Revista M&T - Manutenção & Tecnologia
Pneus
Ações para o controle de custos e manutenção Neumáticos
Medidas para controlar costos y servicios de mantenimiento
N º 9 6 - A g o / S e t - 2 0 0 6 - w w w. s o b r a t e m a . o r g . b r
GERENCIAMENTO DE FROTAS
Controlando a produção a distância
GESTIÓN DE FLOTAS
Control de la producción a distancia
Saúde e segurança
Tolerância zero com os acidentes no canteiro Salud y seguridad nº96 - Agosto/Setembro - 2006
Accidentes en obradores: tolerancia cero
Guindastes
Demanda aquecida estende prazos de entrega Grúas Demanda en alza amplían los plazos de entrega
Ref. 100
editorial
Além do universo das máquinas Nem só de máquinas pesadas e assuntos relacionados a sua gestão ou manutenção se faz o cotidiano dos executivos de equipamentos de construtoras e mineradoras. Os avanços tecnológicos voltados à maior produtividade da frota certamente figuram como peça central no universo de interesse de tais profissionais, como a revista M&T procura abordar em todas as suas edições. Mas antes da máquina – ou melhor, dentro dela – há o homem, este sim o principal responsável pelo sucesso de qualquer negócio, seja numa construtora, mineradora ou empresas de outro ramo de atividade. Sem o comprometimento da equipe, o que envolve treinamento e motivação para se perseguir metas pré-estabelecidas, todo o aparato tecnológico dos equipamentos pode se tornar insuficiente na busca de resultados. Tal linha de reflexão mostra-se pertinente nesta edição de M&T, que traz uma reportagem sobre saúde e segurança dos operadores. Com ações relativamente singelas, empresas de ponta estão proporcionando melhores condições de trabalho no canteiro de obras ou frente de lavra e, mais do que isto, reafirmam seu compromisso com o bem-estar e saúde dos funcionários. Além do universo de equipamentos, soluções de telemática – o casamento das telecomunicações com a informática – estão revolucionando a gestão de frotas, proporcionando ganhos de produtividade e de flexibilidade com seu monitoramento remoto. O sistema, que nasceu para atender a necessidade de segurança no transporte de cargas rodoviárias, não constitui uma novidade entre mineradoras, empresas agrícolas e agora as construtoras estudam sua adoção. Nesse caso, entretanto, a tecnologia por si própria pouco agrega ao negócio sem um prévio entendimento da logística envolvida, dos anseios do cliente e das variáveis presentes em cada operação, como bem demonstram algumas empresas fornecedoras de concreto usinado em central, pioneiras nessa proposta. No mundo dos equipamentos, conhecimento faz a diferença, motivo pelo qual esta edição também brinda os leitores com reportagens sobre manutenção de pneus OTR e uso de caminhões rodoviários em operações fora-de-estrada.
Más allá del universo de las máquinas No solo la maquinaria pesada y los asuntos relacionados con la gestión y el mantenimiento del parque de máquinas integran las funciones de los ejecutivos a cargo de los equipos de las empresas constructoras y mineras. Los adelantos tecnológicos destinados a aumentar la productividad de la flota se encuentran en el centro de los intereses de esos profesionales, por lo que la revista M&T publica notas relacionadas a ellos en todos los números. Sin embargo, antes de la máquina, mejor dicho, dentro de ella, se encuentra el hombre, que es sin dudas el principal responsable del éxito de cualquier negocio, ya sea de una empresa constructora, minera o de cualquier otro ramo de actividad. Sin el compromiso del personal, que implica capacitación y motivación para alcanzar las metas preestablecidas, todo el aparato tecnológico de la maquinaria puede ser insuficiente para lograr los resultados deseados. En el marco de esta línea de reflexión, este número de M&T incluye un reportaje sobre la salud y la seguridad de los operadores. Con medidas relativamente sencillas, las empresas de punta están mejorando las condiciones de trabajo en los obradores y en los frentes de extracción y,
sobre todo, están reafirmando su compromiso con la salud y el bienestar de sus empleados. Más allá del universo de la maquinaria, las soluciones telemáticas –la combinación de las telecomunicaciones con la informática– están revolucionando la gestión de las flotas, al aumentar la productividad y la flexibilidad a través del monitoreo a distancia. Este sistema, creado para responder a las necesidades de seguridad del transporte de carga por carretera, ya no es ninguna novedad en las minas y en el agro, y ahora las empresas constructoras estudian su implementación. En este caso, sin embargo, la tecnología en sí misma poco agrega al negocio si no se comprende previamente la logística involucrada, las necesidades específicas del cliente y las variables de cada operación, tal como lo demuestran algunas empresas proveedoras de hormigón elaborado en planta, pioneras en el uso de la telemática. En el mundo de la maquinaria, el conocimiento marca la diferencia, motivo por el cual, este número también incluye reportajes sobre el mantenimiento de neumáticos fuera de carretera y el uso de camiones carreteros en operaciones fuera de carretera.
Revista M&T
sumário
- Manuten ção & Tecnologi a
expediente
Nº96
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Ações Pne para custos o controle us e man de utenção para contrNeumáticos olar
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Medidas
servicios
Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção
Sistemas de monitoramento e despacho de frotas da Engemix Foto de Marcelo Vigneron
GEREN CIAME ola NTO D E FRO TAS
Contr
nd GESTIÓN o a produção DE a distân de la producci FLOTAS cia ón a dista
Control
ncia
Saúde
Presidente: Afonso Celso Legaspe Mamede Vice-Presidente: Benito Francisco Bottino Vice-Presidente: Carlos Fugazzola Pimenta Vice-Presidente: Ivan Montenegro de Menezes Vice-Presidente: Jader Fraga dos Santos Vice-Presidente: Jonny Altstadt Vice-Presidente: Lédio Augusto Vidotti Vice-Presidente: Luiz Carlos de Andrade Furtado Vice-Presidente: Mário Sussumu Hamaoka Vice-Presidente: Múcio Aurélio Pereira de Mattos Vice-Presidente: Octávio Carvalho Lacombe
Diretoria Técnica
Augusto Paes de Azevedo (Caterpillar) - Carlos Arasanz Loeches (Eurobrás / ALEC) - César Schmidt (Liebherr) Christopher Ian Podgorski (Scania) - Edson R. Del Moro (Engepar) - Eduardo M. Oliveira (Santiago e Cintra) Egberto Rosa Campos (Sersil) - Eurimilson João Daniel (Escad) Franz Treu (Atlas Copco) - Gilberto Leal Costa - Gino Raniero Cucchiari (CNH) - João Lazaro Maldi Jr. (CCCC) - João Ney P. Colagrossi (Metso) - Luis Afonso Pasquotto (Cummins) - Luis Gustavo Pereira (Tracbel) - Marcos Bardella (Brasif) - Mario Humberto Marques (Andrade Gutierrez) - Nathanael P. Ribeiro Jr (Multieixo / Randon) - Nelson Costábile Barros (Constran) - Paulo Gama (Goodyear) - Paulo Lancerotti (Sotreq) - Permínio A. Maia de Amorim Neto (Getefer) - Ramon Nunes Vasquez (Mills) - Silvimar Fernandes Reis (Galvão Engenharia) - Valdemar Shinhiti Suguri (Komatsu) - Vicente Bernardes - Vicente Cracasso (Equisul) - Yoshio Kawakami (Volvo)
Revista M&T - Conselho Editorial
Presidente: Lédio Augusto Vidotti Membros: Benito F. Bottino, César A. C. Schmidt, Cláudio Schmidt, Eduardo M. Oliveira, Gino R. Cucchiari, Leonilson Rossi, Luiz C. de A. Furtado, Rosa B. Moraes, Mário H. Marques, Agnaldo Lopes, Paulo O. Auler Neto, Permínio A. M. de Amorim Neto, Pedro Luiz Giavina Bianchi, Silvimar F. Reis. Gerente Geral: Hugo José Ribas Branco Produção Gráfica: DSGE Editor: Haroldo Aguiar Traduções: Maria Del Carmen Galindez Publicidade: Sylvio Vazzoler A Revista M&T - Manutenção & Tecnologia é uma publicação dedicada à tecnologia, gerenciamento, manutenção e custos de equipamentos. As opiniões e comentários de seus colaboradores não refletem, necessariamente, as posições da diretoria da SOBRATEMA. Tiragem: 12.000 exemplares. Circulação: Brasil, América Latina e USA. Periodicidade: bimestral. Filiado à:
INSTITUTO VERIFICADOR DE CIRCULAÇÃO
em processo de filiação
| Agosto-Setembro | 2006
obradore
s: toler ancia
cero
Demand
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Demanda
a este nde
en alza amplían
Guinda
prazos
de entrstes ega
los plaz os
Grúa
de entr s ega
Gerenciamento de frotas
Gestión de flotas Sistema aumenta produtividade com informações sobre desempenho das máquinas Sistema aumenta la productividad al informar detalles del desempeño de las máquinas
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Pneus
Neumáticos Investir em manutenção ajuda a reduzir custos com pneus OTR Invertir en mantenimiento permite reducir el consumo de neumáticos fuera de carretera
Diretor Regional
Petrônio de Freitas Fenelon (MG) VPS Engenharia e Estudos Wilson de A. Meister (PR) Ivaí Engenharia de Obras S/A Jose Luis P. Vicentini (BA) Terrabrás Terraplanagem do Brasil S/A Laércio de F. Aguiar (PR) Construtora Queiroz Galvão S/A Antonio Almeida Pinto (CE) Construtora Queiroz Galvão S/A
Tolerânc e segura nça ia zero com os Salud acidente y segu ridad Accidente s no cant s en eiro
2006
Comitê Executivo
nº96 - Agosto/S etembro -
Diretoria Executiva e Endereço para correspondência: Av. Francisco Matarazzo, 404 – cj. 401 – Água Branca São Paulo (SP) – CEP 05001-000 Tel.: (55 11) 3662-4159 – Fax: (55 11) 3662-2192
costos de mant y enimiento
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Saúde e segurança
Salud y seguridad Políticas adotadas em canteiros e minerações contribuem para a redução de índices de acidentes Políticas adoptadas en obradores y explotaciones mineras contribuyen significativamente a la reducción de los índices de accidentes laborales
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Guindastes
Grúas Demanda aquecida para guindastes de maior capacidade de carga Demanda de grúas de mayor capacidad de carga está en alza
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manutenção tecnologia
Evento
Evento Na Equipo Mining, fabricantes apresentam lançamentos em máquinas para mineração En Equipo Mining, los fabricantes presentan los últimos modelos de máquinas para la minería
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Caminhões
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Camiones Modelos rodoviários ganham competitividade no transporte de cargas em obras pesadas e mineração Modelos carreteros logran una posición competitiva en el transporte de cargas de la construcción pesada y de los frentes de extracción
M&T Expo 2006
M&T EXPO 2006 Com R$ 700 milhões em vendas, evento alavanca sua próxima edição, em 2009, com ampla divulgação internacional Con 700 millones de reales vendidos, el evento promueve su próxima edición, en el 2009, a través de una amplia divulgación internacional
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Internacional
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Internacional Integração européia e qualidade na produção impulsionam indústria espanhola de máquinas para construção e mineração Integración europea y calidad de producción son unos de los principales impulsores de la industria español de máquinas para la construcción y la minería
SEÇÕESsecciones NotasNotas ............................................................................................................................... 08 Espaço OpusEspacio Opus................................................................................................................ 40 Tabela de CustosTabla de Costos......................................................................................................... 58 Espaço AbertoEspacio Abierto............................................................................................................ 64 e mais
Intermat 2006Intermat 2006...................................................................................................... 62
cumplice.net
LD8 I<MFCLxÂF HL< M8@ M@I8I F D<I:8;F ;< :89<x8 G8I8 98@OF% Lâmina bico-de-pato Somasa. A melhor soldabilidade do mercado.
Você pode chamá-la de lâmina bico-de-pato ou de lâmina em V. Mas, a partir de hoje, só vai chamar a Somasa quando precisar de uma. É a melhor soldabilidade do mercado, garantindo uma instalação até 4 vezes mais rápida. É economia e rendimento extra em cada peça. “Sempre gastei de 8 a 10 horas para reformar caçambas tendo que utilizar os eletrodos mais caros do mercado. Hoje, com bicode-pato Somasa, faço a reforma em duas horas e meia com o eletrodo mais barato. Minha economia é fantástica.” Ronaldo Ferreira Silva Maquivila
“Estou realmente satisfeito, na boca do britador dobrei minha durabilidade com as lâminas bico-de-pato Somasa.” Alessandro Joquim Resende MJS Locação de Máquinas para Mineração
para condições extremas
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central de VendaS e inforMaçõeS:
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notas
Bosch Rexroth amplia produção
Maktractor inaugura sede em Goiânia Cerca de 500 executivos de equipamentos de construtoras e mineradoras reuniram-se em Aparecida de Goiânia (GO), no dia 02 de setembro, para festejar a inauguração da nova sede da Maktractor, distribuidora de materiais de desgaste e ferramentas de penetração de solo (FPS) no Norte e Centro-Oeste do Brasil. O evento, organizado pela empresa, marcou ainda seu ingresso na área de serviços, segmento no qual ela passa a realizar reformas de caçambas e de materiais rodantes. “A proposta é de oferecer todo o suporte ao cliente, desde o transporte da máquina para nossas dependências até sua entrega no campo, de forma a reduzir os tempos de parada para o usuário”, diz Nádia Gomes Alves, diretora Financeira da Maktractor. A empresa, que nasceu como distribuidora de peças para caminhões e tratores – e há seis anos dedica-se ao segmento de FPS e materiais de desgaste – construiu uma sede de 1.500 m2 de área, na qual dispõe de cerca de 1.000 itens de estoque para pronta entrega, bem como outros para fornecimento sob encomenda. Durante a festa de inauguração, os convidados puderam visitar estandes montados pelos fornecedores da empresa para demonstração de seus respectivos produtos. Eles participaram ainda de coquetel e jantar acompanhados de show do cantor Zé Ramalho. O evento contou com o patrocínio da Somasa, que montou em seu estande um scotch bar para a exibição de shows durante a preparação de coquetéis servidos aos visitantes. A ambientação desse espaço também se baseou na linha de produtos da fabricante de FPS, com o uso de mesas e bancadas desenvolvidas a partir de peças metálicas. “Como nossa política não é a de trabalhar com venda direta, mas apenas por meio de distribuidores, trata-se de uma iniciativa de apoio ao revendedor”, afirma Júlio Fernandes, coordenador de Orçamentos da Somasa. O suporte aos distribuidores, segundo ele, envolve ainda treinamento e visitas técnicas aos clientes finais, de forma a identificar suas necessidades para produzir pontas e bicos-depato mais adequados a suas operações. Essa filosofia de atuação, que Fernandes denomina de “revolução no relacionamento comercial”, incluiu investimentos em engenharia para o desenvolvimento de peças com maior vida útil. “Com o aporte de cerca de 15% do faturamento bruto anual em pesquisa, desenvolvemos novos designs de peças, cujo processo de proteção autógeno amplia sua durabilidade em até 60%.”
Com investimentos de R$ 40 milhões, a Bosch Rexroth, empresa pertencente ao grupo Bosch, concluiu a ampliação de sua fábrica de Pomerode (SC). O objetivo, segundo a empresa, é ampliar em quatro vezes sua capacidade de produção de componentes hidráulicos, com foco no mercado brasileiro e nas exportações para os Estados Unidos, América Latina e Europa. Além de equiparem sistemas industriais, seus componentes hidráulicos estão presentes em máquinas agrícolas e de construção, como bombas axiais e válvulas load sensing. Com um faturamento de R$ 200 milhões em 2005, ela também produz os motores radiais usados nas máquinas Bobcat e, com a ampliação da fábrica, projeta um aumento de 30% nas receitas ainda este ano.
Errata Ao contrário do publicado na matéria “Nova usina de asfalto Ciber ganha funcionalidades” (M&T, edição 96, página 80), a foto em questão se refere à usina de asfalto UACF 12P e não ao modelo UACF 17P-1 Advanced.
Programa retoma intercâmbio entre universidades e empresas O programa Ferramenta, criado pela Sobratema para proporcionar integração entre estudantes universitários e o mercado profissional, por meio de intercâmbio de informações práticas na área de Engenharia, foi retomado em grande estilo. Até o fechamento desta edição de M&T, a Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec-SP) e Faculdade Armando Álvares Penteado (Faap) haviam confirmado seu ingresso como parceiras do projeto e outras duas universidades estavam em fase final de entendimentos.Seguindo sua linha voltada para o fomento de oportunidades aos futuros engenheiros, através de treinamento e atualização tecnológica, o programa contempla, como sua primeira atividade, o workshop “Motor do Futuro”, cuja inscrição está aberta aos alunos das universidades parceiras. Outras atividades encontram-se em estágio de formatação, como cursos, palestras e visitas técnicas a canteiros de obras ou fabricantes de equipamentos.
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manutenção tecnologia
Sistema integra controle de ativos e de manutenção
Impasse no programa de biodiesel
Para obter ganhos de rapidez e de precisão nas informações sobre seu parque de máquinas, a construtora Skanska está implantando uma solução eletrônica de integração entre o controle de ativos fixos e o software de gestão empresarial (ERP), por meio de coletores de dados. Cada equipamento da empresa vai receber uma etiqueta com código de barras, cujos dados poderão ser captados por um palm com leitora integrada. Como as etiquetas serão do tipo 2D, que armazenam maior volume de dados, o sistema permitirá a transferência simultânea de informações fiscais – controle de inventário, por exemplo – e relativas às áreas de operação e manutenção – como as paradas programadas para revisões. A solução foi desenvolvida pela Hand Held, para sua integração ao sistema ERP usado pela Skanska, fornecido pela Datasul. O detalhe é que o software de ERP já incorpora um módulo de gerenciamento da manutenção. Segundo a empresa, o objetivo é disponibilizar os dados em tempo real para todas as áreas da empresa. Com um simples acesso ao sistema, qualquer profissional poderá identificar as unidades disponíveis para uso no pátio de equipamentos e prazos previstos para revisões. Áreas como as de Coletora de dados: contratos, orçamentos e manutenção poderão trabainformações da lhar tais informações de forma conjunta. etiqueta para o ERP
As informações sobre o programa nacional de biodiesel, criado para viabilizar a adição de 2% desse combustível ao diesel fornecido nas bombas de abastecimento (B2), são, no mínimo, contraditórias. Enquanto o governo contabiliza investimentos de mais de R$ 600 milhões na construção de usinas para processar o combustível, especialistas alertam para possíveis problemas no fornecimento de insumos e na distribuição. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o abastecimento de três usinas em construção pela Petrobras no Nordeste e Minas Gerais, que somam uma capacidade instalada de 50 mil t/ano de óleo vegetal, exigiria o cultivo de 300 mil hectares de mamona nessas regiões, o que não está acontecendo. Os volumes contratados pela estatal junto a produtores como a Granol, Brasil Ecodiesel e Agropalma também não foram cumpridos.
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Fotos: Marcelo Vigneron
GERENCIAMENTO A DISTÂNCIA
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O desempenho da frota sob controle Ao centralizar as informações sobre os equipamentos, sistema de monitoramento remoto aumenta a produtividade da frota. Mas os custos de transmissão de dados ainda limitam sua adoção em canteiros de obras Como aumentar a produção e reduzir o número de equipamentos trabalhando em campo, com os conseqüentes ganhos de produtividade, de custo operacional e manutenção? Essa equação, cuja solução é aparentemente difícil nos setores de construção e mineração, foi resolvida pela concreteira Engemix com o monitoramento remoto de caminhões e a reorganização de seu sistema de despachos. Em 2006, a empresa – que pertence ao grupo Votorantim Cimentos – ampliou sua produção diária de 2,3 mil m3 de concreto para 3,6 mil m3 e esse crescimento, que poderia ser fatal numa indústria que exige pontua-
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lidade de entrega, foi absorvido com aumento no índice de assertividade. A entrega de concreto num canteiro de construção exige planejamento. O atraso médio tolerado não passa de meia hora, porque o processo de concretagem constitui um momento crítico da obra: envolve mobilização de mão-de-obra adicional e condições adequadas de tempo, sem contar que o produto é perecível. O controle dessas variáveis torna-se ainda mais complexo numa região como a Grande São Paulo, onde os congestionamentos no trânsito representam outro desafio para o cumprimento dos prazos. Ao usar os benefícios do gerenciamento remoto dos seus caminhões, a
Desempeño de la flota: bajo control ¿Cómo aumentar la producción y al mismo tiempo reducir la cantidad de máquinas que trabajan en campo, de modo tal de incrementar la productividad y disminuir los costos de operación y mantenimiento? Esta ecuación, de solución aparentemente difícil en los sectores de la construcción y la minería, fue resuelta por la fábrica de hormigón Engemix con el monitoreo remoto de los camiones y la reorganización del sistema de despacho. En el 2006, la empresa amplió su producción de 2.300 a 3.600 m 3 de
manutenção tecnologia
Engemix aplicou as informações dadas pelos próprios clientes. Ela descobriu que tão importante quanto a qualidade do concreto é a assertividade na entrega, que pode ser dividida em dois pontos: cumprimento do horário programado (o fator mais relevante para 15,7% dos clientes pesquisados) e programação de concretagem (indicado por 11,3%). Com a centralização do despacho conjugada ao rastreamento da frota, a concreteira aumentou a assertividade na entrega para 87,6% dos pedidos – antes era de 59% – e ainda reduziu seus custos, conforme explica Alexander Capela Andras, gerente comercial-corporativo da empresa. “Implantamos o Sistema de Logística de Concreto (SLC), desenvolvido pela Neolog, extensivo aos caminhões-betoneira, autobombas e centrais dosadoras, com a integração dessa base de dados à plataforma de sistema de informação geográfica (GIS), da Webraska-Apontador”, diz ele. Dessa forma, mesmo com o aumento de produção, a concreteira reduziu de 13 para nove o número de centrais de dosagem na Grande São Paulo, a área mais crítica em termos de logística operacional. Detalhe: a produtividade cresceu 9%, medida em m3/veículo/dia. Segundo Andras, as otimizações resultaram também em redução no número de horas extras dos funcionários.
a acompanhar informações sobre os caminhões-betoneira, como sua localização e o momento exato da inversão de rotação do balão. Qualquer operação de inversão do balão fora das coordenadas da obra a ser atendida representa uma anormalidade no relatório de acompanhamento. A empresa conseguiu isso com a instalação de chips nos caminhões, que transmitem informações a cada dois minutos, via rede de telefonia celular. Segundo Andras, a empresa está implantando outras funcionalidades ao sistema, como o controle da quantidade de água acrescida ao concreto. Ela testa um higrômetro eletrônico, instalado como um sensor nas betoneiras, de forma a controlar que a fração de água máxima permitida para correção do concreto não seja ultrapassada. “Podemos acoplar outros sensores a custo adicional muito pequeno.” Nesse caso se inclui o sistema que cruza informações sobre a rotação do balão nas betoneiras e a velocidade de deslocamento do caminhão, outro item importante para a entrega do concreto dentro da especificação solicitada pelo cliente. Sistema reduz a frota com ganhos de 9% em produtividade e maior pontualidade na entrega
hormigón por día. Este incremento, que podría ser fatal en un rubro que exige entregas en horarios establecidos, fue absorbido con un aumento del 59 al 87,6% del índice de puntualidad en la entrega de los pedidos. La entrega de hormigón en un obrador requiere una planificación minuciosa. El atraso promedio tole rado no puede ser de más de media hora, porque el proceso de colado involucra mano de obra adicional y condiciones climáticas adecuadas, además de que el producto es perece dero. El control de esos parámetros se complica más aún en una zona como el Gran São Paulo, donde el congestionamiento de tránsito, que se genera en áreas neurálgicas de la ciudad, representa un desafío adicional al cumplimiento de los plazos. La empresa redujo sus costos implementando la centralización del despacho y el rastreo de la flota. A pesar del aumento de la producción, la cantidad de plantas de dosificación disminuyó de trece a nueve en la ciudad de São Paulo, que es la zona más difícil en relación con la logística de las operaciones. Engemix empezó a acompañar la información sobre los camiones hormigoneros, tal como su ubicación y el momento exacto de la inversión del sentido de giro del tambor. Toda ope-
Qualidade na operação Traduzindo tais ganhos em números de caminhões, a empresa poderia tirar de circulação 15 veículos que operam na Grande São Paulo sem deixar de atender seus clientes – e ainda aumentando a assertividade na entrega. Desde que implantou o SLC, a concreteira conseguiu mudar a cultura de seu mercado, reduzindo o nível de cancelamento de pedidos de 35% para 20%. “Muitos clientes pediam uma programação complementar como medida de segurança”, pondera Andras. Ele explica que, com a implantação do sistema, a Engemix passou
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GERENCIAMENTO A DISTÂNCIA Racionalização da frota Embora ainda sem números fechados, como no caso da Engemix, a concreteira CBC também acaba de adotar a solução desenvolvida pela Neolog. O objetivo da empresa – uma joint-venture recém-formada pela Camargo Corrêa e Equipav – é de aumentar a produtividade da frota em cerca de 30% e reduzir o consumo de combustível entre 10% e 35%, ampliando a pontualidade nas entregas em até 15%. Isso considerando um universo de 34 centrais dosadoras e 330 caminhões-betoneira operando em cinco estados brasileiros. Para Danilo Campos, diretor da Neolog, o conhecimento do mercado das concreteiras constitui um dos fatores para o sucesso do SLC nesse setor. Além da CBC e Engemix, o sistema encontra-se em operação na cimenteira Ciplan e está sendo analisado para implantação por uma construtora. “Ao invés das centrais dosadoras operarem com frota própria, todos os dados passam a ser controlados a partir de um único ponto, que gerencia uma frota comum a todas as unidades”, explica Campos. O gerenciamento adotado pelas empresas da área de concreto representa, na verdade, uma evolução dos sistemas de rastreamento usados em automóveis e transporte de cargas rodoviárias. “Ele surgiu como ferramenta de segurança, mas hoje a principal demanda é por otimização”, avalia Alexandre Guimarães, diretor da Logikos, que rastreia cerca de 4 mil veículos para empresas de transporte. Segundo ele, a adoção de sistemas mais avançados – como os mapas da Google Earth que a Logikos disponiRacionalização: a frota passa a ser comum a várias centrais dosadoras
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biliza para os clientes – vai acontecer paulatinamente. Guimarães destaca que a recuperação do investimento em gerenciamento e rastreamento pode ser facilmente medida. “No caso de uma empresa com grande frota urbana, ela aconteceu em quatro meses apenas com a racionalização na gestão desse parque de veículos.” Sistema como item de série Os ganhos proporcionados pelo gerenciamento remoto das funções da máquina estão mobilizando fabricantes a incorporar tais sistemas como itens de série em suas respectivas linhas de equipamentos para construção e mineração. O sistema Komtrax, desenvolvido pela Komatsu, faz parte deste novo universo. A solução pode ser instalada em qualquer equipamento que tenha um sistema elétrico de 12 V ou 24 V, com a transmissão de dados por qualquer rede de telecomunicações, como telefonia celular ao satélite. Criado no Japão, há mais de dois anos, o Komtrax já rastreia cerca de 7 mil máquinas na China e está presente em algumas mineradoras brasileiras. Apesar de a operação em minas ser diferente do trabalho em canteiros de obra – pois no primeiro caso as máquinas seguem a mesma rotina durante muito tempo, com tempos de ciclo, volumes de carga e percursos pré-estabelecidos, enquanto essas variáveis mudam constantemente na construção civil – a Komatsu avalia que o sistema atende às necessidades desses dois mercados. “Cada empresa tem uma demanda diferente e as principais premissas para o gerenciamento da produção
ración de inversión del sentido de giro del tambor fuera de las coordenadas de la obra a que se destina el hormigón representa una anormalidad en el informe de acompañamiento. Los especialistas citan, como ventaja adicional del sistema, la racionalización de la gestión del parque de máquinas. “Al contrario de lo que sucede con las plantas dosificadoras que funcionan con flotas propias, todos los datos son controlados desde un único lugar, que administra una flota común a todas las unidades”, explica Danilo Campos, director de Neolog, que presta ese tipo de servicio. Las ventajas proporcionadas por la gestión remota de las funciones de las máquinas han llevado a los fabricantes a incorporar ese tipo de sistema, como un componente estándar, en sus líneas de equipos para la construcción y la minería. Un ejemplo es el Komtrax, un sistema desarrollado por Komatsu compatible con todas las máquinas que cuentan con un sistema eléctrico de 12 o 24 V, que transmite los datos a través de cualquier red de comunicación, tal como la telefonía celular o por satélite. Creado en el Japón, hace más de dos años, este sistema ya rastrea unas 7. 000 máquinas en China y está siendo usado por algunas empresas mineras brasileñas. A pesar de que la operación en minas es diferente del trabajo en los obradores –puesto que en el primer caso las máquinas repiten la misma rutina durante mucho tiempo, con duración de ciclos, volúmenes de carga y recorridos preestablecidos, mientras que esos parámetros cambian constantemente en la construcción civil–, Komatsu considera que el sistema satisface las necesidades de los dos mercados. Volvo también ha incorporado a la computadora a bordo de sus camiones el sistema Trip Manager, que registra la información sobre la operación –consumo de combustible, velocidades medias, utilización del motor, etc.– cuyo análisis ayuda a optimizar el proceso de mantenimiento.
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GERENCIAMENTO A DISTÂNCIA
no canteiro de obras são atendidas pela nossa tecnologia”, afirma Marcos Antonio Carlutto, gerente de Serviço e Treinamento da fabricante. Entre as funcionalidades comuns à construção e mineração, ele cita a delimitação geográfica das operações, o monitoramento de anormalidade, gerenciamento de produção, a notificação de trocas e substituições e a programação de intervalos para manutenção das máquinas. Custo do sistema Para Carlutto, o sistema pode contribuir até mesmo na hora de vender a máquina usada. Isto porque, segundo ele, com um histórico completo sobre sua vida útil, é possível estabelecer uma
negociação mais vantajosa durante a venda. Além disso, facilidades como a delimitação geográfica e bloqueio do motor, recentemente acopladas ao sistema, reduzem a possibilidade de a máquina ser roubada ou usada por engano. “Não vemos motivos para que o cliente compre um equipamento novo sem o Komtrax e a meta da empresa é fazer com que toda máquina da Komatsu saia de fábrica com essa solução.” Ele pondera que o custo adicional para instalação do sistema é pequeno quando comparado às vantagens agregadas. “Nos equipamentos mais caros, não chega a 1% do total investido.” Segundo o especialista, o valor de aquisição do Komtrax é praticamente igual para todos os tipos de máquinas da marca e a solução ainda facilita o suporte ao cliente por parte do fabricante. A Volvo também incorporou a telemática aos seus caminhões. Um exemplo é o Trip Manager, software integrado ao computador de bordo dos veículos. A solução gera informações detalhadas sobre sua operação – incluindo variáveis relacionadas aos cuidados tomados pelo motorista, como a troca de marcha, por exemplo – cujo histórico ajuda a otimizar o processo de manutenção. Os dados do computador de bordo podem ser transmitidos pelo sistema Volvo Link, que usa satélites de baixa órbita. Como está incorporada ao veículo, a solução de rastreamento não fica evidenciada, evitando sua neutralização. Já o acesso aos dados pode ser feito remotamente, via internet. Assim
Custo de transmissão limita uso do sistema Na área de construção, cujos contratos são praticados com margens de retorno cada vez mais apertadas, a transmissão de dados entre a máquina e a central de operações ainda representa um gargalo para a popularização do gerenciamento remoto de equipamentos, conforme explica um profissional da área de equipamentos consultado pela revista M&T. “Os sistemas disponíveis no mercado demandam elevado investimento em componentes ou implicam alto custo de transmissão.” As vantagens proporcionadas pelo acesso às informações da máquina em tempo real, entretanto, são inegáveis. Com tais dados, o responsável pela produção sabe quais equipamentos estão parados e pode tomar decisões rapidamente na relocação da frota. Os relatórios diários emitidos nas obras atualmente deixariam de existir e o acompanhamento da produtividade passaria a ser full time, diminuindo o tempo de parada das máquinas para manutenção. Segundo os especialistas, o sistema pode melhorar a gestão de ativos – por meio de análise do consumo de combustível, leitura do horímetro e temperatura do líquido de arrefecimento, entre outros diagnósticos – e o gerenciamento da produção.
O que mudou com o gerenciamento remoto Antes
Depois
1) Sistema interno (intranet);
1) Disponível na internet (Java);
2) Programação do dia na usina;
2) Programação do dia na CEL;
3) Sem visibilidade da operação;
3) Visibilidade total da operação em tempo real;
4) Agendamento (registro) de pedidos;
4) Programação otimizada de pedidos;
5) Sem integração programação x usina;
5) Integração on-line;
6) Dados não consolidados;
6) Indicadores de desempenho consolidados e on line;
7) Sistema caseiro (não acompanha evolução de mercado e de tecnologia).
7) Sistema corporativo de mercado (evolui constantemente)
Fonte: Engemix
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GERENCIAMENTO A DISTÂNCIA como em outros sistemas, as funcionalidades de segurança fazem parte da solução. Dados operacionais, como o consumo de combustível, velocidades médias, utilização do motor e outros, podem ser agregados à transmissão. Experiências na mineração Embora o custo de transmissão de dados – por rede de telefonia ou satélite – ainda represente uma limitação ao uso do sistema, principalmente no setor de construção (veja box na página 14), o monitoramento remoto de equipamentos avança entre as mineradoras. Isto porque, diferentemente do rastreamento de transporte rodoviário ou de máquinas de construção – que são alocadas e desmobilizadas de um canteiro para o outro constantemente – na mina os equipamentos operam numa área restrita e pré-determinada. A instalação de uma rede proprietária, por sinais de rádio, elimina o custo de transmissão
e viabiliza sua implantação. A Devex, especializada nesse tipo de serviço, já atua em mineradoras como a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), AngloGold e MBR. “Somos líderes nesse mercado com uma carteira de 16 empresas atendidas e o monitoramento de mais de 150 equipamentos”, diz Guilherme Bastos Alvarenga, sócio-fundador da Devex e professor do departamento de computação da Universidade Federal de Lavras (MG). O sistema usado pela empresa, o Smart Mine, trafega sobre uma rede de radiofreqüência privada para a transmissão de dados sobre os equipamentos, gerando índices chave de desempenho (KPIs). Dessa forma,
Segurança oferecida pela localização geográfica: mais uma funcionalidade
além de acompanhar a performance das máquinas, otimizando a manutenção e custos de produção, ele permite adequar as operações em campo às exigências da planta de beneficiamento. Um exemplo: com o gerenciamento eficaz, o responsável pela produção pode programar o deslocamento de escavadeiras ou páscarregadeiras para diferentes frentes
Sistema monitora o motor e circuito hidráulico As preocupações com o gerenciamento remoto também se estendem ao desempenho dos motores. Nessa linha, a Cummins disponibiliza várias ferramentas eletrônicas para os gerentes de frotas e manutenção. O QuickCheck III é um dispositivo portátil para leitura de dados dos motores a diesel, que recupera as informações e pode disponibilizálas para outras bases de dados, comparando parâmetros dos veículos e fazendo o monitoramento e diagnose. Já o computador de bordo Road Relay, na versão 4, pode ser montado no painel de veículos, efetuando a leitura de parâmetros do motor. Ele envia as informações por redes de transmissão de dados, podendo ser acoplado ou não a um módulo GPS – que
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permite cruzar as informações sobre o motor com a localização do veículo. A Parker também investiu no detalhamento de informações com o Service Junior Wireless, um manômetro digital com leitura remota que usa transmissão por radiofreqüência. Instalado em qualquer sistema hidráulico, o dispositivo envia dados para um receptor interligado a um computador convencional. Cada receptor recebe sinais relativos ao monitoramento de 16 pontos diferentes do circuito hidráulico da máquina, em distância máxima de 50 m.
manutenção&tecnologia
Sistema monitora performance de produção em mineradoras
de lavra, de acordo com as necessidades da usina de tratamento em relação às propriedades físico-químicas do minério. A Modular Mining Systems (MMS) é outra empresa com forte experiência
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na área mineral. O diretor da empresa, Alexandre Carvalho, destaca que a CVRD utiliza a solução em várias minas, como a de Sossego (cobre) e Carajás (minério de ferro), localizadas no Pará, além das minas de ferro
do Complexo Sul, em Minas Gerais. A própria Estrada de Ferro Carajás (EFC), pertencente à mineradora, utiliza o rastreamento da MMS, o que mostra um avanço para além da cava da mina. “Temos uma linha completa de hardware e software direcionada à gestão de operações de minas a céu aberto e subterrâneas” explica Carvalho. Ele lembra que os sistemas são totalmente integrados e incluem tecnologias de GPS (sistema de posicionamento global) de alta precisão e comunicação de dados. O sistema de gestão de minas Intellimine® inclui despacho otimizado das frotas de carregamento e transporte, controle do ciclo produtivo, gerenciamento e interface com mais de 30 dispositivos de monitoramento de máquinas. Carvalho destaca que a empresa é líder mundial na gestão de grandes ativos da indústria mineral, com a geração de informações em tempo real.
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Um olho nos custos e outro na produtividade Em época de desabastecimento no mercado de pneus OTR, principalmente em relação aos de diâmetros maiores, investir na sua manutenção ajuda a reduzir os custos operacionais da máquina
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Com a forte demanda no mercado de pneus para máquinas pesadas de construção e mineração, que vem ocasionando o desabastecimento de alguns modelos – principalmente os de maior diâmetro – e impulsionando os preços do produto, controlar o uso desse componente constitui um dos principais desafios para os usuários de equipamentos fora-de-estrada. Afinal, o pneu OTR (das iniciais off the road) chega a figurar entre os três principais itens na cesta de custos operacionais da máquina, superado apenas por combustíveis e mão-de-obra. “Ao contrário de outros componentes da máquina, o pneu não conta com
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PNEUS
NEUMÁTICOS Atención dividida entre los costos y la productividad
Em pé de rocha, cuidados do operador reduzem índices de avarias
um profissional responsável por sua manutenção no canteiro ou na mina e procuramos desenvolver essa conscientização junto aos clientes”, afirma Rubens Rodrigues Campos, gerente de Produto UTN Pneus Fora-de-Estrada da Goodyear. Cuidados como a calibragem diária, sempre com o pneu frio, são recomendações constantes dos especialistas. O alinhamento do eixo dianteiro e a prática de rodízio figuram como medidas para um desgaste homogêneo da banda de rodagem, especialmente no caso dos caminhões. “A conscientização do operador também é fundamental, principalmente nos equipamentos que trabalham em pé de rocha, como carregadeiras”, acrescenta Paulo Sérgio França, gerente Comercial para Pneus de Terraplenagem e Industriais da Michelin. Além dos cuidados na condução da máquina, desviando de pedras que possam ocasionar avarias ao pneumático, ele pode otimizar o uso desse componente com atitudes relativamente simples. O ângulo de carregamento na pilha e de descarga no caminhão, por exemplo, figuram entre elas. Ao des-
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pejar o material de forma regular na caçamba, ele também aumenta a vida útil de pneu dos caminhões. Assistência em campo Todos esses cuidados, entretanto, podem ser insuficientes para maximizar a durabilidade do pneu que, em condições extremas, chega a durar em torno de 1.000 h trabalhadas ou menos, principalmente em pé de rocha (devido às avarias ocasionadas por objetos pontiagudos) ou minas subterrâneas (onde a umidade compromete sua vida útil). Para esses casos, os fabricantes desenvolvem compostos de borracha adequados a diferentes tipos de operações e oferecem assistência técnica aos usuários frotistas, com visitas em campo para ajudá-lo na escolha do modelo mais adequado e até mesmo o desenvolvimento de compostos específicos para seu tipo de operação. A DPaschoal, distribuidora da marca Goodyear, também realiza esse tipo de serviço, conforme explica Toninho Mendes, gerente da empresa para a linha de pneus de equipamentos pesados. “Não importa se o cliente é
Debido a la intensa demanda del mercado de neumáticos para máquinas pesadas para la construcción y la minería, que ha ocasionado el desabastecimiento de algunos modelos –principalmente de los de diámetro más grande–, y ha aumentado el precio del producto, el control de estos componentes constituye uno de los principales desafíos que enfrentan los usuarios de equipos fuera de carretera. A fin de cuentas, los neumáticos fuera de carretera (OTR, por la sigla de off the road) se encuentran entre los tres componentes principales del costo de operación de las máquinas, y es solo inferior al costo del combustible y de la mano de obra. El control diario de la presión de inflado, siempre con el neumático frío, es una de las recomendaciones constantes de los especialistas. La alineación del eje delantero y la práctica de rotar la posición de los neumáticos son las principales medidas a tomar, especialmente en el caso de los camiones, para que el desgaste de la banda de rodadura sea homogéneo. La concienciación del operador también es fundamental y, además del cuidado que debe tomar al conducir la máquina, evitando pasar sobre piedras que ocasionan daños al neumático, puede optimizar su uso con medidas relativamente sencillas. El ángulo de carga en la pila y de descarga en el camión, por ejemplo, es una de ellas. Al verter el material de forma pareja en la caja del camión, el operador colabora para prolongar la vida útil de los neumáticos del camión. Sin embargo, todos estos cuidados pueden ser insuficientes para maximizar la durabilidad de los neumáticos que, en condiciones extremas, pueden durar unas 1.000 horas de trabajo o menos, principalmente a pie de roca, debido a los daños pro-
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PNEUS um grande ou pequeno usuário de OTRs, pois nossa equipe de vendas realiza o atendimento com visitas in loco e a comercialização é feita nas lojas da rede, que são abastecidas por um depósito central cujo estoque regulador possibilita rapidez nas entregas”, diz ele. A assistência técnica dos fabricantes no canteiro de obras ou na mina, com o objetivo de desenvolver compostos especiais, pondera as características de abrasividade e granulometria do material trabalhado, para especificar uma borracha mais adequada em termos de dureza, flexibilidade, resistência ao calor e ao desgaste. Suporte em treinamento e calibragens fazem parte do serviço e, não raro, a empresa analisa as condições topográficas e geométricas de pistas e praça de operações. “Além de fidelizar o cliente, esse tipo de iniciativa traz informações sobre suas reais necessidades”, pondera Mário Barros, gerente Nacional de Ref. 112
Calibragem diária: sempre com o pneu frio
Vendas de Pneus OTR da Bridgestone Firestone. Os especialistas alertam ainda para a importância do planejamento da praça de operações na vida útil dos pneumáticos. Afinal, raios de curva acentuados podem ocasionar desgaste diferente em cada lado
do eixo do caminhão e, durante o transporte da carga, subidas acentuadas contribuem para reduzir sua durabilidade. Em resumo: investimentos em terraplenagem e limpeza de pistas podem se reverter em economia com pneus, combustível e ganhos de produtividade.
ducidos por objetos puntiagudos, y en minas subterráneas en donde la humedad disminuye la vida útil. Para estas condiciones, los fabricantes han desarrollado compuestos de caucho adecuados para los diferentes tipos de operación y ofrecen asistencia técnica a las flotas de las empresas, que incluye visitas en campo para ayudarlas a definir el modelo más adecuado e, incluso, para determinar el desarrollo de compuestos especiales para el tipo de operación específica. La asistencia técnica de los fabricantes en minas y obradores, con el objetivo de desarrollar compuestos especiales, tiene en cuenta las características de abrasividad y granulometría del material con que se trabaja, para especificar el compuesto más adecuado en lo que se refiere a dureza, flexibilidad y resistencia al calor y al desgaste. El respaldo en la capacitación de la mano de obra y el control de la presión de inflado forman parte del servicio y, a menudo, la empresa analiza las condiciones topográficas y geométricas de calzadas y canchas de operaciones.
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manutenção tecnologia
Tipo de composto interfere no desempenho
Distribuídos com exclusividade no Brasil pela Comercial Rodrigues, os pneus diagonais da asiática Solideal estão disponíveis até a medida aro 25, para aplicação em equipamentos industriais e de terraplenagem. “Como são importados de Sri Lanka, país tradicional no cultivo de seringueiras, apresentam um composto com maior presença de borracha natural, o que confere maior vida útil ao produto devido a sua elevada capacidade de dissipação de calor”, explica Jorge Rodrigues, diretor da empresa. Essa característica é especialmente vantajosa para pneus de caminhões (classe E), cujos ciclos maiores de operação resultam em seu aquecimento. Segundo ele, os pneus de terraplenagem são oferecidos nas linhas Grader (G2 e L2), para aplicação em retroescavadeiras e carregadeiras até porte médio, respectivamente, e Quarry Master (E3 e L3). “Essa última família apresenta maior profundidade de sulcos e desenho mais fechado, permitindo seu uso em condições severas de transporte, no caso do E3, e de carregamento, no do L3.” Entre as empresas usuárias da linha Solideal, Rodrigues cita a construtora Terragama, de Minas Gerais, e a Binotto, que realiza serviços de transporte em mineradoras. “Para uma frota de caminhões extrapesados em operação off road, realizamos a substituição dos pneus com aumento de quatro vezes em sua vida útil.” Inovações Única fabricante a produzir no Brasil a linha completa de pneus OTR, incluindo os diagonais e radiais, a Goodyear aposta na expansão da demanda desse último tipo por mineradoras e construtoras. Os radiais de aço, presentes em praticamente toda a frota brasileira de automóveis e em cerca de 70% da de caminhões, ainda são pouco usados em canteiros de obras e frentes de lavra, embora já tenham sido adotados pela maioria das mineradoras de grande porte. Segundo Rubens Campos, apesar dos
radiais apresentarem preço maior que os diagonais, eles atingem vida útil superior e maior capacidade de tração, o que se traduz em economia de combustível. Na linha de diagonais, a empresa fabrica modelos até aro 51, para uso em carregadeiras, retros, caminhões, motoniveladoras, compactadores e demais equipamentos fora-de-estrada. “Nas medidas abaixo do aro 49, nossa produção local atende os clientes normalmente e, acima disso, os pedidos passam por uma programação de entrega”, afirma Campos. En-
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PNEUS
Quando vale a pena reformar Se há um consenso entre os profissionais do setor, ele se refere ao fato de que a reforma de pneus OTR é uma estratégia válida para a otimização de custos com esse componente em máquinas pesadas. Quando o assunto é o momento exato da reforma, entretanto, ninguém estabelece um prazo como regra geral. “Tudo depende do estado de conservação da carcaça, o que se relaciona intimamente aos cuidados do operador na condução do equipamento, à preocupação com a calibragem diária dos pneus e até mesmo as condições de trabalho às quais eles são submetidos”, pondera Rubens Campos, da Goodyear. “O usuário deve ter consciência que ao adquirir um pneu novo, está comprando uma carcaça, responsável por até 60% do custo do produto, revestida por uma banda de rodagem de borracha. Quando ele trabalha com um pneu até desgastar sua carcaça, esse patrimônio acaba sendo descartado sem a otimização de seu uso”, complementa Gilmar Gonzatto, gerente de Pós-Vendas da Vipal, fabricante de produtos para consertos e reformas de pneus. Ao custo de 40% de um OTR novo, Gonzatto estima que é possível reformar o pneu e conferir uma nova vida a ele, com durabilidade de até 80% em relação à anterior. Ele explica que o momento de retirar o pneu para reforma também se relaciona ao recobrimento da banda de roda-
gem, que varia em função das condições de trabalho. “Em operações mais brandas, ela chega a 10%, mas dependendo do tipo de solo e da topografia local, essa cobertura mínima pode ser limitada a 30%, para se evitar danos ao pneu ou preservar a capacidade de tração da máquina, no caso das pistas com maior percentual de inclinação.” De acordo com Gonzatto, a Vipal desenvolve compostos de borracha adequados a diferentes tipos de aplicações, atendendo a variadas exigências de dureza, resistência à abrasão e flexibilidade. O serviço é realizado pela rede de reformadoras certificadas, composta por mais de duas centenas de empresas espalhadas pelo País, das quais cerca de 10 delas especializadas no segmento OTR. A reforma pode realizar-se por sistema de vulcanização em prensas com molde ou por autoclave, este último mais indicado para pneus gigantes, com aro acima de 57. A empresa também fabrica produtos para consertos de pneus OTR, como manchões, reparos para câmaras e outros. “Nessa área os parâmetros são definidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que estabelece normas para aplicação do manchão de acordo com a extensão da avaria, sua distância até o talão e área disponível para fixação do reparo”, diz o especialista.
tre outras inovações, ele explica que a empresa desenvolveu um modelo OTR pelo conceito two pieces, dotado de carcaça e banda de rodagem separadas e que, ao serem montadas, formam o pneumático. Mário Barros, da Bridgestone Firestone, explica que a empresa segue estratégia semelhante, com a produção local de modelos diagonais da marca Firestone e a importação de radiais da Bridgestone japonesa, disponíveis para todas as aplicações em construção pesada, mineração, movimentação portuária e outros. “A demanda mundial de pneus OTR está acima da capacidade instalada dos fabricantes, principalmente nos modelos maiores, mas essa tendência deve se reverter a partir de 2007”, ele avalia. Na família de OTRs da Michelin, Paulo França destaca o modelo X-Quarry, para uso em caminhões rígidos fora-de-estrada em pedreiras e mineradoras. “Ele conta com ombros quadrados e reforçados que, unidos à banda de rodagem maciça e de grande profundidade, oferecem robustez e resistência em operações com ciclos curtos e velocidade baixa.” Durante a M&T Expo, a empresa apresentou ao mercado o modelo 12.00R24 XZH, para uso em caminhões rodoviários (8x4 e 6x4) em serviços 100% fora-de-estrada. “Sua banda de rodagem e os flancos reforçados oferecem elevada resistência a cortes e perfurações, o que o torna o pneu ideal para trabalhos em minerações, pedreiras, cimenteiras e obras de construção pesada. Estas características, unidas à uma grande profundidade de sulcos, resultam em um aumento na vida útil da carcaça e em uma redução nas paradas por avarias nos pneus, sem contar sua maior capacidade de carga e os ganhos de produtividade”, conclui França.
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SAÚDE E SEGURANÇA
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Tolerância zero com os acidentes Construtoras desenvolvem políticas voltadas à saúde e segurança dos operadores de máquinas pesadas para reduzir os índices de acidentes em canteiros de obras Por Rodrigo Conceição Santos
Quando o assunto é acidente de trabalho, os canteiros de obras do País se encontram em estado de alerta. O recado vem da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que, em seu último levantamento, realizado no ano 2000, registrou 26,4 acidentes com vítimas fatais na construção civil brasileira para cada
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100 mil trabalhadores empregados. A busca pela solução do problema mobiliza profissionais de segurança e saúde do trabalho das construtoras e até mesmo das mineradoras, onde o uso de equipamentos pesados também implica cuidados por parte do operador. Nas empresas de primeira linha essa preocupação vem se refletindo em melhorias nas condições de saúde e segurança em canteiros de obras. Esse é o caso do Consórcio Via Amarela do Metrô de São Paulo, composto pelas construtoras Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS, juntamente com a Alston. Desde o começo, o projeto contabiliza a invejável marca
Accidentes: tolerancia cero
Respecto a accidentes laborales, los obradores de todo el Brasil están en estado de alerta. El aviso fue dado por la Organización Internacional del Trabajo (OIT), que, en su último estudio, realizado en el 2000, comprobó 26,4 accidentes con víctimas fatales por cada 100.000 empleados de la construcción civil brasileña. La búsqueda de soluciones ha movilizado a los profesionales a cargo de la salud y seguridad laboral de las empresas constructoras y de las compañías mineras, en las que el uso de maquinaria pesada también implica cuidados por parte del operador. Esta preocupación ha dado lugar a no-
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SAÚDE E SEGURANÇA
Conscientização e treinamento fazem parte das ações para segurança no canteiro
de acidente zero – isto mesmo, nenhuma ocorrência com afastamento de funcionários em quase dois anos de construção. “As máquinas mais modernas incorporam vários itens de tecnologia, conforto, ergonomia e, nos últimos tempos, atingimos um patamar elevado de conscientização dos operadores quanto à segurança do trabalho”, diz Adilson Donizetti Moura, engenheiro da Odebrecht. Ele aponta soluções como o alarme para operações de equipamentos em marcha-à-ré e o acompanhamento médico periódico dos funcionários como aliados na conquista de melhores condições de trabalho dos operários. Com uma equipe composta por dois médicos do trabalho, diversos engenheiros e técnicos de segurança, as empresas consorciadas para a construção da Linha Amarela formaram um comitê de ergonomia para tratar dos operadores. Segundo Moura, os profissionais com idade entre 35 e 45 anos queixavam-se de pequenas dores lombares, o que despertou a atenção dos médicos. Nas avaliações iniciais constatou-se que muitos problemas eram ocasionados pelo mau posicionamento do operador na cabine. Com esse diagnóstico, os médicos iniciaram um trabalho para eliminar os problemas de ergonomia. “Não tivemos casos de doenças lombares
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instaladas, mas, se não começássemos os tratamentos, poderíamos ter”, diz Fernando Hideki Momose, engenheiro de Segurança do Trabalho do consórcio. Moura explica que todos os operadores de máquinas pesadas estão sendo avaliados periodicamente para identificação de complicações lombares, deficiência visual, altas taxas de colesterol no organismo e demais exames de rotina. Índices de primeiro mundo
Em visita ao canteiro de obras da Linha 4 do metrô paulistano, a reportagem da revista M&T constatou in loco os cuidados tomados com a saúde e segurança dos funcionários. Enquanto o operador conduzia uma retroescavadeira em marcha-à-ré, a sirene do equipamento alertava os demais operários em torno quanto aos cuidados necessários. No interior do túnel, um martelo hidráulico executava perfurações no teto, para escoamento de água, sob a inspeção de uma técnica de Segurança do Trabalho. “Essa operação exige muito cuidado e o cumprimento das nossas orientações, principalmente porque os operários trabalham em cima da plataforma elevatória”, pondera Camila Magnani Godoy Marinheiro. O detalhe é que o serviço, realizado no interior do poço que vai abrigar a futura estação Butantã do metrô,
tables mejoras de las condiciones de salud y seguridad en los obradores de las empresas de primera línea. Es el caso, por ejemplo, del Consorcio Via Amarela del Metro de São Paulo, formado por las empresas constructoras Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão y OAS, y por la ferroviaria Alston. Desde su implementación, el proyecto contabiliza la envidiable marca de accidente cero. Exactamente: ningún accidente con baja médica de empleados en casi dos años de obra en construcción. Con un equipo compuesto por dos médicos del trabajo, varios ingenieros y técnicos de seguridad, el consorcio de empresas formó una comisión de ergonomía encargada de tratar a los operadores. Los profesionales de entre 35 y 45 años se quejaban de leves dolores lumbares, lo que llamó la atención de los médicos. Los estudios iniciales constataron que muchos de los problemas eran causados por la mala postura de los operadores en la cabina. Una vez diagnosticado el problema, se inició el trabajo para resolver los problemas ergonómicos de las máquinas y todos los operadores de máquinas pesadas son examinados periódicamente con el fin de detectar problemas lumbares, deficiencias visuales y altas tasas de colesterol en la sangre, además de realizar otros análisis de rutina. La operación de mayor riesgo fue enfrentada por Odebrecht en la rehabilitación de los oleoductos y gasoductos de Petrobras, en la Serra do Mar (São Paulo), en un obrador instalado en terreno íngrimo y trabajando en zonas de conservación de la naturaleza. Cualquier accidente podría tener un gran impacto sobre el bosque atlántico de la reserva, debido a que las máquinas pesadas trabajaban cerca de oleoductos y gasoductos en actividad. Entre los programas de salud y seguridad laboral adoptados, se destacó el acompañamiento médico de los operadores de máquinas pesadas, similar al que tienen los pilotos de avión: control periódico de presión arterial, exámenes pulmonares, análisis de sangre, pruebas de audición y electroencefalogramas.
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SAÚDE E SEGURANÇA
contabilizava 332 dias sem acidentes com afastamento. Esse era exatamente o mesmo número de dias que a obra havia começado no local. “Nossa meta é atingir níveis de saúde e segurança no trabalho similares aos da Europa, que são os melhores do mundo”, ressalta Fernando Momose. Segundo Alberto Lopez, especialista da OIT na área de construção civil, os países do Velho Mundo e Estados Unidos registram uma média de 20 acidentes com vítimas fatais para cada 100 mil trabalhadores expostos. Nas nações em desenvolvimento esse número salta para 40 ocorrências, o que deixa o Brasil numa posição regular – a média de 26,4 acidentes fatais para cada 100 mil trabalhadores
– porém com margem para melhorias. Riscos na Serra do Mar
Operação de maior risco foi enfrentada pela Odebrecht na obra de Novos equipamentos incorporam itens de reabilitação de dutos segurança e ergonomia para a Petrobras, entre São Sebastião e São Paulo, concluída em janeiro último. principalmente considerando-se o fato Isto porque, além dessas tubulações de que as máquinas pesadas operavam abastecerem as refinarias localizadas no próximas a dutos de petróleo e gás naPlanalto Paulista (Recap e Replan), sua tural em atividade. faixa de domínio se estende ao longo da Segundo José Vinicius dos Reis VieiSerra do Mar, atravessando terrenos ín- ra, gerente de Segurança, Meio-amgremes e áreas de proteção ambiental. biente e Saúde (SMS) da construtora, Qualquer acidente poderia causar im- a execução dos serviços pautou-se nas pacto sobre reservas de Mata Atlântica, premissas estabelecidas pela norma NR 11 (Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de MateCuidados na contratação riais), do Ministério do Trabalho, com Na mineradora Rio Tinto, os cuidados com a segurança do trabalho coênfase na qualificação dos trabalhameçam desde a contratação dos operadores de equipamentos. Segundores envolvidos. “Antes de começar do João Augusto Dias, gerente de Saúde, Meio Ambiente e Segurança a obra, ministramos 12 horas de trei(SMS) da empresa, o processo de seleção dos candidatos inclui testes namento aos operadores e a Petrobras de direção defensiva e de segurança no trânsito. Se contratado, o protambém realizou outro curso com o fissional dividirá a cabine da máquina com um funcionário mais expemesmo propósito”, diz ele. riente durante três meses antes de assumir seu posto. “Para operar um Entre os programas de saúde e secaminhão em nossas minas não basta ter apenas a Carteira Nacional de gurança dos trabalhadores adotados Habilitação (CNH)”, ele afirma. no canteiro, o destaque ficou por Os procedimentos de tráfego na frente de lavra e entre a mina e a planta conta do acompanhamento ao qual de beneficiamento são regidos pela norma NR 22 (Segurança e Saúde os operadores de equipamentos foram Ocupacional na Mineração), do Ministério do Trabalho, que classifica submetidos. “Os cuidados em termos tais áreas como de alto risco. Somente profissionais autorizados podem de saúde ocupacional eram próximos operar equipamentos nesses locais. “Mesmo assim, se o operador ficar aos adotados para pilotos de avião”, afastado do trabalho mais de duas diz Vieira, listando a realização de semanas, ele deverá ser acompaexames periódicos de pressão arterial, nhado por outro profissional para o Para pilotar um caminhão, de pulmão, sangue, testes auditivos e não basta apenas carteira reconhecimento da área antes de eletroencefalograma. Afinal, além de de habilitação retornar às atividades.” o serviço ser realizado em plena serIsto porque a área de extração de ra – com até 700 m acima do nível minério de ferro no município de Codo mar – muitas tarefas envolviam o rumbá (MS), que a Rio Tinto opera por manuseio de equipamentos operados meio de sua controlada Mineração em altitudes elevadas, como gruas, Corumbaense Reunida (MRC), depor exemplo. senvolve-se de forma dinâmica. As Ele explica que alguns serviços frentes de lavra mudam rapidamente, envolviam a operação de tratores alterando trajetos e a configuração de esteira em rampas com até 40º das pistas de acesso. Tais preocupade inclinação, exigindo o uso de cações, segundo Dias, aumentaram as bos de aço para seu tracionamento condições de segurança na mina e por outras máquinas instaladas no há quatro anos a empresa não conplatô. As obras foram acompanhatabiliza acidentes com a operação de das por mais de 70 organizações caminhões fora-de-estrada. não-governamentais (ONGs) da
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SAÚDE E SEGURANÇA
Obras do Metrô de São Paulo: quase dois anos sem acidentes
área ambiental, além do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), sem o registro de qualquer acidente. O resultado, segundo Vieira, foi a satisfação expressa pela Petrobras ao premiar a construtora com uma placa, devido aos cuidados adotados com qualidade e segurança do trabalho. Premiando a segurança
Um programa integrado de segurança e plano de carreiras, adotado pela Camargo Corrêa há seis anos, eliminou dos canteiros da empresa a ocorrência de acidentes com vítimas em operação de equipamentos. Seguindo uma premissa simples (“Só faça se houver segurança”), a cons-
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trutora criou o programa “Operadores Polivalentes” para qualificar seu pessoal diante de um cenário marcado pelo crescente índice de mecanização em obras pesadas. “Cada operador passa por etapas horizontais até mostrar-se apto a subir um degrau no plano de carreiras”, explica Amaury Antônio Parizotto, do departamento de Saúde e Segurança do Trabalho e de Recursos Humanos da construtora. Dessa forma, um funcionário recém-contratado começa operando um trator simples e, quando atinge determinado parâmetro de qualificação – o que envolve tempo de experiência, índices de segurança obtidos e outras variáveis – ele passa para um equipamento maior ou mais complexo. “O topo
da carreira, consequentemente, é a operação de guindastes.” O programa atinge os cerca de 500 operadores de máquinas pesadas da Camargo Corrêa e rendeu até mesmo uma monografia em curso de MBA da Universidade de São Paulo (USP). O trabalho foi apresentado por Parizotto, em parceria com Fernando Antônio Tauk, que trabalha no mesmo departamento da construtora, detalhando um modelo de gestão de carreiras na área de Recursos Humanos em construção pesada. Segundo os autores, esse programa ajudou a reduzir o índice de acidentes nos canteiros da empresa de 14,25 ocorrências para cada um milhão de homens/hora trabalhada (incluindo todos os funcionários e não apenas os operadores de máquinas), em 1989, para 0,87. Esse índice foi atingido em 2005, sem o registro de qualquer acidente com vítimas fatais. Parizotto explica que a tecnologia empregada nos equipamentos evoluiu muito nos últimos anos e os operadores mais antigos não acompanhavam esse avanço. Com treinamento, eles passaram a conhecer os recursos proporcionados por certos dispositivos de controle e segurança e como tirar proveito das evoluções ergonômicas incorporadas. Nesse quesito, aliás, os equipamentos da construtora são dotados de cabines climatizadas, para proteção em relação à poeira e ruídos externos, e de soluções para o conforto do operador. Outro componente do programa envolve a participação do operador na manutenção do seu equipamento. Ele fica responsável por inspeções diárias e mensalmente a máquina é submetida a avaliações em itens como cabos e demais sistemas críticos. Após essa inspeção, a máquina recebe sinalização com uma cor referente ao mês corrente. Caso esse sinal não esteja marcado, o equipamento é proibido de entrar em operação até que sua situação seja regularizada.
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Novos pedidos só com entregas para 2008 Ref. 120
Exigências de segurança e produtividade aumentam as
montagens em solo, com o uso de guindastes maiores para o içamento de conjuntos mais pesados. Mas alguns players apostam na demanda por máquinas leves, com menores custos de mobilização
A forte demanda no mercado mundial de máquinas para construção, cujos reflexos se estendem ao Brasil – onde as empreiteiras chegam a enfrentar meses de espera para a entrega de uma unidade recém-adquirida – atinge um clima ainda mais dramático no segmento de guindastes. Pelo menos para os usuários desse tipo de equipamento, como locadoras, empresas de rigging e de montagens industriais, já que os fabricantes não têm do que reclamar. Com os crescentes investimentos em obras de refinarias, plataformas de petróleo, siderúrgicas, mineração e plantas de papel e celulose, o parque brasileiro de guindastes opera a plena capacidade e as empresas do setor resolveram atualizar suas frotas. A relação cambial favorável às importações também contribuiu para essa decisão, mas os usuários estão esbarrando na capacidade instalada dos tradicionais fabricantes. “Nos novos pedidos, programamos a entrega para 2008, pois toda a produção de 2007 já está vendida”, diz César Schmidt, gerente Comercial da Liebherr. A empresa, que lidera o mercado brasileiro de guindastes, com forte atuação nos segmentos de máquinas sobre esteiras e dos all terrain (AT),
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não constitui um exemplo isolado. Seus principais concorrentes nesses segmentos, como a Terex e Manitowoc, enfrentam a mesma situação. “Entre pedidos fechados e em negociação, nossa carteira atinge a faixa de US$ 15 milhões, dos quais a maior parte para entrega no próximo ano”, afirma Raphael Cardoso, executivo de Vendas da Terex Latin América. Foco nos pesados Marco Cesar Carminatti, diretor da Manitowoc, ressalta ainda a tendência de as obras atuais concentrarem a montagem de mais componentes no solo – por questões de segurança e de produtividade – o que implica o içamento de conjuntos mais pesados e o uso de guindastes de capacidade cada
Nuevos pedidos, solo con entrega en el 2008 La intensa demanda mundial de máquinas para la construcción, que repercute también en el Brasil –donde las empresas contratistas llegan a esperar meses la entrega de una unidad nueva–, ha creado un clima aún más dramático en el sector de grúas. Especialmente para los usuarios de este tipo de máquinas, tales como empresas de arrendamiento, de aparejos y de montaje industrial, puesto que las empresas fabricantes no tienen ningún motivo de queja. Debido a las crecientes inversiones en obras de refinarías, siderúrgicas, minería y plantas de papel y celulosa, el parque brasileño de grúas opera a su capacidad máxima y las empresas del
manutenção tecnologia
Componentes de caminhões reduzem custo de guindaste rodoviário
Equipamento Liebherr: sistema de controle integrado ao protocolo de comunicação
vez maior. “Saímos do mercado spot, representado pelas máquinas de até 100 t, para direcionar o foco aos equipamentos acima de 200 t”, ele pondera. Além de seus tradicionais guindastes sobre esteiras, como o modelo 21000 – 907 t curtas (tc) de capacidade e 109,7 m de comprimento de lança – a empresa conta com a linha Grove, composta pelos ATs, pelos modelos rodoviários (TCs), do tipo rough terrain (RT) e para aplicações industriais. Segundo Carminatti, a fabricante vendeu 18 unidades do tipo AT no Brasil, para entrega até 2008, em modelos de 130 a 300 tc de capacidade. Nessa linha, o destaque é o modelo GMK 6220 L, mas o executivo ressalta a demanda por guindastes de esteiras. “Estamos entregando três unidades desse tipo e outras quatro foram comercializadas para entrega até 2007.” Nos equipamentos sobre esteiras, a empresa oferece dois sistemas para aumento de sua capacidade de carga: o Max-Er, que amplia os contrapesos da máquina e altera seu centro de gravidade, e o sistema Ringer, um conjunto de anéis instalados ao seu redor. Com a instalação desses dois opcionais, um guindaste como o modelo 2250, de 300 tc de capacidade, salta para 500 tc (com o Max-Er) e até 1.433 tc (com o Ringer).
Enquanto os tradicionais fabricantes ocidentais disputam o segmento de guindastes AT, em geral com modelos de elevada capacidade de carga, a chinesa Xuzhou Construction Machinery and Group (XCMG) está ingressando no mercado brasileiro com modelos menores, da linha rodoviária (TC). “Há demanda para todas as classes de máquinas, pois como os TCs são liberados para tráfego em rodovias, apresentam custos de mobilização e de desmobilização menores que os ATs, que geralmente exigem sistema de transporte especial e seguem desmontados para os canteiros de obras”, diz Levi Damane, diretor da GTM, distribuidora da marca XCMG no Brasil. Segundo ele, existem cerca de 600 empresas usuárias de guindastes no País, das quais em torno de 450 são locadoras e em sua maioria com atuação regional. “Apesar da visibilidade dos projetos de grande porte, temos muitas obras menores e que exigem modelos adequados ao seu custo e prazo de mobilização/desmobilização.” Em pouco mais de um ano de atuação, a GTM comercializou cerca de 30 unidades, fornecidas a locadoras como a Locar, Tatuapé, SNJ e Vertical Equipamentos, entre outras. Para isto, a empresa investiu em torno de US$ 200 mil em estoque de peças de reposição, bem
como treinamento e formação de mãode-obra para assistência técnica aos clientes. Como os equipamentos são instalados sobre chassi de caminhão, Damane explica que muitos componentes estão disponíveis nas redes de concessionárias das montadoras – como caixa de transmissão, eixos, platôs, rolamentos e outros – em mais um item responsável pela competitividade da marca. Segundo Lédio Vidotti, também diretor da GTM, o enfoque da empresa está direcionado ao segmento de guindastes entre 25 t e 130 t, com até seis eixos e alcance de 48 m a 85 m (incluindo extensões de lança e jib), respectivamente. “Mais importante que sua capacidade é o comprimento de lança para a movimentação de determinadas grandezas de cargas habituais no mercado”, ele pondera. Segundo o executivo, a XCMG é a maior fabricante de equipamentos para construção da China, com uma linha que inclui escavadeiras, caminhões, carregadeiras e demais famílias de máquinas.
sector que han resulto actualizar sus flotas encuentran dificultades. La relación cambiara favorece la importación y también contribuye en esta toma de decisión, sin embargo los usuarios tienen que llevar en consideración la capacidad de producción de los fabricantes tradicionales. “Programamos para el 2008 la entrega de nuevos pedidos, debido a que toda la producción del 2007 ya está vendida”, dice César Schmidt, gerente comercial de Liebherr. La empresa, que lidera el mercado brasileño de grúas, con una importante participación en el área de máquinas sobre orugas y todo terreno (AT), no constituye un ejemplo aislado. Los principales competidores en esos sectores, tales como Terex y Manitowoc, se encuentran en la misma situación. “Contando los pedidos concretados y la mayor parte de los que estamos negociando, para entregar durante el año que viene, nuestra cartera es del orden de los 15 millones de dólares”, afirma Raphael Cardoso, ejecutivo de ventas de Terex Latin America.
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GUINDASTES Terex: demanda por modelos de maior capacidade
Atendimento aos clientes Raphael Cardoso, da Terex, confirma a grande procura por modelos maiores. “Elas se concentram nos equipamentos entre 160 t e 200 t, mas temos cotações para guindastes AT de 80 t a 500 t”, diz ele. Na outra ponta, Cardoso observa ainda a demanda por máquinas do tipo RT, mais compactas e dotadas de apenas dois eixos, para uso industrial e em pátios. No início do ano, a empresa reestruturou suas operações, com a criação da Terex Latin America, englobando as duas marcas de guindastes que ela havia adquirido: os tradicionais Demag (da Alemanha) e American (dos Estados Unidos). O passo seguinte envolveu a nomeação de dois dealers, para atendimento aos clientes das regiões Sul (Paraná Equipamentos), Sudeste, Nordeste, Norte e Centro-Oeste (Brasif). “O produto é bom, mas detectamos a ausência de um suporte maior aos clientes.” Em sua estréia no mercado brasileiro, a Terex já assumiu a responsabilidade sobre um parque de aproximadamente 200 guindastes Demag em operação, dos tipos AT e sobre esteiras, investindo na formação de estoque de peças de reposição e no treinamento dos distribuidores. Entre os clientes que adquiriram equipamentos nesse período, Cardoso cita a Mineração Maracá, pertencente ao grupo Yamana Gold, a construtora Odebrecht e empresas de locação como a Tomé, Entec e Saraiva.
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Tecnologia embarcada Todos os profissionais ouvidos pela revista M&T são unânimes em afirmar desconhecimento em relação ao tamanho do parque brasileiro de guindastes. No segmento mais disputado, entretanto, o de ATs, é possível estimar uma frota de cerca de 500 máquinas em operação. A líder nesse mercado é a Lie bherr, mas César Schmidt ressalta a forte participação da marca em outros nichos. “Temos cerca de 20 máquinas sobre esteira na faixa acima de 400 t trabalhando no Brasil, inclusive a maior do País, uma LR 1800, com 1.000 t de capacidade.” Seu recorde será supe rado em 2007 por outro modelo da marca, o LR 11350, de 1.500 t de capacidade de içamento, encomendada pela Locar. “Essa disponibilidade de máquinas está possibilitando que as empresas projetem a movimentação de car-
gas cada vez mais elevas, com ganhos de produtividade no canteiro”, pondera Schmidt. Os guindastes de todas as marcas são equipados com sistema de ele trônica embarcada, para controle das operações, como o travamento diante de sobrecargas acima da capacidade estipulada pelos fabricantes. Entretanto, Schmidt ressalta a sofisticação do sistema Liccon, que nos modelos AT permite o acionamento hidráulico das patolas com um simples toque em seu monitor tipo touch screen. “Como o siste ma é integrado ao protocolo BUS, usado na comunicação entre os demais componentes da máquina, há um ganho de simplificação”, diz ele. Como exemplo, o executivo explica que o chicote elétrico de um guindaste Liebherr, que antes contava com cerca de 4 mil m de cabos, foi reduzido para em torno de 450 m de cablagem.
Fabricante disponibiliza máquina para test drive Após apresentar aos clientes seu guindaste QY70V, durante a M&T Expo, a chinesa Zoomlion aguarda a chegada de mais 30 unidades do equipamento, até o final deste ano, para disputar uma fatia do mercado brasileiro. “Como são máquinas do tipo TC, liberadas para tráfego em rodovias, e apresentam uma configuração compacta para sua capacidade de carga e extensão de lança, elas proporcionam menor custo de mobilização e desmobilização ao locador”, afirma Eric Paiva, gerente Comercial da Zoomlion. Os guindastes podem içar cargas de 70 t em raio de 3 m (37 t a 6 m) e são dotados de lança de 44 m, atingindo um al-
cance de 60 m com o uso de extensões e jib. “Oferecemos um test drive aos potenciais clientes para que eles possam avaliar os recursos do equipamento em condições reais de trabalho.” Equipadas com sistema de travamento para excesso de cargas, as máquinas são operadas por joystick e já chegam ao País com comandos em português no seu sistema de controle das operações. Elas são da marca Puyuan, a divisão de guindastes da Zoomlion, um dos maiores fabricantes de equipamentos para construção da China, que também produz escavadeiras, caminhões fora-deestrada, carregadeiras e autobombas, entre outras.
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ESPAÇO OPUS
Quando é necessário o plano de rigging? Por Oswaldo A. Biltoveni (*) Ref. 122
As empresas contratantes de serviços envolvendo içamento de cargas com guindastes encontram, em geral, certas dificuldades em estabelecer parâmetros e critérios técnicos que possam justificar a necessidade de um plano de rigging para essa tarefa. Tais dificuldades independem da natureza do serviço, que pode ser um simples descarregamento de caminhão ou até mesmo uma operação complexa, envolvendo a mobilização de mais de um guindaste e com elevado grau de risco. O planejamento do serviço tem a sua importância, pois, além de possibilitar a seleção do equipamento mais adequado e da melhor estratégia de içamento, também fornece dados que servem para a compra de suprimentos como materiais necessários à mobilização e preparação da máquina e acessórios, de forma a se evitar imprevistos, retrabalho e estabelecendo parâmetros de segurança operacional. O plano de rigging deve ser elaborado por um profissional capacitado, incluindo a memória de cálculos, os projetos de dispositivos, os desenhos demonstrativos de todas as fases de içamento, as posições mais críticas e as folgas previstas em relação às interferências. Nele devem constar, de forma imprescindível, as seguintes informações técnicas:
•Configuração do guindaste (lança, raio de operação, tipo de moitão, passadas de cabos, contrapesos, posicionamento das sapatas, jib etc.); •Capacidade bruta do guindaste conforme valores das tabelas de carga; •Velocidade de vento máxima permitida para operação do guindaste com carga; •Força máxima atuando na sapata; •Porcentagem de utilização do guindaste; •Layout completo da operação; •Relação de eslingas e acessórios, com detalhes da montagem das amarrações; •Identificação do guindaste (marca, modelo, capacidade nominal e série). Recomenda-se ainda a visita do planejador ao local da operação, para que ele possa verificar as condições previstas durante a operação, tendo em vista a dinâmica da obra. O plano de rigging deve ser inserido na proposta técnica da empresa prestadora de serviços, a qual servirá para análise quanto à segurança e relação custo/benefício, possibilitando uma contratação comercial adequada. Algumas empresas exigem a elaboração do plano somente para a movimentação de cargas acima de certo peso – ou então conforme o bom senso ou a avaliação subjetiva do profissional contratante. No histórico de acidentes com operação de guindastes, entretanto, encontramos muitas ocorrências envolvendo máquinas de grande porte para o içamento de cargas relativamente pequenas. Nesse sentido, os profissionais envolvidos devem formalizar uma avaliação técnica da operação levando em conta vários fatores que implicam certo grau de risco, tais como: •Peso da carga; •Volume da carga; •Geometria da carga; •Altura do içamento; •Valor da carga; •Interferências na operação (linhas de energia elétrica, pipe-racks, edificações etc); •Complexidade da operação (número de fases envolvidas, de guindastes etc). Esta relação de itens pode ser adaptada e ampliada, conforme o perfil e a política de segurança da empresa, adotando-se uma nota para cada um deles conforme sua grandeza. A somatória final das notas servirá para determinar a necessidade ou não de se elaborar um plano operacional. Tais procedimentos representam uma tentativa de formalizar uma avaliação técnica baseada em parâmetros controláveis, substituindo os impasses gerados por decisões pessoais – tão comuns atualmente nestes tipos de serviços. (*) Oswaldo A. Biltoveni é instrutor de cursos de rigger promovidos pelo Instituto Opus.
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EVENTO Fotos: Mateus Parreiras
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Fabricantes apresentam lançamentos em mineração Em um cenário marcado pelos crescentes investimentos em mineração, no Brasil e demais países do mundo, alguns dos principais fabricantes de equipamentos para o setor aproveitaram a realização da Equipo Mining, no final de agosto, para apresentar seus lançamentos em máquinas para desmonte, escavação, carregamento, transporte e processamento de minérios. Reunidos na cava da pedreira Irmãos Machado, em Ouro Preto (MG), eles demonstraram suas soluções para a maior produtividade e otimização do setor mineral. Confira, a seguir, as principais novidades.
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Empresas fabricantes lanzan maquinaria para minería Aprovechando la coyuntura de crecientes inversiones en minería, tanto en el Brasil como en países de todo el mundo, algunas de las principales empresas fabricantes de maquinaria para ese sector presentaron en la Equipo Mining, a fines de agosto, sus últimos modelos de máquinas para desmonte, excavación, carga, acarreo y procesamiento de minerales. Reunidas en la zona de extracción de la cantera Irmãos Machado, Ouro Preto (Minas Gerais), hicieron demostraciones con sus soluciones para incrementar la productividad y optimizar el sector minero.
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EVENTO
Liebherr nomeia Brasil como pólo mundial para escavadeiras Equipada com implemento retro e caçamba de 5 m3, a escavadeira R964 Litronic, de 65 t de peso operacional, foi apresentada pela Liebherr como alternativa ideal para o carregamento de caminhões entre 30 e 45 t. Segundo César Schmidt, gerente Comercial da empresa, ela executa o serviço em ciclos de três a cinco caçambadas, atingindo uma vida útil na faixa de 60 mil horas trabalhadas. “Só para a Minerações Brasileiras Reunidas (MBR) vendemos 25 máquinas desse modelo”, diz ele. As escavadeiras hidráulicas de grande porte da marca oferecem potências motrizes de até 3.000 hp e caçambas-padrão com capacidades máximas de 34 m3, formando o par ideal com os caminhões fora-de-estrada Liebherr. Nessa linha, a empresa recebeu, nos últimos seis meses, pedidos para o fornecimento de 37 unidades do maior caminhão off road do mundo, o T 282 B. O veículo, com tração diesel/elétrica, pode carregar até 400 t de material e é equipado com motor diesel MTU/DDC 20V4000 e potência de 3.650 hp. Outra máquina em exposição no estande na Liebherr foi a pácarregadeira L580 2plus2. Na prática, ela consome até 25% a menos de combustível em relação a equipamentos da mesma categoria e sob iguais condições operacionais. Peça chave para esse desempenho é a tecnologia “2plus2” – uma otimização do mecanismo motriz hidrostático. O sistema baseiase em um redutor com dois motores hidráulicos providos de Escavadeira R964 Litronic: vida útil de 60 mil/h
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embreagens separadas. Como na aceleração e na desaceleração, alternadamente no mínimo um dos dois motores está ativo, a carregadeira se ajusta sem “trancos” a cada situação de trabalho, independentemente da velocidade necessária de translação e tração. Schmidt afirma que toda a produção dessas máquinas em 2006 já foi comercializada, com entregas programadas até o primeiro trimestre do próximo ano, atendendo prioritariamente os mercados brasileiro e da América do Sul. “Seu custo operacional é muito baixo, pois trabalhando em rocha, com caçamba de 5 m3, ela consome cerca de 20 l/h de óleo diesel, atingindo a média de 28 l/h.” Nomeada como um dos pólos mundiais do grupo para a fabricação de escavadeiras hidráulicas, a Liebherr Brasil está investindo na ampliação e modernização de sua unidade de Guaratinguetá (SP) para atendimento aos mercados interno e externo. Seguindo esse conceito, no início de 2006 a empresa começou a produzir a escavadeira R994 Litronic, de 230 t de peso operacional, antes fabricada apenas na França. As três primeiras unidades a saírem de Guaratinguetá foram vendidas para a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e seguiram para Paragominas (PA). Outras sete máquinas estão em operação no País, além de cinco unidades vendidas recentemente para a Rússia. Atualmente, existem cerca de 200 unidades da R994 em operação no mundo.
manutenção&tecnologia
CNH investe na fábrica de Contagem A New Holland, pertencente ao grupo CNH, enfocou sua participação no evento com as escavadeiras E385 e E215ME e a motoniveladora RG200.B. Com 19 t de peso operacional e potência líquida de 200 hp, a E385 eleva 8,8 t em seu máximo alcance. Sua alta produtividade em aplicações pesadas de carregamento e escavação deve-se, principalmente, aos cilindros de levantamento, que incorporam um sistema automático de recuperação de energia e agem como amortecedores em caso de parada repentina no abaixamento dos braços e no início ou conclusão das operações de escavação. Já a escavadeira E215ME tem potência líquida ao volante de 140 hp, peso operacional entre 21 t e 24 t e caçamba com capacidade de 0,4 m3 a 1,5 m3. Além das versões alcance e longo alcance, a New Holland oferece o modelo “Mass Escavator”, equipado com braço monobloco de 5.156 mm e braço de penetração de 2.400 mm, cilindro de caçamba com maior diâmetro e contrapeso mais pesado. Essa configuração oferece maiores forças de desagregação e penetração, o que possibilita trabalhar em aplicações severas. Segundo Adriano Lara, gerente Comercial da New Holland, no primeiro semestre deste ano as vendas da CNH aumentaram 36% em relação ao mesmo período de 2005. “Os investimentos em mineração e construção pesada estão possibilitando este
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avanço.” Apenas para o governo de Minas Gerais, a empresa forneceu 304 equipamentos ao vencer a licitação do programa “Máquinas para o Desenvolvimento”, voltado à modernização de frotas das prefeituras. Lara ressalta ainda que a CNH está investindo R$ 200 milhões para o desenvolvimento de novos produtos e modernização da fábrica de Contagem (MG).
Escavadeira E385: eleva 8,8 t no máximo alcance
EVENTO
Espargidor com kit para asfalto borracha Lançado este ano, o espargidor eletrônico de asfalto EHR800e já se configura como carro-chefe da linha de equipamentos da Romanelli. O diretor da empresa, José Carlos Romanelli, ressalta que todos os acionamentos e controles da máquina são realizados por meio de um painel eletrônico instalado na cabine. “Isso proporciona maior rapidez e dispensa a necessidade do ajudante do operador.” Outro diferencial é a tecnologia de monitoramento adotada, via GPS (satélite), que elimina a quinta-roda e proporciona maior precisão na taxa de betume aplicada. O equipamento conta com barra espargidora de 4 m de largura e 40 válvulas pneumáticas, ampliando as possibilidades de aplicação de asfalto. Aliado a essa disponibilidade de recursos, o tanque de óleo térmico proporciona total aquecimento no circuito de recalque na própria barra espargidora. A bomba de recalque do modelo anterior, o EHR700e, permitia 30.000 l/h. Já a do EH800e
atinge 45.000 l/h. O EHR800e pode ser equipado ainda com kit para produção de asfalto borracha, incorporando tanque isotérmico com fundo Equipamento tem barra de 4 m de largura cônico drenante, agitador helicoidal interno, válvulas pneumáticas com vedação para altas temperaturas e bomba com câmara de aquecimento, além do aquecimento do sistema por meio do óleo térmico. “Antes, a aplicação de asfalto borracha ocorria em temperatura de 160º C e agora passou para 190º C”, diz Romanelli. Esse kit, que também pode ser usado em outros modelos da marca, proporciona uma alternativa ecológica ao possibilitar o reaproveitamento de pneus usados em pavimentação.
Ecoplan lança FPS para escavadeiras Até janeiro de 2007, um novo modelo de ferramenta de penetração de solo (FPS) deve ser lançado pela Ecoplan, com ênfase no ganho de desempenho e de custo operacional das escavadeiras hidráulicas. Segundo Roberto Cárdia de Oliveira, gerente de vendas da empresa, seu desenho está sendo desenvolvido para permitir uma penetração mais suave da caçamba e menor solicitação do sistema hidráulico das máquinas. “Ele foi projetado para pro-
Empresa produz cerca de 25 mil pontas/mês
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porcionar um ciclo mais rápido, incluindo a desagregação e carregamento de materiais, de forma a oferecer maior eficiência e economia de óleo diesel.” A linha da Ecoplan conta com quatro tipos de pontas e, conforme Oliveira, todas apresentam forte demanda por parte dos clientes. Entre elas estão a Standard (para serviços gerais com carregadeiras e escavadeiras), a Reforçada (com maior resistência para uso em carregadeiras e escavadeiras), a Ponta para Abrasão (exclusiva para carregadeiras, com camada de aço especial) e Ponta de Penetração (indicada para escavadeiras, por possuir até quatro ângulos de afiamento). Com a venda de aproximadamente 25 mil pontas/mês (cerca de 120 t a 130 t) destinadas somente à penetração de solo, a Ecoplan produz dentro de sistemas de gestão da qualidade certificados pela norma ISO 9001:2000 e está investindo R$ 3 milhões na ampliação da sua fábrica. “O objetivo é chegar a 2007 produzindo 300 t/mês, incluindo a linha de peças para britagem e industriais”, diz Oliveira. Em sua família de FPS, o destaque fica com as pontas usadas em escavadeiras, carregadeiras, retroescavadeiras e tratores de esteira, entre as demais máquinas rodoviárias e de aplicação em mineração.
Aço especial reduz paradas das máquinas
Depois de lançar na M&T Expo o XS400, um aço de alta dureza e resistência ao desgaste para fabricação de bordas e cantos para tratores, carregadeiras e escavadeiras, a TBM Máquinas e Equipamentos quer consolidar as vendas do produto, sobretudo no mercado interno. “Agora, as interrupções das máquinas serão apenas preventivas, já que o XS-400 reduz as pausas para manutenção e aumenta as horas trabalhadas do equipamento”, salienta Cláudia Sabino Procópio, vice-presidente Comercial da empresa. A empresa, com sede em Santa Luzia (MG), investiu cerca de R$ 1 milhão em um forno têmpera para chegar à nova especificação. O resultado é um material cuja dureza das bordas vai de 400 a 450 HB, contra a média de 230 a 280 HB na linha anterior. Além de sua elevada resistência ao desgaste e à abrasão, o material apresenta dureza homogênea em toda a superfície, garantindo maior utilização de cada peça. Entre os clientes atendidos pela TBM, Cláudia cita a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Minerações Brasileiras Reunidas (MBR) e AngloGold.
manutenção&tecnologia
FPS com maior vida útil
Um rendimento 60% superior para as ferramentas de penetração de solo (FPS), mesmo em aplicações severas como o carregamento de minério de ferro. Essa é a promessa da Somasa com o lançamento da lâmina bico de pato para caçambas de pás-carregadeiras de diferentes marcas, em baixas e altas temperaturas. Dotadas de pastilhas, elas atingem maior vida útil reduzindo a quantidade de trocas e os custos com FPS, conforme ressalta Júlio Fernandes, coordenador de Orçamentos da empresa. “Além disso, ela apresenta alta soldabilidade, o que torna a reforma da caçamba mais rápida. O usuário fica com o equipamento parado por apenas duas horas.” Recentemente, a empresa lançou a linha Somasa Extreme, que segundo Fernandes atinge uma vida útil até 40% superior. O produto possui uma resistência à tração de 156,2 kgf/mm² e dureza entre 418 e 512 HB. Suas pontas são desenvolvidas numa liga que alia a máxima resistência ao desgaste do cromo à alta resistência aos impactos proporcionada pela têmpera à indução. Os produtos já estão disponíveis para as linhas CAT 330, 988 e 992 e Liebherr R942. A Somasa também fabrica fundidos e usinados para moinhos, atendendo o mercado brasileiro e América Latina. “Cada peça é produzida com rigorosa precisão de medidas e com o metal exato para a exigência de trabalho”, explica Fernandes.
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Peças com alta resistência ao impacto e abrasão
Localizada em Divinópolis (MG), a empresa possui revendas em Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Espírito Santo e Paraná, além de distribuidores em todo o País, e acaba de fechar uma parceria com a distribuidora Tokyo, da Komatsu, para comercialização de sua linha de FPS em Minas.
EVENTO
Rompedor com golpes variáveis
Os benefícios proporcionados pelos martelos hidráulicos da francesa Montabert, como seu sistema de variação de energia e de freqüência dos golpes, marcaram a participação da Machbert, que distribui os equipamentos da marca no País. O sistema, batizado de BRV, permite selecionar automaticamente a melhor freqüência dos golpes de acordo com a resistência encontrada no material, evitando o uso de energia excessiva, que causaria danos ao próprio rompedor. A potência permanece constante, atingindo elevada produção, e a energia dos golpes se modifica após a quebra do material, oferecendo proteção aos componentes do equipamento, como buchas, ponteiras e travas. Os rompedores da marca, pertencente ao grupo Ingersol Rand, contam ainda com sistemas Autopower (regulador de pressão automático), Optipower (válvula de recuperação de energia) e Câmara de Energia com Diafragma (que impede o vazamento de nitrogênio e mantém sua performance), entre outros recursos. “Além disso, apresentam boa relação peso/potência e oferecemos assistência técnica e disponibilidade de peças para reparos”, diz José Alberto Moreira, diretor geral da Machbert. Entre os modelos disponíveis, ele cita o V1.200 (para escavadeiras de 18 t a 30 t), o V1.600 (de 22 t a 35 t) e o V65 (de 35 t a 60 t).
Equipamento se ajusta à resistência do material
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Thorco aposta em mineração
Especializada na fabricação de implementos para máquinas rodoviárias e aplicações florestais, a Thorco apresentou suas caçambas para escavadeiras Volvo EC360 e Komatsu PC200. A linha de equipamento, entretanto, é ampla, conforme explica Thomas Harling Pereira, diretor Comercial da empresa. Ela inclui ancinhos, cabines e toldos, caçambas, carregadores florestais, engates rápidos, garfos e garras, além de projetos especiais, como caçambas com pinça ou para despejo lateral, caçamba trapezoidal e tombador de blocos, entre outros. “Contamos com proThomas Harling Pereira fissionais experientes para oferecer o produto mais adequado à necessidade de cada cliente, sempre fabricado dentro de modernos padrões de qualidade e das normas técnicas”, ele afirma. Pereira diz que a empresa aposta no setor de mineração com o desenvolvimento de novos produtos, para o qual ela já oferece caçambas graniteiras e para operação em rocha (escavadeira ou pá-carregadeira), entre outras. “Investimos constantemente em pesquisas de novas tecnologias com vistas ao aprimoramento e à criação de novos produtos.”
Bozza mostra comboio 15% mais econômico
O comboio São Paulo/Tanque Lastro foi o destaque apresentado pela Bozza para serviços de abastecimento e lubrificação no campo. Trata-se de uma evolução do modelo Mato Grosso/Comboio Modulado. “As especificações são praticamente as mesmas e a diferença fica por conta da tecnologia usada na produção, que permitiu reduzir o custo final para o cliente em 15%”, ressalta Ivan Esteves Rodrigues, gerente Comercial da empresa. Construído em módulos individuais, ele pode ser pneumático ou hidráulico, possibilitando alto grau de proteção contra contaminações e a fácil reposição dos módulos. Seus módulos são totalmente independentes dos tanques centrais para o óleo diesel, facilitando a limpeza ou remoção. O tanque tem um novo desenho, que melhora a distribuição de cargas sobre o chassi do veículo e reduz o movimento inercial do líquido durante freadas ou arrancadas. O comboio permite a insta-
lação de opcionais, conforme as exigências de cada cliente, e pode ser adaptado em veículos leves, semipesados ou pesados. Segundo levantamento realizado pela Bozza, mais de 50% dos problemas com rolamentos em máquinas pesadas decorrem de falhas na lubrificação.
Ivan Esteves Rodrigues
manutenção tecnologia
Extrator plástico protege pneus de avarias
Kit antiaderente: cinco vezes mais resistente à abrasão que o aço
Pioneira na produção de revestimento antiaderente para caçambas basculantes de escavadeiras, carregadeiras e silos, a Casquel lançou o Extrator de Pedras Para Rodados Duplos de Pneus. Confeccionado com material plástico, mais leve que o aço, ele apresenta vantagens na proteção de pneus contra cortes ou avarias em seus flancos, conforme destaca Celso Lopes, diretor da empresa. Lopes ressalta ainda as vantagens proporcionadas pelo kit Casquel Antiaderente, que pode ser utilizado em caçambas basculantes, de escavadeiras ou pás-carregadeiras. “A espessura do revestimento varia de 10 mm a 50 mm e sua resistência à abrasão chega a ser cinco vezes superior à alcançada pelo aço.” Os revestimentos plásticos são fabricados em kits previamente cortados e as peças são usinadas de acordo com a geometria interna do local a ser instalado. Segundo Lopes, o uso de revestimento dispensa a necessidade de limpeza das caçambas, além de eliminar o transporte de “carga morta”, e de reduzir os custos por tonelada transportada. Nas carregadeiras e escavadeiras, ele contribui para eliminar a aderência do material à caçamba, diminuindo o desgaste em articulações e componentes do sistema hidráulico.
De caminhões-pipa a furgões-oficina
Bomba veicular centrífuga
A Bombas Andrade compareceu ao evento com sua ampla linha de equipamentos, composta por comboios de lubrificação, caminhões-pipa e furgões-oficina, entre outros. Indicados para aplicação em canteiros de obras, compactação de solos, serviços públicos de abastecimento de água, irrigação e outras aplicações, os caminhões-pipa são adequados às mais variadas necessidades dos clientes, conforme explica Wellington Oliveira Perez, consultor Comercial da empresa. “Eles são dotados de cintas de reforço para apoio das costelas”, diz ele. Os comboios de lubrificação contam com
tanques de lastro abertos, tanques centralizados com armários laterais e comboios tipo baú. O abastecimento de diesel é feito por bombas centrífugas convencionais ou auto-aspirantes, sistema de transferência de lubrificantes por propulsores e sistemas hidráulicos ou pressurizados. Mesma versatilidade oferecida pelos comboios, que permitem a execução de lubrificação no campo, é oferecida pelos furgões-oficina. Eles operam nas frentes de trabalho, possibilitando a manutenção de componentes mecânicos, pneumáticos, hidráulicos e elétricos, além de soldagem e outros serviços.
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CAMINHÕES
Caminhão P 420: pioneiro no segmento 8x4 no País Ref. 129
Rodoviários ganham o mercado Alterações de projeto conferem maior competitividade aos caminhões rodoviários no transporte de cargas em obras pesadas e mineração sob determinadas condições de pista e topografia
O cenário está mudando nos setores de construção pesada e mineração. Com base nas vantagens proporcionadas pelo custo de aquisição e de operação, os caminhões rodoviários – projetados inicialmente para rodar apenas sobre vias pavimentadas – avançam em um mercado antes dominado exclusivamente pelos gigantescos veículos fora-de-estrada. Os off-road ainda figuram como forte alternativa para o transporte de cargas pesadas, mas, dependendo das condições topográficas, de pista e das distâncias a serem percorridas, os rodoviários demonstram-se competitivos. Para ingressar nessa disputa, seu projeto incorporou mudanças – do reforço dos eixos ao trem de força, passando pela maior capacidade de tração – de forma a elevar os tradicionais caminhões rodoviários à categoria que o mercado automotivo já consagrou como “extrapesado”. Sob severas condições de operação, sua vida útil ainda constitui um calcanhar-de-
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Aquiles. Mas a rápida depreciação do investimento, aliada aos baixos custos de manutenção e à alta produtividade em determinadas condições de terreno, vem determinando o avanço dos rodoviários em obras pesadas e frentes de lavra. O campeão de vendas da Scania nesse mercado, por exemplo, o modelo P 420 8x4, conta com motor eletrônico de 12 litros (420 hp) e realiza manobras em raio de giro reduzido, facilitando sua operação em áreas confinadas. Essa característica, aliás, é comum aos extrapesados das demais marcas – com tração 8x4 ou 6x4 – que, devido à menor distância entre eixos, podem se movimentar em pistas com raios de 8 m a 10 m, com conseqüentes ganhos econômicos no desenvolvimento das vias de acesso e das praças de operação. Entre outros destaques, o P 420 atinge 47 t de peso bruto (PBTC) e vem equipado com freios auxiliares hidráulicos integrados à caixa de câmbio (Retarder Scania), que trabalham em conjunto com
o freio motor para proporcionar maior segurança à frenagem. Pioneira no segmento com tração 8x4 no Brasil, com a importação das primeiras unidades a partir de 1999, a Scania contabiliza a venda de mais de 700 veículos dessa categoria nos últimos três anos. Apenas no primeiro semestre de 2006, os investimentos em mineração no País impulsionaram a comercialização de 300 unidades do modelo P 420 8x4, mais do que o total fornecido pela empresa durante todo o ano anterior. Manutenção no campo Apoiada na capilaridade de sua rede de concessionárias, a Scania formatou um modelo de atendimento e pós-venda para mineração que inclui desde o apoio ao cliente para a especificação correta do caminhão, até a realização de serviços de manutenção na mina, por meio de postos avançados. “Temos a exata noção das demandas desse setor e focamos nossa proposta na disponibilidade dos veículos, independentemente de onde
manutenção tecnologia
eles estejam operando”, afirma Roberto Leoncini, gerente executivo de Vendas de Caminhões da montadora. Estratégia semelhante segue a DaimlerChrysler, que montou até mesmo uma estrutura para apoio aos concessionários Mercedes-Benz em negócios e suporte de pós-vendas na área de caminhões extrapesados. Batizado de Axor Center, o sistema está sendo implantado em 24 revendas da marca no Nordeste e Centro-Oeste do País para atendimento a grandes frotistas, incluindo mineradoras e construtoras, para a oferta de serviços como treinamento de motoristas, peças e manutenção no campo. A expectativa da montadora é de estender o programa a 60 concessionárias até o final de 2007. Segundo Eustáquio Sirolli, gerente de Marketing de Caminhões da DaimlerChrysler, o modelo da marca mais indicado para serviços de mineração e construção pesada é o Axor 4140, disponível em versões 8x4 e 6x4, com 41 t de peso bruto (PBTC) e motor de 400 cv de potência a 1.900 rpm. “Apesar do modelo 4144 atingir 440 cv de potência, ele é indicado para situações que exigem velocidades operacionais mais elevadas, o que não é o caso dos serviços em canteiros de obras e frentes de lavra, segmentos nos quais o 4140 é imbatível.” O Axor 4140 é equipado com motor OM-457, dotado de gerenciamento eletrônico e 6 cilindros, que proporciona um torque de 2.000 Nm ao veículo. Sua capacidade de tração (CMT), somando o peso do caminhão, dos implementos e da carga líquida, chega a 123 t. Sirolli ressalta ainda os ganhos proporcionados pelo computador de bordo, cujas informações sobre o status de operação do veículo permitem economia de combustível e de manutenção. A Ford, que não dispõe de extrapesados em sua linha de caminhões, realizou adaptações no modelo Cargo 2628, em parceria com a Liebherr, para atender as necessidades dos mercados de mineração e construção pesada. Segundo a empresa, os modelos da marca adequados para
Camiones carreteros conquistan mercado
esses setores são o Cargo 2932e 6x4 (off-road) e o 4432e Max Ton (rodoviário). Equipados com motor eletrônico Cummins ISC 320 P5, a diesel, turbo aftercooler, de 6 cilindradas em linha e com 319 cv de potência a 2.000 rpm, eles totalizam peso bruto (PBTC) de 45 t (Cargo 2932e) e 43 t (Cargo 4432e), com capacidade de carga útil na carroceria de 15.140 kgf e 34.740 kgf, respectivamente. Apesar das suas limitações para tráfego em terrenos com baixa capacidade de suporte, os modelos rodoviários demonstram-se competitivos no transporte de cargas em distâncias maiores, geralmente acima de 8 km. Essa característica, somada ao menor custo de investimento em relação aos veículos fora-de-estrada e às facilidades proporcionadas pela extensa rede de concessionárias dos fabricantes, vem determinando a popularização de seu uso em obras pesadas e frentes de lavra. Além das construtoras, empresas de mineração como pedreiras, a MBR (Minerações Brasileiras Reunidas) e CNT (Companhia Níquel Tocantins), pertencente à Votorantim Metais, já contabilizam os ganhos de custo e de produtividade proporcionados pelos caminhões rodoviários.
El escenario está cambiando en los sectores de la construcción pesada y de la minería. De bido a las ventajas ofrecidas por los costos de adquisición y operación, los camiones carreteros –diseñados inicialmente para circular solo por caminos pavimentados– ganan terre no en un mercado antes dominado exclusivamente por los gigantescos vehículos todo terreno. Los camiones fuera de carretera todavía constituyen una importante alternativa para el acarreo de cargas pesadas, pero, dependiendo de las condiciones topográficas, de la calzada y de las distancias a ser recorridas, los carrete ros se muestran competitivos. Para poder encarar esta disputa, el proyecto de este tipo de camiones ha sido modificado –refuerzo del los ejes y del tren de fuerza, y aumento de la capacidad de tracción– de forma de elevar los tradicionales camiones de transporte por carretera a la categoría que el mercado automotor denomina “extrapesada”. En condiciones de operación sumamente difíciles, la vida útil todavía es su talón de Aquiles. Sin embargo, la rápida amortización de la inversión, conjugada con los bajos costos de mantenimiento y con la alta productividad en determinadas condiciones topográficas, ha determinado su avance en obras de construcción pesada y frentes de extracción.
Mercedes aposta na capilaridade da rede de concessionárias
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Fotos: Marcelo Vigneron
M&T EXPO 2006
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Expositores comemoram resultados Sucesso da M&T Expo 2006, que movimentou R$ 700 milhões em negócios, alavanca o planejamento da próxima edição do evento, em 2009, com ampla divulgação internacional Os 286 expositores da M&T Expo 2006, realizada em junho último, têm motivos de sobra para comemorar os resultados obtidos durante o evento, que já se consolidou como maior mostra de equipamentos para construção e mineração da América Latina. Ao longo dos cinco dias de feira, mais de 34 mil visitantes – dos quais 1.395 do exterior, provenientes de 31 países – passaram pelo Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, para a realização de um volume de negócios de cerca de R$ 700 milhões. Em clima de comemoração, as empre-
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sas presentes ao evento reuniram-se para um balanço dos resultados obtidos, num coquetel realizado em agosto, no Hotel Renaissance, em São Paulo. Promovido pela Sobratema e Alcântara Machado Feiras de Negócios, respectivamente a realizadora e organizadora da M&T Expo, o encontro reuniu cerca de 150 executivos do setor. Na ocasião, o presidente da Sobratema, Afonso Mamede, lançou as bases para a realização da próxima edição da feira, em 2009. “Estamos sendo muito procurados por fabricantes nacionais e internacionais interessadas em reservar seus espaços, motivo pelo qual antecipamos o planejamento antes mesmo de a nova planta ser formatada”, diz ele. Vários expositores já confirmaram sua participação na M&T Expo 2009 com reservas de áreas iguais e até mesmo maiores às ocupadas na edição anterior. Como a projeção é de ampliar o número de expositores no mesmo espaço de evento – os 85 mil m2 do Centro de Exposições Imigrantes – as reservas de área vão permitir um novo arranjo à
Expositores festejan los resultados En un clima de celebración, las empresas expositoras de la M&T Expo 2006 se reunieron en agosto en un cóctel que tuvo lugar en el Hotel Re naissance, São Paulo, para hacer el balance de los resultados obtenidos en la muestra. El encuentro, promovido por Sobratema y Alcântara Machado Feiras de Negócios, que realizaron y organizaron, respectivamente, la M&T Expo, congregó a unos 150 ejecutivos del ramo de negocios. En esa oportunidad, el presidente de Sobratema, Afonso Mamede, lanzó las bases de la próxima edición de la feria, a realizarse en el 2009. "Muchas empresas fabricantes, brasileñas y extranjeras interesadas, están conectándonos para reservar espacio en la M&T Expo 2009, motivo por el cual hemos anticipado la planificación, incluso antes de ser diseñado el nuevo plano", afirmó. Varios expositores ya han confirmado su participación en la próxima exposición y reservaron lugares con las mismas dimensiones e incluso mayores a los que ocuparon en la de edición de este año.
manutenção tecnologia
1 planta da feira. Mesmo porque, seguindo sua vocação como principal feira do setor na América Latina, a M&T Expo deve aumentar a participação de visitantes estrangeiros e de fabricantes internacionais interessados em comercializar seus equipamentos na região. “Já nos programamos para divulgar o evento com estandes institucionais nas principais feiras sul-americanas de equipamentos para construção e mineração e até mesmo de outros continentes, incluindo Bauma, na Alemanha, Bices, na China, e a Conexpo, nos Estados Unidos”, enfatiza Mamede. Expositores e visitantes também ressaltam a qualidade dos eventos técnicos realizados paralelamente, como os seminários e o Encontro Latino-Americano da Construção e Mineração (Elacom), que valorizam o caráter de negócios da feira. “Mais importante que a quantidade de visitantes é a qualidade dos profissionais que vão à M&T Expo para intercâmbio de informações e prospecção de negócios”, diz Evaristo Nascimento, diretor da Alcântara Machado. Segundo ele, uma pesquisa realizada durante o evento constatou que 87% dos visitantes tiveram suas expectativas atendidas e 96% deles manifestaram interesse em retornar à edição 2009. Entre esse público se inclui João Lázaro Maldi Júnior, superintendente de Equipamentos da construtora Camargo Corrêa, que ficou surpreso em relação à quantidade e qualidade de expositores e visitantes. “A feira apresentou muitas inovações tecnológicas e, por ser referência do setor na América Latina, concentra num único espaço todas as novidades e soluções necessárias aos usuários de máquinas”, ele afirma. Ao final do coquetel, os expositores da M&T Expo foram premiados com um troféu comemorativo por sua participação na feira.
1) Augusto Azevedo, da Caterpillar 2) Suzanne Darié, da Volvo 3) Ivan Montenegro, da CVRD, e César Schmidt, da Liebherr 4) Maurício Briard, da Loctrator, e Paulo Lancerotti, da Sotreq 5) Paulo Esteves e Ramon Vasquez, da Mills Rental
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1) Romano Rosa e Ricardo Lessa, da Schwing 2) Rodolfo Bitner, da Amplytude, e Luiz Alberto Catta Preta, da Dynapac 3) Anselmo Martins e José Rafael Guagliardi, da Alcântara Machado 4) Marilene Dora, da Atlas Copco, e Marcos Gouveia, da Cummins 5) Paulo Betazzi (à esquerda), da Geomax 6) Ronaldo Marchese (M&T Expo), Evaristo Nascimento e Hércules Ricco (Alcântara Machado), Emilio Pelizzon e Ricardo Landi (ICE-SP) 7) Ubitaran Castanha (Alec) e Gilson Santana (Ar Brasil) 8) Marcos Bardella (à esquerda), da Brasif 9) Marina Konno (US Commercial Service) 10) Emanuel Queiroz (ao centro), da Scania
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CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTOS COSTO POR HORA DE EQUIPOS Propriedade
Manutenção
Material rodante
Comb./ lubr.
Total
Caminhão basculante articulado 6x6 Randon RK628C
R$ 59,91
R$ 44,92
R$ 11,19
R$ 28,36
R$ 144,37
Caminhão basculante articulado 6x6 Volvo A30D
R$ 69,62
R$ 50,25
R$ 20,94
R$ 33,73
R$ 174,53
Caminhão basculante rodoviário 6x4 (26 a 30 t) Ford Cargo 2626
R$ 18,75
R$ 13,64
R$ 6,79
R$ 7,67
R$ 46,84
Caminhão basculante rodoviário 6x4 (26 a 30 t) Mercedes-Benz L2423K
R$ 21,02
R$ 14,64
R$ 6,79
R$ 7,67
R$ 50,12
Caminhão basculante rodoviário 6x4 (26 a 30 t) Volkswagen 26260
R$ 21,20
R$ 14,72
R$ 6,79
R$ 7,67
R$ 50,38
Caminhão basculante rodoviário 6x4 (36 a 40 t) Mercedes-Benz LK2638
R$ 31,44
R$ 23,47
R$ 7,04
R$ 15,33
R$ 77,29
Caminhão basculante rodoviário 6x4 (36 a 40 t) Scania P420
R$ 31,44
R$ 23,47
R$ 7,04
R$ 15,33
R$ 77,29
Caminhão basculante rodoviário 6x4 (36 a 40 t) Volvo FM12
R$ 31,44
R$ 23,47
R$ 7,04
R$ 15,33
R$ 77,29
Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³) Caterpillar 924G
R$ 33,60
R$ 17,00
R$ 3,13
R$ 16,86
R$ 70,60
Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³) Case W20E
R$ 31,29
R$ 16,12
R$ 3,13
R$ 16,86
R$ 67,41
Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³) Fiat Allis FR12B
R$ 28,88
R$ 15,20
R$ 3,13
R$ 15,33
R$ 62,54
Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³) Komatsu WA180-1B
R$ 23,63
R$ 15,45
R$ 3,13
R$ 12,26
R$ 54,47
Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³) Volvo L50E
R$ 29,61
R$ 15,48
R$ 3,13
R$ 7,67
R$ 55,89
Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³) Volvo L60E
R$ 36,33
R$ 18,04
R$ 3,13
R$ 10,73
R$ 68,24
Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³) Volvo L70E
R$ 41,16
R$ 19,88
R$ 5,21
R$ 10,73
R$ 76,98
Carregadeira de pneus (2,5 a 3,5 m³) Caterpillar 962G SII
R$ 50,15
R$ 25,07
R$ 10,49
R$ 26,06
R$ 111,77
Carregadeira de pneus (2,5 a 3,5 m³) Volvo L110E
R$ 47,86
R$ 24,17
R$ 10,49
R$ 18,40
R$ 100,91
Carregadeira de pneus (2,5 a 3,5 m³) Volvo L120E
R$ 49,73
R$ 24,90
R$ 10,49
R$ 21,46
R$ 106,58
Carregadeira de pneus (2,5 a 3,5 m³) Volvo L90E
R$ 41,23
R$ 21,57
R$ 7,46
R$ 13,80
R$ 84,05
Equipamento
Os valores sugeridos como padrão, pela Sobratema, correspondem à experiência prática de vários profissionais associados, mas não devem ser tomados como única possibilidade de combinação, uma vez que podem ser influenciados por fatores como a marca escolhida, local de utilização, condições do terreno ou jazida, ano de fabricação, necessidade do mercado e oportunidades de execução dos serviços. Maiores informações ou cálculos para sua frota personalizada estão disponíveis no site: www.sobratema.org.br.
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manutenção tecnologia
INTERNACIONAL
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Fabricantes espanhóis conquistam a Europa Integração européia e qualidade dos equipamentos impulsiona a indústria de máquinas para construção e mineração do país, que já movimenta 1,3 bilhão de euros em negócios, dos quais 20% oriundos de exportações
Após conquistar a Europa, a indústria espanhola de equipamentos para construção e mineração está se preparando para dar um salto ainda maior, em direção aos demais continentes. Essa demonstração de força foi dada em agosto, quando os organizadores do Salão Internacional de Máquinas para Obras Públicas, Construção e Mineração (Smopyc 2008) receberam a imprensa internacional para apresentar os preparativos da feira, prevista para realizar-se em Zaragoza, entre 22 e 26 de abril de 2008. A comitiva de imprensa, que contou com a participação da revista M&T, teve a oportunidade de visitar fabrican-
tes espanhóis, constatando in loco os padrões de qualidade que estão contribuindo para o rápido crescimento dessa indústria. Na fábrica da Metalogenia, por exemplo, que produz ferramentas de penetração de solo (FPS), o desenvolvimento dos produtos nasce a partir de estudos realizados em campo, identificando a dureza, composição química e granulométrica dos materiais movimentados pelo cliente. Com base nessas informações, a empresa estabelece os processos produtivos e, por meio de um software baseado em elementos finitos, chega ao design de peça mais indicado para sua maior produtividade e vida útil. Segundo a
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INTERNACIONAL
Missão técnica deve bater recorde em Munique
A delegação de visitantes brasileiros a Bauma 2007, que está sendo organizada pela Sobratema, deve superar em tamanho as demais missões técnicas já promovidas pela entidade a eventos internacionais. O recorde anterior pertence à última edição da Conexpo, nos Estados Unidos, que reuniu mais de 140 participantes. A infra-estrutura montada pela Sobratema contempla a reserva de três hotéis na Alemanha. Como nos demais eventos internacionais, integrantes da missão brasileira poderão contar com apoio no estande da entidade para a realização de reuniões de negócios. Esse espaço também vai abrigar o tradicional “Brazil Point”, o ponto de encontro entre empresas de outros países interessadas em fazer negócios com brasileiros no exterior. A Sobratema também está organizando a missão de empresários brasileiros com destino à Bauma China, prevista para realizar-se entre 21 e 24 de novembro, em Xangai. Profissionais interessados em integrar a delegação brasileira de visitantes aos dois eventos podem entrar em contato com a Sobratema – telefone (11) 3662-4159 ou email: arlene@sobratema.org.br.
Metalogenia, esse processo contribui para a ampla aceitação de suas FPS no mercado externo, que responde pelo consumo de 88% de sua produção – dos quais 64% são vendidos na Europa. A comitiva visitou ainda outro fabricante de FPS, a BYG, bem como as plantas da Gesan (grupos geradores), Lebrero (rolos compactadores), Comansa (gruas), Ausa (dumpers e empilhadeiras) e Liebherr (gruas e equipamentos para concreto). Os fabricantes espanhóis, aliás, revelam uma vocação para a produção de máquinas nessas áreas – obras rodoviárias, concretagem, elevação, transporte e movimentação de materiais. Segundo a associação espanhola de fabricantes do setor, Anmopyc, esse grupo de cerca de 80 empresas movimenta um faturamento anual de 1,3 bilhão de euros, dos quais 20% são provenientes de exportações. A Europa ainda constitui seu principal mercado (em torno de 65% das vendas ao exterior), mas as empresas avançam na prospecção de negócios na América (20% das exportações) e algumas já contam com unidades fabris na China.
Expositores brasileiros marcam presença em Bauma 2007 A maior feira de equipamentos para construção e mineração do mundo, Bauma, realizada em Munique, Alemanha, contará em sua próxima edição com um pavilhão de expositores brasileiros. Trata-se de uma iniciativa inédita da Sobratema e Câmara Brasil-Alemanha (AHK), pela qual os organizadores do evento destinaram um espaço de 81 m2, na área de exposições de Construção (A3), para a montagem do primeiro pavilhão brasileiro em Bauma. Outros 36 m2, na área de exposições de Mineração (C2), foram reservados aos fabricantes de máquinas para esse setor. Dessa forma, os dois pavilhões poderão comportar estandes em diferentes configurações, de 9 m2 a 25 m2, dotados de serviços de apoio como recepcionistas trilingüe (inglês/ alemão/português). Prevista para realizar-se entre 23 e 29 de abril próximo, Bauma 2007 deve superar o recorde da edição 2004, quando 2.801 expositores de 47 países ocuparam uma área de cerca de 500 mil m2, para apresentar suas inovações em equipamentos para 410 mil visitantes de 171 nacionalidades. Empresas que apostaram no evento para ampliar as exporta-
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ções não param de contabilizar resultados. A Menegotti, por exemplo, que fabrica misturadores de concreto, participou de três edições consecutivas e, atualmente, destina 45% de sua produção para o mercado externo. Ao todo, ela exporta para 60 países, dos quais 15 foram contatados a partir de Bauma. “Abrimos mercado no Oriente Médio, África e Leste europeu”, diz Eduardo Horn, sócio-diretor da empresa. Empresas interessadas em expor seus produtos na Bauma 2007 podem entrar em contato com Roberto Prado, na Sobratema, pelo telefone (11) 3662-4159 ou email: robertoprado@sobratema.org.br.
manutenção tecnologia
Experiência colombiana em arbitragem de conflitos A criação do Fórum Latino-Americano de Usuários de Equipamentos para Construção e Mineração, durante a M&T Expo 2006, em junho último, já está rendendo frutos. Como resultado dessa proposta de integração e troca de experiência entre as entidades do setor no continente, a Sobratema foi convidada pela Câmara de Construção da Colômbia (Camacol) para participar da principal feira de materiais e equipamentos para obras civis naquele país, a ExpoCamacol 2006. Representando a Sobratema, o empresário Carlos Arasanz Loeches, diretor técnico da entidade, pôde constatar a experiência colombiana in loco. Entre as novidades observadas, ele aponta a existência de um fórum de conciliação extrajudicial, para a arbitragem amistosa de pendências entre empresas, coordenada pela Câmara de Comércio local e com a participação da Camacol. “São idéias interessantes que podemos reproduzir no Brasil, assim como os investimentos que o governo colombiano vem realizando em infra-estrutura urbana, transporte e habitação”, diz Loeches. A ExpoCamacol 2006 realizou-se entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro, em Medellín. Entre seus expositores, a mostra contou com um estande institucional da Sobratema para divulgação da M&T Expo 2009.
Empresas españolas conquistan Europa
Después de conquistar Europa, la industria española de maquinaria para la construcción y la minería se prepara para dar un salto, aún más largo, hacia los otros continentes. Esta demostración de fuerza se puso en evidencia en agosto próximo pasado, cuando los organizadores del Salón Internacional de Maquinaria para Obras Públicas, Construcción y Minería (Smopyc 2008) presentaron a la prensa internacional los preparativos de la feria que tendrá lugar en Zaragoza, entre el 22 y el 26 de abril del 2008. Los periodistas invitados, entre los que se contaban representantes de la revista M&T, visitaron empresas fabricantes españolas y pudieron constatar in situ el nivel de calidad alcanzado, que contribuye al rápido crecimiento de esta industria. Según la información prestada por la asociación española de empresas del sector, Anmopyc, ese grupo, formado por aproximadamente 80 empresas, es responsable de una facturación anual de 1.300 millones de euros, el 20 % de la cual corresponde a la exportación. El principal mercado todavía es Europa ‑a la que se destina un 65 % de las ventas al exterior‑, pero las empresas están avanzando en la prospección de negocios en América ‑20 % de las exportaciones‑ y algunas de ellas ya inauguraron plantas fabriles en China.
Ref. 137
INTERMAT
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Triunfo à francesa Integrante da elite mundial das feiras, evento francês estabelece novo recorde ao receber mais de 209 mil visitantes O salão Intermat 2006, realizado no final de abril último, em Paris, França, terminou sua 7ª edição estabelecendo o recorde de 209.032 visitantes. O fato confirma o caráter internacional do evento, que registrou a presença de 94 mil visitantes estrangeiros (45% do total) vindos de 160 países. Esse número representa um crescimento de 21% em relação à edição anterior, realizada em 2003. Ao todo, o evento reuniu cerca de 1.400 expositores, dos quais 75% internacionais e representando 42 países. Além das habituais delegações enviadas por países como Brasil, Coréia, Estados Unidos, Japão, México e Norte da África, o centro de exposições parisiense recebeu grupos de visitantes oriundos de diversas nações do Leste europeu, entre elas a Rússia, Ucrânia, Romênia, Bósnia e Croácia. Mercado aquecido Esse desempenho reflete, em grande parte, o aumento registrado em 2005 no mercado europeu de materiais e equipamentos para construção, que cresceu 10% em relação a 2004 e totalizou um volume de negócios de aproximadamente 21 bilhões de euros. Especialistas prevêem que o setor de construção no Velho Mundo deve encerrar 2006 com expansão de 1,6%, incluindo as atividades de construção residencial, não residencial e engenharia civil. Nesse cenário, marcado pelo aquecimento nas vendas de equipamentos para construção
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e obras públicas, a Intermat 2006 serviu de fórum para um debate entre usuários e fabricantes de máquinas quanto aos serviços de manutenção e de pós-venda oferecidos por esses últimos. Em mais de 30 mil m² de áreas externas, as empresas puderam apresentar aos visitantes um verdadeiro espetáculo de equipamentos em condições reais de operação. Inovações Além dos tradicionais lançamentos apresentados pelos fabricantes, a Intermat 2006 brindou os visitantes com inovações tecnológicas como o motor diesel da JCB, de 750 hp, projetado para equipar o veículo Dieselmax em seu desafio de bater o recorde mundial de velocidade (480 km/h), e os sistemas de motorização híbridos (diesel/elétrico) desenvolvidos pela New Holland e Volvo para equipar escavadeiras compactas e caminhões, respectivamente. A Michelin apresentou um novo conceito de pneus – o Tweel – que é imune a furos e cortes. Entre outras inovações, a Intermat 2006 foi marcada pelo lançamento de uma correia transportadora flutuante sobre água. A fabricante de caminhões Man, da Alemanha, demonstrou seu sistema HydroDrive, que transforma o veículo em tração 4x4 com um comando no painel – acionando motores hidráulicos instalados nos cubos das rodas sem o uso de caixa de transferência.
Triunfo a la francesa El salón Intermat 2006, realizado a fines de abril próximo pasado en París, Francia, clausuró su 7ª edición estableciendo una marca récord de público: 209.032 personas. Esta cifra confirma el carácter internacional de la muestra, puesto que incluye la presencia de 94.000 visitantes extranjeros (45% del público total), oriundos de 160 países. La afluencia de público fue el 21% superior a la de la edición anterior, celebrada en el 2003.En total, la feria congregó a aproximadamente 1.400 expositores, de los cuales el 75% eran internacionales y representaban a 42 países. Ese desempeño refleja el aumento, durante el 2005, del mercado europeo de máquinas y materiales para la construcción, que creció el 10% en comparación con el 2004 y alcanzó un volumen de negocios del orden de los 21.000 millones de euros.
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ESPAÇO ABERTO
Usina modular traz rapidez à pavimentação Lançada pela Ciber durante a M&T Expo 2006, a usina de asfalto UACF 17P-1 Advanced já contabiliza vários usuários. Durante o evento, a construtora mineira Fidens, que atua nos segmentos de mineração, obras pesadas e concessões rodoviárias, adquiriu o primeiro equipamento desse modelo e outra unidade, do tipo bipartido, foi embarcada para a Argentina por encomenda da Jose Cartellone Construcciones Civiles S.A. Entre as inovações da UACF 17P-1 Advanced, uma evolução das usinas do tipo contra-fluxo da marca, está a cabine de operação, mais ampla e com sistema de condicionamento de ar independente. Segundo Silvio Luis Paim Alves, coordenador de Engenharia da Ciber, ela é dotada de assento e painel ergonômicos, o que tor-
na a operação mais confortável. “A cabine também pode ser deslocada de acordo com as necessidades do cliente”, diz ele. Esse deslocamento, que pode ser de até 25 m de distância do chassi, proporciona uma visão das operações de diferentes ângulos. Depois de posicionada no local desejado, a cabine é conectada por um sistema de cabos e conectores. O novo painel de comando conta com controles manual e automático (independentes) e, devido ao seu projeto modular, a usina pode ser montada em diferentes configurações, de acordo com a necessidade do usuário, com até 120 t/h de capacidade. Silvio Alves ressalta ainda a facilidade no transporte e montagem da usina, o que contribui para a maior rapidez em serviços de pavimentação. “Seus silos
Scania lança motor para repotenciamento de máquinas
Apresentado ao mercado em avant-première durante a M&T Expo 2006, o motor a diesel DC9 60 foi lançado pela Scania como opção para equipar motobombas, geradores de energia e até mesmo equipamentos pesados de construção e mineração. Trata-se de um motor eletrônico de 4 tempos e com 4 válvulas por cilindro, totalmente montado no Brasil, que está disponível em versões de 270 cv a 330 cv de potência. O diretor da unidade de Motores Industriais e Marítimos da empresa, Celso Torii, explica que eles podem ser usados no repotenciamento de máquinas importadas antigas, porém de alto valor agregado, como guindastes e retroescavadeiras. “Tratase de uma alternativa viável para a continuidade da operação desses equipamentos e nossas concessionárias têm experiência nesse tipo de serviço, além de poderem contar com o suporte da Engenharia de Aplicação da fábrica”, ele afirma.
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dosadores em linha possibilitam uma precisa alimentação de materiais sem contaminação e, conseqüentemente, uma perfeita mistura final.” A precisão na dosagem também pode ser atribuída às correias dosadoras com bordas laterais fundidas em borracha, que eliminam a necessidade de guias. A correia transportadora que leva a mistura de agregados ao secador é reversível, facilitando a limpeza e a calibragem das balanças. Além disso, o sistema de dosagem de agregados permite alimentar uma usina de solos sem a necessidade de adaptações. “O sistema de raspadores das correias transportadoras evita a aderência de material, proporcionando uma operação mais limpa e precisa”, conclui Alves.
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Tipo de Negócio/Indústria/Tipo de Negócio/Indústria Empreiteira/Contratista
Locador de Equip./Alquiler de Equipo
Estab. Indust. /Estab. Indust.
Fabr. Equip/Fabr. de Equipo
Agente/Distribuidor
Prest. Serv./Prest. Serv.
Org. Govern./Org. Gubern.
Outros/Otros
Qual o tipo de equipamento que você compra, específica, usa, vende ou assiste? (favor assinalar os itens aplicáveis)/ Cuál es el tipo de equipo que ud. compra, especifica, usa, vende o asiste? (por favor marcar los ítems aplicables) Constr. Pesada/Constr. Pesada
Constr. Predial/Edificación
Máq. Operatr./Máq. Herram.
Veíc. Leves/Veh. Liv.
Veíc. Pes./Veh. Pesados
Agricultura/Agricultura
Outros/Otros Qual o faturamento anual da sua empresa?(Milhares de dólares) Cúal es la facturacíon anual de su empresa?(Milares de dólares) Menos de mil/Abajo de Mil
5 a 19,9 mil
1 a 2,9 mil
20 a 99,9 mil
3 a 4,9 mil
Acima de 100 mil/Arriba de 100 mil
Sua empresa tem oficina de manutenção própria?/Tienes su empresa talleres de mantenimiento próprios? Sim/Si
Não/No
Outros/Otros
ANÚNCIOS PUBLICADOS NESTA EDIÇÃO: Bauma/China 2006 Case Casquel Caterpillar
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Liebherr M&T Expo 2009 Machbert New Holland Parker Peçaforte Portal Dajuda Retifort
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Rolink Romanelli Sauer Danfoss Sinto Solideal Somasa Terex Trans-Serv
pg 61 pg 41 pg 43 pg 49 pg 22 pgs 6 e 7, 26 e 27 pg 39 pg 16
Vimax Vipal Volvo Workshop Sobratema
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Ref. 122
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