BOLETIM TÉCNICO 001
ARMAZENAGEM DE EQUIPAMENTOS
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N. Veloso N. Veloso Elaborado por
01/10/2021 25/10/2017 Data
Inclusão de capa e item 5. Nova itemização. Obs.
BOLETIM TÉCNICO
Nº: 001
ÍNDICE 1.
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................. 2 1.1. TRATAMENTO E PROTEÇÃO SUPERFICIAL ...................................................................................... 3
2.
PROCEDIMENTOS DE ARMAZENAGEM.......................................................................................................... 4 2.1. PARADA ATÉ SEIS MESES ................................................................................................................. 4 2.2. PARADA PROLONGADA ................................................................................................................... 5
3.
RECOLOCAÇÃO EM SERVIÇO APÓS ARMAZENAGEM PROLONGADA ............................................................ 8
4.
PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS.................................................................................................................... 10 4.1. COMPONENTES ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS ..................................................................................10 4.2. GUINDASTES DE TORRE ................................................................................................................. 10 4.3. GRUPOS GERADORES ..................................................................................................................... 11 4.4. MOTORES ELÉTRICOS ..................................................................................................................... 11
5.
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................ 13
1. INTRODUÇÃO Durante crises econômicas prolongadas, como a que o Brasil vem enfrentando há pelo menos dois anos, grandes construtoras e mineradoras podem também ter que deixar paradas algumas ou todas as suas máquinas, estacionadas em locais internos ou externos. Mas isso precisa ser feito com cuidado. É necessário ter um controle completo e executar inspeção sistêmica dos equipamentos armazenados, nos quais periodicamente devem ser feitas análises, testes e manutenções, tais como troca de fluidos e filtros antes da parada, além do funcionamento das peças móveis do equipamento para evitar danos e desgastes. É preciso levar em conta também o tempo que a máquina ficará parada, se, por exemplo, até seis meses ou um período mais longo, pois as necessidades serão bastante diferentes em cada situação. A maioria dos fabricantes possui procedimentos detalhados de armazenagem, utilizados pelos mesmos e repassados a seus dealers e aos usuários. Esses procedimentos incluem atividades periódicas de rotina destinadas a garantir que se estenda a vida útil dos componentes e que não ocorram danos durante o período de armazenagem. Por essa razão, recomenda-se consultar o dealer no caso de armazenagem por períodos superiores a um ano.
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Antes de recolocar a máquina em operação, todos os procedimentos de armazenagem deverão ser revertidos, substituindo-se os óleos, lubrificando os pontos de graxa, limpando as superfícies e reinstalando os componentes desligados. Deve-se também movimentar a
máquina em baixa velocidade (10 a 15 km/h) por 5 minutos e aumentar a carga progressivamente, antes de passar para a marcha normal.
1.1.
Tratamento e Proteção Superficial
No Brasil, não existe nenhuma lei ou norma reguladora (NR) que discipline a armazenagem de máquinas e equipamentos pesados, que podem ficar tanto em áreas fechadas, como galpões e outras construções, ou abertas, como pátios. Nos grandes centros urbanos, normalmente os equipamentos e veículos são guardados em áreas fechadas, principalmente para evitar furtos. Mas se forem levados para locais distantes para trabalhar em obras de infraestrutura, como barragens, rodovias, túneis e pontes, ficarão em área aberta, não pavimentada na maioria das vezes. Recomenda-se, nesses casos, utilizar um local com revestimento de cascalho ou colocar pranchões de madeira sobre o solo e cobrir a máquina com lona para proteção contra intempérie. É importante, contudo, remover periodicamente (cada dois ou três meses) essa cobertura para evitar danos decorrentes da condensação de água sob a lona. Normalmente os equipamentos são produzidos para terem um tempo de armazenamento curto. Por isso, precisam ser tomadas medidas para diminuir o impacto de uma possível paralisação de longo prazo. Essas medidas compreendem, principalmente, proteções e tratamento de superfícies contra corrosão, que pode ser causada por agentes naturais ou químicos, como combustível, por exemplo. Embora as máquinas de construção já possuam uma pintura especial para maior durabilidade, uma vez que normalmente trabalham e ficam expostas todo o tempo ao sol, chuva e outros elementos do ambiente, deve-se dar atenção especial a este quesito quando for necessário transportar o equipamento pelo mar ou armazená-lo por um prazo longo em locais sujeitos a maresia. Nesse caso, é recomendada a aplicação de uma camada de um verniz especial anticorrosivo ou de cera protetora, para a proteção de toda superfície. Além disso, é preciso proteger superfícies tratadas e expostas, como, por exemplo, partes usinadas, hastes de cilindros hidráulicos, hastes de válvulas e outras, utilizando graxa ou outro material antiferrugem mais eficiente.
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2. PROCEDIMENTOS DE ARMAZENAGEM 2.1.
Parada Até Seis Meses
Se a parada for de até seis meses, a recomendação é que se estacione a máquina em local pavimentado e de preferência nivelado. Caso isso não seja possível, deve-se seguir as instruções detalhadas anteriormente. Inicialmente, deve ser feita uma inspeção geral do estado da máquina, corrigindo-se os problemas observados. É aconselhável também colocar um aditivo no tanque de combustível para aumentar a octanagem e evitar a formação de ferrugem. Em paradas mais curtas, basta encher completamente o tanque de combustível para evitar a umidade. O mesmo deve ser feito no radiador, para reduzir a oxidação. Além disso, a máquina deve ficar com a alavanca de marchas em neutro, o retardador desligado, a chave geral desligada, o freio de estacionamento aplicado e os pedais de freio destravados. Se a máquina for de pneus, é recomendada a movimentação periódica para que não ocorram deformações devido à permanência na mesma posição, além de manter a calibração. Também se deve baixar as lâminas e outros implementos sobre o solo (em área externa, preferencialmente sobre blocos de madeira) e ligar o equipamento pelo menos uma vez por mês, por cerca de 15 minutos, acionando todos os controles para que todas as partes móveis sejam deslocadas e para que a película lubrificante seja renovada em todas as superfícies. O procedimento de movimentação é o seguinte:
Remover todas as tampas e proteções.
Fazer uma inspeção visual e corrigir eventuais anormalidades observadas. Marcar a posição dos pneus.
Conferir o nível de óleo de todos os compartimentos, completando-o se necessário. Confirmar se não há condensação no interior dos mesmos.
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Se for acionar a máquina sem as baterias, desligar o cabo do alternador.
Dar partida na máquina. Verificar o funcionamento dos instrumentos.
Aguardar o aquecimento e manter o motor na temperatura de funcionamento por pelo menos 30 minutos, para eliminar acúmulos de vapor d’água.
Operar todos os controles (direção, transmissão, freios, e outros).
Parar a máquina com os pneus em posição diferente da anterior, para evitar deformação.
Após completar a movimentação, reinstalar as coberturas e proteções.
2.2.
Parada Prolongada
Se o tempo de armazenagem for superior a seis meses, recomenda-se uma série de outras medidas além das citadas anteriormente. Pode-se também adotar, se necessário, procedimentos como o preenchimento total dos compartimentos do trem de força (motor, transmissão, diferenciais, comandos finais, redutores) com lubrificante, para prevenção de oxidação. Neste caso, deverão ser afixados na máquina avisos bastante claros para evitar que a máquina seja ligada inadvertidamente, evitando assim danos ao trem de força. Outra recomendação é retirar os cabos da bateria (pelo menos o negativo). Nesse caso, deve-se assegurar a devida indicação dessa situação, para evitar o funcionamento da máquina de forma indevida. A bateria deverá ser removida da máquina e armazenada em local separado, mantida em carga lenta. Se o tempo de parada for muito longo, o ideal é manter os pneus fora do contato do solo, retirando-os e deixando o equipamento sobre cavaletes, ou erguendo-o até que as rodas fiquem suspensas. A armazenagem dos pneus e aros deve prever movimentações periódicas para evitar deformação. Cuidado semelhante deve ser tomado com as esteiras, que devem ser retiradas da máquina e mantidas esticadas. Se o equipamento ficar parado por muito tempo com o material rodante na terra, por exemplo, vai forçar a esteira, que ficará abaulada. O ideal é levantar a máquina, limpar e lubrificar as esteiras e deixá-las esticadas e paradas. O procedimento compreende os seguintes passos principais:
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Motor: o
Limpar a carcaça do purificador de ar e verificar se há danos nas juntas e no elemento de filtro. Proteger o elemento com plástico.
o
Aplicar lubrificante em todos os pontos indicados no manual de Operação.
o
Drenar e substituir o óleo do cárter. Trocar os filtros de óleo.
o
Adicionar inibidor de corrosão ao óleo do cárter, na proporção de 3 a 4%. Se o cárter estiver cheio, drenar óleo de modo a permitir a execução do procedimento.
o
Com um espargidor, aplicar uma camada de mistura 50-50 de óleo de motor e anticorrosivo na admissão do motor ou do turbocompressor.
o
Drenar e limpar o radiador e o sistema de arrefecimento. Reabastecer o sistema com água que atenda as especificações do fabricante, misturada ao aditivo especificado pelo mesmo. Manter o radiador totalmente cheio para evitar formação de ferrugem no reservatório superior.
o
Fechar a tubulação de escapamento, inclusive os drenos do silenciador.
o
Limpar o filtro primário e remover toda a água e sujeira do filtro secundário de combustível.
o
Drenar a sedimentação do tanque de combustível.
o
Remover os bicos injetores e colocar 30 ml de mistura 50-50 de óleo e anticorrosivo em cada cilindro. Girar o volante com uma alavanca para aplicar essa mistura nas paredes dos cilindros. Reinstalar os injetores, apertando-os com o torque correto.
o
Aplicar uma camada dessa mesma mistura na cremalheira do volante, pinhão de partida e volante.
o
Passar uma camada de graxa nas articulações externas de comando do motor.
o
Afrouxar todas as correias.
Máquina: o
Executar uma revisão completa no equipamento, bem como todos os reparos que forem necessários.
o
Lavar e limpar cuidadosamente a máquina e o motor e pintar as áreas danificadas.
o
Remover a ferrugem das superfícies pintadas e fazer os retoques necessários. Não pintar partes cromadas, manoplas de plástico, roscas, plaquetas de identificação, conexões elétricas, carretéis de válvulas, hastes de cilindros, superfícies de vedação e outras que possam prejudicar o funcionamento ou a operação.
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o
Acionar e inspecionar o funcionamento dos implementos e demais controles.
o
Colocar os implementos sobre o solo e verificar o nível de óleo hidráulico, completandoo se houver necessidade. Não desacoplar as linhas.
o
Colocar a máquina no local onde permanecerá. Colocar calços sob a máquina e assegurar que esteja nivelada. Caso fique ao ar livre, bloquear os implementos de modo que não ocorra acúmulo de água.
o
Remover os pneus e aros, manter a pressão especificada e cobri-los com plástico preto ou armazena-los em local coberto. Se decidir não remover os pneus, colocar a máquina sobre cavaletes para aliviar a carga nos mesmos.
o
No caso de máquinas de esteiras, estas devem ser estacionadas em uma superfície nivelada, sobre pranchões, e deve-se aliviar a tensão da esteira. Não aliviar a tensão se as esteiras forem de borracha.
o
Máquinas com esteira vedada devem ser movimentadas a cada 45 a 60 dias, para evitar o engripamento dos pinos e buchas.
o
Encher todos os tanques com uma mistura de óleo e anticorrosivo (3% em volume). Observar se não há condensação interna.
o
Proteger com graxa as partes sujeitas a corrosão, tais como articulações de controle, superfícies usinadas, roscas expostas, rolamentos, parte exposta das hastes dos cilindros e dos carretéis de válvulas,
o
Remover as baterias e armazená-las
em local separado, recarregando-as
periodicamente. Aplicar protetor nos terminais, conectores e cabos expostos. o
Fechar todas as aberturas de admissão, escapamento, bocais de abastecimento, respiros e outras.
o
Drenar os tanques de ar e espargir mistura anticorrosiva.
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3. RECOLOCAÇÃO EM SERVIÇO APÓS ARMAZENAGEM PROLONGADA Os procedimentos que se seguem se referem à entrada em serviço depois de um período de armazenagem prolongada (mais de seis meses). Caso tenha sido feita uma remoção por período mais curto, deverão ser executados somente os itens que se aplicarem.
Motor: o
Remover todas as proteções externas.
o
Trocar os óleos e filtros. Lavar os compartimentos que contenham mistura de óleo e anticorrosivo, de maneira a remover todos os resíduos.
o
Verificar o estado das correias do ventilador e gerador. Se necessário, substituir e regular novamente esses componentes.
o
Trocar os filtros de combustível.
o
Remover a cobertura plástica do elemento de filtro de ar.
o
Girar o motor manualmente no sentido de rotação, para verificar se não há resistência ou bloqueio hidráulico.
o
Antes de dar partida no motor, remover a tampa de válvulas e colocar uma quantidade significativa de óleo de motor no comando de válvulas, balancins e mecanismo de acionamento, para evitar danos.
o
Verificar o estado de todas as mangueiras.
o
Antes de dar partida no motor, testar o sistema de arrefecimento com uma concentração de 3 a 6% de aditivo. Confirmar se a quantidade de fluido refrigerante está correta.
o
Usar a bomba manual para abastecer o sistema de combustível com diesel limpo.
o
Verificar o funcionamento do motor diversas vezes durante o primeiro dia de funcionamento.
o
Se a máquina tiver um sistema de pressurização de lubrificação, acionar o sistema para garantir que haja lubrificante em todos os pontos necessários, antes da máquina entrar em funcionamento.
o
Em seguida, acionar o motor sem combustível até que haja pressão de lubrificação.
o
Manter o motor em marcha lenta durante 10 minutos. Em seguida, passar para meia carga e ¾ da rotação nominal durante 15 minutos, e 30 minutos na carga e rotação nominal.
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Máquina: o
Após a partida, verificar o funcionamento dos instrumentos. Inspecionar a máquina e executar os reparos necessários.
o
Remover todas as fitas adesivas e proteções.
o
Inspecionar linhas hidráulicas, mangueiras e correias, verificando se há deterioração.
o
Instalar as rodas e pneus, calibrando-os conforme instruções do fabricante.
o
Nas máquinas de esteiras, regular a tensão.
o
Reinstalar as baterias carregadas e ligar as conexões do alternador.
o
Trocar os óleos por óleo limpo (quando usar anticorrosivo), ou conferir os níveis.
o
Engraxar todos os pontos de articulação da máquina.
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4. PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS 4.1.
Componentes Elétricos e Eletrônicos
Equipamentos muito caros e/ou com alta tecnologia embarcada devem ser guardados em local coberto. Componentes eletrônicos sofisticados, como sistemas de nivelamento a laser e computadores, entre outros, devem ser removidos do equipamento e armazenados em local coberto e protegido. Inversores de frequência deverão ser alimentados pelo menos uma vez por ano. As baterias deverão ser removidas da máquina e colocadas em lugar separado. Deve-se verificar a carga periodicamente (p. ex. a cada 15 dias), recarregando-as quando necessário.
4.2.
Guindastes de Torre
No caso de guindastes de torre, após a desmontagem deve-se lavar cuidadosamente com equipamento de alta pressão os componentes estruturais como segmentos de torre, lança e contralança, telescopagem, giro e outros. Deve-se proteger os painéis elétricos e pontos de ligação, para que não sejam afetados. Esses componentes estruturais podem ser armazenados ao ar livre, desde que protegidos contra corrosão. Deve-se dar especial atenção à lubrificação de parafusos e pinos, cabos, tirantes, polias, ganchos e coroa do giro. Os componentes eletrônicos devem ser guardados em local coberto. A cabina deve ser armazenada em pé, totalmente fechada, para proteção dos componentes internos, que também deverão receber proteção com produtos específicos (por exemplo vaselina e limpa contato). No caso de permanecer parado por um período muito longo, recomenda-se a inspeção por técnico especializado antes da reentrada em serviço, para verificação de sua funcionalidade e segurança, e a emissão do laudo correspondente.
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4.3.
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Grupos Geradores
Na preparação de armazenagem, deve-se fazer o teste de resistência do isolamento e do Índice de Polarização (PI), que servirão como referência futura. Para evitar contaminação, recomenda-se cobrir o gerador com plástico ou similar até o solo, deixandose, todavia, espaço para circulação do ar. Deve-se também girar o eixo do rotor no mínimo 10 revoluções a cada 60 dias. Durante a armazenagem de grupos geradores é possível que ocorra condensação na isolação do enrolamento. Para evitar esse problema, os grupos geradores devem ser armazenados em local coberto e seco. Para evitar condensação, a temperatura interna dos componentes deve permanecer mais de 5º C acima da ambiente. Para tanto, pode-se utilizar um dos seguintes processos:
Aquecedores de ambiente
Sopradores de ar quente (máximo 207 kPa)
Lâmpadas incandescentes próximas ao núcleo do estator, na posição mais baixa possível (mínimo 60 w). Nesse caso, é preciso minimizar o movimento de ar em torno do gerador.
No retorno à operação, acionar inicialmente os aquecedores por pelo menos 24 horas antes de remover a cobertura. Em seguida, remover a cobertura, limpar e inspecionar a unidade, corrigindo as anormalidades. Medir novamente o PI para determinar a umidade do sistema de isolação. Reduções acima de 50% em relação à leitura anterior indicam alta absorção de umidade, havendo necessidade de secar e testar novamente o equipamento. Verificar os níveis de óleo e trocar ou limpar todos os elementos de filtro.
4.4.
Motores Elétricos
Os maiores cuidados se referem a evitar a entrada de sujeira e umidade nos rolamentos e na isolação elétrica. O motor deverá ser colocado num local limpo, seco e fresco, sem presença de umidade e agentes corrosivos, e com baixo nível de vibrações.
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Os respiros devem estar em condições de operação, e os drenos devem ficar na posição mais baixa, sem os respectivos bujões. Os principais procedimentos são:
Conferir os níveis de óleo de lubrificação dos rolamentos, se for o caso.
Passar uma camada protetora de antiferrugem em toda a superfície externa.
Medir e registrar a resistência do enrolamento, para referência no retorno ao serviço.
Na armazenagem por mais de 12 meses, executar também mensalmente a medição da resistência do estator e do enrolamento. Conferir com as especificações.
Uma vez por mês, remover o bloqueio do eixo e gira-lo 10 a 15 revoluções, para redistribuir o lubrificante e evitar a corrosão das superfícies internas.
Na armazenagem por mais de 24 meses, será necessário remover e inspecionar os rolamentos seguindo as instruções do fabricante. Deve-se inspecionar também o enrolamento e o estator.
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5. REFERÊNCIAS Como foi dito no item 1.1, não existe no Brasil nenhuma lei ou norma reguladora (NR) que discipline a armazenagem de máquinas e equipamentos pesados, que podem ficar tanto em áreas fechadas, como galpões e outras construções, ou abertas, como pátios. Em obras de infraestrutura, como barragens, rodovias, túneis e pontes, ficarão em área aberta, não pavimentada na maioria das vezes, havendo necessidade de cuidados especiais, detalhados nesse item. O que existe são boas práticas consagradas pelo mercado, que constam nos manuais de manutenção dos equipamentos produzidos pelos principais fabricantes, ou em publicações específicas dos mesmos. Além dessas referências, podem ser citadas as Normas
Regulamentadoras NR-11 – Transporte,
movimentação, armazenagem e manuseio de materiais, e NR-18 – Condições de segurança e saúde no trabalho na indústria da construção, da Fundacentro, que contêm as regulamentações existentes. Este Boletim é uma compilação das boas práticas sugeridas pelos diversos fabricantes e pela experiência das entidades regulamentadoras.
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