Revista M&T - Ed. 105 - Agosto 2007

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Revista M&T - Manutenção & Tecnologia

MEIO AMBIENTE Crédito de carbono em operação de equipamentos Nº105 - Agosto - 2007 - www.sobratema.org.br

MEDIO AMBIENTE Crédito de carbono en operación de equipos

CENTRAIS DOSADORAS x MISTURADORAS PRÓS E CONTRAS DE CADA TECNOLOGIA

PLANTAS DOSIFICADORAS x MEZCLADORAS PROS Y CONTRAS DE LAS DIFERENTES TECNOLOGÍAS

nº 105 - Agosto - 2007



EDITORIAL

Preocupação ambiental não é custo, é investimento Num cenário marcado pelo desequilíbrio ecológico e seu impacto na vida sobre a Terra, ninguém mais pode se furtar à responsabilidade pela preservação do meio ambiente. Diante do acelerado aquecimento global, o assunto vem sendo objeto de estudos por parte dos governos, de cientistas e de praticamente todos os setores da economia, em especial o de construção e, mais particularmente, o de equipamentos usados nos canteiros de obras. Há tempos, a preocupação em operar com equipamentos dotados de tecnologias mais limpas, o cuidado com o descarte de lubrificantes e dos demais rejeitos gerados nas oficinas de manutenção figuram entre as práticas adotadas por empresas ambientalmente responsáveis. A novidade nessa área é que a adoção sistemática de tais práticas pode possibilitar à empresa em questão o ingresso no mercado de crédito de carbono. Essa edição da revista M&T mostra que, em contrapartida ao custo das novas tecnologias mais limpas, existem investidores dispostos a pagar a conta. O primeiro passo é montar um projeto para trâmite no âmbito do comitê executivo da ONU (Organização das Nações Unidas). O mercado de crédito de carbono já movimenta US$ 72 bilhões em projetos que deixarão de lançar, nos próximos cinco anos, o equivalente a 3,7 bilhões de toneladas de gases responsáveis pelo aquecimento global. No Brasil, eles somam parcos US$ 4 bilhões, mas as oportunidades estão lançadas. Mais do que a receita gerada pelo crédito de carbono, entretanto, ações nessa direção demonstram a preocupação da empresa em operar de forma ambientalmente sustentável, com inquestionáveis benefícios para sua imagem corporativa. Além disso, ao gerar melhores condições para a perpetuação da vida no planeta, tais ações representam mais do que um mero custo; são um investimento no futuro.

Preocupación medioambiental no es un costo, es una inversión En un contexto marcado por el desequilibrio ecológico y su impacto en la vida sobre la tierra, nadie más puede eludir la responsabilidad de preservar el medio ambiente. Frente al calentamiento acelerado del planeta, el tema ha sido objeto de estudios de gobiernos, científicos y de prácticamente todos los sectores de la economía, en especial el de la construcción y, sobre todo, el de la maquinaria que trabaja en obras. Desde hace bastante tiempo, la preocupación por trabajar con equipos tecnológicamente más limpios y el cuidado con el destino que se da tanto a los lubricantes usados como a los demás desechos generados en los talleres de mantenimiento, están entre las prácticas adoptadas por empresas medioambientalmente responsables. La novedad en esta área es que si una empresa lo hace de forma sistemática puede ingresar al mercado de crédito de carbono. Esta edición de la revista M&T explora el tema y muestra que, como contrapartida, considerando el costo de las nuevas tecnologías más limpias, hay inversores que están dispuestos a pagar la cuenta. Basta con desarrollar un proyecto que reciba la aprobación del comité ejecutivo de la ONU (Organización de las Naciones Unidas). El mercado de créditos de carbono, cuyo destino son proyectos que evitan el lanzamiento a la atmósfera de nada menos que lo equivalente a 3.700 millones de toneladas de gases responsables del calentamiento global, durante cinco años, mueve 72.000 millones de dólares. En el Brasil, suman escasos 4.000 millones de dólares, pero las oportunidades están abiertas. Más que el beneficio generado por el crédito de carbono, sin embargo, las acciones que se desarrollan en esa dirección demuestran que las empresas están centradas en trabajar de forma medioambientalmente sostenible, lo que genera una ganancia incuestionable a la imagen corporativa. Además, al crear mejores condiciones para la perpetuación de la vida en el planeta, esas acciones representan más que un simple costo; son una inversión en el futuro.


SUMÁRIO

Revista M&T

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Capa: Central misturadora usada para produzir aduelas de concreto nas obras do Metrô de São Paulo – Linha Amarela (Foto: Marcelo Vigneron)

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CADA

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PROS

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DIFEREN TES TECNOL OGÍAS

Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção Diretoria Executiva e Endereço para correspondência: Av. Francisco Matarazzo, 404 – cj. 401 – Água Branca São Paulo (SP) – CEP 05001-000 Tel.: (55 11) 3662-4159 – Fax: (55 11) 3662-2192 Comitê Executivo Presidente: Afonso Celso Legaspe Mamede Vice-Presidente: Benito Francisco Bottino Vice-Presidente: Carlos Fugazzola Pimenta Vice-Presidente: Ivan Montenegro de Menezes Vice-Presidente: Jader Fraga dos Santos Vice-Presidente: Jonny Altstadt Vice-Presidente: Lédio Augusto Vidotti Vice-Presidente: Luiz Carlos de Andrade Furtado Vice-Presidente: Mário Sussumu Hamaoka Vice-Presidente: Múcio Aurélio Pereira de Mattos Vice-Presidente: Octávio Carvalho Lacombe

Centrais de Concreto Plantas Elaboradoras de Hormigón Prós e contras das diferentes tecnologias Los pros y los contras de las diferentes tecnologías

10 Equipamentos para Concretagem Equipos para Hormigón Colado Fabricantes se antecipam à demanda Fabricantes se anticipan a la demanda

Diretoria Técnica Augusto Paes de Azevedo (Caterpillar) - Carlos Arasanz Loeches (Eurobrás / ALEC) - César Schmidt (Liebherr) - Emanuel P. Queiroz (Scania) - Edson R. Del Moro (Engepar) - Eduardo M. Oliveira (Santiago e Cintra) Egberto Rosa Campos (Sersil) - Eurimilson João Daniel (Escad) - Franz Treu (Atlas Copco) - Gilberto Leal Costa - Gino Raniero Cucchiari (CNH) - João Lazaro Maldi Jr. (CCCC) - João Ney P. Colagrossi (Metso) - Luis Afonso Pasquotto (Cummins) - Luis Gustavo Pereira (Tracbel) - Marcos Bardella (Brasif) - Mario Humberto Marques (Andrade Gutierrez) - Nathanael P. Ribeiro Jr (Multieixo) - Nelson Costábile Barros (Constran) - Paulo Gama (Goodyear) - Paulo Lancerotti (Sotreq) - Permínio A. Maia de Amorim Neto (Getefer) - Ramon Nunes Vasquez (Mills) - Silvimar Fernandes Reis (Galvão Engenharia) - Valdemar Shinhiti Suguri (Komatsu) - Vicente Bernardes - Vicente Cracasso (Equisul) - Yoshio Kawakami (Volvo)

Crédito de Carbono Crédito de Carbono Preocupação ambiental também gera receita Preocupación con el medio ambiente también genera ingresos

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Diretor Regional

Transmissão Automática

Petrônio de Freitas Fenelon (MG) VPS Engenharia e Estudos Wilson de A. Meister (PR) Ivaí Engenharia de Obras S/A Jose Luis P. Vicentini (BA) Terrabrás Terraplanagem do Brasil S/A Laércio de F. Aguiar (PR) Construtora Queiroz Galvão S/A Antonio Almeida Pinto (CE) Construtora Queiroz Galvão S/A

Transmisión Automática Eficiência e economia na operação dos caminhões Eficiencia y economía en la operación de camiones

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Revista M&T - Conselho Editorial Comitê Executivo: Cláudio Schmidt (presidente), Paulo Oscar Auler Neto, Silvimar F. Reis, Permínio A. M. de Amorim Neto e Norwil Veloso. Membros: Adriana Paesman, Agnaldo Lopes, Benito F. Bottino, César A. C. Schmidt, Eduardo M. Oliveira, Gino R. Cucchiari, Lédio Augusto Vidotti, Leonilson Rossi, Luiz C. de A. Furtado, Mário H. Marques e Pedro Luiz Giavina Bianchi. Diretor Executivo: Hugo José Ribas Branco Editor: Haroldo Aguiar Revisão Técnica: Norwil Veloso Traduções: Maria Del Carmen Galindez Publicidade: Sylvio Vazzoler, Roberto Prado e Giovana Marques Di Petta Produção Gráfica: DSGE A Revista M&T - Manutenção & Tecnologia é uma publicação dedicada à tecnologia, gerenciamento, manutenção e custos de equipamentos. As opiniões e comentários de seus colaboradores não refletem, necessariamente, as posições da diretoria da SOBRATEMA. Tiragem: 12.000 exemplares. Circulação: Brasil e América Latina. Periodicidade: mensal. Impressão: Parma Auditado por:

Filiado à:

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Seguro de Equipamentos Seguro de Equipos Vale a pena correr o risco? ¿VaLe la pena correr el riesgo de trabajar sin seguro?

38 Demolição Demolición Resíduos da obra viram aterro Residuos de obra se transforman en relleno

44 SEÇÕES SECCIONES Notas Notas ................................................................................................................... 06 Em Foco Primer Plano....................................................................................................... 32 Tabela de Custos Tabla de Costos ............................................................................46 Espaço AbertoEspacio Abierto ...................................................................................47



NOTAS

NR-18 regulamenta uso de plataformas aéreas Agora é lei. Um anexo à Norma Regulamentadora no 18 (NR-18) do Ministério do Trabalho, publicado no início de julho, proíbe o transporte de funcionários nos serviços realizados em alturas elevadas por “equipamentos de guindar não projetados para esse fim”. Esse anexo põe fim à prática de se mobilizar guindastes e outros tipos de adaptações – muitas vezes adotadas nos serviços de construção, reformas e manutenção – em lugar do uso de plataformas aéreas de trabalho. A exemplo dos procedimentos adotados em países industrializados, a NR-18 determina o uso de equipamentos apropriados e dotados de dispositivos de segurança para a operação. Segundo seu texto, cabe ao operador, devidamente capacitado pela empresa, a responsabilidade de realizar todas as inspeções e manutenções da plataforma, certificando-se de seu bom estado de funcionamento antes de realizar qualquer atividade com a mesma. A modificação introduzida na NR-18 regulamenta todos os procedimentos de segurança para o uso de uma plataforma, desde sua velocidade de deslocamento até a sinalização da área de trabalho, passando pela obrigatoriedade no uso de cinto de segurança e pela

proibição a operações que excedam a capacidade de carga do equipamento. A empresa proprietária deve ainda manter um programa de manutenção preventiva e o operador da plataforma deve ser treinado em relação a quesitos de segurança, inspeção e operação.

Mineração puxa vendas de equipamentos Nos próximos quatro anos, as mineradoras brasileiras devem consumir entre US$ 8 bilhões e US$ 11 bilhões em equipamentos para expansão de suas atividades. O levantamento, realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), leva em conta as projeções de investimentos no setor, que somam cerca de US$ 28 bilhões no mesmo período. Segundo a entidade, máquinas e equipamentos consomem de 30% a 40% de um projeto. Com o aumento dos pedidos por equipamentos em âmbito mundial, as mineradoras já enfrentam filas de espera que, no caso das grandes instalações de beneficiamento, podem chegar a dois anos e meio para a entrega. A MMX, por exemplo, que está implantando três projetos integrados de produção de minério de ferro (os complexos Minas-Rio, Corumbá-MS e Amapá), optou por instalar plantas menores que as inicialmente planejadas para não atrasar o cronograma das obras.

Instituto Opus alerta: cuidado com certificados falsos O Instituto Opus, criado pela Sobratema para promover a capacitação profissional em operação de equipamentos para construção e mineração, identificou que certificados falsos, não expedidos pela instituição, foram apresentados por uma empresa interessada em prestar serviços para uma

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grande contratante do mercado. Portanto, ao receber a documentação de uma empresa contratada para a prestação de serviços, verifique se o certificado apresentado como sendo do Instituto Opus é verdadeiro. Basta entrar em contato com a instituição pelo fone: (11) 3662.4159.



NOTAS

HBL lança estratégia global para peneiramento Especializado na fabricação de equipamentos para todo o circuito de peneiramento em mineração, o denominado “Screening Circle”, o grupo alemão Haver está lançando o conceito Haver Screening Group (HSG) como forma de consolidar a operação de suas empresas nessa área: a Tycan (WS Tyler Canadá), a HBL (Haver & Boecker Latinoamericana) e a Haver & Boecker Engineering Works, da Alemanha. A estratégia marcou a participação da empresa nas feiras de equipamentos para mineração Exposibram, em Minas Gerais, e Extemin, no Peru. Segundo a empresa, sua atuação na área de peneiramento envolve todo o processo de fornecimento, desde o projeto e fabricação dos equipamentos, até sua montagem em campo, a entrega da instalação em regime turnkey, a assistência técnica, treinamento e manutenção programada. Além dessa área, ela atua na produção de pratos pelotizadores (para concentração de finos), de silos e sistemas de ensacamento para cimenteiras, entre outras linhas de produtos. Por meio da HBL, instalada no Brasil, o grupo atende mineradoras como a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), a chilena Codelco e as operações da BHP e Phelps Dodge no Peru. Recentemente, a empresa entregou

para a Belmont Mineração, que opera uma mina de ouro em Itabira (MG), uma instalação para testes em escala piloto na lavagem de minério. Batizado de Hydro-Clean, o equipamento foi projetado para oferecer alta capacidade com a ocupação de um pequeno espaço, segundo um comunicado divulgado pela HBL. Ele atua mediante a injeção de água pressurizada numa câmara de lavagem, processando 185 t/h de minério de ouro numa área de 8,78 m2. Nos testes realizados em campo, para cada tonelada de minério processada, a instalação de lavagem está consumindo o máximo de 0,2 m3/h de água e entre 0,3 e 0,5 kWh de energia. “Os resultados obtidos com o equipamento têm sido muito bons”, afirma Eron Fonseca, responsável pela atual planta de beneficiamento da mineradora. Tais resultados podem contribuir com a viabilização do projeto de expansão da Belmont, que se encontra em estudos.

Mills Rental muda para Solaris Desde que a Mills do Brasil vendeu sua participação para a Sullair Argentina na locadora de equipamentos Mills Rental, há quatro anos, a mudança na razão social da empresa vinha sendo preparada e agora chega de forma natural. Ao completar dez anos de existência, a locadora muda seu nome para Solaris Equipamentos e Serviços, mas mantém a mesma diretoria e o foco nos negócios. Especializada na locação de plataformas aéreas de trabalho, de manipuladores telescópicos de carga e geradores de energia, a empresa registrou um faturamento de US$ 24 milhões em 2006.

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Segundo Ramon Vazquez, presidente da Solaris, o objetivo é encerrar este ano com receitas de US$ 35 milhões, o que representaria um crescimento de 35% em relação ao exercício anterior. Para isto, a empresa está investindo US$ 17 milhões na aquisição de 180 plataformas, 20 manipuladores e de 23 MW de potência em geradores, que se somarão ao seu atual parque de equipamentos. Atualmente, a Solaris opera com uma frota que soma em torno de US$ 45 milhões em ativos de locação. Ela loca equipamentos das marcas JLG, Gradall, Skytrak e Cummins, entre outras.

Petrobras recebe licença para terminal de GNL A Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), órgão ligado ao governo do Rio de Janeiro, concedeu para a Petrobras a licença prévia (LP) para instalação de um terminal flexível de gás natural liquefeito (GNL) na Baía da Guanabara (RJ). Com esse documento, somado à autorização já expedida pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), a estatal aguarda apenas a licença de instalação para iniciar as obras. A licença abrange a montagem do terminal, que vai operar sobre um flutuante equipado com unidades de regaseificação e armazenamento, e dos dutos submarinos para sua interligação com a estação de compressão de Campos Elísios. A obra foi idealizada como alternativa à crise de abastecimento no setor, diante do risco de corte no fornecimento de gás boliviano. Com os terminais de GNL, a Petrobras pode importar gás natural de outros fornecedores sem a necessidade de um gasoduto para seu transporte, já que o produto vem em navios. Essa estratégia, entretanto, requer o resfriamento do gás e sua condensação para o estado líquido, o que obriga o país importador a dispor de planta para a regaseificação. A estatal brasileira contratou o afretamento de dois flutuantes, para operarem como terminais flexíveis de GNL no Rio de Janeiro e no porto de Pecém, no Ceará. O primeiro terá capacidade para 14 milhões m3/dia de gás natural e o outro foi projetado para 7 milhões m3/dia. Instalados próximos à malha de gasodutos da Petrobras, eles vão atuar prioritariamente no abastecimento das usinas termelétricas da companhia.


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CENTRAIS DE CONCRETO

PRÓS E CONTRAS DAS DIFERENTES TECNOLOGIAS Especialistas ressaltam a superioridade técnica das usinas misturadoras, apesar do parque de centrais dosadoras ser predominante nas concreteiras do País

Foto: Terex Roadbuilding

Por Rodrigo Conceição Santos

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Questões relacionadas à produtividade e qualidade nem sempre prevalecem na escolha de determinada tecnologia de equipamentos. Em alguns casos, aspectos alheios à produção, como a legislação tributária, por exemplo, podem se sobrepor aos demais. Nessa categoria se incluem as centrais de concreto em operação na maioria das concreteiras do País que, apesar da inegável superioridade técnica das usinas misturadoras, são predominante-

mente do tipo dosadora. Como se autodenominam prestadoras de serviço, essas empresas não podem fornecer um produto acabado, a exemplo do concreto gerado pelas centrais misturadoras, sob pena de terem que recolher o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), conforme prevê a legislação tributária do País. E essa estratégia acabou sendo determinante na composição do parque de centrais de concreto brasileiro, no qual pre-


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

valecem as usinas dosadoras, embora as misturadoras predominem nas obras de grande porte, que exigem maior volume de produção. Fabricantes ouvidos pela revista M&T são unânimes em recomendar uma revisão nesse conceito, já que os benefícios proporcionados pelas centrais misturadoras podem compensar a maior carga triburária. “Do ponto de vista técnico, em termos de qualidade da mistura, elas sem dúvida produzem um material final muito mais homogêneo”, afirma Ricardo Moreno Navarro, gerente Técnico da Italbeton, que representa a fabricante argentina Betonmac no mercado brasileiro. Ele ressalta que todo tipo de concreto deve primar pela homogeneidade da mistura, mas em determinadas aplicações, como a produção de pré-moldados, essa questão precisa ser observada com maior atenção. A empresa fabrica os dois tipos de centrais e, no caso das usinas misturadoras, o foco no Brasil é voltado para os modelos com misturadores de 0,33 a 4,5 m³ por ciclo. Navarro salienta que o maior equipamento fornecido no Brasil conta com dois misturadores de 3 m³, que permitem a produção de concreto convencional ou concreto compactado a rolo (CCR).

Centrais misturadoras Ele explica que é possível alcançar a mesma produção para os dois tipos de concreto devido ao uso de misturadores de duplo eixo horizontal, controlados automaticamente. “Para tanto, usamos o sistema de automação Betonmatic, que nos permite atingir o mesmo tempo de ciclo para a produção e descarga, seja no caso do CCR ou de um concreto com traço convencional”, diz ele. Esse tempo, segundo o executivo, fica na faixa de 50 s para uma produção de 3 m³. A Liebherr, uma das maiores fabricantes de centrais de concreto do mundo, aposta na linha de usinas misturadoras, uma vez que ainda não dispõe em seu portfólio de nenhuma dosadora. “Desenvolvemos um modelo de central dosadora que está sendo testado em concreteiras da Espanha e deve ser lançado no segundo semestre de 2008, mas o nosso carro chefe são as misturadoras”, diz Guilherme Henrique Zurita Filho, coordenador de Exportação da empresa. A linha de centrais misturadoras da Liebherr inclui desde as usinas compactas, denominadas de Compactmix, até as de grande porte (família Betomix), passando ainda pelas instalações

Los pros y los contras de las diferentes tecnologías Factores relacionados con la productividad y la calidad no siempre son los más importantes al elegir un determinado tipo de tecnología de equipos. En algunos casos, aspectos ajenos a la producción, como, por ejemplo, la legislación tributaria brasileña, prevalecen. Entre ellos destacan las plantas dosificadoras que están en operación en la mayoría de las empresas fabricantes de hormigón, a pesar de la innegable superioridad técnica de las plantas mezcladoras. Como esas empresas se autodenominan prestadoras de servicio, no pueden suministrar un producto acabado, como es el caso, por ejemplo, del hormigón producido por las plantas mezcladoras, porque si lo hacen tendrán que pagar el Imposto sobre Productos Industrializados (IPI), de acuerdo con la legislación tributaria brasileña. Esta es la forma de comercializar que tiene el parque de plantas de hormigón del país y, por ese motivo, las plantas dosificadoras son mayoría, aunque cabe destacar que las plantas mezcladoras dominan en las obras de gran envergadura debido al enorme volumen que se necesita producir. Los fabricantes entrevistados por la revista M&T piensan, de forma unánime, que es necesario reevaluar este concepto ya que los beneficios que proporcionan las plantas mezcladoras probablemente compensan el aumento del valor del impuesto. “Desde el punto de vista técnico, en lo que se refiere a la calidad de la mezcla, este tipo de planta produce, sin duda, un material final mucho más homogéneo”, afirma Ricardo Moreno Navarro, gerente técnico de Italbeton, que representa la fabrica argentina Betonmac en el mercado brasileño.

Central misturadora da Schwing: mais ciclos de produção por hora

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CENTRAIS DE CONCRETO móveis (Mobilmix). Segundo Zurita, as centrais Compactmix são dimensionadas para uma produção de até 50 m³/h de concreto compactado, medida que considera o material após sua vibração e com um fator de compactação de 40% em relação ao concreto lançado. “Elas são equipadas com misturadores planetários de eixo vertical que vão de 0,5 a 1 m³ e podem operar com silos de agregados verticais, horizontais ou em formato de estrela.” Na linha de centrais misturadoras de maior porte, a família Betomix é oferecida em modelos com capacidade entre 60 e 260 m³/h de concreto compactado. “Seu diferencial está na versatilidade na hora da montagem, pois elas permitem configurar dois pontos de carga diferentes”, afirma Zurita. As usinas operam com seis tipos de misturadores de 1 a 3,5 m³ de

capacidade e podem usar um ou dois eixos verticais. As usinas Betomix aceitam silos de cimento verticais com transportadores tipo parafuso e silos de agregados horizontais de vários tamanhos, inclusive com maiores capacidades de armazenamento para atender obras com demanda por elevada produção, como a construção de hidrelétricas, por exemplo. “Elas são equipadas com esteiras para o transporte de materiais desde o pátio de agregados e também podem ser fornecidas com sistema de controle automatizado, com acompanhamento on-line, como opcional”, explica o especialista. Isso permite, segundo ele, que o traço do concreto seja rigorosamente repetido, proporcionando confiabilidade à produção. Os equipamentos também são dotados de balança de

Versatilidade nas centrais móveis Se a central misturadora de concreto representa uma solução muito sofisticada para uma obra e a usina dosadora atinge volumes de produção superiores a sua demanda, uma boa alternativa pode ser a aquisição de uma central móvel, que geralmente exige menor investimento e se caracteriza pela versatilidade. No caso da norte-americana Cemen Tech, representada no Brasil pela empresa Arca, de Vitória (ES), os equipamentos podem ser tanto do tipo dosador quando misturador. Segundo Wagner Cleverson Vieira, diretor da Arca, a empresa tem seis unidades em operação no País, todas do modelo MCD10 –150, com capacidade para 45 m³/h. Montada sobre carreta, ela pode vir com quinta roda ou terceiro eixo, contando ainda com carregador pneumático de cimento para operações contínuas ou para uso quando o equipamento fica estacionário. “Essa central produz grande variedade de traços, com resistências entre 9 MPa e 35 MPa, além de concreto compactado a rolo (CCR) e do tipo refratário, segmento no qual já atuou

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numa obra em usina siderúrgica.” A linha de centrais móveis da empresa inclui modelos com capacidade entre 11 e 90 m³/h, sobre carreta ou chassi de caminhão. Vieira explica que sua configuração básica contempla um reservatório de água, um silo bipartido para agregados e outro para cimento. Todos os modelos têm motores hidráulicos e vibradores pneumáticos de silo e, se o cliente optar por uma central misturadora, a empresa adiciona um misturador helicoidal. A Terex Roadbuilding, por sua vez, aposta na central misturadora Rustler R3, produzida com tecnologia da Johnson Ross e também transportada sobre carreta. Trata-se de uma usina portátil, com capacidade para 122 m³/h, que segundo a empresa pode ser montada no canteiro em cerca de 30 minutos. O equipamento possui sistema hidráulico para autoelevação dos silos, que podem armazenar 16 m³ de agregados e 45,3 m³ de cimento, cuja transferência para o misturador é feita por dois transportadores tipo parafuso.

Usina da Betonmac: alta produtividade em concreto convencional ou CCR

água com geometria que permite o uso de água reciclada, e de medidor de umidade da areia. Esse dispositivo possibilita correções caso o agregado apresente umidade elevada, de forma a conferir alta precisão ao traço. Flexibilidade na operação A flexibilidade na configuração também é uma marca da linha de centrais misturadoras da Terex Roadbuilding, cujos maiores modelos se situam na faixa de capacidade de 573 m³/h de concreto compactado. Elas têm misturador de duplo eixo, do tipo Pug Mill, e um sistema de correias com ângulos de inclinação em “V” que, segundo a empresa, evita o desperdício de materiais. “Essas correias são apoiadas por roletes blindados e lubrificados, tecnologia responsável pela sua maior durabilidade e baixos índices de manutenção”, diz Manoel Romero Junior, gerente da Terex Roadbuilding. O sistema é acionado por motoredutores instalados no eixo do tambor de tração. As usinas operam com três ou quatro silos dosadores, cada um com até 6 m³ de capacidade, todos dotados de paredes com ângulo de inclinação acentuada. Segundo Romero Junior, essa característica, somada a sua boca de até 3.100 mm de diâmetro, melhora o escoamento dos agregados. As centrais têm sistema de dosagem por comporta reguladora de fluxo e o primeiro silo


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Rapidez na produção Segundo Luiz Polachini, engenheiro de Vendas da Schwing Stet-

dor o controle de todas as tarefas, inclusive de forma on-line. “Pelo painel principal, ele acompanha as operações de pesagem e dosagem dos agregados e, sem levantar da cadeira, verifica se o material final segue o traço estabelecido para aquele concreto.” Pesagem antecipada Quando o assunto é central dosadora, a Italbeton aposta nas instalações da Betonmac com capacidades entre 35 e 200 m³/h. “Esse volume só não é maior porque há a limitação do caminhão-betoneira, que geralmente não Foto: Marcelo Vigneron

ainda leva uma correia de arraste. “Nos outros três silos são acopladas calhas vibratórias eletromecânicas”, explica o especialista. Ele salienta que há ainda a opção de operar com sistema de dosagem controlado individualmente em cada silo (CLP), por meio de correias equipadas com células de carga para pesagem dinâmica. “Nesse caso, o acionamento é feito por meio de motoredutores comandados por inversores de freqüência e que possibilitam a variação de velocidade na dosagem dos agregados.”

ter, as centrais misturadoras da série M fornecidas pela empresa também operam com quatro silos de agregados – com capacidades de 80, 100 ou 120 t cada um – e produzem até 94 m³/h de concreto compactado. Fabricadas com tecnologia da BHS, elas contam ainda com skip para o transporte de agregados até a pesagem e o misturador. “Os silos podem ser abastecidos por pás-carregadeiras com acesso por rampas laterais e permitem ainda a montagem de correia transportadora, bica giratória de distribuição de agregados e silo de descarga”, diz Polachini. Essas instalações, de acordo com o especialista, foram desenvolvidas para aplicação em concreteiras e serviços de pavimentação. Elas são equipadas com misturador de duplo eixo horizontal, fabricado pela própria Schwing, que realiza a mescla de 85% do material em 15 s e de 95% em 30 s. Polachini explica que esse desempenho possibilita mais ciclos de produção por hora de operação, sem comprometimento da qualidade do concreto. “Além disso, o misturador tem um revestimento antidesgaste que aumenta em até 30% a vida útil de suas placas em comparação ao sistema de outros fabricantes.” Ele ressalta que as centrais misturadoras da marca vêm com sistema de automação, possibilitando ao opera-

Nova geração de usinas dosadoras conta com operação automatizada


Foto: Schwing

CENTRAIS DE CONCRETO

Usina modular para grandes volumes de concreto

ultrapassa uma capacidade de armazenamento de 8 m³”, diz Navarro. Ele aponta como diferencial dessas usinas o fato de trabalharem com ciclos pequenos, o que exige mais etapas para carregamento do caminhão. “Com isso, a operação fica mais precisa e a rapidez em cada um desses ciclos compensa o tempo final de carregamento.” Um dispositivo importante para essa rapidez, segundo Navarro, é o sistema de automação usado, que presume o volume de agregados antes da sua pesagem. “Entre a abertura da comporta e o tempo de carregamento da balança, o sistema lê a coluna de material que está se deslocando e identifica os valores de peso antes da balança.” Além da rapidez, ele ressalta a precisão no processo. “Se o peso medido empiricamente for menor do que o registrado na balança, o sistema gera um alerta e completa a carga automaticamente.” Navarro afirma que esse processo atinge precisão de 99% na dosagem, segundo levantamento feito pela própria Italbeton. Em uma obra executada no Rio Grande do Sul, por exemplo, ele permitiu uma produção de concreto dentro da faixa negativa de cimento permitida pela norma ASTM C685, que estabelece precisão na dosagem de mais ou menos 1%

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para um determinado traço. O especialista afirma que a economia de cimento obtida, para a produção do mesmo traço de concreto, pode cobrir o investimento na central, principalmente em obras de longa duração. Na linha de centrais dosadoras da Terex Roadbuilding, Manoel Romero Junior destaca o modelo Bandit B12, fabricado com tecnologia da Johnson Ross e dotado de alimentação de cimento por sistema de gravidade. O equipamento produz até 153 m³/h de concreto compactado e vem com correia transportadora de agregados de 762 mm de largura, além de medidor de água capaz de dosar até 1.325 l/min. A alimentação por gravidade, aliás, também marca presença nas centrais dosadoras BR80/200, da Schwing Stetter, que têm capacidade para 80 m³/h de concreto compactado. Segundo Polachini, elas podem ser adquiridas com opcionais como dosadores para aditivos e para microssílica, bem como medidor de umidade da areia, entre outros itens. “Na versão standard, ela conta com dois silos de cimento de 100 t cada, mas o usuário pode optar pela aquisição de mais dois silos da mesma capacidade.” Já o transporte do cimento para a balança é feito por meio de transportadores helicoidais.

Foto: Liebherr

Cabine interna: operador controla todos os parâmetros da produção

Lançada pela Liebherr durante a feira Bauma 2007, realizada em junho último, a central misturadora Mobilmix 3.33 foi concebida como uma usina modular e de fácil instalação, porém dotada de elevada capacidade para obras que demandam grande volume de concreto. Construída em módulos do tipo contêiner, ela conta com misturador integrado de eixo duplo de 3,33 m³, que produz 10 m³ de concreto compactado a cada três ciclos. Segundo a Liebherr, sua configuração modular permite montar a usina como uma instalação dupla, com ambas as operações comandadas a partir de uma central de controle e os misturadores operando em regime alternado. Dessa forma, a capacidade de produção pode aumentar de 180 m³/h para cerca de 300 m³/h. Elas são indicadas para obras de rodovias, aeroportos, pontes, túneis e, como seus componentes ficam instalados dentro de contêineres, podem ser montadas rapidamente.

Betonmac: www.betonmac.com.ar Cemen Tech: www.ast-int.com.br Liebherr: www.liebherr.com.br Schwing Stetter: www.schwingstetter.com.br Terex Roadbuilding: www.terexrb.com



EQUIPAMENTOS PARA CONCRETAGEM

FABRICANTES SE ANTECIPAM

À DEMANDA Expansão nos investimentos em infra-estrutura e crescimento do mercado imobiliário movimentam o mercado de equipamentos para obras de concreto

A retomada da construção civil, impulsionada pelo boom imobiliário e pela previsão de elevados investimentos em infra-estrutura, está movimentando o setor de equipamentos, materiais e serviços para concretagem. Com a demanda por obras de habitação, saneamento, rodovias, portos e usinas hidrelétricas, fabricantes de cimento como os grupos Votorantim e Camargo Corrêa já se preparam para investir na ampliação da capacidade instalada. Em 2006, o consumo de cimento no Brasil cresceu 8,35% em relação ao ano anterior, segundo levantamento realizado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (Snic), e a expectativa do setor é de uma expansão de 10% em 2007. Entre os fabricantes de equipamentos, as projeções de aumento nas vendas seguem no mesmo patamar e, nesse cenário, as principais empresas do setor se reuniram durante o evento Concreteshow South America, em São Paulo, para expor a última palavra em tecnologia para obras de concreto.

Fabricantes se anticipan a la demanda

PAVIMENTADORA INTELIGENTE Indicada para trabalhos contínuos em construção de canais, rodovias, vias urbanas, pistas de aeroportos e muretas de segurança, a linha de pavimentadoras de concreto Wirtgen SP foi apresentada pela Ciber como alternativa para a maior precisão em serviços de pavimentos rígidos. Trata-se de um equipamento do tipo fôrma deslizante dotado de mecanismos inteligentes, como o dispositivo que insere

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automaticamente as barras de ligação e de transferência, conferindo maior rapidez à execução do pavimento. As pavimentadoras são fabricadas em seis modelos (SP 150, SP 250, SP 500, SP 850, SP 1500 e SP 1600), que produzem pavimentos de 1,5 m a 16 m de largura e vêm com vibradores elétricos incorporados. Por meio de sensores e um cabo de aço usado como guia, seu sistema de controle corrige o nivelamento da máquina e

La reactivación de la construcción civil, impulsada por el boom inmobiliario y el pronóstico optimista de cuantiosas inversiones en infraestructura, está dinamizando el sector de maquinaria y servicios de hormigón colado. Con la demanda en alta de obras de edificación, saneamiento, viales, portuarias y centrales hidráulicas, los fabricantes de cemento, como los Votorantim y Camargo Corrêa, ya se preparan para invertir en la ampliación de la capacidad instalada. En el 2006, el consumo de cemento en el Brasil creció el 8,35% con respecto al año anterior, y, de acuerdo con los sondeos realizados por el Sindicato Nacional de la Industria de Cemento (Snic), este año el sector trabaja con un índice de expansión del 10%. Entre los fabricantes de equipos, las estimaciones de aumento de las ventas se mantienen en el mismo nivel, y es en este escenario que las principales empresas del sector se reunieron durante el evento Concreteshow South America, realizado en la ciudad de São Paulo, para dar a conocer las últimas novedades tecnológicas para las obras de hormigón colado.


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

permite lançar a espessura de concreto especificada. Com isso, basta o operador inserir os parâmetros no sistema e monitorar a alimentação de concreto e a velocidade de avanço, já que a máquina faz o restante. A empresa aposta ainda na linha de usinas de concreto compactado a rolo (CCR) que proporcionam alta precisão na dosagem e produzem até 180 m³/h. Isso porque elas possuem sistema de pesagem para cada silo de agregados e cimento, bem como sistema de automonitoramento e um conjunto de sensores e válvulas para controlar a dosagem de água e aditivos. Sua cabine de comando é equipada com microcomputador e CLP e o painel de comando permite controlar a operação por modo manual ou automático. LÍDER EM AUTOBETONEIRAS Uma das apostas da Liebherr no mercado de equipamentos para concreto se concentra no segmento de autobetoneiras, no qual a empresa disponibiliza os modelos HTM 804, com capacidade para misturar e transportar até 8 m³, e a HTM 704, que opera na faixa de 7 m³. “Esses modelos reforçam nossa posição de liderança no mercado nacional, onde nossas autobetoneiras respondem por cerca de 75% do market share”, diz Guilherme Henrique Zurita Filho, coordenador de Exportação da Liebherr. Segundo ele, a empresa também figura entre os principais produtores desse tipo de equipamento na América Latina, com uma participação em torno de 30% nesse mercado. “Nossos principais clientes no continente ficam no Peru e Argentina.” As autobetoneiras da marca podem ser adquiridas com opcionais como tanque de aditivo, intensificadores de mistura e uma série de outros acessórios, como suporte de corpo de prova e comandos eletrônicos. Além desses equipamentos, a empresa produz uma ampla linha de centrais misturadoras de concreto (veja reportagem na página 10) e vislumbra forte demanda para a recicladora LRS 708, com capacidade para a reciclagem de 22 m³/h de concreto convencional.

USINAS DE SOLOS VERSÁTEIS As usinas de solos ou de CCR (concreto compactado a rolo) da Terex Roadbuilding são fornecidas em configuração fixa ou portátil, para faixas de produção entre 150 e 600 t/h. São usinas de misturas a frio indicadas para obras que exigem a confecção inicial de base ou até mesmo a restauração de base antiga. “Elas foram projetadas para trabalhar com os mais diversos tipos de materiais, como pré-misturados a frio (PMF), solo e brita, solo e cal, CCR, brita graduada ou brita graduada com cimento”, diz Carlos Americano Forghieri, gerente Comercial da Maquilinea, que representa os equipamentos da marca em São Paulo. Segundo Forghieri, a homogeneidade na mistura em qualquer dessas composições é proporcionada pelo misturador de duplo eixo tipo Pug Mill, que é acionado por dois motores elétricos com transmissão por correias em “V” independente para cada eixo. As palhetas do misturador, fabricadas com aço resistente ao desgaste, proporcionam elevada durabilidade ao conjunto. As usinas possuem silos dosadores triplos ou quádruplos, com capacidade individual de 6 m³, que podem ser fornecidos com até 15 m³ como opcional. Suas paredes com ângulo de inclinação acentuado e a boca de até 3.100 mm permitem eficiência no escoamento dos agregados. Além disso, as usinas podem ser equipadas com sistema de controle automatizado, que permite comandar a dosagem dos componentes por meio de um controlador lógico programável (CLP). “Esse sistema gera relatórios que podem ser rastreados por data específica”, conclui Forghieri. GEODRENO ACELERA ADENSAMENTO DO SOLO O geodreno Estedrain, desenvolvido pela Este, permite o adensamento de 90% do solo mole primário em aproximadamente três meses, considerando uma malha com espaçamento entre 1,3 m e 1,8 m, o que proporciona maior rapidez em obras que demandam esse tipo de tratamento do terreno. Segundo a empresa, isso é possível devido a sua maior área filtrante, atingindo até 10% a mais que o diâmetro dos geodrenos convencionais. O ganho se deve ao fato de o invólucro ser costurado e o filtro não ter trespasse por sobreposição, eliminando restrições para a entrada de água em todo o perímetro da tira do núcleo. Indicado para a estabilização de solos moles compressíveis, acelerando seu recalque com redução no tempo para a dissipação das poropressões, ele é utilizado em obras de rodovias, ferrovias, aeroportos, diques, construções industriais e portuárias. Sua instalação é precedida pela aplicação de uma manta geotêxtil e colchão drenante, com espessura média de 50 cm de areia, que permite o acesso de perfuratrizes para cravação das hastes. Podem ser instalados em profundidades de até 40 m.

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EQUIPAMENTOS PARA CONCRETAGEM RÉGUA VIBRATÓRIA AUTOMATIZADA Custa muito investir R$ 13 mil num equipamento que permite a execução de grandes lajes e pisos de concreto com qualidade e maior produtividade? Para quem acha que não, a Petrotec está comercializando uma régua vibratória treliçada e autopropelida com capacidade para assentar 8x100 m de concreto convencional em três horas. Segundo a empresa, o produto é comercializado na versão manual, que requer a atuação de dois operadores, ou hidráulica, dotada de regulagem para que o fluxo de trabalho seja mantido sem a intervenção humana. A configuração de régua com 8 m de comprimento se refere ao modelo manual. Porém a empresa diz que pode desenvolver equipamentos maiores, como réguas vibratórias treliçadas de até 18 m.

PAVIMENTADORA COM ESTEIRAS REGULÁVEIS A pavimentadora de concreto GT-6300, produzida pela Gomaco, é um equipamento compacto indicado para a execução de pavimentos com até 6 m de largura, incluindo a construção de meio-fio, calçadas de lazer, barreiras e grades de segurança para pontes ou viadutos. Acionada por um motor diesel de 115 kV de potência, ela avança a uma velocidade média de 8,5 m/min ou de 16,8 m/min em serviços que demandam maior mobilidade. O equipamento apresenta dirigibilidade em todas as esteiras, cujo sistema de posicionamento permite maior estabilidade e elevada capacidade para manobras destinadas e desviar de obstáculos. Isso porque a esteira dianteira do lado direito realiza movimentos telescópicos, enquanto a dianteira esquerda gira e a traseira desliza, possibilitando o ajuste de posições entre elas. A máquina conta ainda com sistema de controle de declives, conferindo maior precisão ao serviço de pavimentação.

PERFURATRIZ PARA FUROS DE 800 MM A empresa de fundações Geotesc, com sede em Camboriú (SC), foi a primeira a adquirir uma perfuratriz recém-lançada pela CZN, com capacidade para furos de 800 mm de diâmetro e alcance de até 35 m de profundidade. Dona de mais 13 equipamentos da mesma marca, ela opera metade desse parque com escavadeiras de 30 t de peso operacional e o restante sobre a própria carreta das perfuratrizes. O novo modelo requer uma máquina portadora de 30 t e esteira estendida. Ele atinge um torque máximo de 16.000 kgm e potência de 240 hp, com uma força de extração total no guincho de 60 t. ABATIMENTO DE POEIRA Indicado para aplicação em transportadores de correias e usinas de britagem, o sistema de abatimento de poeira Fogger System, desenvolvido pela Rasper, conta com uma unidade central de bombeamento e tubulações com bicos spray, eliminando o uso de compressores e produtos químicos como tensoativos ou detergentes. Segundo a empresa, essa tecnologia possibilita economia no consumo de água, evitando que o produto fique encharcado e molhando somente o pó a ser eliminado. A Rasper também desenvolve um alinhador de correias dotado de rolos centrais alinhados em ângulo, para proporcionar o contato em toda a largura do transportador e dos rolos laterais. Com isso, o sistema faz com que a correia, quando mal posicionada, seja imediatamente redirecionada para o centro da estrutura. Estudos desenvolvidos pela empresa apontam que o sistema amplia a vida útil dos demais componentes do transportador, evitando danos às bordas da correia e quedas do material transportado.

Ciber: www.ciber.com.br CZM: www.czm.com.br Este: www.este.com.br Gomaco: www.gomaco.com

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Liebherr: www.liebherr.com.br Petrotec: www.petrotec.com.br Rasper: www.rasper.com.br Terex Roadbuilding: www.terexrb.com



CRÉDITO DE CARBONO

PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL TAMBÉM GERA RECEITA

Mudanças na matriz energética e tecnologias mais limpas viabilizam projetos de crédito de carbono na área de equipamentos. Além da questão econômica, a empresa ganha com a maior eficiência no processo e reduz a emissão de gases poluentes

E

mbora ainda se encontrem em estágio incipiente, os projetos ancorados no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), um dispositivo estabelecido pelo Protocolo de Kyoto, já totalizam cerca de US$ 72 bilhões em todo o mundo. Esse é o volume de negócios movimentados no comércio internacional de créditos de carbono, cujo destino são projetos que deixarão de lançar, nos próximos cinco anos, nada menos que 3,7 bilhões de toneladas de gases responsáveis pelo aquecimento global. No Brasil, pouco mais de 200 projetos estão em implantação e devem render em torno de US$ 4 bilhões às empresas envolvidas. Os setores que mais têm contribuído nesse campo são os de geração de energia, de suinocultura e de aterros sanitários. Mas o leque de oportunidades é amplo e se estende a quase todos os segmentos, inclusive o de equipamentos para construção (veja boxe na página 22). Segundo especialistas, a baixa ocorrência de projetos no País se deve, em grande parte, à desinformação dos empresários sobre os benefícios resultantes de uma ação desse tipo. Afinal, mais do que obter uma receita adicional, o ingresso da empresa no mercado de crédito de carbono demonstra preocupação com o meio ambiente global, com inquestionáveis benefícios para sua imagem corporativa. “O MDL é o primeiro instrumento político internacional estabelecido com base nas leis de livre mercado para a redução do efeito estufa”, diz Silvimar Fernandes Reis, diretor de Suprimentos da Galvão Engenharia, uma das pioneiras no setor em projetos nessa área.

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Por Alberto José Zambrana

Preocupación con el medio ambiente también genera ingresos Aunque los proyectos vinculados al Mecanismo de Desarrollo Limpio (MDL), una disposición anunciada en el Protocolo de Kyoto, aún se encuentran en una etapa temprana ya suman aproximadamente 72.000 millones de dólares en todo el mundo. Este volumen de negocios que genera el comercio de créditos de carbono, cuyo destino son proyectos que apuntan, a lo largo de los próximos cinco años, evitar el lanzamiento a la atmósfera de nada menos que 3.700 millones de toneladas de gases responsables del calentamiento global. En el Brasil, los casi 200 proyectos que están en fase de implementación deben generar ganancias de aproximadamente 4.000 millones de dólares a las empresas que adhirieron al programa. Los sectores


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CRÉDITO DE CARBONO Bases para o acordo A origem de tudo está no Protocolo de Kyoto. A preocupação com o meio ambiente, em especial o acelerado aquecimento do planeta, levou diversos países a assinarem, em 1997, no Japão, um acordo para a redução da emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa (GEE). Entre eles estão o CO2 (dióxido de carbono), o metano e o N2O (óxido nitroso), entre outros. O Protocolo definiu que os países desenvolvidos, signatários do acordo, deverão reduzir em 5,2% a emissão desses gases, no período entre 2008 e 2012, em comparação aos volumes lançados ao meio ambiente em 1990. Como o cumprimento a tais determinações exigiria a mudança imediata na matriz energética dessas nações e no processo de suas indústrias, o que poderia resultar em recessão econômica global, o acordo prevê instrumentos de flexibilização. Entre eles está o conceito de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), pelo qual nações desenvolvidas podem cumprir sua cota ao investir em projetos que reduzam emissões de gases poluentes nos países em desenvolvimento signatários do acordo. A transação ocorre pela compra de créditos de carbono, cujo valor é determinado de acordo com o potencial de aquecimento global de cada tipo de gás responsável pelo efeito estufa. (veja quadro na página 24). Para a empresa beneficiária desse instrumento, os ganhos vão além do mero aspecto econômico. Afinal, numa época em que a questão ambiental não pode mais ser negligenciada, qualquer ação para reduzir a emissão de gases poluentes contribui com a imagem corporativa da empresa.

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O exemplo da Galvão Engenharia Com o suporte da uma consultoria especializada, a Galvão Engenharia figura entre as primeiras construtoras do Brasil a investir num projeto de MDL baseado na otimização de seu parque de equipamentos. A primeira providência foi a substituição de 26 veículos de apoio movidos a gasolina por automóveis com motor flex. A construtora também está atuando na frota de transporte, na qual substituiu 56 caminhões por modelos com motor eletrônico. Silvimar Fernandes Reis, diretor de Suprimentos da construtora, explica que outras ações estão em estudo para aplicação em futuras obras, como o uso de energia solar, o reaproveitamento de águas de chuva e a redução de emissão de gases na produção de concreto. “Nossa intenção é formar um banco de créditos de carbono para comercialização futura”, diz ele.

“Num futuro nada distante, até mesmo a obtenção de uma linha de crédito exigirá que o proponente tenha em curso algum projeto relacionado à causa ambiental”, avalia Silvimar.

que más han contribuido a este campo son los de generación de energía, ganado porcino y rellenos sanitarios. Pero el abanico de oportunidades es amplio y abarca casi todos los segmentos, entre ellos el de maquinaria para la construcción. De acuerdo con los especialistas, no se están implementando más proyectos en el Brasil debido, sobre todo, a la desinformación de los empresarios sobre los beneficios resultantes de una acción de este tipo. Al fin y al cabo, más que obtener ganancias adicionales, cuando una empresa participa en el mercado de crédito de carbono demuestra que su nivel de concienciación con respecto a los problemas medioambientales del mundo es elevado, lo que valoriza su imagen corporativa. “El MDL es el primer instrumento político internacional que se estableció basado en las leyes de libre mercado a fin de reducir el efecto invernadero”, explica Silvimar Fernandes Reis, director de suministros de la empresa Galvão Engenharia. La empresa se sitúa entre las primeras empresas de la construcción del Brasil que invierte en un proyecto de MDL basado en la optimización de su parque de equipos. La primera medida que tomó la empresa fue la substitución de 26 vehículos que prestan apoyo equipados con motores a gasolina por otros con motores flex, o bicombustibles. La empresa también está tomando medidas con respecto a su flota de transporte, ya sustituyó 56 camiones por otros modelos con motor electrónico. El origen de todos los cambios está en el Protocolo de Kyoto. La preocupación por el medio ambiente, especialmente en lo que se refiere a la aceleración del calentamiento del planeta, incentivó a diversos países a firmar, en 1997, en Japón, un acuerdo para reducir la emisión de gases responsables del efecto invernadero. Los países desarrollados se han comprometido a reducir la emisión de gases, sin embargo, como cumplir con dichas determinaciones exige que se implementen cambios en la matriz energética y procesos industriales, lo que podría resultar en una recesión económica mundial, el acuerdo incluye instrumentos de flexibilización. Gracias al Mecanismo de Desarrollo Limpio (MDL), una empresa también puede cubrir su cupo, en lo que se refiere a proyectos que apunten a la reducción de las emisiones de gases contaminantes, en los países en desarrollo.


MANUTENÇÃO&TECNOLOGIA

Lucrando com eficiência Em que pesem os fatores ambientais, a rentabilidade de um projeto de MDL pode ser muito atrativa. Segundo Silvimar, um exemplo consistente foi dado pela prefeitura de Bogotá, na Colômbia, com a instalação do projeto Transmilênio, um sistema integrado de corredores exclusivos para ônibus de grande porte usados no transporte público. Além da construção de vias segregadas, o projeto abrangeu a substituição de um terço da frota de coletivos da cidade por 1.200 ônibus articulados com capacidade para 160 passageiros cada um. Com o uso de veículos modernos e de corredores exclusivos, a velocidade média das viagens saltou de 10 km/h para 24 km/h e o número de passageiros transportados diariamente aumentou de 160 mil para 550 mil. Para o cálculo dos créditos foi computada, entre outros itens, a queda nas emissões de gases, por conta da redução no número de automóveis que circulam pelas ruas de Bogotá e também devido à modernização da frota de ônibus. As cerca de 300 mil t/ano de CO2 que deixaram de ser emitidas estão rendendo à prefeitura da capital colombiana cerca de € 3,1 milhões anuais. Silvimar lista uma série de ações que podem gerar créditos, desde a substituição da matriz energética em determinadas operações, até o aproveitamento de águas pluviais ou a mobilização de equipamentos dotados de tecnologias que os tornem menos

Eficiência energética: pavimentadoras à base de energia elétrica eliminam poluição com melhor aquecimento do asfalto


CRÉDITO DE CARBONO poluentes. Nessa linha, por exemplo, as vibro-acabadoras com mesa aquecida por energia elétrica podem ocupar o espaço ocupado pelos modelos a diesel. Além de eliminar a poluição e o consumo de uma fonte de energia não-renovável, a iniciativa proporciona uma queima mais uniforme na mesa dessas pavimentadoras e resulta em maior eficiência no serviço. Apesar da geração de energia por matriz hídrica ser uma das soluções mais limpas, a substituição de grandes usinas por pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) também elimina impactos ambientais – especialmente em termos de áreas alagadas – e pode se enquadrar em projetos de MDL. Na área de equipamentos, por exemplo, a redução de gases gerados por uma central de concreto numa obra de PCH – quando comparada às emissões na construção de uma grande hidrelétrica – chega a gerar cerca de € 300 mil anuais em créditos de carbono. Basta montar um projeto de MDL de acordo com as premissas estabelecidas pelo protocolo de Kyoto. Caminhos para o crédito Existem basicamente dois caminhos para as empresas desenvolverem um projeto de MDL e fazerem a oferta de créditos de carbono. O mais trabalhoso é fazê-lo por conta própria, motivo pelo qual a maioria delas acaba contratando os serviços de uma consultoria especializada. “Há um trâmite legal que passa, necessariamente, pelo comitê executivo da Organização das Nações Unidas (ONU) antes da comercialização desses créditos”, diz Carlos Henrique del Pupo, diretor da Key As-

sociados, consultoria em projetos e transação de créditos de carbono. O primeiro passo para uma empresa interessada é elaborar o Documento de Concepção do Projeto (DCP). Ele deve conter a descrição geral do projeto, a metodologia a ser utilizada e seu prazo de duração, bem como os mecanismos de monitoramento, seus impactos ambientais e as estimativas para a redução de emissões dos gases responsáveis pelo efeito estufa. Segundo as regras estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto, o DCP deve ser aprovado por uma autoridade nacional designada, que no caso do Brasil é a Comissão Interministerial de Mudanças Globais do Clima. Sob coordenação do Ministério da Ciência e Tecnologia, esse órgão reúne representantes da Casa Civil e dos ministérios das Relações Exteriores; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Transportes; Minas e Energia; Planejamento, Orçamento e Gestão; Meio Ambiente; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Cidades; e Fazenda. Uma vez aprovado pela Comissão Interministerial de Mudanças Globais do Clima,

Quantos créditos valem cada gás A base para determinação dos créditos de carbono está relacionada ao nível de importância de cada tipo de gás poluente no fenômeno do efeito estufa. Por convenção, estabeleceu-se que uma tonelada de CO2 equivale a um crédito e, como o gás

metano apresenta um potencial de aquecimento global 21 vezes maior do que o dióxido de carbono, uma tonelada de metano reduzida corresponde a 21 créditos de carbono. O valor de um crédito de carbono está cotado atualmente em cerca de € 10.

Tipo de gás Dióxido de carbono (CO2) Metano (CH4) Óxido nitroso (N2O)

Crédito de carbono 1 21 310

Hidrofluorcarbonetos (HFCs)

140 a 11.700

Perfluorcarbonetos (PFCs) Hexafluoreto de enxofre (SF6)

6.500 a 9.200 23.900

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o projeto deverá ser registrado no Conselho Executivo da ONU, órgão responsável pela emissão de certificados para os projetos que cumprem todas as etapas previstas no MDL. “Esse Conselho faz a transferência dos registros dos créditos de carbono, mas as condições da transação comercial são acordadas entre as partes envolvidas, sem a sua participação”, explica del Pupo. Mercado brasileiro De acordo com Silvimar, o maior comprador de créditos de carbono da atualidade é o Japão (46%), seguido pelo Reino Unido (15%), os países europeus do Báltico (0,8%) e as demais nações da comunidade européia (0,7%). A China responde por cerca 67% das vendas e o restante fica literalmente pulverizado entre os demais países em desenvolvimento signatários do Protocolo de Kyoto. O Brasil, por exemplo, responde por minguados 0,9%. Segundo del Pupo, o Brasil ainda não possui um mercado consolidado para a negociação desses créditos. O passo inicial foi dado no final de setembro, quando a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) fez o primeiro leilão público de créditos do carbono do País para a prefeitura de São Paulo. Os títulos negociados têm origem no projeto implantado no aterro Bandeirantes, onde uma usina termoelétrica transforma o gás metano proveniente do lixo em energia elétrica. A estimativa do governo municipal era de atrair cerca de R$ 30 milhões, correspondentes a mais de 800 mil t de gás metano que deixaram de ser lançados na atmosfera.

Galvão Engenharia: www.galvaoengenharia.com.br Key Associados: www.keyassociados.com.br



TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA

EFICIÊNCIA E ECONOMIA NA OPERAÇÃO DOS CAMINHÕES Sistemas de transmissão automática e automatizada derrubam os custos com combustível, manutenção e, com retarder integrado, conferem maior eficiência à operação

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sileiro para os modelos P420, tanto na versão 6x4 como na 8x4, e R470, que estamos lançando com tração 10x4”, diz Alex Neri, da área de Engenharia de Vendas da montadora. Ele explica que a tecnologia será oferecida como item de série nesse último modelo e como opcional nos caminhões 6x4 e 8x4. Entre os benefícios para o usuário, Néri cita a maior vida útil do trem de força. Segundo ele, isso acontece porque o sistema não admite erros e só realiza a troca de marchas no momento correto de potência e torque do motor. Nesse sistema, o motorista usa a embreagem apenas na partida e na parada do veículo.

Opções disponíveis Assim como no sistema Opticruise, a transmissão automatizada da ZF realiza o engate das marchas automaticamente, mas não conta com embreagem. “Nossa tecnologia faz com que o motor reduza a rotação para a troca de marchas e pode ser aplicada em caminhões que têm de 6 a 16 velocidades”, diz Drewes. A Volvo também disponibiliza um sistema de transmissão automatizada chamado I-Shift para seus caminhões estradeiros, incluindo os bitrens (até 57 t) e os rodotrens (até 78 t). Segundo a empresa, ele tem uma caixa com engrenamentos mecânicos e toda a atuação é feita eletronicamente, permitindo que

Foto: Volvo

Os caminhões da frota estão consumindo muito combustível e seus componentes do trem de força apresentam uma vida útil abaixo da média? Se isso acontece e nenhuma política de treinamento dos operadores resolve o problema, a solução pode ser o uso de transmissão automática ou de transmissão automatizada. As tecnologias já são disponibilizadas pelas principais montadoras de caminhões rodoviários e mostram-se vantajosas quando comparadas à transmissão mecânica convencional, com uma economia de até 8% no consumo de combustível. Cristian Drewes, gerente de Desenvolvimento de Negócios da ZF do Brasil, explica que a transmissão automatizada tem como base o sistema mecânico, porém sem a alavanca para troca de marchas. “Em seu lugar, um atuador faz a abertura da embreagem e outro realiza a passagem das marchas automaticamente.” Segundo ele, a característica mais marcante na transmissão automatizada é o fato de não ter conversor de torque, como na automática. Dessa forma, ela proporciona a mesma eficiência e facilidade de manutenção da transmissão mecânica, com o beneficio da troca de marchas automática. Pensando nessas vantagens, a Scania está lançando o sistema de transmissão automatizada Opticruise para equipar seus caminhões. “A partir de outubro, ela estará disponível no mercado bra-



TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA Volkswagen Caminhões, que apesar de não dispor de transmissão automática ou automatizada como itens de série para seus caminhões, pode realizar adaptações sob encomenda, com a instalação de sistema automático. O prazo de entrega para esses pedidos varia de 60 a 90 dias e pode incorporar o freio auxiliar (retarSistema Opticruise, da Scania: transmissão automatizada como item de série der) integrado. “Mas os engates sejam realizados de forma também estamos testando a transmissão automatizada, que deve ser lanprecisa, sem trancos na transmissão. Atualmente, cerca de 10% dos ca- çada no começo de 2008 para alguns minhões da série FH comercializados caminhões da nossa linha”, diz Rogério pela montadora saem de fábrica com Gil Costa, supervisor de Marketing e essa tecnologia e, entre as vantagens Produtos da montadora. para o operador, a empresa destaca o maior conforto e a atenção ao volan- Transmissão automática te. A economia no consumo de comPara um País onde a transmissão bustível decorre do fato de as trocas automática para caminhões ainda de marchas ocorrerem no momento não é uma realidade, as expectaticerto de potência e torque do motor, vas dos usuários se concentram nos além da diminuição do peso total do próximos lançamentos das montaveículo, que pode chegar a 70 kg. doras, embora nenhuma delas teDiferentemente da Scania e Volvo, nha divulgado oficialmente projetos a Ford Caminhões não disponibiliza nessa área. Em contrapartida a esse sistemas de transmissão automática descuido da indústria automotiva, ou automatizada para seus veículos os fabricantes de sistemas de transno mercado nacional. Com a inau- missão, como é o caso da ZF, já guração do Centro de Modificação oferecem a tecnologia com foco no em sua fábrica de São Bernardo do cliente final, o frotista. Campo (SP), o Mod Center, a monCristian Drewes recomenda esse tadora planeja incluir no cardápio de tipo de solução principalmente para mudanças oferecidas aos frotistas a operações nas quais os caminhões possibilidade de instalar transmissão desenvolvem baixas velocidades méautomática. O projeto está sendo de- dias, como no caso de transporte em senvolvido em parceria com a Eaton mineração. Além disso, geralmente e não tem prazo para lançamento. esses veículos utilizam um freio auxiEssa estratégia já é adotada pela liar integrado, o retarder, que é acionado até praticamente a sua parada, de forma a poupar o uso do freio de serviço. “A transmissão automática tem conversor de torque e planetários que fazem a redução na saída do sistema”, diz ele. A transmissão automática com retarder integrado da ZF chama-se Intarder e está começando a ser comercializada no Brasil. “Esse produ-

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Eficiencia y economía en la operación de camiones ¿Los camiones de su parque de maquinaria están consumiendo mucho combustible y los componentes del tren de fuerza tienen una menor vida útil respecto al promedio? Si esto está ocurriendo y ninguna política de capacitación de operadores corrige el problema, la solución puede ser el uso de la transmisión automática o de la transmisión automatizada. Las principales fábricas de camiones viales ya disponen de estas tecnologías que se muestran ventajosas cuando se las compara con la transmisión mecánica convencional, lo que permite conseguir un ahorro máximo del 8% en el consumo de combustible. Cristian Drewes, gerente para el desarrollo de negocios de la empresa ZF del Brasil, explica que la transmisión automatizada se basa en un sistema mecánico sin palanca de cambio de velocidades. “En su lugar, un actuador abre el embrague y otro realiza el cambio de velocidades automáticamente.” Según explica Drewes, la característica más importante en la transmisión automatizada es que no tiene convertidor de par, como ocurren en la automática. De esta manera, la transmisión ofrece la misma eficacia y facilidad de mantenimiento que la transmisión mecánica, con la ventaja que los cambios de velocidades son hechos de forma automática. El especialista recomienda la transmisión automática en aquellas situaciones en que los camiones trabajan, en general, a bajas velocidades promedios, como es el caso del transporte de minerales. Además, estos vehículos suelen usan un freno auxiliar integrado, el retardador, que se acciona incluso hasta cuando está detenido para ahorrar el uso del freno de servicio. “La transmisión automática cuenta con un convertidor de par con caja de planetarios que hacen la reducción a la salida del sistema”, explica. Intarder, la transmisión automática con retardador integrado de ZF, ya está disponible en el Brasil. Scania, por su lado, equipa sus camiones P420 con el recientemente lanzado sistema automatizado Opticruise, tanto la versión 6x4 como la 8x4, además del R470, que llega al mercado como el primero 10x4 de su categoría. Esta novedad tecnológica está disponible como componente de fábrica en este último modelo y es un opcional en los camiones 6x4 y 8x4.


to é fabricado pela nossa matriz, na Alemanha, e será aplicado em alguns modelos de caminhões e ônibus vendidos aqui no Brasil para avaliarmos a demanda. Caso seja viável, passaremos a produzi-lo na fábrica de Sorocaba (SP)”, afirma Drewes. Segurança nas descidas A popularização do retarder, aliás, também vem a reboque da busca por economia no consumo de combustível e na manutenção, principalmente dos freios e componentes do trem de força. Mas como o uso de transmissão automática ainda se mostra incipiente no País, a maioria das suas aplicações ocorre em conjunto com sistemas mecânicos. A Valeo, por exemplo, oferece no mercado o freio auxiliar da marca Telma para veículos acima de 7,5 t. “Vendemos retarder no Brasil há cerca de dois anos e a maior demanda está na frota de ônibus”, diz

Robson Costa, gerente de Produtos da empresa, responsável pelas áreas de motor de partida e alternador. Para ele, a exemplo do que ocorreu na Europa, onde há uma tendência para a instalação de retarder integrado à caixa de câmbio dos caminhões como item de série, a oferta dessa tecnologia pelas montadoras no Brasil deve evoluir naturalmente com o tempo. “Como nossa frota tem um perfil predominantemente europeu e no Velho Mundo o uso de freio auxiliar é obrigatório por lei para declives acima de 7º, temos um mercado muito promissor para o futuro”, avalia Costa. O especialista explica que o retarder tem a função de permitir que um caminhão desça carregado uma rampa com mais de 5º de inclinação e a uma velocidade controlada, algo impossível apenas com o uso do freio de serviço. Além de conferir maior segurança à operação, a tecnologia ajuda

Foto: Scania

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA


Foto: Voith Turbo

TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA

Retarder hidráulico: presente nos novos caminhões Axor

a economizar o consumo de combustível, reduz o desgaste dos componentes do caminhão e proporciona ciclos mais rápidos de transporte. “O nosso retarder é do tipo eletromagnético e conta com uma bobina presa à carroceria do veículo e um rotor em seu eixo cardan”, explica Costa. Dessa forma, quando o caminhão se desloca, o rotor se movimenta com a rotação do cardan, as bobinas de campo são magnetizadas e giram junto com o movimento do retarder, acionando a frenagem quando a velocidade de descida programada pelo operador for atingida. Na opinião de Costa, a tecnologia eletromagnética é mais econômica do que a hidromagnética por não depender do sistema de refrigeração do motor. Pelos cálculos da Valeo, ela exige menos manutenção, mas requer cuidados quanto ao afastamento das bobinas em relação ao motor e a sua magnetização. “O custo para sua aquisição varia entre R$ 7 e R$ 15 mil, de acordo com a tonelagem do

veículo, e a entrega demora cerca de 90 dias”, diz ele. Retarder hidráulico Ao contrário da Valeo, a Voith Turbo desenvolve o retarder do tipo hidromagnético – que utiliza o mesmo líquido de sistema de arrefecimento do motor – e sua tecnologia passará a equipar como item de série os novos caminhões Axor em lançamento pela Mercedes-Benz. “Enquanto cerca de 40% da frota de caminhões europeus já sai de fábrica com esse componente, no Brasil apenas 2% da frota é equipada com o retarder”, diz Rogério Pires, gerente da divisão automotiva da empresa. Ele avalia que a iniciativa da Mercedes-Benz abre uma nova frente para a aplicação de retarder em operações severas, segmento no qual apenas a Scania oferecia o componente como item de série em seus caminhões 6x4 e 8x4. Além disso, a Voith também fornece a tecnologia para os caminhões da série SH, comercializados pela Volvo na Europa, que também deve seguir o mesmo caminho na América Latina. No caso da Scania, o freio auxiliar usado também é do tipo hidráulico e atua no eixo de saída da caixa de câmbio, evitando expor o motor a forças de frenagem desnecessárias. Com isso, ele fornece uma potência de frenagem de 650 kW conjugada ao freio motor, permitindo que um caminhão carregado desça rampas de até 9% em velocidade de 30 km/h. O sistema é aplicado nos caminhões

P420 6x4, que têm um peso bruto (PBT) de 38,5 t, e nos modelos 8x4, de 47 t de PBT. “Como o retarder reduz o consumo de combustível em até 5% e o uso do freio de serviço em 10 vezes, ele só tende a ser mais utilizado”, diz Pires. Segundo ele, isso ocorre porque o freio motor gera um torque de frenagem transferido diretamente para o sistema de transmissão. Com o retarder, essa energia é dissipada, economizando os componentes da transmissão e mantendo a velocidade permitida para cada marcha, o que se traduz em menor consumo de combustível. “Sem contar que o uso do freio motor implica em uso da embreagem, o que representa a perda de frenagem por alguns segundos e menos segurança para a operação”, complementa. Pires ressalta que o uso do freio de serviço por longos períodos provoca o aquecimento de suas lonas e acelera o desgaste desses componentes. “Com o retarder, ele é acionado somente quando o veículo está praticamente parado e como as lonas de freio operam em temperaturas mais baixas, seu desgaste é menor.” Pelos cálculos da Voith Turbo, isso pode gerar economia de até 10 vezes no freio de serviço.

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EM FOCO

VOLVO ESTRÉIA NO MERCADO DE MINICARREGADEIRAS

A

Volvo Construction Equipment Latin American (VCE LA), braço do grupo sueco Volvo na área de equipamentos para construção, mineração e operações florestais, ingressou em um novo segmento de mercado: o de máquinas compactas. Em agosto, a empresa lançou no País uma linha de minicarregadeiras para disputar um segmento até então ocupado apenas por modelos importados. Para isso, a empresa investiu US$ 2 milhões na fábrica de Pederneiras (SP), que desde dezembro já produzia os equipamentos para exportação aos Estados Unidos. Yoshio Kawakami, presidente da VCE ressalta a importância do Brasil para a empresa ao destacar que se trata do segundo mercado global no qual a companhia lança a nova família de equipamentos. “Como atuávamos exclusivamente no segmento de máquinas de grande porte, trata-se do primeiro passo em direção à outra

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metade do mercado”, diz ele. Isso porque os equipamentos menores representam entre 40% e 50% das vendas do setor, segundo sua avaliação. O maior consumo nessa área é por retroescavadeiras, mas Yoshio justifica a opção da fabricante pelas minicarregadeiras devido a sua elevada versatilidade e produtividade. “Elas atendem a demanda por obras urbanas e em ambientes confinados, mas também encontram aplicação em outros segmentos além dos tradicionais usuários.” Nessa categoria, o executivo inclui as locadoras e empresas que usam equipamentos maiores e de forma sub-utilizada, como a mobilização de carregadeiras para limpeza de pátios, de usinas de pelotização e frentes de mineração. Ele sabe o que diz já que, antes de lançar os equipamentos, coordenou uma pesquisa para detectar as necessidades dos clientes. Como as minicarregadeiras estão sendo fabricadas no

Brasil, o executivo aposta na sua competitividade frente aos modelos importados. Esse segmento consumiu cerca de 700 unidades em 2006 e a expectativa é de que o mercado interno chegue à casa das 1.000 unidades este ano. “A demanda está crescendo rapidamente, pois trata-se de um equipamento versátil e indicado para obras imobiliárias e construções em áreas urbanas.” A expectativa da empresa é de conquistar uma fatia de 25% do mercado de minicarregadeiras até o próximo ano. Disponíveis em cinco modelos, os equipamentos serão comercializados na faixa de preço a partir de R$ 80 mil. Além disso, a VCE lançou um sistema de consórcio em 60 meses, no qual o cliente paga 1% do valor do equipamento ao mês, até a contemplação ou a metade do plano, de forma a reduzir seus desembolsos. As minicarregadeiras da marca são fabricadas em modelos de 635 a 1.088 kg de capacidade de carga (veja qua-


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

dro abaixo) e podem contar com o tradicional sistema de controle manual, à base de alavancas e pedais, ou por meio de joystick. Elas permitem fácil acesso aos pontos de manutenção e podem ser adquiridas com cabine aberta ou fechada, ambas dotadas de proteção contra tombamento (ROPS) e quedas de objetos (FOPS). Junto com os equipamentos, a empresa lançou uma série de implementos para sua operação, como porta-pallets, garras, vassouras, fresadoras e outros.

Yoshio ressalta que os equipamentos contam com motor adequado às exigências de emissões do mercado norte-americano (Tier II). “Embora esse não seja um requisito no Brasil, sem dúvida representa um diferencial, já que eles operam em ambientes confinados, onde a emissão de gases pode ser prejudicial aos operadores e demais trabalhadores”, conclui o executivo. Volvo: www.volvo.com/constructionequipment/ brazil/br-pt/

Características dos equipamentos MODELO Potência líquida do motor (SAE) Torque bruto do motor Velocidade máxima Pressão do sistema hidráulico Capacidade de carga Peso operacional Força de desagregação (elevação) Força de desagragação (na caçamba)

MC60B

MC70B

MC80B

MC90B

MC110B

45,3 hp 140 Nm (1.200 rpm) 11 km/h 172 bar 635 kg 2.551 kg 1.228 daN 1.740 daN

53 hp 160 Nm (1.200 rpm) 12,1 km/h 172 bar 680 kg 2.632 kg 1.537 daN 1.611 daN

65,2 hp 250 Nm (1.000 rpm) 10,2 km/h 186 bar 839 kg 3.096 kg 1.809 daN 2.899 daN

80 hp 305 Nm (1.800 rpm) 10,8 km/h 186 bar 907 kg 3.169 kg 1.955 daN 2.921 daN

80,5 hp 305 Nm (1.800 rpm) 10 km/h 186 bar 1.088 kg 3.394 kg 2.283 daN 2.874 daN

Kawakami: empresa quer 25% do mercado de minicarregadeiras


EM FOCO

IÇAMENTO DE CARGAS: DEMANDA AQUECIDA PARA AS CINTAS DE POLIÉSTER Líder no mercado de cintas de poliéster para amarração e içamento de cargas, a Tecnotextil prepara-se para investir R$ 3 milhões na expansão de sua fábrica de Santos (SP). Segundo Luciano Manuel Pereira Vaz, presidente da empresa, o objetivo é ampliar a produção anual de 200 mil para 300 mil cintas, com a expansão física da unidade em 50% e a instalação de novos teares e demais equipamentos. Ele atribui o crescimento na demanda não apenas ao aumento na movimentação

de cargas nos portos brasileiros, mas também aos investimentos em obras de infra-estrutura. Nessa área, as cintas da empresa, que produz a linha Levtec, estão presentes em obras como o complexo eólico de Osório (RS), composto por três parques geradores de 50 MW cada um. Nesse empreendimento, pertencente à empresa Ventos do Sul Energia, as cintas são usadas no içamento dos aerogeradores (turbinas eólicas), que são instalados em torres de concre-

to de 98 m de altura. A empresa também fornece cintas de poliéster para serviços de amarração e içamento de cargas em obras de gasodutos, como a linha UrucuManaus e os diversos trechos do Gasoduto Sudeste-Nordeste (Gasene), que compreende 1,4 mi km de extensão, entre o terminal de Cabiúnas (RJ) e o município de Catu (BA). No trecho entre Cacimbas e Catu, por exemplo, o produto é usado pela empresa de logística Serpre, contratada para o transporte dos dutos de aço desde a fábrica da Confab, no interior de São Paulo. A logística inclui a distribuição dos tubos de 28" de diâmetro por vários trechos da obra, exigindo cerca de 9.500 viagens de carretas até a conclusão do projeto. Segundo Ronaldo Kauschus Leal, diretor Comercial da transportadora, a empresa responde ainda pela instalação dos berços para acomodação dos tubos nas carretas. “A Tecnotextil nos fornece as catracas CF100, as cintas de amarração e os suportes de aço desenvolvidos em parceria com nossa empresa para fixação dos frontões de aço, que protegem a cabine do motorista em caso de impacto”, ele explica. Pereira Vaz, presidente da Tecnotextil, explica que as cintas de poliéster da empresa substituem os cabos de aço em tarefas de amarração e içamento com vantagens como a maior durabilidade, praticidade, le-


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EM FOCO veza e menor custo. “Elas apresentam alta capacidade de absorção de forças e resistem a sucessivos carregamentos”, diz ele. O executivo ressalta que as cintas não riscam ou amassam a superfície das cargas movimentadas e se ajustam facilmente ao seu contorno. “Além disso, devido a sua baixa absorção de líquidos, operam em ambientes úmidos sem apresentar degradação ou encharcamento.” Ele ressalta que as cintas Levtec seguem as normas da Comunidade Européia para elevação (EN 1492-1/2) e amarração de cargas (EN 121/95) e são produzidas de acordo com o padrão internacional de cores. “Seu baixo custo permite que o embarcador as inclua no custo de transporte e de embalagem como item one-way, principalmente na movimentação de produtos de alto valor agregado.” Tecnotextil: www.tecnotextil.com.br


ANÚNCIO


SEGURO DE EQUIPAMENTOS

VALE A PENA CORRER

O RISCO?

Antes de contratar uma apólice de seguro para proteger a frota de equipamentos, o usuário precisa conhecer os níveis de riscos envolvidos e os custos para mitigá-los

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Q

uando contratar uma apólice de seguro para os equipamentos usados no canteiro de obras ou optar por correr o “risco” sozinho, sem a retaguarda de uma companhia seguradora? O assunto figura entre as preocupações diárias dos profissionais do setor que, para reduzir custos operacionais e ampliar a competitividade da empresa, sentemse seduzidos a eliminar esse gasto. A estratégia já vem sendo largamente usada por muitas construtoras que, nas operações com baixa ocorrência de sinistros, constatam a vantagem de se eliminar o custo com seguro dos equipamentos. Nesses casos, a lógica adotada é a de que sai mais em conta repor o bem diante de um

roubo ou dano do que arcar com os valores da apólice. Mas nesse assunto não existe regra geral e, em determinadas situações de risco, o seguro da frota torna-se imprescindível. Comprovando a existência dessa demanda, a corretora Loydes Master, que atua no mercado há mais de uma década, decidiu focar seu negócio no setor de equipamentos pesados e, nos últimos cinco anos, não tem do que reclamar. Segundo Fábio Garcia Barreto, diretor Comercial da empresa, o valor de um seguro não chega a impactar o custo de uma obra a ponto de torná-la inviável. “Não é esse custo que fará uma construtora perder um contrato”, corrobora Eurimílson João Daniel,


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

¿Vale la pena correr el riesgo de trabajar sin seguro? ¿Cuándo es conveniente contratar una póliza de seguro para la maquinaria que trabaja en las obras o correr el "riesgo" de usarla sin contar con el apoyo de una compañía de seguros? El tema aparece entre las preocupaciones diarias que asaltan a los profesionales del sector que, para reducir los costos operacionales y aumentar la competitividad de la empresa, se ven seducidos por el recurso de eliminar ese gasto. Desde hace bastante tiempo, muchas empresas de construcción civil han constatado que es ventajoso recortar el costo de los seguros de los equipos en obras con bajos índices de siniestros. En esos casos, el argumento más común es que sale más barato reponer el bien robado, destruido o dañado que pagar los altos precios de las pólizas. Pero, sobre este tema no existe una regla general y, en determinadas situaciones de riesgo, es imprescindible contratar un seguro que cubra la flota. Fábio Garcia Barreto, director comercial de la compañía de seguros Loydes Master, explica que el precio de un seguro no genera un impacto en el costo de una obra al punto de tornarlo inviable. “No es el costo referente al seguro que hará con que la constructora pierda un contrato”, ratifica Eurimílson João Daniel, director de gestión de Escad Rental, empresa especializada en el arrendamiento de equipos para la construcción. Por este motivo, toda la flota de la compañía esta asegurada. “En comparación con las pólizas para vehículos, los precios cobrados en el

área de equipos son relativamente asequibles”, afirma Eurimílson. Al determinar el precio de una póliza, las tarifas estipuladas por la Superintendencia de Seguros Privados (Susp), una autarquía vinculada al Ministerio de Hacienda del Brasil, son los valores que sirven de referencia. La Susup, órgano responsable del control y fiscalización de los mercados de seguros, seguridad social privada, capitalización y reaseguro, determina un valor para cada tipo de equipo o vehículo. Pero, los factores que más inciden en el precio de un seguro son los riesgos a los cuales están expuestos los vehículos y las condiciones ofrecidas por las compañías de seguros. Barreto, de Loydes Master, explica que si, por ejemplo, la máquina opera en un ambiente subterráneo – como en obras de construcción de túneles– el costo de la póliza puede aumentar en un 100%. En obras próximas a ríos, lagos y el mar, el precio aumenta en un 50%, aunque el mayor aumento ocurre cuando la máquina trabaja sobre puentes o balsas. “En esos casos, y dependiendo de las condiciones locales, el precio del seguro llega a ser tres veces más alto”, dice el especialista. Anselmo do Ó de Almeida, vicepresidente de la compañía de seguros Interbrok, hace notar que el reaseguro es otro de los componentes que tiene una gran influencia en la cuenta. “Cuando una empresa contrata pólizas a precios reducidos, la compañía tiene más flexibilidad para ofrecer descuentos de acuerdo con las particularices de cada cliente, pero, si la operación exige un reaseguro, el IRB es quien determina el precio de la póliza sin ningún descuento, es decir se cobra el valor total”, revela Almeida.


SEGURO DE EQUIPAMENTOS

Nas operações sobre pontes ou balsas, custo do seguro pode até triplicar

diretor de Gestão da Escad Rental, empresa especializada em locação de equipamentos para construção. Por esse motivo, ele faz questão de manter toda a frota da empresa segurada. “Em comparação às apólices para veículos, os valores praticados na área de equipamentos são relativamente suportáveis”, afirma Eurimílson. Segundo o executivo, o seguro de um caminhão chega a representar até 15% de seu valor, já que diante de um caso de roubo,

suas peças podem ser vendidas com facilidade no mercado negro. O mesmo não ocorre com as máquinas pesadas, cujo custo de um seguro não ultrapassa a faixa de 1% do seu valor (caso ele seja sobre esteiras) a 3% (sobre rodas). O motivo é simples: muitos equipamentos sobre rodas podem trafegar em estradas e vias públicas, o que aumenta o risco de acidentes, sem contar a demanda de pneus fora-de-estrada no mercado de peças roubadas.

Componentes do custo Na composição do valor de uma apólice, as tarifas estipuladas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, figuram como o item básico. Responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguros, previdência privada, capitalização e resseguro, a Susep determina um valor para cada tipo de equipamento ou veículo. Mas são os riscos aos quais os equi-


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

pamentos ficam expostos e as condições oferecidas pelas seguradoras que pesam no custo do seguro. De acordo com Barreto, da Loydes Master, se a máquina operar em ambiente subterrâneo – como a construção de túneis, por exemplo – o valor da apólice pode aumentar em 100%. Nas obras próximas a rios, lagos e mares, ela aumenta em 50% e o maior impacto ocorre nos serviços sobre pontes ou balsas. “Nesses casos, dependendo das condições locais, ela pode até triplicar”, diz o especialista. Anselmo do Ó de Almeida, vicepresidente da corretora Interbrok, lembra que o resseguro surge como outro componente com forte influência nessa conta. “Quando uma empresa contrata apólices em valores menores, a seguradora tem flexibilidade para oferecer abatimentos de acordo com cada cliente, mas se a operação exigir o resseguro é o IRB quem determina o valor da apólice sem qualquer desconto, ou seja, com

a tarifa cheia”, ele revela. Segundo Almeida, o que onera a operação é o fato de existir um único órgão para a garantia aos seguros no País, o IRB Brasil Re, denominação do antigo Instituto de Resseguros do Brasil, ligado ao governo Federal. “Se houvesse outras resseguradoras, a concorrência entre elas resultaria na oferta de taxas mais atrativas”. Ele sabe o que diz, já que sua corretora figura como a mais antiga do Brasil, com atuação no mercado desde 1917. Modalidades O seguro de Riscos Diversos (RD), também conhecido como All Risk, é a modalidade mais recomendada pelos especialistas para os equipamentos que trabalham em obras de grande porte. Ele cobre todos os danos possíveis, desde os internos – como problemas elétricos ou mecânicos – até os externos – como colisão, incêndio, tombamento, soterramento, roubo e furto qualificado.

Seguro, só em alguns casos A paraense Estacon Engenharia figura entre as construtoras que aboliram a contratação de apólice de seguro dos equipamentos como política de operação. “Trata-se de um custo que não compensa, pois se tivermos um problema sai mais barato repor o equipamento do que arcar com o valor da apólice”, pondera Gilberto Bitar, diretor de Apoio Operacional da empreiteira. Seu raciocínio se baseia no fato de que, devido à baixa ocorrência de sinistros, torna-se mais vantajoso economicamente substituir um equipamento avariado do que assumir o custo para proteger toda a frota. Mas a empresa abre exceção diante do risco de roubos nas obras realizadas fora das regiões Norte e Nordeste do Brasil. “Nesses casos, contar com a proteção de um seguro é imprescindível”, afirma Bitar. Relatos que justifiquem esse cuidado não faltam. Segundo o diretor, há quatro anos a empresa foi vítima de roubo durante a construção de um viaduto na Linha Vermelha, no Rio de Janeiro. “Levaram um rolo compactador, mas pouparam uma retroescavadeira porque o caminhão usado pelos ladrões não comportava esse equipamento.” Bitar cita ainda uma invasão no acampamento da empresa na obra de duplicação de uma rodovia, entre Brasília e São Paulo, quando a mesma se encontrava paralisada. “Tivemos três tratores de esteiras roubados, que estavam segurados, mas a outra construtora integrante do consórcio registrou perda total, até mesmo de seus computadores.” Outra concessão feita é no transporte de máquinas e equipamentos de grande porte, cujo seguro fica por conta da transportadora. Como exemplo, o diretor cita uma obra realizada em Macapá (AP), quando uma balsa virou durante o traslado de um equipamento e as perdas foram cobertas pelo seguro feito pelo proprietário da embarcação.

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SEGURO DE EQUIPAMENTOS Esse último caso se configura quando os ladrões deixam pistas como, por exemplo, a porta do galpão arrombada. Se não houver indícios relacionados ao sinistro, como é o caso do furto não qualificado, o segurado perde seu direito à cobertura. Além da modalidade RD, os especialistas aconselham o seguro de Responsabilidade Civil (RC) para a cobertura de possíveis danos materiais ou corporais a terceiros ocasionados pela operação dos equipamentos. Nessa categoria se enquadram a queda de uma peça içada por guindaste sobre um veículo ou acidentes com vítimas, por exemplo. Já o seguro somente para transporte é mais indicado para máquinas de pequeno porte ou sofisticadas. O principal risco, nesse caso, é o roubo durante seu deslocamento. “Pela própria robustez, um equipamento de grande porte não sofreria grandes danos durante o transporte, mesmo no caso de um tombamento da carreta”, explica Almeida. Devido à baixa incidência de roubo dos equipamentos de grande porte, essa modalidade de seguro foi praticamente abolida pelas construtoras. “Quem se aventuraria a roubar um guindaste de grande porte?”, questiona Almeida. Por esse motivo, ele recomenda esse tipo de seguro apenas

para caminhões, automóveis de apoio e equipamentos fáceis de transportar, como motores, compressores, rompedores hidráulicos ou compactadores, entre outros. Os cuidados da construtora com a segurança do pátio de equipamentos podem reverter ainda numa redução no custo da apólice. Em geral, a seguradora pode inspecionar o local e, se identificar fragilidades no sistema de segurança, recomendar ao segurado a contratação de uma empresa especializada nesse serviço, assim como a instalação de cerca elétrica ou sistemas de circuito fechado de TV (CFTV). Nas obras com mobilização de um grande parque de equipamentos, como a construção de rodovias, aconselha-se agrupar a frota num único local, dotado de todos esses recursos de segurança. Franquia O custo da franquia é outro aspecto a se considerar, já que seu valor varia de 5% a 30% do valor do equipamento segurado. “Em média, esse percentual gira em torno de 10% com um valor mínimo de R$ 1 mil”, explica Barreto, da Loydes Master. Isso significa que diante de uma avaria orçada em R$ 50 mil, por exemplo, o segurado arca com 10% desse valor

Valor da apólice aumenta de acordo com os riscos envolvidos na operação

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e o restante fica por conta da seguradora, desde que observadas as condições da apólice. Se o conserto ficar em R$ 9 mil, por exemplo, o segurado pagará R$ 1 mil, pois 10% desse total é inferior ao valor mínimo da franquia (R$ 1 mil). Normalmente, o valor da franquia é proporcional à probabilidade do sinistro. Quanto menor for a sua taxa, maior será a indenização, mas em contrapartida o valor a ser pago pela apólice tende a crescer. Por esse motivo, a análise das ocorrências levou uma grande construtora a adotar um tipo de “seguro interno” firmado entre sua área de equipamentos e os canteiros de obras. O pagamento da apólice é contabilizado no centro de custos da obra e esse valor vai para um fundo. Para cada mês sem acidente seu valor diminui e, se houver um sinistro, a área de operação volta a pagar a apólice pela tarifa cheia; em contrapartida, a área de equipamentos mobiliza imediatamente outra máquina para cobrir o desfalque. Ao final, se a obra não precisar acionar o seguro, o valor acumulado é dividido entre os dois departamentos, como forma de se incentivar a prevenção de acidentes no canteiro. Se o fundo em questão registrar saldo negativo ao final do contrato, as duas áreas dividem os custos.


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Anselmo do Ó de Almeida, da Interbrok, e Eurimílson João Daniel, da Escad Rental

Apoio da corretora A política de bonificação adotada pelas seguradoras na área de equipamentos segue praticamente o mesmo padrão dos demais tipos de seguros. Os descontos praticados giram em torno de 5% concedidos na renovação da apólice, para cada ano sem ocorrência de sinistro, com um teto de 25%. Segundo

Almeida, da Interbrok, essa bonificação tem o objetivo de incentivar o zelo do segurado, além de garantir sua fidelidade, mas dificilmente um cliente consegue atingir tal patamar de descontos. Ele pondera que, ao contar com o suporte de uma corretora, a empresa elimina seu trabalho de pesquisa e cotação de preços para a contratação

da apólice. “Outra vantagem é que um corretor experiente conhece a filosofia de trabalho das seguradoras, sabe como cada uma delas negocia os valores e, por isso, pode apresentar ao futuro segurado a proposta mais vantajosa, seja em termos financeiros ou quanto à abrangência da proteção dos bens”. Como as corretoras trabalham com vários clientes, o especialista diz que a escala gerada possibilita descontos que são repassados aos segurados. “Um corretor também tem condições de montar propostas que minimizem a participação do IRB e o custo do resseguro é diretamente proporcional a essa participação”, afirma Anselmo do Ó.

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RESÍDUOS DA OBRA VIRAM ATERRO

Com o uso de tesouras hidráulicas, de uma caçamba britadora e um britador móvel, construtora reduz custos ambientais ao processar os materiais demolidos e reaproveitá-los na própria obra Imagine uma demolição de concreto cujos resíduos gerados não saem do canteiro e servem de matéria-prima para o aterro na execução da nova obra. Essa prática vem sendo adotada pela Craft Engenharia, empresa do Rio de Janeiro especializada em construções pesadas, industriais e residenciais, desde a criação de uma divisão de Demolições Técnicas. “Além da questão ambiental envolvida na destinação de resíduos que demandam centenas de anos para sua decomposição, em muitas obras precisávamos trazer material para a terraplenagem, o que também representava uma agressão à natureza”, explica Bernard Isnard, gerente Comercial da construtora. A empresa opera com 12 rompedores hidráulicos, duas tesouras e uma caçamba britadora, todas fornecidas pela Machbert, além de um britador móvel importado. “Os rompedores fazem a demolição primária e as tesouras entram na etapa secundária, triturando o concreto armado sem o uso de maçarico para cortar as ferragens, o que representaria uma atividade de risco”, detalha Isnard. Em seguida, o material

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é processado na caçamba britadora, que reduz sua granulometria, ou na unidade móvel de britagem, cuja capacidade chega a 300 t/h. “Com esse processo, demolimos 27 mil m3 de concreto para a instalação de um hipermercado Wall Mart, próximo à Linha Amarela, e todo esse material foi reaproveitado na terraplenagem e reforço de subleito da obra.” Além da questão ambiental, Isnard ressalta a economia gerada ao se eliminar a importação de materiais para a terraplenagem, bem como a maior rapidez na execução da obra. “O britador móvel tem capacidade para processar grandes pedaços de material demolido e, como vem equipado com separador magnético, ele remove as armaduras antes de reduzir sua granulometria.” A ferragem retirada retorna para as usinas siderúrgicas, onde é reutilizada na produção de aço. Com isso, ele diz que a empresa consegue facilitar para muitos clientes o licenciamento das obras junto aos órgãos governamentais. “Eles ficam surpresos em descobrir que existem tecnologias disponíveis para projetos de expansão os quais

Residuos de obra se transforman en relleno Imagínese una demolición de una construcción de hormigón cuyos residuos no salen de la obra porque son reaprovechados como materia prima para construir terraplenes en la nueva obra. Craft Engenharia, una empresa del estado de Río de Janeiro especializada en construcciones pesadas, industriales y residenciales, trabaja de esta manera desde que creó la división de demoliciones técnicas. “Además del problema medioambiental se crea cuan se deposita en un botadero escombros, que requieren centenas de años para decomponerse, muchas obras requieren material para construir terraplenes, una práctica que también agrede la naturaleza”, explica Bernard Isnard, gerente comercial de la empresa constructora. La empresa trabaja con 12 demoledores hidráulicos, dos cizallas y un cucharón triturador provistos por Machbert, y con triturador móvil importado. “Los demoledores hacen la demolición primaria y las cizallas trabajan en la etapa secundaria, triturando el hormigón armado sin necesidad de usar sopletes para cortar los hierros, una actividad arriesgada” puntualiza Isnard.


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

creto armado, também conhecidas como crushers, são oferecidas em modelos para todo tipo de máquina portadora, desde miniescavadeiras até escavaTesoura em operação: menores custos ambientais e com transporte deiras de 50 t. No caso cm, para a saída do material. da Craft, uma tesoura Ele diz que a empresa também traz para opera numa retroescavadeira e outra tem o Brasil caçambas processadoras, com como máquina portadora uma escavadeimenor capacidade de redução granulora de 27 t de peso. métrica, indicadas para serviços de remeMoreira explica que os equipamentos diação de solos e reciclagem de vidros. fornecidos pela empresa podem dispor de Já as britadoras encontram aplicação na giro hidráulico e, para uma escavadeira redução granulométrica de concreto, calde 30 t, por exemplo, atingem até 300 t cário, rejeitos de processo siderúrgico e de força nominal combinada a uma elevaescória, entre outros materiais. Elas são da capacidade de abertura da boca. Para comercializadas em quatro modelos com produzir um material com granulometria capacidade entre 10 e 50 m3/h. mais fina, ele indica o uso de caçamba britadora, dotada de um excêntrico acionado hidraulicamente – para esmagar os resíduos em seu interior – e com uma Craft Engenharia: www.craftengenharia.com.br abertura de fundo que atinge entre 2 e 12 Machbert: www.machbert.com.br

CAÇAMBAS BRITADORAS Gabarito

não conseguiam encontrar uma viabilidade técnico-econômica.” Mesmo quando não é possível reaproveitar todo o material demolido, seu processamento reduz os custos com transporte para bota-fora em até 30%, segundo levantamento da Machbert. “Com o material bem processado, aproveita-se melhor a capacidade de carga dos caminhões”, ressalta José Alberto Moreira, gerente geral da empresa. Segundo ele, essa eficiência é obtida quando a empresa adota os procedimentos corretos de demolição em primeiro e segundo estágio, assim como a Craft. “As tesouras podem realizar demolições primárias em áreas com restrição a ruídos, desde que sejam dotadas de giro hidráulico, mas sua principal função é a de complementar o serviço de outros implementos, realizando a compressão e corte do material demolido.” Sua empresa distribui no Brasil os equipamentos da francesa IR-Montabert, cujas tesouras para compressão e corte de con-

Caçambas Britadoras para escavadeiras com peso operacional de 8 toneladas em diante, diminuem o custo de transporte e geram proteção ambiental (entulho reciclado). Muitas empresas já estão operando nossas caçambas no Brasil. Aplicações:

• Escavações

• Demolição

• Pedreiras

• Construção de Estradas

• Reparação Ambiental

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TABELA DE CUSTO

CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTOS COSTO POR HORA DE EQUIPOS Equipamento

Propriedade

Manutenção

Mat. Rodante

Comb./ Lubr.

Total

Caminhão basculante articulado 6x6

R$ 64,46

R$ 47,42

R$ 11,19

R$ 30,66

R$ 153,72

Caminhão basculante fora de estrada 30 t

R$ 39,89

R$ 23,95

R$ 11,19

R$ 22,23

R$ 97,26

Caminhão basculante rodoviário 6x4 (26 a 30 t)

R$ 20,48

R$ 14,40

R$ 6,79

R$ 7,67

R$ 49,33

Caminhão basculante rodoviário 6x4 (36 a 40 t)

R$ 30,94

R$ 23,21

R$ 7,04

R$ 15,33

R$ 76,52

Caminhão comboio misto 4x2

R$ 17,44

R$ 11,92

R$ 3,24

R$ 5,21

R$ 37,82

Caminhão guindauto 4x2

R$ 18,67

R$ 12,80

R$ 3,24

R$ 5,21

R$ 39,92

Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³)

R$ 29,40

R$ 15,40

R$ 3,13

R$ 13,03

R$ 60,97

Carregadeira de pneus (2,5 a 3,5 m³)

R$ 44,20

R$ 22,73

R$ 10,49

R$ 18,40

R$ 95,82

Compressor de ar portátil (250 pcm)

R$ 7,68

R$ 6,96

R$ 0,04

R$ 21,77

R$ 36,45

Compressor de ar portátil (750 pcm)

R$ 15,87

R$ 13,55

R$ 0,11

R$ 52,43

R$ 81,95

Escavadeira hidráulica (15 a 17 t)

R$ 41,50

R$ 26,75

R$ 1,61

R$ 13,80

R$ 83,65

Escavadeira hidráulica (20 a 22 t)

R$ 44,20

R$ 27,67

R$ 2,17

R$ 32,19

R$ 106,23

Escavadeira hidráulica (30 a 34 t)

R$ 81,25

R$ 50,07

R$ 4,01

R$ 45,99

R$ 181,32

Motoniveladora (140 a 180 hp)

R$ 49,98

R$ 29,40

R$ 3,74

R$ 26,06

R$ 109,18

Motoniveladora (190 a 210 hp)

R$ 49,00

R$ 29,00

R$ 3,49

R$ 30,66

R$ 112,15

Retroescavadeira

R$ 22,31

R$ 12,46

R$ 1,73

R$ 12,26

R$ 48,77

Trator agrícola

R$ 14,80

R$ 7,35

R$ 1,30

R$ 15,33

R$ 38,78

Trator de esteiras (100 a 120 hp)

R$ 57,09

R$ 29,55

R$ 2,87

R$ 19,93

R$ 109,44

Trator de esteiras (160 a 180 hp)

R$ 56,00

R$ 29,13

R$ 6,18

R$ 32,19

R$ 123,50

Trator de esteiras (300 a 350 hp)

R$ 138,13

R$ 71,07

R$ 19,60

R$ 56,72

R$ 285,52

Os valores acima, sugeridos como padrão pela Sobratema, correspondem à experiência prática de vários profissionais associados, mas não devem ser tomados como única possibilidade de combinação, uma vez que todos os fatores podem ser influenciados pela marca escolhida, local de utilização, condições do terreno ou jazida, ano de fabricação, necessidade do mercado e oportunidades de execução dos serviços. Valores referentes a preço FOB em São Paulo (SP). Maiores informações no site: www.sobratema.org.br.

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ESPAÇO ABERTO

Robô para serviços em áreas de risco Mach3100 é o robô diesel-hidráulico desenvolvido pela Machbert para proporcionar segurança ao operador nos serviços em áreas de risco, como demolições em construção civil, limpeza em alto-forno ou indústria nuclear, entre outras atividades. Isso porque o equipamento pode ser controlado remotamente por meio de um joystick que o operador leva consigo e possibilita um alcance de até 300 m nas comunicações por ondas de rádio. Com 3.273 kg de peso operacional e 1.743 kgf/cm² de força de escavação no braço, ele atinge 4.539 mm de altura máxima de ataque e 4.539 mm de altura de despejo. Além da caçamba, pode contar com uma série de acessórios para a execução

dos serviços, como rompedor, fresa, placa compactadora e outros. Trata-se de um equipamento compacto, similar a uma miniescavadeira, indicado para trabalhos em locais estreitos e de difícil acesso. Machbert: www.machbert.com.br

Caçamba transforma retos em equipamentos multiuso A caçamba 6 em 1 desenvolvida pela JCB permite realizar múltiplas tarefas sem a necessidade de troca do implemento. Indicada para uso na carregadeira das retroescavadeiras da empresa, ela faz o serviço convencional de escavação e carregamento. Mas como sua estrutura conta com duas seções que se separam ao fundo, o implemento pode ainda espalhar o material de maneira uniforme, já que o operador controla o espaço dessa abertura. Os movimentos resultam da ação de um cilindro hidráulico que, além de produzir a abertura do fundo, permitem bascular toda a parte inferior, até transformar a caçamba numa lâmina, apta a operar como um trator na produção de material. Ao se inclinar o implemento para a frente, ele pode trabalhar no nivelamento do terreno, como a lâmina de uma motoniveladora. A caçamba também pode atuar como uma garra, já que o sistema hidráulico confere elevada força para agarrar materiais soltos como rochas e outros. Com isso, as retroescavadeiras ganham versatilidade para operar também como trator, motoniveladora e outros equipamentos. JCB: www.jcb.com

Romanelli lança minicarregadeiras As minicarregadeiras recém-lançadas no mercado pela Romanelli possuem chassi monobloco, com braço de elevação tipo alavanca, e sistema hidrostático dotado de duas bombas de pistões axiais de fluxo variável. Estão disponíveis em dois modelos, com caçamba de 650 ou 800 kg de capacidade. Esse último conta com motor Yan-

mar de 72 hp de potência e atinge 3.580 mm de altura de elevação, operando a uma altura máxima de descarga de 2.350 mm. Sua caçamba tem 1.610 mm de largura. Os dois modelos são operados por alavancas, para o controle de direção, e pedais, para o comando dos braços e caçamba. Seu sistema hidráulico conta com duas bombas que fornecem uma vazão de 60 l/min.

Conjunto móvel reduz custo da britagem Montados sobre chassi com esteiras, os conjuntos móveis de britagem Lokotrack, produzidos pela Metso, vencem rampas de até 20% e dispensam a preparação do terreno para sua locomoção. Com isso, reduzem os custos de mobilização da usina de britagem em construção civil ou operações de mineração (crush-in-pit). Eles se caracterizam pela elevada manobrabilidade e, para realizar a britagem primária, usam britadores de mandíbulas, impactores e giratórios primários, atingindo uma capacidade de até 3.000 t/h na redução de materiais com 1,6 t/m3 de densidade. Mas também podem incorporar funções de rebritagem e classificação com a instalação do sistema Lokolink, que

integra seus conjuntos por meio de transportadores de correias de fácil mobilidade. Segundo a empresa, os modelos de pequeno e médio porte são transportados totalmente montados e dispensam obras civis ou instalações elétricas. Metso: www.metsominerals.com.br

Romanelli: www.romanelli.com.br

47


ESPAÇO ABERTO

Ciber apresenta fresadora e nova linha de rolos A fresadora W 1000 L, produzida no Brasil pela Ciber, tem capacidade para remover pavimentos a frio em espessuras de até 250 mm de asfalto e largura máxima de 1 m. Ela possui um cilindro de corte de 860 mm de diâmetro, com 98 bits dispostos em distâncias de 15 mm entre eles. O equipamento atinge uma velocidade de avanço de 30 m/min (2ª marcha) e se destaca pelo seu rendimento e facilidade de operação. Além desse equipamento, a empresa, que pertence ao grupo alemão Wirtgen, oferece uma ampla linha de máquinas para pavimentação, obras de construção e manutenção de rodovias. Na área de compactação, por exemplo, ela aposta na linha de rolos duplo-tandem vibratórios Hamm, que incorporam a exclusiva tecnologia por oscilação. Com isso, eles geram até 15% a menos de tensões na vibração quando comparados aos modelos tradicionais, permitindo a compactação em áreas fragilizadas, como centros históricos, pontes e viadutos.

Na linha de compactadores de pneus, o destaque fica para o modelo GRW18, lastreável até 28 t de peso e dotado de suspensão dianteira oscilante em cada par de rodas, que permite executar a inclinação do pavimento de forma uniforme. Seu sistema de tração traseiro, acionado por motores hidráulicos e redutores de engrenagens, confere suavidade ao deslocamento da máquina e proporciona maior qualidade ao acabamento do pavimento. Ciber: www.ciber.com.br

Caminhões 6x4 para transporte pesado Dotados de tração 6x4, os caminhões Axor 4144, fabricados pela DaimlerChrysler, são indicados para operação com caçamba basculante em serviços pesados de transporte no canteiro de obras. Eles são equipados com motor de 428 hp de potência (a 1.900 rpm) e 2.100 Nm de torque (a 1.100 rpm), contando com 41 t de peso bruto (PBT) e capacidade para 31,4 t de carga útil. Seu sistema de transmissão opera com redução nos cubos de roda e o caminhão pode ser entregue com freio auxiliar (retarder) como item opcional, para melhor desempenho em rampas com o veículo carregado. Robustos e de alta

durabilidade, esses caminhões também encontram aplicação em operações de transporte em mineração, usinas de açúcar e álcool e madeireiras. DaimlerChrysler: www.daimlerchrysler.com.br

Escavadeira Doosan enfrenta operações severas Montada sobre chassi longo, com esteira dotada de sapatas de 600 mm de largura, a escavadeira hidráulicas Solar 225 LC-V é indicada para operações severas em serviços de terraplenagem e demolição. Por isso, a fabricante sul-coreana Doosan Infracore já fornece o equipamento com kit original de fábrica para a montagem de rompedor hidráulico, além de uma lança monobloco de 5,8 m, braço retro de 2,9 m e caçamba de 1 m3 de capacidade. A escavadeira tem 21,5 t de peso operacional e seu sistema hidráulico fornece pressões máximas de trabalho de 324 bar (nos braços e translação), de 279 bar (giro) ou 343 bar (com sistema Power Boost). Ela atinge 6,63 m de profundidade de escavação e 9,66 m de altura máxima de corte, com uma força de escavação de 144 kN (na caçamba) e altura de carregamento de 6,81 m. Os equipamentos da marca são distribuídos no Brasil pela Comingersoll e Renco. Doosan Infracore: www.comingersoll.com.br / www.renco.com.br

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Precisão em medições topográficas A Manfra já comercializa no Brasil o novo GPS900CS, da Leica Geosystems, para aplicação em medições topográficas, locações de obras e serviços de agrimensura. Fácil de operar, o equipamento dispõe de tecnologia Bluetooth, para a transmissão de dados por rede sem fio, e cartão de memória removível com capacidade de 66 MB a 1 GB. Dotado de controladora RX900CS, ele permite ver o que foi medido, o que foi locado e o que ainda falta ser feito imediatamente após a gravação dos dados, além de checar a qualquer momento a capacidade das baterias, memória e condição de rastreio. O equipamento também faz a verificação contínua dos dados medidos, além de rastrear todos os satélites visíveis em poucos segundos, bem como elevações, medições sob árvores e demais áreas onde outros receptores normalmente falham. Manfra: www.manfra.com.br


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Leia na próxima edição Método não-destrutivo Tecnologia de equipamentos reduz o impacto das obras Desmonte de rochas Soluções em perfuração e explosivos que otimizam a operação Implementos Inovações para a maior flexibilidade no uso dos equipamentos Manutenção Como ampliar a vida útil das caçambas

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Quem opera com frotas de escavação, carregamento e transporte vai usar essa ferramenta de consulta A Sobratema e a revista M&T lançam o Anuário Brasileiro de Equipamentos para Construção, reunindo num único espaço editorial as especificações de todos os modelos de máquinas comercializadas no Brasil, de fabricação local ou importadas, para atividades de movimentação de solos e terraplenagem.

Equipamentos pesquisados Escavadeiras Pás-carregadeiras Retroescavadeiras Tratores de esteiras Motoniveladoras

Caminhões traçados 6x4 Caminhões traçados 8x4 Caminhões fora-de-estrada Caminhões articulados

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