto se elaborava e aprovava a reforma estatutária da SMCC, o estreitamento de relacionamento com a APM permitiu obter seu indispensável apoio financeiro visando à construção da sede própria, o que, felizmente, aconteceu. Foi nos anos 60, que a SMCC desenvolveu papel essencial na campanha pela criação da Faculdade de Medicina de Campinas, embrião da UNICAMP, que consolidou a cidade como um dos mais importantes pólos científicos e tecnológicos do Brasil.
Dr. Zeferino Vaz, então reitor da UNICAMP, recebe o título de Sócio Honorário da SMCC, em 1977. Acervo SMCC
Santa Casa de Campinas
BENEDITO COSTA LIMA, Diretor-Presidente predestinado e obstinado, reelegeu sua Diretoria para realizar uma das maiores conquistas da classe médica: o cooperativismo médico, através da criação da UNIMED CAMPINAS. De fato, os médicos, na ocasião, espremidos entre a chamada “Medicina de Grupo” e a “Medicina do INPS”, iniciaram um movimento para não depender de nenhuma dessas opções. Iniciado em Santos, com a liderança do médico Edmundo Castilho, logo entusiasmou a classe médica de Campinas, tendo a sua liderança na SMCC, com BENEDITO COSTA LIMA e JEBER JUABRE, à frente. De fato, foi na entidade que as reuniões preparatórias aconteceram e foi nela que, finalmente, nasceu a UNIMED CAMPINAS que se tornaria uma das maiores e mais consolidadas cooperativas médicas do país. Por isso, as gestões de COSTA LIMA e suas diretorias conseguiram, ao mesmo tempo, normatizar os departamentos científicos, concluir a construção da sede própria da SMCC e contribuir, decisivamente, para a fundação da UNIMED CAMPINAS. Era um momento, democraticamente difícil para o Brasil, mas economicamente favorável, numa fase (1964-1973), qualificada como “o milagre brasileiro”, em razão da forte industrialização e desenvolvimento do país, com
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Dr. Jeber Juabre liderou a criação da Unimed Campinas. Acervo SMCC
Sede da Unimed Campinas: trajetória de 45 anos da cooperativa está estreitamente ligada à luta dos médicos campineiros, liderada pela SMCC.
crescimento do PIB de quase 10% anualmente, e o bom uso das disponibilidades internacionais de capitais. A fundação da UNIMED CAMPINAS ocorreu quando a construção da sede própria da SMCC já estava bem adiantada. Então, JEBER JUABRE alugou o imóvel situado na Avenida Andrade Neves, nº 707, conhecido como o “Casarão do Café”, para sediar a UNIMED CAMPINAS, com espaço suficiente para suas atividades de então e com disponibilidade para acolher, provisoriamente, por quatro meses, a sede da SMCC, enquanto a sede própria desta seria concluída. Com a poupança gerada pela não cobrança de alugueis, a SMCC deu andamento à conclusão da construção do prédio situado à Rua Delfino Cintra, que receberia o número 63. Finalmente, em 20 de agosto de 1971, em solenidade prestigiada pelos presidentes da AMB e APM, autoridades regionais e grande número de associados, foi inaugurada a tão sonhada sede própria da SMCC. A UNIMED CAMPINAS ainda ficaria no “Casarão do Café” até mudar-se para sua sede própria, na Avenida Barão de Itapura.
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Capítulo VII O Clube de Campo e a defesa profissional Encerradas as profícuas gestões de COSTA LIMA, sucedeu-o um dos mais destacados associados que haveria de presidir a entidade justamente quando a mesma comemoraria seu 50º aniversário de fundação, o incansável RUI FERREIRA PIRES. Assumindo em 01.12.73, presidiu a entidade até 11.05.77, quando solicitou licença para assumir a Presidência da APM, para terminar o mandato do então presidente daquela entidade Henrique Arouche de Toledo, falecido em 05 de maio daquele ano. Coube a RUI FERREIRA PIRES cuidar de alguns problemas da SMCC, e da classe médica, como liquidar as dívidas da entidade, mobiliar a nova sede, fortalecer a incipiente UNIMED CAMPINAS e combater a “Medicina de Grupo”. A atuação da SMCC, nesse período e nesse sentido, repercutiu de tal forma, no Estado e no país, a ponto de levar RUI FERREIRA PIRES para a VicePresidente no período de 01/12/1973 a 30/11/1977 Dr. Rui Ferreira: gestão voltada à estruturação da Casa do Médico, após a sua construção
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Presidência (e, depois, à Presidência da APM).
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Durante sua gestão, a SMCC comemorou, condignamente, seu meio século de fundação, com várias ações sociais e científicas, destacando-se a conferência magna do Prof. Dr. Euryclides Zerbini, no auditório da entidade.
Baile do Dia do Médico, na Sociedade Hípica de Campinas, nos anos 1970: data tradicionalmente celebrada com pompa e circunstância. Acervo SMCC.
Assumindo a APM, RUI FERREIRA PIRES passou a presidência da entidade ao saudoso EDWALD MERLIN KEPPKE, que completou aquele mandato, tendo sido reeleito Presidente para a nova gestão, durante a qual, dentre várias e importantes ações, realizou aquela que o imortalizou: a doação da Sede de Campo, composta de um magnífico casarão, estilo colonial, em um terreno de mais de 40.000 m2, no distrito de Sousas. De fato, MERLIN KEPPKE, mercê suas excelentes relações sociais, amigo, dentre outros, de Braz Soares, sério e competente corretor de imóveis, acabou por combinar com o mesmo, um arranjo incrível: se MERLIN conseguisse, junto a associados da SMCC, a venda de 75 a 80% dos lotes dos chamados Bosques de Notre Dame, receberia a entidade, como doação, não somente o terreno com cerca de 40.000 m2, mas e principalmente seu magnífico casarão colonial. MERLIN colocou mãos à obra e, para dar exemplo, adquiriu, ele próprio, um dos primeiros lotes. Os associados responderam, prontamente, ao apelo do Presidente e eis que, como um milagre, a SMCC era detentora de um Clube de Campo com belíssima sede. Mas, MERLIN KEPPKE prestou mais um grande serviço à SMCC: elegeu, para sucedê-lo, o médico desportista ROBERTO SCHMIDT NETO. As credenciais de SCHMIDT NETO não poderiam ser melhores para um presidente que assumia com a principal tarefa de fazer do imóvel doado à SMCC, em Sousas, um verdadeiro Clube de Campo: com um arsenal de troféus, medalhas
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Sandra Keppke (à esquerda) e Dirce Ferreira de Camargo descerram a placa inaugural da sede. Acervo SMCC.
O então prefeito Magalhães Teixeira (á esquerda) acompanha pronunciamento do Dr. Merlin Keppke (à direita). Acervo SMCC
de natação, de pólo aquático, de basquete e outras modalidades, SCHMIDT NETO era o associado mais equipado para aquela missão. Mas não se tratava somente de um puro esportista: com muita humildade e muita liderança, apoiado por um bom número de dedicados companheiros na diretoria, transformou um terreno e um casarão, num dos mais bonitos clubes de campo do interior, com completa praça de esportes, restaurante, ampliação da caixa d’água, transformação de dependências em vestiários. Era muito impressionante acompanhar aquele vigoroso médico esportista cuidando de todos os detalhes, enfrentando a poeira e a lama dos caminhos da cidade de Campinas até o Clube, erguendo, ele próprio, barracas para as festas juninas, que se tornaram tradicionais e que ensinaram o caminho do clube aos associados. Por tudo isso e por todas as suas demais ações em favor da classe, dentre as quais, a declaração da SMCC como de Utilidade Pública, no âmbito estadual, em 28.04.82, foi também eleito Vice-Presidente de nossa APM.
Imagens atuais do Clube de Campo SMCC.
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JOÃO ANTONIO VOZZA sucedeu ROBERTO SCHMIDT NETO para presidir a SMCC no período 1983-1985. Exatamente quando os militares devolveram o poder aos civis, acolhendo um grande movimento de ruas, com os brasileiros exigindo a redemocratização completa do país. Portanto, num momento e numa atmosfera de muita esperança. VOZZA teve oportunidade de batalhar, com sua SMCC pela adoção, como referência, da Tabela de Honorários Médicos da Associação Médica Brasileira, tão contestada pelos chamados “convênios” da época. Foi uma luta árdua, mas, finalmente, vencedora. Se batalhou pela vitória da Tabela de Honorário Médicos, a SMCC de VOZZA, por outro lado, compartilhou a intensa luta para que o então denominado “contrato-padrão”, inventado pelo INPS e que seria assinado pelos hospitais, finalmente não vigorasse, constituindo mais uma vitória da SMCC na defesa de honorários condignos para a classe médica. Internamente, JOÃO ANTONIO VOZZA dedicou especial atenção em importantes ações, desde as administrativas, até as obras adicionais de adequação do Clube de Campo. Foi sucedido por JOÃO PLUTARCO RODRIGUES LIMA, médico pernambucano atuando na UNICAMP e semeador de instituições, dentre as quais o Instituto de Patologia de Campinas (IPC), nas dependências da Maternidade de Campinas, em 1969, e o Conselho Interinstitucional Municipal de Saúde (CIMS) de Campinas, em 1987, atualmente o Conselho Municipal de Saúde. O CIMS atuou intensamente, juntamente com demais instituições, para a definição de políticas públicas visando à construção de um sistema de saúde de qualidade e gratuito, exatamente aproveitando o momento quando a nação, de novo democratizada, discutia ações locais por maior participação da sociedade nessas políticas. Foi também no mandato de PLUTARCO, que nasceu, com a decisiva participação da SMCC, o escritório regional de Campinas do Conselho Regional de Medicina (CREMESP), abrigado, por um bom tempo, nas dependências da SMCC (Casa do Médico de Campinas). Defendendo a classe médica de Campinas, por ocasião do falecimento do jogador árabe do Al Nasser Club, ocorrida após choque anestésico durante procedimento para uma cirurgia de remoção de osso acessório do tornozelo direito, Plutarco acompanhou, ativamente, na condição de patologista, a discussão gerada e em curso no CRM sobre ética profissional, não havendo a condenação final no processo, tendo a SMCC permanecido sempre ao lado dos associados. Em consequência, PLUTARCO conduziu mudança nos estatutos da entidade, transformando a Comissão de Defesa de Classe em Comissão de Defesa Profissional, de caráter mais abrangente, semente do futuro Departamento Jurídico e da Diretoria de Defesa Profissional. PLUTARCO homenageou Alfredo Gomes Júlio, pela sua ação crucial, como vereador, para a doação do terreno, pela Prefeitura, que permitiu a construção da sede própria da SMCC, batizando, com muita justeza, o auditório da entidade com o nome de “Auditório Alfredo Gomes Júlio”. Atuante na comunidade, PLUTARCO presidiu o Centro de Ciências, Letras e Artes (berço da SMCC), bem como foi titular da Secretaria Municipal da Cultura na gestão do prefeito Francisco Amaral.
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Capítulo VIII Consolidação da moderna SMCC As gestões seguintes à de JOÃO PLUTARCO RODRIGUES LIMA – de EDISON JALBUT, de PEDRO ANTUNES NEGRÃO, de JORGE CARLOS MACHADO CURI, de ALBERT ZEITOUNI e de JAYME MALEK tiveram grande impacto, tanto no seio da classe médica de Campinas, como na comunidade regional, como um todo, consolidando a SMCC como entidade madura, participante, contributiva, defensora intransigente, tanto de seus associados, como das políticas e ações públicas, sempre visando a contínua melhoria da saúde da população regional, principalmente a mais frágil, social e economicamente considerando. EDISON JALBUT dirigiu a entidade em duas gestões: de 1987 a 1991, quando Campinas já se aproximava dos 900.000 habitantes, desenvolvendo-se, rapidamente, em todas as áreas, desde a industrial até a cultural, transformando-se numa das metrópoles mais dinâmicas do país. Em 1990 constituiu-se num dos momentos mais importantes e referenciais do século, com o incrível desenvolvimento tecnológico, notadamente o da Informática. E JALBUT e sua competente equipe de diretores, perfeitamente sintonizados com sua época, iniciaram os movimentos para dotar a SMCC de equipamentos necessários para começar a informatizar a sua Secretaria e sua Tesouraria. Da mesma forma, a equipe debruçou-se sobre um persistente problema que, de tempos em tempos, afligia as diretorias: a inadimplência dos associados. Então, uma solução foi encontrada: estabelecer um convênio com a UNIMED CAMPINAS. Como a grande maioria dos associados da SMCC era constituída de cooperados à UNIMED, então esta acabava por descontar do cooperado e creditar,
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na conta da SMCC, o valor da mensalidade associativa desta. Esta parceria persiste até hoje. Credita-se, por igual, à gestão de JALBUT, a contratação de uma assessoria jurídica, semente tanto do atual Departamento Jurídico da entidade, como do PRODEP – Programa de Defesa Profissional, implantado na primeira gestão de CLOVIS ACURCIO MACHADO, bem como a aquisição de um terreno de 5.000m2, no Jardim Santa Cândida, e a realização do II Congresso Médico de Campinas. Já PEDRO ANTUNES NEGRÃO, sucedendo JALBUT, dirigiu a entidade também em duas gestões seguidas, de 1991 a 1995. Professor do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, NEGRÃO ainda arrumava tempo para atividades na Maternidade de Campinas e no Hospital Irmãos Penteado, tendo, por igual, desenvolvido ampla gama de ações voltadas à filantropia, tendo fundado, dirigido e/ou auxiliado várias instituições de beneficência da região. Conselheiro da administração da UNIMED CAMPINAS, onde idealizou seu Comitê Educativo, destacou-se como um dos fundadores da UNICRED CAMPINAS. Foi na sua gestão à frente da SMCC que, tendo participado, em 1992, da Comissão Nacional de Honorários Médicos da AMB, consolidou-se a tabela dos mesmos honorários. A ampliação dos serviços prestados pela SMCC foi uma constante preocupação de NEGRÃO, incluindo-se aí: as cópias xerográficas, os serviços de despachantes junto ao DETRAN, envio de fax para associados e aquisição de medicamentos a preços diferenciados. A publicação mais regular da “Folha Médica” também foi uma de suas realizações. Dois Congressos Médicos de Campinas foram realizados nas suas gestões. JORGE CARLOS MACHADO CURI sucedeu NEGRÃO, também por duas gestões, de 1995 a 1999. CURI dirigiu a SMCC em tempos de muita transição, bem no final de um século e início de outro. Em razão da mudança da moeda brasileira do Cruzado para o Real, exatamente quando CURI iniciava sua gestão, era
Da maquete ao prédio atual, a ampliação da sede social.
As obras de reforma e ampliação da sede social marcaram os 75 anos da Sociedade. Fotos acervo SMCC
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natural a expectativa da classe médica pelo resgate da adequada remuneração pelos seus serviços, bem defasada em consequência da vigência da antiga URV (Unidade Real de Valor). CURI elegeu-se e a sua Diretoria, compondo o grupo denominado Dignidade Médica que, em razão do momento vivido pela classe, conseguiu sua união e apoio irrestrito às ações da SMCC, principalmente face aos planos de saúde, tendo oportunidade e bastante interferência positiva, juntamente com a APM, o Conselho local de Medicina e o Sindicato dos Médicos de Campinas, centralizando, na entidade, os debates que contribuíram para a defesa dos interesses da classe visando a criação do SUS (Sistema Único de Saúde), vigorando até o momento. O movimento, de tão expressivo, levou à negociação com os planos de saúde, gerando um acordo com as operadoras de saúde suplementar, com a arbitragem da FIPE-USP que, por sua vez, desaguou na implantação da futura CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), finalmente estabelecida em 2003. A criação e a formalização, sob a forma de lei municipal, da CIPA nas escolas (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) foi também um dos destaques nessa primeira gestão de CURI. Outra marca dessa gestão, foi o esforço da Diretoria de CURI em não só disseminar conhecimentos, mas de criar facilidades para a aquisição de equipamentos por associados, agora que a Informática chegava à Medicina. Mas CURI e sua Diretoria, principalmente na sua segunda gestão, voltaram, também, sua atenção para a comunidade, desenvolvendo ações e campanhas visando, dentre outras, a doação de órgãos após a morte encefálica de doentes, bem como a vida saudável através de atividades físicas e adequada alimentação. Em razão de sua destacada atuação em defesa da classe médica, CURI foi Diretor de Defesa Profissional da APM, Membro do Conselho Estadual de Saúde, Conselheiro do CREMESP, Vice-Presidente e Presidente da APM e mais recentemente Vice-Presidente da AMB.
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Capítulo IX SMCC no século XXI Sucedendo CURI, ALBERT ZEITOUNI foi o Presidente da SMCC na mudança do Século XX para o XXI, quando Campinas atingia um milhão de habitantes e iniciou os novos tempos com um mandato de três anos, mercê da alteração dos estatutos da entidade. Nascido no Egito, recebeu o título de Cidadão Campineiro, em 2001. A gestão de ZEITOUNI foi quase que inteiramente dedicada às ações comunitárias, destacando-se a criação e a implantação do Programa PAIDEIA -Saúde da Família, com forte contribuição da SMCC. Nasceu, também, na sua gestão, a criação do Prêmio Paes Leme, concedido a personalidades e instituições com destacada contribuição à sociedade. Como escritor, produziu “Vida Branca, Vida Dourada”, reunindo suas crônicas publicadas no jornal “Correio Popular” de Campinas. Seu nome também foi utilizado pela APM para o ”Concurso de Crônicas”, promovido por aquela entidade. Por igual, a SMCC futuramente conferiria seu nome ao espaço social do terceiro andar da sua sede central, em homenagem ao caráter e companheirismo desta unânime pessoa, entre os colegas. A excelente gestão de JAYME MALEK, sucessor de ZEITOUNI, foi iniciada com a implantação da tabela CBHPM, antecedida de amplas discussões, nas quais a SMCC teve expressiva participação. A agenda de 2003 foi tomada, em boa parte, pelas repetidas reuniões e amplas discussões, na sede da SMCC, relacionadas às modificações derivadas da Lei Complementar 116/2003, do Executivo Federal, alterando a normatização do ISSQN e ampliando a lista de serviços sujeitos ao seu pagamento, tendo JAYME MALEK defendido, na Câmara Municipal, o princípio adotado pela sua Diretoria de que os médicos não poderiam absorver novos custos resultantes das mudanças na legislação daquele tributo. Foram, também, nessa gestão, desenvolvidas numerosas atividades científicas, destacando-se os debates sobre
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“Responsabilidade penal do médico”, bem como “A lei do ato médico: corporativismo ou responsabilidade social?” e a divulgação, durante inédita mesa redonda sobre Meio Ambiente e Saúde Humana, do “Manifesto pela Proteção da Saúde do Cidadão”. O VIII Congresso Médico de Campinas e o I Congresso de Saúde de Campinas e Região complementaram as atividades científicas da gestão de JAYME MALEK. DENISE BARBOSA sucedeu a JAYKE MALEK, tornando sua gestão, desde logo, histórica, pois se tratava da primeira mulher a dirigir a SMCC. Comandou a entidade por duas gestões (2005 - 2011), tratando, logo no início, de reduzir o número de diretores da entidade de 38 para 18, facilitando a sua condução. DENISE cuidou, de forma prioritária, das atividades sociais da entidade e da transmissão de informações e conhecimentos aos associados, tentando atualizá-los, por força de exigências legais novas, que modificavam sua segurança jurídica e impactavam seus honorários. Assim, na área social, realizou festejos, no Clube de Campo, bem como criou a Happy Hour Solidária, evento beneficente da SMCC. Para aproximar alunos e professores das duas universidades – UNICAMP e PUC Campinas – realizou o I Fórum dos Residentes de Campinas e Região. No rol de atividades científicas, houve diversos cursos e mesas redondas, envolvendo diversas especialidades. Em parceria com a UNIMED, promoveu a Pós Graduação Lato Sensu em Perícias Médicas. Antes de completar seu segundo mandato à frente da SMCC, DENISE BARBOSA enfrentou um momento crítico, em julho de 2011, com a paralisação de médicos, tentando sensibilizar alguns planos de saúde que ainda se recusavam a implementar, na integralidade, o que estava previsto nas tabelas CBHPM, tendo a SMCC e a Delegacia Regional do CREMESP atuado, intensamente, no sentido de levar as reivindicações dos médicos para os planos.
Passeata organizada pela instituição: presença atuante da comunidade. Acervo SMCC.
O derradeiro comandante, que encerra esta bela história da entidade, foi CLOVIS ACURCIO MACHADO, na sua primeira gestão (2011-2014) e continua em sua segunda gestão (2014-2017), neste momento em que a SMCC completa seus noventa anos de fundação. Em sua primeira gestão, MACHADO, com a experiência obtida em diversos cargos e em diversas gestões na própria SMCC, na UNIMED e na UNICRED, além de sua própria e extensa formação profissional no Brasil e no exterior, tratou,
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desde logo, de profissionalizar, o mais rapidamente possível, muitas das atividades da entidade. Para isso, contratou empresas especializadas em gestão, comunicação e informática. Iniciou por um completo diagnóstico de situação e, baseado neste, instituiu, pela vez primeira, na SMCC, o Planejamento Estratégico, como ferramenta indispensável para definir os planos, cronogramas, previsões de custos e controle gerencial. Programas de treinamento foram desenvolvidos, utilizando consultoria externa, bem como sistemas e ferramentas de Informática, de modo a reduzir ou eliminar um problema recorrente: a inadimplência de associados. Foi preciso impor um forte controle de despesas e um enorme esforço para recuperar o cadastro e contribuição de grande parte dos associados, de sorte a transformar um persistente passivo, num expressivo superávit já ao final desta primeira gestão. Outra grande marca da gestão foi a recuperação do requinte e prestígio dos eventos sociais, com a remodelação dos eventos tradicionais, entre os quais se destaca o Jantar e Baile de Gala do Dia do Médico. Apenas uma festa não era suficiente para expressar o nível de reconhecimento que o médico merece, por isso, ao final da gestão, foi inaugurada a Semana do Médico, composto pela Celebração do Dia das Crianças no Clube de Campo, um evento cultural e um evento enogastronômico, além do tradicional Jantar/Baile. Atualmente, as festas da SMCC são novamente reconhecidas pela sofisticação e qualidade, desde o cardápio até a animação, reconhecidas não só pelos associados, mas também por entidades e empresas que cada vez mais se oferecem a participar delas. O Happy Hour Solidário foi transformado num programa beneficente permanente – o Sociedade Solidária, que busca contribuir com entidades assistenciais através de eventos, captação de recursos financeiros e/ou doação de alimentos para entidades filantrópicas ao longo de todo o ano. No Clube de Campo, um Plano Diretor (com planos de Governança, de Segurança, de Sustentabilidade, de Atividades Sociais e Esportivas, além do seu Regulamento Geral) foi redigido e, desde logo, reformas estruturais de grande porte foram conduzidas para garantir a preservação do patrimônio. Assim sendo, pela primeira vez em décadas, foram executados serviços como a reforma de todo o telhado, re-impermeabilização e troca de azulejos da piscina, reconstrução de toda a portaria (incluindo uma nova e maior caixa asséptica), troca da bomba d’água do poço artesiano, substituição de toda fiação da parte externa e pintura da fachada do casarão, entre outros. Todo o arquivo-morto e o arquivo do Departamento Jurídico foi refeito e este ganhou um enorme reforço, com a contratação de mais advogados e estagiários. Tudo isso para melhor atender a demanda de mais de 300 reclamações judiciais/ano por eventuais erros médicos, obtendo taxa superior a 90% de sucesso. Este reforço no Departamento Jurídico, em parceria com a Diretoria de Defesa Profissional, permitiu ainda a criação do PRODEP - Programa de Defesa Profissional, visando a instituição de ações e mecanismos de defesa do médico diante da intensa judicialização da Medicina, tendo criado a 1ª Cartilha de Defesa Profissional da SMCC, entregue a todos os associados. Além disso, a área científica, pilar primordial da entidade, passou a receber grande atenção e estímulos. Entre 2012 e 2014, a SMCC promoveu 300 eventos científicos por ano, com a participação de mais de 10 mil profissionais e estudantes. Números que consagram a instituição como uma das mais ativas na formação continuada da classe médica no Brasil, em um momento em que os avanços científicos e tecnológicos demandam atualização permanente. Um novo prêmio institucional foi criado, em 2014, o Prêmio Mérito Científico SMCC, concedido aos melhores trabalhos publicados em nossa região. Ainda nos primeiros anos desta gestão, a SMCC mostrou seu papel de liderança junto à classe médica local nas manifestações e protestos, incluindo grandes passeatas pelo centro de Campinas, contra projetos polêmicos do Governo Federal, como o credenciamento de profissionais estrangeiros sem a devida avaliação para o programa “Mais Médicos” e a abertura desenfreada e sem critérios de novas escolas médicas.
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Capítulo X O presente e o futuro da SMCC Atualmente, na segunda gestão de CLOVIS ACURCIO MACHADO, sua Diretoria é reconhecida por ser uma das mais atuantes dos últimos anos. Prova disso é o quórum dos encontros semanais que reúnem, não raramente, uma dezena de Diretores, além de delegados da APM. Com tamanho compromisso e participação, a SMCC vive um momento de grande produção, em diversas áreas. A SMCC reconquista espaço na imprensa regional, incluindo jornais, rádios e emissoras de televisão, seja pelos seus projetos assistenciais, pela atuação de seus Departamentos Científicos ou mesmo pelos eventos sociais que promove. Já no início da atual gestão, um ousado passo foi dado com a renovação da logomarca da SMCC. Um design mais moderno, mantendo as características tradicionais da logomarca, como a Fênix, simbolizam uma entidade que se renova, mas sem perder suas referências no passado.
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Diretoria da SMCC (a partir da esquerda): Luiz Inácio Quaglia Passos, José Roberto Franchi Amade, Sandor Dosa Acras, Donizeti Cesar Honorato, Marco Aurélio Bussacarini, Clóvis Acurcio Machado, Irineu Francisco Debastiani, Fátima Maria Ap. F. Bastos, Marcelo Amade Camargo, Ricardo Antonio Araujo, Danilo Glauco P. Vilagelin Filho, Antonio Cesar Antoniazzi e Carmen Sylvia Ribeiro. Foto: Martinho Caires.
Graças à recuperação financeira promovida na primeira gestão, a SMCC está conseguindo levar adiante diversos projetos que faziam parte do planejamento estratégico desde sua eleição. De fato, apesar da situação econômica desfavorável vivenciada hoje em nosso país, a SMCC tem fôlego e solidez para investir em seu patrimônio físico (sede social e de campo), na defesa dos interesses e na atualização profissional da classe médica. Na Sede Social, todas as salas e auditórios receberam manutenção, incluindo pintura e atualização dos equipamentos de informática e audiovisuais, além de um novo layout que resultou no incremento de mais uma sala no segundo andar, totalmente equipada com cabeamento de alta definição. Toda a estrutura de Tecnologia da Informação foi renovada, incluindo dois poderosos servidores, cabeamento de alta velocidade (cat6), modem inteligente que alterna entre dois provedores de internet, que garante estabilidade na conexão, muito importante para videoconferências. Porém, o grande destaque da atualidade foi a profunda reforma no seu salão social – Espaço Zeitouni - reinaugurado em setembro de 2015 totalmente remodelado, com decoração moderna, climatização, nova e equipada cozinha de apoio e elementos de acessibilidade, que conferem charme e elegância a qualquer evento.
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Elegante e acolhedor, o espaço Albert Zeitouni (3º andar) foi totalmente repaginado .
Já no Clube de Campo, após minuciosos projetos e licitação, a maior reforma desde a construção do casarão colonial está agendada para começar ainda este ano, renovando totalmente a cozinha e os salões anexos, além de transformar alguns dormitórios em salas multiuso. Assim, o espaço poderá receber eventos de qualquer natureza, desde eventos científicos, confraternizações até casamentos, tornando-se uma nova fonte de receita para a entidade. Além disso, o casarão abrigará a futura Biblioteca e receberá o Museu da SMCC, transferido da sede social. Logo no início da atual gestão, um grande sonho de diversas diretorias passadas foi, finalmente, concretizado: o Departamento Acadêmico da SMCC foi oficialmente inaugurado em outubro de 2014. Trata-se de um importante canal com as faculdades de medicina de nossa região e uma injeção de ânimo nos acadêmicos, que agora encontram um espaço adequado para executar seus projetos conjuntamente, além de reforçar o quadro de associados. Um dos primeiros projetos do DA SMCC, em parceria com três faculdades de medicina, será uma Feira de Especialidades, que proporcionará um vislumbre das especialidades médicas, como uma “orientação profissional”, para que o jovem médico possa escolher melhor seu curso de Residência. Ainda no âmbito científico, a Diretoria lançou o Programa de Apoio a Projetos dos Departamentos e Comitês Científicos, que apoia e até financia projeto especiais que contribuem para projetar o nome da entidade e da classe médica perante a população. O Prêmio Mérito Científico se consolida rapidamente em nosso meio e ganhou a companhia, a partir de 2015, do Prêmio Jovem Cientista, dedicado exclusivamente a fomentar os jovens pesquisadores ligados ao Departamento Acadêmico. Em muito breve, a SMCC anunciará ainda seu Serviço de Apoio à Produção Científica, com apoio a pesquisadores associados visando à publicação de trabalhos científicos. A SMCC segue sua vocação primordial de liderança e de bom relacionamento com todas as entidades. Em 2015, foi assinado um Termo de Cooperação entre a SMCC e a Prefeitura Municipal de Campinas para o desenvolvimento de ações comunitárias, visando, principalmente, a Saúde Pública. Da mesma forma, a aproximação com as Faculdades de Medicina da região e com Sociedades de Especialidades já resultaram em mutirões com foco em ações preventivas que tiveram repercussão em toda a mídia (doenças renais, cardiológicas, pulmonares, pediátricas, oncológicas, traumas, entre outros). Todo o investimento em tecnologia permite o aperfeiçoamento das ferramentas de comunicação. Em breve, teremos a implementação do Portal SMCC, com serviços online aos associados. Além disso, contamos com a edição da revista MEDICAÇÃO, em novo e moderno formato, além de newsletters, E-mail Marketing, e o lançamento da SMCC nas Redes Sociais.
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Tantas mudanças e modernidades exigirão uma atualização do Estatuto Social da SMCC, que já está em desenvolvimento e será apresentado para debate com todos os associados, até o final desta gestão. Como não podia deixar de ser, no ano do nonagésimo aniversário, toda a programação social foi especial, com incremento no nível de todos os eventos. Assim, o Dia das Crianças contou com oficinas mini-chef de alimentação saudável, a Noite Enogastronômica contou com a presença, mais uma vez, de um dos maiores sommelier do país – Carlos Cabral – e o Jantar e Baile de Gala do Dia do Médico foi uma festa sem precedentes. Um dos momento de maior emoção foi o presente dado à SMCC, por intermédio da Prefeitura, na Noite Cultural: uma apresentação da Orquestra Sinfônica de Campinas em homenagem aos 90 anos! Mas o apogeu foi, sem dúvida, o Jantar Comemorativo dos 90 Anos, que reuniu, no dia 1º de dezembro de 2015, data exata da fundação da SMCC, ex-presidentes e colegas das diversas diretorias passadas, muitos deles já falecidos, mas que foram devidamente representados pelos seus familiares, além de autoridades, representantes da APM, AMB, CREMESP, CFM, imprensa local e diversos convidados especiais numa noite inesquecível. Neste dia foi feito o lançamento oficial do livro “SMCC 90 Anos na História da Saúde em Campinas: Memórias e Legados”, escrito pelos jornalistas e escritores José Pedro Soares Martins e Paulo César Nascimento e que embasou as histórias contadas nesta revista especial.
Esta, querido associado, é a história da sua SMCC ao longo de seus 90 anos de existência. Mais do que uma entidade tradicional, forte e dinâmica, a SMCC foi e sempre será “A CASA DO MÉDICO DE CAMPINAS E REGIÃO”.
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Anexo Diretorias da SMCC ao longo da história 1ª DIRETORIA - 01.12.25 a 30.11.26 Presidente - Francisco Betim Paes Leme; Vice-presidente - João Penido Burnier; 1º Secretário - Azael Álvares Lobo; 2º Secretário - Clóvis Monteiro Peixoto; Tesoureiro - Francisco de Arruda Roso; Bibliotecário Vicente Baptista.
8ª DIRETORIA - 01.12.32 a 30.11.33 Presidente - Carlos Penteado Stevenson; Vice-presidente - A. Bernardes de Oliveira; 1º Secretário - Antonio de Souza Mariz; 2º Secretário - Azael Álvares Lobo; Tesoureiro - Francisco de Arruda Roso; Bibliotecário - Olavo Rocha Filho.
2ª DIRETORIA - 01.12.26 a 30.11.27 Presidente - Hermas de Carvalho Braga; Vice-presidente - Arlindo de Lemos Júnior; 1º Secretário - Benedicto de Cunha Campos; 2º Secretário - Paulo Mangabeira Albernaz; Tesoureiro- Renato Henry; Bibliotecário - Alfredo Gomes Júlio.
9ª DIRETORIA - 01.12.33 a 30.11.34 Presidente - Hermas de Carvalho Braga; Vice-presidente - Benedicto da Cunha Campos; 1º Secretário - Eduardo de Almeida; 2º Secretário - Passos Maia; Tesoureiro - Francisco de Arruda Roso; Bibliotecário - Januário Pardo Mêo.
3ª DIRETORIA - 01.12.27 a 30.11.28 Presidente - Azael Álvares Lobo; Vice-presidente - Carlos Penteado Stevenson; 1º Secretário- Clóvis Monteiro Peixoto; 2º Secretário- Nestor de Barros Oliveira; Tesoureiro - Francisco de Arruda Roso; Bibliotecário - Antonio Azevedo . 4ª DIRETORIA - 01.12.28 e 30.11.29 Foi presidida por Arlindo Joaquim de Lemos Júnior. Não são conhecidos os demais membros da diretoria, que não constam no livro de atas da Sociedade.
10ª DIRETORIA - 01.12.34 a 30.11.35 Presidente - Antonio Bernardes de Oliveira; Vice-presidente - Manoel Dias; 1º Secretário - Arlindo de Lemos Júnior; 2º Secretário - Líbia Grandinetti; Tesoureiro - Francisco de Arruda Roso; Bibliotecário - Sylvio de Oliveira Barros.
5ª DIRETORIA - 01.12.29 a 30.11.30 Presidente - Paulo Mangabeira Albernaz; Vice-presidente - Clóvis Monteiro Peixoto; 1º Secretário - Antonio C.M. Azevedo; 2º Secretário - Antonio de Souza Mariz; Tesoureiro - Francisco de Arruda Roso; Bibliotecário - J. Pagano Brundo. 6ª DIRETORIA - 01.12.30 a 30.11.31 Foi presidida por Armando da Rocha Brito. Também não há registro no livro de atas da Sociedade dos nomes dos demais integrantes da diretoria. 7ª DIRETORIA - 01.12.31 a 30.11.32 Presidente - Januário Pardo Meo; Vice-presidente - Hermas de Carvalho Braga; 1º Secretário - Benedicto da Cunha Campos; 2º Secretário - Roldão de Toledo; Tesoureiro - Francisco de Arruda Roso; Bibliotecário - Oswaldo de Oliveira Lima.
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11ª DIRETORIA - 01.12.35 a 30.11.36 Presidente - Mário Pernambuco; Vice-presidente - Paulo Mangabeira Albernaz; 1º Secretário - Azael Álvares Lobo; Luiz de Tella; Tesoureiro - Francisco de Arruda Roso; Bibliotecário - Sylvio de Oliveira Barros. 12ª DIRETORIA - 01.12.36 a 30.11.37 Presidente - Januário Pardo Meo; Vice-presidente - Roldão de Toledo; 1º Secretário - Arlindo de Lemos Júnior; 2º Secretário - Passos Maia; Tesoureiro - Paschoalino Nucci; Bibliotecário - Paulo Afonso Ribeiro. 13ª DIRETORIA - 01.12.37 a 30.11.38 Presidente - Alfredo Gomes Julio; Vice-presidente - Oswaldo de Oliveira Lima; 1º Secretário - Gabriel Porto; 2º Secretário - Carlos Mendes de Paula; Tesoureiro - Paschoalino Nucci; Bibliotecário - Vicente Benedicto Silva. 14ª DIRETORIA - 01.12.38 a 30.11.39 Presidente - Gabriel Porto; Vice-presidente - Luiz de Tella; 1º Secretário - Francisco Monteiro
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Salles; 2º Secretário - Armando da Rocha Brito; Tesoureiro - Paulo Afonso Ribeiro; Bibliotecário - Armando Strazzacappa. 15ª DIRETORIA - 01.12.39 a 30.11.40 Presidente - Roldão de Toledo; Vice-presidente - Clóvis Monteiro Peixoto; 1º Secretário - Lycurgo de Castro Santos Filho; 2º Secretário - Miranda Filho; Tesoureiro - Riolando S. Ferreira; Bibliotecário - Inácio I. Alves Corrêa. 16ª DIRETORIA - 01.12.40 a 30.11.41 Presidente - Lycurgo de Castro Santos Filho; Vice-presidente - Liraucio Gomes; 1º Secretário - Heitor Nascimento; 2º Secretário - José de Angelis; Tesoureiro - João de Souza Coelho; Bibliotecário - João Ferreira Jorge. 17ª DIRETORIA - 01.12.41 a 30.11.42 Presidente - Octávio Bierrenbach de Castro; Vice-presidente - Clemente Holtmannn Junior; 1º Secretário - José Martins Rocha; 2º Secretário - Arsênio Oswaldo Sevá; Tesoureiro - Armando Strazzacappa; Bibliotecário - Antonio de Souza Mariz. 18ª DIRETORIA - 01.12.42 a 30.11.43 Presidente - Francisco Monteiro Salles; Vice-presidente - Múcio Drummond Murgel; 1º Secretário - João de Souza Coelho; 2º Secretário - Pedro Agápio de Aquino Neto; Tesoureiro - Luiz de Tella; Bibliotecário - Roberto Rocha Brito. 19ª DIRETORIA - 01.12.43 a 30.11.44 Presidente - João de Souza Coelho; Vice-presidente - João Ferreira Jorge; 1º Secretário - Arsênio Oswaldo Sevá; 2º Secretário - Manoel Affonso Ferreira Filho; Tesoureiro - Riolando da Silva Ferreira; Bibliotecário - Walter Amaral Campos. 20ª DIRETORIA - 01.12.44 a 30.11.45 Presidente - Paulo Mangabeira Albernaz; Vice-presidente - Renê Penna Chaves; 1º Secretário - Arsênio Oswaldo Sevá; 2º Secretário - Laerte de Moraes; Tesoureiro - Alcides Gomes Miranda;
Bibliotecário - Walter Amaral Campos. 21ª DIRETORIA - 01.12.45 a 30.11.46 Presidente - Renê Penna Chaves; Vice-presidente - João Lech Júnior; 1º Secretário - Paulo Afonso Ribeiro; 2º Secretário - Oswaldo Mendes Leite; Tesoureiro - Alcides Gomes Miranda; Bibliotecário - Mário Matallo. 22ª DIRETORIA - 01.12.46 a 30.11.47 Presidente - Roberto Rocha Brito; Vice-presidente - Eduardo de Almeida; 1º Secretário - Laerte de Moraes; 2º Secretário - José Ataliba O. Aboin Gomes; Tesoureiro - Alcides Gomes Miranda; Bibliotecário - Saulo Barbosa. 23ª DIRETORIA - 01.12.47 a 30.11.48 Presidente - Celso Wey Magalhães; Vice-presidente - José Teixeira de Camargo; 1º Secretário - Cesar de Godoi; 2º Secretário - Orlando de Freitas; Tesoureiro - Alcides Gomes Miranda; Bibliotecário - Moysés Libermann. 24ª DIRETORIA - 01.12.48 a 30.11.49 Presidente - Antonio Augusto de Almeida; Vice-presidente - Olympio Miranda Filho; 1º Secretário - Saulo Barbosa; 2º Secretário - Antonio Pires Barbosa; Tesoureiro - Alcides Gomes Miranda; Bibliotecário - Fernando Monteiro. 25ª DIRETORIA - 01.12.49 a 30.11.50 Presidente - Arsênio Oswaldo Sevá; Vice-presidente - Eduardo de Almeida; 1º Secretário - Laércio Lobo de Moraes; 2º Secretário - Antonio Carlos de Souza; Tesoureiro - Alcides Miranda; Bibliotecário - Moysés Libermann. 26ª DIRETORIA - 01.12.50 a 30.11.51 Presidente - Carlos Penteado Stevenson; Vice-presidente - José Martins Rocha; 1º Secretário- Walter Amaral Campos; 2º Secretário - Oswaldo Mendes Leite; Tesoureiro - Décio Bierrenbach de Castro; Bibliotecário - Carlos André Di Mônaco. 27ª DIRETORIA - 01.12.51 a 30.11.52 Presidente - Alfredo Gomes Júlio; Vice-presidente - José Alfio Piason; 1º Secretário - Oswaldo Mendes Leite; 2º Secretário - Orlando de Moraes Burgos; Tesoureiro - Décio Bierrenbach de Castro; Bibliotecário - Carlos André Di Mônaco. 28ª DIRETORIA - 01.12.52 a 30.11.54 Presidente - José Martins Rocha; Vice-presidente- José Alfio Piason; 1º Secretário - Orlando de Moraes Burgos; 2º Secretário - Luiz Gastão Mangabeira Albernaz; Tesoureiro - Décio Bierrenbach de Castro; Bibliotecário - Carlos André Di Mônaco. 29ª DIRETORIA - 01.12.54 a 30.11.56 Presidente - José Alfio Piason; Vice-presidente - Antonio Carlos de Souza; 1º Secretário - Luiz Gastão Mangabeira Albernaz; 2º Secretário - Alberto Affonso Ferreira; Tesoureiro - Oswaldo Mendes Leite; Bibliotecário - Roque José Balbo. 30ª DIRETORIA - 01.12.56 a 30.11.58 Presidente - Antonio Carlos de Souza; Vice-presidente - Roberto Franco do Amaral;
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1º Secretário - Décio Bierrenbach de Castro; 2º Secretário - Altino Gouvea; Tesoureiro - Oswaldo Mendes Leite. 31ª DIRETORIA - 01.12.58 a 30.11.60 Presidente - Luiz Gastão Mangabeira Albernaz; Vice-presidente - Décio Bierrenbach de Castro; 1º Secretário - Altino Gouvea; 2º Secretário - Alberto Lucena; Tesoureiro - Oswaldo Mendes Leite; Bibliotecário - Paulo Orestes Braga. 32ª DIRETORIA - 01.12.60 a 30.11.62 Presidente - Roberto Franco do Amaral; Vice-presidente - Oswaldo Mendes Leite; 1º Secretário - Orlando de Moraes Burgos; 2º Secretário - Gustavo Adolpho de Souza Murgel; Tesoureiro - William Omati; Bibliotecário - Alberto Lucena. 33ª DIRETORIA - 01.12.62 a 30.11.64 Presidente - Gabriel Porto; Vice-presidente - Wiliam Omati; 1º Secretário - Benedito da Costa Lima; 2º Secretário - Vasco Rezende Ribas D´Ávila; Tesoureiro - Elias Farah; Bibliotecário - Edwald Merlin Keppke. 34ª DIRETORIA - 01.12.64 a 30.11.66 Presidente - José Ataliba Ozamis Aboin Gomes; Vice-presidente - William Omati; 1º Secretário - Antonio Ribas Cunha; 2º Secretário - Mathias José de Barros Ponikwar; Tesoureiro - Elias Farah; Bibliotecário - Edwald Merlin Keppke. 35ª DIRETORIA - 01.12.66 a 30.11.68 Presidente - William Omati; Vice-presidente - Benedito da Costa Lima; 1º Secretário - Wilson Simas; 2º Secretário - Alberto Affonso Ferreira; Tesoureiro - Elias Farah; Bibliotecário - Vasco Rezende Ribas D´Ávila. 36ª DIRETORIA - 01.12.68 a 30.11.70 Presidente - Benedito da Costa Lima; 1º Vice-presidente - Gustavo Adolpho de Souza Murgel (José Augusto Ferreira dos Reis); 2º Vice-presidente - José Augusto Ferreira dos Reis (Celso Queiroz Guimarães) 1º Secretário - Rui Ferreira Pires; 2º Secretário - Jessé de Paula Neves Jorge; Secretário Geral - Jeber Juabre; 1º Tesoureiro - Elias Farah; 2º Tesoureiro - José Michel Kalaf; Bibliotecário - Hugo Pagano Gallo. 37ª DIRETORIA - 01.12.71 a 30.11.73 Presidente - Benedito da Costa Lima; 1º Vice-presidente - Jeber Juabre; 2º -Vice-presidente - José Augusto Ferreira Reis; Secretário Geral - Rui Ferreira Pires; 1º Secretário - Ricardo Baroudi; 2º Secretário - Jessé de Paula Neves Jorge; 1º Tesoureiro - Celso Queiroz Guimarães; 2º Tesoureiro - Antonio Carlos Corsini; Bibliotecário - Rogério Antunes Pereira Filho. 38ª DIRETORIA - 01.12.73 a 30.11.75 Presidente - Rui Ferreira Pires; 1º Vice-presidente - Sebastião Ximenes; 2º Vice-presidente - Ronaldo Aguiar Souza Zulian; Secretário Geral - José Albuquerque; 1º Secretário - Waldeyer Arouca; 2º Secretário - Jessé de Paula Neves Jorge; 1º Tesoureiro - Roberto Schmidt Neto; 2º Tesoureiro - Luiz Yoshida; Bibliotecário
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- Fernando Abarca Scheline. 39ª DIRETORIA - 01.12.75 a 30.11.77 Presidente - Rui Ferreira Pires; 1º Vice-presidente - Edwald Merlin Keppke; 2º Vice-presidente - Luiz Yoshida; Secretário Geral - Luiz Abdala; 1º Secretário - Claudio Fernandes; 2º Secretário - Evandro Gomes de Matos; 1º Tesoureiro - Antonio de Pádua Franceschi; 2º Tesoureiro - João Luiz Carvalho Pinto e Silva; Bibliotecário - Antonio Jofre de Vasconcelos. 40ª DIRETORIA - 01.12.77 a 30.11.79 Presidente - Edwald Merlin Keppke; 1º Vice-presidente - Roberto Schmidt Neto; 2º Vice-presidente - Luiz Abdala; Secretário Geral - Alberto F. Piccolotto Nacarato; 1º Secretário - Antonio Carlos Ferreira Menegazzo; 2º Secretário - Antonio Jofre de Vasconcelos; 1º Tesoureiro - Antonio de Pádua Franceschi; 2º Tesoureiro - Eduardo Pires do Rio. 41ª DIRETORIA - 01.12.79 a 30.11.81 Presidente - Roberto Schmidt Neto; 1º Vice-presidente - Hugo José Pagano Gallo; 2º Vice-presidente - Gustavo de Souza; Secretário Geral - Carlos Roberto D´Otaviano; 1º Secretário - Pedro Nunes Negrão; 2º Secretário - Júlio Luis Gonçalves; 1º Tesoureiro - Divaldo Queiroz; 2º Tesoureiro - Orestes Cavichiolli. 42ª DIRETORIA - 01.12.81 a 30.11.83 Presidente - Roberto Schmidt Neto; 1º Vice-presidente - Carlos Roberto D´Otaviano; 2º Vice-presidente - Nelson Ari Brandalise; Secretário Geral - Rui Ferreira Pires; 1º Secretário - Rogério Antunes Pereira Filho; 2º Secretário - Júlio Luis Gonçalves; 1º Tesoureiro - Luiz Fernando A. Vanetti; 2º Tesoureiro - Osamu Ikari. 43ª DIRETORIA - 01.12.83 a 30.11.85 Presidente - João Antonio Vozza; 1º Vice-presidente - Irmo Humberto Morelli; 2º Vice-presidente - Nelson Ari Brandalise; Secretário Geral - Rui Ferreira Pires; 1º Secretário - Luiz Antonio K. Bittencourt; 2º Secretário - Abel Luiz Ferreira Neto Diretor Social - Décio Jorge de Lima Filho; 1º Tesoureiro - Luiz Fernando A. Vanetti; 2º Tesoureiro - José Roberto de Toledo. 44ª DIRETORIA - 01.12.85 a 30.11.87 Presidente -João Plutarco Rodrigues Lima; 1º Vice-presidente - Alberto F. Picolotto Naccarato; 2º Vice-presidente - Alexsander Sperlescu; Secretário Geral - Cirilo Meo Muraro; 1º Secretário - Ney Félix Macedo; 2º Secretário - Flavio Antonio Quilicci; Diretor Social - Wilson Norato da Silva; 1º Tesoureiro - José Roberto de Toledo; 2º Tesoureiro - Vera Lúcia Gomes. 45ª DIRETORIA - 01.12.87 a 30.11.89 Presidente - Edison Jalbut; 1º Vice-presidente - Fernando Abarca Scheline; 2º Vice-presidente - Francisco Eduardo Prota; Secretário Geral - Nelson Pires Modesto; 1º Secretário - Olímpio Amélio Maia; 2º Secretário - Elizabeth Aparecida B. Quagliato; Diretor Social - Simon Saikali; 1º Tesoureiro - Heitor Panetta; 2º Tesoureiro - Ronaldo Zulian.
46ª DIRETORIA - 01.12.89 a 30.11.91 Presidente - Edison Jalbut; 1º Vice-presidente - Francisco Eduardo Prota; 2º Vice-presidente - Nelson Pires Modesto; Secretário Geral - Fernando Abarca Schelini; 1º Secretá rio - Franz S. Cavalcanti; 2º Secretário - Otávio Rizzi Coelho; Diretor Social - Boris Raskin; 1º Tesoureiro - Heitor Panetta; 2º Tesoureiro - Gustavo A. Ferreira. 47ª DIRETORIA - 01.12.91 a 30.11.93 Presidente - Pedro Antunes Negrão; 1º Vice-presidente - Alexander Sperlescu; 2º Vice-presidente - Francisco Eduardo Prota; Secretário Geral - Nelson Pires Modesto; 1º Secretário - Franz S. Cavalcanti; 2º Secretário - Alice H. R. Garcia; Diretor Social - Boris Raskin; 1º Tesoureiro - Odair Stopiglia; 2º Tesoureiro - Ivan Lorenzato. 48ª DIRETORIA - 01.12.93 a 30.11.95 Presidente - Pedro Antunes Negrão; 1º Vice-presidente - Alexsander Sperlescu; 2º Vice-presidente - Orestes Mazzariol Junior; Secretário Geral - Osmar Gross Schweller; 1º Secretário - Luiz Fernando Camargo; 2º Secretário - Eurico Pereira Neto; Diretor Social - Jane Márcia Rocha Lima; 1º Tesoureiro - Ivan Lorenzzatto; 2º Tesoureiro - Antonio Carlos F. Menegazzo. 49ª DIRETORIA – 01.12.95 a 30.11.97 Presidente – Jorge Carlos Machado Curi; 1º vice-presidente – Celso Limoli Junior; 2º vice-presidente – Murillo A. Almeida; Secretário Geral – Pedro Serafim Junior; 1º secretário – Marizete Eide; 2º secretário – Carlos H. Bissoto; 1º tesoureiro – Neucenir Roberti Gallani; 2º tesoureiro – Cesar Augusto Amin Sanged; Diretora social – Mirian Martins Airoldi; Diretor de sede de campo – Jayme Malek Junior; Tesoureiro – Aristides Manoel dos Santos Bragheto. 50ª DIRETORIA – 01.12.97 a 30.11.99 Presidente – Jorge Carlos Machado Curi; 1º vice-presidente – Celso Limoli Junior; 2º vice-presidente – Ubirajara Ferreira; Secretário Geral – Jayme Malek Junior; 1º secretário – Marizete Eide; 2º secretário – Carlos H. Bissoto; 1º tesoureiro – Neucenir Roberti Gallani; 2º tesoureiro – Albert Zeitouni; Diretor social – Mirian Martins Airoldi; Diretor de sede de campo – Otacílio de Camargo Junior; Secretário geral – Julio Cesar Fontana Rosa; Tesoureiro – Flávio Leite Aranha Junior. 51ª DIRETORIA – 01.12.99 a 30.11.2002 Presidente – Albert Zeitouni; 1º vice-presidente – Ubirajara Ferreira; 2º vice-presidente - João Luis Kobel; Secretário Geral – Celso Limoli Junior; 1º secretário – Susete Marques Pereira; Diretor Administrativo – Wilson Pires de Camargo Junior; Adjunto – Elson Franco; Diretor Financeiro – Jayme Malek Junior; Adjunto – Maurício M. Serafim; Diretor de Patrimônio – Gerson Muraro Laurito; Adjunto – José Tadeu S. Santomauro; Diretor Científico – José Luis Simonetti; Adjunto – Fernando Antônio Branquinho; Diretor Cultural – Antônio Francisco Bastos;
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Adjunto – Carlos Alberto Politano; Diretora Social – Maria José Soares de Sales; Adjunto – Denise Barbosa Malek; Diretor de Marketing – Miguel Carlos Hyssa Brondi; Adjunto – Américo Marcone Cabral de Lima; Diretor de Comunicação – Neucenir Teixeira Junior; Adjunto – Milton Roberto Marchi de Oliveira; Diretor de Informática – Nelson Teixeira Junior; Adjunto – Nevair Roberti G nal - Eglê Venâncio de Marco; Adjunto – José Espin Neto; Diretor de Serviços Gerais – Arlindo Joaquim Lemos Junior; Adjunto – Mirian Martins Airoldi; Sede de Campo: Diretor – Judson da Costa Mauro; Diretora Tesoureira – Ceres Lúcia Cavalcanti Batista. 52ª DIRETORIA – 01.12.2002 a 30.11.2005 Presidente – Jayme Malek Junior; 1º vice -presidente – João Luis Kobel; 2º vice-presidente – José Luis Simonetti; Secretário Geral – Wilson Pires de Camargo Junior; 1º secretário – Paulo César Borgonovi; Diretor Administrativo – Maria José Soares de Salles; Adjunto – Márcio Melo de Azevedo; Diretor Financeiro – Eglê Venâncio de Marco; Adjunto – Clovis Acurcio Machado; Diretor de Patrimônio – Waldir Favarin Murari; Adjunto – José Renato dos Santos; Diretor Científico – Antonia Paula Marques de Faria; Adjunto – Adriano Fregonesi; Diretor Cultural – João Plutarco Rodrigues Lima; Adjunto – Antonio Francisco Bastos; Diretora Social – Denise Barbosa Malek; Adjunto – Susete Marques Pereira; Diretor de Marketing – Carlos Alberto Politano; Adjunto - Miguel Carlos Hyssa Brondi; Diretor de Comunicação – Milton Roberto Marchi de Oliveira; Adjunto – Ana Paula Coral; Diretor de Informática – Nevair Roberti Gallani; Adjunto – José Emílio Duran Bueno; Diretor de Economia Médica - Marcos Eurípedes Pimenta; Adjunto – Plinio Conti de Faria Junior; Diretora de Defesa Profissional – Roberto César Quinta Reis; Adjunto – Judson da Costa Mauro; Diretor de Serviços Gerais – Elson Franco; Adjunto – Arlindo Joaquim Lemos Junior; Sede de Campo: Diretor – Azael Roberto Bordin; Diretor secretário – Paulo Newton Danzi Salvia; Diretor Tesoureiro – Flávio Celso da Silva; Diretor de Esportes – Paulo Roberto Franco de Godoy; Adjunto – Adalton Rafael de Toledo. 53ª DIRETORIA – 01.12.2005 a 30.11.2008 Presidente - Denise Barbosa Malek; 1º vice -presidente - Wilson Pires de Camargo Jr; 2º vice-presidente - João Luis Kobel; Secretário Geral -Paulo César Borgonovi; 1º secretário - Gilson Luiz Duz; Diretor Administrativo -José Renato dos Santos; Adjunto - Plinio Conti de Faria; Diretor financeiro - Clovis Acurcio Machado; Adjunto - Miguel Carlos H. Brondi; Diretor de patrimônio - Azael Roberto Bordin; Adjunto - Luiz Edmundo F. Franchin; Diretor científico - Adriano Fregonesi; Adjunto - Paulo César R. Sanches; Diretor Cultural - Nilva Ferreira Pereira; Diretora Social - Fátima Maria A.F.Bastos; Adjunta – Carla Rosana G.Silva; Diretor de Marketing - Tadeu Fernando Fernandes; Adjunto - Paulo Roberto Valente Diretor de Comunicação - Fernando Y.Tomita; Adjunto - Enídio Ilário; Diretor de Informática - Mauro Hilkner Silva;
Revista Histórica - SMCC 90 anos
Adjunto - Biagio de Almeida Barbosa; Diretor de Economia Médica - João Plutarco R.Lima; Adjunto - Rubens A.Fichelli; Diretor de Defesa Profissional – José Roberto F.Amade; Adjunto - Eglê Venecâncio De Marco; Diretor de Serviços Gerais - Waldir Favarin Murari; Adjunta - Susete Marques Pereira; Diretor de Esportes - Pedro Ferreira de Freitas; Adjunto - Fabrício Sampaio Antonialli. 54ª DIRETORIA – 01.12.2008 a 30.11.2011 Presidente – Denise Barbosa Malek; 1º vice-presidente – José Renato dos Santos; 2º vice-presidente – Paulo Roberto Valente; Secretário Geral – Azael Roberto Bordin; 1º secretário – Paulo Roberto Franco de Godoy; Diretor de Finanças e Patrimônio – Clovis Acurcio Machado; Adjunto – José Roberto Franchi Amade; Diretor Científico – José Luis Braga de Aquino; Adjunto – Paulo Eduardo de Araujo Barnabé; Diretora de Eventos – Fátima Maria A. Ferreira Bastos; Adjunto – Márcio de Melo Azevedo; Diretor Administrativo – Paulo César Borgonovi; Adjunto – José Roberto Destefenni; Diretor de Comunicação e Marketing – Wilson Pires de Camargo Junior; Adjunto – Evandro Perez Barberatto; Diretor de Defesa Profissional – Waldir Favarin Murari; Adjunto – Moacyr Esteves Perche; Sede de Campo: Diretor – Márcio Jansen de O. Figueiredo; Adjunto – Fabrício Sampaio Antonialli. 55ª DIRETORIA – 01.12.2011 a 30.11.2014 Presidente – Clovis Acúrcio Machado; 1º vice-presidente – José Renato dos Santos; 2º vice-presidente – Fátima Maria Aparecida Ferreira Bastos; Secretário Geral – Arnaldo Stelini Junior; 1º secretário – Silvio Luis de Oliveira; Diretor Administrativo - Waldir Favarin Murari; Adjunto – Luiz Inácio Quaglia Passos; Diretor Financeiro e de Patrimônio - José Roberto Franchi Amade Adjunto - Donizeti Cesar Honorato; Diretor de Sede de Campo – Márcio Jansen de O.Figueiredo; Adjunto – Marco Antonio Belluzzo; Diretor científico - Marcelo Amade Camargo; Adjunto – José Luis Braga de Aquino; Diretor de eventos – Denise Barbosa; Adjunta – Giovana Gera Hobeika; Diretor de Comunicação e Marketing Adjunto – Ulysses Moraes de Oliveira Diretor de Defesa Profissional – Marco Aurélio Bussacarini; Adjunto – Cássio Arruda Soares. 56ª DIRETORIA – 01.12.2014 a 30.11.2017 Presidente - Clovis Acúrcio Machado; 1 º vice-presidente - Fátima Maria A. Ferreira Bastos; 2º vice-presidente - Carlos Alberto Salomão Muraro; Secretário Geral - Silvio Luis de Oliveira; 1º secretário - Arnaldo Stelini Junior; Diretor Administrativo - Waldir Favarin Murari; Adjunto - Admar Concon Filho; Diretor Financeiro e de Patrimônio - José Roberto Franchi Amade Adjunto - Donizeti Cesar Honorato; Diretor de Sede de Campo - Ricardo Antonio Araujo; Adjunto - Antonio Cesar Antoniazzi; Diretor Científico - Marcelo Amade Camargo; Adjunto - Roberto de Mattos Sterza; Diretor de Eventos - Luiz Inácio Quaqlia Passos; Adjunta – Irineu Franscisco Debastiani; Diretor de Comunicação e Marketing - Carmen Sylvia Ribeiro; Adjunto - Cesar Augusto Amin Sanged Diretor de Defesa Profissional – Marco Aurélio Bussacarini; Adjunto - Egle Vecenâncio de Marco.
A hist贸ria da SMCC em dez cap铆tulos.