Revista Sobed 2010 - Edição nº 08

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Nº 8 - Jan/Mar - 2010

Terreno minado O arriscado e atraente mercado das operadoras de saúde e seguradoras

DNA Marcelo Averbach Especial Simpósio internacional em Fortaleza


MUITO MAIS QUE UMA PRIMEIRA IMPRESSÃO

Diagnóstico Precoce de Câncer Quando o que está em jogo é a saúde e a qualidade de vida você tem que contar com informações precisas. A Olympus proporciona o máximo em qualidade de imagem e tecnologia com a linha Exera II. O recurso NBI, associado a Magnificação e Alta Definição, oferece um novo patamar em diagnósticos.

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Sobed - No 8 - Jan/Mar - 2010

Índice

Por dentro da SOBED

Secretaria...........................................................................................................5 Diretorias e Comissões...................................................................................8 Estaduais ...........................................................................................................9 Rede SOBED..................................................................................................10 SOBED Em Casa...........................................................................................11 Acontece .........................................................................................................12

DNA............................................................................................ 14 Valorização................................................................................. 18 Gastronomia.............................................................................. 20 Esporte........................................................................................ 22 Capa............................................................................................. 26 Info............................................................................................... 30 Especial....................................................................................... 33 Ética ............................................................................................ 40 AMB............................................................................................ 44 Radar .......................................................................................... 46 Agende-se .................................................................................. 49

Artigo discute a possibilidade de médicos residentes e preceptores serem responsabilizados na esfera civil por danos a pacientes. Pág. 40 3


Editorial

do curto prazo. É isso que o leitor encontrará na reportagem

Dr. Carlos Alberto Cappellanes, presidente da SOBED Nacional, gestão 2008-2010

de capa desta edição. Visões de entidades representativas e de especialistas são contrapostas com o objetivo de munir o profissional de saúde com informações, para ajudá-lo a se colocar nesse contexto. Nesta mesma edição da Revista Sobed, outros assuntos importantes são discutidos, como a disponibilidade de médicos em sobreaviso; a interiorização da medicina; e as principais iniciativas pela valorização da endoscopia.

Profissão em foco Os mais de 54 milhões de beneficiários das 1.516 operadoras de saúde em atividade no Brasil representam uma fatia muito

Boa leitura! O Presidente

importante de trabalho para os médicos, em início de carreira ou não. A discussão sobre possíveis formas dessa relação de trabalho é acalorada, intricada e polêmica. Aliás, como acontece em todos os ramos profissionais hoje. Contratos verbais com grande risco para o profissional; contratos escritos que defendem interesses unilaterais

expediente

das empresas; tabelas de pagamento impostas pelas operadoras; enfim, são muitas as armadilhas. Mas a área de saúde guarda a seguinte peculiaridade: estamos falando de quase 30% da população sendo atendida dentro do sistema privado. Número que, sozinho, é suficiente para

É uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) distribuída gratuitamente para médicos. O conteúdo dos artigos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores e não representa necessariamente a opinião da SOBED. Tiragem de 3.000 exemplares.

justificar a importância social de médicos atuarem nessa rede. O dado também leva à seguinte reflexão: se a renda da maioria não permite o pagamento de consultas particulares, atuar em convênios ou seguradoras é uma das maneiras mais eficientes para a composição de uma clientela própria. Ou seja, se o papel social e econômico dos convênios está consolidado a esse ponto, o assunto não pode ser analisado com preconceito, tampouco com complacência. Trata-se de um debate para ser conduzido à luz de números, experiências concretas e ponderações que consigam ir além

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Jornalista responsável: Roberto Souza (Mtb 11.408) Editor-chefe: Fábio Berklian | Editor: Faoze Chibli Reportagem: Thiago Bento | Rodrigo Moraes Amanda Campos | Marina Panham Fluxo de anúncios: Caroline Frigene | Projeto Gráfico: Ivan Lopes Diagramação:Leonardo Fial | Luiz Fernando Almeida Rua Cayowaá, 228 - Perdizes São Paulo -SP - CEP: 05018-000 Fones: (11) 3875-5627 / 3875-6296 e-mail: rspress@rspress.com.br site: www.rspress.com.br Anúncios: (11) 3875-6296 / 5627 rspress@rspress.com.br


Por dentro da Sobed

Secretaria Solicite seu diploma Como forma de valorizar os endoscopistas associados à entidade, a SOBED elaborou um diploma para seus titulares. Confeccionado em pergaminho, pode ser solicitado diretamente pelo site www.sobed.org.br. O custo para aquisição é de R$ 195,00, a ser pago via boleto bancário. Peça já o seu!

Revista Endoscopy Os interessados em assinar ou renovar suas assinaturas da Revista Endoscopy para o ano de 2010 devem acessar o site da SOBED, www.sobed.org.br, e clicar sobre o link “Revistas”. Depois, ao sele-

cionar a opção “Revista Endoscopy”, podem então efetuar a solicitação. Automaticamente, o sistema irá gerar um boleto bancário para o pagamento da assinatura. E, na sequência, a revista

passa a ser enviada para o endereço cadastrado no site da Sociedade. Vale lembrar, também, que todos os assinantes da prestigiada revista internacional terão direito ao acesso online.

Especialização em Endoscopia O Centro de Treinamento IPIRANGA / SOBED / OLYMPUS - CTPEA irá realizar este ano as seguintes atividades já definidas:

28 e 29/05: Prova prática categoria especial título especialista endoscopia digestiva - SOBED 23 e 24/07: Oficina ligadura elástica

16/04: Prova prática título especialista endoscopia digestiva - SOBED 21 e 22/05: III Curso continuado teórico prático de endoscopia digestiva OLYMPUS / SOBED / IPIRANGA Módulo - ESÔFAGO Doença do refluxo gastro-esofágico Esôfago de Barrett NBI Câncer Precoce do esôfago Mucosectomias e procedimentos terapêuticos

06 e 07/08: III Curso continuado teórico prático de endoscopia digestiva - OLYMPUS/SOBED/IPIRANGA Módulo - ESTÔMAGO 17 e 18/09: Oficina colocação e retirada de balão intra-gástrico Coordenação Drs. Artur Adolfo Parada, Jimi Izaques Bifi Scarparo, Ricardo Anuar Dib e Thiago Festa Secchi.

Curso Teórico-Prático Eco-Endoscopia: durante 12 meses, com frequência mensal, às quintas, sextas e sábados de cada mês, com certificado no final do curso e apoio da SOBED. Coordenação dos Drs. Jose Celso Ardengh e Ricardo Anuar Dib. (data de início a ser definida) Curso Teórico Prático Enteroscopia: durante 12 meses, com frequência mensal, às sextas e sábados, com certificado no final do curso e apoio da SOBED. Coordenação da Dra. Adriana Costa Genzini e Dr. Ricardo Anuar Dib. (data de início a ser definida)

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Secretaria SELO DE QUALIDADE DO ESPECIALISTA

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA

SOBED DIGITAL Confira as novidades do SOBED DIGITAL. Um programa de atualização médica a distância em que os eventos de maior destaque no cenário nacional são gravados e disponibilizados em CD e/ou DVD. Para adquirir, basta acessar o site www.sobed.org.br, preencher a ficha de compra e pagar o boleto bancário que é gerado em seguida. Confira ao lado a programação disponível.

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Selo de especialista Em reconhecimento ao médico especialista em Endoscopia Digestiva ou em Endoscopia, associado à SOBED, foi criado o Selo de Especialista e também o Selo para Certificação - utiliza-

do para referendar os laudos emitidos na especialidade. Eles são emitidos aos associados da entidade quites com as anuidades e podem ser solicitados pelo site: www.sobed.org.br.

Anuidade 2010 Como benefício para você, Associado, a SOBED está enviando as anuidades através de e-mail. Desta forma, será mais fácil efetuar o pagamento para ter acesso aos serviços que a entidade oferece. Para isso, no entanto, é importante atualizar seus dados cadastrais junto à SOBED. Acesse o site para atualizar seu cadastro e aproveite para

Curso Internacional da SOBED 2.007 CD-1 1 – A flood of endoscopic innovations: hits or misses? Anthony Axon (Inglaterra) 2 – Endoscopic submucosal dissection for early gastric câncer. Technical aspects, feasibility and management of complications Ichiro Oda ( Japão) 3 – Endoscopic ressection for early gastric cancer. Results in Japan Ichiro Oda ( Japão) 4 – Endoscopic therapy of chronic pancreatitis and its complications Klaus Mönkemüller (Alemanha)

verificar sua situação financeira. Também através de nosso site, é possível imprimir os recibos das anuidades já pagas. O acesso é www.sobed.org.br ; área médica; seção associados, no link “Anuidades e Boletos”. Qualquer dúvida, entre em contato através do e-mail contato@sobed.org.br

Curso Internacional da SOBED 2.007 CD-2 1 – Double Balloon enterocopy: the small bowel and beyond (ERCP, colonoscopy, post-surgical anatomy) Klaus Mönkemüller (Alemanha) 2 – Short segments of columnar metaplasia at GE junction René Lambert (França) 3- Cápsula endoscópica no SGIO Luiz Ernesto Caro (Argentina) 4 – Novas propostas para exames do cólon e reto, incluindo a cápsula colonoscópica. Haverá impacto no rastreamento? Artur Parada (Brasil) DVD – Curso ao vivo Opção 1 – 1h 04min 1 - Enteroscopia Adriana Vaz S. Ribeiro

2 - Balão Endoscópico Artur A. Parada DVD – Curso ao vivo Opção 2 – 1h 53min 1 - Dilatação Esofágica Cleber Vargas 2 - CA Esofágico Superficial Marcio M. Tolentino 3 - Controle de Varizes esofágicas Luiza Romanello 4 - Ultrassom Endoscópico Jose Celso Ardengh DVD – Curso ao vivo Opção 3 – 1h 40 min 1 - Megaesôfago Renato Luz Carvalho 2 - G.I.S.T José Celso Ardengh


Por dentro da Sobed

HCFMUSP é eleito centro de excelência mundial pela OMED O serviço de endoscopia gastrointestinal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, (HCFMUSP) foi reconhecido como Centro de Excelência Mundial em Endoscopia pela Organização Mundial de Endoscopia (OMED). A homenagem aconteceu durante a Semana Européia do Aparelho Digestivo (UEGW em inglês), no último dia 24 de novembro de 2009. Na ocasião, o presidente da OMED, Antony Axon, entregou uma placa ao diretor técnico do HCFMUSP, Eduardo Guimarães Hourneuax de Moura. Além da placa foram entregues certificados a várias personalidades internacionais na área da endoscopia digestiva, como o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Glaciomar Machado, ex-presidente da OMED.

3 - Balão intragástrico José Celso Ardengh 4 - Controle de Varizes pós-ligadura Renato Carvalho Curso de Colonoscopia 2009 – DVD 1 e 2 Módulo I Modalidades de Cresimento da Neoplasia Intra-mucosa Classificação Morfológica das Lesões Neoplásicas Colônicas Classificação Histopatológica das Lesões Neoplásicas Módulo II O vídeo-endoscópio moderno Estratégia do Diagnóstico em Colonoscopia Módulo III O Tratamento Endoscópico das

Lesões Neoplásicas Resultado do Tratamento Endoscópico Modulo IV Colonoscopia e Prevenção do Câncer Exames de Vigilância Curso Interativo de Atualização em Endoscopia Digestiva 2009 Módulo I – Esôfago : Neoplasia Precoce Módulo II – Estômago: Neoplasia Precoce Módulo III – Vias Biliares e Pâncreas Módulo IV – Cólon: Neoplasia Precoce Módulo V – Controvérsias em Polipectomia Módulo VI – Hemorragia Digestiva Varicosa

Homenagem: serviço de endoscopia do HC da USP é referência mundial

Ainda, durante a cerimônia, foi lembrada a trajetória internacional do Prof. Dr. Paulo Sakai, responsável direto por este êxito. Vale ressaltar a existência de apenas 18 centros reconhecidos pela OMED no mundo.

Atualização de dados premia associados A SOBED promoveu a atualização dos dados de seus associados de maneira criativa. De 01 de janeiro até 28 de fevereiro, o Sobediano que fizesse a atualização participaria de uma promoção e concorreria a prêmios. O sorteio aconteceu no dia 8 de março, e o resultado foi o seguinte: 1º Sorteado: Victor Fernando Pilla Prêmio: 01 inscrição para a IX SBAD - Florianópolis 2010 2º Sorteado: Marcus Vinicius da Silva Ney Prêmio: 01 inscrição para o 4º Simpósio - Fortaleza 2010 3º Sorteado: Fernando Pizzamiglio Prêmio: Anuidade de 2010 da SOBED 4º Sorteado: Haroldo Flavio Dale Filho Prêmio: Anuidade de 2010 da SOBED 5º Sorteado: Fernanda Rodrigues Teani Barroso Prêmio: HD Externo de 320 GB

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Diretorias e Comissões Diretoria Nacional Presidente: Carlos Alberto Cappellanes Vice-Presidente: Carlos Alberto da Silva Barros Secretários: Ricardo Anuar Dib Fabio Segal Tesoureiros: Pablo Rodrigo de Siqueira e Ciro Garcia Montes

Comissões Estatutárias Comissões Eleitoral, de Estatutos, Regimentos e Regulamentos Presidente: Antonio Gentil Neto Herbeth José Toledo Silva Lívia Maria Cunha Leite Nilza Maria Lopes Marques Luz Saverio Tadeu de Noce Armellini Sergio Luiz Bizinelli Comissão de Admissão e Sindicância Presidente: Ricardo de Sordi Sobreira Antonio Henrique de Figueiredo Carlos Aristides Fleury Guedes Fabio Marioni Roberto Palmeira Tenório Comissão Científica e Editorial Presidente: Marcelo Averbach Adriana Vaz Safatle-Ribeiro Carlos Eugenio Gantois Flavio Hayato Egima Huang Ling Fang Kleber Bianchetti de Farias Marcos Bastos da Silva Ramiro Robson Fernandes Mascarenhas Walnei Fernandes Barbosa Comissão de Ética e Defesa Profissional Presidente: Vera Helena de Aguiar Freire de Mello Arnaldo Motta Filho Francisco José Medina Pereira Caldas Oswaldo Luiz Pavan Junior Plinio Conte de Faria Junior Paulo Afonso Leandro Comissão de Avaliação e Credenciamentos de Centros de Ensino e Treinamento Presidente: Paulo Roberto Alves Pinho Daniel Moribe Gildo Barreira Furtado Giovani Antonio Bemvenuti Walton Albuquerque

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Comissão de Título de Especialista e sua Atualização Presidente: Jairo Silva Alves Dalton Marque Chaves Geraldo Ferreira Lima Junior Gilberto Reynaldo Mansur Luiz Felipe de Paula Soares Luiza Maria Filomena Romanello Marco Aurélio D’Assunção Marcos Clarencio Batista Silva Vitor Nunes Arantes

Representantes nas Revistas – GED Arquivos Brasileiros de Gastroenterologia Representantes em Instituições

Comissões Não Estatutárias

Associação Médica Brasileira Maria das Graças Pimenta Sanna

Comissão de Acreditação de Serviços de Endoscopia Presidente: Eduardo Carlos Grecco José Renato Guterres Hauck Lincoln Eduardo Villela Vieira de Castro Ferreira Luiz Roberto do Nascimento Paulo Cury Renato Luz Carvalho Comissão de Relações Internacionais Presidente: Glaciomar Machado Arthur A. Parada Site Presidente: Flavio Braguim Horus Antony Brasil Jarbas Faraco M. Loureiro José Luiz Paccos Ricardo Leite Ganc Diretrizes e Protocolos Presidente: Edivaldo Fraga Moreira Carlos Eduardo Oliveira dos Santos Lix Alfredo Reis de Oliveira Luis Cláudio Miranda da Rocha Mara Lucia Lauria Souza Trabalhos Multicêntricos Paulo Alberto Falco Pires Correa Walnei Fernandes Barbosa Sobed - Revista Horus Antony Brasil Thiago Festa Secchi Sede Nacional Eli Kahan Foigel Rede Sobed/Sobed em Casa Horus Antony Brasil Thiago Festa Secchi

Conselho Federal de Medicina e Comissão Nacional de Residência Médica Flavio Hayato Ejima Agência Nacional de Vigilância Sanitária Vera Helena de Aguiar Freire de Mello

Núcleos Núcleo de Endoscopia Pediátrica Cristina Helena Targa Ferreira Eloá Marussi Morsoletto Machado Gustavo José Carneiro Leão Filho Manoel Ernesto Peçanha Gonçalves Maria das Graças Dias da Silva Paulo Fernando Souto Bittencourt Núcleo de Ultrassonografia Endoscópica José Celso Ardengh Kleber Bianchetti de Faria Lucio Giovanni Battista Rossini Marco Aurélio D’Assunção Simone Guaraldi da Silva Núcleo de Desenvolvimento do NOTES Ângelo Paulo Ferreira Jr. Kiyoshi Hashiba Pablo Rodrigo de Siqueira Paulo Sakai Núcleo de Estudos de Equipamentos e Acess. Endoscópicos e seu Processamento Alexandre Silluzio Ferreira Francisco José Medina Pereira Caldas Ligia Rocha de Luca Tadayoshi Akiba Vera Helena de Aguiar Freire de Mello Núcleo de Implantação das Unidades Estaduais Antonio Carlos Coelho Conrado João Carlos Andreoli Núcleo de Tabagismo Everton Ricardo de Abreu Netto


Por dentro da Sobed

Estaduais Alagoas Presidente: Nilza Marques Luz Vice-presidente: Henrique Malta 1º Secretário: Herberth Toledo 2º Secretário: Carlos Henrique de Barros Amaral 1º Tesoureiro: Laercio Ribeiro 2º Tesoureiro: José Wenceslau da Costa Neto Endereço: R. dos Coqueiros, 17 - Cind. Jardim do Horto CEP: 57052-156 - Gruta de Lourdes - Maceió - AL Fone: (81) 3241-7870 E-mail: nilza.mluz@superig.com.br

Mato Grosso Presidente: Ubirajarbas Miranda Vinagres Vice-presidente: Leo Gilson Perri 1º Secretário: José Sebasttião Metelo 2º Secretário: José Carlos Comar 1º Tesoureiro: Roberto Carlos Fraife Barreto 2º Tesoureiro: Elton Hugo Maia Teixeira Endereço: Pça. do Seminário, 141 – Centro – Gastrocentro – CEP: 78000-000 – Cuiabá - MT Fone: (65) 3321-5318 E-mail: qvinagre@terra.com.br

Amazonas Presidente: Lourenço Candido Neves Vice-presidente: Victor Mussa Dib 1º Secretário: Marcelo Tapajós Araujo 2º Secretário: Agostinho Paiva Masullo 1º Tesoureiro: Deborah Nadir Ferreira 2º Tesoureiro: Edilson Sarkis Gonçalves Endereço: Av. Djalma Batista, 1.661 - 2º andar - sls. 206/207 - Ed. Millenium Center -Torre Medical - CEP: 69050-010 - Manaus - AM Fone: (92) 3659-3762 / 3659-3082 E-mail: endoscopia@endoscopiaamazonas.com.br

Mato Grosso do Sul Presidente: Carlos Marcelo Dotti Silva 1º Secretário: Rogerio Nascimento Martins 1º Tesoureiro: Marcelo de Souza Curi Endereço: R. Alagoas, 700 – Jd. dos Estados – CEP: 79020-120 – Campo Grande - MS Fone: (67) 3327-0421 E-mail: cmdotti@hotmail.com

Bahia Presidente: Maria Cristina Barros Martins Vice-presidente: Livia Maria Cunha Leite 1º Secretário: Marcia Sacramento de Araujo Felipe 2º Secretário: Sylon Ribeiro de Britto Junior 1º Tesoureiro: Durval Gonçalves Rosa Neto 2º Tesoureiro: Luciana Rodrigues Leal da Silva Endereço: R. Atino Serbeto de Barros, 241 - CEP: 41825-010 Salvador - BA Fone: (71) 3350-6117 Site: www.sobedbahia.com.br E-mail: bcrismartins@terra.com.br Ceará Presidente: Ricardo Rangel de Paula Pessoa 1º Secretário: Francisco Paulo Ponte Prado Junior 1º Tesoureiro: Adriano Cesar Costa Cunha Endereço: R. Cel. Alves Teixeira, 1.578 - Joaquim Távora - CEP: 60130-001 - Fortaleza - CE Fone: (85) 3261-8085 E-mail: ricardsopessoa@veloxmail.com.br Distrito Federal Presidente: Aloisio Fernando Soares Vice-presidente: Sussumo Hirako 1º Secretário: Cícero Henriques Dantas Neto 2º Secretário: Francisco Machado da Silva 1º Tesoureiro: Calixto Abrão Neto 2º Tesoureiro: Marcio Velloso Fontes Endereço: SHLS 716, Bloco L – Centro Clínico Sul – Torre I – sls. 408/410 – CEP: 70390-700 – Brasília - DF Fone: (61) 3345-7225 E-mail: aloisio.fernando@gmail.com Espírito Santo Presidente: José Joaquim de Almeida Figueiredo Vice-presidente: Bruno de Souza Ribeiro 1º Secretário: Aureo Paulielo 2º Secretário: Aderbal Pagung 1º Tesoureiro: Esteban Sadovsky 2º Tesoureiro: Luis Fernando de Campos Endereço: R. Francisco Rubim, 395 – CEP: 29050-680 – Vitória - ES Fone: (27) 3324-1333 Site: www.sobedes.com.br E-mail: sobedestadual.es@gmail.com Goiás Presidente: José Cristiano Ferreira Resplande Vice-presidente: Marcus Vinicius Silva Ney 1º Secretário: Marcelo Barbosa Silva 2º Secretário: Fernando Henrique Porto 1º Tesoureiro: Vágner José Ferreira 2º Tesoureiro: Rennel Pires Endereço: Av. Mutirão, 2.653 – Setor Marista – CEP: 74115-914 – Goiânia - GO Fone: (62) 3251-7208 E-mail: sobedgoias@hotmail.com Maranhão Presidente: Djalma dos Santos Vice-presidente: Nailton J. F. Lyra 1º Secretário: Selma Santos Maluf 2º Secretário: Milko A. de Oliveira 1º Tesoureiro: Elian O. Barros 2º Tesoureiro: Joaquim C. Lobato Filho Endereço: R. Jornalista Miecio Jorge, 4 – Ed. Carrara – sls. 208/209 – CEP: 65075-440 – São Luis - MA Fone: (98) 3235-1575 E-mail: djsantos@wavemar.com.br

Minas Gerais Presidente: Luiz Claudio Miranda da Rocha Vice-presidente: Paulo Fernando Souto Bittencourt 1º Secretário: Atanagildo Cortes Junior 2º Secretário: Adriana Athayde Lima Stehling 1º Tesoureiro: José Celso Cunha Guerra Pinto Coelho 2º Tesoureiro: Paulo Fernando Souto Bittencourt Endereço: Av. João Pinheiro, 161 – CEP: 30130-180 – Belo Horizonte - MG Fone: (31) 3247-1647 E-mail: diretoria@sobedmg.org.br Pará Presidente: Abel da Cruz Loureiro Vice-presidente: Edmundo Veloso de Lima Tesoureiro: Marcos Moreno Domingues 2º Tesoureiro: Laercio Sampaio da S. Junior 1º Secretário: Danieli do S. Brito Batista 2º Secretário: Ana Paula R. Guimarães Endereço: Tv. Dom Romualda de Seixas, 1.812 – CEP: 66055-200 Belém – Pará Fone: (91) 3241-4223 E-mail: cruzloureiro@hotmail.com Paraíba Presidente: Eduardo Henrique da Franca Pereira Vice-presidente: Fábio da Silva Delgado 1º Secretário: Carlos Antonio Melo Feitosa 2º Secretário: Pedro Duques de Amorim 1º Tesoureiro: Francisco Sales Pinto 2º Tesoureiro: Fabio Kennedy Almeida Trigueiro Endereço: Av. Coremas, 364 – CEP: 58013-430 – João Pessoa - PB Fone: (83) 3222-6769 E-mail: eduardofrancapb@ibest.com.br Paraná Presidente: Luis Fernando Tullio Vice-presidente: Sandra Teixeira 1º Secretário: Maria Cristina Sartor 2º Secretário: Flávio Heuta Ivano 1º Tesoureiro: Julio César Souza Lobo 2º Tesoureiro: Marlus Volney de Morais Endereço: R. Candido Xavier, 575 – CEP: 80240-280 – Curitiba - PR Fone: (41) 3342-3282 E-mail: sobed@onda.com.br Pernambuco Presidente: Josemberg Marins Campos Vice-presidente: Luis Fernando Lobato Evangelista 1º Secretário: Eduardo Carvalho Gonçalves de Azevedo 2º Secretário: Roberto Tenório 1º Tesoureiro: Mario Brito Ferreira Endereço: Av. Conselheiro Rosa e Silva, 2.063 – CEP: 52050-020 Recife - PE Fone: (81) 9973-8741 E-mail: berg@elogica.com.br Piauí Presidente: Wilson Ferreira Almino de Lima Vice-presidente: Carlos Dimas de Carvalho Sousa 1º Secretário: Conceição de Maria Sá e Rego Vasconcelos 2º Secretário: Ademar Neiva de Sousa Sobrinho 1º Tesoureiro: Antonio Moreira Mendes Filho 2º Tesoureiro: Teresinha Quirino V. de Assunção de Maia Endereço: R. Olavo Bilac, 2.490 – CEP: 64001-280 – Teresina - PI Fone: (86) 3221-4824 E-mail: wilsonalmino@uol.com.br

Rio de Janeiro Presidente: José Narciso de Carvalho Neto Vice-presidente: Edson Jurado da Silva 1º Secretário: Marta de Fátima S. Pereira 2º Secretário: Afonso Celso da Silva Paredes 1º Tesoureiro: Francisco José Medina de Pereira Caldas 2º Tesoureiro: José Carlos Cortes Barroso Endereço: R. da Lapa, 120 – sl. 309 – CEP: 20021-180 Rio de Janeiro - RJ Fone: (21) 2507-1243 / 3852-7711 Site: www.sobedrj.com.br Email: sobedrj@infolink.com.br Rio Grande do Norte Presidente: Licia Villas-Bôas Moura Vice-presidente: Conceição de Maria Lins da C. Marinho 1º Tesoureiro: Verônica de Souza Vale Endereço: R. Maria Auxiliadora, 807 – Tirol – CEP: 59014-500 Natal - RN Fone: (84) 3211-1313 E-mail: liciavbmoura@uol.com.br Rio Grande do Sul Presidente: Julio Carlos Pereira Lima Vice-presidente: Carlos Kupski 1º Secretário: Carlos Eduardo Oliveira dos Santos 1º Tesoureiro: Cesar Vivian Lopes Endereço: Av. Ipiranga, 5.311 – sl. 207 – CEP: 90610-001 Porto Alegre - RS Fone: (51) 3352-4951 E-mail: sobed_rs@terra.com.br Rondônia Presidente: Victor Hugo Pereira Marques Vice-presidente: Domingos Montaldi Lopes 1º Secretário: Adriana Silva Assis 2º Secretário: Marcelo Pereira da Silva 1º Tesoureiro: Ricardo Alves 2º Tesoureiro: Volmir Dionisio Rodigheri Endereço: Rua Campos Salles, 2245 - CEP: 76801-081 Porto Velho - RO Fone: (69)3221-5833 E-mail: igeron1@uol.com.br Santa Catarina Presidente: Silvana Dagostin Vice-presidente: Ligia Rocha de Luca 1º Secretário:Juliano Coelho Ludvig 2º Secretário: Osni Eduardo Camargo Regis 1º Tesoureiro: Cintia Zimmermann de Meireles 2º Tesoureiro: Eduardo Nobuyuki Usuy Jr. Endereço: Rodovia SC 401 – Km 04 3854 – CEP: 88032-005 Florianópolis - SC Fone: (48) 3231-0324 Site: www.sobedsc.com.br E-mail: sobedsc@acm.org.br São Paulo Presidente: José Celso Ardengh Vice-presidente: Adriana Vaz Safatle Ribeiro 1º Secretário: Luiza Maria Filomena Romanello 2º Secretário: Thelma Christina Nemoto 1º Tesoureiro: Thiago Festa Secchi 2º Tesoureiro: Lix Alfredo Reis de Oliveira Endereço: R. Itapeva, 202 – sl. 98 – CEP: 01332-000 São Paulo - SP Fone: (11) 3288-6883 Site: www.sobedsp.com.br E-mail: sobedsp@uol.com.br Sergipe Presidente: Jilvan Pinto de Monteiro Vice-presidente: Rogério dos Santos Rodrigues 1º Secretário: Simone Deda Lima Barreto 1º Tesoureiro: Miiraldo Nascimento da Silva Filho Endereço: R. Guilhermino Rezende, 426 – São José CEP: 49020-270 – Aracaju - SE E-mail: sobedse@yahoo.com Tocantins Presidente: Jorge Mattos Zeve Vice-presidente: Marcos Rossi 1º Secretário: Rone Antonio Alves de Abreu 2º Secretário: José Augusto Menezes Freitas de Campos 1º Tesoureiro: Maria Augusta de Oliveira Matos 2º Tesoureiro: Mery Tossa Nakamura Endereço: Quadra 401 Sul – cj, 01 – Lote 1 – Av. Teotonio Segurado – Espaço Médico Empresarial – CEP: 77061-002 – Palmas - TO Fone: (63) 3228-6011 E-mail: zeve@uol.com.br

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Rede Sobed

A

Rede SOBED é um serviço de educação continuada a distância, gratuito para os associados, de cursos ministrados pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED). O programa Rede SOBED permite ao associado assistir as aulas em tempo real e fazer perguntas aos palestrantes, responder enquetes e participar de votações eletrônicas. Tratase de um modelo virtual de educação continuada voltado aos especialistas e associados à entidade.

Como funciona?

Toda primeira quinta-feira do mês um novo módulo é apresentado. O usuário é notificado sobre a temática do novo programa. Cada módulo fica disponível por três meses a partir da data de sua transmissão. Para participar basta estar quites com a instituição, preencher a ficha de inscrição e possuir conexão com a Internet. A Rede SOBED tem mais de 650 cadastrados em seus diversos programas em mais de 240 cidades do Brasil. Os inscritos que assistirem as aulas recebem pontos no programa de creditação da Associação Médica Brasileira (AMB) e do Conselho Federal de Medicina (CFM). Novos cadastros são aceitos até 15h00 do dia da exibição inicial da aula. Após o horário, as senhas serão enviadas para acesso à aula via sistema on demand.

Cadastramento

Faça seu cadastro por meio do site www.sobed.org.br e receba sua senha eletrônica de acesso. Estão disponíveis na rede virtual programas de educação continuada ministrados em 2009 (os novos usuários cadastrados ainda podem acessá-los). Não perca essa chance de investir na sua atualização e aperfeiçoamento profissional com o apoio da SOBED. Os usuários cadastrados podem acessar a Rede SOBED pelo site da instituição. A Rede SOBED 2010 está disponível desde fevereiro.

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Por dentro da Sobed

Sobed em casa

O

programa SOBED em Casa permite aos associados e não-associados assistirem às principais apresentações do XXXV Congresso Brasileiro de Endoscopia Digestiva (CBED) realizado em Salvador, entre os dias 24 a 28 de outubro de 2009. Para ter acesso ao SOBED em Casa é necessário preencher o formulário de inscrição disponível na seção “Espaço Científico” no site da SOBED. Após a confirmação do pagamento da taxa de adesão o login e senha eletrônica de acesso são encaminhados ao e-mail cadastrado pelo usuário. Uma nova aula é publicada a cada mês no SOBED em Casa. O usuário recebe uma notificação quando um novo módulo estiver disponível e pode acessálo a qualquer hora e local. Para assistir basta acessar o site da SOBED, entrar na seção SOBED em Casa e clicar sobre o link correspondente à aula. Cada usuário terá seis meses para assistir à apresentação de cada módulo, contados a partir da data de sua publicação e um limite máximo de tempo de três vezes em relação à duração de cada módulo. Após estes prazos (o que ocorrer primeiro) a senha irá expirar. A adesão ao SOBED em Casa também possibilita o acúmulo de 10 pontos para a revalidação do título pelo programa de creditação da CNA/AMB (Comissão Nacional de Acreditação da Associação Médica Brasileira). Se você não é associado da SOBED aproveite esta oportunidade para filiar-se e fazer a adesão ao SOBED em Casa pelo preço de associado.

Associado

Não-associado

Até 31/01

Após 01/02

Até 31/01

Após 01/02

R$ 155,00

R$ 205,00

R$ 455,00

R$ 505,00

Programa: - Rastreamento do Carcinoma Colorretal - ESD - Dissecção Dendoscópica da Submucosa: Como Eu Faço - Hemorragia Digestiva Baixa - Lesões Benignas das Vias Biliares - Neoplasia Precoce do Esôfago - Obesidade Mórbida - Hemorragia Digestiva Alta Não Varicosa - Hemorragia Digestiva de Etiologia Obscura (Hemorragia Média)

- Transição Esofagogástrica:Cardites - Colangiopancreatografia Endoscópica Terapêutica de Urgência: Quando Intervir e Tipo de Abordagem - Guidelines para EMR (Ressecção Endoscópica da Mucosa) e para ESD (Dissecção Endoscópica da Submucosa) - Lesões Subepitelais do Trato Digestório - Displasia no Esôfago de Barrett Obs. Não serão disponibilizadas as palestras em que os médicos não concordarem em ceder os direitos de imagem ou os slides.

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Acontece Boletim da Comissão Nacional de Acreditação (CNA) Uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFN) determinou que os títulos de especialista emitidos a partir de janeiro de 2006 têm validade de cinco anos. É necessária sua revalidação por meio de atividades acadêmicas de atualização e reciclagem, como participação em congressos, cursos presenciais e à distância, trabalhos científicos, publicações, etc. Os especialistas devem se cadastrar no site www.cna-cap. org.br e acumular 100 pontos em cinco anos, sendo que há um limite máximo de 40 pontos por ano. As atividades que concentram o maior número de pontos são os congressos nacionais da especialidade, seguidos pelos congressos estaduais e cursos credenciados junto a CNA (quadro 1= tabela da pontuação). Os coordenadores de cursos cadastram no mesmo site (www.cna-cap.org.br) seus eventos, e estes são pontuados de acordo com a carga horária, recebendo 0,5 ponto por hora, com limite máximo de 10 pontos por curso. Conclamamos todos os especialistas da SOBED a cadastrar o maior número possível de cursos junto à CNA em todas as regiões do País, uma vez que há um número mínimo de pontos que a SOBED tem que oferecer, por região, tanto de cursos presenciais quanto à distância. Fica o importante ALERTA aos especialistas que conquistaram o título em 2006: eles terão que acumular os 100 pontos até 2011 e, portanto, não devem deixar para a última hora, devido ao limite máximo de 40 pontos por ano. A profusão de vários cursos em todo o território nacional contribuirá para a consolidação da SOBED enquanto especialidade médica fortemente inserida na medicina interna e cirurgia. Para saber a sua pontuação, faça o seu cadastro na CNA. Renato Baracat

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Eventos Atividades

Pontos

Congresso Nacional da Especialidade

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Congresso da Especialidade no Exterior

5

Congresso/Jornada Regional Estadual da Especialidade

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Congresso Relacionado à Especialidade com apoio da Sociedade Nacional da Especialidade

10

Outras Jornadas, Cursos e Simpósios

0,5 ponto/hora (mín. 2hs/máx. 10hs.)

Programa de Educação à Distância por Ciclo

0,5 ponto/hora (mín. 1h/máx. 10hs.)

Atividades Científicas Atividades

Pontos

Artigo Publicado em Revista Médica

5

Capítulo em Livro Nacional ou Internacional

5

Edição Completa de Livro Nacional ou Internacional

10

Conferência em Evento Nacional apoiado pela Sociedade de Especialidade

5

Conferência em Evento Internacional

5

Conferência em Evento Regional ou Estadual

2

Apresentação de Tema Livre ou Pôster em Congresso, ou Jornada da Especialidade

2 (máx. 10)

Atividades Acadêmicas Atividades

Pontos

Participação em Banca Examinadora (Mestrado, Doutorado, Livre Docência, Concurso, etc.)

5

Mestrado na Especialidade

15

Doutorado ou Livre Docência na Especialidade

20

Coordenação de Programa de Residência Médica

5 por ano


03 e 04 de junho de 2010 em Fortaleza, CE Hotel Vila Galé

Agencia de Viagens Salt Lake Turismo (11) 3758-5556 saltlakecem@uol.com.br

Veja o programa do evento através do site

www.sobed.org.br Patrocínio


DNA

Especialista polivalente

Com tempo contado no relógio e assunto de sobra para apenas uma hora de conversa, Marcelo Averbach narra sua trajetória dentro e fora da endoscopia Thiago Bento

Marcelo Averbach, endoscopista especializado em colonoscopia. Ao lado, o médico com a tribo Zo’é

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Da sala de espera onde pacientes e acompanhantes aguardam quase não se vê a correria dos médicos no departamento de endoscopia do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, não fosse o fato de vez por outra algum deles ir até a ponta de um dos corredores e se deixar ver com um uniforme verde. As várias vozes misturadas com telefones tocando contrastam com o silêncio de quem está sentado ou marcando uma consulta. Foi nesse vaie-vem entre as salas que conversamos com Marcelo Averbach. A agitação se reflete na agenda no médico, tanto que a entrevista precisou ser dividida em duas partes. A primeira aconteceria durante um horário para consulta, mas por causa de apertados horários para atendimento, acabou acontecendo por e-mail. A segunda, pessoalmente, foi realizada andando pelos corredores e em duas salas diferentes do hospital, entre alguns poucos minutos li-

vres que Averbach dispunha para atender a reportagem da Revista SOBED. “Podemos conversar hoje ao meio dia”, afirmava por e-mail horas antes. Mesmo com horários complicados, Averbach encontra tempo para organizar o 4º Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva e a IX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD), além de escrever “Colonoscopia” - lançado em 2009 durante o XXXV Congresso Brasileiro de Endoscopia Digestiva (CBED), realizado em Salvador, BA -, um Atlas de endoscopia, um livro de gastroenterologia da Federação Brasileira de Garstroenterologia (FBG) e organizar uma obra sobre coloproctologia. Fã declarado de esportes, Averbach apenas “lamenta” não poder praticar o tanto quanto antes. “Essa fase é complicada”, brinca. Felizmente, o especialista afirma “sobrar tempo” para suas duas prioridades: seus dois filhos;


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um estudante de relações internacionais, outro seguindo os passos do pai, a caminho de prestar vestibular para medicina. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) em 1982 e realizando colonoscopias desde 1985, Averbach conta na entrevista a seguir sobre sua carreira, esportes, de suas atividades como presidente da Comissão Cientifica da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) e de sua recente visita aos índios Zo’é que vivem isolados no noroeste no Estado do Pará e sobrevivem da caça, pesca e do plantio de mandioca. Como organiza sua agenda? (Ri e suspira antes de responder) Hoje,

por exemplo, comecei a operar eram seis da manhã. Vim para o hospital, daqui a pouco às 14h tenho uma cirurgia, é bem corrido. Tenho dois filhos, um de 19 anos e outro de 17, faço o impossível para estar com eles. Além disso, gosto muito de praticar esportes, mas estou em falta com isso. Cheguei a correr três maratonas, mas não consigo dar atenção para isso. Quais maratonas? Corri duas em Nova York, em uma fui com o Dráuzio Varella, e uma em Paris. O Dráuzio chegou na minha frente, ele corre muito bem (risos).

“Os endoscopistas, que, na maioria das vezes, não faziam colonoscopia, passaram a realizá-la também”

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DNA

“Estou envolvido com o Atlas da Endoscopia, um livro de gastroenterologia e outro sobre coloproctologia”

De onde veio o hábito de correr? Começou depois de eu ter parado de jogar rúgbi. As pessoas me incentivaram, sempre tinha alguém praticando junto... E o rúgbi? Jogava pela faculdade. Fomos bicampeões brasileiros. Era um time extremamente forte não apenas no contexto universitário, jogávamos no campeonato principal. Atualmente meus filhos também jogam. Falando em faculdade, por que a medicina? Simplesmente porque meu pai me induziu (risos). Ele era advogado, mas não queria que eu seguisse os passos dele. Falava que era uma profissão complicada, que a justiça era morosa... Sempre que passávamos na (avenida)

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Doutor Arnaldo, ele apontava para a faculdade de medicina dizendo “você vai estudar aqui”. E de fato estudei. Acabei obedecendo às orientações dele. Acredito que foi uma grande diretriz, ele que me estimulou. Mas, sabe (encosta na cadeira levando a mão à cabeça), ainda penso em estudar Direito, mas são planos para longuíssimos prazos que nem sei se acontecerão. Qual sua atuação na endoscopia? Colonoscopia, que, diga-se de passagem, passou por um avanço muito grande nos últimos anos por causa do aumento da demanda decorrente do rastreamento do câncer colorretal. Os endoscopistas, que, na maioria das vezes, não faziam colonoscopia, passaram a realizá-la também. Sem dúvida, foi por causa da coloproctologia que comecei com a colonoscopia.


Sobed Sobed--NNoo88--Jan/Mar Jan/Fev - 2010

Na verdade, quando o profissional atua nessas duas atividades ele tem o chamado “algo mais”. É possível entender melhor aquele paciente que iremos tratar, mas isso não é uma necessidade, embora ofereça a possibilidade de examinar o paciente, o que considero interessante e mais completo. Atua nessa área no Hospital Sírio Libanês? Sou cirurgião e coordenador do curso de pós-graduação em coloproctologia e colonoscopia. Mesmo clinicando e com a agenda cheia o senhor tem tempo de escrever. Como é essa experiência? No ano passado durante o XXXV CBED, lancei o “Colonoscopia”, escrito em parceria com Paulo Correa. Foi uma ótima experiência. O livro ficou interessante e teve uma aceitação muito boa, tanto que os primeiros exemplares se esgotaram em Salvador, e a nova remessa pedida para lá também acabou. Essa aceitação aconteceu porque havia espaço para isso. O último livro que tratou desse assunto na nossa literatura foi escrito há dez anos por Flavio A. Quilici, então fizemos uma obra atualizada e abrangente. Esse foi o primeiro que escrevi, mas somos convidados frequentemente para produzirmos capítulos, se reunirmos esses é muita coisa. Mas como nada caminha sozinho, esse ano estou envolvido com outras obras, como o Atlas da Endoscopia, um livro de gastroenterologia e outro sobre coloproc-

tologia, que estou organizando e que será baseado no temário desenvolvido no curso de pós que coordeno no Sírio Libanês. Além disso, está a frente de dois encontros da SOBED... Atualmente sou presidente da Comissão Científica da SOBED e estamos organizando o 4º Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva, que será realizado em junho, em Fortaleza, CE, e a XI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD), para novembro, em Florianópolis, SC. O que os participantes podem esperar dos encontros? Em Fortaleza teremos dois importantes convidados internacionais: Herbert Burgos, da Costa Rica, e o belga Pierre Deprez. Pretendemos enfatizar discussões de mesas-redondas. Na SBAD, há o envolvimento da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), da Sociedade Brasileira de Cirurgia Digestiva (SBCD), da Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) e da Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva (SBMD). Assim, os assuntos são vistos com enfoque mais amplo com a participação de membros de todas as sociedades. O que mais conseguiu espaço em sua agenda? (Risos) Recentemente fiz algo muito interessante. Tenho um amigo com quem costumo velejar, o (médico de saúde de família e comunidade) Fábio Tozzi que atualmente mora em Santarém, no Pará. Ele atende comunidades ribeirinhas em seu barco,

além da tribo indígena Zo’é e me convidou para realizar alguns atendimentos por lá, em agosto de 2009. Em janeiro ele me procurou, pois tinha quatro casos de índias com cálculo na vesícula, além de outros dois casos: uma mulher com um nódulo de mama e um menino com hérnia inguinal. Muito apoiados pelo hospital Sírio Libanês e por uma empresa que nos forneceu produtos descartáveis, fomos para lá e operamos os pacientes por laparoscopia. Algo muito interessante se considerarmos que dependíamos de uma tecnologia da qual aquela população desconhece totalmente. Houve choque cultural? Pouco. Inicialmente porque eles só falam tupi. Além disso, não podem sair da aldeia devido a problemas de eventuais infecções e a mentalidade deles é diferente da nossa, imagina trazer alguém de lá para a cidade e depois levá-lo de volta. É loucura! Mas eles nos receberam super bem, ficavam fazendo carinho na gente. Eles são muito delicados e relativamente pequenos (“ou eu sou muito alto”, comenta), mas muito fortes e habilidosos com os arcos. Desafiamos um deles a atingir uma bananeira. Na primeira ele acertou. Pedimos que ele repetisse o alvo e ele deixou as flechas assim! (mostra os dois dedos indicadores, médio e anelar indicando a posição e distância das flechas) O curioso foi que depois de eles verem que as pessoas saíram bem da cirurgia, começou a aparecer gente de aldeias próximas, mas da mesma tribo reclamando de dores e querendo passar por cirurgias (risos).

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Valorização Cartilha explicativa sobre a atuação do Endoscopista e a importância da especialização foi distribuída durante encontro na Bahia em outubro de 2009

Endoscopista valorizado SOBED lança ação para valorizar especialistas durante o XXXV CBED, sob o mote “Para o seu paciente estar em boas mãos é preciso mais que um endoscópio... é preciso ser Especialista em Endoscopia”

C

om a chancela da Associação Médica Brasileira (AMB), a proposta segundo o presidente da SOBED Carlos Alberto Cappellanes, é oferecer um serviço de qualidade aos pacientes. “Queremos estimular que todos os médicos que realizam a endoscopia passem por nossa Prova de Título em Endoscopia”, explica. Além disso, a campanha reforça que o título é um atestado de competência dentro da especialidade. “A complexidade de treinamento adequado para transmitir a quantidade de conhe-

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cimentos necessários e simultaneamente adquirir a habilidade psicomotora para a realização de procedimentos endoscópicos mais complexos exige aperfeiçoamento profissional”, explica o presidente da SOBED. A prova de Título da especialidade foi realizada no dia 26 de outubro, durante o XXXV CBED. Na ocasião, os candidatos foram os primeiros a realizar um novo modelo de teste teórico com 10% de suas questões dissertativas. Ainda durante o encontro realizado na Bahia, a SOBED lançou um informativo

de quatro páginas apresentando o projeto e comentando a importância do Título de Especialista. O material explica que "procedimentos endoscópicos, tanto diagnósticos quanto cirúrgicos, exigem certificado de qualificação" e que "o advento da endoscopia representou um formidável aprofundamento nos conhecimentos teóricos e práticos da atividade médica". O título é uma das mais importantes contribuições da AMB à qualificação dos médicos, pois valoriza a carreira e diferencia o profissional que chega ao mercado de trabalho.


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Gastronomia

Sabor andino A Culinária peruana que por anos ficou distante do Brasil, mesmo sendo um país vizinho, cruzou a cordilheira dos Andes e mostra quão rica é a dieta dos descendentes dos incas

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ssim como a culinária brasileira, a peruana é variada e regionalizada: norte, sul, centro, costa e andina, e também como a nossa tem pratos típicos. O mais famoso deles é o ceviche ou cebiche, típico da região litorânea. A dúvida sobre a grafia da palavra funciona como uma piada interna para os peruanos. Como em espanhol a letra “v” tem som de “b”, nunca ficou muito claro sobre como escrever corretamente o nome da iguaria. A receita básica leva fatias de robalo cortado em cubo temperado com leite de tigra, líquido resultante da preparação do ceviche acrescido de pisco e outras bebidas alcoólicas como vodca ou vinho branco. O prato pode ser encontrado em pequenos restaurantes chamados “cevicherias” espalhados por toda a capital Lima.

Ao longo dos anos a cozinha andina ganhou o mundo, mas ainda assim nós desconhecíamos quase que totalmente os pratos. Amantes de uma boa comida, no entanto, não precisam mais passar por quatro horas e meia de voo, ou viajar no trem da morte que sai do Brasil e cruza a Bolívia para finalmente deixar os turistas no Peru. Nós já contamos com restaurantes típicos por aqui. Claro que eles não competem em quantidade com os italianos, japoneses ou chineses, mas no quesito qualidade têm agradado e conquistado fãs. Um dos mais famosos é o La Mar Cebicheria, que começou em Lima e hoje tem filiais espalhadas por vários países. O cardápio como o próprio nome diz, aposta nos já citados cebiches, mas também oferece outras possibilidades que merecem ser experimentadas como os tiraditos que parecem carpaccio ou as


Sobed - No 8 - Jan/Mar - 2010 causas, uma massa a base de purê de batata. Outra referência é o Killa. O nome significa “lua” em quéchua, língua falada pelos incas e ainda em uso por grande parte da população peruana. Ainda que o ceviche ou cebiche esteja ganhando adeptos, a mesa do país vizinho tem muito mais a oferecer, como o chincharón, o arroz chaufa ou a papa a la huancaína. O primeiro lembra muito nosso leitão à pururuca, pois é preparado com porco cozido lentamente em sua própria gordura, o que resulta em uma carne tenra por dentro e uma casca crocante do lado de fora. O modo de preparo pode variar em algumas regiões, afinal é consumido desde a faixa litorânea até a serra peruana. Além da óbvia influência espanhola, o Peru também tem uma grande herança chinesa, especialmente na cozinha. Um prato muito comum por lá é o arroz chaufa muito similar ao chop-suey que consumimos por aqui. Entretanto, enquanto encontramos a iguaria apenas em restaurantes temáticos, por lá é rotina ter o alimento em casa a qualquer hora. Típico da culinária criolla, a papa a la huancaína chama a atenção por ser uma receita relativamente simples, mas extremamente saborosa. São pedaços de batata cozida cobertos com um molho frio, cremoso, amarelado e picante feito com queijo, pimenta e azeite, acompanhado por folhas de alface, ovos cozidos e azei-

tonas. Embora aparentemente pequeno, o prato é pesado, deixando o comensal satisfeito. O único “porém” dele é ser oferecido como entrada das refeições. Seja almoço ou jantar, ela costuma ser divididas em três partes: entrada – enquanto nós optamos por saladas, eles preferem pratos mais pesados –, plato grande (prato principal) e, claro, a sobremesa. As sobremesas são um capítulo a parte do cardápio. Assim como nós, os vizinhos peruanos gostam muito de doces, especialmente dos melados. O mais popular é o suspiro limenho. Típico da capital Lima, o merengue é preparado com vinho do Porto, o que dá coloração rosa à guloseima, servida sobre uma generosa porção de doce de leite. Algo dulcíssimo. Também muito apreciados e famosos são os picarones, pequenas roscas preparadas com farinha de trigo, batata doce e abóbora e cobertos com melaço depois de prontos.

Serviço La Mar Cebicheria Rua Tabapuã, 1410, São Paulo, (11) 3073-1213 Killa Rua Tucuna, 689, São Paulo, (11) 3872 1625 Tubaína Bar Rua Haddock Lobo, 74, São Paulo (11) 3129-4930 Shimo Rua Jerônimo da Veiga, 74, São Paulo (11) 3167-2222 Ají Rua Bela Cintra, 1.709, São Paulo (11) 3083-4022 Intihuasi Rua Barão do Flamengo 35 D - Rio de Janeiro (21) 2225-7653 Wanchako Rua São Francisco de Assis, 93, Alagoas (82) 3377-6024

Por la salud Peruanos são festivos e gostam de beber. Pode ser chela (como eles chamam a cerveja), de preferência a nacional Cusqueña produzida na cidade de Cusco, ou pisco, aguardente local elaborada com uva. Embora sua fórmula tenha variado nos último 400 anos, ele é produzido fermentando a fruta e apenas em cinco regiões do país: Arequipa, Ica, Lima, Moquegua e Tacna.

No Peru, tudo aquilo resultante da mistura do que é nativo do país com a herança espanhola é considerado “criollo”.

Para produzir uma garrafa de pisco são necessários sete quilos de uva e segundo a Norma Técnica Peruana somente oito variações da fruta são utilizadas para produzir a bebida: Albilla, Itália, Moscatel, Torontel, Mollar, Quebranta, Uva Negra e Uvin. Além disso, nenhum outro tipo de álcool pode ser acrescido na fabricação. Dependendo da variação escolhida, a aguardente é incluída em uma das três categorias que classificam o produto: Puro, elaborado com apenas um tipo de uva; Acholado, com duas ou mais qualidades; e Mosto Verde, com um processo de destilação levemente diferenciado conferindo suavidade e textura aveludada ao líquido.

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Esportes

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ode p l o b e e fut smo. d a d i t ta r i pa r n e a c d i e d s sporá a do que o nais de e a m U ig o s os fi r n e s p a p a ro s e i n r e a p p m e a r se r te s di c a o é p s m e o r ã a Pratic em orientaç saúde sà as seman sa malefício au f í si c o c ham a Pan n i r a M

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Esportes

A

prática regular de atividades físicas é essencial para a manutenção do corpo e da mente, mas a rotina agitada das grandes metrópoles dificulta a execução diária de exercícios e contribui para o surgimento do mal do século: o sedentarismo. De acordo com levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), 70% das pessoas do mundo são sedentárias e estão sujeitas a desenvolver doenças cardíacas e obesidade. Conhecido popularmente como “lei do menor esforço”, segundo a OMS, o sedentarismo é responsável por 54% do risco de mortes por infarto, 50% por derrame cerebral e 37% por câncer. Pessoas que não pretendem pertencer a estas porcentagens utilizam os finais de semana para o exercício de esportes como futebol e corrida, em busca de compensarem a rotina sedentária durante a semana. Acreditam que uma única atividade semanal pode compensar a inatividade dos outros dias. De acordo com especialistas, dieta inadequada e vida sedentária não combi-

Ninguém morre de véspera Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP e especialista em Cardiologia e Medicina do Esporte, Nabil Ghorayeb ganhou o prêmio de literatura Jabuti em 2000, pela au-

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nam com esforço físico intenso nos finais de semana, principalmente se não houver orientação médica prévia. Atividade física praticada de um a dois dias por semana apresenta diversos malefícios ao organismo, pois a força de contração do coração aumenta em um curto período, elevando a pressão arterial por causa do enfraquecimento do músculo cardíaco que não é exercitado regulamente. Segundo o especialista em Cardiologia e Medicina do Esporte Dr. Nabil Ghorayeb, a atividade física deve ser praticada moderadamente de quatro a cinco vezes por semana. “A consulta cardiológica com ênfase em atividade física é importante para identificar a intensidade de exercícios que cada indivíduo deve fazer”, explica. De acordo com o médico, esforço maior que a capacidade física habitual é um gatilho para arritmia cardíaca e infarto agudo do miocárdio. Outro agravante é a combinação da desidratação causada pela perda significativa de líquidos e minerais e a hipovolemia progressiva, volume sanguíneo abaixo do normal, causado pela prática de exercícios em ambientes com temperaturas elevadas.

toria da obra “Ninguém Morre de Véspera”. No livro, o médico extrapola a sua especialidade, vai além e busca a origem de diversos tratamentos, algumas curiosidades sobre equipamentos médicos e a contribuição de profissionais de áreas afins, como a nutrição e a educação física. Pois não basta simplesmente medir a pressão ou aferir os batimentos cardíacos, se o indivíduo cultiva maus hábitos, é preciso integrar os diversos segmentos que o abrangem em sua totalidade.


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Dores e rupturas musculares também são resultantes da sobrecarga de atividade física. Segundo artigo publicado pelo ortopedista André Donato Baptista, a prática de esportes apenas nos finais de semana traz pouco ou nenhum benefício à saúde. “É bastante comum para os ortopedistas, atender em seus consultórios às segundas-feiras, pacientes com queixas relacionadas às atividades físicas praticadas no final de semana”, afirma o Donato Baptista. As principais lesões: de rotação no punho, inflamação na região da tíbia, epicondilite lateral, torção de tornozelo, dor no joelho, epicondilite medial e dor na região lombar, estão presentes no dia-a-dia dos atletas de fim de semana e também na rotina de atletas profissionais devido à intensidade da carga de treinamentos. A termoterapia e a crioterapia, terapias que utilizam calor e frio, respectivamente, não curam lesões, mas se aplicadas de forma adequada são eficazes para aliviar dor, pois ambas são antiinflamatórias e analgésicas. Frequentemente acompanhamos atletas profissionais do futebol, do vôlei e de inúmeros outros esportes, que se machucam no exercício de sua profissão. Se uma pessoa que vive do esporte, que possui condicionamento físico adequado e constante acompanhamento médico ainda assim sofre com problemas musculares e cardiovasculares, o que poderá acontecer a nós “reles mortais” se não tomarmos as devidas precauções? Em 2003, durante uma partida de futebol da Copa das

Confederações na França, o futebolista da seleção de Camarões, Marc Vivien Foe, com excelente condicionamento físico desabou inconsciente no gramado do estádio Gerland e após tentativas de reanimação, foi declarado morto por cardiomiopatia hipertrófica.

Bola cheia Alongar musculatura, antes e depois da atividade física Usar calçado adequado

Sport Check-up HCor O Hospital do Coração (HCor) de São Paulo possui um programa de diagnóstico médico para a medicina do esporte. O Sport Check-up realiza completa avaliação a todo tipo de público, desde sedentários a atletas profissionais, em um curto espaço de tempo. Com estrutura de ponta do Centro de Diagnósticos do HCor, profissionais altamente qualificados, especializados em cardiologia, nutrição, ortopedia e medicina do esporte, realizam avaliação cardiológica, ortopédica e exames de diagnósticos, além de teste ergométrico, eletrocardiograma e orientação nutricional. O programa possui três módulos de avaliação médica: Start – indicado para avaliação de sedentários e atletas amadores, o Practice - indicado para atletas que praticam atividade física regularmente e o Professional - para atletas profissionais de alto desempenho. O planejamento do programa de atividades físicas para cada indivíduo deve ser realizado por um profissional em Educação Física, de acordo com os resultados da avaliação do Sport Check-up HCor, segundo o coordenador clínico do programa, Nabil Ghorayeb.

Utilizar equipamentos de proteção Cuidar da alimentação e hidratação Controlar taxas de colesterol, glicemia e pressão arterial Respeitar os sinais de cansaço do corpo Estar bem alimentado ajuda a realizar um bom treino, mas coma até uma hora antes de treinar.

Bola murcha Treinar sem avaliação médica prévia Não alongar musculatura, antes e depois da atividade física Consumir chá, café e álcool, pois podem causar diminuição da eficiência muscular Não dobrar os joelhos quando alongar, manter a sola inteira dos pés apoiada no chão

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Capa

Conflito delicado 26


Sobed - No 8 - Jan/Mar - 2010

Representando uma fatia interessante do mercado brasileiro para os médicos, as operadoras de saúde costumam ser a porta de entrada para muitos novos profissionais, mas também podem se transformar em um complexo labirinto

Q

uem observou os resultados de setembro de 2009 da tabela “Beneficiários de planos de saúde, por cobertura assistencial” da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) do Ministério da Saúde, com 54.210.637 beneficiários das 1.516 operadoras de saúde em atividade, provavelmente ficou tentado a entrar nesse segmento e atender clientes de planos de saúde ou seguradoras. Afinal, falamos de aproximadamente 30% da população brasileira, estimada no último ano em 191.480.630 pessoas, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Inicialmente, o cenário traz algumas vantagens. A principal delas, segundo a diretora executiva da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Solange Beatriz Mendes, é a de o médico poder formar e manter uma clientela própria, pois a capacidade de renda da maio-

ria da população brasileira não permite o pagamento direto de consultas médicas, aos preços praticados atualmente. O ingresso para atuar com as operadoras depende de alguns pré-requisitos como a análise do currículo, exigência de tempo de experiência e títulos, entre outras avaliações. No caso de clínicas médicas, também são avaliadas a localização, estado físico e equipamentos disponíveis no local. Solange lembra que boa parte dessas empresas foram constituídas há muito tempo. “Algumas atuam há mais de 20 anos”, ressalta. Essa longevidade implica que suas redes de médicos credenciados tenham sido formadas ao longo dessas décadas, restando atualmente uma demanda menor pelos profissionais de saúde. Nesse sentido, de acordo com a diretora executiva da FenaSaúde, as exigências passaram a ser maiores, principalmente no que diz respeito à experiência e títulos de especialização.

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Capa Após o atraso no pagamento dos médicos, as operadoras os procuram afirmando que podem pagar apenas uma porcentagem Assim como a população atendida, as empresas prestadoras de serviço não são uniformes. “Isso permite uma diversidade na oferta e no atendimento”, afirma o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (SIMESP), Cid Carvalhaes, apontando que atualmente as operadoras de planos de saúde são uma realidade no tratamento dos brasileiros e o cenário é desfavorável para os médicos. “Muitos recém-formados são atraídos para esse universo e, geralmente, não sabem muitas coisas sobre como será o trabalho”, alerta Carvalhaes. Ainda de acordo com o presidente do SIMESP, há casos de contratos verbais que obviamente são desvantajosos para os profissionais. “Mesmo os escritos costumam ser ‘leoninos’, pois defendem interesses unilaterais”, comenta. Procurada para comentar o assunto, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) afirmou por e-mail que “a relação comercial entre prestadores de serviços de saúde (médicos, hospitais, laboratórios, entre outros) e operadoras de planos de saúde não é alcançada pela regulação da saúde suplementar, pois a natureza desta atividade econômica baseia-se em uma relação comercial opcional e consensual estabelecida entre duas partes”.

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E mais, “por determinação da ANS, as operadoras são obrigadas a formalizar essa relação através de contratos que contenham cláusulas de reajuste e de rescisão. Essa é uma medida primordial para que a relação comercial entre as duas partes seja a mais transparente possível. Os valores e demais condições contratuais são negociados livremente”. De acordo com Carvalhaes, o relacionamento entre médicos e operadoras de planos de saúde é uma área de constante conflito. Um exemplo hipotético dado pelo presidente do SIMESP é o das internações. “Suponhamos que nós precisemos internar um paciente por dez dias, mas só podemos por três. Há uma série de restrições para tratamentos e internações”, comenta. Um dos principais problemas entre as partes envolvidas no processo segundo Carvalhaes, entretanto, é financeiro. Justamente o que, segundo a diretora executiva da FenaSaúde, influi para que o médico decida qual operadora pretende atender. “A principal variável envolvida na escolha é o padrão de remuneração e o tempo médio de pagamento pelos serviços prestados”, diz Solange. “O primeiro fator que colabora para isso é a tabela de pagamento ser imposta pelas operadoras”, explica o dirigente do sindicato. Além disso, Carvalhaes explica que embora haja reajustes anuais para as empresas, há casos desses valores não serem repassados aos profissionais credenciados. Durante o mês de fevereiro, a Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou o substitutivo do senador


Sobed - No 8 - Jan/Mar - 2010

Augusto Botelho (PT-RR) ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 276/04 que “altera os arts. 17 e 18 da Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, para tornar obrigatória a existência de contratos escritos entre operadoras dos referidos planos e seus prestadores de serviços”. Aprovado no inicio do mês pela mesma Comissão, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) apresentou emenda sugerindo a inclusão do texto substitutivo contemplando que “a periodicidade do reajuste que trata do inciso II deste artigo será anual, e realizada no prazo improrrogável de 90 (noventa) dias, do início de cada ano-calendário”; “na hipótese de vencido o prazo previsto no inciso III deste artigo, a ANS, quando for o caso, definirá o índice de reajuste” e “a ANS poderá constituir, na forma da legislação vigente, câmara técnica com representação proporcional das partes envolvidas para o adequado cumprimento desta lei”. O projeto será encaminhado para a apreciação da Câmara dos Deputados, afinal é terminativo na Comissão de Assuntos Sociais. Quanto à tabela de valores, Solange alerta para o fato de que a remuneração do médico credenciado varia muito de uma operadora para a outra, e que mesmo dentro de uma determinada empresa ela pode mudar conforme o produto - plano adquirido pelo consumidor, desde o mais básico até o superior. “Mas há situações piores!”, alerta Carvalhaes. Segundo ele, muitos

médicos ao trabalharem para as operadoras, o fazem por muito tempo. Comumente, depois de quatro ou cinco anos, de acordo com o presidente do SIMESP, as empresas começam a atrasar os pagamentos por alguns meses. “Assim o médico atua mais e recebe menos”, afirma. “A partir daí começa-se a negociação para receber o dinheiro e a relação entre os dois lados fica mais desgastada”, comenta. Carvalhaes conta que geralmente após o atraso no pagamento dos médicos, as operadoras os procuram afirmando que depois de realizarem algumas contas, concluíram não ter condições de pagar o valor total, mas apenas uma porcentagem. Outra situação que frequentemente assombra os profissionais é a constante ameaça de descredenciamento da rede de atendimento. Segundo Solange, o fato acontece devido às empresas disporem de diversos recursos de auditoria, o que permite que o padrão de atendimento seja frequentemente monitorado. Até o fechamento desta edição as operadoras de plano de saúde procuradas para falar sobre o assunto não responderam às solicitações de entrevista. (TB)

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Info Dr. Horus Antony Brasil*

T Tecnologia USB 3.0 e armazenamento digital:

você precisa?

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alvez você não se lembre de como era difícil adicionar qualquer periférico ao computador na década de 1980. Sorte a sua! Na verdade era um desafio até mesmo para qualquer profissional de informática conectar mais de três periféricos (placa de som, scanner e mouse). Tudo porque o computador não “enxergava” o que estava ligado. Aí é que entravam os IRQs e DMAs, entre outros, fazendo da vida do pobre usuário mais exigente um inferno. Então, apareceu o Santo Graal da informática: a tecnologia Plug and Play (PnP), que enxergava o periférico ligado e se auto configurava. Mas, havia uma multidão de portas (serial, paralela, ps2...) todas muito lentas e não intercambiáveis. Foi então que chegou a tecnologia Universal Serial Bus (USB), que prometia velocidade e conexão fácil, ou seja, tudo que o usuário desejava. No inicio não era tão veloz assim com o USB 1.0 que foi lançado em Janeiro de 1996, possuindo taxas de transferência de dados de 1,5 Mbit / s (baixa velocidade) e 12 Mbit / s (Velocidade máxima) , mas não havia tantos dados assim para transferir... As coisas evoluíram, os CD’s ganharam espaço, os vídeos e as fotos digitais apareceram e a montanha de dados a ser transferida ficou maior. O padrão USB 2.0 foi lançado em abril


Sobed - No 8 - Jan/Mar - 2010

de 2000 com a velocidade de 480 Mbps, o equivalente a cerca de 60MB por segundo. E, até hoje, estamos encalhados! Imagine transferir um disco Blu-Ray com 25GB de informação com uma camada simples e 50GB com duas camadas, ou até modelos de 100GB, com quatro camadas, isso sem falar dos projetos para 200GB, com até oito camadas! Haja paciência! Mas a salvação está a caminho (embora atrasada) com o USB 3.0, uma das vedetes da Consumer Electronics Show, tam-

bém chamada CES, cuja tradução livre significaria Mostra de Eletrônicos para Consumo. É uma feira profissional realizada anualmente no mês de janeiro, em Las Vegas, um comércio apenas para mostra, fechada para o público. Na mostra, muitos novos produtos são apresentados e outros anunciados servindo como uma vitrine do que vai ser a tendência das quinquilharias eletrônicas no mundo. Com o USB 3.0 ou SuperSpeed USB, as taxas de transferência serão multiplicadas por dez.

Alguns fóruns e sites especializados já testaram e os fabricantes anunciam que a taxa de transferência de dados do novo padrão chegará aos 4,8 Gbps (gigabits por segundo), velocidade dez vezes superior ao protocolo atual. O USB 3.0 é compatível com a versão anterior, mas não funciona com os modelos 1.0. Nos últimos testes realizados, 25GB foram transferidos em aproximadamente 14 minutos usando o USB 2.0. Já com o 3.0, o procedimento demorou apenas 70 segundos!

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Info Bem, mas que importância isso terá para você? Simples, os aparelhos e equipamentos dotados de USB 2.0 vão baratear e tender a desaparecer e, o mais importante, você poderá transferir dados, imagens e vídeos muito mais rápido do que agora. Isso é importante para os endoscopistas que trabalham com captura de imagem para laudos, aqueles que gravam seus exames em DVD, ou mesmo aqueles que arquivam imagens e as usam para aulas ou palestras. Hoje, já temos no mercado Americano, notebooks da Acer e Assus com esta tecnologia, além de outros periféricos, mas somente para o meio ou final de 2010 teremos alguma coisa no mercado nacional, prometem as empresas fabricantes de tecnologia. Na esteira disso, as empresas de disco rígido, principalmente discos portáteis, já lançaram seus produtos com uma capacidade

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verdadeiramente gigantesca. Temos discos portáteis, que não são maiores do que um maço de cigarros, com capacidade de 500GB, ou mesmo aqueles um pouco maiores chegando a 2TB. Isso mesmo: dois Terabytes, ou seja, 2000 Gigabytes! Parece muito? Na verdade pode não ser... Segundo um fórum especializado, Olhar Digital, uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia em Berkeley, constatou que a humanidade gerou, somente no ano de 2002, aproximadamente 5 Exabytes (o número 5 seguido de 18 zeros) de informações novas e únicas. O estudo estima que esse número cresça em torno de 30% a cada ano. Ou seja, haja discos para guardar tanta informação! Tanto é que, atualmente, os discos rígidos mais vendidos no mercado já estão na casa dos 500GB, mas o mercado já trabalha bastante também com HD’s

que chegam a 1 Terabyte (TB). Porém, se você não estiver disposto a trocar o seu HD - ou o seu computador - e ele já está chegando ao limite de armazenamento, a maneira mais simples e prática para expandir a capacidade são os discos externos ou chamados portáteis com porta USB 2.0 ou 3.0 (se você estiver disposto a pagar pela novidade). Esses brinquedinhos funcionam como um pendrive gigante: é só plugar na porta USB e sair trabalhando. Não necessitam de alimentação da rede elétrica e alguns vêm com utilitários para sincronização de arquivos e backup automático. Dessa forma, assim como aquela história do ovo e da galinha, não se sabe quem veio primeiro, mas é bom ter os dois... *Dr. Horus Antony Brasil é médico endoscopista associado à SOBED.


Sobed - No 8 - Jan/Mar - 2010 Fábio Lima/Divulgação Prefeitura de Fortaleza

Especial

Fortaleza A capital cearense é sempre sinônimo de calor, sol, praia, cultura, lazer e a partir de 2010... também de endoscopia digestiva Rodrigo Moraes


Especial

F

ortaleza receberá este ano a quarta edição do Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva, que acontece entre os dias 3 e 4 de junho de 2010, no Hotel Galé, na Praia do Futuro. O encontro da especialidade deve abordar temas como doenças inflamatórias intestinais e vasculares, vigilância epidemiológica, métodos de hemostasias na endoscopia terapêutica e tantos outros aspectos relevantes ao assunto. A organização espera público de aproximadamente 350 participantes, convidados estrangeiros e mais de 20 palestrantes brasileiros. Além da programação técnica, Fortaleza tem muitos outros encantos e atividades a oferecer. Confira mais sobre a cidade sede do 4º Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva e entenda por que ela é um dos destinos mais procurados por turistas no País. Fundada oficialmente em 13 de abril de 1726, após várias invasões, disputas com índios e problemas de seca, Fortaleza se tornou uma metrópole moderna, com belas praias e brisa fresca vinda do mar. É terra de grandes figuras nacionais como Raquel de Queiroz, primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, e José de Alencar, romancista famoso pela obra “Iracema”, fundamentada na origem do Estado do Ceará. A personagem principal do livro é a índia Iracema – “A virgem dos lábios de mel”, que dá nome hoje à Praia de Iracema,

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onde existe uma estátua fazendo alusão à lenda da índia. Outro programa obrigatório para quem visita a praia é ver o pôr-do-sol na Ponte dos Ingleses, também conhecida como Ponte Metálica. A dica é estar sempre com uma máquina fotográfica a postos para registrar todas essas belezas. Das praias urbanas de Fortaleza, a do Futuro é uma das mais frequentadas com a peculiaridade de oferecer serviços nas barracas ao longo da orla, cada uma com seu estilo musical e decoração própria. Para quem procura diversão, a capital cearense proporciona uma variedade de opções. Habitualmente, seu povo é conhecido pela hospitalidade e alegria, percebidas pelas ruas da cidade. O turista pode se divertir desde um passeio de barco pela orla até admirar as jangadas na enseada do Mucuripe, onde fica o Museu do Farol. Inaugurado em 1846, o farol funcionou por 111 anos até ser desativado em 1957. Uma boa caminhada pelo calçadão da Avenida Beira Mar também vale a pena. Lá, quiosques e barracas oferecem opções para quem quiser uma bebida gelada e ainda provar os frutos do mar da região. Para curtir a noite há uma série de bares e casas de espetáculos que dão o tom da graça e costumam apresentar vários shows humorísticos. É um grande programa conhecer de perto a arte dos humoristas, contando suas piadas, anedotas e contagiando o público com o estado de espírito da alegria.


Sobed - No 8 - Jan/Mar - 2010 Fotos Fábio Lima/Divulgação Prefeitura de Fortaleza

De cima para baixo, em sentido horário, atrações diversas da capital cearense: Estação Ferroviária João Felipe; Catedral da Sé ou Catedral Metropolitana de Fortaleza; Praça do Ferreira, marco histórico e patrimonial de Fortaleza; e o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura

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Especial

É possível assistir a um espetáculo de humor junto ao teatro José de Alencar, visitar as galerias de arte de Fortaleza, conhecer as obras dos artistas plásticos, dos escultores, seus quadros com pinturas em tela, suas esculturas em cerâmica e conhecer o Museu do Ceará. Entretanto, a noite de Fortaleza reserva outros destinos como boates e danceterias para curtir com os amigos e conhecer pessoas. As agencias de viagem costumam informar aos turistas quando o período de estadia deles coincide com grandes eventos e shows como o Fortal – conhecido carnaval fora de época que acontece sempre em julho – e o Ceará Music – evento anual que reúne em três dias artistas locais e estrelas do pop rock brasileiro.

Gastronomia A programação culinária de Fortaleza é outra característica que chama atenção e funciona como porta de entrada para todas as delícias que o Ceará tem a oferecer. Para quem gosta de uma boa mesa, a pedida é mesclar ingredientes e criar pratos simplesmente ímpares que variam da gastronomia do sertão à culinária tipicamente praiana, marcada por peixes e frutos do mar. Alguns dos programas locais acabaram sendo adotados pelo público. Entre eles está a oportunidade de saborear nas noites de quinta-feira um caranguejo preparado na Praia do Futuro. No bairro da Varjota, Pólo Gastronômico da cidade, a culinária ganha uma

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mistura de sabores típicos e internacionais em restaurantes cearenses típicos, que oferecem peixe, lagosta e camarão em combinações irresistíveis. Há também opções de pratos japoneses, portugueses, árabes, chineses, franceses e italianos, como as pizzas, que ganham recheio de carne-de-sol e caranguejo.

Mar, o Mercado Central (na Av. Monsenhor Tabosa) e nas Lojas da Central de Artesanato do Ceará (CEART). De acordo com a prefeitura de Fortaleza, o Centro de Turismo do Ceará possui 104 lojas que garantem a oferta de peças de artesanato. Já o Mercado Central (foto), no coração da cidade, tem aproximadamente 300 lojas. No CEART são encontrados artesãos de todo o estaEsporte e adrenalina Para quem é fã de esporte e, principal- do trabalhando, ao vivo, na produção do mente, de aventuras radicais como surfe, legítimo artesanato cearense. mergulho, windsurfe e tantos outros, a capital cearense é o lugar ideal. A costa da Negócios cidade oferece vários pontos para prática Por fim, assim como boa parte das de mergulho. A Pedra da Risca do Meio, cidades turísticas do Nordeste brasileia 10 milhas do Mucuripe, é pródiga em ro, Fortaleza oferece ótima estrutura de cardumes de peixes e arraias a uma pro- hotéis e espaços para feiras e exposições. fundidade de 28 metros. O Centro de Convenções do Ceará e o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, por exemplo, estão entre os mais coArtesanato Não tem jeito, uma das principais pe- nhecidos espaços para receber eventos. didas de qualquer pessoa que vai viajar O Dragão do Mar também é conhecido para um lugar como Fortaleza é receber pelo espaço de programação cultural e uma enxurrada de pedidos de ‘lembran- por abrigar o Memorial da Cultura Ceacinhas’ e peças do artesanato local. Para rense, o Museu de Arte Contemporânea isso, a cidade conta com uma herança e o Planetário Rubens de Azevedo, além da colonização portuguesa com uma de cinemas e teatros. A própria estrutura série de produtos manufaturados em dos hotéis de luxo da capital oferece todas fibras de algodão como redes, rendas, as condições necessárias para realização bordados e crochês. Além disso, bol- de congressos e reuniões corporativas. sas, chapéus – em palha de carnaúba e Em resumo, para os visitantes que ali couro – e produtos em madeira, argila chegam o encanto é instantâneo. Para os e cipó também se destacam nos mer- turistas que de lá partem o desejo é de cados locais. Mas onde encontrar toda querer ficar – ou voltar. Resta saber em essa diversidade? Os locais mais co- qual das duas características você irá se muns são: o Centro de Turismo (anti- enquadrar. Conheça a cidade e tire você ga Cadeia Pública), a Feirinha da Beira mesmo essa dúvida.


Sobed - No 8 - Jan/Mar - 2010 Fábio Lima/Divulgação Prefeitura de Fortaleza

Ao lado, uma visão panorâmica dos pavimentos do Mercado Central de Fortaleza: lembranças e produtos para vários gostos

Gustavo Pellizzon/Divulgação Prefeitura de Fortaleza

Fábio Lima/Divulgação Prefeitura de Fortaleza

Abaixo, o Museu do Ceará, que recebe mostras e exposições periódicas, além de manter um acervo permanente com valioso arquivo histórico sobre a cidade de Fortaleza e o estado cearense

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Especial Programação do 4º Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva Hotel Vila Gale

Módulo V – Terapêutica

• Métodos mecânicos: Ricardo Rangel de Paula Pessoa (CE)

Convidados estrangeiros:

Horário: 14:50h às 16:10h

• Risco de ressangramento: Marcos Clarencio da Silva (BA)

Hebert Burgos (Costa Rica) e Pierre Deprez (Bélgica)

Moderadores: Giovani Bemvenuti (RS) Paulo Roberto Arruda Alves (SP)

Sala B

Dia: 03 / 06 / 2010

• Dilatações: Renato Luz Carvalho (SP)

Módulo Vias Biliares e Pâncreas - CPER

Tempo por palestrante: 15 min

• Próteses: Wagner Colaiacovo (SP)

Discussão: 20 min

• Descompressões: Jose Luiz Paccos (SP)

Módulo IV – Técnicas em CPER

• Hemostasia: Paulo Alberto Falco Pires Correa (SP)

e Coledocolitíase

Sala A Módulo Colonoscopia

Horário: 13:30h às 14:50h Módulo VI – Avanços Tecnológicos

Moderadores: Edivaldo Fraga Moreira (MG)

Horário: 16:10h às 17:30h

Tadayoshi Akiba (SP)

Módulo I – Introdução

Moderadores: Sergio Luiz Bizinelli (PR) e Jose Luiz Paccos (SP)

• Técnicas de cateterismo em papila difícil:

Horário: 8 às 9:20h

• Ecoendoscopia colorretal – Estado atual:

Moderadores: Lix Alfredo Reis de Oliveira (SP)

• Táticas para redução de complicações:

Marcelo Averbach (SP)

• NBI/ FICE: Lix Alfredo Reis de Oliveira (SP)

• Preparo do paciente: Edson Jurado da Silva (RJ)

• Ultramagnificação: Walton Albuquerque (MG)

• Pancreatite aguda biliar – Quando indicar CPER:

• Técnicas de introdução: Walton Albuquerque (MG)

• Perspectivas futuras: Herbert Burgos (Costa Rica)

Lucio Giovanni Battista Rossini (SP)

• Técnica de retirada: Kleber Bianchetti de Faria (MG) • O cólon normal: Giovanni Bemvenuti (RS)

Flavio Hayato Ejima (DF) Ângelo Paulo Ferrari Junior (SP) Beatriz Monica Sugai (SP)

• Cálculos difíceis: Marcos Bastos da Silva (ES) Sala B Módulo Endoscopia – Aspectos Gerais

Módulo II – Doenças Inflamatórias

Módulo V – CPER nas complicações pós-cirúrgicas e pancreatite crônica

Intestinais e vasculares

Módulo I –Vigilância epidemiológica

Horário: 14:50h às 16:10h

Horário: 9:20h às 10:40h

Horário: 8 às 9:20h

Moderadores: Huang Ling Fang (RJ)

Moderadores: Paulo Roberto Alves Pinho (RJ)

Moderadores: Walnei Fernandes Barbosa (SP)

João Carlos Andreoli (SP)

Igelmar Barreto Paes (BA)

Huang Ling Fang (RJ)

• Fístulas Biliares: Edivaldo Fraga Moreira (MG)

• Diagnóstico das Doenças Inflamatórias Intestinais:

• Desinfecção: Vera Helena de Aguiar Freire de Mello (SP)

• Estenoses Biliares: Beatriz Monica Sugai (SP)

• Processamento de acessórios reutilizáveis e de uso único:

• Pancreatite crônica: Ângelo Paulo Ferrari Junior (SP)

• Colites infecto parasitárias: Edson Jurado da Silva (RJ)

• Pseudocisto pancreático: Pierre Deprez (Belgica)

• Alterações vasculares: Paulo Roberto Arruda Alves (SP)

• A nova RDC para endoscopia: Flavio Hayato Ejima (DF)

• Colopatia Isquêmicas: Luis Masuo Maruta (SP)

• Consentimento Informado: Vera Helena de Aguiar Freire de Mello (SP)

Módulo III – Pólipos

Módulo II – Avaliação clínica

Horário: 16:10h às 17:30h

Horário: 11h às 12:20h

na Endoscopia Terapêutica

Moderadores: Ângelo Paulo Ferrari Junior (SP)

Moderadores: Giovanni Bemvenuti

Horário: 9:20h às 10:40h

Francisco Paulo Ponte Prado Junior (CE)

Edson Jurado da Silva (RJ)

Moderadores: Paulo Roberto Alves Pinho (RJ)

• Diagnóstico: citologia X biopsia X punção

• Pólipos – melhorando o diagnositco diferencial:

Marcos Clarencio da Silva (BA)

ecoguiada – Quando é essencial?

• Antibioticoprofilaxia: Eveline Girão (CE)

Fauze Maluf Filho (SP)

• Pólipos – melhorando a acuracia:

• Avaliação prévia da crase sanguinea:

• Próteses plásticas X auto-expansivas: Wagner Colaiacovo (SP)

• Estenoses malignas na confluência de ductos hepáticos:

Herbert Burgos (Costa Rica)

Tadayoshi Akiba (SP)

Módulo VI – Neoplasias de Vias Biliares e Pâncreas

Cláudio Rolim Teixeira (RS) Paulo Alberto Falco Pires Correa (SP)

Walnei Fernandes Barbosa (SP)

• Opções Terapêuticas: Sergio Luiz Bizinelli (PR)

• Abordagem inicial do paciente com hemorragia digestiva:

• A polipectomia difícil: Marcelo Averbach (SP)

• Técnicas avançadas: João Carlos Andreoli (SP)

Admar Borges da Costa Jr. (PE)

Pierre Deprez (Belgica)

• Sedação: Jairo Silva Alves (MG) Módulo IV – Lesões Planas

Dia: 04 / 06 / 2010

Horário: 13:30h às 14:50h

Módulo III – Métodos de Hemostasias

Tempo por palestrante: 15 min

Moderadores: Paulo Alberto Falco Pires Correa (SP)

na Endoscopia Terapêutica

Discussão: 20 min

Cláudio Hashimoto (SP)

Horário: 11h às 12:20h

• Diagnóstico: Herbert Burgos (Costa Rica)

Moderadores: Walnei Fernandes Barbosa (SP)

Sala A

• Tratamento: Cláudio Rolim Teixeira (RS)

Igelmar Barreto Paes (BA)

Módulo Endoscopia Digestiva Alta

• Quando não tratar: Lix Alfredo Reis de Oliveira (SP)

• Método de injeção: Décio Sampaio Couto Junior (CE)

• Seguimento: Luis Masuo Maruta (SP)

• Métodos térmicos: Admar Borges da Costa Junior (PE)

Módulo I – Endoscopia Digestiva nas doenças esofágicas

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Sobed - No 8 - Jan/Mar - 2010

Horário: 8 às 9:20h

• Extrusão de banda gástrica e anel:

Moderadores: Cláudio Hashimoto (SP)

Admar Borges da Costa Jr. (PE)

• Novas perspectivas da Endoscopia no tratamento

• Divertículo de Zenker – Tratamento endoscópico: Paulo Sakai (SP)

Curso de emergências em Endoscopia Digestiva

Josemberg Marins Campos (PE) da obesidade mórbida: Josemberg Marins Campos (PE)

• Importância do NBI/FICE no Esôfago de Barrett:

Herbert Burgos (Costa Rica)

Módulo VI – Acesso endoscópicos para nutrição

• Terapêutica endoscópica nas estenoses benignas:

Horário: 16:10h às 17:30h

Moderadores: Paulo Sakai (SP)

Eduardo Guimarães H. Moura (SP)

• Esofagite eosinofílica: Gildo Barreira Furtado (CE)

05/06/2010 – Curso Teórico/Prático 08:30 – Abertura

Eduardo Henrique da Franca Pereira (PB) • Avaliação prévia e cuidados com ostomias de nutrição:

Carlos Alberto Cappellanes

Módulo II – Doenças benignas

do trato digestivo alto

• Gastrostomias endoscópicas – Técnicas:

Samir Lisak

Horário: 9:20h às 10:40h

Moderadores: Carlos Dimas Carvalho Souza (PI)

• Complicações da gastrostomia: Pablo Rodrigo de Siqueira (SP)

Ricardo Rangel de Paula Pessoa (CE)

• JPEG - técnica e dificuldades: Marco Aurélio D’Assunção (SP)

Huang Ling Fang (RJ)

Leonardo Vanzatto

Luiz Cláudio Miranda Rocha (MG)

09:00 - 09:40 – Sedação

• Gastrites – classificações endoscopicas: Gildo Barreira Furtado (CE) • H. pylori – Conceitos atuais: Cícero Roberio Araujo Motta (CE)

Sala B

• Gastrites – abordagem terapêutica: Marília Lage Alencar (CE)

Módulo Ecoendoscopia

09:40 - 09:50 – Discussão 09:50 - 10:30 – Via Aérea (manejo) 10:30 - 10:40 – Discussão

• Pólipos gástricos – classificação e tratamento:

Juarez Alves Sampaio (CE)

Módulo I – Geral

10:40 - 11:10 – Emergências Clínicas

Horário: 8 às 9:20h

11:10 - 11:20 – Discussão

Módulo III – Endoscopia Digestiva

Moderador: Simone Guaraldi da Silva (RJ)

na Hipertensão Portal

• Lesões SUBEpiteliais esôfago, estômago e duodeno:

Horário: 11h às 12:20h

Moderadores: Fauze Maluf Filho (SP)

• GIST – diagnóstico pela ECO: Kleber Bianchetti de Faria (MG)

14:00 - 17:30 – Aplicação prática em

Juarez Alves Sampaio (CE)

• Tumor carcinóide: Adriana Vaz Safatle Ribeiro (SP)

bonecos do conteúdo teórico do curso

• Varizes esofagianas – seguimento e quando está indicado a

• Endometriose: Lucio Giovanni Battista Rossini (SP)

17:30 - 18:00 – Encerramento

12:10 - 14:00 – Intervalo

Marco Aurélio D´Assunção (SP)

terapêutica endoscópica: Ricardo Rangel de Paula Pessoa (CE)

• Varizes de fundo gástrico – Quando e como tratar?

Módulo II – CA precoce e avançado

Horário: 9:20h às 10:40h

Marcos Clarencio da Silva (BA)

• GAVE – Terapêutica endoscópica: Renato Luz Carvalho (SP)

Moderador: Dalton Marques Chaves (SP)

• Terapêutica não endoscópica na hemorragia aguda

• Estadiamento pré-mucosectomia de lesões precoces:

por varizes gastroesofagianas: Sergio Pessoa (CE)

Pierre Deprez (Belgica)

• CA de pulmão/EBUS: Lucio Giovanni Battista Rossini (SP) Módulo IV – Neoplasias gástricas

• CA pâncreas: José Celso Ardengh (SP)

Horário: 13:30h às 14:50h

• CA reto: Simone Guaraldi da Silva (RJ)

Moderadores: Ramiro Robson Mascarenhas (BA) Ângelo Paulo Ferrari Jr. (SP)

Módulo III – Vias Biliares e Pâncreas

• Lesões precoces – Diagnóstico e ressecção:

Horário: 11h às 12:20h

Moderador: José Celso Ardengh (SP)

Herbert Burgos (Costa Rica)

• Úlceras gástricas – Risco de malignidade:

• Coledocolitíase: Marco Aurélio D’Assunção (SP)

• Tumores periampulares: Dalton Marques Chaves (SP)

Carlos Dimas Carvalho Souza (PI)

• Linfoma MALT – diagnóstico: Jairo Silva Alves (MG)

• Lesões sólidas do pâncreas: Simone Guaraldi da Silva (RJ)

• Tumores avançados – Terapêutica endoscópica:

• Lesões císticas do pâncreas: José Celso Ardengh (SP)

11:20 - 12:10 – Ressuscitação

Wagner Colaiacovo (SP) Sala B

Módulo V – Endoscopia Digestiva na

Módulo Enteroscopia

Cirurgia Bariátrica Horário: 14:50h às 16:10h

Módulo I – Métodos

Moderadores: Pablo Rodrigo de Siqueira (SP)

Horário: 13:30h às 14:50h

Artur A. Parada (SP)

Moderadores: Rogério Kuga (SP)

• Estenoses e fístulas pós-cirúrgicas:

Carlos Alberto Cappellanes (SP)

• Preparo/ Sedação: Afonso Celso da Silva Paredes (RJ)

Luiz Cláudio Miranda da Rocha (MG)

• Balão intra-gástrico – Indicação e resultados:

• Técnicas:

Eduardo Henrique da Franca Pereira (PB)

- Cápsula: Ana Botler Wilheim (PE)

- Push enteroscopia: Ricardo de Sordi Sobreira (SP)

- Duplo balão: Adriana Vaz Safatle-Ribeiro (SP)

- Balão único: Jose Inácio Sanseverino (RS)

- Espiral: Ricardo Anuar Dib (SP)

- Enteroscopia assistida por laparoscopia:

Admar Concon Filho (SP)

Módulo II – Sangramento Horário: 14:50h às 16:10h Moderadores: Artur A. Parada (SP) Adriana Vaz Safatle-Ribeiro (SP) • Lesões vasculares: Pablo Rodrigo de Siqueira (SP) • Úlceras por AINE: José Inácio Sanseverino (RS) • Divertículos (de Meckel): Eloá Marussi Morsoletto (PR) • Tumores: Rogério Kuga (SP) Módulo VI – Enteroscopia nas indicações não hemorrágicas Horário: 16:10h às 17:30h Moderadores: Eloá Marussi Morsoletto (PR) Ricardo de Sordi Sobreira (SP) • Poliposes: José Inácio Vieira Sanseverino (RS) • Diarréia: Ana Botler Wilheim (PE) • No trato gastrointestinal modificado: Rogério Kuga (SP)

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Ética e Defesa Profissional

A responsabilidade compartilhada entre Médicos Preceptores e Residentes

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xiste a possibilidade dos médicos residentes e preceptores serem responsabilizados, na esfera civil, pelos danos causados aos seus pacientes? Em resposta à presente indagação, entendo que primeiramente seja necessário tecer alguns comentários, quanto à natureza jurídica da Residência Médica. A este respeito, valho-me do conceito jurídico dado pela própria Lei, a qual assevera que: “A residência médica constitui modalidade de ensino de pós-graduação, destinada a médicos, sob a forma de cursos de especialização, caracterizada por treinamento em serviço, funcionando sob a responsabilidade de instituições de saúde, universitárias ou não, sob a orientação de profissionais médicos de levada qualificação ética e profissional.” (ARTIGO 1º DA LEI 6.932/81) Tendo-se como base este conceito jurídico, para melhor compreensão, constitui-se como importante observação o fato de que o médico residente muito embora esteja se aperfeiçoando,

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sob a forma de pós-graduação, a fim de obter um determinado título de especialização - possui obrigações e deveres legais, face ter logrado êxito na anterior graduação em Medicina, e possuir registro profissional, perante o Conselho Profissional local. Deste modo, possuindo obrigações legais e advindo daí a possível responsabilidade pela prática de atos danosos a seus pacientes – caso seja efetivamente comprovada sua culpa jurídica (negligencia, imperícia e imprudência) – pode, em tese, o médico residente ser instado em juízo, na esfera civil, devendo, pois, a título de ilustração, ser destacada o seguinte posicionamento jurisprudencial, in verbis: “EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ERRO MÉDICO CIRURGIA DE CORREÇÃO DE DESLOCAMENTO DE RETINA. CEGUEIRA. POSSIBLIDADE DE RESPONSABILIZAÇÃO DE MÉDICO RESIDENTE. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA AFASTADA. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA. AUSÊNCIA DE PROVA DE ELE-

MENTO SUBJETIVO. (...) Possibilidade, em tese, de se ver reconhecida responsabilidade de médico residente, pois a sua diplomação lhe garante direitos, mas lhe atribui obrigações. Não há imputar o mesmo grau de culpa e responsabilidade reconhecido ao médico preceptor ao seu pupilo. Responsabilidade subjetiva do médico. Perquirição de culpa. Prova produzida que dá conta da retidão do procedimento adotado pelos apelados. Culpa afastada. Improcedência da demanda, que se mantém. APELO IMPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70003178696, Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marta Borges Ortiz, Julgado em 17/04/2003)” Superado este aspecto, devemos nos ater ao grau desta possível responsabilidade, levando-se em conta a análise do caso concreto e a função de orientação, vigilância, supervisão, magistério (...) do médico preceptor, obrigações que não pode declinar, nem tampouco se eximir. Esta aferição, do menor ou maior grau de responsabilidade entre ambos, estará não só adstrita às suas respecti-


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vas atribuições, como também a prática conjunta ou não do ato ou procedimento médico, objeto da apreciação judicial, além das normas internas que venham a disciplinar a rotina do respectivo serviço especializado, onde se dá o Curso de Residência Médica. Com efeito, sublinho que também poderá haver a possibilidade de ser firmado um convencimento judicial – diante, repita-se, de um caso concreto e após a produção da prova, mormente, pericial – no qual venham a ser solidariamente responsabilizados. Sobre o tema, recorrendo novamente a julgados recentes, destaco: “EMENTA: CIVIL E PROCESSUAL. EMBARGOS INFRINGENTES. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ERRO MÉDICO. ATO - CIRURGIA COM EXTIRPAÇÃO DO ÚNICO RIM EM FUNCIONAMENTO PRATICADO POR MÉDICO-RESIDENTE. RESPONSABILIDADE DOS MÉDICOS PRECEPTORES POR OMISSÃO - AUSENTES DA SALA DE CIRURGIA. DENUNCIAÇÃO DA LIDE. DIVERGÊNCIA ENTRE OS JUIZES COMPONENTES DE CÂMARA CÍVEL ESPECIAL. PROVA DA ATRIBUÍDA RESPONSABILIDADE AOS MÉDICOS PRECEPTORES, DENUNCIADOS À LIDE. DEVEM TER, PENA DE RESPONSABILIDADE, OS MEDICOS PRECEPTORES, OU ORIENTADORES DOS MEDICOS RESIDENTES, EM ACOMPANHAR PASSO A PASSO AS ATI-

VIDADES INERENTES POR ELES DESENVOLVIDAS DURANTE O APRENDIZADO. EM CASO DE CIRURGIAS, PRESENTES SE DEVEM FAZER PARA ORIENTAR E SUPERVISIONAR, EVITANDO EVENTUAIS ERROS POSSAM PELOS RESIDENTES SER COMETIDOS. PARA TANTO, PREVIAMENTE CIENTIFICADOS DEVEM SER OS MÉDICOS PRECEPTORES OU ORIENTADORES, EIS QUE RESPONSABILIDADE POR OMISSÃO NÃO SE LHES PODE PRETENDER ATRIBUIR, CIÊNCIA NÃO LHES PODE PRETENDER ATRIBUIR, CIÊNCIA NÃO LHES TENHA SIDO DADO DO ATO CIRURGICO QUE VIRIA A SER PRATICADO. RESPONSABILIDADE DO HOSPITAL E DO MÉDICORESIDENTE QUE REALIZOU A CIRURGIA, AFASTADA A DENUNCIACAO DA LIDE DOS MEDICOS

PRECEPTORES. VOTO VENCIDO. DESCONFIRMIDADE DO HOSPITAL E DO MEDICO RESIDENTE. DESPROVIMENTO DOS RECURSOS. 13 FLS. (Embargos Infringentes Nº 70002326569, Terceiro Grupo de Câmaras Cíveis, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Osvaldo Stefanello, Julgado em 23/11/2001) Por fim, infelizmente, concluo respondendo que de fato e com apoio no atual posicionamento de nossos Tribunais, podem ser os médicos residentes e preceptores responsabilizados, na esfera civil, individual ou solidariamente, após a apreciação do caso concreto e levando-se em conta suas respectivas atribuições, garantindo-lhes a ampla de defesa, o contraditório, requisitos indispensáveis ao devido processo legal. *José Luiz Barbosa Pimenta Junior é advogado da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva e vice-presidente da Comissão de Bioética e Biodireito da OAB/RJ

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Ética e Defesa Profissional

Disponibilidades de médicos em sobreaviso Resolução CFM Nº 1.834/2008

A

s disponibilidades de médicos em sobreaviso devem obedecer normas de controle que garantam a boa prática médica e o direito do Corpo Clínico sobre sua participação ou não nessa atividade. A disponibilidade médica em sobreaviso deve ser remunerada. O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM), no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958, e CONSIDERANDO que a disponibilidade em sobreaviso é prática utilizada em muitos serviços médicos, objetivando otimizar o atendimento das variadas especialidades; CONSIDERANDO a necessidade de se regulamentar a prática da disponibilidade em sobreaviso; CONSIDERANDO que é direito do médico receber remuneração pela disponibilidade dos seus serviços profissionais; CONSIDERANDO o teor do Parecer CFM nº 19/03, base da fundamentação desta resolução; CONSIDERANDO a Resolução CFM nº 1.451/95; CONSIDERANDO, finalmente, o

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decidido em sessão plenária realizada so e a direção técnica da instituição de saúde pública ou privada. no dia 21 de fevereiro de 2008, Art. 3º O médico de sobreaviso deverá ser acionado pelo médico plantonista RESOLVE: Art. 1º Definir como disponibilida- ou por membro da equipe médica da de médica em sobreaviso a atividade instituição, que informará a gravidade do médico que permanece à disposi- do caso, bem como a urgência e/ou ção da instituição de saúde, de forma emergência do atendimento, e anotanão-presencial, cumprindo jornada rá a data e hora desse comunicado no de trabalho preestabelecida, para ser prontuário do paciente. requisitado, quando necessário, por Parágrafo único. Compete ao diretor qualquer meio ágil de comunicação, técnico providenciar para que seja afidevendo ter condições de atendimen- xada, para uso interno da instituição, a to presencial quando solicitado em escala dos médicos em disponibilidade de sobreaviso e suas respectivas espetempo hábil. Parágrafo único. A obrigatoriedade cialidades e áreas de atuação. da presença de médico no local nas Art. 4º Em caso de urgência e/ou emervinte e quatro horas, com o objetivo gência, o médico que acionar o plantode atendimento continuado dos pa- nista de sobreaviso deverá, obrigatoriacientes, independe da disponibilidade mente, permanecer como responsável médica em sobreaviso nas instituições pelo atendimento do paciente que ensede saúde que funcionam em sistema de jou a chamada até a chegada do médico de sobreaviso, quando ambos decidirão internação ou observação. Art. 2º A disponibilidade médica em a quem competirá a responsabilidade sobreaviso, conforme definido no art. pela continuidade da assistência. 1º, deve ser remunerada de forma justa, sem prejuízo do recebimento dos Leia esta resolução na íntegra honorários devidos ao médico pelos no endereço abaixo: http://www.portalmedico.org.br/resoluprocedimentos praticados. Parágrafo único. A remuneração pre- coes/cfm/2008/1834_2008.htm vista no caput deste artigo deve ser estipulada previamente em valor acordado * Vera Mello é coordenadora da Comissão de Ética e entre os médicos da escala de sobreavi- Defesa Profissional da SOBED Nacional


A agência oficial da IX SBAD 2010, responsável pela venda de passagens aéreas e hotéis é a Açoriana Turismo. Açoriana Turismo (48) 3251.3939 www.acoriana.com.br


AMB

A interiorização da Medicina

A

interiorização da medicina no Brasil exige modelos adaptados para a multiplicidade de diferenças regionais. Hoje, para atender a população brasileira, há 344 mil médicos ativos, ou seja, um médico para cada 560 habitantes Considerados esta cifra e os limites impostos pelas dimensões técnicas e financeiras dos sistemas público e suplementar de saúde, não se pode cogitar falta de médicos no Brasil. Por outro lado, se não faltam médicos, é acentuada a distribuição desigual desses profissionais no País. Concentram-se eles nas regiões Sul e Sudeste, seguindo um padrão que acompanha o desenvolvimento econômico e a possibilidade de exercício na medicina privada. Ficam desprovidas de assistência médica extensas regiões habitadas por populações de baixa renda, dependentes, exclusivamente, do sistema público. Entre as razões determinantes da falta de médicos no sistema público de saúde encontram-se: baixa resolutividade, ambiente desfavorável de

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trabalho, ausência de perspectiva de desenvolvimento profissional e péssima remuneração. Baixa resolutividade- Em nove ou 10 anos de preparo (seis anos de graduação e três ou quatro de especialização), o médico acumula expectativas de resultados positivos de suas intervenções. Tais expectativas são frustradas caso ele não possa aplicar na plenitude o conhecimento adquirido ou as condições da prática efetiva sejam insuficientes. Decepções e conflitos são gerados devido à falta de meios, dificuldades de acesso a serviços complementares e a impossibilidade responder a demanda por cuidados. Provoca-se, dessa forma, natural afastamento do profissional. Ambiente de trabalho- O médico é pouco considerado pelos gestores que, freqüentemente, lhe atribuem responsabilidade pelas insuficiências do Sistema Único de Saúde (SUS). Não é raro que a ele seja imputada a culpa pelos insucessos da assistência.


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Desenvolvimento profissional Enredado na rotina de trabalho, sem espaço para vida pessoal, familiar e atualização, o desenvolvimento profissional deixa de existir. Em curto lapso de tempo, o médico torna-se desatualizado, incapaz de acompanhar o progresso científico e oferecer o que dele espera a sociedade. Remuneração – No SUS, não há plano de carreira, cargos ou vencimentos e as propostas apresentadas são incompatíveis com a complexidade e responsabilidade da prática médica. São oferecidos mentiras, vínculos precários de trabalho, propostas não compa-

tíveis com a legislação ou com o magro Nessas localidades, os modelos adoorçamento das prefeituras das cidades tados implicam em alternar os médicos pequenas. Muitas vezes, os médicos e outros profissionais de saúde mais do tornam-se reféns da política local. que tentar fixá-los. Dessa forma, a assistência contínua fica garantida. Ainda que lhes fossem oferecidos Fica evidente que a solução terá de meios; infraestrutura para atendimen- contemplar todas as questões acima to; diagnóstico e recursos terapêuti- descritas, atentando para as peculiaricos; ambiente receptivo; possibilida- dades de cada região. Não faltam médes de educação continuada; carreira dicos ou modelos de interiorização sólida e remuneração digna, há que para serem adotados, mas inteligência se considerar o estágio de desenvol- para escolher o que melhor se adapta a vimento social de certas regiões do cada caso, coragem e vontade política País. As limitadas opções de interação para colocar os projetos em prática. social, vida cultural e oportunidades * José Luiz Gomes do Amaral, médico, professor de educação dos filhos impedem a fi- titular da disciplina de anestesiologia da Unifesp xação de profissionais. e presidente da Associação Médica Brasileira

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Radar PROENDÓCRINO O Programa de Atualização em Endocrinologia e Metabologia (PROENDÓCRINO), lançado em 2009 pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e pela Artmed Panamericana Editora (através do SEMCAD), possui mais de 550 inscritos. O curso a distância de 80 horasaula contabiliza pontos para a carreira

Projeto de Lei para combater a obesidade O Projeto de Lei 181/08 que determina a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para alimentos dietéticos foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e agora está pronto para ser votado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O senador Renato Casagrande, autor do projeto, defende que o incentivo fiscal a esse tipo de alimento possibilita melhora no padrão alimentar da população de baixa renda para combater o crescimento da obesidade no Brasil. Além da redução do imposto, a venda destes alimentos ficaria isenta da Contribuição para os Programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS).

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profissional e para pontuação no sistema de certificação de atualização de título de especialista ou área de atuação, por meio de um portal interativo. Com abordagem de temáticas atuais baseadas em estudos e avanços científicos, a iniciativa visa atender às necessidades de atualização dos médicos especialistas. Inscrições no site www. semcad.com.br/programa.asp?prog=30

Obesidade Precoce Estudo realizado pela Eastern Virginia Medical School, EUA, indica que a tendência à obesidade é definida antes de a criança completar dois anos de idade. Pesquisadores acompanharam mais de cem crianças e adolescentes

obesos e descobriram que 90% deles demonstravam sinais de obesidade antes de completar cinco anos, 50% possuíam sobrepeso antes dos dois anos e 25% estavam acima do peso aos cinco meses de idade.

Embalagens deverão trazer mais detalhes sobre glúten A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que embalagens de alimentos que contenham glúten – substância derivada do trigo, cevada e aveia – informem o que é a doença celíaca, causada pela intolerância ao glúten. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) afirma que é inviável que todos os produtos contenham informações sobre os malefícios que o glúten possa causar e que o aviso só deveria ser obrigatório caso

apresentasse risco real ao público. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) interpôs recurso contra o TJMG, pois o artigo 31 da Lei 8.078 de 1990, que define que os consumidores têm o direito de receber informações completas sobre o produto que irão consumir, foi desrespeitado. O MPMG defende que a expressão “contém glúten” é insuficiente e que os celíacos têm direito a informações precisas sobre os riscos que esses produtos apresentam.


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Oficina SOBED de Ligadura e Esclerose De 11 a 12 de dezembro de 2009 foi realizada em Recife a Oficina SOBED de Ligadura e Esclerose, sob orientação de instrutores como o professor Roberto de Franchis, da França. As aulas “Estrutura do Serviço de Endoscopia de Urgência”, “Conduta no Sangramento Alto Varicoso”, “HDA Varicosa: Aspectos Técnicos”, “Conduta no Sangramento Alto Não Varicoso” e “Retirada Endoscópica de Corpo Estranho no Trato Digestivo Alto”, integraram a parte teórica. Trinta ligaduras/escleroses, uma ligadura de variz duodenal em paciente portadora de gastroplastia à Capella e um caso de tratamento da necrose pancreática foram realizados no Hospital da Restauração no segundo dia do evento.

PNAN 10 anos Promovido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), o Seminário Nacional de Alimentação e Nutrição no SUS - PNAN 10 ANOS - será realizado de oito a dez de junho de 2010, em Brasília. O encontro, que avalia a Política Nacional de Alimentação e Nutrição do Sistema Único de Saúde (SUS), publicada há dez anos, irá propor novas diretrizes para sua reformulação. Representantes dos Conselhos Estaduais de Saúde, trabalhadores, gestores, usuários, prestadores de serviços, autoridades e especialistas no tema alimentação e nutrição estarão presentes no seminário.

Chá preto pode ajudar no controle do diabetes Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Tianjin, na China, publicado pelo Journal of Food Service, revela que o chá preto contém um composto polissacarídeo que pode reduzir as taxas de açúcar no sangue, assim como os fármacos acarbose e miglitol, utilizados no tratamento do diabetes tipo 2. Segundo o pesquisador Haixa Chen, os polissacarídeos contidos neste chá inibem a alfa-glicosidase, enzima que transforma o amido em açúcar.

FDA aprova comprimidos para gastroparesia diabética e DRGE

Membro da SOBED integra board editorial da GIE

A Food and Drug Administration (FDA) aprovou comprimidos orais desintegrantes de metoclopramida, em doses de 5 e 10 mg, para aliviar sintomas de gastroparesia diabética aguda recorrente em adultos, e para tratamento de adultos com refluxo gastroesofágico (DRGE) sintomático documentado que não responderam à terapia convencional. A metodepramida é indicada somente para uso em curto prazo, de 4 a 12 semanas, pois a discinesia tardia aumenta com acúmulo de dosagem e com a duração da terapia.

O endoscopista e membro Titular da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), Dr. Everson Luiz de Almeida Artifon, foi convidado a integrar o Editorial Board [conselho editorial] da Gastrointestinal Endoscopy (GIE). De acordo com o estatuto da American Society for Gastrointestinal Endoscopy (ASGE), o mandato será de cinco anos. “Este reconhecimento demonstra o alto nivel de nossa endoscopia brasileira, representada pela SOBED”, comemora Artifon.

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Radar

Pâncreas artificial Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Cambridge, Grã-Bretanha, revelou que um pâncreas artificial pode ser utilizado para regular os níveis de açúcar no sangue de crianças com diabetes do tipo 1. O sistema artificial, que combina um sensor que mede os níveis de glicose “em tempo real” com uma bomba de insulina, já está à venda no mercado, mas separadamente. Segundo o pesquisador Roman Hovorka, este é o primeiro estudo aleatório que mostra o benefício potencial do sistema do pâncreas artificial durante a noite, usando sensores e bombas já disponíveis no mercado. “Os resultados mostram que os dispositivos disponíveis no mercado, quando colocados juntos com o algoritmo que desenvolvemos, pode melhorar o controle de glicose em crianças e reduzir de forma significativa o risco de hipoglicemia durante a noite”, afirma Hovorka.

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CFM proíbe cartões de desconto de medicamentos

Remédio para Alzheimer pode prevenir cancro de esôfago

O Conselho Federal de Medicina (CFM), por meio da resolução 1.939/2010 publicada no Diário Oficial da União, proíbe que profissionais da saúde distribuam cupons e vale-descontos a pacientes para a compra de medicamentos. A decisão também impede o preenchimento de cadastros que divulguem dados exclusivos do atendimento. Segundo o CFM, a tônica da proibição é impedir o exercício de medicina como comércio.

Um novo medicamento experimental para tratar a doença de Alzheimer pode ser eficaz na prevenção do Cancro de Esôfago, segundo estudo publicado na revista Disease Models & Mechanism. As células que envolvem o cólon são similares às observadas no esôfago de Barrett, lesão maligna que ocorre quando a acidez gástrica crônica danifica o revestimento do esôfago. A pesquisa revelou que o fármaco DBZ consegue impedir o desenvolvimento do esôfago de Barrett e em alguns casos eliminar o tecido esofágico danificado.

Blog para endoscopistas

Álcool contra gastrite atrófica crônica

A Sobed criou o blog Endoscopista como mais um esforço de incentivo à comunicação e à construção de conhecimento na área. A iniciativa se soma à criação do Dia do Endoscopista, que será comemorado pela primeira vez em 25 de julho, data de fundação da Sociedade. O blog se configura em canal direto para profissionais se atualizarem em relação a assuntos estruturais e científicos da endoscopia. E, principalmente, opinarem e trocarem informações relevantes em suas rotinas. Organização nacional fundada há 35 anos, a Sobed tem presença em todos os congressos mundiais em seu nicho. Por isso espera participação ativa de associados e outros interessados pela especialidade, no sentido de conferir uma rápida importância ao novo canal de comunicação.

De acordo com estudo publicado no International Journal of Cancer, consumo moderado de álcool pode prevenir gastrite atrófica crônica (GAC) por facilitar a eliminação da infecção pelo Helicobacter Pylori, um dos principais fatores de risco para a GAC.

Qual o seu hobby? Associados da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva que praticam atividades físicas e intelectuais em suas horas livres podem se tornar personagens de matérias da Revista SOBED. Participe! Envie seu hobby, seja ele comum ou incomum, para o e-mail da redação: pauta@rspress.com.br


Agende-se

Agenda SOBED

Confira, na relação abaixo, os principais eventos nacionais e internacionais ligados à gastroenterologia e à endoscopia digestiva a serem realizados nos próximos meses:

Curso de Gastroenterologia 2010 - APM

Curso de Emergencias Clinicas

Data: 24/04, 15/05, 26/06, 18/09, 16/10.

Data: 05 de junho de 2010

Local: Associação Paulista de Medicina

Local: Fortaleza - CE

Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278 – São Paulo – SP

Inscrições: www.sobed.org.br

Tel.: (11) 3188-4281

Vagas limitadas

Programação e inscrição: http://www.apm.org.br/aberto/_new_eventos_conteudo.aspx?id=5396 E-mail: inscricoes@apm.org.br

19º Curso Internacional de Endoscopia Digestiva Terapêutica Data: 28 e 29 de junho de 2010

V Simpósio Sul-americano do Aparelho Digestivo

Local: Centro de Convenções Rebouças

Data: 20 a 22 de maio de 2010

Inscrições: www.endoscopiahcfmusp.com.br

Av. Rebouças, 600 - São Paulo – SP

Local: Hotel Serrano - Gramado – RS Inscrições: www.ccmeventos.com.br/gastro2010

XXI CONBRAN - Alimentação e Nutrição - Parcerias para um Desenvolvimento Sustentável Data: 26 a 29 de maio de 2010

18th United European Gastroenterology Week (UEGW) Barcelona 2010 Data: 23 a 27 de outubro de 2010 Local: Centre Convencions Internacional Barcelona, Espanha Inscrições: http://uegw10.uegf.org

Local: Joinville/SC – Brasil Informações: www.asbran.org,br

4º Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva Data: 03 e 04 de junho de 2010

IX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo Data: 21 a 25 de novembro de 2010 Local: Florianópolis – SC Inscrições: http://sbad.org.br/

Local: Fortaleza - CE Inscrições: www.sobed.org.br

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Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva Departamento de Endoscopia da Associação Médica Brasileira Filiada à Organização Mundial de Endoscopia Digestiva Filiada à Sociedade Interamericana de Endoscopia Digestiva Carlos Alberto Cappellanes – Presidente Carlos Alberto Silva Barros – Vice-Presidente Pablo Rodrigo de Siqueira – 1º Tesoureiro Ciro Garcia Montes – 2º Tesoureiro Ricardo Anuar Dib – 1º Secretário Fabio Segal – 2º Secretário

Carta aos Associados A Comissão Eleitoral, de Estatuto, Regimentos e Regulamentos da SOBED informa que estão abertas as inscrições para as chapas para a Diretoria da SOBED Nacional e para os membros do Conselho Fiscal, de acordo com o Art. 5º do Regulamento das Eleições da Diretoria e Conselho Fiscal. As inscrições das chapas para a Diretoria da SOBED Nacional serão aceitas até o dia 22/09/2010 às 18 horas, na secretaria da SOBED Nacional, mediante requerimento encaminhado ao Coordenador da Comissão, formulado pelos componentes de cada chapa, com a expressa referência aos cargos a que concorrem incluindo, no caso das chapas para a Diretoria, seu programa de gestão societária. (art. 7º). As inscrições para a Diretoria da SOBED Nacional deverão ser feitas por chapa composta por: Presidente, Vice-Presidente, 1º e 2º Secretários, 1º e 2º Tesoureiros, todos associados Titulares quites com suas obrigações socias com a sociedade (art. 14º). As inscrições para os candidados ao Conselho Fiscal são feitas independentes entre si, não podendo haver vinculação entre as respectivas candidatura e chapas da Diretoria (Art. 7º - parágrafo Quinto) As eleições serão realizadas no Centro de Convenções de Florianópolis - SC, no dia 23/11/2010, das 08 às 15 horas, durante a IX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo – SBAD. O Regulamento das Eleições da Diretoria e do Conselho Fiscal está disponível no site www.sobed.org.br. Antonio Gentil Neto Coordenador Comissão Eleitoral, de Estatuto, Regimentos e Regulamentos

Rua Peixoto Gomide, 515 – conj. 44 - 01409-001 São Paulo, SP – Brasil - Fone/Fax: (11) 3148-8200 ou 3148-8201 www.sobed.org.br e-mail: contato@sobed.org.br


Tome nota A Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) passou a adotar as regras do novo acordo ortográfico na Revista SOBED Nova regra Alfabeto passa a ter 26 letras Trema é eliminado

Antes Alfabeto de 23 letras, mais as chamadas especiais K,W, Y Conseqüência, lingüiça

Agora K, W, Y são integradas Consequência, linguiça

Obs: O trema permanece em nomes estrangeiros e derivados: mülleriano, Müller.

Não se acentuam os ditongos abertos –ei e –oi nas palavras paroxítonas

Platéia, idéia, paranóico

Plateia, ideia, paranoico

Baiúca, feiúra, saiínha

Baiuca, feiura, saiinha

Apazigúe, argúi, obliqúe

Apazigue, argui, oblique

Enjôo, vôo, perdôo

Enjoo, voo, perdoo

Crêem, dêem, lêem, vêem

Creem, deem, leem, veem

Pára (verbo), pêlo (subst.)

Para (verbo), pelo (subst.)

Não se acentuam o –i e –u tônicos das palavras paroxítonas quando precedidas de ditongo Não se acentua o –u tônico nas formas verbais rizotônicas (acento na raiz) quando precedido de –g ou –q e seguido de –e ou –i Não se acentua o hiato -oo Não se acentua o hiato –ee dos verbos crer, dar, ler e ver e seus derivados Cai o acento diferencial

Obs: Permanece nos homógrafos pode/ pôde; e também em pôr/ por

Não se emprega o hífen nos compostos terminados em vogal, nos quais o segundo elemento começa com r ou s, consoantes que,

auto-sugestão, contra-senso,

autossugestão, contrassenso,

extra-seco, infra-som, supra-renal

extrasseco, infrassom, suprarrenal

nesse caso, devem ser duplicadas Obs: Permanece nos compostos com prefixos super, hiper, inter, que combinam com elementos que comecem por r: super-realista, hiper-requisitado, inter-regional

Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo termina

Auto-ajuda, infra-estrutura,

Autoajuda, infraestrutura,

em vogal e o segundo elemento

semi-árido, auto-escola

semiárido, autoescola

Antiimperialista, microondas

Anti-imperialista, micro-ondas

começa por vogal diferente Ganham hífen os compostos em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com mesma letra Obs: No caso do prefixo co- não se usa hífen: cooperação

Não se emprega o hífen em compostos em que se perdeu, em

Manda-chuva, pára-quedas

Mandachuva, paraquedas

certa medida, a noção de composição Obs: Permanece nas palavras compostas que não contêm um elemento de ligação, mantendo acento próprio, e também naqueles que designam espécies botânicas e zoológicas: médico-cirugião, ano-luz, guarda-chuva, erva-doce, bem-te-vi

Não se emprega o hífen nas locuções de qualquer tipo.

Pão-de-mel, cor-de-vinho

Pão de mel, cor de vinho

Obs: São exceções algumas locuções já consagradas pelo uso: cor-de-rosa, pé-de-meia



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