Revista M&T - Ed. 109 - Dez / Jan 2008

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Revista M&T - Manutenção & Tecnologia Nº109 - Dez/Jan - 2008 - www.sobratema.org.br

PLATAFORMAS AÉREAS NOVA NORMA IMPULSIONA O MERCADO

PLATAFORMAS PARA TRABAJO AÉREO NUEVA NORMA IMPULSA EL MERCADO

MANUTENÇÃO PRÓ-ATIVA nº 109 - Dez/Jan - 2008

A tática de se antecipar ao problema MANTENIMIENTO PROACTIVO La táctica de anticiparse al problema


Qualidade e Confiabilidade

ANÚNCIO Foto meramente ilustrativa

Quando a sua necessidade for alta produção, COM EXTREMA FORÇA E POTÊNCIA, aliada à Qualidade, Confiabilidade e Economia, a decisão certa sempre é uma das nossas CARREGADEIRAS DE RODAS.

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EDITORIAL

Que venha 2008 Numa economia pendular como a nossa, acostumada a alternar momentos de crescimento virtuoso e de crise profunda, é de se elogiar o comportamento do mercado brasileiro diante da recessão norte-americana. Com a estabilidade econômica apoiada em parâmetros até então nunca obtidos, o País está reagindo bem aos ventos que vêm do Norte e, a exemplo dos demais mercados globais, é possível projetar um período de crescimento para 2008. Se 2007 se pautou pelo aumento das exportações e pela retomada dos investimentos em infra-estrutura, este ano o movimento deve continuar apontando para o mesmo sentido. Nas áreas de rodovias, ferrovias e geração de energia, entre outros segmentos, as licitações realizadas no ano passado representaram o início dos projetos a serem implantados em 2008, com vistas a acelerar o crescimento do País. Em meio a este clima positivo, que impulsiona o mercado de equipamentos para construção e mineração e exige um intercâmbio cada vez maior entre os profissionais da área, a Sobratema completa 20 anos em 2008. Nessas duas últimas décadas, a associação se orgulha de ter contribuído com o setor com programas voltados ao aperfeiçoamento técnico-gerencial do homem de equipamentos. Estamos otimistas, mesmo diante dos solavancos da economia norte-americana, de que teremos um ano de crescimento bastante positivo. Boa leitura e um ótimo 2008 a todos os que, ao logo destas duas últimas décadas, vêm acreditando no trabalho sério da Sobratema.

Que venga el 2008 En una economía pendular como la nuestra, en la cual suelen alternarse momentos de crecimiento virtuoso y de crisis profunda, no se puede dejar de elogiar el comportamiento del mercado brasileño frente a la recesión estadounidense. Gracias a la estabilidad económica basada en parámetros nunca antes vistos, el Brasil está enfrentando bien los vientos que llegan del Norte, al igual que otros mercados mundiales, lo que permite entrever un período de crecimiento en el 2008. Si el 2007 se caracterizó por el aumento de las exportaciones y la reactivación de las inversiones en infraestructura, este año se observa una tendencia que apunta en el mismo sentido. Las licitaciones realizadas el año pasado en las áreas de carreteras, ferrocarriles y generación de energía, entre otras, representaron el inicio de los proyectos que van a ejecutarse en el 2008 con el objetivo de acelerar el crecimiento del país. En este clima propicio, que impulsa el mercado de equipos para la construcción y minería, y que exige un intercambio cada vez más intenso y frecuente entre los profesionales del área, Sobratema cumple 20 años en el 2008. La asociación se siente orgullosa de haber contribuido al desarrollo del sector con programas destinados al perfeccionamiento técnico-administrativo del hombre de equipos a lo largo de las dos últimas décadas. Estamos optimistas, incluso frente a las turbulencias de la economía estadounidense, en que el 2008 será un año de crecimiento bastante positivo. Disfruten la lectura y deseo un feliz 2008 a todos los que, a lo largo de estas dos últimas décadas, han reconocido el trabajo serio de Sobratema.


Revista M&T o & Tecnologia

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EXPEDIENTE

SUMÁRIO

Nº10

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Capa: Foto da plataforma modela Genie GS-3246, da Terex Latin America

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nº 109 - Dez/Jan - 2008

Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção Diretoria Executiva e Endereço para correspondência: Av. Francisco Matarazzo, 404 – cj. 401 – Água Branca São Paulo (SP) – CEP 05001-000 Tel.: (55 11) 3662-4159 – Fax: (55 11) 3662-2192

Manutenção Pró-Ativa A tática de se antecipar ao problema Mantenimiento Proactivo La táctica de anticiparse al problema

22 Ferramentas de Penetração Um modelo para cada serviço Herramientas de Corte Un modelo para cada aplicación

Diretor Regional Petrônio de Freitas Fenelon (MG) VPS Engenharia e Estudos Wilson de A. Meister (PR) Ivaí Engenharia de Obras S/A Jose Luis P. Vicentini (BA) Terrabrás Terraplanagem do Brasil S/A Laércio de F. Aguiar (PR) Construtora Queiroz Galvão S/A Antonio Almeida Pinto (CE) Construtora Queiroz Galvão S/A

28 Festa Fiesta Em ritmo de Belle Époque Al ritmo de la Belle Époque

Revista M&T - Conselho Editorial

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Diretoria Técnica

Filiado à:

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Plataformas Aéreas

Comitê Executivo

Comitê Executivo: Cláudio Schmidt (presidente), Paulo Oscar Auler Neto, Silvimar F. Reis, Permínio A. M. de Amorim Neto e Norwil Veloso. Membros: Adriana Paesman, Agnaldo Lopes, Benito F. Bottino, César A. C. Schmidt, Eduardo M. Oliveira, Gino R. Cucchiari, Lédio Augusto Vidotti, Leonilson Rossi, Luiz C. de A. Furtado, Mário H. Marques e Pedro Luiz Giavina Bianchi. Diretor Executivo: Hugo José Ribas Branco Editor: Haroldo Aguiar Repórter: Rodrigo Conceição Santos Revisão Técnica: Norwil Veloso Traduções: Maria Del Carmen Galindez Publicidade: Sylvio Vazzoler, Roberto Prado e Giovana Marques Di Petta Produção Gráfica: DSGE A Revista M&T - Manutenção & Tecnologia é uma publicação dedicada à tecnologia, gerenciamento, manutenção e custos de equipamentos. As opiniões e comentários de seus colaboradores não refletem, necessariamente, as posições da diretoria da SOBRATEMA. Tiragem: 12.000 exemplares. Circulação: Brasil e América Latina. Periodicidade: mensal. Impressão: Parma Auditado por:

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Nova norma impulsiona o mercado Plataformas para Trabajo Aéreo Nueva norma impulsa el mercado

Presidente: Afonso Celso Legaspe Mamede Vice-Presidente: Carlos Fugazzola Pimenta Vice-Presidente: Eurimilson João Daniel Vice-Presidente: Ivan Montenegro de Menezes Vice-Presidente: Jader Fraga dos Santos Vice-Presidente: Jonny Altstadt Vice-Presidente: Mário Sussumu Hamaoka Vice-Presidente: Múcio Aurélio Pereira de Mattos Vice-Presidente: Octávio Carvalho Lacombe Vice-Presidente: Paulo Oscar Auler Neto Vice-Presidente: Silvimar Fernandes Reis Augusto Paes de Azevedo (Caterpillar) - Carlos Arasanz Loeches (Eurobrás / ALEC) - César Schmidt (Liebherr) - Emanuel P. Queiroz (Scania) - Edson R. Del Moro (Engepar) - Eduardo M. Oliveira (Santiago e Cintra) Egberto Rosa Campos (Sersil) - Franz Treu (Atlas Copco) Gilberto Leal Costa - Gino Raniero Cucchiari (CNH) - João Lazaro Maldi Jr. (CCCC) - João Ney P. Colagrossi (Metso) - Luis Afonso Pasquotto (Cummins) - Luis Gustavo Pereira (Tracbel) - Marcos Bardella (Brasif) Mario Humberto Marques (Andrade Gutierrez) - Nathanael P. Ribeiro Jr (Multieixo) - Nelson Costábile Barros (Constran) - Paulo Gama (Goodyear) - Paulo Lancerotti (Sotreq) - Permínio A. Maia de Amorim Neto (Getefer) - Ramon Nunes Vazquez (Mills) - Valdemar Shinhiti Suguri (Komatsu) - Vicente Bernardes - Vicente Cracasso (Equisul) Yoshio Kawakami (Volvo)

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35 Lubrificação Os efeitos da contaminação por água Lubricación Los efectos de la contaminación por agua

42 SEÇÕES SECCIONES Notas Notas ................................................................................................................ Manutenção Mantenimiento ...................................................................................... Tabela de Custos Tabla de Costos ............................................................................ Espaço Aberto Espacio Abierto .................................................................................

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INOVADORAS. As novas Motoniveladoras Cat® Série-M mudarão a sua forma de operar graças a uma série de melhorias incomparáveis. A nova cabine oferece a maior visibilidade do setor e muito mais conforto. Dois controles eletrohidráulicos, do tipo joysticks, simplificam a operação da máquina, além de permitir que os seus operadores trabalhem durante mais tempo, com menos fadiga e terminem os trabalhos com rapidez. Comparados aos convencionais por alavancas, os controles por joystick reduzem em até 78% os movimentos das mãos e dos braços. As novas Motoniveladoras Cat Série-M incorporam outras melhorias: redução no tempo de manutenção do círculo e da lâmina, o exclusivo retorno automático da articulação e a opção do sistema Accugrade®, que pode aumentar a produtividade em até 50%. Visite seu Revendedor Caterpillar e conheça as vantagens das Novas Motoniveladoras Série-M . www.mg-mt.cat.com

©2007 Caterpillar. Todos os direitos reservados. CAT, CATERPILLAR, seus respectivos logotipos, “Amarelo Caterpillar” e o conjunto-imagem POWER EDGE™, assim como a identidade corporativa e de produto aqui usada, são marcas registradas da Caterpillar e não podem ser utilizadas sem permissão.


NOTAS

Sobratema tem nova diretoria A nova diretoria da Sobratema, eleita para o biênio 2008/2009, iniciou sua gestão com o foco na ampliação dos programas aos associados. “O objetivo é aumentar o leque de serviços para o contínuo aprimoramento dos profissionais do setor”, diz Afonso Mamede, presidente da associação. Com isso, ele pretende oferecer ferramentas que complementem as necessidades cotidianas desses profissionais. “Informação e intercâmbio de conhecimento são fundamentais em qualquer setor e, para atender essa demanda, investimos em workshops, na revista M&T, em missões técnicas a eventos no exterior e na organização da M&T Expo.” Com essa diretriz, entre as atividades desenvolvidas pela Sobratema também se incluem a ampliação dos

treinamentos realizados pelo Instituto Opus para operadores e de três novos programas lançados em 2007: a edição de livros técnicos, do Anuário Brasileiro de Equipamentos para Construção e do estudo “Projeção da Demanda de Equipamentos no Mercado Brasileiro de Construção”. Em sua gestão, a nova diretoria enfrentará o desafio de manter o crescimento da M&T Expo, já consolidada como principal feira de equipamentos para construção e mineração da América Latina. O objetivo, segundo Mamede, é ampliar o evento em cerca de 20% a 25%. “Trata-se de uma meta factível, pois a um ano e meio do evento já contamos com mais de 83% da área vendida e observamos grande interesse de fabricantes nacionais e internacionais, entre eles os asiáticos.”

SEW-Eurodrive inaugura filial em Rio Claro Com investimentos de US$ 8 milhões, no final de 2007 a fabricante de acionamentos SEW-Eurodrive inaugurou uma montadora em Rio Claro (SP). O objetivo, segundo Nelson Marotti, gerente da nova filial, é descentralizar a montagem de seus redutores, motoredutores e conversores de freqüência, proporcionando ganhos de prazo, de custo e logística para os clientes. “Começamos com uma produção de 1.800 equipamentos/mês, mas a previsão é de chegar a 5.000 equipamentos/mês até 2010.” A unidade destina-se a atender as usinas sucroalcooleiras da região, mas seus produtos também encontram aplicação em mineradoras, siderúrgicas, empresas automobilísticas, de bebidas, papel e celulose e indústria de petróleo, entre outras aplicações. Até sua inauguração, a estrutura da empresa somava uma unidade em Guarulhos (SP), com uma fábrica, uma montadora e uma divisão de serviços de manutenção, além de uma unidade de montagem em Joinville (SC), 11 filiais regionais, nove centros de serviços e representantes em todo o território nacional.

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Terex comemora 3.000 máquinas vendidas no Brasil

Em novembro último, a Terex Latin America atingiu a marca de 3.000 equipamentos vendidos no Brasil ao entregar uma plataforma de elevação Genie Z-80 para a Tradimaq, sua distribuidora no estado de Minas Gerais. Esse volume corresponde ao total de plataformas de elevação, torres de iluminação e manipuladores telescópicos comercializados pela fabricante desde o início de suas operações no País, em 1999. Segundo Gustavo Faria, diretor Comercial para a América do Sul, esse tamanho de frota permite que a empresa amplie seu estoque de peças e a estrutura de pós-venda, para se consolidar entre os maiores fabricantes de equipamentos do País. Ele se mostra especialmente otimista em relação à demanda por plataformas elevatórias, impulsionada pelo novo texto da norma NR-18, que regula a segurança do trabalho em construção civil (veja matéria na página 10). “Esperamos vender mais de 1.000 unidades em 2008 só no Brasil.”



NOTAS

Case investe em carregadeiras de grande porte

As pás-carregadeiras 721E e 821E foram apresentadas pela Case como uma aposta da empresa nos modelos de grande porte, voltados para serviços em mineradoras, madeireiras, usinas sucroalcooleiras e obras de infra-estrutura. Segundo o diretor Comercial Roque Reis, a série E desses equipamentos faz parte da plataforma mundial da fabricante, com a qual ele pretende conquistar, no período de três anos, uma participação de 30% no mercado brasileiro de carregadeiras em geral. Atualmente, essa participação da marca é de 27%. “Nos testes realizados com outros modelos da mesma categoria, elas apresentaram uma produtividade 20% superior à concorrência”, diz o executivo. Equipadas com motor eletrônico de 6,7 litros, adequados às exigências internacionais de emissões (Tier III), as máquinas operam com três níveis de potência (máxima, padrão e econômica) e quatro modos de trabalho, o que possibilita melhor performance em diferentes exigências de serviço. A 721E e 821E possuem, respectivamente, motor de 185 hp e 227 hp, sendo indicadas para operar com ca-

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çambas de 2,5 m³ e 3,2 m³. Atingem 15.000 kg de força de desagregação e incorporam uma série de inovações mecânicas. Entre elas estão o controle de rotação de marcha lenta, que reduz o consumo de combustível, e o sistema Colling Box de refrigeração do motor, em forma de cubo e projetado para fornecer ar limpo à temperatura ambiente para todos os trocadores de calor. Localizado no centro da máquina, ele reduz a penetração de impurezas no radiador. Esse componente, aliás, passou para a traseira da cabine, permitindo a montagem do motor na parte de trás da carregadeira, o que facilita o acesso para manutenções e reduz a necessidade de contra-pesos. As carregadeiras também são equipadas com controle automático da temperatura do motor, eixo com sistema antipatinagem, disco de freio em bronze, que atinge uma vida útil 30% maior em relação aos modelos convencionais, e sistema de reversão da hélice como opcional, para a limpeza do radiador. O investimento nos novos modelos, já disponíveis para o mercado brasileiro, foi de R$ 8 milhões.

Haver fornece ensacadeira com selagem por ultra-som A Mineração Horical, localizada na região de Guapiara (SP), será a primeira produtora de cal hidratada do Brasil a usar um sistema de ensacamento rotativo com selagem por ultra-som. O equipamento, fornecido pela Haver & Boecker Latinoamerciana (HBL), confere maior precisão e limpeza na etapa final do processo, quando o produto é ensacado para armazenamento e venda no varejo. Segundo José Luiz Attarian, engenheiro de vendas da HBL, ele tem um dispositivo que sela a válvula dos sacos depois de cheios, antes da expulsão do bico de enchimento. Líder em equipamentos para armazenamento e embalagem de produtos minerais e a granel em geral, a HBL acaba de fechar um contrato com a Votorantim Cimentos para fornecer 11 sistemas completos de ensacamento. Os equipamentos, que realizam o ensacamento automaticamente, serão instalados nas novas unidades produtoras de cimento e argamassa anunciadas pela empresa. Sete deles correspondem a linhas de alta capacidade (até 3.600 sacos de 50 kg por hora).



Foto: Terex

PLATAFORMAS AÉREAS

NOVA NORMA

IMPULSIONA O MERCADO Por Rodrigo Conceição Santos

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Anexo à NR-18 estabelece normas de segurança para serviços em altura nos canteiros de obras. E os fabricantes de plataformas aéreas comemoram o aquecimento nas vendas de equipamentos


Foto: Solaris

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Plataforma em operação na reforma do ginásio Maracanãzinho

Demanda aquecida: em três anos, consumo será a mesmo dos oito anos anteriores

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s trabalhos realizados em grandes alturas, nas atividades de construção civil, mineração, manutenção predial e industrial, exigem muito cuidado com a segurança do operário, pois qualquer acidente pode ser fatal. No que se refere à operação de plataformas aéreas para a elevação de pessoal, entretanto, os procedimentos passam a ser normatizados com a alteração imposta à Norma Regulamentadora 18 (NR-18), do

Ministério do Trabalho, que regula a segurança dos trabalhadores na construção civil. Um anexo à NR-18, publicado em julho de 2007, proíbe o transporte de funcionários nos serviços realizados em alturas elevadas por “equipamentos de guindar não projetados para esse fim”. Com isso, a norma põe fim à prática de se mobilizar guindastes e outros tipos de adaptações, determinando o uso de equipamentos apropriados e dotados de dispositivos de segurança para a operação. Por conta disso, os locadores e fabricantes de plataformas aéreas projetam um crescimento na demanda por esse tipo de equipamento. “Em 2006, o mercado brasileiro, incluindo os segmentos de construção civil, industrial, mineração e outros, adquiriu 450 unidades e, em 2007, esse número saltou para 820 plataformas”, diz Paulo Esteves, diretor Comercial da locadora Solaris. Sua previsão para 2008 é que o mercado brasileiro consuma cerca de 1.200 unidades. O crescimento é vertiginoso ao se considerar que entre 1997, quando esses equipamentos começaram a chegar ao Brasil, e 2005, o mercado adquiriu cerca de 3.000 unidades. “Em três anos, o País vai demandar o mesmo volume que consumiu nos oito anos anteriores.”

Os pontos mais importantes da norma A regulamentação classifica a plataforma aérea de trabalho como um equipamento móvel, que pode ser autopropelido ou não, dotado de um cesto. Sua haste metálica, em forma de tesoura ou lança telescópica, é capaz de erguer-se para atingir locais de trabalho elevados. Com base nesse conceito, foi normatizado que: ● É necessária a aplicação de dispositivos de segurança que garantam seu perfeito nivelamento no ponto de trabalho, conforme especificação do fabricante; ● O painel de comando, com botão de parada de emergência, é item obrigatório; ● É obrigatória a presença de dispositivo de emergência no equipamento, que possibilite abaixar o trabalhador e a plataforma até o solo em caso de pane elétrica, hidráulica ou mecânica; ● É necessária a aplicação de sistema sonoro de sinalização, acionado automaticamente durante a subida e a descida da haste; ● É proibido o uso de cordas, cabos, correntes ou qualquer outro material flexível em substituição ao guarda-corpo; ● É obrigatório o uso de sistemas de proteção contra choques elétricos; ● Todos os trabalhadores que estiverem no cesto devem utilizar cinto de segurança do tipo páraquedista, ligado ao guarda-corpo do equipamento ou a outro dispositivo específico previsto pelo fabricante; ● É vedado o uso de pranchas, escadas e outros dispositivos que visem atingir maior altura ou distância sobre a plataforma; ● É vedada a utilização da plataforma em forma de guindaste.

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Fotos: Solaris

PLATAFORMAS AÉREAS

Para atender essa demanda, a Solaris acaba de investir US$ 20 milhões na aquisição de 450 plataformas, somando um parque de 1.250 unidades disponíveis para locação, em um total de US$ 55 milhões em ativos. “Foi a maior negociação da história do mercado sul-americano e, com isso, passamos a figurar como a maior locadora de plataformas aéreas do continente e entre as 50 maiores do mundo”, afirma Esteves. Além desse negócio, que responde por cerca de 90% do seu faturamento anual de US$ 35 milhões,

a empresa também atua na locação de manipuladores telescópicos, com uma frota de 130 unidades – 50 delas adquiridas recentemente – e comercializa geradores de energia elétrica. Segundo Esteves, o crescimento projetado para 2008 pela Solaris, que planeja ampliar as receitas em 50%, envolve a abertura de quatro filiais, nos estados do Pará, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Goiás, estendendo sua presença a todas as regiões do Brasil. “Também vamos partir para um novo mercado, o de locação de equipamentos de movimentação de

Pátio da Solaris: maior frota da América do Sul

6 B6>DG A>C=6 9: 8DCHIGJv³ PLATAFORMAS PARA TRABAJO AÉREO Nueva norma impulsa el mercado Los trabajos en altura en diferentes sectores, como la construcción civil, minería, mantenimiento de edificaciones e industrial, etc., exigen condiciones que garanticen la seguridad del trabajador, pues cualquier accidente puede ser fatal. Con respecto a la operación de plataformas para subir, bajar y desplazar personal los procedimientos están ahora

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normalizados gracias a la alteración de la Norma Reguladora 18 (NR-18), del Ministerio de Trabajo, que rige la seguridad de los trabajadores en la construcción civil. Un anexo a la NR-18, publicado en julio del 2007, prohíbe el trabajo de personas a alturas elevadas en “equipos de elevación no diseñados para ese fin”.

En consecuencia, la norma restringe la práctica de manipulación de grúas u otros tipos de adaptaciones, determinando el uso de equipos apropiados y dotados de dispositivos de seguridad para ese tipo de operación. Como consecuencia, los arrendadores y fabricantes de plataformas aéreas esperan un incremento de la demanda de

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MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

solo, no qual investiremos US$ 8 milhões este ano.” Tipos de equipamentos A empresa opera apenas com plataformas da marca JLG e, além da disponibilidade para pronta locação, aposta na qualidade dos equipamentos de seu parceiro. O mix envolve desde os modelos indoor, como as plataformas telescópicas que atingem de 14 m e 20 m de altura e as do tipo pantográfico (ou tesouras), com altura que varia entre 8 m e 14 m, até os equipamentos para operação outdoor. “Os modelos

elétricos são menores e mais indicados para uso dentro de galpões industriais”, diz Esteves. Nesse caso, ele explica que o motor é acionado por meio de eletricidade gerada por um grupo de baterias acopladas ao equipamento. Para atender as operações a céu aberto, como serviços em canteiros de obras e mineradoras, a Solaris conta com plataformas do tipo tesoura e telescópicas a diesel. A primeira linha conta com modelos de 8 m a 14 m de altura e a outra atinge entre 15 m e 44 m. “A Petrobrás, por exemplo, usa as plataformas de

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Sistema de acionamento elétrico: para operações indoor

esos equipos. “En el 2006, el mercado brasileño, incluidos los segmentos de la construcción civil, industrial, minería y otros, adquirió 450 unidades, y en el 2007 se llegó a comercializar 820 plataformas”, informa Paulo Esteves, director Comercial de la arrendadora Solaris. Su previsión para el 2008, es que el mercado brasileño consuma aproximadamente de 1.200 unidades. El crecimiento es vertiginoso, considerándose que entre 1997, cuando ese tipo de equipos comenzó a llegar al Brasil,

y 2005 el mercado adquirió cerca de 3.000 unidades. “En tres años, el país demandará la misma cantidad que consumió durante esos ocho años.” Para atender esa demanda, Solaris acaba de investir 20 millones de dólares en la adquisición de 450 plataformas, que se sumarán a un parque de 1.250 unidades actualmente disponibles para arrendamiento, acumulando activos totales de 55 millones de dólares. Hamilton Bogado, gerente general de JLG, adelantó que la principal nove-

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44 m de altura de trabalho, as maiores em operação no Brasil, nas obras em execução nas suas refinarias de petróleo”, diz Esteves. A JLG, que fabrica os equipamentos locados pela Solaris, conta com sete distribuidores no Brasil, aos quais credita seu avanço no mercado nacional. “Como um dos líderes mundiais na área de plataformas elevatórias, investimos cerca de U$ 18 milhões por ano em pesquisa e desenvolvimento”, diz Hamilton Bogado, gerente geral da empresa para o Brasil. Os investimentos são aplicados no desenvolvimento de equipamentos que vão de 4,5 m a 48 m de altura. “Nessa faixa

de operação, oferecemos diversas configurações, como modelos autopropelidos ou não, do tipo tesoura, plataformas individuais e até mesmo a maior plataforma em operação no mundo, com altura de trabalho de 48 m.” Esse equipamento ainda não opera em obras da América do Sul, mas é indicado para serviços de montagem industrial, obras de refinaria de petróleo, estaleiros de construção naval e outras aplicações. Inovações “A principal novidade entre os modelos outdoor é a plataforma telescópica com esteira metálica”, salienta Bogado.

Foto: Terex

PLATAFORMAS AÉREAS

Equipamentos acionam patola e nivelamento ao toque de um botão

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dad entre las plataformas telescópicas que la empresa fabrica para trabajos al aire libre es el modelo sobre orugas metálicas. Se la desarrolló montando la plataforma sobre el chasis de una excavadora hidráulica. Al igual que los otros equipos comercializados por la empresa, puede ser adquirido con accesorios opcionales, como generador de energía eléctrica incorporado al equipo. De esa forma, el equipo gana en versatilidad pues permite acoplar una cortadora de hormigón, una máquina para soldar e,

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incluso, una lavadora de alta presión para limpiar a alturas elevadas, entre otros accesorios e implementos. “Para que los opcionales sean usados de forma segura, los cables están embutidos a fin reducir las interferencias y evitar riesgos de accidentes durante los trabajos”, explica el ejecutivo. Haulotte, otro fabricante de plataformas, también viene incorporando innovaciones tecnológicas en sus cinco líneas de equipos para elevación de personas: plataformas articuladas,

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con mástiles verticales, telescópicas, remolcables y elevadores personales. De acuerdo con Angel Maestro, director general de la empresa, disponen de más de 50 modelos diferentes de equipos. “Nuestro objetivo es ofrecer cada vez más seguridad al operador y garantizar la productividad”, dice. Terex, que produce las plataformas de la marca Genie, divide su amplia gama de equipos para elevación de personas entre los modelos para trabajos en interiores y al aire libre. “La última línea


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Segundo ele, esse equipamento pode ser adquirido em configuração com até 20 m de altura de trabalho e é indicado para obras em terrenos íngremes. Seu desenvolvimento passou pela montagem da plataforma sobre chassi de uma escavadeira hidráulica. Novamente a Petrobrás se mostra pioneira no uso da tecnologia, pois utiliza o equipamento para operar em tanques de lama, onde uma tração 4x4 não venceria o terreno. Segundo Bogado, a plataforma de esteiras, assim como os outros equipamentos comercializados pela empresa, pode ser adquirida com itens opcionais, como

o gerador de energia elétrica embarcado no equipamento. Com isso, elas ganham versatilidade ao permitir o acoplamento de cortadora de concreto, máquinas de solda e até mesmo uma lavadora de alta pressão para limpeza em alturas elevadas, entre outras aplicações. “Para que os opcionais sejam utilizados com segurança, as plataformas vêm equipadas com uma passagem de cabos embutida, evitando o risco de acidente durante a operação”, diz o executivo. Outra tecnologia opcional disponível para as plataformas da empresa é a eletrônica embarcada. Por meio de sensores, o equipamento emite alarmes de se-

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puede venir equipada con ejes oscilantes que se ajustan al terreno”, explica Gustavo Faria, director Comercial para América del Sur de Terex Latin America, y añade que esta tecnología permite detectar automáticamente las irregularidades y la inclinación del terreno, lo que confiere a las plataformas una gran estabilidad, principalmente cuando trabaja en grandes obras. “Además, cuentan con tracción positiva en las cuatro ruedas, neumáticos todo terreno (OTR) y motor diesel.”

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Una de las novedades de la empresa es la plataforma de tijeras modelo GS5390 con estabilizadores para trabajar con total seguridad, que alcanza una altura máxima de trabajo de 18 m. “Con solo pulsar un botón, el equipo acciona los estabilizadores hasta nivelarse antes de desplegar las tijeras”, explica Faria, y, además, gracias a su gran capacidad de carga – seis personas más las herramientas necesarias para la ejecución de los trabajos – es ideal para grandes obras.

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gurança com visualização na cabine interna. No caso de uma inclinação com ângulo superior a 5º, por exemplo, o alarme é acionado. “Também existe um alarme no painel, que avisa quando a capacidade de carga é excedida.” Bogado defende a tese de que, em trabalhos elevados, toda segurança é pouca. “Por isso, é importante que o equipamento disponha de recursos eletrônicos de segurança e que o usuário respeite os alarmes de sinalização.” A Haulotte, outro fabricante de plataformas, também vem incorporando inovações tecnológicas em

lançamentos recentes da empresa, como as plataformas que atingem altura de trabalho de 41m a 43m. Mesmo nas famílias de produtos já existentes, ela incorporou inovações nos últimos tempos. “As plataformas do tipo tesoura, por exemplo, ganharam cesto de operação extra-largo, com até 7,3 m de largura, para proporcionar maior mobilidade aos operadores”, diz ele. Maestro salienta que esse modelo de plataformas é um dos mais consumidos pelos mercados de mineração e construção pesa-

Foto: Haulotte

PLATAFORMAS AÉREAS

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seus equipamentos, disponíveis em cinco linhas para elevação de pessoal: as plataformas articuladas, as com mastros verticais, telescópicas, rebocáveis e os elevadores de pessoal. Segundo Angel Maestro, diretor geral da empresa, elas somam mais de 50 modelos diferentes de equipamentos. “Nosso objetivo é oferecer cada vez mais segurança ao operador e produtividade ao trabalho”, diz ele. Para isso, o executivo cita os

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Norma estabelece itens de segurança para operação do equipamento


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Operador deve inspecionar equipamento antes do uso diário

da. “As articuladas e telescópicas também são muito solicitadas.” Segundo ele, os equipamentos direcionados para esses tipos de operação incorporam tração 4x4, motor diesel, elevação superior a 15 m de altura de trabalho e pneus rígidos, próprios para operação em todo terreno. “Esse último item é importante para a segurança da operação em canteiros de obras e mineradoras, pois evita que um furo do pneu desestabilize o equipamento num terreno acidentado e provoque acidente.”

Itens de segurança A Terex, que produz as plataformas da marca Genie, também divide sua linha de equipamentos para elevação de pessoas entre os modelos indoor e outdoor. “Nessa última linha, disponibilizamos equipamentos com eixo oscilante como item opcional”, diz Gustavo Faria, diretor Comercial para a América do Sul da Terex Latin America. Segundo ele, a tecnologia detecta automaticamente as irregularidades e a inclinação do terreno, conferindo maior estabilidade às operações em canteiros de

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Foto: JLG

Foto: Terex

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obra. “Além disso, os equipamentos têm tração 4x4, pneus fora-deestrada (OTR) e motor diesel.” Uma das novidades da empresa é a plataforma pantográfica modelo GS5390, que dispõe de patolas para estabilização durante as operações e atinge 18 m de altura. “Com o toque de um botão, o equipamento aciona as patolas até seu nivelamento, antes de acionar a subida da haste”, diz Faria. Esse modelo, segundo ele, tem capacidade para até seis pesso-

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PLATAFORMAS AÉREAS

as, além das ferramentas necessárias ao serviço, e é ideal para operações em canteiro de obras. Na parte de plataformas elevatórias, a Terex aposta no modelo Z135, que atinge 43 m de altura de trabalho. “O equipamento foi lançado há cerca de um ano e, devido à articulação de sua lança, permite realizar serviços em locais de difícil acesso, onde os outros modelos não conseguem chegar.” Faria salienta que 10 unidades dessa máquina já foram vendidas no Brasil. Para ele, as principais inovações incorporadas por esses equipamentos nos últimos anos se relacionam à segurança da operação. Nesse sentido, a fabricante disponibiliza sensores como item opcional, que bloqueiam a subida do cesto no caso de excesso de peso. “Além disso, contamos com sensores que cortam todos os mecanismos da máquina no caso de um curto circuito.” Faria cita ainda a passagem embutida de cabos para equipa-

mentos auxiliares, como solda e cortadora de concreto, como itens de segurança. “Isto evita que o peso dos cabos sobrecarregue o cesto ou que alguém esbarre neles e provoque o tombamento da máquina”, complementa. A Terex também foca o seu negócio de equipamentos para elevação de pessoas nas locadoras. Segundo Faria, a relação é de 10% em vendas para usuários diretos e de 90% para as rentals. O executivo tem uma justificativa simples para essa realidade. “Como a gama de equipamentos é muito grande, com modelos que vão de 300 kg a 25.000 kg de peso operacional, com alturas de trabalho entre 4 m e 43 m, dificilmente uma empresa encontra um modelo para todas as suas demandas de operação e a locação acaba se tornando mais vantajosa.” Nova norma Antes de meados de 2007, quando foi aprovado o texto do capítulo

15 da NR-18, que regulamenta os trabalhos em alturas na construção civil, as construtoras brasileiras seguiam parte do que era aplicado nos Estados Unidos. Na inspeção dos canteiros de obras, os fiscais do trabalho adotavam uma interpretação pessoal da norma norte-americana para operações com plataformas, porém aplicadas aos serviços realizados sobre andaimes. “Isso criou um mal-estar no setor, pois eles começaram a aplicar a norma de elevadores de cremalheira, dificultando a regulamentação de trabalhos com plataformas elevatórias”, diz Gustavo Faria, da Terex. Segundo ele, a NR-18 não estabelece a obrigatoriedade do uso desse equipamento, mas a induz ao estabelecer parâmetros de segurança no canteiro de obras. Como então membro da Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Bens Móveis (Alec), Hamilton Bogado, da JLG, participou ativamente da redação do texto que

Versatilidade das plataformas tipo tesoura Na linha de equipamentos com motor diesel, geralmente mais utilizada nos canteiros de obra, a empresa disponibiliza plataformas do tipo tesoura em cinco configurações, sendo que a menor alcança 9,72 m de altura e 0.91 m de alcance horizontal. A maior da linha chega a 14,91 m e seu mastro vai até 1,22 m para a frente. Os equipamentos, com peso bruto de 3.338 kg e 6.940 kg, têm capacidade entre 567 kg e 680 kg, respectivamente.

dade e autonomia de operação. Eles podem atuar em trabalhos internos, com motor elétrico e pneus rígidos não marcantes, ou em tarefas externas, com motor diesel e pneus rígidos e para todo tipo de terreno. Os equipamentos alcançam alturas entre 6 m e 18 m.

Foto: Haulotte

JLG

Terex

Haulotte As plataformas pantográficas da Haulotte são indicadas para operação em locais que necessitem de uma ampla superfície de trabalho e serviços com pesos mais elevados. Segundo a fabricante, esses equipamentos são indicados para locais de pouca acessibilidade, pois proporcionam mobili-

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Plataforma da Haulotte com cesto extra-largo

Comercializadas no Brasil há menos de dois anos, as plataformas tipo tesoura da marca Genie, fabricadas pela Terex, contam com patolas acionadas eletronicamente. Ao toque de um botão, o equipamento se nivela em relação ao solo antes de acionar a subida do cesto. A capacidade de carga desse equipamento é de 900 kg, suficiente para elevar seis pessoas e as ferramentas de trabalho no cesto. O modelo que atinge maior altura de trabalho é a GS5390, que chega até 18 m.



PLATAFORMAS AÉREAS

resultou na nova norma com apoio técnico. “A redação do anexo foi feita pelo comitê permanente (CPR) da Norma Reguladora 18, que especifica a segurança de trabalho na construção civil”, diz ele. Entre os pontos incluídos no texto, o especialista cita a obrigatoriedade dos usuários em fazer a inspeção visual e testes funcionais do equipamento antes do seu uso diário ou no início de cada turno. “Devem ser avaliados os controles de operação e de emergência, assim como os dispositivos de segurança do equipamento e sistemas de proteção individual, como a proteção contra quedas.” A inspeção deve se estender aos sistemas de ar, hidráulico e de combustível, aos painéis, cabos e chicotes elétricos, pneus e rodas, placas, sinais de aviso e de controle, estabilizadores, eixos expansíveis, estrutura em geral e demais itens que sejam especificados pelo fabricante.

Cuidados na operação Entre outras determinações, Bogado explica que o operador precisa dispor de uma visão clara do percurso. “Ele também deve manter distância segura dos obstáculos aéreos, depressões e rampas a sua volta.” A norma também proíbe o deslocamento de plataformas em rampas com inclinações superiores à especificada pelo fabricante e o equipamento não deve ser posicionado junto a qualquer outro objeto que tenha por finalidade lhe dar equilíbrio. “Além disso, o operador deve afastar o equipamento das redes elétricas e delimitar e sinalizar a área de operação da plataforma, para impedir a circulação de pedestres na área de risco”, diz Bogado. Ele ainda salienta que a plataforma não deve ser operada quando posicionada sobre caminhões, trai-

lers, carros, veículos flutuantes ou qualquer outro que não tenha sido projetado para esse fim. Um dos itens de maior polêmica na nova norma está na altura do guarda-corpo. Segundo Bogado, a especificação ainda não foi definida, mas alguns membros do CPR defendem que ela seja de 1,5 m. “Essa altura é impraticável, pois dificulta o trabalho do operário”, diz o especialista. Sua avaliação faz sentido, uma vez que, devido à altura média do brasileiro, dificilmente o guardacorpo ficará posicionado abaixo do cotovelo do operador, exigindo que ele trabalhe em posição desconfortável, sempre com os braços levantados. A NR-18 também normatiza a manutenção dos equipamentos. Segundo Bogado, ela segue o padrão utilizado pela norma norte-americana, que exige um arquivamento dos documentos relacionados às

Mills Rental retoma atividades Pioneira no mercado brasileiro de locação de equipamentos para elevação de cargas e pessoal, onde atua desde 1997, a Mills Rental está retomando suas atividades. “Já começamos com uma frota de 200 equipamentos, entre plataformas elevatórias e manipuladores telescópicos, o que nos posiciona desde o início entre os principais locadores do país”, afirma Ramon Vazquez, presidente da empresa. Há mais de uma década, a empresa nasceu de uma parceria entre a fabricante de fôrmas e estruturas metálicas Mills do Brasil e a JLG, que produz os equipamentos. Com o tempo, ela foi mudando a composição acionária, com a saída da Mills e a Sullair assumindo o controle do negócio, até a

Frota da Mills Rental: investimento de US$ 60 milhões em cinco anos

20 | Dez/Jan | 2008

mudança do seu nome para Solaris. Na nova configuração, a fabricante de fôrmas e escoramentos figura como única controladora da Mills Rental, que tem em seu comando Ramon Vazquez, um dos pioneiros nesse mercado. Segundo ele, os equipamentos da locadora são fornecidos pela própria JLG, entre eles a maior plataforma da marca, que atinge 43 m de altura de trabalho. “Abrimos uma concorrência entre os principais fabricantes do setor e a JLG venceu por apresentar as melhores condições de negociação.” O executivo salienta que os equipamentos dos fabricantes de primeira linha apresentam o mesmo patamar de qualidade, demonstrando a evolução dessa indústria. Essa característica também levou a Mills Rental a não se vincular apenas a um fabricante. Na reativação das atividades, a empresa investiu US$ 12 milhões para a aquisição dos equipamentos e seu projeto contempla um aporte de U$ 60 milhões, no período de cinco anos, para montar uma frota competitiva no mercado de locação. “Assim como nesse primeiro lote de aquisições, vamos optar pelo fabricante que oferecer a melhor condição de negociação”, diz Vazquez. Operando com quatro unidades, em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, a empresa já conquistou clientes como a Petrobras, a Companhia Siderúrgica Atlântica (CSA) e a construtora Camargo Corrêa.


Foto: Haulotte

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Tração 4x4 facilita movimentações no canteiro

manutenções realizadas nos últimos cinco anos. “Naturalmente, o usuário deve seguir o manual do fabricante para realizar as manutenções e agora é obrigatório que todos esses manuais estejam disponíveis em português.” Além disso, é preciso que o fabricante de plataforma ofereça capacitação técnica para os operadores. “A ligação entre o fabricante e o usuário é essencial para a segurança no trabalho de elevação de pessoas”, diz Bogado. Ele explica que, no caso de acidentes, a norma prevê que o usuário deve acionar o fabricante imediatamente. “Esse, por sua vez, emite um laudo de identificação de falhas que o usuário avaliará e manterá em arquivo para qualquer eventualidade judicial.”

Haulotte: www.haulotte.com.br JLG: www.jlgbrasil.com.br Mills Rental: www.mills.com.br Solaris: www.solarisbrasil.com.br Terex: www.terexla.com


Foto: Marcelo Vigneron

MANUTENÇÃO PRÓ-ATIVA

A TÁTICA DE SE

ANTECIPAR AO PROBLEMA Análise de lubrificantes identifica problemas antes que eles atinjam maiores dimensões, reduzindo custos de manutenção e ampliando a vida útil dos equipamentos A hemodiálise, ou filtragem do sangue, constitui um dos tratamentos mais delicados da medicina. Por meio desse procedimento, substâncias em excesso no organismo humano – como o sódio, potássio e uréia – são retirados, de forma a corrigir um desequilíbrio gerado por falhas no funcionamento do rim. Uma intervenção similar acontece nas empresas que adotam a manutenção pró-ativa como filosofia para a conservação de seus equipamentos pesados. Operando sob severas condições, as máquinas acumulam contaminantes em seus lubrificantes, o que exige uma filtragem para evitar que seu funcionamento seja prejudicado. Assim como acontece nos bons hospitais, o preparo da equipe é fundamental no trato com as máquinas submetidas à manutenção pró-ativa. A reposição imediata dos componentes em avançado estágio de desgaste e a prevenção de potenciais falhas têm que fazer parte das atividades diárias dos profissionais do setor. Em suma, eles precisam sempre se antecipar aos problemas. A Galvão Engenharia adota esse procedimento há cerca de 12 anos e, segundo Silvimar Fernandes Reis, diretor de Suprimentos da construtora, obtém maior disponibilidade

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Coleta de lubrificante para ánalise

mecânica para seus equipamentos. A experiência começou em uma obra na Bolívia, cuja manutenção da frota era terceirizada para a Matreq, a distribuidora local da Caterpillar. O executivo explica que a empresa oferecia níveis de disponibilidade superiores aos praticados no Brasil, mesmo considerando as adversidades relacionadas a operar os equipamentos na altitude do altiplano andino. “Como ela era eficiente na coleta de informações sobre as máquinas e trabalhava bem esses dados, eliminando as contaminações

por partículas sólidas, gases ou água no lubrificante, conseguia aumentar a vida útil desses equipamentos.” “Ao longo do tempo, fomos aperfeiçoando esse aprendizado e hoje trabalhamos com uma taxa de vida útil dos equipamentos superior à estabelecida pelos fabricantes”, diz Silvimar. Prova disso são os tratores e escavadeiras hidráulicas da construtora, que atingem uma vida útil média de 15 mil horas trabalhadas e chegam a ser vendidos sem sofrer uma intervenção mecânica sequer.


Foto: Marcelo Vigneron


MANUTENÇÃO PRÓ-ATIVA

Foto: Caterpillar

Ganho de custo A análise de óleo lubrificante é uma técnica trabalhosa, mas que compensa pela economia gerada. “Uma bomba de transferência de combustível nova custa R$ 120, além dos R$ 34 pagos pela coleta e análise do lubrificante. Com a troca desse componente na hora certa, por meio da análise do óleo, podemos economizar em torno de R$ 30 mil, que seria o custo para a manutenção corretiva após o problema atingir outras peças do equipamento”, ele afirma. O cálculo em questão foi feito para uma escavadeira hidráulica da classe de 20 t, mas o conceito se aplica para os cerca de 500 equipamentos pesados da construtora. No caso apontado pelo especialista, o lubrificante da escavadeira estava perdendo viscosidade rapidamente, devido a uma contaminação pelo diesel, algo prejudicial à vida útil de seu motor. “Com a in-

Filtragem: indicada até mesmo para óleos novos

24 | Dez/Jan | 2008

formação em mãos, interferimos diretamente na fonte do problema com a troca da bomba de transferência de combustível.” Ou seja, uma ação rápida e cirúrgica. As amostras, de acordo com ele, são coletadas a cada 250 horas de trabalho. Com o uso de uma mangueira higienizada, o óleo é retirado do equipamento pela pressão de uma pequena bomba e transferido para um frasco totalmente lacrado e livre de qualquer sujeira. Em seguida, ele é enviado do canteiro de obras para o laboratório de análise. “Usamos a infra-estrutura da Sotreq, em Contagem (MG), que acreditamos ser a mais preparada para realizar uma análise minuciosa de lubrificantes no Brasil.”

Interpretação dos dados A bateria de exames começa com a chamada análise de limpeza, conforme estipula a norma ISO 4406. O método se divide em avaliações físicas e quími-

MANTENIMIENTO PROACTIVO La táctica de anticiparse al problema La hemodiálisis, o filtrado de la sangre, es uno de los tratamientos más delicados de la medicina. Por medio de ese procedimiento, las sustancias nocivas al organismo humano – como sodio, potasio y urea – son retiradas para corregir el desequilibrio generado por el mal funcionamiento de los riñones. La misma técnica aplican las empresas que adoptan el mantenimiento proactivo como filosofía para mantener sus equipos pesados. Las máquinas sometidas a condiciones de trabajo severas acumulan contaminantes en sus fluidos lubricantes, lo que exige que se haga un buen filtrado para evitar perjudicar su funcionamiento. Al igual que en los buenos hospitales, es fundamental que el equipo técnico responsable del mantenimiento proactivo de la maquinaria esté bien preparado. El cambio inmediato de componentes en estado de desgaste avanzado y la detección temprana de fallas deben formar parte de las actividades diarias de los profesionales del sector. En suma, tienen que anticiparse a los problemas. Silvimar Fernandes Reis, director de Suministros de Galvão Engenharia, dice que la empresa adopta ese procedimiento hace aproximadamente doce años, lo que le ha permitido obtener un alto índice de disponibilidad mecánica de los equipos. “A lo largo del tiempo, hemos perfeccionado el sistema y hoy trabajamos con una expectativa de vida útil de los equipos superior a la establecida por los fabricantes.” Una prueba de ello son los tractores y excavadoras hidráulicos de la constructora que tienen una vida útil media de 15 mil horas trabajadas y son vendidos sin que haya sido necesario hacerles ni un solo reparo correctivo. El análisis de aceite lubricante es una técnica trabajosa, pero que compensa debido al ahorro que genera. “Una bomba de transferencia de combustible nueva cuesta R$ 120, ya la toma de muestra y el análisis del lubrificante cuestan R$ 34. Cuando se cambia un componente en el momento correcto, indicado por el análisis del aceite, se pueden ahorrar cerca de R$ 30.000, el costo del mantenimiento correctivo después que el problema afectó otros componentes del equipo”, afirma.


cas do material. Na primeira, são identificados os desgastes metálicos, mensurados pela presença de partículas sólidas. As análises químicas, por sua vez, identificam outras contaminações presentes no lubrificante, como água ou até mesmo combustível. A “leitura” do lubrificante é feita por sombreamento, ou seja, pelo teor de escurecimento do óleo. “Com isso, o laboratório dá o resultado da quantidade de partículas por milhão (ppm) com tamanho acima de 5 micra ou de 15 micra presentes nos lubrificantes”, continua Silvimar. Ele explica que contaminantes com tamanho superior a 15 micra representam um perigo para a durabilidade dos equipamentos e merecem atenção especial. O executivo destaca que a realização do teste com o óleo do motor ainda não é possível e se limita aos lubrificantes hidráulicos, dos freios e outras aplicações. “Como o óleo do motor

Foto: Marcelo Vigneron

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Componente avariado e relatório de análise: ecônomia na manutenção


MANUTENÇÃO PRÓ-ATIVA fica escuro muito rapidamente, o sistema não consegue identificar, de forma confiável, as partículas estranhas presentes.” Para ele, “já está na hora de os laboratórios brasileiros incorporarem tecnologias para a análise de óleo do motor, pois existe um método por restrição de fluído em membrana de filtragem que confere alta precisão a esse processo”. Depois do envio ao laboratório, o resultado dos testes é disponibilizado via internet pela Sotreq em até sete dias úteis, facilitando a intervenção da construtora, caso seja necessária. “O prazo e a disponibilização dos dados em meio eletrônico foram uma cobrança nossa.” Segundo ele, antes as informações demoravam até 30 dias para serem tabuladas, o que as tornava inúteis em alguns casos, uma vez que o problema ganhava uma dimensão maior devido à falta de intervenção.

Filtragem do óleo O acesso rápido às informações permite uma tomada de decisão igualmente ágil. A identificação de altos níveis de partículas de cobre no lubrificante, por exemplo, pode resultar na instalação imediata de filtros no equipamento avaliado. “O recomendável é que o filtro permaneça na máquina por 50% do tempo que ela vai trabalhar durante o dia”, recomenda o especialista. Quando o resultado do teste é alarmante, medidas mais radicais são tomadas. Entram em cena dispositivos mais potentes de filtragem, como a bomba recicladora de óleo, instalada na parte externa da máquina. A vantagem da bomba é a velocidade, pois enquanto um filtro requer um intervalo de quatro horas para a remoção dos contaminantes, a bomba faz o mesmo serviço em 20 minutos. Como em qualquer intervenção, analisar as informações antes e depois da ação tomada constitui uma prática recomendável. Por esse motivo, um novo teste deve ser realizado após a filtragem. “A avaliação do problema só se fecha quando temos o segundo resultado e podemos compará-lo com o anterior, atestando ou não a eficácia das medidas

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tomadas”, explica Silvimar. Em visita ao pátio de equipamentos da Galvão Engenharia, a revista M&T atestou os benefícios obtidos com a manutenção pró-ativa dos equipamentos. Na ocasião, a construtora acabara de receber a análise de óleo hidráulico de um equipamento com excesso de contaminantes metálicos. O relatório apontava a presença de 5.090 ppm de impurezas acima de 15 micra, enquanto a especificação do fabricante determina um máximo de 40 ppm a 80 ppm. “A solução será usar a bomba externa.” O executivo explica que, para alcançar essa especificação, a filtragem vai exigir uma operação de 180 minutos.

Faixa ideal Silvimar explica que os fabricantes especificam as faixas ideais de contaminação no lubrificante para a maior vida útil dos equipamentos. Seguindo essa especificação, que pode ser acompanhada em uma tabela, os ganhos com a durabilidade da máquina são certos. Basta acompanhar regularmente os níveis de contaminação e interferir quando necessário. No caso do equipamento acima, por exemplo, a tabela indica um ganho de seis vezes na vida útil do componente ao se diminuir a quantidade de impurezas para menos de 80 ppm acima de 15 micra. Parece muito, mas o executivo classifica o resultado como modesto ao ressaltar que os equipamentos da

empresa atingem 15 mil horas trabalhadas sem intervenção mecânica. Apesar das tecnologias disponíveis, ele reforça a necessidade de investimento em novos processos de análise de lubrificante. “No exterior já existem laboratórios que identificam partículas com tamanhos inferiores a 3 micra, enquanto no Brasil o máximo que conseguimos chega a 5 micra.” O tamanho do contaminante pode parecer insignificante, mas mesmo em dimensões menores ele pode resultar em falhas mecânicas e menor produtividade das máquinas, quando presente em grandes quantidades. A advertência se estende até mesmo aos óleos novos, que muitas vezes precisam ser filtrados antes de serem utilizados. “Equipamentos modernos e sensíveis, como uma perfuratriz direcional (HDD) hidráulica da Vermeer, exigem ajustagens cuidadosas”, pondera o executivo. Ele explica que a máquina em questão custa cerca de R$ 1,2 milhão e o óleo especificado pelo fabricante muitas vezes vem com uma quantidade de contaminantes acima do admissível. “Num equipamento como esse, com diversos acionamentos hidráulicos, não dá para arriscar a perda do conjunto hidráulico em função de um processo relativamente simples como a filtragem do óleo”, ele finaliza.

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Foto: Caterpillar

UM MODELO PARA CADA SERVIÇO

Para atender diferentes parâmetros de abrasividade, granulometria, compactação e desagregação do material movimentado, fabricantes desenvolvem uma FPS para cada tipo de operação

A correta escolha da Ferramenta de Penetração do Solo (FPS) para cada tipo de operação é fator determinante não apenas para a maior produtividade nos serviços de escavação e carregamento, mas também para a longevidade dos equipamentos usados e a economia de combustível. Segundo Roberto Cardia, gerente nacional de Vendas da Ecoplan, essa escolha deve se pautar no tipo de solo, com base em sua análise geológica. O alto custo desse estudo, todavia, torna sua realização economicamente inviável em obras de construção civil e minerações de pequeno porte. Independentemente desse fator financeiro, os especialistas recomendam uma avaliação do solo em termos de abrasividade, granulometria, grau de

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Por Alberto Zambrana

compactação e de desagregação. “Em aplicações severas, o ideal é que os dentes de escavadeiras e de carregadeiras apresentem uma dureza entre 500 a 550 HB (Brinnel)”, afirma Emerson Faria, gerente de FPS da Esco Soldering. O engenheiro Eder Raimundo de Barcelos, superintendente de Logística da Construtora ARG, de Minas Gerais, partilha da mesma opinião de Cardia. “Nas nossas operações de terraplenagem, constatamos ao longo do tempo que, embora mais caras, as ferramentas com dureza superior a 500 HB apresentam uma relação custo/benefício mais vantajosa”, diz ele. Avanços na produção Cardia conta que, para proporcionar à FPS maior resistência à abrasão

HERRAMIENTAS DE CORTE Un modelo para cada aplicación

La elección correcta de la Herramienta de Corte (HDC) para cada tipo de operación es uno de los pasos más importantes para no solo mejorar la productividad de los trabajos de excavación y carga, sino también para prolongar la vida útil de los equipos y ahorrar combustible. Roberto Cardia, gerente de Ventas de la empresa Ecoplan, explica que la elección debe pautarse por el tipo de suelo, tomando como base su análisis geológico. Recomienda evaluar algunas de sus propiedades, como abrasividad, granulometría, grado de compactación y de desagregación.



FERRAMENTAS DE PENETRAÇÃO e ao impacto, os fabricantes têm desenvolvido novas ligas de aço e aperfeiçoado o tratamento térmico. Além de empregar uma liga com cromo, níquel e molibdênio, as ferramentas passam por um tratamento térmico composto por normalização, têmpera e revenimento. O primeiro confere homogeneização à estrutura molecu-

lar do aço. O segundo processo eleva sua dureza e o revenimento completa o ciclo, tornando a peça mais resistente ao impacto. Esse cuidado na produção vem proporcionando ganhos de produtividade à mineradora Empresa Brasileira de Quartzo (EBQ), que desde o final de 2005 optou por substituir os dentes

Cuidados na fixação Existem duas formas de fixação de uma FPS – por solda ou por sistema mecânico, com o uso de parafusos, travas e cunhas – e, em ambos os casos, os usuários devem seguir as orientações dos fabricantes para a otimização de sua vida útil. Devido ao impacto nas operações, a fixação por solda é a mais usada em escavadeiras, mas alguns cuidados devem ser observados durante a soldagem, conforme explica Emerson Faria, gerente de FPS da Esco Soldering. Entre eles se incluem o uso dos eletrodos indicados pelo fabricante da ferramenta e o pré-aquecimento da base do material a ser soldado. No caso da fixação mecânica, os especialistas recomendam seguir as orientações dos fabricantes quanto ao tipo de parafuso a ser usado, de forma a se evitar quebras, torções ou cisalhamentos. A vantagem da fixação mecânica é que ela pode ser feita longe da oficina, o que nem sempre é possível no caso da soldagem. Por prevenção, ainda é muito comum

o usuário reforçar com solda as fixações com parafusos. Por trabalhar geralmente com material desagregado, no qual o impacto é menor, as carregadeiras costumam usar o sistema mecânico na fixação das FPS. Além disso, esses equipamentos podem empregar o dente inteiriço ou o suporte de ponta. O primeiro é soldado e, uma vez gasto, precisa ser trocado completamente. No segundo caso, apenas o suporte é fixado na base – por solda ou parafuso – e as pontas são substituídas quando gastas. Segundo Roberto Cardia, gerente nacional de Vendas da Ecoplan, a tendência mundial aponta para a substituição gradual do dente inteiriço pelo suporte com ponta. “A relação custo/ benefício tem pesado a favor do uso do suporte com ponta. Além disso, esse equipamento confere versatilidade no uso das pontas e a troca é feita rapidamente, sem maiores prejuízos à operação”, ele finaliza.

“En servicios extremos o pesados, lo ideal es que las puntas de los cucharones de excavadoras y cargadores sean de aceros especiales y templadas a durezas Brinnel que oscilen entre 500 a 550”, afirma Emerson Faria, gerente de HDC de Esco Soldering. Raimundo de Barcelos, superintendente de Logística de la constructora ARG, de Minas Gerais, comparte la misma opinión. “En los trabajos de movimiento de tierra constatamos que, aunque más caras, las herramientas con dureza superior a 500 HB presentan una relación costo/beneficio más favorable”, dice. Cardia explica que, para mejorar la resistencia a la abrasión y al impacto de las HDC, los fabricantes desarrollaron nuevas aleaciones de acero y perfeccionaron el tratamiento térmico. Son fabricadas con una aleación de aceros especiales con cromo, níquel y molibdeno, y pasan por un tratamiento térmico basado en procesos de normalización, temple y revenimiento. Desde fines del 2005, la Empresa Brasileira de Quartzo (EBQ) viene obteniendo importantes mejoras de productividad cuando optó por sustituir las puntas originales de excavadoras y cargadores por las fabricadas por Ecoplan. “El cuarzo es uno de los minerales más duros y abrasivos de la naturaleza, lo que nos permite obtener un índice de desgaste significativamente mejor en nuestros trabajos con ese tipo de HDC”, dice Hertne de Faria, supervisor de Mantenimiento de EBQ.


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

originais das escavadeiras e carregadeiras pelos fabricados pela Ecoplan. “O quartzo é um dos minérios de maior dureza – abaixo somente do diamante, do coríndon e do topázio – e, Fabricantes investem em novas ligas e processos de produção além disso, é extremamente abrasivo, o de do material, determinada pela quanque provocava um alto índice de desgas- tidade de sílica presente em sua compote nas FPS usadas em nossas operações”, sição. No caso das carregadeiras, a FPS diz Hertne de Faria, supervisor de Manu- deve ter um design que possibilite maior tenção da EBQ. eficiência à penetração, bem como um Segundo ele, a vida útil das ferra- reforço de aço na parte de arraste, a área mentas usadas pela empresa não su- que entra em contato direto com o mateperava a média de 50 h trabalhadas. rial escavado. Além disso, a quantidade Com a troca de fornecedor, a lon- de aço na face inferior deve ser o dobro gevidade das ferramentas aumentou da aplicada na parte superior. para cerca de 80 h. Os ganhos para a No caso das escavadeiras, é impormineradora não se limitaram apenas tante que a FPS tenha um ângulo de à produtividade das máquinas, já que penetração e um afiamento o mais agua empresa registrou uma redução de do possível, além de um reforço de aço

ou se deformar quando submetido a pressão. Nos casos mais severos de compactação, recomenda-se uma FPS com o maior grau de afiamento possível, a fim de aumentar seu ângulo de penetração e romper a barreira compactada com maior facilidade. Nos materiais de menor compactação, o modelo standard resolve a questão sem maiores problemas. Cardia afirma que estudos realizados em diversas mineradoras de ouro no mundo comprovaram a eficácia das ferramentas mais afiadas, do tipo agulha. “Embora elas tenham menor quantidade de aço e apresentem um desgaste mais elevado, o que implica a aquisição de diversos jogos ao longo das operações, esse custo se revela irrelevante ante a

30% nos gastos com manutenção. Para prolongar ainda mais a durabilidade de uma FPS, Cardia recomenda a aplicação sobre sua superfície de uma camada de solda MIG, com o uso de arame de carbeto de tungstênio. A proteção deve ser aplicada na parte central da ferramenta, de forma a proporcionar um desgaste menor nessa área em relação às bordas. Dessa forma, a peça se torna cada vez mais afiada durante o uso e seu poder de penetração aumenta.

maior produtividade na movimentação do material e a redução nos gastos com manutenção.” Ele ressalta que uma FPS com maior poder de penetração reduz os esforços sobre os componentes mecânicos e hidráulicos da máquina, além de gerar uma economia de combustível devido aos menores tempos de ciclo na escavação e carregamento.

Abrasividade Outro fator importante é a abrasivida-

nas áreas de ataque. “Esse reforço deve ser feito no sentido vertical da peça e nunca na horizontal, como ocorre algumas vezes, pois dessa forma ele aumenta sua área de escape, facilitando a penetração no solo”, justifica Cardia. O especialista ressalta ainda a importância da granulometria do material na definição da FPS a ser usada, que pode ser do tipo standard, nos serviços gerais e na movimentação de argila, ou reforçada, no caso dos materiais de maior granulometria. Outro item a se considerar é a compactação do material, propriedade relacionada a sua capacidade de quebrar

Uso correto Segundo Emerson Faria, da Esco Soldering, o uso inadequado também contribui para a menor vida útil da ferramenta e até mesmo dos equipamentos. “Além de diminuir a produtividade,

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III Congresso

B ra s i l e i r o d e

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MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Perfil afiado: indicado para escavadeiras

ele cita a consultoria prestada à Prefeitura de Forquilhinha (SC), que usava uma lâmina de baixa dureza (270 HB) em motoniveladoras, nos serviços de manutenção de estradas e rebaixamento de calçadas. “A título de teste, oferecemos gratuitamente um jogo de lâminas com aço USI-AR 400, cuja dureza se situa entre 400 e 450 HB, e o resultado foi surpreendente.” Wanderlei de Jesus, chefe de Manutenção de máquinas da Secretaria Municipal de Obras de Forquilhinha, diz que a ferramenta usada anteriormente apresentava uma durabilidade média de 70 h de trabalho, enquanto o modelo proposto atinge uma vida útil entre 240 h e 270 h. “Como seu preço é de apenas R$ 90 reais acima da FPS usada anteriormente, passamos a contabilizar uma economia considerável”, ele afirma.

Construtora ARG: (31) 3279.3353 Ecoplan: www.metalurgicaecoplan.com.br Empresa Brasileira de Quartzo: www.ebq.com.br Esco Soldering: www.escosoldering.com.br

Foto: Esco Soldering

essa prática resulta em maior esforço na hidráulica e mecânica das máquinas, sendo responsável também por desgastes desnecessários na caçamba”, alerta o especialista. Entre as aplicações inadequadas, ele cita o uso dos dentes externos da caçamba para acomodar matacões, após o carregamento do caminhão. “Devido ao esforço concentrado, essa prática pode quebrar esses dentes; o correto é ajeitar esses blocos usando o maior número de dentes possível, para assim distribuir o esforço entre eles.” Outro cuidado importante é evitar o uso das FPS de escavadeiras para arrebentar ferros retorcidos, prática usual em serviços de demolição. A atenção quanto ao uso correto da FPS é um procedimento adotado rotineiramente pela ARG. O engenheiro Eder Barcelos conta que a responsabilidade pela definição da ferramenta em cada operação pertence à equipe de manutenção da construtora, que também orienta os operadores de equipamentos quanto ao seu uso correto. A mineradora EBQ também designou um funcionário para supervisionar e orientar os operadores de carregadeiras no uso adequado dessas máquinas, com o objetivo de elevar a vida útil das FPS. O distribuidor também pode desempenhar um papel fundamental na orientação dos usuários de FPS, conforme explica Lauro Pedro Vieira, diretor comercial da Trator Peças, de São José (SC), que representa a fabricante TBM. Como exemplo,


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Leia na próxima edição Equipamentos compactos O avanço das minicarregadeiras e miniescavadeiras

Motores do futuro Tendências em novos materiais, projetos e combustíveis

Logística O desafio de mobilizar frotas em obras no exterior

Projeção As principais obras previstas em 2008

Sistemas pneumáticos Como cuidar das linhas de ar comprimido

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Fotos: Marcelo Vigneron

FESTA

EM RITMO DE

BELLE ÉPOQUE

Sob o tema “Era uma vez em Paris...”, Sobratema reúne mais de 580 convidados em sua tradicional festa de fim de ano A alegria contagiante que marcou as primeiras décadas do século XX, período conhecido como “Belle Époque”, tomou conta da festa de fim de ano da Sobratema, proporcionando momentos de descontração e de relacionamento aos mais de 580 participantes. Considerada um dos mais tradicionais eventos de confraternização do setor, ela reuniu executivos de construtoras, mineradoras, fabricantes, distribuidoras de equipamentos e seus respectivos acompanhantes. Embalados pelo tema “Era uma vez em Paris...”, os convidados dançaram ao som de cancan e outros ritmos das décadas de 1920 e 1930, que depois cederam a vez para os mais variados gêneros musicais, como samba, discoteca e carnaval. O salão do Esporte Clube Sírio, onde se realizou a festa, recebeu uma decoração relacionada ao tema, incluindo a exposição de automóveis antigos, de propriedade do empresário Edson Garzon Esparbieri, da Guindastes Tatuapé. O clima de época também marcou presença nos trajes das recepcionistas, fantasiadas de dançarinas do célebre ca-

baré Moulin Rouge. Alguns convidados aproveitaram o clima e também compareceram com trajes a caráter. Em seu discurso, o presidente da Sobratema, Afonso Mamede, desejou um feliz 2008 aos convidados e agradeceu o apoio dos patrocinadores à festa: Atlas Copco, Brasif, Brazilusa Tours, Case, Caterpillar/Sotreq, Cummins, Escad, Guindastes Tatuapé, Haulotte, Hyundai, Kaiobá, Komatsu, Liebherr, Metso, New Holland, Randon/Multieixo, Sandvik, Santiago & Cintra, Scania, Schwing Stetter, Solaris, Tracbel e Volvo. Durante o evento, que contou ainda com coquetel e jantar, os convidados concorreram a sorteios de brindes oferecidos por alguns dos patrocinadores, incluindo dois pacotes de viagem à feira Conexpo, nos Estados Unidos – oferecidos pela AEM (Association of Equipment Manufactures) e pela Sobratema – e uma passagem aérea de ida e volta a Paris – cortesia da Brasiluza Tours. Em seguida, a festa prosseguiu até altas horas, embalada pela banda musical Faixa Nobre.

FIESTA Al ritmo de la Belle Époque La alegría que marcó las primeras décadas del siglo XX, período conocido como “Belle Époque”, se apoderó de la fiesta de fin de año de Sobratema, que brindó momentos llenos de magia, diversión y esparcimiento a los más de 580 participantes. Considerada uno de los más tradicionales eventos de camaradería del sector, reunió a ejecutivos de empresas constructoras y mineras, fabricantes, distribuidores de equipos y sus respectivos acompañantes. Dejándose llevar por el tema “Érase una vez en París...”, los invitados bailaron al son del cancán y de otros ritmos de las décadas de 1920 y 1930, que después cedieron espacio para los más variados géneros musicales, como samba, disco y carnaval. La decoración al estilo Belle Époque del salón del Esporte Clube Sírio, donde se realizó la fiesta, incluyó también una exposición de automóviles antiguos, cedidos por empresario Edson Garzon Esparbieri, de la empresa Guindastes Tatuapé.

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FESTA



FESTA

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FESTA


Realização:

Organização:

www.acquacon.com.br


Fotos: Volvo

LUBRIFICAÇÃO

OS EFEITOS DA

CONTAMINAÇÃO POR ÁGUA LUBRICACIÓN

Por Roland Gemperlé (*)

Los efectos de la contaminación por agua

A água, ao lado das partículas sólidas oriundas da poeira ou do desgaste natural dos componentes do equipamento, figura como o contaminante mais comumente encontrado nos lubrificantes. Sua ocorrência em meio aos fluídos de lubrificação das máquinas está intimamente ligada às variações de temperatura e pressão. O ingresso da água no sistema de lubrificação dos equipamentos pode ocorrer em três estados distintos: dissolvida, emulsificada ou livre. O primeiro deles é geralmente tolerável, desde que sua quantidade não ultrapasse a 300 partículas por milhão (ppm). A eliminação da água em estado emulsificado, que ocorre devido ao efeito estabilizante de certos aditivos ou contaminantes, mostrase mais difícil. Em geral, a solução para o problema é o aquecimento da carga de óleo fora do equipamento ou, quando possível, o aumento da temperatura de operação até a eliminação completa da água. A presença de água em estado livre é relativamente mais fácil de ser eli-

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minada, por meio de drenagem ou de centrifugação do lubrificante. Mesmo assim, é uma das formas mais prejudiciais de contaminação por água no lubrificante dos equipamentos, assim como sua presença em estado emulsificado. Nos mancais lisos (bronzinas e buchas), a presença da água, incompressível em relação ao óleo, reduz a capacidade hidrodinâmica da película lubrificante, o que resulta em maior desgaste das peças. Danos da contaminação Estudos comprovam que a ocorrência de 1% de água em óleo lubrificante (10.000 ppm) pode reduzir a vida útil de um mancal liso em até 90% (1). Nos mancais de rolamento, a situação é pior. Sua presença destrói a resistência da película protetora e pode provocar desgaste corrosivo, devido à erosão causada pela evaporação instantânea da água sob as altas temperaturas geradas pelas pressões da zona de contato. Já se verificou que apenas 20 ppm de água em óleo mineral puro são suficientes para reduzir a resistência à

El agua, así como las partículas sólidas provenientes del polvo o del desgaste natural de los componentes del equipo, es uno de los elementos contaminantes más comúnmente encontrado en los fluidos lubricantes de las máquinas. Su presencia está íntimamente relacionada con las variaciones de temperatura y presión. La entrada de agua en el sistema de lubricación de los equipos puede darse de tres formas diferentes: disuelta, emulsificada o libre. La primera es generalmente bien tolerada, siempre y cuando su cantidad no sea superior a 300 partículas por millón (ppm). La eliminación del agua en estado emulsificado, que ocurre debido al efecto estabilizador de ciertos aditivos o contaminantes, es más complicada. La presencia de agua en estado libre es relativamente fácil de eliminarse a través del filtrado y centrifugación del lubricante. Aun así, es una de las formas más perjudiciales de contaminación de lubricantes por agua en los equipos, al igual que la por emulsificación. En los cojinetes lisos (casquillos y bujes), el agua, que es incomprimible con relación al aceite, reduce la capacidad hidrodinámica de la película lubricante, ocasionando un mayor desgaste de los componentes.


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

fadiga dos elementos rolantes em até 48% (2). Sob certas condições, as moléculas de água são reduzidas aos seus componentes (oxigênio e hidrogênio), como resultado das elevadas pressões geradas nos pontos de contato dos mancais de rolamento. Em função das pequenas dimensões dos íons livres de H+ gerados no processo, estes podem adsorver na superfície das pistas do rolamento e causar o fenômeno de “fragilização por hidrogênio”. Essa fragilização resulta da alteração cristalina da camada metálica do mancal de rolamento, que cria uma região quebradiça e provoca o aparecimento de trincas, seguidas pela formação de “pits” e pelo descascamento da superfície. A presença de água também desempenha um papel preponderante no envelhecimento prematuro dos lubrificantes, especialmente na presença de metais catalisadores como o cobre, chumbo e estanho, pois acelera sua oxidação em até dez vezes. Por outro lado, certos tipos de lubrificantes sintéticos reagem com a água, resultando na destruição da base e na formação de ácidos. Não é só a base mineral ou sintética que sofre com a contaminação pela umidade. Alguns aditivos são facilmente hidrolisados pela água, provocando seu esgotamento e a formação de subprodutos ácidos, que agem como corrosivos das ligas metálicas do tipo Babbit (metal branco) e do bronze, materiais muito usados em buchas e bronzinas.

Vantagens da prevenção A escolha do método a ser adotado para eliminação da água depende diretamente da quantidade presente no óleo. O ideal é lançar mão de dispositivos que impeçam o seu ingresso no sistema de lubrificação dos equipamentos, como o uso de respiradores. Além disso, medidas de precaução devem ser adotadas no armazenamento e manuseio do lubrificante, mantendo os recipientes em bom estado de conservação e evitando sua exposição à atmosfera. Recomenda-se ainda a limpeza em torno do bocal do reservatório de óleo da máquina antes de se completar o nível do lubrificante. Como regra geral, os custos para eliminar a água em estado dissolvido são sempre mais elevados que os de prevenção, devido ao uso de equipamentos especiais como o “Termo-

Vácuo”. O mesmo se aplica à água emulsificada, que só pode ser retirada eficientemente em condições controladas de aquecimento e vácuo. A umidade em estado líquido pode ser retirada por centrífugas. Uma coisa é certa: qualquer que seja a quantidade de água presente no óleo lubrificante, a integridade e confiabilidade operacional do equipamento está ameaçada. Nesse caso, as especificações do fluído devem ser restabelecidas por meio de medidas preventivas e corretivas, antes que o dano se torne irreversível. (1) Barnes, Mark – Water – The Forgotten Contaminant – Practicing Oil Analysis Magazine, Jul. 2001. (2) Klaman, Dieter – Lubricants and Related Products 10.2 p. 224 Verlag Chemie Basel. (*) Roland Gemperle é diretor da Gemperle Consulting S/C. Ltda.



Fotos: Marcelo Vigneron

MANUTENÇÃO

BRITADORES: COMO CUIDAR DOS REVESTIMENTOS

U

ma instalação de britagem complexa pode contar com vários estágios de fragmentação e classificação, empregando britadores primários, secundários, terciários e até mesmo quaternários. Nessa configuração, todos os equipamentos precisam operar de forma integrada, gerando um material com a granulometria especificada em projeto. Para que a produtividade da instalação seja a desejada, é preciso manter ajus-

tado o fluxo nos volumes previstos. A eficiência desse ciclo depende de um componente que necessita de cuidados especiais e manutenções periódicas: o revestimento dos britadores. Como se trata da parte do equipamento que fica em contato direto com o material britado, o revestimento está sujeito a um alto nível de desgaste, que ocorre irregularmente em todo o comprimento da chapa de proteção, desde a entrada do brita-

dor (boca) até sua saída. Na britagem primária, onde geralmente são usados equipamentos de mandíbulas, a ocorrência de desgaste no revestimento da entrada é menos comum, pois a abertura do equipamento é dimensionada para receber rochas de grande diâmetro. Os cuidados, nesse caso, se limitam ao meio e à saída do britador, onde o impacto e a abrasão geram desgastes. Esse desgaste pode ser detectado visualmente e, diante da sua ocorrência, deve-se ajustar a abertura da saída do britador primário ou alterar a abanadeira, caso se constate sua inadequação. Esse ajuste consiste basicamente no fechamento do espaço para a saída dos materiais. Se isso não for feito imediatamente, o britador secundário será penalizado com o material vindo do primário, cuja granulometria será maior do que sua boca admite. E é nesse aspecto que estão os principais cuidados com os revestimentos. No caso dos britadores cônicos, usados no estágio secundário, a câmara de entrada de materiais costuma ser menor e dimensionada pelo ajuste da saída do britador primário. Dessa forma, sempre que a saída desse equipamento ficar desregulada por desgaste do revestimento, a entrada do britador secundário sofrerá maior desajuste, reduzindo sua abertura. Isso implica uma nova regulagem no britador primário, para que ele gere materiais nos volumes e granulometrias aceitos pelo secundário. O desgaste no revestimento do britador primário se deve a várias causas, como a alimentação indesejável com materiais finos e com granulometria inadequada ao modelo de revestimento ou em volumes

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MANUTENÇÃO

abaixo do especificado pelo fabricante. Além disso, a alimentação intermitente também provoca desgastes elevados ou irregulares, caso o equipamento seja do tipo “cabeça livre” (a cabeça gira quando o britador está sem carga). Impacto na produtividade A necessidade de regular a entrada do britador secundário em relação ao desgaste do revestimento deve ser seguida à risca. Caso contrário, o equipamento pode não permitir a realização de ajustes futuramente e dificultar a entrada do material em sua boca, comprometendo a produtividade de toda a instalação de britagem. Por isso, muitas vezes é mais prudente trocar o revestimento e manter a produtividade programada do que ficar regulando as entradas e saídas dos britadores de acordo com o desgaste desse material. Alguns levantamentos apontam que essa prática reduz a produção da britagem em até 30% e, nas operações com grandes volumes, a eliminação desse gargalo compensa os gastos com novos revestimentos. Outra forma de preservar a produtividade é usar um britador cônico projetado exclusivamente para a britagem secundária. Como sua boca de entrada atinge grande abertura – e não “fecha” com o desgaste dos revestimentos – o britador primário não precisa ser ajustado com tanta freqüência, pois o equipamento aceita materiais com granulometrias maiores. Há também o desenvolvimento de novos tipos de perfis de revestimento, permitindo que a dimensão da boca de entrada seja sem-

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Principais cuidados • Avalie se o perfil do revestimento é o ideal para o britador. Em cada etapa de britagem (primária, secundária, terciária e quaternária), ele sofre diferentes níveis de desgaste, exigindo a regulagem das bocas de entrada e de saída; • Realize periodicamente a regulagem na boca de saída de todos os britadores, pois o desajuste de um deles provocará impacto na produção do seguinte; • Avalie a substituição dos revestimentos não somente pelo seu desgaste, mas também pela perda de produtividade da planta de britagem como um todo; • Preencha os espaços vazios entre o revestimento e o encosto. Caso contrário, a chapa de proteção poderá sofrer trinca, quebra ou amassamento.

pre igual, mesmo com os desgastes das chapas. Mas nem todas as instalações existentes contam com equipamentos como esses. Em geral, usuários de menor porte costumam adquirir o mesmo modelo de britador cônico para os estágios secundário, terciário e quaternário de fragmentação, modificando apenas os revestimentos. Nesse caso, a única alternativa é a regulagem do britador primário. Escolha dos revestimentos Se uma análise prévia indicar desgaste excessivo ou irregular nos revestimentos, os especialistas recomendam traçar um perfil desse material e comparar com o do original. Dessa forma, um novo perfil pode ser sugerido. Em seqüência, a avaliação periódica dos desgastes irá mostrar o sucesso ou não do perfil adotado. Há ainda a recomendação de usar o perfil mais adequado para cada tipo de alimentação, de acordo com a indicação dos fabricantes de britadores, o que reduz significativamente os níveis de desgaste. No aspecto

metalúrgico, também é possível alterar a composição do aço, de acordo com o material a ser britado. Se ele for mais abrasivo, por exemplo, o aumento na proporção de cromo usado na liga resultará em revestimentos com maior dureza inicial e elevada resistência ao desgaste. Esse tipo de alteração exige cuidados, pois o fato de o material ser mais duro o torna mais passível de trincas.

Desgaste dos revestimentos deve ser monitorado


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

PERFIL DE BRITADOR CÔNICO

Boca do britador primário: projetada para rochas maiores

As ligas geralmente usadas nos revestimentos dos britadores são feitas em aço com teor de 12% a 14% de manganês. Com esse componente, os carbonetos dissolvidos na massa se precipitam sob efeito dos impactos, criando pontos de alta dureza na superfície das chapas. É como se essa precipitação formasse cascas mais du-

ras na sua superfície e o miolo do metal, que não sofre o impacto direto, permanecesse com uma consistência menos dura, diminuindo a possibilidade de incidência de trincas. Os especialistas recomendam ainda que o encosto de fixação do revestimento seja mantido em boas condições de conservação. Se ele apresentar desgaste, poderá provocar trincas ou o afundamento da chapa de proteção. Acompanhar a qualidade e desempenho da massa de enchimento usada na instalação dos revestimentos também constitui outro cuidado necessário. Quando endurecido, esse material produz espaços vazios abaixo da chapa de proteção, devido à contração sofrida na passagem do estado líquido para o sólido.

Nortec: www.nortec.tc


TABELA DE CUSTOS

CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTOS COSTO POR HORA DE EQUIPOS Equipamento

Mat. Propriedade Manutenção Rodante

Comb./ Lubr.

Total

Caminhão basculante articulado 6x6

R$ 64,46

R$ 47,42

R$ 11,19

R$ 30,66

R$ 153,72

Caminhão basculante fora de estrada 30 t

R$ 39,89

R$ 23,95

R$ 11,19

R$ 22,23

R$ 97,26

Caminhão basculante rodoviário 6x4 (26 a 30 t)

R$ 20,48

R$ 14,40

R$ 6,79

R$ 7,67

R$ 49,33

Caminhão basculante rodoviário 6x4 (36 a 40 t)

R$ 30,94

R$ 23,21

R$ 7,04

R$ 15,33

R$ 76,52

Caminhão comboio misto 4x2

R$ 17,44

R$ 11,92

R$ 3,24

R$ 5,21

R$ 37,82

Caminhão guindauto 4x2

R$ 18,67

R$ 12,80

R$ 3,24

R$ 5,21

R$ 39,92

Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³)

R$ 29,40

R$ 15,40

R$ 3,13

R$ 13,03

R$ 60,97

Carregadeira de pneus (2,5 a 3,5 m³)

R$ 44,20

R$ 22,73

R$ 10,49

R$ 18,40

R$ 95,82

Compactador de pneus para asfalto

R$ 40,00

R$ 12,98

R$ 3,72

R$ 15,33

R$ 72,03

Compactador vibratório liso / pé de carneiro (10 t)

R$ 41,60

R$ 13,35

R$ 0,55

R$ 23,00

R$ 78,49

Compactador vibratório liso / pé de carneiro (7 t)

R$ 28,80

R$ 10,35

R$ 0,31

R$ 23,00

R$ 62,46

Escavadeira hidráulica (15 a 17 t)

R$ 41,50

R$ 26,75

R$ 1,61

R$ 13,80

R$ 83,65

Escavadeira hidráulica (20 a 22 t)

R$ 44,20

R$ 27,67

R$ 2,17

R$ 32,19

R$ 106,23

Escavadeira hidráulica (30 a 34 t)

R$ 81,25

R$ 50,07

R$ 4,01

R$ 45,99

R$ 181,32

Motoniveladora (140 a 180 hp)

R$ 49,98

R$ 29,40

R$ 3,74

R$ 26,06

R$ 109,18

Motoniveladora (190 a 210 hp)

R$ 49,00

R$ 29,00

R$ 3,49

R$ 30,66

R$ 112,15

Retroescavadeira

R$ 22,31

R$ 12,46

R$ 1,73

R$ 12,26

R$ 48,77

Trator de esteiras (100 a 120 hp)

R$ 57,09

R$ 29,55

R$ 2,87

R$ 19,93

R$ 109,44

Trator de esteiras (160 a 180 hp)

R$ 56,00

R$ 29,13

R$ 6,18

R$ 32,19

R$ 123,50

Trator de esteiras (300 a 350 hp)

R$ 138,13

R$ 71,07

R$ 19,60

R$ 56,72

R$ 285,52

Os valores acima, sugeridos como padrão pela Sobratema, correspondem à experiência prática de vários profissionais associados, mas não devem ser tomados como única possibilidade de combinação, uma vez que todos os fatores podem ser influenciados pela marca escolhida, local de utilização, condições do terreno ou jazida, ano de fabricação, necessidade do mercado e oportunidades de execução dos serviços. Valores referentes a preço FOB em São Paulo (SP). Maiores informações no site: www.sobratema.org.br.

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INNOVATION: “SAMOTER SPECIALS” - NEW APPROACHES

earth-moving

concrete

road

drilling

quarrying

lifting

MINING AND QUARRYING DAY

HOISTING DAY

vehicles

components

AND THEME DAYS EARTH MOVING DAY

CONCRETE EQUIPMENT DAY

ALSO NOT-TO-BE-MISSED

RENTAL DAY

SAFETY DAY

ROAD DAY

DRILLING AND TUNNELLING DAY

JOBSITE VEHICLES DAY

DIESEL OF THE YEAR


ESPAÇO ABERTO

Ciber lança vibro-acabadoras inteligentes As vibro-acabadoras AF 5000 Plus (sobre esteiras) e AF 5500 Plus (sobre pneus), produzidas pela Ciber Equipamentos Rodoviários, incorporaram inovações tecnológicas que aumentam a produtividade e a segurança em obras de pavimentação. A série Plus passa a contar com sistema de automação que, além de informar o operador em tempo real sobre todos os parâmetros do equipamento, indica como agir em eventuais falhas de componentes e situações de emergência. Os equipamentos também receberam modificações mecânicas que os tornam aptos para aplicações especiais e em todas as etapas das obras, desde a distribuição e acabamento de camadas de base até a pavimentação asfáltica. As vibro-acabadoras têm capacidade para aplicar até 450 t/h em pavimentos de 2 cm a 30 cm de espessura e de 1,9 a 5,3 m de largura, atingindo uma velocidade de avanço na operação de 37 m/min (AF 5000 Plus) ou de 30 m/min (AF 5500 Plus). Segundo o fabricante, elas já estão sendo usadas na obra do novo Aeroporto Internacional de Natal (RN).

Instalação de kit amplia durabilidade dos turbos Kit Turbo é o dispositivo desenvolvido pela Trema para ampliar a vida útil de turbocompressores usados em motores térmicos. Trata-se de um sistema hidráulico equipado com um grupo de válvulas e abastecido com a própria pressão do óleo do motor. Integrado eletronicamente ao circuito hidráulico, ele controla o sistema e permite a lubrificação instantânea do turbocompressor, durante a partida do motor, e sua lubrificação forçada, num mínimo de 10 min após a parada do motor.

✎ Ciber: www.ciber.com.br

Lanterna otimiza serviço em mineração As lanternas para mineração modelo Alfa Ecology Basic, desenvolvidas pela Adaro, possuem bateria recarregável de Níquel Metal Hidreto (Ni-MH), o que dispensa a troca do carregador e otimiza o trabalho no campo.Têm autonomia de 9 h (lâmpada principal) e sua bateria carrega rapidamente, é livre de efeito memória e não agride o meio ambiente. Sua estrutura é confeccionada em policarbonato, um material resistente, e a lâmpada principal atinge cerca de 300 h de vida média. Distribuídas no Brasil pela Pró-Eletro, elas estão disponíveis em versões individuais ou para armazenamento e carregamento de até 10 unidades, dotadas com indicadores analógicos do nível de carga. Além desse modelo, a empresa comercializa as lanternas do tipo Alfa LDT da Adaro, com bateria de Lítio de recarga super-rápida. Possuem duas lâmpadas LED com durabilidade de até 40.000 h, sendo uma para curta distância (com autonomia de 30 h) e outra para médias e grandes distâncias (autonomia de 17 h). ✎ Pró Pró-Eletro: Eletro: www.perfproeletro.com.br

Essa lubrificação forçada, após a parada do motor, ajuda no resfriamento do lubrificante no turbocompressor, evitando a formação de carvão em seus canais de lubrificação já bastante restritos, o que reduz a vida útil do componente devido a deficiências na lubrificação e às altas temperaturas que ocasiona. Segundo o fabricante, sua instalação não altera o projeto original do motor, bastando apenas ampliar o reservatório de óleo no cárter em 2 l, além de uma conexão para a linha de lubrificação do turbo. Opcionalmente, a inclusão de uma válvula de retenção (J) e de um acumulador (AC2), com maior capacidade volumétrica, ajudam a reforçar a lubrificação do motor térmico durante sua partida. ✎ Trema: www.trema-treinamento.com.br

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