Revista M&T - Ed. 106 - Setembro 2007

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Revista M&T - Manutenção & Tecnologia

EQUIPAMENTOS Sobratema mapeia a demanda no Brasil Nº106 - Setembro - 2007 - www.sobratema.org.br

EQUIPOS Sobratema presenta el mapeo de demanda brasileña

MÉTODO NÃO-DESTRUTIVO TECNOLOGIA ELIMINA IMPACTO DAS OBRAS

MÉTODO NO DESTRUCTIVO TECNOLOGÍA ELIMINA IMPACTO DE LAS OBRAS

nº 106 - Setembro - 2007

ENTREVISTA Franco Fenoglio, presidente mundial da New Holland ENTREVISTA Franco Fenoglio, presidente mundial de New Holland



EDITORIAL

Novas ferramentas para os profissionais do setor ANUÁRIO BRASILEIRO

(ESCAVA

NSP GA - TRA ÇÃO - CAR 2007 - 2008

ORTE)

DE EQUIPA MENTOS PARA CONST RUÇÃO (ESCAVAÇÃO CARGA TRANSPORTE ) 2007 2008

Los profesionales a cargo de compra, administración, arrendamiento y mantenimiento de flotas de equipos deben disponer de un abanico de conocimientos cada vez más amplio. La na hora de especificar ou adquirir novas máquinas para constante evolución tecnológica de las máquinas y la variedad a frota da sua empresa. Primeira publicação do gênero creciente de ofertas que ofrece el mercado exigen una permano País a compilar dados sobre as diferentes famílias nente actualización y un intercambio de información a un ritmo de máquinas usadas na construção pesada, ele traz nunca visto en el sector. informações técnicas sobre operação, manutenção e Para satisfacer las necesidades cotidianas de los profesiodimensões de modelos comercializados no Brasil, de nales en particular y de la comunidad de equipos en general, fabricação local ou importados. Sobratema ha desarrollado nuevos programas centrados en la A Projeção do Mercado de Equipamentos, atualizada democratización de la información. En octubre pasado, la asoanualmente, tem como objetivo quantificar a demanda ciación lanzó simultáneamente el “Anuario Brasileño de Equipos das diferentes famílias de máquinas, constituindo-se um para la Construcción” y el estudio “Proyección de la Demanda de trabalho pioneiro de mapeamento desse setor. Para comEquipos en el Mercado Brasileño de la Construcción”. Este núplementar as ações focadas na qualificação do mercado, mero de la M&T incluye reportajes sobre estos temas y analiza además sus impactos en el sector. a Sobratema publicou ainda, na mesma data, o livro “ExLos profesionales cuentan ahora con el anuario, herracelência Operacional: o Desafio da Melhoria Contínua”, de mienta de consulta fundamental y útil, para una adecuada autoria de Ivan Montenegro, vice-presidente da associação, toma de decisión cuando deban especificar o adquirir nuevas marcando sua estréia na edição de livros técnicos. máquinas para sus empresas. Es la primera publicación de Estes lançamentos, somados aos tradicionais prograeste tipo en el Brasil en compilar datos sobre las diferentes famas da Sobratema, como a feira M&T Expo, a revista milias de máquinas usadas en la construcción pesada. Ofrece M&T, os workshops e as missões téc- nicas, entre información técnica sobre operación, mantenimiento y dioutros, reafirmam o propósito da asmensiones de todos los modelos comercializados sociação de ser uma fonte contínua en el país, tanto nacionales como importados. de informações aos profissionais La Proyección del Mercado Brasileño, que será EXCEL do setor, bem como ao mercado OPERAÊNCIA actualizada anualmente, representa un trabajo CIONA L brasileiro e internacional. pionero en el mapeo del sector, cuyo objetivo es cuantificar la demanda de los consumidores por diferentes tipos de equipos. Para complementar las acciones centradas en el mercado, Sobratema publicó, en la misma fecha, el libro “Excelencia Operacional: el Desafío del Mejoramiento Continuado”, de Ivan Montenegro, vice-presidente de la asociación. A estos lanzamientos se suman los programas que tradicionalmente desarrolla Sobratema, como la feria M&T Expo, la revista M&T, los talleres y las Misiones Técnicas a eventos en el exterior, consolidando el propósito de la asociación de servir de fuente permanente de información y consulta a los profesionales del sector. EXCELÊ NCIA OP ERACIO NAL  O Desafio

Gerenciar a frota de equipamentos, adquirindo, locando ou cuidando da sua manutenção, DE requer um leque de conheciO IR E IL S BRA ARA ANUÁRIO ENTOS P mentos cada vez mais vasto por EQUIPAMSTRUÇÃO CON parte dos profissionais envolvidos nessas tarefas. A rápida evolução tecnológica das máquinas e a variedade crescente de ofertas que o mercado tem oferecido exigem atualização constante e intercâmbio de informações num ritmo jamais visto. Para atender as necessidades cotidianas desse profissional e da comunidade de equipamentos, a Sobratema desenvolveu novos programas voltados à democratização da informação. Em outubro, a associação lançou simultaneamente o “Anuário Brasileiro de Equipamentos para Construção” e o estudo “Projeção da Demanda de Equipamentos no Mercado Brasileiro de Construção“. Esta edição aborda esses assuntos e mostra seu impacto no setor. Com o Anuário de Equipamentos, os usuários passam a dispor de uma poderosa ferramenta de consulta

Nuevas herramientas para los profesionales del sector

O Desafio

da Melho ria Con tínua

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1) i gido cam mira lhores nam o corrida que a desenvo sa pela d duo; 6) ma a apli aprendiza 7) saber c proveito d compromis o que foi a çado – defi n desafios, nun da vitória”; 9) que sempre fa fim, ter corage outros pensam verar, mesmo q o objetivo é im Excelência é que


Revista M&T

SUMÁRIO

- Manutençã o & Tecnologia

EXPEDIENTE

Nº10

Capa: Fotomontagem em 3D por Leonardo Lenharo (Fotos da Herrenknecht e banco de dados).

Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção

- 2007

Mercado Demanda surpreende até os mais otimistas Demanda sorprende hasta a los más optimistas

Diretoria Técnica Augusto Paes de Azevedo (Caterpillar) - Carlos Arasanz Loeches (Eurobrás / ALEC) - César Schmidt (Liebherr) - Emanuel P. Queiroz (Scania) - Edson R. Del Moro (Engepar) - Eduardo M. Oliveira (Santiago e Cintra) Egberto Rosa Campos (Sersil) - Eurimilson João Daniel (Escad) - Franz Treu (Atlas Copco) - Gilberto Leal Costa - Gino Raniero Cucchiari (CNH) - João Lazaro Maldi Jr. (CCCC) - João Ney P. Colagrossi (Metso) - Luis Afonso Pasquotto (Cummins) - Luis Gustavo Pereira (Tracbel) - Marcos Bardella (Brasif) - Mario Humberto Marques (Andrade Gutierrez) - Nathanael P. Ribeiro Jr (Multieixo) - Nelson Costábile Barros (Constran) - Paulo Gama (Goodyear) - Paulo Lancerotti (Sotreq) - Permínio A. Maia de Amorim Neto (Getefer) - Ramon Nunes Vasquez (Mills) - Silvimar Fernandes Reis (Galvão Engenharia) - Valdemar Shinhiti Suguri (Komatsu) - Vicente Bernardes - Vicente Cracasso (Equisul) - Yoshio Kawakami (Volvo)

Filiado à:

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14

Método no destructivo Abrir valas ficou caro Abrir zanjas cuesta caro

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MÉTOD O NÃODESTRU MÉTO TIVO DO NO

Método não-destrutivo

Anuário de Equipamentos Anuario de Maquinaria Usuários ganham nova ferramenta de consulta Usuarios disponen de una nueva herramienta de consulta

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Empresa Empresa A aposta da New Holland no mercado brasileiro New Holland se centra en el mercado brasileño

34

Petrônio de Freitas Fenelon (MG) VPS Engenharia e Estudos Wilson de A. Meister (PR) Ivaí Engenharia de Obras S/A Jose Luis P. Vicentini (BA) Terrabrás Terraplanagem do Brasil S/A Laércio de F. Aguiar (PR) Construtora Queiroz Galvão S/A Antonio Almeida Pinto (CE) Construtora Queiroz Galvão S/A

Revista M&T - Conselho Editorial

.sob

Camiones Modelos 10x4 estréiam no Brasil Modelos 10x4 estrenan en el Brasil

Franco Fenoglio Franco Fenoglio “Nosso projeto é de longo prazo” “Nuestro proyecto es a largo plazo”

Diretor Regional

Comitê Executivo: Cláudio Schmidt (presidente), Paulo Oscar Auler Neto, Silvimar F. Reis, Permínio A. M. de Amorim Neto e Norwil Veloso. Membros: Adriana Paesman, Agnaldo Lopes, Benito F. Bottino, César A. C. Schmidt, Eduardo M. Oliveira, Gino R. Cucchiari, Lédio Augusto Vidotti, Leonilson Rossi, Luiz C. de A. Furtado, Mário H. Marques e Pedro Luiz Giavina Bianchi. Diretor Executivo: Hugo José Ribas Branco Editor: Haroldo Aguiar Revisão Técnica: Norwil Veloso Traduções: Maria Del Carmen Galindez Publicidade: Sylvio Vazzoler, Roberto Prado e Giovana Marques Di Petta Produção Gráfica: DSGE A Revista M&T - Manutenção & Tecnologia é uma publicação dedicada à tecnologia, gerenciamento, manutenção e custos de equipamentos. As opiniões e comentários de seus colaboradores não refletem, necessariamente, as posições da diretoria da SOBRATEMA. Tiragem: 12.000 exemplares. Circulação: Brasil e América Latina. Periodicidade: mensal. Impressão: Parma Auditado por:

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Caminhões

Comitê Executivo Presidente: Afonso Celso Legaspe Mamede Vice-Presidente: Benito Francisco Bottino Vice-Presidente: Carlos Fugazzola Pimenta Vice-Presidente: Ivan Montenegro de Menezes Vice-Presidente: Jader Fraga dos Santos Vice-Presidente: Jonny Altstadt Vice-Presidente: Lédio Augusto Vidotti Vice-Presidente: Luiz Carlos de Andrade Furtado Vice-Presidente: Mário Sussumu Hamaoka Vice-Presidente: Múcio Aurélio Pereira de Mattos Vice-Presidente: Octávio Carvalho Lacombe

- 20 07

NONONO NONONO NONONO NONONO N

Mercado

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mbro

Sobratem EQUIPOS a prese nta el demanda mapeo de brasileña

nº 106 - Setembro

Diretoria Executiva e Endereço para correspondência: Av. Francisco Matarazzo, 404 – cj. 401 – Água Branca São Paulo (SP) – CEP 05001-000 Tel.: (55 11) 3662-4159 – Fax: (55 11) 3662-2192

6 - S ete

TRAVES SIA DESTR UTIVANÃO

Equipamentos de Perfuração Equipos para perforación Desmonte com eficiência Desmonte con eficiencia

42

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Mineração

Minería Demanda aquecida impulsiona tecnologia de equipamentos Demanda en alza impulsa tecnología de equipos

48

Implementos Implementos Muito além das caçambas Mucho más que cucharas

52

Internacional Sobratema vai à Coréia mostrar o Brasil Internacional Sobratema va a Corea a mostrar el Brasil

62

SEÇÕES SECCIONES Notas Notas ............................................................................................................... Foco Primer Plano....................................................................................................... Tabela de Custos Tabla de Costos ............................................................................ Manutenção Mantenimiento...................................................................................... Perfil Quiénes Somos................................................................................................... Espaço Aberto Espacio Abierto .................................................................................

06 40 58 59 64 68



NOTAS

Espanhóis desembarcam no negócio de rodovias

Com uma proposta surpreendente, que combinou um deságio de 65,42% no valor da tarifa (o pedágio cobrado dos usuários) com um elevado volume de investimentos em obras de melhorias rodoviárias, o grupo espanhol OHL saiu como o grande vencedor na segunda etapa do programa de concessão das estradas federais. Dos sete lotes

leiloados, que somavam 2.600 km, a empresa ganhou cinco. Eles totalizam 2.078 km de rodovias e compreendem alguns trechos importantes, como as ligações São Paulo-Belo Horizonte (BR-381 – Fernão Dias) e São PauloCuritiba (BR-116 – Régis Bittencourt). Dessa forma, a empresa, que já controlava três pequenas concessionárias de rodovias no interior paulista, ganhou musculatura para se firmar entre os principais investidores nesse setor. Durante o período de operação das rodovias federais, de 25 anos, a OHL deverá investir R$ 16,7 bilhões num elenco de obras de melhorias, ampliações de capacidade e outras. Além dos trechos ganhos pela empresa, a concessão da BR-393 (Rio de Janeiro-Minas Gerais) ficou com a também espanhola

Doosan abre escritório no Brasil Para apoiar a atuação de seus concessionários e consolidar uma política de pós-vendas e suporte de peças aos clientes, a coreana Doosan Infracore está abrindo um escritório no Brasil. Localizado na região da avenida Paulista, em São Paulo, ele servirá de suporte para o treinamento dos revendedores e o atendimento aos grandes clientes, conforme explica Seil Kwon, gerente de Exportação de Equipamentos de Construção da fabricante. “Tanto o mercado latino-americano como o brasileiro demonstram-se atrativos diante da expansão nos investimentos em infra-estrutura e obras civis”, diz ele. Com um faturamento global de US$ 7,4 bilhões, a empresa figura entre os maiores fabricantes do setor, em parte devido a sua forte atuação no mercado chinês, onde já detém cerca de 20% das vendas de escavadeiras hidráulicas. Na América Latina, sua participação nesse segmento de máquinas é de aproximadamente 7% e no Brasil, onde a empresa está presente desde 2005 com distribuidores locais, ela responde por algo em torno de 5% das escavadeiras vendidas. “Estamos nos estruturando para crescer mais e de forma consistente.” A empresa traz para o Brasil seis modelos de escavadeiras hidráulicas, de 14 t a 41 t, mas Kwon não descarta as oportunidades no mercado de mineração, segmento para o qual trabalha no desenvolvimento de máquinas de maior porte. Os equipamentos da marca são distribuídos no País pela Comingersoll e pela Renco.

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Acciona e o consórcio BRVias, formado por grupos brasileiros – como a construtora WTorre, a empresa Splice e a família Constantino, da companhia aérea Gol – arrematou o outro lote. Analistas avaliam que o sucesso do último leilão teria contribuído para o atual governo vencer suas resistências em prosseguir na concessão de rodovias, a ponto de dois trechos já estarem em formatação para futuras PPPs (Parcerias Público-Privadas): a BR-116 e a BR-324, ambas na Bahia. Em São Paulo, outros sete lotes estão sendo preparados pelo governo estadual para licitação, com destaque para o trecho Oeste do Rodoanel, as rodovias D. Pedro II, Marechal Rondon e o extremo Oeste da Raposo Tavares.

Sobratema completa coleção da M&T Com a doação realizada pelo associado Nelson on Costábile Barros, que disponibilizou para a Sobratema os primeiros exemplares de M&T, a associação conseguiu completar seu acervo histórico da revista. Costábile Barros, que trabalha na construtora Constran, é um profissional conhecido no setor de equipamentos de construção e participa das atividaes da Sobratema des desde esde sua fundao, em 1988. ção,


INOVADORAS. As novas Motoniveladoras Cat® Série-M mudarão a sua forma de operar graças a uma série de melhorias incomparáveis. A nova cabine oferece a maior visibilidade do setor e muito mais conforto. Dois controles eletrohidráulicos, do tipo joysticks, simplificam a operação da máquina, além de permitir que os seus operadores trabalhem durante mais tempo, com menos fadiga e terminem os trabalhos com rapidez. Comparados aos convencionais por alavancas, os controles por joystick reduzem em até 78% os movimentos das mãos e dos braços. As novas Motoniveladoras Cat Série-M incorporam outras melhorias: redução no tempo de manutenção do círculo e da lâmina, o exclusivo retorno automático da articulação e a opção do sistema Accugrade®, que pode aumentar a produtividade em até 50%. Visite seu Revendedor Caterpillar e conheça as vantagens das Novas Motoniveladoras Série-M . www.mg-mt.cat.com

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NOTAS

Gargalos nos projetos da Vale A carência de mão-de-obra especializada, a demora na obtenção de licenciamento ambiental e a dificuldade dos fabricantes de equipamentos em cumprir os prazos de entrega figuram entre os principais gargalos enfrentados pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) na implantação do seu programa de investimentos. Segundo o presidente da mineradora, Roger Agnelli, esses fatores, não necessariamente na ordem acima, estão contribuindo para

retardar o ritmo de implantação dos projetos da empresa, que totalizam US$ 59 bilhões em investimentos entre 2008 e 2012. “São as limitações físicas, e não as financeiras, que podem atrapalhar um pouco o planejamento”, diz Agnelli. Apenas em 2008, a CVRD deve aportar US$ 11 bilhões em projetos de expansão, o maior volume de recursos já destinado por uma mineradora num único ano, com ênfase na consolidação da sua liderança mundial no segmento de minério de ferro. Os planos da empresa são de chegar a 2012 produzindo 422 milhões t/ano desse minério, contra o atual volume de 300 milhões t/ano.

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Odebrecht investe em bioenergia A ETH Bioenergia, braço de agroenergia do grupo Odebrecht, anunciou investimentos de US$ 1,05 bilhão na construção de três usinas de açúcar e álcool em Goiás, das quais uma deve entrar em operação na safra 2009/2010 e as outras duas na temporada seguinte. Em conjunto, elas vão processar 15 milhões t de cana, com enfoque na produção de etanol, e serão dotadas de sistema de co-geração de energia a partir do bagaço dessa cana. A empresa estreou no setor sucroalcooleiro este ano, com a aquisição da Usina Alcídia, em Teodoro Sampaio (SP), e alguns meses depois anunciou a construção de uma segunda unidade, na região do Pontal do Paranapanema (SP). Notícias divulgadas na imprensa apontam que essas duas ações teriam exigido desembolsos de US$ 300 milhões. Mas os planos da Odebrecht para o setor são maiores e envolvem o aporte de US$ 5 bilhões, até 2015, para se consolidar entre os três maiores produtores de etanol do Brasil. Para isso, a empresa prevê a construção de, no mínimo, dez unidades produtoras. Profissionais com atuação nos demais ramos de atividade do grupo já estão sendo deslocados para a área de agroenergia. Com sua experiência em mercados competitivos como os de construção pesada e petroquímica, já se dissemina entre eles um novo paradigma em operações sucroalcooleiras: a de que a produção das usinas não pode ficar limitada ao período de safra e deve se estender ao longo de todo o ano com o desenvolvimento de novas tecnologias.

Toniollo, Busnello amplia frota de off-roads A Randon Veículos anunciou a venda de 10 caminhões fora-de-estrada modelo RK 430B para a construtora Toniollo, Busnello, numa negociação de aproximadamente R$ 6 milhões. Eles serão usados na obra da hidrelétrica de Monjolinho, em implantação no rio Passo Fundo, no município de Nonoai (RS). Projetada para uma capacidade de 67,14 MW, a usina pertence ao grupo Engevix, que contratou a empreiteira gaúcha para as obras subterrâneas e a céu aberto. Segundo estimativas da construtora, o projeto deve movimentar cerca de 1,3 milhão m³ de rochas, o que exigirá uma ampliação do seu parque de equipamentos para transporte de materiais. A Toniollo, Busnello já opera com nove caminhões off-road da marca, em atividades de mineração, e encontra justificativa para seus investimentos na forte demanda por obras de infra-estrutura, sua especialidade. Os modelos RK 430B, com capacidade de carga de 27 t e motor de 311 hp de potência, serão entregues até o final deste ano.



MERCADO

DEMANDA

SURPREENDE ATÉ OS MAIS OTIMISTAS Estudo inédito desenvolvido pela Sobratema, para quantificar o mercado brasileiro de equipamentos de construção e projetar sua expansão até 2012, constata tendência de crescimento contínuo do setor Por Haroldo Aguiar

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Que o mercado brasileiro de equipamentos para construção está aquecido, devido à forte expansão nos investimentos em infra-estrutura, em projetos de mineração, usinas de açúcar e álcool e agronegócios, todos sabem. As filas de espera para a entrega de máquinas e o desabastecimento de alguns componentes básicos usados na sua fabricação, como pneus de grande diâmetro, por exemplo, são problemas que exigem dos usuários um planejamento cada vez mais apurado na hora de adquirir novos equipamentos. O que poucos poderiam imaginar é que a expansão do setor atingisse a faixa de 46% em relação ao ano anterior, totalizando quase 54.000 equipamentos vendidos no País em 2007 e um volume de R$ 19,2 bilhões em negó-

cios. Os números fazem parte de um estudo desenvolvido pela Sobratema, com o objetivo de mapear, quantificar e projetar esse mercado até 2012. Segundo Afonso Mamede, presidente da Sobratema, existem algumas pesquisas do gênero no País, mas elas são incompletas por analisar a situação de forma parcial ou por não computar alguns dados relevantes. “Nossa intenção era a de considerar o conjunto do mercado como um todo, agregando a experiência dos usuários para que os fabricantes possam programar melhor as suas ações”, diz ele. Para isso, a associação montou um grupo de apoio, composto por especialistas em equipamentos de grandes construtoras, da mineradora Compa-


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

nhia Vale do Rio Doce (CVRD), de distribuidoras e locadoras, além de profissionais de empresas fornecedoras de componentes para máquinas. A Sobratema contratou ainda as consultorias Minimax, do jornalista britânico Brian Nicholson, e Insight Consultoria Econômica, do professor Rubens Sawaya, responsáveis pela condução da pesquisa e a tabulação dos resultados. Interpretando o setor A associação se impôs ainda o desafio de interpretar o mercado brasileiro de equipamentos para construção, levantando dados históricos sobre as vendas nas últimas décadas e projetando a demanda para os próximos cinco anos. Segundo Mamede, o estudo será atualizado e ampliado anualmente. Isso porque, nessa primeira totalização, ele computou 13 categorias de equipamentos, entre caminhões pesados rodoviários e máquinas da chamada “linha amarela”, como escavadeiras, tratores de esteiras, pás-carregadeiras, retroescavadeiras, caminhões fora-de-estrada, guindastes, compressores e outros. Devido à proposta do estudo, que é voltado à compreensão do mercado brasileiro, ele abrange especificamente o consumo dessas máquinas no

País, incluindo as importações e excluindo as exportações dos fabricantes instalados no Brasil. “O primeiro problema foi definir o que é esse mercado, pois muitos equipamentos de construção são usados em mineradoras e empresas agrícolas; em contrapartida, o setor consome máquinas tipicamente agrícolas, como tratores de rodas, e essas peculiaridades precisavam ser consideradas”, pondera Brian Nicholson, da Minimax. Por esse motivo, a pesquisa considerou parte das vendas de tratores agrícolas. O mesmo conceito foi aplicado no segmento de caminhões rodoviários pesados, que apesar de atenderem o mercado transportador de cargas, têm parte de sua produção direcionada para os canteiros de obras. Diante disso, a Sobratema optou por dois caminhos que pudessem, de fato, mensurar o tamanho do mercado e projetá-lo para os próximos cinco anos: a quantidade de unidades vendidas e o valor monetário envolvido. O levantamento das quantidades baseou-se em pesquisa junto a fabricantes de equipamentos, empresas consumidoras e fornecedores de componentes. Ele contemplou ainda uma análise da carteira de projetos em gestação ou em execução no momento,

COMPORTAMENTO DO MERCADO EM 2007 Equipamentos Vendas internas (1) Retroescavadeiras 3.267 Tratores de esteiras 410 Rolos compactadores 420 Escavadeiras hidráulicas 2.000 Escavadeiras de rodas 20 Pás-carregadeiras 2.660 Motoniveladoras 920 Caminhões fora-de-estrada 105 Caminhões rodoviários pesados 39.825 Tratores agrícolas 1.680 Guindastes 250 Guindastes torre 95 Compressores 1.200 Importações (3) 1.100 TOTAL 53.952 (1) (2) (3)

Crescimento (2) 6% 38% 22% 71% - 75% 60% 51% 50% 50% 50% 67% 217% 20% 45% 46%

Em unidades, considerando apenas o consumo interno (incluindo importações e excluindo exportações dos fabricantes instalados no Brasil). Crescimento em relação a 2006. Inclui equipamentos da “linha amarela” e minicarregadeiras.

Demanda sorprende hasta a los más optimistas Todos saben que el mercado de maquinaria para la construcción está registrando un crecimiento récord en el Brasil debido a la fuerte expansión de las inversiones en infraestructura, proyectos de minería, plantas productoras de azúcar y alcohol y de los agronegocios. Las listas de espera para la compra de máquinas o la falta de algunos componentes básicos usados en su fabricación, como neumáticos de grane diámetro, por ejemplo, son problemas que plantean una planificación cada vez más detallada a la hora de adquirir nuevos equipos. Muy pocos pudieron imaginarse que la expansión del sector llegaría a ser de unos 46% con relación al año anterior, registrando, en lo que va del 2007, un volumen de ventas de aproximadamente 54.000 equipos y de negocios del orden de los 19.200 millones de reales. Las cifras forman parte de un estudio desarrollado por Sobratema con el objetivo de elaborar un mapa, cuantificar y proyectar las variables del mercado hasta el 2012. Afonso Mamede, presidente de Sobratema, explica que hay disponibles algunos trabajos del género en el país, pero que son incompletos pues solo analizan la situación de forma parcial o no computan algunos datos relevantes. “Nuestro propósito es considerar los mercados de forma global, incluyendo la experiencia de los usuarios para que los fabricantes puedan programar mejor sus acciones”, dice. Para lograrlo, la asociación organizó un grupo de apoyo formado por expertos en equipos de las empresas constructoras más importantes del país, de la empresa minera Companhia Vale do Rio Doce y de empresas distribuidoras y arrendadoras, y profesionales de empresas proveedoras de partes y componentes para máquinas. Sobratema también contrató los servicios de consultoría de Minimax, del periodista británico Brian Nicholson, y de Insight Consultaría Económica, del profesor Rubens Sawaya, responsable de la conducción de la encuesta y tabulación de los resultados.

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MERCADO como as obras de infra-estrutura do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), os grandes projetos privados e os investimentos previstos em habitação popular e saneamento. Para estimar o valor total (monetário), o ponto de partida foi o PAIC (Pesquisa Anual da Indústria de Construção), do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), que ouviu 14.966 construtoras dentro de um universo de 105.459 empresas do setor, o que significa uma amostragem de 14,2% do mercado em análise. Como os dados do PAIC são de 2005, eles foram atualizados para 2007, o ano-base das projeções, por meio de vários indicadores anuais do setor. Projeções de crescimento Como resultado, a pesquisa aponta que o mercado brasileiro de equipamentos deve encerrar 2007 com vendas de 53.952 unidades, movimentando R$ 19,2 bilhões em negócios e com um crescimento de 46% em relação ao ano anterior. Em alguns segmentos, a expansão mostra-se ainda maior (veja quadro na pág. 11), como no caso dos

Crescimento médio do setor deve ser de 7,5% ao ano no período 2007/2012

guindastes torre (aumento de 217%) e das escavadeiras (71%), mas isso é compensado por segmentos que apresentaram menor crescimento, como as retroescavadeiras (6%). Em 2008, as previsões são de um crescimento de 13% em relação ao atual exercício, com vendas de 60.981 unidades. “Até o próximo ano temos um mapeamento preciso do mercado, baseado nos projetos que estão sendo lançados e que pautam as aquisições das construtoras para o início das obras”, afirma Nicholson. A partir desse ponto, a análise com-

A influência do setor público no mercado Enquanto as vendas de equipamentos para construção (azul claro) apresentam pouca correlação com a evolução do PIB da construção (linha amarela), há uma perceptível

relação com os investimentos do setor público (linha verde), em boa parte devido a sua influência sobre as decisões de investimentos do setor privado.

bina indicadores macroeconômicos e índices setoriais, como as projeções do Produto Interno Bruto (PIB), do PIB da construção, os investimentos do setor público, a produção mineral e agrícola, entre outros fatores. “Há de se considerar ainda os fatores políticos e outros atenuantes”, diz Nicholson. Como exemplo, ele afirma que, do ponto de vista econômico, as obras de infra-estrutura do PAC são plenamente factíveis e só podem deixar de ser implementadas por motivos alheios à capacidade de investimento, como questões políticas, ambientais ou de outra natureza. Analisando todas as variáveis, o estudo avalia que o ritmo de expansão do mercado brasileiro de equipamentos para construção deve diminuir a partir de 2008, mas vai permanecer numa rota estável de crescimento. A estimativa é de chegar a 2012 com vendas anuais de 77.523 unidades e um total de R$ 27,6 bilhões em negócios, totalizando uma média de crescimento de 7,5% ao ano no período 2007/2012. “Esse comportamento não representa uma bolha, mas a quebra de um ciclo histórico que vinculava o aquecimento desse mercado aos ciclos eleitorais a cada quatro anos. A situação mudou e o mercado deve continuar crescendo independentemente das eleições”, conclui Nicholson.

Sobratema: www.sobratema.org.br

12 | Setembro | 2007


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CAMINHÕES

Fedalto, da Volvo: atendendo desafio da Vale

MODELOS 10X4 ESTRÉIAM NO BRASIL

Novos caminhões, lançados pela Scania e Volvo, ampliam a capacidade de carga nas operações de transporte em mineração e construção pesada

14 | Setembro | 2007

Os fabricantes de caminhões rodoviários não têm o que reclamar de 2007. O aumento de 29% nas vendas e os prazos de até seis meses para atendimento aos pedidos traduzem a expansão dessa indústria num ano que promete entrar para sua história. Apesar de a demanda se mostrar aquecida em praticamente todos os segmentos de caminhões, devido aos investimentos dos transportadores de cargas na renovação ou ampliação da frota, os modelos pesados e extrapesados são os que apresentam maior crescimento nas vendas.

Modelos 10x4 estrenan en el Brasil Los fabricantes de camiones de carretera no tienen motivos de queja, el 2007 ha sido excelente. El aumento del 29% en las ventas y los plazos de aproximadamente seis meses para entregas de pedidos muestran que la expansión de la industria durante el año promete entrar en la historia. Aunque la demanda se mantiene a niveles récord en prácticamente todos los segmentos de camiones,



CAMINHÕES Dados da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apontam que eles já representam cerca de 35% da produção brasileira de caminhões e boa parte desse volume destina-se a aplicações fora-de-estrada, como construção pesada, mineradoras e usinas sucroalcooleiras. Esses setores, aliás, respondem por uma parcela significativa do crescimento nas vendas dos caminhões pesados e vêm recebendo uma atenção especial por parte dos fabricantes. Para suportar as severas condições de trabalho nos canteiros de obras, nas minas e canaviais, eles ganham versões cada vez mais robustas e com maior capacidade de carga. Quem visitou o 16º Salão Internacional do Transporte – Fenatran, realizado em São Paulo, em outubro, pôde constatar a importância dessa faixa de caminhões para os fabricantes, em especial os modelos rígidos basculantes com tração 6x4, 8x4 e os dois primeiros modelos 10x4 do mercado brasileiro. Entre os principais lançamentos apresentados pelas montadoras, eles ocuparam um lugar de destaque. Itens de reforço As apostas da Volvo, por exemplo, se concentraram no FM 480 10x4, o primeiro dessa categoria fabricado no

Brasil. Equipado com motor de 13 litros, que atinge 480 hp de potência e 2.400 Nm de torque, o caminhão tem 70 t de peso bruto (PBT) e transporta até 50 t de carga líquida. Desenvolvido a partir do modelo FM 8x4, ele ganhou mais um eixo traseiro e, para ampliar sua capacidade, conta com um chassi reforçado. Segundo Bernardo Fedalto Júnior, gerente da linha F de caminhões da Volvo, 104 unidades desse modelo foram adquiridas pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) para operação no complexo de minas de Mariana (MG), com entregas até fevereiro de 2008. “Eles nos desafiaram a desenvolver um caminhão que pudesse suportar 50 t e mostramos que isto era possível”, diz ele. Fedalto explica que o veículo é dotado de caixa de direção exclusiva para o terceiro eixo, acionada eletronicamente, e de suspensão pneumática com sensores de carga, para melhor rodagem em terrenos íngremes. “Seu sistema de freio-motor VEB (Volvo Engineering Braker) trabalha com dois dos quatro tempos do motor, conjugado a um dispositivo para controle de compressão no tempo de compressão, atingindo uma potência de frenagem de 500 hp.”

Randon apresenta novo modelo fora-de-estrada Enquanto as montadoras apostam em caminhões traçados cada vez mais robustos para competir com os tradicionais fora-de-estrada, a Randon reforça sua posição nesse segmento com um novo modelo de off-road. A fabricante compareceu à Fenatran com o caminhão RK 430M 4x2, equipado com motor eletrônico de 331 hp de potência e 1.343 Nm de torque, que realiza operações de basculamento em 8 segundos. O novo caminhão vem equipado com sistema de transmissão automática Allison 4500 ORS, tem capacidade nominal de carga de 30 t

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e tara 18 t. Segundo a fabricante, que afirma deter 60% do mercado de caminhões off-road dessa faixa em operação no País, o veículo se destaca ainda pela capacidade de operar em áreas estreitas, já que tem um raio de giro nominal de 7,3 m e de 8,5 m entre muros.

Camargo, da Scania: modelo desenvolvido para o mercado brasileiro

gracias a las inversiones que las empresas de transporte de cargas han realizado para renovar o ampliar las flotas, los modelos pesados y extra pesados son los que han alcanzado los niveles de ventas más elevados. Los datos de la Asociación Nacional de Fabricantes de Vehículos Automotores (Anfavea) demuestran que ellos ya representan casi el 35% de la producción brasileña de camiones, e indican que una gran parte de este volumen se destina a trabajos fuera de carretera de empresas de la construcción pesada y mineras y de las fábricas de azúcar y alcohol. Estos sectores han contribuido de manera significativa al crecimiento registrado en las ventas de camiones de peso superior a 30 toneladas y, por ese motivo, han merecido atención especial de los fabricantes. Para soportar las más severas condiciones de trabajo imperantes en obras, minas y cañaverales, los camiones son cada vez más robustos y con mayor capacidad de carga. Los visitantes que acudieron al 16º Salón Internacional del Transporte, Fena-


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Resposta da Scania A ênfase nos modelos 10x4 se deve a seu baixo custo operacional e de aquisição, em comparação aos tradicionais caminhões off-road, aliado à elevada disponibilidade de peças e de mão-de-obra para manutenção. “Com isso, os modelos rodoviários tornamse praticamente imbatíveis em determinadas aplicações de transporte em mineração e construção pesada, quando comparados aos fora-de-estrada”, diz ele. Mesmo argumento é usado pela Scania para o lançamento do caminhão R 10x4, que chega ao mercado simultaneamente ao modelo da Volvo. “Sua vantagem é que ele foi desenvolvido de acordo com as necessidades do usuário brasileiro”, enfatiza Emerson Camargo, diretor de Vendas de Veículos da Scania, pioneira no País na produção de caminhões 8x4 para uso em construção pesada e mineração.

tran, realizado en la ciudad de São Paulo, en octubre pasado, pudieron constatar la importancia que los fabricantes asignaron a estos tipos de camiones, en especial a los modelos rígidos de volteo con tracción 6x4 y, 8x4, y a los dos primeros modelos 10x4 del mercado brasileño. Entre los principales lanzamientos presentados por las montadoras, ellos ocuparon un lugar destacado. Volvo, por ejemplo, centró sus atenciones en el FM 480 10x4, el primero de la categoría fabricado en el Brasil. El camión, de 70 toneladas de peso bruto (PBT) y de 50 toneladas útiles de carga máxima, cuenta con un motor de 13 litros de cilindrada capaz de generar una potencia de 480 hp y un par motor de 2400 Nm. Este modelo fue desarrollado a partir del FM 8x4, pero, a fin de incrementar su capacidad, está equipado con dos ejes trasero y un chasis reforzado.


CAMINHÕES O novo modelo da empresa também evoluiu a partir dos traçados 8x4, com mais um eixo traseiro direcional, e tem 50 t de capacidade de carga líquida. Ele é equipado com motor de 470 hp de potência, freios ABS e sistema automatizado para troca de marchas, que elimina a interferência do motorista nessa operação. “Desenvolvemos uma solução voltada à maior produtividade e durabilidade em aplicações severas de transporte”, afirma Camargo. Como exemplo, ele explica que o caminhão dispõe de freio-motor Retarder como item de série, que permite desenvolver maiores velocidades em descidas de rampas acentuadas, mesmo com o veículo carregado, e de um sistema de travamento da suspensão durante o basculamento, para a total segurança da operação. Segundo Camargo, as primeiras unidades do caminhão estão sendo testadas em minas com rampas de até 40%, para comprovar seu desempenho aos clientes. Novo 8x4 Se os dois fabricantes de caminhões 8x4 do mercado brasileiro começam a disputar o segmento de veículos ainda mais pesados, com cinco eixos, eles também precisam se preparar para um novo concorrente em

Sirolli, da Mercedes: novo modelo já testado em vários países da América Latina

transporte de cargas nos canteiros de obras e frentes de mineração. Com o lançamento do Actros 4144 8x4, a Mercedes-Benz estréia nesse mercado com a expectativa de conquistar uma parcela dos clientes. “Esse modelo já é usado em muitas obras pesadas e mineradoras da América Latina e chega ao Brasil por solicitação de alguns usuários”, diz Eustáquio Sirolli, gerente de Marketing de Produto Caminhão da Mercedes-Benz. Equipado com motor de seis cilindros em V, que atinge potência de 435 hp (a 1.800 rpm) e torque de 214 kgf (a 1.080 rpm), ele tem 48 t de peso bruto (PBT) e capacidade para transportar até 20 m³ de materiais. Entre suas características, Sirolli ressalta que o cami-

Demanda aquecida impulsiona a Fenatran A pressão de demanda enfrentada por construtoras, mineradoras e empresas agrícolas, que precisarão ampliar ou renovar suas frotas para atender os contratos firmados

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no mercado, contribuiu para o sucesso do 16º Salão Internacional do Transporte – Fenatran, realizado em outubro, em São Paulo. A avaliação é de Evaristo Nascimento, diretor geral da feira, que aponta um crescimento de 15% no número de expositores presentes ao evento. “Trata-se de um momento para se estabelecer contatos e avaliar as inovações tecnológicas desenvolvidas pelos fabricantes”, ele afirma. Em sua última edição, a Fenatran reuniu 353 expositores, dos quais 49 estrangeiros, que atraíram a visita de mais de 46 mil profissionais do setor, provenientes do Brasil e de mais de 30 países.

nhão vem equipado com freio-motor Retarder, freio ABS e seu câmbio semi-automatizado permite engates de marcha mais rápidos, suaves e precisos, facilitando o trabalho do motorista. O Actros 4144 também dispõe de eletrônica embarcada para monitoramento das operações, telemetria e diagnóstico de falhas, além de um sistema que controla a tração do caminhão mesmo em situações de pouca aderência do solo. “Estamos apresentando esse modelo agora, mas sua comercialização no mercado começa a partir de fevereiro de 2008”, diz o executivo. No segmento 6x4, a novidade vem da Volkswagen Caminhões que, com o sucesso do Constellation 31.320, de 30,5 t de PBT e 320 hp de potência, lançou um modelo ainda mais robusto: o Constellation 31.370. O novo veículo conta com motor de 370 hp de potência, sistema de transmissão ZF com 16 marchas e capacidade para até 14 m³ de carga. Segundo Rogério Costa, supervisor de Marketing de Produto Caminhões da montadora, ele está sendo lançado com foco nos mercados de construção pesada, mineração e usinas de açúcar e álcool.

Mercedes-Benz: www.mercedes-benz.com.br Scania: www.scania.com.br Volkswagen Caminhões: www.vwcaminhoes.com.br Volvo: www.volvo.com/trucks/brazil-market/pt-br Randon: www.randon.com.br Fenatran: www.fenatran.com.br


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ABRIR VALAS FICOU CARO Decreto-Lei que coíbe a abertura de valas em São Paulo impulsiona a tecnologia não-destrutiva em obras urbanas de instalação de redes. E a demanda por equipamentos de perfuração direcional e de microtúnel tende a aumentar Por Rodrigo Conceição Santos

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Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP), cerca de dez anos atrás, já alertava especialistas do setor e autoridades municipais sobre o impacto de uma obra no trânsito da cidade e na qualidade de vida de seus cidadãos. Apresentado durante o Congresso Internacional de Túneis, organizado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em 1998, ele apontava que os gastos com saúde pública, devido ao estresse provocado pelo trânsito urbano, correspondiam a US$ 0,40 por litro adicional de combustível consumido. Segundo o levantamento, esse seria o “custo invisível” de uma obra que interfere no tráfego de veículos, sem contar os demais transtornos provocados à população.

Fotos: Herrenknecht

MÉTODO NÃO-DESTRUTIVO


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Fotos: Herrenknecht

Apesar desse alerta, pouco se fez para racionalizar a instalação de redes de água, esgoto, gás, energia e telecomunicações em ambientes urbanos, já que o uso de método não-destrutivo (MND) sempre representou um custo adicional em projetos desse tipo. A partir de janeiro de 2006, entretanto, a situação começou a mudar com a publicação do Decreto-Lei 46.921, sancionado pelo então prefeito de São Paulo, José Serra, que estabeleceu critérios para a execução de obras de infra-estrutura em vias públicas da cidade. Seguindo o exemplo de países industrializados, o Decreto estipula, entre outras resoluções voltadas à melhoria do trânsito, que qualquer vala aberta em vias de São Paulo, asfaltadas há menos de um ano, implicará o recapeamento de toda a faixa danificada, bem como a recuperação da quadra correspondente à mesma faixa. Resumindo, abrir valas na maior metrópole do País ficou caro. Como o preço das perfuratrizes direcionais horizontais (HDD – Horizontal Directional Drilling) reduziu muito nos últimos anos, inclusive com a entrada de modelos chineses no mercado brasileiro, os especialistas do setor prevêem uma maior demanda por obras com tecnologia MND. Além disso, fabricantes europeus e norteamericanos têm desenvolvido equipamentos capazes de perfurar praticamente todo tipo de solo e rocha.

Pipe-jacking permite instalar redes com declives de 0,5 mm/m

Tecnologia chinesa Entre os que apostam na tecnologia chinesa está a TDS Travessia Direcional, especializada na execução desse tipo de serviço. A empresa atende várias concessionárias de gás com um parque de sete HDDs, entre 4 t e 25 t de força de puxamento, dos quais os dois maiores foram adquiridos da chinesa Drillto Trench-

Abrir zanjas cuesta caro Un estudio realizado, hace unos diez años, por la Universidad de São Paulo (USP) ya alertaba a los expertos del sector y a las autoridades municipales sobre el impacto que una obra de apertura de zanjas tiene en el tránsito de la ciudad y la calidad de vida de sus ciudadanos. Presentado durante el Congreso Internacional de Túneles, organizado en 1998 por el Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), este trabajo demostró que los gastos en salud pública, debido al estrés provocado por el tránsito urbano, correspondían a 0,40 de dólar por litro adicional de combustible consumido. A pesar de esta alerta, se hizo muy poco para racionalizar el tendido de redes de aguas potables y servidas, gas, energía y telecomunicaciones en las zonas urbanas, ya que la aplicación del método no destructivo (MND) siempre fue vista como un costo adicional en este tipo de proyectos. A partir de enero del 2006, sin embargo, la situación ha comenzado a cambiar para dar cumplimiento a las disposiciones del Decreto Ley Nº 46°921, sancionado por José Serra, alcalde de São Paulo en aquel momento, que estableció los criterios para la eje cución de obras de infraestructura en las vías públicas de la ciudad. Siguiendo el ejemplo de los países industrializados, el Decreto establece, entre otras cuestiones relativas al mejoramiento del tráfico, que al abrirse una zanja en una vía de São Paulo asfaltada hace menos de un año es obligatorio restaurarla completamente después de terminada la obra. Resumiendo, abrir zanjas en la metrópolis más grande del Brasil cuesta caro. Como el precio de los equipos de perforación horizontal dirigida (HDD) ha bajado considerable mente durante los últimos anos, debido inclusive a la entrada de

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MÉTODO NÃO-DESTRUTIVO less. Segundo Octavio Burlamaqui Reis, diretor Comercial da TDS, a experiência no uso dessas máquinas levou a empresa a abrir uma divisão para sua venda no Brasil e o primeiro cliente foi a Mapsolo, que adquiriu um equipamento de 85 t. “Com os investimentos previstos pela Petrobrás e pela mineradora MMX, o mercado vai demandar muitos equipamentos na faixa de 25 t e isso faz com que essas unidades chinesas, cujos preços são 65% menores do que as similares européias e americanas, comecem a compor o parque brasileiro de máquinas para perfuração direcional”, avalia Reis. Ele explica que a Drillto é a maior fabricante de HDDs da China, com uma produção anual de 250 unidades, em modelos que vão de 5 a 150 t. De acordo com o executivo, o modelo de maior capacidade, o ZT 150, executa furos de até 1.500 m de dis-

tância e 24” de diâmetro, dependendo do tipo de solo. Ele salienta que os equipamentos de até 35 t contam com dispositivo de alimentação automática das hastes e os maiores empregam sistema manual, com auxílio de guindaste montado junto à unidade de perfuração. A produção diária, obviamente, depende do tipo de solo, do diâmetro e da extensão do furo, mas Reis ressalta a tendência de uso dos equipamentos maiores, como forma de se otimizar a perfuração diante das adversidades impostas pelo terreno. “O preço dessas máquinas é muito competitivo, pois um modelo de 25 t, por exemplo, custa cerca de US$ 220 mil.” Nessa configuração, ele explica que o HDD vem equipado com motor Cummins de 170 hp e com 300 m de hastes, além de alargadores de 700 mm, de várias ferramentas de perfuração, esteiras com sapatas de borracha e dois tanques para mistu-

modelos chinos al mercado brasile ño, los especialistas del sector pre vén una demanda en alza de obras con MND. Además, las empresas europeas y estadounidenses han desarrollado equipos capaces de perforar prácticamente todo tipo de suelo y roca. Comgás, empresa distribuidora de gas natural en parte del estado de São Paulo, está promoviendo la instalación de redes usando el MND porque ya sabe que es el que pre senta la mejor relación costo bene ficio. La empresa, que está llevando adelante el proyecto Red Integrada de Aceras (RIC, sigla en portugués) a través del cual traslada al paseo público las conexiones residenciales y comerciales antes instaladas en las calzadas, usa, en más del 90% de los trabajos, equipos de perforación horizontal dirigida. Además de evitar interferencias en el tránsito de vehículos y pea-

Tecnologia facilita obras de emissários Uma nova demanda da sociedade, voltada à despoluição de baías com alta concentração populacional em seu entorno, deve impulsionar o mercado de equipamentos para obras de micro-túneis: a construção de emissários submarinos. “Além das questões relacionadas ao meioambiente e à qualidade de vida, a busca pela dessalinização das águas marítimas exigirá a instalação de emissários em diversos locais do mundo”, diz Jonny Altstadt, diretor geral da Asserc, que distribui várias linhas de equipamentos no Brasil, incluindo a tecnologia da alemã Herrenknecht para obras por MND. No Brasil, duas obras estão prestes a deslanchar, em Salvador (BA) e Santos (SP), com foco na despoluição. Nesses casos, a execução de emissários por meio de micro-túnel, de acordo com Altstadt, evita prejuízos às praias com a passagem de ilhas flutuantes. Além disso, esse sistema mantém a tubulação protegida das correntes marítimas, pois ela fica enterrada por cerca de 500 m. “Esse tipo de tubulação precisa estar bem enterrada, principalmente nas praias, onde geralmente a maré é mais forte”, ele complementa. O equipamento indicado para o serviço, segundo Altstadt, é o shield modelo AVN, da faixa de 250 mm a 3.000 mm de diâmetro, que atinge 600 kW de potência e 4.450 t de força de empuxo nas tarefas de perfuração e cravação

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dos dutos de concreto. Ele é indicado para solos de alta permeabilidade, de granulometria mais grossa, cascalhos ou rochas. Após instalar os tubos de concreto na praia, a linha é coberta com polietileno, para resistir à corrosão provocada pelas águas do mar. Em seguida, a obra do emissário prossegue por cerca de 2 a 3 km pelo mar. “Os dutos precisam atingir um ponto distante do mar, onde ocorre a inversão das marés, para que o material despejado siga em direção ao oceano, em vez de voltar para a orla marítima”, diz Altstadt.

Instalação do mini-shield para perfuração sob o mar


Foto: TDS

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

O tipo de tubo a ser lançado, seu diâmetro e comprimento determinam a potência necessária ao HDD

ra de lama, dotados de motorização própria de 16 hp cada um. A produção de lama, nesses casos, contribui para a contenção das paredes do furo e para a limpeza da ferramenta de perfuração, possibilitando melhor desempenho no serviço. Aposta no MND A Comgás, distribuidora de gás natural com atuação em boa parte de São Paulo, incluindo a capital e cidades de entorno, o litoral, o Vale

do Paraíba e as regiões Central e Nordeste do Estado, já figura entre os contratantes que se convenceram da melhor relação custo/benefício na instalação de redes por MND. No caso do projeto Rede Integrada de Calçadas (RIC) em implantação pela empresa, que transfere para o passeio público as ligações residenciais e comerciais, antes instaladas nas ruas, mais de 90% dos serviços estão sendo realizados por equipamentos de perfuração direcional.

tones, e inconvenientes a los comerciantes causados por las obras de zanjeo en los paseos públicos, la tecnología permite lograr mayor productividad y reducción de costos. “En cierta oportunidad, cuando estábamos haciendo un trabajo de zanjeo, tuvimos que romper una acera recubierta con un material importado que solo pudimos arre glar después de importarlo de Italia, lo que provocó muchos inconvenientes y gastos innecesarios”, explica Carlos do Amaral Coutinho Bratfisch, ingeniero de Comgás. Al igual que las conexiones pre vistas en el proyecto RIC, la capilarización de las redes de gas de las concesionarias emplea tuberías de polietileno de alta densidad (PEAD), en general de diámetros pequeños, lo que posibilita el uso de HDD de menor tamaño. Esta característica, combinada a la peque -


MÉTODO NÃO-DESTRUTIVO Além de evitar interferência no trânsito de veículos, de poupar pedestres e comerciantes dos inconvenientes ocasionados por uma vala aberta nos passeios públicos, a tecnologia possibilita maior produtividade e menores custos para a obra. “Certa vez, quando realizávamos o serviço pelo sistema de abertura de valas, quebramos uma calçada revestida com piso importado e só conseguimos recompor esse trecho após trazer o material da Itália, o que representou aborrecimentos e gastos desnecessários”, lembra Carlos do Amaral Coutinho Bratfisch, engenheiro master da Comgás. Assim como nas ligações previstas no projeto RIC, que contempla bairros de São Paulo, Campinas, Santos, Piracicaba e Jundiaí, a capilarização das redes de gás das concessionárias emprega dutos de polietileno de alta densidade (PEAD), em geral de pequenos diâmetros, o que possibilita o uso de HDDs de menor porte. Essa característica, somada à pequena extensão desses trechos e à baixa profundidade na qual os tubos são lançados, contribui para reduzir o custo do MND diante do tradicional método destrutivo. No caso do RIC, por exemplo, os dutos de PEAD são assentados em distâncias máximas de 100 m e profundidades entre 0,60 m e 2,0 m. Como funciona Segundo Paulo Dequech, diretor da Sondeq, que distribui no Brasil os HDDs produzidos pela alemã TractoTechnik, um equipamento com 4,4 t de capacidade de puxamento pode instalar dutos de PEAD de 40 a 125 mm de diâmetro. “Essa especificação atende 95% dos projetos de redes de gás no Brasil”, ele pondera. Como exemplo, o executivo cita o modelo Grundodrill 4X, usado por várias empreiteiras do setor em obras de expansão de rede da Comgás. “Trata-se de um equipamento voltado para a instalação de redes urbanas, onde os solos são mais argilosos, que atinge uma velocidade de avanço de

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100 m a 150 m por dia.” Além desse equipamento, sua empresa comercializa outros modelos de maior capacidade da marca alemã, incluindo as linhas Grundodrill, Grundojet, Grundoram (para cravação de tubos de aço com até 4 m de diâmetro) e Grundoburst (que pode ser usado na substituição de redes de ferro-fundido por dutos de PEAD). Para lançar uma nova linha de tubulações, os HDDs realizam um furo-piloto até o ponto desejado e, ao atingir a outra extremidade da superfície, permitem substituir a ferramenta de perfuração – instalada na ponta da haste – por um alargador, que volta ampliando o diâmetro do furo. A operação pode se repetir quantas vezes forem necessárias para o alargamento do furo e, em sua última etapa, o duto a ser lançado é fixado atrás do alargador, de forma a permitir sua instalação final. Por esse motivo, a força de puxamento (pullback) determina a capacidade de operação do equipamento e deve ser analisada em função do diâmetro do furo, de sua extensão e do tipo de duto a ser lançado (PEAD, aço etc.). Cuidados necessários Nessa operação, os ângulos de embocadura e de saída são funda-

ña extensión de los tramos y la baja profundidad a la que se tienden los tubos, contribuye a reducir el costo del MND frente al destructivo tradicional. En zonas urbanas, también se aplica otro método no destructivo para el tendido de redes de aguas potables y servidas, que usa máquinas tuneleras de pequeño diámetro. A diferencia de lo que sucede con un equipo HDD, que permite que el operador contro le la trayectoria del conducto, la máquina tunelera de pequeño diámetro avanza apenas en línea recta, por lo que es necesario excavar un pozo en cada una de las extre midades de la trayectoria para su montaje, operación y desmontaje. Como contrapartida, permite ob tener una nivelación del conducto de alta precisión, algo fundamental en redes que trabajan por gravedad. “La perforación horizontal dirigida todavía no atiende esa necesidad, pues no consigue obtener declives del orden de 0,5 mm por metro, como se recomienda en las obras de redes de aguas pluviales y servidas”, dice Renato Alessandri Júnior, gerente de Pro yectos de la empresa Construtora Passarelli, especializada en obras de saneamiento.

Ângulo de embocadura e correta dosagem de lama contribuem para o sucesso da perfuração



MÉTODO NÃO-DESTRUTIVO

Foto: Megadrill

Travessia evita impacto em área de preservação ambiental Uma travessia sob o rio Piraquê-Açu e uma área de mangue no Espírito Santo, realizada com a tecnologia de perfuração direcional, está sendo comemorada pela Megadrill South America como um divisor de águas em projetos de gasodutos no Brasil. Contratada pela Petrobras, a empresa realizou o serviço em regime turnkey, na obra do gasoduto Cacimbas-Vitória, incluindo o estudo geológico e o mapeamento do solo, a perfuração propriamente dita, a soldagem dos dutos e a inspeção dos pontos de solda. “Já realizamos travessias mais longas, mas essa se destaca pelo fato de atravessar uma rocha extremamente dura”, comenta Jefferson Rodrigues, diretor da Megadrill. Com 1.023 m de extensão, dos quais 800 m perfurados em rocha de alta dureza, a travessia teve por objetivo a instalação de um tubo de aço-carbono de 26” e de outro duto de 4”, para lançamento de fibra óptica, com alargamento de 38”. Segundo Rodrigues, ela passa 40 m abaixo do leito do rio e atravessa um granito altamente abrasivo, devido ao elevado teor de quartzo, numa região de reserva indígena e de preservação ambiental, o que exigiu cuidados adicionais. “O simples fato de a Petrobras contratar o serviço diretamente e não por meio das empresas responsáveis pela obra do gasoduto demonstra o grau de importância dado ao projeto.” Para ele, a postura adotada pela estatal contribui para a valorização do serviço de MND, já que uma obra pode atrasar pelo simples fato de uma travessia ter sido colocada em segundo plano. No caso do projeto em questão, a Megadrill consumiu dez meses para a execução do serviço e mobilizou cerca de 50 profissionais, incluindo as equipes de sondagem, de perfuração, soldagem, segurança e outras. “A perfuração em rocha avançou a uma velocidade de 20 m/dia, mas ficamos responsáveis por toda a documentação e só a campanha geológica envolveu sondagens a percussão, rotativas, eletroresistivas e por georadar”, complementa Rodrigues. Atuando no mercado desde 2002, com enfoque em perfurações de grande diâmetro, a empresa pertence ao grupo Ponte di Ferro – que também controla a Flowtex, especializada em furos de menor porte – e opera com uma HDD de 120 t e outra de 300 t de força de puxamento. No caso dessa última, por exemplo, o transporte de todo o equipamento chega a empregar 10 carretas, incluindo a unidade motriz, misturador e reciclador de lama. Apenas a unidade de perfuração pesa 44 t e tem 27 m de comprimento por 4 m de largura, o que demonstra a logística envolvida na mobilização de um HDD desse porte. Com 16 travessias não-destrutivas de grande porte já realizadas desde 2003, incluindo uma linha de 800 m de extensão e 20” de diâmetro sob o canal do porto de Santos, para a instalação do sistema de abastecimento de água Santos/Guarujá, a Megadrill aposta nesse portfólio como um diferencial. “Certamente haverá uma forte demanda por esse tipo de serviço e procuramos nos destacar pela nossa especialização em serviços de difícil execução, como furos de grande diâmetro em rocha”, conclui Rodrigues. Travessia sob mangue: sem impacto ao meio ambiente

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mentais para a eficácia do serviço. Por meio de sinais emitidos pela ferramenta de perfuração, um funcionário acompanha na superfície o avanço do furo em um instrumento portátil de navegação, identificando eventuais desvios e alertando o operador. A dosagem de lama também é fundamental, de forma a permitir a contenção das paredes – principalmente no caso de solos arenosos – e a limpeza dos bits. “O mais complicado é quando o furo ocorre em rocha fraturada, onde há o risco de perda do fluído”, alerta Jefferson Rodrigues, diretor da Megadrill South America, empresa especializada em perfurações direcionais de grande diâmetro. Como esse tipo de serviço envolve grandes volumes de fluído, perdas desse tipo podem representar custos adicionais, sem contar o prejuízo ocasionado pelo maior desgaste da ferramenta de corte. Rodrigues ressalta ainda os cuidados necessários em um dos pontos que ele considera cruciais em perfuração direcional: os possíveis desvios na transição de um maciço rochoso para a camada de solo. Para evitar desvios decorrentes da diferença de resistência que cada tipo de material oferece à perfuração, o executivo explica que a experiência do operador é fundamental. “Ele precisa ser um profissional treinado e que entenda conceitos como pressão, torque e unidades de força.” A segurança é outro fator importante a se considerar em serviços de perfuração direcional, já que os tubos não podem ser puxados com força superior aos limites estabelecidos pelos seus fabricantes. Por esse motivo, Paulo Dequech, da Sondeq, explica que eles sempre são inspecionados após sua instalação para identificar eventuais danos. “Se houver, abandonamos aquele duto e lançamos outro”. Vantagem dos mini-shields Outro método não-destrutivo usado em ambiente urbano, que empre-


ga shields de pequeno diâmetro para a instalação das redes, encontra larga aplicação em obras de água e esgoto. Diferentemente do HDD, cujo traçado do furo pode ser controlado pelo operador, o equipamento em questão – o mini-shield – avança apenas em linha reta, o que requer a escavação de um poço em cada extremidade do trajeto para sua montagem, operação e desmobilização. Em contrapartida, os equipamentos atingem elevada precisão no nivelamento do furo, algo fundamental para redes que operam por gravidade. Segundo Renato Alessandri Júnior, gerente de Projetos da Construtora Passarelli, especializada em obras de saneamento, essas redes são projetadas com um ligeiro declive, para o transporte de água e esgoto, algo desnecessário nas linhas de gás natural, de cabos de energia ou de fibras ópticas. “A perfuração

Foto: Sondeq

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Equipamentos instalam redes sem interferir no tráfego urbano


MÉTODO NÃO-DESTRUTIVO direcional ainda não atende essa necessidade, pois não consegue atingir declives na ordem de 0,5 mm por metro, como é o recomendado em obras de esgoto”, ele explica. Por outro lado, os mini-shields permitem construir até 40 km de rede com essa faixa de declive e são dotados de sistemas para corrigir eventuais desvios. “Os equipamentos que usamos têm um clinômetro de precisão, que dá a correta localização da ponta da máquina e elimina erro de inclinação na rede.” Além disso, Alessandri salienta que um microfone é instalado na frente do mini-shield, para captar o som da cortadeira. Um pistão de gravação também é acoplado ao sistema e permite a intervenção direta do operador na rotação da cortadeira, dependendo do tipo de solo encontrado. Controlados por eletrônica embarcada, esses equipamentos contam ainda com um software que gera relatórios sobre todas as etapas do processo. Em visita a um canteiro da Passarelli, a M&T constatou o nível de precisão. Por meio de um painel, o operador acompanhava parâmetros de velocidade de avanço, vazão das bombas e outras informações. Na obra em ques-

tão, um coletor-tronco em construção no bairro Aricanduva, na zona Leste de São Paulo, que integra o Programa de Despoluição do rio Tietê, o sistema utilizado é o pipe-jacking, no qual o shield executa o furo e instala as aduelas de concreto. Nesse caso, o equipamento estava avançando a uma velocidade de 5 cm/min. Na superfície, uma rua estreita com cerca de 5 m de largura, nenhum vestígio da obra exigia o desvio de tráfego ou impunha transtornos à população. Para operar dessa maneira, o mini-shield conta com uma bomba para recolher a lama da caixa de decantação e injetála na ponta da cortadeira, de forma a conter as paredes do túnel e lubrificar as ferramentas de perfuração. “Outra mangueira faz o caminho inverso, reabsorvendo a lama usada e devolvendo-a para a caixa de decantação”, explica Alessandri. Essa caixa de decantação é posicionada em cascata, com três tanques para separação do material sólido absorvido, e devolve somente a lama para bombeamento.

Mini-shield instala redes de saneamento em São Paulo

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Produtividade na obra Esse sistema vem sendo adotado num trecho de 10 km de redes, integrante dos 33 km em construção pela Passarelli para o Programa de Despoluição do rio Tietê. O restante está sendo feito pelo sistema convencional de abertura de valas. “Para saber quais áreas deveriam ser feitas por MND e quais adotariam o processo destrutivo, avaliamos o tipo de solo e a profundidade da rede a ser instalada”, afirma Alessandri. Segundo ele, na instalação de tubulações com mais de 3,5 m de profundidade, o mini-shield sempre é a melhor opção, pois nesses casos a abertura de vala representa um custo excessivo com mão-de-obra e movimentação de materiais. A ocorrência de material rochoso também impediu o uso do equipamento em trechos da obra, principalmente nos bairros Água Rasa e Cangaíba. Para executar esse serviço, contratado pela Sabesp – a concessionária de saneamento do Estado de São Paulo – a construtora opera com cinco mini-shields fornecidos pela japonesa Iseki, com capacidade para a instalação de túneis de 500 mm a 1.000 mm de diâmetro (tubo cravado). De acordo com o engenheiro, a empresa já instalou cerca de 70% das redes a serem construídas por MND e a produtividade nesses trechos mostrou-se superior à das áreas que empregam o tradicional método destrutivo, onde o avanço se situa em torno de 50%.


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

“Esse ganho de produtividade torna-se ainda maior nas regiões onde encontramos areia saturada, que demandam um tempo para o tratamento desse solo antes da abertura das valas”. Segundo ele, a Sabesp autorizou a execução da obra em etapas, começando com a instalação dos dutos de maior diâmetro, que correspondem aos troncos principais da rede. Com isso, o projeto de despoluição pôde ser implantado também em fases, ao se

direcionar os pequenos córregos da região para as estações de tratamento, antes do lançamento de suas águas ao Tietê. Além disso, a rede a ser construída contempla 2,6 mil ligações domiciliares, eliminando o deságüe de esgoto diretamente no rio Aricanduva e seus afluentes. Jonny Altstadt, diretor geral da Asserc, que distribui no Brasil os mini-shields da alemã Herrenknecht, explica que os equipamentos da marca são fornecidos em vá-

rios modelos para diferentes demandas de micro-túnel. “Temos desde aqueles com furo piloto e rosca sem-fim, para perfurações de pequeno diâmetro, até os que executam furos a partir de 1.500 mm, em solo de baixa permeabilidade, granulometria fina e rocha.” Além disso, Altstadt cita ainda o MHSM, um shield de frente aberta com escavadeira ou fresa, para solos sem presença de água, e os modelos AVN, que operam com lama e são indicados para solos de alta permeabilidade, de granulometria maior, cascalhos e rochas (veja box na página 22).

Asserc: www.asserc.com.br Comgás: www.comgas.com.br Construtora Passarelli: www.passarelli.com.br Megadrill: www.megadrill-southamerica.com.br Sondeq: www.sondeq.com.br TDS Travessia Direcional: www.tds-servicos.com.br

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ANUÁRIO DE EQUIPAMENTOS

Coquetel de lançamento do anuário e, no destaque, Brian Nicholson apresenta o estudo do mercado

USUÁRIOS GANHAM NOVA FERRAMENTA DE CONSULTA Com o lançamento do “Anuário Brasileiro de Equipamentos para Construção” e de um estudo sobre a demanda dessas máquinas, a Sobratema amplia acesso às informações do setor Mais de 160 profissionais do setor marcaram presença no evento organizado pela Sobratema, em São Paulo, para o lançamento do “Anuário Brasileiro de Equipamentos para Construção” e a apresentação de um estudo inédito sobre a demanda dessas máquinas no mercado nacional. Desenvolvidos pela entidade, os dois projetos representam um esforço na democratização de informações úteis ao trabalho de profissionais que lidam diariamente com frotas de equipamentos no canteiro de obras,

30 | Setembro | 2007

conforme explica Afonso Mamede, presidente da Sobratema. O anuário de equipamentos, cuja produção ficou a cargo da equipe da revista M&T, abrange máquinas usadas em serviços de escavação, carregamento e transporte, em um total de 119 modelos de escavadeiras, pás-carregadeiras, tratores de esteiras, retroescavadeiras, motoniveladoras, caminhões fora-deestrada e caminhões articulados, além de 22 modelos de caminhões rodoviários 6x4 e 8x4. Ele traz informações sobre todas as máquinas vendidas no mercado brasileiro, de fabricação local ou importadas, dentro de uma faixa operacional pré-estabelecida pelo Conselho Editorial da M&T. Para isso, sua confecção se baseou em questionários enviados a todos os fabricantes ou importadores dos equipamentos, de forma a unificar dados sobre especificações técnicas, dimen-

Usuarios disponen de una nueva herramienta de consulta Más de 160 profesionales vinculados al sector asistieron al evento organizado por Sobratema, en la ciudad de São Paulo, para el lanzamiento del “Anuario brasileño de equipos para la construcción” y la presentación de un estudio inédito sobre la demanda de estas máquinas en el mercado nacional. Los dos proyectos, desarrollado por la entidad, representan un esfuerzo a favor de la democratización de la información útil para los profesionales que trabajan diariamente con flotas de equipos en obras. El anuario incluye información actualizada sobre equipos usados en


MANUTENÇÃO&TECNOLOGIA

ANUÁRIO BR

ASILEIRO DE RA

ANUÁRIO BRASILEIR

OS PA EQUIPAMENTUÇÃO caso das escavadeiras, por sões, aspectos operacioCONSTR exemplo, que compreennais, de desempenho e dem modelos entre 13 t e manutenção das famílias 45 t de peso, a próxima de máquinas analisadas. edição deverá contem“Os usuários têm a sua plar uma faixa operaciodisposição um leque cada nal ainda maior. vez maior de opções e nosO estudo sobre o so objetivo é justamente o mercado brasileiro de de oferecer uma fonte de equipamentos de consconsulta confiável e rápida para ajudá-los na tomada de deci- trução, também desenvolvido pela Sobratema, ficou sob responsabilidade são”, diz Mamede. Segundo ele, a intenção não é a de de consultorias terceirizadas e sintetiza substituir a literatura técnica fornecida não apenas o consumo dessas máquipelos fabricantes, mas a de prover uma nas, mas também uma projeção sobre ferramenta de consulta na qual as in- sua demanda nos próximos cinco anos formações estejam catalogadas de forma (veja matéria na página 10). Para isso, sistemática, com unidades de medidas ele se baseia em trabalhos já existenpadronizadas. O anuário de equipamen- tes, como os dados do PAIC (Pesquisa tos está disponível para venda aos inte- Anual da Indústria da Construção), ressados e, segundo Mamede, sua pró- do Instituto Brasileiro de Geografia xima edição, prevista para 2008, deverá Estatística (IBGE), que foram revistos incorporar novas famílias de máquinas e atualizados com base em consultas e ampliação nas faixas analisadas. No junto grandes empresas de construção O DE EQUIPAME

PORTE - CARGA - TRANS (ESCAVAÇÃO 2007 - 2008

)

NTOS PARA CONSTRUÇ

ÃO (ESCAVAÇÃ

O - CARGA -

TRANSPORTE)

2007 - 2008

los trabajos de excavación, carga y transporte, un total de 119 modelos de excavadoras, palas cargadoras, tractores sobre orugas, retroexcavadoras, motoniveladoras, camiones fuera de carretera y camiones articulados, y de 22 modelos de camiones de carretera 6x4 y 8x4. Ofrece, además, información sobre todas las máquinas vendidas en el mercado brasileño, fabricadas en el país o importadas. Durante el evento, el vicepresidente de Sobratema, Ivan Montenegro, de la Gerencia General de Ingenie ría y Proyecto de la empresa CVRD (Companhia Vale do Rio Doce) lanzó el libro “Excelencia Operacional: el desafío del mejoramiento continuado”, también editado por Sobratema. Tanto el “Anuario” como el libro “Excelencia operacional” están disponibles para venta en Sobratema.

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ANUÁRIO DE EQUIPAMENTOS

da  O Desafio OPERACIONAL EXCELÊNCIA

do País, de mineradoras, locadoras de equipamentos e fornecedores de componentes para máquinas. Assim como o “Anuário Brasileiro de Equipamentos para Construção”, esse estudo será atualizado anualmente e representa uma contribuição da Sobratema para o melhor entendimento do setor. Durante o evento, que se realizou em outubro, o vice-presidente da Sobratema, Ivan Montenegro, da Gerência Geral de Engenharia e Projetos da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), lançou o livro “Excelência Operacional: o Desafio da Melhoria Contínua”. A obra, também editada pela Sobratema, traduz a experiência de Ivan na imexp plantação de programas pla EXCELÊNCIA L NA OPERACIO de excelência operacional na CVRD. Para ele, o conceito de “excelência” co deve de ser tratado de forma sistêmica e permanente. si Partindo da definição P desse conceito, o autor d sistematiza sistemat sua aplicação em setores que demandam uso intensivo de equipamentos pesados, desde a correta seleção das máquinas até o descarte desses ativos, passando pela excelência na operação, na manutenção e, o principal, na gestão do pessoal envolvido. O “Anuário Brasileiro de Equipamentos para Construção” e o livro “Excelência Operacional: o Desafio da Melhoria Contínua” estão disponíveis para venda na Sobratema. Contatos com Giovana Marques Di Petta, pelo fone: (11) 3662.4159 – email: giovana@ sobratema.org.br. O pesso para tes? uma tem sab pen ou se ju

O Desafio da

ínua Melhoria Cont

1 - Evento proporciona relacionamento aos participantes; 2 - Platéia acompanha apresentação do estudo do mercado de equipamentos; 3 - Hugo Ribas, Eurimilson Daniel e Roque

1

Reis (à esquerda); 4 - Ivan Montenegro e Octávio Lacombe; 5 - Augusto Azevedo, Carlindo Macedo e Paulo Oscar Auler Neto; 6 - Orlando Beck e esposa, ao lado de Walfrido Piantieri e Tiago Carvalho; 7 - Executivo da Liebherr ao lado de César Schmidt e Lédio Vidotti;

2

8 - Afonso Mamede e Carlos Arasanz

d n c

ínua Melhoria Cont

ro Ivan Monteneg

negro Ivan Monte

Sobratema: www.sobratema.org.br

3

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ANÚNCIO



EMPRESA

A APOSTA DA NEW HOLLAND NO MERCADO BRASILEIRO Com nove lançamentos simultâneos, a fabricante amplia sua linha de equipamentos para atender várias demandas dos usuários, incorporando desde os modelos de grande porte até os mais compactos, para obras urbanas e em ambientes confinados

Foto: João Raposo

Os extremos marcam a estratégia adotada pela New Holland no lançamento de nove modelos de equipamentos de construção, realizado em outubro. Para atender as mais variadas demandas dos usuários de equipamentos, sua linha, agora composta por 30 modelos, passa a contar com máquinas de grande porte e até as mais compactas, para aplicação em obras urbanas e ambientes confinados. Na primeira categoria se enquadram a escavadeira E385B, da classe de 35 t de peso operacional, e as páscarregadeiras W170B, W170BTC e W190B, que operam com caçambas de 1,9 m³ a 3,5 m³ de capacidade. Já a miniescavadeira E50 (4,6 t), as escavadeiras E130 (14,6 t) e E170B (17,5 t), a minicarregadeira L175 (907 kg de capacidade de carga) e o manipulador telescópico M428 (3,6 t de capacidade de levantamento) figuram entre os equipamentos de menor porte. Segundo Gino Raniero Cucchiari, diretor de Vendas e Marketing para a América Latina, a expectativa é que os novos mo-

Sighicelli e Cucchiari apresentam novos modelos da marca

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Foto: Divulgação

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

delos ampliem em mais 15% as vendas da empresa, que cresceram 33% nos nove primeiros meses deste ano. “Apenas com esses lançamentos, esperamos aumentar nossa participação no mercado de 18% para 20% já a partir de 2008”, diz ele. Novas carregadeiras A aposta nos três modelos de carregadeiras, os únicos lançamentos produzidos na unidade fabril de Contagem (MG) – já que os demais serão importados – se justifica em função dos fortes investimentos em agronegócios, usinas sucroalcooleiras e manejo florestal, no caso da W170B e W170BTC, bem como na demanda das mineradoras de brita e de rochas ornamentais, no caso da W190B. Carlos Sighicelli, diretor de Marketing da empresa, explica que as carregadeiras têm motor com três faixas de potência e são equipadas com eixos mais robustos, dimensionados para a absorção de impactos. Além disso, seus eixos contam com diferencial de patinagem limitada (Limited Slip Differential), com reduções finais planetárias e eixo traseiro com oscilação vertical. “Isso possibilita uma ótima tração no momento de carregamento e evita o desgaste acentuado dos pneus”, diz ele. Dotadas de sistema que prioriza aspectos operacionais sem prejuízo aos demais (como economia de combustível, máxima pressão hidráulica, serviços pesados e outros), as carregadeiras contam ainda com braços adequados a diferentes necessidades. No caso da W170, por exemplo, a versão com braço tipo Z (W170B), com maior força de desagregação e levantamento, encontra aplicação em indústrias madeireiras, serviços de locação e construção. Já a W170BTC vem com braço paralelo TC, que possibilita maior altura de descarga e o transporte de materiais paletizados, por exemplo. Escavadeiras compactas Entre as escavadeiras, o destaque fica com a E130, que apresenta perfil mais curto e, quando gira, seu contrapeso não ultrapassa a área ocupada pela esteira. “Com ela, cumprimos nosso propósito de oferecer equipamentos ágeis,

CARACTERÍSTICA DOS EQUIPAMENTOS Carregadeiras Potência líquida no volante Peso operacional Capacidade da caçamba Escavadeiras Potência líquida no volante Peso operacional Capacidade da caçamba

W170B

W170BTC

W190B

149 a 183 hp 15.026 kg 1,9 a 2,7 m3

149 a 183 hp 15.026 kg 1,9 a 2,7 m3

181 a 213 hp 18.587 kg 1,9 a 3,5 m3

E50

E130

E175B

E385B

40,8 hp 4,6 a 4,85 t 0,07 a 0,17 m3

94 hp 14,6 t 0,3 a 0,8 m3

125 hp 17 a 17,8 t 0,6 a 1,0 m3

264 hp 36,6 a 38,1 t 1,9 a 3,2 m3

MANIPULADOR TELESCÓPICO M428 Potência líquida Capacidade de levantamento Altura de levantamento

106 hp 3.629 kg 12,74 m

MINICARREGADEIRA L175 Potência líquida no volante Peso operacional Força de desagregação Carga de operação

56 hp 2.826 kg 1.965 kgf 907 kg

35


EMPRESA silenciosos e adequados para obras que precisam ser realizadas com mínimo impacto ao ambiente urbano”, complementa Cucchiari. A E50 é uma pequena escavadeira de 40,8 hp de potência líquida e capacidade de caçamba entre 0,07 e 0,17 m³, indicada para obras urbanas. A E130 (94 hp e caçambas de 0,3 a 0,8 m³) chega para atender serviços que exigem precisão e cuidado nas escavações, antes executados por modelos maiores, enquanto a E175B (125 hp e capacidade de caçamba de até 1,0 m³) encontra larga aplicação no mercado de locação, devido a sua versatilidade. Já a E385B, com potência de 264 hp e caçambas entre 1,9 e 3,2 m³, será fornecida em versões long carrier, para obras de infraestrutura, ou mass excavator, cujo braço reforçado e mais curto facilita sua aplicação em serviços de mineração. Uma das principais apostas da empresa, entretanto, é o manipulador de cargas M428, que atinge 106 hp de potência líquida e 12,7 m de altura de levantamento. Dotado de tração e dirigibilidade nas quatro rodas, o equipamento se desloca em terrenos íngremes e transporta cargas

New Holland se centra en el mercado brasileño Extremos es la mejor forma de definir la estrategia seguida por New Holland al presentar, el pasado octubre, nueve modelos de equipos para la construcción. Para atender las más diversas demandas de los usuarios de equipos, su cartera de productos, que a partir de ahora es 30 modelos, incluye desde equipos de gran envergadura hasta compactos, diseñados para trabajar en vías urbanas y espacios reducidos. En la primera categoría se encuentran las excavadoras sobre orugas E385B, de la clase de 35 t de peso en funcionamiento, y las palas W170B, W170BTC y W190B, que trabajan con cucharas de 1,9 m³ y 3,5 m³ de capacidad. La miniexcavadora E50 (4,6 t), las excavadoras E130 (14,6 t) y E170B (17,5 t), la minicargadora L175 (907 kg de capacidad de carga) y el manipulador telescópico M428 (3,6 t de capacidad de elevación) son algunos de los equipos del tipo compacto. Gino Raniero Cucchiari, director de Ventas y Marketing para América Latina, explica que la expectativa es que los nuevos modelos aumenten las ventas de la empresa en un 15%, que han crecido el 33% durante los primeros nueve meses del corriente año. “Apenas con este lanzamiento esperamos aumentar nuestra participación en el mercado del 18% actual hasta el 20% a partir del 2008”, dice.

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EMPRESA até locais de difícil acesso com mínimo esforço, como o armazenamento de blocos diretamente em cada andar do prédio em construção, por exemplo. Avanço das minis A minicarregadeira L175 completa a lista de lançamentos da marca com enfoque na industrialização dos processos construtivos e na demanda por serviços de apoio, como limpeza em pátios, armazéns, siderurgia e indústrias em geral. “Esse segmento de máquinas é o que apresenta maior crescimento da demanda no mundo inteiro e essa tendência também se verifica no Brasil, pois sua procura evolui na mesma proporção em que os custos de mão-de-obra aumentam para o usuário”, explica Cucchiari. Segundo Sighicelli, o equipamento atinge altura e distân-

cia de trabalho maiores que outros de sua categoria, já que o pino da caçamba chega a uma altura de 304 cm. “Graças a sua boa estabilidade, ela pode movimentar maiores cargas em relação a seu porte.” A L175 conta com trem de força simplificado, cujas bombas hidráulicas em linha proporcionam uma operação mais suave e silenciosa, e possuem três opções de comandos: por joystick, por duas alavancas ou um sistema combinando alavancas e pedais. “Agora, os usuários brasileiros já podem dispor de uma ampla rede de concessionárias para o suporte a equipamentos que não contavam com essa retaguarda, como é o caso do segmento de minicarregadeiras e manipuladores telescópicos”, conclui Cucchiari.

New Holland: www.newholland.com.br

FRANCO FENOGLIO Para um estrangeiro com breves passagens pelo Brasil, o italiano Franco Fenoglio, presidente mundial da divisão de equipamentos para construção da New Holland, demonstra conhecer a realidade econômica do País em detalhes. Desde que assumiu o comando da empresa, em 2005, ele visitou a filial brasileira em seis ocasiões, contato suficiente para situá-lo sobre o mercado local. “O Brasil sempre foi o país do futuro, mas alternava momentos de crescimento com outros de crise. Agora percebemos uma mudança nesse cenário, com um ambiente mais estável e duradouro que estimula os investimentos externos”, diz ele. Antes de assumir o atual posto, Fenoglio trabalhou na Iveco, fabricante de caminhões do grupo Fiat, a holding detentora de 91% das ações da CNH, que controla a New Holland. Sua área fatura cerca de US$ 2,5 bilhões por ano, com vendas de 35 mil equipamentos no mundo, e vem registrando uma expansão em todos os mercados globais. Em sua última viagem ao Brasil, para o lançamento de nove equipamentos da marca, ele reuniu-se com diretores da Sobratema para um intercâmbio de informações. Também aproveitou a ocasião para conceder esta entrevista exclusiva à M&T: M&T – Qual a sua avaliação sobre o Brasil e a atuação da New Holland no País? Fenoglio – O Brasil sempre foi o país do futuro, mas alternava momentos de crescimento com outros de crise. Agora percebemos uma mudança nesse cenário, com um ambiente mais estável e duradouro que estimula os investimentos externos. Isso é importante para nós, pois estamos investindo US$ 80 milhões, entre 2006 e 2009, na ampliação da linha de produtos e na expansão da produção. Como resultado, nossas vendas este ano cresceram 33% até

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setembro e a expansão deve se manter nos próximos anos. Estamos operando a plena capacidade no País, com uma carteira de pedidos consistente e com exportações de 30% da produção para Estados Unidos, África e demais países da América Latina. M&T – Mas o crescimento latino-americano está longe de ser igual ao da China... Fenoglio – Isso não é verdade, pois em poucos anos a venda de equipamentos dobrou na região. Esse crescimento se manterá nos próximos anos, devido à forte demanda por commodities agrícolas, por minérios e aos investimentos em infra-estrutura previstos na América Latina. Também observamos uma expansão da demanda na África, na Europa – em especial na Rússia – e a exceção é o mercado norte-americano, onde o cenário ainda é incerto. Mas devido ao seu potencial, os Estados Unidos têm condições de retomar a expansão dos

Fotos: Marcelo Vigneron

“NOSSO PROJETO É DE LONGO PRAZO”


MANUTENÇÃO&TECNOLOGIA

Fenoglio se reúne com diretores da Sobratema

investimentos em infra-estrutura nos próximos dois anos. Já a nossa atuação no Oriente se dá por meio da Kobelco, outra empresa do grupo. M&T – Esse ciclo de crescimento está impactando os prazos de entrega aos clientes? Fenoglio – Pelo fato de pertencer a um grupo do porte da Fiat, não enfrentamos esse tipo de problema que tem assolado a indústria de equipamentos, pois podemos remanejar componentes e demais itens entre as diversas unidades produtivas do grupo. Para se ter uma idéia, contamos com o suporte até mesmo da Fiat Powertrain (FPT), uma fabricante de motores, inclusive para caminhões e equipamentos pesados, que produz 2,8 milhões de unidades/ ano. Por esse motivo, operamos com equilíbrio entre oferta e demanda e o que não temos, devido à natureza do nosso negócio, é produto na prateleira, já que as compras dos clientes envolvem planejamento. M&T – Nos lançamentos apresentados pela empresa, percebe-se que muitos modelos são importados. Isso se deve à questão cambial? Fenoglio – Obviamente, a produção local só se justifica a partir de certa escala na demanda, mas isso não significa que baseamos nossa estratégia apenas

no câmbio, que é algo circunstancial, pois temos um projeto de longo prazo no Brasil. Atuamos nesse País desde a década de 1950, quando nossa antecessora, a Fiat Tratores, se instalou aqui e posteriormente se consolidou com a marca Fiatallis. Temos uma rede de concessionárias capilarizada em todo o Brasil, para atender os clientes com peças e serviços, e temos produtos de qualidade. Por esse motivo, nos últimos anos não poupamos esforços em tornar nossa marca mais conhecida do grande público, o que acredito termos atingido com ações como o patrocínio ao filme “007 – Cassino Royale” e ao time de futebol da Juventus, de Turim. M&T – Quais os valores da empresa para o desenvolvimento de seus equipamentos? Fenoglio – Nossa proposta é a de oferecer equipamentos que proporcionem o menor custo operacional, com ganhos de produtividade, economia de combustível e de manutenção, pois nem sempre o melhor produto é o de menor preço de aquisição, mas o que atende a esses requisitos. Para isso, contamos com 26 centros de pesquisa e 39 fábricas, incluindo a de Contagem (MG). A questão ambiental também é importante e nesse sentido, investimos em soluções para a redução de ruídos e de emissões. No uso de biodiesel, por exemplo, já testamos com sucesso motores para operação com mistura de 100% (B100), no caso da Europa, e de 20% (B20), no Brasil. Em parceria com a Kobelco, também avançamos na motorização híbrida diesel/elétrica.

FRANCO FENOGLIO “Nuestro proyecto es a largo plazo” Para un extranjero que se encuentra de paso por el Brasil, el italiano Franco Fenoglio, presidente mundial de la división de equipos para la construcción de New Holland, ha demostrado que conoce profundamente la realidad económica del país. Desde que ha asumido la dirección de la empresa, en el 2005, ha visitado la filial brasileña en seis oportunidades, las suficientes como para captar la realidad del mercado local. “El Brasil siempre ha sido el país del futuro, sin embargo, alternaba períodos de crecimiento con otros de crisis. Ahora percibimos un cambio de escenario, un ambiente más estable y seguro que promueve las inversiones externas”, dice. Fenoglio, antes de asumir el actual cargo, trabajó en Iveco, una empresa perteneciente al grupo Fiat, el holding de CNH, que controla New Holland. El sector factura aproximadamente 2.500 millones de dólares por año, gracias a la venta de 35 mil equipos en el mundo que experimentan una fuerte expansión en todos los mercados internacionales. Durante su última estadía en el Brasil, con motivo del lanzamiento de nueve equipos de la marca, se reunió con los directores de Sobratema para intercambiar información, y concedió una entrevista exclusiva a M&T.


EM FOCO

OPERAÇÃO INÉDITA EM IÇAMENTO DE CARGAS A equipe do Consórcio Propeno, composto pela Construtora Norberto Odebrecht e pela UTC Engenharia, comemorou a conclusão de uma etapa que representava um dos principais desafios nas obras que vem executando para a modernização da Refinaria Henrique Lage (Revap), localizada no Vale do Paraíba (SP): a instalação da estrutura T-28002 na unidade de Propeno da refinaria. Por exigência da Petrobras, toda a torre precisava ser montada em solo para depois ser içada à posição definitiva, num serviço cercado de cuidados em relação à segurança dos trabalhadores e das próprias instalações da Revap em operação. Com 96 m de comprimento por 5 m de diâmetro e mais de 700 t de peso, a estrutura mobilizou para o seu içamento dois guindastes sobre esteiras de elevada capacidade e uma equipe de profissionais do consórcio, bem como das empresas contratadas para a movimentação das cargas e funcionários das áreas de Segurança e Engenharia da Petrobras. Sua instalação envolveu a verticalização e o deslocamento da torre até a base de concreto definitiva, em movimentos lentos e suaves, que devido aos volumes e cargas envolvidos, impôs um grau de dificuldade até então não experimentado em obras de refinarias no Brasil. Devido à natureza do serviço, realizado numa refinaria em operação, ele foi antecedido por um estudo das áreas compreendidas pelo raio de movimentação da torre e dos equipamentos. O isolamento dessas áreas se baseou nas informações do plano de movimentação de cargas (Plano de Rigger) e da APR (Análise Preliminar de Riscos). Além disso, os operadores de guindastes foram previamente treinados pelo Instituto Opus, da Sobratema. As obras em execução pelo consórcio têm o objetivo de instalar uma unidade que transformará gás liquefeito de petróleo (GLP), um produto de baixo valor agregado, em propeno, matéria-prima muito usada na indústria petroquímica. Elas se incluem no projeto global de modernização da Revap, com foco na redução dos teores de enxofre dos combustíveis processados na refinaria.

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MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA

OTIMIZA COLETA DE LIXO

P

ara atender uma necessidade especifica nas operações de caminhões em coleta de lixo, o modelo Worker 17.250E, da Volkswagen Caminhões, já está saindo de fábrica com transmissão totalmente automática. Segundo Carlos Augusto Roma, gerente Nacional de Vendas da Allison Transmission, que fornece o sistema para a montadora, a tecnologia proporciona maior produtividade ao serviço, reduz o consumo de combustível e os gastos com manutenção dos componentes. “Numa jornada de trabalho, um motorista chega a mudar a marcha 4.000 vezes e nem sempre elas são realizadas com perícia, o que resulta em perda de eficiência e danos às peças”, diz ele. Ao executar a troca de marcha sem a intervenção do motorista, a transmissão automática da série 300, fornecida pela empresa, permite que ele mantenha a atenção ao volante e reduz seu nível de estresse. “Além disso, não há interrupção de potência na passagem de uma marcha para a outra.” Com isso, Roma explica que o sistema permite fazer mais viagens por hora, ampliando a capacidade de produção de um caminhão coletor de lixo em 17%. Tudo isso sem contar a economia de combustível e de manutenção. Os caminhões Worker 17.250E começaram a ser equipados com transmissão automática de cinco velocidades recen-

temente e, segundo o executivo, já são utilizados por empresas de coleta de lixo em São Paulo, Fortaleza e Curitiba, entre outras cidades do Brasil. “Há uma demanda muito grande e só não vendemos mais devido a nossa limitação na capacidade de produção”, diz ele. A comunicação eletrônica entre a transmissão e o motor permite automatizar a operação e, ao acionar o botão seletor de marchas, o motorista opta entre o modo econômico ou de máximo desempenho, além de acionar o compactador. Ao contrário do sistema manual, a transmissão automática utiliza o torque máximo do motor na partida, conforme explica Roma. “Isto pode ser percebido em rampas acentuadas, situação que exige máxima perícia do motorista para não danificar o equipamento.” A empresa, líder mundial no mercado de transmissão automática, fornece sistemas para caminhões fora-de-estrada da Randon e de outras marcas menos usadas no Brasil, como Terex, Perlini, Hitashi e outras. No segmento de caminhões rodoviários, Roma reconhece que essa tecnologia ainda é pouco usada, mesmo nos modelos 6x4 e 8x4 empregados em canteiros de obras e mineradoras. Nesses casos, ele diz que a Allison realiza as modificações necessárias para atender aplicações severas, sendo inclusive homologada pela Scania para instalação de suas transmissões automáticas em caminhões da faixa de 230 hp a 470 hp de potência.

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EQUIPAMENTOS DE PERFURAÇÃO

DESMONTE COM EFICIÊNCIA Recursos eletrônicos conferem maior precisão e produtividade às carretas e jumbos de perfuração, evitando desvios e malha de furos inadequada ao plano de fogo Por Alberto Zambrana

Foto: Atlas Coppo

Produtividade é palavra-chave quando a escavação em rocha emprega a técnica de perfuração e explosão. O sucesso da operação, nesses casos, está diretamente relacionado ao bom desempenho das perfuratrizes e à eficiência da detonação, de forma a se evitar o fogo secundário – no caso dos desmontes a céu aberto – ou os riscos envolvidos nos serviços de bate-choco – para acabamento das escavações subterrâneas, como obras de túneis, por exemplo. Uma detonação eficaz representa menores custos por tonelada desmontada e maior produtividade na operação. Para isso, vários aspectos devem ser observados, tais como a correta geometria dos furos, a carga de explosivos usada e a identificação de eventuais fissuras no maciço rochoso que possam comprometer a eficiência da operação. O ponto de partida é o plano de fogo, que determina o posicionamento, a profundidade e geometria dos furos. O correto uso

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MANUTENÇÃO&TECNOLOGIA

Foto: Sandvik

Desmonte con dos equipamentos e o bom exercício da engenharia inEficiencia fluenciam na execução desse plano, com impacto direto Productividad es la palabra no resultado da detonação. clave cuando se emplea la técNo final da década de 1980, nica de perforación y voladura as perfuratrizes começaram a en los trabajos de excavación en incorporar o acionamento roca. El éxito de la operación, por sistema hidráulico, em en estos casos, está directasubstituição ao pneumático, mente relacionado con el buen proporcionando maior rapidesempeño de las perforadoras dez na execução dos furos y martillos y la eficiencia de e ganhos de produtividala voladura, a fin de evitar las de. Isso porque elas operam explosiones secundarias – en el com velocidades até três vecaso de los desmontes a cielo zes maiores que os modelos abierto – o los riesgos existenpneumáticos. Outro avanço tes al verificar manualmente los tecnológico ocorreu a partir desprendimientos de fragmentos da segunda metade dos anos rocosos inestables – en las ex1990, com a chegada dos siscavaciones subterráneas, como temas antiencravamento e de en las obras de construcción de softwares de controle e monitúneles, por ejemplo. toramento da operação. Una voladura eficaz repreSistema evita encravamento das hastes e desvio dos furos Com os recursos de eletrô- durante a perfuração senta menores costos por tonenica embarcada, a produção desses equipamentos tornou- lada desmontada y mayor productividad en la operación. se mais fiel às determinações do plano de fogo, devido Para tanto, deben considerarse diversos aspectos, entre los à maior precisão em termos de ângulo, alinhamento e cuales cabe destacar la correcta geometría de los barrenos, comprimento de furos. A evolução pautou-se ainda pela la carga de explosivos usada y la identificación de discontioferta de maior conforto para o operador, que passou a nuidades en el macizo rocoso que puedan comprometer la comandar a máquina por meio de joystick, em uma cabine eficiencia de la operación. El punto de partida es el plan de com ar condicionado, dotada de isolamento acústico e de perforación que determina la carga, los ángulos de voladura, sistema de amortecimento contra vibrações. la profundidad de los barrenos y otros datos. El uso correcto de los equipos y el buen ejercicio de la ingeniería influyen sobre la ejecución del plan, repercutiendo directamente en el À prova de desvio No caso da Sandvik, todas as carretas de perfuração resultado de la voladura. da linha DX, a antiga marca Ranger, são equipadas com Durante los últimos años de la década de 1980, las pero sistema THC 700, patenteado pela empresa. Segundo foradoras comenzaron a ser equipadas con un accionamienArmando Bernardes Júnior, gerente de Engenharia de to hidráulico, remplazando el sistema neumático, lo que Aplicação para a América Latina, a tecnologia inclui permitió perforar barrenos con más rapidez y aumentar la um dispositivo antiencravamento que funciona por productividad dado que trabajaban a velocidades hasta tres meio de controle gradual das pressões de percussão e veces mayores que los modelos neumáticos. A partir de la de avanço. Quando a pressão de rotação aumenta, o segunda mitad de la década de 1990, se registraron otros bit da haste se afasta automaticamente da rocha e, em avances tecnológicos importantes, como la llegada de los seguida, retoma a furação, indo gradualmente da meia sistemas antibloqueo y los softwares de control y monitoripotência para a máxima. “Esse sistema reduz os riscos zación de la operación. de encravamento das hastes, de desvio dos furos e de Actualmente, la amplia gama de recursos que brindan quebra dos botões dos bits”, ele explica. los sistemas electrónicos incorporados, permite que los O desvio dos furos, causado pelo posicionamento equipos trabajen de acuerdo al plan de voladura proyecinadequado do equipamento ou por erros de angula- tado, gracias a la mayor precisión en lo concerniente a ção da lança durante o avanço da perfuração, pode ángulos, alineación y profundidad de los barrenos. La ser evitado pelo dispositivo TIM, também desenvol- evolución también llegó al operador que maneja la máquivido pela empresa. Uma mira instalada no interior na con el mando de palanca única en una cabina insonorida cabine é focada em um ponto externo fixo, como zada, que permite controlar el ruido a niveles aceptables, um poste ou árvore, por exemplo. Com base nessa con aire acondicionado y sistema de amortiguadores que referência, o operador programa e executa a furação absorben las vibraciones. 43


EQUIPAMENTOS DE PERFURAÇÃO

Bernardes ressalta ainda que toda a superestrutura das perfuratrizes da linha DX, incluindo a cabine, gira sobre a esteira, por meio de um sistema de pistão. O equipamento tem ângulo de giro de 120º, sendo 90º para a direita e 30º para a esquerda, o que

com um simples comando no painel de controle, mantendo sempre o ângulo e posicionamento necessários. Assim, independentemente da localização ou inclinação do equipamento, o furo é realizado de acordo com as coordenadas previstas no plano de fogo.

Explosivos: sistema automatiza detonações em série

Foto: Britanite

De acordo com Ricardo Silva, gerente de Assessoria Técnica a Clientes da Britanite, o principal avanço na área de explosivos ocorreu com o surgimento dos detonadores eletrônicos, que reduziram drasticamente o tempo de retardo entre as explosões. Com os antigos detonadores não-elétricos, esse intervalo era de 25 milissegundos. Os modelos elétricos reduziram esse tempo para 10 milissegundos e, com os eletrônicos, o intervalo caiu para um milissegundo. A mais recente novidade da empresa nessa área são os detonadores HotShot, que oferecem maior qualidade de fragmentação e flexibilidade na elaboração do plano de fogo. O sistema conta com um software para programar o tempo de retardo de cada espoleta. Segundo Silva, a programação das

Sistema aumenta segurança e produtividade nas detonações

detonações é muito simples e segura. O sistema não permite a passagem para uma seqüência posterior sem a confirmação prévia de tudo o que foi digitado na anterior. No caso de algum erro, um aviso de alerta é exibido na tela. “Com isso, não é mais necessário ir até a bancada e conferir cada furo”, ele afirma. Se a operação precisar ser cancelada por algum motivo, ele dispensa a necessidade de reprogramar o detonador, pois todas as informações ficam armazenadas no sistema. O processo de detonação é acionado por meio de um sinal digital enviado a um microchip instalado na cabeça de cada espoleta. Dessa forma, o comando passa automaticamente de um detonador para o próximo da linha e assim sucessivamente. Em termos de explosivos, o especialista ressalta o avanço proporcionado pelo cordel detonante de alta gramatura, desenvolvido para uso em pesquisas sismográficas e desmontes esculturais (pré-corte e pós-corte). Isso porque o explosivo mantém a estabilidade do talude final, diminuindo o overbreak ou underbreak, devido à sua alta potência e poder de ruptura. Ele é indicado para cortes de taludes em obras de rodovias, escavações de túneis e galerias, entre outras aplicações.

permite cobrir uma área de 17 m² para a execução dos furos. Como opcional, ele pode ser fornecido com giro de 90º para ambos os lados, o que amplia a área de cobertura para 26 m². Durante a perfuração, toda a poeira produzida nesse processo é captada por um sistema coletor de pó. Uma coifa de sucção aspira o material particulado junto à boca do furo. “Isso possibilitou o fim daquela nuvem de poeira em torno da máquina”, ressalta o executivo. Os equipamentos também são dotados de dispositivo autolimpante: durante a troca de hastes, um pulso de ar sai em sentido contrário e remove as partículas impregnadas nas man-


Foto: Atlas Coppo

MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO&TECNOLOGIA O TE TECNOLOGIA

Equipamento "lê" o plano de fogo e realiza os furos com precisão de 5 cm

gas dos filtros. Já as carretas da linha Smart Rig, da Atlas Copco, incorporam o Rock Manager, um software que lê o plano de fogo. Esse plano é projetado no escritório e determina a malha de perfuração, com as coordenadas dos furos, suas inclinações e profundidades. Por meio de um cartão PCMCIA, esses dados são inseridos no computador de bordo do equipamento e um sistema GPS fornece ao Rock Manager a posição da carreta em relação à rocha. Por meio desse dispositivo, cada posição de furo é localizada com uma precisão de até 5 cm, conforme explica Per Krato, gerente de linha de produtos para perfuração a céu aberto da Atlas Copco. “As informações fornecidas pelo software são exibidas na tela do computador para que o operador

posicione a lança de avanço corretamente e faça a perfuração de acordo com o plano de fogo projetado”. Quando a profundidade de perfuração prevista é atingida, a máquina pára automaticamente de funcionar e todos os parâmetros reais de perfuração são gravados para eventuais comparações com o projeto. Jumbos inteligentes Quando a execução do furo ocorre em ambiente subterrâneo, as carretas cedem lugar aos jumbos de perfuração, que no caso da linha DT, da Sandvik, podem dispor de um a quatro braços com perfuratrizes HFX5T, além de um braço cesta adicional para serviços auxiliares, como o transporte de tirantes e de telas para concretagem. Eles operam numa freqüência fixa de impacto de 86 Hz,


EQUIPAMENTOS DE PERFURAÇÃO

o que, segundo o fabricante, proporciona melhor desempenho em qualquer tipo de rocha. “Seu mecanismo de estabilização absorve os impactos e recuos ocasionados durante o furo, garantindo uma sobrevida maior para toda a coluna de perfuração”, acrescenta Bernardes. Com áreas de cobertura variando de 38 m² a 188 m², esses jumbos são equipados com braços telescópicos e dispositivos que facilitam a manutenção nos pontos

de maior desgaste e articulação. “Eles são lubrificados automaticamente e podem ser alinhados facilmente, sem necessidade de desmontagem”, assegura Bernardes. Como opcionais, os jumbos da empresa podem ser equipados com os sistemas TMS (Tamrock Measurement System), T-Cad e TData. O primeiro exibe na tela do painel de controle o alinhamento, profundidade e velocidade de perfuração, além do posicionamento do bit no interior do furo e as

pressões de operação. O sistema T-Cad dispensa a marcação manual, com tinta, na face de avanço do túnel. Um feixe de raio laser faz o alinhamento de uma das lanças e as demais são automaticamente ajustadas ao plano de fogo. Além disso, na tela do painel é exibida, em tempo real, a movimentação dos braços, assim como os ângulos de perfuração e o plano de fogo projetado. O T-Data, um sistema totalmente automatizado, permite ao operador

Baixo custo dá sobrevida aos equipamentos pneumáticos Em que pese a elevada precisão oferecida pelas carretas de perfuração e jumbos hidráulicos, o diretor Comercial da Metalúrgica Wolf, Tiago Wolf, ressalta a predominância dos equipamentos pneumáticos nos mercados brasileiro e latino-americano. “Nós ainda estamos defasados em relação aos países industrializados. Na Europa, por exemplo, há mais de 20 anos só se usam perfuratrizes hidráulicas”, ele afirma. O empresário comprova o que diz com números. As carretas e jumbos pneumáticos representam 96% da produção da empresa e todos esses equipamentos são vendidos no mercado interno. Cerca de 10% das carretas hidráulicas fabricadas anualmente pela Wolf são exportadas para o mercado chileno. Segundo Wolf, dois fatores pesam a favor dos equipamentos pneumáticos: o econômico e o relativo à mãode-obra. Enquanto uma carreta pneumática custa em torno de R$ 260 mil, incluindo o compressor de ar, a aquisição de um modelo hidráulico do mesmo porte não sai por menos de R$ 600 mil. “Pela rapidez com que os equipamentos hidráulicos incorporam novos avanços tecnológicos, o operador precisa ter um nível de capacitação que não corresponde à nossa realidade.”

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Ele ressalta ainda a questão da manutenção. Isso porque os reparos numa máquina pneumática são simples e, na maioria das vezes, o próprio operador pode resolver qualquer problema no campo. Pela sofisticação envolvida nos modelos hidráulicos, o conserto de uma perfuratriz desse tipo requer assistência técnica especializada, o que demanda marcação de visita e pode resultar na paralisação da máquina por algum tempo, com o comprometimento da produtividade. Além disso, suas peças para reposição são importadas

Jumbo MW 5000G: para pequenas e médias seções

e nem sempre estão disponíveis para pronta entrega. Por esses motivos, embora fabrique perfuratrizes hidráulicas, o empresário aposta em equipamentos pneumáticos que primam pela robustez e simplicidade na operação. Eles vêm equipados com dispositivos básicos – como sistema antibloqueio para o caso de encravamento, dispositivo de troca automática das hastes e coletor de poeira – e a maior parte de seus comandos são manuais. “Em vez de um joystick, uma alavanca realiza as mesmas funções com igual desempenho”, assegura Wolf. A empresa também figura como a única fabricante nacional de jumbos pneumáticos, com o modelo MW 5000G. “Descobrimos a existência de um nicho de mercado entre o martelo de coluna e os jumbos de grande porte.” Desenvolvido com o mesmo princípio de robustez e simplicidade das perfuratrizes, o equipamento é indicado para seções pequenas e médias. Diferentemente do que ocorre com o martelo de coluna, o operador trabalha protegido numa cabine. Na linha hidráulica, o destaque da empresa é a carreta MW 4000C. Robusta e de operação simples, ela possui coletor de poeira, sistema para troca automática de hastes e martelo de perfuração com 89 mm de diâmetro (3,5”).


Imagens: Atlas Copco

MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO&TECNOLOGIA O TE TECNOLOGIA

5m

to 7,0 m

0,8 m

Equipamentos realizam os furos de acordo com o plano de fogo (à direita)

do operador e todas as ocorrências durante a perfuração, comparando os dados dos furos executados com o plano de fogo.

Foto: Sandvik

desempenhar a função de supervisor de perfuração. Uma vez alinhada a lança de avanço, ele dá um comando inicial de perfuração e os demais procedimentos necessários – como o emboque dos furos e o reposicionamento para o furo seguinte – são realizados pelo equipamento até a fim de todo o ciclo de perfuração. Ao T-Cad e T-Data pode ser adicionado, como opcional, o software T-Log, que registra o desempenho

Softwares controlam a perfuração e registram as ocorrências durante o serviço

Gerenciador de perfuração A linha de jumbos de perfuração Rocket Boomer, da Atlas Copco, também conta com recursos de eletrônica embarcada que incorporam um software para interpretar as informações referentes ao plano de fogo. Por meio de um cartão PCMCIA, os dados são transferidos para o computador de bordo da máquina, eliminando a necessidade de marcar com cal a localização dos furos na frente da rocha. Todas as informações relativas à perfuração são exibidas na tela do painel de controle, com ganhos de produtividade em operações subterrâneas. O operador controla o equipamento por meio de um par de joysticks e pode optar pelo modo

manual ou automático, no qual o sistema embarcado realiza os comandos. A partir do alinhamento de uma das lanças, as demais são posicionadas de acordo com o estabelecido no plano de fogo. “Nesse caso, o operador passa a ser um gerenciador de perfuração”, assegura Paulo Ribeiro, gerente de Produção da linha de equipamentos para mineração subterrânea da empresa. Os jumbos da Atlas Copco também são dotados de sistema antiencravamento e de um software que, além de registrar as ocorrências durante o processo de perfuração, emite relatórios para análise de desempenho do serviço.

Atlas Copco: www.atlascopco.com.br Britanite: www.britanite.com.br Metalúrgica Wolf: www.wolf.com.br Sandvik: www.miningandconstruction.sandvik.com


MINERAÇÃO

DEMANDA AQUECIDA IMPULSIONA TECNOLOGIA DE EQUIPAMENTOS Uma visita à Extemin 2007, realizada no Peru, mostra o que a indústria de equipamentos pode desenvolver para atender necessidades específicas do setor Maior produtor mundial de prata, terceiro em cobre e zinco, quarto colocado na extração de chumbo e quinto maior produtor de ouro do planeta, o Peru tem na mineração uma das bases da sua economia. Essa atividade, aliás, vem se manifestando ao longo de toda a sua formação histórica e ajudou a forjar a tradição de uma nação mineradora por excelência. Embora o setor represente 3,71% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, sua produção respondeu por 62,4% das exportações em 2006. Segundo Juan Jose Herrera, presidente do Instituto de Engenharia de Minas do Peru (IIMP), as exportações do país em metais saltaram de US$ 2,6 bilhões, em 1995, para US$ 9,7 bilhões em 2005, encerrando o ano passado com US$ 14,7 bilhões em vendas ao exterior. “A mineração peruana evoluiu muito nos últimos anos devido à forte demanda internacional por commodities, o que valorizou seus preços no mercado internacional”, ele comemora. Nesse cenário, não é de se estranhar que o país se transforme em pólo de atração para novos investimentos no setor. A mineradora Milpo, por exemplo, começa a operar esse ano o projeto Cerro Lindo, no qual investiu cerca de

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MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Demanda en alza impulsa tecnología de equipos Para el Perú, el mayor productor mundial de plata, tercero de cobre y zinc, cuarto colocado en la extracción de plomo y quinto mayor productor de oro del planeta, la minería constituye una de las bases de su economía. Esta actividad, que ha acompañado al Perú a lo largo de toda su evolución histórica, ha contribuido a consolidar la tradición de un país minero por excelencia. Aunque el sector aporta el 3,71% del Producto Interno Bruto (PIB) del país, en el 2006 su producción representó el 62,4% de las exportaciones. De acuerdo con Juan Jose Herrera, presidente del Instituto de Ingenieros de Minas del Perú (IIMP), las exportaciones de metales del país pasaron de 2.600 millones, en 1995, a 9.700 millones de dólares, en el 2005, terminando el año pasado con 14.700 millones de dólares en ventas al exterior. “La minería peruana ha evolucionado mucho en los últimos años debido a la fuerte demanda internacional de materias primas minerales, que ha provocado un alza de precios en el mercado internacional”, comenta. La revista M&T cubrió la XXVIII Convención Minera y la Exhibición Tecnológica Minera (EXTEMIN) 2007, organizada por el IIMP en setiembre pasado, en la ciudad de Arequipa, en las que los profesionales de minería del Perú y otros países tuvieron la oportunidad de intercambiar experiencias y conocer las novedades del sector.

US$ 100 milhões para o beneficiamento de cobre, chumbo e zinco. A Gold Fields, por sua vez, está aportando US$ 227 milhões em Cerro Corona, onde deverá produzir ouro e cobre a partir do início de 2008. A Anglo American também aparece com destaque, em função do desembolso de US$ 403 milhões pela concessão do projeto Michiquilay, voltado à produção de ouro, prata e cobre. Outros projetos de grande porte envolvem a Peru Copper, para a expansão das reservas de cobre de Toromocho, e os estudos de viabilidade conduzidos pela Majaz, para o projeto de cobre Rio Blanco, orçado em US$ 1,45 bilhão. Até mesmo a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) teria anunciado a intenção de investir US$ 479 milhões na lavra de rocha fosfática em Piura, incluindo a construção de um porto para escoamento da produção.

pação, segundo ele, ainda é tímida em relação ao potencial da indústria brasileira, à demanda da mineração peruana e à sinergia existente entre os dois países. Essa sinergia, aliás, manifesta-se também no âmbito institucional, já que o IIMP e a Sobratema são parceiros no Fórum Latino-Americano de Usuários de Equipamentos para Construção e Mineração, criado durante a M&T Expo 2006, juntamente com outras entidades setoriais da Argentina, Bolívia, Chile, Cuba, Equador, Uruguai e Venezuela. Por conta dessa parceria, a revista M&T cobriu a XXVIII Convenção Mineira/Extemin 2007, organizada pelo IIMP em setembro, na cidade de Arequipa, na qual profissionais de mineração do Peru e de demais países puderam trocar experiências e conhecer as novidades do setor. Veja, a seguir, algumas tecnologias de equipamentos apresentadas durante o evento: Mina automatizada Caminhões e carregadeiras LHDs movimentam-se sozinhas na mina subterrânea, sem a presença de um operador em suas respectivas cabines. Essa cena, que seria digna de um filme de ficção científica, já se tornou realidade com o sistema AutoMine, apresentado pela Sandvik como primeira solução de automação comercialmente disponível para mineração. A partir de uma central, cada operador remoto pode

Potencial de negócios Pelas avaliações de Herrera, as mineradoras peruanas investiram no ano passado cerca de US$ 400 milhões em compras internacionais de equipamentos. “As importações do Brasil somaram em torno de US$ 63 milhões, abrangendo principalmente a aquisição de caminhões para o transporte de carga.” Essa partici-

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MINERAÇÃO

Um operador controla vários equipamentos

controlar mais de um equipamento, otimizando os ciclos de carga e transporte. Segundo o fabricante, o sistema de controle remoto da frota permite seu monitoramento e pode ser conectado ao planejamento de produção da mina ou ao sistema Scada. Veículo multifuncional Imagine um veículo que realiza múltiplas funções em mineração subterrânea e obras de túneis com a simples troca de implementos

Universa 50, da Paus

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sobre seu chassi. Essa é a proposta da alemã Paus com a linha Universa 50. Trata-se de um veículo rebaixado e cuja cabine realiza rotações de 90º, o que possibilita total visibilidade durante a operação, mesmo em marcha à ré. Sua manutenção é facilitada pelo posicionamento do sistema elétrico central, na frente da cabine, além do acesso facilitado ao sistema hidráulico, motor, filtros e pontos de lubrificação. O veículo pode ser usado como plataforma telescópica, transporte de betoneira, bombeamento de explosivos e outras aplicações com a troca do implemento em seu eixo traseiro. Caçamba inovadora A australiana Duratray apresentou suas caçambas para caminhões fora-de-estrada com tecnologia SDB (Suspended Dump Body) que, segunda a fabricante, ampliam a capacidade de carga dos veículos, reduzem o transporte de “carga morta” e eliminam a necessidade de constante limpeza da caçamba. Usadas pela CVRD, bem como em minas do Canadá, Chile, Peru e demais países, elas contam com um composto de borracha resistente à abrasão e aderência, aplicado sobre um corpo de caçamba modificado. O revestimento se apóia sobre suspensão à base de elastômero e absorve choques durante o carregamento, evitando a transferência de impacto para o chassi do caminhão e eliminando ruídos na operação. De acordo

Caçamba SDB, da Duratray

com a Duratray, o revestimento atinge uma vida útil de 20 mil horas e o sistema é livre de manutenção, podendo ser aplicado em caçamba de qualquer caminhão off-road. Equipamento substitui rompedores O Scaler da série QS, fabricado pela Breaker Technology Inc. (BTI), é um equipamento indicado para a remoção cuidadosa de rochas em galerias de minas subterrâneas e obras de túneis. Dotado de dois eixos e de lança telescópica com uma unidade vibratória em sua extremidade, ele substitui o uso de rompedores hidráulicos nas operações que exigem elevada segurança – como serviços de bate-choco e desmonte de rocha fraturada, por exemplo. A unidade vibratória possui um dente para a aplicação dos golpes e é alimentada por um circuito hidráulico que opera com fluxo de 38 a 58 l/min. Ela atinge uma freqüência de 730 a 1.120 golpes por minuto (bpm) e uma energia de impacto de 135 a 455 J (joules). Segundo o fabricante, que pertence ao grupo Astec, o equipamento proporciona um ganho de produtividade de 50% com baixo custo de operação.

BTI: www.rockbreaker.com Duratray: www.duratray.com IIMP: www.iimp.org.pe Paus: www.paus.de Sandvik: www.sandvik.com



Foto: Volvo

IMPLEMENTOS

MUITO ALÉM DAS

CAÇAMBAS A diversidade de implementos e a facilidade para sua troca permitem transformar as escavadeiras e carregadeiras em equipamentos verdadeiramente multifuncionias Imagine a seguinte situação: ao concluir sua tarefa, a escavadeira passa a executar outros serviços, como a escarificação do terreno, o transporte de blocos de concreto, demolições ou o rompimento de material duro, em vez de ficar ociosa no canteiro de obras. Tudo isso, e muito mais, é possível desde que a empresa tenha a sua disposição outros implementos compatíveis com a máquina portadora, além da tradicional caçamba para escavação. Além disso, o equipamento precisa ser dotado de um sistema de engate rápido, dispositivo hidráulico oferecido pelos principais fabricantes do mercado, que permite trocar os implementos em poucos segundos, sem a necessidade de o operador sair da cabine. Montado na extremidade do braço da escavadeira hidráulica ou

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Mucho más que cucharas Imagínese la siguiente situación: al terminar un trabajo la excavadora empieza a hacer otros, como escarificar un terreno, transportar bloques de hormigón, romper o machacar material duro, en lugar de permanecer ociosa en el patio de máquinas. Todo esto, y mucho más, es posible siempre que la empresa tenga a su disposición otros accesorios compatibles con la a máquina portadora, aparte de la tradicional cuchara para excavación. Para ello, el equipo debe contar con un sistema de acople rápido, dispositivo hidráulico ofrecido por los principales fabricantes del mercado, que permite cambiar los implementos en pocos segundos sin que el operador salga de la cabina. El sistema, situado en el extremo del brazo de la excavadora hidráulica o pala cargadora, substituye una cuchara por una horquilla, por ejemplo, de forma fácil y sin esfuerzo, ya que no requiere intervención manual por parte del operador o soluciones mecánicas. A pesar de los beneficios que reporta el aprovechamiento intensivo de los equipos, pocos usuarios del Brasil tienen el hábito de adquirir otros implementos que no sea la tradicional cuchara. El director de Operaciones de la empresa Esco Soldering, Vicente Sales Fonseca, lo confirma. “Por lo general, el cliente solo compra el equipos estándar, equipado con la cuchara, y opta por otro accesorio apenas cuando la repone, siempre y cuando se justifique su necesidad.” Reinaldo José Rodrigues, consultor de Marketing da Caterpillar, es de la misma opinión y considera que al analizar este tipo de procedimiento se debe llevar en cuenta esta cuestión cultural. “Los usuarios brasileños no tienen el hábito de adquirir juegos de accesorios y, cuando los hacen, suelen optar por implementos de fabricantes diferentes, en un intento de reducir costos pero que no siempre da buenos resultados”, dice. Paulo Oliveira, gerente de Marketing de JCB, entona un mea culpa. “Tal vez los fabricantes no se esfuerzan lo suficiente en ofrecer implementos cuando venden maquinaria.” Independientemente de los motivos, el hecho es que el cambio de implementos puede transformar excavadoras y palas cargadoras en equipos que ejecutan múltiples funciones.


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

haja uma falta de empenho por parte dos fabricantes em oferecer os implementos na hora da venda”. Independentemente dos motivos, o fato é que a troca de implementos pode transformar escavadeiras e pás-carregadeiras em verdadeiros canivetes suíços. Veja, a seguir, algumas opções oferecidas pelos principais fabricantes: CATERPILLAR Martelo Hidráulico: desenvolvido para fragmentar rochas e demolições de concreto, pode ser aplicado em remoção de escória, abertura de valas, acabamento de túneis, serviços de bate-choco e desmonte secundário em pedreiras, entre outras aplicações. Os martelos da empresa operam em freqüências de 400 a 620 batidas por minuto (bpm) e podem ser equipados com quatro tipos de pontas: chata, lápis, piramidal e talhadeira. A primeira não penetra na superfície, transmitindo uma onda de tensão que rompe os cristais da rocha. Ela é indicada para uso em rochas ígneas e metamórficas duras, demolição de concreto e em maciços de grande porte, bem como rochas moles ou duras que apresentem baixa abrasividade. A ponta tipo lápis rompe facilmente o concreto e o asfalto, sendo indica-

Foto: Volvo

da pá-carregadeira, esse sistema dispensa a intervenção manual ou soluções mecânicas, realizando a troca de uma caçamba por um garfo, por exemplo, de forma fácil e sem esforço. Apesar das facilidades para a adoção de uma prática que possibilita maior utilização dos equipamentos, poucos usuários no Brasil têm o hábito de adquirir outros implementos além da tradicional caçamba. O diretor de Operações da Esco Soldering, Vicente Sales Fonseca, confirma esse comportamento. “Em geral, o cliente só compra o equipamento padrão, que já vem equipado com a caçamba, e opta por outro acessório apenas na reposição, desde que ele perceba uma necessidade”. A opinião é compartilhada por Reinaldo José Rodrigues, consultor de Marketing da Caterpillar, para quem a questão cultural precisa ser considerada na análise desse tipo de procedimento. “Os usuários brasileiros não têm o hábito de adquirir um jogo de acessórios e, quando isso é necessário, costumam optar por implementos de fabricantes diferentes, na tentativa de reduzir custos, o que nem sempre dá bom resultado”, diz ele. Paulo Oliveira, gerente de Marketing da JCB, faz um mea culpa. “Talvez

Troca de implementos permite realizar vários serviços de apoio

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IMPLEMENTOS da ainda para o desmonte de rocha sedimentar, metamórfica ou porosa não abrasiva. Já a piramidal encontra aplicação em rocha muito mole e não abrasiva. A ponta talhadeira é recomendada para uso em concreto, abertura de valas, formação de bancos, construção de túneis e rocha porosa não abrasiva. Engate Rápido: dotado de um sistema de retenção da ferramenta, pelo qual o operador trava o implemento a partir de um comando na cabine, para a total segurança da operação, ele também permite acoplar a caçamba da escavadeira na posição inversa, possibilitando seu uso em serviços de valetamento, raspagem de encostas e escavações por baixo de obstruções. O dispositivo mantém os mesmos ângulos de abertura e fechamento da caçamba, sem comprometer a força nem a velocidade de escavação. Garfo: o garfo tipo unidente é indicado para o tombamento de blocos de granito de até 32 t e também encontra aplicação em tarefas realizadas em conjunto com a caçamba, como a limpeza de pátios, por exemplo. Já os dispositivos porta-pallets são ideais para o

transporte de cargas paletizadas, granéis armazenados em contêineres tipo sacola e uma grande diversidade de materiais. Eles operam em serviços de pátio, armazéns, galpões e recomendase seu uso sempre em conjunto com o engate rápido hidráulico. As barras com deslizamento lateral permitem o ajuste do espaçamento para acomodar vários tamanhos de carga. Escarificador: em terrenos duros ou muito compactados, sua utilização em motoniveladoras ajuda a desagregar a camada do solo com menor esforço para a lâmina e evitando os danos que isso poderia causar ao equipamento. Quando acoplado a escavadeiras de grande porte, o escarificador permite desagregar a capa do terreno ou realizar o desmonte de taludes. Especialmente indicado para aplicação em rochas fraturadas ou de baixa dureza, elimina custos e impactos ambientais decorrentes do uso de perfuração e explosão. Guincho: o modelo PA55 foi especialmente desenvolvido para operar nos tratores de esteiras D6N, em serviços de arraste de toras de grande e médio porte. Indicado para aplicação

em florestas nativas ou plantadas, ele aumenta a produtividade e minimiza os danos causados ao solo e à mata, atendendo às normas de proteção ambiental requeridas para obtenção do Selo Verde. Cinta com patas: o kit de cinta com patas para rolos compactadores expande a faixa de aplicação do equipamento para materiais coesivos e semi-coesivos. Esse implemento representa uma solução simples e de baixo custo para trabalhos que requeiram compactação com tambor de patas e tambor liso. O pára-choque de dupla aplicação, incluso no kit da cinta, não precisa ser removido depois de instalado. A instalação e remoção do conjunto podem ser realizadas em aproximadamente uma hora. Lâmina: usada em trabalhos de ponta de aterro, limpeza de pátio, remoção de neve e serviços leves em geral, a lâmina frontal para motoniveladora tem suporte de montagem com perfil em paralelogramo. Isso mantém o paralelismo entre o implemento e o solo durante todo o trajeto de levantamento da lâmina, facilitando os serviços de acabamen-

Caçamba se transforma em seis implementos diferentes Versatilidade é a palavra chave para a definição da caçamba multifuncional desenvolvida pela JCB. Indicada para uso na carregadeira das retroescavadeiras da empresa, ela realiza seis tipos de tarefas sem a necessidade de troca da ferramenta. Como uma caçamba convencional, ela faz o serviço de escavação e carregamento, mas como sua construção é feita com duas seções distintas, que se separam no fundo, o im-

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plemento pode ainda espalhar o material de maneira uniforme, já que o operador controla o espaço dessa abertura. A movimentação da caçamba é acionada por um cilindro hidráulico que, além de executar a abertura do fundo, permite bascular toda a parte inferior, até transformar o implemento numa lâmina. Dessa forma, o equipamento fica apto a operar como um trator na produção de material.

Ao se inclinar o implemento para a frente, ele pode trabalhar no nivelamento do terreno, como a lâmina de uma motoniveladora. A caçamba também pode atuar como uma garra, já que o sistema hidráulico confere elevada força para agarrar materiais soltos como rochas e outros. Com isso, as retroescavadeiras ganham versatilidade para operar também como trator, motoniveladora e outros equipamentos.


Foto: Caterlillar

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Equipamento transforma-se em perfiratriz com a troca de implemento

to, nos quais o controle da lâmina e a alta precisão são requisitos básicos. Já as lâminas para operação em aterro sanitário são projetadas para otimizar sua penetração e a movimentação de matérias de cobertura ou lixo. Suas laterais anguladas proporcionam melhor retenção da carga nas movimentações em longas distâncias e uma extensão em forma de grade, acima da lâmina, evita a passagem de material por cima dela, oferecendo excelente visibilidade. A lâmina PAT (Power Angle Tilt Blade), por sua vez, é indicada para preparação do terreno, trabalhos de nivelamento e limpeza de área. Isso porque ela atinge ângulos variados, contornando o terreno com precisão para a execução do serviço apenas nos pontos necessários.

VOLVO Rompedor hidráulico: utilizado em serviços de fundações, demolições, abertura de trincheiras, obras de rodovias e desmonte em pedreiras, é indicado para o rompimento de material duro, em situações nas quais o uso da técnica de perfuração e explosão possa representar um risco à operação. A conexão ao equipamento é feita por engate direto ou acoplamento rápido. Escarificador dianteiro: quando montado na placa frontal ou no eixo dianteiro da motoniveladora, o escarificador ajuda a desagregar materiais compactados, asfalto e subsolos rochosos, facilitando a realização dos serviços em áreas próximas a sarjetas, muros e outros obstáculos. O equipamento possui indicadores visuais de altura para identificar a profundidade de penetração dos dentes ou a altura livre em relação ao solo. Lâmina Dozer: este implemento de montagem frontal na máquina é recomendado para trabalhos de nivelamento de terreno, espalhamento de pilhas de cascalho ou brita, extração de troncos de árvores e limpeza das margens de rios, entre outras aplicações de difícil acesso para uma lâmina de barra de tração. Escarificador traseiro: montado no chassi traseiro das motoniveladoras, ele ajuda a desagregar asfalto e outros


Foto: Esco Soldering

IMPLEMENTOS materiais compactados, antes de se utilizar a lâmina. Também pode ser empregado na obtenção de uma mistura uniforme de brita e finos para melhorar a compactação de calçadas. Bloco de empuxo: o bloco de empuxo é montado na placa dianteira do equipamento e desempenha duas funções básicas: como contrapeso, para garantir a distribuição de pesos após a instalação do escarificador traseiro, e como ponto para empurrar, nas aplicações que utilizam a máquina como equipamento de empuxo (pusher). Esteira de aço: montada diretamente nos pneus do equipamento, ela permite seu deslocamento em terrenos encharcados, escorregadios ou de baixa capacidade de sustentação. Valetadeira: este implemento é indicado para a aber-

perfuratriz, por exemplo, podem ser usadas na escavação de postes, de mourões de cercas e plantio de árvores. Já as vassouras permitem sua aplicação em limpeza de ruas, áreas industriais e ope- Garra operando no manuseio de materias rações de fresagem ou restauração de pavimentos. Ao utilizarem caçamba com garra, dispositivo que aumenta a capacidade de enchimento da ferramenta, elas podem trabalhar na limpeza de entulhos. ESCO SOLDERING A empresa produz ferramentas para aplicação em equipamentos de diversas marcas, como caçambas para escavadeiras de grande porte, modelos extra-reforçados para operações severas e caçamba para carregadeiras rebaixadas, usadas em mineração subterrânea. A garra desenvolvida pela fabricante encontra aplicação em serviços de recolhimento de toras de árvores. Fabricada em aço estrutural de alta resistência mecânica, ela está disponível em modelos de 0,4 m² a 1,35 m² e sua versão para movimentação de blocos de granito tem capacidade para até 40 t. A empresa também produz lâminas para corte de estéril, em modelos de 16 m³ a 40 m³ de capacidade, para serem acopladas a tratores de esteiras.

Caçamba com abertura de fundo

tura de valetas estreitas em passagem de redes de telecomunicações, energia etc. Devido ao seu perfil estreito, a valetadeira remove o mínimo de material escavado para instalação de dutos e cabos, reduzindo o impacto da obra no ambiente de entorno. Minicarregadeiras: juntamente com o lançamento da sua linha de minicarregadeiras, em agosto último, a Volvo apresentou ao mercado uma ampla gama de acessórios para operação desses equipamentos, como compactador de solos, perfuratriz, vassoura coletora e outros. Disponíveis em cinco modelos, com capacidade de carga entre 635 kg e 1.088 kg, as minicarregadeiras adquirem nova função ao se acoplar uma dessas ferramentas. Com a

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THORCO Além dos diversos modelos de garfos, para uso em mineração de granito, manuseio de toras e transporte de materiais paletizados, a empresa fabrica garras para serviços em usinas de cana-de-açúcar e operações florestais, entre outras aplicações. O leque de soluções desenvolvidas pela Thorco inclui ainda os sistemas de engate rápido hidráulico para carregadeiras e lâminas para tratores de esteiras. Suas caçambas para escavadeiras e carregadeiras atendem às mais diversas necessidades, desde a movimentação de solos (uso geral), até a caçamba graniteira, para operações em rocha, com fertilizantes, bagaço de cana, cavacos de madeira e ampla variedade de materiais. A empresa desenvolve ainda projetos especiais sob medida, como caçambas para maior altura de despejo, modelos com pinça ou trapezoidais (para uso nas retroescavadeira, em serviços de abertura de valas).

Catepillar: www.cat.com.br Esco Soldering: www.escosoldering.com.br JCB: www.jcb.com Thorco: www.thorco.com.br Volvo: www.volvo.com/constructionequipment


III Congresso Brasileiro de MND - Métodos Não Destr utivos I No-Dig Edição Latino-Americana 13 a 15 fevereiro 2008 • Hotel Transamérica • São Paulo • SP • Brasil VENHA PARTICIPAR DESSE IMPORTANTE ENCONTRO !!!

TEMÁRIO

• Conferências Internacionais

• Engenharia e Geotecnia nas obras de

• Mesas Redondas e Painéis • Sessões Técnicas

Infra-estrutura do subsolo • Engenharia e Segurança do trabalho

COLÓQUIO ISTT

• Impactos Ambientais • Legislação e Responsabilidade Civil • Materiais e Equipamentos • Novas aplicações de MND • Redução dos Custos Sociais nas Obras de Infra-estrutura

A reunião de professores da ISTT (International Society for Trenchless Technology - Londres), será realizada durante o evento, trazendo para o nosso convívio Universidades e seus representantes, com larga experiência no setor.

• Tecnologias atuais e futuras na área de MND

CURSOS PRÉ-CONGRESSO • Perfuração Horizontal Direcional (HDD) • Substituição de Tubulações (Pipe-bursting)

EXPOSIÇÃO TÉCNICA PARALELA Entre em contato e garanta seu lugar nesse evento único !

INFORMAÇÕES

Fone: 55 11 3871-3626 E-mail: nodigbrasil2008@acquacon.com.br Site: www.acquacon.com.br/nodigbrasil2008 PROMOÇÃO

PATROCÍNIO

APOIO

TEMA CENTRAL „UMA CIDADE SEM VALAS‰ ORGANIZAÇÃO


TABELA DE CUSTOS

CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTOS COSTO POR HORA DE EQUIPOS Propriedade

Manutenção

Mat. Rodante

Comb./ Lubr.

Caminhão basculante articulado 6x6

R$ 64,46

R$ 47,42

R$ 11,19

R$ 30,66

R$ 153,72

Caminhão basculante fora de estrada 30 t

R$ 39,89

R$ 23,95

R$ 11,19

R$ 22,23

R$ 97,26

Caminhão basculante rodoviário 6x4 (26 a 30 t)

R$ 20,48

R$ 14,40

R$ 6,79

R$ 7,67

R$ 49,33

Caminhão basculante rodoviário 6x4 (36 a 40 t)

R$ 30,94

R$ 23,21

R$ 7,04

R$ 15,33

R$ 76,52

Caminhão comboio misto 4x2

R$ 17,44

R$ 11,92

R$ 3,24

R$ 5,21

R$ 37,82

Caminhão guindauto 4x2

R$ 18,67

R$ 12,80

R$ 3,24

R$ 5,21

R$ 39,92

Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³)

R$ 29,40

R$ 15,40

R$ 3,13

R$ 13,03

R$ 60,97

Carregadeira de pneus (2,5 a 3,5 m³)

R$ 44,20

R$ 22,73

R$ 10,49

R$ 18,40

R$ 95,82

Compressor de ar portátil (250 pcm)

R$ 7,68

R$ 6,96

R$ 0,04

R$ 21,77

R$ 36,45

Compressor de ar portátil (750 pcm)

R$ 15,87

R$ 13,55

R$ 0,11

R$ 52,43

R$ 81,95

Escavadeira hidráulica (15 a 17 t)

R$ 41,50

R$ 26,75

R$ 1,61

R$ 13,80

R$ 83,65

Escavadeira hidráulica (20 a 22 t)

R$ 44,20

R$ 27,67

R$ 2,17

R$ 32,19

R$ 106,23

Escavadeira hidráulica (30 a 34 t)

R$ 81,25

R$ 50,07

R$ 4,01

R$ 45,99

R$ 181,32

Motoniveladora (140 a 180 hp)

R$ 49,98

R$ 29,40

R$ 3,74

R$ 26,06

R$ 109,18

Motoniveladora (190 a 210 hp)

R$ 49,00

R$ 29,00

R$ 3,49

R$ 30,66

R$ 112,15

Retroescavadeira

R$ 22,31

R$ 12,46

R$ 1,73

R$ 12,26

R$ 48,77

Trator agrícola

R$ 14,80

R$ 7,35

R$ 1,30

R$ 15,33

R$ 38,78

Trator de esteiras (100 a 120 hp)

R$ 57,09

R$ 29,55

R$ 2,87

R$ 19,93

R$ 109,44

Trator de esteiras (160 a 180 hp)

R$ 56,00

R$ 29,13

R$ 6,18

R$ 32,19

R$ 123,50

Trator de esteiras (300 a 350 hp)

R$ 138,13

R$ 71,07

R$ 19,60

R$ 56,72

R$ 285,52

Equipamento

Total

Os valores acima, sugeridos como padrão pela Sobratema, correspondem à experiência prática de vários profissionais associados, mas não devem ser tomados como única possibilidade de combinação, uma vez que todos os fatores podem ser influenciados pela marca escolhida, local de utilização, condições do terreno ou jazida, ano de fabricação, necessidade do mercado e oportunidades de execução dos serviços. Valores referentes a preço FOB em São Paulo (SP). Maiores informações no site: www.sobratema.org.br.

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Fotos: Eutectic

MANUTENÇÃO

MAIOR LONGEVIDADE PARA AS

CAÇAMBAS Uma correta política de manutenção preventiva resulta em economia na operação e essa máxima pode ser facilmente comprovada nos cuidados com as caçambas usadas em escavadeiras e pás-carregadeiras. Nas atividades de mineração, por exemplo, onde trabalham sob severas condições de desgaste, sua vida útil aumenta em até três vezes quando elas são submetidas a uma rigorosa manutenção preventiva. Considerando que o valor de mercado de uma caçamba de 200 t de capacidade gira em torno de R$ 2 milhões, o tempo e o dinheiro investidos são mais que justificados. A inspeção periódica das caçambas deve tornar-se um hábito. As áreas mais sujeitas às agressões são o fundo, as laterais, o bojo e a parte inferior, que ficam expostas ao contato direto com o material escavado. Os proble-

mas mais recorrentes nesse tipo de operação se relacionam aos desgastes e trincas. No caso de desgastes, a recomendação é trocar a área comprometida, que deve ser removida com maçarico e substituída por uma nova chapa de aço recortada, com tamanho suficiente para a cobertura da área danificada. Tipos de eletrodos Para isso, recomenda-se o uso de chapas bimetálicas de aço-carbono com revestimento de solda. A soldagem dessa chapa deve ser feita com eletrodo AWS E 7018 ou pelo processo MIG/MAG, com o uso de arame sólido 70 S6 ou de arame tubular E71-T1. Se a caçamba operar em situações de grande impacto, é aconselhável usar chapa de aço laminado de elevada dureza, na faixa de 400 HB (Brinnel).

Aqui cabe uma observação. O eletrodo tem, em média, um custo 50% inferior ao do arame tubular. Porém a deposição do primeiro se dá a uma razão de 1 kg/h, enquanto o rendimento na aplicação de arame tubular atinge a faixa de 4 kg/h. Optar por um ou outro, portanto, resume-se a

Cordões de solda reduzem o desgaste da caçamba

59


MANUTENÇÃO uma análise de custo/benefício. Se o reparo envolver uma caçamba de grande porte ou muito danificada, o uso de arame tubular pode representar a opção mais econômica.

uso de ar comprimido. Basta aplicar o eletrodo especial de chanfro, utilizando uma corrente elétrica entre 250 A e 400 A, de acordo com a bitola do arame. O chanfro deve ser realizado em movimentos contínuos (de vaivém), para que o material fundido seja expelido, e após o reparo recomenda-se um novo ensaio com líquido penetrante, para confirmar o sucesso da operação. Eliminada a fissura, o chanfro deverá ser preenchido com os mesmos eletrodos empregados no reparo de trincas maiores. Em ambos os casos, porém, antes da aplicação do eletrodo a área afetada precisa ser aquecida previamente (operação de “quebra-gelo”) com maçarico de oxiacetileno ou GLP,

básicos de geometria, cuja escolha depende do tipo de material manuseado. Para rochas com granulometria superior a 50 mm, por exemplo, o ideal é usar uma geometria xadrez. Quando a operação envolve maIdentificando microfissuras teriais de menor granulometria, A identificação de trincas ou fissurecomenda-se o xadrez com ponto. ras requer uma inspeção cuidadosa, Em ambos os casos, os cordões e os pois à exceção dos danos maiores, pontos devem ser aplicados em camamuitas delas são praticamente “invidas com cerca de 3 mm a 4 mm de síveis” a olho nu. Para localizar as miespessura acima da chapa. Para maior crofissuras, o procedimento adotado precisão nesse serviço, a malha pode é o ensaio de líquido penetrante (LP), ser traçada previamente com giz, na que emprega três sprays de fácil aplisuperfície da caçamba, de forma a se cação. O primeiro deles tem a função estabelecer um roteiro para a soldade limpar a área em questão e o ougem. Primeiro se aplicam todos os tro compreende o líquido penetrante, cordões num sentido e, depois, todos que se instala no interior da trinca e no outro. Cada quadriculado deve identifica sua existência. Para medir cerca de 50 x 50 mm e isso, um terceiro spray, que o ponto central, se aplicado, tem a função de revelador, deve ter cerca de 15 mm de deve ser aplicado 10 minutos diâmetro. após o LP. À medida que esse Um procedimento mais ralíquido fica seco, as trincas e dical, recomendado para situfissuras aparecem marcadas ações de elevada abrasividade, com a cor vermelha. é a forração da superfície da No caso das fissuras e trincaçamba com chapas especas maiores, a área compromeciais bimetálicas. Com 13 mm tida deve ser chanfrada com o de espessura, dos quais 8 mm uso de eletrodo de grafite. Em correspondem ao aço-carbono seguida, aplica-se esmeril para e 5 mm ao revestimento duro, remover a camada de carbono elas devem ser aplicadas com remanescente daquela opesolda automatizada. ração (desbaste de cerca de 1 As chapas bimetálicas são mm de espessura). Um novo Revestimento: panos desalinhados evitam desagate nos rejuntes recortadas por processo plasensaio com líquido penetrante deve até atingir uma temperatura entre ma em panos retangulares de 200 mm ser feito para certificar-se de que o 100ºC e 150ºC. A aplicação da solda x 400 mm. Esses panos devem cobrir dano foi eliminado por completo e, deve seguir os procedimentos indica- toda a superfície da caçamba, de forem caso negativo, retoma-se nova- dos pelas normas da AWS e ela deve ma irregular, isto é, de modo que suas mente o procedimento anterior. ficar com uma camada de 1 mm a 9 arestas estejam desalinhadas. Se eles Se o ensaio não revelar a existên- mm acima da chapa a ser soldada. ficarem alinhados, tal como os ladricia de microfissuras, a área chanfrada Essa medida irá variar em função da lhos de uma parede, o rejunte entre pode ser preenchida com solda, para espessura da chapa. cada retalho fica sujeito a maior desa qual se recomenda o uso do mesmo gaste provocado pelo material abramaterial empregado na soldagem das Proteção contra desgaste sivo que é manuseado. Esses panos chapas bimetálicas ou de aço-carboOutra medida eficaz para a prote- devem ser soldados à superfície da cano. No entanto, se a caçamba operar ção das caçambas contra desgastes çamba com o uso dos eletrodos já insob condições de alto impacto, o ide- acelerados é a aplicação de cordões de dicados e as junções entre eles devem al é utilizar eletrodo de cromo-níquel solda. Essa técnica evita que o mate- ser preenchidas com arame tubular de AWS E 309-16. rial abrasivo entre em contato direto carboneto de cromo. com a chapa e deve empregar cordões Cuidados na soldagem de carboneto de cromo com dureza Nos reparos de trincas menores, entre 57 e 63 HRC (Rockwell C). Sua Eutectic: www.eutectic.com.br a execução do chanfro dispensa o aplicação pode seguir dois padrões

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INTERNACIONAL

SOBRATEMA VAI À CORÉIA MOSTRAR O BRASIL Durante a feira de equipamentos para construção ConexKorea, associação apresenta aos empresários sul-coreanos as oportunidades de negócios no Brasil e a M&T Expo 2009 Ocupando uma área de 21.384 m², a Conex-Korea 2007 reuniu, em setembro último, as mais recentes novidades desenvolvidas pela indústria sul-coreana de equipamentos para construção. Organizado pela Kocema, a associação de fabricantes do país, o evento aconteceu em Seul e atraiu a visita de mais de 27 mil profissionais do setor, que compareceram à feira para conferir os lançamentos apresentados pelos expositores. A Conex-Korea reuniu 183 expositores, o que representa um crescimento de 13% em relação à edição de 2005, dos quais 107 de origem sul-coreana e 76 provenientes de 16 países da Ásia, Europa e América. Além de contar com a presença de tradicionais fabricantes de equipamentos do país, como a Hyundai e Doosan, o evento atraiu alguns dos principais players globais do setor, como a Volvo Construction Equipment, Komatsu, Kobelco e Putzmeister, entre outros. Fabricantes internacionais de peças e componentes para equipamentos, como a ZF, Sauer-Danfoss e Lincoln, também apresentaram seus produtos na feira. Representando o Brasil, a Sobratema compareceu ao evento e ocupou um estande de 9 m², usado para divulgar as oportunidades de negócios no País e a M&T Expo 2009 aos profissionais sul-coreanos. Em nome da associação, a profissional Denise Alves reuniu-se também com entidades parceiras do exterior, como a AEM (Estados Unidos), JCMA (Japão) e Kocema (Coréia do Sul), e foi convidada a realizar uma apresentação sobre o mercado brasileiro de equipamentos para construção, que atraiu o interesse de cerca de 60 empresários, entre expositores e visitantes da Conex-Korea.

Sobratema va a Corea a mostrar el Brasil La feria Conex-Korea 2007, que ocupó una superficie de 21.384 m², reunió, en setiembre próximo pasado, las más recientes novedades desarrolladas por la industria surcoreana de equipos para la construcción. El evento, organizado por la Asociación de Fabricantes de Maquinaria para la Construcción de Corea (Kocema), tuvo lugar en Seúl y recibió la visita de más de 27 mil profesionales del sector, que acudieron a la feria para conocer los lanzamientos presentados por los expositores. En la Conex-Korea participaron 183 expositores, lo que representa un crecimiento del 13% con respecto a la edición 2005, entre ellos 107

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surcoreanos y 76 originarios de 16 países de Asia, Europa y América. Sobratema, representando el Brasil, participó en el evento con el objetivo de dar a conocer las oportunidades de negocios que ofrece el país y divulgar la M&T Expo 2009 entre los profesionales surcoreanos. La asociación también mantuvo contacto con entidades del exterior similares a ella, como la AEM (Estados Unidos), JCMA (Japón) y Kocema (Corea del Sur), y fue invitada a dictar una charla sobre el mercado brasileño de equipos para la construcción que despertó el interés de aproximadamente de 60 empresarios, entre expositores y visitantes de la Conex-Korea.


CONHEÇA AS INOVAÇÕES EM TECNOLOGIA DE EQUIPAMENTOS APRESENTADAS NA EXPOSIBRAM 2007

Leia na próxima edição Terceirização Estratégias para otimizar a manutenção Tecnologia da Informação Softwares para gestão da frota Bombeamento x Rebaixamento de lençol freático Soluções para esgotar a praça de operações

Manutenção Sistemas de alimentação da britagem E mais: Reportagens com usuários de máquinas pesadas, entrevistas, custo horário de equipamentos e demais informações úteis para os profissionais de equipamentos e manutenção.

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PERFIL

Unidos, juntamente com a Índia – que tem 175 projetos no valor de US$ 50 bilhões – e a China – dona do maior projeto de rodovias pedagiadas do mundo – formam o trio de países mais atrativos para investidores do setor. M&T – Por que o Brasil não integra essa lista?

MOACYR SEVILHA DUARTE

EM DEFESA DE UM MODELO QUE DEU CERTO O Programa Brasileiro de Concessão de Rodovias está completando dez anos de existência em um clima de otimismo diante dos novos lotes licitados pelo governo federal. Para Moacyr Sevilha Duarte, presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), esse novo cenário representa a oportunidade de o País recuperar o tempo perdido nos últimos anos nessa área. Em entrevista à revista M&T, Duarte reforça sua preocupação com a falta de um marco regulatório para as concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) na área de rodovias. “Isso torna nossos projetos menos atrativos aos investidores internacionais”, diz ele. Veja, a seguir, os principais trechos da entrevista:

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M&T – O Brasil está perdendo o passo da história diante dos avanços que outros países vêm registrando na concessão de rodovias? Duarte – Na verdade, o Brasil também está adiantado nas concessões rodoviárias. A diferença é que o País avançou bastante no início dos anos 1990 e depois estagnou na década seguinte. Enquanto isso, países como os Estados Unidos, por exemplo, que começaram a trabalhar com concessões há poucos anos, impuseram um ritmo acelerado e contínuo a esse processo. Atualmente, os Estados

Duarte – Essa última etapa das concessões federais envolveu sete lotes, totalizando 2.600 km, cujas regras foram alteradas três vezes antes da licitação. Isso torna o programa menos atrativo aos investidores internacionais, embora o País necessite urgentemente ampliar e modernizar suas estradas. Se não tivermos regras que inspirem a devida confiabilidade ao longo dos anos e sinalizem a disposição de cumpri-las, podemos ficar sem os recursos necessários, já que os investidores dispõem de grandes oportunidades em outros países. Mesmo assim, nossos projetos são atrativos, como demonstra o resultado da última licitação federal, na qual seis dos sete lotes concedidos foram arrematados por grupos do exterior. M&T – Processos mal-sucedidos, como o ocorrido em Santa Catarina, podem ameaçar as concessões em andamento? Duarte – O que aconteceu em Santa Catarina foi uma concessão malsucedida, que acarretou um prejuízo de R$ 580 milhões para o Estado.

Se não tivermos regras que inspirem confiança e sinalizem a disposição de cumpri-las, ficaremos sem os recursos externos necessários" Não é de se espantar que o governo tenha ficado com aversão ao processo. Mas isso não pode continuar e Santa Catarina seria o maior beneficiado com a continuidade do processo, uma vez que as estradas não


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

concedidas apresentam um alto índice de acidentes e de morbidez em função de suas péssimas condições de tráfego. M&T – Qual o saldo do setor após quase dez anos de concessão rodoviária?

Moacyr Sevilha Duarte En defensa de un modelo exitoso El Programa Brasileño de Concesión de Carreteras está cumpliendo diez años de vida en un clima de optimismo gracias a los nuevos lotes licitados por el gobierno federal. Para Moacyr Sevilha Duarte, presidente de la Asociación Brasileña de Concesionarias de Autopistas (ABCR, sigla en portugués), esta nueva coyuntura representa la oportunidad que tiene el país de recuperar el tiempo perdido durante los últimos años en esta área. En una reciente entrevista a la revista M&T, Duarte expresa su preocupación con la ausencia de un marco regulador tanto para las concesiones como para las Asociaciones Público-Privadas (PPP, sigla en portugués) en el área vial. “Por eso nuestros proyectos resultan menos atractivos a los inversores internacionales”, opina. M&T –¿El Brasil está perdiendo el tren de la historia frente a los avances que otros países han logrado en concesión de carreteras? Duarte – En realidad, el Brasil también está adelantado en el área de concesiones de carreteras. La diferencia es que el país progresó bastante a comienzos de los años 1990 y en esta década se ha estancado. Mientras tanto, países como los Estados Unidos, por ejemplo, que comenzaron a trabajar con concesiones hace pocos años, han imprimido un ritmo acelerado y continuado al proceso. Actualmente, los Estados Unidos, India –que tiene 175 proyectos por valor de 50.000 millones de dólares – y China – que han puesto en marcha el mayor proyecto de autopistas del mundo – forman el trío de países más atractivos para los inversores del sector.

Duarte – Apesar de administrarem menos de 6% das rodovias pavimentadas do País, as concessionárias privadas têm investido consideravelmente nas estradas sob sua responsabilidade. Ao todo, temos 36 concessões privadas em operação no Brasil, sendo uma delas municipal, 29 estaduais e seis federais. Entre obras acabadas e em andamento, essas empresas estão investindo um total de R$ 12 bilhões. Para as sete concessões licitadas pelo governo federal, o investimento deverá ser da ordem de R$ 20 bilhões nos próximos 25 anos. Além disso, ainda podemos esperar mais seis lotes de concessão em São Paulo e outras parcerias público-privadas (PPPs) que estão em andamento

em estados como Minas Gerais, Goiás e Pernambuco. M&T – Como os fabricantes de equipamentos de construção estão contribuindo para o avanço tecnológico em obras e operação de rodovias no Brasil? Duarte – As concessões contribuíram de forma inegável para o avanço da engenharia rodoviária, pois o investidor privado procura soluções voltadas ao maior desempenho e durabilidade do pavimento. Isso impulsionou o desenvolvimento de novas técnicas e equipamentos de construção. É notável, por exemplo, o avanço apresentado pelas máquinas usadas em pavimentação de concreto, bem como a adoção de novos pavimentos e o uso do asfalto borracha. Como essas empresas já superaram a fase de obras pesadas, a maior demanda atualmente se concentra na melhoria da operação das malhas existentes. Nessa área é que estão ocorrendo os maiores avanços, como as tecnologias de cobrança eletrônica de pedágio e a implantação do Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos.

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Betoneira vence o desafio do concreto branco Uma autobetoneira modelo DB 250S, da marca italiana Fiori, marcou presença na execução de um dos pontos nevrálgicos da obra que promete se tornar uma referência arquitetônica no Brasil: o Museu Iberê Camargo, que está em fase final de construção às margens do rio Guaíba, em Porto Alegre (RS). Projetado pelo premiado arquiteto português Álvaro Siza, o edifício foi concebido para uma completa integração à paisagem local, destacando-se pelo efeito cromático resultante do reflexo dos raios solares nas águas do Guaíba. Para isso, Siza projetou uma edificação na qual todas as estruturas deveriam ser executadas em concreto branco, o que impôs o desafio de desenvolver essa tecnologia ainda pouco usual no País. Como o prédio não contará com revestimentos externo e interno, a concretagem das estruturas demandou pesquisas para a correta seleção dos materiais, processos construtivos e equipamentos usados, de forma a se obter máxima qualidade no acabamento das estruturas. O desenvolvimento do concreto branco, por exemplo, começou com a definição de um traço que satisfizesse as demandas técnicas e cromáticas preliminares da equipe de projeto portuguesa. Cada traço foi avaliado sob o ponto de vista mecânico, de durabilidade e cromático, resultando na opção pelo uso de rochas calcárias e areia artificial, além de fíler calcário, para a melhor cromaticidade superficial. Para iniciar a fabricação dos protótipos, o traço de concreto branco preliminar, definido em laboratório, foi ajustado com base nas experiências da Camargo Corrêa Cimentos, que forneceu o produto, e das características dos agregados e aditivos selecionados para a obra. Dentre os ajustes realizados incluem-se a adição de retardador de pega, para

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proporcionar maior trabalhabilidade ao concreto, e um maior teor de finos, com o intuito de garantir o bom acabamento superficial. A relação água-aglomerante foi elevada para 0,47, com adição de 5% de sílica ativa, e toda a produção do concreto branco teve certificação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Todo esse cuidado, entretanto, poderia ser perdido durante o processo de produção do concreto branco, onde a homogeneidade da mistura é um quesito fundamental. Nesse ponto, a autobetoneira DB 250S contribuiu para a qualidade da concretagem com uma mistura eficiente. Dotada de balão com capacidade para 2,5 m³ e uma produção de 7,5 m³/hora, ela é compacta e permite transportar o concreto até a frente de lançamento, mantendo-o em movimento durante o processo de concretagem. Comercializado pela Copex, o equipamento é autocarregável e conta com sistema de pesagem eletrônica para a dosagem dos agregados e da água. Durante toda a obra, a empresa forneceu acompanhamento técnico à operação da autobetoneira, para assegurar máxima disponibilidade num processo onde interrupções poderiam comprometer a qualidade final da estrutura concretada. O projeto do museu, que está sendo construído pela Fundação Iberê Camargo, para reunir a obra do artista gaúcho e criar um espaço de arte e lazer em Porto Alegre, foi premiado antes mesmo de tornar-se realidade. A ousadia de Siza na concepção de estruturas que criam um jogo de luzes e texturas rendeu ao projeto a condecoração com o Leão de Ouro na 8ª Bienal de Arquitetura de Veneza, um dos mais importantes eventos do setor. ✎ Copex: www.copex.com.br



ESPAÇO ABERTO

Rompedor inteligente otimiza a demolição Com mais de 160 equipamentos já vendidos e em operação no Brasil, os rompedores hidráulicos da italiana Italdem estão disponíveis em modelos de 19 kg a 4.000 kg, para aplicação em máquinas portadoras de 1 t a 65 t de peso operacional, respectivamente. São rompedores do tipo “inteligente”, pois possuem um sistema de compensação variável de golpes que reconhece a dureza do material a ser demolido e proporciona equilíbrio entre a energia de impacto e a freqüência dos golpes, aumentando a produtividade na execução do serviço. O maior modelo da linha, por exemplo, produz uma energia de 8.300 J (joules) a uma freqüência entre 450 e 600 batidas por minuto (bpm). Trata-se do modelo GK 3800, indicado para escavadeiras de 40 t a 65 t, que opera com ferramenta de 185 mm de diâmetro, atinge potência de 112 hp e pressão de 200 bar (regulada na máquina). Os rompedores são distribuídos no Brasil pela Pró Eletro, que dispõe de uma rede de representantes em todo o País. A empresa também oferece assistência técnica e suporte de peças aos clientes, além de comercializar uma ampla linha de ponteiras e componentes para todas as marcas de rompedores hidráulicos, cunhas hidráulicas, ferramentas de perfuração de rochas, minicarregadeiras, skid loaders, autobetoneiras, dumpers e empilhadeiras, entre outros equipamentos. ✎ Pró Eletro: www.perfproeletro.com.br

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Semi-reboque mais leve Fabricado em chapa de aço de elevada resistência, o semi-reboque basculante lançado recentemente pela Rossetti é indicado para o transporte de minérios finos e agregados de construção civil. Segundo Daniel Rossetti, gerente de Engenharia de Vendas e Marketing da empresa, o sistema construtivo e os materiais usados na sua fabricação conferem ao implemento um peso de 6.980 kg, cerca de 15% menor em comparação a outros modelos. “Devido ao tipo de aço usado, pudemos reduzir a espessura da chapa sem comprometimento à durabilidade do produto, diminuindo o transporte de peso morto e conferindo maior

capacidade ao semi-reboque”, diz ele. O equipamento tem capacidade para transportar 25 m³ de material ou 35 t. ✎ Rossetti: www.rossetti.com.br

Shell apresenta serviços e lubrificantes Videocheck é o serviço oferecido pela Shell para inspeção visual da superfície de componentes de difícil acesso em motores a diesel, como câmaras de combustão, paredes dos cilindros e coroa do pistão, sem a necessidade de desmontagem das peças. Para isso, a empresa disponibiliza equipamentos para a videoscopia, proporcionando um monitoramento eficiente dos motores, de forma a acompanhar seu desgaste e reduzir os custos operacionais do usuário. Ele é oferecido a empresas com

frota acima de 10 veículos a diesel. A tecnologia foi apresentada aos usuários durante a 16ª Fenatran, realizada em São Paulo, em outubro, juntamente com o sistema Shell E-Quip, um suporte via internet para monitorar o desempenho dos motores e prever eventuais falhas. Durante o evento, a empresa apresentou ainda sua linha de lubrificantes, como o óleo Rimula, indicado para motores a diesel, e o Spirax, para lubrificação de eixos e sistemas de transmissão. ✎ Shell: www.shell.com.br

Bitrem para todo tipo de carga A Pastre apresentou ao mercado o bitrem multi uso como uma solução eficiente para transporte de cargas diversas, como materiais a granel, ensacados, paletizados e outros. Com 57 t de peso bruto total combinado (PBTC), ele realiza basculamento unilateral esquerdo, na caixa dianteira, e basculamento traseiro, na caçamba de trás. Ele possui um sistema de bandeja lateral para escoamento, com abertura e fechamento acionado por cilindros hidráulicos de dupla ação e tampa na parte traseira para descarga em tombadores, com grande área de escoamento. Fabricado em aço de alta resistência, ele conta com freios ABS/EBS, suspensão pneumática e acabamento interno

das caçambas com jateamento de granalha de aço, fundo primmer anticorrosivo e pintura em poliuretano (PU). Cada unidade do bitrem tem capacidade para 22 m³ ou 25 m³, totalizando uma tara de 11,6 t ou 11,8 t, respectivamente. ✎ Pastre: www.pastre.com.br



ESPAÇO ABERTO

Vipal promove ação ambiental Durante a 16ª Fenatran, a Borrachas Vipal apresentou toda a sua linha de produtos para reforma e reparo em pneus e câmaras de ar, incluindo a banda de rodagem DV-RL, cujos ombros foram projetados para reduzir os efeitos de arraste lateral, proporcionando baixa resistência ao rolamento e preservando a integridade da carcaça nas operações em médias e longas distâncias. Segundo a empresa, a linha 100 (VU 100, VT 100 e VL 100), por exemplo, proporciona ótima relação custo/benefício ao reformador com maior desempenho para o usuário final. O VU 100 é indicado para pneus usados em transporte urbano de cargas, enquanto o VT 100 se destina ao tráfego em rodovias pavimentadas e o VL 100 encontra aplicação nos eixos livres, já que seus ombros arredondados minimizam os efeitos de arraste

lateral. Segundo Rodrigo Refatti, coordenador de Marketing da empresa, a reforma de um pneu economiza, em média, 57 litros de petróleo, além da energia elétrica usada em sua fabricação e da matéria-prima empregada, que é um recurso não-renovável. Tudo isso sem contar os ganhos de custos para o frotista, que aproveita melhor seus investimentos com mais vidas para o pneu. Por esse motivo, a empresa lançou o projeto ambiental “Sementes de Atitude”, cuja ação inicial estimulou o plantio de sementes de ipê roxo, jacarandá e pau-formiga. Para isso, a empresa distribuiu essas sementes (inclusive em seu estande na Fenatran), mas o projeto se estende por meio da difusão de ações ambientalmente corretas por meio de um site na internet. ✎ Vipal: www.vipal.com.br





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regiões do Brasil com mecânicos residentes na obra x Maior disponibilidade mecânica x Monitoramento via satélite das principais funções do equipamento (KOMTRAX) x Medições mensais por horímetro x Segurança para o cronograma da obra x Equipamentos com seguro incluso

Pás Carregadeiras

WA200 WA320 WA380 WA430 WA500

Capacidade da Caçamba 1,7 - 2,4m3 2,5 - 3,2m3 2,7 - 4,0m3 3,1 - 4,6m3 4,3 - 5,6m3

Escavadeiras Hidráulicas

PC120 PC160LC PC200 PC200LC PC350LC PC450 PC600

0,34 - 0,70m3 0,65 -1,2m3 0,8 - 1,2m3 0,8 - 1,5m3 1,4 - 2,5m3 1,9 - 2,5m3 1,57 - 3,81m3

89HP 111HP 133HP 133HP 242HP 330HP 429HP

12.600kg 17.000kg 19.850kg 21.300kg 34.300kg 43.000kg 60.000kg

Tratores de Esteiras

D41E D51EX D61EX D155

Capacidade da Lâmina (SAE) 2,9m3 2,9m3 3,8m3 9,4m3

Potência do motor 110HP 130HP 170HP 360HP

Peso Operacional 10.700kg 14.000kg 18.040kg 39.500kg

Motoniveladoras

GD555 GD655

140-160HP 165-190HP

16.700kg 18.000kg

3,71m 3,71m

Potência do Motor 127HP 170HP 187HP 217HP 357HP

Peso Operacional 10.300kg 14.310kg 16.230kg 18.350kg 32.150kg

Bauko Máquinas S/A – Komatsu Rental Matriz: Rua Santa Erotildes, 200 – Osasco/SP – Fone (11) 3693 9364 fax (11) 3693 9320 – e-mail: komatsurental@bauko.com.br Filial Rio Claro: Rodovia Washington Luis – SP310 – Km 172 Industrial A2 – Rio Claro/SP – fone (19) 3523 4004

estúdio HO

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