Revista M&T - Ed. 101 - Abril 2007

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Revista M&T - Manutenção & Tecnologia

CUSTO DE EQUIPAMENTOS

Como maximizar resultados com a frota COSTO DE LA MAQUINARIA

Nº101 - Abril - 2007 - www.sobratema.org.br

Cómo maximizar los resultados mediante la gestión de la flota

bauma 2007 Os principais lançamentos apresentados pelos fabricanteS Pavilhão expõe o melhor da tecnologia brasileira Delegação brasileira bate recorde de integrantes

BAUMA 2007

Los principales lanzamientos de las empresas fabricantes Pabellón expone lo mejor de la tecnología brasileña Delegación brasileña bate récord de integrantes

nº 101 - Abril - 2007


Qualidade e Confiabilidade

Fotos meramente ilustrativas

Alta Qualidade Confiabilidade Total Economia Comprovada Suporte ao Produto Eficiente e Eficaz Alta Disponibilidade de Peças Alta Disponibilidade Mecânica Atendimento Imediato Ampla Rede de Distribuidores no Brasil e no Exterior.

EQUIPAMENTOS PARA CONSTRUÇÃO

1

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editorial

Show de

tecnologia na Alemanha Quem foi à Alemanha em abril último, para visitar a 28ª edição da Bauma – Feira Internacional de Máquinas para Construção e Mineração, certamente ficou surpreso com o que viu. Mesmo o mais experiente profissional do setor não poderia deixar de se extasiar diante do show de tecnologia oferecido pelos principais fabricantes globais de equipamentos. Em busca de maior produtividade, qualidade e ganhos de custos, seja no canteiro de obras ou na frente de lavra, a indústria não mediu esforços em apresentar soluções que chegam para facilitar o cotidiano dos usuários de equipamentos. Entre os recordes registrados nessa edição da feira, há de se ressaltar a significativa participação brasileira, por meio da missão técnica organizada pela Sobratema. Nada menos que 618 profissionais de equipamentos foram ao evento para observar, in loco, o que os fabricantes têm de melhor para oferecer. A entidade também organizou, em parceria com a Câmara BrasilAlemanha (AHK), o primeiro pavilhão de expositores brasileiros da feira, além de aproveitar a oportunidade para renovar seus laços de parceria e intercâmbio com as demais associações internacionais do setor. Para quem não foi, ou não conseguiu apreciar todos os lançamentos realizados em seus 540 mil m2 de área, a revista M&T traz uma cobertura completa do evento. Como a tecnologia presente nessas máquinas não é um fim, mas o meio para se otimizar as operações, essa edição também trata, entre outras pautas relevantes ao homem de manutenção, do controle de custos da frota e das tendências em locação. Afinal, a tecnologia, os custos e o mercado locador são fatores que impactam diariamente a gestão de equipamentos e, com o domínio desses assuntos, o profissional do setor pode se considerar preparado para os desafios do futuro que, aliás, já bate à sua porta.

Espectáculo

tecnológico en Alemania Los que fueron a Alemania el último mes de abril para visitar la 28ª edición de la Bauma – Feria Internacional de Maquinaria para la Construcción y la Minería, seguramente se sorprendieron con lo que vieron. Ni siquiera el más experimentado de los profesionales del sector podría dejar de extasiarse con el espectáculo tecnológico ofrecido por los principales fabricantes mundiales de máquinas. En busca del aumento de la productividad y de la calidad, y de reducción de los costos, ya sea en el obrador o en el frente de explotación, la industria no escatimó esfuerzos para presentar soluciones diseñadas para facilitar el trabajo cotidiano de los usuarios de la maquinaria. Entre los récords registrados en esta edición de la feria, es necesario resaltar la significativa participación brasileña, lograda a través de la misión técnica organizada por Sobratema. Nada menos que 618 profesionales vinculados a la maquinaria fueron a la muestra para observar, in situ, lo mejor que los fabricantes tienen a ofrecer. La entidad también organizó, en cooperación con la Cámara Brasil-Alemania (AHK), el primer pabellón de expositores brasileños de la feria, y aprovechó la oportunidad para estrechar sus relaciones de cooperación e intercambio con las otras asociaciones internacionales del sector. Para aquellos que no fueron o no consiguieron observar todos los lanzamientos que se hicieron en los 540.000 m2 de la feria, la revista M&T presenta una cobertura completa del evento. Como la tecnología incorporada a las máquinas no es un fin en sí mismo, sino un medio para optimizar las operaciones, este número también trata, entre otros temas relevantes para los encargados del mantenimiento, del control de costos de la flota y de las tendencias del arrendamiento. Al fin y al cabo, la tecnología, los costos y el mercado de alquiler son factores que ejercen un impacto directo sobre la gestión de la maquinaria y, al dominar esos asuntos, el profesional del sector puede considerarse preparado para enfrentar los desafíos del futuro que, en realidad, ya está llamando a la puerta.


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O grupo


Revista M&T - Manuten ção & Tecnolog ia

expediente

sumário

Nº10

1 - A bril

- 20 07

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CUSTO DE

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Como

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Cómo

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Capa: Vista aérea de Bauma 2007 (Messe München)

Comitê Executivo

Presidente: Afonso Celso Legaspe Mamede Vice-Presidente: Benito Francisco Bottino Vice-Presidente: Carlos Fugazzola Pimenta Vice-Presidente: Ivan Montenegro de Menezes Vice-Presidente: Jader Fraga dos Santos Vice-Presidente: Jonny Altstadt Vice-Presidente: Lédio Augusto Vidotti Vice-Presidente: Luiz Carlos de Andrade Furtado Vice-Presidente: Mário Sussumu Hamaoka Vice-Presidente: Múcio Aurélio Pereira de Mattos Vice-Presidente: Octávio Carvalho Lacombe

Diretoria Técnica

Augusto Paes de Azevedo (Caterpillar) - Carlos Arasanz Loeches (Eurobrás / ALEC) - César Schmidt (Liebherr) Christopher Ian Podgorski (Scania) - Edson R. Del Moro (Engepar) - Eduardo M. Oliveira (Santiago e Cintra) Egberto Rosa Campos (Sersil) - Eurimilson João Daniel (Escad) - Franz Treu (Atlas Copco) - Gilberto Leal Costa - Gino Raniero Cucchiari (CNH) - João Lazaro Maldi Jr. (CCCC) - João Ney P. Colagrossi (Metso) - Luis Afonso Pasquotto (Cummins) - Luis Gustavo Pereira (Tracbel) - Marcos Bardella (Brasif) - Mario Humberto Marques (Andrade Gutierrez) - Nathanael P. Ribeiro Jr (Shark) - Nelson Costábile Barros (Constran) - Paulo Gama (Goodyear) - Paulo Lancerotti (Sotreq) - Permínio A. Maia de Amorim Neto (Getefer) - Ramon Nunes Vasquez (Mills) - Silvimar Fernandes Reis (Galvão Engenharia) - Valdemar Shinhiti Suguri (Komatsu) - Vicente Bernardes - Vicente Cracasso (Equisul) - Yoshio Kawakami (Volvo)

- 2007

Diretoria Executiva e Endereço para correspondência: Av. Francisco Matarazzo, 404 – cj. 401 – Água Branca São Paulo (SP) – CEP 05001-000 Tel.: (55 11) 3662-4159 – Fax: (55 11) 3662-2192

nº 101 - Abril

Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção

Bauma 2007

Bauma 2007 Show de tecnologia em 540 mil m² de área Espectáculo de tecnología en 540.000 m²

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Bauma 2007 / Lançamentos

Bauma 2007 / Lanzamientos Principais inovações apresentadas pelos fabricantes de equipamentos Principales innovaciones presentadas por los fabricantes de máquinas

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Diretor Regional

Petrônio de Freitas Fenelon (MG) VPS Engenharia e Estudos Wilson de A. Meister (PR) Ivaí Engenharia de Obras S/A Jose Luis P. Vicentini (BA) Terrabrás Terraplanagem do Brasil S/A Laércio de F. Aguiar (PR) Construtora Queiroz Galvão S/A Antonio Almeida Pinto (CE) Construtora Queiroz Galvão S/A

Revista M&T - Conselho Editorial

Presidente: Cláudio Schmidt Membros: Adriana Paesman, Agnaldo Lopes, Benito F. Bottino, César A. C. Schmidt, Eduardo M. Oliveira, Gino R. Cucchiari, Lédio Augusto Vidotti, Leonilson Rossi, Luiz C. de A. Furtado, Mário H. Marques, Paulo O. Auler Neto, Permínio A. M. de Amorim Neto, Pedro Luiz Giavina Bianchi, Silvimar F. Reis. Gerente Geral: Hugo José Ribas Branco Produção Gráfica: DSGE Editor: Haroldo Aguiar Revisão Técnica: Norwil Veloso Traduções: Maria Del Carmen Galindez Publicidade: Sylvio Vazzoler, Roberto Prado e Giovana Marques Di Petta A Revista M&T - Manutenção & Tecnologia é uma publicação dedicada à tecnologia, gerenciamento, manutenção e custos de equipamentos. As opiniões e comentários de seus colaboradores não refletem, necessariamente, as posições da diretoria da SOBRATEMA. Tiragem: 12.000 exemplares. Circulação: Brasil e América Latina. Periodicidade: mensal. Impressão: Prol Auditado por:

Filiado à:

| Abril | 2007

Pavilhão Brasileiro

Pabellón Brasileño O que o País tem de melhor Lo mejor que el Brasil tiene para ofrecer

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Missão Técnica

Misión Técnica Recorde na participação brasileira Participación brasileña récord

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manutenção tecnologia

Britagem

Trituración Tecnologia em evolução Tecnología en evolución

Locação

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Arrrendamiento O que as rentals oferecem ao mercado Lo que las arrendadoras ofrecen al mercado

Custo de Equipamentos

Costo de Equipamientos A diferença entre o lucro ou o prejuízo La diferencia entre ganancias y pérdidas

Sistema Hidráulico

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Sistema Hidráulico Quando o fluxo de óleo compromete o fluxo de caixa Cuando el flujo de aceite afecta el flujo de efectivo

Perfil

Entrevista Tecnologia reduz prazo nas montagens La tecnología reduce los plazos de montaje

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SEÇÕESsecciones NotasNotas ................................................................................................................................. 10 Tabela de CustosTabla de Costos......................................................................................................... 69 Manutenção Mantenimiento............................................................................................................... 77




notas

Edemar Amorim assume presidência do IE Eleito para o biênio 2007/2008, Edemar Amorim assumiu a presidência do Instituto de Engenharia em abril último. Formado pela Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie, onde lecionou Resistência dos Materiais e ocupou o cargo de diretor do Departamento de Estruturas, Amorim participou de grandes obras no Brasil e exterior, incluindo a construção do Metrô de São Paulo, da Ponte RioNiterói, das rodovias Castello Branco, Imigrantes e Anhanguera. Ao seu lado, tomaram posse ainda os integrantes da nova diretoria executiva, do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal da entidade.

Canal do Panamá: construtoras se preparam para a licitação Dispostas a participar da expansão do Canal do Panamá, considerada uma das maiores obras do mundo nesse início de século, as construtoras Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão formaram um consórcio para disputar o projeto. Em conjunto com a Bardella, elas pretendem concorrer à licitação para escavações, obras civis e montagem de eclusas do canal, que deve consumir mais da metade dos cerca de US$ 6 bilhões em investimentos previstos nesse empreendimento. O projeto prevê a construção de uma nova via para a travessia de cargueiros de grande porte, os pós-panamax, que atualmente não podem cruzar o canal, cuja inauguração data de 1914. Além das obras civis e montagem de eclusas, ele prevê a dragagem de lagos, atraindo consórcios construtores integrados por grandes grupos internacionais, como a Bechtel, Dragados, Hochtief, OHL e Mitsubishi, entre outros. A construtora Odebrecht também se prepara para disputar a licitação do projeto, mas até o fechamento dessa edição de M&T não havia divulgado os integrantes de seu consórcio. O processo de pré-qualificação será em junho próximo e os concorrentes terão 10 meses para apresentação de suas propostas. A Autoridade do Canal do Panamá divulgou que pretende classificar entre três e cinco grupos concorrentes para a licitação e a conclusão das obras está prevista para 2014.

Atlântico Sul será o maior estaleiro do hemisfério Com a aprovação de um financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 513,4 milhões, a construção do estaleiro Atlântico Sul, no Complexo Portuário de Suape (PE), deverá ser acelerada. Orçado em R$ 667,4 milhões, ele começou a ser instalado em fevereiro, para atender um contrato de R$ 2,75 bilhões com a Transpetro, empresa pertencente à Petrobras. O Atlântico Sul venceu a concorrência para construção de 10 navios-tanque do tipo Suezmax, integrantes do lote de 26 embarcações da primeira fase do “Programa de Modernização da Frota da Transpetro”. A contratação do serviço também

conta com financiamento do BNDES, de R$ 2,45 bilhões, que, somado ao último empréstimo, corresponde ao maior crédito já liberado para o setor naval e um dos maiores na história do banco. Controlado pela Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, com parceria tecnológica da Samsung Heavy Industries, ele será o maior estaleiro do hemisfério Sul, com capacidade para processar 100 mil t/ano de aço em montagens de embarcações de grande porte. Ele vai atuar na construção de navios cargueiros, petroleiros, plataformas de petróleo e estruturas offshore, bem como em serviços de manutenção e reparo das embarcações.

Errata

Cartas

Na matéria publicada em março, sobre o novo serviço em estudo pela Sotreq para implantação no Brasil (M&T 100 – “Reconstrução de equipamentos na mira da Sotreq” – página 10), o nome correto do programa é Caterpillar Certified Rebuild (CCR).

Estamos felizes por nossa participação como patrocinadores no workshop “O Impacto dos Custos de Equipamentos no seu Negócio”, realizado pela Sobratema em abril. A quantidade de clientes presentes ao evento, entre atuais e futuros proprietários de equipamentos Komatsu, superou nossas expectativas. Como ouvinte, admirei o nível das palestras e o sincronismo entre os assuntos que se sucederam. – Agnaldo

A Elba Equipamentos e Serviços (EES) não controla a MRR Movimentação de Resíduos Sólidos e a M2R, conforme publicado na edição de março (M&T 100 – “Maior produção com economia de custos” – página 31). Ela é acionista das duas empresas e responde pela manutenção dos equipamentos usados em suas operações.

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Lopes – Komatsu

Gostaria de parabenizá-los pelo ótimo evento realizado pela Sobratema sobre “custos de equipamentos”, não apenas pela qualidade dos palestrantes e convidados, mas também pela organização em geral. – Daniel Rossetti – Rossetti


manutenção tecnologia

Investimentos em infra-estrutura crescem 34%

Os primeiros projetos de Parcerias Público-Privadas (PPPs) lançados no Brasil e a retomada das concessões públicas contribuíram para ampliar os investimentos em infra-estrutura no País. Segundo a Associação Nacional dos Bancos de Investimentos (Anbid), as operações financeiras estruturadas na modalidade project finance atingiram o total de R$ 10,2 bilhões em 2006, com crescimento de 34% em relação ao ano anterior. Os números incluem aportes realizados na recuperação da rodovia MG-050 e na implantação da linha 4 (Amarela) do metrô paulistano, ambas em regime de PPP, mas também contemplam projetos para produção de óleo e gás e geração de energia, especialmente a construção de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e de usinas eólicas. As expectativas da Anbid são de encerrar 2007 com recorde em operações de project finance para infra-estrutura, com forte participação de investidores externos. Levantamentos do primeiro bimestre do ano confirmam essa tendência de expansão, já que o setor atraiu R$ 2,2 bilhões em capital externo, mais que o triplo do total aportado entre janeiro e fevereiro de 2006. O destaque fica para as usinas de açúcar e álcool, com mais de R$ 1 bilhão já previstos para este ano, além da produção de petróleo, com outros R$ 5 bilhões viabilizados em project finance. Especialistas apontam ainda as perspectivas com a construção das hidrelétricas do rio Madeira e de diversas PCHs.

Liebherr traz máquinas para usinagem de peças A Liebherr Brasil assumiu as vendas e assistência técnica no País de sua linha de máquinas-ferramentas, serviços antes conduzidos por um representante comercial. Sua linha é composta por equipamentos para a usinagem completa de dentes de engrenagens, desde o corte e retificação, até os testes e controles dimensionais. As máquinas são produzidas pela divisão Kempten, na Alemanha, que conta com um parque de cerca de 200 unidades instaladas no Brasil, principalmente entre os fabricantes de componentes para sistemas de transmissão. A nova base de operações ficará sediada na fábrica da empresa, em Guaratinguetá (SP).

TBM unifica operações Após unificar suas operações, antes divididas entre uma empresa para a fabricação de ferramentas de penetração do solo (FPS) e outra voltada ao segmento de materiais de desgaste, a TBM espera encerrar 2007 com um aumento de 30% em seu faturamento. “Com essa fusão, vamos utilizar melhor os equipamentos e a mão-de-obra, com ganhos de gestão e de logística que certamente resultarão em menores custos de produção”, afirma Cláudia Sabino Procópio, vice-presidente da empresa. Localizada na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), a empresa planeja investir este ano R$ 1 milhão em equipamentos para a linha de produção, mesmo valor aportado em 2006. Os recursos aplicados em modernização já resultaram no desenvolvimento de novos produtos, como o aço de alta dureza XS 400, indicado para aplicações severas em mineração e construção, como revestimentos de britadores, silos e de bordas e cantos de caçambas. No segmento de FPS, Cláudia Procópio estima que a empresa detém cerca de 50% do mercado de reposição. Com sua linha de produtos, ela atende fabricantes de equipamentos como a CNH e Komatsu, além de fornecer para mineradoras como a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), AngloGold e grupo Votorantim, entre outras.

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bauma 2007

Show de tecnologia em 540 mil m2 de área

Com a demanda aquecida, Bauma 2007 supera seus recordes e apresenta as inovações da indústria global de equipamentos para construção e mineração

O

maior encontro de profissionais de equipamentos para construção e mineração do mundo superou seus próprios recordes e confirmou a vocação como pólo difusor de inovações tecnológicas. Entre 23 e 29 de abril, a 28ª edição da Bauma – Feira Internacional de Máquinas para Construção e Mineração, realizada na Alemanha, atraiu a visita de cerca de 500 mil executivos do setor, que foram a Munique para conhecer as novidades apresentadas por 3.041 expositores. O crescimento no número de visitantes em relação à edição anterior, de 20%, só foi superado pelo volu-

14 | Abril | 2007

me de estrangeiros que percorreram os corredores do evento, de 160 mil profissionais oriundos de 190 países, o que representou um aumento de 35%. Ocupando uma área de 540 mil m2, Bauma 2007 reuniu a última palavra em tecnologia de equipamentos para construção e mineração, apresentada pelos principais fabricantes globais de máquinas, sistemas e componentes. A presença brasileira também registrou um recorde, totalizando uma delegação de 618 profissionais que integraram a missão técnica organizada pela Sobratema (veja matéria na pág. 53). O evento marcou ainda a estréia do pavilhão de expositores brasilei-

ros, outra iniciativa promovida pela entidade, em parceria com a Câmara Brasil-Alemanha (AHK) (veja matéria na pág. 50). Além do Brasil, a feira contou com mais doze pavilhões internacionais, organizados pela Alemanha, Canadá, China, Coréia do Sul, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, Grã-Bretanha, Índia, República Checa, Rússia e Turquia. Mercado em expansão A expansão registrada em Bauma 2007 revela o boom vivido pela indústria de equipamentos mundial, impulsionado pela forte demanda por obras de infra-estrutura e projetos de mineração em países emergen-


manutenção tecnologia

tes da Ásia, América Latina e Leste Europeu. No caso da Alemanha, segundo maior fabricante global de máquinas, esse cenário foi responsável por um aumento de 15% nas exportações do país em 2006, totalizando 122,8 bilhões de euros em vendas ao exterior. Os dados foram divulgados por Dieter Brucklacher, presidente da VDMA, a associação de fabricantes do país, e se referem à indústria em geral. No segmento de máquinas para construção, o crescimento da indústria européia segue o mesmo ritmo, conforme afirma Henri Marchetta, presidente da CECE, a entidade que congrega as associações de fabricantes desse setor no continente. “Temos um futuro promissor a nossa frente”, diz ele, comemorando uma expansão de 60% nos últimos quatro anos. Em 2006, os fabricantes de equipamentos da Europa ampliaram sua produção em 17,5%, encerrando o ano com 26 bilhões de euros em vendas. A liderança no continente pertence à Alemanha, com uma participação de 7,2 bilhões de euros no volume Sobratema marca presença no jantar de abertura do evento

Espectáculo de tecnología en 540.000 m2

Marchetta: crescimento de 60% em quatro anos

de negócios, seguida pela Itália (6 bilhões de euros), Inglaterra (4 bilhões de euros) e França (2,7 bilhões de euros). Segundo Marchetta, em 2006 o mercado europeu consumiu 156 mil unidades de equipamentos de movimentação de solo – um crescimento de 13% em relação ao ano anterior – e os fabricantes do continente responderam por cerca de 30% da produção mundial do setor. Brazil Point Além de organizar o pavilhão brasileiro e a missão técnica de profissionais, a Sobratema marcou presença em Bauma 2007 com um estande próprio, onde divulgou a feira M&T Expo 2009 aos visitantes e expositores do evento. Nesse espaço, a associação aproveitou para organizar o Brazil Point, tradicional ponto de encontro para brasileiros, la-

El principal encuentro de profesionales que trabajan con maquinaria para la construcción y la minería del mundo superó sus propias marcas y confirmó su vocación de centro de difusor de innovación tecnológica. Entre el 23 y el 29 de abril, la 28ª edición de la Bauma – Feria Internacional de Máquinas para la Construcción y la Minería, que tuvo lugar en Alemania, atrajo a un público de aproximadamente 500.000 ejecutivos del sector, que acudieron a Munich para conocer las novedades presentadas por 3.041 expositores. El aumento de público, en relación con la edición anterior, fue del 20%, cifra solo superada por el crecimiento de la cantidad de extranjeros que recorrieron los corredores de la muestra: 160.000 profesionales provenientes de 190 países, cifras que corresponden a un aumento del 35%. Bauma 2007 reunió, en un área de 540.000 m², la última palabra en tecnología de maquinaria para la construcción y la minería, presentada por los principales fabricantes de máquinas, sistemas y componentes de todo el mundo. El crecimiento se debe a la ampliación de la demanda de obras de infraestructura y proyectos de minería en los países emergentes de Asia, América Latina y Europa Oriental. En el caso de Alemania, que ocupa el segundo lugar en la fabricación mundial de máquinas, esa situación fue responsable, en el 2006, de un aumento del 15% de las exportaciones, que ascendieron en total a 122.800 millones de euros.

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bauma 2007

Expansão do evento reflete boom vivido pela indústria européia de equipamentos

tino-americanos e demais profissionais interessados em realizar negócios no Brasil. “Trata-se de uma ação promovida em todas as nossas participações em eventos internacionais, criando um ambiente descontraído e propício aos negócios e intercâmbio de informações”, diz Jonny Altstadt, vice-presidente da Sobratema. Segundo ele, o estande da associação recebeu a visita de centenas de profissionais de outras nacionalidades interessados em obter informações sobre oportunidades de negócios no mercado de equipamentos brasileiro. A presença da Sobratema foi marcada ainda pela participação em eventos paralelos e reuniões de trabalho com fabricantes e entidades parceiras internacionais. Entre esses encontros, o destaque fica para o jantar de abertura de Bauma 2007 e a recepção

oferecida no Palácio Kaisersaal, antiga residência da família imperial da Baviera, que contou com a presença de autoridades alemãs, como o ministro da economia, infra-estrutura e tecnologia da Baviera, Erwin Huber, além de líderes da indústria de equipamentos e de associações internacionais do setor, em uma homenagem aos profissionais e empresas da Península Arábica. Durante o evento, a Sobratema reuniuse com diretores das associações AEM (Estados Unidos), Anmopyc (Espanha), CEA (Grã-Bretanha), CECE (Europa), CISMA (França), CNCMC (China), IMDER (Turquia), JCMA (Japão), KOCEMA (Coréia do Sul), VDMA (Alemanha), Camamoter e Ucomesa (Itália). Numa recepção promovida pela VDMA para empresários brasileiros, os participantes travaram contato com o cônsul

Estande da Sobratema: ponto de encontro para brasileiros...

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do País em Munique, João Carlos Morégola, com Katharina Hamma, diretora da Messe München, empresa organizadora de Bauma, com Susanne Schartz, diretora de feiras da VDMA e Markus Hautmann, da “Invest in Bavária”, agência do governo alemão para promoção de investimentos naquela região do país. Nos contatos com as demais associações, a Sobratema foi convidada a participar das principais feiras de equipamentos para construção e mineração do mundo com estande e a organização de missões técnicas. As primeiras no calendário serão a Conex Korea (Coréia), em setembro, e 9º Bices (Beijing International Construction Machinery Exhibition & Seminar), em outubro, na China. Veja, a seguir, algumas imagens marcantes do evento e os principais lançamentos realizados pelos expositores.

...e profissionais que querem negociar no País


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bauma 2007

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bauma 2007

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BAUMA 2007 – LANÇAMENTOS

Respostas mais rápidas marcam a série F de carregadeiras Volvo

O lançamento da série F da sua linha de pás-carregadeiras foi um dos destaques da participação da Volvo no evento. Para proporcionar maior produtividade e segurança à operação, elas incorporam inovações em relação aos modelos anteriores, incluindo uma cabine mais confortável e mudanças no trem de força. Composta pelos modelos L60F, L70F, L90F, L110F, L120F, L150F, L180F, L220F e L350F, a linha conta com transmissão HTE dotada de

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New Holland ganham nova versão

A New Holland apresentou mais de 40 equipamentos nas duas áreas ocupadas em Bauma 2007 e um dos destaques coube ao modelo E215B, que introduz no mercado a série E de escavadeiras da marca a partir desse evento. Além dela, a retroescavadeira LB110, a escavadeira E385 e a mini-carregadeira L170 figuram entre os produtos ofertados no Brasil que também estiveram presentes na feira. A E215B é uma escavadeira de 21 t a 22 t de peso operacional, equipada com motor emissionado de 6,7 litros e 160 hp de potência (2.000 rpm), que opera em rotações mais baixas e produz menos ruídos em relação ao modelo anterior. Entre outras inovações, ela conta com bombas maiores, de 110 cm³, e atinge um fluxo de 220 l/min, que possibilita ciclos menores e ganho de potência hidráulica com economia no consumo de combustível. Além dessas mudanças, a escavadeira vem com uma lança mais leve e esteira mais longa, proporcionando maior estabilidade à operação. Em poucos anos, a divisão latino-americana da New Holland Construction vem conquistando espaço no mercado de equipamentos do continente. Desde seu lançamento na região, a marca não pára de ampliar a partici-

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comando eletro-hidráulico. Basta o operador selecionar o sentido da direção (frente ou ré) e o sistema FAPS (Full Automatic Power Shift) controla a troca de marchas, selecionando a mais adequada para a operação, seja em deslocamentos ou no ataque à pilha de material. O software da unidade de controle eletrônico da transmissão se adapta ao estilo de condução do operador, trocando a marcha de acordo com a velocidade de deslocamento e rotação do motor. Além da economia de combustível, isso se reverte em respostas mais rápidas e ciclos menores. No caso da L90F, por exemplo, a velocidade máxima aumentou em 25%. A nova transmissão, mais silenciosa, dispõe de embreagem banhada em óleo e uma válvula de modulação de amplitude de pulso (Pulse Width Modulation), o que confere maior suavidade às trocas de marchas. Enquanto as demais pás-carregadeiras da linha representam uma evolução da série E, a L350F constitui um modelo novo, indicado para aplicação em mineração. Ela tem peso operacional de 50 t a 54 t e opera com caçamba de 6,2 m³ a 12,7 m³.

pação no Brasil e, em 2005, registrou um crescimento de 12,6% em relação ao ano anterior. Em 2006, a expansão das vendas no mercado brasileiro foi de 21% e as expectativas para 2007 apontam para um crescimento de cerca de 19%. New Holland: www.newholland.com



BAUMA 2007 – LANÇAMENTOS

Liebherr lança guindastes e escavadeira de 250 t Uma visita a Bauma 2007 não poderia ser completa sem a passagem pelo estande da Liebherr, que ocupou a maior área da feira (mais de 13.000 m²) e trouxe lançamentos em todas as suas linhas de equipamentos. Um dos destaques coube ao guindaste 11200-9.1, do tipo todo-terreno (AT), com nove eixos e 1.200 t de capacidade de carga. Trata-se do primeiro equipamento do gênero com lança telescópica de 100 m, cujo sistema Telematik proporciona rapidez e versatilidade à telescopagem, incluindo a montagem de jib de até 126 m, que permite içar cargas a 170 m de altura. A empresa lançou ainda o guindaste de esteira LR 1300, de 300 t de capacidade, e o modelo LTM 1050-3.1 (50 t), sobre chassi de caminhão rodoviário, além de entregar o centésimo guindaste LR 1400 (400 t), também sobre esteiras, que foi vendido para a locadora brasileira Locar. Ela também expôs a central dosadora de concreto Mobilmix 3.33, em configuração modular, e a nova dragline HS 895 HD, de 45 t de força de tração, para serviços pesados em construção e mineração. A Liebherr apresentou a escavadeira R944 C para escavação de túnel e lançou a R9250, da classe de 250 t de peso operacional, para uso em mineração. Equipado com motor de 1.290 hp, lança de 9 m e braço de 4 m (versão standard), com capacidade para operar com caçamba de 15 m³, esse último modelo vem substituir a escavadeira R994 Litronic, que era fabricada no Brasil para fornecimento ao mercado global. A R9250 também será produzida na fábrica de Guaratinguetá (SP). Liebherr: www.liebherr.com

Caterpillar apresenta série K de tratores de esteiras Ocupando um estande de 11.000 m² de área, a Caterpillar marcou presença em Bauma 2007 com a exposição de 60 equipamentos. Um dos destaques foi a nova série K de tratores de esteira da marca, apresentada ao mercado com o lançamento do modelo D6K, que chega para substituir o D5N. Trata-se de um equipamento de 125 hp de potência ao volante, que adota o uso da tecnologia SystemOne como item de série em seu material rodante e conta com sistema de transmissão hidrostática. Com isso, basta o operador selecionar diferentes velocidades, de 0 a 10 km/h, e o equipamento faz as mudanças de marcha sem interrupções de potência. Além desse modelo, a linha será completada ainda este ano com o D3K, D4K e D5K. Na linha de caminhões articulados, o destaque coube ao 730 Ejector, que traz novo design no sistema ejetor de despejo de carga. Projetado para realizar essa tarefa com o veículo em movimento, de forma a cumprir ciclos mais curtos, ele consome 12 segundos de tempo de ejeção e 15 segundos de tempo de recolhimento da caçamba. Conta com motor emissionado de 321 hp de potência líquida e tem capacidade para 31 t de carga nominal. Ele vem equipado com retardador, dispositivo que atua como um freio de motor-transmissão, protegendo o motor contra rotação excessiva e reduzindo o desgaste dos freios. A Caterpillar apresentou ainda seus recentes lançamentos na área de pavimentação asfáltica, como a pavimentadora AP655D, e a linha de compactadores vibratórios CB14, com rolos de 900 mm a 1.000 mm de largura. Caterpillar: www.cat.com

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BAUMA 2007 – LANÇAMENTOS

Trator brasileiro traz o melhor da tecnologia Komatsu Desenvolvido pela Komatsu brasileira, com apoio da subsidiária norte-americana, o trator de esteiras D51EX22 foi um dos destaques apresentados pela empresa. Entre as inovações, ele conta com sistema de transmissão hidrostática, que possibilita a seleção de velocidades variáveis com rapidez e suavidade na troca de marchas, sem perdas de potência durante a operação. Essa característica também se deve à direção hidrostática, que elimina a embreagem lateral e freios. O D51EX-22 é um trator de 14 t, equipado com motor emissionado de 130 hp de potência (2.200 rpm). Seu material rodante é robusto, contando com buchas de grande diâmetro e roda-guia auto-ajustável, o que reduz vibrações, ruídos e prolonga sua vida útil. Trata-se de um equipamento “Dantotsu”, palavra japonesa que significa “incomparável” ou “sem rival”, usada pela engenharia da Komatsu para designar produtos inovadores. Seu design com capô rebaixado, por exemplo, transforma o D51EX-22 no primeiro trator a permitir ao operador total visibilidade da parte superior da lâmina. Essa característica, que proporciona maior eficiência e produtividade à operação, tornou-se possível com o deslocamento do radiador para a traseira do trator. Ele

será produzido no Brasil, para exportação aos demais países do mundo, podendo ser fornecido com o sistema de monitoramento por satélite da Komatsu, o Komtrax, para acompanhamento remoto de seus sinais vitais. Ao todo, a empresa apresentou 53 lançamentos, incluindo escavadeiras, pás-carregadeiras e demais equipamentos. Komatsu: www.komatsu.com.br

Case comemora 50 anos da primeira retro

Uma retroescavadeira 320, lançada pela Case em 1957, decorou o estande da empresa em comemoração aos 50 anos de lançamento de seu primeiro modelo dessa família de equipamentos. Ela apresentou sua linha de retroescavadeiras Case R Série 2, composta pela 580 Super R, 590 Super R e 695 Super R, todas equipadas com Control System™, contro-

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les-piloto opcionais e acopladores hidráulicos para a rápida troca dos implementos da carregadeira e da retro. Com esse sistema, o operador realiza a troca sem sair da cabine. Outro destaque da empresa foi a minicarregadeira sobre esteiras 440CT, também disponível na versão sobre pneus. Embora a configuração com esteiras incorpore maior peso à máquina, sua pressão sobre o solo torna-se menor, possibilitando melhor estabilidade e operações em terrenos com baixa capacidade de suporte. Segundo a Case, suas esteiras de borracha de 400 mm de largura por 1.436 mm de comprimento atingem elevada vida útil e produzem uma pressão sobre o solo de 0,35 kg/cm² (34,5 kPa). A empresa lançou ainda as pás-carregadeiras compactas da Série E, que incorporam versatilidade à linha e operam também em tarefas de minicarregadeiras. Embora projetadas para serviços de carregamento de solos e demais materiais, elas mostram-se eficientes no manuseio de pallets ou sucatas, em içamento de cargas e escavação de valas para instalação de postes, entre outras aplicações. Para isso, dispõem de ampla gama de implementos, como porta-pallets, garras, trados e outros. Case: www.casece.com


manutenção&tecnologia

Terex aposta em guindastes mais compactos Apenas na área de guindastes, a Terex compareceu ao evento com 13 equipamentos, incluindo os novos modelos Demag AC 100/4, Bendini RC 60 e PPM TC 40L. O AC 100/4 é um modelo para todo-terreno (AT) de quatro eixos e figura como o primeiro e único em sua categoria com largura de apenas 2,55 m. Apesar de ter capacidade para 100 t, suas dimensões são de um equipamento de 70 t. Já o Bendini RC 60, da classe de 60 t e com alcance de 40 m, chega para competir no aquecido mercado de guindastes para terrenos difíceis (RT). A empresa apresentou ainda o Terex Changjiang, o mais novo membro da família de guindastes da marca, que figura entre os modelos mais vendidos na China. Trata-se de um equipamento montado sobre chassi de caminhão (truck crane), com 60 t de capacidade, quatro eixos e alcance de 41 m na lança principal. Segundo a fabricante, ele apresenta pequeno raio de giro, o que lhe confere grande manobrabilidade. As novidades apresentadas pela empresa envolveram lançamentos em todas as suas linhas, incluindo as escavadeiras hidráulicas, pás-carregadeiras e caminhões fora-de-estrada. Já a divisão Roadbuilding, agora com braço operacional na Europa – além das tradicionais operações no Brasil e em Oklahoma (EUA) – apresentou as pavimentadoras de concre-

to SF2003B e SF HVW2204B. Esse último modelo vem equipado com fôrma deslizante para a execução de concretagens em larguras variáveis, sem a necessidade de desmontagem. Terex: www.terex.com


BAUMA 2007 – LANÇAMENTOS

Hyundai completa linha de escavadeiras Com o lançamento da R800LC-7A, apresentada em primeira mão ao mercado durante Bauma 2007, a Hyundai completa sua linha de escavadeiras hidráulicas com um modelo robusto, indicado para uso em pedreiras e demais segmentos da mineração. Equipada com motor Cummins de 343 kW de potência, que atende as exigências de emissões internacionais Tier 3/Stage IIIA, a nova escavadeira é da classe de 80 t e pode operar com caçamba de 3,4 m³ de capacidade. Ela conta com novo sistema de eletrônica embarcada, que otimiza sua potência hidráulica para outras aplicações, como o uso de rompedores, e o acesso para a manutenção mecânica, elétrica e hidráulica tornou-se mais fácil. O tempo de troca do filtro de óleo aumentou para 1.000 h e a máquina incorpora outras inovações introduzidas na nova série 7A de escavadeiras e carregadeiras de rodas da marca, mais potentes e silenciosas. Suas pás-carregadeiras, por exemplo, contam com cabine redesenhada, para a maior produtividade do operador, e equipada com novo painel de controle, que pode incluir até mesmo monitor para imagens de câmeras de TV (opcional). Essa linha também ganhou um modelo de maior capacidade, a HL780-7A, da classe de 6 m³ de caçamba. Com esses lançamentos, a Hyundai planeja manter sua trajetória de expansão e se consolidar entre os maiores fabricantes globais do setor. Apenas na Europa, a empresa registrou um crescimento de 40% nas vendas em 2006, após dois anos seguidos de expansões na faixa de 25%. Hyundai: www.hyundai-ce.com

Sistema da Michelin monitora uso dos pneus Batizado de Michelin Electronic Management System (MEMS), o sistema de monitoramento de pneus de equipamentos fora-de-estrada apresentado pela Michelin chega ao mercado como alternativa para a gestão de custos em mineradoras e demais operações severas. Ele acompanha, em tempo real, a temperatura e a pressão dos pneumáticos, conferindo maior vida útil a sua banda de rodagem e evitando danos irreparáveis ou que comprometam a recauchutagem. O MEMS conta com sensores eletrônicos (tags) instalados nos pneus e um receptor de sinais (via rádio) na cabine do caminhão, que transmite as informações ao sistema de gerenciamento remoto da mina. Dessa forma, ele acusa um eventual superaquecimento ou perda de pressão, permitindo a tomada de medidas preventivas e antecipando correções de danos que poderiam resultar em prejuízos maiores. A empresa também lançou o pneu Power CL, destinado a retroescavadeiras e minicarregadeiras, além de apresentar o radial X-Super Terrain em novas medidas: 26.5 R25 e 29.5 R25. Segundo ela, esse último modelo, indicado para caminhões articulados, atinge maior força de tração e vida útil em sua suas novas dimensões. A Michelin está investindo US$ 200 milhões na construção de uma nova fábrica de pneus para mineração e terraplenagem no Brasil, com inauguração prevista para o início de 2008, além de ter iniciado a expansão da fábrica de Lexington, nos Estados Unidos. Com isso, ela espera chegar a 2010 com um aumento de 40% na produção de pneus fora-de-estrada. Michelin: www.michelin.com

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Informe Publicitário

PUTZMEISTER NA BAUMA 2007 Com mais de 3.000 m2, e repleto de novidades, o estande da Putzmeister na Bauma 2007 foi um sucesso, além de ser o maior entre os fabricantes de bombas de concreto. Tanto na área interna, quanto na externa, a Putzmeister exibiu uma vasta linha de produtos, entre eles: - Auto-bombas de concreto, com lanças de 16 a 62 metros, com capacidades que variam de 90 a 160 m3/h. - PUMIS, que são as bombas de concreto com lanças equipadas com balão betoneira. - Linha completa de bombas estacionárias, bombas industriais, mastros de distribuição, bombas para projeção de concreto, e bombas para projeção de argamassa.

A linha Thom-Katt, que no Brasil vai se chamar linha VS, possui uma gama que vai dos 24 aos 57 m3/h, e pressão sobre o concreto de até 79 bar, vai juntar-se à BSV 715 que está sendo montada no Brasil desde 2006 e já é um sucesso de vendas.

Além da linha de produtos Putzmeister, foram montados estandes separados com os equipamentos para hidrojateamento DYNAJET, e outro com as tubulações da marca Esser.

Prêmios na Bauma 2007 Burj Dubai

A vanguarda tecnológica da Putzmeister é comprovada mais uma vez, no mega projeto da torre Burj Dubai, que será o edifício mais alto do mundo, nos Emirados Árabes.

BSV 715

A outra grande novidade, foi o anúncio da mais potente autobomba de concreto com lança já comercializada na América do Sul, a BSF 36.14. Com capacidade para bombear 140m3/h e lança de 36 metros, a BSF 36.14 chega ao Brasil pelas mãos da Concretomix, que adquiriu as 2 primeiras máquinas. Além da Concretomix, outras bombas BSF 36.14 já foram comercializadas e seus compradores serão também anunciados oportunamente.

BSA 14000 SHP-D

Nela, o concreto bombeado já ultrapassou os 450 metros de altura, devendo chegar com folga aos 570 metros, graças às bombas estacionárias BSA 14000 SHP-D. Com esse desafio superado, a competência tecnológica da Putzmeister, foi reconhecida através do Prêmio VDMA Innovation Award 2007 na categoria de estruturas e procedimentos de construção. Mas não foi só esse prêmio recebido pela Putzmeister; uma nova mangueira de descarga denominada “Steady Hose”, recebeu o prêmio VDMA Innovation Award 2007 na categoria de segurança operacional. Uma tecnologia exclusiva foi utilizada na confecção da trama de tecido interna dessa mangueira, o que permite que os violentos golpes laterais que ocorrem sejam “domados”, direcionando a força resultante para baixo, no sentido da descarga. O resultado dessa inovação é a drástica minimização dos riscos causados por bloqueios (entupimentos) que eventualmente ocorrem durante a operação das bombas.

BSF 36.14

Por fim, uma importante “boa nova” foi dada pelo novo Presidente Mundial do Grupo Putzmeister, o suíço Felix Selinger. O Sr. Selinger, que diga-se de passagem fala português perfeitamente, pois trabalhou alguns anos no Brasil, anunciou que a partir de Junho deste ano, o Engenheiro Eduardo Rosin retornará ao Brasil após um período de 3 anos na matriz na Alemanha. Eduardo Rosin será responsável pela expansão dos negócios da Putzmeister não só no Brasil, mas também no cone sul. Isso mostra a importância que essa região tem para o Grupo Putzmeister, que aposta firmemente no seu desenvolvimento nos próximos anos.

Novidades para o Brasil

Distribuidor exclusivo no Brasil, a Differencial Service, na pessoa do Sr. Edson Oliveira, apresentou novidades exclusivas aos muitos visitantes brasileiros durante a Bauma 2007. A linha de auto-bombas Thom-Katt produzida pela Putzmeister América, e que será a partir deste mês montada sobre caminhões no Brasil, foi a primeira delas.

Para maiores informações: Differencial Service Eq. C. Civil Ltda Tel. 55 11 4411-6065 www.differencialservice.com.br w w w. p u t z m e i s t e r . c o m . b r


BAUMA 2007 – LANÇAMENTOS

Caminhão

Scania atinge maior velocidade

Equipado com motor DC 1103, de 11 litros e 340 hp de potência, o caminhão P340 EV foi o destaque da Scania para o transporte de materiais em operações com três eixos e longas distâncias. Isto porque ele atinge boa velocidade média, segundo o fabricante, proporcionada por um motor com sistema de injeção eletrônica, que oferece um

torque de 1.600 Nm em ampla faixa de rotação e também é responsável pelo menor consumo de combustível. O caminhão atende as exigências de emissões de poluentes Conama – Fase 5 (Euro III) e é equipado com piloto-automático. Sua caixa de marchas GRS890 é uma nova versão da GRS900, contando com 12 velocidades sincronizadas à frente, combinadas em uma seção principal de 3 marchas, um conjunto de engrenagens splitter (reduzida e alta) e uma seção planetária de 2 velocidades (caixa alta e baixa), acionada a ar comprimido e com lubrificação sob pressão. O isolamento acústico de seu motor e da caixa de câmbio reduz o nível de ruído para 80 dB. Além do transporte de materiais em construção civil, o P340 pode se converter em guindaste rodoviário e, com uma extensão de 2,5 m em seu chassi, torna-se um guindaste todo-terreno, suportando cargas de até 45 t. A empresa também apresentou sua linha de motores veiculares, composta por modelos de 5 e 6 cilindros ou V8, que cobrem a faixa de potência de 230 hp (torque de 1.500 Nm) a 620 hp (3.000 Nm), além do freio auxiliar Retarder e do sistema automático de troca de marchas Opticruise, disponível em versões de 8+1 velocidades, 12 velocidades e 12+2. Scania: www.scania.com

Dynapac lança compactador pesado O rolo compactador CA702A foi apresentado em Bauma 2007 como o maior da linha Dynapac (27 t), para uso em obras de enrocamento, de estradas, ferrovias, portos e aeroportos, em versões com cilindro liso e pé-de-carneiro. Entre os 15 novos equipamentos lançados pela empresa, outro destaque foi o estabilizador e reciclador de solos DS400, que opera em largura de até 2,5 m por 54 cm de profundidade. Seu rotor de 1.500 mm de diâmetro permite uma série de aplicações que necessitam de água injetada e processos com emulsão ou betume. A empresa também lançou os rolos compactadores de asfalto CC424HF, CC524HF e CC624 HF, do tipo tandem, que cobrem a faixa de 10 t a 13 t. Eles contam com novo sistema de vibração de bomba dupla – uma para o cilindro dianteiro e outra para o traseiro – tornando o sistema mais eficiente e econômico ao eliminar a válvula de vibração. Podem ser equipados com o software DCAA (Analisador de Compactação para Asfalto), também apresentado em primeira mão pela Dynapac, que otimiza a execução do serviço ao indicar o número de passadas, temperatura do material e outras informações úteis para se atingir o padrão ideal de rolagem. O controle das fresadoras de grande porte ganhou uma versão simplificada, via relê, facilitando sua manutenção

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nas operações realizadas em locais distantes ou de difícil acesso. Com isso, as fresadoras PL2000LS e PL2100S já podem ser adquiridas com controle por sistema PLD computadorizado ou com esse circuito eletromecânico. Dynapac: www.dynapac.com



BAUMA 2007 – LANÇAMENTOS

Wirtgen monitora

compactação por rede sem fio

Autobomba da Putzmeister flexibiliza concretagem A linha de autobombas para lançamento de concreto da Putzmeister, composta por modelos com alcance de lança de 20 m a 62 m, todos montados sobre chassi comercial, passa a contar com mais uma versão a partir de Bauma 2007. O modelo recém-lançado é o M58-5 RZ, que atinge 57,6 m de altura e 53,6 m de alcance horizontal, com pressão de entrega de 85 bar e linha de 125 mm de diâmetro. De dimensões compactas para sua capacidade, ele conta com comprimento uniforme em seus cinco segmentos de lança, cujo último realiza articulação de 200º, o que confere flexibilidade e maior eficiência na execução das concretagens. Dependendo da configuração, o equipamento pode produzir de 108 m³/h a 180 m³/h de concreto bombeado e seu sistema de abertura e recolhimento de lança, do tipo Roll Z, permite posicioná-lo para operação no canteiro rapidamente, mesmo em áreas com pouco espaço. O M58-5 RZ pode ser montado sobre chassi de cinco ou seis eixos e, além da sua linha de autobombas, a empresa apresentou inovações em equipamentos para transporte de concreto e lançamento de argamassa, entre outras aplicações. Nesse último caso, por exemplo, o misturador MP 25 foi lançado como uma opção para maior produtividade no acabamento da obra. Ele tem capacidade para 25 l/min de lançamento de argamassa a uma pressão de entrega de 25 bar. Putzmeister: www.putzmeister.de

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Maior qualidade no serviço de pavimentação asfáltica é a promessa do grupo Wirtgen com o lançamento do sistema de navegação HCQ, compatível com a nova geração de rolos compactadores Hamm, apresentada ao mercado durante Bauma 2007. Trata-se de um sistema que integra a eletrônica embarcada dos equipamentos com uma central de controle ou o computador do encarregado pela operação, por meio de rede wireless, informando todos os dados relativos à compactação. Com esse sistema, os operadores e o gerente da obra acompanham a quantidade de passes necessária para se atingir a compactação projetada, a temperatura do material, velocidade de deslocamento, bem como freqüência e amplitude a ser aplicada, independente do método usado (rolos vibratórios, por oscilação ou estáticos). Com isso, o serviço ganha em qualidade e produtividade, já que eventuais desvios podem ser corrigidos em tempo real. A empresa completou ainda sua linha de fresadoras de pequeno porte com o lançamento dos modelos W 60, W 100, W 100 F, W 120 F e W 130 F, sendo as duas primeiras de carga traseira e as demais de carga frontal. Na família de pavimentadoras Vögele, o destaque coube ao Super 1300-2, um modelo compacto e com capacidade para pavimentar 350 t/h. Seu sistema de controle permite realizar todos os comandos operacionais confortavelmente por meio de botões e joystick. Wirtgen: www.wirtgen.com



BAUMA 2007 – LANÇAMENTOS

Schwing apresenta inovações para obras de concreto A participação da Schwing Stetter em Bauma 2007 foi marcada por lançamentos em praticamente todos os seus equipamentos para produção, transporte, lançamento, distribuição e reciclagem de concreto. Na linha de autobombas, por exemplo, o modelo S 28X – ideal para lançamentos de até 28 m – incorpora inovações que permitem melhor diagrama de alcance na distribuição do material. Isto porque seu braço de quatro segmentos permite abertura de 270º entre a terceira e quarta parte. Já a autobomba com mastro de 36 m, o S 36SX, conta com sistema de estabilização telescópica hidráulica, possibilitando concretagens em ambientes confinados e de difícil acesso. Além da autobetoneira AM 8 FHC, também produzida no Brasil, a empresa apresentou a versão Light desse equipamento para produção e transporte de concreto, que em breve chega ao País. Fabricado em aços de alta resistência à abrasão, com helicoidais internas de elevada vida útil, ele torna-se 500 kg mais leve em relação aos modelos convencionais. Outro destaque foram as autobetoneiras de elevada capacidade – 12 m³ – montada sobre cavalo mecânico, para reboque por caminhão. A Schwing apresentou ainda a central misturadora horizontal modelo H 3,0, com capacidade para a produção de 122 m³/h de concreto compactado. Totalmente modu-

lar e operado por controles automatizados, o equipamento conta com novos misturadores de duplo eixo horizontal, que permitem produzir 3 m³ de concreto compactado por ciclo. Ele pode ser instalado em pequenas áreas, com sistema de transporte de agregados ao misturador por skip ou correias. Schwing Stetter: www.schwing.de / www.stetter.de

Cummins desenvolve motores da próxima década

Uma série de inovações tecnológicas foi apresentada pela Cummins em Bauma 2007, desde um motor compacto e de 2.700 hp de potência, para uso em minas subterrâneas, até o resultado de testes que confirmam a possibilidade de uso de biodiesel B20 (20% adicionado ao diesel) em vários de seus motores. A empresa anunciou ainda notáveis avanços no desenvolvimento de motores preparados para atender o próximo estágio das normas

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internacionais de emissões de poluentes. Para atender os padrões Tier 4 e seu correspondente europeu Stage IIIB, implementados a partir de 2011, ela anunciou dispor de motores adequados na faixa entre 23 e 35 kW de potência de saída. Para os modelos maiores, a empresa ressalta que serão necessárias adequações à produção de diesel com menores teores de enxofre. Para atingir um patamar superior no controle de emissões, a fabricante empregou várias tecnologias combinadas, incluindo uma nova geração de sistemas de injeção common rail, turbo com geometria variável e mudanças nos dispositivos de pós-tratamento dos gases. Os testes para uso de mistura B20 foram realizados dentro de normas internacionais para os motores das linhas QSB4.5, QSB6.7, QSC, QSL, QSM e QSX, que atendem as exigências de emissões Stage IIIA. A empresa também apresentou o sistema de monitoramento de motores QuickCheck 5100, compatível com modelos eletrônicos à diesel de outras marcas (normas J1587 ou J1939). Um cabo USB permite a transferência de dados para o laptop e as informações rodam sobre plataforma Windows CE. Cummins: www.cummins.com



BAUMA 2007 – LANÇAMENTOS

Haulotte melhora estabilidade dos manipuladores telescópicos

Sauer Danfoss flexibiliza controle eletrônico das máquinas A Sauer Danfoss, que desenvolve soluções em hidráulica móbil e sistemas de controle eletroeletrônicos para máquinas agrícolas, de construção e mineração, apresentou sua tecnologia Plus1, com aplicação no trem de força dos equipamentos. Trata-se de um conjunto, composto por módulo controlador e terminal gráfico programável, que se comunica por protocolo CAN (Controller Area Network) e permite maior flexibilidade na montagem do sistema ao empregar apenas um cabo de fio duplo em sua conexão. Segundo o fabricante, seu sistema de programação usa linguagem de blocos funcionais, de fácil entendimento, permitindo a criação de uma ferramenta de diagnóstico para o monitoramento e supervisão da aplicação. Além disso, ele mantém o sistema sempre atualizado ao possibilitar a inclusão de aprimoramentos às funções existentes ou a adição de novas funções. O Plus1 possui controlador de tecnologia DSP, que opera com tensão entre 9V e 36V, entradas e saídas configuráveis (digital, analógica, freqüência, temperatura e reostato), proteção contra curtocircuito e corrente máxima de 3A. Ele é fabricado em caixa termoplástica, dotado de proteção contra vibrações, umidade (IP67) e transientes eletromagnéticos, operando em ambientes com temperaturas entre 40 ºC negativos e 70 ºC positivos. Vem equipado com display monocromático ou colorido, com ajuste automático de luminosidade conforme a luz do ambiente, teclas configuráveis e entradas exclusivas para câmeras e GPS. Sauer Danfoss: www.sauer-danfoss.com

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Os manipuladores telescópicos HTL, que apresentam menores níveis de ruídos e de emissões de poluentes, figuraram entre os destaques da Haulotte durante o evento. Com capacidade para elevar cargas de até 4 t a 17 m, eles permitem a montagem de vários acessórios e oferecem boa manobrabilidade e elevada estabilidade. Isto porque contam com bloqueio automático da oscilação do alcance traseiro, que facilita sua operação mesmo em terrenos irregulares. Sua operação pode ser realizada nos modos Estrada e Obra, contando com alarmes luminosos e sonoros que evitam possíveis erros. Além disso, o modo Estrada evita o acionamento acidental dos estabilizadores. O Multijob MJX, lançado na Intermat 2006, também marcou presença em seu estande como opção para tarefas em áreas onde uma retroescavadeira convencional não chega. Trata-se de um equipamento multifuncional, indicado para serviços de escavação, carregamento, transporte de materiais e abertura de trincheiras, dotado de tração nas quatro rodas e estabilidade para operar em terrenos íngremes. Seu implemento retro faz um giro de 7 m sobre o chassi da máquina e a carregadeira conta com lança telescópica, possibilitando várias configurações em escavação e carregamento, incluindo operações em áreas confinadas ou urbanas. Haulotte: www.haulotte.com



BAUMA 2007 – LANÇAMENTOS

JCB comemora recorde em vendas

Em meio a uma apresentação musical de piano e violinos, tocados por belas moças, as retroescavadeiras JCB realizaram em Bauma 2007 seu tradicional show de demonstração. E motivos não faltaram para comemorar: em 2006, a companhia bateu o recorde de 55.741 equipamen-

tos produzidos, com crescimento de 85% nas vendas em três anos. Além da tradicional linha de retroescavadeiras CX, a empresa apresentou as novas escavadeiras JS, disponíveis nos modelos JS 160, JS 200 e JS 240, equipadas com sistema de injeção direta de combustível que amplia a eficiência da combustão e reduz o consumo de diesel. A JS 160 conta com um motor turbo-assistido Isuzu, que segundo a fabricante supera as normas de controle de emissões européia e norte-americana, e suas velas de ignição de pré-aquecimento automático facilitam o arranque inicial da máquina, independente do clima. O modelo JS 200 tem a estrutura inferior do chassi inclinada, para facilitar a limpeza, e os recortes largos para reduzir o acúmulo de lixo por baixo dos roletes superiores do material rodante. Já a JS 240 tem várias opções de chassis para diferentes condições de terreno e transporte: standard (S), chassi longo (L) e chassi longo e estreito (NL), todos com estrutura em X, integralmente soldados e com boa distância do solo. JCB: www.jcb.com

Goodyear aposta nos radiais de grande diâmetro Para conhecer as novidades da Goodyear em pneus para equipamentos de construção e mineração, o visitante não precisava se dirigir apenas ao estande da empresa em Bauma 2007. Vários lançamentos realizados pelos fabricantes traziam pneumáticos da sua marca e a empresa aposta no segmento de radiais como a próxima fronteira do setor. Tanto que, segundo seu levantamento, das 39 máquinas de movimentação de solos e terraplenagem lançadas na feira pela Caterpillar, Komatsu, Liebherr e Volvo, 16 modelos já sairão de fábrica preparados para o uso de seus radiais. O avanço é significativo considerando que apenas oito máquinas apresentadas em Bauma 1998 eram adequadas a esse tipo de pneu, quando os diagonais ainda dominavam o mercado fora-de-estrada. Para atender a demanda desse segmento, a empresa apresentou os modelos 875/65R29 GP-4D, 875/65R33 RL-5S, 26.5R25 RT-3B e 26.5R25 TL-3A+. Eles são compatíveis às carregadeiras WA500 HLLG (Komatsu), L350F (Volvo), WA479-6 (Komatsu), 580 (Liebherr), respectivamente. No caso do primeiro modelo, também pode ser aplicado nos caminhões articulados A40E (Volvo). As atenções da fabricante

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também se voltaram para o caminhão fora-de-estrada 772, lançado pela Caterpillar para aplicação em mineração e construção pesada, que pode ser equipado com o radial 21.00R33. Goodyear: www.goodyear.com


manutenção&tecnologia

Indeco apresenta linha de rompedores inteligentes A nova geração de rompedores hidráulicos série HP, da italiana Indeco, figurou entre os destaques apresentados no estande da empresa durante o evento. Dotados de sistema de variabilidade de golpes e de recuperação de energia, são rompedores do tipo “inteligente” e contam com bocais de desgaste intercambiáveis, que possibilitam a troca rápida das ponteiras. Os equipamentos têm ainda duplo amortecimento (hidráulico/mecânico), o que evita a transmissão de vibrações para a máquina portadora, preservando seu braço e sistema hidráulico. Os rompedores da marca têm carcaça do tipo slim-sline, de perfil delgado, para aplicação em trincheiras e locais de difícil acesso, contando com proteção contra a emissão de ruídos. Estão disponíveis em 28 modelos, para uso em minicarregadeiras, retroescavadeiras e escavadeiras hidráulicas de grande porte, cobrindo uma faixa de máquinas portadoras de 0,2 t a 70 t de peso operacional. Além desses equipamentos, a empresa apresentou sua nova linha de pulverizadores e pinças de demolição, bem como os compactadores/estaqueadores hidráulicos para uso em retros e escavadeiras. Os equipamentos da marca Indeco são distribuídos no

Brasil pela Copex, que também representa a Simex (escarificadores e fresadoras hidráulicas), VTN (engates rápidos, pulverizadores, pinças hidráulicas e peneiras), M3 (betoneiras) e Fiori (dumpers e autobetoneiras). Indeco / Copex: www.copex.com.br

BRITADORES CôNICOS HIDRAÚLICOS

TELSMITH

ASIL

R FABRICADOS NO B

MODELOS DOS BRITADORES CÔNICOS • 34H (Motor elétrico 200HP) • 44H (Motor elétrico 300HP) • 52H ( Motor elétrico 400HP) • 57H (Motor elétrico 500HP)

BERCAM LICENCIADA TELSMITH A Bercam está fabricando sob licença da TELSMITH / USA os Britadores Cônicos Hidráulicos. Estão também sendo fabricados pela Bercam os seguintes produtos Telsmith : Britadores de Mandíbulas, Peneiras Vibratórias, Alimentadores Vibratórios e Transportadores de Correia. Rua Henrique Wiezel, 750 - Distrito Industrial - Santa Bárbara D’ Oeste - SP Site : www.bercam.com.br / E-mail : bercam@bercam.com.br Escritório São Paulo : +55 (11) 5572-9118 / E-mail : pstefani@terra.com.br Telefones : +55 (19) 3463-8530 / +55(19) 3455-1493


BAUMA 2007 – LANÇAMENTOS

Dana lança sistemas de transmissão Além de expor sua linha de eixos e sistemas de transmissão para equipamentos de mineração, a Dana compareceu ao evento com os novos componentes da família Spicer para aplicação em manipuladores telescópicos, empilhadeiras, dumpers, pás-carregadeiras e escavadeiras. Nesse último caso, o sistema atende escavadeiras sobre rodas de 15,5 t a 17,5 t de capacidade, contando com um eixo dianteiro modelo 263LD e outro traseiro 163LD, com um modelo diretamente flangeado 369 para aplicação em transmissões hidrostáticas. Para atender o segmento de manipuladores telescópicos, a empresa oferece a linha de eixos Spicer e sistema de transmissão tipo Powershuttle. Ela se destina a equipamentos de até 4 t de capacidade, com motores na faixa de 120 hp, e provê 800 Nm de potência de saída, proporcionando quatro velocidades de deslocamento. “Nosso esforço em atender as exigências da indústria com sistemas que oferecem desempenho cada vez maior aos equipamentos torna a empresa uma fornecedora de destaque para as soluções OEM em todo o mundo”, afirma Fabrizio Panizzolo, engenheiro chefe da área de Sistemas Fora-de-Estrada do grupo. Na área de mineração, por exemplo, a Dana apresentou o sistema de transmissão eletronicamente controlada TE32, que atende a faixa de 360 hp a 530 hp. Trata-se de uma tecnologia tipo powershift, dotada de engrenagens helicoidais, com aplicação também em equipamentos de construção pesada e manipulação de materiais. Dana: www.dana.com

Deutz desenvolve motorização híbrida para carregadeiras Impulsionada pelos avanços em motorização híbrida (diesel/elétrica) para automóveis de passeio, a Deutz apresentou seu primeiro sistema desse tipo para carregadeiras de rodas. Desenvolvido em parceria com a Heinzmann e Weyhausen, ele vai equipar um modelo dessa última, proporcionando uma economia de até 20% no consumo de combustível com menores índices de emissão de poluentes. O sistema conta com um motor-gerador instalado no trem de força da máquina, entre seu motor diesel e a bomba hidráulica. Ele emprega uma unidade diesel de quatro cilindros e 36,9 kW de potência de saída (2.100 rpm), associada a esse motor-gerador – que opera na faixa de 10 kW, com picos de até 30 kW – e uma bateria Lítio-Íon. Quando operada como motor, a unidade elétrica retira energia da bateria para auto-alimentação dentro do trem de força. Quando opera como gerador, ela retira energia do trem de força e recarrega a bateria. Dessa forma, os picos de demanda de potência podem ser atendidos pela bateria, exigindo o uso de motores a combustão menores e trabalhando sempre no melhor regime de operação, o que resulta em maior eficiência na propulsão e ganhos de consumo. Inicialmente, o sistema de motorização vai equipar a carregadeira de rodas Atlas AR 65-Hybrid, da Weyhausen, incorporando funções de power boost e recuperação de energia, entre outras. Deutz: www.deutz.com

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Dana: www.dana.com



BAUMA 2007 – LANÇAMENTOS

Montabert amplia linha de acessórios

Conhecida no mercado mundial por seus rompedores hidráulicos, a francesa Montabert aproveitou seu estande em Bauma 2007 para divulgar sua nova linha de acessórios hidráulicos, como perfuratrizes, caçambas especiais, placas compactadoras, pulverizadores e fresadoras rotativas. A empresa, que pertence ao grupo Ingersoll Rand,

apresentou ainda a família de caçambas para escavadeiras e engates rápidos incorporados à marca com a aquisição da Geith. As caçambas são oferecidas em vários modelos (uso geral, heavy duty, especiais e outras) e os engates contam com acionamento totalmente hidráulico. Na linha de rompedores, a empresa lançou o V2500, da sua família de equipamentos de golpes variáveis, para aplicação em escavadeiras entre 27 t e 40 t de peso operacional. Além disso, a tradicional linha de rompedores Silver-Clip ganhou o modelo 50, indicado para uso em retroescavadeiras e escavadeiras de pequeno porte (entre 7 t e 14 t de peso operacional). Todos os equipamentos apresentados no estande da empresa estão disponíveis no Brasil por meio da Machbert, que distribui seus produtos desde 1992. A família de rompedores continua sendo o carro-chefe da marca, mas o diretor geral da Machbert, José Alberto Moreira, aposta na demanda pelos demais produtos lançados. “Já temos algumas unidades de engates rápidos da Geith operando no Brasil e os resultados têm sido ótimos para os usuários, que podem trocar uma caçamba por outro acessório sem sair da cabine”, diz ele. Montabert / Machbert: www.machbert.com.br

Mercedes mostra versatilidade dos caminhões Atego A linha de caminhões Atego, indicada para uso em construção civil, foi o destaque no estande da Mercedes-Benz, que aposta nessa família como alternativa para qualquer necessidade de transporte no setor. Equipados com motores de 4 e 6 cilindros em linha, que cobrem uma faixa de potência 95 kW (130 cv) a 210 kW (286 cv), os caminhões estão disponíveis em modelos de 8.420 kg a 17.510 kg de capacidade de carga nos eixos traseiros. Eles são equipados com o sistema de freio-motor Top Brake, exclusivo da marca, que proporciona elevada potência de frenagem e permite desenvolver velocidades mais altas em declives, mesmo com o caminhão carregado. Com isso, a operação do veículo torna-se mais segura e exige menos troca de marchas, o que se reflete em economia de combustível, menor custo de manutenção e ganho de vida útil dos pneus e dos componentes do sistema de freio. Todos os caminhões médios e semipesados da linha Atego são oferecidos com três opções de cabines: a standard, indicada para operações urbanas; a estendida, para aplicações em cidades ou transportes em médias distâncias; e leito, destinada à movimentação de carga em longas distâncias. Os veículos dessa linha, disponíveis no Brasil em uma dezena de modelos, podem operar como basculante,

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caminhão-betoneira, comboio de lubrificação, usina de lama asfáltica, espargidor de asfalto ou caçamba do tipo roll on/roll off, entre outras aplicações. Mercedes-Benz: www.daimlerchrysler.com


manutenção&tecnologia

Maior potência hidráulica na linha

Bosch Rexroth

Com o lançamento de duas novas séries de bombas Silence e otimizações na versão standard, a Bosch Rexroth expandiu sua linha de engrenagens externas para circuito hidráulico. Os usuários agora podem escolher entre mais de 5.000 variedades de bombas e 500 tipos de motores disponíveis dentro da linha modular da marca, adequando sua configuração de acordo com a necessidade em termos de potência. Uma ferramenta de configuração, aliás, está disponível no site da empresa (www.boschrexroth.de/ azconfigurator) para proporcionar ao usuário uma maneira fácil e confiável de escolher a melhor solução para seus equipamentos. As bombas das séries B e G foram redesenhadas e estão mais potentes, oferecendo maior capacidade de deslocamento (63 cm³ por rotação, no caso série G). Com isso, podem ser aplicadas em circuitos de elevada classe de potência ou exigências especiais, como aplicações com alto número de ciclos de carga ou serviços de longa duração. As bombas de engrenagem externa da Bosch Rexroth, in-

dividuais ou com múltiplas combinações, são desenvolvidas para equipamentos e sistemas com uma demanda máxima de pressão de serviços (maximum operating pressure) de 280 bar e cobrem velocidades de até 6.000 rpm. Segundo a fabricante, os motores de engrenagem externa se caracterizam pela baixa pressão de partida e, como as bombas, oferecem elevada eficiência com redução de custos durante seu ciclo de vida. Bosch Rexroth: www.boschrexroth.com


BAUMA 2007 – LANÇAMENTOS

Empilhadeiras telescópicas da ampliam segurança

Bauma 2007 foi o palco escolhido pela Manitou para o lançamento da nova série de empilhadeiras telescópicas rotativas Privilège. Equipadas com motor MercedesBenz, que oferece um ganho de potência de 13% em relação a modelos anteriores, elas atendem as normas

Manitou

européias de emissão de poluentes. Para melhor capacidade de manobra em qualquer tipo de terreno, especialmente em superfícies acidentadas ou áreas inclinadas, o binário do motor foi revisto em alta. Essa nova característica oferece flexibilidade e conforto de utilização, independentemente do regime do motor escolhido. A segurança no trabalho também se deve à melhor visibilidade do operador, que tem um ângulo de visão de 360º. A cabine dos equipamentos oferece conforto e ergonomia, dispondo de vidros com acionamento elétrico, controle de operação por joystick e painel de fácil interpretação das informações (regime do motor, velocidade de deslocamento e outros dados). A empresa, que durante o evento ofereceu uma recepção aos empresários brasileiros integrantes da missão técnica promovida pela Sobratema, apresentou ainda seus desenvolvimentos na tradicional linha de manipuladores telescópicos MRT. Essa família de equipamentos ganhou versões para grandes alturas, de 18 m a 25 m, com melhorias no desempenho e na cabine. Indicados para elevação de cargas ou pessoal, eles encontram aplicação em serviços de construção, manutenção predial ou industrial, entre outras atividades. Manitou: www.manitou.com

Telsmith anuncia fabricação no Brasil A Telsmith, uma das líderes mundiais em equipamentos de britagem, peneiramento e transportadores de correias, anunciou a retomada da produção no Brasil. Por meio de um contrato com a Bercam, de Santa Bárbara d’Oeste (SP), seus produtos passam a ser fabricados na unidade industrial dessa última empresa, incluindo os britadores de mandíbulas e cônicos hidráulicos, estes últimos em capacidades de 150 t/h a 800 t/h. O tradicional britador 44SBS, aliás, um modelo cônico hidráulico que atende a faixa de produção de 110 t/h a 410 t/h em circuitos abertos, foi um dos equipamentos expostos pela empresa em Bauma 2007. Trata-se de um modelo compacto, com 16,3 t de peso e motor elétrico de 300 hp, indicado para a redução de agregados e minérios em geral. Eles são dotados de sistema rotativo de ajuste dinâmico, que permite sua regulagem em movimento e com carga durante a britagem, dispositivos de controle automático e alívio hidráulico, entre outras funcionalidades. A empresa, pertencente ao grupo norte-americano Astec, produz cinco modelos cônicos hidráulicos da linha SBS, com capacidades entre 80 t/h e 905 t/h, que combinam elevada produção com melhor cubicidade do produto britado. Seus equipamentos de mandíbulas fabricados

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no Brasil vão atender a faixa de produção de até 500 t/h e o País também servirá de plataforma para a fabricação de peneiras vibratórias, alimentadores vibratórios e correias transportadoras. Telsmith: www.telsmith.com


manutenção&tecnologia

Herrenknecht destaca presença global A Herrenknecht aproveitou sua participação em Bauma 2007 para apresentar as mais recentes inovações em tecnologia para escavação mecanizada de túneis. Ocupando um estande de 650 m² de área, a empresa recebeu mais de 1.000 visitantes por dia, totalizando uma média diária superior a 60 reuniões de negócios durante a feira. Além de receber seus distribuidores em todo o mundo, a em-

presa celebrou contratos relevantes. Entre eles se inclui o fornecimento de um equipamento para perfuração de túnel (TBM – Tunnel Boring Machine) para uma obra ferroviária na Alemanha e de outro para a construtora brasileira Odebrecht, que será usado na expansão do metrô de Caracas, na Venezuela. Enfatizando sua presença global, ela apresentou uma maquete da tuneladora S-17, de 15,43 m de diâmetro, que está construindo o túnel mais largo do mundo, sob o rio Yang Tse, na China. O equipamento vem sendo usado na execução de um dos dois túneis de 7,5 km, que vão fazer a travessia sob o rio, 65 m abaixo de seu leito, para instalação do sistema rodoviário da cidade de Xangai. Como opera sob uma pressão de água de até 6,5 Bar, ele conta com o sistema Mixshield, que permite o acesso às seis rodas de corte por ambiente enclausurado, para troca das ferramentas com total segurança. Herrenknecht: www.herrenknecht.de


BAUMA 2007 – LANÇAMENTOS

Sistema da Palfinger otimiza capacidade do guindaste

JLG lança plataforma compacta Mais de 20 tipos de plataformas aéreas de trabalho foram apresentadas no estande da JLG como alternativas para variadas necessidades operacionais em serviços de construção e manutenção, desde o modelo 15MSP, para alturas de trabalho na faixa de 4 a 5 m, até as plataformas com braço articulado telescópico 1350SJP, que atingem 41,15m. O vice-presidente executivo Israel Celli, responsável pelas áreas de vendas e desenvolvimento de mercados internacionais da empresa, mostra-se otimista em relação à demanda do mercado. “Nos últimos cinco anos, nosso faturamento cresceu cinco vezes e a meta é manter esse ritmo de expansão”, ele afirma. Um dos destaques da empresa foi o modelo 1230ES, uma plataforma ultra-compacta e que melhora até três vezes os ciclos de trabalho em relação a outros modelos, graças à potência gerada pelos motores elétricos de acionamento das rodas dianteiras. Um cilindro hidráulico proporciona a potência necessária para elevar a plataforma até a altura máxima em 12 segundos. A máquina permite uma inclinação de 25%, com tração positiva integral e um propulsor elétrico eficaz. O controle completo das funções de elevação e acionamento é realizado por joystick. “Esse equipamento, que está sendo apresentado pela primeira vez na Europa, mostra nossa capacidade tecnológica no desenvolvimento de soluções voltadas a facilitar o acesso aos locais de trabalho mais difíceis, motivo pelo qual ele foi bem aceito tanto no mercado industrial como no de locação”, diz Celli. JLG: www.jlg.com

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Com o lançamento do sistema Dual Power System (DPS), que otimiza a potência de guindastes articulados, a Palfinger ampliou a capacidade de seus equipamentos, principalmente em operações pesadas ou com fly jib (dispositivo autopropelido usado para levar a carga em lajes e altitudes elevadas). Ele aumenta o momento de carga do guindaste, possibilitando atingir simultaneamente a máxima capacidade de carga e de distância de elevação. A empresa, que opera no Brasil e na América do Sul com a subsidiária Madal Palfinger, realizou vários lançamentos em Bauma 2007, incluindo o modelo PK85002, montado sobre chassi comercial. Trata-se do primeiro guindaste articulado da marca equipado com o sistema DPS. Com isso, se o fly jib for adicionado a sua lança, composta por sete segmentos, e esta estiver totalmente estendida, ele atinge 4,6 t de capacidade de carga. Com a abertura de seis segmentos, essa capacidade aumenta para 6,7 t e, sem o sistema DPS, ela continuaria em 4,6 t. A empresa está desenvolvendo a aplicação do sistema em outros modelos de guindastes da marca. “Com o fly jib, que ganha maior funcionalidade a partir da tecnologia DPS, esses equipamentos deixam de ser usados apenas para movimentar a carga do caminhão até o chão e passam a lavá-la diretamente onde serão necessárias no canteiro de obras”, afirma Hans Schaeffer, presidente da Madal Palfinger. Palfinger: www.palfinger.com


manutenção&tecnologia

SSAB desenvolve aços mais resistentes Líder mundial nos segmentos de aço estrutural e chapas anti-desgaste, a SSAB Swedish Steel apresentou inovações em suas tradicionais linhas Weldox e Hardox, usadas em equipamentos para construção e mineração, transporte de materiais abrasivos e outras aplicações. Com o Weldox 1300, a companhia sueca promete oferecer o aço estrutural de maior resistência mecânica do mundo, atingindo um limite de elasticidade de 1.300 MPa. Indicado para a fabricação de guindastes móveis, ele permite projetar equipamentos com maior capacidade de içamento ou lanças de maior alcance. Também possibilita desenvolver guindastes mais compactos e pode ser usado na confecção de quilha de embarcações. A empresa anunciou ainda uma nova tecnologia de solda para aços estruturais, a partir do processo MAG, com ganhos de produtividade e sem comprometimento à resistência nos pontos de soldagem. Na linha de chapas anti-desgaste, o Hardox Extreme foi lançado como o aço mais duro do mundo (700 HB). Fornecido em espessuras de 8 a 25 mm, ele pode ser usado como material anti-abrasivo em transporte de polpa,

minérios, areia, concreto, proteção a moinhos ou britadores. Durante Bauma 2007, a SSAB apresentou o uso de Hardox 600 como revestimento em redes de coleta de resíduos urbanos. A aplicação foi desenvolvida em parceria com a Envac, que produz sistemas para transporte pneumático de lixo residencial por dutos subterrâneos, muito usados em cidades da Europa. SSAB: www.ssabox.com


BAUMA 2007 – LANÇAMENTOS

Tracto-Technik traz inovações em travessia não-destrutiva

A nova série N de perfuratrizes direcionais da Tracto-Technik, composta pela Grundodrill 15N e 25N, foi o destaque da fabricante de equipamentos para travessia não-destrutiva durante o evento. A empresa, representada no Brasil pela Sondeq, aposta nessa linha devido a sua maior capacidade de instalação, velocidade de operação e recursos de automação. Ela expôs ainda a Grundodrill

7X, que dispensa a necessidade de volumosos tanques de mistura, e o sistema GRS, para instalações radiais de tubulações de pequeno porte. Também foram apresentadas aos visitantes de Bauma 2007 as tradicionais perfuratrizes pneumáticas Grundomat, para travessias e instalação de ramais domiciliares de até 30 m de extensão, bem como o equipamento Grundoram, indicado para a cravação de tubos de aço com até 4 m de diâmetro. O sistema de substituição de dutos subterrâneos Grundoburst também incorporou inovações. Dotado de hastes quick-lock, que expandem sua capacidade para até 250 t e possibilitam a troca de tubos de qualquer material, em diâmetros máximos de 1.000 mm, eles passam a ser equipados com o sistema twin-thrust. Disponível para o modelo de 125 t de capacidade, esse dispositivo permite executar a inserção e o puxamento das hastes simultaneamente. Para atender as travessias não-destrutivas de grande porte, a empresa apresentou as perfuratrizes direcionais Prime Drilling, modelos PD 250/90 RP e PD 80/42 RP, com capacidades de 250 t e 80 t, respectivamente. Tracto-Technik / Sondeq: www.sondeq.com.br

Menegotti lança betoneira para mercado europeu Em sua quinta participação como expositora de Bauma, a catarinense Menegotti apresentou sua linha de misturadores de concreto e equipamentos para compactação de solos, com foco na prospecção de distribuidores e parceiros comerciais no Leste Europeu e Ásia. A empresa exporta para cerca de 60 países, tendo a Argentina, Venezuela, Arábia Saudita, África do Sul, Ucrânia e Irlanda entre seus principais mercados internacionais. Mas ela avalia que a abrangência geográfica de seus produtos é mais ampla, devido a acordos de distribuição em várias regiões do planeta. É o caso, por exemplo, do distribuidor irlandês, que atende os mercados da Inglaterra, Escócia e País de Gales, assim como a África do Sul, que serve de ponte para atendimento aos demais países africanos. Com os lançamentos de alguns produtos em Bauma 2007 e os investimentos na ampliação da capacidade produtiva, a empresa pretende ampliar o faturamento desse ano em 40%. Para isto, ela aposta na linha de misturadores de concreto e equipamentos para compactação de solos apresentados em seu estande. A linha de betoneiras Euromix, por exemplo, desenvolvida com foco no mercado europeu, vem equipada com sistema de proteção das engrenages, rodas pneumáticas para transporte rodoviário, dispositi-

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vo de reboque acoplado e eixo reforçado para trabalhar com motores a combustão. Além da área de equipamentos para construção, a empresa produz autopeças em ferro-fundido para a indústria automotiva. Menegotti: www.menegotti.ind.br



PAVILHÃO BRASILEIRO

País tem de melhor

O que o

Organizado pela Sobratema e Câmara Brasil-Alemanha (AHK), com apoio do governo Federal, pavilhão verde-amarelo fomenta negócios para os sete expositores presentes em Bauma 2007

M

uito mais que o País do futebol, de belas praias e gente hospitaleira, o pavilhão de expositores brasileiros montado em Bauma 2007 apresentou uma parte do que o Brasil tem de melhor em tecnologia de equipamentos para construção e mineração. Fruto da uma parceria entre a Sobratema e a Câmara Brasil-Alemanha (AHK), essa iniciativa – inédita no setor – proporcionou oportunidades de negócios às sete empresas participantes do projeto: Cló Zironi, Electro Aço Altona, Eurobras, Metalúrgica Wolf, Proficenter, Turbo Service e Unitec. A Electro Aço Altona, por exemplo, espera ampliar suas exportações de 40% para 50% do faturamento com a participação no pavilhão brasileiro montado em Bauma 2007. Habituada a expor em grandes feiras

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internacionais, a empresa atua na produção de aços e ligas especiais, incluindo fundidos para máquinas fora-de-estrada, dragagem, energia e plantas industriais, e focou sua presença no segmento de peças para equipamentos de mineração. Com 20 anos de atuação no mercado de engenharia consultiva e elaboração de propostas técnico-comerciais para obras pesadas, a Proficenter apostou no evento como oportunidade para divulgar ao mundo o que o Brasil tem de melhor em projetos de infra-estrutura. Ela expôs relatórios, análises de mercado e documentações sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo Federal, a potenciais investidores internacionais. “Nossa presença foi, sem dúvida, um divisor de águas na história da empresa”, co-

memora Benedito Tarcisio Primasi, presidente da Proficenter. Essa participação gerou convites para palestras em outros eventos internacionais e contatos para serviços de consultoria em variados projetos no Brasil. A estréia do pavilhão brasileiro na maior feira de equipamentos para construção e mineração do mundo contou com a chancela do governo brasileiro, por meio do apoio da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A Apex apoiou a confecção de banneres e sacolas, do catálogo dos expositores e de imagens com a logomarca “Brasil” afixadas nos pisos e na escadaria de uma das áreas de acesso ao evento. “Isto agregou confiabilidade a nossa participação, já que os poten-


manutenção tecnologia

Lo mejor que el Brasil tiene para ofrecer Mucho más que el país del fútbol, de las bellas playas y de la gente hospitalaria, el pabellón de los expositores brasileros montado en la Bauma 2007 presentó parte de lo mejor que el Brasil tiene para ofrecer con respecto a tecnología de maquinaria para la construcción y la minería. Fruto de un acuerdo de cooperación celebrado entre Sobratema y la Cámara BrasilAlemania (AHK), esta iniciativa – inédita en el sector – propició oportunidades de negocios a las siete empresas que participaron del proyecto: Cló Zironi, Electro Aço Altona, Eurobras, Metalúrgica Wolf, Proficenter, Turbo Service y Unitec. El debut del pabellón brasileño en la más importante feria de maquinaria para la construcción y la minería del mundo contó con el patrocinio del gobierno brasileño, prestado a través del apoyo de la Agencia de Promoción a las Exportaciones e Inversiones (APEX), ente vinculado al Ministerio do Desarrollo, Industria y Comercio Exterior. “El apoyo le prestó confiabilidad a nuestra participación, puesto que los potenciales clientes extranjeros no conocen nuestra tecnología, pero el país goza de una imagen simpática en el exterior”, afirma Marcos Cló, director Comercial de Cló Zironi. El resultado de la estrategia pudo ser constatado en su stand, que recibió unas 150 consultas, la mayoría de las cuales procedían de clientes potenciales de la India.

Pneus

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PAVILHÃO BRASILEIRO

Os sete expositores do pavilhão

ciais clientes externos desconhecem nossa tecnologia e o País goza de uma imagem simpática no exterior”, pondera Marcos Cló, diretor Comercial da Cló Zironi. Negócios encaminhados O resultado da estratégia pôde ser constatado no estande de sua empresa, que registrou cerca de 150 consultas, em sua maioria de potenciais clientes da Índia, conforme explica a gerente de Comércio Exterior da Cló Zironi, Leandra Moreira Magalhães. A fabricante de perfuratrizes hidráulicas para obras de fundação exporta 25% de seu faturamento para a América Latina, Ásia e países como Austrália, Inglaterra e Estados Unidos. Segundo Leandra, os resultados obtidos superam as expectativas, já que a empresa está negociando propostas com cinco clientes e abriu novos mercados e representações internacionais. A Turbo Service, que se dedica à Todos os expositores receberam consultas

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venda, serviços de reparo e assistência técnica de sistemas de transmissão para equipamentos pesados, é outra expositora com bons motivos para comemorar. Ela começou a exportar em 2002 e, com sua presença no evento, espera consolidar sua presença no mercado externo. “Fizemos contatos e prospectamos negócios em países da Ásia, África e demais continentes; além disso, muitas empresas do exterior nos procuraram para discutir sua representação no Brasil, possibilidade que vamos analisar com carinho”, diz Luiz Felipe Menezes, sócio-proprietário. Segundo Cláudio Dutra, gerente de Marketing e Comércio Exterior da Unitec, a empresa registrou em seu estande mais de 200 consultas de potenciais clientes de vários países. “Desse total, menos de 1% foi de visitantes alemães, o que mostra a abrangência de Bauma”, diz ele. A empresa produz discos de transmissão e freios para equipamentos de terraplanagem, industrial e agrícola, obtendo cerca de 30% de seu faturamento com vendas ao exterior. Dutra afirma que outros 30% da receita vêm do mercado de reposição brasileiro e 40% correspondem ao fornecimento para montadoras de equipamentos (O&M). “Este perfil atesta a qualidade dos produtos.” Carlos Arasanz Loeches, diretor da Eurobras, diz que a feira correspondeu às expectativas e o maior volume

de consultas em seu estande veio de empresas da Austrália, Nova Zelândia, Angola e de países do Caribe. “Os visitantes de uma feira como essa são profissionais com poder de decisão e sabem o que procuram”, ele afirma. A empresa produz contêineres modulados para infra-estruturas provisórias, usados como escritórios, sanitários, vestiários, guaritas, alojamentos ou armazenamento de materiais, e planeja ampliar suas vendas ao mercado externo em 25%. “Com esse pavilhão de expositores, finalmente o Brasil comparece numa feira internacional desse segmento e não apenas em eventos de produtos primários.” A Metalúrgica Wolf, que fabrica carretas de perfuração hidráulicas e pneumáticas, também não tem o que reclamar de sua participação no pavilhão brasileiro. “Já contamos com alguns equipamentos operando no Chile, mas nossa participação no mercado externo ainda é embrionária, o que pretendemos mudar a partir dessa ação”, diz Thiago Wolf, diretor da empresa. Cló Zironi: www.clozironi.com.br Electro Aço Altona: www.altona.com.br Eurobras: www.eurobras-container.com.br Metalúrgica Wolf: www.wolf.com.br Proficenter: www.proficenter.com.br Sobratema: www.sobratema.org.br Turbo Service: www.turboservicebrasil.com.br Unitec: www.unitecfriction.com.br


missão técnica

Recorde na participação

brasileira

Delegação organizada pela Sobratema soma 618 profissionais do setor, que foram a Munique conhecer os lançamentos apresentados em Bauma 2007

N

ada menos que 23 hotéis, 10 ônibus para o traslado até o Centro de Exposições de Munique, onde se realizou Bauma 2007, e 20 guias turísticos para o suporte aos visitantes. A estrutura mobilizada pela delegação brasileira revela as dimensões da missão técnica organizada pela Sobratema para visita a esse evento. Ao todo, foram 618 executivos de construtoras, mineradoras e demais empresas usuárias de equipamentos, bem como de fabricantes e distribuidoras. “A participação dos profissionais do setor superou nossas expectativas, mesmo considerando que Bauma exerce um atrativo devido aos seus lançamentos”, diz Afonso Celso Mamede, presidente da Sobratema, ao comemorar o recorde nesse tradicional programa da en-

tidade para visitas a feiras internacionais. Para Walter Theodor Johann Bartoschik, superintendente da V&M Mineração, que participou da missão técnica brasileira, os resultados não poderiam ser melhores. “O intercâmbio de informações e o conhecimento das novas tecnologias em equipamentos ajudam em nosso trabalho cotidiano”, ele afirma. Entre as inovações que despertaram sua atenção, ele cita os caminhões-betoneira e autobombas para lançamento de concreto com os quais gostaria de contar nos projetos em implantação na empresa. Oficiais do Exército Brasileiro também integraram a missão técnica da Sobratema, estreando na visitação a feiras internacionais de equipamentos para construção. “Nossa primeira participação em eventos nesse setor foi durante a M&T Expo 2006, a convite da Sobratema, e esse tipo de iniciativa vem suprir nossa necessidade como usuários de equipamentos, já que estamos executando mais de 200 km de obras rodoviárias no Norte e Nordeste do País”, afirma o general-de-brigada José Cláudio Froes de Moraes, comandante do 2º Grupamento de Engenharia (Manaus/AM).

Visitantes participam de apresentação de equipamentos


MISSÃO TÉCNICA Uma contribuição, segundo o general Moraes, se relaciona ao correto dimensionamento da frota com os conhecimentos assimilados, permitindo o uso de máquinas adequadas ao perfil de cada obra. “Observamos também as tendências tecnológicas e desenvolvimentos dos fabricantes, apresentados em diálogo aberto e participativo com os usuários de equipamentos.” Além dele, participaram da missão técnica da Sobratema como representantes do Exército Brasileiro, a convite da CNH, os coronéis-engenheiros Francisco Ranilson de Macedo (DEC/Brasília), Henrique Correa de Oliveira (DOC/ Brasília) e Carlos Alberto Maciel Texeira (DOC/Brasília), bem como o major-engenheiro Olyntho Alves Gomes de Sá (2º Grupamento de Engenharia/Manaus). Visita a obras Todos os integrantes da missão técnica ganharam uma mala de viagem, patrocinada pela Volvo, e foram brindados com um jantar oferecido pela Sobratema, com a presença de convidados internacionais. Eles também puderam participar de visitas técnicas a dois canteiros em Munique: as obras do metrô da cidade e do seu rodoanel. No primeiro caso, eles passaram por dois trechos do projeto envolvendo a construção de

túneis, dos quais um em fase de acabamento e outro em escavação por shield de grande porte. A visita às obras do rodoanel também permitiram um contato com tecnologia de escavação, já que ele contará com dois túneis de 2,5 km de extensão e 4,8 m de altura, cada um deles com duas faixas de rolamento e um acostamento. Para Luis Gabriel Coutinho, engenheiro da Proficenter, a participação nessa visita revelou que a engenharia brasileira não deixa a desejar em termos de tecnologia. “A escavação por método invertido que observamos é semelhante à realizada numa obra da CPTM, em São Paulo, e o que encantou foi o rigoroso planejamento, item no qual os alemães são campeões”, diz ele. Do que observaram na visita a essa obra, Gustavo Galast Streiff e Diogo Nova Martins, da Santiago & Cintra, destacam a perfeita compactação do solo e o sistema de escavação. “A construção desse túnel foi prevista em 1950 e naquela ocasião eles já planejaram uma estrutura que suportasse uma obra futura desse porte; no Brasil, possivelmente teríamos que investir no reforço estrutural antes de iniciar a escavação, o que geraria mais custo e tempo de execução”, conclui Martins.

Participación brasileña récord Nada menos que 23 hoteles, 10 ómnibus para el traslado al Centro de Exposiciones de Munich en que tuvo lugar al Bauma 2007 y 20 guías de turismo para dar apoyo a los viajeros. La estructura movilizada por la delegación brasileña revela la envergadura de la misión técnica organizada por Sobratema para visitar la muestra. Fueron, en total, 618 ejecutivos de empresas constructoras, mineras y de otros sectores que también usan maquinaria, así como de fabricantes y distribuidores. “La participación de los profesionales del sector superó nuestras expectativas, incluso teniendo en cuenta que la Bauma ejerce un atractivo especial debido al lanzamiento de productos”, dice Afonso Celso Mamede, presidente de Sobratema, al conmemorar el récord de participantes logrado por el tradicional programa de visitas a ferias internacionales, diseñado por Sobratema. Según Walter Theodor Johann Bartoschik, superintendente de la empresa V&M Mineração, que participó en la misión técnica brasileña, los resultados no podrían haber sido mejores. “El intercambio de información y conocimientos acerca de los nuevos avances tecnológicos de la maquinaria nos ayudan en nuestro trabajo cotidiano”, afirma. Algunos oficiales del Ejército Brasileño también formaron parte de la misión técnica de Sobratema, e hicieron su debut en una feria internacional de maquinaria para la construcción.

Representantes da Sobratema e do Exército são recebidos por diretores da CNH

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Integrantes da missão técnica visitam obra na Alemanha



britagem

Tecnologia em evolução Demanda por conjuntos móveis e pela produção de finos figuram entre as tendências em sistemas de britagem, que não param de incorporar inovações em materiais e controles automatizados Por Nelson Valêncio e Rodrigo Conceição Santos

Quebrar pedras pode parecer um processo relativamente simples e com pouca tecnologia incorporada para quem observa de fora. Mas não é e as exigências impostas pelas construtoras e indústria de mineração, como maiores volumes de produção e a qualidade granulométrica do material reduzido, ditam a evolução dos equipamentos de britagem. No segmento de pedreiras, por exemplo, as

preocupações estão voltadas para a cubicidade do produto – o que se traduz numa curva granulométrica mais consistente e melhor formato da brita – para a maior qualidade do concreto e do pavimento (alguns de seus destinos finais). “Há uma forte demanda por produtos cada vez mais finos e por circuitos de britagem mais enxutos”, complementa Toshihiko Ohashi, gerente de Engenharia de Aplicação da Metso. Ser enxuto, segundo ele, significa conseguir carga circulante e estágios de britagem menores.

Tecnología en evolución A quienes observan de afuera el romper piedras puede parecerles un proceso relativamente sencillo y que no requiere tanta tecnología incorporada. Pero no solo no lo es, sino que las exigencias cada vez más rigurosas de las empresas constructoras y de la industria minera, tales como el aumento de la capacidad de producción y la calidad granulométrica del material producido, impulsan la evolución de las máquinas de más consistente y una mejor forma del árido, a fin de lograr una mejor calidad del

Conjuntos móveis: eliminam custo de transporte

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manutenção tecnologia

Conjuntos móveis O especialista cita ainda a popularização dos conjuntos móveis de britagem sobre esteiras, como a linha Lokotrack, desenvolvida por sua empresa. O sistema é muito usado no exterior, mas Ohashi diz que o primeiro equipamento do gênero, um modelo LT 140, de 800 t/h de capacidade, foi vendido para uma grande mineradora do Norte do País somente no final de 2006. “Em breve teremos outro em operação numa mina de ferro, em Minas Gerais, e também estamos negociando conjuntos de menor capacidade de britagem com construtoras.” Entre as grandes mineradoras, a tecnologia vem ao encontro do conceito crush-in-pit que, ao levar o britador próximo à frente de lavra, reduz os custos de transporte, tradicionalmente realizado por caminhões forade-estrada. Mas os conjuntos móveis menores também encontram aplicação em canteiros de construção e até mesmo em obras urbanas. O sistema desenvolvido pela Metso opera com alimentador vibratório, peneiramento, britagem primária e até mesmo rebritagem, em várias configurações viabilizadas por transportadores de correias articulados que in-

Ohashi ressalta que a demanda das mineradoras e construtoras por maior produtividade impõe exigências como facilidade de manutenção, maior disponibilidade e automação dos britadores. “Nos novos equipamentos, especialmente os de cone, o sistema de eletrônica embarcada faz a diferença.” Além disso, ele cita outras inovações, como a eliminação do uso de resina na fixação de revestimentos, o que reduz o tempo de parada da máquina. Essa funcionalidade está disponível no modelo HP4, um britador cônico de 400 hp lançado pela Metso que, entre outras melhorias, conta com dispositivo anti-spin e nova geometria na área de alimentação, oferecendo maior produtividade na britagem de finos.

hormigón y del asfalto (dos de sus destinos finales). “Hay una gran demanda de productos cada vez más finos y de circuitos de trituración más sencillos”, dice Toshihiko Ohashi, gerente de Ingeniería y Aplicaciones de Metso. Sencillo, según dice, significa conseguir carga circulante y etapas más cortas de trituración. Ohashi menciona también la popularidad de las plantas de trituración autopropulsadas, sobre orugas. Estas plantas se usan mucho en el exterior y los que defienden su uso señalan, entre otras ventajas, la eliminación de los costos de propiedad y de operación de los vehículos de transporte. El gerente del sector de la Construcción de Sandvik, Tiago Carvalho, pone la automatización en primer lugar entre las diversas tendencias actuales del mercado de trituradoras. Según su opinión, el proceso todavía no está consolidado en el Brasil, pero se está difundiendo rápidamente. Por consiguiente, la empresa apuesta al sistema de control automático ASRi que, entre otras funciones, monitorea y regula la apertura de las trituradoras cónicas de forma de mantener constantemente el ajuste de la máquina. Otra tendencia firme del mercado de trituradoras, según la opinión de Car-

Foto: Metso

Telsmith volta a fabricar no Brasil A norte-americana Telsmith, uma das líderes mundiais em sistemas de britagem, classificação, alimentação e correias transportadoras, voltou a oferecer seus equipamentos no Brasil com fabricação local. Eles serão produzidos sob licença pela Bercam, na unidade de Santa Bárbara D’Oeste (SP), incluindo a tradicional linha de britadores de mandíbulas da marca, disponível em modelos de até 500 t/h de capacidade. Entre as novidades, o diretor Comercial da Telsmith, Pedro Roberto Stefani, aponta o lançamento dos britadores cônicos hidráulicos 44H (de 300 hp), 52H (400 hp) e 57H (500

hp), que atendem níveis de produção entre 180 t/h e 800 t/h. “Essa linha de equipamentos evoluiu muito com a adoção de sistemas hidráulicos, que possibilitam o dobro de produção em relação aos britadores mecânicos convencionais”, diz ele. Stefani cita ainda, entre as melhorias incorporadas aos britadores cônicos, sua motorização mais potente e o design mais compacto. “Eles ficaram até 30% mais leves em relação aos modelos anteriores.” Segundo o executivo, a empresa já estuda a possibilidade de produzir no País o britador cônico 34H, com motor elétrico de 200 hp e 150 t/h de capacidade de produção.

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terligam suas diversas unidades. Sua alimentação pode ser realizada por carregadeiras ou escavadeiras hidráulicas, diretamente na frente de lavra, e, segundo a empresa, o equipamento vence rampas de até 25°. Defensores do sistema apontam, entre suas vantagens, a eliminação dos custos de propriedade e de operação dos equipamentos de transporte, incluindo a economia de combustível e pneus. Mas alguns usuários questionam sua eficiência por um motivo simples: se um caminhão quebrar a produção não pára, já que outras unidades continuam efetuando o transporte; mas se o sistema transportador desse equipamento sofrer danos, toda a produção ficará comprometida. Ohashi refuta essa linha de raciocínio apontando a confiabilidade do sistema, confirmada pelas horas de uso dos equipamentos que operam em outros países. Além dos equipamentos cônicos e móveis sobre esteiras, a empresa produz uma ampla linha de britadores, incluindo os giratórios, de mandíbulas (para estágio primário ou secundário), de impacto vertical (VSI) e de rolos, entre outros. Segundo Ohashi, eles são comercializados em modelos com capacidade entre 5 t/h e 10.000 t/h, atendendo qualquer necessidade de britagem em construção ou mineração.

Fotos: Sandvik

britagem

Equipamento de impacto vertical da Sandvik: tendência entre as pedreiras

Automação Entre as diversas tendências em curso no mercado de britadores, o gerente do segmento de construção da Sandvik, Tiago Carvalho, coloca a automação no topo da lista. Segundo ele, o processo ainda não está consolidado no Brasil, mas vem se difundindo rapidamente. Por esse motivo, a empresa aposta em seu sistema de controle automatizado ASRi que, entre outras funcionalidades, monitora e regula a abertura dos britadores cônicos, mantendo constantemente o ajuste da máquina. Carvalho explica que os equipa-

valho, es la demanda de sistemas autógenos, en los que la reducción granulométrica se produce por el choque entre las partículas en el interior de la máquina. La tecnología produce materiales finos con una mejor curva granulométrica y tiene gran capacidad de producción, de modo que hace posible la generación de arena artificial como subproducto de la trituración. “Las presiones por la conservación del medio ambiente están poniendo fin a la era de extracción de arena natural y muchas empresas mineras productoras de grava están empezando a invertir en la producción de arena artificial como una solución.”

Sistema ASRi (destaque) realiza o controle automático do equipamento, como as plantas móveis de britagem

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britagem mentos operam com uma chapa de revestimento para sua proteção, cujo desgaste altera seu ajuste e prejudica a qualidade da britagem. “O ASRi compensa esse desgaste no revestimento e lida de forma inteligente com corpos ‘não -britáveis’, como os dentes de páscarregadeiras que eventualmente caem na boca do britador e podem causar danos”. Isto porque o siste ma possui um dispositivo de alívio que permite o descarte de mate -

riais indesejados. Outra forte tendência no mercado de britadores, segundo Carvalho, é a demanda por sistemas autógenos, no qual a redução granulométrica é produzida pelo choque entre as partículas no interior do equipamento. Ele explica que a tecnologia proporciona materiais finos com melhor curva granulométrica e em maiores níveis de produção, viabilizando a geração de areia artificial como subproduto da britagem. “As pressões ambientais estão encerrando a era da

extração de areia natural e muitas mineradoras de brita começam a investir nessa solução.” Para atender essa demanda, a empresa aposta na linha de britadores Merlin, cujo diferencial é um rotor que acelera a alimentação do material até a velocidade requerida para seu impacto na câmara do equipamento. O especialista explica que o sistema reduz os pontos de contato no interior do equipamento, diminuindo o

Foto: HBL

Avança a demanda por peneiras de grande porte

Peneiras maiores exigem menos paradas de manutenção

Quando o assunto é a classificação do material britado, a tendência do mercado brasileiro e até mesmo mundial aponta para a demanda por peneiras com capacidades cada vez maiores. Segundo dois fabricantes dessa linha de equipamentos, a Haver & Boecker e a Schenck Process, elas exigem menos paradas para manutenção que as peneiras menores, com ganhos de disponibilidade, de custos operacionais e de produtividade. A Schenck aposta nas peneiras do tipo banana que, segundo o diretor Danilo Alves, atingem uma produção 60% superior em relação a outros modelos do mesmo tamanho. Isso porque essas peneiras operam com diferentes inclinações, permitindo variação de veloci-

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dade do material nas telas. Mathias Cotta, gerente Comercial da Schenck, explica que quanto menor for a velocidade na região de descarga, maior será a eficiência do peneiramento das partículas críticas. “Isso acontece nas peneiras bananas devido ao maior tempo de residência.” A empresa acaba de lançar a peneira vibratória tipo banana 8x20, equipada com duplo deck, para fornecimento a pedreiras. Especializada na produção de peneiras e calhas vibratórias de grande porte, a Haver & Boecker Latinoamericana (HBL) oferece modelos com diversos tipos de acionamentos e dimensões, que vão até 5.000 mm de largura por 11.000 mm de comprimento e com 15.000 t/h de capacidade. “Temos um

equipamento desse porte com malhas de classificação de 0,1 mm a 500 mm de abertura e podemos acrescentar pratos pelotizadores para minério de ferro com até 7.500 mm de diâmetro”, diz Tatiana Arango, gerente da divisão de Mineração da empresa. Entre as novidades da HBL está a nova geração de peneiras composta pela TClass, com movimento circular livre, e a F-Class, de peneiramento vibratório excêntrico. A HBL desenvolveu uma das maiores peneiras vibratórias de que se tem conhecimento no mundo, a RTE 4000x11000, com 10 mil t/h de capacidade de processamento, fornecida para a mineradora canadense Syncrude para extração de petróleo a partir de areia betuminosa (sistema oil sand).



Foto: Metso

britagem

Equipamento elimina resina nos revestimentos: paradas mais curtas

desgaste de seus componentes. A Mineração Bela Vista, em Minas Gerais, e a construtora ARG são duas das empresas que já utilizam esse britador em suas operações. Linha tradicional A Sandvik também aposta nos tradicionais britadores de mandíbulas, segmento no qual atua com a linha Jawmaster. Dotados de um eixo, os equipamentos incorporam inovações como mandíbula corrugada com perfil à prova de obstrução (no choking), corrugada grossa (coarse corrugated), com dentes largos e padrão simétrico (symmetrical pattern) e com ondas largas (wide wave). “São voltados para operações que exigem alta capacidade de alimentação e produção”, diz Carvalho. O equipamento também proporciona baixo desgaste das mandíbulas, disponíveis em vários tipos para a britagem de materiais especiais. Entre as vendas recentes dessa tecnologia, o executivo cita o fornecimento de uma planta completa de britagem com britador Jawmaster

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para a Votorantim Cimentos, para operação na mina de Japeri (RJ), e de outras duas para a Polimix, atendendo suas unidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Ele diz que, a partir de 2008, a empresa planeja comercializar no Brasil sua linha de britadores móveis autopropelidos, em modelos de 60 a 1.000 t/h de capacidade. Na opinião da Simplex, que pro duz equipamentos para mineração, incluindo britadores, as inovações nessa área devem se pautar pela evolução de tecnologias já consagradas, como os equipamentos de mandíbulas e cônicos. “Elas são determinadas por novos materiais e métodos de cálculo que possibilitam maior produtividade”, diz Mauro Lago, diretor da empresa. Para ele, os recursos de instrumentação e os sistemas de supervisão e controle dos equipamentos ajudam a aprimorar o processo de britagem no século XXI. Lago confirma a demanda crescente por sistemas de britagem autógena como alternativa para o mercado

de agregados para construção civil. “O processo é tecnicamente viável e financeiramente atrativo, pois supre a necessidade de produção de areia de forma ambientalmente correta.” Mesmo assim, ele ressalta que o foco da empresa continua sendo a britagem móvel e fixa, com equipamentos entre 40 t/h e 1.800 t/h de capacidade. A empresa também aposta nas inovações em sistemas complementares à britagem, como os transportadores de correias e o peneiramento. Nessa última categoria, cujos sistemas fazem a classificação do material britado, ela lançou uma peneira de alta freqüência que pode trabalhar com malhas de até 65 mesh em escala industrial. Segundo Lago, o equipamento já está em operação em minas de ferro, feldspato e areia industrial.

Haver & Boecker: www.haverbrasil.com.br Metso: www.metsominerals.com.br Sandvik: www.sandvik.com Simplex: www.simplex.ind.br Schenck: www.schenckprocess.com.br Telsmith: www.telsmith.com



locação

O que as rentals oferecem ao mercado O segredo do negócio de locação vai além das altas taxas de ocupação dos equipamentos, exigindo flexibilidade, suporte ao cliente e entendimento de suas demandas

N

o mercado de locação de equipamentos para construção, dispor de um parque de máquinas diversificado e extenso, para pronto atendimento aos clientes, constitui uma condição básica para o sucesso do negócio. Ao mesmo tempo, as empresas do setor precisam viabilizar altas taxas de ocupação da frota, o que significa manter os equipamentos sempre locados. Conciliar essas premissas, aparentemente contraditórias, é o desafio de uma empresa que se propõe a atender o mercado com qualidade.

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Contratos de desempenho, diversidade da frota, equipamentos com poucas horas de uso e suporte de manutenção são algumas das exigências impostas pelo mercado às chamadas rentals. Como a demanda das construtoras é marcada pela sazonalidade e pouca solicitação de modelos específicos, algumas locadoras preferem montar a frota com máquinas mais “comerciais”. Dessa forma, elas viabilizam o retorno dos investimentos, embora às vezes deixem de atender algum pedido. Diante desse quadro, seu dilema consiste em oferecer um atendimento de qualidade aos clien-

Lo que las arrendadoras ofrecen al mercado En el mercado de alquiler de maquinaria para la construcción, una de las condiciones básicas para el éxito del negocio es disponer de un parque de máquinas amplio y diversificado, para responder de inmediato a las necesidades de los clientes. Al mismo tiempo, las empresas del ramo necesitan garantizar un alto índice de ocupación de la flota, lo que significa mantener la maquinaria siempre alquilada. Conciliar esas premisas, aparentemente contradictorias, es el desafío que enfrentan las empresas que buscan satisfacer las necesidades del mercado con calidad. Contratos de desempeño, diversidad de la flota, maquinaria con pocas horas de uso y servicios de asistencia


manutenção tecnologia

tes com ativos rentáveis. Para a Sotreq, a solução é recorrer a parceiros internacionais. “O mercado brasileiro de construção é muito cruel, pois não apresenta uma demanda constante por equipamentos específicos de grande porte”, diz Paulo Lancerotti, diretor Regional da empresa para o Sudeste (SP e RJ). “Em alguns casos, adquirir um modelo para atender determinada obra representa um risco de tê-lo parado no pátio posteriormente.” Como distribuidora da Caterpillar, a Sotreq pode recorrer a outros 220 dealers da marca espalhados pelo mundo quando recebe o pedido de um equipamento específico. “O cliente não quer saber se a máquina está no Brasil ou não. Ele a quer disponível e no prazo”, explica Lancerotti. Segundo ele, não há diferença de preço na locação de equipamentos estrangeiros, pois a combinação entre o menor custo do capital estrangeiro com a alta taxa de juros brasileira produz um equacionamento viável.

Segundo Edson Reis Del’Moro, diretor de Contratos da Engepar Rental, “não existe mágica no mercado de locação, pois precisamos de um mínimo de comercialização para adquirir equipamentos específicos, principalmente os de maior porte”. Ele explica que esse cenário está relacionado à descontinuidade nos investimentos em obras públicas e privadas no Brasil. Del’Moro ressalta que até mesmo a formação de operadores especializados sofre com a desaceleração do setor, que nos últimos anos avança em ritmo de “stop and go”. Diferentes estratégias Para enfrentar esse cenário, a Escad optou por direcionar sua frota para seis segmentos da construção pesada: escavação, carregamento, transporte, terraplenagem, demolição e compactação. Eurimilson João Daniel, diretor Comercial da empresa, destaca

técnica son algunas de las exigencias que el mercado impone a las arrendadoras. Como la demanda de las empresas constructoras se caracteriza por la estacionalidad y la no exigencia de modelos específicos, algunas empresas de alquiler optan por armar sus flotas con máquinas más “comerciales”. De ese modo, hacen posible el retorno de sus inversiones, aunque a veces no estén en condiciones de atender a algún pedido. Ante este cuadro, el dilema consiste en ofrecer a los clientes una atención de calidad con activos rentables. Para la empresa Sotreq, la solución es recurrir a socios internacionales. “El mercado brasileño de la construcción es muy cruel, puesto que no presenta una demanda constante por máquinas específicas de gran tamaño”, dice Paulo Lancerotti, director regional de la empresa para el Sudeste del Brasil (São Paulo y Río de Janeiro). “En al-


locação

Sazonalidade nos pedidos leva as rentals a padronizar frota com modelos mais solicitados

que dessa forma é possível oferecer equipamentos de diversos portes nos nichos escolhidos como foco. Como exemplo, ele cita que a locadora dispõe de escavadeiras de 1 t a 25 t de peso operacional e carregadeiras com caçambas de 0,5 m³ a 3,3 m³. Sua frota é composta por cerca de 260 equipamentos espalhados entre as cinco filiais no País. Outra estratégia da empresa para atender seus clientes é o estoque financeiro. Segundo Daniel, ter capital em caixa significa a possibilidade de diversificar a frota de acordo com as exigências imediatas. “Se o cliente precisar de determinado equipamento para uma grande obra e nós não o tivermos no pátio, podemos comprá-lo e disponibilizá-lo

mediante uma programação.” Na Brasif Rental, a limitação da frota foi uma opção nesse jogo de xadrez da locação. A empresa, cujo grupo atua na distribuição das marcas Case, Terex e Hyster, restringiu seu parque a 108 equipamentos, sendo 29 escavadeiras hidráulicas de 22 t, 18 motoniveladoras entre 130 hp e 200 hp e 55 páscarregadeiras de 1,5 m³ a 3 m³. O restante da frota está dividido entre rolos compactadores e retroescavadeiras. “Também temos equipamentos com baixa taxa de uso, como rolos compactadores de maior porte”, diz Mauricio Amaral, diretor da empresa. Ele explica que a empresa ampliou sua área de atuação e, atualmente, dos equipamentos oferecidos para locação, apenas 30 trabalham na construção civil. O restante opera em pátios de indústrias e na agricultura, setores onde os serviços envolvem contratos de longo prazo. O agronegócio também é o foco da Multirental, empresa do grupo Shark, assim como as operações florestais. “As obras de curta duração tendem a solicitar o equipamento com o operador

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gunos casos, adquirir un modelo para atender determinada obra implica el riesgo de que, más tarde, permanezca parado en la playa.” Como distribuidora de Caterpillar, Sotreq puede recurrir a otros 220 distribuidores de la marca, dispersos por todo el mundo al recibir el pedido de una máquina específica. Para hacer frente a esta situación, la empresa Escad optó por orientar su flota a seis segmentos de la construcción pesada: excavación, carga, transporte, movimiento de tierra, demolición y compactación. Eurimilson João Daniel, director comercial de la empresa, destaca que de ese modo es posible ofrecer máquinas de diversos tamaños en los nichos en los que concentra sus actividades. Su flota está compuesta por 260 máquinas fuera de carrete ra. Otra estrategia que la empresa usa es la flexibilidad en las opcio nes de contratos. “Podemos alquilar solo la máquina, ponerla a disposición con seguro, combustible, ope rador y servicios de mantenimiento u optar por una combinación de esas formas”, dice Daniel.


manutenção tecnologia

e, como não oferecemos essa solução, fica difícil atuar nesse mercado”, diz o gerente da empresa, Gerci Soares. Para o setor de construção, a Multirental disponibiliza 110 equipamentos, dos quais metade são escavadeiras de até 20 t. As pás-carregadeiras, com capacidade entre 2 m³ a 6 m³, representam um terço da frota e o restante é formado por motoniveladoras de 140 hp a 170 hp. Com esse perfil de frota, de acordo com Soares, a empresa garante aos clientes índices de 90% de disponibilidade mecânica para os equipamentos. Modelos de contratos Estratégia de negócio e frota adequada não são suficientes para o sucesso no mercado de locação. Empresas do setor alertam para a necessidade de que os contratos sejam viáveis. No caso da Multirental, Soares explica que as fases pré-contrato são detalhadas e incluem a avaliação da disponibilidade técnica do equipamento negociado, o regime de operação (horas trabalhadas) e as condições da obra. “Cumprir o contrato sem mudar as regras ou incorporar novos pleitos ao negócio é um dos nossos diferenciais.” A carteira de clientes da locadora inclui empresas como a Camargo Corrêa, grupos Coimbra e Zillo Lorenzetti, entre outros. A Escad, por sua vez, consegue oferecer 250 opções de contratos aos clientes ao flexibilizar as possibilidades de locação. “Podemos alugar somente a máquina, disponibilizá-la com seguro, combustível, operador e manutenção ou simplesmente in-

Estruturação do contrato evita mal-entedidos e novos pleitos por parte de clientes e locadoras

tercalar essas modalidades”, detalha Daniel. Segundo ele, essas opções ampliaram a interatividade entre a empresa e seus clientes, diminuindo o risco de mudanças contratuais no decorrer da obra. A Sotreq trabalha com qualquer período de locação, mas Lancerotti salienta que o valor final do serviço é uma composição entre o preço do equipamento e seu tempo de uso. “Quanto mais longo o contrato, menor será o preço relativo por hora trabalhada.” Já a Brasif não garante a produtividade do equipamento de acordo com as indicações do fabricante, uma vez que não loca a mão-de-obra do operador. “Garantimos somente sua disponibilidade mecânica”, afirma Amaral. Os contratos da empresa exigem locação mínima de 200 horas trabalhadas. “Obviamente, quando a máquina fica parada para manutenção o tempo é descontado”, ele complementa.

Importância da manutenção Como as empresas do setor precisam operar com altas taxas de ocupação dos equipamentos, um rigoroso controle da manutenção contribui para a rentabilidade do negócio. Se a máxima vale para qualquer usuário, no caso das rentals manter máquinas paradas no pátio é sinônimo de negócio não concretizado. A Sotreq, que conta com o suporte tecnológico da Caterpillar, desfruta da vantagem de já dispor de uma estrutura para serviços de manutenção e pós-venda oferecidos pela marca, distribuída entre suas filiais e até mesmo com suporte em campo. “O tratamento que damos aos nossos equipamentos é o mesmo conferido aos clientes”, diz Lancerotti. Apesar de não revelar o tamanho de sua frota, ele afirma ter o maior parque de equipamentos para locação da região Sudeste. Segundo ele, a Sotreq investe continuamente em mecânica e ferramental


locação para efetivar essa manutenção periódica. “Somente na filial de Sumaré (SP), temos mais de 21 mil itens em estoque para manutenção.” Dessa forma, a área de rental da empresa acaba se beneficiando dessa estrutura de suporte ao produto, o que se traduz em melhor atendimento aos clientes locatários, conforme explica Lancerotti. Para a Brasif, a melhor forma de investir em manutenção é conservar a frota sempre nova. “Nossos equipamentos têm no máximo dois anos de uso”, diz Amaral. Essa situação é pouco usual no mercado e, de acordo com ele, a empresa só consegue mantê-la por avaliar a estratégia como oportunidade de um negócio paralelo: a venda de semi-novos. “Equipamentos com essa faixa de uso são vendidos rapidamente e ainda reduzimos custos operacionais e de manutenção, com melhor atendimento aos clientes de locação”, diz Amaral. Questionado sobre a perda no valor residual dos equipamentos, ele pondera que a economia gerada compensa. “Eles são vendidos por até 80% do valor de um modelo novo e muitas vezes

Na Engepar, boa manutenção permite deslocar máquinas de uma obra diretamente para outra

o comprador é um usuário de máquina nova, que vê em nossos semi-novos uma oportunidade de negócio.” Daniel, da Escad, ressalta que o mercado está exigente quanto à vida útil dos equipamentos oferecidos. “Nossa frota é de quatro anos de uso, no máximo, e a primeira pergunta que o cliente nos faz sempre é sobre a quantidade de horas registrada no horímetro da máquina que ele pretende locar.” Para a Engepar Rental, mobilizar equipamentos rapidamente é sinônimo de bom atendimento ao cliente e de eficiência na manutenção. A empresa conta

com carretas próprias para o transporte de seus equipamentos e ainda recorre a empresas de logística quando a demanda aumenta. Moro explica que muitas vezes as máquinas podem ficar paradas na obra após seu período de locação, até a efetivação de outro contrato, evitando desmobilizações desnecessárias e diminuindo o prazo de atendimento aos clientes.

Brasif: www.brasifmaquinas.com.br Engepar: www.engepareng.com.br Escad: www.escad.com.br Multirental: www.multirental.com.br Sotreq: www.sotreq.com.br

Logística para locação internacional Locar equipamentos para obras distantes exige muito cuidado e planejamento. Para reduzir custos de logística e o tempo de mobilização das máquinas, empresas com atuação nacional costumam distribuir suas frotas entre os Estados nos quais operam. A Multirental, por exemplo, criou estruturas no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Amazonas e São Paulo, melhorando o atendimento aos clientes. Se no Brasil as dificuldades logísticas já são grandes, atuar no mercado externo exige cuidados ainda maiores. A Escad conhece bem isso e tem experiência para compartilhar. A empresa possui 40 equipamentos locados para a Odebrecht na construção da Rodovia Interoceânica Sul, no Peru. Nessa obra, ela aluga equipamentos em quatro das suas seis áreas de atuação: compactação (rolos compactadores combinados, duplo tandem e pneumáticos), escavação (escavadeiras

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de 21 t), carregamento (pás-carregadeiras com caçambas de 2 m3) e terraplenagem (motoniveladoras de 150 hp). “Atender uma obra no exterior impõe outras complicações logísticas, pois qualquer peça usada na manutenção ou um equipamento mobilizado em lugar de outro com problemas deve entrar no país como importação”, diz Eurimilson João Daniel, diretor ComerCom foco em segmentos específicos, Escad mantém frota diversificada

cial da empresa. Ele explica que esse trabalho exigiu o entendimento da legislação tributária do Peru e de seus procedimentos aduaneiros, assim como a criação de uma estrutura de apoio na fronteira com o Brasil, para a manutenção dos equipamentos em operação. “A montagem de um almoxarifado na cidade de Assis Brasil (AC) foi a melhor solução”, ele finaliza.


tabela de custos

Custo horário de equipamentos COSTO POR HORA DE EQUIPOS Equipamento

Propriedade Manutenção

Mat. Rodante

Comb./ Lubr.

Total

Caminhão basculante articulado 6x6

R$ 64,46

R$ 47,42

R$ 11,19

R$ 30,66

R$ 153,72

Caminhão basculante fora de estrada 30 t

R$ 39,89

R$ 23,95

R$ 11,19

R$ 22,23

R$ 97,26

Caminhão basculante rodoviário 6x4 (26 a 30 t)

R$ 20,48

R$ 14,40

R$ 6,79

R$ 7,67

R$ 49,33

Caminhão basculante rodoviário 6x4 (36 a 40 t)

R$ 30,94

R$ 23,21

R$ 7,04

R$ 15,33

R$ 76,52

Caminhão comboio misto 4x2

R$ 17,44

R$ 11,92

R$ 3,24

R$ 5,21

R$ 37,82

Caminhão guindauto 4x2

R$ 18,67

R$ 12,80

R$ 3,24

R$ 5,21

R$ 39,92

Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³)

R$ 29,40

R$ 15,40

R$ 3,13

R$ 13,03

R$ 60,97

Carregadeira de pneus (2,5 a 3,5 m³)

R$ 44,20

R$ 22,73

R$ 10,49

R$ 18,40

R$ 95,82

Compactador de pneus para asfalto

R$ 40,00

R$ 12,98

R$ 3,72

R$ 15,33

R$ 72,03

Compactador vibratório liso / pé de carneiro (10 t)

R$ 41,60

R$ 13,35

R$ 0,55

R$ 23,00

R$ 78,49

Compactador vibratório liso / pé de carneiro (7 t)

R$ 28,80

R$ 10,35

R$ 0,31

R$ 23,00

R$ 62,46

Escavadeira hidráulica (15 a 17 t)

R$ 41,50

R$ 26,75

R$ 1,61

R$ 13,80

R$ 83,65

Escavadeira hidráulica (20 a 22 t)

R$ 44,20

R$ 27,67

R$ 2,17

R$ 32,19

R$ 106,23

Escavadeira hidráulica (30 a 34 t)

R$ 81,25

R$ 50,07

R$ 4,01

R$ 45,99

R$ 181,32

Motoniveladora (140 a 180 hp)

R$ 49,98

R$ 29,40

R$ 3,74

R$ 26,06

R$ 109,18

Motoniveladora (190 a 210 hp)

R$ 49,00

R$ 29,00

R$ 3,49

R$ 30,66

R$ 112,15

Retroescavadeira

R$ 22,31

R$ 12,46

R$ 1,73

R$ 12,26

R$ 48,77

Trator de esteiras (100 a 120 hp)

R$ 57,09

R$ 29,55

R$ 2,87

R$ 19,93

R$ 109,44

Trator de esteiras (160 a 180 hp)

R$ 56,00

R$ 29,13

R$ 6,18

R$ 32,19

R$ 123,50

Trator de esteiras (300 a 350 hp)

R$ 138,13

R$ 71,07

R$ 19,60

R$ 56,72

R$ 285,52

Os valores sugeridos como padrão, pela Sobratema, correspondem à experiência prática de vários profissionais associados, mas não devem ser tomados como única possibilidade de combinação, uma vez que todos os fatores podem ser influenciados pela marca escolhida, local de utilização, condições do terreno ou jazida, ano de fabricação, necessidade do mercado e oportunidades de execução dos serviços. Maiores informações ou cálculos para sua frota personalizada estão disponíveis no site:www.sobratema.org.br.

69


Foto: Caterpillar

custo de equipamentos

A diferença

entre o lucro ou o prejuízo Lucratividade da operação envolve muitas variáveis, desde a correta seleção das máquinas até os cuidados com sua manutenção e o envolvimento dos operadores Por Haroldo Aguiar

70 | Abril | 2007

Numa época marcada pela competição acirrada, na qual as empresas operam com baixas margens de retorno, controlar o custo dos equipamentos pode representar a diferença entre o lucro ou o prejuízo do negócio. A máxima vale para construtoras, mineradoras, locadoras ou qualquer companhia usuária de máquinas fora-de-estrada. Os profissionais do setor sabem disso e o controle de custos da frota se estende ao longo de todo o seu ciclo de vida, desde a seleção e aquisição dos equipamentos até sua substituição, passando pela fase de operação e manutenção. Segundo estudos da Caterpillar, considerando uma pá-carregadeira 950H em operação em mineração de brita, o equipamento equivale a 26% do custo total, percentual semelhante aos gastos com o operador, contra 19% de custos com manutenção, 8% com pneus e 20% com diesel (veja quadro na página ao lado). “Um ganho de 1% no capital aplicado nesse ativo, seja no preço de aquisição, na taxa de juros ou no valor de revenda, produz pouco impacto na lucratividade sobre

sua operação; mas uma melhora de 1% na disponibilidade da máquina ou na manutenção produz ganhos de até 4% no lucro”, diz Arcílio Loverri, gerente do segmento de Agregados, Areia e Cimento da empresa. Por esse motivo, é fácil entender porque o planejamento da frota influi no custo total da operação. Máquinas adequadas ao layout da praça e à posição de carregamento do caminhão, dimensionadas para formar um perfeito par nas tarefas de carga e transporte, cumprem tempos de ciclo mais curtos e atingem maior produtividade. “O controle sobre a manutenção e a prevenção de falhas é fundamental, pois amplia a vida útil da máquina e reduz o custo de investimento de capital no longo prazo”, pondera Loverri. Seus estudos apontam que, para uma pá-carregadeira que cumpre um ciclo médio de 65 segundos, o aumento de 20% desse tempo resulta em 12,5% a mais no custo por tonelada carregada. “Metade do rendimento da máquina depende do fator humano, como a eficiência e motivação do operador, e o


manutenção tecnologia

restante se deve à tecnologia, suporte técnico e boa manutenção.” Ele apresentou esse levantamento durante o evento Quarry Days, promovido em março pela Caterpillar, para difundir a correta aplicação de equipamentos em mineração de brita. Cuidados com a manutenção O assunto desperta a atenção dos profissionais do setor e também foi tema do workshop “O Impacto dos Custos de Equipamentos no seu Negócio”, realizado pela Sobratema em abril, reunindo executivos de construtoras, mineradoras, locadoras e fabricantes de equipamentos (veja boxe na pág. 73). Apresentando a experiência da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) com o uso de máquinas de grande porte, Luiz Felipe Rocha, gerente de Engenharia de Manutenção da empresa, disse que os maiores gastos em sua área estão relacionados a consertos do trem de força. “Considerando um caminhão fora-de-estrada de 240 t, esse item representa 35,6% dos custos, contra 45,4% de gastos com combustível, 13,3% com reparos em sistemas hidráulicos e 5,5% com borracharia.” Segundo ele, esses caminhões operam 24 h/dia, atingindo uma taxa de uso de 7.000 h/ano e cerca de 60.000 h de vida útil (mais de oito anos). “Como a manutenção de seus componentes é o maior item do custo operacional, qualquer melhoria na sua durabilidade resulta em boa economia”, diz Rocha. Como exemplo, ele cita o comando final do trem de força dos off-road, cujo aumento de 10% em sua vida útil gerou um

La diferencia entre ganancias y pérdidas En una época marcada por la competencia exacerbada, en la cual las empresas operan con bajos márgenes de retorno, controlar el costo de los equipamientos puede representar la diferencia entre el lucro o el perjuicio del negocio. La máxima vale para cualquier compañía usuaria de máquinas fuera de carretera y los profesionales del sector lo saben. Por ese motivo, el control de costos de la flota se extiende a lo largo de todo su ciclo de vida, desde la selección y adquisición de los equipamientos hasta su substitución, pasando por la fase de operación y mantenimiento. Según estudios de la Caterpillar, considerando un cargador 950H en operación en minería de piedra triturada, el equipamiento equivale a 26% del costo total, porcentual semejante a los gastos con el operador, contra 19% de costos con mantenimiento, 8% con neumáticos y 20% con diesel. “Una ganancia de 1% en el capital aplicado en ese activo, sea en el precio de adquisición o en el valor de reventa, produce poco impacto en la lucratividad sobre su operación, pero una mejoría de 1% en la disponibilidad de

la máquina o en el mantenimiento produce ganancias de hasta 4% en el lucro”, dice Arcílio Loverri, gerente del segmento de Agregados, Arena y Cemento de la empresa. Sus estudios indican que, para un cargador que cumple un ciclo promedio de 65 segundos, el aumento de 20% de ese tiempo resulta en más 12,5% en el costo por tonelada cargada. “Mitad del rendimiento de la máquina depende de la eficiencia del operador y el resto se debe a la tecnología, soporte técnico y buen mantenimiento”. Presentando la experiencia de la Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) con el uso de máquinas de gran porte, Luiz Felipe Rocha, gerente de Ingeniería de Mantenimiento de la empresa, dijo que los mayores gastos en su área están relacionados a reparaciones del tren de fuerza. “Considerando un camión fuera de ruta de 240 t., ese ítem representa 35,6% de los costos, contra 45,4% de gastos con combustible, 13,3% con reparaciones en sistemas hidráulicos y 5,5% con neumáticos.

Fonte: Caterpillar, considerando uma carregadeira 950H em operação em pedreira


custo de equipamentos ganho de 14% no custo das reformas. “Os consertos eram realizados a cada 8.000 h e, com essa melhoria, passaram para a faixa de 8.800 h, o que reduziu o número de intervenções de sete para seis ao longo de todo o ciclo de uso dos caminhões.” Para isso, o executivo cita a importância do treinamento dos operadores e da boa manutenção das vias de acesso, com raios de curvatura e ângulos de inclinação adequados. Nesse último caso, a mineradora opera com um sistema de monitoramento das pistas, que rastreia essas vias e identifica o surgimento de qualquer irregularidade. Com base nas informações desse sistema, a CVRD antecipa sua manutenção, evitando danos nos pneus, eixos e demais componentes dos caminhões.

investimentos em estrutura de manutenção, que é fornecida pelos fabricantes. “Além disso, eles permitem melhor utilização da frota, devido a sua maior mobilidade entre as frentes de lavra, e como atingem uma vida útil de 18.000 h, permitem rever seu investimento a cada três anos.” Silvimar Fernandes Reis, diretor de Suprimentos da Galvão Engenharia, concorda com a importância da manutenção para o bom gerenciamento dos custos, mas faz uma ressalva. “Enquanto as máquinas trabalham sempre na mesma tarefa e cumprindo ciclos pré-determinados numa mineradora, na construção civil esses parâmetros se alteram de um canteiro para outro.” Por esse motivo, ele defende um conceito de manutenção baseada na severidade

Ilustração: Michelin

Monitoramento dos pneus contribui com a gestão dos custos

Adequação da frota Rocha aponta ainda o uso dos caminhões rodoviários no transporte de minério como uma alternativa para a gestão dos custos da frota. Comparando um modelo traçado 10x5 de 50 t de capacidade, em teste nas minas da CVRD, ele diz que o valor de aquisição do veículo corresponde a 9% do de um off-road de 240 t e que seu custo total de operação equivale a 71% dos equipamentos convencionais. “Suas molas da suspensão quebravam a cada 400 h, mas esse problema já foi sanado e, com isso, eles se tornaram imbatíveis quando comparados a um fora-de-estrada de 150 t.” Entre as vantagens dos caminhões rodoviários, ele cita a inexistência de

72 | Abril | 2007

com que os equipamentos são usados. O sistema substitui o horímetro da máquina pela quantidade de combustível consumido para avaliar seu desgaste. “O conceito é semelhante ao usado nos automóveis, que apresentam consumo diferente ao trafegar nas estradas ou na cidade, revelando a severidade a que eles ficam expostos nesse último caso”, explica Silvimar. Com essa metodologia, que aumenta a disponibilidade do equipamento e melhora seu estado de conservação, a construtora vem obtendo maior valorização desses ativos na substituição da frota. “No caso das escavadeiras de 20 t, já vendemos unidades com 10.000 h de operação e outras com 14.000 h,

mas todas estavam invariavelmente na faixa de 200 mil l de diesel consumido e isto revela que se encontravam no mesmo patamar de uso.” Realidade das locadoras Para Eurimilson João Daniel, diretor Comercial da Escad, a composição dos custos de equipamentos de uma locadora deve ter uma abordagem diferente da adotada por construtoras. “No nosso caso, gerenciar o custo de propriedade implica em boa dose de gestão de risco”, diz ele. Isso porque, enquanto a empresa lida com financiamentos de longo prazo para a aquisição das máquinas e precisa dispor de frota atualizada e operadores treinados para atendimento aos clientes, na outra ponta dessa equação ela se depara com variáveis sobre as quais não tem controle, como as locações de curto prazo e a sazonalidade nas contratações. “Enquanto o fabricante oferece um equipamento com garantia de disponibilidade mecânica, nosso compromisso envolve esse parâmetro e, dependendo do tipo de contrato, outros mais como o custo de transporte da máquina e seu seguro”, explica Daniel. Além disso, ele cita que o setor opera com uma taxa de inadimplência na faixa de 15%. Com a estabilidade da economia, ele pondera que a expectativa do tempo de depreciação da máquina deve ser reduzida. “As construtoras estimam esse prazo em cerca de 15.000 h e, no nosso caso, a depreciação deve ser calculada na base de 10.000 h.” Como a viabilidade de uma empresa não se pauta mais pela receita, regulada pela demanda do mercado, Daniel pondera que o sucesso do negócio depende fundamentalmente das margens praticadas. “Nesse ponto, o controle de custos, e não o faturamento, passa a exercer um papel cada vez mais importante”, ele conclui.

Caterpillar: www.cat.com.br CVRD: www.cvrd.com.br Escad: www.cvrd.com.br Galvão Engenharia: www.galvao.com


# manutenção tecnologia

Usuários trocam experiências na gestão da frota Mais de 200 executivos de construtoras, mineradoras, locadoras, fabricantes e distribuidores de equipamentos se reuniram no Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo, para participar do workshop “O Impacto dos Custos de Equipamentos no seu Negócio”. O evento, promovido pela Sobratema, realizou-se em abril, proporcionando um intercâmbio de experiências entre os usuários de máquinas nos mais variados segmentos. Ele contou com o patrocínio da Atlas Copco, Caterpillar, Komatsu, Sandvik, Scania e Volvo, que aproveitaram a oportunidade para divulgar aos participantes suas soluções para a otimização de custos com a frota.

73


sistemas hidráulicos

Quando o fluxo de óleo compromete o fluxo de caixa Cuidados com a manutenção e correta instalação dos componentes hidráulicos ampliam a vida útil e disponibilidade dos equipamentos

T

rabalhando com pressões cada vez mais elevadas, para oferecer maior potência e produtividade aos equipamentos de construção e mineração, os sistemas hidráulicos há muito ganharam o status de “coração” dessas máquinas. Investir na sua manutenção significa ampliar a vida útil do equipamento e assegurar sua maior disponibilidade mecânica. Mas apesar da sua importância para o funcionamento de escavadeiras, guindastes e carregadeiras, entre outros tipos de máquinas, os cuidados para se preservar o sistema hidráulico são mais simples do que se imagina. “Se fizéssemos uma analogia entre um equipamento e o corpo humano, os microprocessadores seriam o cérebro e os motores e cilindros hidráulicos re-

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presentariam os músculos”, explica Francesco Antonio Parmisciano, diretor Comercial da Magnus Hidráulica, empresa especializada em manutenção nesse segmento. Seguindo esse raciocínio, ele compara as mangueiras e tubulações do sistema às veias e artérias, enquanto as bombas hidráulicas seriam o coração. Afinal, por meio de sua vazão, que gera uma pressão hidráulica no interior do sistema, é possível acionar a movimentação dos membros desse corpo como atuadores. “Todos os componentes trabalham harmonicamente, daí a necessidade de cuidados específicos com cada um deles”, diz Francesco. Os motores, como atuadores rotativos, convertem a força hidráulica em mecânica, função similar à dos cilin-

Cuidados na instalação Para que tudo funcione bem, cada componente do sistema deve se encontrar em boas condições de manutenção, evitando perdas de pressão, vazamentos ou a contaminação do óleo hidráulico, o que acelera o desgaste das peças. No caso das bombas, Francesco adverte para os cuidados na instalação. Seu eixo, por exemplo, Foto: Sauer Danfoss

Foto: Caterpillar

dros, denominados de atuadores lineares. Já as válvulas controlam e direcionam o fluxo hidráulico pelo interior das mangueiras e tubulações, interligadas por meio de conexões. Tudo isso é controlado pelo joystick, a interface homem/máquina que permite o comando desse último sobre o equipamento. E os microprocessadores transformam os sinais eletrônicos do joystick em ação mecânica/hidráulica.

Bomba hidráulica: instalação com o eixo alinhado


deve estar perfeitamente alinhado, assim como o dos motores. “Mesmo com o uso de acoplamentos flexíveis, é preciso tomar cuidado com a instalação.” Ele chama a atenção para o sentido da rotação, que sempre deve ser verificado durante a instalação dos componentes. Da mesma forma, a cavitação (vaporização do líquido pela redução da pressão) precisa ser evitada. “Nas tubulações de sucção, a ameaça pode estar no estrangulamento ou em curvas muito fechadas.” O fechamento e

a compatibilidade das mangueiras de sucção também devem ser observados para que não haja a cavitação. A qualidade e a temperatura do fluído hidráulico também são fatores a se considerar. Por meio de análises periódicas, da troca regular do óleo e dos elementos filtrantes, o sistema fica livre de contaminantes e o equipamento atinge maior vida útil. Quanto à temperatura elevada, a observação é que ela degrada as vedações das bombas e reduz a viscosidade do óleo, compro-

Cuidados na troca de fluídos

• Drene o reservatório; • Limpe o reservatório com óleo diesel e pano limpo. Não use estopas, cujos fiapos podem entupir algum orifício de válvula; • Inspecione o interior do reservatório, na parte do respiro, para identificar a presença de ferrugem; • Em caso de ocorrência de ferrugem, faça o tratamento correto para eliminá-la;

Foto: Volvo

manutenção tecnologia

Cada componente do sistema merece cuidados específicos

• Verifique a pintura do interior do reservatório; • Se ela estiver descascando, remova e pinte novamente o reservatório; • Instale novos elementos filtrantes; • Reintroduza o fluído drenado ou novo somente após filtrá-lo; • Opere a máquina durante 30 minutos para eliminar o ar que possa ter infiltrado no sistema; • Se necessário, adicione mais fluído ao reservatório.


sistemas hidráulicos

Foto: Bosch Rexroth

metendo sua eficácia como meio de transmissão de potência. Procedimentos simples, porém não observados na oficina, podem comprometer a saúde do sistema hidráulico. É o caso do mecânico que, ao trocar uma mangueira, esquece de verificar se ela está limpa, conforme explica Dirnei Antonio Datti, gerente geral da Sauer Danfoss, empresa especializada em componentes para hidráulica móbil. “Algumas vezes observamos que o cliente tem um equipamento mecânico e quer transformá-lo em hidrostático, só que não toma cuidado com detalhes importantes como o óleo hidráulico”, diz ele. Datti se refere ao sistema usado no trem de força dos equipamentos, mas o conceito se aplica também ao circuito hidráulico de acionamento das suas demais funções. “Devido a esses pequenos detalhes, tínhamos muitos problemas de garantia e resolvemos trabalhar fortemente no treinamento dos distribuidores, tanto no Brasil como nos demais países da América Latina.” Novas tecnologias Segundo ele, através de uma joint-venture com a japonesa Topcon, a empresa oferece o monitoramento remoto do circuito hidráulico das máquinas por meio de satélite, acompanhando parâmetros como pressão, temperatura e outros. “Um dos diferenciais da nossa tecnologia é o sistema Plus+1, um controlador modular programável”, afirma Datti. No caso da Bosch Rexroth, que também desenvolve sistemas para hidráulica móbil, as apostas se concentram nos blocos de comando LUDV. Robinson Sartori, gerente de Sistemas e Engenharia de Aplicação da em-

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Ações preventivas que otimizam o sistema • Verifique o nível do fluído freqüentemente; • Certifique-se diariamente que não existem vazamentos; • Troque os elementos filtrantes sempre que seu indicador acusar saturação; • Use somente óleos e filtros recomendados pelos fabricantes; • Não deixe o fluído trabalhar fora da faixa de viscosidade recomendada pelos

fabricantes; • Limpe a região em torno do bocal de enchimento quando for completar o nível de óleo, após sanar um vazamento; • Desmonte os componentes em local livre de poeira; • Ao executar a manutenção, feche todas as aberturas para evitar a entrada de contaminantes.

presa, explica que a tecnologia faz o compartilhamento do fluxo (flow sharing) no interior do circuito, permitindo que o equipamento realize simultaneamente várias operações. “Essa tecnologia representa o estado da arte em sistemas hidráulicos para equipamentos de construção, pois quando há várias demandas e a vazão da bomba não é suficiente para atender a todas elas, a velocidade dessas funções é reduzida, mas nenhuma delas pára.” Um exemplo prático é quando o operador de uma pá-carregadeira, por exemplo, aciona o levantamento do braço e a rotação da caçamba ao mesmo tempo. A empresa também dispõe de um Centro de Serviços, para assistência técnica e manutenção, homologado pela matriz como de competência internacional. Com essa estrutura, composta por engenheiros, técnicos e equipamentos de medições, a Bosch Rexroth oferece aos clientes o monitoramento das variáveis do sistema hidráulico de um equipamento, como a temperatura, pressão, filtragem, vazão e drenagem, entre outras. “Com esse acompanhamento e a verificação periódica do fluído, podemos definir um plano de manutenção preventiva”, conclui Sartori.

Cuando el flujo de aceite afecta el flujo de efectivo

Bosch Rexroth: www.boschrexroth.com.br Magnus: www.magnushidraulica.com.br Sauer Danfoss: www.sauer-danfoss.com

Debido a que trabajan a presión cada vez más alta, para ofrecer más potencia y productividad a las máquinas utilizadas en la construcción y la minería, los sistemas hidráulicos ya conquistaron hace tiempo el estatus de “corazón” de las máquinas. Invertir en su mantenimiento significa prolongar al vida útil de la máquina y garantizar una mayor disponibilidad mecánica. Sin embargo, a pesar de la importancia que tiene para el buen funcionamiento de las excavadoras, grúas y cargadores, entre otros tipos de máquinas, los cuidados necesarios para la conservación del sistema hidráulico son más sencillos que lo que se pueda imaginar. Para que todo funcione satisfactoriamente, cada componente del sistema debe estar en buenas condiciones de mantenimiento, a fin de evitar pérdidas de presión y fugas o contaminación del aceite hidráulico, que podrían acelerar el desgaste de los componentes. En el caso de las bombas y los motores, el eje debe estar perfectamente alineado. Los especialistas recomiendan tomar precauciones al instalar las bombas, incluso con el uso de conexiones flexibles, y observar el sentido de giro. Es necesario evitar la cavitación de la bomba (vaporización del líquido por una caída de presión). En las tuberías de succión, por ejemplo, las amenazas son el estrangulamiento y las curvas muy cerradas.


# manutenção

Guindastes: como cuidar do Fotos: Tomé

material rodante

Modelos Demag: sapatas são acionadas pela roda motriz e interligadas por pinos entre seus olhais

Cuidados na operação aumentam a vida útil

I

magine um guindaste sobre esteiras com capacidade para içar cargas de 600 t, que somadas ao seu peso próprio totalizam cerca de 1.200 t sustentadas pelo material rodante do equipamento. Imagine ainda que toda essa carga se apóia apenas sobre algumas dezenas de roletes inferiores (a quantidade varia de acordo com o modelo), que deslizam sobre as sapatas durante os deslocamentos da máquina, e será possível entender a importância da manutenção dos componentes de uma esteira. Afinal, qualquer descuido nessa área pode resultar na paralisação do equipamento, com impacto no cronograma da obra e custos inesperados para a sua desmontagem em pleno canteiro. Devido às especificidades envolvidas em cada tipo de guindaste sobre

• Certifique-se que a área de trajeto do guindaste apresenta resistência suficiente à carga e está nivelada (aclive, declive e inclinação lateral) de acordo com as indicações do fabricante. Qualquer irregularidade no terreno, como lombadas ou buracos, pode provocar danos aos roletes inferiores e sapatas; • A cada 50 h, lubrifique os roletes com graxa e as articulações entre as sapatas com spray à base de teflon, realizando a limpeza dos elementos com ar comprimido antes de iniciar essa operação; • Após deslocamentos contínuos superiores a 400 m, lubrifique as rodas guias e roletes, pois a elevação da temperatura pode romper o filme de proteção formado pela graxa, acelerando o desgaste das peças. Observe ainda a temperatura do óleo hidráulico no conjunto motriz das esteiras; • Verifique regularmente a tensão da esteira, que tende a apresentar folgas devido ao desgaste de seus componentes (pinos e olhais das sapatas); • Quando a tensão da esteira atinge sua posição máxima, não permitindo novos ajustes, e o conjunto continua apresentando desgastes (folgas), uma solução usual é a retirada de uma sapata. Essa estratégia acelera o desgaste dos componentes, mas mantém o equipamento em operação; • A estratégia acima está condicionada a limites de segurança, como o desgaste dos olhais de articulação das sapatas. Por esse motivo, recomenda-se manter um conjunto de três a seis sapatas em estoque, para substituições semanais ou quinzenais, com o envio dos componentes retirados para recuperação com solda.

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manutenção esteiras, esta edição da revista M&T vai tratar exclusivamente da manutenção de material rodante dos modelos Demag (400 t, 600 t ou 800 t de capacidade), cujas sapatas são acionadas diretamente pela roda motriz, sem a intermediação de correntes. Os conceitos abordados, entretanto, valem para qualquer sistema que, no caso do modelo em questão, dispõe em cada lado do material rodante de uma roda motriz, 67 sapatas, uma roda guia, 15 roletes inferiores e dois superiores. Para se ter uma idéia dos números envolvidos, cada sapata desse tipo custa cerca de R$ 34 mil e pesa 320 kg, totalizando 41 t de peso em um único lado do conjunto rodante (o truck). Devido à alta taxa de ocupação dos guindastes de grande porte, impulsionada pelos investimentos em obras de refinarias de pe-

perior (por onde correm os roletes), nos pinos de ligação, nos mancais dos roletes e na sua face de contato com as sapatas. Isso porque não existe uma regra para determinar a vida útil dessas peças, que pode ser maior ou menor de acordo com os deslocamentos do guindaste durante o trabalho e o respeito aos cuidados operacionais. Tecnologia para recuperação Como esses componentes são importados, os usuários de guindastes sobre esteiras – como construtoras, empresas de locação e de rigging – costumam atuar na sua recuperação, cujo custo é extremamente baixo em comparação com a compra de uma peça nova. Empresas especializadas fornecem serviços de reconstrução das sapatas, rodas guias, roletes e rodas motrizes com soldas especiais, bem

Etapas do tensionamento da esteira • Movimente o guindaste alguns metros à frente para medir a curva (X) descrita pela esteira; • Se a curva (X) apresentar flecha superior a 50 mm, proceda ao tensionamento. A ausência de flecha também exige ajuste, pois indica tensão excessiva, que causa desgaste acelerado das peças e o rompimento de pinos ou olhais das sapatas; • Solte os parafusos e porcas que prendem a roda guia em uma rotação; • Com o cilindro hidráulico do sistema, tensione a esteira pela roda guia até a curva (X) atingir 50 mm de flecha; • Aperte os parafusos e porcas e movimente o guindaste para nova medição do tensionamento.

Recuperação dos roletes com solda especial nas faces e uso de bronze na bucha

tróleo, infra-estrutura e montagens industriais, contar com um programa de manutenção preventiva para esses componentes contribui para a otimização da frota. Segundo os especialistas, a durabilidade do material rodante depende dos cuidados na operação do guindaste (veja quadro na pág. 77) e do monitoramento de seus componentes, como desgastes nas articulações das sapatas (olhais), em sua trilha su-

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como a produção de componentes sob encomenda. A qualidade desses fornecedores impacta nos custos de manutenção e na durabilidade das peças recuperadas, cuja solda de recomposição precisa atingir resistências à dureza, impacto e abrasão semelhantes à do aço original. No caso da Rolink, entrevistada para essa matéria, a recuperação é realizada por solda elétrica a arco-submerso, com controle de parâmetros como a corrente e tensão elétrica, bem como das propriedades químico-metalúrgicas do material aplicado (aço-liga), do arame de solda e da velocidade de sua deposição. As buchas dos roletes são reconstruídas em bronze, para maior resistência ao desgaste, e todas as peças recuperadas seguem o gabarito dimensional especificado pelos fabricantes. Antes da soldagem, entretanto, os especialistas alertam para a necessidade de uma observação cuidadosa das

peças danificadas. Isso porque seu desgaste pode ocasionar o escoamento do aço (deformidades superficiais), que indica alterações em sua estrutura metalúrgica. Nesse caso, a aplicação de solda deve ser precedida pela remoção dessa parte do componente, sob pena de todo o serviço ficar comprometido.

Rolink: www.rolinktractors.com.br Tomé Engenharia e Transportes: www.tome.com.br



PERFIL

José Carlos Lima Rezende E Amílcar Spinetti Filho

Tecnologia reduz prazos nas montagens Operando com uma frota de aproximadamente 200 guindastes de diferentes marcas, de 5 t a 1.000 t de capacidade de carga, a Locar firmou-se entre as maiores empresas da América Latina nas áreas de rigging e de locação desse tipo de máquinas. Nessa edição de M&T, Amílcar Spinetti Filho

e José Carlos Lima Rezende, que ocupam respectivamente os cargos de gerente de Equipamentos e de diretor de Manutenção da empresa, detalham os cuidados adotados na gestão de uma frota diversificada e que precisa estar sempre atualizada para atender a crescente demanda por obras de montagem.

M&T – Como a empresa trabalha com equipamentos importados, padronizar a frota não ajudaria a reduzir os custos? Por que a Locar emprega um parque diversificado e qual o critério para seu dimensionamento? Amílcar – Sem dúvida, operar com guindastes de apenas uma marca facilitaria nosso trabalho, mas temos que lidar com outros fatores, como as oportunidades de negócio e o tempo de entrega do equipamento, que está muito longo e pode comprometer nossa flexibilidade no atendimento aos clientes. Além disso, precisamos dispor de diferentes modelos e capacidades para atender vários tipos de obras, desde as que exigem guindastes treliçados sobre esteiras, até os contratos do mercado spot, que consomem modelos telescópicos sobre chassi de caminhão rodoviário. Mesmo assim, podemos dizer que nossa frota de grande porte é

composta basicamente pelas marcas Liebherr e Grove, mas também operamos com modelos Terex, Tadano, Madal, XCMG, Lorain, Luna e P&H, disponíveis em todos os tipos de guindastes, como os todo-terreno (AT), rodoviários (TC) e para terrenos difíceis (RT).

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M&T – O que mudou no mercado de locação de guindastes? Amílcar – Começa a se difundir no Brasil a filosofia presente na Europa e nos Estados Unidos, onde até a montagem de um outdoor é feita com guindastes. Além disso, os clientes estão mais exigentes em relação à segurança e, como os contratos são sobre hora de locação, eles solicitam equipamentos novos e que proporcionem maior rapidez na execução dos serviços. Por esse motivo, operamos apenas com equipamen-


manutenção&tecnologia

tos novos, com média de quatro anos de vida útil e que nos dão uma disponibilidade mecânica na faixa de 97%. M&T – Quais as principais inovações introduzidas pelos novos modelos? Amílcar – Essa questão da rapidez evoluiu muito, pois os novos guindastes se montam praticamente sozinhos. Em muitos casos, eles se descarregam da carreta e se patolam automaticamente, o que facilita a mobilização de um modelo de grande porte, transportado em até 40 ou 50 carretas. Hoje já montamos um equipamento treliçado de 400 t em dois dias, quando no passado ele exigiria mais tempo e a mobilização de dois ou três modelos AT, de até 160 t, para sua montagem. Isso também representa menores custos para o cliente.

M&T – Como é a estrutura de manutenção da empresa? Rezende – Contamos com cerca de 90 profissionais, dos quais 37 trabalhando na matriz, em São Paulo, e o restante distribuído entre as filiais da Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. Essa equipe, composta por técnicos, engenheiros mecânicos e eletrônicos, realiza a manutenção dos equipamentos dentro do plano indicado pelo fabricante, embora a maior parte da nossa frota seja nova e ainda esteja sob garantia. Na mobilização dos equipamentos maiores, um engenheiro mecânico acompanha o pessoal de operação e de manutenção para solucionar imediatamente eventuais problemas, pois estamos trabalhando com a meta de zero por cento de atrasos no atendimento aos clientes.

Começa a se difundir no Brasil a filosofia presente na Europa e nos Estados Unidos, onde até a montagem de um outdoor é feita com guindastes” Amílcar Spinetti Filho

M&T – Mas há outros itens de evolução, como as maiores capacidades e a eletrônica embarcada… Amílcar – Exatamente, pois há 10 anos seria impensável um guindaste telescópico com 1.200 t de capacidade. Com isso, o cliente pode montar um reator completo no chão e reduzir o tempo de parada da planta para sua instalação final. Além disso, os recursos de eletrônica embarcada impedem que o operador controle o equipamento às cegas, pois o sistema interrompe o serviço mediante qualquer sobrecarga, aumento na velocidade dos ventos ou excesso de carga sobre o solo. Diante de qualquer falha, o próprio computador informa o problema e o que precisa ser consertado. Devido a essas evoluções, investimos no constante treinamento do pessoal de operação, para mantêlos atualizados diante das inovações e também em relação à segurança e maior produtividade.

M&T – Quais os procedimentos de manutenção adotados pela empresa? Rezende – Seguindo o plano de manutenção da máquina, realizamos todas as preventivas, como regulagens, trocas de óleo e de elementos filtrantes. Também atuamos na análise de óleo, tanto do motor como do sistema hidráulico, na diálise dos fluídos, quando necessário, e no caso dos guindastes treliçados mais antigos, realizamos ensaios de tração e análise de líquido penetrante, para verificar a fadiga de sua lança. Recentemente, seguimos esse procedimento em um guindaste America 9299, que passou por reforma em toda a parte hidráulica, pneumática, motor, esteiras e até a instalação de um novo sistema de controle automático. M&T – Qual é a parte mais sensível dos equipamentos em termos de manutenção? Rezende – Sem dúvida é a parte eletrônica, pois eles trabalham em ambiente com muita poeira, em obras portuárias,

de refinarias e mineradoras, o que acaba danificando sensores, células de carga e outros componentes. O problema é que a eletrônica embarcada falha sem aviso prévio, ao contrário da parte mecânica, que acusa antecipadamente uma perda de eficiência. Por esse motivo, mediante o histórico das ordens de serviços preventivas e corretivas, as peças mais solicitadas são mantidas em nosso almoxarifado ou no estoque dos fornecedores.

La tecnología reduce los plazos de montaje Locar, que trabaja con una flota de aproximadamente 200 grúas, de diferentes marcas, con capacidad de carga de 5 a 1.000 toneladas, se ha consolidado como una de las mayores empresas de América Latina en las áreas de aparejos y arrendamiento de este tipo de máquina. En este número de M&T, Amílcar Spinetti Filho y José Carlos Lima Rezende, que ocupan los cargos de gerente de Maquinaria y director de Mantenimiento de la empresa, respectivamente, describen en detalle los cuidados adoptados en la gestión de una flota diversificada que necesita estar siempre actualizada para responder a la creciente demanda de obras de montaje. M&T – Puesto que la empresa trabaja con máquinas importadas, ¿la estandarización de la flota no ayudaría a reducir los costos? Amílcar – Sin duda, trabajar solo con grúas de una única marca facilitaría en gran medida nuestro trabajo, pero tenemos que considerar otros factores, tales como las oportunidades de negocio y el plazo de entrega de las máquinas, que es muy largo y puede afectar negativamente nuestra flexibilidad en la atención a los clientes. Además, necesitamos disponer de diferentes modelos y máquinas de capacidad variada para responder a diversos tipos de obras, desde las que exigen grúas reticuladas sobre orugas, hasta los contratos del mercado al contado, que demandan modelos telescópicos sobre chasis de camiones carreteros.

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