Revista SOBED 2009 - Edição nº 04

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Nº 4 - Jan/Mar - 2009

Pesquisas de vanguarda novidades Na endoscopia brasileira

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Sobed - No 4 - Jan/Mar - 2009

Índice

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Secretaria...........................................................................................................5 Diretoria e Comissões.....................................................................................7 Estaduais ...........................................................................................................8 Acontece ...........................................................................................................9 Rede SOBED..................................................................................................10 SOBED Em Casa...........................................................................................11

DNA............................................................................................ 12 Mulher......................................................................................... 16 Reportagem................................................................................ 20 Entretenimento ........................................................................ 26 Especial ...................................................................................... 30 Médico S/A................................................................................ 32 Ética e Defesa Profissional...................................................... 35 Tecnologia.................................................................................. 38 Info............................................................................................... 40 AMB............................................................................................ 43 Radar........................................................................................... 44 Crônica........................................................................................ 46 Agende-se................................................................................... 48

Em comemoração ao Dia da Mulher e ao Dia das Mães, a revista traz reportagem com endoscopistas contando sua rotina de mãe e profissional. Leia mais na pág. 16 3


Editorial

Dr. Carlos Alberto Cappellanes, presidente da SOBED Nacional, gestão 2008-2010

endoscopia” (e que não são poucos) seja sua total desvalorização quando os “formados” nesses cursos procurarem qualquer tipo de habilitação junto à nossa Sociedade. Isso nós poderemos fazer ignorando essa “habilitação” para, em qualquer tempo, não permitir a possibilidade de obtenção do título de especialista ou mesmo certificado de área de atuação. Deve haver ainda um trabalho junto às instituições médicas para que elas exijam comprovação de qualificação técnico-científica para prática de atos que requisitem espe-

Por um ensino de qualidade Dia desses, zapeando pela Internet em sites de endoscopia, um deles me interessou a ponto de verificar seu conteúdo. Surpreendeu-me, pois tinha no seu topo a logomarca de importante empresa de equipamentos endoscópicos e outros “logos” de empresas que “gravitam” entre os endoscopistas, inclusive nos nossos eventos científicos. O conteúdo desse site falava a respeito de cursos básicos de endoscopia alta e colonoscopia. Informava a duração (sete dias a três meses), agenda para todos os meses (exceto dezembro), aulas práti-

cialização. Nesta edição da Revista SOBED, já repaginada, você é convidado a descobrir como funciona a nova prova de especialista da SOBED, cujo objetivo é preparar os profissionais para atuarem no mercado dentro do que se espera da medicina e de um médico de qualidade. Uma boa leitura! O Presidente

expediente

cas de endoscopia e colonoscopia, turmas de, no máximo, quatro alunos (endoscopia alta) e dois alunos (colonoscopia) e material de estudo teórico oferecido pelo curso. Havia ainda telefone para contato. Liguei, atenderam-me e foi feita uma “entrevista” rápida: (nome, tempo de formado, interesse). Foram oferecidos cursos em algumas cidades com duração e preços variados. Optei por onde a duração era de três meses, com quatro alunos, no valor de R$ 15.000,00. Fiquei de retornar para a confirmação do período escolhido. Vejam só, já existe até o intermediário nesse mercado. A SOBED pouco pode fazer a esse respeito. Já denunciamos esses “cursos” no Conselho Federal de Medicina, mas as coisas sempre param por aí. Acredito que a “volta por cima” dessas aberrações chamadas “cursos de formação em

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É uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) distribuída gratuitamente para médicos. O conteúdo dos artigos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores e não representa necessariamente a opinião da SOBED. Tiragem de 3.000 exemplares. Jornalista responsável: Roberto Souza (Mtb 11.408) Editor: Fábio Berklian | Subeditora: Lilian Burgardt | Reportagem: Lilian Burgardt | Thiago Bento | Tatiana Almeida | Amanda Campos Revisão: Renata Costa | Fluxo de anúncios: Caroline Frigene | Projeto Gráfico: Ivan Lopes Diagramação: Sidney João de Oliveira | Leonardo Fial | Gabriel Rabesco Rua Cayowaá, 228 - Perdizes São Paulo -SP - CEP: 05018-000 Fones: (11) 3875-5627 / 3875-6296 e-mail: rspress@rspress.com.br site: www.rspress.com.br Anúncios: (11) 3875-6296 / 5627 rspress@rspress.com.br


Por dentro da Sobed

Secretaria Recadastramento

Revista Endoscopy Os interessados em assinar ou renovar a assinatura da Revista Endoscopy para o ano de 2009 devem acessar o site da SOBED www.sobed.org.br clicar sobre o link “Revistas” e, depois, “Revista Endoscopy” para efetuar a solicitação. Automaticamente o sistema irá gerar um boleto bancário para o pagamento da assinatura. Na sequência, a revista passa a ser enviada para o endereço cadastrado no site da SOBED.

Associe-se à SOBED Se você ainda não é associado à SOBED é muito fácil tornar-se membro da entidade. Basta acessar o site www.sobed.org.br no link “quero ser associado”, preencher a ficha de cadastro e encaminhar a documentação para sua estadual (o endereço será informado ao término do preenchimento da ficha). Mais informações pelo site: www.sobed.org.br ou pelo telefone (11) 3148-8200 Associado Aspirante São Associados aqueles que forem aceitos no quadro da SOBED por

satisfazerem todas e cada uma das seguintes condições: a) Ser médico filiado à Associação Médica de seu estado, território ou Distrito Federal e estar regularmente inscrito no Conselho Regional de Medicina (enviar fotocópia do comprovante); b) Atuar ou exercer atividade ligada à Endoscopia Digestiva (enviar declaração comprovando o exercício da função) c) Obter aprovação pela Comissão de Admissão e Sindicância de seu pedido de admissão devidamente

Atualize seus dados cadastrais e informe seu e-mail para que possamos enviar os informativos SOBED. Esta é uma forma ágil, rápida e econômica de nos comunicarmos. Envie seus dados para o e-mail: contato@sobed.org.br

encaminhado pela Diretoria do Capítulo correspondente. Associado Titular São associados titulares aqueles que forem aceitos no quadro social da SOBED por satisfazerem todas e cada uma das seguintes condições: a) Possuir Título de Especialista em Endoscopia Digestiva da SOBED; b) Ser médico filiado à Associação Médica de seu estado, território ou Distrito Federal e estar regularmente inscrito no Conselho Regional de Medicina.

Diploma para Associados A SOBED está providenciando a elaboração de um diploma para os associados titulares que será confeccionado em pergaminho, com molduras douradas, medindo aproximadamente 21x29 cm. Os interessados podem solicitar o diploma pelo site www.sobed.org.br. O custo para aquisição é de R$ 190,00 a ser pago via boleto bancário.

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Secretaria Novo site já está no ar!

Nova prova de Título

Desde 9 de abril o novo site da SOBED está no ar. Mais dinâmico e cheio de novidades ele permite maior integração com os usuários, facilitando a aquisição de produtos e o acesso às comunicações da Sociedade, incluindo a versão digital da Revista da SOBED. Acesse: www.sobed.org.br.

A SOBED realizará em 26 de outubro de 2009, no Centro de Convenções da Bahia, em Salvador (BA), a Prova de Título de Especialista e Área de Atuação. Os editais já estão disponíveis no site: www.sobed.org.br.

Selo de especialista Em reconhecimento ao médico especialista em Endoscopia Digestiva ou em Endoscopia, associados à SOBED foi criado o selo de especialista, certificação utilizada para referendar os laudos emitidos na especialidade.

Com numeração sequencial, os selos são emitidos somente a médicos especialistas sócios da SOBED quites com a anuidade e podem ser solicitados entre 200 e 1.000 unidades. O custo unitário varia de: 200 selos R$ 0,20, de 201 a 500 R$ 0,17 e de 501 a 1000 R$ 0,15. Para adquirí-los peça pelo site www. sobed.org.br (pagamento com boleto bancário).

Serviço: Prova de Título de Especialista e Área de atuação Local: Centro de Convenções da Bahia / Avenida Simon Bolivar, s/nº Data/hora: de 26 de outubro de 2009, das 14h00 às 18h00.

SOBED DIGITAL A SOBED lança mais uma novidade: o SOBED DIGITAL, um programa de atualização médica a distância. Os eventos de maior destaque no cenário nacional serão gravados e disponibilizados em CD e/ou DVD. Para adquirir basta acessar o site www.sobed.org.br. O pagamento é via boleto bancário. Confira a programação disponível: Curso Internacional da SOBED 2.007 CD-1 1 – A flood of endoscopic innovations: hits or misses? Anthony Axon (Inglaterra) 2 – Endoscopic submucosal dissection for early gastric câncer. Technical aspects, feasibility and management of complications Ichiro Oda ( Japão) 3 – Endoscopic ressec-

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tion for early gastric cancer. Results in Japan Ichiro Oda ( Japão) 4 – Endoscopic therapy of chronic pancreatitis and its complications Klaus Mönkemüller (Alemanha) Curso Internacional da SOBED 2.007 CD-2 1 – Double Balloon enterocopy: the small bowel and beyond (ERCP, colonoscopy, post-surgical anatomy)

Klaus Mönkemüller (Alemanha) 2 – Short segments of columnar metaplasia at GE junction René Lambert (França) 3- Cápsula endoscópica no SGIO Luiz Ernesto Caro (Argentina) 4 – Novas propostas para exames do cólon e reto, incluindo a cápsula colonoscópica. Haverá impacto no rastreamento? Artur Parada (Brasil)

DVD – Curso ao vivo Opção 1 – 1h 04min 1 - Enteroscopia Adriana Vaz S. Ribeiro 2 - Balão Endoscópico Artur A. Parada DVD – Curso ao vivo Opção 2 – 1h 53min 1 - Dilatação Esofágica Cleber Vargas 2 - CA Esofágico Superficial Marcio M. Tolentino 3 - Controle de Varizes esofágicas

Luiza Romanello 4 - Ultrassom Endoscópico Jose Celso Ardengh DVD – Curso ao vivo Opção 3 – 1h 40 min 1 - Megaesôfago Renato Luz Carvalho 2 - G.I.S.T José Celso Ardengh 3 - Balão intragástrico José Celso Ardengh 4 - Controle de Varizes pós ligadura Renato Carvalho


Por dentro da Sobed

Diretorias e Comissões Diretoria Nacional Presidente Carlos Alberto Cappellanes (SP) Vice-Presidente Carlos Alberto da Silva Barros (PE) Secretários Ricardo Anuar Dib (MG) Fabio Segal (RJ) Tesoureiros Pablo Rodrigo de Siqueira (SP) e Ciro Garcia Montes (SC)

Comissões Estatutárias Comissão de Relações Internacionais Glaciomar Machado (RS) - Presidente Arthur A. Parada (SP) Comissões Eleitoral, de Estatutos, Regimentos e Regulamentos Antonio Gentil Neto – Presidente Herbeth José Toledo Silva Lívia Maria Cunha Leite Nilza Maria Lopes Marques Luz Saverio Tadeu de Noce Armellini Sergio Luiz Bizinelli Comissão de Admissão e Sindicância Ricardo de Sordi Sobreira – Presidente Antonio Henrique de Figueiredo Carlos Aristides Fleury Guedes Fabio Marioni Roberto Palmeira Tenório Comissão Científica e Editorial Marcelo Averbach – Presidente Adriana Vaz Safatle-Ribeiro Carlos Eugenio Gantois Flavio Hayato Egima Huang Ling Fang Kleber Bianchetti de Farias Marcos Bastos da Silva Ramiro Robson Fernandes Mascarenhas Walnei Fernandes Barbosa Comissão de Ética e Defesa Profissional Vera Helena de Aguiar Freire de Mello – Presidente Arnaldo Motta Filho Francisco José Medina Pereira Caldas Oswaldo Luiz Pavan Junior Plinio Conte de Faria Junior Paulo Afonso Leandro Comissão de Avaliação e Credenciamentos de Centros de Ensino e Treinamento Paulo Roberto Alves Pinho – Presidente Daniel Moribe

Gildo Barreira Furtado Giovani Antonio Bemvenuti Walton Albuquerque Comissão de Título de Especialista e sua Atualização Jairo Silva Alves – Presidente Dalton Marque Chaves Geraldo Ferreira Lima Junior Gilberto Reynaldo Mansur Luiz Felipe de Paula Soares Luiza Maria Filomena Romanello Marco Aurélio D’Assunção Marcos Clarencio Batista Silva Vitor Nunes Arantes

Comissões Não Estatutárias Comissão de Acreditação de Serviços de Endoscopia Eduardo Carlos Grecco – Presidente José Renato Guterres Hauck Paulo Cury Renato Luz Carvalho Luiz Roberto do Nascimento Site Flavio Braguim – Presidente Horus Antony Brasil Jarbas Faraco M. Loureiro José Luiz Paccos Ricardo Leite Ganc Diretrizes e Protocolos Edivaldo Fraga Moreira – Presidente Lix Alfredo Reis de Oliveira Mara Lucia Lauria Souza Carlos Eduardo Oliveira dos Santos Luis Cláudio Miranda da Rocha Trabalhos Multicêntricos Paulo Alberto Falco Pires Correa Walnei Fernandes Barbosa Sobed - Revista Horus Antony Brasil Thiago Festa Secchi Sede Nacional Eli Kahan Foigel Rede Sobed/Sobed em Casa Horus Antony Brasil Thiago Festa Secchi

Representantes nas Revistas – GED Arquivos Brasileiros de Gastroenterologia Representantes em Instituições Comissão Nacional de Acreditação Eduardo Carlos Grecco - Presidente José Renato Guterres Hauck Paulo Cury Renato Luz Carvalho Luiz Roberto do Nascimento Conselho Federal de Medicina e Comissão Nacional de Residência Médica Flavio Hayato Egima Agência Nacional de Vigilância Sanitária Vera Helena de Aguiar Freire de Mello Associação Médica Brasileira Maria das Graças Pimenta Sanna

Núcleos Núcleo de Endoscopia Pediátrica Cristina Helena Targa Ferreira Eloá Marussi Morsoletto Machado Manoel Ernesto Peçanha Gonçalves Maria das Graças Dias da Silva Núcleo de Ultrassonografia Endoscópica José Celso Ardengh Lucio Giovanni Battista Rossini Marco Aurélio D’Assunção Simone Guaraldi da Silva Núcleo de Desenvolvimento do NOTES Ângelo Paulo Ferreira Jr. Kiyoshi Hashiba Pablo Rodrigo de Siqueira Paulo Sakai Núcleo de Estudos de Equipamentos e Acess. Endoscópicos e seu Processamento Alexandre Silluzio Ferreira Francisco José Medina Pereira Caldas Ligia Rocha de Luca Vera Helena de Aguiar Freire de Mello Tadayoshi Akiba Núcleo de Implantação das Unidades Regionais Antonio Carlos Coelho Conrado João Carlos Andreoli

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Estaduais Alagoas Presidente: Nilza Marques Luz Vice-presidente: Henrique Malta 1º Secretário: Herberth Toledo 2º Secretário: Carlos Henrique de Barros Amaral 1º Tesoureiro: Laercio Ribeiro 2º Tesoureiro: José Wenceslau da Costa Neto Endereço: R. dos Coqueiros, 17 - Cind. Jardim do Horto CEP: 57052-156 - Gruta de Lourdes - Maceió - AL Fone: (81) 3241-7870 E-mail: nilza.mluz@superig.com.br Amazonas Presidente: Lourenço Candido Neves Vice-presidente: Victor Mussa Dib 1º Secretário: Marcelo Tapajós Araujo 2º Secretário: Agostinho Paiva Masullo 1º Tesoureiro: Deborah Nadir Ferreira 2º Tesoureiro: Edilson Sarkis Gonçalves Endereço: Av. Djalma Batista, 1.661 - 2º andar - sls. 206/207 - Ed. Millenium Center -Torre Medical - CEP: 69050-010 - Manaus - AM Fone: (92) 3659-3762 / 3659-3082 E-mail: endoscopia@endoscopiaamazonas.com.br Bahia Presidente: Maria Cristina Barros Martins Vice-presidente: Livia Maria Cunha Leite 1º Secretário: Marcia Sacramento de Araujo Felipe 2º Secretário: Sylon Ribeiro de Britto Junior 1º Tesoureiro: Durval Gonçalves Rosa Neto 2º Tesoureiro: Luciana Rodrigues Leal da Silva Endereço: R. Atino Serbeto de Barros, 241 - CEP: 41825-010 Salvador - BA Fone: (71) 3350-6117 Site: www.sobedbahia.com.br E-mail: bcrismartins@terra.com.br Ceará Presidente: Ricardo Rangel de Paula Pessoa 1º Secretário: Francisco Paulo Ponte Prado Junior 1º Tesoureiro: Adriano Cesar Costa Cunha Endereço: R. Cel. Alves Teixeira, 1.578 - Joaquim Távora - CEP: 60130-001 - Fortaleza - CE Fone: (85) 3261-8085 E-mail: ricardsopessoa@veloxmail.com.br Distrito Federal Presidente: Aloisio Fernando Soares Vice-presidente: Sussumo Hirako 1º Secretário: Cícero Henriques Dantas Neto 2º Secretário: Francisco Machado da Silva 1º Tesoureiro: Calixto Abrão Neto 2º Tesoureiro: Marcio Velloso Fontes Endereço: SHLS 716, Bloco L – Centro Clínico Sul – Torre I – sls. 408/410 – CEP: 70390-700 – Brasília - DF Fone: (61) 3345-7225 E-mail: aloisio.fernando@gmail.com Espírito Santo Presidente: José Joaquim de Almeida Figueiredo Vice-presidente: Bruno de Souza Ribeiro 1º Secretário: Aureo Paulielo 2º Secretário: Aderbal Pagung 1º Tesoureiro: Esteban Sadovsky 2º Tesoureiro: Luis Fernando de Campos Endereço: R. Francisco Rubim, 395 – CEP: 29050-680 – Vitória - ES Fone: (27) 3324-1333 Site: www.sobedes.com.br E-mail: sobedestadual.es@gmail.com Goiás Presidente: José Cristiano Ferreira Resplande Vice-presidente: Marcus Vinicius Silva Ney 1º Secretário: Marcelo Barbosa Silva 2º Secretário: Fernando Henrique Porto 1º Tesoureiro: Vágner José Ferreira 2º Tesoureiro: Rennel Pires Endereço: Av. Mutirão, 2.653 – Setor Marista – CEP: 74115-914 – Goiânia - GO Fone: (62) 3251-7208 E-mail: sobedgoias@hotmail.com Maranhão Presidente: Djalma dos Santos Vice-presidente: Nailton J. F. Lyra 1º Secretário: Selma Santos Maluf 2º Secretário: Milko A. de Oliveira 1º Tesoureiro: Elian O. Barros

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2º Tesoureiro: Joaquim C. Lobato Filho Endereço: R. Jornalista Miecio Jorge, 4 – Ed. Carrara – sls. 208/209 – CEP: 65075-440 – São Luis - MA Fone: (98) 3235-1575 E-mail: djsantos@wavemar.com.br Mato Grosso Presidente: Ubirajarbas Miranda Vinagres Vice-presidente: Leo Gilson Perri 1º Secretário: José Sebasttião Metelo 2º Secretário: José Carlos Comar 1º Tesoureiro: Roberto Carlos Fraife Barreto 2º Tesoureiro: Elton Hugo Maia Teixeira Endereço: Pça. do Seminário, 141 – Centro – Gastrocentro – CEP: 78000-000 – Cuiabá - MT Fone: (65) 3321-5318 E-mail: qvinagre@terra.com.br Mato Grosso do Sul Presidente: Carlos Marcelo Dotti Silva 1º Secretário: Rogerio Nascimento Martins 1º Tesoureiro: Marcelo de Souza Curi Endereço: R. Alagoas, 700 – Jd. dos Estados – CEP: 79020-120 – Campo Grande - MS Fone: (67) 3327-0421 E-mail: cmdotti@hotmail.com Minas Gerais Presidente: Luiz Claudio Miranda da Rocha Vice-presidente: Paulo Fernando Souto Bittencourt 1º Secretário: Atanagildo Cortes Junior 2º Secretário: Adriana Athayde Lima Stehling 1º Tesoureiro: José Celso Cunha Guerra Pinto Coelho 2º Tesoureiro: Paulo Fernando Souto Bittencourt Endereço: Av. João Pinheiro, 161 – CEP: 30130-180 – Belo Horizonte - MG Fone: (31) 3247-1647 E-mail: diretoria@sobedmg.org.br Pará Presidente: Abel da Cruz Loureiro Vice-presidente: Edmundo Veloso de Lima Tesoureiro: Marcos Moreno Domingues 2º Tesoureiro: Laercio Sampaio da S. Junior 1º Secretário: Danieli do S. Brito Batista 2º Secretário: Ana Paula R. Guimarães Endereço: Tv. Dom Romualda de Seixas, 1.812 – CEP: 66055-200 Belém – Pará Fone: (91) 3241-4223 E-mail: cruzloureiro@hotmail.com Paraíba Presidente: Eduardo Henrique da Franca Pereira Vice-presidente: Fábio da Silva Delgado 1º Secretário: Carlos Antonio Melo Feitosa 2º Secretário: Pedro Duques de Amorim 1º Tesoureiro: Francisco Sales Pinto 2º Tesoureiro: Fabio Kennedy Almeida Trigueiro Endereço: Av. Coremas, 364 – CEP: 58013-430 – João Pessoa - PB Fone: (83) 3222-6769 E-mail: eduardofrancapb@ibest.com.br Paraná Presidente: Luis Fernando Tullio Vice-presidente: Sandra Teixeira 1º Secretário: Maria Cristina Sartor 2º Secretário: Flávio Heuta Ivano 1º Tesoureiro: Julio César Souza Lobo 2º Tesoureiro: Marlus Volney de Morais Endereço: R. Candido Xavier, 575 – CEP: 80240-280 – Curitiba - PR Fone: (41) 3342-3282 E-mail: sobed@onda.com.br Pernambuco Presidente: Josemberg Marins Campos Vice-presidente: Luis Fernando Lobato Evangelista 1º Secretário: Eduardo Carvalho Gonçalves de Azevedo 2º Secretário: Roberto Tenório 1º Tesoureiro: Mario Brito Ferreira Endereço: Av. Conselheiro Rosa e Silva, 2.063 – CEP: 52050-020 Recife - PE Fone: (81) 9973-8741 E-mail: berg@elogica.com.br Piauí Presidente: Wilson Ferreira Almino de Lima Vice-presidente: Carlos Dimas de Carvalho Sousa

1º Secretário: Conceição de Maria Sá e Rego Vasconcelos 2º Secretário: Ademar Neiva de Sousa Sobrinho 1º Tesoureiro: Antonio Moreira Mendes Filho 2º Tesoureiro: Teresinha Quirino V. de Assunção de Maia Endereço: R. Olavo Bilac, 2.490 – CEP: 64001-280 – Teresina - PI Fone: (86) 3221-4824 E-mail: wilsonalmino@uol.com.br Rio de Janeiro Presidente: José Narciso de Carvalho Neto Vice-presidente: Edson Jurado da Silva 1º Secretário: Marta de Fátima S. Pereira 2º Secretário: Afonso Celso da Silva Paredes 1º Tesoureiro: Francisco José Medina de Pereira Caldas 2º Tesoureiro: José Carlos Cortes Barroso Endereço: R. da Lapa, 120 – sl. 309 – CEP: 20021-180 Rio de Janeiro - RJ Fone: (21) 2507-1243 / 3852-7711 Site: www.sobedrj.com.br Email: sobedrj@infolink.com.br Rio Grande do Norte Presidente: Licia Villas-Bôas Moura Vice-presidente: Conceição de Maria Lins da C. Marinho 1º Tesoureiro: Verônica de Souza Vale Endereço: R. Maria Auxiliadora, 807 – Tirol – CEP: 59014-500 Natal - RN Fone: (84) 3211-1313 E-mail: liciavbmoura@uol.com.br Rio Grande do Sul Presidente: Julio Carlos Pereira Lima Vice-presidente: Carlos Kupski 1º Secretário: Carlos Eduardo Oliveira dos Santos 1º Tesoureiro: Cesar Vivian Lopes Endereço: Av. Ipiranga, 5.311 – sl. 207 – CEP: 90610-001 Porto Alegre - RS Fone: (51) 3352-4951 E-mail: sobed_rs@terra.com.br Santa Catarina Presidente: Silvana D’Agostin Vice-presidente: Ligia Rocha de Luca 1º Secretário:Juliano Coelho Ludvig 2º Secretário: Osni Eduardo Camargo Regis 1º Tesoureiro: Cintia Zimmermann de Meireles 2º Tesoureiro: Eduardo Nobuyuki Ussui Jr. Endereço: Rodovia SC 401 – Km 04 3854 – CEP: 88032-005 Florianópolis - SC Fone: (48) 3231-0324 Site: www.sobedsc.com.br E-mail: sobedsc@acm.org.br São Paulo Presidente: José Celso Ardengh Vice-presidente: Adriana Vaz Safatle Ribeiro 1º Secretário: Luiza Maria Filomena Romanello 2º Secretário: Thelma Christina Nemoto 1º Tesoureiro: Thiago Festa Secchi 2º Tesoureiro: Lix Alfredo Reis de Oliveira Endereço: R. Itapeva, 202 – sl. 98 – CEP: 01332-000 São Paulo - SP Fone: (11) 3288-6883 Site: www.sobedsp.com.br E-mail: sobedsp@uol.com.br Sergipe Presidente: Jilvan Pinto de Monteiro Vice-presidente: Rogério dos Santos Rodrigues 1º Secretário: Simone Deda Lima Barreto 1º Tesoureiro: Miiraldo Nascimento da Silva Filho Endereço: R. Guilhermino Rezende, 426 – São José CEP: 49020-270 – Aracaju - SE E-mail: sobedse@yahoo.com.br Tocantins Presidente: Jorge Mattos Zeve Vice-presidente: Marcos Rossi 1º Secretário: Rone Antonio Alves de Abreu 2º Secretário: José Augusto Menezes Freitas de Campos 1º Tesoureiro: Maria Augusta de Oliveira Matos 2º Tesoureiro: Mery Tossa Nakamura Endereço: Quadra 401 Sul – cj, 01 – Lote 1 – Av. Teotonio Segurado – Espaço Médico Empresarial – CEP: 77061-002 – Palmas - TO Fone: (63) 3228-6011 E-mail: zeve@uol.com.br


Por dentro da Sobed

Acontece Paraná A SOBED Paraná promoverá reuniões científicas aos

associados nos próximos dois meses. No dia 3 de abril, às 19h30, no Bourbon Express Hotel, em Cascavel. A temática abordada será a “Doença Inflamatória Intestinal”, em que o Dr. Marcelo Averbach, de São Paulo, discutirá os “Aspectos Endoscópicos Diferenciados da DII”, e a Dra. Andréa Vieira, também de São Paulo, apresentará as “Perspectivas Atuais no Tratamento Clínico das DII”. Em 22 de maio, às 19h30, o tema será o

Rio de Janeiro

“Esôfago de Barrett”, apresentado na SOBED Paraná, em Curitiba, pelo Dr. Fábio Segal, do Rio Grande do Sul. Ambas as reuniões são gratuitas e as inscrições podem ser realizadas no dia do evento. Informações: com Telma Bonatto pelo telefone: (41) 3342-3282, e-mail: sobed@onda.com.br. O endereço do Bourbon Express Cascavel é R. Paraná, 2.899 - Cascavel/ Fone: (45) 3220-4400/ Site: www.bourbon.com.br

Rio Grande do Sul

Dias 06/04, 04/05 e 01/06 serão realizadas reuniões científicas no Colégio Brasileiro de Cirurgiões, na Rua Visconde Silva, 52 sl. B, em Botafogo. Sempre com início às 19h00.

Em 4 de abril, a Fundação Riograndense Universitária de Gastroenterologia (Fugast) realiza a “XXI Jornada da Fugast: o futuro da colonoscopia” e, simultaneamente, o “XVIII Curso de Videoendoscopia Terapêutica do Mercosul”. O programa, que vai das 9h00 às 18h00, será dividido em quatro módulos: Estado Atual e Avanços na imagem colonoscópica; Chegamos à Biópsia Virtual?; Avanços na Terapêutica Endoscópica; e, Colonoscopia no Screening do Câncer do Cólon. Como palestrantes, o evento terá Lix de Oliveira e Luis Maruta, Cláudio R. Teixeira, Carlos Saul, Paulo Sanvitto. Entre os convidados internacionais, estão os especialistas Luiz Caro (Argentina), Horácio Gutierrez (Uruguai), Patrick Okolo (Estados Unidos) e, Alberto Baptista (Venezuela). As apresentações acontecem em Porto Alegre, no Novotel, das 9h00 às 13h00. As inscrições podem ser feitas até o dia do evento. Vagas Limitadas. Veja como se inscrever em www.fugast.com.br/jornada ou entre em contato com a Secretaria de Cursos e Eventos da Fugast.

Informações com Sonia Macedo pelo telefone (21) 2507-1243, e-mail: sobedrj@infolink.com.br ou pelo site: www.sobedrj.com.br

Informações com Silvana Urruth pelo telefone: (51) 3352-4951, email: sobedrs@terra.com.br ou pelo site: www.fugast.com.br/jornada.

No dia 6 de junho, a SOBED Rio de Janeiro realizará o “VI Teórico-Prático no Atendimento de Emergências Clínicas no Ato Endoscópico e Sedação”. O curso será ministrado pelo Centro de Treinamento Berkeley, das 9h00 às 18h00. Serão 30 vagas. No final do mês de maio, os interessados poderão acessar a home-page do Capítulo e obter detalhes. Em 18 de julho, das 8h00 às 18h00, acontecerá a “IV Jornada de Atualização em Endoscopia Digestiva Diagnóstica e Terapêutica”, no Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj). O evento é gratuito e as inscrições para as 150 vagas existentes devem ser feitas no site do Cremerj. As vagas são limitadas.

SOBED Nacional

A SOBED Nacional realizará, entre 29 e 30 de abril, o primeiro dos seis módulos que farão parte do novo curso, “Oficinas”, direcionado aos seus sócios titulares. Sob a coordenação dos Drs. Artur Adolfo Parada, Carlos Alberto Cappellanes e Ricardo Anuar Dib, o curso é proposto aos especialistas que possuem pouca experiência ou não realizam muitos procedimentos terapêuticos no dia-a-dia. “Oficinas - módulo I” terá como temáticas ligadura elástica e esclerose de varizes e esôfago. No dia 29, os participantes poderão realizar os procedimentos em bonecos (hands on) e, no dia seguinte, em pacientes. Já foram confirmados como preceptores os Drs. Ângelo Ferrari, Claudio Hashimoto, Fabio Marioni, José Celso Ardengh, Marco Aurélio D’Assunção, Renato Luz de Carvalho, Ricardo Sobreira e Thiago Festa Secchi. Informações com Monica Sgobbi pelo telefone (11) 3148-8200 ou pelo email:contato@sobed.org.br

Atenção:

Todos os eventos citados nesta página valem pontos para a revalidação do Título de Especialista e Certificado da Área de Atuação, conforme estipulado pela Comissão Nacional de Acreditação (CNA), de acordo com a Resolução CFM 1.722/2005. Consulte a tabela de pontuação pelo site da SOBED (www.sobed.org.br) Para comunicar os encontros promovidos nas estaduais nesta seção envie e-mail para contato@sobed.org.br

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Rede Sobed

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Rede SOBED é um serviço de educação continuada a distância dos cursos ministrados pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) no Centro de Treinamento em Endoscopia Digestiva da entidade, em São Paulo, situado no Hospital Estadual Ipiranga, desenvolvido em parceria com a Olympus Optical do Brasil. O programa Rede SOBED permite ao associado assistir as aulas em tempo real e fazer perguntas aos palestrantes, responder enquetes e participar de votações eletrônicas. Trata-se de um modelo virtual de educação continuada voltado aos especialistas e associados à entidade.

Como funciona?

Toda primeira quinta-feira do mês um novo módulo é apresentado. Por meio do Boletim SOBED Online o usuário é notificado sobre a temática do novo programa. Cada módulo fica disponível por três meses a partir da data de sua transmissão. Para participar basta estar quites com a instituição, preencher a ficha de inscrição e possuir conexão com a Internet. O cadastro tem validade de 1 (um) ano. A Rede SOBED tem mais de 500 cadastrados em seus diversos programas em mais de 200 cidades do Brasil. Os inscritos que assistirem as aulas recebem pontos no programa de creditação da Associação Médica Brasileira (AMB) e do Conselho Federal de Medicina (CFM). Novos cadastros são aceitos até 15h00 do dia da exibição inicial da aula. Após o horário, as senhas serão enviadas para acesso à aula via sistema on demand.

Cadastramento

Faça seu cadastro para a Rede SOBED 2009 por meio do site www.sobed.org.br e receba sua senha eletrônica de acesso. Estão disponíveis na rede virtual programas de educação continuada ministrados em 2008 (os novos usuários cadastrados ainda podem acessá-los), bem como, as primeiras aulas referentes ao ano de 2009. Não perca essa chance de investir na sua atualização e aperfeiçoamento profissional com o apoio da SOBED. Os usuários cadastrados podem acessar a Rede SOBED pelo link descrito abaixo: http://www.sobed.org.br/redesobed2008/inicial_redesobed.asp#

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Por dentro da Sobed

Sobed em casa

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programa SOBED em Casa permite aos associados e não-associados assistirem as principais apresentações do Congresso Brasileiro de Endoscopia e da Semana Brasileira do Aparelho Digestivo pelo site da Sociedade, além de importantes cursos nacionais e internacionais da área que acontecem ao longo do ano. Para ter acesso ao SOBED em Casa é necessário preencher o formulário de inscrição e pagar uma taxa de R$ 160,00 (associados da SOBED) e R$ 460,00 (não-associados). Após a confirmação do pagamento da taxa de adesão o login e senha eletrônica de acesso são encaminhados ao e-mail cadastrado pelo usuário. Uma nova aula é publicada a cada mês no SOBED em Casa. O usuário recebe uma notificação pelo Boletim SOBED Online quando um novo módulo estiver disponível e pode acessá-lo a qualquer hora e local. Para assistir basta acessar o site da SOBED, entrar na seção SOBED em Casa e clicar sobre o link correspondente à aula. Cada usuário terá seis meses para assistir à apresentação de cada módulo, contados a partir da data de sua publicação. Há um limite máximo de três acessos em relação à duração de cada módulo. Após o término do prazo do curso ou da soma total de acessos a senha irá expirar automaticamente. A adesão ao SOBED em Casa também possibilita o acúmulo de 10 pontos para a revalidação do título pelo programa de creditação da CNA/AMB (Comissão Nacional de Acreditação da Associação Médica Brasileira). Já estão disponíveis no site da SOBED, por meio da Seção SOBED em Casa, as principais palestras de Endoscopia da VIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo realizada em Brasília entre 5 e 9 de outubro de 2008. Fazendo a adesão, é possível assistir, via Internet, as apresentações do evento e ter acesso ao conteúdo de diversos cursos nacionais e internacionais da área já realizados. Se você não é sócio da SOBED aproveite esta oportunidade para filiar-se e fazer a adesão ao SOBED em Casa pelo preço de associado. A primeira aula virtual da VIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo traz Exames do Curso Internacional ao vivo da SOBED. Nas próximas aulas serão disponibilizadas aproximadamente 20 horas de programação com um novo módulo a cada mês. Os inscritos que às assistirem irão receber pontos para a revalidação do título pelo programa de creditação da CNA/AMB.

Programa: - Curso Internacional ao vivo da SOBED - Lesões subepiteliais do sistema digestório - Conferência: endoscopia do intestino delgado: vídeo-cápsula e enteroscopia com balões: uma visão geral - Sedação e Monitorização - Conferência: utilidade clínica do NBI e autofluorescência no esôfago de Barrett - Notes: Onde estamos e para onde vamos? - Esôfago de Barrett - Doenças do Pâncreas - Doenças biliopancreáticas benignas - papel da endoscopia - Exames de imagem nas doenças colorretais - Novas técnicas de imagem em endoscopia - Temas gerais em colangiopacreatografia endoscópica retrógrada - Colonoscopia - Hemorragia digestiva alta Obs. Não serão disponibilizadas as palestras em que os médicos não concordarem em ceder os direitos de imagem ou os slides.

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DNA

Mineira é destaque na endoscopia digestiva Em 24 anos de profissão, a Dra. Maria das Graças Pimenta Sanna é exemplo para mulheres da especialidade. De Minas para o mundo, trouxe experiências que ajudaram a elevar o nível da endoscopia brasileira Representante da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) frente ao Conselho Científico da Associação Médica Brasileira (AMB), a Dra. Maria das Graças Pimenta Sanna, Dra. Graça, como é mais conhecida, é uma mineira de destaque na especialidade. Ganhou o mundo e, de Belo Horizonte, sua cidade natal, viajou para conhecer serviços de referência em países da Europa, como a Alemanha, da América do Sul e Central, além de nações como os Estados Unidos, Canadá, China, Egito e países do Oriente Médio. De cada uma das viagens trouxe um pouco de conhecimento para acrescentar à especialidade no Brasil. Em 24 anos de profissão, Dra. Graça se tornou símbolo não só pela importante trajetória profissional, mas por se desdobrar para

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conciliar suas atividades, manter a integridade e o equilíbrio frente às adversidades que a vida lhe apresentou. Sua história é pautada em bases sólidas de amor à família, dedicação ao trabalho e a todos aqueles que a acompanham até hoje. Em entrevista, Dra. Graça revive lembranças dos mestres e amigos e, também, conta um pouco de sua carreira destacando como é a rotina de ser mulher, mãe e profissional de sucesso. O que a levou a decidir pela área médica? O primeiro contato com o meio hospitalar foi ainda na pré-adolescência, quando precisei ser submetida a uma pequena cirurgia ambulatorial, fato que me levou a refletir sobre a possibilidade de atuar na área da saúde. Anos depois, ao vivenciar o

Dra. Graça, grandes mestres a incentivaram a seguir carreira em endoscopia digestiva

pós-operatório de meu pai e toda sua fragilidade, veio a certeza. Naquele momento, decidi que iria trabalhar para amenizar o sofrimento alheio.


Sobed - No 4 - Jan/Mar - 2009

Qual sua formação acadêmica? Concluí a graduação na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e cursei residência em Medicina Interna pelo Hospital Semper, em Belo Horizonte. Em seguida, me especializei em gastroenterologia pelo Instituto Brasileiro de Pesquisas em Gastroenterologia de São Paulo (IBEPEGE/IGESP). Mais tarde, em São Paulo e, também na Alemanha, concluí a especialização em endoscopia digestiva. Como surgiu o interesse pela gastroenterologia? Tive muitos professores que se tornaram verdadeiros exemplos que carrego em meu coração e na prática diária da profissão, como o professor Nereu de Almeida Junior, hoje, meu padrinho e quem me apresentou à gastroenterologia. Uma pessoa que, em seus 90 anos, reverencio como um mestre e amigo. E a endoscopia digestiva? O interesse foi despertado pela alegria e entusiasmo do Dr. João Carlos Andreoli. Com o estímulo do Dr. Ricardo de Sordi Sobreira, iniciei os primeiros treinamentos na especialidade e com a colonoscopia, no

serviço da Dra. Angelita Gama, sob os cuidados do Dr. Paulo Arruda Alves. As técnicas na endoscopia terapêutica foram ampliadas pelo estágio no serviço do Dr. Shinischi Iskioka e Dr. Paulo Sakai, do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC-SP).

“Não sei dizer se concilio bem família e profissão, mas conto com o apoio incondicional de meus familiares”

Enfrentou desafios durante o processo de formação? Sim. Tive receio de não corresponder à altura as chances que a vida me ofereceu. Minha meta diária é honrar as oportunidades que tive e os mestres que acreditaram em meu potencial. Quais foram tais oportunidades? Graças ao Dr. Iskioka, Dr. Sakai e ao Dr. Andreoli fui encaminhada para a Universidade de Hamburgo, na Alemanha, onde conheci outro grande mestre, o Dr. Nib Soehendra. Com isso, novas oportunidades se abriram. Conheci serviços de referência na Europa, Estados Unidos, Canadá, China, Egito, Oriente Médio, América do Sul e Central, partilhando de uma grande família globalizada em torno da endoscopia digestiva.

“Tive muitos professores que se tornaram verdadeiros exemplos”

Como foi sua especialização na Alemanha? Inicialmente, meu objetivo específico era

aprender as técnicas da endoscopia das vias biliares e pancreáticas, porém o departamento dirigido pelo Dr. Soehendra abrangia as técnicas já consagradas da terapêutica cirúrgica em endoscopia, técnicas experimentais e, na época em implantação, a endossonografia. Áreas em que também decidi me envolver. Em sua opinião, ao longo dos anos, o que mudou na especialidade? A cada dia os equipamentos estão mais sofisticados. As imagens, com melhor qualidade e precisão, o que resulta na intercessão dos conhecimentos histopatológicos para utilização durante os procedimentos endoscópicos, exigindo assim um novo “olhar” e novos treinamentos. Observamos também, com o NOTES (Natural Orifice Transluminal Endoscopic Surgery), outra vertente que vem se estruturando é uma certeza da intercessão da endoscopia e da cirurgia. Como está o investimento em desenvolvimento científico na área? O grande pilar que sustenta o trabalho médico é o conhecimento. Investir no

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DNA

desenvolvimento científico é obrigatório. É importante ressaltar que tal investimento deve sempre ser pautado em ética, respeito e amor aos semelhantes. Assim como em outros setores da vida estamos sempre em busca de crescimento e desenvolvimento. Lembro-me sempre das palavras de incentivo que certa vez meu marido me disse: “hoje, quero ser melhor do que ontem e pior do que amanhã”. Dentro do campo científico, qual sua linha de pesquisa? Investi em trabalhos nas vias biliares e pancreáticas, apresentados em congressos, publicações e capítulos de livros. Nos últimos cinco anos, tenho também me dedicado à doença inflamatória intestinal com trabalhos, publicações, capítulos de livros e colaboração em dissertações de mestrado e teses de doutorado. No momento, estou desenvolvendo um projeto de pós-graduação no tema.

é de extrema importância tanto para a Associação, quanto para a nossa especialidade como elo de comunicação e interação entre elas. A filosofia da AMB não é diferente da SOBED. O espírito de ambas é em defesa do médico e nos aspectos científico, ético, social, econômico e cultural. Essa integração contribui para que participemos em conjunto com outras especialidades na elaboração da política de saúde e aperfeiçoamento do sistema médico assistencial do País.

Graça viajou o mundo. Conheceu a endoscopia da Europa, América do Norte, Sul e Central, da China, do Egito e Oriente Médio Qual a relevância das reuniões com o conselho científico da AMB para a especialidade? Participar do conselho científico da AMB

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Como foi o período em que presidiu o

Capítulo SOBED Minas Gerais no biênio 2004-2005? Naquela época, já colaborava com as direções anteriores em diversos setores como secretaria, tesouraria e vice-presidência. Embora conhecesse um pouco da SOBED, não tinha planos de assumir a presidência, aconteceu no susto e, assim, continuei o processo de fortalecimento e estruturação do Capítulo que já vinha de outras gestões. Quais objetivos foram alcançados em sua gestão? Um dos principais pilares de minha gestão foi expandir os limites da SOBEDMG para o interior do Estado. Foram


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Quais suas metas profissionais? Agora, é estudar/ desenvolver a física quântica, ciência que vem modificando as diversas formas de abordagem da prática médica. Ela veio para completar o que a teoria Newtoniana não conseguiu resolver. Há cerca de oito anos faço parte de um grupo de médicos em Minas Gerais que tem acompanhado essas mudanças. Nos últimos três anos, tentamos compreender toda a revolução da medicina em relação

“Pretendo estudar física quântica, ciência que vem modificando diversas formas de abordagem da prática médica” criados dois subcapítulos: Triângulo Mineiro e Alto do Paranaíba, e Zona da Mata e campos das Vertende. Nesse processo, deixamos outras três regiões articuladas para que o grupo sucessor pudesse dar continuidade. Organizamonos para lidar com assuntos relacionados à Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), tópico discutido em incontáveis reuniões. Além disso, logo no primeiro mês de gestão, nos engajamos na luta pelos honorários médicos. Atualmente, qual seu papel no Capítulo MG? Nesta gestão, em particular, me dedico na defesa dos honorários médicos, em especial nos grupos que estão bem organizados em nível nacional. Procuro continuar com o mesmo entusiasmo e, assim, contribuir para que em Minas Gerais haja cada vez mais colegas endoscopistas engajados com o espírito da SOBED. Também sou diretora clínica do Instituto Mineiro de Gastroenterologia (IMEEG) e Membro do Ambulatório de doenças do intestino do Hospital das Clínicas da UFMG.

à teoria. Isso resultou no primeiro curso de pós-graduação que iremos ministrar a partir de agosto deste ano. Este curso faz parte de um projeto muito maior denominado “hólon”, e dentro dele viabilizaremos a construção de um hospital que irá abrigar os novos conhecimentos, aliados com os já consolidados desde os primórdios de Hipócrates. O que a motiva a continuar seu trabalho? O encantamento pela vida, pelo ser humano, pelo conhecimento e pelo potencial que possuímos e estão registrados ao longo da história. Como faz para conciliar família e profissão? Não sei dizer exatamente se o faço bem, mas conto com o apoio incondicional de minha família. Considero que a vida me coroou com a convivência diária das quatro pessoas que me são as mais caras. Meu marido, Luiz Henrique, o “Luizão” - apelido ganho graças a seu 1,96 m de altura. Da nossa união de 23 anos, surgiram três filhos que só nos trazem alegria e razão para viver, são eles, Luiza de 18 anos, Isabela, de 12, e Rafael de 10 anos. Não posso deixar de mecionar a importância de meu pai, José Júlio, de quem herdei a capacidade de sonhar, de minha mãe, Ivone, com quem aprendi a manter os pés fincados na terra e de meus cinco irmãos, por quem nutro admiração e carinho.

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Mulher

24 horas endoscopista, mulher e mãe Às seis horas da manhã, ao despertarem, essas mulheres dão início a uma maratona que as dividem entre suas casas, filhos, maridos e seus pacientes. Em homenagem ao Dia da Mulher e ao Dia das Mães, cinco endoscopistas contam como fazem para conciliar família e profissão

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o ter seu primeiro filho, a endoscopista paulistana Adriana Vaz SafatleRibeiro conta que enfrentou dificuldades para encarar a maternidade. Além do fato de ela e seu marido - um cirurgião do aparelho digestivo - serem pais de primeira viagem, ainda moravam fora do Brasil. Na época, os dois estudavam na Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos. Para ajudá-los com o recém-nascido Lucas, sua sogra teve que ficar com eles por três meses, até que as coisas se ajeitassem e Adriana não precisasse interromper suas

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Ao lado do marido e dos três filhos, Adriana posa para foto

Com a família, Cintia na festa de 15 anos da filha do meio

pesquisas para dar conta dos afazeres domésticos e da rotina de mãe. Prestes a voltar ao Brasil, em 1996, deu à luz ao segundo filho, Daniel. Matheus, que completa o trio, nasceu oito anos depois, em solo brasileiro. Hoje, com os meninos já crescidos, as coisas ficaram um pouco mais fáceis devido à experiência adquirida, mas mesmo assim a rotina continua puxada. De sua casa no Brooklin, bairro da zona Sul de São Paulo, a endoscopista prepara rapidamente seus filhos Lucas (14), Daniel (12) e o pequeno Matheus (5), para que o motorista os leve à escola. Após encaminhá-los, Adriana corre para o Hospital Estadual de Francisco Morato, trajeto que leva uma hora para percorrer de carro. Lá, realiza procedimentos de endoscopia todas as segundas-feiras e, uma vez por mês, aos finais de semana. Às terças, realiza enteroscopias no Hospital São José. Por ser uma das poucas especialistas no País a dominar esse procedimento, Adriana costuma viajar com frequência pelo Brasil e exterior para ensinar a técnica a seus colegas. As quartas-feiras são destinadas ao seu consultório, que divide com o marido e o pai, também cirurgião digestivo e grande responsável por influenciá-la na escolha pela especialidade. Já às quintas e sextas-feiras, atua no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), instituição onde se formou em 1987 e fez residências em cirurgia e endoscopia digestiva. No HC, Adriana ensina aos futuros médicos os procedimentos enquanto participa de uma rotina do Serviço de cerca de 80 endoscopias/dia. Além disso, se prepara para a livre-docência, período em que enfrentará quatro difíceis provas. Diante de tanta pressão, Adriana confessa que no último ano sofreu um pouco com a rotina, mas não pôde deixar de se dedicar à carreira científica, pois, como professora, precisa se reciclar constantemente. “Mesmo passando algum tempo ausente sempre posso contar com o suporte e amor de minha família”, diz.

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Mulher Mãe só muda de endereço

No Sul do País, em Florianópolis, mora Cintia Zimmermann de Meireles. A endoscopista vivenciou uma história semelhante à de Adriana, não fosse o fato de ter optado por não sair de sua cidade para estudar fora. Ela também teve sua primeira filha enquanto cursava o último ano de medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), acontecimento que mudou sua vida. Graduada, Cintia conseguiu encontrar tempo para fazer a residência em clínica médica, porém, ao final do curso, queria fazer gastroenterologia, opção que, na época, não existia em Florianópolis. A mudança seria inviável, pois além da filha pequena, seu marido tinha montado um escritório de consultoria na cidade. Algum tempo depois, abriram prova para a especialidade no Hospital Universitário da UFSC e Cintia foi aprovada, tornando-se a primeira residente em gastroenterologia do estado. Em 1998, obteve o título de endoscopista digestiva. Hoje, com mais duas filhas, procura distribuir seu tempo entre a família, o HU-UFSC e as outras três instituições onde trabalha: o Hospital Governador Celso Ramos, o Hospital de Caridade e o consultório privado. Em Campo Grande, região Centro-Oeste do País, está a sul-mato-grossense Vanessa Puccinelli Dotti. A especialista divide seus dias entre o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul e o atendimento no consultório que montou junto com seu marido. Acostumada a realizar inúmeros exames por dia, Vanessa precisou reduzir a demanda de trabalho. O motivo é nobre. Há aproximadamente dois meses nasceu sua segunda filha, Giovana, irmã de Gabriela, de um ano e meio. Na primeira gestação, em um mês Vanessa já estava de volta ao batente e chegava a levar a bebê com ela, o que era muito cansativo. “A maternidade acaba nos transformando, mas gosto demais de meu trabalho e isso me motivou a voltar”.

A mamãe Vanessa ao lado de sua filha Gabriela de 1 ano e meio

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Karen (10) e Henrique (8) dividem a mãe com a endoscopia

Após um dia


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Entre os quase três mil associados registrados pela SOBED, 596 são mulheres Dessa vez, porém, ela confidencia que irá aproveitar a licença-maternidade até o fim e curtir suas filhas o máximo que puder longe do trabalho. O consultório ficará sob a responsabilidade de seu marido. Para ela, uma das vantagens de terem o próprio negócio e a mesma formação acadêmica. Da mesma forma, a mãe de Karen (10) e Henrique (8), Mery Tossa Nakamura, tem um dia puxado para conciliar a vida profissional com os filhos e o marido agrônomo. Ambos se conheceram enquanto estudavam na Universidade de Tokushima ( Japão) cada um na sua especialidade. Mery, que já fez especialização no Japão e residência na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, revela que não trocaria Palmas, onde mora hoje, por nenhum outro lugar. Na cidade, ela se desloca rapidamente devido à proximidade entre o Hospital Geral de Palmas e a clínica onde trabalha. Ela ainda reserva tempo para atuar como perita do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A filha mais velha, Karen, demonstra interesse pela área médica como a mãe. Para ela, são fundamentais o equilíbrio e a compreensão estabelecidos entre ela, seu marido e filhos.

Para sempre endoscopia

A cearense Patrícia Gadelha Rattacaso decidiu que seria médica aos 17 anos. Optou pela endoscopia por ser uma especialidade que considera em constante evolução e pela parte terapêutica, que a cada dia ganha mais espaço. A endoscopia exige que Patrícia esteja a cada momento em um lugar. Casada há 11 anos com um médico com quem tem uma filha de quatro anos, a rotina se torna realmente cansativa. Para conseguirem montar o consultório, Patrícia e o marido carregaram o fibroscópio para todo lado durante cinco anos depois de formados. O número de exames que realizavam lhe rendeu uma tendinite no ombro direito. “Eram muitos atendimentos quando estava de sobreaviso de hemorragias digestivas por causa da posição incômoda em que ficamos para realizar os exames.” O resultado de tanto esforço foi o consultório que conseguiram montar em 2003. Mas Patrícia ainda atua em outros locais. Apesar da correria, a médica não consegue se imaginar fazendo outra coisa e como toda mãe que trabalha fora sente remorso por passar pouco tempo com a filha. “Queria corrido, Patrícia curte a pequena Gabriela ter mais momentos de lazer com ela.”

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Reportagem

Pesquisas inovadoras mudam realidade dos endoscopistas Graças à evolução das pesquisas científicas, a endoscopia digestiva toma novos rumos e torna-se uma especialidade promissora por assumir muito mais funções além do simples diagnóstico

Lilian Burgardt

H

ipócrates foi o primeiro a usar em seu vocabulário médico a palavra diagnóstico. Formada pelo prefixo dia, “através de, em meio de” + gnosis, que significa “conhecimento”, diagnóstico, portanto, nada mais é que discernir pelo conhecimento. Durante muito tempo, essa foi considerada a principal função da endoscopia digestiva, mas nos últimos anos, com a evolução das pesquisas, ela passou a ter novas atribuições. Não é que o diagnóstico tenha ficado de

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lado, fazem questão de lembrar os especialistas, mas é fato que a especialidade vem avançando e se tornando mais completa para a resolução de problemas do trato digestivo. Quem acompanha de perto essa evolução faz questão de dizer que se trata de um divisor de águas dentro da especialidade. Agora, é como se um amplo e novo leque de oportunidades se abrisse para endoscopistas e pacientes que sofrem com problemas de saúde como a obesidade ou o refluxo gastroesofágico, males do mundo moderno para os quais a endoscopia digestiva surge como promissora alternativa.


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“De alguns anos para cá, a endoscopia deixou de ser só diagnóstica e passou também a ter grande importância terapêutica. Já se opera muitas coisas por endoscopia”, diz o médico treinado na Universidade de São Paulo (USP), um dos pioneiros da endoscopia moderna no Brasil que dirige o serviço de endoscopia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, Kiyoshi Hashiba. Em muitos casos, complementa o médico, esse procedimento tem sido uma alternativa à cirurgia convencional. “Por essa razão cremos em um grande avanço para a especialidade nos próximos anos.” É o Dr. Hashiba quem cita a obesidade e o refluxo gastroesofá-

gico como alguns dos males para os quais o tratamento com a endoscopia promete evoluir significativamente. Segundo ele, o tratamento do refluxo gastroesofagiano por endoscopia é estudado desde 2000. De lá para cá, métodos foram sendo aperfeiçoados e cada vez mais tem se obtido melhora nos resultados, o que é muito importante já que especialistas brasileiros dizem que entre 21 e 56% da população brasileira sofre com a doença do refluxo. Quanto à obesidade, também se desenha um cenário onde a endoscopia passa a ser alternativa importante e, novamente, é preciso dar atenção aos números. Segundo dados do Instituto

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Reportagem Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 40,6% da população brasileira adulta (mais de 20 anos) está acima do peso. Nessa linha, um dos avanços sobre o qual muito se fala é a cirurgia por via endoscópica do estômago, assunto pelo qual o Dr. Hashiba tem se debruçado, já que é uma cirurgia minimamente invasiva através do órgão do paciente e que não costumar resultar em grandes cicatrizes nem lesões. Segundo Hashiba, NOTES (Natural Orifice Translumenal Endoscopy Surgery), como é chamada a técnica, é tão recente no exterior como por aqui. Para pesquisar procedimentos e dispositivos em relação a esta técnica em órgãos como o estômago, o médico tem viajado frequentemente para os Estados Unidos, já que material técnico é escasso por aqui, apesar do apoio do Institutode Ensino e Pesquisa (IEP) do Hospital Sírio Libanês e de empresas de endoscopia como a Cook e a Olympus que incetivam pesquisas na especialidade. “Trata-se de um novo método que propõe ganhos para todos, para os indivíduos com sobrepeso que são submetidos às técnicas mais avançadas e menos invasivas, e para o serviço de saúde, que acaba sendo beneficiado com a economia com cirurgias complexas e gastos com internação. Sem contar o avanço científico evidente”, ressalta Hashiba. Outro campo que se desenvolve é a ecoendoscopia, também chamada de endossonografia ou ultrassonografia endoscópica, que permite uma resolução maior da imagem pela união de dois métodos em prol de um diagnóstico mais preciso, resultando na prescrição de um tratamento mais adequado. Sua introdução tem conferido grande eficácia na detecção de pequenas lesões pancreáticas. Não obstante, a enteroscopia também é um exame bastante avançado para todo o trato gastrointestinal, em especial do intestino delgado. Quem afirma é o gerente médico do Departamento de Endoscopia do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e professor adjunto da disciplina de Gastroenterologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dr. Ângelo Paulo Ferrari Junior.

Na foto acima, Dr. Kiyoshi Hashiba, do Hospital Sírio-Libanês

Segundo ele, a enteroscopia permite uma avaliação mais adequada de sangramentos obscuros e doenças do intestino delgado, pois possibilita não apenas a avaliação, mas a coleta de biópsias, quando necessário, para análise histopatológica, sendo uma opção ao uso das cápsulas endoscópicas. Estas, lembradas por Hashiba por sofrerem evolução técnica importante sendo utilizadas principalmente em hemorragias digestivas sem causa aparente. Por fim, hoje, já se fala em endoscopia virtual. Teoricamente, ela dispensa a introdução de qualquer objeto no paciente. Os aparelhos estão sendo desenvolvidos na Califórnia, Estados Unidos, e aplicam técnica semelhante à da tomografia em espiral, exame que usa raios-x e corta o indivíduo em segmentos. Depois, por meio do computador, o órgão é reconstruído e outro programa permite passear pela imagem recomposta. Segundo o Dr. Hashiba, a ideia é revolucionária, mas demanda tempo de pesquisa, pois é preciso superar dificuldades uma vez que ainda não se consegue, por esse método, distinguir a lesão de

“Segundo o IBGE, 40,6% da população brasileira adulta está acima do peso”

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restos de alimentos. A endoscopia virtual ainda traz consigo algumas desvantagens, como impossibilitar a coleta de material.

Pesquisas no Brasil

Diante de tantos avanços científicos é inevitável questionar em que ponto o Brasil é produtor de conhecimento nessa área. Segundo o Dr. Ângelo Ferrari, embora não estejamos muito atrás de países de primeiro mundo como Estados Unidos, ainda se investe pouco por aqui. Do assunto, ele fala com propriedade por estar dentro da universidade, no caso, a Unifesp, uma das instituições de ensino superior que mais investe em pesquisa, de acordo com dados do Instituto Lobo para o Desenvolvimento da Ciência, da Educação e da Tecnologia. (Veja tabela abaixo) Em sua opinião, faltam recursos e infraestrutura nos laboratórios para incentivar a pesquisa científica na especialidade. Na maior parte das vezes, complementa o médico, os estudos são feitos fora do País. As empresas que atuam nessa área trazem

para o Brasil apenas a tecnologia. Ainda, em sua opinião, há poucos especialistas capazes de produzir o conhecimento científico aqui. “Há mão-de-obra qualificada, mas como em outras áreas da pesquisa, elas migram para o exterior atrás de recursos e investimentos”, explica. O Dr. Hashiba complementa que o Brasil tem um nível muito bom de pesquisadores, mas falta financiamento. Além disso, há empecilhos, como leis que limitam o uso de cobaias em estudos fora das universidades. “Não são apenas as universidades que fazem pesquisas, embora sejam a maioria, há institutos privados que também desenvolvem e são prejudicados por fatores burocráticos”, afirma. Para o médico, deveria haver mais incentivo para que institutos privados fizessem pesquisa, a fim de elevar o potencial de desenvolvimento científico e tecnológico do País. “Uma questão que há muito vem sendo falada nos mais diversos setores, não só na área da saúde”, diz Hashiba.

Produção científica das IES brasileiras

O quadro abaixo retrata o número das Instituições de ensino superior (IES) quanto a sua dependência administrativa, segundo o senso do ensino superior de 2005. Fizeram parte do presente estudo apenas 44,9% do total de universidades, isto é, aquelas que acumularam 50 ou mais trabalhos científicos indexados na base Thomson-ISI. Entre as 85 IES, as 10 instituições que mais produziram foram responsáveis por mais da metade, 53.297 trabalhos publicados, correspondendo a 65,07% da produção total. Todas elas são universidades públicas. RANKING DA PRODUÇÃO

INSTITUIÇÃO

Universidade de São Paulo

2865

3221

3505

4114

4240

NÚMERO TRABALHOS PUBLICADOS 17945

Universidade Estadual de Campinas

1191

1346

1393

1607

1670

7207

8,80%

Universidade Federal do Rio de Janeiro

1154

1190

1204

1502

1444

6494

7,93%

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

834

1003

1044

1171

1264

5316

6,49%

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

655

757

816

943

987

4158

5,08%

Universidade Federal de Minas Gerais

610

686

725

760

893

3674

4,49%

Universidade Federal de São Paulo

347

477

517

581

611

2533

3,09%

Universidade Federal de São Carlos

397

447

443

517

486

2290

2,80%

Universidade Federal de Santa Catarina

296

335

335

423

489

1878

2,29%

Universidade Federal do Paraná

265

327

363

393

454

1802

2,20%

10º

2001 2002 2003 2004 2005

% DO TOTAL DE TRABALHOS 21,91%

Fonte: Instituto Lobo para o Desenvolvimento da Ciência, da Educação e da Tecnologia

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Turismo

Nas águas com o tucunaré Sem os habituais exageros atribuídos aos praticantes do hobby, o residente em endoscopia, Vinicius Pfuetzenreiter, conta a seguir sobre suas duas visitas ao rio Amazonas para praticar a pesca esportiva

Thiago Bento

R

esponda rápido: qual a primeira imagem que vem a sua cabeça quando imagina um pescador? Se um jovem de 29 anos descendente de alemães se aventurando em um ponto remoto da Floresta Amazônica não tiver passado por sua cabeça é porque ainda não conhece o espírito aventureiro do residente em endoscopia digestiva, Vinicius Pfuetzenreiter. Vice-campeão de pesca esportiva, ele já

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esteve por duas vezes no rio Amazonas à caça de peixes como o famoso e briguento tucunaré. Natural de Gramado, Rio Grande do Sul, o jovem médico se mudou para São Paulo para cursar a universidade. Habituado a mudanças - desde pequeno teve de lidar com as transferências do pai, cuja carreira exigia mudar de cidade com frequência ele diz que trocar o sul pela terra da garoa não foi traumático. O gosto pela pesca,

aliás, foi influência paterna. “Ele adorava caçar e pescar. O primeiro hábito passou para o meu irmão mais velho, o segundo, para mim, embora eles também pescassem de vez em quando”, conta o residente. Duas vezes medalha de prata na pesca esportiva em campeonatos paulistas, Pfuetzenreiter, só deixou o hobby de lado quando entrou para a universidade. Durante esse período foi alimentando a vontade de pescar em águas amazônicas. Realizou


Entretenimento

o desejo pela primeira vez em 2007. Organizou uma viagem de uma semana para o Amazonas e levou o irmão junto - apesar de ele ser um entusiasta da caça com um único objetivo: pescar tucunaré. A espécie é encontrada também nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Provavelmente agora, você que não entende de pesca, deve estar se perguntando: “por que ir até Manaus atrás de um

“Cada pescador tem um peixe preferido e, geralmente, quem pratica pesca esportiva, ou pesque-solte como também chamamos, gosta do tucunaré por ser um peixe grande e que, portanto, oferece um desafio. A atividade chega a ser cinematográfica, pois utilizamos isca artificial na superfície. Isso permite ver o peixe subindo em direção a ela e, quando fisgado, lutando para se soltar”, relata o residente.

“É surpreendente ter toda aquela selva e aquele verde ao alcance de suas mãos” peixe que podemos encontrar em outras regiões?”. Simples. Segundo o médico, nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, há o tucunaré-azul que chega a seis quilos, enquanto no Norte há o tucunaré-açu que atinge 11,5 quilos.

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Turismo

Destino desconhecido

Manaus é a primeira parada da viagem, antes de partir para a pescaria em algum ponto remoto do rio Amazonas, bem longe da civilização. Porém, antes de ir atrás dos peixes é necessário pernoitar na cidade. Como “pressa” não faz parte do vocabulário de bom pescador, não há problema em aproveitar o tempo - mesmo que pouco - para conhecer a região. Algumas dicas são visitar os igarapés que cercam a cidade, o porto de Manaus ou o Teatro Amazonas, chamado por alguns de “teatro municipal”. Nessa primeira visita, o médico sobrevoou a selva por aproximadamente uma hora até uma cidade mais distante, onde tomou um barco e navegou sentido oceano por mais algumas horas em direção a um local considerado “ideal” por ele, seu irmão e seus novos amigos japoneses, americanos e europeus. “Vem muito turista para pescar por aqui, especialmente americanos, grandes entusiastas do esporte.” Pfuetzenreiter confessa que a experiência

De barco, é possível passear e se encantar com os igarapés que cercam a cidade de Manaus

selva e aquele verde ao alcance de suas mãos. Para quem gosta de pescar é uma viagem cativante.” Em 2008, ele voltou à região, mas dessa vez optou por um caminho diferente. Primeiro voou até a cidade de Barcelos, capi-

“O tracajá é uma espécie de cágado comum na região, assado com casco e que tem o sabor forte. Talvez o prato manauara mais curioso” foi indescritível. “É totalmente diferente você ir até o lugar e conferir todo o cenário com seus próprios olhos, do que saber daquilo por meio de histórias de outros pescadores. É surpreendente ter toda aquela

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tal do Amazonas até o ano de 1758, e que fica a 396 km (em linha reta) de Manaus. Lá, tomou um barco subindo o Rio Negro em direção ao continente buscando locais mais remotos. “Chegamos a lugares onde

nossa comunicação com o “mundo” era via telefone-satélite. Mas isso não quer dizer que abrimos mão da comodidade”, brinca. Segundo o residente, na maioria dos casos esses passeios são feitos em barcos que oferecem cabines bem confortáveis para até duas pessoas. O interior do barco, porém, parece ser o menos interessante durante a viagem. Pfuetzenreiter conta que não tinha ideia da imensidão do rio e de quão remoto seu contorno pode ser. “Por estarmos em localidades mais distantes, algumas situações passam a ser chocantes. Como quando passamos por alguns locais onde era possível ver o desmatamento, provavelmente pela dificuldade de a fiscalização chegar até ali”, conclui.


Entretenimento

Mesmo com esse detalhe, a sensação foi de surpresa com a integração com a natureza por parte das comunidades ribeirinhas, vistas tanto na primeira quanto na segunda viagem ao Amazonas. “Grupos formados por três ou quatro famílias, com no máximo 20 pessoas vivendo juntas com aquilo que a floresta oferece. É outra cara do Brasil. São pessoas que não sabem o que é carro, moto ou telefone celular. Elas parecem se adaptar ao meio”, filosofa o residente. Adaptação, aliás, é palavra de ordem quando o assunto é a culinária regional. Durante a viagem, o residente experimentou alguns pratos típicos. “Como não tenho muito problema com comida, foi fácil”, confessa, acrescentando que comeu o tradicional pirarucu na casaca, servido com especiarias locais, costela de tambaqui no espeto e tracajá assado. Os dois últimos itens do cardápio merecem uma pausa. O tambaqui é um peixe de porte avantajado, típico do Amazonas, cujas costelas são quase do tamanho das de um leitão, mas tem pouca gordura. O tracajá é uma espécie de cágado comum na região. “Ele é assado com casco e tem o sabor forte. Talvez o prato mais curioso que tenha experimentado com os ribeirinhos”, diz. A comida parece ser uma atração à parte da viagem e, obviamente, responsável pelo acréscimo de quilos na balança na hora de voltar para casa. Para matar um pouco da saudade dos costumes do Centro-Sul do Brasil, em um dos dias, os pescadores organizaram um luau com churrasco em

Gavião-caramujeiro observa pescadores em busca do tucunaré no rio Amazonas

uma “praia” beira-rio. Segundo o médico, estar entre as águas e a mata fez com que ele se sentisse melhor física e mentalmente.

Visitas

Quem também aparecia para fazer uma “boquinha” eram os botos que acompanhavam os barcos tentando tirar vantagem dos peixes devolvidos ao rio. “Depois de retirados da água os peixes estão cansados por terem lutado pela vida contra nós, pescadores, e tornam-se presas muito fáceis para os botos”, explica o residente. O médico ensina que geralmente os pescadores seguem pelo rio buscando locais mais próximos do leito e mais rasos, chamados “calhas-d’água”, onde é mais fácil

encontrar grandes concentrações de peixes que não se dispersam. É ali que eles param o barco. Nesses locais é possível ver os botos passando por debaixo do casco, na tentativa de pegar os peixes. “Tomamos alguns cuidados para devolvêlos às águas. Primeiro retiramos o anzol preso, depois os colocamos na água, se possível, longe do alcance dos botos”, explica Pfuetzenreiter, com tom de preocupação, deixando transparecer o quanto os peixes são importantes para ele. Ao final de 2009, o residente quer ter mais histórias para contar. “Planejo voltar para o Norte do País para pescar entre os meses de agosto e setembro”, confessa já entusiasmado com o plano.

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Médico S/A

Domando o leão Não adianta tentar fugir. Todo ano é preciso dedicar algum tempo para declarar o Imposto de Renda. Para não cair nas garras do Leão, especialistas em finanças ensinam a prestar contas e ainda dão dicas de qual modelo melhor se aplica para cada contribuinte. Confira!

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nquanto em dezembro todos estão ansiosos pelo ano que vem chegando, deixando para trás eventuais preocupações, o trimestre (janeiro/fevereiro/ março) causa verdadeiros calafrios em quem precisa declarar o Imposto de Renda (IR). As primeiras perguntas que vêm à cabeça são: será que preciso declarar? Como não errar? Há algum segredo? Comecemos do princípio; todo contribuinte que obteve rendimentos tributáveis no ano de 2008 superiores a R$ 16.473,72 deve declarar o IR entre o primeiro dia útil de março e o último dia útil de abril. Este ano, entre 2 de março e 30 de abril. Portanto, a primeira dica para você, médico, é ficar atento aos prazos. O segundo passo, de acordo com o conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRCSP), Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos, é identificar em qual grupo você se enquadra. São três: os que têm vínculo

empregatício, os autônomos e os empresários. “Há uma situação específica para cada um deles”, explica. No primeiro caso - que na classe médica corresponde aos funcionários de hospitais com carteira assinada, por exemplo - é necessário declarar todos os rendimentos obtidos durante o ano de 2008 com trabalho assalariado. Dependendo do valor, as alíquotas do Imposto de Renda variam entre 15% e 27,5%”, esclarece o contador. Para calcular o imposto, pode-se consultar a tabela progressiva para o cálculo mensal do Imposto de Renda de Pessoa Física para o exercício de 2009, ano-calendário de 2008, disponível no site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br), que indica o seguinte: caso seu rendimento mensal esteja entre R$ 1.372,82 e R$ 2.743,25, sua alíquota é de 15% e a parcela a ser deduzida é de R$ 205,92. Porém, se o rendimento for superior a R$ 2.743,25, a alíquota sobe para 27,5% e a parcela passa a ser de R$ 548,82.

“No caso dos médicos, quando constituída uma empresa, o custo tributário cai de 27,5% para 16,33%”

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Quem atua como autônomo também pode ser incluído nessa primeira situação, caso tenha prestado serviço para empresa. Todavia, se atendeu apenas “Pessoa Física” é necessário somar os rendimentos mensais e realizar o recolhimento mensal obrigatório, chamado de carnê-leão. Para isso, a Receita Federal dá a dica: “o imposto é calculado mediante a aplicação da tabela progressiva mensal sobre o total recebido no mês, observado o valor do rendimento bruto relativo a cada espécie.”

Médicos empresários

Santos acredita não haver vantagem em ser autônomo, uma vez que é possível ser empresário. “Quando o médico constitui uma empresa, o custo tributário cai de 27,5% para 16,33%. (Vale lembrar que o prazo de declaração do IR de Pessoa Jurídica não segue o mesmo calendário daquele de Pessoa Física. Para este ano, o prazo de declaração previsto para as empresas ativas é do 1º dia útil de maio até o último dia útil de junho). Outra vantagem de ser empresário, segundo o contador, é a possibilidade de distribuir o lucro da empresa entre os sócios. Porém, como “cuidado” nunca é demais, vale lembrar que distribuir o lucro não é somente contar o quanto “sobrou” no final do mês e guardar na carteira.

Imagine a receita operacional de uma empresa de R$ 100.000. Dessa quantia, o governo estipula que 32% - R$ 32.000 - seja lucro presumido, utilizado para pagar impostos. Sobram R$ 68.000 e é aí que mora o perigo. Para que possa usufruir dessa quantia é preciso realizar um balanço patrimonial. “Apresentando esse documento ao governo, pode-se distribuir o lucro sem tributação”, ensina Santos. Caso esse balanço não seja realizado, os empresários só poderão distribuir o montante que sobrar dentro do universo dos 32%, ou seja, R$ 32.000,00 menos os impostos.

O consultor financeiro da Faculdade de Informática e Administração Paulista (FIAP), Marcos Crivelaro, complementa que a melhor solução é agir com total transparência e não esquecer nenhuma fonte de receita. Prestar o máximo de atenção no preenchimento da declaração, inclusive para não inverter informações como inserir os valores da previdência no campo do Imposto de Renda. Na opinião dos especialistas, dispomos de ferramentas ágeis que facilitam o preenchimento da declaração, não havendo motivos para deixá-la para a última hora. Crivelaro lembra que hoje é possível salvar a declaração no computador e atualizá-la com as informações correntes, além da Internet, que facilita o envio. Ambos indicam a quem não souber fazer a declaração que peça ajuda a um contador. Quanto aos documentos, reuní-los é um exercício diário e não exclusivo do mês de março. “Vez por outra vemos pequenos empresários misturando contas particulares com as do consultório, e isso é um erro. Elas devem ser mantidas separadas e muito bem organizadas para evitar possíveis dores de cabeça”, completa Crivelaro. De acordo com o livro “Consultório-Empresa” de Plínio Augusto Rehse Tomaz, esse tipo de confusão é muito comum, por isso é muito importante que o profissional entenda-se como uma empresa e atue como tal. “Isso quer dizer conside-

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Médico S/A

rar o consultório como um negócio e não como uma extensão de si mesmo”, explica o autor especializado em saúde pública e administração hospitalar.

Simples ou completa?

Reunidos os documentos é hora de, enfim, declarar. Mas afinal, é melhor optar pela simples ou completa? “A única diferença entre elas é que na primeira opção, o governo permite o abatimento de 20% dos rendimentos tributáveis sem necessidade de comprovação. Esse abatimento está limitado a um teto também estipulado pelo governo”, explica Santos.

“Supondo que tenhamos R$ 30.000 tributáveis e optamos pela simplificada, podemos abater 20% - R$ 6.000 - sem necessidade de comprovar nada”, reforça o contador. Porém, caso o contribuinte decida preencher a declaração completa, pois teve despesas odontológicas, com dependentes etc., sendo a somatória maior do que 20%, ele pode usufruir de benefícios como a diminuição de impostos a pagar e aumento da restituição. Santos explica ainda que caso o profissional possa abater R$ 6.000, mas tenha R$ 10.000 em despesas legais, é melhor escolher pela declaração completa, uma vez que pode aumentar a restituição devido ao abatimento do valor maior.

Curiosidades O passo seguinte ao desenvolvimento do conceito do dinheiro - no século VII a.C. - seria, naturalmente, criar o IR. Porém isso só aconteceu no século XV, em Florença, Itália. Instituiu-se um protótipo do IR que cobrava uma taxa progressiva sobre a renda dos italianos, a Decima Scalata. O IR com características próximas das atuais apareceu no final do século XVIII, na Inglaterra, com o nome de “income tax” para financiar a guerra contra a França de Napoleão Bonaparte. A taxa era de 10% sobre a renda total anual acima de 60 libras e podia ser paga em até seis quotas. Com o tempo, o imposto mostrou-se uma ótima fonte de arrecadação de recursos para o país. No Brasil, a primeira tentativa de Imposto de Renda foi em 1843, por meio da Lei 317, de 21 de outubro, mas apenas em 1922 o imposto que tributa o rendimento de pessoas e empresas foi definitivamente instituído. Seu ápice aconteceu

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em 1943, representando 28% da receita tributária federal. O leão, símbolo do IR, foi criado em 1979 por uma agência de publicidade por encomenda da Secretaria da Receita Federal. Entre os critérios para a escolha estavam os fatos do rei da selva não atacar sem avisar, ser justo, leal e manso, mas não bobo. Atualmente, em Andorra, Bahamas, Barein, Bermuda, Burundi, Ilhas Caiman, Kuwait, Mônaco, Nigéria, Omã, Qatar, Arábia Saudita, Somália, Emirados Árabes Unidos, Uruguai e Vanuatu, não há cobrança de IR ou ele é quase zero. Por sua vez, países como Dinamarca, Holanda, Japão, Portugal e Estados Unidos têm alíquotas de 59,74%, 52%, 50%, 42% e 39,76%, respectivamente. Fontes: http://www.igf.com.br/aprende/dicas/dicasResp.aspx?dica_ Id=5239 e http://www.newton.freitas.nom.br/artigos.asp?cod=101


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Ética e Defesa Profissional

Parecer SOBED sobre contratação de profissional enfermeiro para serviços de endoscopia digestiva Da Lei 7.498 de 25/6/86 destacamos os artigos 11º ao 13º e transcrevemos: * Vera Mello FUNÇÕES DO ENFERMEIRO “Art. 11- O enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe: I - privativamente: a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem; b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de assistência de Enfermagem; d) (vetado) e) (vetado) f) (vetado) g) (vetado) h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre a matéria de Enfermagem; i) consulta de enfermagem; j) prescrição da assistência de Enfermagem; l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida; m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos com base científica e capacidade de tomar decisões imediatas; II- como integrante da equipe de saúde: a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde; b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistências de saúde; c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde; d) participação em projeto de construção ou reforma de unidade de internação; e) prevenção e controle sistemático de infecção hospitalar e de doenças transmissíveis em geral; f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela durante a assistência de Enfermagem;

g) assistência de Enfermagem à gestante, parturiente e puérpera; h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto; i) execução do parto sem distocia; j) educação visando à melhoria de saúde da população; Parágrafo único: às profissionais referidas no inciso II do art. 6º desta Lei incumbe, ainda: a) assistência à parturiente e ao parto normal; b) identificação das distócias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico; c) realização de episiotomia, episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando necessária.” FUNÇÕES DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM “Art.12- O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar, e participação no planejamento da assistência de Enfermagem, cabendo-lhe especialmente”: a) participar da programação da assistência de Enfermagem; b) executar ações assistenciais de Enfermagem, exceto as privativas do Enfermeiro, observado o disposto no parágrafo único do art. 11 desta Lei; c) participar da orientação e supervisão do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar; d) participar da equipe de saúde.” FUNÇÕES DO AUXILIAR DE ENFERMAGEM “Art.13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza repetitiva, envolvendo serviços auxiliares de Enfermagem sob supervisão, bem como a participação em nível de execução simples, em processos de tratamento, cabendo-lhe especialmente: a) observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas; b) executar ações de tratamento simples; c) prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente; d) participar da equipe de saúde.”

Da Lei 2.604 de 17/9/1955, destacamos o artigo 5º e transcrevemos: “Artigo 5º - São atribuições dos auxiliares de enfermagem, enfermeiros práticos de enfermagem, todas as atividades da profissão, excluídas as constantes nos itens do art. 3º, sempre sob orientação médica ou de enfermeiro.” (nosso grifo) Portanto Independentemente de existir setor de enfermagem ou unidade de enfermagem em serviços médicos, o artigo 5º da Lei 2.604 de 17/9/1955 em vigor e anterior à Lei 7.498 explicita que a supervisão pode ser do médico ou de enfermeiro. Em relação ao art. 15º da Lei 7.498 de 25/6/86 e as demais normas legais que tratam do assunto não conceituem o que seja setor de enfermagem, unidade de enfermagem ou serviço de enfermagem e o entendimento da Justiça Comum, em inúmeras sentenças proferidas, convergem para quantidades expressivas de auxiliares ou técnicos de enfermagem como as necessárias nos centros hospitalares com dezenas ou mesmo centenas desses profissionais onde os enfermeiros assumem um importante e relevante papel. O serviço de endoscopia digestiva que pretender contratar e que puder arcar com os custos diretos e indiretos do profissional enfermeiro em seu quadro de funcionários, por necessidades específicas e peculiares, poderá fazê-lo a qualquer momento, mas a obrigatoriedade legal dessa contratação inexiste e o art. 5º da Lei 2.604 de 17/9/1955 é muito claro quando estabelece as competências igualitárias dos profissionais enfermeiro e médico nessa função de orientar os auxiliares e técnicos de enfermagem. É o nosso parecer. * Vera Mello, é coordenadora da Comissão de Ética e Defesa Profissional da SOBED Nacional

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Ética e Defesa Profissional

A importância da regulamentação do ato médico * José Luiz Barbosa Pimenta Junior

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falta de condições de trabalho vem sendo a tônica do exercício profissional do médico nos dias de hoje, principalmente, na assistência à população nos hospitais públicos de todo o País. Tal constatação não é de difícil percepção, remontando, infelizmente, pelo menos às últimas duas décadas. Diante disso, e em decorrência desse lamentável cenário, torna-se o médico protagonista desse triste enredo no qual passa da veste do salvador de vidas a réu em ações indenizatórias, feitos criminais e processos ético-disciplinares. O tão propagado erro médico passou a integrar o cotidiano popular, seja na esfera pública ou privada, fomentando, na maioria das vezes, verdadeira caça as bruxas, o que de toda sorte não contribui para a imagem da medicina, prejudicando o necessário bom convívio entre esses profissionais e seus assistidos, minando, pois, a conhecida relação médico-paciente.

atuar enquanto médico? Creio que não! Melhor saída seria conhecer e defender seus direitos, enquanto profissional médico, abraçando a noção de prerrogativa, esta, entendida não como mero privilégio corporativo, mas sim, como atributo indispensável ao pleno exercício da medicina! Mas quais seriam esses direitos? Onde estariam situados topograficamente estes direitos no atual ordenamento jurídico? Inicio respondendo a tais indagações, adu-

Resolução pelo Conselho Federal de Medicina, no qual dentre - pasmem, novamente, senhores endoscopistas - dos 145 artigos, somente nove estampam tais prerrogativas. Em paralelo, tramita atualmente na Câmara dos Deputados, após longa gestação no Senado Federal, o Projeto de Lei 7703/2006 (nova versão dos Projetos de Lei Substitutivos 025/2002 e 268/2002, que tramitaram conjuntamente), o qual - na versão de “Lei do Ato Médico” - disciplina o exercício da medicina, especificando-a das demais profissões da área da saúde, sem, contudo, elencar tais prerrogativas. Entendo, em consequência, que, diante desse quadro, além de regulamentar o dito “Ato Médico”, deveria ser aproveitado esse “momento legislativo”, para no bojo dessa nova e promissora lei, ser incluído capítulo específico que estabeleceria “os direitos do médico”. Seguindo tal raciocínio - caso seja aceita essa sugestão pelas entidades médicas, gestoras do “projeto Ato Médico” - surgiria não só a proteção legal em favor do que seria privativo do atuar médico contra as indesejáveis investidas de outras profissões da área de saúde, como também as ditas prerrogativas, erigindo “os direitos do médico” do patamar hierarquicamente inferior da “Pirâmide de Kelsen”, consubstanciada de mera Resolução normativa do CFM (CAPÍTULO II DO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA - C.E.M. RESOLUÇÃO CFM 1.617/2001), para o quilate, s.m.j., de Lei Ordinária, nos termos

O erro médico passou a integrar o cotidiano popular fomentando uma espécie de caça às bruxas

Daí surge a pergunta que não quer calar: o que fazer? Limitar os direitos dos pacientes em detrimento do indispensável exercício de cidadania? Não aplicar o moderno Código de Defesa do Consumidor, quando a assistência médica se dá através da atividade privada? Abandonar o serviço público, deixando de

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zindo que - pasmem senhores endoscopistas - a vigente regulamentação do exercício da medicina remonta aos idos da época de ouro da “Revolução Getuliana”, materializada pelo DECRETO Nº 20.931 DE 11/01/1932. Como se não bastasse, essa regulamentação, que para muitas se encontra em plena vigência, nada fala dos direitos dos profissionais médicos, limitando-se a apenas elencar, ao revés, o que seria vedado ao médico e seus respectivos deveres, e nada mais! (artigos 15 e 16 do citado Decreto). Encontramos, assim, diante desse vazio legal, os direitos dos médicos - sem qualquer crítica e com todo o respeito - apenas no Código de Ética Médica, baixado por mera


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do permissivo inserto no artigo 5º, XIII da Constituição Federal. Certamente daí adviria proteção maior, por força de Lei, que asseguraria as prerrogativasdo profissional médico, contra, inclusive, as demandas que, de forma injusta, tentam cunhar todo e qualquer Ato Médico como erro médico, na busca de fácil enriquecimento. Pensar num sistema legislativo que faça prevalecer - com força de lei - o disposto no atual C.E.M., em seu artigo 21, contra as Operadoras de Planos de Saúde, que agridem, por exemplo, a liberdade profissional dos médicos quando interferem na indicação de procedimentos em favor do paciente, não me parece utopia, mas realidade próxima ao alcance de nossas mãos, bastando apenas agregar esses

propósitos a tão almejada lei do Ato Médico como verdadeiro estatuto da medicina. Nesse idealizado rol de direitos, poderia ser ministrado o antídoto legal para salvaguardar os jurídicos interesses dos médicos durante a assistência prestada aos seus pacientes inclusive como contraponto a majoritária e indistinta aplicação do Código de Defesa do Consumidor, a título de ilustração. Tais direitos poderiam ser aplicados em favor dos médicos, no curso do exercício profissional decorrentes das relações jurídicas estabelecidas enquanto credenciados às Empresas Operadoras de Planos de Saúde e congêneres, prepostos de hospitais, autônomos etc. Tal linha de raciocínio segue o já estabelecido por outras categorias profissionais, mere-

cendo destaque, a título de mero exemplo e em separado, o disposto em favor dos advogados, pela Lei 8906/94 (ESTATUTO DA ADVOCACIA), na qual restaram estabelecidos os respectivos direitos, indispensáveis ao atuar e dileto patrocínio, nos termos do disposto no artigo 7º. Não pretendemos nestas sinceras e pequenas linhas, estabelecer nova dinâmica aos anseios da categoria médica, mas promover e aguçar o debate público sobre o tema travado há muito no seio da classe, adicionando experiências legislativas já existentes. *José Luiz Barbosa Pimenta Junior é advogado da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva e vicepresidente da Comissão de Bioética e Biodireito da OAB/RJ

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Tecnologia

Diagnóstico por imagem ontem e hoje A evolução dos equipamentos tem papel fundamental para a melhoria dos diagnósticos na endoscopia digestiva. Novos sistemas como NBI e FICE são as mais recentes inovações do setor Lilian Burgardt

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istoricamente os japoneses são um povo cuja incidência de doenças do estômago é frequente. Embora muito já se tenha estudado sobre o assunto, até hoje não se sabe ao certo quais razões os levam a ser acometidos por elas. Com isso, sobram especulações em torno dos hábitos alimentares e de higiene como corresponsáveis pela grande ocorrência das doenças, já que, por lá, é grande o número de casos devido à ação da bactéria Helicobacter pylori. No Japão, a questão é vista com tanta seriedade que o câncer de estômago é considerado um problema de saúde pública. Em 1962, uma iniciativa rudimentar sobre diagnóstico por imagem daria indícios de como a evolução da tecnologia nos traria aos avanços de hoje. É dessa época o registro de que um grupo de médicos japoneses inventou a gastrocâmara que, engolida pelo paciente, permitia fotografar o interior do estômago. Apesar de primitiva a

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técnica representou um avanço importante para o diagnóstico das doenças do estômago. Com o passar dos anos, o aprimoramento dos aparelhos de endoscopia e o treinamento dos médicos que os utilizam se intensificaram. Hoje, são NBI e FICE, também criados no Japão, dois sistemas avançados de diagnóstico por imagem as grandes “vedetes”. A tecnologia avançada desses dois novos sistemas ópticos consiste em chips de emissão de luz e filtros ópticos. Esses componentes acentuam o relevo das imagens e, por isso, há melhora na resolução quanto aos padrões vasculares da possível lesão e do órgão. Quem já utiliza as novas tecnologias defende que são a última palavra em diagnóstico por imagem e que as vantagens são inúmeras. O especialista em gastroenterologia pela Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) e em endoscopia digestiva pela Socieda-

de Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), Dr. Márcio Matheus Tolentino comenta sobre os dois sistemas e fala de sua experiência com o NBI (o utiliza há dois anos), reforçando a precisão que eles conferem ao diagnóstico. Entre as vantagens, ressalta Tolentino, é inegável a precisão de dados das biópsias a partir das suspeitas de lesões malignas ou pré-malignas, pois o método de identificação é muito melhor que os existentes no mercado. Além disso, ele complementa que o NBI permite uma redimensão da classificação endoscópica, em especial no que se refere às lesões nas doenças do refluxo. “Isso é algo revolucionário. Até hoje, 40% dos pacientes com refluxo apresentam resultados de exames endoscópicos considerados normais. Podemos pressupor uma reavaliação da literatura em muitos exames a partir dessa

“Podemos pressupor uma reavaliação da literatura em muitos exames a partir dessa nova metodologia”


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nova metodologia”, afirma. Tudo isso é possível porque ambos possuem capacidade de resolução de imagem para detalhes que influenciam diretamente na análise das doenças. Segundo Tolentino, um dos grandes méritos do NBI, por exemplo, é dispor de um filtro óptico de altíssima definição, uma espécie de “lupa” que aumenta a resolução da imagem entre 40 e 70 vezes em relação aos demais sistemas comumente utilizados hoje. Por essa razão, o médico acredita que os exames feitos a partir desses sistemas permitirão a revisão de diagnósticos de doenças muito comuns como as lesões por H. pylori. Também poderão ser revistas as classificações como a de Sidney, na Austrália, que já sofrem intervenções graças aos resultados dessa nova metodologia. Por último, será uma contribuição científica sobre a etiopatogênese das lesões. “A endoscopia coloca-se na vanguarda na interpretação e na análise de mecanismos etiopatogênicos em uma série de lesões como as metaplasias intestinais.” Apesar dos avanços que já apresentam e das promessas que se criam em torno desses novos sistemas, tratamse ainda de tecnologias muito caras. Outra questão importante do ponto de vista do médico que utiliza novos recursos é a possibilidade dos convênios aderirem ao avanço metodológico e remunerarem os profissionais pelo exame diferenciado. “Posso falar com mais propriedade sobre o NBI e sei que sua utilização ainda não é amplamente difundida

entre os endoscopistas brasileiros. Parece-me que há uma acomodação por parte dos fornecedores, mas é ainda uma tecnologia cara e, portanto, de difícil absorção no mercado”, comenta o médico. No entanto, há, segundo ele, divulgação dos sistemas e, por isso ele espera sua rápida expansão. “Creio que haverá interesse em adquirir esses materiais em larga escala, já que nossa endoscopia é considerada e reconhecida como uma das melhores do mundo”, completa. Apaixonado por tecnologia - como Tolentino mesmo gosta de se intitular - ele já pensa no futuro e acredita na evolução dos filtros ópticos, sendo eles mais potentes. O médico reconhece que o Brasil poderia investir mais em pesquisa e desenvolvimento na área, mesmo porque crê em sua capacidade de contribuição científica, tanto aqui como no exterior. “É preciso, no entanto, investir e publicar artigos científicos. Tenho 63 anos e investigar e publicar têm sido dois dos principais motivos de minha vida médica. O brasileiro, aliás, criativo por essência, tem um potencial enorme para a pesquisa. Deveríamos investir

mais na produção da ciência para não sermos tão dependentes do cenário internacional”, frisa.

A lâmpada de Kussmaul

Apesar do interesse dos japoneses, a endoscopia digestiva propriamente dita começou em 1870, com um médico alemão chamado Kussmaul, que pagou um engolidor de espadas de circo para ajudá-lo na experiência. Com uma lâmpada de fogo, conseguiu examinar o esôfago desse homem. Era uma lâmpada com terebentina e ele conseguia olhar por meio de espelhos. Até meados de 1940, a endoscopia não evoluiu muito e os aparelhos eram rígidos. Mesmo assim eram úteis e foram bastante utilizados. Mais tarde, os alemães lançaram o aparelho semiflexível que fazia enorme diferença quando se queria examinar o estômago. Na década de 60, um segundo aparelho semiflexível foi lançado pelos alemães. Seu sucesso teria sido enorme se os japoneses não tivessem criado uma gastrocâmara com maior poder de alcance, uma vez que com o semiflexível não se enxergavam todas as paredes do estômago.

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Info

Tudo o que você queria saber sobre imagem digital (mas tinha medo de perguntar)

Uma imagem vale mais do que mil palavras? Pode ser, mas ocupa muito mais espaço na sua mídia de armazenamento! Palavras estranhas numa era em que uma foto não é mais uma simples imagem impressa e, sim, dependente de inúmeros fatores como “tamanho de arquivo”, “formato de cor” e “resolução de imagem”, entre outros. Vamos tentar desvendar um pouco deste fantástico universo das imagens digitais Dr. Horus Antony Brasil*

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magine a seguinte situação: um endoscopista deseja publicar seu artigo recheado de belas fotos, mas a revista somente aceita a submissão via eletrônica e solicita que as imagens sejam enviadas em arquivos no formato (tif) ou (jpg), no padrão de cor CMYK, preferencialmente em 800 DPI ou em resolução de no mínimo 1024x768 megapixels. É claro que sempre resta a opção de “mandar fazer”, mas com o risco de não ter o que se quer. Portanto, aprenda o passo-a-passo. Tudo começa na captura da imagem que pode ser pelo CCD (Charge Coupled

Device - Dispositivo de Carga Acoplada) ou por meio de uma placa de vídeo. No entanto, existem alguns conceitos básicos que precisaremos rever para entender como alterar ou transformar uma imagem digital. O primeiro deles é: resolução de

internacionais especifiquem que isso não deva ser usado, ao menos no campo das câmeras digitais. Mas quando a contagem de pixels é referenciada como resolução, a convenção é descrever a resolução em pixels como o conjunto de dois números positivos inteiros, em que o primeiro número é a quantidade de colunas (largura) de pixels e o segundo é número de linhas (altura) de pixels; algo como 640x480, por exemplo. Outra convenção popular é citar a resolução como a quantidade total de pixels na imagem, tipicamente informada como o número de megapixels. Como você deve

“Lição número 1: resolução de imagem NÃO é tamanho de imagem”

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imagem NÃO é tamanho da imagem. O termo resolução de imagem é frequentemente utilizado como uma contagem de pixels em imagens digitais, ainda que os padrões norte-americanos, japoneses e


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saber, o número de megapixels significa quantos milhões de pontos compõem a imagem capturada. Uma foto de seis megapixels, por exemplo, tem aproximadamente seis milhões de pontos, ou seja, aproximadamente 3.000 pontos na horizontal por 2.000 na vertical. Como sabemos, uma imagem digital é composta de milhões de pixels - os megapixels - e quanto maior seu número, mais detalhada será a imagem, porém, conterá mais informações e, consequentemente, maior será o tamanho do arquivo. Se você tirar uma foto com uma câmera de cinco megapixels e tirar a mesma foto com uma câmera de 10 megapixels ao imprimir as duas fotos em tamanho 10 x 15 cm verá pouca diferença. No entanto, se imprimir a mesma imagem em formato 28 x 36 cm, a impressão de cinco megapixels será de boa qualidade, mas a de 10 megapixels será melhor. Porém, como já vimos o tamanho do arquivo (em megabytes) será maior na foto de 10 megapixels. Outro aspecto da resolução, agora com vistas à impressão: se uma imagem possui 1.000 pixels x 1.000 pixels significa dizer que possui um milhão de pixels, ou 1M como é mais comum nas propagandas de máquinas digitais, mas isso não necessariamente quer dizer que está imagem é de alta qualidade, porque ainda falta a relação com a quantidade de pixels por polegada (DPIs) da imagem.

Para uma razoável definição é preciso que a imagem tenha, no mínimo, 300 DPIs (dots per inch, ou, pontos por polegada), isso permite que se faça uma cópia de boa qualidade em papel fotográfico, o tamanho desta cópia (10x15 ou 15x18) vai depender de quantos pixels a imagem possui na vertical e quantos na horizontal. Logo, se você quer imprimir (ou enviar para uma revista) uma foto deste tamanho, será uma boa idéia trabalhar com uma imagem maior que 1M e ajustar sua impressora ou o seu software de imagem para uma saída de no mínimo 300 DPIs sendo que o melhor seria 600 DPI (qualidade de impressão de uma impressora LASER).

Não tenha problemas com a cor

Quanto ao sistema de cores: tipicamente, cada pixel de uma imagem digital é decomposto em valores numéricos que traduzem todos os atributos de uma cor específica, permitindo que ela seja recu-

perada e reproduzida em variados dispositivos. No modelo conhecido como RGB, por exemplo, a imagem é decomposta nas cores vermelho, verde e azul, estabelecendo para cada um dessas cores um valor entre o máximo possível de reprodução daquela cor e o mínimo, ou seja, a ausência total dela. A soma dos três valores forma a imagem final que é muito usada para exibição no monitor. O problema é que este sistema não é bom para impressão, daí a maioria das revistas solicitarem que os arquivos sejam mandados em padrão CMYK que é a abreviação de Ciano, Magenta, Yellow e Black. Com um simples clique e o programa certo, (por exemplo, Adobe, Photoshop®), podemos transformar a imagem de um, no outro padrão. (mas você não verá a diferença no monitor!)

Escolha corretamente o seu arquivo

Finalmente você pode escolher o formato do arquivo no qual quer salvar a sua imagem, o que também é conhecido como “tipo de arquivo”. O mais comum atualmente é o JPG (Joint Photographic Experts Group). Não importa o programa que utilize ou o tipo de computador que tem você pode visualizar suas fotos em JPG. Além dessa flexibilidade, esse formato permite vários graus de compressão diminuindo o tamanho dos arquivos sem perder muita qualidade.

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A compressão JPG é econômica: você pode criar arquivos de foto muito compactos que são facilmente enviáveis por e-mail, carregados para a web ou armazenados em qualquer dispositivo permitindo criar imagens impressionantes com menor compressão que podem agradar até mesmo a profissionais. Entretanto, a maioria das câmeras digitais e dos softwares de edição de imagens também permite a escolha de outros formatos, como TIF (Tagged Image File Format) entre outros. Qual formato é melhor? Depende para qual fim será usado. Guardar uma foto no PC, ou enviar por email? Perfeito para JPG. Publicar em revistas seus trabalhos? Escolha TIF. Quer fotos profissionais? Escolha RAW, mas pague o preço do tamanho e da complexidade (não é difícil ter fotos de 50 M neste formato, além de precisar de máquinas profissionais). Quer publicar no seu site na Internet? Aposte no GIF (Graphics Interchange Format) que foi criado para ser usado extensivamente na web, suporta imagens animadas, mas apenas até 256 cores por frame ao con-

trário do JPG e TIF que suportam 16,7 milhões de cores. Confuso com tudo isso? Não se preocupe. A maioria das pessoas também fica. A solução é botar a mão na massa, pegar um software de edição de imagens que pode ser desde o Adobe, Photoshop ® até os mais simples, disponíveis na Internet gratuitamente, e praticar, praticar e praticar. No próximo artigo, veremos como modificar imagens e transformá-las com ajuda de softwares de edição de imagem. Até lá!

Maior do mundo A maior imagem digital do mundo foi criada pela empresa canadense Aperio, que criou uma fotografia digital com a qualidade de um Terapixel, ou seja, com um trilhão de pixels. O arquivo de imagem tem 143 GB e formato BigTIF, inventado pela companhia para a utilização em análises de exames médicos.

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Resolução de exibição Caso a imagem seja exibida na tela do monitor, a resolução será em pixels. Caso seja impressa, em DPI (dots per inch, ou, pontos por polegada). Ambas definem quantos “quadrados de cor” cabem em certo espaço. Num monitor, uma imagem de 1600x1200 tem 1600 pixels na horizontal e 1200 na vertical. Impressoras e scanners fornecem apenas a medida em DPI. Uma impressora de 300 DPI imprime 300x300 (90.000pontos) numa polegada quadrada (cerca de 6 cm2). Fontes: Clube do Hardware (www.clubedohardware. com.br) Fórum Boadica (www.boadica.com.br) May, Alex, Como usar câmeras digitais, Publifolha, 2001 * Dr. Horus Antony Brasil é médico endoscopista associado à SOBED.


Sobed - No 4 - Jan/Mar - 2009

AMB Revista O Médico & Você

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m outubro de 2008, a Associação Mé-

sem, porém, ser cansativo. Desse posicionamen-

dica Brasileira (AMB) lançou a revis-

to nasceu também o desejo de criar um conceito

ta O Médico & Você. O lançamento

de diagramação que facilitasse a leitura.

surgiu do entendimento que uma das missões da

A programação é lançar um exemplar a cada

entidade é informar a população sobre saúde de

três meses. Alguns assuntos de saúde pública

forma criteriosa e baseada em evidências cien-

terão um espaço fixo em todos os números,

tíficas. Além disso, ser um contraponto a várias

porém um tema ficará em destaque a cada edi-

publicações relacionadas ao assunto que não ex-

ção. O Conselho Editorial dará a orientação ne-

ploram a temática em profundidade.

cessária para as matérias da revista. A primeira

O sonho da AMB de produzir um periódico

edição teve tiragem de 500 mil exemplares. O

voltado ao público leigo é antigo. Para dar con-

objetivo é distribuir, ao menos, um exemplar

tinuidade a esse projeto, a Associação procurou

para cada médico brasileiro que será convida-

uma agência com capacidade de atender a pro-

do a repassá-la a seus pacientes. A expectativa

posta da entidade para a revista. O objetivo foi

é atingir, em breve, 20 milhões de leitores.

desenvolver um veículo de comunicação que ex-

Ainda será desenvolvido um portal como ex-

plorasse as pautas de saúde de forma abrangente

tensão dos assuntos discutidos na revista.


Radar Aspirina x câncer de estômago Tomar aspirina ou um antiinflamatório da categoria do ibuprofeno pode reduzir os riscos de câncer no estômago, revela estudo publicado em fevereiro no “British Journal of Cancer”. Após sete anos de pesquisa com cerca de 300 mil pessoas, verificou-se que quanto mais se consumia o comprimido de aspirina, menor era a chance de ter câncer de estômago. De acordo com a pesquisa, quem fez uso da medicação pelo menos uma vez nos últimos 12 meses têm 36% menos chances de desenvolver a doença. O diretor de informações sobre o câncer do “Cancer Research UK”, Lesley Walker, alerta que apesar dos resultados ainda é precário recomendar às pessoas tomarem aspirina como método preventivo.

Gastroenterologia Online

Comida caseira Pesquisa do Ministério da Saúde revelou que no período de 1999 até 2007, 114 mil brasileiros sofreram contaminações causadas pela alimentação. O que realmente surpreende nesse levantamento é o fato de o maior número de casos de contaminações ter ocorrido dentro de casa, não na rua.

No início deste ano, todo o sistema de gerenciamento dos trabalhos enviados para a revista “Arquivos de Gastroenterologia” passou a ser feito via eletrônica, com administração da Scientific Eletronic Library Online (Scielo). Segundo o editor executivo da publicação, Dr. Ricardo Guilherme Viebig, o processo promete estimular o número de submissões de novos trabalhos e resultar em um impacto positivo entre os profissionais que acompanham a publicação há anos, além de proporcionar maior acessibilidade. “Arquivos da Gastroenterologia” é a maior revista da especialidade da América Latina.

Exposição Médicos Sem Fronteiras pelo Mundo Esteve em exposição na estação Clínicas do metrô, em São Paulo, a mostra “Médicos Sem Fronteiras no Mundo”. Iniciativa da organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) para retratar a realidade dos brasileiros que trabalham em missões humanitárias. Além de uma exposição fotográfica, um espaço multisensorial permitiu ao visitante “atuar” como integrante da equipe do grupo MSF. Após passar por São Paulo, a exposição segue para outras cidades como Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília, Recife e Salvador. Acompanhe a rota da exposição em www.msf.org.br.

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Cirurgiões deveriam se exercitar mais Um novo estudo conduzido por médicos do Arizona, EUA, sugere que os cirurgiões deveriam seguir o exemplo de atletas e músicos e se aquecer antes de ir ao trabalho. Pesquisadores descobriram que quando os cirurgiões tomaram parte numa série de exercícios antes de operar, eles apresentaram melhores resultados em simulações de cirurgias. “Dançarinos, músicos, escultores e pintores têm usado, há séculos, a prática de curto prazo ou o aquecimento como métodos de se preparar para a tarefa da vez,” apontaram os pesquisadores num artigo na edição de fevereiro da publicação médica “The Journal of the American College of Surgeons”. O autor-chefe é Kanav Kahol, da Universidade Estadual do Arizona. O estudo descobriu que os exercícios eram úteis tanto para cirurgiões iniciando um novo dia e para aqueles cansados em plantão. Eles também descobriram que as melhorias pareciam se estender a tarefas cirúrgicas diferentes daquelas usadas no aquecimento.


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Afroamericanos sofrem mais de câncer colorretal Segundo relatório divulgado no final de 2008 pela American Cancer Society (ACS) os índices de morte por câncer colorretal entre os afroamericanos são maiores do que em outro grupo populacional americano. Ainda de acordo com os dados da pesquisa, a incidência de câncer em pessoas negras e a taxa de mortalidade são respectivamente 20% e 45% acima da média para americanos brancos. Além disso, enquanto recomenda-se exames para câncer colorretal a partir dos 50 anos, estudos indicam que afroamericanos são frequentemente diagnosticados com uma idade menor. Anualmente esse tipo de câncer mata 50.000 pessoas. Muitas dessas mortes poderiam ser evitadas com exames preventivos.

Regulamentação da profissão de médico A Diretoria da Câmara dos Deputados deferiu o requerimento 3747/08, de autoria do deputado Lobbe Neto (PSDB-SP) que solicita a inclusão da Comissão de Educação e Cultura na relação de comissões determinadas a deliberar sobre o PL 7703/2006. O projeto define a área de atuação, as atividades e os cargos privativos dos médicos, resguardadas as competências próprias das diversas profissões ligadas à saúde. O documento justifica que as mudanças nas atribuições de cada área e as limitações profissionais estabelecidas pelo projeto poderão causar forte impacto no número de matrículas nas instituições de ensino superior que oferecem esses cursos, mas de acordo com a AMB/CFM, a decisão é um equívoco, pois não há interferência.

Exames polêmicos Pesquisadores alemães sugerem que exames simples para identificar traços de sangue em fezes são mais confiáveis do que a colonoscopia para a identificação do câncer colorretal. Eles testaram o guaiac contra seis novos testes, chamados de exames fecais imunoquímicos, que usam anticorpos para detectar hemoglobina humana e que não podem ser falseados por dieta ou remédios. O estudo foi publicado em fevereiro desse ano no site do periódico científico “The Annals of Internal Medicine”. “O que este estudo mostra”, diz David Lieberman, gastroenterologista da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon, “é que os exames podem detectar alguns pacientes com lesões precursoras do câncer, mas o melhor deles só pôde identificar cerca de um em cada quatro com as lesões mais avançadas.” Mas James E. Allison, professor-emérito de medicina na Universidade da Califórnia, em São Francisco, diz que “o exame fecal de sangue oculto é o único a comprovadamente reduzir a mortalidade pelo câncer colorretal.”

ANS x quebra de plano de saúde A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou nota, em 20 de fevereiro, sobre a determinação para que o plano de saúde Avimed (cujo registro na agência é Aviccena) transfira 215 mil usuários em razão de dificuldades financeiras insolúveis. Segundo nota da ANS, a empresa, que opera em São Paulo, Grande São Paulo e Baixada Santista, “não foi capaz de se recuperar de graves problemas assistenciais e econômico-financeiros” e deverá ser liquidada. A Avimed tem 30 dias para conseguir um comprador para a carteira de clientes. Caso não encontre compradores, a própria agência poderá realizar uma oferta pública ao mercado. A decisão interessa principalmente aos cerca de 30 mil ex-integrantes do extinto plano Interclínicas, de São Paulo.

Cientista cria “boneca” com células vivas de câncer Uma “boneca” de 5 mm de altura e 2 mm feita a partir de células vivas de câncer de fígado possibilitará a realização de testes de remédios e tratamentos em condições mais parecidas às do corpo humano do que quando feito em um grupo de células em um prato de laboratório. Cerca de 100 mil esferas de colágeno semeadas com células cancerígenas hepáticas cobertas por um tipo de célula que libera proteína e colágenos une as células e faz com que a estrutura da “boneca” possa ser movida sem se quebrar. Seu criador, Shoji Takeuchi, do Instituto de Ciência Industrial da Universidade de Tóquio, no Japão, declarou à rede de notícias BBC Brasil que o próximo passo é criar sistemas mais complexos a partir da combinação de diferentes tipos de células.

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Crônica

O fim e o começo de uma história de amor O Poeta brigou com a Poesia, e a coisa foi séria. Segundo os vizinhos começaram a discutir às 2 da manhã, hora que costumavam chegar da boemia, e só pararam por volta das cinco LUIZ PAULO REIS GALVÃO

O

poeta era um homem simples, porém sensível. Formado em História em 75 trabalhava no Arquivo Publico Municipal. Morava só com a Poesia, a quem muito se dedicava. Tinha quatro livros publicados com vendagem tímida e já estava cansado de ser pobre, de não poder sequer trocar o velho carro, vestir-se melhor, viajar. E a culpada era a Poesia que o tornara um sonhador surrealista com os pés fora do chão. Queria cair na real, investir na iniciativa privada, montar uma pequena empresa. Mas a qualquer tentativa de mudança se esbarrava na Poesia que lhe contava histórias de transcendência e lirismo fazendo-o desistir. Quando falava em fazer um up grade no velho computador, ela sugeria um retorno à velha esferográfica com a qual escrevera os primeiros versos nos guardanapos dos bares. Quando falava em globalização, ela sacudia rocks rurais ao modo Zé Rodrix com cabras pastando na beira de um riacho a devorarem celulares e pen drives. Quando citava Bill Gates ela rebatia com Manoel Bandeira. Quando falava de comunicação virtual, ela jogava Drumond “... já que ficou chato ser moderno, serei eterno”. Durante a discussão ele colocou suas posições de forma muito dura e Poesia argumentava docemente. Falava baixo e de forma carinhosa mostrando o que era melhor para os dois. Só que lá pras tantas a pobrezinha de tanto ouvir grosseria reagiu de forma mais firme. Ele disse Vinicius, ela respondeu Augusto dos Anjos. Ele a dirigiu Mozart, e ela reagiu com Beethoven em sua pesada 5ª Sinfonia. Foi a gota d’água; ela nunca fora tão petulante com o Poeta. O sol já dava sinais de vida quando ele bateu nela. Nunca

o fizera. Rasgou seus versos expondo sua pele clara que só ele afagara antes. - Eu vou-me embora.... - chorou a Poesia. Juntou seus poucos pertences, pegou o elevador e abandonou o lar. Naquela manhã de sábado saiu às ruas sem rumo. Uma Poesia sem teto e sem destino, sem razão para sê-la, sem um Poeta para torná-la real. Saiu perambulando até ir perdendo pouco a pouco as formas e se transformar tão somente na intenção etérea de um poema, feita de uma matéria diáfana composta de lirismo, sonhos e visões surrealistas. Em casa, o Poeta sucumbiu ao sono vitimado pelo álcool e pela avalanche de emoções negativas que sobre ele se abatera. Acordou com o sol do meio-dia no rosto entrando pela vidraça rachada da janela junto à cama. Procurou a companheira como sempre fazia ao acordar, e não a encontrou! Foi aí que se deu conta da avalanche de enganos que havia cometido. Na segunda-feira decidiu levantar a cabeça. Resolveu pedir um dinheirinho ao banco estatal e, junto com seu amigo Silveirinha, montou uma microempresa de serviços gráficos (Gráfica Rápida). - Agora sim, terei a vida de um homem moderno sem essas pieguices poéticas. A Poesia vagava no éter em forma energética a espera de um artesão para materializá-la. Desde então o Poeta não conseguiu produzir um verso sequer. Não que não quisesse, pois se esforçava diariamente para escrever. Mas é que perdera a sua capacidade de criar. Mergulhava até o fundo coração procurando um alicerce para os versos, mas lá, havia apenas um vazio abismal. Sua vida perdera o

O sol já dava sinais de vida quando ele bateu nela. Nunca o fizera

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sentido sem a companheira. Até o pranto que sempre lhe vinha tão fácil também secou no nascedouro. Tentou desobstruir sua veia poética, imergindo nas obras de Drummond, Guimarães Rosa, Manoel Bandeira e outros, mas voltou das profundezas de mãos vazias. A vida de funcionário público/empresário estava complexa. Silveirinha, seu sócio era um “porra-louca” sonhador pior que ele. Saía da gráfica às 17h para os bares e no dia seguinte ia trabalhar às 10h da manhã ressacado. Começaram a juntar duplicatas vencidas, impostos, COFINS, “Semfins” etc. Daí para atraso do aluguel, fuga da clientela, atraso no carnê das máquinas, cartas cobrança dos fornecedores, corte da linha telefônica, descrédito na praça, foi rápido. Mas seu problema maior era a falta que sentia de sua companheira, a Poesia. - Onde estaria agora aquela doçura?... - pensava Com lágrimas nos olhos tomou algumas decisões - iria procurá-la e abraçá-la onde estivesse. Romperia a sociedade com Silveirinha e iria ao banco negociar. Começou então pelo último item. Na frente do gerente se sentiu um verme. Falavam dialetos diferentes. Disse das dificuldades, ele pediu a identidade. Falou de um problema real, ele cancelou seu cheque especial. Pediu que entendesse a emoção, confiscou-lhe o cartão. Falou-lhe de poesias, ele pediu garantias. O gerente vomitava um discurso já pronto, ornado de cifras, percentuais e taxas, intitulado: “Ode aos Inadimplentes”. Enfim, precisava de 20 mil para pagar as contas, e fechar a firma. - Está difícil, você não tem garantias - decretou o “homem cifra” E foi lhe jogando na cara todas as farpas na sua condição de cidadão brasileiro de formação universitária, mas pobre e enforcado por salários baixos, impostos, taxas, e com muito mais deveres do que direitos. Saiu pelas ruas do velho Centro da cidade com a cabeça baixa e sem forças. Chuviscava. Sentiu que ainda tinha algum sentimento quando viu que uma lágrima isolada lhe escorria pelo rosto. Pegou o velho carro e se dirigiu para fora da cidade, zona rural. Havia um descampado de relva baixa, um riachinho raso com pedrinhas e um roseiral. Era fim de tarde. O sol já se recolhia por trás dos montes. Viu um pé de rosas brancas onde cantava um passarinho magro de asas amarelas. Sentiu seu corpo se energizar de forma estranha e sem pensar muito sacudiu Vinicius de Moraes: “De tudo, ao meu amor serei atento/Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto/Que mesmo em face do maior encanto/Dele se encante mais meu pensamento...” Foi o bastante. Olhou na contraluz do sol se pondo e viu a silhueta da Poesia surgir por traz do roseiral Se abraçaram, choraram e se amaram como dois adolescentes, tendo o barulho do riacho como contraponto. Voltaram ao modesto lar e ela cuidou das feridas de sua alma. E aí, armados até os dentes com seus versos enfrentaram a crise a golpes de fé, lágrimas e sentimento. Tiveram quatro filhos, Estrofe, Rima, Verso e Soneto.

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Oficinas 2009

SOBED dá início ao projeto “Oficinas” Iniciativa nasceu de discussões com chefes de centro de treinamento em Endoscopia de São Paulo. Primeira edição será realizada entre 29 e 30 de abril O Centro de Treinamento da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) no Hospital Ipiranga, em parceria com a Olympus, realizou ano passado, o I Curso Continuado de Endoscopia Digestiva. Foram 4 módulos: esôfago, estômago, cólon, e vias biliares, com curso teórico às sextas-feiras e exames “ao vivo” no sábado. O resultado foi tão positivo que as discussões, mais tarde, dariam origem ao projeto hoje chamado de “Oficinas” - espécie de treinamento e atualização profissional promovido pela Sociedade que, em abril, terá sua primeira edição. O coordenador da comissão de título de especialista e sua atualização da SOBED, Dr. Jairo Silva Alves, explica que a ideia nasceu do bom resultado promovido pelo I Curso, em que especialistas atualizados foram convidados para proferir as aulas e selecionar os casos mais interessantes para discutir o melhor diagnóstico, conduta terapêutica e seguimento desse paciente na área. “Durante o curso, foram recebidas críticas, elogios, sugestões e, dentre todas, as que mais chamaram a atenção foi o interesse dos participantes em realizar procedimentos e não apenas observá-los e discuti-los”, conta. Com base na avaliação, a SOBED enviou um convite a todos os chefes dos Centros de Treinamento de Endoscopia na cidade de São Paulo, além de promover reuniões para discutir uma nova opção de Curso. Em comum acordo, foi decidido realizar as “Oficinas” a serem organizadas para que colegas endoscopistas com pouca experiência e que pouco realizam procedimentos terapêuticos pudessem executá-los. “Entre os

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procedimentos estão: gastrostomia endoscópica, ligadura elástica, esclerose de varizes, dilatações, polipectomia, mucosectomia, enteroscopia, e também um curso mais avançado em eco-endoscopia, vias biliares e NBI”, enumera Alves. Essas “oficinas” serão realizadas em dois dias, sendo que no 1º dia, durante o período da tarde, haverá um curso teórico-prático em bonecos (hands on), para que no dia seguinte o participante possa realizar o procedimento no paciente, sempre supervisionado por preceptores. A primeira oficina terá a supervisão já confirmada de Ângelo Ferrari, Claudio Hashimoto, Eduardo Guimarães H. de Moura, Fabio Marioni, José Celso Ardengh, Marco Aurélio D’Assunção, Renato Luz de Carvalho, Ricardo Sobreira, Thiago Festa Secchi, e a coordenação de Artur Adolfo Parada, Carlos Alberto Cappellanes e Ricardo Anuar Dib. O primeiro módulo será realizado nos dias 29 e 30 de abril, com o tema - Ligadura Elástica e se desenvolverá no Hospital Ipiranga, na Av. Nazaré, 28 - Ipiranga, São Paulo, SP. As “Oficinas” contarão com 15 vagas, somente para os Associados Titulares quites com a Sociedade e o valor da inscrição é de R$800,00, podendo ser feita por meio do site www.sobed.org.br até 15 de abril de 2009. O horário da “oficina” no dia 29 será das 13 às 18 horas e no dia 30 das 08 às 18 horas. As datas das próximas “Oficinas” ainda não foram definidas.


Agende-se

Agenda SOBED

Confira, na relação abaixo, os principais eventos nacionais e internacionais ligados à gastroenterologia e à endoscopia digestiva a serem realizados nos próximos meses

Intergastro 2009

Data: de 3 a 5 de abril Local: Salão Imperial - The Royal Palm Plaza Hotel & Resort Av. Royal Palm Plaza, nº 277 - Jd. Nova Califórnia -Campinas - SP Site: www.intergastro.com.br Telefone: (19) 2117-8000

Encontro Paulista de Cirurgia do fígado, pâncreas e vias biliares

Data: de 14 de maio a 16 de maio Local: Centro de Convenções Ribeirão Preto - Divisão de Cirurgia Digestiva do Depto. de Cirurgia e Anatomia do HC FMRP/ USP – Ribeirão Preto - SP Site: www.vsfutura.com.br/encontrocirurgia2009 E-mail: encontrocirurgia2009@vsfutura.com.br Telefone: (16) 3623-9399

3º Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva Data: de 1º a 2 de maio Local: FECOMERCIO - São Paulo - SP Site: www.sobed.org.br

DDW 2009

Data: de 30 de maio a 4 de junho Local: Venue McCormick Place - Chicago, Illinois - EUA Site: www.ddw.org E-mail: ddwadmin@gastro.org Telefone: +1-(0)301-272 0022/ +1-(0)301-654-3978

VII Simpósio Brasileiro Sobre Motilidade Digestiva

Data: de 12 a 14 de junho Local: Centro de Convenções Frei Caneca - São Paulo - SP Site: www.sbmd.org.br E-mail: secretaria@malulosso.com.br Telefone: (11) 3865-5354

VIII Congresso Norte e Nordeste de Gastroenterologia

Data: de 24 a 26 de junho Local: Centro de Convenções de Natal, Natal - RN Site: www.fbg.org.br E-mail: gastronatal2009@fbg.org.br

7º Workshop Internacional de Endoscopia Digestiva Inst. Alfa de Gastroenterologia HC/ UFMG

Data: 18 a 20 de junho Local: Instituto Alfa de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais - Av. Alfredo Balena, 110 2º andar - Belo Horizonte - MG Site: www.hc.ufmg.br/iag/endoeco/ E-mail: endoeco@hc.ufmg.br Telefax: (31) 3409-9249

O 3º Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva promete ser marcante para a especialidade neste ano de 2009. São esperados aproximadamente 200 participantes. Entre os palestrantes, há 20 convidados nacionais e dois internacionais. As inscrições estão abertas e seguem até o dia 10 de abril pelo site da SOBED www.sobed.org.br. Mais informações sobre o evento também pelo site.

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Distrito Federal 21 - Fundação de Brasília Minas Gerais 21 - Data Magna do Estado

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Espírito Santo 23 - Colonização do solo espírito-santense

Feriados estaduais

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Eventos (ver página 49)

Acre 15 - Aniversário do estado Rondônia 18 - Dia do evangélico

Rio Grande do Norte 29 - Dia de São Pedro


Tome nota A Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) passou a adotar as regras do novo acordo ortográfico na Revista SOBED Nova regra Alfabeto passa a ter 26 letras Trema é eliminado

Antes Alfabeto de 23 letras, mais as chamadas especiais K,W, Y Conseqüência, lingüiça

Agora K, W, Y são integradas Consequência, linguiça

Obs: O trema permanece em nomes estrangeiros e derivados: mülleriano, Müller.

Não se acentuam os ditongos abertos –ei e –oi nas palavras paroxítonas

Platéia, idéia, paranóico

Plateia, ideia, paranoico

Baiúca, feiúra, saiínha

Baiuca, feiura, saiinha

Apazigúe, argúi, obliqúe

Apazigue, argui, oblique

Enjôo, vôo, perdôo

Enjoo, voo, perdoo

Crêem, dêem, lêem, vêem

Creem, deem, leem, veem

Pára (verbo), pêlo (subst.)

Para (verbo), pelo (subst.)

Não se acentuam o –i e –u tônicos das palavras paroxítonas quando precedidas de ditongo Não se acentua o –u tônico nas formas verbais rizotônicas (acento na raiz) quando precedido de –g ou –q e seguido de –e ou –i Não se acentua o hiato -oo Não se acentua o hiato –ee dos verbos crer, dar, ler e ver e seus derivados Cai o acento diferencial

Obs: Permanece nos homógrafos pode/ pôde; e também em pôr/ por

Não se emprega o hífen nos compostos terminados em vogal, nos quais o segundo elemento começa com r ou s, consoantes que,

auto-sugestão, contra-senso,

autossugestão, contrassenso,

extra-seco, infra-som, supra-renal

extrasseco, infrassom, suprarrenal

nesse caso, devem ser duplicadas Obs: Permanece nos compostos com prefixos super, hiper, inter, que combinam com elementos que comecem por r: super-realista, hiper-requisitado, inter-regional

Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo termina

Auto-ajuda, infra-estrutura,

Autoajuda, infraestrutura,

em vogal e o segundo elemento

semi-árido, auto-escola

semiárido, autoescola

Antiimperialista, microondas

Anti-imperialista, micro-ondas

começa por vogal diferente Ganham hífen os compostos em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com mesma letra Obs: No caso do prefixo co- não se usa hífen: cooperação

Não se emprega o hífen em compostos em que se perdeu, em

Manda-chuva, pára-quedas

Mandachuva, paraquedas

certa medida, a noção de composição Obs: Permanece nas palavras compostas que não contêm um elemento de ligação, mantendo acento próprio, e também naqueles que designam espécies botânicas e zoológicas: médico-cirugião, ano-luz, guarda-chuva, erva-doce, bem-te-vi

Não se emprega o hífen nas locuções de qualquer tipo.

Pão-de-mel, cor-de-vinho

Pão de mel, cor de vinho

Obs: São exceções algumas locuções já consagradas pelo uso: cor-de-rosa, pé-de-meia



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