Revista M&T - Ed. 100 - Março 2007

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Revista M&T - Manutenção & Tecnologia

BAUMA 2007

Nº100 - Março - 2007 - www.sobratema.org.br

Tecnologia brasileira estréia em Munique BAUMA 2007 Tecnología brasileña estrena en Munich

especial A transformação do setor retratada em 100 edições

especial

La transformación del sector retratada en 100 ediciones

IMPORTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

Como superar os entraves da burocracia IMPORTACIÓN DE EQUIPOS Cómo superar las barreras de la burocracia nº100 - Março - 2007


2 Pontos

Ref. 100

SUPORTE TRACBEL: COMPROMISSO COM O SUCESSO DOS NOSSOS CLIENTES.

editorial

100 edições contando a história do setor Criada para promover o intercâmbio e o aprimoramento técnico-gerencial dos profissionais de equipamentos para construção e mineração, a revista M&T chega à 100ª edição com o sentimento de dever cumprido. Além de contribuir com o cotidiano do homem de manutenção, levando informações úteis ao seu trabalho, ela também atua na valorização desse profissional, cujas responsabilidades assumem um papel cada vez mais relevante no desempenho da empresa. Gerir frotas de equipamentos deixou de ser uma tarefa focada apenas em atividades mecânicas de reparos, como atestam depoimentos coletados nessa edição. Ela assumiu uma função estratégica na administração dos custos operacionais e no dimensionamento de ativos que proporcionem ganhos de produtividade, itens que podem fazer a diferença entre o lucro ou prejuízo de uma empresa. Circulando de forma ininterrupta desde 1989, a revista reflete essa transformação. Nessa edição comemorativa, o foco na eficiência volta-se para a importação e exportação de equipamentos, com uma reportagem mostrando como enfrentar os entraves da burocracia e da legislação tributária. Os leitores mais técnicos poderão atualizar seus conhecimentos em manutenção de filtros de ar e o uso da eletrônica embarca para o monitoramento remoto das frotas. A revista traz ainda inovações tecnológicas em guindastes e antecipa os lançamentos apresentados na Bauma 2007, a maior feira de equipamentos para construção e mineração do mundo, incluindo os produtos expostos no Pavilhão de Fabricantes Brasileiros, organizado numa parceria entre a Sobratema e a Câmara Brasil-Alemanha (AHK). Dessa forma, mais do que celebrar a publicação de 100 edições, M&T prepara-se para consolidar sua posição de liderança no Brasil e América Latina. A todos os que contribuíram com essa trajetória da revista, como leitores, fabricantes de equipamentos, construtoras, mineradoras, entidades de ensino e demais associações de classe, fica registrado o agradecimento da equipe de M&T e da Sobratema. Aos leitores, em especial, renovamos nosso compromisso de qualidade editorial, com foco em informações úteis no seu dia-a-dia.

O foco no cliente é o ponto de partida de todas as atividades da Tracbel. Com uma estrutura sólida e voltada para a satisfação dos clientes, a Tracbel foi reconhecida, pela 6ª vez, como o melhor distribuidor da Volvo Construction Equipment da América Latina. O êxito da Tracbel é resultado direto do trabalho de uma equipe que está sempre se desenvolvendo para prover o melhor suporte de pós-venda aos clientes. Tracbel. Há 40 anos usando o seu conhecimento para desenvolver as melhores soluções para o sucesso dos seus clientes.

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Cien ediciones que cuentan la historia del sector La revista M&T, concebida para promover el intercambio y el perfeccionamiento técnico-administrativo de los profesionales de equipos para la construcción y la minería, cierra la 100ª edición con la satisfacción del deber cumplido. La publicación colabora no solo en el quehacer cotidiano del hombre de mantenimiento, brindando información útil para su trabajo, sino también en la valoración del profesional, cuyas responsabilidades generan un gran impacto ya que ellos asumen un papel cada vez más relevante en el buen desempeño de una empresa. Administrar flotas de equipos ha dejado de ser una tarea centrada apenas en los servicios mecánicos de reparaciones, como lo prueban los relatos reunidos en esta edición. Ésta ha pasado a ser una función estratégica para el control de los costos de operación y el dimensionamento de los activos que generan incrementos de productividad, elementos que pueden marcar la diferencia entre ganancias y pérdidas de una empresa. La revista, que circula de forma ininterrumpida desde 1989, refleja esa transformación. En esta edición de aniversario, que se centra principalmente en la eficiencia, se aborda el tema de la importación y la exportación de maquinaria en un reportaje que muestra cómo enfrentar las barreras que crean la burocracia y la legislación tributaria. Los lectores más técnicos también pueden actualizar sus conocimientos en mantenimiento de filtros de aire y el uso de sistemas de monitorización electrónica a distancia de las flotas. La revista ofrece además artículos sobre las innovaciones tecnológicas en el ámbito de las grúas y anticipa las últimas novedades de Bauma 2007, considerada la feria de maquinaria, vehículos y equipos para la construcción y minería más grande e importante del mundo, inclusive las referentes a los productos exhibidos en el Pabellón de Fabricantes Brasileños, organizado por Sobratema en conjunto con la Cámara Brasil-Alemania (AHK). De este modo, más que celebrar la publicación de cien ediciones, la M&T se prepara para consolidar su posición de liderazgo en el Brasil y América Latina. A todos los que han contribuido a la exitosa trayectoria de la revista, como lectores, fabricantes de equipos, empresas constructoras y mineras, entidades de enseñanza y otras asociaciones de clase, les trasmitimos el agradecimiento del equipo de la M&T y Sobratema. A los lectores queremos resaltarles que renovamos nuestro compromiso con la calidad editorial para que la reviste se centre, cada vez más, en la información útil del día a día.



Revista M&T - Manutenç ão & Tecnologi a

expediente

sumário

Nº10

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manutenção tecnologia

Tecnolo

gia bras BAUMA ileira estréia 2007 em Mun ique BAUMA Dolorem Sit Lipsu2007 m Est

Guindastes

Capa: Mina de Brucutu, recém-inaugurada pela CVRD (Fotos/CVRD)

MÁXIMO DE

Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção

Diretoria Técnica

Augusto Paes de Azevedo (Caterpillar) - Carlos Arasanz Loeches (Eurobrás / ALEC) - César Schmidt (Liebherr) Christopher Ian Podgorski (Scania) - Edson R. Del Moro (Engepar) - Eduardo M. Oliveira (Santiago e Cintra) Egberto Rosa Campos (Sersil) - Eurimilson João Daniel (Escad) - Franz Treu (Atlas Copco) - Gilberto Leal Costa - Gino Raniero Cucchiari (CNH) - João Lazaro Maldi Jr. (CCCC) - João Ney P. Colagrossi (Metso) - Luis Afonso Pasquotto (Cummins) - Luis Gustavo Pereira (Tracbel) - Marcos Bardella (Brasif) - Mario Humberto Marques (Andrade Gutierrez) - Nathanael P. Ribeiro Jr (Shark) - Nelson Costábile Barros (Constran) - Paulo Gama (Goodyear) - Paulo Lancerotti (Sotreq) - Permínio A. Maia de Amorim Neto (Getefer) - Ramon Nunes Vasquez (Mills) - Silvimar Fernandes Reis (Galvão Engenharia) - Valdemar Shinhiti Suguri (Komatsu) - Vicente Bernardes - Vicente Cracasso (Equisul) - Yoshio Kawakami (Volvo)

Diretor Regional

Petrônio de Freitas Fenelon (MG) VPS Engenharia e Estudos Wilson de A. Meister (PR) Ivaí Engenharia de Obras S/A Jose Luis P. Vicentini (BA) Terrabrás Terraplanagem do Brasil S/A Laércio de F. Aguiar (PR) Construtora Queiroz Galvão S/A Antonio Almeida Pinto (CE) Construtora Queiroz Galvão S/A

Revista M&T - Conselho Editorial

Presidente: Cláudio Schmidt Membros: Adriana Paesman, Agnaldo Lopes, Benito F. Bottino, César A. C. Schmidt, Eduardo M. Oliveira, Gino R. Cucchiari, Lédio Augusto Vidotti, Leonilson Rossi, Luiz C. de A. Furtado, Mário H. Marques, Paulo O. Auler Neto, Permínio A. M. de Amorim Neto, Pedro Luiz Giavina Bianchi, Silvimar F. Reis. Gerente Geral: Hugo José Ribas Branco Produção Gráfica: DSGE Editor: Haroldo Aguiar Revisão Técnica: Norwil Veloso Traduções: Maria Del Carmen Galindez Publicidade: Sylvio Vazzoler, Roberto Prado e Giovana Marques di Petta A Revista M&T - Manutenção & Tecnologia é uma publicação dedicada à tecnologia, gerenciamento, manutenção e custos de equipamentos. As opiniões e comentários de seus colaboradores não refletem, necessariamente, as posições da diretoria da SOBRATEMA. Tiragem: 12.000 exemplares. Circulação: Brasil e América Latina. Periodicidade: mensal. Impressão: Prol Filiado à:

| Março | 2007

17

LA MAQ UINARIA

IMPORT

- 2007

Comitê Executivo

Presidente: Afonso Celso Legaspe Mamede Vice-Presidente: Benito Francisco Bottino Vice-Presidente: Carlos Fugazzola Pimenta Vice-Presidente: Ivan Montenegro de Menezes Vice-Presidente: Jader Fraga dos Santos Vice-Presidente: Jonny Altstadt Vice-Presidente: Lédio Augusto Vidotti Vice-Presidente: Luiz Carlos de Andrade Furtado Vice-Presidente: Mário Sussumu Hamaoka Vice-Presidente: Múcio Aurélio Pereira de Mattos Vice-Presidente: Octávio Carvalho Lacombe

Importação de Equipamentos

nº100 - Março

Diretoria Executiva e Endereço para correspondência: Av. Francisco Matarazzo, 404 – cj. 401 – Água Branca São Paulo (SP) – CEP 05001-000 Tel.: (55 11) 3662-4159 – Fax: (55 11) 3662-2192

ESPEC IAL

A TRAN SFORMA RETRATA ÇÃO DO DA ESPECIA EM 100 ED SETOR IÇÕES APROVECH L AMIENTO

Como AÇÃO DE EQU superar IPAM DOLORE os entrave ENTOS s da bur Dolorem M ocracia Sit Lipsu m Est

Importación de Equipos Quando a solução vira um problema Cuando la solución crea un problema Especialistas em comércio exterior detalham os entraves da burocracia e da legislação tributária Especialistas en comercio exterior hablan sobre la excesiva burocracia y la complejidad de la legislación tributaria

Caminhões Basculantes

Camiones Volcadores Projetados para trabalhos pesados Diseñados para trabajo pesado Para vencer as severas condições de terreno, caminhões rodoviários já são projetados como verdadeiros equipamentos off road Para enfrentar las duras condiciones del terreno, los camiones para carretera ya son diseñados como verdaderos vehículos todo terreno

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Especial / 100ª Edição

Opinião do Usuário

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Eletrônica Embarcada

Electrónica Incorporada Monitoramento remoto ainda esbarra no preço El monitoreo remoto todavía se ve limitado por el precio Tecnologia permite controlar remotamente qualquer parâmetro dos equipamentos. A questão é adequar seu custo à realidade do setor de construção La tecnología permite controlar a distancia los parámetros funcionales de los equipos. El desafío pendiente es adecuar el costo a la realidad de la construcción civil

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Equipamentos Agrícolas

Equipos Agrícolas Mecanização informatizada no campo Mecanización informatizada del agro Ferramentas de agricultura de precisão ampliam a produtividade sem maiores investimentos em maquinário Las herramientas de agricultura de precisión incrementan la productividad sin una gran inversión en maquinaria

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M&T Especial - 100º edição

Guindastes

Grúas Os chineses estão chegando Los chinos están llegando A chinesa XCMG firma-se como maior produtora de guindastes do mundo e prepara-se para disputar o mercado global La empresa china XCMG consolida su posición de mayor productora mundial de grúas y se prepara para competir en el mercado global

24 48

Opinión del Usuário Maior produção com economia de custo Mayor producción con costos más bajos Movimentando minério de ferro, escória e outros materiais agressivos em usinas siderúrgicas, carregadeiras L110E e L120E reduzem os custos do grupo EES Las cargadoras L110E y L120E, que manipulan mineral de hierro, escoria y otros materiales agresivos en plantas siderúrgicas, disminuyen los costos del grupo EES

Grúas Tecnologia alemã com tempero brasileiro Tecnología alemana con sabor brasileño Novo modelo de guindaste telescópico conta com motor independente, que reduz consumo de combustível em até 70% Nuevo modelo de grúa telescópica trabaja con motor independiente, lo que reduce el consumo de combustible en hasta un 70%

ESPECIAL / 100ª EDICIÓN A transformação do setor nas páginas da M&T La transformación del sector en las páginas de la M&T Ao longo de 100 edições, publicadas ininterruptamente desde 1989, a revista retrata a evolução do mercado de equipamentos brasileiro La revista muestra, a lo largo de cien ediciones publicadas ininterrumpidamente desde 1989, la evolución del mercado y de la tecnología de equipos brasileños

Ferramentas de Penetração

Herramientas de Corte Design amplia a vida útil da peça Diseño prolonga la vida útil de los repuestos Com a linha de FPS autógena, Somasa amplia participação no setor Con la línea de HDC autógena, Somasa amplía su participación en el mercado

Pavimentação

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Pavimentación Ciber vende centésima usina contra-fluxo modular Ciber vende la centésima planta modular de contraflujo Projetada em sistema modular, que reduz custos de produção e de manutenção, usina de asfalto se consolida como padrão nos mercados brasileiro e latino-americano Diseñada de forma modular, a fin de reducir los costos de producción y mantenimiento, la planta asfáltica se consolida en los mercados brasileño y latinoamericanos

Bauma 2007

Bauma 2007 Tecnologia brasileira estréia na maior feira do setor Tecnología brasileña debuta en la principal feria del sector Nos 540.000 m2 de inovações apresentadas pela Bauma 2007, a tecnologia brasileira marca presença em pavilhão organizado pela Sobratema e Câmara Brasil-Alemanha En los 540 000 m2 de la Bauma 2007, la tecnología brasileña se hará presente en un pabellón organizado por Sobratema y la Cámara Brasil-Alemania

SEÇÕESsecciones

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68

NotasNotas ................................................................................................................................. 10 Manutenção............................................................................................................................. 63

Tabela de CustosTabla de Costos......................................................................................................... 66 Espaço AbertoEspacio Abierto.............................................................................................................76



notas

Reconstrução de equipamentos na mira da Sotreq

Caterpillar em vários países e até mesmo na América Latina, vem sendo estruturado pela Sotreq para introdução no Brasil ainda este ano. Trata-se do CCR (Caterpillar Certified Review), pelo qual a distribuidora reconstrói totalmente um equipamento usado e o devolve para o cliente com número de série novo e garantia de fábrica. “É uma opção viável para máquinas com muitas horas de uso, que as empresas podem considerar além da hipótese de venda ou de entregá-la como entrada no leasing de um equipamento novo”, explica Bruno Peixoto, consultor de serviços da Sotreq. Segundo ele, o CCR é firmado com base

Um novo tipo de serviço, já oferecido pela em preço fechado e o cliente pode usar o financiamento da Caterpillar para o serviço. “Dividimos o risco com o usuário, pois realizamos uma reforma completa, incluindo as atualizações tecnológicas passíveis em cada modelo, por um preço pré-determinado.” O valor pode variar em cada situação, mas Peixoto avalia que ele se situa na faixa de 60% do preço do equipamento novo. O serviço inclui a troca de todas as vedações, anéis e mangueiras hidráulicas. “Não realizamos um procedimento de manutenção e sim uma reconstrução completa, aproveitando apenas o chassi da máquina, bloco do motor, carcaça do eixo e do sistema de transmissão.” Peixoto diz que o serviço é indicado para equipamentos de médio e grande porte ou clientes que não necessitam de modelos com muitos recursos de eletrônica embarcada. “Estudamos ainda um modelo de negócio pelo qual poderíamos comprar a máquina, para então reformá-la e colocá-la a venda.”

ITT vem disputar mercado brasileiro de bombas

Com a aquisição da Flygt, a norte-americana ITT passa a dispor de uma operação no Brasil para disputar o mercado de bombas para drenagem, indústrias, mineração, petróleo, gás e saneamento, entre outros segmentos. “Esse investimento se alinha à estratégia da empresa de fortalecer sua presença em mercados foco como a América Latina”, diz Stephen Elgueta Wallis, que assumiu a gerência geral da ITT Flygt Brasil. Dos US$ 7,8 bilhões faturados pela ITT em 2006, cerca de 40% vieram da divisão Fluid Tecnology, que produz marcas líderes em seus respectivos segmentos, como a Flygt, Lowara, Goulds, A-C Pumps, Sanitaire, Wedeco, Bell & Gosset, Jabsco e outras.

Mudanças na JCB Brasil

Instituto Opus faz palestra em Carajás Cerca de 70 profissionais da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e de empresas contratadas pela mineradora participaram de uma palestra sobre segurança em içamento de cargas, realizado na mina de Carajás (PA), em março, pelo Instituto Opus. A apresentação foi precedida por uma visita às operações da CVRD, diagnosticando os pontos de risco nas operações com guindaste em suas instalações. Dessa forma, os instrutores do Instituto Opus puderam estruturar suas apresentações com base em situações reais e cotidianas nas operações com guindastes em Carajás. Segundo o José Arimatéia

10 | Março | 2007

Rodrigues do Vale, técnico de segurança da mineradora, o objetivo foi conscientizar funcionários e empresas contratadas em relação aos procedimentos para a maior integridade física do pessoal. As palestras foram ministradas pelo diretor do Instituto Opus, Wilson de Mello Júnior, e os instrutores Oswaldo Biltoveni e Eugênio Célio Vaccaro. A entidade, criada pela Sobratema para promover a capacitação técnica de profissionais que lidam com equipamentos pesados, realiza cursos de treinamento e certificação de operadores, atendendo construtoras, empresas de rigging, de travessia não-destrutiva, a Comgás e o Exército brasileiro, entre outros.

O engenheiro mecânico e administrador de empresas Gilberto Rigoni assumiu o cargo de gerente geral da JCB Brasil com a missão de ampliar a participação da fabricante de retroescavadeiras no mercado e de fortalecer sua rede de distribuidores. As perspectivas de retomada do crescimento econômico e dos projetos de infra-estrutura no País estimularam a empresa, de origem britânica, a estabelecer planos de expansão dos negócios, com foco também nas exportações. A JCB atua no Brasil há mais de uma década e, desde 2001, possui uma fábrica em Sorocaba (SP), voltada à produção de retroescavadeiras para o Brasil e demais países da América do Sul.

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notas

Matriz certifica competência em serviços da Bosch Rexroth

Em março, a divisão Service da Bosch Rexroth foi certificada pela matriz alemã como centro de competência em serviços de âmbito internacional, o mais elevado nível técnico

dessa área na companhia. Para isto, a empresa reformulou seu fluxo de materiais na oficina de reparos e se adequou às exigências de produtividade, custos e prazos, sobretudo no mercado de hidráulica móbil, além de adquirir bancada de testes para válvulas proporcionais e servoválvulas. A empresa atua no setor de automação industrial e de equipamentos, fornecendo sistemas hidráulicos, pneumáticos, acionamentos lineares, servoacionamentos, painéis de comando, CLP e sistemas de parafusamento, entre outros produtos.

Terex inaugura sede e mantém planos de produzir no Brasil Um coquetel oferecido aos clientes e distribuidores, em março, celebrou a inauguração da nova sede da Terex Latin America, localizada em Barueri, na Grande São Paulo. Com 3.500 m2 de área, as instalações passam a abrigar seu escritório e área comercial, bem como a estrutura de apoio aos dealers e assistência técnica. “Desde a reestruturação das nossas operações, unificadas sob o guarda-chuva da Terex Latin America, conseguimos reposicionar a marca no mercado e melhoramos o atendimento aos clientes desenvolvendo de uma rede de distribuidores”, comemora o gerente geral da empresa, André Freire. Com um faturamento de US$ 130 milhões em 2006, a empresa espera ampliar sua participação no continente. “A demanda por guindastes de grande porte está aquecida e os prazos de entrega vêm se estendendo”, diz Freire. Esses equipamentos representam 60% dos negócios no Brasil, enquanto as plataformas aéreas de trabalho respondem pelos 40% restantes. Nos demais países da América Latina, os percentuais caem para 30% e 50%, respectivamente, já que a empresa também atua com sua linha de máquinas para construção, como escavadeiras hi-

Errata

dráulicas e carregadeiras, que respondem por 20% das vendas no continente. Esses equipamentos também são oferecidos no Brasil, mas Freire reconhece a baixa competitividade dos produtos importados diante da atual relação cambial. Por esse motivo, ele avalia que a estratégia de expansão passa pela produção de algumas linhas no País, usando a estrutura fabril da divisão Roadbuilding, no Rio Grande do Sul, um projeto que vem sendo analisado já há algum tempo. “Também existem oportunidades em determinados nichos para trazermos algumas famílias de equipamentos, como os manipuladores e minicarregadeiras.”

Na revista M&T de Fevereiro (Edição 99), página 36 (“A frota como um bem estratégico”), publicamos que uma obra em execução na Bolívia enfrentava “...temperaturas às vezes atingindo 150 oC negativos...”, quando o correto é 15 oC negativos.

12 | Março | 2007

Volvo elege Tracbel como melhor dealer na América Latina A distribuidora Tracbel, que atua no segmento de máquinas agrícolas, industriais e de construção, foi eleita pela Volvo Construction Equipment como o melhor dealer da marca na América Latina. Denominada como Círculo de Excelência Volvo, a premiação se estende aos 20 distribuidores da fabricante no continente e encontra-se na sétima edições, das quais as seis últimas foram vencidas pela Tracbel. “Esse reconhecimento coroa os trabalhos realizados em todos os setores para a maior satisfação dos clientes”, comemora o vice-presidente da empresa, Luiz Gustavo Pereira. A avaliação da fabricante se baseia em cinco itens básicos – eficiência administrativa e financeira, desempenho em vendas, qualidade de pós-venda e satisfação do cliente – e cobriu toda a área atendida pela empresa, que abrange os estados do Norte e Sudeste do Brasil. Além da premiação, a Tracbel figurou como “Melhor Identificação Visual”, “Maior Market Share em Caminhões Articulados” e “Melhor Desempenho no Setor de Peças”. A Tracbel distribui os equipamentos para construção da Volvo CE e também atua como dealer da Massey Ferguson (tratores agrícolas e colheitadeiras), Clark (empilhadeiras) e Dynapac (rolos compactadores). A linha de produtos distribuída pela empresa inclui ainda os sistemas de transmissão automática da Allisson, os pneus industriais da Michelin, máquinas florestais Ponsse, caminhões rígidos Perlini e equipamentos da austríaca Sennebogen.

G8I8 HL<D HL<I D<C?FI8I# =8Q<I 8J G<I>LEK8J :<IK8J y KÂF @DGFIK8EK< HL8EKF 8:?8I 8J I<JGFJK8J% Você está satisfeito com as ferramentas que usa hoje? A Somasa trabalha duro para que a resposta de seus usuários seja sempre “sim”. Tanta dedicação dá resultados. Já somos uma das maiores fabricantes de FPS do país. Da próxima vez, quando perguntarem que ferramenta você prefere, responda Somasa.

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IMPORTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

Quando a solução vira um problema Especialistas em comércio exterior detalham os meandros da burocracia e da legislação tributária para importação e exportação de equipamentos de construção Por Haroldo Aguiar

a ser monitoradas em um ambiente denominado Radar (Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros). “O problema é que os profissionais das empresas em geral não sabem encaminhar esse processo, que exige conhecimento jurídico”, diz ele. Como exemplo, Thomaz Júnior cita o impedimento antes existente para importações ou exportações por consórcios de construtoras, cuja habilitação no Radar era vedada. “Muitas obras de grande porte são realizadas nessa modalidade e exigem a aquisição de equipamentos no exterior, mas as autoridades resistiam em aceitar esse tipo de operação por considerá-los uma pessoa jurídica instável”, explica o consultor, especializado em processos de comércio exterior para empresas de engenharia e consórcios de construtoras. Nesse caso, uma das empreiteiras realizava a importação e aportava o bem como sua participação proporcional no consórcio, o que exigia a

Cuando la solución crea un problema

¿Cómo evitar que la importación de un equipo, vital para la ejecución de una obra, se transforme en un problema insoluble que afecte los plazos y los flujos de efectivo del proyecto? En una economía mundializada, la circulación de bienes y servicios entre los países tiende a aumentar, pero la complejidad de la legislación tributaria brasileña, así como las exigencias y reglamentaciones aduaneras para la liberación del producto pueden frenarla. Walter Thomaz da Silva Júnior, director de Thomaz Consultores, explica que para dar inicio a un procedimiento de importación la empresa necesita una habilitación expedida por el Siscomex (Sistema Integrado de Comercio Exterior), órgano subordinado al Ministerio de Hacienda del Brasil, para que pueda desempeñarse como agente autorizado a realizar importaciones y exportaciones. A partir de ese momen-

Foto: Barter

Como evitar que a importação de um equipamento vital para a execução da obra transforme-se num problema insolúvel, com impacto nos prazos e no fluxo de caixa do projeto? Numa economia globalizada, a circulação de bens e serviços entre os países tende a aumentar, mas a complexidade da legislação tributária brasileira, assim como os entraves para liberação do produto junto às autoridades aduaneiras, pode complicar essa tarefa. Para as empresas de construção, com pouca tradição em comércio exterior, o assunto torna-se ainda mais árido, motivo pelo qual a revista M&T resolveu consultar alguns especialistas do setor. Segundo Walter Thomaz da Silva Júnior, diretor da Thomaz Consultores, o processo começa com a habilitação da empresa no Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, como agente autorizado a realizar importações e exportações. A partir de então, todas as suas operações passam


IMPORTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS tes concorrem com interesse comum e são contribuintes solidários.” A partir de então, as autoridades aduaneiras reviram sua posição e passaram a permitir operações de comércio exterior por consórcios, desde que a empresa líder seja registrada no Radar. Custo dos tributos O advogado tributarista Fábio Leonardi Bezerra, diretor da Plus Brasil, explica que uma boa consultoria jurídica e aduaneira ajuda o importador a reduzir custos com tributos que podem ser evitados. “O Imposto de Importação (II) foi criado para proteger a indústria nacional, mas existem exceções para facilitar o ingresso de produtos não fabricados no País, inclusive bens usados, eliminando o impacto desse custo sobre a operação”, diz ele. Bezerra refere-se ao ex-tarifário, instrumento que reduz a alíquota do II, na faixa de 14% para

Regimes especiais, como o ex-tarifário, podem atrasar o desembaraço do produto

antecipação de recursos elevados por parte da empresa, muitas vezes de forma desproporcional ao seu percentual no fluxo de caixa do projeto. “Como a preocupação das autoridades era com a natureza transitória do consórcio, que se dilui ao fim da obra e não há a quem se recorrer no caso de um problema tributário, realizamos um pleito mostrando que todos os seus integran-

Parâmetros para liberação na alfândega

18 | Março | 2007

física, protelando a liberação do bem; • Canal vermelho: além da análise documental e física, o fiscal solicita conferência física e um laudo técnico atestando que a descrição dos documentos é compatível com o produto. O prazo estende-se ainda mais; • Canal cinza: envolve a conferência de preços, para verificar se estão de acordo com as valorações aduaneiras. O prazo pode ultrapassar os 30 dias; • Linha Azul: benefício estendido a poucas empresas, entre elas a Caterpillar e Eaton, que permite o desembaraço imediato do bem e a conclusão posterior da conferência aduaneira, para não interromper uma linha de montagem. Nelson Santana/Omnitrans

Pelas regras aduaneiras de liberação dos bens importados, um produto pode ficar retido na alfândega durante 24 h, 30 dias ou até mais. Tudo depende dos questionamentos apresentados pelo fiscal no momento do desembaraço ou das operações de comércio exterior realizadas regularmente por aquela empresa, que são analisadas no Radar. Por esse motivo, especialistas do setor recomendam muito cuidado na hora de preencher os documentos necessários, desde a habilitação da empresa como importadora no Radar até a especificação do produto adquirido, para se evitar questionamentos ou dúvidas no desembaraço. “Se o serviço for bem feito, o processo tramita rapidamente”, ressalta Marcello Romão, CEO da Waiver. Veja abaixo os parâmetros para liberação de produtos na aduana, definidos em cores: • Canal verde: não há restrições à retirada do produto da zona primária (alfândega) e ele é liberado em 24 h; • Canal amarelo: o fiscal pode solicitar conferência dos documentos e

to, todas los trámites y las gestiones son monitorizadas en un ambiente denominado Radar (Rastreo de la Actuación de los Intervinientes Aduaneros). “El problema es que los profesionales de las empresas, de forma general, no saben conducir los trámites, que exigen conocimientos jurídicos”, dice Thomaz da Silva Júnior. Fábio Leonardi Becerra, abogado especialista en derecho aduanero y tributario y director de Plus Brasil, señala que contar con un buen asesoramiento jurídico y aduanero ayuda al importador a reducir sus gastos porque hay tributos que no son necesarios pagar. “El Arancel de Importación (AI) fue establecido para proteger la industria brasileña, pero existen excepciones que permiten el ingreso de productos no fabricados en el país, incluso de bienes usados, lo que alivia el impacto de ese costo sobre la operación”, explica. Bezerra se refiere a un instrumento que reduce la alícuota del AI que grava la maquinaria para la construcción de un 14% a un valor que varía entre el 2% y el 0%. También es posible optar por el régimen especial de admisión temporal, que permite introducir una maquinaria nueva o usada. “Se trata de una solución práctica para aquellas empresas que necesitan arrendar una determinada maquinaria o contratar un servicio especial para un equipo muy específico, pues se paga un arancel proporcional al tiempo de uso en el país y además la operación no está sujeta a retención fiscal”, hace notar Bezerra. Carlos Alberto Silva Vieira, director comercial de Barter, explica que el costo de importación, excluidos los tributos cobrados por el gobierno, varía entre el 3% y el 5% del valor FOB de la maquinaria, que se reparte en gastos de almacenamiento, despacho aduanero y fletes local y internacional. “Por este motivo, hacemos un estudio completo de viabilidad logística e identificamos cuál es el mejor lugar para hacer el trámite de liberación, que en el caso de máquinas y equipos es el puerto de Vitória, estado de Espírito Santo.”


os equipamentos de construção, para 2% ou até mesmo zero. Outro instrumento viável é o regime especial de admissão temporária, válido para equipamentos novos ou usados. “Trata-se de uma solução para empresas que precisam locar determinada máquina ou contratar um serviço especial com uso de um equipamento muito específico, pois o imposto é cobrado proporcionalmente sobre o tempo de uso no País e a operação não exige cobertura cambial”, ressalta Bezerra. Segundo o especialista, tudo depende da classificação fiscal adotada para o produto importado que, seguindo os instrumentos legais, pode enquadrar a operação no extarifário. “Somos especializados em causas atípicas, incluindo processos de despacho aduaneiro para empresas de construção, e contamos com parcerias e fornecedores para os demais serviços envolvidos nesse processo, como o transporte, por exemplo.” Ele cita ainda a possibilidade de parcelamento do ICMS e a até mesmo a isenção desse tributo, bem como do

Foto: Plus Brasil

IMPORTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

Correta classificação fiscal reduz problemas na alfândega

PIS e Cofins, para a importação de equipamentos empregados em obras sob regime de emergência. Nessa categoria, de acordo com Bezerra, se incluem os projetos de geração de energia, devido a sua importância para o abastecimento do sistema elétrico do País. “No caso do ICMS, podemos tramitar o caso por via admi-

nistrativa, pleiteando isenção junto ao Conselho de Política Fazendária (Confaz), ou por via judicial, pois já existe uma súmula do Supremo estabelecendo que prestadores de serviços não precisam contribuir com esse tributo. Isto cria jurisprudência e as construtoras são, acima de tudo, empresas prestadoras de serviços.”

Mercosul: burocracia ainda emperra operações Para o consultor de comércio exterior Walter Thomaz da Silva Júnior, o Mercosul ainda está longe de se configurar como uma união aduaneira entre seus paísesmembros, dado o nível de burocracia que cada nação impõe para o ingresso de produtos oriundos dos demais parceiros. “A formação de uma área de livre comércio está concluída, embora ainda tenhamos problemas com as listas de exceções, mas os trâmites para desembaraço do bem importado são semelhantes aos de produtos que vêm da China.” No âmbito do Mercosul, todos os produtos transacionados são especificados com uma numeração, a NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul), também aplicada aos equipamentos de construção. Ela funciona como uma identificação do bem – para verificar se ele não se inclui na lista

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de exceções, por exemplo – e sua classificação nessa nomenclatura deve ser criteriosa para se evitar questionamentos quando ele chega ou sai do país. “Não existem duas possibilidades de classificação para um mesmo produto, pois o documento deve especificar todas as suas características.” Por conta dessas exigências, Thomaz Júnior recomenda ao exportador brasileiro o suporte de uma boa consultoria no país de destino, caso se trate de uma construtora ou consórcio que vai realizar obra no exterior. A premissa vale para o Mercosul, onde as exigências não são flexibilizadas, e para os demais países onde as construtoras mantêm negócios. Veja abaixo alguns cuidados a serem tomados, além do atendimento às exigências tributárias específicas de cada nação importadora:

• Documentos consularizados: muitos governos exigem o preenchimento de formulários adquiridos no seu consulado no país de origem do produto; • Inspeção pré-embarque: geralmente realizada por uma empresa internacional pré-determinada, é uma exigência comum entre países sul-americanos; • Inspeção fito-sanitária: em muitos casos, a auditoria pré-embarque envolve inspeção fito-sanitária, que pode impedir o embarque diante da presença de terra no material rodante do equipamento, por exemplo; • Certificado de origem: exigência comum no Mercosul e países com os quais existem acordos bilaterais para redução de impostos de importação (como México e nações andinas, por exemplo), ele atesta que o produto é realmente brasileiro (com 60% ou mais de conteúdo nacional).


manutenção&tecnologia

importação de equipamentos financeira para quitar os eventuais impostos e entregar os documentos preenchidos corretamente.”

Obras emergenciais: importação de equipamentos pode se beneficiar da isenção de tributos

Planejando a operação Marcello Romão, CEO da Waiver, especializada em serviços de despacho aduaneiro e em logística de entrega do produto portaa-porta para construtoras e fabricantes de equipamentos, também enfatiza as vantagens oferecidas pelo regime de admissão temporária. “O importador não desembolsa antecipadamente os valores relativos a tributos e, considerando a vida útil do bem, paga uma alíquota proporcional ao período que ele opera no País.” Indicado para empresas de locação, o sistema vem sendo usado na aquisição de equipamentos para obras da Petrobras (máquinas de solda, por exemplo) e também foi adotado na importação provisória de geradores, durante o período de apagão vivido pelo Brasil, no

ano 2000. “Em comércio exterior, o importante é planejamento, pois a empresa deve prever os prazos para tramitar seu registro no Radar e, se a importação for pela modalidade ex-tarifário ou de admissão temporária, há de se considerar um tempo adicional para a liberação do produto, já que o fiscal tende a ficar mais criterioso diante desses regimes especiais”, pondera Romão. Ele explica que os procedimentos de liberação aduaneira são os mesmos em todo o País, mas a forma como um processo tramita pode variar de um porto para outro. “A urgência de determinado equipamento e a logística para seu transporte podem influir na escolha do porto, mas a rapidez no seu desembaraço depende fundamentalmente do importador, que precisa ter disponibilidade

Custo de importação, sem a carga tributária, chega a 5% do preço FOB do produto

Barter: www.barter.com.br Plus Brasil: www.plusbrasil.com.br Thomaz Consultores: (11) 3637.4659 Waiver: www.waiver.com.br

Importação para terceiros Carlos Alberto Silva Vieira, diretor Comercial da Barter, explica que o custo de importação, excluindo-se os tributos cobrados pelo governo, fica entre 3% e 5% do valor FOB do equipamento, consumido em armazenamento, despacho aduaneiro, frete local e internacional. “Por esse motivo, realizamos todo o estudo de viabilidade logística e identificamos o melhor local para seu desembaraço, que no setor de máquinas sempre recai no porto de Vitória (ES).” Sua empresa presta serviços de comércio exterior, desde os trâmites aduaneiros até a entrega do produ-

to, atendendo construtoras como a Galvão Engenharia e Camargo Corrêa, a fabricante Caterpillar e distribuidores de equipamentos. Vieira cita a forte atuação da Barter no setor logístico, incluindo a operação de um armazém em Vitória. “Como temos acesso ao Fundap (Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias), instituído para empresas que operam em portos capixabas, podemos reduzir os custos de importação para nossos clientes.” Ele diz que, dependendo dos dados levantados no estudo de viabilidade do cliente, sua empresa pode se converter numa trading, realizando a importação por conta e ordem de terceiros. “Ele especifica o equipamento necessário e nós vamos atrás do fornecedor externo, fechamos o contrato, habilitamos todo o processo na Receita Federal e fazemos a importação em nome do adquirente.”


CAMINHÕES BASCULANTES

P420, da Scania: retarder gera 872 hp de potência na frenagem

Projetados para trabalhos pesados Para vencer as severas condições de terreno e topografia no canteiro de obras, caminhões rodoviários já são projetados como verdadeiros equipamentos off road Por Rodrigo Conceição Santos

Esqueça aquele velho conceito de que os caminhões com tração 6x4, desenvolvidos inicialmente para transporte rodoviário de cargas e hoje presentes em todos os canteiros de obras do Brasil, são mero fruto de adaptações que os transformam em equipamentos fora-deestrada. É bem verdade que eles nasceram dessa mutação, incorporaram maior capacidade de carga, reforço em itens como embreagem, freio auxiliar (retarder) e, para suportar aplicações mais severas, ganharam mais um eixo, que estabeleceu a categoria dos 8x4. Mas atualmente esses veícu-

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los já são projetados para essa finalidade e saem de fábrica como verdadeiros caminhões off-road. Por conta dessa “evolução da espécie”, associada ao seu menor custo de aquisição e de operação, bem como à capilaridade da rede de concessionárias e à maior disponibilidade de peças de reposição, os caminhões rodoviários tornaram-se um padrão para o transporte de materiais em canteiros de obras. Eles ocuparam o espaço antes reservado aos tradicionais fora-de-estrada, hoje praticamente inexistentes nas frotas das construtoras e usados

apenas em aplicações específicas. A redução no volume de grandes projetos de infra-estrutura em implantação no País também contribuiu para esse cenário, já que o uso de modelos rodoviários como caminhão basculante proporciona melhor relação custo/benefício diante do atual perfil das obras em execução. E para atender a demanda do setor de construção, as principais montadoras não param de incorporar inovações aos seus veículos. Frenagem auxiliar Segundo Marcos Hita, engenheiro


CAMINHÕES BASCULANTES

Diseñados para trabajo pesado

FM 440, da Volvo: eixos, molas e chassi reforçados para aplicações severas

de Vendas da Iveco Brasil, a empresa diferencia sua linha de rodoviários para construção dos tradicionais offroad somente pelo tamanho e, consequentemente, a capacidade de carga. “Utilizamos componentes mais reforçados nas embreagens, platôs, cardans e cruzetas para suportar os esforços gerados pelo aumento de potência e torque. Isso assegura a transmissão da força necessária ao tracionamento do veículo”, diz ele. Os modelos da linha Trakker são equipados com motor de 380 cv de potência (1.500 a 1.900 rpm) e torque de 1.800 Nm. “Os caminhões para aplicação em rodovias seguem a mesmas especificações e a diferença fica por conta dos reforços nos eixos traseiros, com redução nos cubos de rodas para os serviços fora-de-estrada.” Segundo Hita, nesse tipo de operação, os veículos precisam vencer rampas acentuadas, muitas vezes com carga, o que demanda maior capacidade de frenagem. Por esse motivo, eles são dotados de freios auxiliares – retarders ou intarders – banhados em óleo. “Aumentamos a capacidade de frenagem transformando energia cinética em calor, sem o uso de materiais de fricção como lonas ou pastilhas.” O engenheiro explica que, antes de adquirir um caminhão para uso em canteiro de obras, é necessá-

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rio equacionar as relações de redução das marchas com a relação de redução do eixo traseiro. “Precisamos alcançar o melhor desempenho com a maior força possível na roda dentro do PBT ou PBTC homologado para o veículo”, diz ele. Assim como no caso de outros fabricantes, a linha Trakker possibilita uma customização do modelo, com a escolha de motor, pneus e caixa de cambio mais adequados à operação. Dotados de motor eletrônico, os caminhões Trakker foram lançados na América Latina em 2004 e, segundo Hita, apenas a Camargo Correa adquiriu 30 unidades do modelo 380 T38, que foram usados numa obra de barragem na Colômbia. Maior capacidade Deonir Gasperin, engenheiro de Vendas da Volvo, compara os modelos rodoviários atuais com os mais antigos, ressaltando os aprimoramentos que eles incorporaram para as aplicações fora-de-estrada. “Há pouco tempo, o peso bruto dos nossos 6x4 era de no máximo 33 t e hoje temos modelos com até 41 t de capacidade”, diz. O engenheiro explica que os cilindros do freio ficavam por baixo e hoje estão posicionados acima no sistema, mais protegidos das agressões de uma pista sem pavimentação. “O próprio centro do eixo tem uma parte proe-

Podemos olvidar el viejo concepto de que los camiones de tracción 6x4, desarrollados inicialmente para el transporte de carga por carretera y que en la actualidad están presentes en todos los obradores brasileños, son mero fruto de adaptaciones para transformarlos en vehículos todo terreno. Es cierto que nacieron de ese tipo de mutación: se aumentó la capacidad de carga, se reforzaron el embrague y el freno auxiliar y, para trabajar en tareas más pesadas, se los dotó con un eje más, de modo que se estableció la categoría 8x4. Pero, en este momento, estos vehículos ya son diseñados específicamente para este fin y salen de fábrica como verdaderos camiones todo terreno. A raíz de esa “evolución de la especie”, conjuntamente con el menor costo de adquisición y de operación, así como con la capilaridad de la red de concesionarias y la disponibilidad de los repuestos en el mercado, los camiones carreteros se han convertido en una norma en el transporte de materiales en los obradores. Han reemplazado a los tradicionales fuera de carretera, que ya prácticamente no forman parte de las flotas de las empresas constructoras y solo son usados en aplicaciones específicas. La reducción del volumen de los

Modelo Trakker, da Iveco: customizado para cada aplicação


CAMINHÕES BASCULANTES minente, diferente dos modelos antigos. Hoje, ao olharmos por baixo do caminhão, é fácil perceber o quanto seu vão livre ficou maior”. Além disso, Gasperin diz que o sistema de freio é projetado para trafegar em pistas encharcadas, pois seu ajuste automático está localizado dentro da roda e não mais na carcaça do freio, eliminando a entrada de poluentes. Ele afirma que os modelos 6x4 apresentam maior desenvoltura nas rampas acentuadas, o que os torna mais indicados para aplicação em construção. “Numa frente de mineração, por outro lado, devido à menor inclinação das rampas, geralmente na faixa de 12% a 14%, o uso de modelos 8x4 pode ser mais competitivo”, ele avalia. Além da melhor desenvoltura nas rampas, os caminhões usados em construção precisam de eixos com carcaças robustas, para suportar a carga transportada sob severas condições de topografia. “Aliás, essa é a principal característica dos veículos usados no setor; por isso sempre os dimensionamos com molas reforçadas e chassi curto, pois a caçamba precisa ser montada sobre uma plataforma menor do que a usada em outras aplicações, como no caso da cana-de-açúcar”. Segundo Gasperin, todos os modelos da linha FM fabricados pela Volvo são equipados com motores eletrônicos e freio-motor. Diferentes velocidades Com quatro modelos comercializados no Brasil para aplicação em canteiros de obra, a DaimlerChrysler aposta nos mais novos integrantes da linha Axor, os caminhões 4140 e 4144, lançados no final de 2005, para competir na categoria dos extrapesados 6x4. “Com 41 t de peso bruto, esses modelos oferecem a maior capacidade de carga da categoria”, diz Gilson Mansur, diretor de Vendas para o Mercado Interno da montadora. Segundo ele, os caminhões são equipados com o motor eletrônico OM 457 LA, de 401 cv de potência e 204 kgfm de torque (Axor 4140) e 428 cv de potência e 214 kgfm de tor-

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que (Axor 4144). “O modelo 4144 é indicado para usuários que demandam velocidades elevadas e maior capacidade de carga na subida, enquanto o 4140 mostra-se ideal nas operações mais travadas, com velocidades menores”, diz Eustáquio Sirolli, gerente de Marketing para Caminhões da DaimlerChrysler. Assim como os modelos mais antigos da linha Axor (3340 e 3344 K), também indicados para operação off-road, o 4140 e o 4144 são equipados com o freio-motor Turbo Brake, uma exclusividade da Mercedes Benz. A tecnologia, segundo a empresa, não adiciona peso ao veículo, dispensa a interface com o sistema de refrigeração e a necessidade de óleo lubrificante. “Como opcional, os caminhões podem agregar o retarder hidrodinâmico”, complementa Sirolli. Mais robustos Segundo Julio Steg, analista de Marketing da Volkswagen Caminhões e Ônibus, a montadora desenvolve quatro modelos de rodoviários 6x4 para aplicações em construção, com opção de montagem na versão 8x4. Os caminhões VW 26.220, 26.260, 31.260 e o 31.320 contam com suspensões e eixos mais robustos e motores com potências que variam de 260 cv a 320 cv e torque de 900 a 1.290 Nm. “Com essa configuração, eles são capazes de vencer diversas condições de rampa e declive No Volkswagen 31.320, relação de transmição e eixo reduzida aumenta a capacidade de tração

grandes proyectos de infraestructura en construcción en el Brasil también ha contribuido a esta situación, debido a que el uso de modelos de transporte vial como camiones volcadores brinda una relación costo beneficio más ventajosa dado el perfil actual de las obras en curso. Para responder a la demanda del sector de la construcción civil, las principales automotrices incorporan permanentemente innovaciones a los vehículos que producen. Según la opinión de Marcos Hita, ingeniero de Ventas de Iveco Brasil, la empresa diferencia su línea de camiones carreteros para la construcción de los todo terreno tradicionales solo por el tamaño y, consecuentemente, por la capacidad de carga. “Usamos componentes más reforzados en los embragues, platos de embrague, cardanes y crucetas para que aguanten el esfuerzo extra generado por el aumento de la potencia y el par motor. De este modo, aseguramos la transmisión de la fuerza de tracción que el vehículo necesita.” Deonir Gasperin, ingeniero de Ventas de Volvo, compara los modelos carreteros actuales con los de hace un tiempo y pone de relieve los cambios que incorporaron para el trabajo en aplicaciones fuera de carretera. “Hasta hace poco, el peso bruto de nuestros 6x4 era de 33 t como máximo y ahora ofrecemos modelos con hasta 41 t”, afirma.


CAMINHÕES BASCULANTES comuns na construção”, diz Steg. Ele explica que os veículos trazem relações de transmissão e eixo traseiro mais reduzido, proporcionando maior capacidade de tração nas operações severas. Além disso, podem ser equipados com retarder como opcional, que auxilia na capacidade de frenagem. “Todos os nossos modelos, com exceção do VW 26.220, são equipados com motores eletrônicos, que permitem sua diagnose e monitoramento, além de indicar a incidência de falhas e auxiliar na manutenção dos veículos.”

Cargo incorpora válvula sensivel à carga: rodas não travam na frenagem

Recentemente, o grupo Holcim adquiriu 110 unidades de caminhões 26.260, para suas operações de transporte de cimento e concreto, em versões com tração 6x4 e 8x4. Outra empresa do setor, o Grupo Equipav, adquiriu mais 50 unidades e o especialista cita ainda como clientes as construtoras Andrade Gutierrez (com a compra de 80 unidades) e Odebrecht, que adquiriu 15 caminhões da marca. Maior força nas rodas A Scania produz modelos com 310 hp e 420 hp de potência, respectivamente os caminhões P310 e P420, que são fabricados nas versões 6x4 e 8x4. O primeiro não possui redutor no cubo do eixo traseiro, diferente-

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mente desse último, o campeão de vendas da marca, com mais de 700 unidades comercializadas no Brasil nos últimos três anos, que atinge até 47 t de PBTC. “Para aumentar mecanicamente a capacidade de superar rampas acentuadas, nossos modelos utilizam a redução do diferencial, que pode ir até 5,14:1. Essa medida amplia a força nas rodas, auxiliando as operações em terrenos adversos”, diz Celso Mendonça, da Engenharia de Vendas da Scania. “Além disso, os veículos são equipados com marchas superlentas, denominadas crawler, para aumentar sua capacidade de tração”, ele complementa. Os caminhões são equipados com retarder hidráulico que, em conjunto com o freio motor, pode gerar até 872 hp de potência na frenagem, a maior disponível no mercado, segundo Mendonça. “É importante lembrar que o retarder não utiliza a rotação do motor e não solicita dele forças desnecessárias, proporcionando menor custo operacional para os caminhões.” Vencendo rampa de 30% O gerente de Engenharia de Vendas da Ford Caminhões, Strauss Rossi, explica que os veículos da marca são dotados de dois eixos traseiros com tração. “Quando necessário, para se evitar operações com excesso de carga, um segundo eixo direcional é instalado e transformamos o 6x4 em 8x4.” A carcaça dos eixos tem espessura de 16 mm e suportes para ancoragem do sistema de suspensão (tipo tandem). Esses suportes são em ferro-fundido, estruturados e soldados à carcaça dos eixos, garantindo a resistência necessária às operações off-road. Os rodoviários da marca Ford Cargo são equipados com motores de 320 cv de potência e 131 kgfm de torque. “Quando associamos essa motorização a uma embreagem servo-assistida de 395 mm de diâmetro, uma transmissão de 10 velocidades com relação extra-reduzida de 19,58:1 e eixos traseiros com

Mercedes 4144 é ideal para aplicações com velocidades elevadas

relação 4,56:1, conseguimos uma capacidade de tração de 63 t e capacidade de partida em rampa de até 30%”, explica Rossi. Para vencer tamanha inclinação, a Ford substitui a caixa de mudanças e a relação do eixo traseiro, reduzindo a relação final de transmissão. O freio auxiliar é o retarder, seja ele hidrodinâmico ou eletromagnético. “O primeiro precisa ser refrigerado e, para tanto, usa sistema separado de arrefecimento ou necessita de um redimensionamento do sistema de arrefecimento do caminhão. Já o eletromagnético não interfere nesse sistema, pois é refrigerado pelo ar ambiente e instalado entre a árvore de transmissão e o eixo traseiro”, explica Rossi. Para ele, a vantagem do retarder, além da eficiência, é a contribuição para a maior durabilidade do sistema de freio homologado (convencional). “Esse auxílio acontece principalmente na diminuição de toques nas lonas e tambores, reduzindo o custo operacional do frotista”, diz o especialista. Além disso, os veículos da marca receberam válvulas sensíveis à carga, que evitam o travamento das rodas traseiras durante as frenagens quando o caminhão está vazio ou com meia carga. Segundo Rossi, toda a linha Ford Cargo é equipada com motores eletrônicos, que proporcionam melhor gerenciamento de suas funções e contribuem com a redução na emissão de poluentes. A linha conta com quatro modelos para aplicação em construção, que, na prática, atingem uma capacidade de carga líquida pouco abaixo de 20 t.

DaimlerChrysler: www.daimlerchrysler.com.br Ford: fordcaminhoes.com.br Iveco: www.iveco.com.br Scania: www.scania.com.br Volkswagen: www.vwcaminhoeseonibus.com.br Volvo: www.volvo.com/trucks/brazil-market/pt-br


OPINIÃO DO USUÁRIO

Maior produção com economia de custo Movimentando minério de ferro, carvão, escória e outros materiais agressivos em usinas siderúrgicas, carregadeiras L110E e L120E reduzem os custos operacionais do grupo EES Para uma empresa cuja frota opera sob severas condições de trabalho, dispor de equipamentos robustos e confiáveis é uma condição necessária para a busca de maior produtividade. Esse é um dos motivos que levou a Elba Equipamentos e Serviços, empresa pertencente ao grupo EES, de Minas Gerais, a optar pelas pás-carregadeiras L110E e L120E na hora de renovar sua frota. “Nosso parque de máquinas é bem diversificado e, em 2006, adquirimos 12 unidades dessas carregadeiras da Volvo, que estão atendendo as expectativas em termos de desempenho, manutenção e custo operacional”, afirma Sylvio Barbosa Neto, diretor de Operações da empresa. A empresa presta serviços de logística, movimentação, armazenamento e distribuição de materiais, mobilizando uma frota composta por escavadeiras hidráulicas, carregadeiras, empilhadeiras, guindastes, caminhões, retroescavadeiras, tratores de esteiras e de pneus, entre outros. Como sua carteira de clientes reúne si-

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derúrgicas do porte da Gerdau Açominas, Mittal Arcelor e Usiminas, os equipamentos trabalham em pátio de minério de ferro, de carvão, movimentando escórias ou carepas – resíduos formados na superfície do aço por oxidação. “As carregadeiras operam 24 h por dia em ambientes agressivos em termos de abrasividade, poeira e temperatura elevada”, diz Neto. Nessas condições de trabalho, ele ressalta que as máquinas estão oferecendo alto índice de produção sem apresentar nenhum problema de manutenção. “Elas são relativamente novas, com cerca de 2.000 h de operação, mas surpreende o fato de pararem apenas durante as lubrificações e trocas de filtros, a cada 125 h, e para as revisões programadas a cada 1.000 h.” A L110E é equipada com caçamba de 2,2 m3, na movimentação de minério de ferro, ou de 4 m3, no caso de carvão, enquanto a L120E usa concha de 2,5 m3 quando opera no pátio de minérios, ou de 5 m3 para o manuseio de carvão. “Muitos clientes estão solicitando a Volvo nos nossos novos contratos.”


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OPINIÃO DO USUÁRIO

Perfil das carregadeiras Características Potência bruta do motor Força de desagregação Peso operacional Carga de tombamento em giro total Caçamba

L110E

L120E

231 hp (1.700 rpm)

245 hp (1.700 rpm)

156,3 kN (*)

162,2 kN

18 t/20 t

19 t/21 t

11.160 kg

11.160 kg

2,7 m / 9,5 m 3

3

2,6 m3 / 9,5 m3

(*) Caçamba 3,1 m , com lâmina reta parafusada e pneus 23.5R25 3

Economia no consumo Segundo a fabricante, boa parte dos ganhos de produção, decorrentes do uso de caçambas de maior capacidade, deve-se à articulação de torque paralelo (TP) do equipamento, um sistema de braço que proporciona força de desagregação maior e uniforme em toda a faixa de elevação. As carregadeiras também são dotadas de sistema hidráulico sensível à carga, fornecendo a pressão exigida a cada momento e de acordo com a necessidade da operação. De acordo com a Volvo, isto se traduz em respostas mais rápidas e suaves com economia no consumo de combustível. Sylvio Barbosa Neto, do grupo EES, confirma o resultado. “Elas apresentam boa força de desagregação e seu consumo de diesel é em torno de 16 l/h de operação, abaixo das carregadeiras do mesmo porte.” Essa economia deve ser atribuída ainda à transmissão powershift com contra-eixo, que oferece alto torque a baixas rotações do motor. Como o sistema é automático, basta o operador selecionar se o deslocamento é à frente ou à ré e o equipamento faz o restante, trocando as marchas automaticamente, de acordo com sua

velocidade e a rotação do motor. “Por esse motivo, bem como o baixo nível de ruídos, a boa visibilidade e conforto dessas máquinas, os operadores mostram-se satisfeitos em trabalhar com elas e isto também resulta em maior produtividade”, pondera Neto. As carregadeiras L110E e L120E também atuam nas operações da MMR Movimentação e Recuperação de Resíduos, outra empresa do grupo EES, mas apenas em atividades específicas. Isto porque a empresa movimenta materiais em condições ainda mais agressivas, como a limpeza de aciarias e a remoção de escória na boca dos fornos. “Elas suportariam o serviço, mas como os materiais manuseados chegam à temperatura de 800 ºC, optamos por poupá-las dessa tarefa e usar equipamentos com menos recursos eletrônicos, já que elas são dotadas de softwares sofisticados.” Monitorando a operação Esses recursos de eletrônica embarcada das carregadeiras, entretanto, deve possibilitar à empresa um ganho adicional inesperado. Isto porque a aquisição dos equipamentos foi acompanhada pela compra do sistema Matris, que permite acompanhar sua

Equipamentos trabalham em ambiente agressivo em termos de temperatura, poeira e abrasão

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Mayor producción con costos más bajos Pa r a l a s e m p re s a s c u y a s f l o t a s trabajan en condiciones seve ras, contar con una maquinaria ro b u s t a y c o n f i a b l e e s c o n d i c i ó n indispensable para aumentar la p ro d u c t i v i d a d . Po r e s e m o t i v o Elba Equipamentos e Serviços, e m p re s a q u e p e r t e n e c e a l g r u p o E E S, d e M i n a s G e r a i s , e n e l m o m e n t o d e re n o v a r s u f l o t a , o p t ó p o r l a s p a l a s c a rg a d o r a s L 1 1 0 E y L 1 2 0 E . “ N u e s t ro p a rq u e d e m á q u i n a s e s m u y d i v e r s i f i c a d o y, e n el 2006, adquirimos 12 unidades d e e s e t i p o d e c a rg a d o r a s Vo l v o , que cumplen con nuestras expect a t i v a s c o n re s p e c t o a l d e s e m p e ño, el mantenimiento y el costo de o p e r a c i ó n” , a f i r m a S y l v i o B a r b o s a N e t o , d i re c t o r d e o p e r a c i o n e s d e l a e m p re s a . La empresa presta servicios de logística, manipulación, almacenamiento y distribución de materiales, con una flota compuesta por excavadoras hidráulicas, cargado ras, montacargas, grúas, camiones, retroexcavadoras, tractores topadores y sobre ruedas, etc. Como su cartera de clientes incluye a empresas siderúrgicas de la envergadura de Açominas Gerdau, Mittal Arcelor y Usiminas, la maquinaria trabaja en playas de mineral de hierro y de carbón, además de acarrear escoria o cascarilla (residuo formado en la superficie del acero por oxidación). “Las cargadoras trabajan 24 h por día en ambientes agresivos debido a los niveles altos de abrasión, polvo y temperatura”, explica Barbosa Neto, que resalta que, en esas condiciones de trabajo, las máquinas están logrando un elevado índice de producción sin presentar problemas de mantenimiento. “Son relativamente nue vas, tiene unas 2.000 h en operación, pero es sorprendente que solo paren para lubricación y cambio de filtros cada 125 h, y para revisio nes programadas cada 1.000 h.”

Sistema Matris: 30% de econômia em peças com a melhora na operação

operação e identificar possíveis falhas. Dessa forma, um técnico do grupo EES, treinado pela Volvo, percorre os sites da empresa com um laptop para a coleta dos dados. Com as informações obtidas, é possível identificar onde os operadores estão errando e programar cursos para sua maior capacitação.

O sistema Matris consiste em uma ferramenta que registra o histórico operacional da máquina, como a temperatura e rotação do motor, pressão do sistema hidráulico, consumo de combustível, tempo de operação em marcha lenta, velocidade de deslocamento e outros. Tais informações, transferidas para um laptop, permitem avaliar as condições de uso do equipamento por meio de relatórios. “O software é relativamente barato, de fácil manuseio e, com ele, esperamos elevar a vida útil dos subconjuntos dos equipamentos em até 30%, apenas devido à melhora na operação”, avalia Neto. Além da Elba e da MMR, o grupo EES controla a empresa M2R, dedicada ao beneficiamento de sucatas. Ela opera uma planta do tipo Shredder, em Juiz de Fora (MG), para o corte, trituração e preparação dos materiais em fardos. Nessa divisão do grupo, Neto explica que, além da planta de bene-

ficamento propriamente, a empresa trabalha preponderantemente com escavadeiras equipadas com garras e eletroímã, bem como carregadeiras, guindastes, caminhões do tipo Vac-all (para limpezas e sucções pesadas) ou traçados com caçamba roll on/roll off. A frota de equipamentos do grupo soma aproximadamente 320 unidades, distribuídos entre suas três operações, cuja manutenção se baseia numa forte intervenção preventiva, com o acompanhamento dos registros de horímetro, análise de óleo e outras ações de controle. “A cada 125 h, trocamos óleos e filtros em todas as máquinas, pois apesar delas trabalharem algumas vezes com matérias de baixo peso específico, as condições de serviços são muito adversas”, conclui Neto.

Grupo EES: www.elba.com.br Volvo: www.volvo.com/constructionequipment/brazil/br-pt


ELETRÔNICA EMBARCADA

Monitoramento remoto ainda esbarra no preço Tecnologia permite controlar remotamente qualquer parâmetro dos equipamentos. A questão é adequar seu custo à realidade do setor de construção Amplamente usada por transportadoras de cargas, algumas mineradoras e companhias agrícolas, a telemática ainda ensaia seus primeiros passos no setor de equipamentos para construção. Enquanto esses usuários reclamam da ausência de uma padronização na comunicação de dados entre máquinas de diferentes fabricantes, o que dificulta o monitoramento da frota com vista ao controle de produtividade e de manutenção, profissionais de tecnologia da informação (TI) afirmam que tal solução já existe e está disponível no mercado. “Todos os equipamentos integrantes de qualquer tipo de frota podem conversar entre si por meio dos nossos módulos, independentemente do protocolo de comunicação usado ou do software adotado em cada um deles”, afirma Eduardo Ca-

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sagrande, gerente de contas sênior da Siemens Wireless Module. Batizada de M2M (machine to machine), a tecnologia já está presente em máquinas para venda de refrigerantes, por exemplo, mas sua popularização nos canteiros de obras esbarra em fatores como o custo. Para esses usuários, mais importante do que a viabilidade da tecnologia é o retorno do investimento por ela proporcionado. E as cobranças por sistemas amigáveis aumentam de acordo com a percepção das vantagens oferecidas pelo monitoramento remoto dos equipamentos. “Além de possibilitar melhor dimensionamento e adequação da frota à aplicação, com ganhos de produtividade e no controle de ciclo, ele elimina erros humanos na transferência de dados”, diz José Pegoraro Dias, gerente de equipamentos da

El monitoreo remoto todavía se ve limitado por el precio La telemática, ya ampliamente usada por empresas del agro, mineras y de transporte de carga, está recién dando los primeros pasos en el sector de maquinaria para la construcción. Mientras los usuarios reclaman por la falta de estandarización en la comunicación de datos entre las máquinas de diferentes fabricantes, lo que dificulta el monitoreo de la flota a fin de controlar la productividad y el mantenimiento, los especialistas en tecnología de la información (TI) afirman que la solución ya ha sido desarrollada y está disponible en el mercado. “Todas los equipos que integran cualquier tipo de flota pueden intercomu-


Qualidade e Confiabilidade

Fotos meramente ilustrativas

Alta Qualidade Confiabilidade Total Economia Comprovada Suporte ao Produto Eficiente e Eficaz Alta Disponibilidade de Peças Alta Disponibilidade Mecânica Atendimento Imediato Ampla Rede de Distribuidores no Brasil e no Exterior.

EQUIPAMENTOS PARA CONSTRUÇÃO

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ELETRÔNICA EMBARCADA Odebrecht. Segundo Wagner da Costa Fonseca, diretor da Netz Automotiva, o acompanhamento do trabalho do operador em tempo real contribui com o planejamento da manutenção e a maior vida útil dos equipamentos. Como exemplo, ele ressalta a possibilidade de se adequar o treinamento do pessoal de acordo com os problemas identificados, como falhas nas trocas de marcha ou excesso de velocidade, entre outros parâmetros passíveis de monitoramento remoto. “Os usuários podem diminuir as emissões de poluentes com a adoção de combustíveis alternativos e obter maior segurança na operação com os motores eletrônicos, que podem ser gerenciados remotamente”, ele afirma. Cerca virtual Eduardo Casagrande, da Siemens, ressalta que o sucesso na implantação de um projeto desse tipo está relacionado ao estudo das necessidades de cada empresa. “Mesmo entre as construtoras, por exemplo, é preciso fazer um levantamento minucioso dos processos operacionais do usuário e dos seus objetivos”, diz ele. Dessa forma, o sistema pode estabelecer funcionalidades como a criação de uma “cerca virtual” para a operação dos equipamentos. Com base em um mapa digital, ele permite estabelecer uma área ou período de horas para a operação das máquinas monitoradas, impedindo seu funcionamento fora de tais parâmetros. Além de proteger o patrimônio, tal funcionalidade resulta em segurança à operação e melhor acompanhamento das rotinas da empresa. Casagrande salienta que o sistema é facilmente integrado a diversos sensores, relés e atuadores. “Entendendo isso, é possível imaginar o leque de soluções existentes”, ele complementa. A Delphi, que fabrica componentes e sistemas para veículos e equipamentos de construção, além de desenvolver hardware para monitoramento remoto, partilha de opinião semelhante. “Qualquer parâmetro das máquinas pode ser monitorado e transferido para um sistema

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Alguns sistemas usam redes proprietárias, tipo RF ou wi-fi

capaz de interpretar esses dados e os transformar em informações relevantes para a construtora”, diz Eurico Fernando Gonçalves, supervisor de Produtos e Soluções da Delphi. Segundo o especialista, o monitoramento remoto atua como um “técnico sempre presente” em cada equipamento. Isto porque qualquer sinal vital controlado pela eletrônica embarcada da máquina, como pressão hidráulica, temperatura e rotação do motor, pode ser transmitido pelo sistema, evitando que eventuais problemas sejam detectados apenas com uma visita em campo para coleta de dados. “Ele acompanha seu desempenho em tempo real e permite programar as paradas de manutenção, identificando as falhas antes que o problema se torne mais grave.”

nicarse a través de nuestros módulos, independientemente del protocolo de comunicación o del software adoptado en cada uno de ellos”, afirma Eduardo Casagrande, gerente de cuentas senior de Siemens Wireless Module. Esta tecnología, denominada M2M (comunicación máquina a máquina), está presente en máquinas expendedoras de gaseosas, por ejemplo, pero su difusión en los obradores se ve limitada por factores tales como el costo. Para las empresas constructoras, más importante que la factibilidad tecnológica, es el retorno de la inversión que propicia. “Además de facilitar un dimensionamiento más exacto y la mejor adecuación de la flota a la aplicación, con incremento de la productividad y mejor control de los ciclos, elimina el error humano en la transferencia de los datos”, dice José Pegoraro Dias, gerente de maquinaria de Odebrecht.

Cerca Virtual: sistema delimita área ou tempo para operação de equipamentos

Sistema híbrido combina redes GSM e satelital Ainda este ano, a Ariasat prevê a comercialização de um sistema híbrido (via satélite e/ou rede celular GSM) para monitoramento remoto de veículos ou equipamentos pesados. Segundo Delfim Pinto, diretor Comercial da empresa, o sistema emprega o módulo DS-400, desenvolvido pela Delphi, sua parceira em hardware para esse tipo de aplicação. “Com isso, os usuários ganham em flexibilidade e economia de custo na transmissão de dados, de acordo com a disponibilidade de sinal em cada região de operação”, ele avalia.

A transferência de dados por rede satelital usa o sistema Orbcomm de satélites de baixa órbita, já empregado pela empresa nas transmissões realizadas com o módulo DS-300, também produzido pela Delphi, para monitoramento de frotas de veículos, equipamentos de construção ou agrícolas. “Associada a um computador de bordo, que podemos oferecer para o cliente, essa solução permite acompanhar o desempenho dos operadores e proporciona redução dos custos operacionais”, afirma Delfim.


manutenção tecnologia

Gonçalves salienta que essa tecnologia monitora o equipamento desde o início até o término das atividades diárias, acompanhando seu deslocamento versus horas de funcionamento. A solução roda sobre um sistema de posicionamento global (GPS) de alta precisão, estabelecido por uma constelação de satélites de baixa órbita que aumenta a visibilidade nessa rede. “Com essa combinação, eliminamos o risco de interrupção do sinal durante o envio de dados, o que resulta em alta confiabilidade para o sistema.” Custo do sistema As tecnologias para monitoramento remoto existentes no mercado realizam a transmissão de dados por rede satelital ou de telefonia celular. Além das peculiaridades técnicas de cada sistema, essa diferença impacta o custo do serviço. No caso da Ariasat, por exemplo, a principal parceira da Delphi em

monitoramento remoto de frotas, o sistema completo (instalação do módulo e transmissão de dados) é oferecido ao preço médio de R$ 2 mil por equipamento, mais R$ 200 mensais para o envio de dados de cada equipamento. No sistema da Siemens, o custo varia de acordo com o módulo escolhido – que se relaciona intimamente ao tipo de operação e funcionalidades exigidas – mas seu valor médio gira em torno de R$ 400, além de R$ 15 mensais para a transmissão de dados de cada equipamento por rede de telefonia celular. Uma alternativa aos usuários é a montagem de uma rede própria, em geral baseada em radiofreqüência (RF) ou Wi-Fi, mais empregada no setor de mineração. Uma experiência desse tipo foi implantada pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) que, apesar dos ganhos contabilizados com o monitoramento remoto da frota, enfrenta problemas de sinal nas transmissões de dados.

“Com a maior produtividade dos equipamentos, obtida pelo aumento da sua disponibilidade e vida útil, geramos uma economia de R$ 8 milhões/ano”, enfatiza Reinaldo Brandão Gomes, engenheiro sênior de mina da empresa. A extração de minério de ferro em Itabira (MG), é um exemplo: a produção da mina aumentou 15% com otimizações na alocação das máquinas em diferentes pontos – uma exigência da planta de beneficiamento devido a variações nas características físico-químicas do minério – e no sistema de despacho. Mesmo assim, Gomes deixa um alerta: “às vezes enfrentamos problemas com o sinal de transmissão e ainda não quantificamos o custo com a manutenção das redes”.

Ariasat: www.ariasat.com.br Construtora Odebrecht: www.odebrecht.com Delphi: www.delphi.com Netz Automotiva: www.netz.com.br Siemens Wireless Module: www.siemens.com.br


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EQUIPAMENTOS AGRÍCOLAS

Mecanização informatizada no campo Ferramentas de agricultura de precisão, cujo uso cresce ao ritmo de 15% ao ano em todo o mundo, ampliam a produtividade sem maiores investimentos em maquinário Por Fábio Borgonhone (*)

Os primórdios da mecanização da lavoura no Brasil datam do início do século XX. Não há registro preciso sobre a data, mas acredita-se que os tratores agrícolas desembarcaram no País por volta de 1910, junto com os primeiros automóveis, que também representavam uma novidade na época. A evolução dos rudimentares equipamentos de então – fabricados com metal maciço, madeira e manivela para acionamento da partida – até as máquinas informatizadas da atualidade, é resultado de anos de pesquisa, criatividade e evolução da agricultura. Num dos maiores produtores de grãos do mundo, como é o caso do Brasil, a busca pela produtividade e renda no campo sempre impulsionaram as mudanças. Mais do que um patrimônio dos agricultores, equipamentos como plantadeiras e colheitadeiras contribuem para reduzir custos, desperdício e melhorar a qualidade de vida do homem do campo. Eles são fundamentais para a Sistema AFS Guide: controla a aplicação de sementes e defensivos

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produção em larga escala, cada vez mais necessária diante da crescente demanda mundial por alimentos e, de forma irreversível, por combustíveis oriundos de fontes agrícolas, a exemplo do que ocorre com o biodiesel e com o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar. Além de robustez e agilidade no trabalho, o produtor de hoje busca alta performance nos equipamentos agrícolas. Por isso, em termos de conforto para o operador eles estão cada vez mais parecidos com os automóveis de última geração que circulam pelas ruas das grandes cidades. Dotados de suspensão ativa, botões para a troca de marchas e comandos por joystick, eles tornaram-se mais fáceis de operar. Seus modernos recursos de eletrônica embarcada permitem que, ao se conectar um laptop por meio de um cabo, toda a manutenção do equipamento seja facilitada, já que um software faz a leitura dos problemas e sugere soluções.

Sistemas de precisão Outras novidades, mais ligadas à produtividade – como o GPS (Global Position System), monitores de desempenho, barras de luz etc. – englobam um conjunto de facilidades cada vez mais empregadas para se economizar insumos e aumentar a rentabilidade no campo. A isso se convencionou chamar de agricultura de precisão. A adoção desses recursos cresce a um ritmo de 15% ao ano em todo o mundo.

Mecanización informatizada del agro Los primeros pasos de la mecanización del agro en el Brasil se dieron a comienzos del siglo XX. No hay un registro exacto de la fecha, pero es posible que los primeros tractores agrícolas hayan desembarcado en el país alrededor de 1910, junto con los primeros automóviles, que también eran una novedad de esa época. La evolución de esas máquinas rudimentarias hasta llegar a las máquinas informatizadas de la actualidad es resultado de años de investigación, creatividad y evolución de la agricultura. Las últimas innovaciones, relacionadas con la productividad – tales como el GPS (Sistema de Posicionamiento Global), los monitores del desempeño, las barras de luz etc. – engloban un conjunto de facilidades cada vez más usadas para ahorrar insumos y aumentar la rentabilidad del agro. Estas prácticas se denominan agricultura de precisión y su uso aumenta un 15% al año en todo el mundo. Las herramientas de la agricultura de precisión permiten, por ejemplo, monitorear la productividad de granos en determinada parcela de superficie cultivada. En función de los datos recopilados, es posible calcular con exactitud la cantidad de semillas, fertilizantes y defensivos a usar.

Ferramentas da agricultura de precisão permitem, por exemplo, monitorar a produtividade de grãos em determinado talhão da área cultivada. De posse desses dados, é possível saber exatamente qual a quantidade de sementes, adubos e defensivos que se deve utilizar. A Case IH oferece uma série de recursos dessa natureza em seus tratores, colheitadeiras, plantadeiras, colhedoras de cana e algodão. Um deles é o sistema AFS Guide, que recebe e processa informações via satélite, por meio de GPS, e, conectado à direção da máquina, mantém seu traçado na lavoura, proporcionando eficiência à operação. Como um piloto automático, o sistema guia o operador do equipamento de forma que ele não repita a passada no campo. Acoplado na colhedora de cana, esse recurso evita o pisoteio da soqueira e preserva a planta para a próxima safra. Na pulverização, operação que consome grande parte dos investimentos no setor agrícola, o AFS Guide ajuda o operador da máquina a dire-

cionar o bico de aplicação diretamente para a planta que precisa receber o defensivo, evitando repetições, desperdício de produto e excesso de defensivos na lavoura. Estudos realizados pela Case IH e a universidade norte-americana de Purdue, de Indiana, mostram que o uso desse sistema elevou em mais de 10% o rendimento das máquinas no preparo de solo e plantio convencional. A produtividade diária de um operador saltou de 664 hectares para 732 hectares, com economia de tempo na operação e redução na sobreposição de linhas. Os resultados podem variar de acordo com as condições de trabalho, mas os técnicos concluem que há grande potencial de retorno com o uso do AFS Guide, cobrindo maiores áreas plantadas sem aumento no investimento em maquinário. À medida que cresce a necessidade do homem por alimentos, combustíveis e outros produtos agrícolas, a lavoura precisa atingir maiores níveis de produtivi-

dade. Esse impulso levou a mecanização a evoluir muito nos últimos 100 anos e vai continuar determinando seu avanço no futuro. Aliando engenharia mecânica, eletrônica e informática, a nova geração de equipamentos agrícolas está contribuindo para a maior eficiência em praticamente todas as culturas, com redução de custos e uma escala de produção inimaginável alguns anos atrás.

(*) Fábio Borgonhone é gerente de Marketing da Case IH

Case IH: www.caseih.com


GUINDASTES

Tecnologia alemã com tempero brasileiro Montado sobre chassi de caminhão comercial 6x4, novo modelo de guindaste telescópico conta com motor independente, que reduz consumo de combustível em até 70% Com o lançamento do modelo BR 400, em março último, a Madal Palfinger ganha um reforço em sua família de guindastes telescópicos. Sob licença da alemã Sennebogen, a empresa passou a produzir o equipamento em sua unidade industrial de Caxias do Sul (RS), seguindo uma estratégia de atualização da linha de produtos. “Trata-se de mais uma ação para continuarmos oferecendo aos clientes equipamentos que primam pelo desempenho, segurança na operação e flexibilidade nas aplicações”, afirma Hans Schaeffer, presidente da Madal Palfinger. O BR 400 é um guindaste do tipo rodoviário, categoria também denominada como TC (das iniciais em inglês de truck crane), montado sobre chassi de caminhões comerciais e com capacidade para 40 tm (toneladas métricas). Segundo Scha-

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effer, ele apresenta menor distância entreeixos que os demais da categoria, facilitando seu posicionamento em locais de difícil acesso, e é acionado por um motor MWM, de 130 cv, independente do usado no veículo. “Isto possibilita uma economia no consumo de combustível, já que a motorização desses caminhões se situa na faixa de 200 cv a 300 cv.” Ele afirma que o novo modelo consome entre 3 e 3,5 l de diesel por hora de operação, contra a média de até 10 l dos guindastes similares. “A economia também se deve ao sistema load sensing que controla seus movimentos hidráulicos com precisão e faz o motor trabalhar sempre em baixa rotação.” O BR 400 pode ser montado sobre caminhões comerciais com tração 6x4, da classe de 30 t, mas Schaeffer ressalta alguns cuidados necessários, como a eventual

substituição dos cubos de rodas, por exemplo. “Como sua integração veicular é realizada diretamente sobre o chassi, o centro de gravidade fica mais baixo e isso otimiza seu gráfico de cargas.” Fácil deslocamento O primeiro guindaste saiu de fábrica com nacionalização de 50% de seus componentes, mas o executivo espera atingir o nível de 60%, possibilitando sua venda com financiamento via Finame. O equipamento faz parte de um lote adquirido pela Makro Engenharia de Movimento, empresa com sede em Fortaleza (CE), especializada em locação, transporte e içamento de cargas. “Em viagem à Alemanha, visitei as fábricas da Palfinger e da Sennebogen e fiquei impressionado com a sofisticação tecnológica de seus equipamentos”, afirma Fernando Rodrigues, presidente da Makro.


GUINDASTES A partir de então, Rodrigues passou a incentivar a Madal Palfinger a produzir o equipamento da marca no Brasil. “Além de proporcionar segurança e precisão às operações em campo, sua característica de ser montado sobre chassi comercial reduz os custos de mobilização e confere maior competitividade a uma empresa como a nossa, que precisa deslocar guindastes pelas rodovias do País para atendimento a diferentes obras”, diz o executivo. Com 30 anos de atuação no mercado, a Makro figura entre as principais empresas do setor no Norte e Nordeste do Brasil, onde já executou obras em plantas de mineração, cimenteiras, refinarias, usinas eólicas e termelétricas, petroquímicas e montagens industriais em geral, atendendo clientes como a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Petrobras, Alunorte e outros. Para isto, ela conta com um parque de cerca de 80 guindastes de até 550 t e diferentes modelos, como os do tipo todo-terreno, sobre esteiras e TCs. Com a aquisição do BR 400, ela pretende capacitar sua frota para o atendimento também a obras pontuais, que exigem rápida mobilização.

O BR 400 tem 40 t de capacidade a 2 m do seu eixo (11 m de comprimento total) e, com a lança totalmente estendida, atinge 40 m de alcance vertical com o jib aberto. Além desse modelo, a linha de guindastes telescópicos da Madal Palfinger inclui o MD 300 (90 tm) e MD 600 (180 tm).

Avanço dos articulados A empresa também produz no Brasil guindastes articulados sobre chassi comercial (guindauto) com capacidade de até 55 tm, além importar da matriz austríaca modelos de 100 e 150 tm. Hans Schaeffer ressalta que os articulados estão atingindo capacidades de carga cada vez maiores. “Isto faz com que eles deixem de ser usados apenas para movimentar a carga do caminhão para o chão, permitindo levá-la no local em que ela será realmente usada no canteiro”, diz ele. Além de contarem com sistema de bloqueio para excesso de carga, o cálculo para sua integração ao chassi veicular emprega softwares que posicionam e dimensionam o equipamento de acordo com as normas de segurança internacionais e a brasileira (NBR 14768). “Por conta dessa evolução e da forte demanda do mercado, devemos continuar crescendo este ano na faixa de dois dígitos”, ele conclui. Em 2006, a Madal Palfinger atingiu um faturamento de cerca de R$ 100 milhões, dos quais 7 % foram obtidos com exportações, principalmente para paíSchaeffer entrega a chave simbólica do BR 400 a Rodrigues, ses da América do Sul. da Makro

Tecnología alemana con sabor brasileño En el mes de marzo, Madal Pa l f i n g e r r e f o r z ó s u f a m i l i a d e grúas telescópicas con el lanzamiento del modelo BR 400. La e m p r e s a e m p e z ó a p r o d u c i r, b a j o licencia de la compañía alemana Sennebogen, el nuevo modelo en su planta fabril de Caxias do Sul (estado de Rio Grande do Sul), en virtud de su estrategia de actualización de la línea de productos. “Se trata de una nue va acción de nuestra estrategia de ofrecer a los clientes maquinaria que se caracterizan por un excelente desempeño, seguridad operativa y flexibilidad en las aplicaciones”, afirma Hans S c h a e f f e r, p r e s i d e n t e d e M a d a l Pa l f i n g e r. El modelo BR 400 es una grúa a u t o p ro p u l s a d a p a r a c a r re t e r a , categoría denominada TC (truck c r a n e ) , m o n t a d a s o b re c h a s i s d e c a m i o n e s c o m e rc i a l e s d e 4 0 t o neladas métricas de capacidad. Schaeffer informa que trabaja con u n m o t o r M W M d e 1 3 0 c v, i n d e pendiente del que usa el vehículo. “ D e e s t e m o d o s e l o g r a u n i m p o rt a n t e a h o r ro d e c o m b u s t i b l e , d e b i d o a q u e l a p o t e n c i a d e l o m o t o re s d e e s e t i p o d e c a m i ó n v a r í a e n t re 2 0 0 y 3 0 0 c v. ”

Madal Palfinger: www.madalpalfinger.com Makro: www.makroengenharia.com.br


manutenção tecnologia

GUINDASTES

Os chineses estão chegando Com investimentos em expansão industrial e parcerias tecnológicas com fabricantes internacionais, a chinesa XCMG firma-se como maior produtora de guindastes do mundo e prepara-se para disputar o mercado global

e Arvin Meritor (eixos), entre outros. Na área de guindastes, um dos primeiros acordos data de 1979, pelo qual a XCMG teve acesso à tecnologia japonesa da Mitsubishi para a produção de equipamentos sobre chassi de caminhão comercial. A partir de meados da década de 80, outro acordo para transferência de tecnologia, com a Liebherr, proporcionou maior impulso a essa área de negócios. Além dos guindastes hidráulicos do tipo TC, fabricados desde 1981, a companhia se capacitou à produção de modelos mais sofisticados, como os do tipo todo-terreno (all terrain).

Fábrica da XCMG: joint-ventures dão acesso ao melhor da tecnologia

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omo tudo o que vem da China se destaca pelas grandes dimensões, a notícia divulgada pela revista “Cranes Today” não chegou a surpreender os mais atentos observadores do setor de equipamentos para construção. Em sua edição de dezembro último, a publicação norteamericana constatou que o maior fabricante mundial de guindastes não está entre os tradicionais competidores dos Estados Unidos ou Europa. Ele atende pelo nome de Xuzhou Heavy Machinery Co. Ltd., a divisão de guindastes da companhia chinesa XCMG (Xuzhou Construction Machinery Group), e atingiu essa posição por conta da forte demanda local, já que seu volume de exportações ainda é pequeno. Uma visita a Xangai ou Pequim pode comprovar a máxima, já recorrente entre os profissionais do setor, de que um em cada dois guindastes em operação no mundo está trabalhando na China. Para suprir os fortes investimentos em infra-estrutura no país, a empresa ampliou seu parque produtivo e, entre janeiro e junho de 2006, comercializou mais de 4.000 guindastes rodoviários (modelos do tipo TC, das iniciais truck crane em inglês) de 8 t a 200 t de capacidade – o equivalente a 54% dos cerca de

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7.500 guindastes consumidos no mercado chinês. Maior fabricante chinesa de equipamentos para construção, com 26 unidades industriais instaladas no país e vendas de US$ 2,1 bilhões em 2005, a XCMG produz desde guindastes até escavadeiras e pás-carregadeiras, passando por tratores de esteiras, motoniveladoras, máquinas para obras de concreto e pavimentação, entre outras aplicações. O mercado chinês respondeu por 94% de seu faturamento em 2005 e uma pequena parcela das receitas – apenas US$ 120 milhões – foi obtida com exportações. Mas o cenário está mudando e a companhia prepara-se para assumir o papel de competidor global. Com uma estrutura de produção vertical e integrada, a companhia fabrica vários componentes usados em seus equipamentos, como sistemas hidráulicos, eixos, mancais e outros. Em muitos casos, o desenvolvimento de suas máquinas não decorre apenas dos investimentos em pesquisa e modernização do parque fabril. Ele também é resultado de acordos para transferência de tecnologia e joint-ventures com fabricantes como Caterpillar (na área de escavadeiras), Liebherr (para guindastes telescópicos e usinas de concreto), Putzmeister (bombas de concreto)

Los chinos están llegando Como todas las actividades chinas se destacan por las grandes dimensiones, la noticia divulgada por la revista “Cranes Today” no llegó a producir sorpresa a los más atentos observadores del sector de maquinaria para la construcción. En el número de diciembre del año pasado, la revista, editada en los Estados Unidos, constató que el mayor fabricante mundial de grúas no se encuentra entre los competidores tradicionales en los Estados Unidos ni en Europa. El gigante lleva el nombre Xuzhou Heavy Machinery Co. Ltd., la división de grúas de la empresa china XCMG (Xuzhou Construction Machinery Group), y se convirtió en el mayor fabricante en virtud de la gran demanda local, ya que el volumen de productos que exporta todavía es pequeño. Para abastecer al intenso movimiento de construcción de infraestructura de la China, la empresa amplió su parque productivo y, durante el primer semestre del 2006, comercializó más de de 4000 grúas sobre camión (modelos tipo TC, de las iniciales de truck crane) de 8 a 160 t de capacidad, cifra que corresponde al 54% de las aproximadamente 7.500 grúas vendidas en el mercado chino. XCMG tiene agentes distribuidores en Australia, Irak, Kazajstán, Kuwait y Brasil, países a los que exporta con regularidad.

Linha de TCs atinge 130 t de capacidade

Rumo ao mercado externo Atualmente, seu carro-chefe são os guindastes do tipo TC, fabricados em modelos de 16 t a 130 t de capacidade. Mas a empresa também produz modelos all terrain de até 300 t e guindastes sobre esteiras, equipados com lança articulada, em versões que chegam a 300 t, 450 t e 600 t (os dois últimos em fase de lançamento). Em entrevista à “Cranes Today”, o vice-presidente da XCMG, Yin Sheng Du, ressalta que, apesar da pequena participação da empresa no mercado externo, sua disposição é de mudar esse cenário. “Em 2003 exportamos 50 unidades, volume que saltou para 90 em 2004, 300 em 2005 e 1.000 em 2006”, disse ele. A empresa conta com distribuidores na Austrália, Iraque, Cazaquistão, Kuwait e Brasil, países para os quais exporta regularmente. Segundo Sheng Du, a XCMG vislumbra o Brasil como um dos seus principais mercados,

onde sua distribuidora local, a GTM, já comercializou mais de 50 guindastes do tipo TC. “Apesar da linha de equipamentos ser ampla, nosso foco está voltado para esses modelos que, por serem liberados para tráfego em rodovias, resultam em menores custos e prazos na mobilização e desmobilização das máquinas”, diz Levi Damame, diretor da GTM. Lédio Vidotti, também diretor da distribuidora brasileira, ressalta que muitos dos componentes dos guindastes estão disponíveis no mercado, como caixas de transmissão e eixos, o que proporciona menores custos e prazos nos serviços de manutenção. “Além disso, investimos US$ 200 mil em estoque de peças de reposição e formação de mão-de-obra para assistência técnica aos clientes”, ele conclui.

GTM: www.gtm.ind.br XCMG: www.xcmg.com/english


ESPECIAL - 100ª edição

A transformação do setor nas páginas da M&T Ao longo de 100 edições, publicadas ininterruptamente desde 1989, a revista retrata a evolução do mercado de equipamentos brasileiro, antes fechado às importações e com soluções caseiras, para a era das máquinas informatizadas e da economia global Corria o ano de 1989 e a Sobratema, uma jovem associação de profissionais de equipamentos da área de construção, ainda com menos de um ano de existência, procurava implantar os meios para cumprir os propósitos que nortearam sua criação: promover o intercâmbio de informações e o aprimoramento técnico-gerencial do setor. Dessa proposta nasceu a revista M&T, a primeira publicação brasileira do setor de máquinas para construção e mineração. “A idéia surgiu a partir de conversas informais e as primeiras edições foram fruto do trabalho voluntário de profissionais da área de manutenção de diversas empresas”, recorda Jader Fraga dos Santos, então presidente da entidade. O grupo ao qual ele se refere envolvia executivos de manutenção de algumas das principais construtoras da época, como Constran, CBPO, Camargo Corrêa, Conter, Servix, Serveng e Azevedo & Travassos, entre outras, muitos deles ainda com participação ativa no cotidiano da Sobratema. O envolvimento de profissionais desse calibre tinha uma motivação. “Havia uma carência de peças, pois o mercado ainda era fechado às importações e os fabricantes estavam começando a produzir no País; nesse cenário, com pouco intercâmbio de informação, já que não tínhamos a internet e sequer o telefone celular, o homem de manutenção precisava ser muito criativo”, afirma Jader. Para cumprir o papel de difusor das informações, a M&T nasceu com um formato baseado em artigos técnicos, entrevistas com profissionais do setor, notícias sobre as empre-

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sas usuárias de equipamentos e fabricantes. Esse perfil, mantido até os dias atuais, atraiu o apoio da indústria, que acreditou no projeto e se fez presente nas páginas da revista desde as primeiras edições. “Eles sempre nos apoiaram, já que nosso foco, assim como o deles, é o homem de equipamentos das empresas de construção e mineração”, pondera Jader Fugazzola Pimenta, vice-presidente da Sobratema e integrante daquela equipe pioneira. Dessa forma, a revista cresceu, profissionalizou-se e passou a circular nos demais países da América Latina, inclusive com parte de suas matérias em espanhol. Mais recentemente, sua tiragem deixou de ser bimestral para tornarse mensal e a circulação foi ampliada para 12.000 exemplares, auditada pelo IVC. Boa parte dessa evolução deve ser creditada à colaboração permanente do conselho editorial da revista, composto por executivos de empresas usuárias de equipamentos e de fabricantes, que compartilham suas experiências na identificação das pautas, e dos demais profissionais que ajudaram a consolidar a M&T como principal publicação do setor. “Para nós, é motivo de orgulho o fato de a revista chegar à 100ª edição de forma ininterrupta e sempre com informações relevantes para o mercado”, conclui Pimenta. Veja, a seguir, a entrevista cedida por ele e por Jader:

La transformación del sector en las páginas de la M&T Corría el año 1989 cuando Sobratema, una joven asociación de profesionales de equipos del ramo de la construcción civil, buscaba implantar los medios necesarios para cumplir con los propósitos que llevaron a su fundación: promover el intercambio de información y el perfeccionamiento técnico-administrativo del sector. De esa propuesta surgió la revista M&T, la primera publicación brasileña del sector de maquinaria para la construcción y la minería. “La idea surgió luego de varias charlas del grupo y las primeras ediciones fueron fruto del trabajo voluntario de profesionales del área de mantenimiento de diversas empresas”, recuerda Jader Fraga dos Santos, en ese momento presidente de la entidad.


Fotos: Marcelo Vigneron

ESPECIAL - 100ª edição

SERVIÇO DIFÍCIL? PESADO? Jader e Pimentel: perfil do profissional de manutenção mudou em 20 anos

Carentes de informação, precisávamos ser muito criativos na resolução dos problemas cotidíanos”

Jader Fraga dos Santos

M&T – Qual era o cenário na época da fundação da M&T? Jader – Em 1989, o mercado ainda era fechado às importações, principalmente o de peças para reposição, e muitos fabricantes estavam começando a produzir no País. Havia uma carência de informações, pois ainda não tínhamos a internet e sequer o telefone celular, e o homem de manutenção precisava ser muito criativo na resolução dos seus problemas cotidianos. Para se ter uma idéia, era proibido importar até mesmo pino, parafuso e porca. Pimenta – Nossas estruturas de manutenção eram muito grandes, pois realizávamos todos os serviços internamente. As frotas também eram proporcionalmente muito maiores, já que o setor vinha de um ciclo de grandes obras de infraestrutura, e a maior parte das soluções em reparos era caseira. Nossas oficinas contavam com estrutura até mesmo para a manutenção

de motores, realizando externamente apenas as usinagens de peças. M&T – Podemos dizer que o profissional de manutenção mudou nesse período? Jader – Sem dúvida, pois ele precisava ter um perfil focado em mecânica e hoje atua mais como um gestor de frotas, já que as máquinas incorporaram maior tecnologia, zelando por esses ativos com vistas à produtividade e os custos da operação. Serviços que realizávamos na época, como reparos em bomba hidráulica, por exemplo, tornaram-se desnecessários nos dias atuais. Pimenta – Muito dessa transformação também se deve à evolução dos fornecedores em termos de qualidade, desde o mercado de reposição até os

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50 | Março | 2007


ESPECIAL - 100ª edição fabricantes de equipamentos, que introduziram a eletrônica embarcada em suas linhas de produtos, possibilitando seu monitoramente e maior facilidade na manutenção. Para se ter uma idéia, nos anos 80 qualquer parque de quatro ou cinco equipamentos justificava a presença de um engenheiro mecânico no canteiro e hoje isto é necessário apenas em grandes obras, pois tudo é feito de forma centralizada, com muito serviço terceirizado, e no campo realizam-se apenas as tarefas mais rotineiras, como a lubrificação. M&T – Quais os fatos que marcaram essa trajetória de transformação e da M&T? Jader – O grupo de profissionais que se reuniu para fundar a Sobratema sempre pautou suas ações no intercâmbio de informações. Esse propósito norteou a criação da revista e a organização de muitos seminários, mas o grande salto foi a M&T Expo, realizada pela primeira vez em setembro de 1995, no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Ela também surgiu como uma pro posta pioneira e cresceu, transformando - se seguramente numa das principais feiras de

equipamentos para construção e mineração do mundo. Pimenta – Outro fato importante foi a criação das Missões Técnicas, outro programa desenvolvido pela Sobratema nos anos 90, para organizar a visita de delegações brasileiras a grandes eventos internacio nais do setor. Isto potencializou o intercâmbio de conhecimento e trouxe projeção até mesmo internacional para os nossos profissionais. Analisando essa trajetória percorrida, podemos dizer que todas essas ações, incluindo - se a revista M&T, os seminários promo vidos pela associação, a M&T Expo e as Missões Técnicas contribuíram com a valorização do profissional de equipamentos. E isto nos traz orgulho e a sensação do dever cumprido.


manutenção tecnologia

FERRAMENTAS DE PENETRAÇÃO

Fotos: Marcelo Vigneron

a insatisfação dos clientes quanto à durabilidade das FPS. “Independente de fabricante ou de marca, há mais de uma década os distribuidores costumavam aplicar um revestimento sobre a peça para oferecer um produto de maior durabilidade, porém sem a adoção de um processo que garantisse a qualidade final desse serviço.” Como as FPS são fabricadas dentro de rigorosos processos de fundição e tratamento térmico – esse último à base de normalização, têmpera e revenimento – Fernández ressalta que a iniciativa dos distribuidores não resultava em benefícios reais. “Qualquer intervenção nas peças em temperaturas elevadas acaba desestabilizando sua estrutura metalúrgica e, em muitos casos, o revestimento extra se resumia à aplicação de um eletrodo comum.” Para uma empresa que havia ingressado nesse ramo em 2003, com

Design amplia a vida útil da peça Com a linha de FPS autógena, no qual o acúmulo de material escavado funciona como elemento de desgaste da peça, Somasa amplia participação no setor

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Um novo conceito em ferramentas de penetração do solo (FPS) começa a se firmar no mercado com a proposta de oferecer maior vida útil a essas peças e ganhos de produtividade aos usuários de equipamentos de construção e mineração. Combinando inovações no processo produtivo e um design diferenciado em seus produtos, a Somasa surpreendeu os clientes durante a M&T Expo 2006, em junho último, ao apresentar suas primeiras FPS da linha autógena. O coordenador Financeiro da empresa, Júlio Fernández, explica que um levantamento realizado junto ao mercado, em 2005, havia constatado

Diseño prolonga la vida útil de los repuestos

Un nuevo concepto de herramientas de corte (HDC) empieza a consolidarse en el mercado con la propuesta de proporcionar una vida útil más prolongada y mayor productividad a los usuarios de maquinaria para la construcción y la minería. Con una combinación de innovación del proceso productivo y diseño diferenciado en la producción de sus herramientas, Somasa sorprendió a los clientes en la M&T Expo 2006, al presentar sus primeras HDC de la línea autógena. El coordinador financiero de la empresa, Júlio Fernández, explica que un sondeo de mercado, realizado en el

Além da maior durabilidade, design deixa peça auto-falente

2005, había constatado la insatisfacción de los clientes con la durabilidad de las HDC. “Independientemente del fabricante o de la marca, hace más de una década que los distribuidores suelen aplicar un revestimiento al componente para ofrecer productos más durables, pero sin adoptar un proceso que garantice la calidad final del servicio.” Como las HDC se fabrican cumpliendo rigurosos procesos de fundición y tratamiento térmico – este último basado en normalización, temple y revenimiento – Fernádez hace notar que la iniciativa de los distribuidores no ofrecía beneficios reales. “Cualquier intervención en los componentes a alta temperatura desestabiliza su estructura interna y, en muchos casos, el revestimiento extra se resumía a la aplicación de electrodo común.” La empresa, que había iniciado actividades en ese ramo en el 2003, con una producción del orden de 6 toneladas por mes de productos de fun-


FERRAMENTAS DE PENETRAÇÃO uma produção na faixa de 6 mil t/ mês em fundidos, e então já figurava como líder no fornecimento de FPS para o mercado de Minas Gerais, estavam dadas as condições para um salto tecnológico. “Além de adicionar esse material excedente, desenvolvemos um design no qual o material escavado passa a fazer parte da peça como elemento de desgaste.” Nascia o conceito autógeno em ferramentas de penetração do solo. Ponta auto-afiante O sistema se baseia em um perfil, patenteado pela Somasa, que incorpora ranhuras (no caso das pontas, dentes e adaptadores) ou pastilhas (nas lâminas bico de pato) à ferramenta em espessura de 3 mm. Esse design ajuda a conduzir o desgaste da FPS, formando áreas nas quais o acúmulo de material escavado contribui para potencializar sua vida útil. “A durabilidade aumenta em até 60% e, no caso das pontas para caçamba de escavadeira, a ferramenta torna- se auto -afiante, pois ela se desgasta de forma igual e não perde o poder de penetração”, afirma Fernández. Testes realizados em uma grande mineradora de Minas Gerais confirmam esse desempenho. Operando sob severas condições de abrasividade com uma escavadeira Liebherr de grande porte, a empresa precisava substituir um jogo de pontas para a caçamba a cada 80 h trabalhadas e, com a tecnologia autógena, a ferramenta começa a atingir o final de sua vida útil na faixa de 150 h, porém seu perfil permanece afiado. Como o uso das FPS da Somasa não foi especificado para essa operação, a empresa prefere manter seu nome no anonimato. Mas não faltam exemplos de usuários que atestam a eficiência desse sistema. É o caso da Pedreira Basalto 14, localizada em São Paulo, que opera com uma escavadeira Liebherr 944 em pé de rocha, e

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com duas carregadeiras em tarefas de apoio e de pátio, modelos Caterpillar 980 e 962, todas equipadas com ferramentas de penetração da marca. “Elas proporcionam ótimo resultado e, no caso das pontas para escavadeira, atingem 140 h de trabalho, contra o máximo de 60 h registrado por outras marcas, mesmo quando operamos num veio mais duro de rocha”, diz José Luís Furlan, encarregado de produção da empresa. A empresa pertence ao grupo Estrutural, com sede em Campinas (SP), que atua nos setores de construção pesada e imobiliária, além de operar 14 pedreiras e figurar como maior produtor de britas do Brasil (veja boxe na página 59). Segundo Furlan, as ferramentas da Somasa são usadas em várias unidades de mineração do grupo, proporcionando uma economia média de até 50% no que se refere ao consumo de FPS. “Elas trabalham em diferentes condições de abrasividade e dureza, sem apresentar problemas de quebra e sempre com uma vida útil superior.” Assistência em campo As peças são produzidas dentro de rigorosos processos de fundição e tratamento térmico, com ligas de cromo-molibdênio (aço SA AR 400), atingindo dureza na faixa de 400 Hb (brinel) e 25 J/mm 2 de resistência ao impacto. Mas Júlio Fernández, da Somasa, considera esses parâmetros como condição necessária para qualquer empresa que se propõe a oferecer produtos de qualidade. “As ligas e a tecnologia metalúrgica já se tornaram uma commoditie e o diferencial está em desenvolver uma FPS adequada à necessidade de cada cliente”, ele pondera. Po r e s s e m o t i v o , a e m p r e s a investe 15% do faturamento líquido anual em pesquisa, o que se reverte na automação dos processos produtivos em sua fábrica, localizada em Divinópolis (MG), bem como no desenvolvimento de produtos calcados


FERRAMENTAS DE PENETRAÇÃO

Com 14 pedreiras, estoques locais da Basalto englobam peças degiro rápido

em visitas às operações dos usuários finais. Apesar de oferecer essa assistência em campo, ele ressalta que as vendas são realizadas apenas por meio de distribuidoras. Entre outras inovações, a empresa desenvolveu um sistema de reciclagem da areia de fundição, matéria-prima usada na produção dos moldes das peças e cuja destinação final exige rigoroso controle, devido a seus efeitos ao meio ambiente. Por conta dessas preocupações, a Somasa já figura entre os principais fornecedores de FPS do País, com uma produção na faixa de 200 t/mês. Resultado na produção Júlio Fernández explica que outra inovação foi incorporada às lâminas bico de pato, cujo novo perfil na parte traseira possibilita redução de custo e de tempo para sua fixação na caçamba.

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A construtora mineira Maquivila, que atua em serviços de terraplenagem, atesta as vantagens do sistema. Segundo a empresa, que emprega essa FPS em carregadeira Caterpillar 930, o tempo de troca da peça caiu de 10 h para cerca de 2 h, sem contar o aumento de sua vida útil, que saltou da média de 600 h para 980 h. A Tecbrita, produtora de agregados para construção civil de Fortaleza (CE), com uma capacidade instalada de 35 mil m 3/mês, também figura entre os usuários de ferramentas de penetração da marca. “Como a Somasa adota um marketing agressivo e diferenciado, ficamos curiosos em conhecer seus produtos que, após um período de testes, nos surpreenderam com sua durabilidade”, afirma Hugo Moreira Sales, diretor Comercial da empresa. E l e ex p l i c a q u e o s r e s u l t a d o s se estendem a 14 peças da linha

dición y ya lideraba la provisión de HDC del mercado de Minas Gerais, encontró las condiciones para dar un salto tecnológico. “Además de agregar material excedente, desarrollamos un diseño especial para que el material excavado se integre a la herramienta actuando como material de desgaste.” Así nació el concepto de herramientas de corte autógenas. El sistema se basa sobre un perfil, patentado por Somasa, con ranuras (en el caso de las puntas, dientes y adaptadores) o pastillas (en las hojas pico de pato) de 3 mm de espesor. Ese diseño ayuda a distribuir el desgaste de la HDC, formando áreas en las que la acumulación de material excavado contribuye a prolongar su vida útil. “La durabilidad aumenta hasta el 60% y, en el caso de las puntas de cucharón de excavadoras, la herramienta se autoafila, pues se desgasta de forma pareja y no pierde su poder de penetración”, afirma Fernández.


FERRAMENTAS DE PENETRAÇÃO d e F P S, a q u a n t i d a d e d e i t e n s j á u s a d o s p e l a Te c b r i t a , c o m destaque para a lâmina bico de p a t o p a r a c a r r e g a d e i r a Fi a t a l l i s FR 180 e para as pontas de pe netração de escavadeira Lie bherr 944. Nesse último caso, o g a n h o e m d u r a b i l i d a d e s u rpreende pelo tipo de atividade exe c u t a d a p e l o e q u i p a m e n t o ,

q u e o p e r a e m p é d e r o c h a c a rregando o material desmontado em caminhões fora- de - estrada, para seu transporte até a planta de britagem. Já as carregadeiras atuam em serviços de pátio. Como a escavadeira opera em diferentes condições de trabalho, removendo a cobertura de solo ou atuando diretamente no veio de rocha, Morei-

Manutenção centralizada atende 14 unidades Maior produtor de britas do Brasil, o grupo Estrutural controla uma pedreira no Paraná e outras 13 unidades distribuídas entre as regiões de Campinas (SP) e Grande São Paulo, que somam uma capacidade instalada de 800 mil m3/mês. Para atender esse volume de produção, ele opera com uma frota de cerca de 110 equipamentos, entre escavadeiras, pás-carregadeiras, caminhões-pipa, carretas de perfuração e comboios de lubrificação, além de contar com 90 caminhões fora-de-estrada, modelos RK 425C e 430C, para o transporte de materiais entre as frentes de lavra e as plantas de britagem. Devido à necessidade de atender as demandas de tantas unidades, o coordenador de Produção do grupo, Carlos Alberto Santos, explica que a área de manutenção segue uma filosofia centralizada. “Contamos com uma central de equipamentos, de onde acompanhamos os relatórios sobre as máquinas em cada pedreira do grupo, como as horas trabalhadas, análise de óleo e as ações preventivas realizadas em campo”, diz ele. Essa unidade, localizada em Campinas, dispõe de mecânicos especializados em cada atividade e abriga o estoque de peças maiores para eventuais substituições, como motores, pneus, sistemas de transmissão e outros. Ela também centraliza uma frota reserva, com o mínimo de um equipamento de cada tipo – até mesmo britadores – para suprir as demais unidades diante da necessidade de parada de uma máquina. Ao todo, a estrutura do setor mobiliza cerca de 50 profissio-

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nais, incluindo duas pessoas em cada unidade para a gestão de estoque local – apenas as peças de maior giro, como filtros, materiais de desgaste e ferramentas de penetração do solo (FPS) – e para as intervenções corretivas – levantamento de horímetro e lubrificação dos equipamentos. Para gerenciar essa estrutura, Santos explica que a empresa adota uma padronização na frota, com o uso de escavadeiras Liebherr de 28 t, dotadas de caçamba de 2,5 m3, para os serviços de escavação e carregamento. Os serviços de pátio ficam por conta de carregadeiras Volvo L120 e Caterpillar 950G e 962 G. O conceito de padronização também se estende ao uso das FPS, segmento no qual a Somasa figura entre os fornecedores do grupo.

Caneta de perfuração em operação na Pedreira Basalto 14

ra Sales evita falar em vida útil da FPS de forma genérica, “o que poderia mascarar o resultado”. Por esse motivo, ele avalia seu desempenho com base no volume de rocha carregada. “Isso reflete melhor o impacto da ferramenta na produção e, nesse item, ela apresentou uma durabilidade superior entre 27% e 30% em relação a outros produtos”, afirma o executivo. Segundo ele, a rocha lavrada pela mineradora é um gnaisse “menos duro que o basalto, porém bem mais abrasivo, com índice de 0,48, já que sua genealogia apresenta a presença de sílica”. A linha autógena da Somasa está disponível para uma variedade de pontas, dentes, adaptadores e lâminas bico de pato para escavadeiras, retroescavadeiras, carregadeiras e tratores de esteira de diferentes marcas. Mas Júlio Fernández planeja prosseguir com a ampliação da linha no segundo semestre, incluindo o lançamento de novos produtos.

Pedreiras Basalto: www.grupoestrutural.com.br Somasa: www.somasa.com.br Tecbrita: (085) 3231.4400


PAVIMENTAÇÃO

Ciber vende centésima usina contra-fluxo modular

Projetada em sistema modular, que reduz custos de produção e de manutenção, usina de asfalto contra-fluxo da empresa se consolida como padrão nos mercados brasileiro e latino-americano

A

Ciber, subsidiária brasileira do grupo alemão Wirtgen, comemorou em março a comercialização da sua centésima usina de asfalto do tipo contra-fluxo modular. Ela integra um pacote de oito equipamentos, todos do modelo UACF 17 P-1, entregues à empresa estatal de petróleo e gás da Venezuela, a PDVSA, para aplicação em diversas obras rodoviárias no país.

Segundo Manfred Baumgartner, da Resansil, a representante da Ciber no país, o negócio iniciou com a venda de uma UACF 17P ao Ministério de Infra-Estrutura da Venezuela, cujo desempenho superou as expectativas dos usuários em produtividade, qualidade de dosagem e de mistura. “As oito usinas dessa última negociação foram configuradas com quatro silos dosadores de agregados e um silo de descarga

STA 30P, para armazenamento temporário da mistura produzida”, diz ele. As usinas contra-fluxo da Ciber são construídas dentro do conceito de modularidade, no qual os componentes que integram os sistemas maiores são comuns aos diferentes modelos. Rafael Zuchetto, engenheiro de Marketing da empresa, explica que essa característica ajuda a reduzir os custos de fabricação e o tempo de entrega do equi-


#

PAVIMENTAÇÃO pamento, facilitando sua manutenção com a maior oferta de peças de reposição. “Desta forma, os desenvolvimentos tecnológicos na linha são aplicados a todos os modelos”, diz ele. A linha de usinas contra-fluxo da empresa inclui desde a UACF 19 P-2 Advanced, de maior capacidade (150 t/h), até os modelos UACF 15 P-1 e P2 Advanced, para obras de médio porte (80 t/h), passando pela UACF 17 P-1 e P-2 Advanced, extremamente versáteis e aplicáveis em obras de diferentes portes (120 t/h). Nelas, a dosagem de agregados é feita individualmente, por meio de células de carga, sensores de rotação e motorredutores de velocidade variável. Além disso, o processo de mistura é realizado fora do tambor secador, em um misturador de duplo eixo que confere maior qualidade à mistura dos agregados com o ligante. Segundo Zuchetto, o sistema, totalmente automatizado, faz autocorreção em tempo real, possibilitando alta precisão nas dosagens. Como o secador é do tipo contra-fluxo, o material ingressa no tambor pelo lado oposto ao do queimador, deslocando-se em sentido contrário à chama. Dessa forma, o calor é aplicado gradativamente aos agregados, resultando em maior eficiência de troca térmica. “O processo contra-fluxo de mistura externa possibilita elevadas taxas de produtividade com baixo consumo de combustível por tonelada produzida, mantendo inalteradas as características ligantes do CAP”, explica o engenheiro. “Além das vantagens financeiras, ele é o que atualmente produz menor impacto ambiental.” Após a etapa de secagem, os agregados são homogeneizados no misturador externo, onde também ocorre a injeção do CAP. Esse misturador, do tipo pug-mill, é constituído por dois eixos gêmeos, com braços, pás e proteções internas em ferro fundido de alta resistência. O acionamento é realizado diretamente por motorredutores, sincronizados por duas caixas de redução angulares. “Os braços, de configuração variável, aplicam altas taxas de energia cisalhante diretamen-

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MANUTENÇÃO

Equipe da Ciber e de seus distribuidores na entrega da 100ª usina

te ao processo de mistura, garantindo total recobrimento dos agregados mesmo sob condições adversas.” enfatiza Zuchetto. “Outro ponto importante nesse processo é que o CAP é injetado sobre os agregados em condições ideais, em ambiente fechado, afastado de fontes de calor que possam oxidá-lo.” Todo o material particulado oriundo do processo é recuperado em duas etapas. A primeira separa dos gases de exaustão até 90% de pó retido em tela de 200 Mesh, por meio de Separador Estático®, proporcionando maior vida útil ao filtro de mangas, além de permitir a separação granulométrica em processo para materiais com problemas em sua composição. A segunda etapa de recuperação emprega filtro de mangas para a retenção de todo o material particulado que passou pela fase anterior. “Esse sistema oferece uma eficiência de coleta superior a 99,5% com estabilidade de processo, qualidade no produto final e baixo impacto ambiental”, ressalta Zuchetto. A Ciber foi pioneira na fabricação de usinas contra-fluxo contínuas no Brasil. O primeiro modelo, ainda que não modular, foi lançado em 1997, tornando-se um padrão para as exportações da empresa aos demais países latinoamericanos. Segundo Derli Macagnan, gerente de Pós-Vendas da empresa, após dez anos de operação no Sul e Sudeste do País, essa primeira usina encontra-se ainda em pleno funcionamento, produzindo asfalto para uma obra nos Andes peruanos, a cerca de 4.000 m de altitude, sob condições adversas de temperatura e densidade de oxigênio no ar.

Ciber vende la centésima planta modular de contraflujo

Ciber, la empresa subsidiaria brasileña del grupo alemán Wirtgen, festejó en marzo la comercialización de la centésima planta asfáltica tipo modular de contraflujo. La planta integra un paquete de ocho equipos, todos del modelo UACF 17 P-1, vendido a la empresa estatal de gas y petróleo de Venezuela, PDVSA, para la ejecución de varias obras viales de ese país. De acuerdo con Manfred Baumgartner, de la empresa Resansil, representante de Ciber en Venezuela, el negocio comenzó con la venta al Ministerio de Infraestructura de Venezuela de una UACF 17P, cuyo desempeño superó las expectativas de productividad y de calidad de la dosificación y de la mezcla. “Las ocho plantas de esta última negociación fueron configuradas con cuatro silos dosificadores de áridos y un silo de descarga STA 30P, para el almacenamiento temporal de la mezcla producida”, dice Baumgartner. Las plantas de contraflujo Ciber son construidas de forma modular, de modo que los componentes que integran los sistemas más grandes son comunes a todos los modelos. Rafael Zuchetto, ingeniero de marketing de la empresa, explica que esa característica ayuda a disminuir los costos de fabricación y el plazo de entrega de los equipos, y facilita el mantenimiento por la mayor oferta de repuestos.

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Cuidados com o filtro de ar Economizar com a manutenção de filtros de ar pode mostrar-se uma alternativa nada inteligente diante dos prejuízos que essa atitude ocasiona. Afinal, para poupar entre R$ 120 e R$ 350, que é o custo médio de um elemento filtrante usado em equipamentos para construção, o usuário pode colocar em risco toda a saúde do motor, que fica sujeito a operar com material particulado em seu interior, comprometendo sua vida útil. Se a ocorrência de danos no sistema filtrante (furos ou rasgos) possibilita a passagem de poeira para o motor, provocando desgaste em seus componentes internos e antecipando a necessidade de retífica, operar com filtros

saturados também resulta em problemas. Isto porque eles são projetados para funcionar com taxas de admissão especificadas para cada equipamento. Quando o volume de poeira impregnado ao elemento filtrante atinge níveis elevados, essa taxa diminui devido à dificuldade de passagem do ar e a mistura ar/combustível na câmara de combustão fica desbalanceada (mais rica em combustível), reduzindo a potência do motor. Por esse motivo, a manutenção de filtros de ar em motores diesel deve seguir procedimentos definidos em norma da SAE (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade), que vão além dos prazos para limpeza e troca indicados pe-

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# MANUTENÇÃO

los fabricantes (veja quadro abaixo). A remoção das partículas impregnadas no elemento primário, por exemplo, deve ser realizada sempre de dentro para fora (sentido inverso ao fluxo de ar), com o uso de ar comprimido ajustado para uma pressão de 100 psi. Pressões abaixo desse patamar podem mostrar-se insuficientes para sua limpeza e, acima dele, há o risco de rasgar o papel do elemento, comprometendo sua capacidade de retenção de poeira. Após sua limpeza, o elemento primário deve passar por inspeção visual contra a luz, para a identificação de furos ou rasgos pelos quais as partículas possam penetrar no motor. Por esse motivo, dispor de um estoque de filtros sobressalentes constitui uma ação preventiva para a rápida substituição de elementos danificados. Alguns usuários que operam equipamentos sob condições severas, em regime ininterrupto de trabalho, chegam a dispor de dois jogos de elementos filtrantes para cada motor. Dessa forma, com uma curta parada do equipamento, trocam o componente usado pelo limpo para então proceder a sua limpeza. Em nenhuma hipótese o usuário pode limpar o elemento de segurança, que deve ser substituído a cada três intervenções no elemento primário, segundo orientação dos fabricantes. Geralmente os equipamentos

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de construção e mineração operam com dupla filtragem e, sob condições mais severas, podem contar ainda com pré-purificadores, dispositivos dotados de ciclones que retêm uma média de 65% das partículas mais pesadas e as direcionam para o escape do motor. Alguns equipamentos podem ainda ser dotados de filtros de ar banhados em óleo. Nesse caso, a manutenção deve contemplar também a troca desse lubrificante, que fica saturado com o excesso de partículas retidas no óleo. Expostos a ambientes com muita poeira, os equipamentos podem demandar projetos especiais de filtragem e, nesse ponto, os fabricantes das máquinas ou dos elementos filtrantes estão à disposição dos usuários para seu desenvolvimento. Tais projetos, em alguns casos, implicam até mesmo a captação de ar na parte superior da cabine do equipamento, de forma a permitir que a alimentação do motor seja realizada com ar menos saturado de poeira. Todos os procedimentos de limpeza devem ser norteados pelo indicador de restrição do sistema de filtragem, dispo-

sitivo que aponta seu nível de saturação. Esse indicador, que pode ser do tipo elétrico (com alarme no painel do equipamento) ou mecânico (com uma escala por cores ou em polegadas de coluna d’água), acusa a diferença de pressão entre os ambientes interno e externo ao filtro, apontando quando o excesso de sujeira está comprometendo seu funcionamento. Se o elemento acusa de 40% a 50% de índice de saturação, significa que as taxas de admissão de ar estão abaixo do recomendado e chegou a hora de limpá-lo substituí-lo.

Polifiltro: www.polifiltro.com.br

O que evitar durante o serviço 1

Nunca abra o sistema de filtro de ar com o motor em funcionamento;

2

Nunca lave a carcaça e o elemento primário com água ou produtos líquidos;

3

Nunca limpe o elemento de segurança, que deve ser substituído a cada três intervenções no elemento primário;

4

Nunca bata o elemento primário contra o chão ou em bancadas ao realizar sua limpeza;

5

Nunca use elementos filtrantes fora das especificações e modelos indicados para seu equipamento.

Procedimentos para a limpeza dos filtros 1

Consulte o indicador de restrição do sistema e, caso ele aponte a existência de vida útil remanescente, abra a carcaça para remoção do elemento primário;

2

Limpe o interior da carcaça com pano seco, removendo partículas e poeira;

3

Nos sistemas dotados de tampa de serviço ou coletor de pó, proceda à limpeza dessas áreas com pano seco;

4 5

Na limpeza do elemento primário, aplique ar comprimido no sentido de dentro para fora (contrário ao do fluxo de ar), com pressão de 100 psi; Inspecione o elemento primário contra a luz para verificar sua integridade. Diante da presença de furos ou rasgos, ele deve ser substituído por um novo;

6

Antes de recolocar o elemento primário na carcaça, observe a integridade de seu sistema de vedação com a tampa;

7

Quando trocar o elemento primário, substitua também o de segurança.


Custo horário de equipamentos COSTO POR HORA DE EQUIPOS Equipamento

Mat. Propriedade Manutenção Rodante

Comb./ Lubr.

Total

Caminhão basculante articulado 6x6

R$ 64,46

R$ 47,42

R$ 11,19

R$ 30,66

R$ 153,72

Caminhão basculante fora de estrada 30 t

R$ 39,89

R$ 23,95

R$ 11,19

R$ 22,23

R$ 97,26

Caminhão basculante rodoviário 6x4 (26 a 30 t)

R$ 20,48

R$ 14,40

R$ 6,79

R$ 7,67

R$ 49,33

O Camelback Vipal possui a formulação da borracha a d e q u a d a p a r a c a d a t i p o d e a p l i c a ç ã o , indispensável para a reforma de pneus de grande porte. Equipamentos gigantes da mineração e terraplenagem têm um desempenho superior quando seus pneus são reformados por esta qualidade.

Caminhão basculante rodoviário 6x4 (36 a 40 t)

R$ 30,94

R$ 23,21

R$ 7,04

R$ 15,33

R$ 76,52

Vipal. Sempre à frente em reforma de pneus. Caminhão comboio misto 4x2

R$ 17,44

R$ 11,92

R$ 3,24

R$ 5,21

R$ 37,82

Caminhão guindauto 4x2

R$ 18,67

R$ 12,80

R$ 3,24

R$ 5,21

R$ 39,92

Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³)

R$ 29,40

R$ 15,40

R$ 3,13

R$ 13,03

R$ 60,97

Carregadeira de pneus (2,5 a 3,5 m³)

R$ 44,20

R$ 22,73

R$ 10,49

R$ 18,40

R$ 95,82

Compactador de pneus para asfalto

R$ 40,00

R$ 12,98

R$ 3,72

R$ 15,33

R$ 72,03

Compactador vibratório liso / pé de carneiro (10 t)

R$ 41,60

R$ 13,35

R$ 0,55

R$ 23,00

R$ 78,49

Compactador vibratório liso / pé de carneiro (7 t)

R$ 28,80

R$ 10,35

R$ 0,31

R$ 23,00

R$ 62,46

Escavadeira hidráulica (15 a 17 t)

R$ 41,50

R$ 26,75

R$ 1,61

R$ 13,80

R$ 83,65

Escavadeira hidráulica (20 a 22 t)

R$ 44,20

R$ 27,67

R$ 2,17

R$ 32,19

R$ 106,23

Escavadeira hidráulica (30 a 34 t)

R$ 81,25

R$ 50,07

R$ 4,01

R$ 45,99

R$ 181,32

Motoniveladora (140 a 180 hp)

R$ 49,98

R$ 29,40

R$ 3,74

R$ 26,06

R$ 109,18

Motoniveladora (190 a 210 hp)

R$ 49,00

R$ 29,00

R$ 3,49

R$ 30,66

R$ 112,15

Retroescavadeira

R$ 22,31

R$ 12,46

R$ 1,73

R$ 12,26

R$ 48,77

Trator de esteiras (100 a 120 hp)

R$ 57,09

R$ 29,55

R$ 2,87

R$ 19,93

R$ 109,44

Trator de esteiras (160 a 180 hp)

R$ 56,00

R$ 29,13

R$ 6,18

R$ 32,19

R$ 123,50

R$ 138,13

R$ 71,07

R$ 19,60

R$ 56,72

R$ 285,52

Trator de esteiras (300 a 350 hp)

Os valores sugeridos como padrão, pela Sobratema, correspondem à experiência prática de vários profissionais associados, mas não devem ser tomados como única possibilidade de combinação, uma vez que todos os fatores podem ser influenciados pela marca escolhida, local de utilização, condições do terreno ou jazida, ano de fabricação, necessidade do mercado e oportunidades de execução dos serviços. Maiores informações ou cálculos para sua frota personalizada estão disponíveis no site:www.sobratema.org.br.

66 | Março | 2007

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BAUMA 2007

Tecnologia brasileira estréia na maior feira do setor Nos 540.000 m2 de inovações apresentadas pela Bauma 2007, uma novidade surpreenderá os visitantes: a tecnologia brasileira marca presença em pavilhão organizado pela Sobratema e Câmara Brasil-Alemanha

68 | Março | 2007

A maior feira de equipamentos para construção e mineração do mundo, a Bauma 2007, passa a contar este ano com um pavilhão de expositores brasileiros. A iniciativa, inédita, é fruto de uma parceria entre a Sobratema e a Câmara Brasil-Alemanha (AHK), tornando viável a prospecção de negócios junto a clientes internacionais para sete empresas do País: Altona,

Cló Zironi, Eurobras, Metalúrgica Wolf, Proficenter, Turbo Service e Unitec. O pavilhão brasileiro vai ocupar uma área de 157,5 m 2 , distribuída entre os setores de construção, mineração e a área de transição ao espaço de demonstrações externas da feira (yard). A organização ficará por conta da Sobratema e AHK, incluindo a montagem dos

Tecnología brasileña debuta en la principal feria del sector Bauma 2007, la principal feria de maquinaria para la construcción y minería del mundo, contará a partir de este año con un pabellón de expositores brasileños. La iniciativa, inédita, es fruto de un convenio celebrado entre Sobratema y la Cámara Brasil-Alemania (AHK), que hizo factible que siete empresas brasileñas hicieran prospección de negocios entre clientes internacionales. Las empresas son: Altona, Cló Zironi, Eurobras, Metalúrgica Wolf, Proficenter, Turbo Service y Unitec.

69


BAUMA 2007 estandes e a mobilização de recep cionista trilingue, para facilitar o contato dos expositores com os visitantes. “Dessa forma, basta eles trazerem seus materiais de apoio e ocuparem os respectivos espaços no pavilhão”, diz Arlene Vieira, gerente Administrativo -Financeira da Sobratema, ao explicar a proposta de facilitar as coisas para os participantes de mais esse pro grama da entidade. Os expositores terão ainda a oportunidade de optar pela infra-estrutura de apoio na Alemanha: transporte aéreo e hospedagem em hotel localizado a oito minutos do Centro de Exposições. Recorde na missão técnica Esse esforço logístico também se estende à missão técnica brasileira promovida pela Sobratema, que exigiu a contratação de dezoito hotéis. Isto porque a delegação atingiu a marca de mais de 530 profissionais inscritos, um recorde em missões tradicionalmente organizadas pela entidade para eventos

Evento vai reunir 3.000 expositores de 48 países

no exterior. “A Bauma sempre constitui um atrativo para os usuários de equipamentos devido às inovações que apresenta em cada edição, mas este ano a participação dos profissionais brasileiros em nossa missão técnica excedeu as expectativas”, comemora Arlene. A delegação

Qualidade made in Brasil

Nem só de importação vive o mercado brasileiro de peças de reposição para máquinas pesadas. Apesar da forte presença de componentes importados

70 | Março | 2007

nesse segmento, existem fabricantes que fazem o movimento inverso e um exemplo disso é a Unitec. A empresa, especializada na fabricação de discos de transmissão e freios para equipamentos de terraplenagem, industriais e agrícolas, exporta cerca de 30% de sua produção e outros 40% se destinam às montadoras (O&M). Cláudio Dutra, gerente de Marketing e Comércio Exterior da empresa, ressalta que esse perfil atesta a qualidade dos produtos da Unitec presentes no mercado de reposição. “Em nossa fábrica, contamos com bancadas de testes homologadas pelas montadoras”, diz ele. Segundo Dutra, a empresa exporta para cerca de 20 países e o objetivo é ampliar a carteira de clientes no exterior. “Iniciativas como essa, do pavilhão brasileiro na Bauma 2007, ajudam a difundir o produto nacional, pois já está provado que temos condições de fabricar equipamentos e componentes com padrão de qualidade internacional”, ele conclui.

El pabellón brasileño ocupará una superficie de 157,5 m2 y su organización estará a cargo de Sobratema y la AHK, incluido el montaje de los stands y la contratación de una recepcionista trilingüe, para facilitar el contacto entre los expositores y el público. “De esta forma, las empresas solo deben traer el material de apoyo y ocupar los espacios que les corresponden en el pabellón”, dice Arlene Vieira, gerente Administrativo-Financiera de Sobratema, al explicar la propuesta de facilitar la participación de las empresas que integran este programa de la entidad. Los expositores también podrán optar por la infraestructura de apoyo ofrecida en Alemania: transporte aéreo y hospedaje en un hotel ubicado a ocho minutos del Centro de Exposiciones. El esfuerzo logístico abarca también la misión técnica brasileña promovida por Sobratema, que exigió la contratación de habitaciones en dieciocho hoteles, debido a que el número de inscriptos para integrar la delegación asciende a más de 530 profesionales, cifra récord de las misiones tradicionalmente organizadas por la entidad para participar en eventos en el exterior. “La Bauma es un importante atractivo para los usuarios de maquinaria por las innovaciones que presenta en cada edición pero, este año, la inscripción de profesionales brasileños para participar en nuestra misión técnica ha superado las más optimistas expectativas”, dice Arlene Vieira. La delegación organizada por Sobratema participará también en dos


manutenção tecnologia

BAUMA 2007 organizada pela Sobratema participará ainda de duas visitas técnicas a canteiros de obras e de um jantar de confraternização servido aos participantes. Apoio oficial Para se ter uma idéia das dimensões, Bauma 2007 vai reunir mais de 3.000 expositores de 48 países, distribuídos em uma área de 540.000 m 2 . O evento aconte ce entre os dias 23 e 29 de abril, em Munique, na Alemanha, e deve atrair cerca de 416.000 pro fissionais provenientes de 171 países, segundo expectativas da Messe München, a organizadora da feira. Além da participação brasileira, ela contará com pavilhões de expositores dos Esta-

dos Unidos, China, Canadá, Es panha, Reino Unido, República Checa, Rússia, Coréia do Sul e Índia, entre outros. O pavilhão brasileiro terá ainda o apoio da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e C o m é r c i o d o g o v e r n o Fe d e r a l . “Já realizamos ações desse tipo no setor de construção, como a promoção de empresas brasileiras no Iraque, por exemplo, mas essa é uma ação pioneira e o início de uma possível parceria mais ampla para o futuro”, diz Ricardo Santana, analista de Projetos da Apex. O apoio da agência possibili-

União agrega confiabilidade Com participação em várias feiras internacionais de equipamentos para construção, a Cló Zironi vai integrar o pavilhão brasileiro por uma questão estratégica. “Poderíamos montar estande próprio, mas esses apoios da Sobratema, da AHK e Apex agregam maior valor e confiabilidade aos produtos, já que os potenciais clientes externos desconhecem nossa tecnologia e a marca Brasil é vista com simpatia no exterior”, pondera Marcos Cló, diretor Comercial da empresa. A Cló Zironi produz perfuratrizes hidráulicas para obras de fundação e 25% de seu faturamento vem de exportações para países da América Latina, Ásia, bem como a Austrália, Inglaterra e Estados Unidos, entre outros. “Não vamos a Bauma com a expectativa de ampliar as exportações de forma imediata, mas os resultados certamente virão por conta dos contatos que devemos estabelecer”, pondera Cló. Entre os produtos apresentados pela empresa, ele cita a perfuratriz CA50/15, montada sobre chassi de escavadeira hidráulica e indicada para a execução de estaca hélice contínua. O equipamento

72 | Março | 2007

atinge 17 m de profundidade, em furos de até 500 mm de diâmetro, com capacidade de 24 t de força de extração. Ele é dotado de sistema “Bottom Drive”, patenteado pela empresa, que reposiciona seu cabeçote de perfuração e confere maior torque à transmissão. “Com isso, a perfuratriz fica 30% menor em relação aos similares da mesma capacidade”, afirma Cló.

Foco também na importação “Além de buscar mais distribuidores no exterior para as linhas que representamos, nosso propósito também é o de encontrar fornecedores com produtos de qualidade e preços competitivos para atender o mercado brasileiro.” Com essa afirmação, Luiz Felipe Menezes, diretor da Turbo Service, explica que sua participação na Bauma 2007 segue uma via de mão dupla. A empresa atua na venda, reparação e assistência técnica de sistemas de transmissão para equipamentos pesados, de conversores de torque, reversores náuticos e eixos diferenciais, entre outros. Ela também produz componentes e figura como centro de serviços autorizado de marcas como a Funk, ITL e Miba Frictec, além de reparar outras linhas de sistemas de transmissão. Segundo Menezes, a empresa exporta para países da América do Sul, Bélgica, Inglaterra, Áustria, China, África do Sul e Estados Unidos. visitas técnicas a obradores y en una cena de camaradería ofrecida a los participantes. Para tener una idea de las dimensiones de la Bauma, la feria contará con la presencia de 3.000 expositores de 48 países, distribuidos en una superficie de 540.000 m2. La feria tendrá lugar del 23 al 29 de abril en Munich (Alemania) y debe contar con un público de 416.000 profesionales provenientes de 171 países. Además de la participación brasileña, en la feria habrá pabellones de expositores de los Estados Unidos, China, Canadá, España, el Reino Unido, la República Checa, Rusia, Corea del Sur y la India, entre otros. El pabellón brasileño contará con el respaldo de la Agencia de Promoción de Exportaciones e Inversiones, organismo dependiente del Ministerio de Desarrollo, Industria y Comercio del gobierno federal del Brasil. De modo que los expositores podrán usar la “marca Brasil” en todos los comunicados visuales, a fin de potenciar sus oportunidades de contacto con clientes internacionales.

Experiência local para investidores externos Para Roberta Primasi, diretora de Projetos da Proficenter, empresa especializada em serviços de engenharia consultiva, sua participação na Bauma 2007 pode ajudar a atrair investidores internacionais aos projetos de infra-estrutura em implantação no Brasil. “Vamos apresentar nossa experiência e como podemos contribuir com sua participação em concessões e parcerias público-privadas (PPPs) no País”, diz ela. A empresa desenvolve estudos técnicos para planejamento, programação e controle de obras, bem como a elaboração de propostas técnicas e

comerciais, com atuação em projetos de transportes, irrigação, saneamento, portos, energia elétrica e outros. Também realiza estudos de viabilidade em obras de aterros sanitários e concessões de infra-estrutura, entre outras especialidades. Roberta Primasi diz que a empresa já atendeu clientes da Espanha, de Portugal e, entre os serviços executados, cita a ampliação dos aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ), a construção de canais de irrigação no Ceará e a concessão da rodovia Presidente Castello Branco (SP).

Potencializando os recursos do expositor Com presença regular em diversas feiras internacionais de mineração, petróleo e energia, entre outros segmentos, a Electro Aço Altona vai integrar o pavilhão brasileiro devido ao fator

oportunidade. “Como a nossa intenção é expandir mercados, esse tipo de trabalho da Sobratema e AHK nos ajuda a participar de um maior numero de eventos, seja pelo fator custo, ou reduzindo nossos esforços em organização geral”, explica Carlos Eduardo Silveira, da área de Marketing da empresa. A Altona dedica-se à produção de aços e ligas especiais, desenvolvendo fundidos para equipamentos de construção e mineração, geração de energia, química e petroquímica, dragagem e segmento off-shore. Os produtos são fornecidos com usinagem e, em caso de solicitação do cliente, até mesmo com montagem final. Segundo Silveira, cerca de 30% do faturamento da empresa é proveniente de exportações para países da Europa, América do Sul e do Norte. “Além disso, iniciamos trabalhos para o desenvolvimento de mercados na Ásia, África e América Central.”

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BAUMA 2007

Exportações em alta A carreta de perfuração hidráulica MW-4000C será um dos destaques apresentados pela Metalúrgica Wolf em seu estande no pavilhão brasileiro. Segundo Thiago Wolf, diretor da empresa, o equipamento roda sobre esteiras e pode ser dotado de martelo de superfície ou de fundo (down the hole – DTH), atingindo até 152 mm de diâmetro. “Ele possui transmissão hidrostática, que proporciona alto torque, e atinge melhor desempenho em aclives ou declives”, diz o executivo. Equipada com coletor de pó, trocador de hastes e cabine com ar condicionado, a perfuratriz é compacta e conta com truck oscilante em aço

reforçado, apresentando maior estabilidade em terrenos acidentados. Além desse modelo, a empresa vai mostrar suas carretas de perfuração pneumáticas MW-5000 e MW-5000E, esta última também indicada para atirantamento em altitudes elevada, já que seu braço chega a 4,72 m na posição horizontal. Segundo Thiago Wolf, a empresa ampliou sua capacidade produtiva em 22%, com o desenvolvimento de novos mercados e clientes. “Já contamos com vários equipamentos operando no Chile, mas nossa presença no mercado externo ainda é pequena.” Com sua participação na Bauma 2007, ele espera mudar esse cenário.

Otimização do investimento A Eurobras, que produz contêineres modulados para infra-estruturas provisórias, planeja ampliar em 25% as vendas ao mercado externo com sua participação na Bauma 2007. “No ano passado, os negócios internacionais cresceram 100% e a expectativa é de difundir nossos produtos aos empresários e às construtoras de países em desenvolvimento”, diz Thelma Buzzoni de Moraes, gerente

de Marketing da empresa. A linha de construções metálicas da empresa é reutilizável e os contêineres habitacionais apresentados na feira são confeccionados em aço galvanizado, para uso como escritórios, sanitários, vestiários, guaritas, alojamento ou armazenamento de materiais. Segundo Thelma, as exportações se destinam principalmente a países do Mercosul, América Central e África. “Já participamos de outras feiras internacionais por meio de representantes e essa presença individual foi facilitada pela iniciativa da Sobratema e AHK, que otimizou nossos investimentos para apresentar a qualidade e competitividade do produto brasileiro”, ela afirma.

tará o uso da “marca Brasil” em todas as comunicações visuais dos expositores, potencializando suas oportunidades de contatos com clientes internacionais. Brazil Point Além de organizar o pavilhão brasileiro e a missão técnica de profissionais, a Sobratema marcará presença na Bauma 2007 com um estande próprio, no hall B6, onde divulgará a feira M&T Expo 2009 aos visitantes e expositores do evento. Esse espaço também vai abrigar o B r a z i l Po i n t , q u e s e r v e c o m o ponto de encontro e de confraternização entre brasileiros, sul-americanos e demais profissionais interessados em realizar negócios no Brasil. A participação da entidade envolverá ainda a distribuição da revista M&T, levando à comunidade internacional a experiência dos usuários brasileiros de equipamentos de construção e mineração. Veja na coluna Espaço Aberto, a seguir, os principais lançamentos apresentados durante o evento:

Electro Aço Altona: www.altona.com.br Cló Zironi: www.clozironi.com.br Eurobras: www.eurobras-container.com.br Metalúrgica Wolf: www.wolf.com.br Proficenter: www.proficenter.com.br Sobratema: sobratema.org.br Turbo Service: www.turboservicebrasil.com.br Unitec: www.unitecfriction.com.br


manutenção&tecnologia

ESPAÇO ABERTO - BAUMA 2007

Série F de carregadeiras Volvo ganha modelo de 50 t

Com lançamento previsto ainda para o primeiro semestre de 2007, a carregadeira de rodas L350F chega como o modelo de maior capacidade da linha Volvo. Substituindo a L330E, ela conta com peso operacional de 50 t a 54 t, opera com caçamba de 6,2 a 12,7 m3 e é equipada com motor de 540 hp de potência bruta (1.700 a 1.800 rpm), projetado para atender as normas internacionais de emissões Tier 3/Stage III. O equipamento traz novos sistemas de transmissão e eixos que, segundo o fabricante, proporcionam maior conforto ao ope-

rador e ciclos mais rápidos. Indicado para grandes volumes de produção, ele ocupa o topo de linha da série F de carregadeiras da marca, que totaliza 11 modelos com o lançamento da L60, L70 e L90, apresentadas ao mercado durante a Bauma 2007. De acordo com a Volvo, a nova motorização dessas três carregadeiras de porte médio confere entre 6% e 13% a mais de potência aos equipamentos, bem como um ganho de 15% de torque em relação aos modelos anteriores, da série E. Elas são dotadas de transmissão eletro-hidráulica, que permite ao operador selecionar apenas o sentido de deslocamento: o sistema faz o restante, acionando automaticamente quatro marchas à frente ou à ré, de acordo com a velocidade da máquina e rotação do motor. Como resultado, as carregadeiras apresentam menor consumo de combustível e respostas mais rápidas.

Trator Komatsu oferece total visibilidade da operação Dantotsu, palavra japonesa que significa “incomparável” ou “sem rival”, foi o conceito adotado pela Komatsu para o desenvolvimento do trator de esteiras D51 EX/PX-22, a ser apresentado pela empresa na Bauma 2007. A filosofia, incorporada pela engenharia da empresa desde 2003, volta-se ao contínuo aperfeiçoamento de equipamentos da marca cujas características os distinguem dos concorrentes. No caso do D51 EX/PX-22, por exemplo, trata-se do único trator de

Volvo: www.volvo.com/constructionequipment/brazil/

Ganhos de potência e de consumo na linha da Case

Equipada com motor Isuzu de 5,2 litros, a escavadeira CX210B será apresentada pela Case como sua aposta nesse segmento. Ela atinge os requisitos de emissões Tier 3/Stage III, com economia de 20% no consumo de combustível e aumento de 11% em potência (117 kW a 1.800 rpm). Com peso operacional de 21,5 t, ampliado em 10% em relação ao modelo anterior, a escavadeira pode trabalhar com caçamba de 1,26 m3, atingindo 14,9 t de capacidade de elevação, de acordo com sua configuração e alcance. Sua eletrônica embarcada mantém as ferramentas oferecidas

76 | Março | 2007

pelos equipamentos da marca, como a possibilidade de selecionar três modos de operação para maior eficiência e economia no consumo de combustível. Com o acionamento do sistema Power Boost, a CX210B atinge uma força de arranque de 15.200 daN na caçamba, possibilitando a escavação de materiais mais duros. Além desse lançamento, a Case vai aproveitar seu estande na Bauma 2007 para comemorar os 50 anos de sua primeira retroescavadeira e apresentar inovações em sua linha de minicarregadeiras, composta pelos modelos 21E, 121E, 221E e 321E. Outro destaque será a 821E, uma das maiores carregadeiras da marca, com 17.166 kg e capacidade para operar com caçamba de 3,4 m3. Case: www.casece.com

esteiras no qual o operador tem total visibilidade da lâmina. Isto porque ele conta com uma frente oblíqua, um design diferenciado que se tornou possível com a transferência do radiador para sua parte traseira. Com 13 t de peso operacional e capacidade para 2,9 m3, o equipamento vem com um motor de 130 hp de potência líquida (2.200 rpm) e, além de oferecer um raio de visão mais amplo, opera com menor nível de ruído (apenas 76 dB). Seu motor é da linha ECOT3, projetada para atender as exigências internacionais de emissões Tier 3/Stage III com menores índices de consumo de combustível. A economia também se deve ao sistema de transmissão hidrostática, que proporciona respostas mais rápidas e melhor desempenho ao equipamento. O D51 EX/PX-22 foi desenvolvido pela Komatsu brasileira, com apoio da subsidiária norte-americana da empresa, e será produzido na fábrica do Brasil, para atendimento ao mercado local e exportações. Komatsu: www.komatsu.com

Liebherr apresenta guindastes e escavadeiras gigantes A Liebherr se preparou para monopolizar as atenções na Bauma 2007 com lançamentos nas três linhas de equipamentos que produz: a de guindastes fixos e móveis, de máquinas para escavação e terraplenagem e de sistemas completos para produção de concreto. Um dos destaques na família de guindastes será o LR11350, sobre esteiras, com 228 m de comprimento de lança (treliçada, incluindo jib) e capacidade para 1.350 t de carga. Há ainda o modelo sobre rodas LTM11200, do tipo todo-terreno, o primeiro guindaste de 1.200 t dotado de lança telescópica de 100 m, assim como as gruas tipo torre e os manipuladores telescópicos, que somam mais de uma dezena de lançamentos. A usina de concreto Compactmix 1.0, com capacidade para 60 m3/h, representa a tecnologia da empresa nessa área por suas dimensões compactas e layout inovador, que permite a aproximação do caminhão betoneira em área de 180º abaixo da planta. O destaque entre os equipamentos de escavação e carregamento fica com a L550 2plus2, cujo lançamento completa a sexta geração de carregadeiras de grande porte da marca. Equipada com motor de 177 hp, ela tem 16,5 t de

peso operacional e opera com caçamba de 3,2 m3. Nessa área, assim como na de guindastes, a empresa revela sua vocação para equipamentos robustos e de grande porte, apresentando a escavadeira hidráulica R9250, de 250 tc de capacidade. Dotada de sistema Litronic de eletrônica embarcada, ela substitui o modelo R994, que vendeu mais de 260 unidades e vinha sendo fabricado no Brasil. Assim como sua antecessora, a R9250 será produzida na unidade Guaratinguetá (SP), com foco nas grandes minerações. Equipada com motor de 12 litros e 1.290 hp, ela possui lança de 9 m e braço de 4 m (versão standard), operando com caçamba de 15 m3 (do tipo retro ou de despejo de fundo), que permite encher um caminhão de 120 t com quatro passes. Liebherr: www.liebherr.com/lh


ESPAÇO ABERTO - BAUMA 2007

Terex lança guindaste para terrenos irregulares

Consolidando sua posição entre os maiores fabricantes de equipamentos para construção do mundo, a Terex vai comparecer ao evento com inovações em todas as suas áreas de atuação. A divisão Cranes, por exemplo, apresenta o Bendini RC60, um guindaste para içamentos em terrenos irregulares (tipo RC), com 60 t de capacidade e lança telescópica de 40 m, além do Demag AC 100/4, entre outros modelos. Este último é um guindaste de 100 t, com quatro eixos e compacto para deslocamento em rodovias. Já a divisão Roadbuilding, que produz equipamentos para obras rodoviárias e conta com bases de operações no Brasil e em Oklahoma, nos

Estados Unidos, estabelece mais um braço, dessa vez na Europa, com sede na Bélgica. Essa nova base apresenta na Bauma 2007 as pavimentadoras de concreto SF2003B e SF HVW2204B, esta última dotada de forma deslizante, para a execução de larguras variáveis sem a necessidade de desmontagem. A empresa vai comemorar os 25 anos do lançamento de seu primeiro caminhão articulado com alterações de projeto nos modelos TA30 e TA40. Sua linha de carregadeiras de rodas também ganha inovações, como no caso da TL210, um equipamento com capacidade entre 3,6 e 3,7 t de carga útil (com caçambas entre 2 m 3 e 2,1 m 3, respectivamente), que atinge 2,98 m de altura de descarga a 45º. Terex: www.terex.com

Autobomba da Schwing Stetter para áreas confinadas Com uma linha completa de equipamentos para produção, transporte, bombeamento, distribuição e reciclagem de concreto, a Schwing Stetter vai ocupar os 2.120 m2 de seu estande na Bauma 2007 com inovações em todas as suas famílias de produtos. Um dos destaques será a autobomba S28 X, de perfil compacto para bombeamento em áreas com pouco espaço, porém suficientemente potente para atender a demanda de uma obra de porte médio. Indicada para concretagem em túneis, edifícios e plantas industriais, a S28 X conta com mastro de quatro seções,

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atingindo 28 m de alcance vertical e taxa de bombeamento de 115 m3/h a uma pressão de até 85 bar. A linha de caminhões-betroneira Stetter também vai incorporar melhorias, desde os modelos leves com capacidade para 8 m3 (AM8 FHCSL), até os de maior porte e indicados para aplicações pesadas (caçambas de até 15 m3). Entre as usinas misturadoras de concreto, a empresa vai enfocar o modelo M 2.25, uma evolução da planta móvel M 2 que incorpora produção de gelo à instalação, com capacidade para 4 m3. Schwing Stetter: www.schwing.de / www.stetter.de

Escavadeira New Holland amplia força hidráulica A nova série E de escavadeiras hidráulicas da New Holland começa a ser introduzida no mercado, a partir de Bauma 2007, com o lançamento do modelo E215B, um equipamento de 21 t a 22 t de peso operacional e dotado de novo sistema hidráulico, com cilindros redesenhados e que, segundo o fabricante, possibilita um fluxo de óleo maior com ganhos na potência hidráulica e economia de até 15,8% de consumo de combustível. Os ganhos também podem ser atribuídos ao novo motor emissionado de 6.7 litros, em substituição ao anterior, de 5.9, que opera em rotações mais baixas. Dotado de bombas maiores (110 cm3) e com fluxo mais elevado (220 l/min), que cumprem ciclos menores, ele atinge 160 hp (2.000 rpm) com baixa emissão de ruídos. Sua lança foi redesenhada, tornando-se mais leve, porém sem comprometimento à robustez. A escavadeira E215B mantém as características da marca de elevada estabilidade, ampliada com o uso de uma esteira mais longa. A empresa apresentou ainda a nova minicarredadeira L175, com 2.826 kg de peso e 900 kg de capacidade, equipada com motor turbo de 56 hp. Seu sistema de articulação de lança permite elevar a caçamba carregada a 3 m de altura e 74 cm para descarga, atingindo altitude e alcance superior em sua categoria. A linha de minicarregadeiras da marca conta com sete modelos de 440 kg a 1.225 kg New Holland: www.newholland. de capacidade de carga


manutenção tecnologia

ESPAÇO ABERTO - BAUMA 2007

Scania reforça caminhões para serviços pesados

Alem de expor sua linha completa de caminhões pesados para construção, a Scania vai apresentar as inovações em motorização, sistemas de transmissão, freios e eixos que conferem maior robustez e capacidade de transporte aos veículos. Sua família de motores veiculares para essa aplicação inclui modelos de 5 e 6 cilindros ou V8, preparados para atender as normas internacionais de emissões e suprir uma necessidade de potência entre 230 hp com torque de 1.500 Nm e 620 hp com torque de 3.000 Nm. Há ainda o freio auxiliar retarder, que amplia a capacidade de os caminhões descerem rampas íngremes carregados, bem como o sistema automático de troca de marcha Opticruise, disponível em versões de 8+1 velocidades (torque de 2.200 Nm), 12 velocidades (2.150 Nm) e 12+2 ve-

locidades (até 3.000 Nm). Entre os caminhões, o destaque fica para o modelo P340, com chassi mais curto e tração 6x4 ou 8x4, para uso portando guindaste, entre outras aplicações. Com uma extensão do seu chassi em 2,5 m, ele pode se converter em guindaste todo-terreno, suportando carga de até 45 t. O R420 6x4, equipado com motor de 420 hp, é mais indicado para uso com caçamba basculante e o R470 pode ser configurado sob demanda, inclusive com tração 10x4. Nesse caso, reforços na suspensão permitem elevar a tara nos dois eixos dianteiros e nos três traseiros para 18 t e 28 t, respectivamente, transformando o veículo num guindaste articulado (guindauto) de elevada capacidade. Scania: www.scania.com

Sistema da Wirtgen monitora pavimentação por rede wireless O grupo Wirtgen promete uma revolução na pavimentação asfáltica com o sistema de navegação HCQ, compatível com toda sua linha de rolos compactadores Hamm, que será demonstrado aos visitantes da Bauma 2007. Integrando a eletrônica embarcada dos equipamentos a um monitor em mãos do profissional responsável pelo projeto, por meio de rede wireless, ele informa o status da compactação em tempo real. Dessa forma, os operadores e o gerente de contratos acompanham os dados relativos ao processo de execução do serviço.

O sistema informa a quantidade de passes necessários para o final da compactação, a temperatura do asfalto, velocidade dos equipamentos, incluindo a freqüência e amplitude a ser aplicada, proporcionando ganhos de produtividade e de qualidade no serviço, independente do método usado (rolos vibratórios, por oscilação ou estáticos). A transmissão de dados é realizada por rede local sem fio (WLAN) e os operadores acompanham a informação na cabine dos equipamentos, corrigindo eventuais distorções. Na linha de pavimentadoras, o destaque será o Super 1300-2, um modelo compacto e de elevada capacidade. Acionado por um motor de 65 kW, ele executa pavimentos de até 4,5 m de largura a uma taxa de 350 t/h. Seu sistema de controle ErgoPlus combina uma disposição de painel ergonômica, com todos os comandos ao alcance do operador e acionados por botões e joystick. Wirtgen: www.wirtgen.com

80 | Março | 2007

JCB lança compactadores com vibração dupla ou individual Atenta à forte demanda do mercado por compactadores de menor porte, a JCB lançará o rolo vibratório tandem VCT160, que chega para reforçar sua linha de equipamentos nessa área, composta por 60 modelos para solo e asfalto. Com peso de 1.650 kg e pressão de compactação de 10,3 kg/cm, ele é acionado por um motor de três cilindros e 19 hp de potência. Desenvolvido em modelos com rolos de 80, 90 e 100 cm, o VCT160 conta com transmissão hidrostática, que permite ao operador selecionar o modo de dupla vibração, apenas frontal ou traseira, com maior flexibilidade e rendimento no serviço. A empresa também vai apresentar a linha de minicarregadeiras Robot, composta pelos modelos sobre rodas 160, 170, 180, 190 e 1110, bem como as versões sobre esteiras 180T, 190T e 1110T, que atendem uma capacidade de carga entre 600 kg e 1.100 kg. Equipadas com motor JCB Dieselmax, elas trazem cabines redesenhadas em relação aos modelos anteriores, para maior conforto e segurança do operador, e incorporam sistema de engate rápido controlado diretamente da cabine para a troca de implementos. As novas escavadeiras da linha JS, com modelos sobre esteiras e sobre rodas, que cobrem a classe entre 14 t e 26 t de peso operacional, também serão apresentadas com destaque. Entre elas estão a JS 160, JS 200 e JS 240 que, como os demais equipamentos, incorporam um ganho de potência de 25%, com economia de 12% no consumo de combustível e menor emissão de ruídos JCB: www.jcb.com.

Caterpillar mostra escavadeiras de rodas da série D Mais de 60 equipamentos vão ocupar os 11.000 m2 do estande da Caterpillar na Bauma 2007, demonstrando as inovações tecnológicas incorporadas pela fabricante em todas as suas linhas de produtos. Entre os destaques estão as escavadeiras sobre rodas da série D, que trazem mudanças na motorização, transmissão e sistema de direção, substituindo a versão anterior, da série C. A linha, composta pela M313D, M315D, M316D, M319D e M322D, é equipada com motor emissionado C4.A, que proporciona maior economia de consumo e atinge velocidade de deslocamento superior,

chegando a 37 km/h nos modelos menores. Seu peso operacional varia de acordo com a configuração, sendo que a M313 ocupa a faixa de 13,6 t a 15,8 t, enquanto a M322 se situa na classe de 20 t a 22 t. Indicadas para a movimentação de materiais em locais estreitos, elas vêm equipadas, como ferramenta standard, com câmara de TV na parte traseira da máquina e monitor para visualização na cabine. A Caterpillar vai apresentar ainda o trator de esteiras D6K, o primeiro da série K nessa família e que já vem equipado com o novo sistema de material rodante SystemOne, bem como o compactador de asfalto

Titan-ITM apresenta linha de componente para equipamentos O grupo Titan-ITM, um dos maiores fornecedores mundiais de componentes para equipamentos pesados, tanto sobre rodas como sobre esteiras, aproveitará sua participação na Bauma 2007 para apresentar os lançamentos em toda a sua linha de produtos. Os sistemas desenvolvidos pela empresa atendem ampla variedade de marcas, nos segmentos de terraplenagem, mineração, perfuração e

máquinas agrícolas, para fornecimento OEM e ao mercado de reposição. A subsidiária brasileira do grupo, a Italtractor Landroni, estará representada no estande pelo diretor Comercial Nivaldo Santos, que receberá os visitantes do País e da América Latina para demonstrar suas soluções em materiais rodantes e ferramentas de penetração do solo (FPS), entre outros produtos Titan-ITM: www.passinigroup.com/home.html

Retroescavadeira da Haulotte gira sobre o eixo Como o próprio nome traduz, o Multijob MJX é um equipamento multifuncional, que executa serviços onde uma retroescavadeira não chega, incluindo tarefas de escavação, carregamento, transporte de materiais e abertura de trincheiras. Apresentado ao mercado pela Haulotte durante a última edição da Intermat, ele estará presente no estande da empresa na Bauma 2007. O equipamento conta com tração e direção nas quatro rodas, estabilidade para operar em terrenos íngremes e possibilita várias configurações para escavação e carregamento. Isto porque seu implemento retro faz um giro de 7 m de raio e a carregadeira conta com lança telescópica. Por esse motivo, o MJX opera em ambientes confinados e é indicado para serviços em áreas urbanas. A Haulotte vai apresentar também suas novas plataformas aéreas para trabalhos

CB14, em substituição aos modelos CB-113 e CB-114. Dotado de sistema de compactação vibratório, ele será oferecido em quatro modelos, como o CB14 XW, com rolos de 900 mm a 1.000 mm de largura. Caterpillar: www.cat.com

Bomba de concreto compacta e para grandes produções

A bomba para lançamento de concreto P 715, que será apresentada pela Putzmeister durante a Bauma 2007, é um equipamento compacto o suficiente para operar em ambientes confinados, porém capaz de realizar o serviço de modelos maiores. Segundo a fabricante, ela atinge uma produção de 18 m3/h, com uma pressão de entrega de 68 bar, sendo indicada para bombeamento de concretos finos, na faixa granulomérica de 16 mm. Dotado de pistão maior e graxeta auto-ajustável, também lança materiais de baixa viscosidade. Outro destaque da empresa será a bomba misturadora MP 25, para lançamento de argamassa, com capacidade para 25 l/ min, a uma pressão de entrega de 25 bar. O equipamento vem com bomba d’água, um potente rotor, estator e 10 m de mangueira. Além desse modelo, a linha de equipamentos para argamassa da marca inclui a versão MP 22, de menor capacidade. Putzmeister: www.putzmeister.de

em altitudes de até 43 m e 41 m, os modelos H43 TPX e H41 PX, respectivamente. Dimensionadas para dois operários (máximo de 230 kg), elas são dotadas de plataforma giratória de 360º e dirigibilidade nas quatro rodas, o que facilita seu posicionamento em locais de difícil acesso. São indicadas para serviços de construção, manutenção industrial ou predial, limpeza e montagens em geral. Haulotte: www.haulotte.com

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