Revista M&T - Ed. 110 - Fevereiro 2008

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Revista M&T - Manutenção & Tecnologia

minicarregadeiras

Máquinas compactas conquistam o mercado

CARGADORAS COMPACTAS

Las máquinas conquistan el mercado Nº110

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Fevereiro

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2008

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www.sobratema.org.br

logística por que os equipamentos param no porto

logística

Por qué los equipos paran en el puerto

motores diesel nº 110 -Fevereiro - 2008

Materiais mais leves e novos conceitos ditam a evolução motores diesel

Materiales más livianos y nuevos conceptos determinan la evolución



editorial

A nova face do mercado Supondo que você leve uma hora para ler esta edição inteira de M&T, ao final de sua leitura quase sete equipamentos para construção terão sido vendidos no mercado brasileiro. Essa reflexão rápida ajuda a compreender o atual momento de dinamismo vivido pelo setor de máquinas pesadas, que deve encerrar 2007 com mais de 60.000 unidades comercializadas, entre equipamentos de escavação e carregamento, caminhões, guindastes, rolos compactadores e compressores, em um total de 13 famílias de máquinas. O cenário torna-se ainda mais animador ao se considerar que o crescimento previsto este ano para o setor, de 13%, ocorre após uma expansão de 46% em 2006, quando o mercado consumiu quase 54.000 equipamentos pesados. Para atender uma carteira de contratos cada vez mais recheada, as construtoras estão ampliando e/ou renovando suas frotas e a elas se somam mineradoras, locadoras e demais usuários de equipamentos que operam a plena capacidade, impulsionados pelo acelerado ritmo da economia global. Essa nova realidade, que só encontra paralelo no período do “milagre econômico”, apresenta particularidades em relação àquela fase de ouro dos anos 60 e 70. Se as grandes obras de infra-estrutura de então se apoiavam em investimentos públicos, hoje são os recursos privados que viabilizam a maioria dos projetos. Comparando-se os dois períodos históricos, a economia brasileira evoluiu muito e, além de grandes produtores de commodities (minérios, produtos agrícolas etc.), incorporamos à nossa pauta de exportações os automóveis, aviões e até mesmo equipamentos para construção. Nesse cenário, exportar equipamentos – seja por parte de fabricantes ou de construtoras que precisam mobilizar suas frotas em obras no exterior – tornouse um desafio diante dos gargalos portuários e da burocracia alfandegária. O assunto é objeto de uma reportagem dessa edição de M&T, que também traz uma matéria sobre outra tendência recente no mercado: a forte demanda por minicarregadeiras e miniescavadeiras, cujas vendas cresceram 400% em três anos e já bateram na casa das 1.000 unidades/ano. A expansão, nesse caso, se deve à busca de produtividade e à redução de custos em obras urbanas ou em áreas de difícil acesso, além da mecanização nos serviços de apoio em pátios industriais e frentes de mineração.

La nueva coyuntura del mercado Suponiendo que a usted le lleve una hora ler esta edición de M&T, cuando termine, ya se habrán vendido unos siete equipos para la construcción en el mercado brasileño. Esta breve reflexión ayuda a ilustrar el actual momento de dinamismo registrado en el sector de máquinas pesadas, que cierra el 2007 con más de 60.000 unidades comercializadas, entre equipos de excavación y carga, camiones, grúas, rodillos compactadores y compresores, un total de trece familias de máquinas. El panorama se muestra aún más positivo si se considera que el crecimiento previsto del 13 % para el sector en 2008, se dará después de una expansión del 46% en el 2006, cuando el mercado consumió casi 54.000 equipos pesados. Para atender una cartera de contratos cada vez más nutrida, las empresas constructoras están ampliando o renovando sus flotas y a ellas se suman las empresas mineras y arrendadoras, y otros usuarios de equipos que operan a máxima capacidad, impulsados por el acelerado ritmo de la economía mundial. Esa nueva realidad, que solo se equipara a la vivida en el período del “milagro económico”, presenta particularidades con relación a la época de oro de los años sesenta y setenta. Si las grandes obras de infraestructura de esos años se basaban en inversiones públicas, hoy son los recursos privados que ponen en marcha la mayoría de los proyectos. Si se comparan los dos períodos históricos, la economía brasileña ha evolucionado mucho porque, además de exportar materias primas, como mineral de hierro, productos agrícolas etc., ha sumado a su lista automóviles, aviones e, incluso, equipos para la construcción. En la actual coyuntura, exportar equipos – los fabricantes o las empresas constructoras que necesitan trasladar sus flotas a obras contratadas en el extranjero– se ha convertido en un desafío que se debe afrontar las empresas para sortear las barreras portuarias y la burocracia aduanera. Este es el tema del reportaje especial de esta edición, que también ofrece un artículo sobre otra tendencia reciente en el mercado: la fuerte demanda de cargadoras y excavadoras compactas, cuyas ventas se han incrementado un 400% en apenas tres años y ya alcanzan las mil unidades anuales. La expansión, en este caso, se debe a la búsqueda de mejoras en la productividad y la reducción de costos en obras urbanas o en sitios de difícil acceso, y a la mecanización de los servicios de apoyo en parques industriales y frentes de trabajo en minas, entre otros factores.


Revista M&T - Manutençã o & Tecnologia

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Capa: Arte sobre fotos da Barter e Randon Equipamentos

nº 110 -Fevereiro - 2008

Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção

Augusto Paes de Azevedo (Caterpillar) - Carlos Arasanz Loeches (Eurobrás / ALEC) - César Schmidt (Liebherr) - Emanuel P. Queiroz (Scania) - Edson R. Del Moro (Engepar) - Eduardo M. Oliveira (Santiago e Cintra) Egberto Rosa Campos (Sersil) - Franz Treu (Atlas Copco) Gilberto Leal Costa - Gino Raniero Cucchiari (CNH) - João Lazaro Maldi Jr. (CCCC) - João Ney P. Colagrossi (Metso) - Luis Afonso Pasquotto (Cummins) - Luis Gustavo Pereira (Tracbel) - Marcos Bardella (Brasif) Mario Humberto Marques (Andrade Gutierrez) - Nathanael P. Ribeiro Jr (Multieixo) - Nelson Costábile Barros (Constran) - Paulo Gama (Goodyear) - Paulo Lancerotti (Sotreq) - Permínio A. Maia de Amorim Neto (Getefer) - Ramon Nunes Vazquez (Mills) - Valdemar Shinhiti Suguri (Komatsu) - Vicente Bernardes - Vicente Cracasso (Equisul) Yoshio Kawakami (Volvo)

Diretor Regional

Petrônio de Freitas Fenelon (MG) VPS Engenharia e Estudos Wilson de A. Meister (PR) Ivaí Engenharia de Obras S/A Jose Luis P. Vicentini (BA) Terrabrás Terraplanagem do Brasil S/A Laércio de F. Aguiar (PR) Construtora Queiroz Galvão S/A Antonio Almeida Pinto (CE) Construtora Queiroz Galvão S/A

Revista M&T - Conselho Editorial

Comitê Executivo: Cláudio Schmidt (presidente), Paulo Oscar Auler Neto, Silvimar F. Reis, Permínio A. M. de Amorim Neto e Norwil Veloso. Membros: Adriana Paesman, Agnaldo Lopes, Benito F. Bottino, César A. C. Schmidt, Eduardo M. Oliveira, Gino R. Cucchiari, Lédio Augusto Vidotti, Leonilson Rossi, Luiz C. de A. Furtado, Mário H. Marques e Pedro Luiz Giavina Bianchi. Diretor Executivo: Hugo José Ribas Branco Editor: Haroldo Aguiar Repórter: Rodrigo Conceição Santos Revisão Técnica: Norwil Veloso Traduções: Maria Del Carmen Galindez Publicidade: Sylvio Vazzoler, Roberto Prado e Giovana Marques Di Petta Produção Gráfica: DSGE A Revista M&T - Manutenção & Tecnologia é uma publicação dedicada à tecnologia, gerenciamento, manutenção e custos de equipamentos. As opiniões e comentários de seus colaboradores não refletem, necessariamente, as posições da diretoria da SOBRATEMA. Tiragem: 12.000 exemplares. Circulação: Brasil e América Latina. Periodicidade: mensal. Impressão: Parma Auditado por:

Filiado à:

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LOGÍSTICA

Por que os equipamentos param no porto LOGÍSTICA Por qué los equipos paran en el puerto

Comitê Executivo

Diretoria Técnica

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Diretoria Executiva e Endereço para correspondência: Av. Francisco Matarazzo, 404 – cj. 401 – Água Branca São Paulo (SP) – CEP 05001-000 Tel.: (55 11) 3662-4159 – Fax: (55 11) 3662-2192 Presidente: Afonso Celso Legaspe Mamede Vice-Presidente: Carlos Fugazzola Pimenta Vice-Presidente: Eurimilson João Daniel Vice-Presidente: Ivan Montenegro de Menezes Vice-Presidente: Jader Fraga dos Santos Vice-Presidente: Jonny Altstadt Vice-Presidente: Mário Sussumu Hamaoka Vice-Presidente: Múcio Aurélio Pereira de Mattos Vice-Presidente: Octávio Carvalho Lacombe Vice-Presidente: Paulo Oscar Auler Neto Vice-Presidente: Silvimar Fernandes Reis

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EQUIPAMENTOS COMPACTOS A hora e a vez dos pequenos EQUIPOS COMPACTOS Ahora es el momento de los pequeños

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MOTORES DIESEL

De olho no futuro MOTORES DIESEL Con la mirada en el futuro

MERCADO

Grandes obras impulsionam a venda de máquinas MERCADO Grandes obras impulsan la venta de máquinas

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LANÇAMENTO

Komatsu amplia potência da PC200 NOVEDADES Komatsu incrementa la potencia de la PC200

EQUIPAMENTOS PARA CONCRETAGEM Soluções para a produtividade na obra EQUIPOS PARA HORMIGÓN COLADO Soluciones para mejorar la productividad de la obra

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EMPRESA

De oficina mecânica a distribuidora completa EMPRESA De taller mecánico a distribuidor completo

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EVENTO

Conexpo se prepara para bater seu recorde EVENTO Conexpo se prepara para romper su récord

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EVENTO

Samoter expõe a pujança da indústria européia EVENTO Samoter expone la pujanza de la industria europea

62 SEÇÕES secciones Notas Notas ................................................................................................................ Em Foco Primer Plano ................................................................................................. Tabela de Custos Tabla de Costos ............................................................................ Manutenção Mantenimiento ...................................................................................... Espaço Aberto Espacio Abierto .................................................................................

06 48 52 53 66

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Notas

Volvo bate recorde em venda de caminhões

Com a venda de cerca de 10.600 caminhões, a Volvo bateu seu recorde histórico e encerrou 2007 com um faturamento de R$ 3,6 bilhões. Das unidades comercializadas, 7.900 foram destinadas ao mercado brasileiro, o que representa um crescimento de 50% em relação aos 5.100 veículos vendidos no ano anterior. Esse resultado se deve em grande parte ao desempenho comercial dos caminhões VM, cujas vendas aumentaram em 100% e totalizaram 1.949 unidades em 2007. Esse modelo se enquadra na faixa de semipesados (em trações 4x2, 6x2 e 6x4, com 260 hp de potência nessa última configuração), mas também é fornecido pela fabricante na versão pesada (6x4 e 310 hp de potência), indicada para uso como caminhão basculante em obras civis. O principal produto da Volvo para o setores de construção pesada e mineração, entretanto, é o caminhão FM, disponível em versões 6x4 e 8x4, com motorização de 400, 440 ou 480 hp de potência. Em 2007, a fabricante tornou-se a pioneira no Brasil no segmento de caminhões 10x4, com o lançamento de um modelo FM de 480 hp, com 70 t de peso bruto (PBT) e capacidade de até 50 t de carga líquida. Os primeiros veículos desse modelo se destinaram a atender um contrato com a mineradora Vale, que comprou 140 unidades dos extra-pesados.

Cursos para transmissão automática de caminhões

A fabricante de sistemas de transmissão automática Allison Transmission organizou um curso, em convênio com a Escola Senai “Conde José Vicente de Azevedo”, localizada no bairro Ipiranga, em São Paulo, para treinamento de sua rede de distribuidoras e clientes. O curso, com duração de 32 horas, ocorre entre 17 e 20 de março, mas uma nova turma será aberta em junho, com aulas previstas entre os dias 9 e 12. O curso tem o objetivo de capacitar os participantes a diagnosticar falhas e realizar reparos nas transmissões automáticas da marca, preparando-os para a desmontagem e montagem do componente e sua manutenção. Para isto, o participante deve ter concluído o ensino básico (1º grau). Informações no Senai Conde José Vicente de Azevedo, pelo fone: (11) 6166-1988.

Mercado de reposição estimula investimentos em fábrica

O aumento na demanda por implementos rodoviários e peças de reposição para equipamentos pesados e máquinas agrícolas está motivando a paranaense Hübner a expandir suas operações. A empresa, que conta com sete unidades industriais entre siderúrgicas, fundições, fábrica de implementos rodoviários e de peças para equipamentos pesados, encerrou 2007 com um faturamento de R$ 242 milhões. Para atender a forte demanda do mercado de reposição, que ocupa toda a capacidade instalada de sua unidade de bloco de motor, cabeçotes e outros componentes de ferro-fundido, a empresa deve investir na construção de uma metalúrgica, para suprir sua necessidade de matéria-prima. Os investimentos previstos são de R$ 100 milhões e a empresa planeja chegar a 2010 com um faturamento na faixa de R$ 600 milhões.

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ERRATA

As plataformas aéreas de trabalho tipo tesoura da marca Genie, produzidas pela Terex, são comercializadas no Brasil desde 1999, portanto há quase dez anos, diferentemente do que foi publicado na matéria “Versatilidade das plataformas tipo tesoura”, que circulou na M&T de fevereiro (edição 109 – página 18).


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Notas

Petrobras é a sexta maior petroleira do mundo O ranking das maiores petroleiras do mundo, divulgado anualmente pela consultoria PFC Energy 50, tradicional nesse setor, reservou uma surpresa em sua edição de 2007. No último levantamento da empresa, que considera as petroleiras de capital aberto de acordo com seu valor de mercado, a Petrobras saltou da 11a posição para o sexto lugar, superando gigantes como a norteamericana Chevron, a britânica BP, a australiana BHP e a francesa Total. Segundo esse levantamento, a maior petroleira do mundo é a estatal chinesa Petrochina (avaliada em US$ 723,2 bilhões), seguida pela Exxon (US$ 511 bilhões), a russa Gazprom (US$ 332 bilhões), a Shell (US$ 264,6 bilhões) e a também chinesa Sinopec (US$ 249,5 bilhões). A Petrobras, cujo valor de mercado é de US$ 241,7 bilhões, surge quase empatada com a Sinopec. Considerada uma das principais in-

vestidoras do setor de infra-estrutura no País, a Petrobras deve aplicar este ano R$ 55 bilhões em projetos de exploração e produção de petróleo e gás natural, refino e outras atividades. Desse valor, 87,6% deve se destinar a projetos no Brasil e o restante corresponde às atividades da empresa no exterior. Entre seus principais investimentos, a estatal planeja construir a refinaria Abreu e Lima (PE), em parceria com a venezuelana PDVSA, e está modernizando todo o seu parque de refino, além dos grandes projetos de produção das bacias de Campos e de Santos. Ao ingressar no negócio de biocombustível, a Petrobras se posicionou como uma empresa de energia – e não uma mera petroleira como outras do setor – o que pode re-

presentar uma vantagem competitiva num futuro em que as fontes renováveis tendem a avançar sobre o espaço ocupado pelos combustíveis fósseis.

Camargo Corrêa inicia uma das maiores hidrelétricas da África O governo de Moçambique autorizou a Construtora Camargo Corrêa a iniciar o projeto da hidrelétrica Mphanda Nkuwa, que vai consumir investimentos de US$ 3,2 bilhões e tem o início das operações previsto para 2013. A empreiteira brasileira ganhou o projeto em consórcio com as empresas Eletricidade de Moçambique (EDM) e Energia Capital, entre outros parceiros, assumindo a responsabilidade pela sua construção e operação. Com capacidade instalada de 1.500 MW, a usina será uma das maiores do continente africano e sua obra envolve a implantação de uma rede de transmissão de cerca de 1.400 km de extensão, ligando a região central do país à capital Maputo. O consórcio vencedor do projeto, liderado pela Camargo Corrêa, está desenvolvendo o funding para o negócio, que pode contar com a participação do banco de fomento chinês Eximbank, um dos interessados em financiar a obra. A conquista desse projeto ocorreu pouco mais de um mês após a empresa ser derrotada pela Odebrecht na concorrência pela obra da hidrelétrica Santo Antônio, no rio Madeira (RO), numa das licitações mais disputadas dos últimos tempos. Localizada no rio Zambeze, na região central de Moçambique, a usina Mphanda Nkuwa terá uma capacidade instalada suficiente para atender mais de três vezes a demanda do país, que é de 400 MW. Por esse motivo, a maior parte de sua produção será exportada para outras nações do continente, como a África do Sul. Com esse projeto, a empreiteira brasileira praticamente duplica sua carteira de obras, que passa a ser de cerca de R$ 7 bilhões.

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Foto: Randon

Logística

Por que os equipamentos

param no porto

Experientes na gestão de frotas em obras no exterior, as construtoras brasileiras se deparam com dificuldades alheias a sua atividade: o apagão portuário e a burocracia alfandegária Por Rodrigo Conceição Santos Equipamento em operação de embarque para exportação

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manutenção tecnologia

A

engenharia brasileira, que já se consagrou como um produto de exportação pela competência de algumas construtoras do País, vem enfrentando obstáculos que desafiam sua capacidade de construir rodovias, hidrelétricas, aeroportos e demais projetos de infra-estrutura no exterior. Em um cenário marcado pela expansão do comércio exterior, com filas de espera nos portos e sobrecarga de serviço nos postos aduaneiros, enviar os suprimentos necessários para uma obra em outro país representa um desafio à parte para essas empresas, que só pode ser superado com muito planejamento e esforço logístico. Apesar da inegável competência técnico-gerencial das construtoras que se lançam no mercado externo, o desafio concentra-se numa tarefa intrínseca a sua atividade: a mobilização dos equipamentos pesados necessários às obras, cujo embarque nos navios cargueiros se dá por sistema break bulk (carga solta, não acomodada em contêiner). “Como os transportadores priorizam produtos em contêineres, está cada vez mais difícil viabilizar o envio de equipamentos pesados ao exterior para projetos de construção”, afirma Mário Humberto Marques, diretor de equipamentos da construtora Andrade Gutierrez.

A lógica desses transportadores, segundo ele, baseia-se no máximo aproveitamento de espaços nas embarcações, com a cuidadosa arrumação dos contêineres – todos em dimensões padronizadas de 40 pés. Como os equipamentos para construção fogem dessa padronização e comprometem a produtividade dos espaços para transporte, os custos de seu frete tornam-se mais elevados. As alternativas para a construtora, nesse caso, passam por assimilar esse gasto adicional, pela busca de alternativas ou pela compra ou locação do equipamento no país em que a obra está sendo executada. Exemplo desse exercício de planejamento logístico foi constatado pela reportagem de M&T durante a entrevista com Mário Humberto. Entre um depoimento e outro, ele discutia com profissionais de comércio exterior da Andrade Gutierrez a melhor forma de embarcar uma correia transportadora para uma obra da empreiteira em Angola. Na pauta de discussão, eles analisavam se deveriam transportar o equipamento em contêiner, com os transtornos e gastos envolvidos na sua desmontagem e montagem posterior, ou se a melhor alternativa seria arcar com os custos decorrentes do espaço ocupado por ele.

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Foto: Andrade Gutierrez

Logística

LOGÍSTICA Por qué los equipos paran en el puerto La ingeniería brasileña, que se ha consolidado como un producto de exportación gracias a la competencia de algunas empresas constructoras del país, viene allanando obstáculos que desafían su capacidad de construir carreteras, centrales hidroeléctricas, aeropuertos y otros proyectos de infraestructura en el extranjero. En un contexto marcado por la expansión del comercio exterior, que provocan largas esperas en los puertos y sobrecargas de los puestos aduaneros, enviar la maquinaria necesaria para una obra en otro país representa un desafío sin precedentes para las empresas, que solo puede ser superado con una cuidadosa planificación y gestión logística. A pesar de la innegable competencia técnico-administrativa de las constructoras que salen al mercado exterior, el desafío radica en una tarea intrínseca de su actividad: el traslado de los equipos pesados necesarios para la ejecución de las obras en buques de carga por el sistema convencional o break bulk, ya que debido a sus dimensiones no pueden ser contenerizados. “Como los transportadores dan prioridad a los productos acondicionados en contenedores, es cada vez más difícil mandar equipos pesados a las obras fuera del Brasil”, explica Mário Humberto Marques, director de equipos de la empresa constructora Andrade Gutierrez. Dice, además, que el objetivo de los transportadores es aprovechar al máximo el espacio de los buques, organizando

“Em geral, os arrumadores de navios não têm comprometimento com esse tipo de cargas, pois é comum acertarmos o transporte de determinado equipamento e eles não cumprirem o combinado, sem apresentar qualquer satisfação para isto”, afirma o executivo. Ele sabe o que diz, já que dos R$ 8,2 bilhões em contratos que a construtora mantinha ao final de 2006, cerca de R$ 3 bilhões correspondiam à carteira de projetos no exterior. Atualmente, para tocar obras em países da América Latina, África e Europa, a empresa mobiliza quase 700 equipamentos de escavação, carga, transporte, pavimentação e instalações industriais, em sua maioria importados do Brasil. Esse volume corresponde a 35% de sua frota total, de cerca de 2.000 máquinas pesadas. Dificuldades de transporte Se o gargalo logístico já é grande no Brasil, o problema torna-se ainda maior quando a obra transcorre em alguns países menos desenvolvidos, seja por entraves aduaneiros ou por deficiências de infra-estrutura. “Estamos trabalhando em Angola e a exportação de equipamentos para lá é um verdadeiro caos”, diz Mário Humberto. Ele conta que a liberação de um equipamento no porto de Luanda, o único do país em condições de receber navios de grande porte,

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consome três semanas de prazo. “Isso gera despesas portuárias elevadas e custos com a indisponibilidade do equipamento para a obra”. Vencidos os entraves no porto, novos desafios se impõem na hora de transportar o equipamento até o canteiro de obras, geralmente instalado no interior do país, com acesso por rodovias em precárias condições de conservação. Por esse motivo, Mário Humberto ressalta a importância do planejamento para o sucesso de uma operação no exterior. “Em geral, trabalhamos com um prazo de três meses para a conclusão da exportação, desde a disponibilização do equipamento em alguma cidade brasileira até a sua chegada ao canteiro de obras de destino.” Outro exemplo apontado pelo executivo se refere ao projeto La Presa Picachos, para irrigação e abastecimento de água da região de Mazatlán, no México. Orçado em US$ 237 milhões, ele será entregue em 2009 e sua execução está mobilizando uma ampla frota de equipamentos. “Priorizamos seu envio para o porto de Mazatlán, que é pequeno, mas fica próximo à obra, porém quando os equipamentos necessitam ser embarcados em navios maiores é preciso usar um porto da costa leste do México e transportá-los por cerca de 800 km de rodovias.”

Foto: Ciber

Equipamentos podem aguardar semanas para liberação no porto

Usina de asfalto desembarca no porto de destino



Logística

Cuidados no processo Para os especialistas em comércio exterior, a exportação de equipamentos de construção pode tornar-se mais simples com planejamento e a adoção de medidas que evitem problemas nas alfândegas. Diante da burocracia aduaneira e da escassez de empresas especializadas em transportes especiais, eles recomendam evitar improvisações e contar com uma consultoria especializada. Essas empresas, denominadas “transitários”, realizam todo o processo para o cliente, desde sua habilitação no Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior), órgão do governo que autoriza o agente a operar no mercado externo, até o preenchimento dos documentos necessários à exportação, o desembaraço da mercadoria no porto e a logística de entrega. Walter Thomaz da Silva Júnior,

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diretor da Thomaz Consultores, ressalta que o crescimento do comércio exterior nos últimos anos acarretou o esgotamento de toda a infra-estrutura portuária, além de gerar sobrecarga de serviço para os fiscais aduaneiros. “Geralmente, as construtoras planejam o tempo de deslocamento do bem pela distância e, como um equipamento enviado ao Pará ou à Argentina envolve distâncias semelhantes, incorrem no erro de achar que em ambos os casos o prazo será o mesmo.” O especialista ressalta que, quando o bem cruza as fronteiras nacionais,

de forma a cuidadosa los contenedores – todos de dimensiones estandarizadas de 40 pies. Como los equipos para construcción no se encajan en ese tipo de estandarización y ocupan más espacio, los costos del flete son más elevados. Las alternativas para la empresa, en este caso, son: hacerse cargo del gasto extraordinario, buscar alternativas o comprar o arrendar equipos en el país de la obra. “En general, los transportadores marítimos no se comprometen con ese tipo de carga. Es bastante común, por ejemplo, que aunque se haya combinado de antemano el transporte de un determinado

Foto: Andrade Gutierrez

Uma parte das máquinas usadas no projeto La Presa Picachos entrou em território mexicano sob o regime de exportação temporária e a outra como exportação definitiva. O critério para definir o modelo adotado se baseia na regularidade da demanda pelo equipamento e em seu valor estratégico para a empresa. “Se há uma demanda regular pela sua mobilização no Brasil, estudamos a possibilidade de comprar ou locar uma unidade para a obra no exterior; caso contrário, optamos pela sua exportação.” Após essa decisão, a construtora avalia se o equipamento é estratégico para suas operações. “Se for, exportamos por internação temporária; caso contrário, realizamos uma exportação definitiva.” Equipamentos estratégicos, para a Andrade Gutierrez, são aqueles que não estão disponíveis no mercado para pronta entrega, como os guindastes de grande porte, por exemplo, o que dificulta até mesmo sua locação. Nesses casos, o executivo avalia que compensa arcar com custos de transporte e as despesas alfandegárias para sua exportação e a posterior repatriação para o Brasil.

Carga em contêiner: otimiza espaço e reduz custo do frete

essa programação deve contemplar o dobro do tempo, tendo em vista que se têm dois processos fiscais e duas alfândegas. Ele explica que a função das aduanas não se resume apenas em arrecadar tributos, mas principalmente em controlar a entrada e saída de produtos do país. “No mundo inteiro, os tributos aduaneiros têm caído, mas os controles administrativos tendem a aumentar por conta de barreiras não tarifárias e dos riscos de terrorismo.” Para Thomaz, muitos problemas durante a exportação de equipamentos pesados poderiam ser evitados com maior planejamento. “Geralmente, as empreiteiras decidem pelo processo

equipo, no lo acepten a última hora, sin dar mayores explicaciones”, afirma el ejecutivo. Marques sabe muy bien lo que dice, ya que de los 8.200 millones de reales en contratos que la empresa tenía a fines del 2006, aproximadamente 3.000 millones correspondían a la cartera de proyectos extranjeros. Actualmente, para ejecutar obras en países de América Latina, África y Europa, la empresa traslada casi 700 equipos para excavación, carga, transporte, pavimentación e instalaciones industriales, la gran mayoría sale del Brasil. Esta cantidad corresponde al 35% del total de su flota, compuesta por aproximadamente 2.000 máquinas pesadas.



Logística

Tamanho dos equipamentos e qualidade das estradas dificultam o transporte em terra

de exportação temporária, invertendo as prioridades.” Antes de negociar as condições comerciais de exportação e de contratar o transporte do bem, ele recomenda uma verificação das exigências burocráticas, para sua resolução paralelamente aos outros procedimentos. “Essa falta de priorização é um erro, pois os entraves burocráticos são justamente os maiores problemas enfrentados pelas construtoras”, diz ele. O advogado tributarista Fábio Leonardi Bezerra, diretor da Plus Brasil, explica que a atuação da aduana envolve a verificação física e documental das mercadorias importadas e exportadas. “É como na nossa casa, só entra quem a gente quer e só sai se abrirmos a porta”, ele exemplifica. Na exportação de equipamentos de construção, Bezerra diz que é preciso realizar sua identificação física e apresentar claramente as suas características técnicas, juntamente com uma relação das embalagens nas quais ele está

Si el problema logístico ya es complejo en el Brasil, lo es mucho más cuando la obra está ubicada en algunos países menos desarrollados debido a, por ejemplo, las barreras aduaneras o las deficiencias en infraestructuras. “Estamos trabajando en Angola y exportar equipos a ese país es un verdadero caos”, dice Mário Humberto. Añade que los trámites necesarios para retirar un equipo del puerto de Luanda, el único del país en condiciones de recibir buques de gran calado, tardan tres semanas. “Eso genera gastos portuarios elevados y costos por indisponibilidad del equipo para la obra.” Después de realizar los trámites portuarios se presenta otro desafío: transportar el equipo hasta el sitio de las obras, generalmente ubicadas en el interior del país, por caminos en precarias condiciones de conservación. Por ese motivo, Mário Humberto destaca la importancia de realizar una correcta planificación estratégica a fin de garantizar el éxito de la

Experiência em obras no exterior A primeira incursão da Queiroz Galvão no mercado externo foi a execução da barragem Paso Severino, para abastecimento de água da cidade de Montevidéu, capital do Uruguai. Na mesma época, e empresa conquistou contratos na Bolívia para a construção de rodovias nos trechos La Paz-Desaguadero, com 95 km de extensão até a fronteira com o Peru, e Padcaya-La Mamora-Emboruzú-Bermejo, envolvendo 126 km até a fronteira com a Argentina. Ambos os projetos foram executados sobre a Ruta F-1 do sistema viário boliviano e, atualmente, a empresa responde por outros contratos de construção de estradas no país. Ela está construindo o trecho Ascención-San Pablo, com extensão de 114 km, da rodovia Santa Cruz de La SierraTrinidad, bem como os trechos Tarija–Potosí, da Ruta F-1 Panamericana, e Potosí-Cotagaita, da Ruta F-14, que totalizam cerca de 440 km de obras rodoviárias executadas em pavimento rígido. No Peru, a empreiteira responde pela obra do trecho Puente Inanbari-Azangaro do Corredor Bioceânico Sur (ligação Brasil-Peru) e, no Chile, tem um contrato para a construção da hidrelétrica La Higuera, localizada em San Fernando. Contratada em regime EPC (Engeneering, Procurement and Construction), a usina terá 155 MW de capacidade instalada e sua obra está mobilizando uma frota de cerca de 200 equipamentos pesados. Veja os principais tipos de máquinas usadas nesse projeto:

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• Tratores de esteiras – 5 unidades • Motoniveladoras – 3 unidades • Pás-Carregadeiras – 4 unidades • Carregadeiras rebaixadas – 7 unidades • Escavadeiras (20 t) – 5 unidades • Rolos compactadores – 4 unidades • Retroescavadeiras – 5 unidades • Planta de britagem (70 m3/h)– 1 unidade • Centrais de concreto (30 m3/h) – 3 unidades • Compressores de ar (900 pcm) – 14 unidades • Compressores de ar (400 pcm) – 4 unidades • Perfuratrizes pneumáticas – 2 unidades • Guindaste (30 t) – 1 unidade • Guindaste (50 t) – 1 unidade • Manipuladores de carga – 6 unidades • Picapes 4x4 (cabine dupla) – 23 unidades • Caminhões basculantes (6x4) – 20 unidades • Caminhões tanque (14.000 litros) – 7 unidades • Caminhões guindauto (12 t) – 4 unidades • Comboios mistos (lubrificação-combustível) – 2 unidades • Comboio combustível – 1 unidade • Caminhões-betoneira – 14 unidades • Caminhões-plataforma – 8 unidades • Autobombas de concreto projetado – 5 unidades • Grupos geradores (de 40 a 545 kVA) – 29 unidades



Logística

Foto: Queiroz Galvão

sendo transportado, com medidas, peso e conteúdo (packing-list). “Como muitas construtoras desconhecem esse procedimento, têm problemas na alfândega e acabam pagando caro por isso”. Caro, no caso, não é mera figura de linguagem, já que a empresa pode arcar com uma média de US$ 30 mil por dia com o equipamento parado no pátio alfandegado e qualquer atraso na sua liberação implica elevados custos. Para evitar prejuízos dessa natureza, Bezerra recomenda que o exportador procure uma assessoria especializada. “Exportação temporária, por exemplo, é um regime aduaneiro especial, que sofre modificações constantes e necessita de gente especializada para realizá-la”, diz ele. Como a exportação temporária é um regime aduaneiro especial, Thomaz explica que esse processo não se inclui no sistema automático de exportação, o modelo mais conhecido pelos despachantes e profissionais de comércio exterior das construtoras e

Hidrelétrica La Higuera, no Chile: escavação em rocha na região dos Andes

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no qual se enquadram as operações mais corriqueiras. “Esse procedimento não é automatizado e, devido à falta de pessoal nas alfândegas, é preciso entregar a documentação completa, sem erros e atendendo todas as exigências da lei; caso contrário, o bem pode ficar parado na alfândega.” Integridade da carga De acordo com a legislação do país para o qual se realiza a exportação, a empresa pode se ver obrigada a preencher documentos consularizados, a apresentar certificado de origem do equipamento, a submetê-lo a inspeção pré-embarque e fito-sanitária, entre outros procedimentos. O certificado de origem, que atesta que o produto é brasileiro (com 60% ou mais de conteúdo nacional), é uma exigência comum no Mercosul e demais países com os quais existem acordos bilaterais para redução de impostos de importação. A inspeção fito-sanitária, por sua vez, impõe a necessidade de

operación en el extranjero. “En general, trabajamos con un plazo de tres meses para hacer la exportación, desde que el equipo sale de alguna ciudad brasileña hasta que llega a la obra a la que fue destinado.” En opinión de los especialistas en comercio exterior, la exportación de equipos para la construcción puede simplificarse si se hace una buena planificación y se adoptan medidas que eviten problemas en las aduanas. Frente a la burocracia aduanera y la escasez de empresas especializadas en transportes especiales, recomiendan que se eviten las improvisaciones y que se trabaje con empresas de consultaría especializadas. Las empresas transitarias realizan toda la gestión, desde el registro del cliente en el Sistema Integrado de Comercio Exterior del Brasil (Siscomex), órgano del gobierno que autoriza al agente operar en el mercado externo, hasta el llenado de los documentos necesarios para la exportación, la liberación de la mercancía en el puerto y la logística de entrega.



Logística

ARG adquiriu uma usina de solos, duas vibro-acabadoras e 23 rolos compactadores para a execução de obras na Guiné Equatorial. “Devido ao grande porte dos nossos equipamentos, a estrutura portuária na África e em alguns países da América Latina é determinante para a concretização da venda”, enfatiza Rauen. A integridade da carga também deve ser preservada durante o transporte até o canteiro de obra, motivo pelo qual o executivo opta por contratar empresas de logística especializadas. “No caso das usinas móveis, a dificuldade começa nas estradas de acesso, em sua grande maioria em péssimo estado de conservação, e a operação exige uma licença especial

Foto: Queiroz Galvão

um cuidado especial com a limpeza do equipamento, já que a presença de terra no material rodante pode impedir seu embarque. Walter Rauen, diretor-presidente da Ciber Equipamentos Rodoviários, inclui a proteção das máquinas contra os efeitos da maresia na lista de cuidados necessários. “Nos portos, a maioria sobrecarregados, eles podem aguardar o embarque ou desembarque durante semanas, situação na qual ficam expostos ao ambiente marítimo.” Ele explica que a salinidade pode comprometer componentes eletrônicos e metálicos das máquinas, motivo pelo qual a empresa reveste seus produtos com uma cera (óleo à base d’água) que

Pátio de equipamentos sob a neve da Cordilheira dos Andes

os protege contra ferrugem e corrosão. Além disso, suas usinas de asfalto são exportadas com embalagem plástica de tecnologia VpCI (inibidor de corrosão fase vapor), proporcionando maior durabilidade ao produto. Com presença em vários continentes, especialmente na América Latina e África, a Ciber obtém cerca de 50% de seu faturamento anual com as exportações e fornece equipamentos para algumas das principais construtoras brasileiras com obras no exterior. Recentemente, ela forneceu nove rolos compactadores à Camargo Corrêa para obras em Angola, uma usina de asfalto de 150 t/h de capacidade para a Andrade Gutierrez e a empreiteira

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para seu transporte, devido à grande dimensão das máquinas.” Segundo ele, a empresa conta com 13 representantes locais em países da América Latina, para suporte comercial e de pós-venda, incluindo o desembaraço dos produtos no porto, o armazenamento e a assistência técnica. Com sua experiência em exportação, Rauen aponta como principal desafio na atualidade o apagão portuário comum não apenas ao Brasil, mas também aos demais países em desenvolvimento. O crescimento do comércio exterior em âmbito global, acompanhado pela desproporcional oferta de navios para transportes interoceânicos pressionou o custo do frete para cima

e já compromete a competitividade de muitos exportadores, o que requer um aumento da sua eficiência produtiva para compensar essa balança. “Precisamos de muita criatividade para obter êxito nas exportações”, diz ele. Solução para o suprimento Solucionada a logística de entrega do equipamento no canteiro, outro desafio se impõe na montagem da estrutura de manutenção oferecida, já que a obra pode transcorrer em locais distantes dos grandes centros urbanos, em regiões de deserto, de floresta ou de altitudes elevadas. Nesses casos, o suprimento de peças de reposição e a disponibilidade de mão-de-obra qualificada para os serviços de reparos mecânicos representam mais uma dificuldade para os profissionais do setor. No caso da locadora Escad, que fornece 59 equipamentos para a Construtora Norberto Odebrecht em obras no Peru e na Bolívia, o problema foi resolvido com uma solução relativamente simples: a base de apoio fica localizada em território brasileiro. Eurimilson João Daniel, diretor da locadora, explica que no caso boliviano isso foi possível porque o contrato é para a construção de uma rodovia que sai da fronteira com o Brasil, em Corumbá (MS), e seus equipamentos estão mobilizados a uma distância máxima de 100 km desse local. “Essa proximidade facilitou a instalação do nosso almoxarifado em Corumbá”, diz ele. No Peru, onde a empresa loca 50 equipamentos, entre escavadeiras, pás-carregadeiras, retroescavadeiras, motoniveladoras e rolos compactadores, para a construção da rodovia Transoceânica, a solução adotada foi semelhante, embora as distâncias envolvidas sejam maiores. A Escad montou uma base de apoio com almoxarifado no lado brasileiro da fronteira, em Assis Brasil (AC), que supre o canteiro com peças de reposição e serviços no caso de indisponibilidade dos distribuidores peruanos. “Lá, temos a facilidade de que os dealers locais são mais estruturados e atendem grande parte da nossa demanda.”


Realização:

Organização:

www.acquacon.com.br


Logística

Treinamento local Com a experiência de atuar no exterior desde 1994, quando iniciou uma obra rodoviária na Bolívia, a construtora Queiroz Galvão administra atualmente uma frota de cerca de 830 equipamentos pesados em projetos sob sua responsabilidade no mercado externo. Gervásio Edson Magno, superintendente de equipamentos da empresa, recorda que a maioria das máquinas usadas naquele primeiro contrato, para a construção de uma estrada entre a capital La Paz e a região do Alto Desaguadero, com vários trechos em altitudes de até 4.000 m, foi mobilizada em regime de exportação temporária e enviada por ferrovia até a fronteira boliviana. “Esse meio de transporte se demonstrou uma ótima alternativa, pois nos livrou dos problemas aéreos e portuários”, ele afirma. Na ocasião, a construtora firmou um contrato de garantia de disponibilidade dos equipamentos com o distribuidor local da Caterpillar, algo ainda pouco praticado no Brasil. Por meio de técnicas de manutenção próativa, como a análise de óleos lubri-

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ficantes, a empresa se antecipava aos problemas mecânicos e atingia altos índices de disponibilidade dos equipamentos, repassando esse benefício para os clientes. “Como mobilizamos poucas máquinas de outros fabricantes, foi possível obter sucesso com esse modelo”, diz Gervásio. Uma das maiores dificuldades apontada por ele na realização dessa obra foi a contratação de pessoal qualificado. “Por isso, enviamos líderes da equipe de manutenção do Brasil para treinar os funcionários bolivianos”. Essa prática acabou se

mento dos distribuidores locais.” A complexidade dessa obra, que exigiu a escavação de 18 km de túneis em plena região dos Andes, além das três tomadas d´água e da casa de força, implicou a mobilização de equipamentos adaptados para operar em altitudes elevadas (veja a lista das máquinas na página 16). “Na área de perfuração subterrânea, adquirimos jumbos da Sandvik, que tem forte atuação no Chile, e alguns equipamentos foram comprados no exterior, em regime de exportação definitiva.” O especialista explica que a legislação chilena, dife-

Foto: Escad

Essa facilidade poupa a locadora de problemas logísticos e aduaneiros, já que qualquer peça de reposição fornecida pela base brasileira precisa entrar em território peruano como importação. Por esse motivo, a empresa mantém um pequeno estoque na obra para atender manutenções preventivas, como filtros e óleos lubrificantes, e com itens de maior giro, como pneus, cabos de tração, caçambas de reserva e baterias, entre outros. Daniel ressalta ainda uma curiosidade na atuação da empresa no Peru: “descobrimos que as picapes 4x4, usadas para o transporte dos nossos profissionais pela obra, custam a metade do preço do Brasil e, por isso, optamos pela locação de todos os veículos no mercado local”, diz ele. Diferentemente das construtoras, que geralmente têm filiais abertas nos países onde atuam, a Escad não tem empresa aberta no exterior e, por esse motivo, não pode comprar equipamentos.

Conhecimento da legislação e do mercado local facilitam manutenções no exterior

tornando um padrão para as demais obras realizadas no exterior. Um exemplo é a construção da hidrelétrica La Higuera, no Chile, que a empresa executa atualmente. Gervásio ressalta que algumas particularidades desse projeto dificultam o transporte dos equipamentos até o canteiro, pois eles precisam ser enviados até a Argentina para então seguir para a obra, por meio de rodovias. Em compensação, a estrutura do mercado chileno proporciona facilidades ao serviço de manutenção. “Devido à alta disponibilidade de fornecedores, trabalhamos com baixos níveis de estoque e obtemos maior comprometi-

rentemente da brasileira, permite a importação de máquinas usadas e sua comercialização após o final da obra. “Isso facilita o processo, pois ao terminar o projeto podemos vender os equipamentos no próprio país.” No Brasil, a legislação proíbe a importação de modelos usados se houver um similar de produção nacional.

Andrade Gutierrez: www.agsa.com.br Ciber: www.ciber.com.br Escad: www.escad.com.br Plus Brasil: www.plusbrasil.com.br Queiroz Galvão: www.queirozgalvao.com



Foto: Volvo

equipamentos compactos

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manutenção tecnologia

A hora e a vez dos

pequenos Venda de minicarregadeiras e miniescavadeiras cresce 400%, entre 2005 e 2008, e estimula os fabricantes a introduzir no Brasil as inovações tecnológicas disponíveis em seus modelos globais

U

os campeões de vendas no mercado de equipamentos para construção, como as retroescavadeiras (cerca de 3.200 unidades), pás-carregadeiras e escavadeiras hidráulicas (ambas na faixa de 2.000 unidades). Mas ele já supera tradicionais famílias de máquinas, como tratores de esteiras e rolos compactadores, e registra uma curva de crescimento avassaladora. As vendas de minicarregadeiras e miniescavadeiras saltaram de 200 unidades, em 2005, para 500 unidades, em 2006, e a previsão do setor é de superar a marca de 1.000 unidades comercializadas este ano. Atraídos por esse cenário, fabricantes como Caterpillar, Case,

Foto: Caterpillar

m novo segmento do mercado de máquinas para construção começa a ganhar fôlego no Brasil e a estabelecer mais um front de disputa entre os principais fabricantes estabelecidos no País. Uma feliz combinação de estabilidade econômica, de valorização cambial e de expectativa por um grande volume de obras urbanas, nas quais espaço é fundamental para a produtividade na operação dos equipamentos, está impulsionando a demanda por modelos compactos, como minicarregadeiras e miniescavadeiras. Com cerca de 700 unidades comercializadas em 2006, esse nicho ainda é pequeno se comparado com

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Doosan, New Holland, Komatsu e Volvo já se posicionaram para disputar um segmento antes ocupado predominantemente pela Bobcat. Eles apostam na versatilidade dos equipamentos compactos que, com a desvalorização do dólar, tornaramse competitivos para aplicação em vários tipos de serviços. “São equipamentos indicados para obras urbanas ou em locais de difícil acesso, como construções aeroportuárias, de edificações, de galpões, projetos de saneamento e até mesmo a limpeza de pátios industriais e de frentes de mineração”, explica Andrew Heslop,

especialista em marketing de produto da Case. Antonio Solano, gerente do mercado de construção geral da Caterpillar, afirma que a empresa dispõe de miniescavadeiras e de minicarregadeiras sobre rodas ou sobre esteiras, disponíveis em toda a América Latina por meio dos distribuidores da marca. Na parte de minicarregadeiras, a empresa comercializa a série B2 e, em 2007, lançou a versão C desses equipamentos, que chegam para atender o que a Caterpillar considera como tendência mundial: o uso de modelos compactos, com maior capacidade de

Foto: New Holland

equipamentos compactos

Versatilidade também se deve à ampla linha de implementos

6 B6>DG A>C=6 8DCHIGJvÀ page door.indd 1

EQUIPOS COMPACTOS Ahora es el momento de los pequeños En Brasil, un nuevo segmento del mercado de máquinas para la construcción empieza a destacarse y abrir otro frente de disputa entre los principales fabricantes establecidos en el país. Una combinación excelente de estabilidad económica, valorización del real frente al dólar y expectativa de que se hagan muchas obras urbanas, en las que el espacio es fundamental para la

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productividad en la operación de los equipos, está impulsando la demanda de modelos compactos de cargadoras y excavadoras. Con aproximadamente de 700 unidades comercializadas en 2006, ese nicho todavía es pequeño comparado con el que ocupan los campeones de ventas en el mercado de equipos para la construcción, como las retroexcavadoras (cerca de 3.200 unidades), palas cargadoras y excavadoras hidráulicas (las dos suman unas 4.000 unidades).

Sin embargo, ya supera al de las tradicionales familias de equipos, tractores sobre orugas y rodillos compactadores, y presenta una curva de crecimiento vertiginoso. Las ventas de cargadoras y excavadoras compactas pasaron de 200 unidades, en 2005, a 500 unidades, en 2006, y el sector estima que este año comercializará unas 1.000 unidades. Atraídos por este mercado tan prometedor, fabricantes como Caterpillar, Case, Doosan, New Holland, Komatsu y Volvo ya están preparados para captar


manutenção tecnologia

operação e conforto na cabine. Novo material rodante A linha é composta por quatro modelos sobre rodas – 246C, 256C, 262C e 272C – com capacidade nominal de carga entre 975 kg e 1.474 kg, e por três modelos sobre esteiras – 277C, 287C e 297C. Estes últimos, também denominados de minicarregadeiras todo terreno, cobrem uma faixa de 1.451 kg a 1.905 kg de capacidade de carga e operam com até 14,9 km/h de velocidade de deslocamento. Tal desempenho, segundo Solano, se deve ao sistema de trans-

missão hidrostática das máquinas, que possibilita a seleção de duas velocidades pré-programadas. Além da série C, a empresa oferece as minicarregadeiras da linha B2, composta por seis modelos sobre rodas, com capacidade nominal de carga entre 635 kg e 1.134 kg, e dois sobre esteiras. O executivo explica que o material rodante desses modelos é de borracha, com roletes em poliuretano, para não marcar o piso e possibilitar sua operação em ambientes internos. “Essas máquinas têm suspensão dupla e um material rodante diferente dos sistemas con-

9 : E G D 9 J I D H 9 : D 9 D 7 G 6 H > A # un segmento antes prácticamente copado por Bobcat. Todos hacen hincapié en la versatilidad de los equipos compactos que, debido a la devaluación del dólar, son muy competitivos y se adaptan a muchísimos tipos de trabajos. “Son los equipos ideales para obras urbanas o lugares de difícil acceso, como ser construcciones aeroportuarias, edificios, galpones, obras de saneamiento e, incluso, limpieza de instalaciones industriales y frentes de trabajo en minas”, explica Andrew Heslop, especialista en

marketing de producto de Case. La disputa en el sector de máquinas compactas se intensificó en octubre pasado cuando New Holland reforzó su posición en el mercado lanzando nuevos modelos, unos meses más tarde que Volvo Construction Equipment (VCE) anunció que estaba fabricando cargadoras compactas en el Brasil. En esa oportunidad, la empresa italiana lanzó la excavadora compacta E50, de 4.660 kg a 4.850 kg de peso operativo, y la cargadora compacta L175, de 907 kg

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de peso operativo. Volvo Construction Equipment (VCE), por su lado, también se preparó para competir en el mercado de cargadoras compactas, un segmento en el que hizo su estreno en agosto del año pasado. Yoshio Kawakami, presidente de VCE, asegura que la marca es muy competitiva porque sus equipos son fabricados en la planta industrial de Pederneiras, estado de São Paulo, que también produce para el mercado estadounidense.

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equipamentos compactos

vações, as minicarregadeiras contam ainda com cabine 100% pressurizada, banco com suspensão a ar e sistema de amortecimento que absorve os impactos do implemento e evita sua transferência para a máquina. “Numa operação com caçamba, essa solução aumenta a produtividade ao evitar a queda de material.”

vencionais.” Isso porque, ao contrário dos modelos similares, ele permite a troca dos componentes separadamente (roletes, rodas-guia e sapatas), o que facilita e reduz os custos de manutenção do material rodante. O sistema de suspensão dupla, segundo Solano, está presente tanto nas minicarregadeiras sobre esteiras da série C como nas da B2. “É como se tivéssemos o pneu dentro da esteira, de forma a conservar a maior velocidade de deslocamento e o conforto na operação”, diz ele. Como opcional, os modelos da série C podem ser equipados com sistema hidráulico dotado de dois estágios de fluxo, de forma a prover maior pressão para o uso de implementos que demandam maior força hidráulica. Esse mecanismo permite que a vazão do circuito salte de 84 para 126 l/min, elevando a pressão no sistema de 3.335 psi (230 bar) para 4.061 psi (280 bar). Entre outras ino-

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Aposta italiana A disputa no segmento de máquinas compactas se acirrou em outubro passado, quando a New Holland reforçou sua posição nesse mercado ao lançar novos modelos, alguns meses após a Volvo Construction Equipment (VCE) anunciar a fabricação de minicarregadeiras no Brasil. Na ocasião, a fabricante italiana lançou a miniescavadeira E50, de 4.660 kg a 4.850 kg de peso operacional, e a minicarregadeira L175, de 907 kg de carga de operação, que se somou aos modelos L150 e L170 que a empresa já comercializava no País. Para João Luís Oliveira, gerente de marketing de produto da New Holland, em poucos anos a linha compacta pode se converter na campeã de vendas da marca, como já ocorre nos países industrializados. Sua aposta se baseia no mesmo motivo apontado pelos demais fabricantes, como a versatilidade dessas máquinas para aplicação em obras com pouco espaço, em canteiros de difícil acesso e serviços de limpeza de pátios. “Esse segmento é o que apresenta maior crescimento de demanda no mundo inteiro e essa tendência também se verifica no Brasil, pois sua procura aumenta na mesma proporção em que os custos de mãode-obra aumentam para o usuário”, complementa Gino Cucchiari, diretor de vendas e marketing da empresa para a América Latina. Equipada com motor de 40,8 hp e com capacidade para caçambas de 0,07 a 0,17 m3, a E50 é dotada de sistema hidráulico com bombas de fluxo variável para todos os movimentos e regulagem eletrônica de vazão. Segundo Oliveira, isso possibilita ciclos

Para satisfacer la demanda de los arrendadores y las pequeñas empresas, VCE anunció, durante el lanzamiento de las cargadoras compactas, la implementación de un sistema de venta de ahorro previo con un plazo máximo de pago de 60 meses. “El cliente paga mensualmente el 1% del valor del equipo hasta adjudicárselo o abonar la mitad del plan, lo que reduce su desembolso inicial y el impacto de la adquisición en su flujo de caja”, explica Kawakami, y añade que los precios de los equipos son asequibles, una vez que pueden ser adquiridos partir de 80.000 reales. Para garantizar la máxima versatilidad a los equipos, los fabricantes ofrecen una amplia gama de implementos que los transforman en verdaderas “cortaplumas multiusos suizas”, preparados para enfrentar cualquier tipo de tarea. Además del tradicional cucharón, se puede usar: martillo hidráulico, barredor, fresadora, zanjadora, perforadora, horquilla univer-


manutenção tecnologia

rápidos e precisão nos movimentos, que facilitam o uso da máquina em aplicações cuidadosas, como escavações em áreas confinadas ou junto a paredes. Ela dispõe da função power boost para ampliar a força de escavação e seu sistema de transmissão hidrostática provê duas velocidades de deslocamento. “Com isso, o operador pode selecionar o modo de baixa velocidade quando necessitar de maior força de tração.” No caso da minicarregadeira L175, que tem 2.826 kg de peso operacional e uma força de desagregação de 1.956 kgf, Oliveira ressalta sua alta capacidade. “Com uma altura máxima do pino de articulação da caçamba de 304 cm e alcance frontal de 74 cm, ela atinge altura e distância de trabalhos maiores que os outros modelos de sua categoria.” Devido a sua elevada estabilidade, ele explica que o equipamento permite movimentar cargas maiores em relação

ao seu peso, possibilitando ganhos de produtividade. Como opcional, a minicarregadeira pode ser equipada com sistema de transmissão de duplo estágio, que proporciona velocidades de deslocamento acima de 17 km/h. “Além disso, ela conta com um trem de força simplificado, com bombas hidráulicas em linha, que confere maior suavidade e menos ruído durante a operação.” Os equipamentos compactos da New Holland são importados dos Estados Unidos e Japão e a empresa aposta na capilaridade de sua rede de distribuidores, bem como em seu Centro de Reposição de Peças de Itu (SP), com cerca de 7 milhões de itens em estoque, para conquistar uma fatia desse mercado em expansão. “Nossos 13 concessionários espalhados pelo País estão preparados para dar suporte a essa linha”, afirma Oliveira. Fabricação local O mesmo raciocínio é seguido pela Volvo Construction Equipment (VCE) para competir no mercado de minicarregadeiras, segmento no qual estreou em agosto último. Segundo Yoshio Kawakami, presidente da VCE, outra vantagem da marca consiste no fato de seus equipamentos serem fabricados na unidade industrial de Pederneiras (SP), que também serve de base para atendimento ao mercado dos Estados Unidos. “Nossa linha conta com cinco modelos na faixa de 635 kg a 1.088 kg de capacidade de carga e que atingem uma força de desagregação na caçamba entre 1.740 daN e 2.874 daN.” Atenta à demanda de locadoras e empresas de pequeno porte, a fabricante anunciou, durante o lançamento das minicarregadeiras, um sistema de vendas por consórcio com prazo de até 60 meses. “O cliente paga 1% do valor do equipamento ao mês, até a contemplação ou a metade do plano, o que reduz seu desembolso inicial e o impacto da aquisição sobre seu fluxo de caixa”,

sal, con grapas, portapalets, cuchara hormigonera, rastrillo hidráulico, triturador forestal y muchos otros. “Son tantas las posibilidades que los usuarios están descubriendo aplicaciones inimaginables”, afirma Danilo Jones, gerente de Renco, empresa distribuidora de las máquinas compactas Doosan en el estado de Minas Gerais y en las regiones Nordeste, Norte y parte de la Centro-Oeste del Brasil. Como ejemplo, Danilo cita el transporte de productos paletizados en obras civiles con cargadoras compactas, mucho más adecuadas para trabajar en terrenos irregulares que los montacargas, y el uso de excavadoras compactas para abrir zanjas angostas para la instalación de redes de agua, cloacales y otras. “Los compactos además de producir menos impacto sobre el entorno y movimiento de suelos, permiten ahorrar combustible y disminuir el costo de operación y, como consecuencia los costos de la obra”, explica.

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equipamentos compactos

dem contar com o tradicional sistema de controle manual, à base de alavancas e pedais, ou com acionamento por joystick. No caso dos modelos montados com alavancas, os motores hidrostáticos de translação não são acionados para proporcionar menor esforço para os operadores. “É tudo hidráulico”, sintetiza Suetugo. Além disso, os equipamentos contam com acelerador fixo e variável no pedal, proporcionando maior vida útil para o motor ao evitar que ele opere em alta rotação durante todo o tempo. “Isso, obviamente, se reflete em economia no consumo de combustível.”

pondera Kawakami. O preço dos equipamentos também é acessível, já que eles são comercializados a partir de R$ 80 mil. Em termos de tecnologia, as minicarregadeiras são dotadas de um sistema de elevação do braço com nivelamento automático da caçamba que, segundo Luciano Suetugo, especialista de produto da VCE, confere maior produtividade à operação. “Ele mantém a caçamba sempre nivelada corretamente, mesmo sem a intervenção do operador, evitando a queda de materiais durante os deslocamen-

Diversidade de implementos Para proporcionar máxima versatilidade aos equipamentos, os fabricantes oferecem uma vasta gama de implementos que transformam as máquinas compactas em verdadeiros “canivetes suíços”, passíveis de uso em várias aplicações. Além da tradicional caçamba, eles podem operar com rompedor, vassoura, fresadora, valetadeira, perfuratriz, garfo, porta-pallet, betoneira, roçadeira, triturador florestal e outros. “As possibilidades são tantas, que os usuários estão descobrindo aplicações antes não imaginadas”, afir-

Hâ B:HBD 6 ;DGv6 96 B6G86 C:L =DAA6C9 ED9:G>6 ;6O:G JB6 6vÀD 9:HI: I6B6C=D# IgVidgZh YZ ZhiZ^gVh/ ,9! 9&(%! 9&,%# :hXVkVYZ^gVh ]^Yg{ja^XVh/ :*%! :&(%! :&,*7! :'&*A8! :'&*B:! :'&*B: <gVc^id! :(-*7# 8da]Z^iVYZ^gV ÓdgZhiVa/ :'&*;# E{h XVggZ\VYZ^gVh/ &'7! L&(%! L&(%I8! L&,%7! L&,%7I8! L&.%7# Bdidc^kZaVYdgVh/ G<&)%#7! G<&,%#7! G<'%%#7# GZigdZhXVkVYZ^gVh/ A7.%! A7&&%#

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tos e frenagens.” Ele explica que o usuário pode escolher qualquer um dos cinco modelos com ou sem esteiras. “Oferecemos a opção tanto de esteira individual como tandem”, diz Suetugo, ao explicar que o material rodante de aço é montado sobre os pneus. As minicarregadeiras da marca po-

Componentes de borracha e poliuretano no material rodante: economia na manutenção

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Foto: Caterpillar

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Foto: Volvo

manutenção tecnologia

ma Danilo Jones, gerente da Renco, que distribui as máquinas compactas da Doosan em Minas Gerais, Nordeste, Norte e parte do CentroOeste do País. Como exemplo, Danilo cita o transporte de materiais paletizados em obras imobiliárias por minicarregadeiras, que são mais adequadas para operar em terrenos irregulares que as empilhadeiras, e o uso de miniescavadeiras para a abertura de valas mais estreitas, na instalação de redes de água, esgoto e de dutos em geral. “Além de provocar menos impacto no ambiente do entorno e reduzir a

Equipamentos Volvo: fabricação local e vendas por consórcio

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1/30/08 2:30:32 PM

As opções de minicarregadeiras (modelos de maior e menor capacidade das principais marcas) Fabricantes Modelos

Bobcat

Case

Caterpillar

Doosan

Komatsu

New Holland

Volvo

S130

S300

410

465

246C

272C

430

470

SK714-5

SK1020-5

L150

L175

MC60B

MC110B

46

81

49

82

73

90

45

75

47

83

36

57

45,3

80,5

Peso operacional (kg)

2.375

3.832

2.488

4.042

3.348

3.761

2.587

3.392

2.524

3.434

2.042

2.826

2.551

3.394

Capacidade de carga (kg)

590

1.361

681

1.364

975

1.474

682

1.134

612/709

907/997

612

907

635

1.088

Força de desagregação (kgf)

---

---

1.873

2.800

3.324

3.318

---

---

1.792

2.285

1.591

1.965

1.774

2.930

Potência (HP)

31


Foto: New Holland

equipamentos compactos

Linha compacta pode se transformar na campeã de vendas da fabricante

Fotos: Komatsu

Komatsu amplia linha compacta

A Komatsu, que já comercializa no Brasil dois modelos de miniescavadeiras, nas faixas de 4.000 e 6.000 kg de peso operacional, prepara-se para ampliar sua presença no mercado de equipamentos compactos com sua linha de minicarregadeiras. A partir do segundo semestre deste ano, ela planeja iniciar a venda dos modelos SK714-5, SK815-5 e SK1020-5, que se situam na faixa de 612 a 997 kg de capacidade de carga e atingem força de desagregação entre 1.792 kgf e 2.285 kgf. Agnaldo Lopes, gerente geral de vendas e marketing da empresa, explica que os equipamentos serão importados da subsidiária da Itália e a expectativa é de conquistar uma participação de 20% no mercado desse

32 | Fevereiro | 2008

tipo de máquina. O menor modelo da linha, o SK714-5, tem 47 hp de potência líquida, contra 83 hp de potência do SK1020-4, o maior. Entre as miniescavadeiras, o destaque fica com a PC30MR-2, que opera com caçamba de 0,12 m³, tem capacidade de levantamento de 1.000 kg e atinge 4.800 kg de força de escavação, a uma profundidade máxima de 3 m. Com 6 t de peso operacional, a PC50MR-2 não se enquadra rigorosamente na família de miniescavadeiras, mas devido a suas dimensões compactas, pode substituir o uso de escavadeiras maiores em determinadas aplicações, com menores custos de operação e economia de combustível.

movimentação de solos, o que também representa menos custos à obra, essa aplicação permite substituir o uso de equipamentos maiores, com ganhos no consumo de combustível e no custo de operação”, diz ele. Por esse motivo, ele avalia que a demanda por esses equipamentos continuará em expansão. “Vendemos essas máquinas com uma facilidade incrível; elas não param no pátio.” Vale ressaltar que a distribuidora traz os equipamentos da marca coreana para o Brasil há um ano, período no qual se estruturou para atender os clientes com suporte em peças de reposição e assistência técnica. Segundo Danilo, a linha é composta por cinco modelos de minicarregadeiras (430, 440, 450, 460 e 470), que operam na faixa de 682 a 1.134 kg de capacidade de carga, e por duas miniescavadeiras: S-035 (de 3,2 t de peso operacional) e S75-V (de 8 t). A exemplo de outros fabricantes, esta última não se enquadra na definição de miniescavadeira, mas, devido a suas dimensões compactas, otimiza a execução dos serviços em locais confinados e de difícil acesso. Todos os equipamentos têm sistema hidráulico com kit 4ª função para acionamento independente dos implementos. “Com isso, eles oferecem elevada força hidráulica sem comprometer as demais funções da máquina”, explica o executivo. No caso das minicarregadeiras, Danilo ressalta a facilidade na operação, realizada por meio de joysticks. “Como elas são acionadas por motor hidráulico, sem a presença de sistema de transmissão, basta o operador regular a velocidade desejada no joystick.” Os equipamentos atingem velocidade máxima acima de 12 km/h. As miniescavadeiras vêm equipadas com lâmina dozer e seu sistema hidráulico conta com bomba de fluxo variável que, segundo ele, proporciona ciclos mais rápidos e maior força na operação. Ciclos rápidos A Bobcat, pioneira no segmento de máquinas compactas no País, tam-


Case lança novas minicarregadeiras A partir de abril, a Case passa a disputar o mercado brasileiro de equipamentos compactos com sua série 3 de minicarregadeiras, composta por quatro modelos sobre pneus (410, 420, 430 e 465) e alguns sobre esteiras de borracha, indicados para aplicações que exigem maior tração ou menor pressão sobre o solo. Importadas dos Estados Unidos, as máquinas se situam numa faixa de potência de 57 a 83 hp, com capacidade de carga entre 681 e 1.364 kg, respectivamente. Segundo Andrew Heslop, especialista em marketing de produto da empresa, elas atendem a norma internacional de emissões Tier 3, algo fundamental para equipamentos que operam em áreas confinadas. Ele comenta que o mercado brasileiro de minicarregadeiras ainda é pequeno se comparado com o norte-americano, mas observa uma tendência de crescimento. “A baixa do dólar deu um impulso às vendas, já que esses equipamentos são importados, mas a pressão da demanda deve continuar independentemente de questões cambiais, pois eles são muito compactos, potentes e versáteis.” Entre as características da linha, Heslop cita a cabine

Foto: Case

manutenção tecnologia

mais espaçosa e com menor nível de ruído, assim como a facilidade de acesso aos sistemas da máquina para manutenções e as duas opções de cinematismo para os braços: radial e vertical. “Além disso, elas permitem o uso de uma grande quantidade de implementos, também fornecidos pela Case, como rompedor, vassoura, fresadora, valetadeira, perfuratriz e até mesmo betoneira.”


Foto: Machbert

Robô para serviços arriscados

Imagine um equipamento compacto e que possa ser operado remotamente em áreas de risco ou com alto índice de insalubridade, como serviços de demolição, de limpeza em alto forno ou indústria nuclear. Essa tecnologia existe e está sendo oferecida pela Machbert. Trata-se do robô Mach 3100, que consiste numa miniescavadeira controlada remotamente por radiofreqüência. Dessa forma, o operador pode levar consigo o joystick e

bém aposta na expansão da demanda nessa categoria de equipamentos. “O mercado está aquecido e temos muita margem para continuar crescendo, principalmente no nicho de miniescavadeiras”, diz Jorge Glória, diretor da Comingersoll, distribuidora da marca. A fabricante, que recentemente foi adquirida pela Doosan, dispõe de uma ampla linha de minicarregadeiras, com modelos de 1,3 t a 4 t de peso operacional e motorização entre 22 e 85 hp, vendidas numa faixa de preço a partir de R$ 60 mil, conforme explica o executivo. “Um dos diferenciais tecnológicos da nossa linha é o conceito skit stear loader, com direção orientada nas quatro rodas, que confere maior mobilidade às máquinas e possibilita menos desgaste de pneus”, diz Glória. “Além disso, todos os equipamentos atendem as normas internacionais de emissões Tier 3”, ele complementa.

34 | Fevereiro | 2008

Foto: Case

equipamentos compactos

acionar o equipamento a uma distância de até 300 m, sem se expor a situações de risco. Rui Máximo da Fonseca, diretor comercial da Macbert, explica que o equipamento tem 40 hp de potência, 3.273 kg de peso operacional e atinge 1.743 kgf/cm² de força de escavação (no braço), alcançando uma altura máxima de ataque de 4.539 mm. Além disso, o giro da sua lança chega a 90º, à esquerda, e a 50º, à direita. “Essa característica confere flexibilidade ao robô e facilita os trabalhos próximos a paredes”, diz ele. Segundo Fonseca, o equipamento encontra-se em fase de demonstração para os clientes e pode ser adquirido com diversos tipos de implementos, como rompedor hidráulico, caçamba de 3 a 30 polegadas, fresa e compactador de solo, entre outros. “Nosso foco inicial é o mercado de locação, mas também direcionamos esse produto para os prestadores de serviços em geral.”

A linha de miniescavadeiras da marca também é ampla, mas Glória aponta a D325, de 2.788 kg de peso operacional, como um dos modelos mais comercializados. Equipada com motor de 27,5 hp, ela atinge 4.055 mm de altura máxima de escavação e uma altura de descarga de até 2.779 mm. Compacta e versátil, a máquina alcança 2.161 kgf de força de escavação e uma velocidade de giro de 9,2 rpm. Tal desempenho, segundo Glória, se deve ao seu sistema hidráulico que permite ao operador usar até quatro funções hidráulicas simultaneamente, proporcionando ganhos no tempo de ciclo. “Isso possibilita maior produtividade em operações nas quais é preciso escavar uma vala e carregar um caminhão, por exemplo.” Acoplado ao joystick direito da cabine, seu sistema de controle permite administrar as funções hidráulicas auxiliares do equipamento me-

Queda do dólar não é suficiente para explicar a demanda. Resposta está na versatilidade e redução de custos operacionais


Fotos: Renco

manutenção tecnologia

Equipamentos da Doosan: "não param no pátio"

diante um simples toque de dedos. “Nenhum outro modelo oferece um sistema de vazão auxiliar variável controlado por joystick.” Ele salienta que mesmo nos modelos acionados manualmente é possível controlar a capacidade de vazão para as duas direções (direita e esquerda). Além disso, as operações de locomoção e funções offset da D325 são controladas por pedais de duas peças. “Quando essas funções não são necessárias, a parte traseira dos pedais pode se transformar em uma trava de segurança, tornando-se um descanso para os pés dos operadores e ao mesmo tempo aumentando a área do piso”, diz o executivo. Segundo ele, o equipamento pode

ser adquirido também com esteira de borracha com direção otimizada. Vale ressaltar que cada esteira é independente e o acionamento do conjunto rodante emprega motor de pistão axial hidrostático conectado a uma caixa de redução de engrenagens planetárias. Além da D325, a Bobcat também comercializa a minicarregadeira D328, de 2.939 kg de peso operacional. Case: www.casece.com.br Caterpillar: www.cat.com.br Comingersoll: www.comingersoll.com.br Komatsu: www.komatsu.com.br Machbert: www.machbert.com.br New Holland: www.newholland.com.br Renco: www.renco.com.br Volvo: www.volvo.com/constructionequipment

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motores diesel

De olho no

futuro

O uso de novos materiais e até mesmo o desenvolvimento de sistema híbrido diesel/elétrico figuram entre as soluções desenvolvidas pela indústria para os motores que estarão presentes nos caminhões e equipamentos pesados do futuro

Foto: Volvo

Menor peso e maior potência. Essas são algumas premissas que norteiam a indústria no desenvolvimento de motores diesel para caminhões e equipamentos pesados, com vistas a sua maior eficiência e redução no consumo de combustível. As experiências com novos materiais ocupam boa parte da atenção dos fabricantes de motores, mas seus centros de pesquisa também se debruçam sobre alternativas que revolucionam o conceito de combustão e os sistemas híbridos, nos quais a propulsão dos veículos ocorre por um acionamento diesel/elétrico, já podem ser considerados uma realidade. A Volvo, por exemplo, vem apostando no uso de muitos componentes de alumínio e de plástico nos motores que equipam sua linha de caminhões pesados (FM), como forma de reduzir o peso do conjunto. Lançados recentemente, os motores da série D13A, que chegam para substituir a família

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D12 (agora presente apenas nos ônibus da marca) e estão disponíveis em versões com 400, 440, 480 e 520 hp de potência, vêm com o cárter todo confeccionado em plástico. A tampa das válvulas e o cabeçote único, tradicional nos motores da fabricante, também são desse tipo de material. “A tecnologia do plástico incorporou inovações que conferem ao material maior resistência a altas temperaturas e menor custo para o produto final, sem contar que ele é mais leve que o alumínio na maioria das aplicações”, diz Carlos Antoniazzi, responsável pela área de engenharia dos motores de 12 e 13 litros da Volvo do Brasil. Além de ser mais leve, o D13A traz outras novidades, como a transferência do trem de engrenagens para a parte de trás, o que possibilita melhor refrigeração para o motor, reduz vibrações, ruídos e atritos. “Isso possibilitou, ainda, a instalação da tomada de força na parte traseira do motor.”



Foto: Volvo

motores diesel

Motor de 13 litros para caminhões pesados: mais componentes de plástico

Segundo Antoniazzi, os novos motores são mais robustos graças ao uso de ferro fundido na confecção do bloco e de um cabeçote único. “Eles são reforçados com aço como forma de se reduzir ainda mais as vibrações.” O especialista explica que a maior utilização de plástico e o redimensionamento dos componentes, como no caso do bloco, que foi totalmente recalculado, contribuíram para a redução de 20 kg no peso total do novo motor, mesmo aumentando sua capacidade de 12 para 13 litros. “A tendência é aumentarmos a potência e a capacidade dos motores, mesmo diminuindo o seu peso total.” Cilindrada ideal Por esse motivo, a Volvo aposta nos motores de 6 cilindros, mesmo nos modelos mais potentes. Antoniazzi explica que essa quantidade de cilindradas proporciona melhor balanceamento e auto-compensação dos esforços sofridos pelo conjunto, quando comparada com os motores de 8 cilindros. A Cummins, que no Brasil comercializa motores de até 405 hp para o mercado automotivo, também aposta no uso de motores de 6 cilindros. Para a fabricante, esses modelos apresentam menos vibrações, algo essencial para aplicações onde se requer baixos níveis de ruído. “Além disso, motores com menor ci-

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lindrada permitem uma redução no consumo de combustível quando a sua calibragem está devidamente dimensionada para o tipo de veículo em questão”, diz Luis Chain Faraj, gerente de marketing da Cummins. No setor de equipamentos pesados a regra é a mesma e a empresa também aposta em motores com menor cilindrada. Os modelos utilizados em escavadeiras hidráulicas, páscarregadeiras, tratores de esteiras, motoniveladoras, colheitadeiras de grão, entre outros equipamentos, podem atingir até 405 hp de potência com 9 litros de capacidade. Todos são de 6 cilindros. “Quando partimos para as retroescavadeiras, que operam na faixa de 70 a 90 hp de potência, optamos por motores de 4 cilindros, que proporcionam ainda menos vibração e menor consumo de combustível.” A fabricante também procura desenvolver o uso de materiais mais leves, dos quais Faraj destaca o emprego de cerâmica na confecção dos pistões articulados, formados por duas peças. “Essa tecnologia ainda está em testes, mas já atestamos a eficiência desse material em outros componentes do motor, como o comando do injetor, por exemplo.” O uso desse material, segundo o executivo, resulta em menor peso do conjunto final em comparação com o emprego de ferro fundido. “Além

MOTORES DIESEL Con la mirada en el futuro Menor peso y mayor potencia. Esas son algunas de las premisas que guían la industria en el desarrollo de motores diesel para camiones y equipos pesados, con vistas a incrementar su eficiencia y disminuir el consumo de combustible. La aplicación de nuevos materiales, que captan gran parte de la atención de los fabricantes de motores, ya puede ser considerada una realidad, aunque sus centros de investigación también estudian alternativas que revolucionen el concepto de combustión y sistemas híbridos, en los que la propulsión de los vehículos se lleva a cabo con accionamiento diesel-eléctrico. Volvo, por ejemplo, da prioridad a componentes de aluminio y plástico en los motores que equipan su línea de camiones pesados (FM), como medio de reducir el peso del conjunto. Lanzados recientemente, los motores de la serie D13A, disponibles en versiones de 400, 440, 480 y 520 hp de potencia, vienen con el cárter fabricado de plástico. La tapa de las válvulas y la culata única, característica de los motores del fabricante, también son del mismo material. “La tecnología del plástico incorporó innovaciones que lo hicieron más resistente a altas temperaturas y permitió reducir el costo del producto final, aparte de ser más liviano que el aluminio en la mayoría de las aplicaciones”, dice Carlos Antoniazzi, responsable del área de ingeniería de los motores de 12 y 13 litros de Volvo do Brasil. Pero el D13A ofrece otras novedades, como la transferencia del tren de engranajes a la parte posterior, lo que mejora la refrigeración del motor y disminuye las vibraciones, los ruidos y la fricción. “Eso permitió colocar la toma de fuerza en la parte trasera del motor.” Por otro lado, Cummins, que en el Brasil comercializa motores de hasta 405 hp para el mercado automotor, centra sus esfuerzos en los motores de 6 cilindros. Para la empresa, esos modelos provocan menos vibraciones, algo esencial en aplicaciones con limitaciones respecto a los niveles máximos de rui-


dos. “Además, los motores de cilindradas más bajas reducen el consumo de combustible cuando su calibrado está dentro del rango recomendado”, dice Luis Chain Faraj, gerente de marketing de Cummins. La empresa también está empeñada en el uso de materiales más livianos, entre ellos Faraj destaca la cerámica que usan en la fabricación de pistones articulados, formados por dos piezas. “Todavía se están haciendo ensayos, pero ya probamos la eficiencia del material en otros componentes del motor, como, por ejemplo, el control del inyector.” El uso de este material, según explica el ejecutivo, disminuye el peso del conjunto final, comparado con el hierro fundido. “La cerámica es resistente a altas temperaturas y ofrece un elevado desempeño mecánico, lo que permite espaciar los mantenimientos y el reemplazo de componentes.”

Carregadeira híbrida: acionamento elétrico nos picos de demanda de potência

disso, a cerâmica é resistente a altas temperaturas e apresenta alto desempenho mecânico, evitando manutenções e a troca precoce dos componentes.” Outra tendência seguida pelos motores da empresa é a distribuição dos pistões em linha. Segundo Faraj, os desenvolvimentos atuais comprovam que essa geometria confere maior potência por linha de pistão. “Pistões em V ocupam mais espaço e só são utilizados nos motores acima de 6 cilindros, nos quais seriam necessárias linhas muito compridas.” Turbo otimizado Outra solução desenvolvida para aumentar a eficiência dos motores foi o sistema de turboalimentação. “Essa tecnologia nasceu para atender à necessidade de um maior fluxo de ar como forma de atingir uma combustão de maior

Fotos: Deutz

manutenção tecnologia


Foto: Volvo

motores diesel

Caminhão híbrido em teste na Europa: para operações stop-and-go

qualidade”. Entretanto, a busca pela eficiência na combustão e menor emissão de gases acabou criando alguns gargalos. “Conseguiam melhorar a combustão, mas ultrapassavam o limite de potência do motor, o que comprometia sua vida útil e resultava em altos índices de manutenção”, diz Faraj. Por esse motivo, ele explica que a indústria incorporou uma válvula

ligada ao fluxo para dosar a alimentação do motor nos casos de altas cargas e rotações, evitando que seu limite fosse ultrapassado. Essa tecnologia foi criada para atender as normas de emissões de poluentes em vigor nos Estados Unidos e Europa e recebeu o nome de “turbo de geometria variável”. O conceito é simples, segundo Faraj. “Baseia-se em ter o sistema de turboalimentação funcionando em qualquer rotação do motor”, diz ele. “Com isso, é possível manter o desempenho sempre na zona mais eficiente do motor, tanto na baixa quanto na alta rotação, algo que não acontece com o sistema convencional.” Apesar de serem mais eficientes em termos de combustão e de redução na emissão de gases poluentes, os motores com turbo de geometria variável ainda não estão disponíveis no mercado brasileiro. “Eles são mais robustos e, por isso, compro-

Motor B20 é premiado nos EUA A Cummins norte-americana foi uma das premiadas da edição 2008 do “Eye on Biodiesel Innovation Award”, premiação concedida anualmente pela National Biodiesel Board, a associação de produtores de biodiesel dos Estados Unidos. A premiação, realizada em fevereiro, baseou-se nas pesquisas empreendidas pela empresa para garantir o desempenho de seus motores com percentual maior de biodiesel adicionado ao diesel. Ela concluiu testes que atestam a eficiência de misturas com até 20% (B20), enquanto o mercado norte-americano ainda pratica o B5. A fabricante atribui o sucesso da experiência a três fatores: o aperfeiçoamento da norma ASTM-D6751, que especifica as características do biodiesel, a disponibilidade desse combustível com qualidade certificada pela norma BQ-9000 e as modificações realizadas nos motores, de forma a oferecer aos usuários de B20 a mesma garantia de desempenho das misturas B5. No Brasil, que adotou a obrigatoriedade da mistura B2 a partir deste ano, ela pretende disponibilizar esse motor B20 até o início de 2009.

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metem a carga total em determinados veículos”, diz Faraj. Ele explica que, mesmo para atender a próxima fase de regulamentação das emissões no País (Proconve 6), ainda é possível utilizar motores sem turbo de geometria variável. “Essa tecnologia é empregada nos países industrializados, onde os níveis de emissões são mais restritivos.” Acionamento híbrido O aumento vertiginoso dos preços do petróleo e o esgotamento das fontes de combustíveis fósseis, associados a uma pressão crescente para o uso de energias mais limpas, impulsionaram a indústria a desenvolver uma solução híbrida, com acionamento diesel/ elétrico. O conceito aparentemente simples, que alterna o uso de um motor diesel e de outro elétrico para a propulsão do veículo ou equipamento pesado, vem sendo desenvolvido e testado por vários fabricantes como uma alternativa para o futuro. A Volvo, por exemplo, que já desenvolveu a tecnologia híbrida para aplicação em veículos pesados, avalia que sua solução reduz o consumo de combustível fóssil em até 35%, além de diminuir a emissão de poluentes e produzir baixos níveis de ruído. Em parte, isso se deve ao fato de a tecnologia aproveitar a energia de frenagem para alimentar as baterias do sistema de propulsão elétrico, o que também resulta em menos desgaste dos componentes dos freios. Segundo Henrik Kloo, especialista em meio ambiente da Volvo Technology AB, a matriz da fabricante, o sistema é direcionado para operações urbanas do tipo stop-and-go, como a coleta de lixo e o transporte público, entre outras. “Nosso conceito híbrido pode ser considerado uma verdadeira revolução, tanto para as finanças dos usuários como para o meio ambiente, pois ele permite emissão zero de poluentes.” Estudos realizados pela companhia apontaram que o combustível pode representar cerca de 50% dos custos de uma transportadora. “Na solução da Volvo, o



Foto: Volvo

motores diesel

Sistema híbrido da Volvo aproveita energia da frenagem

motor a combustão pode funcionar ainda com biocombustível, que é uma fonte de energia renovável.” O sistema híbrido da companhia é conhecido como I-SAM, no qual o motor elétrico funciona em paralelo com o motor diesel. O sistema elétrico tem potência suficiente para acelerar um caminhão pesado, por exemplo, sem o auxílio do motor diesel. Isso é possível, segundo a empresa, graças à eletrificação das servobombas e do compressor de ar do sistema de freios. Dessa forma, a tecnologia usa a energia de frenagem, armazenada em baterias, para acelerar o veículo. Kloo explica que esta é uma energia que, de outra maneira, seria desperdiçada na forma de dissipação de calor nos freios. “Nesse caso, ter que frear traz benefícios”, diz ele. Quando o veículo é acionado pelo motor elétrico, a operação fica silenciosa, uma vantagem para zonas urbanas e áreas com restrição ao nível de ruído. A tecnologia híbrida, segundo

Sistema híbrido da Deutz para equipamentos de construção

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ele, é adequada para aplicações que exigem paradas e arrancadas freqüentes do veículo e o sistema elétrico é empregado nas arrancadas e acelerações até 20 km/h. Em velocidades mais altas, o motor diesel assume a tarefa de propulsão e, enquanto trabalha, recarrega as baterias do veículo. A energia elétrica também é usada quando o veículo está parado ou em ponto morto, assim como nos deslocamentos em área com tráfego congestionado. Nestas situações, o motor diesel é desligado, de modo que o veículo deixa de emitir poluente e passa a operar silenciosamente. Carregadeira diesel/elétrica Se o conceito híbrido avança a passos largos nos automóveis, caminhões e ônibus, nos equipamentos pesados de construção ele ainda vem sendo objeto de pesquisas e desenvolvimento por parte dos principais fabricantes, em geral com máquinas de menor porte. Nesse sentido, a fabricante de motores Deutz deu um passo decisivo ao apresentar, durante a última edição da feira Bauma, em abril de 2007, um projeto em parceria com a Weyhausen, que produz equipamentos para o setor, e a Heinzmann, da área de componentes eletrônicos.

As empresas apresentaram a pácarregadeira Atlas AR65 Hybrid com a promessa de oferecer até 20% de economia no consumo de combustível, além da redução na emissão de poluentes. O sistema conta com uma unidade elétrica (motorgerador) instalada no trem de força do equipamento, entre seu motor diesel e a bomba hidráulica. Nessa configuração, um motor diesel de 4 cilindros e 49,5 hp de potência de saída (a 2.100 rpm) trabalha em conjunto com o motor-gerador e com uma bateria lítio-íon desenvolvida pela Axeon para esse projeto. Quando a propulsão é realizada pelo motor a combustão, a unidade elétrica atua como gerador, retirando energia do trem de força e a armazenando na bateria. Quando usada para o acionamento da máquina, essa unidade retira a energia armazenada para auto-alimentação do trem de força, operando na faixa de 13 hp de potência, com picos de até 40 hp. A transferência do modo diesel para o modo elétrico é feita automaticamente, sem a intervenção do operador, para atender os picos de demanda de potência. Com isso, a Deutz avalia que o sistema possibilita o uso de motores a combustão menores, que trabalharão sempre no melhor regime de operação – o que representa eficiência e menor consumo de combustível. Para se ter uma idéia, o acionamento de uma carregadeira do porte da AR65 exigiria um motor diesel de 69 hp e, com a tecnologia híbrida, ela opera com um modelo de 49 hp. O projeto contempla o uso de um motor diesel refrigerado a ar e, devido à elevada potência nos componentes eletroeletrônicos, esse sistema conta com arrefecimento à base de óleo. A Deutz estima que a tecnologia híbrida estará disponível comercialmente para equipamentos de construção a partir de 2011.

Cummins: www.cummins.com.br Deutz: www.deutzbrasil.com.br Volvo: www.volvo.com/trucks/brazil-market/pt-br


mercado

Grandes obras impulsionam a

venda de máquinas Os grandes projetos que vão ocupar a carteira de contratos das principais empreiteiras e movimentar o setor de equipamentos para construção Após anos de baixos investimentos em infra-estrutura, o País começa a vislumbrar o retorno dos grandes projetos com vistas à eliminação de gargalos que emperram o crescimento econômico e elevam o “custo Brasil”. As licitações retomadas em 2007 para a execução de grandes obras e concessões de serviços públicos, que foram suficientes para tomar a capacidade instalada das construtoras, podem ser consideradas como um “aperitivo” diante do que está reservado a partir deste ano. Mesmo considerando a impossibilidade de execução de todos os projetos contemplados no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), seja por restrições ambientais ou por questões de outra natureza – já que a falta de recursos não será um problema, segundo especialistas do setor – a retomada do crescimento da infra-estrutura é um caminho sem volta. Obras rodoviárias, portuá-

rias, de novas ferrovias e hidrelétricas aumentam a competitividade das exportações brasileiras, mas muitos projetos estão sendo planejados com foco no mercado interno e na redistribuição de renda: obras de habitação, saneamento, metrôs e outras. Apenas o Orçamento da União para 2008, que se encontrava em votação até o fechamento desta edição, contempla um total de R$ 65 bilhões para investimentos em infraestrutura. O valor corresponde à programação orçamentária dos ministérios de Minas e Energia, Transportes e Comunicações, mas não contempla os R$ 26 bilhões a serem liberados pela Caixa Econômica Federal (CEF) para obras de habitação e saneamento e os financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em infra-estrutura, que já somam R$ 45,6 bilhões em projetos aprovados. Além desses valores, há de se con-

MERCADO Grandes obras impulsan la venta de máquinas Tras años de escasas inversiones en infraestructura, el Brasil empezó a vislumbrar el retorno de los grandes proyectos con miras a eliminar los obstáculos que frenan el crecimiento económico e incrementan el “costo Brasil”. Aún considerando la imposibilidad de llevar a cabo todos los proyectos incluidos en el Programa de Aceleración del Crecimiento (PAC), bien por restricciones medioambientales o cuestiones de otra naturaleza – dado que la falta de recursos no será un problema, en opinión de los especialistas del sector – la reactivación del crecimiento de la infraestructura es un camino sin vuelta. Las obras viales, portuarias y de nuevas vías férreas y centrales hidroeléctricas mejoran la competitividad de las exportaciones brasileñas, aunque también se están proyectando muchas obras de vivienda, saneamiento, metros, etc., centradas en el mercado interior y la redistribución de renta. Tan solo el Presupuesto de la Nación ha destinado para el 2008 una partida de 65.000 millones de reales para

43


mercado

siderar que muitos projetos contarão com o apoio de órgãos internacionais de financiamento (como o Banco Interamericano de Desenvolvimento-BID, por exemplo) ou com os recursos dos próprios investidores privados. Nessa categoria se incluem as concessões de rodovias e ferrovias, os projetos de expansão da Petrobras e da mineradora Vale, as obras de grandes hidrelétricas, terminais portuários, siderúrgicas e usinas sucro-

alcooleiras, para ficarmos em apenas alguns exemplos. Adequação da frota Nesse cenário, totalizar o volume de investimentos em grandes obras no País torna-se um exercício complexo, que requer previsibilidade em relação à liberação de verbas públicas e o entendimento da estratégia adotada por alguns grupos privados em seus respectivos setores de atu-

Principais projetos de grande porte Projeto

Estado

Investidor

Melhorias e duplicações em RS-SC-PRtrechos das BRs 101, 116, 376 e 381 OHL SP-MG (concessão) Rodoanel de São Paulo (Trecho Sul) SP União e Estado Arco rodoviário do Rio de Janeiro RJ União Melhorias e duplicações em trechos das BRs 116 e 324 BA A licitar (concessão) BA-PETransposição do rio São Francisco União PB-RN-CE Hidrelétrica de Jirau RO A licitar Odebrecht, Hidrelétrica de Santo Antônio RO Furnas e Andrade Gutierrez Suez, Vale, Alcoa Hidrelétrica de Estreito MA-TO e Camargo Corrêa Termelétrica de Pecém CE Energias do Brasil Quatro usinas de etanol MG-GO Santa Elisa Quatro usinas de etanol SP-MS-GO Equipav Quatro usinas de etanol GO-MT Brenco Três usinas de etanol GO ETH Bioenergia Siderúrgica Centro Atlântica (CSA) RJ ThyssenKrupp Vale, Danieli e Siderúrgica Ceará Steel CE Dongkuk ES-RJ-SPExploração da Bacia de Santos Petrobras PR Petrobras e Refinaria Abreu e Lima PE PDVSA Complexo Petroquímico RJ RJ Petrobras (Comperj) MG-PAExpansão e implantação de minas Vale ES-MA Expansão da mina Casa de Pedra MG CSN (*) Valores correspondentes ao período total de implantação do projeto

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Valor (*)

(R$ milhão)

16.700, 3.600, 1.400, 1.140, 4.500, 9.300, 9.000, 3.000, 935,9 2.000, 2.000, 2.100, 1.800, 8.000, 1.500, 17.000, 4.760, 18.500, 18.700, 3.700,

Obras de geração de energia vão atrair grande

ação (mineradoras, siderúrgicas, petroquímicas etc.). Mesmo assim, uma rápida coletânea dos principais projetos anunciados (e/ou contratados) recentemente dá uma dimensão do volume de produção que deverá ser atendido pelas construtoras nos próximos anos (veja quadro ao lado). Para fazer frente a essa demanda, todas as empreiteiras estão ampliando e/ou renovando seu parque de equipamentos. A Construtora Norberto Odebrechet, por exemplo, prevê o investimento de US$ 355 milhões este ano em aquisição de equipamentos pesados, o que representa um aumento de quase 15% em relação aos aportes realizados em 2007. Já a Andrade Gutierrez deve manter o mesmo volume de recursos aplicado no ano anterior, de aproximadamente R$ 100 milhões. No ano passado, a venda de equipamentos pesados para construção registrou um crescimento de 46%, totalizando quase 54.000 unidades comercializadas no mercado brasileiro. A projeção faz parte de um estudo divulgado pela Sobratema, com base numa pesquisa sobre 13 famílias de equipamentos, como escavadeiras hidráulicas, carregadeiras, ca-


manutenção tecnologia

parte dos investimentos

minhões, guindastes e compressores, entre outros. Segundo esse mesmo estudo, o mercado deve continuar em expansão em 2008, registrando um aumento de 13% nas vendas. Além de impor a necessidade de ampliação ou renovação da frota das empreiteiras, os projetos de infra-estrutura previstos nos próximos anos podem demandar uma adequação no parque de máquinas diante das novas tecnologias de construção e até mesmo do tipo de obra a ser exe-

cutada. Nesse contexto, a demanda por máquinas de terraplenagem, de escavação e carregamento continua forte diante de tantas obras de hidrelétricas e rodovias. O mesmo se aplica aos caminhões basculantes, mas a novidade fica para o aumento na demanda de guindastes, devido ao processo de industrialização e montagem nos canteiros e ao grande volume de obras de refinarias e instalações industriais. Outro segmento que deve continuar em expansão, impulsionado pelas concessionárias de rodovias, é o de equipamentos para pavimentação, como usinas de asfalto, vibroacabadoras e rolos compactadores. O aumento na carteira de obras de terraplenagem também tende a impulsionar a venda de máquinas para serviços específicos, como perfuratrizes (para fundações e obras de contenção) e jumbos de perfuração (para escavação subterrânea em rocha), entre outras.

Adequação na frota: obras de túneis podem impulsionar a venda de jumbos

las inversiones en infraestructura, sin incluir los 26.000 millones de reales que el banco Caixa Econômica Federal (CEF) ha destinado a las obras de vivienda y saneamiento, ni los financiamientos otorgados por el Banco Nacional de Desarrollo Económico y Social (BNDS), que ascienden a 45.600 millones de reales, para los proyectos ya aprobados. Para hacer frente a esa demanda, todas las empresas contratistas están ampliando o renovando su parque de equipos. Empresas como Constructora Norberto Odebrechet, por ejemplo, ha destinado 355 millones de dólares este ano a la adquisición de equipos pesados, lo que representa un aumento de aproximadamente el 15% con relación a la inversión realizada en el 2007. Andrade Gutierrez, por su parte, ha mantenido el nivel de inversión del año pasado, de 100 millones de reales.

Sobratema: www.sobratema.org.br


lançamento

Komatsu amplia

potência

da PC200

Série 8 das escavadeiras PC200 e PC200LC incorpora tecnologias que reduzem o consumo de combustível e possibilitam o monitoramento remoto das operações

A

nova série das escavadeiras PC200, produzidas pela Komatsu, chega ao mercado com um aumento de 15% na potência e uma economia de até 6% no consumo de combustível em relação ao modelo anterior, da versão 6B. Equipadas com motor turboalimentado e pós-resfriado de 6,69 litros, que atende as normas de emissão internacionais (Tier 3/Stage IIIA), elas atingem 155 hp de potência bruta (2.000 rpm) e estão disponíveis nos

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modelos PC200-8 e PC200LC-8, ambos fabricados no Brasil. O menor consumo de combustível se deve a uma combinação de diversos fatores, como um sistema de injeção eletrônica Common Rail de vários estágios em alta pressão e à otimização dos modos de operação E (prioridade para a economia) e P (prioridade para a potência). Os equipamentos possuem oito modos de operação pré-definidos, que podem ser selecionados com um simples

toque de botão, e contam ainda com um alarme de marcha lenta, para advertir o operador quando o motor permanecer por cinco minutos trabalhando nesse regime. Além disso, contam com a função de autodesaceleração que, quando acionada, reduz até 40% o consumo de combustível. Seu gerenciamento de consumo, que permite o acompanhamento até mesmo via satélite, pelo sistema Komtrax, inclui um indicador ecológico para


manutenção tecnologia

assistência ao operador nos trabalhos que visam a economia no consumo. Tanto a PC200-8, com 21 t de peso operacional, como sua versão de carro longo, a PC200LC-8 (de 22,4 t), são dotadas do sistema EMMS de gerenciamento da operação e manutenção, cuja interface com o operador é facilitada por um monitor de sete polegadas, colorido, com todos os dados disponíveis em português. Esse sistema monitora as funções do equipamento – como o nível de óleo do motor, temperatura, carga da bateria e outros – e os intervalos de troca de lubrificantes, além de memorizar os códigos de falhas para possibilitar seu correto diagnóstico e facilitar o serviço de manutenção. Se a máquina estiver equipada com o kit de válvula extra, fornecido pela fábrica, esse sistema permite ainda a regulagem do fluxo hidráulico para operação com diferentes tipos de implementos. A preocupação em facilitar a manutenção também se revela no conceito de arrefecimento, montado lado a lado, que possibilita a realização de reparos e limpezas em cada módulo separadamente. Além disso, o proje-

NOVEDADES Komatsu incrementa la potencia de la PC200 Cabine ficou mais confortável e segura

to das escavadeiras contempla uma localização de fácil acesso ao filtro de óleo do motor e à válvula de dreno do combustível e as máquinas já são disponibilizadas com um pré-filtro de combustível, dotado de separador de água e óleo de 10 micra, como item de série. As escavadeiras também tiveram ampliação no tempo de troca de óleos e filtros e seu circuito hidráulico possui filtros em cada saída das bombas, para a maior proteção do sistema contra contaminações. Entre outras inovações, os equipamentos contam ainda com a nova cabine SpaceCab, mais confortável, onde o operador fica submetido a níveis de ruídos semelhantes aos de um automóvel de passeio. Segundo a Komatsu, o novo design da cabine, reforçada com estrutura tubular, confere total segurança ao operador mesmo diante de tombamentos ou capotamentos.

Características dos equipamentos Potência bruta (2.000 rpm) Peso operacional Caçamba Torque de giro Força de escavação (ISO) Altura máxima de escavação Profundidade máxima de escavação Alcance máximo de escavação (nível do solo) (*) Equipamento configurado com braço de 2.410 mm.

PC200-8 (*)

PC200LC-8 (*)

155 hp 21 t 1,2 m3 6.900 kgf X m 149 kN 9.560 mm 5.990 mm 9.190 mm

155 hp 22,4 t 1,5 m3 6.900 kgf X m 149 kN 9.160 mm 5.520 mm 8.650 mm

La nueva gama de excavadoras PC200, producida por Komatsu, llega al mercado con un incremento de la potencia del 15% y un ahorro en el consumo de combustible de aproximadamente 6%, en relación con el modelo anterior de la serie 6B. Las excavadoras, equipadas con un motor turboalimentado y post-enfriado de 6,69 litros, que cumple con las normas de emisiones internacionales (Tier 3/Stage IIIA) y desarrolla 155 hp de potencia bruta (2000 rpm), están disponibles en los modelos PC200-8 y PC200LC-8, ambos fabricados en el Brasil. El menor consumo de combustible se debe a una combinación de diversos factores, tales como un sistema de inyección electrónica directa por conducto común de varios niveles, a alta presión, y a la optimización de los modos de operación E (máxima eficiencia en el consumo de combustible) y P (máxima salida de potencia cuando necesario). Los equipos poseen ocho modos de operación predefinidos, que pueden ser seleccionados tan solo oprimiendo un botón, y una alarme de desplazamientos que advierte al operador cuando el motor está girando a bajo régimen después de cinco minutos.

Komatsu: www.komatsu.com.br


em foco

Obras rodoviárias na

mira da Volvo

O mercado brasileiro de máquinas para obras rodoviárias está prestes a ganhar um novo competidor. A Volvo Construction Equipment (VCE) anunciou que pretende comercializar no País, a partir do segundo semestre deste ano, sua linha de equipamentos para pavimentação. Composta por cerca de 70 modelos, entre rolos compactadores e vibro-acabadoras de diversas capacidades, essa família será lançada em âmbito global durante a feira Conexpo, nos Estados Unidos, dentro da etapa final de incorporação da Ingersoll Rand. Com a aquisição da divisão de máquinas rodoviárias da Ingersoll Rand, em 2007, a VCE acertou um prazo de um ano no qual esses produtos seriam mantidos com sua marca e rede de distribuidores originais. Vencido esse prazo, os equipamentos passarão a ser produzidos com a marca Volvo e vão incorporar inovações tecnológicas. Nos Estados Unidos, a linha comercializada atualmente conta com rolos compactadores de 1.500 a 20.400 kg de peso operacional e vibro-acabadoras de

48 | Fevereiro | 2008

até 8 m de largura de pavimentação, entre outros modelos. “Como a rede de dealers que herdamos era muito grande na América Latina, nesse período revimos essa estrutura, pois nem todos eles tinham condições de assumir a representação da linha completa de equipamentos Volvo”, diz Yoshio Kawakami, presidente da VCE Latin America, acenando com mudanças em breve. Ele explica que essa aquisição não alterou o desempenho comercial da fabricante no Brasil e demais países do Cone Sul em 2007, onde as máquinas rodoviárias da marca não contavam com participação significativa no mercado. Nas demais regiões do continente, entretanto, ela contribuiu para o crescimento da Volvo, que encerrou o ano com um faturamento de US$ 388,5 milhões na América Latina, com expansão de 68% em relação aos US$ 237,5 milhões obtidos em 2006. Mesmo assim, a fabricante registrou um avanço regular em todas as regiões do continente, totalizando 2.504 equipamentos vendidos em

2007 (74% a mais que o desempenho do ano anterior), dos quais 1.017 unidades apenas no Brasil (crescimento de 57% em relação a 2006). “O mercado brasileiro continua sendo o maior da região para nossos negócios, com participação de 53% na receitas da empresa, e tornou-se tão grande para nós quanto era toda a América Latina em 2004”, afirma Kawakami. O País também é a base de operações da empresa no continente, com uma fábrica localizada em Pederneiras (SP) para atendimento à região e exportação aos demais países do mundo. Kawakami atribui o crescimento nas vendas de escavadeiras hidráulicas, carregadeiras, motoniveladoras e caminhões articulados, entre outros equipamentos produzidos pela empresa, à forte demanda mundial por commodities, o que impulsiona projetos de mineração e obras de infra-estrutura na América Latina. Além disso, o executivo ressalta a ampliação da linha da Volvo, incluindo as máquinas rodoviárias e a linha de minicarregadeiras lançada em 2007.


Duas décadas divulgando a evolução da tecnologia em equipamentos

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Como dimensionar a planta para Reportagens com usuários de máquinas pesadas, cada necessidade de produção entrevistas, custo horário de equipamentos e demais informações úteis para os profissionais de equipamentos Comboios de lubrificação e manutenção. Produtividade e eficiência no abastecimento em campo

Cilindros hidráulicos

Cuidados com a operação e manutenção do componente

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equipamentos de concretagem

Soluções para a produtividade na obra

Durante a feira World of Concrete, em Las Vegas (EUA), fabricantes apresentam a última palavra em tecnologia de equipamentos para obras de concreto Quem visitou a 34ª edição da feira World of Concrete, realizada em Las Vegas, nos Estados Unidos, entre os dias 21 e 25 de janeiro, teve a oportunidade de travar contato com as mais recentes tecnologias em equipamentos para obras de concreto. Ocupando uma área de 84.000 m2 do Las Vegas Convention Center, mais de 1.730 expositores atraíram a visita de 91.628 profissionais do setor interessados em conhecer os desenvolvimentos da indústria para a maior produtividade e eficiência nos canteiros de obras. Como faz nos principais eventos internacionais do setor, a Sobratema marcou presença no evento com um estande de 20 m2 de área, onde divulgou aos expositores e visitantes a M&T Expo 2009 e as oportunidades de negócios no Brasil. Além disso, a entidade organizou uma missão técnica, composta por 30 profissionais do setor, que foram conferir in loco os lançamentos da feira. Veja, a seguir, algumas tecnologias apresentadas durante o evento:

50 | Fevereiro | 2008

Maior autobomba – A Putzmeister anunciou que vai produzir a autobomba 70Z-Meter, a partir deste ano, ampliando o lançamento de concreto para áreas distantes e de difícil acesso. Com capacidade para atingir mais de 69 m de altura e quase 65 m de alcance horizontal, ela será a maior bomba de concreto montada sobre chassi de caminhão, segundo informações da empresa. Além de atingir áreas de bombeamento mais distantes, o equipamento se destaca pela flexibilidade conferida por sua lança Z, em cinco seções, e pelo sistema de computador de bordo, comum às autobombas de grande porte da marca. Sua tecnologia embarca-

EQUIPOS PARA HORMIGÓN COLADO Soluciones para mejorar la productividad de la obra Los visitantes que acudieron a la 34ª edición de la feria World of Concrete, realizada en Las Vegas, Estados Unidos, entre el 21 y el 25 de enero, tuvieron la oportunidad de conocer los últimos desarrollos tecnológicos de punta en equipos para hormigón. Sobre una superficie de 84.000 m2 del Centro de Convenciones de Las Vegas, 1.730 expositores recibieron la visita de 91.628 profesionales del sector interesados por conocer los últimos desarrollos de la industria destinados a incrementar la productividad y la eficiencia de las obras. Sobratema, como suele hacer en los principales eventos internacionales del sector, marcó su presencia con un stand de 20 m2 de superficie, donde divulgó entre los expositores y visitantes la M&T Expo 2009 y las oportunidades de negocios que ofrece el Brasil. La entidad también organizó una misión técnica, formada por treinta profesionales del sector, que acudió a la feria con el objetivo de conocer in situ los lanzamientos.


manutenção tecnologia

da permite que o operador controle de forma simplificada os parâmetros da lança, da bomba e outras funções, além de armazenar códigos de falhas para seu diagnóstico e manutenções. Rompedor compacto – O modelo SBC 410 foi apresentado pela Atlas Copco como o implemento ideal para minicarregadeiras, retroescavadeiras e escavadeiras de pequeno porte em serviços de demolição. Pesando 205 kg, ele atinge um fluxo hidráulico de 65,1 l/min, a uma pressão de trabalho de 2.175 psi, gerando até 1.200 golpes por minuto de velocidade de impacto. Sua boa relação peso/potência, segundo a fabricante, possibilita o uso de máquinas portadoras menores, sem comprometimento da estabilidade, com eficiência no serviço. Uma das características do rompedor é seu corpo projetado em uma única peça, o que reduz custos de manutenção e o torna mais leve que os similares com unidades distintas para o alojamento de válvulas, cilindros e unidade de impacto. Para facilitar sua manutenção e amplia sua durabilidade, ele conta com um único ponto de lubrificação, no topo do rompedor, que permite o uso de sistemas de lubrificação automática. Selagem para pneus – Um sistema de selagem para furos de pneus, à base de poliuretano, foi um dos destaques da Super Grip, que tem 24 anos de atuação no mercado internacional de pneus industriais para minicarregadeiras, empilhadeiras e demais equipamentos fora-de-estrada. Segundo a empresa, o sistema é resistente a furos de até 0,7 cm – causados por pregos, por parafusos e outros elementos agressivos ao pneu – selando a área danificada imediatamente após a retirada do objeto perfurante. Trata-se de uma alternativa para o enchimento com espuma – que agrega um peso de cerca de 60 kg ao pneu e compromete seu rendimento e a capaci-

dade de carga da máquina – conferindo maior produtividade à operação e reduzindo custos com manutenção. A Super Grip atua no Brasil como fornecedora de pneus OEM para a linha de minicarregadeiras produzidas pela Volvo e está desenvolvendo distribuidores para o território nacional e demais países da América Latina.

transporte em contêineres de 40 pés. Todos os elementos da instalação, como seu misturador de 1 m3, os quatro silos para agregados, bomba d’água e sala de controle vêm integrados em um único módulo. Os únicos componentes transportados isoladamente são a balança de água e cimento, a correia para carregamento de caminhões e o alimentador do silo de cimento. Os elementos podem ser conectados rapidamente e sua operação é simples, com o uso de pás-carregadeiras para a alimentação de agregados. A usina tem capacidade para produzir de 34 a 39 m3/h de concreto de diversos tipos, com alto ou baixo fator água/cimento.

Usina em módulo – Indicada para projetos cuja produção de concreto exige uma instalação de fácil montagem, flexível e fácil de operar, a usina misturadora Easymix 1.0, da Liebherr, segue um conceito modular, que permite seu

Atlas Copco: www.atlascopco.com Liebherr: www.liebherr.com Putzmeister: www.putzmeister.com Super Grip: www.supergriptires.ca World of Concrete: www.worldofconcrete.com

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Tabela de custos

Custo horário de equipamentos COSTO POR HORA DE EQUIPOS Equipamento

Mat. Propriedade Manutenção Rodante

Comb./ Lubr.

Total

Caminhão basculante articulado 6x6

R$ 64,46

R$ 47,42

R$ 11,19

R$ 30,66

R$ 153,72

Caminhão basculante fora de estrada 30 t

R$ 39,89

R$ 23,95

R$ 11,19

R$ 22,23

R$ 97,26

Caminhão basculante rodoviário 6x4 (26 a 30 t)

R$ 20,48

R$ 14,40

R$ 6,79

R$ 7,67

R$ 49,33

Caminhão basculante rodoviário 6x4 (36 a 40 t)

R$ 30,94

R$ 23,21

R$ 7,04

R$ 15,33

R$ 76,52

Caminhão comboio misto 4x2

R$ 17,44

R$ 11,92

R$ 3,24

R$ 5,21

R$ 37,82

Caminhão guindauto 4x2

R$ 18,67

R$ 12,80

R$ 3,24

R$ 5,21

R$ 39,92

Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³)

R$ 29,40

R$ 15,40

R$ 3,13

R$ 13,03

R$ 60,97

Carregadeira de pneus (2,5 a 3,5 m³)

R$ 44,20

R$ 22,73

R$ 10,49

R$ 18,40

R$ 95,82

Compactador de pneus para asfalto

R$ 40,00

R$ 12,98

R$ 3,72

R$ 15,33

R$ 72,03

Compactador vibratório liso / pé de carneiro (10 t)

R$ 41,60

R$ 13,35

R$ 0,55

R$ 23,00

R$ 78,49

Compactador vibratório liso / pé de carneiro (7 t)

R$ 28,80

R$ 10,35

R$ 0,31

R$ 23,00

R$ 62,46

Escavadeira hidráulica (15 a 17 t)

R$ 41,50

R$ 26,75

R$ 1,61

R$ 13,80

R$ 83,65

Escavadeira hidráulica (20 a 22 t)

R$ 44,20

R$ 27,67

R$ 2,17

R$ 32,19

R$ 106,23

Escavadeira hidráulica (30 a 34 t)

R$ 81,25

R$ 50,07

R$ 4,01

R$ 45,99

R$ 181,32

Motoniveladora (140 a 180 hp)

R$ 49,98

R$ 29,40

R$ 3,74

R$ 26,06

R$ 109,18

Motoniveladora (190 a 210 hp)

R$ 49,00

R$ 29,00

R$ 3,49

R$ 30,66

R$ 112,15

Retroescavadeira

R$ 22,31

R$ 12,46

R$ 1,73

R$ 12,26

R$ 48,77

Trator de esteiras (100 a 120 hp)

R$ 57,09

R$ 29,55

R$ 2,87

R$ 19,93

R$ 109,44

Trator de esteiras (160 a 180 hp)

R$ 56,00

R$ 29,13

R$ 6,18

R$ 32,19

R$ 123,50

Trator de esteiras (300 a 350 hp)

R$ 138,13

R$ 71,07

R$ 19,60

R$ 56,72

R$ 285,52

Os valores acima, sugeridos como padrão pela Sobratema, correspondem à experiência prática de vários profissionais associados, mas não devem ser tomados como única possibilidade de combinação, uma vez que todos os fatores podem ser influenciados pela marca escolhida, local de utilização, condições do terreno ou jazida, ano de fabricação, necessidade do mercado e oportunidades de execução dos serviços. Valores referentes a preço FOB em São Paulo (SP). Maiores informações no site: www.sobratema.org.br.

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Foto: Sullair

MANUTENÇÃO

Ar comprimido: sabendo usar,

o equipamento vai durar Cuidados simples na operação e manutenção preventiva ampliam a vida útil dos sistemas de ar comprimido usados em equipamentos de construção Componente fundamental para a realização de acionamentos em algumas máquinas de construção, como centrais de concreto, autobombas, compressores e carretas de perfuração, o sistema de ar comprimido exige um cuidado especial para que a operação desses equipamentos não resulte em custos elevados. Como a geração de ar comprimido depende de uma fonte de energia, que pode ser a diesel ou elétrica – esta última mais usual em máquinas estacionárias de grande porte – falhas de dimensionamento, de operação ou de manutenção desse sistema podem se refletir em maior consumo de energia e em gastos desnecessários no canteiro de obras. Os cuidados com o consumo de energia começam na escolha do tipo de compressor mais adequado para cada atividade, item no qual se inclui o correto dimensionamento de sua pressão e capacidade. Segundo os especialistas, pressões geradas em

excesso resultam em maior consumo de energia por parte do motor do sistema. Para cada 1 psi requerido acima da pressão necessária de trabalho, calcula-se um consumo de 0,5% a mais da potência instalada. No caso de um compressor dimensionado para operar com 100 psi e acionado por um motor de 100 hp, por exemplo, haverá um consumo de 7,5% da potência desse motor se o usuário insistir em atingir pressões de 115 psi, o que representa um gasto desnecessário de 7,5 hp. O exemplo acima não constitui um exagero, pois muitos usuários costumam superdimensionar a pressão no sistema como forma de suprir futuras perdas. Essa prática é geralmente adotada em equipamentos estacionários como, por exemplo, as centrais de concreto. Por esse motivo, o recomendável é dimensionar os compressores com sobras apenas em sua vazão, pois esta garantirá a

estabilidade da pressão na rede de ar comprimido. Em geral, os compressores do tipo parafuso, muito utilizados em equipamentos de construção, não perdem sua eficiência ao longo do tempo, exceto quando há danos provocados por tubulações mal dimensionadas, por vazamentos ou deficiências na manutenção – como a falta de cuidado na troca dos filtros do compressor ou da linha de ar comprimido. Ao evitar esses três tipos de problemas, o usuário não correrá riscos de perda de eficiência em seu sistema de ar comprimido e, portanto, poderá operar sem a necessidade de superdimensionamento do compressor. Para evitar problemas no dimensionamento das tubulações, os especialistas recomendam a contratação de empresas especializadas nesse tipo de serviço. No segundo caso, uma inspeção visual detalhada permite a identificação de vazamentos, que de-

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Fotos: Marcelo Vigneron

manutenção

Carcaça aberta com localização do filtro

vem ser prontamente corrigidos para a maior eficiência do sistema. Para combater os problemas relacionados a deficiências de manutenção, basta montar uma programação para a troca de filtros e lubrificantes, assim como limpezas e outras ações preventivas (veja quadro abaixo). Recomenda-se ainda a adoção de medidas de manutenção pró-ativa,

em função do tempo de uso dos equipamentos, como a análise dos óleos lubrificantes empregados e o monitoramento das vibrações. Nesse último caso, o acompanhamento de desvios em relação ao padrão permite identificar antecipadamente o desgaste dos rolamentos do compressor, programando a parada do equipamento para trocas no momento ideal (antes de os danos se tornarem maiores e irremediáveis). Custo dos vazamentos Outro cuidado importante se relaciona à rede de ar comprimido, ou seja, às tubulações do sistema. Essa recomendação se aplica em maior intensidade aos equipamentos usados em construção civil que, ao contrário dos sistemas indoor – utilizados em indústrias – geralmente são montados em regime temporário. Como as

Cuidados com a lubrificação A eficiência de alguns compressores mais comuns em equipamentos de construção, como os do tipo parafuso lubrificado, está diretamente relacionada ao bom desempenho do seu sistema de lubrificação, de forma a se evitar folgas em rolamentos, rotores e demais componentes do compressor. Por esse motivo, recomenda-se alguns cuidados como: • Utilizar somente o lubrificante recomendado pelo fabricante para cada tipo de compressor; • Jamais misturar lubrificantes de diferentes especificações ou fabricantes; • Somente utilizar filtros originais, pois eles atendem as especificações de cada fabricante quanto ao grau de filtragem, restrição à passagem dos fluídos e compatibilidade com o lubrificante empregado; • Substituir os filtros e lubrificantes nos prazos estabelecidos pelos fabricantes; • Manter as colméias dos radiadores sempre limpas para assegurar o arrefecimento do sistema.

Falhas na manutenção preventiva podem acelerar desgaste dos rotores

instalações dotadas de ar comprimido costumam ser desmontadas após um período de uso, as construtoras se vêm seduzidas a buscar uma redução de custos no sistema, com o uso de mangueiras flexíveis em lugar de tubulações rígidas. Essa prática, apesar de proporcionar economia na mobilização de uma central de concreto, pode se mostrar mais onerosa ao longo do tempo devido aos custos de energia. Como as mangueiras flexíveis são mais susceptíveis a vazamentos que as tubulações rígidas – e estas podem não ser detectadas com rapidez – sua aplicação expõe o sistema ao risco de desperdícios, pois parte da energia gasta para produzir o ar comprimido estará se perdendo naquela parcela de vazamento. Segundo alguns cálculos, um furo de 6 mm na tubulação de ar comprimido representa uma perda de 30 kWh. Se o sistema trabalhar 24 horas por dia ao longo de 365 dias por ano, o desperdício com energia elétrica atingirá o montante de R$ 55 mil, considerando um custo de energia para o usuário de R$ 0,22/kWh. Para


manutenção tecnologia

solventes ou até mesmo a lavagem de cada peça. A presença de umidade na linha, que também implica custo adicional de energia – pois carrega desnecessariamente as partículas de água com o ar comprimido – pode ser removida com o bom funcionamento de purgadores no sistema. Os purgadores usados podem ser dos tipos bóia, solenóide temporizado ou Motor elétrico: mais usado em equipamentos estacionários eletrônico com sensor de se ter uma idéia, os mesmos cálculos nível. Segundo os especialistas, o indicam que, para uma bomba de primeiro modelo mostra-se extremaconcreto que opere durante um perí- mente ineficiente diante de impureodo de 10 anos de vida útil, somente zas no sistema, pois pode permitir 7% do valor gasto com a geração de vazamentos contínuos. Ao permitir ar comprimido corresponde aos cus- apenas a saída da água, o último tos com esse sistema. O restante se tipo se revela mais eficiente e o purrelaciona ao consumo de energia elé- gador com solenóide temporizado, trica por parte do compressor, moti- por sua vez, possibilita o ajuste para vo pelo qual as economias nessa área drenar o sistema completamente, não são bem-vindas. mas durante essa tarefa, pode permitir o escape desnecessário de certo Contaminações do ambiente volume de ar. É preciso lembrar que, para gerar ar comprimido, o sistema capta ar da atmosfera, que pode vir contaminado Dicas de segurança na por impurezas ou a uma temperatura operação ambiente inadequada para seu uso. • Antes de abrir qualquer válvula de Essa peculiaridade exige maior cuidaar comprimido, certifique-se que as do nos equipamentos em operação em conexões, mangueiras e braçadeipedreiras ou obras civis, onde a poeira ras estejam seguramente presas; presente no ar pode obstruir o radiador • Nunca abra uma válvula ou registro e comprometer seu bom funcionamende serviço rapidamente. Esse proto, gerando o superaquecimento do siscedimento deve ser feito pausadatema e a contaminação de lubrificantes mente, pois provoca a liberação de ou filtros. Por esse motivo, recomendaenergia; se uma inspeção periódica dos compo• Serviços em equipamentos presnentes do compressor, procedendo a surizados, como compressores, sua limpeza (no caso do radiador e do reservatórios e ferramentas pneutrocador de calor) ou substituição (no máticas, devem ser realizados apecaso de óleos e filtros). nas por pessoal especializado, pois Vale lembrar que em casos mais eximplica riscos de acidentes. tremos, como a presença de umidade ou de lubrificantes na rede, essa intervenção pode demandar a desmontagem parcial do equipamento, para limpezas profundas no sistema de refrigeração, do rotor, rolamento e Sullair: www.sullair.com.br demais componentes do compressor. Ar Brasil: www.arbrasilcompressores.com.br Essa limpeza pode envolver o uso de

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empresa

De oficina

mecânica a distribuidora completa Em 40 anos de trajetória, a Tracbel transforma-se numa das maiores distribuidoras de equipamentos pesados do País para os setores de construção, mineração, agricultura e colheita florestal Quando o empresário Luiz Gonzaga de Magalhães Pereira inaugurou uma pequena oficina, em dezembro de 1967, para prestar serviços mecânicos e de recuperação de materiais rodantes aos usuários de equipamentos de Belo Horizonte e imediações, talvez não imaginasse as dimensões que sua empreitada tomaria. Passadas quatro décadas, a Tracbel figura como uma das maiores distribuidoras de máquinas pesadas do Brasil, com atuação nos mercados de construção, mineração, agricultura, indústrias e colheita de madeiras, entre outros. Com um faturamento de R$ 450 milhões em 2007, a empresa se posiciona entre as principais distribuidoras da Volvo Construction Equipment (VCE) na América Latina (equipamentos para construção e mineração) e ocupa papel de destaque na rede de concessionárias da Massey Ferguson (máquinas agrícolas). Mas o vice-presidente Luiz Gustavo Pereira quer mais e espera encerrar 2008 com receitas de cerca de R$ 600 milhões. “Ao final deste ano, teremos triplicado o faturamento que registrávamos em 2006”, diz ele. Seu otimismo não se fundamenta apenas na forte demanda por equipamentos pesados, cenário que vem sendo comemorado por fabricantes e distribuidores de todas as marcas. As bases para o crescimen-

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Empresários Luiz Gonzaga e Luiz Gustavo: segunda geração chega ao comando da empresa

to combinam o foco na pós-vendas e a expansão da área de atuação da empresa. “Até 2005, contávamos apenas com a sede, em Contagem (MG), e com cinco filiais para atendimento em Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro; desde então, inauguramos 15 unidades e ampliamos as operações para outros pontos do Brasil.” Com essa estrutura, a Tracbel marca presença atualmente em todos os estados do Sudeste, bem como no Amazonas, Pará, Roraima e Amapá. O estado de São Paulo, onde atua há quase três anos, já responde por cerca de 30% do faturamento da empresa, motivo pelo qual deverá ser o destino de três das cinco unidades com inauguração prevista para 2008. A primeira delas já tem endereço definido e se encontra em fase de instalação: será em Ribeirão Preto, para atendimento ao mercado agrícola e às usinas sucroalcooleiras da região. As operações da empresa no Norte do País, por sua vez, que também iniciaram em 2005,

EMPRESA De taller mecánico a distribuidor completo Cuando el empresario Luiz Gonzaga de Magalhães Pereira inauguró un pequeño taller, en diciembre de 1967, para prestar servicio mecánico y de recuperación de trenes de rodajes de equipos de Belo Horizonte y alrededores, no se imaginaba la dimensión que adquiría su emprendimiento. Después de cuatro décadas, Tracbel se ha consolidado como uno de los distribuidores de máquinas pesadas más importantes del Brasil, presente en los mercados de la construcción, minería, agricultura, industrias y cosecha de maderas, entre otros. Con una facturación de 450 millones de reales en el 2007, la empresa se ha situado entre los principales distribuidores de equipos para la construcción y minería de Volvo Construction Equipment (VCE) de América Latina y tiene un papel importante en la red de concesionarios de máquinas agrícolas Massey Ferguson. Pero el vicepresidente, Luiz Gustavo Pereira, quiere más y espera cerrar el 2008 con ingresos de aproximadamente 600 millones de reales. “A fin de año habremos triplicado la facturación que registramos en el 2006”, dice.


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empresa

estendeu braços para diferentes segmentos. A distribuidora Tracbel continua como o carro-chefe do grupo, mas novos negócios foram Formação de profissionais é referência na rede mundial da Volvo incorporados com a criação da Tracbel Rental (lotêm o foco voltado para a mineração e os grandes projetos de infra-estrutura cadora), da Syndeo Technologies (soluções de TI para monitoramento reprevistos para a região. moto de equipamentos) e da Aliança, que presta serviços de manejo floresDiversificação Para Luiz Gustavo, o crescimento tal para indústrias de papel e celulose também se deve à diversidade e quali- como a Aracruz, Veracel e Bahia Pulp. dade dos produtos com os quais a em- “Essa empresa não se limita a oferecer presa trabalha. Além de distribuir os suporte em peças e manutenção aos equipamentos da Volvo (escavadeiras, equipamentos usados; com ela, nós pás-carregadeiras e motoniveladoras, assumimos a terceirização completa, entre outros) e as máquinas agrícolas desde a aquisição das máquinas até da Massey Ferguson, ela atua como sua operação e a entrega da madeira dealer da Dynapac (pavimentadoras, para o cliente”, afirma o executivo. Ele explica que a locadora do grupo, rolos compactadores e fresadoras), da Clark (empilhadeiras), Perlini (cami- a Tracbel Rental, opera atualmente nhões fora-de-estrada), Ponsse (equi- com cerca de 40 equipamentos de mépamentos florestais), Michelin (pneus dio e grande porte, mas os planos são industriais e de terraplenagem) e Alli- de investir na renovação e duplicação son Transmission (transmissões auto- dessa frota ainda este ano. “Como nosmáticas para caminhões). “Com isso, so modelo de negócio contempla apepodemos oferecer soluções completas nas o aluguel da máquina, sem o operador, podemos atuar como um braço para os clientes”, ele pondera. A diversificação também se aplica de apoio das locadoras, principalmente ao modo de atuação da empresa, que nesse momento em que a demanda

Linha do tempo 1967

Uma pequena oficina é fundada em Belo Horizonte para prestar serviços mecânicos e de recuperação de material rodante de tratores de esteiras.

1970

Com a experiência em reforma de máquinas de diversas marcas, a empresa começa a comercializar equipamentos usados de médio e grande porte.

1972

Diante da escassez no mercado de peças de reposição, a empresa passa a importar e comercializar material rodante da Berco.

1973

Os equipamentos de pavimentação da Dynapac são incorporados à linha de produtos oferecidos.

1983

Nova expansão na linha de produtos com a inclusão das empilhadeiras da Clark e dos equipamentos pesados da Michigan, empresa que posteriormente seria incorporada pela Volvo Construction Equipment.

1994

A empresa se torna distribuidora da fabricante de máquinas agrícolas Massey Ferguson.

2005

Acentua-se o processo de expansão da área de atuação, com o início das operações nos estados de São Paulo, Amazonas, Pará, Roraima e Amapá.

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deve crescer com os investimentos em infra-estrutura.” Pessoal qualificado Além da diversidade e qualidade dos produtos que distribui, a empresa se orgulha da solidez em suas parcerias e do reconhecimento por parte dos fabricantes que representa. Como exemplo, Luiz Gustavo cita a conquista do prêmio “Círculo de Excelência Volvo” por seis anos consecutivos, no qual a fabricante elege seu melhor dealer na América Latina. A avaliação, segundo ele, baseia-se em quatro itens básicos – eficiência administrativa e financeira, desempenho em vendas, qualidade em pós-vendas e satisfação do cliente – que garantiram a vitória da Tracbel entre os 20 distribuidores da marca no continente. O empresário Luiz Gonzaga Pereira atribui esse resultado ao profissionalismo da equipe. “Sem um pessoal preparado, dificilmente conseguiríamos atender um mercado cada vez mais exigente, principalmente ao se considerar a rápida evolução da tecnologia embarcada nos equipamentos que, em alguns casos, assemelha-se à usada em aeronaves.” Para promover o contínuo aprimoramento dos profissionais, a empresa criou, em parceria com a Volvo, um curso de qualificação que já figura como uma referência entre as unidades mundiais da fabricante sueca. Segundo Luiz Gustavo, trata-se de um curso técnico de mecatrônica que forma 30 profissionais por ano. “Selecionamos anualmente os melhores formandos de algumas escolas técnicas e eles são contratados para estudar durante um ano, freqüentando aulas teóricas e práticas, com o acompanhamento de profissionais experientes do nosso quadro de pessoal.” Ele explica que, ao final do curso, esses jovens têm a garantia da contratação e, como a empresa oferece um plano de carreira, consegue reter a maioria desses profissionais.

Tracbel: www.tracbel.com.br


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earth-moving

concrete

road

drilling

quarrying

lifting

MINING AND QUARRYING DAY

HOISTING DAY

vehicles

components

AND THEME DAYS EARTH MOVING DAY

CONCRETE EQUIPMENT DAY

ALSO NOT-TO-BE-MISSED

RENTAL DAY

SAFETY DAY

ROAD DAY

DRILLING AND TUNNELLING DAY

JOBSITE VEHICLES DAY

DIESEL OF THE YEAR


evento

Conexpo se prepara para bater seu recorde

Com mais de 2.000 expositores, ocupando 195.000 m² de área, evento deve receber cerca de 125.000 visitantes. O recorde também envolve a participação brasileira, que soma cerca de 190 profissionais na missão técnica organizada pela Sobratema Entre os dias 11 e 15 de março, a cidade de Las Vegas, localizada no estado norte-americano de Nevada, vai se transformar na capital mundial da indústria de equipamentos para construção. Com a realização da Conexpo 2008, uma das principais feiras do setor em âmbito global, a cidade deverá receber mais de 125.000 visitantes de várias partes do mundo, interessados em conhecer as novidades tecnológicas desenvolvidas para proporcionar maior produtividade e desempenho nos canteiros de obras. Reunindo mais de 2.000 expositores, que este ano vão ocupar cerca de 195.000 m² de área do Centro de Convenções de Las Vegas, o evento já se consagrou como um ponto de encontro para relacionamentos e negócios entre fabricantes, distribuidores, construtoras, concreteiras, locadoras e demais usuários de máquinas pesadas. Esse atrativo não deve diminuir mesmo diante da recessão vivida pelo mercado norte-americano, que impactou o setor de equipamentos para construção e os fabricantes com operação nos Estados Unidos. Afinal, a Conexpo está completando uma trajetória de quase um século de existência – a primeira edição ocorreu em 1909, no estado de Ohio – e, como figura entre as principais feiras do setor no mundo, sempre se transforma no momento escolhido pela indústria para o lançamento de

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novos produtos. O evento também se caracteriza pelo intenso intercâmbio de informações, reforçado pelos contatos profissionais e de negócios e pela vasta programação de debates. Nessa área, a Conexpo 2008 contará com mais de

EVENTO Conexpo se prepara para romper su récord Entre los días 11 y 15 de marzo, la ciudad de Las Vegas, Estados Unidos, se transformará en la capital mundial de la industria de equipos para la construcción. Por ocasión de la Conexpo 2008, una de las más importantes ferias en el ámbito mundial, la ciudad recibirá a más de 125.000 visitantes de distintas partes del mundo, interesados en conocer las novedades y soluciones tecnológicas desarrolladas para aumentar la productividad y mejorar el desempeño en las obras. El evento, que este año acogerá a más de 2.000 expositores en una superficie de aproximadamente 195.000 m2, ya se ha consolidado como un punto encuentro de relaciones y negocios entre fabricantes, distribuidores, empresas de edificación, construcción civil y hormigón, arrendadoras y otros usuarios de máquinas pesadas. Si la próxima Conexpo promete romper su propio récord, lo mismo se puede esperar de la participación brasileña. Como parte del programa “Misiones Técnicas”, una iniciativa que prevé viajes de profesionales a eventos en el extranjero, Sobratema ha organizado una delegación integrada por 190 ejecutivos para visitar la exposición de Las Vegas. La participación de Sobratema en la Conexpo 2008 también incluirá un stand de 18 m2 y la entidad ofrecerá una rueda de prensa para periodistas extranjeros y asociaciones internacionales del sector. En esa oportunidad, los vicepresidentes Eurimilson João Daniel y Jonny Atstadt presentarán los datos más recientes del mercado brasileño de equipos para la construcción e informarán acerca de las oportunidades de negocios que ofrece la M&T Expo 2009.


manutenção tecnologia

120 sessões, conferências e mesas redondas para debates sobre os mais variados assuntos relacionados ao setor, como tecnologias de concreto e de asfalto, soluções para terraplenagem e movimentação de materiais, segurança em operação de equipamentos, normas de emissões e ruídos, reciclagem de materiais, desenvolvimento de pessoal e outros. Presença brasileira Se a próxima edição da Conexpo promete bater seu próprio recorde em termos de público e de lançamentos, o mesmo pode-se esperar em relação à participação brasileira. Como parte do programa “Missões Técnicas”, no qual organiza a visita de profissionais a eventos no exterior, a Sobratema reuniu cerca de 190 executivos na delegação que irá a Las Vegas. Esse número de participantes também representa um recorde nas missões

técnicas promovidas pela associação, que promove visitas à Conexpo desde a edição de 1999. A missão técnica organizada pela Sobratema, em parceria com a agência de turismo Brazilusa e o departamento de comércio do governo norteamericano (US Commercial Service), contempla as despesas de hospedagem em dois hotéis de Las Vegas, passagens aéreas de ida e volta e traslado até o local do evento. Além disso, os participantes da delegação contarão com guias turísticos e poderão agendar reuniões de negócios com empresários locais, com intermediação do US Commercial Service.

A participação da Sobratema na Conexpo 2008 também vai incluir um estande de 18 m² disponibilizado para a associação, para contatos com os visitantes da feira e associações irmãs internacionais, além do suporte aos integrantes da delegação brasileira. O ponto alto dessa participação, entretanto, será o terceiro dia do evento, quando a entidade promoverá uma coletiva de imprensa para jornalistas do exterior e associações internacionais do setor. Na ocasião, os vice-presidentes Eurimilson João Daniel e Jonny Atstadt apresentarão aos presentes os números do mercado brasileiro de equipamentos para construção e as oportunidades de negócios na M&T Expo 2009.

Conexpo: www.conexpoconagg.com Sobratema: www.sobratema.org.br

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evento

Samoter expõe

a pujança da indústria européia Expansão da indústria européia de equipamentos para construção representa mais um atrativo para conferir os lançamentos da 27ª feira internacional de Verona (Samoter), na Itália Com a acelerada expansão da indústria européia de equipamentos para construção, que já responde por mais de 30% da produção global de máquinas pesadas, uma visita às feiras do Velho Mundo sempre reserva surpresas a quem busca inovações nesse setor. Nesse sentido, a 27ª edição da Samoter, a amostra internacional de Verona, na Itália, serve para antecipar o que os fabricantes do continente estão desenvolvendo para atender as necessidades dos usuários em termos de maior desempenho, de menor consumo de combustível e controle nas emissões de ruídos e poluentes. Realizada entre 5 e 9 de março, a Sa-

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moter vai ocupar cerca de 350 mil m2 do Centro de Exposições de Verona, onde os visitantes de vários países do mundo poderão acompanhar as inovações européias em equipamentos de terraplenagem, concretagem, pavimentação, demolição, perfuração e movimentação de materiais, em um total de oito segmentos cobertos pela feira. Organizado pelo VeronaFiere, o evento realiza-se a cada três anos e integra o calendário internacional das principais amostras de equipamentos para construção. Vale ressaltar que, ao lado da alemã Bauma e da francesa Intermat, a Samoter figura com uma das três feiras

do setor a contar com o apoio do Comitê Europeu de Equipamentos para Construção (CECE), entidade que reúne as associações de fabricantes de 12 países do Velho Mundo. Impulsionados pela forte demanda mundial, especialmente por parte dos países asiáticos e do Leste Europeu, esses fabricantes registraram um crescimento de 8% na produção em 2007, encerrando o ano com um faturamento total de cerca de 27 bilhões de euros. Um levantamento divulgado pela CECE indica que a maior responsável por essa expansão foi a indústria alemã de equipamentos para construção, que


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evento

Evento Samoter expone la pujanza de la industria europea

ampliou sua produção em 29%, seguida pelos fabricantes italianos (crescimento de 21%), ingleses (14%), franceses (10%) e suecos (8%). A Itália também figura entre os maiores mercados internos do Mercado Comum Europeu, com um consumo de cerca de 3,3 bilhões de euros em máquinas para construção em 2007, o que representou um crescimento de 5% em relação ao ano anterior. Por esse motivo, a feira já se consagrou como destino certo para profissionais que pretendem conhecer as inovações no setor e realizar negócios. Tanto que seu desempenho deve superar os números da edição anterior, de 2005, que havia atraído mais de 95.000 visitantes (10.000 provenientes de 94 países do exterior) para acompanhar os lançamentos apresentados por quase 1.000 expositores. Além de reunir grandes fabricantes com sede na Europa, como a New Holland, Volvo, Liebherr, JCB, Iveco, Scania e Daimler-Chrysler, entre outros, o evento contará com a participação de importantes players de outros continentes, como a Caterpillar, Komatsu, Hitachi etc. Não bastassem esses atrativos,

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a amostra se destaca pela realização de eventos paralelos, como o Samoter International Awards, destinado a premiar os projetos que contribuem com avanços tecnológicos, econômicos e sociais no setor. Nessa edição, um dos agraciados será o projeto de ampliação do canal do Panamá, uma das principais obras de infra-estrutura em execução no mundo atualmente. Além disso, a programação da Samoter também incluiu dezenas de mesas redondas destinadas a debates para o aprimoramento técnicos dos usuários de equipamentos para construção. Entre eles, os visitantes poderão acompanhar o “Road day”, com debates sobre novas tecnologias para obras de asfalto e o “Hoisting Day”, focado na segurança em movimentação de cargas no canteiro. A programação incluiu ainda debates sobre tecnologia de concreto, novas soluções para escavação de túneis e legislações internacionais de controle de emissões dos equipamentos fora-de-estrada, entre outros assuntos.

Debido a la expansión acelerada de la industria europea de equipos para la construcción, que representa más del 30% de la producción mundial de máquinas pesadas, una visita a las ferias del Viejo Mundo siempre reserva sorpresas a quienes buscan innovaciones en este sector. En este sentido, la 27ª edición de Samoter, feria internacional de Verona, Italia, servirá para ver lo que los fabricantes del continente están desarrollando a fin de satisfacer las necesidades de los usuarios en lo que concierne a la mejora del desempeño, la reducción del consumo de combustible y el control de las emisiones de ruidos y gases contaminantes. Samoter tendrá lugar del 5 al el 9 de marzo, ocupará una superficie de aproximadamente 350 mil m2 del Centro de Exposiciones de Verona, donde los visitantes de diversos países del mundo podrán conocer las últimas innovaciones técnicas europeas en máquinas y equipos divididas en ocho sectores mercadotécnicos: movimiento de tierra; hormigón; vial; perforación; trituración; elevación; canteras y obras; y componentes, repuestos y motores. El evento trianual, organizado por VeronaFiere, forma parte del calendario internacional de las principales exposiciones de equipos para la construcción.

Samoter: www.samoter.com


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ESPAÇO ABERTO

Escarificadora hidráulica otimiza obra rodoviária Indicada para o desmonte de rocha a frio e mecanizado, a escarificadora hidráulica TF800, da marca Simex, está contribuindo para otimizar a construção de trechos do eixo rodoviário de Curitiba (PR). Distribuido pela Copex, o equipamento foi adotado pela Construtora Pussoli, a partir de novembro de 2007, como solução para o abatimento primário de rocha intemperizada e o retaludamento de bancadas em cava de gneisse. Com isso, ele eliminou o uso de explosivos nesse serviço, com a consequente necessidade de interrupção no trânsito da região e os inevitáveis impactos ambientais, que dificultariam liberações em obras urbanas como a em execução pela empreiteira paranaense. A escarificadora hidráulica em questão tem peso operacional entre 1.230 e 1.760 kg e é indicada para uso como implemento em escavadeiras de 12 a 22 t de peso operacional. Ela atinge uma força de corte de 20 a 29 kN, com uma velocidade de escarificação de até 4 metros por segundo. Dessa forma, o equipamento confere rapidez ao serviço com redução nos custos operacionais, além de proporcionar o aproveiramento do material desmontado e um perfeito acabamento dos taludes. Além das escarificadoras hidráulicas, que são oferecidas em diversos modelos, a Copex distribui uma ampla linha de equipamentos para desmonte de rocha e concreto, para movimentação de materiais no canteiro e implementos hidráulicos, entre outros. . www.copex.com.br

Cummins lança grupos geradores compactos

A Cummins lançou uma linha de grupos geradores de pequeno porte, com potências de até 45 kW, para uso em obras civis, propriedades agrícolas, estações de telefonia celular e veículos especiais (ambulâncias, carros de bombeiros etc.), entre outras aplicações. A linha Onan conta com diversos modelos de grupos geradores, movidos a gás natural, gás liqüefeito de petróleo (GLP), diesel ou gasolina. O maior da linha, com 45 kW de potência, pesa 590 kg e ocupa uma área de cerca de 2.100 mm de comprimento por 700 mm de largura. Os equipamentos operam em tensão de 120/240 V e se caracterizam pela baixa emissão de ruídos (menos de 70 dB a 7 m de distância) e a facilidade de instalação, já que dispensam a necessidade de execução de bases de concreto. . www.cumminsonan.com.br

Dumpers agilizam serviço em áreas compactas Os dumpers da marca italiana Piccini, distribuidos no Brasil pela Pró Eletro, são indicados para operações em canteiros de obras com pouco espaço ou áreas de difícil acesso, como a construção de edificações, galpões industriais, estradas ou

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túneis. Compactos e fáceis de operar, eles estão disponíveis em vários modelos que agilizam o serviço com economia no consumo de combustível. Os modelos basculantes, por exemplo, são comercializados com motores a gasolina de 20 a 80 hp de potência e podem contar com caçamba de descarga para os três lados, com capacidades entre 1.800 e 8.500 kg. Os dumpers com autobetoneira, por sua vez, estão disponíveis em modelos de 50 a 148 hp de potência, equipados com motores diesel e dotados de capacidade de carga entre 1.200 e 5.800

litros. São ideais para obras que necessitam de concretagem in loco, conferindo rapidez e economia ao serviço com maior homogeneização do concreto. . www.perfproeletro.com.br


Construindo sistemas de eixos motrizes de qualidade desde o mais básico até o mais sofisticado. Quando se trata de condições de trabalho adversas, nada é pior do que o setor de construção. Na Dana, fabricamos sistemas de eixos motrizes que são tão robustos quanto as condições nas quais eles trabalham. Quer você necessite de redução simples e eixos planetários, transmissões hidráulicas, conversores de torque, ou conjuntos de eixos motrizes, os engenheiros da Dana possuem módulos e sistemas altamente inovadores para todas as famílias de produtos. Mais informações sobre o fornecedor líder mundial de sistemas de eixos motrizes encontram-se disponíveis para você em dana.com/offhighway_systems. Construção | Setor Agrícola | Mineração | Reflorestamento | Manuseiro de Materiais | Energia Externa | Utilidades de Lazer

Os equipamentos de construção são utilizados em alguns dos ambientes de trabalho mais exigentes no mundo. Os produtos da Dana são projetados para proporcionar excepcional confiabilidade, versatilidade, e facilidade de manutenção — porque nossos clientes assim o exigem.

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Visite a Dana no Estande S-16313 da ConExpo ©2008 Dana Corporation


Qualidade e Confiabilidade

Escavadeiras Hidráulicas PC200-8 e PC200LC-8 O mais elevado padrão da indústria mundial A KOMATSU inicia a produção no Brasil das novas escavadeiras hidráulicas Série 8, e com isso registra um novo marco em produtividade, desempenho, qualidade e confiabilidade jamais visto na história da indústria mundial. Maior potência, melhor eficiência no consumo de combustível, a mais alta produtividade e sistemas hidráulico e mecânico inteligentes – a nova geração de escavadeiras hidráulicas Komatsu Série 8, tem inovações e vantagens excepcionais. A Komatsu chega assim mais uma vez a um patamar pioneiro que vai perfeitamente de encontro ao seu papel de liderança global, atendendo e superando as necessidades de nossos clientes.

Potência Bruta PC200-8 PC200LC-8

Peso

(HP)

(kg)

155 155

21000 22400

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Komatsu Brasil International - KBI - Fone: 0800 10 0080 - Consulte nossos distribuidores e visite nosso site: www.komatsu.com.br


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