Revista SOBED 2011 - Edição nº 11

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Nº 11 - Out/Dez - 2010

Teoria na prática

Seis dias de programação, mescla de atividades acadêmicas, treinamentos, testes e curso ao vivo com procedimentos avançados (foto) atraíram mais de 4 mil congressistas à IX SBAD

DNA Sérgio Bizinelli Saneantes Confira a resolução da Anvisa


Endoscopia

em boas mãos A Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) atua de forma contínua pela valorização da especialidade no Brasil e por melhores condições de trabalho ao profissional. A SOBED oferece diversos serviços voltados à atualização científica como contribuição para o aperfeiçoamento do endoscopista digestivo. Associe-se. Mais informações em www.sobed.org.br


Sobed - No 11 - Out/Dez - 2010

Índice

Por dentro da SOBED

Secretaria...........................................................................................................5 Diretoria e Comissões...................................................................................10 Estaduais .........................................................................................................11 Rede SOBED..................................................................................................12 SOBED Em Casa...........................................................................................13 Acontece .........................................................................................................14

DNA............................................................................................ 16 Capa............................................................................................. 20 Especial....................................................................................... 30 Ética............................................................................................. 32 Crônica........................................................................................ 34 AMB............................................................................................ 37 Turismo . .................................................................................... 38 Gastronomia.............................................................................. 42 Radar .......................................................................................... 46 Agende-se................................................................................... 50

Conheça um roteiro turístico para este verão, que agrada a diversos perfis de viajantes, pelas principais atrações da Chapada Diamantina Pág. 38 3


Editorial

Dr. Carlos Alberto Cappellanes, presidente da SOBED Nacional, gestão 2008-2010

com fatos importantes que ocorreram para a especialidade nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2010. Nossa participação maciça e relevante na Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (IX SBAD), em Florianópolis (SC), está retratada nas páginas da revista com uma cobertura realizada in loco pela equipe de reportagem da SOBED. Outro fato importante contemplado nesta edição é a posse do nosso novo presidente, Sérgio Bizinelli. A seção DNA traz uma

Realização e aprendizado Foram dois anos muito especiais. Temos a impressão, quase certeza, de que aprendemos muito mais do que pudemos oferecer. Nossas visões a respeito das

entrevista exclusiva, em que ele explica como pretende administrar a Sociedade nós próximos dois anos. Boa leitura e obrigado a todos! O Presidente

individualidades dos endoscopistas e do universo da profissão médica ampliaram horizontes. Certamente, das nossas expectativas iniciais, muitas se confirmaram, outras extrapolaram e algumas deixaram a desejar; mas o trabalho foi feito.

expediente

Acreditamos que a SOBED avançou institucionalmente. Se ainda não somos reconhecidos como especialidade médica, estejam certos, todos sabem que nós existimos, que a SOBED está viva e é atuante. Foram incontáveis viagens, reuniões, telefonemas,

É uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) distribuída gratuitamente para médicos. O conteúdo dos artigos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores e não representa necessariamente a opinião da SOBED. Tiragem de 3.000 exemplares.

encontros, passeatas, discussões, horas perdidas(ou ganhas) de trabalho e de sono, tudo isso mesclado com a necessidade de todos nós, quase 100 sobedianos que compuzemos a gestão 2008/2010 que ora se despede, de continuarmos exercendo a nossa profissão para sobrevivermos. Mas estejam certos, foi muito bom. Gostaríamos que todos vocês soubessem que, todos nós, fizemos o melhor que pudemos. Como um dos últimos trabalhos desta gestão à frente da Sociedade, lançamos agora a edição 11 da Revista SOBED,

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Jornalista responsável: Roberto Souza (Mtb 11.408) Editor-chefe: Fábio Berklian | Editor: Faoze Chibli Reportagem: Thiago Bento | Rodrigo Moraes Amanda Campos | Marina Panham Fluxo de anúncios: Caroline Frigene | Projeto Gráfico: Ivan Lopes Diagramação:Leonardo Fial | Luiz Fernando Almeida | Felipe Santiago Foto da capa: Augusto Lisboa Rua Cayowaá, 228 - Perdizes São Paulo -SP - CEP: 05018-000 Fones: (11) 3875-5627 / 3875-6296 e-mail: rspress@rspress.com.br site: www.rspress.com.br Anúncios: (11) 3875-6296 / 5627 rspress@rspress.com.br


Por dentro da Sobed

Secretaria

França sedia debate sobre cápsula endoscópica e duplo balão Endoscopistas brasileiros participaram da 1ª Conferência Internacional de Cápsula Endoscópica e Enteroscopia de Duplo Balão (ICCD), realizada em Paris, França, entre os dias 27 e 28 de novembro. Ao todo, o encontro reuniu aproximadamente 600 profissionais, 10 deles do Brasil – país candidato a receber a próxima edição do ICCD. Segundo o presidente da confe-

Da esquerda para a direita, Carlos Alberto Cappellanes, Ricardo Sobreira e Cristiano Seiiti Sugisawa

rência, o francês Gérard Gay, a

cientificas. Cada uma delas desti-

tão mudando nossa compreensão

primeira edição do ICCD é resul-

nada a discutir como as técnicas

sobre o sangramento digestivo?”;

tado da continuidade de diversos

estão modificando o trabalho de

“Podem a cápsula endoscópica e o

encontros prévios sobre os dois

acompanhamento do diagnóstico

DBE mudar a conduta de IBD?”;

assuntos, “que mudaram drama-

de doenças digestivas e a com-

“Doença celíaca e desordens

ticamente o acesso às doenças in-

preensão de sua fisiopatologia.

ulceradas do intestino delgado”;

testinais, mas é hora de olharmos

A primeira sessão foi “Cápsula

“Mudança na abordagem de do-

além delas e avaliar a relevância

endoscópica e enteroscopia por

enças de cólon”; “A efetividade da

clínica desses avanços para alte-

duplo balão, da história para ten-

cápsula de cólon e duplo balão en-

rar nossa conduta diária com os

dências futuras”.

teroscópico trazem desafios para a

pacientes”, comentou.

As outras sessões científicas foram

colonoscopia?”; e “DBE e cápsula

Durante os dois dias do encon-

“Aspectos técnicos”; “Como a

endoscópica em condições clíni-

tro foram realizadas oito sessões

cápsula endoscópica e o DBE es-

cas especiais”. 5


Secretaria Solicite seu diploma Como forma de valorizar os endoscopistas associados à entidade, a SOBED elaborou um diploma para seus titulares. Confeccionado em pergaminho, pode ser solicitado diretamente pelo site www.sobed.org.br. O custo para aquisição é de R$ 195,00, a ser pago via boleto bancário. Peça já o seu!

Revista Endoscopy Os interessados em assinar ou renovar suas assinaturas da Revista Endoscopy para o ano de 2010 devem acessar o site da SOBED, www.sobed.org.br, e clicar sobre o link “Revistas”. Depois, ao sele-

SOBED DIGITAL Confira as novidades do SOBED DIGITAL. Um programa de atualização médica a distância em que os eventos de maior destaque no cenário nacional são gravados e disponibilizados em CD e/ou DVD. Para adquirir, basta acessar o site www.sobed.org.br, preencher a ficha de compra e pagar o boleto bancário que é gerado em seguida. Confira ao lado a programação disponível.

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cionar a opção “Revista Endoscopy”, podem então efetuar a solicitação. Automaticamente, o sistema irá gerar um boleto bancário para o pagamento da assinatura. E, na sequência, a revista

Curso Internacional da SOBED 2.007 CD-1 1 – A flood of endoscopic innovations: hits or misses? Anthony Axon (Inglaterra) 2 – Endoscopic submucosal dissection for early gastric câncer. Technical aspects, feasibility and management of complications Ichiro Oda ( Japão) 3 – Endoscopic ressection for early gastric cancer. Results in Japan Ichiro Oda ( Japão) 4 – Endoscopic therapy of chronic pancreatitis and its complications Klaus Mönkemüller (Alemanha)

passa a ser enviada para o endereço cadastrado no site da Sociedade. Vale lembrar, também, que todos os assinantes da prestigiada revista internacional terão direito ao acesso online.

Curso Internacional da SOBED 2.007 CD-2 1 – Double Balloon enterocopy: the small bowel and beyond (ERCP, colonoscopy, post-surgical anatomy) Klaus Mönkemüller (Alemanha) 2 – Short segments of columnar metaplasia at GE junction René Lambert (França) 3- Cápsula endoscópica no SGIO Luiz Ernesto Caro (Argentina) 4 – Novas propostas para exames do cólon e reto, incluindo a cápsula colonoscópica. Haverá impacto no rastreamento? Artur Parada (Brasil) DVD – Curso ao vivo Opção 1 – 1h 04min 1 - Enteroscopia Adriana Vaz S. Ribeiro

2 - Balão Endoscópico Artur A. Parada DVD – Curso ao vivo Opção 2 – 1h 53min 1 - Dilatação Esofágica Cleber Vargas 2 - CA Esofágico Superficial Marcio M. Tolentino 3 - Controle de Varizes esofágicas Luiza Romanello 4 - Ultrassom Endoscópico Jose Celso Ardengh DVD – Curso ao vivo Opção 3 – 1h 40 min 1 - Megaesôfago Renato Luz Carvalho 2 - G.I.S.T José Celso Ardengh


Por dentro da Sobed

SOBED em festa A SOBED comemora 35 anos

Também temos realizado melho-

de existência, com uma história

rias constantes no site da Socieda-

baseada em conquistas e avanços

de. Na home page, o médico asso-

na endoscopia brasileira. Um

ciado pode conferir um link direto

dos fatos que marca a ocasião é o

para a revista SOBED e para o

e da endoscopia brasileira. Fique

lançamento do logo de 35 anos da

recém inaugurado “Túnel do tem-

atento e continue conferindo as

Sociedade, que faz parte de uma

po” – uma cronologia interativa,

novidades em todos os canais de

grande campanha de valorização

com os principais acontecimen-

comunicação disponíveis para os

do especialista em endoscopia.

tos na trajetória da organização

Associados.

3 - Balão intragástrico José Celso Ardengh 4 - Controle de Varizes pós-ligadura Renato Carvalho Curso de Colonoscopia 2009 – DVD 1 e 2 Módulo I Modalidades de Cresimento da Neoplasia Intra-mucosa Classificação Morfológica das Lesões Neoplásicas Colônicas Classificação Histopatológica das Lesões Neoplásicas Módulo II O vídeo-endoscópio moderno Estratégia do Diagnóstico em Colonoscopia Módulo III O Tratamento Endoscópico das

Lesões Neoplásicas Resultado do Tratamento Endoscópico Modulo IV Colonoscopia e Prevenção do Câncer Exames de Vigilância Curso Interativo de Atualização em Endoscopia Digestiva 2009 Módulo I – Esôfago : Neoplasia Precoce Módulo II – Estômago: Neoplasia Precoce Módulo III – Vias Biliares e Pâncreas Módulo IV – Cólon: Neoplasia Precoce Módulo V – Controvérsias em Polipectomia Módulo VI – Hemorragia Digestiva Varicosa

Selo de especialista Em reconheciSELO DE QUALIDADE DO ESPECIALISTA mento ao médico especialista em Endoscopia Digestiva ou em Endoscopia, assoSOCIEDADE BRASILEIRA DE ciado à SOBED, ENDOSCOPIA DIGESTIVA foi criado o Selo de Especialista e também o Selo para Certificação - utilizado para referendar os laudos emitidos na especialidade. Eles são emitidos aos associados da entidade quites com as anuidades e podem ser solicitados pelo site: www.sobed.org.br.

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Secretaria

Cobertura on-line Assim como foi feito na última edição do Congresso Brasileiro de Endoscopia Digestiva, em 2009, em Salvador (BA), a IX SBAD, realizada entre os dias 21 e 25 de novembro, em Florianópolis (SC) contou com a cobertura on-line dos principais assuntos, palestras e discussões relacionadas à endoscopia digestiva. Foram publicadas 60 notícias ao longo dos 5 dias de Congresso, sendo 11 entrevistas exclusivas com participantes nacionais e internacionais, com transmissão do Curso ao Vivo de Endoscopia Digestiva Diagnóstica e Terapêutica e também um banco de imagens com mais de 100 fotos do evento. Este ano, o hotsite recebeu aproximadamente 10 mil acessos durante o período entre 17 e 25 de novembro. Este número é 30% maior ao registrado na última cobertura de Congresso realizado pela SOBED. O hotsite estará disponível como fonte de pesquisa e informações até novembro de 2011, quando acontece a X SBAD, em Porto Alegre (RS). Confira no hotsite da SOBED: http://www.sobed.org.br/web/ coberturasbad/site/home.aspx

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Página

Visitas Cobertura

Atualizações

Home

3978

Notícias de cobertura

41

Interna Notícia

2448

Entrevistas publicadas

11

Cobertura

1455

Galeria de Imagens

982

Programação/ Localização

1007

Total

9870

Notícias – eventos sociais Depoimentos/ participantes

4 4

Total de notícias

60

Galeria de imagens

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Total de atualizações

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Por dentro da Sobed Pós Graduação Lato Senso de Especialização em Endoscopia Digestiva Alta Terapêutica As inscrições para o curso de Pós graduação Lato Senso de Especialização em Endoscopia Digestiva Alta Terapêutica, do Hospital Sírio Libanês, podem ser feitas até o dia 04 de fevereiro de 2011. Participe do processo seletivo e saiba mais informações pelo site: www.hospitalsiriolibanes.org.br/posgraduação Coordenação: Prof. Dr. Kiyoshi Hashiba Dr. Horus Antony Brasil Prazo de Inscrições: Até 04 de Fevereiro de 2011

Homenagem Durante Assembleia da SOBED realizada na IX SBAD, Marisa Rocha recebeu uma placa em homenagem à sua irmã, Lígia Rocha de Luca, endoscopista e gastroenterologista falecida no mês de outubro em Criciúma (SC). A Dra. Lígia foi presidente da Estadual da SOBED-SC e desempenhava o cargo de primeira-secretária. A endoscopista era uma das coordenadoras representantes da SOBED para a realização da IX SBAD. Era também professora do curso de medicina da Universidade do Extremo Sul Catarinense, membro do corpo clínico do Hospital São João Batista

e sócia da Sociedade de Gastroenterologia de Santa Catarina. Quem entregou a placa de homenagem oficial foi o presidente da SOBED-SC, Viriato José Leal da Cunha.

Abrangência nacional As SOBED Estaduais possuem uma atuação permanente nas cidades e regiões em que se encontram. Foram realizados congressos, jornadas, debates e workshops, entre outras iniciativas. Sempre com a preocupação de aprofundar e divulgar o conhecimento endoscópico entre médicos e especialistas. O ano de 2011 se aproxima e, em breve, saberemos o que esperar da programação de encontros de endoscopia digestiva Brasil afora. Veja alguns exemplos de atuação das Estaduais, ocorridos este ano.

Região Norte Debate sobre doença do refluxo gastroesofágico Data: 23 de outubro, Belém-PA Região Centro-Oeste III Congresso Centro-Oeste de Gastroenterologia e II Jornada Goiana de Endoscopia Digestiva Data: 19 a 21 de agosto, Goiânia-GO

Região Sudeste I Workshop Sul-Mineiro sobre o Manejo das Doenças Inflamatórias Intestinais Data: 4 de dezembro, Itajubá-MG 5º Congresso de endoscopia digestiva do Rio de Janeiro Data: 24 a 25 de setembro, Rio de Janeiro-RJ

Região Sul Jornada Paranaense de endoscopia digestiva Data: 27 a 28 de agosto, Ponta Grossa-PR

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Diretoria e Comissões Diretoria Nacional Presidente: Carlos Alberto Cappellanes Vice-Presidente: Carlos Alberto da Silva Barros Secretários: Ricardo Anuar Dib Fabio Segal Tesoureiros: Pablo Rodrigo de Siqueira e Ciro Garcia Montes

Comissões Estatutárias Comissões Eleitoral, de Estatutos, Regimentos e Regulamentos Presidente: Antonio Gentil Neto Herbeth José Toledo Silva Lívia Maria Cunha Leite Nilza Maria Lopes Marques Luz Saverio Tadeu de Noce Armellini Sérgio Luiz Bizinelli Comissão de Admissão e Sindicância Presidente: Ricardo de Sordi Sobreira Antonio Henrique de Figueiredo Carlos Aristides Fleury Guedes Fabio Marioni Roberto Palmeira Tenório Comissão Científica e Editorial Presidente: Marcelo Averbach Adriana Vaz Safatle-Ribeiro Carlos Eugenio Gantois Flavio Hayato Egima Huang Ling Fang Kleber Bianchetti de Farias Marcos Bastos da Silva Ramiro Robson Fernandes Mascarenhas Walnei Fernandes Barbosa Comissão de Ética e Defesa Profissional Presidente: Vera Helena de Aguiar Freire de Mello Arnaldo Motta Filho Francisco José Medina Pereira Caldas Oswaldo Luiz Pavan Junior Plinio Conte de Faria Junior Paulo Afonso Leandro Comissão de Avaliação e Credenciamentos de Centros de Ensino e Treinamento Presidente: Paulo Roberto Alves Pinho Daniel Moribe Gildo Barreira Furtado Giovani Antonio Bemvenuti Walton Albuquerque

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Comissão de Título de Especialista e sua Atualização Presidente: Jairo Silva Alves Dalton Marque Chaves Geraldo Ferreira Lima Junior Gilberto Reynaldo Mansur Luiz Felipe de Paula Soares Luiza Maria Filomena Romanello Marco Aurélio D’Assunção Marcos Clarencio Batista Silva Vitor Nunes Arantes

Representantes nas Revistas – GED Arquivos Brasileiros de Gastroenterologia Representantes em Instituições

Comissões Não Estatutárias

Associação Médica Brasileira Maria das Graças Pimenta Sanna

Comissão de Acreditação de Serviços de Endoscopia Presidente: Eduardo Carlos Grecco José Renato Guterres Hauck Lincoln Eduardo Villela Vieira de Castro Ferreira Luiz Roberto do Nascimento Paulo Cury Renato Luz Carvalho Comissão de Relações Internacionais Presidente: Glaciomar Machado Arthur A. Parada Site Presidente: Flavio Braguim Horus Antony Brasil Jarbas Faraco M. Loureiro José Luiz Paccos Ricardo Leite Ganc Diretrizes e Protocolos Presidente: Edivaldo Fraga Moreira Carlos Eduardo Oliveira dos Santos Lix Alfredo Reis de Oliveira Luis Cláudio Miranda da Rocha Mara Lucia Lauria Souza Trabalhos Multicêntricos Paulo Alberto Falco Pires Correa Walnei Fernandes Barbosa Sobed - Revista Horus Antony Brasil Thiago Festa Secchi Sede Nacional Eli Kahan Foigel Rede Sobed/Sobed em Casa Horus Antony Brasil Thiago Festa Secchi

Conselho Federal de Medicina e Comissão Nacional de Residência Médica Flavio Hayato Ejima Agência Nacional de Vigilância Sanitária Vera Helena de Aguiar Freire de Mello

Núcleos Núcleo de Endoscopia Pediátrica Cristina Helena Targa Ferreira Eloá Marussi Morsoletto Machado Gustavo José Carneiro Leão Filho Manoel Ernesto Peçanha Gonçalves Maria das Graças Dias da Silva Paulo Fernando Souto Bittencourt Núcleo de Ultrassonografia Endoscópica José Celso Ardengh Kleber Bianchetti de Faria Lucio Giovanni Battista Rossini Marco Aurélio D’Assunção Simone Guaraldi da Silva Núcleo de Desenvolvimento do NOTES Ângelo Paulo Ferreira Jr. Kiyoshi Hashiba Pablo Rodrigo de Siqueira Paulo Sakai Núcleo de Estudos de Equipamentos e Acess. Endoscópicos e seu Processamento Alexandre Silluzio Ferreira Francisco José Medina Pereira Caldas Ligia Rocha de Luca Tadayoshi Akiba Vera Helena de Aguiar Freire de Mello Núcleo de Implantação das Unidades Estaduais Antonio Carlos Coelho Conrado João Carlos Andreoli Núcleo de Tabagismo Everton Ricardo de Abreu Netto


Por dentro da Sobed

Estaduais Alagoas Presidente: Henrique Malta Vice-presidente: Carlos Henrique Barros Amaral 1º Secretário: Hunaldo Lima de Menezes 2º Secretário: José Wenceslau da Costa Neto 1º Tesoureiro: Laercio Ribeiro 2º Tesoureiro: Herbeth José Toledo Silva Endereço: Av. Silvio Viana, 1751 - Ponta Verde CEP: 57035-160 - Maceió - AL Fone: (82) 3327-4500 E-mail: henriquemalta@uol.com.br

Mato Grosso Presidente: Roberto Carlos Fraife Barreto Vice-presidente: Ubirajarbas Miranda Vinagre 1º Secretário: José Geraldo Favalesso 2º Secretário: José Carlos Comar 1º Tesoureiro: Elton Hugo Maia Teixeira 2º Tesoureiro: Carlos Eduardo Miranda de Barros Endereço: Rua Barão de Melgaço, 2777 – CEP: 78000-000 – Cuiabá - MT Fone: (65) 9983-1701 E-mail: ronama@terra.com.br

Rio de Janeiro Presidente: José Edmilson Ferreira da Silva Vice-presidente: Marcius Batista da Silveira 1º Secretário: Vladimir Molina de Oliveira 2º Secretário: José Narciso de Carvalho Neto 1º Tesoureiro: Carlos Eduardo F. de Mesquita 2º Tesoureiro: Luiz Armando Rodrigues Velloso Endereço: R. da Lapa, 120 – sl. 309 – CEP: 20021-180 – Rio de Janeiro - RJ Fone: (21) 2507-1243 Email: sobedrj@infolink.com.br

Amazonas Presidente: Alinne Lais Bessa Maia Vice-presidente: Jeanne Monique Guimarães Pimentel 1º Secretário: Deborah Nadir Cruz Ferreira 2º Secretário: Lourenço Candido Neves 1º Tesoureiro: Jorge Luis Bastos Arana Endereço: Rua Rio Jutaí, 15 - quadra 35 - conjunto Vieira Alves CEP: 69053-020 - Manaus - AM Fone: (92) 3584-2495 E-mail: alinne.bessa@uol.com.br

Mato Grosso do Sul Presidente: Geraldo Vinícius F. Hemerly Elias Vice-presidente: Adriano Fernandes da Silva 1º Secretário: Rogerio Nascimento Martins 2º Secretário: Thiago Alonso Domingos 1º Tesoureiro: Eduarda Nassar Tebet Ajeje 2º Tesoureiro: Marcelo de Souza Cury Endereço: R. Maracaju, 1148 – CEP: 79002-212 – Campo Grande - MS Fone: (67) 3325-6040 E-mail: geralu@uol.com.br

Rio Grande do Norte Presidente: Licia Villas-Bôas Moura Vice-presidente: Conceição de Maria Lins da C. Marinho 1º Tesoureiro: Verônica de Souza Vale Endereço: R. Maria Auxiliadora, 807 – Tirol – CEP: 59014-500 Natal - RN Fone: (84) 3211-1313 E-mail: liciavbmoura@uol.com.br

Bahia Presidente: Alice Mendes de Souza Cairo Vice-presidente: Sylon Ribeiro de Britto Junior 1º Secretário: Luiz Eduardo da Silva Góes 2º Secretário: Rubem Robson Oliveira Castro 1º Tesoureiro: Luciana Rodrigues Leal da Silva 2º Tesoureiro: Alcione Prates Leite Endereço: Rua Baependi, 162 - sala 03 - Ondina CEP: 40170-070 - Salvador - BA Fone: (71) 9991-0512 (Sandra) E-mail: alicecairo@tricenter.com.br Ceará Presidente: Francisco Paulo Ponte Prado Júnior 1º Secretário: Ricardo Augusto Rocha Pinto 1º Tesoureiro: Adriano César Costa Cunha Endereço: Av. Santos Dumond, 5554 - sala 301 - Aldeota CEP: 60192-018 - Fortaleza - CE Fone: (85) 3231-1520 E-mail: pauloponteprado@gmail.com Distrito Federal Presidente: Francisco Machado da Silva Vice-presidente: Zuleica Bario Bortoli 1º Secretário: Cláudia Maria Ferreira de Macedo 2º Secretário: Luciana Machado Nonino 1º Tesoureiro: Columbano Junqueira Neto 2º Tesoureiro: Raimundo Nonato Miranda Lopes Endereço: SGAS 910 - Cj. B - bloco A - sala 224 – CEP: 70390-100 – Brasília - DF Fone: (61) 3242-9203 E-mail: framachado@gmail.com Espírito Santo Presidente: José Joaquim de Almeida Figueiredo Vice-presidente: Bruno de Souza Ribeiro 1º Secretário: Roseane Valério Bicalho F. Assis 2º Secretário: Giovana Pereira Nogueira Gama 1º Tesoureiro: Esteban Sadovsky 2º Tesoureiro: Marcio Demoner Brandão Endereço: R. Francisco Rubim, 395 – CEP: 29050-680 – Vitória - ES Fone: (27) 3324-1333 Site: www.sobedes.com.br E-mail: sobedestadual.es@gmail.com Goiás Presidente: Marcus Vinicius da Silva Ney Vice-presidente: Marcelo Barbosa da Silva 1º Secretário: Fernando Henrique Porto Barbosa Ramos 2º Secretário: Daniela Medeiros Milhomem Cardoso 1º Tesoureiro: Rennel Pires de Paivas 2º Tesoureiro: Luiz Lázaro Rodrigues Alves Endereço: Av. Mutirão, 2.653 – Setor Marista – CEP: 74115-914 – Goiânia - GO Fone: (62) 3251-7208 - a partir das 14h. E-mail: sobedgoias@hotmail.com Maranhão Presidente: Clelma Pires Batista Vice-presidente: Milko A. de Oliveira 1º Secretário: Selma Santos Maluf 2º Secretário: Nailton J. F. Lyra 1º Tesoureiro: Djalma dos Santos 2º Tesoureiro: Elian O. Barros Endereço: R. Carutapera, 2 quadra 37B – Jd. Renascença– CEP: 65075-690 – São Luis - MA Fone: (98) 3227-7106 E-mail: clelmapires@uol.com.br

Minas Gerais Presidente: Paulo Fernando Souto Bittencourt Vice-presidente: Atanagildo Cortês Junior 1º Secretário: Rodrigo Roda Rodrigues da Silva 2º Secretário: Roberta Nogueira de Sá 1º Tesoureiro: José Celso Cunha Guerra Pinto Coelho 2º Tesoureiro: Rodrigo Roda Rodrigues da Silva Endereço: Av. João Pinheiro, 161 – CEP: 30130-180 – Belo Horizonte - MG Fone: (31) 3247-1647 E-mail: selmira@ammgmail.org.br Pará Presidente: Marcos Moreno Domingues Vice-presidente: Erivaldo Maués 1º Secretário: Aida Sirotheau 2º Secretário: Cássio Caldato 1º Tesoureiro: Laércio Silveira 2º Tesoureiro: Ermínio Pessoa Endereço: Rua Cônego Jerônimo Pimentel, 900 - Apto 1702 – CEP: 66055-000 – Belém - Pará Fone: (91) 3223-8464 E-mail: marcosmd@uol.com.br Paraíba Presidente: Fábio da Silva Delgado Vice-presidente: Pedro Duques de Amorim 1º Secretário: Jeferson Queiroz Carneiro 2º Secretário: Carlos Sérgio Garcia 1º Tesoureiro: Francisco Sales Pinto 2º Tesoureiro: Daniel Chaves Mendes Endereço: Av. Epitacio Pessoa, 3360 - Tambauzinho – CEP: 58045-000 – João Pessoa - PB Fone: (83) 2106-0900 E-mail: fd.delgado@uol.com.br Paraná Presidente: Sandra Teixeira Vice-presidente: Maria Cristina Sartor 1º Secretário: Flávio Heuta Ivano 2º Secretário: Paula Beatriz Moreira Salles 1º Tesoureiro: Silvia Maria da Rosa 2º Tesoureiro: Wanderlei da Rocha Carneiro Jr. Endereço: R. Candido Xavier, 575 – CEP: 80240-280 – Curitiba - PR Fone: (41) 3342-3282 E-mail: sobed@onda.com.br Pernambuco Presidente: Antônio Carlos Coêlho Conrado Vice-presidente: Admar Borges da Costa Junior 1º Secretário: Carlos Eugênio Gantois 2º Secretário: Eduardo Carvalho Gonçalves de Azevedo 1º Tesoureiro: Júlia Corrêa de Araújo 2º Tesoureiro: José Julio Viana Endereço: ProEndo - Hosp. Albert Sabin - Rua Senador José Henrique, 141 - 1º andar - Ilha do Leite - CEP: 52050-020 - Recife - PE Fone: (81) 3221-6959 E-mail: coelhoconrado@terra.com.br Piauí Presidente: Antonio Moreira Mendes Filho Vice-presidente: Conceição Maria Sá e Rego Vasconcelos 1º Secretário: Carlos Dimas Carvalho Sousa 2º Secretário: Ademar Neiva de Sousa Sobrinho 1º Tesoureiro: Wilson Ferreira Almino 2º Tesoureiro: Teresinha Quirino Vieira da Assunção Endereço: Rua 1º de Maio, 575 – CEP: 64001-450 – Teresina - PI Fone: (86) 3221-5968 E-mail: moreira-filho@uol.com.br

Rio Grande do Sul Presidente: Júlio Carlos Pereira Lima Vice-presidente: Carlos Eduardo Oliveira dos Santos 1º Secretário: Everton Hadlich 1º Tesoureiro: César Vivian Lopes Endereço: Av. Ipiranga, 5.311 – sl. 207 – CEP: 90610-001 Porto Alegre - RS Fone: (51) 3352-4951 E-mail: sobed_rs@terra.com.br Rondônia Presidente: Victor Hugo Pereira Marques Vice-presidente: Domingos Montaldi Lopes 1º Secretário: Adriana Silva Assis 2º Secretário: Marcelo Pereira da Silva 1º Tesoureiro: Ricardo Alves 2º Tesoureiro: Volmir Dionisio Rodigheri Endereço: Rua Campos Salles, 2245 - CEP: 76801-081 Porto Velho - RO Fone: (69)3221-5833 E-mail: igeron1@uol.com.br Santa Catarina Presidente: Viriato João Leal da Cunha Vice-presidente: Luiz Carlos Bianchi 1º Secretário: Emir Dacoregio 1º Tesoureiro: Eduardo Nobuyuki Usuy Junior 2º Tesoureiro: Manoel Tiago Vidal Ramos Junior Endereço: Rodovia SC 401 – Km 04 3854 – CEP: 88032-005 Florianópolis - SC Fone: (48) 3231-0324 Site: www.sobedsc.com.br E-mail: sobedsc@acm.org.br São Paulo Presidente: Adriana Vaz Safatle Ribeiro Vice-presidente: Thiago Festa Secchi 1º Secretário: Dalton Marques Chaves 2º Secretário: Eduardo Curvello Tolentino 1º Tesoureiro: José Olympio M. dos Santos 2º Tesoureiro: Luiza M. F. Romanello Endereço: R. Itapeva, 202 – sl. 98 – CEP: 01332-000 São Paulo - SP Fone: (11) 3288-6883 Site: www.sobedsp.com.br E-mail: sobedsp@uol.com.br Sergipe Presidente: Miraldo Nascimento da Silva Filho Vice-presidente: Patricia Santos Rodrigues Costa 1º Secretário: Simone Déda Lima Barreto 2º Secretário: Jilvan Pinto Monteiro 1º Tesoureiro: Kelly Menezio Jardim Oliveira 2º Tesoureiro: Raul Andrade Mendonça Filho Endereço: R. Guilhermino Rezende, 426 – São José CEP: 49020-270 – Aracaju - SE Fone: (79) 3246-2763 E-mail: sobedse@yahoo.com.br Tocantins Presidente: José Augusto M. F. Campos Vice-presidente: Zoroastro Henrique Santana 1º Secretário: Mery Tossa Nakamura 2º Secretário: Marcos Rossi Moreira 1º Tesoureiro: Jorge Luiz de Mattos Zeve 2º Tesoureiro: Rone Antonio Alves de Abreu Endereço: 306 Sul, Alameda 14, nº 3 e 5 - Centro – CEP: 77021-036 – Palmas - TO Fone: (63) 3215-5383 E-mail: jac.to@uol.com.br

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Rede Sobed

A

Rede SOBED é um serviço de educação continuada a distância, gratuito para os associados, de cursos ministrados pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED). O programa Rede SOBED permite ao associado assistir as aulas em tempo real e fazer perguntas aos palestrantes, responder enquetes e participar de votações eletrônicas. Tratase de um modelo virtual de educação continuada voltado aos especialistas e associados à entidade.

Como funciona?

Toda primeira quinta-feira do mês um novo módulo é apresentado. O usuário é notificado sobre a temática do novo programa. Cada módulo fica disponível por três meses a partir da data de sua transmissão. Para participar basta estar quites com a instituição, preencher a ficha de inscrição e possuir conexão com a Internet. A Rede SOBED tem mais de 650 cadastrados em seus diversos programas em mais de 240 cidades do Brasil. Os inscritos que assistirem às aulas recebem pontos no programa de creditação da Associação Médica Brasileira (AMB). Novos cadastros são aceitos até 15h00 do dia da exibição inicial da aula. Após o horário, as senhas serão enviadas para acesso à aula via sistema on demand.

Cadastramento

Faça seu cadastro por meio do site www.sobed.org.br e receba sua senha eletrônica de acesso. Estão disponíveis na rede virtual programas de educação continuada ministrados em 2009 (os novos usuários cadastrados ainda podem acessá-los). Não perca essa chance de investir na sua atualização e aperfeiçoamento profissional com o apoio da SOBED. Os usuários cadastrados podem acessar a Rede SOBED pelo site da instituição. A Rede SOBED 2010 está disponível desde fevereiro.

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Por dentro da Sobed

Sobed em casa

O

programa SOBED em Casa permite aos associados e não-associados assistirem às principais apresentações do XXXV Congresso Brasileiro de Endoscopia Digestiva (CBED) realizado em Salvador, entre os dias 24 a 28 de outubro de 2009. Para ter acesso ao SOBED em Casa é necessário preencher o formulário de inscrição disponível na seção “Espaço Científico” no site da SOBED. Após a confirmação do pagamento da taxa de adesão, o login e senha eletrônica de acesso são encaminhados ao e-mail cadastrado pelo usuário. Uma nova aula é publicada a cada mês no SOBED em Casa. O usuário recebe uma notificação quando um novo módulo estiver disponível e pode acessá-lo em qualquer hora e local. Para assistir basta acessar o site da SOBED, entrar na seção SOBED em Casa e clicar sobre o link correspondente à aula. Cada usuário terá seis meses para assistir à apresentação de cada módulo, contados a partir da data de sua publicação e um limite máximo de tempo de três vezes em relação à duração de cada módulo. Após estes prazos (o que ocorrer primeiro) a senha irá expirar. A adesão ao SOBED em Casa também possibilita o acúmulo de 10 pontos para a revalidação do título pelo programa de creditação da CNA/AMB (Comissão Nacional de Acreditação da Associação Médica Brasileira). Se você não é associado da SOBED aproveite esta oportunidade para se filiar e fazer a adesão ao SOBED em Casa pelo preço de associado.

Associado

Não-associado

Até 31/01

Após 01/02

Até 31/01

Após 01/02

R$ 155,00

R$ 205,00

R$ 455,00

R$ 505,00

Programa: - Rastreamento do Carcinoma Colorretal - ESD - Dissecção Dendoscópica da Submucosa: Como Eu Faço - Hemorragia Digestiva Baixa - Lesões Benignas das Vias Biliares - Neoplasia Precoce do Esôfago - Obesidade Mórbida - Hemorragia Digestiva Alta Não Varicosa - Hemorragia Digestiva de Etiologia Obscura (Hemorragia Média)

- Transição Esofagogástrica:Cardites - Colangiopancreatografia Endoscópica Terapêutica de Urgência: Quando Intervir e Tipo de Abordagem - Guidelines para EMR (Ressecção Endoscópica da Mucosa) e para ESD (Dissecção Endoscópica da Submucosa) - Lesões Subepitelais do Trato Digestório - Displasia no Esôfago de Barrett Obs. Não serão disponibilizadas as palestras em que os médicos não concordarem em ceder os direitos de imagem ou os slides.

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Acontece Boletim da Comissão Nacional de Acreditação (CNA) Uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFN) determinou que os títulos de especialista emitidos a partir de janeiro de 2006 têm validade de cinco anos. É necessária sua revalidação por meio de atividades acadêmicas de atualização e reciclagem, como participação em congressos, cursos presenciais e à distância, trabalhos científicos, publicações, etc. Os especialistas devem se cadastrar no site www.cna-cap. org.br e acumular 100 pontos em cinco anos, sendo que há um limite máximo de 40 pontos por ano. As atividades que concentram o maior número de pontos são os congressos nacionais da especialidade, seguidos pelos congressos estaduais e cursos credenciados junto a CNA (quadro 1= tabela da pontuação). Os coordenadores de cursos cadastram no mesmo site (www.cna-cap.org.br) seus eventos, e estes são pontuados de acordo com a carga horária, recebendo 0,5 ponto por hora, com limite máximo de 10 pontos por curso. Conclamamos todos os especialistas da SOBED a cadastrar o maior número possível de cursos junto à CNA em todas as regiões do País, uma vez que há um número mínimo de pontos que a SOBED tem que oferecer, por região, tanto de cursos presenciais quanto à distância. Fica o importante ALERTA aos especialistas que conquistaram o título em 2006: eles terão que acumular os 100 pontos até 2011 e, portanto, não devem deixar para a última hora, devido ao limite máximo de 40 pontos por ano. A profusão de vários cursos em todo o território nacional contribuirá para a consolidação da SOBED enquanto especialidade médica fortemente inserida na medicina interna e cirurgia. Para saber a sua pontuação, faça o seu cadastro na CNA. Renato Baracat

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Eventos Atividades

Pontos

Congresso Nacional da Especialidade

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Congresso da Especialidade no Exterior

5

Congresso/Jornada Regional Estadual da Especialidade

15

Congresso Relacionado à Especialidade com apoio da Sociedade Nacional da Especialidade

10

Outras Jornadas, Cursos e Simpósios

0,5 ponto/hora (mín. 2hs/máx. 10hs.)

Programa de Educação à Distância por Ciclo

0,5 ponto/hora (mín. 1h/máx. 10hs.)

Atividades Científicas Atividades

Pontos

Artigo Publicado em Revista Médica

5

Capítulo em Livro Nacional ou Internacional

5

Edição Completa de Livro Nacional ou Internacional

10

Conferência em Evento Nacional apoiado pela Sociedade de Especialidade

5

Conferência em Evento Internacional

5

Conferência em Evento Regional ou Estadual

2

Apresentação de Tema Livre ou Pôster em Congresso, ou Jornada da Especialidade

2 (máx. 10)

Atividades Acadêmicas Atividades

Pontos

Participação em Banca Examinadora (Mestrado, Doutorado, Livre Docência, Concurso, etc.)

5

Mestrado na Especialidade

15

Doutorado ou Livre Docência na Especialidade

20

Coordenação de Programa de Residência Médica

5 por ano


Por dentro da Sobed

Oficina de Ligadura Elástica Foi realizada nos dias 23 e 24 de julho de 2010, na capital paulista, oficina da SOBED com o tema Ligadura Elástica e sob coordenação de Renato Luz Carvalho, do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo. Os participantes acompanharam os procedimentos terapêuticos e tiveram aulas teóricas e práticas sobre ligadura. Após a primeira etapa, os inscritos se dividiram em três salas do serviço de endoscopia gastrointestinal para observar – e executar – os procedimentos terapêuticos com acompanhamento de médicos preceptores.


DNA

Em franca expansão

Endoscopista de Curitiba (PR) eleito para presidir a SOBED, Sérgio Bizinelli pretende aumentar ação junto aos convênios de saúde e à comunidade

Thiago Bento Colaborou Faoze Chibli

Sérgio Bizinelli, presidente da SOBED para o biênio 2010-2012

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Presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) para o biênio 2010-2012, o especialista paranaense Sérgio Bizinelli assumiu o cargo durante a IX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD), realizada em Florianópolis (SC). Embora só passe a exercer a função a partir de 2011, Bizinelli adiantou suas propostas à Revista SOBED. Dentre as atividades estão o diálogo com os convênios de saúde para pôr em prática as quarta e quinta edições da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Ação que vem sendo desenvolvida regionalmente pela comissão de honorários médicos e defesa profissional da Estadual paranaense da SOBED. Bizinelli explica que há planos de implantar essa comissão em outros estados. Além disso, há intenções para debater cooperativa médica, tomando como exemplo o que já é feito em Fortaleza (CE). O resgate da en-

doscopia digestiva como especialidade também integra a lista de iniciativas trazidas por Bizinelli. Segundo o especialista, a SOBED preenche todos os requisitos básicos para ser uma especialidade e não somente uma área de atuação. “Estamos em contato com a AMB para mostrar toda a nossa história”. Como chegou à Medicina? Tinha alguém na família? Não. Muito pelo contrário. Minha família é muito grande, somos até tradicionais em Curitiba (PR), mas fui o primeiro médico de toda a família. Sei disso porque fiz minha árvore genealógica. Meu bisavô desembarcou no Porto de Antonina, no Paraná. Os Bizinelli vieram da comuna de Vicenza, no Norte da Itália, sou da sétima geração dos imigrantes. Aqui a família cresceu, somos em maior número do que na Europa. Meu nono, como chamamos os avôs, teve muitos filhos, que por sua vez também tiveram vários fi-


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lhos. O pessoal que continuou por lá está no ramo da floricultura. Nós, daqui, entramos para o ramo alimentício com um frigorífico. Desde criança gostava de Medicina. Acabei estudando Administração na universidade, mas parei porque percebi que não era aquilo o que eu queria. Dois anos depois prestei vestibular para Medicina e recomecei. Costumo dizer que não perdi dois anos, pois foi uma experiência interessante que me ajudou a encontrar meu rumo. A Itália é um foco de desenvolvimento da endoscopia? A Europa é mais desenvolvida. A Itália não está entre os dez mais. A França está melhor. Tive a oportunidade de estudar lá por quatro meses, fiquei no serviço com os doutores Thierry Ponchon e Rene Lambert. E pensar que naquela época, 20 anos atrás, a endoscopia era apenas diagnóstica. Hoje isso mudou, é quase uma cirurgia que veio para beneficiar o paciente. Quando surgiu o interesse pela endoscopia? Ela chegou durante um período em que eu fazia residência médica em clínica médica no Hospital das Clínicas em Curitiba. Naquele período havia a área de concentração em gastroenterologia clínica. Sinceramente, eu não tinha pretensão de fazer endoscopia digestiva, até que, na metade do ano, recebi uma proposta de ir a Pato Branco (cidade do interior do Paraná). O local ainda não possuía serviço de endoscopia, porém havia

dois hospitais por lá, pequenos, mas de bom nível. Era uma proposta tentadora, eles me entregariam toda a aparelhagem necessária. Nessa época comecei o treinamento no Hospital das Clínicas. Foi quando comecei a enveredar pela endoscopia digestiva, pois até então era apenas gastroenterologia. O senhor chegou a se mudar para Pato Branco (PR)? Na verdade, não. Cheguei a visitar os hospitais, mas optei por ficar em Curitiba, pois surgiram mais oportunidades de trabalhar no Instituto de Gastroenterologia do Paraná, com o Dr. Júlio César Pisani, que foi quem me convidou. Nessa época eu era chefe do serviço de todos os residentes, então recebi convites para permanecer no Hospital Universitário da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Em Curitiba, instalei meu consultório, o de gastroenterologia, onde atuava, além do HC, onde eu me dedicava à endoscopia. Esse foi o começo da minha vida profissional, em 1984. Como se organizava para atuar em vários lugares? No começo não era muito agitado, pois quando o profissional sai da residência ele é um “eterno desconhecido” [risos], não tem clientela. Então é preciso ir devagar. A situação foi melhorando com o passar dos anos. Atualmente tenho meu serviço de endoscopia com uma boa estrutura. Há seis meses tornei-o mais completo, em termos de estrutura e equipamentos.

A união com a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) será boa para ambos os envolvidos. Será interessante política e cientificamente

Falando em crescimento, quais são suas expectativas para o seu mandato? Essas expectativas são sempre de muita responsabilidade. Óbvio que ficamos contentes de termos sido eleitos, embora não fosse algo que eu buscasse. Porém, quando percebi que tinha algo a oferecer, acabei me lançando. Tive a felicidade de não ter concorrência, o chamado “bate-chapa”, pois nos últimos 15 anos sempre houve competição. Além disso, contei com apoio de pessoas mais experientes que me estimularam. Sempre participei de diversas comissões, tanto na SOBED Nacional quanto na Estadual paranaense. Durante essa gestão, pretendemos firmar a parte científica, pois a partir de 2011 a Semana Brasileira do Aparelho Digestivo será anual. A IX SBAD foi a última realizada a cada dois anos e com rotatividade de instituição presidindo a cada edição. Essa

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DNA

periodicidade anual é uma tendência mundial. Além disso, a união com a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) será boa para ambos os envolvidos. Será interessante politicamente e cientificamente. Vai nos dar força e cresceremos juntos. Outra ação importante é enfatizar a tentativa de resgate da especialidade de endoscopia digestiva. No final das contas, é questão de erguer as mangas e cada um fazer sua parte, para assim tudo funcionar. E como está essa “briga”? Eu não chamaria de “briga”, mas há um contato com a Associação Médica Brasileira (AMB) para mostrar toda a história da SOBED, que preenche todos os requisitos básicos para ser uma especialidade e não apenas uma área de atuação. A SOBED hoje é uma sociedade de endoscopia, mas queremos a parte de endoscopia digestiva, que é tendência mundial. Em união com a gastro, conseguiremos mais força.

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Como foi sua decisão de se candidatar? Na verdade, como te disse, no começo eu não pretendia esse cargo. Embora tenha presidido a comissão do frigorífico da minha família, acreditava não ter perfil para essa atividade. Mas os colegas me estimularam. Sabe, é difícil nós mesmos falarmos de nossas capacidades, mas os colegas identificaram isso em mim. Para ser presidente há uma série de fatores. Sua vida profissional precisa estar estabilizada, felizmente estou assim. A vida familiar também deve estar estabilizada. Tenho três filhas, uma inclusive é médica e está fazendo endoscopia e gastroenterologia, e é minha aluna. O apoio também conta muito. A ajuda da minha esposa foi importante nesse momento. Há alguma ação realizada em Curitiba que o senhor pretende adaptar para a SOBED Nacional? Há 15 anos formamos uma comissão de ho-

norários médicos e defesa profissional constituída em assembleia. A SOBED Nacional tem uma comissão de ética e defesa profissional, mas não de honorários. Obviamente que há uma sazonalidade, mas sempre conseguimos melhorar as condições da endoscopia no Paraná. Melhor trabalho, ganhos dos médicos e uma série de outros benefícios. A comissão se reunia com os convênios. É uma comissão muito atuante e a presidi por dez anos. Queremos implantar essa comissão em outros estados. Como está o diálogo com os convênios nesses últimos anos? Quanto à questão de compra, venda e incorporações dos convênios, óbvio que não temos participação. Nosso debate tem o objetivo de negociar com eles e tentar aplicar as quarta e quinta edições da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). No entanto, assim como os


Sobed - No 11 - Out/Dez - 2010

outros estados, não temos avançado muito nisso. Uma das ideias dessa comissão é negociar regionalmente, pois não podemos sair do Paraná para negociar em São Paulo. Obviamente que a SOBED Nacional oferece suporte. Outra proposta é discutir cooperativa médica, tomando como exemplo o trabalho realizado pelo Dr. Ricardo Pessoa, em Fortaleza (CE), que tem uma boa fluência com os convênios, e nos basearmos na cooperativa dos anestesistas, que também tem desenvolvido boas ações. Se conseguirmos implantar uma, já me darei por satisfeito, pois a semente estará plantada. É uma atuação de classe. Precisamos ter massa crítica para não discutirmos sozinhos.

A sociedade de maneira geral ainda vê a endoscopia como um procedimento restrito? Acredito que a sociedade esteja mais esclarecida. Consegue-se abortar procedimentos cirúrgicos. Algo que há 25 ou 30 anos o paciente ia para cirurgia. Quem tinha úlcera, por exemplo, precisava de intervenção. Há mais de uma década que não vejo isso acontecer. Isso representa uma redução de custos para a saúde? Sim. Ao retirar um pólipo, por exemplo, tirase por endoscopia. Antes o paciente ia para cirurgia, ficava mais tempo no hospital e havia um índice de mortalidade maior.

A história da SOBED preenche todos os requisitos básicos para ser uma especialidade e não apenas uma área de atuação

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Capa

Evolução em foco

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Laboratório teórico e prático, a IX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo reuniu especialistas nacionais e internacionais, e foi cenário para debates sobre novas tendências na endoscopia digestiva e sobre o desenvolvimento da especialidade Faoze Chibli e Thiago Bento | Imagens: Augusto Lisboa

P

articipar de encontros profissionais, por vezes requer um grande esforço, devido à quantidade de atividades oferecidas diariamente. Quem se propôs a assistir quatro itens da programação da IX Semana Brasileira do Aparelho

Digestivo (SBAD) – mesas-redondas, conferências, cursos e etc. –, realizados em diferentes locais do CentroSul, em Florianopólis (SC), caminhou aproximadamente 24 quilômetros por dia. Distância maior do que a percorrida em meias-maratonas (21 quilômetros). A estimativa tem como base a

área de 9,2 quilômetros quadrados do CentroSul, que entre os dias 20 e 25 de outubro recebeu a IX SBAD. Especialistas que participaram de todos os dias (incluído o curso pré-congresso realizado no dia 20), se deslocaram por 144 quilômetros. Distância maior do que entre Florianópolis (SC)

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Capa

e Tubarão (SC) – 142. Outro número de destaque foi o de participantes; 4122, incluídos os 430 palestrantes. Graças à quantidade de público, o especialista argentino Luis Ernesto Caro comparou o encontro brasileiro com os realizados na Europa, de onde havia acabado de regressar. Caro integrou a lista de convidados internacionais da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), ao lado do japonês Shinya Kodashima, do alemão Klaus Monkemuller, do italiano Alberto Larghi, do colombiano Elias Forero, e do norte-americano Kenneth Binmoeller. Parte deles participou do IV Curso Internacional Interativo ao Vivo da SOBED, realizado dia 21 de novembro no Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Cataria (UFSC). “Congressos como esse são importantes para trocar experiências. A internet ajudou muito, possibilitando as aulas à distância, mas não é a mesma sensação”, comparou Caro. Ainda segundo o especialista argentino, a prática precisa estar fundamentada na parte teórica. E essa junção oferecida duran-

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te o curso colabora para o desenvolvimento da especialidade A opinião é corroborada por Monkemuller – pela quinta vez no Brasil – para quem nada supera a troca de experiências ao vivo. “Muito do que foi praticado aqui pode ser lido em livros, mas nem sempre conseguimos questionar o autor”, comentou. De acordo com Kodashima, tais atividades são relevantes para melhorar o nível da endoscopia praticada ao redor do mundo. “As realidades dos países são diferentes e esse diálogo faz com que essa disparidade diminua”, explicou ao comparar Brasil e Japão. Alberto Larghi também analisou o Brasil em contraste com sua terra natal. Segundo o italiano, tanto lá quanto aqui se tem um bom nível nos procedimentos, porém em poucos centros. “Isso não é uniforme, há um padrão em determinado centro, mas isso não reflete a realidade da comunidade como um todo”, comentou. De acordo com Larghi, para determinados procedimentos, os pacientes devem ser tratados em centros específicos, porém, nem sempre eles são enviados a estes locais pelos médicos (leia quadro à pág 26).

Ainda segundo o especialista italiano, alguns procedimentos não deveriam ser feitos em todos os lugares. “Se você faz dois, três procedimentos por ano, você deveria enviar o paciente para alguém que faça 100, 200, mil procedimentos como aquele anualmente.” Por causa da probabilidade de o resultado final ser melhor. “Um exemplo é a cirurgia de câncer pancreático.” Quanto ao curso ao vivo, Larghi afirmou na ocasião que ele foi “de fato muito bom e bem organizado, com casos bastante interessantes”. O especialista europeu comentou ainda sobre a quantidade de pacientes com doenças diversas. “Assisti bastante e foi realmente um curso de endoscopia de alta qualidade”, apontou. De acordo com o 1º secretário da SOBED, Ricardo Anuar Dib, a interatividade junto aos participantes que estavam no CentroSul e, também, aos que acompanharam e comentaram o curso pela internet pelo hotsite, foi notável. “Esse intercâmbio de conhecimento é muito relevante. E as ferramentas de comunicação contribuem para o aperfeiçoamento da especialidade”.


Sobed - No 11 - Out/Dez - 2010 Para o japonês Shinya Kodashima, atividades como o Curso Interativo Ao Vivo ajudam a melhorar o nível da endoscopia no mundo

Além deste aspecto, outras questões de relevância prática foram abarcadas na programação da SBAD. Nas mesasredondas, por exemplo, a oportunidade de participação dos congressistas gerou resultados visíveis. O especialista e expresidente da SOBED Kiyoshi Hashiba, de São Paulo, falou sobre o desafio de moderar uma mesa-redonda como a que foi conduzida por ele (Obstruções malignas das vias biliares). “É preciso ter sensibilidade para saber o que o público quer”. Hashiba também teve como preocupação atender à demanda dos clínicos e dos cirurgiões. Pois além dos aspectos técnicos e de atualização, a questão da tomada de decisões “é fundamental, porque em um congresso o público não é somente de especialistas”. Médicos do interior presentes a eventos nacionais como a SBAD têm decisões delicadas para tomar no cotidiano. “Isso é importantíssimo. Por isso os organizadores também precisam ter essa sensibilidade de saber o que a plateia deseja”. Para Hashiba, houve considerável mescla de assuntos nesse sentido durante o evento.

O alemão Klaus Monkemuller veio pela quinta vez ao Brasil para participar da IX SBAD

Especialista argentino Luis Ernesto Caro comparou o encontro brasileiro com os realizados na Europa O especialista Kiyoshi Hashiba, de São Paulo: “É preciso ter sensibilidade para saber o que o público quer”

O italiano Alberto Larghi: “Foi realmente um curso de endoscopia de alta qualidade”

O norte-americano Kenneth Binmoeller foi um dos convidados internacionais da SOBED na SBAD

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Capa Teoria e prática O início das atividades da IX SBAD foi marcado pelo IV Curso Interativo – Teste seus Conhecimentos Baseado em Evidências, coordenado por Paulo Anselmo Andrade Paternostro, no dia 20 de novembro. Vários especialistas apresentaram casos e questões que deviam ser respondidas pelo público. Dentre os apresentadores estava Fabio Segal, expondo

“DRGE, esôfago de Barret e neoplasia do esôfago (diagnóstico, tratamento e seguimento)”. Ele comentou com os participantes sobre sua expectativa em esclarecer eventuais dúvidas dias antes da realização, em 25 de novembro, da prova de Título de Especialista em Endoscopia (TEE). O endoscopista Flavio Hayato Ejima, do Distrito Federal, foi um dos moderadores do IV Curso Interativo,

e falou sobre os objetivos, a concepção do curso e a legislação na área (leia entrevista abaixo). Foram ainda premiados os Trabalhos Científicos da SOBED. O melhor Tema Livre foi “Estudo prospectivo do emprego do dispositivo endoscópico temporário de exclusão duodeno jejunal para perda de peso e controle da diabetes tipo II”, de autoria de Eduardo G.H. Moura, Bruno C. Martins, Guilherme S. Lopes,

Padronização e legislação Flavio Hayato Ejima, endoscopista do Distrito Federal, foi moderador durante o IV Curso Interativo – Teste Seus Conhecimentos Baseado em Evidências, da SOBED, e concedeu entrevista exclusiva ao hotsite da SBAD. Ejima detalhou os objetivos do curso e comentou a legislação na área. Confira a conversa na íntegra no hotsite da SOBED na SBAD, além de outras notícias sobre o evento, em: www.sobed.org.br/web/coberturasbad Diversas perguntas focaram as últimas recomendações de sociedades internacionais em endoscopia. Uma tônica do curso é testar o nível de atualização dos profissionais? Inicialmente esse curso foi programado para se fazer uma avaliação dos candidatos que iriam fazer a prova para o Título de Especialista. Acho que a mudança que estamos tentando implementar é que este seja um curso para qualquer endoscopista se atualizar de uma maneira geral, englobando todos os temas, com especialistas de alto gabarito.

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Um nível de acerto de aproximadamente 40% pode ser considerado alto? Questões gerais têm tido um nível de acerto acima de 80%, e nos temas mais polêmicos o número de acertos é menor. Mas, na verdade, o que nós queremos é normatizar condutas para que a maioria faça de uma maneira semelhante. Aqui nós não queremos saber o que um, individualmente, faz. Queremos destacar uma avaliação geral, mundialmente.


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Ivan R. Orso, Suzana L. Oliveira, Marcio, C. Mancini, Marco Aurélio Santo e Paulo Sakai. Este último também integrou o grupo premiado por Melhor Vídeo Livre, ao lado de Ricardo Uemura, Fabio Yuji Hondo, Rogério Kuga, Edson Ide, Bruno da Costa Martins e Carlos Kiyoshi Furuya Jr. Eles foram reconhecidos por “Utilização do ENDOLIFTER para dissecção

O que o senhor analisa sobre a questão dos saneantes? Estamos terminando de receber, algo chamado “RDC de saneantes”. Houve pequenos problemas de formulação dessa RDC, que acredito que serão corrigidos, mas algumas coisas foram positivas e outras negativas. O mais positivo é que hoje não é preciso usar formalmente por um tempo pré-determinado o saneante. Dependerá do que o fabricante determina. Até agosto, todo saneante tinha que ser utilizado por 30 minutos. Isso era uma lei de 1983, quando só existia um saneante, o glutaraldeído. Hoje, com a evolução e outros produtos, o tempo de desinfecção é menor. Mas todas as mudanças são complicadas, mudam o custo operacional e uma série de outros aspectos. A RDC da endoscopia que estamos fazendo hoje, na verdade, não tem nenhuma mudança. Ela faz uma associação, normatiza, coloca no mesmo “pacote” coisas que já existiam em pedaços separados.

submucosa endoscópica modelo experimental”. O melhor Pôster foi “Estudos comparativos dos resultados da neurólise do plexo celíaco guiado por tomografia em pacientes com câncer pancreático iressecável”, realizado por Fauze Maluf Filho, Marcelo S. Lima, Marcos Menezes, José Eduardo M. Cunha, Fábio Kawaguti, Felipe A. Retes, Carla Z. Neves e Fabio Hondo.

Outro evento que ocorreu durante a IX SBAD foi o lançamento do Atlas de Endoscopia Digestiva, lançado oficialmente no encontro, de autoria de Marcelo Averbach, Adriana Vaz Safatle-Ribeiro, Ângelo Paulo Ferrari Junior, Ciro Garcia Montes, Flávio Hayato Ejima, Kleber Bianchetti de Faria, Marco Aurélio D´Assunção e Carlos Alberto Cappellanes (leia mais no quadro à pág. 28, e entrevista exclusiva com Averbach à pág. 27).

Carlos Alberto Cappellanes, presidente da SOBED, e, à direita, Ricardo Anuar Dib, 1º secretário da SOBED

Mais de 4 mil pessoas estiveram presentes à IX SBAD, realizada entre os dias 21 e 25 de novembro

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Especialistas acompanham de perto os procedimentos do IV Curso Internacional Interativo ao Vivo de Endoscopia Digestiva Diagnóstica e Terapêutica

Cuidados avançados Não foi tarefa fácil escolher os pacientes para a realização dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos no IV Curso Internacional Interativo Ao Vivo, da SOBED. Eram casos que não poderiam ser tratados de acordo com as últimas tendências na área, ou pela falta de equipamentos avançados de última geração, ou de especialistas familiarizados com alguns dos novos métodos.

Para praticar determinados procedimentos endoscópicos, ou mesmo reciclar o aprendizado, foi oferecido aos endoscopistas o curso Hands On. Organizado em oito estações de trabalho, “é uma oportunidade ao endoscopista, residente ou para quem atua há mais tempo, onde é necessário passar por todas as estações”, comentou o coordenador do módulo, Ricardo Anuar Dib.

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Foi o caso, por exemplo, da ultrassonografia endoscópica, nunca feita antes em Florianópolis (SC). O contato entre especialistas catarinenses, membros da SOBED e endoscopistas estrangeiros viabilizou o agendamento dos tratamentos ou diagnósticos. Com isso, muitos pacientes receberam cuidados endoscópicos com presença de equipes multidisciplinares, em salas especialmente cedidas e preparadas para a ocasião.

Novos cenários A IX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo também ofereceu espaço para debates sobre os caminhos que a especialidade pretende tomar. Alguns desses diálogos aconteceram durante o V Fórum de Estudos Estratégicos realizado pela SOBED. De acordo com o coordenador da Comissão de Título de Especialista da Sociedade, Jairo Sil-

va Alves, o encontro tratou de questões vitais para a realização da endoscopia no Brasil. Dentre os temas debatidos foram abordadas questões relativas ao reprocessamento de acessórios e endoscópios, remuneração dos profissionais, preparo do paciente dentro de normas legais propostas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), e o uso de saneantes. Outro tópico discutido foi a relação com órgãos reguladores, como o CFM, Ministério do Trabalho e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), orientando o endoscopista sobre como proceder, e ressaltando a importância de estar legalmente posicionado em caso de fiscalizações necessárias. “A discussão tem um impacto direto na rotina do profissional”, enfatizou Alves. Ainda segundo o coordenador da Comissão de Título de Especialista, a


Sobed - No 11 - Out/Dez - 2010

Referência mundial Marcelo Averbach, um dos autores do Atlas de Endoscopia Digestiva, lançado pela SOBED na SBAD, concedeu entrevista na ocasião e falou sobre a feitura e a importância do livro para a categoria. Confira esta conversa na íntegra, com exclusividade no hotsite da SOBED na SBAD, além de notícias diárias produzidas durante o evento: www.sobed.org.br/web/coberturasbad Como foi o processo de organização desta obra e quanto tempo levou? Começamos a organizar esse livro há exatamente um ano atrás. Foi um trabalho super árduo, porque começamos com previsão de lançamento neste congresso. E conseguimos, foi uma vitória, graças ao empenho de uma série de colaboradores. Isso, na verdade, demonstra a força da Sociedade, que tem esse poder de mobilização e membros capazes de escrever da forma como foi composto esse atlas. Isso nos deixa muito envaidecidos. A endoscopia é uma especialidade altamente relacionada ao desenvolvimento tecnológico. Isso exigirá reedições? Não tenha dúvida. Todo livro precisa de reedição por conta do avanço do conhecimento, mais ainda um atlas, que tem imagens. E elas evoluem por conta da tecnologia. Além disso esse

atlas vem acompanhado de um DVD. E a imagem dinâmica evolui mais rapidamente ainda. Então, por tudo isso ele deve ser reeditado em um futuro não muito distante. Uma obra como esta traz também mais força para a especialidade? Eu realmente não tenho dúvida. Um volume desses, eu acho que só uma especialidade pode formar. Na verdade uma especialidade é isso: são pessoas que fazem a mesma coisa e lutam pelos mesmos direitos e princípios, o que acaba culminando em algumas realizações, como este atlas que nós lançamos. Este livro se tornará também uma referência mundial? Eu acredito que a qualidade desse material não deve absolutamente nada aos atlas que são editados em língua inglesa. Esse atlas, traduzido, teria um lugar também nos países de língua inglesa.

Isso é um projeto para o futuro? Para o futuro, não. Atual. Já é um projeto em estudo, juntamente com a Revinter, que foi um parceiro muito importante, extremamente sério, trabalhou dentro de um cronograma muito bem definido e, sem dúvida, sem o qual não teríamos atingido esse objetivo.

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Capa

Sentados, Carlos Alberto Cappellanes, Marcelo Averbach e Adriana Vaz Safatle-Ribeiro; e, em pé, Flávio Hayato Ejima, Ciro Garcia Montes, Marco Aurélio D´Assunção, Ângelo Paulo Ferrari Junior e Kleber Bianchetti de Faria

proposta do fórum foi balizar as questões éticas e as referentes à prestação de serviços pelos endoscopistas à sociedade. “Esse encontro é importante, pois por meio dele é que anualmente nos posicionamos sobre o que há de

Livro “de cabeceira” “Você tem o seu livro de cabeceira, para ler à noite, e esse é o livro para ficar ao lado do seu endoscópio”. Essa é a definição de Orlando Junior, especialista em endoscopia digestiva alta, de Ivaiporã (PR), que possui um exemplar do Atlas de Endoscopia Digestiva – lançado oficialmente no estande da SOBED na IX SBAD. Para Junior, a importância de uma obra de referência como esta extrapola a questão acadêmica, de aperfeiçoamento e estudo. “É uma questão prática mesmo. É importante seguir os critérios da nossa Sociedade, que é a SOBED, para que nos oriente e nos mantenha atualizados”.

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recente nas normatizações e regulação de nosso trabalho.” De acordo com o presidente da comissão cientifica da SOBED, Marcelo Averbach, a endoscopia digestiva está cada vez mais ampla em sua área de atuação, envolvendo desde o trato digestivo alto, baixo até as vias biliares. Esta edição da Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD) também abordou a detecção e tratamento de tumores precoces do trato digestivo. “Participamos ativamente da elaboração do programa e selecionando temas que abordassem todos os assuntos da endoscopia”, comentou Averbach.

SOBED O dia 23 de novembro foi marcado por dois fatos importantes para a SOBED durante a IX SBAD. O primeiro aconteceu no auditório “Sambaqui 1” do CentroSul: a Assembleia da Sociedade Brasileira de Endosco-

pia Digestiva. Na oportunidade, foi realizada a eleição para a Diretoria Nacional da Sociedade relativas ao biênio 2012-2014. Com presença expressiva dos membros da Sociedade, foi eleita a chapa em que João Carlos Andreoli (SP) é presidente e Ramiro Robson Fernandes Mascarenhas é vice. Jairo Silva Alves (MG) e Silvana Dagostin (SC) são, respectivamente, 1º e 2º secretários. Dalton Marques Chaves (SP) e Luis Fernando Tullio (PR), 1º e 2º tesoureiros. Durante a noite aconteceu o jantar dos professores, realizado no Lira Tênis Clube, quando Sérgio Bizinelli assumiu a presidência da SOBED para o biênio 2010-2012. Na ocasião também foram empossados os novos presidentes da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) – José Galvão Alves – e do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) – Cleber Dario Pinto Kruel.


Ivo Gonรงalves/Arquivo PMPA

Ricardo Giusti/Arquivo PMPA

Ivo Gonรงalves/Arquivo PMPA

Ivo Gonรงalves/Arquivo PMPA


Gastronomia Especial

Ano especial Várias ações, encontros e lançamentos aconteceram em 2010, por comemoração aos 35 anos da SOBED

Rodrigo Moraes

“D

edica-se a esperar o futuro apenas quem não sabe viver o presente”. Assim, o filósofo Séneca acreditava que a real felicidade estava nos momentos vividos ao longo da vida. Em 2010, a SOBED soube celebrar seus 35 anos de existência com diversas ações, registros e momentos que vão continuar fortalecendo a especialidade de endoscopia digestiva no País. Desde a Campanha de Valorização do Título de Especialista, folder e vídeo institucionais, até o jantar comemorativo realizado durante a IX SBAD, em Florianópolis (SC). Confira a seguir os principais momentos e ações da SOBED por ocasião de seus 35 anos, em 2010.

gestivo, o folder traz informações sobre o que é a SOBED, as sedes estaduais, Título de Especialista, história, galeria de ex-presidentes, parcerias, linha do tempo, congressos, oficinas, centros de treinamento, Selo de Especialista, ferramentas de comunicação, entre outras iniciativas promovidas pela SOBED.

Vídeo Institucional

Espalhadas pelas cinco regiões do País, as 24 unidades estaduais da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) têm suas ações em prol dos endoscopistas digestivos retratadas no vídeo institucional da entidade. Em comemoração aos 35 anos da Sociedade, os especialistas conhecerão um pouco mais da entidade, da sede nacional, dos centros de treinamentos e de outras atividades científicas desenvolvidas. O filme tem Folder Institucional Lançado pela Sociedade durante a a duração aproximada de cinco minuIX Semana Brasileira do Aparelho Di- tos e aborda o trabalho na capacitação

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e promoção da endoscopia digestiva no site da SOBED.

Jantar de 35 anos da SOBED A noite do dia 22 de novembro certamente ficará na memória dos especialistas. Durante a IX SBAD, foi oferecido aos Associados e convidados especiais um coquetel seguido de jantar na Associação Catarinense de Medicina (ACM). Com a presença da diretoria, presidência, secretaria e membros da SOBED Nacional e de Estaduais de todo o País, houve homenagens aos fundadores e celebração conjunta. Em um clima de descontração e amizade, novos e antigos participantes da Sociedade reafirmaram propósitos e estreitaram laços. Com música, iluminação e decoração, tudo esteve de acordo com o momento especial, para que os endoscopistas digestivos compartilhassem a celebração dos 35 anos da SOBED.


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Jantar de comemoração pelos 35 anos da SOBED, realizado em Florianópolis (SC) durante a IX SBAD

Vinte e poucos anos Encerrando a série especial de reportagens sobre os 35 anos da Sociedade, a Revista SOBED traz um pouco mais sobre a trajetória da entidade nas duas últimas décadas. Para Arnaldo Ganc, presidente da SOBED entre os anos de 1996 e 1998, houve nesse período um processo de internacionalização da Sociedade. “Fizemos um convênio com a Revista Endoscopy, juntamente com o ex-presidente Luiz Felipe de Paula Soares, que permitiu aos nossos associados receber a revista em casa, a um custo mínimo”. Ainda de acordo com Ganc, na década de 1990, a SOBED passou pela necessidade de aumentar sua abran-

gência nacional e número de associados. Além de fomentar o número de publicações científicas e a realização de um encontro de destaque da especialidade frente às exigências da época. “Isso sem contar o plano de manter uma malha de cursos por todo o Brasil, para difundir melhor o conhecimento, os avanços científicos da especialidade e inaugurar centros de treinamento eficientes para a melhor formação de endoscopistas”, ressalta o especialista, que também foi fundador da Estadual paulista da sociedade e idealizador da Revista GED, uma das publicações oficiais da SOBED. Entre os anos de 1991 e 2000, a SO-

BED recebeu 1.880 candidatos na Prova de Título de Especialista. Deste total, 1.113 fizeram a prova teórica e 624 realizaram a prova prática. Em 2001, a SOBED lançava o seu Selo de Especialista, para garantir a qualidade nos laudos endoscópicos emitidos. Quatro anos depois, entre os meses de janeiro e fevereiro de 2005, foi realizada nova atualização pela Associação Médica Brasileira (AMB), da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), com a inclusão de novos itens e custos operacionais. Até que, em 2007, a entidade realizaria seu 1º Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva, na cidade de São Paulo (SP).

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Ética e Defesa Profissional

Resolução da ANVISA

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m relação ao tema discutido durante anos, a respeito do tempo de imersão de endoscópios em saneantes, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária apresentou a resolução que publicamos abaixo:

Resolução-RDC MS/ANVISA nº. 33, de 16 de agosto de 2010 - Publicado com o nº. 158 no DOU de 18/08/10 – p. 41 – seção 1. Dispõe sobre a proibição de registro de novos produtos saneantes na categoria “esterilizantes” para aplicação sob a forma de imersão, a adequação dos produtos esterilizantes e desinfetantes hospitalares para artigos semicríticos já registrados na ANVISA e dá outras providências. A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto n. 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do Art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da

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Portaria nº. 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006 e retificada no DOU de 29 de agosto de 2006, em reunião realizada em 13 de julho de 2010, adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação:

CAPÍTULO II DOS REQUISITOS GERAIS Art. 3º Fica proibido o registro de novos produtos saneantes na categoria “esterilizantes” para aplicação sob a forma de imersão.

Art. 4º As empresas detentoras de registro de produtos enquadrados na categoria esterilizantes devem peticionar CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS e protocolizar junto à ANVISA, no prazo de 30 (trinta) dias a partir da data de Seção I publicação desta Resolução, o assunto Objetivo Art. 1º Este regulamento possui o adequação à Resolução RDC nº 33, de objetivo de estabelecer os procedi- 16 de agosto de 2010, código 30005. mentos para adequação do registro Parágrafo único: A publicação do de produtos saneantes esterilizantes e desinfetantes hospitalares para ar- deferimento do pleito de adequação a tigos semicríticos registrados na AN- que se refere o “caput” deste artigo imVISA de acordo com a Portaria SVS plicará mudança da categoria esterilinº 15, de 23 de agosto de 1988 e suas zante, código 3204014, para categoria desinfetante hospitalar para artigos seatualizações. micríticos, código 3205010, bem como a alteração do assunto registro de proSeção II duto de risco 2 - esterilizantes, código Abrangência Art. 2º Este regulamento se aplica 3888, para assunto registro de produto exclusivamente aos produtos sanean- de risco 2 – desinfetante hospitalar para tes enquadrados nas categorias este- artigos semicríticos, código 3887. rilizantes e desinfetantes hospitalares Art. 5º As empresas detentoras de repara artigos semicríticos, para aplicagistro de produtos enquadrados na cação sob a forma de imersão.


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tegoria “desinfetante hospitalares para artigos semicríticos” terão o prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias, a partir da data de publicação desta Resolução, para apresentarem, na forma de aditamento ao processo de registro respectivo, o laudo de comprovação de eficácia frente à Mycobacterium massiliense.

CAPÍTULO III DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 6º A partir da publicação de deferimento do pleito de adequação a que se refere o art. 4º, as empresas terão prazo de 60 (sessenta) dias

para escoamento dos produtos com mos da Lei nº 6.437/1977, sem prejurótulos aprovados anteriormente a ízo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis. esta Resolução. Art. 9º Fica revogado o art. 4º da ReArt. 7º A inobservância dos prazos estabelecidos no art. 4º e no art. 5º solução de Diretoria Colegiada - RDC desta Resolução implicará o cancela- nº 51 de 21 de outubro de 2009. mento do registro, em todo o território Art. 10 Esta Resolução entra em vinacional, mediante devido processo administrativo, nos termos da Lei nº gor na data de sua publicação. 6.437/1977, sem prejuízo de outras Dirceu Raposo de Mello ações ou medidas a serem adotadas. Diretor-Presidente da Anvisa Art. 8º O descumprimento das disposições contidas nesta Resolução Vera Mello é coordenadora da Comissão de Ética constitui infração sanitária, nos ter- e Defesa Profissional da SOBED Nacional

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Crônica

Um trem de volta para casa Luiz Paulo Reis Galvão Ilustração: Felipe Santiago

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o 20º andar contemplo a noite da grande cidade que um dia me acolheu. Um oceano de concreto, antenas e luzes. Um Airbus passa ao longe a piscar e uma abelha ronda a flor na jardineira da minha varanda. Onde será sua colmeia? Estará perdida a esta hora da noite. Por perto passa um veículo com a sirene ligada. Alguém será salvo, ou será preso. Há um murmúrio contínuo dos motores da cidade que nunca dorme nem dormirá jamais. De tão constante se parece com o silêncio dos abismos, das quedas d’água, dos oceanos. Ligo o som, e nele o guitarrista Pat Matheny sola a música The Last Train Home. O som da guitarra, tendo ao fundo o ronco noturno da grande cidade, me conduz a um vertiginoso insight que me leva a uma viagem aos meus passados a bordo do “Último Trem pra Casa”. É como se a música me houvesse ligado a um grande cordão

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que estivera sempre atrelado ao meu destino, firmemente amarrado a minha adolescência, tempo em que deixei minha “cidade coração” no interior do meu interior. Essa grande linha viria a traçar a rota do meu destino como uma espécie de pegadas dos meus sentimentos, uma trilha da minha história. E agora, passados os cinquenta e tantos anos de vida, algo houvesse dado um toque naquele cordão, sugerindo uma volta, um trajeto inverso da vida. Embarco nesse trem, numa estação virtual, e nessa viagem imaginária não sei como reagirei ao me deparar, na paisagem da estrada, com uma a uma das cenas do meu passado, minha ingênua credulidade, minha emotividade, meus medos. Serão eles ainda tão medonhos vistos assim às avessas, ou serão eles que se amedrontarão agora diante de minha figura mais calejada, grisalha, mais serena? E quando eu cruzar em uma das curvas com a empáfia dos meus vinte e poucos anos?

Cumprimentá-la-ei com humildade sem deixá-la perceber que a rejeito agora. Direi-lhe que o passarinho não se esforça pra voar, apenas voa. Que a planta não tenta crescer, apenas cresce. Que Sol nascerá amanhã quer queiramos ou não, e que o homem é apenas um pequeno inseto diante da imensidão do Universo. Ao chegar à minha cidade descerei pelas ladeiras da minha infância, como uma criança, recriando o encantado, reformulando antigos sonhos, escorrendo vida afora no sentido inverso, a tantos anos do presente. Na certa choverá forte e a água descerá em profusão pela guia da rua de paralelepípedo secular morro abaixo em direção ao Rio São Francisco. Dessa vez colocarei na correnteza minha canoa de brinquedo com velas de pano e a acompanharei correndo pela rua, ou quem sabe nela embarcarei o meu imaginário, na minha rota de redescobrimentos, de redefinições, ladeira abaixo


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na minha cidade coração. Abrirei com cautela o grande portão de ferro de minha velha casa do fim do Século XIX com as iniciais do meu avô no frontispício e onde hoje não mora ninguém. Do grande quintal, nosso cachorro “Leão” latirá as boas-vindas quando sentir meu cheiro. Descerei as escadas para alisar sua cabeça, e também eu sentirei o cheiro da minha infância que virá do jasmim. Aí, andarei extasiado por sobre o chão vermelho das flores caídas do jambeiro. No interior da casa enorme andarei a passos lentos

pelo assoalho cruzando suas portas altas. Farei uma oração no santuário e na biblioteca lerei o “Tesouro Juventude”, agora de óculos. Recitarei a “História de um Cão”, de Luis Guimarães, e na certa chorarei. Mais uma vez. É claro que mandarei consertar o velho gravador de rolo Akai de meu pai, e nele ouvirei com melancólica bondade as poucas fitas do nosso meteórico conjunto de rock (The Greens). Rezo para que o tempo não as tenha desmagnetizado, nem que tenham sido vítimas da avidez das traças que

moram no porão da velha casa há tantas gerações. Recomprarei minha guitarra Phelpa com distorcedor e o meu bom amplificador True Reverber. Solarei “O milionário” dos Incríveis, e colocarei mamão na gaiola do passarinho. À noite descerei a ladeira da Corrente na minha bicicleta Merck-Swiss azul metálica. Encostarei o dínamo no pneu e o farol criará um feixe de luz na neblina e na brisa noturna que vêm do Rio. Ao longe Nelson Gonçalves interpreta “Escultura” num serviço de alto falantes de um lugar indefinido.

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Crônica

No dia seguinte irei à feira comprar passarinho. Às 10 horas sentarei na balaustrada do cais e esperarei a lancha azul e branca. A bordo virá meu pai depois do expediente no ambulatório da fábrica da Passagem na margem oposta. Com ele me abraçarei “até me sentir seguro”. Com ele voltarei pra casa e irei cavar buracos no quintal na esperança de chegar ao Japão. Sonhos “topográficos” de menino. No fim da tarde verei o sol amarelo se afogar no outro lado do rio e me alegrarei ao ver brotar do chão da praça o antigo parque de diversões onde brincarei até não mais poder. Cansado dormirei no meu quarto de três portas gigantes por onde, na calada da noite, entrarão os fantasmas que eu temia e que jamais vieram. Com eles trocarei idéias sobre a eternidade. Ao amanhecer irão embora com medo do Sol. Minha mãe me acordará com uma toalha e um sabonete Eucalol. No café, manga rosa recém colhida e banana amassada com Farroz. Pego minha raquete BocklaFlex com cordas de nylon, uma caixa de bolas Mercur e subo até o Penedo Tênis Clube jogar com meus amigos na quadra de saibro. Mais tarde sessão de cowboy

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no Cine Penedo. Roy Rogers, Rocky Lane, Rex Allen, além de um monte de índios, bandidos e mocinhas. Já à noite irei a missa da Catedral e farei parte do coral. “O senhor é meu pastor, nada me faltará...”. Na saída meus amigos me convocarão para uma seresta na praça junto ao coreto. Pegarei meu violão Giannini , um Tan-Tan e um pandeiro e viajaremos de Altemar Dutra a Cartola com uma pequena passada por Renato e seus Blue Caps. No auge da cantoria meu pai virá me chamar. O Dono do Tempo está na estação e mandou avisar que eu tenho mais 30 minutos no passado. Descemos de imediato e o encontramos olhando o rio do mirante da Rocheira. Meu pai fala com ele para aguardar mais um pouco, antes de retornar seu filho para o futuro, mas não tem acordo. Argumenta que manter alguém no passado exige um grande dispêndio de energia. Meu pai rebate citando Einstein e a teoria da relatividade. O Dono do Tempo se irrita e diz não ter tempo para ficar dando explicações. Meu pai fica de bate-boca com o Dono do Tempo na frente da catedral: – Deixe o rapaz ficar mais um pouco – Mas ele já tem 59 anos!

– Sim, é verdade, mas não nesse momento! – Dou mais 5 minutos... - fecha o “Tempo”. Irritado, se dirige para a Estação. Eu e meu pai descemos a ladeira do Convento até nossa velha casa. Vou ao janelão dos fundos e de lá vejo o Senhor do Bonfim no morro do Oiteiro. A Lua, quase cheia, ressalta o branco do Cristo que parece flutuar no espaço. Sinto o calor do abraço do meu pai. Cochilo olhando os meus passados nas paredes da velha casa. Já estou viajando para o presente. Abro os olhos e revejo o oceano de concreto, luzes e antenas. Outro airbus pisca ao longe, agora em sentido contrário. A abelha já levou seu própolis pra casa, mas deixou um rastro de mel na flor da jardineira. No ar permanece o ronco dessa bela metrópole que me acolheu em seu seio e me deu tudo que tenho e sou. Apago a madrugada e adormeço em paz. Amanhã tem exames... *Dedico o texto a um velho médico, meio músico e meio poeta, Luiz Peixoto Galvão, meu saudoso pai.


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AMB na presidência da Associação Médica Mundial

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osé Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMB, foi eleito por aclamação para presidir a Associação Médica Mundial (WMA, em inglês) em 2012. A eleição ocorreu em 16 de outubro, durante a Assembleia Geral da WMA, realizada em Vancouver, Canadá. É a terceira vez que um brasileiro assume o cargo máximo na entidade. O cirurgião catarinense Antônio Moniz de Aragão presidiu a WMA em 1961 e o dermatologista paulista Pedro Kassab em 1976. Amaral representa o Brasil como integrante do Conselho da WMA desde 2005 e, há três anos, preside o Comitê de Assuntos Médicos Sociais (SMAC). Ele foi responsável por trazer ao Brasil relevantes discussões sobre pesquisas clínicas, como a revisão da Declaração de Helsinki (agosto de 2008), o uso de placebo em pesquisa médica associada ao tratamento (janeiro de 2010), e o Seminário Internacional de Resiliência Médica (agosto de 2010). Com a realização da Conferência Doutores do Ambiente, em novembro de 2009, ajudou a disseminar a Declaração de Delhi sobre saúde e

mudança climática. Dana Hanson, presidente da WMA na época, compareceu ao evento realizando a palestra de abertura. Yoram Blachar, presidente da WMA em 2008, também visitou o Brasil neste ano, na abertura da versão brasileira do Curso de Formação de Lideranças Médicas, adaptação de uma iniciativa da WMA. Ainda no âmbito internacional, atualmente Amaral preside também a Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP), cargo assumido em março deste ano, durante o IV Congresso da CMLP, realizado na cidade de Maputo, em Moçambique. Representando o Brasil na Confederação Médica Latino-Americana e do Caribe (Confemel) e no Fórum Iberoamericano de Entidades Médicas, Amaral tem trabalhado pela integração das instituições de representação médica nesse contexto. O recém-eleito presidente da WMA é especialista em Anestesiologia e Medicina Intensiva. É professor titular da disciplina de Anestesiologia, Dor e Medicina Intensiva da Universidade Federal de São Paulo. Desde 1994, é responsável, no Hospital São Paulo (Unifesp), pelos

Centros de Ensino e Treinamento da Associação de Medicina Intensiva Brasileira e da Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Gomes do Amaral foi reeleito presidente da Associação Médica Brasileira para a gestão 20082011 e apresenta destacado trabalho em defesa da qualidade da assistência e da dignidade profissional do médico; dos projetos de lei para regulamentar o exercício da profissão e para implementar Plano de Carreira, Cargos e Salários; e ainda na consolidação do sistema de hierarquização de procedimentos médicos. Ele também presidiu da Associação Paulista de Medicina no período 1999-2005. Durante seu discurso, Gomes do Amaral falou sobre o desafio de presidir a WMA, entidade que congrega representantes de 97 países. “Trata-se não apenas de expressar a visão individual construída ao longo de anos de debate e intenso convívio com os senhores, mas, sobretudo, de expressar o pensamento comum dos 96 países que integram a WMA”, destacou. * José Luiz Gomes do Amaral, médico, professor titular da disciplina de anestesiologia da Unifesp e presidente da Associação Médica Brasileira

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Turismo

Vista da regiĂŁo de Palmeira, na Chapada Diamantina. Abaixo, uma das grutas do roteiro turĂ­stico local

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Serra baiana

A Chapada Diamantina é um dos principais destinos de ecoturismo do Brasil e atrai diversos perfis de visitantes, por oferecer aventura e conforto na mesma medida Marina Panham | Fotos: Jota Freitas

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uando fechamos os olhos e imaginamos o verão, logo nos vêm à mente: praia, sombra e água fresca. Mas existem outras rotas turísticas interessantes para aproveitar a estação mais quente do ano. A maioria das pessoas que conhece as praias paradisíacas baianas desconhece aquilo que o clima de serras e montanhas da região central do estado oferece. Sexto destino turístico baiano, segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), a Chapada Diamantina possui 8.910 habitantes e atrai aproximadamente 130 mil visitantes por ano. A origem do nome se deve ao fato de a região ter sido explorada pelo garimpo de ouro e diamantes, a partir da segunda metade do século 19.

Localizado no coração da Bahia, a 427 quilômetros de Salvador, o Parque Nacional da Chapada Diamantina – criado pelo Decreto Nº 91.655 de 17 de setembro de 1985 – é uma das maiores áreas de preservação da biodiversidade brasileira. Lá, foram catalogadas 200 espécies vegetais endêmicas e 50 animais.

Riqueza ancestral Com aproximadamente 152 mil hectares, o parque é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação Ambiental. Considerada um dos ecossistemas mais ricos do mundo, a região chapadense já foi comparada à Mata Atlântica e à região do Cabo, na África do Sul. Há aproximadamente 600 milhões de anos, toda a região sertaneja da Chapada era mar, afirmam geólogos. Um choque de placas tectônicas foi responsável


Turismo

Canyon localizado no município de Lençóis, mais conhecido da região

por transformar a paisagem. Cachoeiras, poços, rios, vales, canyons, grutas e cavernas compõem o cenário. Berço de aproximadamente 50% dos rios que banham a Bahia, a Chapada Diamantina é um dos principais destinos de turismo ecológico e de aventura. O Canyoning, um dos roteiros mais procurados da região, engloba trekking, rapel e tirolesa na Cachoeira do Capivari, da Fumaça (maior do Brasil com 420 metros de queda livre) e Vale do Capão. O Espeleoturismo, mais conhecido como Turismo em Cavernas, proporciona passeios em grutas como o Poço Encantado, que abriga um lago com 61m de profundidade, e o Poço Azul, que possui um lago subterrâneo de coloração azulada.

Tramm, para que a região fique entre os primeiros destinos mais visitados, é preciso que receba mais vôos regulares. Atualmente, a maior parte do fluxo de visitantes se dá pelo transporte rodoviário. “Sempre fazemos a divulgação do destino em feiras de turismo e também em eventos especializados de ecoturismo, assim como a divulgação junto a agências e operadoras”. O maior número de visitantes ainda é originário da Bahia, mas há destaque para os paulistas e moradores da região Centro-Oeste. De acordo com Tramm, a Chapada Diamantina é um bom destino turístico, pois oferece inúmeros atrativos naturais, como serras, cachoeiras, lagos, piscinas naturais e grutas. Além da existência de diversos eventos esportivos, gastronômicos e musicais. Acesso De acordo com o atual secretário “Pretendemos aumentar a frequência de Turismo da Bahia, Antonio Carlos semanal [dessas ocasiões] para dinami-

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zar ainda mais a atividade turística na região”, comenta Tramm Entre os aproximadamente 50 municípios que integram a Chapada Diamantina, cinco têm vocação turística – Lençóis, Palmeiras, Andaraí, Igatu e Mucugê.

Circuito Lençóis é o “portão de entrada” da região, pois possui infraestrutura bem definida, com aeroporto, bares, restaurantes e 135 tipos de hospedagem, com aproximadamente seis mil leitos. Tombada como Patrimônio Histórico, Lençóis é considerada a “capital do diamante”, uma das maiores referências entre as cidades baianas ligadas ao garimpo. Em Palmeiras estão localizados alguns dos principais roteiros de ecoturismo, como a Cachoeira da Fumaça, a Queda


das Rodas e a Cachoeira do Rio Preto. Andaraí abriga alguns dos mais belos atrativos da região, como o Vale do Pati, o Pantanal dos Marimbus, o Canyon do Paraguaçu e a Gruta da Paixão. Igatu possui ruínas de civilizações antigas, semelhantes às da cidade inca de Machu Picchu, localizada na Cordilheira dos Andes, no Peru. Mucugê é de longe uma das cidades da Chapada que mais despertam a curiosidade dos turistas, seja pela frequência de relatos de fenômenos ufológicos ou pela arquitetura gótica, das miniaturas de igrejas, capelas e jazigos do Cemitério Bizantino, que já serviram de cenário para o filme Abril Despedaçado, do diretor Walter Salles. De acordo com Tramm, o governo da Bahia investiu consideravelmente na Chapada Diamantina, desde a compra de equipamentos de combate a incêndios florestais à reurbanização de ruas e praças da cidade de Lençóis. “O próximo investimento será a construção do Hospital Regional da Chapada (HRC), na cidade de Seabra”, afirma Tramm.

Decisão difícil As atividades na Chapada Diamantina são tantas que é difícil decidir por onde começar a se aventurar. O Roteiro das Cachoeiras, por exemplo, pode ser dividido em duas etapas. A primeira é uma caminhada de aproximadamente 3 km pela Cachoeirinha, Cachoeira Primavera, Poço Halley, Salão das Areias Coloridas e o Poço Serrano. A segunda, outra caminhada de aproximadamente 3,5 km, até o Ribeirão do Meio.

O Morro do Pai Inácio, situado na cidade de Palmeiras, é considerado marco referencial da Chapada Diamantina. De seu topo, é possível avistar o Vale do Cercado, Morro dos Três Irmãos e vários outros cartões postais da região chapadense. Na Chapada Diamantina estão localizados os picos mais altos do estado da Bahia: Pico das Almas, com 1.958 metros de altitude; Pico do Itabira, com 1.970 metros; e o mais alto, Pico do Barbado, com 2.080 metros. Antonio Carlos Tramm acredita que o ano de 2011 será muito bom para as atividades turísticas no estado baiano. “Somente entre novembro e março devemos ter um fluxo de 6,6 milhões de turistas em todo o estado. Com o carnaval em março, acreditamos que os turistas permaneçam mais tempo e venham em maior número para a Bahia”.

Foto Rita Barreto

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Munícipio de Lençóis (BA)

Luzes misteriosas Palco de uma das mais ativas ondas ufológicas já noticiadas no Brasil, a Chapada Diamantina é bastante procurada por turistas que buscam esse tipo de fenômeno, revela Antonio Carlos Tramm. “Há sempre turistas interessados em diversos assuntos e a ufologia é um tema de interesse para muitos que vêm à região”. O Vale do Capão, situado entre os municípios de Palmeiras e Mucugê, é conhecido como observatório de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs). O ex-prefeito da cidade de Lençóis, Otaviano Alves Júnior, em entrevista à Revista UFO, afirmou ter visto OVNIs nos céus da Chapada Diamantina.

Cemitério Bizantino, em Mucugê

41 Gruta Manoel Ioiô, em Iraquara


Gastronomia

Sabor gelado Iogurte e sorvete têm mais em comum do que apenas a composição; descobertos na Ásia, ambos rodaram o mundo até atracarem no Brasil e movimentarem parte da economia nacional Amanda Campos

E

ntre as regiões que despertaram o interesse do explorador Marco Polo (1254-1324), a Ásia foi a mais expressiva. Primeiro navegador a ultrapassar a Mongólia e atingir a China, Polo dedicou pelo menos 24 anos de navegações ao continente, de acordo com “O Livro das Maravilhas”, lançado pela editora L&PM. Como recompensa, desfrutou de diversas descobertas gastronômicas, entre elas, a iguaria chinesa preparada com neve, suco de frutas e mel, precursora do sorvete. De volta a Veneza, Itália, onde morava por volta do século XVII, o ma-

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rinheiro trouxe a receita do doce que, mais tarde, foi incrementada com ovos e leite. “Há várias interpretações para a descoberta. Mas foi na China que tudo começou”, diz o professor titular do Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Marco Antonio Zachia Ayub. Segundo Ayub, a história do desenvolvimento do sorvete pelo mundo está diretamente relacionada aos avanços nas técnicas de refrigeração. Em 1100 a.C., os chineses já sabiam como conservar o gelo formado naturalmente no inverno. Para ser utilizado no verão, o gelo era armazenado em depósitos

subterrâneos revestidos com materiais isolantes, como madeira, e coberto com serragem. A técnica foi utilizada até o final do século XIX, quando foi criado o refrigerador mecânico. Até o século XVII, pelo menos, a neve era introduzida à receita do sorvete. A descoberta de que o sal abaixava a temperatura de fusão da água facilitou a inserção comercial do sorvete em cafés e restaurantes europeus. Mais tarde, a receita rodou a Europa e foi parar na França pelas mãos de um cozinheiro da aristocrata italiana em solo francês, Catarina de Médici (1519-1589), segundo o departamento de engenharia química e engenharia de alimentos da Universida-


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de Federal de Santa Catarina (UFSC). Em 1670, o siciliano Francisco Procópio apresentou no menu de seu café em Paris o doce gelado, o primeiro servido em restaurantes da história. Só por volta de 1800 é que a sobremesa tomou conta dos cardápios europeus. Em 1851, a primeira fábrica de sorvete foi fundada, na norte-americana Baltimore. Na típica receita caseira, o sorvete pode ser preparado com gemas de ovos, leite, creme de leite, açúcar e suco de frutas. Industrialmente, leva gordura, proteínas, água, leite, açúcar, estabilizantes e emulsificantes, segundo artigo publicado pelos alunos de engenharia química no site da UFSC. As gotas de

gordura, bolhas de ar e cristais de gelo são igualmente dispersos em uma espessa solução de açúcar para formar a matriz semi-sólida, congelada e aerada que conhecemos. “Monetariamente falando, o doce é um dos mais acessíveis à população brasileira”, explica o engenheiro químico Marco Antônio Ayub. No Brasil, a receita do doce gelado só atravessou o oceano Atlântico em 1834, atracando primeiramente no Rio de Janeiro. Cerca de 200 toneladas de gelo em blocos, utilizados para a fabricação do sorvete, foram armazenados com serragem em depósitos subterrâneos e conservados por aproximadamente cinco meses em alto mar. Como

naquela época não havia como conservar o sorvete depois de pronto, as sorveterias anunciavam à população a hora certa de consumir o doce, como explica o Museu da Vida Invivo, da Fundação Oswaldo Cruz. Atualmente, o consumo de sorvete per capita ao ano, no País, é de 5,2 litros, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes (ABIS). Do segundo semestre de 2002 ao final de 2009, o consumo total do produto no País cresceu 39,5%, passando de 713 milhões de litros/ano em 2002 para 995 milhões de litros/ano no final do ano passado. Até o final de 2010, a perspectiva é que o

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Gastronomia

setor ultrapasse a produção de 1 bilhão de litros. Por meio do site da ABIS, o presidente Eduardo Weisberg afirmou acreditar que o Brasil tem condições para se tornar um dos principais mercados do produto no mundo. Entre os tipos de sorvete mais solicitados pelos consumidores, o de massa ocupa o topo da lista. Ao ano, o volume estimado de consumo é de 718 milhões litros vendidos, cerca de 72% do total de comercialização. Os picolés representam 19% do consumo do mercado, com aproximadamente 191 milhões de litros. O tipo soft, mais cremoso, tem produção atual de pelo menos 89 milhões de litros, ou 9% do mercado. O faturamento geral do setor, incluindo a cadeia produtiva, ultrapassa os R$ 3 bilhões, de acordo com a ABIS. A produção do doce virou inclusive grade de curso universitário na Itália. A Gelato University em Bolonha é a primeira faculdade do gênero no mundo. Anualmente, cerca de 6 mil alunos aprendem, em aulas práticas e teóricas, as proporções de água, leite e açúcar ideais que deverão ser utilizadas na produção. Para quem deseja abrir sua própria sorveteria, um dos módulos apresenta como anda o mercado de sorvete artesanal, mostrando como escolher o melhor ponto para a loja e a definição de um plano de negócios. Em 2007, o Brasil passou a contar, ainda, com a inserção de um novo sa-

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bor para o doce gelado: o iogurte. Já popular na Europa e em outros lugares do mundo, o frozen yogurt, como é mais conhecido, já é comercializado por pelo menos 20 marcas espalhadas em 140 lojas por todo o País. “É o tipo mais nutritivo de sorvete do mercado. Mas ainda é muito caro e foge do alcance da maioria dos consumidores”, adverte o engenheiro químico da UFRS. Assim como acontece com outros sabores, o frozen yogurt dá requinte às sobremesas em restaurantes e buffets de todo o País. De acordo com o chef e sócio do espaço para eventos Alameda Casa Rosa, em Florianópolis (SC), o escocês Alexander Floyd, os tipos de sobremesas mais populares do cardápio levam o sorvete de iogurte na receita. “Também utilizo, em algumas ocasiões, o sorvete comum. O que importa realmente é a qualidade desses produtos.” Servido com guarnições que vão desde caldas doces até frutas, o frozen brasileiro ainda precisa ser melhor comercializado, de acordo com Floyd. “Vejo lojas aqui que vendem o produto com acompanhamentos frios, quentes, frutas mal cortadas. O produto é muito caro e merece uma adequação diferenciada”. Chef do inglês Leith’s Soho Restaurant por mais de 18 anos, Floyd acredita que o mercado consumidor europeu é mais exigente do que o brasileiro, quando se trata da qualidade das guarnições.

De acordo com o engenheiro químico da UFRS, a opção do sorvete de iogurte é mais saudável devido às propriedades do iogurte natural, mantidas no processo de resfriamento. Importante opção de proteínas, vitaminas, minerais, fósforo e cálcio, o iogurte, produzido a partir da fermentação do leite enriquecido com lactobacilos, pode ser ainda melhor aproveitado, se consumido naturalmente. “Devemos pensar nessa ordem: o consumo do iogurte é melhor do que o de frozen e, o frozen, melhor do que o sorvete”, explica Ayub. Conhecido na Europa em meados do século XVI, por volta de 1542, o iogurte líquido natural descende do Império Otomano, próximo à Ásia. Segundo pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a palavra iogurte foi originada da etimologia turca “yoghurma”, que significa “engrossar”. No Brasil o consumo só começou a ser significativo depois de 1970. “O poder aquisitivo do brasileiro ainda não permite que a maior parte da população consuma iogurte com freqüência”, diz. Dados do Instituto Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE) mostram que em 2008 foram produzidos 27,5 bilhões de litros de leite, um aumento de 5,5% na comparação com 2007. O Brasil é o quarto maior produtor mundial de leite – os líderes são Índia, China e Rússia. A produção de iogurte

cresceu 18% em 2008 na comparação com 2005, quando foram produzidos 1,3 milhão de quilos do produto. Estudo divulgado pela empresa Tetra Pak, líder no segmento de envase – industrialização de alimentos – mostra que de 2009 a 2012, o consumo global de produtos lácteos deve aumentar 2,4%. Em 2009, foram produzidos 264 bilhões de litros, uma alta de 1,8% na comparação com 2008. Um dos fatores responsáveis pelo aumento é a ascensão da classe C, diz a pesquisa.

Sorvete animal Até para os cães o mercado de sorvete pode ser atrativo. Criado especialmente para cães, o Ice Pet utiliza ingredientes naturais diferentes da composição humana, já que não contém açúcar, tem baixa lactose e ausência de gordura trans. Criado pelas veterinárias Thaís e Juliana Mucher, a opção gelada foi aprovada pelo Ministério da Agricultura e está disponível nos sabores menta, morango, creme, chocolate e bacon. Servido em potes individuais de 150 ml, o produto já está à venda em São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Mato Grosso.

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Radar Infecção pode desenvolver obesidade infantil

iPhone poderá medir glicose no sangue Novo acessório para iPhone e iPod Touch, que monitora a glicose no sangue, foi divulgado em Paris pelo laboratório farmacêutico SanofiAventis. O dispositivo, chamado iBGStar, será lançado em 2011 e funciona como a maioria dos medidores de glicose utilizados por diabéticos. O iBGStar se conecta à base do iPhone e mostra os resultados por meio de um aplicativo a ser lançado. Basta encostar o acessório na pele e com uma gota de sangue, o aparelho mede o nível de açúcar.

Pesquisa revela que crianças e adolescentes expostos a um tipo específico de adenovírus, causador de infecções respiratórias e gastrointestinais, têm maior propensão a obesidade. Estudiosos da Universidade da Califórnia (EUA) acompanharam 124 indivíduos com idades entre oito

e 18 anos, e identificaram que 78% dos participantes com testes positivos para anticorpos específicos para adenovírus 36, eram obesos. Os voluntários com esses anticorpos pesavam aproximadamente 22 quilos a mais do que os que apresentaram exame negativo para a infecção.

Menos gorduras trans nas prateleiras Aproximadamente 230 mil toneladas de gorduras trans deixaram de ir para as prateleiras brasileiras em 2009, segundo a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia). O levantamento foi apresentado pelo Ministério da Saúde durante a assinatura de um acordo de cooperação que prolonga por três anos o Fórum da Alimentação Saudável. Desde 2008, 94,6% das empresas associadas à entidade atingiram o índice que estabelece um limite de 5%

de presença e gordura trans no total de gorduras em alimentos processados. Para óleos e margarinas, o limite é de 2%. As metas foram estabelecidas com base em recomendações da Organização PanAmericana de Saúde (OPAS). As medidas previstas no Fórum da Alimentação Saudável também incluem a redução gradual do teor de sódio em alimentos processados. A expectativa é que até 2020 o consumo de sal em todo País seja reduzido em 50%.

Exame detector de doenças ligadas a alimentos chega ao Brasil Análises que identificam predisposição a obesidade, intolerância a lactose e doença celíaca, chegam ao Brasil. São os primeiros testes genéticos em solo brasileiro ligados ao campo emergente da nutrigenômica – que estuda como os alimentos interagem com certos genes. Células bucais do paciente são coletadas pelo médico e a amostra segue para

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Portugal, onde é analisada e o paciente recebe o resultado 20 dias depois. A ferramenta permitirá que o médico adapte o tratamento de acordo com o perfil do paciente. Em relação à obesidade, por exemplo, o exame pode indicar como a pessoa vai responder a dietas. Para o presidente da Sociedade de

Gastroenterologia do Rio de Janeiro (SGRJ), José Augusto Messias, os testes não trazem benefícios, já que o surgimento das enfermidades é determinado por outros fatores, não só pela genética. No entanto, o diretor do Instituto de Pesquisa do Hospital Albert Einstein, Luiz Vicente Rizzo, destacou que o exame é eficaz apenas para doença celíaca.


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Crescem internações de crianças por transtornos alimentares Relatório da Academia Americana de Pediatria (AAP, em inglês) revelou que o número de internações de crianças menores de 12 anos, por transtornos alimentares, cresceu aproximadamente 119% entre 1999 e 2006. De acordo com levantamento da

Agência de Pesquisa e Qualidade em Serviços de Saúde do País, realizado em 2009, as hospitalizações por distúrbios alimentares nos Estados Unidos aumentaram 15% nesse período de sete anos e a maior elevação registrou-se entre pacientes jovens.

Genes interferem em nível de vitamina D Pesquisadores da Universidade Emory, de Atlanta (EUA), descobriram que o nível de vitamina D nas pessoas é maior durante o verão, devido à interferência externa como exposição ao Sol e dieta fortificada com vitamina D, mas 70% das concentrações durante o inverno são atribuídas a fatores genéticos. O estudo envolveu dois grupos com idades em torno dos 55 anos, que foram divididos entre 310 gêmeos idênticos e 200 não-idênticos. A revelação será publicada na edição de dezembro do American Journal of Clinical Nutrition.

Produtos derivados de animais clonados são seguros De acordo com o Comitê Consultor de Novos Alimentos e Processamentos (ACNFP, em inglês) da Agência de Segurança Alimentar (FSA, em inglês) britânica, a carne e o leite de vacas clonadas não apresentam diferenças

substanciais em relação às nãoclonadas, o que torna seu consumo seguro. A revelação pode acelerar a polêmica liberação da comercialização de produtos derivados de animais clonados.

Restrição alimentar Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de domicílios brasileiros com algum grau de insegurança alimentar caiu de 34,9% em 2004 para 30,2% em 2009. Aproximadamente 65,6 milhões de pessoas residentes em 17,7 milhões de domicílios possuíam alguma restrição alimentar ou preocupação com a possibilidade de ocorrer a restrição por causa da falta de recursos para adquirir os alimentos. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), de 2009, revelam que 69,8% dos 58,6 milhões domicílios particulares no Brasil estavam em situação de segurança alimentar no ano passado, totalizando 40,9 milhões de residências com 126,2 milhões de pessoas, equivalente a 65,8% dos moradores em domicílios particulares do Brasil. A pesquisa do IBGE, realizada em convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), utiliza a classificação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) e considera domicílios em condição de segurança alimentar, aqueles onde os moradores têm acesso a alimentos em quantidade e qualidade adequada, sem se sentirem na iminência de sofrer qualquer restrição em um futuro próximo.

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Radar Técnica retira tumor GIST pela vagina de paciente Cirurgiões operaram um tumor gástrico de oito centímetros de diâmetro por meio da vagina de uma paciente na Espanha. O procedimento, realizado pela primeira vez, evita incisões abdominais dolorosas, diminui a dor - em relação à cirurgia laparoscópica - e reduz o tempo de pós-operatório, afirmou o chefe de cirurgia gastrointestinal do hospital Clínic de Barcelona, Antonio María de Lacy, em coletiva de imprensa, no último dia 9 de dezembro.

De acordo com Lacy, uma lente foi introduzida pelo umbigo da paciente para visualizar a região. Outros dois instrumentos foram inseridos através do abdômen com 2 mm de incisão. A paciente, diagnosticada com tumor tipo GIST (Tumor do Estroma Gastrointestinal), tem 43 anos e já havia sido operada com as técnicas convencionais em outro hospital, há cerca de um ano.

Novas regras para venda de antibióticos Novas regras para prescrição e venda de antibióticos em farmácias e drogarias entraram em vigor no dia 28 de novembro. Desde então, os estabelecimentos devem reter receita médica para a venda de aproximadamente 93 substâncias como amoxilina, azitromicina e benzetacil, que integram a lista dos mais vendidos do Brasil. As novas regras incluem que

antibióticos só poderão ser vendidos em farmácias e drogarias do País, mediante apresentação da receita de controle especial em duas vias pelo consumidor, sendo que a primeira via ficará retida na farmácia e a segunda deverá ser devolvida ao paciente carimbada para comprovar atendimento. Quem não obedecer a nova legislação pode pagar multa de até R$ 1,5 milhão.

Obesidade na infância pode desenvolver doença cardiovascular Crianças acima do peso, com idades entre 9 e 12 anos, têm maior propensão a desenvolver doenças cardiovasculares na adolescência, afirmam estudiosos da Universidade de Bristol, no Reino Unido. A pesquisa, realizada com mais de

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5 mil crianças, também revelou que aquelas com maior Índice de Massa Corporal (IMC) que conseguem voltar ao peso normal até a adolescência, podem melhorar seu perfil de risco cardíaco, em comparação às que continuam com sobrepeso.

Bebida que mistura cafeína e álcool é proibida nos EUA Responsável pelo controle dos alimentos nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) impediu que a fórmula original da marca Four Loko, que mistura cafeína à bebida alcoólica, continue sendo vendida no país. Com base em estudos realizados pela Universidade da Flórida – estudantes consumiram cafeína misturada ao álcool e ficaram até três vezes mais embriagados do que os que apenas ingeriram bebida alcoólica. De acordo com o toxicologista Bruce Goldberger, que leciona na universidade, a cafeína é um estimulante natural que mascara o efeito calmante produzido pelo álcool. Outro estudo semelhante realizado pela Wake Forest university, na Carolina do Norte, mostrou que o consumo de bebidas alcoólicas misturado à cafeína causa propensão ao abuso sexual ou necessidade de tratamento médico específico em longo prazo.


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Dieta mediterrânea contra depressão Pesquisadores da Universidade de Navarra, na Espanha, descobriram que a dieta mediterrânea (vegetais, frutas, nozes, grãos e peixes) é eficaz contra depressão. De 1999 a 2005, aproximadamente 10 mil espanhóis saudáveis foram acompanhados pelos cientistas. Após esse período, indivíduos que adotaram a dieta com

maior rigor tiveram 30% menos riscos de desenvolver a doença mental do que aqueles que tiveram menor adesão à dieta. Ainda de acordo com os pesquisadores, os componentes da dieta podem melhorar a função de vasos sanguíneos, combater inflamações e reduzir doenças cardiovasculares.

Diabetes é a terceira maior causa de morte por doenças Mortes causadas por diabetes aumentaram 10%, de 1996 a 2007, e foram a terceira maior causa específica de óbitos por doenças não contagiosas em 2008, mostram dados do estudo anual Saúde Brasil, produzido pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. No mesmo período, as mortes por doenças do aparelho respiratório caíram 33%. Já as cardiovasculares diminuíram 26% e as mortes em decorrência de câncer subiram 4%, perdendo apenas para

doenças do aparelho circulatório. Para o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, as mortes associadas à função cardiorrespiratória reduziram com a diminuição de fatores de risco, como o tabagismo, que ainda afeta pelo menos 15% da população. Já o diabetes crescente é atribuído ao aumento do sobrepeso e obesidade na população. Atualmente, quase metade dos brasileiros está acima do peso. Entre 2006 e 2008, o aumento da obesidade no País passou de 11,4% para 13,9% no período.

Sobrepeso após dieta pode estar relacionado ao estresse Alterações em genes que regulam o estresse e o apetite podem ser responsáveis pelo aumento de peso em pacientes após dietas. É o que afirmam cientistas da Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos. Nos testes realizados em ratos, os animais – anteriormente submetidos a uma dieta

com restrição de calorias – comiam mais quando expostos a situações estressantes. A pesquisa mostra ainda que os roedores produziam mais corticosterona, hormônio relacionado ao estresse e tinham alterações genéticas associadas ao nervosismo, segundo a pesquisadora Tracy Bale.

Câncer de reto atinge mais adultos com menos de 40 nos EUA Entre 1984 e 2005, o diagnóstico de câncer de reto e de junção retosigmóide aumentou pelo menos 4% ao ano em americanos com menos de 40 anos. É o que afirmam pesquisadores do New York–Presbyterian Hospital e do Weill Cornell Medical Center no periódico Cancer. Após levantamento de dados do registro de câncer do departamento de vigilância, epidemiologia e resultados (SEER, da sigla original), do National Cancer Institute, de 1973 a 2005, Joshua Meyer e outros médicos identificaram o problema. Dos 7.661 pacientes com câncer colorretal, a maioria, 67%, foi diagnosticada com câncer de cólon. Já 25% dos pacientes, apresentaram câncer de reto e 8%, câncer de retossigmóide. Por idade, 52% dos pacientes tinham entre 35 e 39 anos.

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Agende-se

Agenda SOBED

Confira, na relação abaixo, os principais eventos nacionais e internacionais ligados à gastroenterologia e à endoscopia digestiva a serem realizados nos próximos meses:

Journées Francophones d’Hépato-gastroentérologie et d’Oncologie Digestive (JFHOD)

XXIX Curso de Especialização em Coloproctologia do Hospital do Servidor Público Estadual – “F.M.O”

Data: de 24 a 27 de março de 2011

Data: de 14 de março a 31 de outubro de 2011

Local: Palácio de Congressos de Paris, França.

Local: Secretaria do Serviço de Gastroenterologia

Informações: www.snfge.org/modulesoumission

Cirúrgica do HSPE, São Paulo. Informações: (11) 5088-8117, 5088-8119, 5572-9133 ou 9824-6965.

Qualihosp 2011 Data: de 18 a 20 de Abril de 2011 Local: em São Paulo Informações: //site.qualihosp.com.br

Grupo de profesionales en gastroenterología, hepatología y nutrición pediátrica Data: de 31 de março a 3 de abril de 2011

IX International Gastric Cancer Congress

Local: hotel Duran Figueres, Catalonia, Espanha

Data: de 20 a 23 de abril de 2011

Informações: www.congresos-medicos.com/congreso/

Local: Seoul, Coreia do Sul

buscar.php

Informações: www.9igcc.com/

DDW 2011

2º Congresso da Sociedade Regional Leste de Coloproctologia

Data: de 7 a 10 de maio de 2011

Data: de 7 a 9 de abril de 2011

Local: McCormick Place em Chicago, Estados Unidos

Local: Hotel Atlântico Búzios, na Armação de Búzios, RJ

Informações: www.ddw.org/wmspage.cfm?parm1=605

Informações: www.srlcp.org.br

14th International Coeliac Disease Symposium Data: de 20 a 22 de junho de 2011

V Maratona de Videoendoscopia do Rio de Janeiro – UFRJ

Local: Oslo, Noruega

Data: 04/06/2011

Informações: www.icds2011.org/

Local: Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ Contato: Secretaria do Serviço de Gastroenterologia da UFRJ – (21) 2562-2326

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“A cada dia de nossas vidas, aprendemos com nossos erros, nossas vitórias. E vivemos novas experiências. Que o Natal seja brilhante de alegria, iluminado de amor. E no ano que se inicia, possamos aproveitar intensamente cada momento com muita paz e esperança”


SOBED Trinta e cinco anos atuando na valorização da Endoscopia Digestiva brasileira

www.sobed.org.br


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