Revista M&T - Manutenção & Tecnologia N º 1 1 4
-
J u n h o
-
2 0 0 8
-
w w w. s o b r a t e m a . o r g . b r
M&T EXPO 2009 ENCONTRO MARCADO ENTRE FABRICANTES E USUÁRIOS DE EQUIPAMENTOS PUNTO DE ENCUENTRO ENTRE FABRICANTES Y USUARIOS DE MAQUINARIA
nº 114 -Junho - 2008
E MAIS AÇÚCAR E ÁLCOOL | FERRAMENTAS DE PENETRAÇÃO AZÚCAR Y ALCOHOL | HERRAMIENTAS DE CORTE
ONE way. A CAÇAMBA TRITURADORA MB A unica opção segura para um trabalho mais eficiente. TRITURA EM QUALQUER LUGAR REUTILIZAÇÃO NO PRÓPRIO LOCAL DA OBRA CUSTOS MENORES UMA LINHA COMPLETA DE PRODUTOS
CAÇAMBA TRITURADORA TRITURADORA MB MB CAÇAMBA CONFIE NA EXPERIÊNCIA DO FABRICANTE MUNDIAL Nº 1.
Tel. +39.0445.308148 - Fax +39.0445.308179 - www.mbcrusher.com - info@mbcrusher.com PAG PORTOGHESE 21X28.indd 1
17-04-2008 16:04:12
EDITORIAL
O setor se prepara para a M&T Expo 2009 Apesar dos recentes sinais de retração emitidos pela economia, o setor de equipamentos para construção e mineração continua otimista em relação às perspectivas de crescimento. Após um vertiginoso aumento nas vendas de máquinas nos últimos anos, fabricantes e distribuidores têm a convicção de que essa curva de expansão constitui um caminho sem volta e, ao final da bonança, não há uma tempestade se formando no horizonte. O que se espera é a continuidade do crescimento, talvez com índices menores, mas sustentado pelos inadiáveis investimentos em infra-estrutura no País e pelos projetos de expansão em setores importantes da economia brasileira, como a indústria de mineração, siderurgia, petróleo e gás, papel e celulose e açúcar e álcool, entre outros. Para implantar tantos projetos, em tão curto espaço de tempo, construtoras e demais usuários de equipamentos pesados deverão continuar investindo na modernização e ampliação de suas frotas. Embalados por esse cenário positivo, os fabricantes de equipamentos se preparam para apresentar as inovações tecnológicas em suas respectivas linhas na M&T Expo 2009. Um ano antes da realização do evento, os organizadores e expositores acertam os detalhes para superar o recorde batido na edição 2006, quando ele se consolidou como maior feira de equipamentos para construção e mineração da América Latina. Esta edição da revista M&T traz uma reportagem sobre o assunto, na qual 42 das maiores empresas do setor detalham suas estratégias, expectativas de vendas e o que o cliente está solicitando da indústria de equipamentos. Eles também revelam as expectativas em relação à M&T Expo 2009, todos muito otimistas, e, em alguns casos, antecipam os lançamentos previstos na feira. Com isto, tabulamos as tendências mercadológicas e tecnológicas que irão marcar o evento. Acompanhe o resultado nas próximas páginas e anote a data da M&T Expo 2009 para conferir in loco. Ela vai acontecer no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, entre os dias 2 e 6 de junho do próximo ano.
16:04:12
Sector se prepara para la M&T Expo 2009 A pesar del momento de desaceleración que vive la economía, el sector de máquinas y equipos para la construcción y la minería continúa optimista con respecto a las perspectivas de crecimiento. Después del vertiginoso incremento de las ventas de máquinas en los últimos años, los fabricantes y distribuidores tienen la convicción de que la curva de crecimiento se mantendrá y de que no hay nubarrones en el horizonte. Así, se prevé que el crecimiento continúe, quizá a un ritmo menor, sustentado en las impostergables inversiones en infraestructura y en los planes de expansión de sectores importantes de la economía del Brasil, como minas, siderurgia, petróleo y gas, papel y celulosa, azúcar y alcohol, entre otros. Para poder realizar tantos proyectos en tan poco tiempo, las empresas constructoras y otros usuarios de máquinas pesadas deberán seguir invirtiendo en la modernización y el crecimiento de sus parques. Con estas perspectivas positivas, los fabricantes de máquinas y equipos se preparan para presentar las últimas innovaciones tecnológicas en la M&T Expo 2009. Un año antes de la feria, los organizadores y los expositores ultiman los detalles para poder superar el récord de la edición 2006, cuando se consolidó como la mayor feria de máquinas y equipos para la construcción y la minería de América Latina. En este número de la revista M&T se publica un reportaje sobre el tema, en el que cuarenta y dos de las más importantes compañías del sector hablan sobre sus estrategias y previsiones de ventas, y sobre lo que el cliente está solicitando de la industria de máquinas y equipos. También explican cuáles son sus expectativas con respecto a la M&T Expo 2009, todas se muestran optimistas y, en algunos casos, adelantan cuáles serán los lanzamientos que presentarán en la feria. En las próximas páginas se presenta un perfil actualizado de las tendencias del mercado y de las novedades tecnológicas que, seguramente, acapararán la atención en la feria. Anote la fecha y el lugar de la M&T Expo 2009 para que pueda comprobarlo personalmente. Se realizará en el Centro de Exposiciones Imigrantes, São Paulo, entre los días 2 y 6 de junio del año próximo.
Revista M&T - Manutençã o & Tecnologia
EXPEDIENTE
SUMÁRIO
N º 1 1 4
Capa: Arte da Diagrama Estúdio.
-
J u n h o
-
2 0 0 8
-
w w w . s o b r a t e m a . o r g . b r
M&T EXPO 2009
ENCO NTRO MARC ADO
ENTRE FABRICA NTES E USU ÁRIOS DE EQU IPAMENT ENTRE PUN OS FABR ICANTES Y
nº 114 -Junho
Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção
- 2008
DE PEN
ETRAÇÃO HERRAMIE NTAS DE CORT E
M&T EXPO 2009 I Encontro marcado entre fabricantes e usuários de equipamentos M&T EXPO 2009 I Punto de encuentro entre fabricantes y usuarios de maquinaria
Comitê Executivo Presidente: Afonso Celso Legaspe Mamede Vice-Presidente: Carlos Fugazzola Pimenta Vice-Presidente: Eurimilson João Daniel Vice-Presidente: Ivan Montenegro de Menezes Vice-Presidente: Jader Fraga dos Santos Vice-Presidente: Jonny Altstadt Vice-Presidente: Mário Sussumo Hamaoka Vice-Presidente: Múcio Aurélio Pereira de Mattos Vice-Presidente: Octávio Carvalho Lacombe Vice-Presidente: Paulo Oscar Auler Neto Vice-Presidente: Silvimar Fernandes Reis
ÁLCOOL | FERR AMENTAS AZÚCAR Y ALCO HOL |
Diretoria Executiva e Endereço para correspondência: Av. Francisco Matarazzo, 404 cj. 401 – Água Branca São Paulo (SP) – CEP 05001-000 Tel.: (55 11) 3662-4159 – Fax: (55 11) 3662-2192
TO DE
USUARIOS ENCUEN DE MAQU TRO INARIA
E MAI S
AÇÚCAR E
16 M&T EXPO 2009 II O cliente está mais exigente M&T EXPO 2009 II Los clientes están más exigentes
Diretoria Técnica André G. Freire (Terex) - Augusto Paes de Azevedo (Caterpillar) - Benito Francisco Bottino (Odebrecht) - Carlos Arasanz (Eurobrás - ALEC) Cláudio Afonso Schmidt (Odebrecht) - Dionísio Covolo Jr (Metso) - Edson R. Del Moro (Yamana Mineração) - Eduardo M. Oliveira (Santiago & Cintra) - Emanuel P. Queiroz (Scania) - Felipe Sica Soares Cavalieri (Brasil Máquinas de Construção - Hyundai) - Franz Treu (Atlas Copco) - Gilberto Leal Costa (Odebrecht) - Gino Raniero Cucchiari (New Holland) - João Lázaro (CCCC) - Ledio Augusto Vidotti (GTM Máquinas e Equipamentos) - Luis Afonso Pasquotto (Cummins) - Luiz Carlos Furtado (CR Almeida) - Luiz Gustavo Pereira (Tracbel - Volvo) - Marcos Bardella (Brasif - Case) - Mario Humberto Marques (AG) - Nathanael P. Ribeiro Jr (Multieixo - Randon) - Paulo Lancerotti (Sotreq - Caterpillar) - Permínio A. Maia de Amorim Neto (Getefer) - Ramon Nunes Vazquez (Mills) - Ricardo Pagliarini Zurita (Liebherr) - Rissaldo Laurenti Júnior (Carraro S.A.) - Roberto Mazzutti (Auxter - JCB) - Sérgio Barreto da Silva (Geral Damulakis Engenharia SA - GDK) - Valdemar Shinhiti Suguri (Komatsu) - Yoshio Kawakami (Volvo)
28 M&T EXPO 2009 III Resistência a toda prova M&T EXPO 2009 III Resistencia a toda prueba
32 M&T EXPO 2009 IV
Diretor Regional
O avanço dos pesados M&T EXPO 2009 IV Los pesados avanzan
Petrônio de Freitas Fenelon (MG) VPS Engenharia e Estudos Wilson de A. Meister (PR) Ivaí Engenharia de Obras S/A Jose Luis P. Vicentini (BA) Terrabrás Terraplanagem do Brasil S/A Laércio de F. Aguiar (PR) Construtora Queiroz Galvão S/A Antonio Almeida Pinto (CE) Construtora Queiroz Galvão S/A
38 M&T EXPO 2009 V
Revista M&T - Conselho Editorial Comitê Executivo: Cláudio Schmidt (presidente), Paulo Oscar Auler Neto, Silvimar F. Reis, Permínio A. M. de Amorim Neto e Norwil Veloso. Membros: Adriana Paesman, Agnaldo Lopes, Benito F. Bottino, César A. C. Schmidt, Eduardo M. Oliveira, Gino R. Cucchiari, Lédio Augusto Vidotti, Leonilson Rossi, Luiz C. de A. Furtado, Mário H. Marques e Pedro Luiz Giavina Bianchi. Diretor Executivo: Hugo José Ribas Branco Editor: Haroldo Aguiar Repórter: Rodrigo Conceição Santos Revisão Técnica: Norwil Veloso Traduções: Maria Del Carmen Galindez Publicidade: Sylvio Vazzoler, Roberto Prado e Giovana Marques Di Petta Produção Gráfica: DSGE A Revista M&T - Manutenção & Tecnologia é uma publicação dedicada à tecnologia, gerenciamento, manutenção e custos de equipamentos. As opiniões e comentários de seus colaboradores não refletem, necessariamente, as posições da diretoria da SOBRATEMA. Tiragem: 12.000 exemplares. Circulação: Brasil e América Latina. Periodicidade: mensal. Impressão: Parma Auditado por:
Filiado à:
4 | Junho 2008
Segurança na elevação de cargas e funcionários M&T EXPO 2009 V Seguridad en el levantamiento de cargas y personas
42 M&T EXPO 2009 VI Em busca da eficiência M&T EXPO 2009 VI En busca de la eficiencia
46 M&T EXPO 2009 VII Tecnologias que o usuário não vê M&T EXPO 2009 VII La tecnología que el usuario no ve
50
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
M&T EXPO 2009 VIII Os equipamentos não podem parar M&T EXPO 2009 VIII La maquinaria no puede parar
54
M&T EXPO 2009 IX Engrenagens bem lubrificadas M&T EXPO 2009 IX Engranajes bien lubricados
62
AÇÚCAR E ÁLCOOL Mecanização chega às lavouras AZÚCAR Y ALCOHOL Avanza la mecanización de la cosecha
66
TENDÊNCIA Estamos preparados para o futuro? TENDENCIA ¿Estamos preparados para el futuro?
74
GUINDASTES Pesos-pesados conquistam o mercado Grúas Los pesos pesados conquistan el mercado
82
FERRAMENTAS DE PENETRAÇÃO A escolha certa faz a diferença HERRAMIENTAS DE CORTE La opción correcta marca la diferencia
88
GEOTECNOLOGIA Como preparar a máquina para o controle GPS GEOTECNOLOGÍA Cómo preparar la máquina para el GPS
PERFIL De locadora a distribuidora de guindastes QUIÉNES SOMOS De empresa arrendadora a distribuidora de grúas
94
101 SEÇÕESSECCIONES
.............................................................................................................................. 08 ManutençãoMantenimiento ...............................................................................................................97 Tabela de CustosTabla de Costos ......................................................................................................100 Espaço AbertoEspacio Abierto .........................................................................................................106 NotasNotas
5
NOTAS
Fabricantes espanhóis buscam distribuidores no Brasil Um grupo de empresários espanhóis, representando seis fabricantes ibéricos de equipamentos para construção, visitou o Brasil entre o final de junho e o início de julho, com o objetivo de ampliar os negócios no País. Com o apoio da ANMOPYC – a associação de fabricantes de equipamentos para construção e mineração – e do escritório comercial da embaixada espanhola, em São Paulo, eles participaram de reuniões com empresários brasileiros. Segundo Javier Serrano Rojo, diretor de promoção da ANMOPY, a missão comercial teve o objetivo de prospectar distribuidores no Brasil para as empresas participantes. “Nossos fabricantes exportam pouco para a América Latina e, desse volume, apenas 8% se destina ao mercado brasileiro, um desempenho que esperamos melhorar diante das dimensões e do potencial do País”, diz ele. A entidade reúne 95 indústrias, que somam 3 bilhões de euros em receitas
e exportam para 121 países, com maior intensidade para as demais nações européias e o norte da África. Rojo ressalta a tradição espanhola na fabricação de dumpers, autobetoneiras, usinas de concreto e guindastes de torre, mas lembra que suas indústrias também produzem rolos compactadores, rompedores hidráulicos, equipamentos de perfuração e materiais de desgaste, entre outros. No Brasil, por exemplo, são conhecidos os guindastes móveis da Luna e os pórticos da GH. “Nossas empresas não perdem em nada para os concorrentes europeus em tecnologia e a prova disso pode ser constatada na nossa feira de Zaragoza, a SMOPYC, que já se consolidou como a terceira maior e mais importante do mundo, superada apenas pela Bauma, da Alemanha, e pela Conexpo, dos Estados Unidos.” A missão espanhola foi integrada pelas empresas Ausa (dumpers, autobetonei-
Rojo: Brasil tem potencial para mais negócios
ras e empilhadeiras), Durher (máquinas para corte de cerâmica, vidro e mandriladoras), Talleres Betoño (rompedores hidráulicos e perfuratrizes), Wiskehrs (elevadores, guinchos e serras), Onik (elevadores de obras e cargas) e Camac (betoneiras e elevadores cremalheira). Rojo avalia que os altos custos de importação no Brasil podem ser compensados pelo câmbio do País e por linhas de financiamentos obtidas no mercado espanhol, de forma a melhorar a competitividade dos fabricantes ibéricos.
Petrobras investe R$ 7,2 bilhões na Repar Dois contratos assinados pela Petrobras, totalizando R$ 4,73 bilhões em investimentos, marcaram o início da fase mais intensiva de modernização da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), localizada em Araucária (PR). Um deles, firmado com a Camargo Corrêa e Promon, envolve a construção da nova unidade de coqueamento retardado (UCR) U-2212, com capacidade para produzir 5.000 m3/dia. O outro se destina à implantação de dutos para interligação das unidades de coque/HDT (hidrotratamento) e de gasolina, que ficou sob responsabilidade do consórcio composto pela Setal, Mendes Júnior e MPE. Ao todo, a estatal está investindo R$ 7,2 bilhões na modernização da Repar, incluindo um contrato com o consórcio composto pelas construtoras Norberto Odebrecht, OAS e UTC e outro com as empresas Skanska e Engevix. A implantação das novas unidades visa à obtenção de produtos de maior
8 | Junho | 2008
valor agregado, como nafta e coque, por exemplo, a partir do refino de um petróleo pesado como o brasileiro. Esse projeto vem sendo implantado em todo o parque de refinarias de Petrobras, que também está executando obras para que as unidades produzam diesel com menor teor de enxofre.
Com as obras, refinaria vai gerar produtos mais nobres
ADIANTE-SE AO IMPREVISTO O serviço de monitoramento da condições da Caterpillar® permite antecipar complicações ou falhas antes que elas se transformem em problemas dispendiosos. Este Programa pode utilizar: inspeções de equipamentos, análise de fluidos, avaliações das operações e da manutenção, coleta e manuseio de dados eletrônicos, bem como históricos detalhados de serviços. Programe suas manutenções para evitar paradas desnecessárias, aumentar sua disponibilidade e poupar tempo e dinheiro. Assim você vai obter um melhor desempenho e maior valor de revenda de suas máquinas. Dê o primeiro passo preventivo aqui: www.monitoramentocat.com/mt
©2008 Caterpillar. Todos os direitos reservados. CAT, CATERPILLAR, seus respectivos logotipos, “Amarelo Caterpillar” e o conjunto-imagem POWER EDGE™, assim como a identidade corporativa e de produto aqui usada, são marcas registradas da Caterpillar e não podem ser utilizadas sem permissão.
NOTAS
Case reabre fábrica em Sorocaba com projeto hi-tech Uma fábrica semelhante à das montadoras de automóveis, com o uso de robôs nos processos produtivos e uma operação integrada à dos fornecedores de peças e sistemas, em regime just-intime (JIT). Essa é a promessa da CNH para a fábrica de Sorocaba (SP), desativada em 2001, que o grupo pretende reinaugurar em 2009. Orçado em R$ 1 bilhão, o projeto foi anunciado por Valentino Rizzioli, presidente da CNH Latin America, com o objetivo de ampliar a produção da Case. Com 150 mil m² de área, a nova fábrica terá capacidade para 8.000 equipamentos/ano e, segundo o executivo, em 2010 já deverá produzir 4.000 unidades. Quando foi desativada, ela contava com 90 mil m² de área e produzia cerca de 500 equipamentos/ano. “Como essa unidade vai desafogar as demais do grupo, haverá um ganho de capacidade também para a New Holland e ela, juntamente com a de Piracicaba (SP), ficará destinada apenas à produção de equipamentos da Case, tanto na linha de máquinas agrícolas como na de construção”, diz o executivo. Em 2008, as três fábricas do grupo – Contagem (MG), Curitiba (PR) e Piracicaba – produzirão 22 mil máquinas agrícolas da linha Case, com um crescimento de 29,4% em relação ao ano
10 | Junho | 2008
Nova fábrica será de classe mundial
anterior, além de 6.000 equipamentos para construção. A eliminação de gargalos também ocorrerá porque a nova unidade vai atender as demais, tanto no Brasil quanto no exterior, com a produção de peças para os equipamentos da marca Case. Atualmente, as três fábricas do grupo
Rizzioli: projeto de R$ 1 bilhão
no País operam com uma ocupação de 90% da capacidade, no caso da linha de construção da marca, e de 85% na de máquinas agrícolas. Até o momento, a Case Construction não decidiu se o ganho de capacidade será aproveitado com aumento na produção de modelos existentes ou com o lançamento de novos equipamentos, embora a última alternativa seja quase certa. O diretor industrial Sérgio Soares explica que a nova fábrica contará com estações de solda robotizadas, centro de usinagem de alta precisão e dobradeiras computadorizadas, que possibilitam mudanças rápidas no planejamento de produção. A qualidade e
flexibilidade exigidas pelo sistema JIT também será obtida com o uso de máquinas de corte de chapas a laser, dotadas de alimentação automática, e de transportadores aéreos sincronizados na área de montagem. “Vamos instalar em Sorocaba uma fábrica de padrão mundial, na qual até mesmo o sistema de pintura seguirá padrões da indústria automobilística”, ele afirma. Soares explica que a empresa está negociando com os fornecedores a sincronização no fluxo de entrega dos produtos, com vistas à implantação do sistema JIT. A iniciativa não implica necessariamente a mudança dos fabricantes de peças e componentes para o “condomínio industrial” da Case, já que a fábrica fica instalada em local de fácil acesso. “Um equipamento de grande porte conta com até 10 mil componentes e, dessa forma, pretendemos ganhar competitividade com maior eficiência, redução de perdas e retrabalho.” A nova unidade também vai abrigar um centro de distribuição de peças com 60 mil m² de área e estoque de 150 mil itens. O objetivo, segundo Frederic Wendling, diretor de operações de peças, é dotá-lo de sistemas de automação que permitam atender um pedido de peças em no máximo 24 horas. “Equipamento parado na oficina representa um prejuízo para o cliente e o cuidado nessa área é fundamental para o ganho de competitividade da marca.” Por esse motivo, ele diz que o centro de distribuição de Sorocaba será o primeiro da CNH de classe mundial e o segundo do grupo Fiat, que é o controlador da empresa.
FA Ç A
O
T E S T E !
S U P E R I O R I D A D E
A
T O D A
P R O VA .
A Case está lançando uma máquina e um desafio. A máquina chega ao mercado com motor de tripla potência, que possibilita a melhor opção de trabalho com o maior desempenho e o menor consumo. Agora, o desafio: venha comparar com a concorrência. Suas conclusões são os nossos melhores argumentos. Novas pás carregadeiras Série E. Desempenho superior que você comprova.
A GENTE VAI CONVENCER VOCÊ A COMPRAR ESTAS MÁQUINAS COM APENAS UMA PALAVRA: COMPARE.
NOVAS 721 E 821 SÉRIE E.
TEM SEMPRE UMA CASE FAZENDO MAIS NA SUA VIDA.
s Cabine com melhor visibilidade, mais conforto e espaço para a maior produtividade.
s Chassi com estrutura super-reforçada para enfrentar as atividades mais pesadas: maior durabilidade, resistência e robustez.
s Módulo de refrigeração mais eficiente (Cooling Box), com ventilador reversível para a remoção de poeira e detritos.
OUTROS DIFERENCIAIS DA 721E/821E: s O novo motor combina potência e baixo consumo de acordo com o tipo de atividade e gera uma combustão reduzida de poluentes e ruído.
P O T Ê N C I A
www.casece.com.br
NOTAS
Banco destaca investimentos no Brasil Um estudo divulgado pelo banco de investimentos Merrill Lynch estima que os principais países emergentes investirão anualmente US$ 2,25 trilhões em projetos de infra-estrutura nos próximos três anos. Apesar do crescente custo das matérias-primas e das incertezas em relação ao comportamento do preço das commodities no futuro, o banco avalia que o aporte de recursos em obras de transporte, energia e saneamento contribui no combate à inflação. Além disso, tais projetos serão motivados pela necessidade de atendimento à demanda de industrialização e urbanização dos emergentes. Segundo esse estudo, a China continuará liderando o ranking de investimentos em infra-estrutura, com o aporte de US$ 725 bilhões/ano, seguida pelo Oriente Médio (US$ 400 bilhões), a Rússia (US$ 325 bilhões), Índia (US$ 240 bilhões) e Brasil (US$ 225 bilhões). O valor atribuído ao mercado brasileiro está muito acima dos aportes previstos em 2008, que deverão totalizar US$ 54,4 bilhões (R$ 86,6 bilhões), de
acordo com estimativas da Associação Brasileira de Infra-Estrutura de Indústrias de Base (Abimaq). Os investimentos em infra-estrutura no País estão aumentando, mas a entidade avalia que eles continuam abaixo da necessidade, que seria de, no mínimo, R$ 108 bilhões/ano.
Peçaforte completa 20 anos A Peçaforte, que atua na venda e locação de equipamentos e ferramentas para construção civil, está completando 20 anos de existência com crescimento nas vendas e ampliação na linha de produtos. Fundada em 1988, ela contribuiu com a industrialização dos canteiros de obras ao disponibilizar máquinas para corte e dobra de ferro, evitando a perda de materiais e proporcionando maior produtividade às concretagens. Atualmente, as centrais de corte e dobra de ferro da empresa processam mais de 20 t/mês de aço em todo o território brasileiro e seu parque de máquinas soma cerca de 200 unidades, incluindo elevadores de obras e plataformas tipo cremalheira, andaimes, balancins, misturadores para concreto pré-moldado e ferramentas em geral, entre outros. Para oferecer assistência técnica aos clientes, ela conta com uma frota de carros-oficina preparada para a manutenção dos equipamentos no campo, de forma a evitar paradas desnecessárias.
Caçamba britadora recebe prêmio na Polônia A empresa italiana Meccanica Breganzese, também conhecida como MB Crusher, comemorou a premiação de sua caçamba britadora entre os equipamentos mais inovadores apresentados na feira de máquinas rodoviárias Autostrada-Polska, realizada na Polônia. Segundo Veronica Guerra, da área de marketing da empresa, a demonstração do produto ajudou a divulgar aos visitantes do evento os ganhos de custo que ele proporciona no canteiro de obras, resultando em contatos e oportunidades de negócios. Usada como implemento em escavadeiras hidráulicas, a caçamba fragmenta materiais gerados em demolições, pedras e outros, inclusive com a remoção de barras de ferro por meio de um sistema eletromagnético. Com isso, ela reduz custos de transporte e possibilita o reaproveitamento desses materiais na própria obra. A feira Autostrada-Polska, por sua vez, realiza-se anualmente em Kielce, na Polônia, reunindo fabricantes e construtoras especializadas em obras de rodovias. Em sua última edição, ela atraiu 15.000 visitantes interessados em conhecer as inovações em equipamentos apresentadas por 800 expositores de 26 países.
ERRATA Na reportagem “Fresadoras: projetadas para serviços pesados”, da edição de março da M&T (número 112, página 22), publicamos que a Bomag é uma empresa norte-americana, quando sua origem é alemã.
12 | Junho | 2008
2
A HYUNDAI APRESENTA 1.000 M DE
A Hyundai já reservou 1.000 m2 na M&T Expo 2009 para mostrar ao mercado brasileiro toda a sua linha de escavadeiras, pás-carregadeiras e empilhadeiras, além de detalhes sobre seu sistema de pós-venda, treinamento e reposição de peças, inteiramente concebido para atender a nova realidade do mercado brasileiro. Aguardamos sua visita para impressioná-lo.
NOVIDADES NA M&T EXPO 2009 Nós construímos um futuro melhor
DISTRIBUIDOR MASTER BMC / COMEXPORT: (11) 2162 1449 - www.bmc-online.com.br CHB: (31) 3395 0666 - vendas@chbequipamentos.com.br DELTA MÁQUINAS: (91) 3245 8845 - mario@deltamaquinas.com.br GUEDES EQUIPAMENTOS: (48) 3285 8550 - guedes@guedesequipamentos.com.br KGC: (11) 4208 4010 - kgcmaquinas@kgcmaquinas.com.br KUNZLER: (51) 3061 4488 - nelson.kunzler@terra.com.br LP GABOR: (21) 2270 7834 - comercial@lpgabor.com.br MARCONI: (65) 3665 1333 - marconitratores@terra.com.br MONCHERA: (27) 2125 3500 - suporte@monchera.com.br SERPEMA: (67) 3342 0227 - serpema@serpema.com.br TESCO: (62) 3609 1540 - tesco@tescoequipamentos.com.br VENEZA: (81) 3471 1005 - pedro@venezamaquinas.com.br
M&T EXPO 2009
ENCONTRO MARCADO ENTRE FABRICANTES E USUÁRIOS DE EQUIPAMENTOS Embalado pelo aquecimento nas vendas, setor de equipamentos para construção e mineração se prepara para bater o recorde de 2006 e realizar a maior edição da história da M&T Expo
16 | Junho | 2008
Um ano antes da sua realização, a M&T Expo 2009 começa a ser preparada com o esmero a que tem direito como maior feira de equipamentos para construção e mineração da América Latina. Com 90% das áreas de exposição vendidas, o evento já tem confirmada a presença dos principais fabricantes do setor, além de fornecedores de peças, pneus, materiais rodantes e acessórios para
equipamentos, de pavilhões internacionais (China, Itália, Espanha e Coréia) e de players que estão se estabelecendo no Brasil. “O que limita o crescimento da feira é a inexistência de um espaço maior no Brasil para abrigar uma exposição de equipamentos de grande porte”, afirma Hugo Ribas Branco, diretor executivo do evento. Como nas edições anteriores, a M&T
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
Expo vai ocorrer no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, ocupando uma área de 85.000 m². Entre os dias 2 e 6 de junho de 2009, os organizadores do evento esperam receber cerca de 42.000 visitantes interessados em conhecer as inovações tecnológicas apresentadas pela indústria de equipamentos, com um crescimento de 23% em relação aos 34.200 profissionais que compareceram à edição de 2006. Para isto, o evento está sendo divulgado em todas as revistas brasileiras das áreas de construção e mineração, bem como nas principais feiras internacionais do setor. Na Conexpo 2008, realizada em Las Vegas (EUA) no último mês de março, uma coletiva de imprensa promovida pela Sobratema atraiu cerca de 60 jornalistas brasileiros e de outras 13 nacionalidades para a apresentação da M&T Expo 2009 e do mercado de equipamentos para construção no Brasil. Ações de divulgação Por conta dessa entrevista coletiva, a feira ganhou destaque nas páginas de várias revistas do setor na América Latina, além da sua divulgação por meio de acordos entre a Sobratema e as respectivas editoras. Nessa área, aliás, a direção do evento já preparou uma lista de jornalistas internacionais a serem convidados a visitar a M&T Expo 2009 e, com a criação do “pool de imprensa” (veja na página 20), estabeleceu uma estratégia para a divulgação prévia da feira e dos expositores nos demais países do exterior. Hugo Ribas ressalta ainda que a feira dispõe de um site na internet (www.mtexpo.com.br), inclusive nas versões em inglês e espanhol, que possibilita o acesso a todas as informações necessárias por parte de expositores e potenciais visitantes. Além disso, a organização está estruturando a grade de palestras, seminários e debates a serem realizados paralelamente ao evento – o Elacom (Encontro Latino-Americano da
M&T Expo 2009 Punto de encuentro entre fabricantes y usuarios de maquinaria Impulsado por la reactivación de las ventas, el sector de máquinas y equipos para la construcción y la minería se prepara para batir el record del 2006 y hacer que la M&T Expo 2009 sea la más grande de todas Un año antes de su inauguración, la M&T Expo 2009 empieza a ser preparada con el esmero que se merece la principal feria de maquinaria para la construcción y la minería de América Latina. El 90% del espacio expositivo ya ha sido vendido y ya han confirmado su presencia los principales fabricantes del sector, proveedores de repuestos, neumáticos, trenes de rodaje y accesorios para máquinas, además de pabellones internacionales (China, Italia, España y Corea) y grandes empresas que están estableciéndose en el Brasil. “Lo que limita el crecimiento de la feria es que no hay en el Brasil un espacio suficientemente grande en el que se pueda montar una exposición de máquinas de gran envergadura”, afirma Hugo Ribas Branco, director ejecutivo de la feria. Al igual que en las ediciones anteriores, la M&T Expo 2009 tendrá lugar en el Centro de Exposições Imigrantes (São Paulo) y ocupará una superficie de 85 000 m ² . Los organizadores de la feria esperan recibir, del 2 al 6 de junio del 2009, un público de aproximadamente 42.000 personas intere sadas en conocer las innovaciones tecnológicas presentadas por las empresas del sector, cifra que representa un aumento del 23% en relación con el público de 34.200 profesionales
que asistió a la edición 2006. Para lograrlo, la feria se está divulgando en todas las revistas brasileñas del área de la construcción y de la minería, y en las principales ferias internacionales del sector. En la Conexpo 2008, que tuvo lugar en Las Vegas (EE.UU.) durante el mes de marzo de este año, una rueda de prensa promovida por la Sobratema para presentar la M&T Expo 2009 y el mercado brasileño de máquinas y equipos para la construcción, congregó a unos 60 periodistas brasileños y de otros 13 países. Como resultado de esa rueda de prensa, la feria fue destacada en las páginas de varias revistas especializadas de América Latina, además de la divulgación pactada entre la Sobratema y las respectivas editoras. A este respecto, la dirección de la feria ya ha elaborado una lista de periodistas internacionales que serán invitados a visitar la M&T Expo 2009 y, con la creación del “pool de prensa”, ha establecido una estrategia para la divulgación anticipada de la feria y de los expositores en los otros países. Este cuidado especial en la preparación de la feria ha sido elogiado por los expositores, que reconocen a la M&T Expo como el principal evento del área de maquinaria para construcción y la minería del continente. En este número de la M&T se publican las entrevistas con repre sentantes de 42 empresas del ramo, en la que analizan el mercado en que trabajan y las expectativas relacionadas con la feria.
17
M&T EXPO 2009
Construção e Mineração). Tamanho cuidado na preparação do evento recebe elogios por parte dos expositores, que reconhecem a M&T Expo como principal evento da área de equipamentos no continente. Esta edição de M&T entrevistou executivos de 42 empresas do setor, analisando seus respectivos mercados e as expectativas em relação ao evento. Expectativas de vendas Na opinião de Cesar Schmidt, gerente comercial da Liebherr, por exemplo, “o setor nunca atravessou um momento tão positivo quanto o atual, o que nos motiva a participar da feira com o melhor de nossos produtos e tecnologia”. O gerente de contas corporativas da Caterpillar, Augusto Azevedo, compartilha da mesma opinião. “Em 2006, vendemos cerca de 350 equipamentos durante o evento e a expectativa é superar essa marca na próxima edição.” Meta mais ambiciosa ainda é perseguida pela Case Construction, que segundo o diretor comercial, Roque Reis, pretende triplicar as vendas em relação à M&T Expo 2006, quando a empresa comercializou 60 unidades. Para atingir esse objetivo, os fabricantes apostam no desenvolvimento tecnológico de seus equipamentos com foco na redução dos custos operacionais e na maior produtividade no canteiro. A Liebherr, por exemplo, planeja expor aos visitantes toda a linha de produtos oferecida no mercado brasileiro, desde a área de escavação e movimentação de solos (escavadeiras e pás-carregadeiras) até a de levantamento de cargas (guindastes móveis e de torre) e de con creto (autobetoneiras e usinas de concreto). “Para atender o aumento na demanda, estamos investindo US$ 25 milhões na expansão da nossa fábrica de Guaratinguetá (SP)”, diz Schmidt. A fábrica produz escavadeiras hidráulicas de 25 t a 70 t, além de pás-carregadeiras, autobetoneiras e
18 | Junho | 2008
Com o mercado aquecido, expositores esperam aumentar as vendas na M&T Expo 2009
da gigantesca R9350, uma escavadeira de 350 t de peso operacional e destinada à mineração. Na área de guindastes, onde a empresa se posiciona entre as líderes de mercado, Schmidt destaca a forte procura pelos modelos móveis para aplicação todo-terreno (AT, das iniciais de all terrain). “O crescimento na demanda mundial por esses produtos impôs a necessidade de adotarmos prazos de entrega mais longos.” Novidades no setor Na linha da Caterpillar, Augusto Azevedo destaca a série M de motoniveladoras, que facilita o trabalho do operador ao substituir o uso do volante e de 15 alavancas por um
Augusto Azevedo, da Caterpillar
>C;G6":HIGJIJG6 : C:L =DAA6C9#
E6G8:G>6 E:G;:>I6 E6G6 8DCHIGJ>G JB BJC9D B:A=DG#
:H86K69:>G6 =>9GÛJA>86 :'&*A8 EDIÚC8>6 AÞFJ>96 CD KDA6CI: H6: ?&(). / &)% ]e &%) `L# E:HD DE:G68>DC6A/ '&#.&* `\ V ')#((+ `\ 86E68>969: 9: 86v6B76/ %!) b( V &!* b( ;D9EDJH; E 9ED9;II?EDÜH?E C7?I FHãN?CE :; LE9Û DE I?J; MMM$D;M>EBB7D:$9EC$8H 6
7
6 K:GH6I>A>969: : B6>DG EGD9JI>K>969: C6H DEvÁ:H 9: 6A86C8: 9: IG676A=D 7 :M8AJH>KD 6?JHI: :A:IGãC>8D 96 GDI6v6D 9D BDIDG# H: HJ6 BÛFJ>C6 w ;>6I6AA>H! HJ6 6HH>HIÚC8>6 w C:L =DAA6C9#
M&T EXPO 2009
par de joysticks. “Em nossa fábrica de Piracicaba (SP) produzimos vários modelos de escavadeiras, páscarregadeiras, rolos compactadores, motoniveladoras, retroescavadeiras e tratores de esteiras, que sempre estão incorporando alguma inovação, e inclusive em alguns deles somos centro de excelência mundial na companhia”, ele afirma. Cerca de 70% da produção da empresa ainda se destina ao mercado externo e, além dos equipamentos produzidos no Brasil, a empresa importa caminhões fora-de-estrada e articulados, minicarregadeiras e miniescavadeiras, manipuladores telescópicos, vibro-acabadoras e recicladoras de asfalto, entre outras famílias de máquinas. As novidades na Case Construction incluem a importação de minicarregadeiras e de quatro modelos de escavadeiras hidráulicas – de 13, 16, 24 e 35 t de peso operacional – que se somaram à linha tradicional da empresa e a dois modelos de carregadeiras de rodas – 721E e 821E – lançados em 2007. Segundo Roque Reis, pelo menos outros cinco modelos têm lançamento previsto em 2009, embora os carros-chefes da fabricante continuem sendo a retroescavadeira 580M e a pá-carregadeira W20E, ambas fabricadas no Brasil. Pelas suas avaliações, o desempenho comercial da 580M e da W20E conferem à Case a liderança nesses dois segmentos de mercado, com uma participação de 40% nas vendas
Roque Reis, da Case
20 | Junho | 2008
de retroescavadeiras e de 35% na de carregadeiras, respectivamente. “A W20E resulta de um projeto antigo e que foi sendo adequado ao longo do tempo, para proporcionar aos usuários um equipamento simples, robusto e fácil de operar”, ele afirma. Com uma previsão de crescimento constante no mercado pelos próximos anos, a empresa está investindo R$ 1 bilhão na reativação da fábrica de Sorocaba (veja matéria na página 10) para aumentar sua capacidade e produzir novos modelos. Caminho sem volta Agnaldo Lopes, gerente geral de vendas e marketing da Komatsu, ressalta que o crescimento do setor vem ocorrendo sobre bases sólidas. “No passado, após anos de expansão registrávamos um período de retração do mercado e agora temos indícios claros de que não haverá retorno ou queda na demanda.” Embalada por essa situação, a empresa lançou novos modelos e consolidou sua liderança em segmentos como o de tratores de esteira, com os modelos D51 e D61, além de importar do Japão os tratores de grande porte
Cesar Schmidt, da Liebherr
D85 e D155. “Até dois anos atrás, oferecíamos ao mercado apenas um modelo de carregadeira e agora contamos com uma linha completa, que inclui desde a WA200, que substituiu a WA180, até a WA600, passando pela WA320, WA380, WA430 e WA500”, complementa o executivo. Ele ressalta ainda o lançamento de seis modelos de escavadeiras da série 8 (PC180, PC200, PC228, PC300, PC400 e PC600). Além desses equipamentos, Agnaldo planeja apresentar na M&T Expo 2009 o maior caminhão forade-estrada da marca, o 960E, recém lançado em âmbito mundial, e a
Estratégia de imprensa possibilita divulgação internacional Para divulgar a M&T Expo 2009 e as inovações tecnológicas apresentadas pelos seus expositores, a direção do evento criou o “pool de imprensa” com o objetivo de patrocinar a vinda de jornalistas internacionais ao Brasil antes e durante a feira. Com a adesão dos expositores, mais de uma dúzia de repórteres latino-americanos e de demais países serão convidados a visitar o País em novembro, para participar de coletivas de imprensa com fabricantes de equipamentos e diretores da Sobratema. Durante a realização da feira, cerca de 30 jornalistas do exterior percorrerão seus corredores e sala de imprensa, possibilitando uma divulgação em âmbito internacional, além da cobertura interna por parte da imprensa especializada e da área de negócios. Segundo Hugo Ribas Branco, diretor executivo da M&T Expo 2009, o objetivo é proporcionar máxima visibilidade ao evento, tanto em âmbito nacional como internacional, consolidando sua imagem de feira de negócios. “Além disso, temos a Central de Imprensa, que tem a função de coordenar todas as ações nessa área para o melhor agendamento das entrevistas, de forma a potencializar a participação dos expositores com o uso de todos os instrumentos de comunicação disponíveis.”
TEREX®. AS MELHORES SOLUÇÕES ESTÃO MAIS PERTO DO QUE VOCÊ IMAGINA
TEREX®: CINCO DIVISÕES, UM ÚNICO FOCO: A SUA PRODUTIVIDADE!
CONSTRUÇÃO
PLATAFORMAS AÉREAS
GUINDASTES
MINERAÇÃO
ROADBUILDING
No mundo inteiro, a Terex® é reconhecida como uma das maiores marcas da indústria de equipamentos, com mais de 50 anos de tradição e experiência. No Brasil, através da Terex® Latin America, você encontra toda a confiabilidade e o avanço tecnológico de uma completa linha de máquinas, criada especialmente para elevar ainda mais a sua produtividade.
Terex® Latin America 0800 602 5600
www.terexla.com
© Terex Corporation 2007 (Terex é marca registrada da Terex Corporation)
M&T EXPO 2009
PC200-8 Hybrid, a primeira escavadeira híbrida do mundo. Novidades também não vão faltar no estande da Volvo Construction Equipment (VCE), que em abril ingressou no mercado de máquinas rodoviárias com o lançamento de 16 modelos de rolos vibratórios para compactação de solos e asfalto. Em 2007, a empresa cresceu 68%, atingindo um faturamento de US$ 388,5 milhões, e essa expansão deve con-
Agnaldo Lopes, da Komatsu
tinuar nos próximos anos, segundo projeções de Yoshio Kawakami, presidente da VCE na América Latina. “Apenas com essa nova linha, deveremos aumentar as receitas em 2008 entre R$ 10 e R$ 15 milhões”, ele avalia. O crescimento da empresa, entretanto, certamente será maior devido ao aumento na demanda de equipamentos por parte de construtoras e mineradoras. Além das máquinas rodoviárias, a VCE produz escavadeiras hidráulicas, pás-carregadeiras, motoniveladoras, caminhões articulados e, no ano passado, iniciou a fabricação de minicarregadeiras no Brasil. Em 2007, a Volvo vendeu mais de 2.500 unidades na América Latina, das quais 1.017 apenas no Brasil. Linha ampliada Outro fabricante que aumentou a linha de produtos e colheu bons frutos foi a New Holland. No final de 2007, ela lançou nove modelos de equipamentos simultaneamente, entre minicarregadeiras, carregadeiras de rodas e escavadeiras, e encerrou
Yoshio Kawakami, da Volvo
o ano com um crescimento de 55% das vendas no Brasil, totalizando quase 2.000 unidades comercializadas. “Melhoramos a participação no mercado e a qualidade dos negócios, já que o setor de construção respondeu por grande parte das vendas e ele se destaca por privilegiar o valor do equipamento, ao contrário do setor público, no qual o menor preço é o fator determinante”, pondera Marco Borba, diretor comercial e de marketing da empresa. Com uma linha composta por 30 modelos, a empresa aposta na diversificação para oferecer equipamentos
Consumo surpreende distribuidor máster no Brasil Desde que as escavadeiras hidráulicas, carregadeiras e empilhadeiras da sul-coreana Hyundai Heavy Industries começaram a disputar o mercado brasileiro, há três anos, suas vendas duplicaram a cada ano e motivaram a Brasil Máquinas de Construção (BMC), distribuidora máster da marca, a projetar a venda de 1.000 unidades em 2008. “Fomos surpreendidos pelo mercado e tivemos que rever a projeção para 2.000 unidades, pois até junho tínhamos confirmada a entrega de 750 máquinas”, diz Felipe Cavalieri, diretor geral da distribuidora. Ele ressalta o crescimento da empresa, que em 2007 computou o embarque de 800 equipamentos da Coréia, com um aumento de mais de 400% em relação às 270 unidades
22 | Junho | 2008
vendidas em 2006. Cavalieri atribui esse desempenho à qualidade dos equipamentos, “que está sendo descoberta pelos usuários brasileiros”, bem como ao seu preço competitivo. Devido à relação cambial, que favorece as importações, e ao fato de as máquinas serem produzidas em fábricas com alto índice de robotização, elas chegam ao mercado com um preço até 8% abaixo dos concorrentes. Em 2008, a BMC concluiu a estruturação da rede de distribuidores no Brasil e está recebendo investimentos de US$ 30 milhões. Os recursos se destinam à importação de equipamentos e à instalação de uma unidade em Barueri (SP), com 10.000 m² de área, para treinamento dos distribuidores e a montagem de
um centro de distribuição de peças, com cerca de 2.000 itens de estoque. Além disso, a empresa ampliou seu foco de atuação e prepara-se para comercializar no País as motoniveladoras e rolos compactadores da chinesa XCMG, cujos guindastes já são distribuídos pela GTM. Felipe Cavalieri
M&T EXPO 2009
Gustavo Faria, da Terex
que proporcionem redução de custos e maior produtividade no canteiro. “Um número crescente de clientes está investindo na escavadeira E385, da classe de 40 t, ou na E175B, de 17 t, ao invés de usar sempre as tradicionais máquinas de 20 t para todas
as aplicações.” Nessa linha, Borba cita ainda a versatilidade das minicarregadeiras, miniescavadeiras e manipuladores telescópicos. A JCB também ampliou a linha com o lançamento de uma escavadeira da classe de 20 t, de um modelo de pá-carregadeira, manipulador telescópico e empilhadeira todo-terreno. “O consumo de carregadeiras não tem crescido na mesma proporção das retroescavadeiras e escavadeiras hidráulicas, muito versáteis na execução de diferentes tipos de serviços de escavação e carregamento”, avalia Nei Hamilton Martins, diretor comercial da fabricante. Estrutura reforçada Segundo ele, a empresa apostou na produção de diferentes modelos de retroescavadeiras e ampliou sua participação nesse segmento de má-
Nei Hamilton, da JCB
quinas de 2%, em 2002, para cerca de 15% em 2007. Seu maior investimento atualmente, entretanto, vem sendo a montagem do centro de distribuição de peças, em Guarulhos (SP), para atendimento ao mercado. “A partir daí iniciamos a ampliação e fortalecimento da nossa
Novos players desembarcam no País Atraídos pelo aumento expressivo no consumo de equipamentos para construção e mineração, novos competidores desembarcaram no Brasil para disputar uma fatia desse mercado. A chinesa LiuGong, por exemplo, iniciou a comercialização de pás-carregadeiras, com a importação de 50 unidades, após nomear a empresa GV como sua dealer máster e a Soma Tratores como distribuidora. Os investimentos incluem a vinda de técnicos chineses ao País, para preparar a equipe de assistência técnica aos clientes, e a formação de estoque de peças. Segundo Li Yi, diretor para a América do Sul, o objetivo é comercializar no Brasil todas as linhas produzidas pela empresa, que inclui oito modelos de escavadeiras hidráulicas, de 19,8 t a 34 t, rolos vibratórios e estáticos, motoniveladoras, retroescavadeiras, minicarregadeiras, tratores de esteiras, guindastes e vibro-acabadoras, entre outras. “A partir de fevereiro de 2009, pretendemos importar uma média de 100 unidades/mês das nossas
24 | Junho | 2008
famílias de máquinas”, diz ele. Pioneira na produção de carregadeiras na China, a LiuGong produz 17 modelos desse tipo de equipamento, de 5.000 kg a 28.500 kg de peso operacional, mas Li Yi vislumbra maior demanda para os modelos mais compactos e os de grande porte, estes últimos destinados ao setor de mineração. “No ano passado vendemos muitas máquinas na Argentina e o Brasil, devido a suas dimensões e potencial, representa um mercado estratégico para a nossa empresa”, diz ele. Por esse motivo, o executivo aposta na M&T Expo 2009 como uma vitrine para Li Yi, da LiuGong
a divulgação da marca no País e América Latina. Outro estreante na feira é a coreana Doosan Infracore, embora suas escavadeiras e carregadeiras tenham sido expostas na edição 2006, no estande da Comingersoll, a distribuidora da marca. A diferença é que agora a fabricante dispõe de estrutura própria no País, para suporte à rede de distribuidores, que inclui ainda a Renco. “O evento será uma oportunidade de apresentarmos nossa marca ao público de forma mais efetiva”, pondera Seil Kwon, diretor da Doosan. Apesar das vendas de carregadeiras permanecerem estacionadas no País, ele avalia que o consumo de escavadeiras cresce a taxas de 20% a 40% e planeja encerrar 2008 com um aumento de 300% nas vendas desse tipo de equipamento. O foco da empresa está voltado para as escavadeiras de 20 t a 40 t de peso operacional, mas ela também aposta no segmento de minicarregadeiras e miniescavadeiras, que estão sendo comercializadas no Brasil.
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
rede de concessionárias no País, que conta com 18 pontos de distribuição e suporte aos clientes”, diz Nei Hamilton. Ele considera a M&T Expo como a principal feira do setor no
Marco Borba, da New Holland
continente e avalia que a participação da empresa na edição de 2006 contribuiu para o posicionamento da marca JCB nos mercados brasileiro e latino-americano. Outra empresa que reestruturou sua operação foi a Terex Latin America, que inaugurou a sede em Barueri (SP), com 3.000 m² de área para suporte aos clientes e distribuidores. Além das plataformas elevatórias, manipuladores telescópicos e torres de iluminação da linha Genie, a empresa comercializa no mercado guindastes móveis, equipamentos para mineração (caminhões forade-estrada, escavadeiras de grande porte e outros) e para construção (carregadeiras, retroescavadeiras, escavadeiras hidráulicas etc.). Com relação às duas últimas famílias de equipamentos, a empresa ainda ensaia os primeiros passos no mercado brasileiro, embora eles se-
jam comercializados em outros países da América Latina. Em 2007, ela cresceu 37,7% no continente, com um faturamento de US$ 332 milhões, dos quais metade foram provenientes de vendas no Brasil. No País, o grupo produz apenas máquinas para obras rodoviárias, por meio da divisão Roadbuilding, localizada no Rio Grande do Sul, mas sua direção já revelou interesse em instalar uma unidade para produção de equipamentos para construção.
Case: www.casece.com.br Caterpillar: www.cat.com.br Doosan: www.renco.com.br / www.comingersoll.com.br Hyundai: www.bmc-online.com.br JCB: www.jcb.com Komatsu: www.komatsu.com.br Liebherr: www.liebherr.com.br LiuGong: www.somatratores.com.br / www.gvmaq.com.br New Holland: www.newholland.com.br Sobratema: www.sobratema.org.br Terex Latin America: www.terexla.com Volvo: www.volvoce.com
M&T EXPO 2009
QUEM ESTARÁ NA FEIRA EXPOSITORES NACIONAIS ALLISON TRANSMISSION ANCHIETA PNEUS AR BRASIL ASSERC A-TECH ATLAS COPCO BAPI BARAM BERCO BMC - BRASIL MÁQUINAS BOSCH REXROTH BOZZA BRAMEX BRASIF BRASSINTER BS INDÚSTRIA BTK CARMIX CASA DOS TRATORES CASE CONSTRUCTION CATERPILLAR CENTRAL NACIONAL DE GUINDASTES CIBER CMV COMINGERSOLL COPEX CRUZAÇO CSM CTPX CUMMINS BRASIL CZM DANA DEUTZ DOOSAN DYNAPAC ENGEPEÇAS EQUIP ESCAD ESCO SOLDERING ESTE EUROBRAS EVERTON FEDERAL- MOGUL FLUID POWER GAMMA COBRA
26 | Junho | 2008
GASCOM GENERALLY GETEFER GOODYEAR HAULOTTE HIDRAU TORQUE (CARAJÁS) HIDRODINÂMICA HYUNDAI INDECO ITALPRATES ITALTRACTOR LANDRONI JCB JLG KOMATSU LDA LIEBHERR LINK COMERCIAL LUNA ALG M. SHIMIZU MACHBERT MADAL PALFINGER
PCP PINGON PIRACICABA ELETRODIESEL PLUS BRASIL PRÓ-ELETRO PROMÁQUINAS PROTON PRIMUS RANDON RENCO EQUIPAMENTOS RETIFORT REVESLAM RIPPER ROBRASA ROMANELLI ROSSETTI RRBR SANDVIK SANTIAGO & CINTRA SAUER-DANFOSS SCANIA SCHWING STETTER
MAGNUS HIDRÁULICA
SEVILHA
MANULI MÁQUINA SOLO MARRUCCI MECAN MEDAL MERCEDES-BENZ METALÚRGICA ECOPLAN METALÚRGICA IMPERADOR METISA METSO MINERALS MICHELIN MILLS MINUSA MULTIQUIP MUNDIALTRACTOR MWM NEW HOLLAND NORS EQUIPAMENTOS NOVAK & GOUVEIA ODRAUDE TRATORPEÇAS PALMARES PARKER PAVONI
SITI SOLARIS SOLODRILL SOMA TRATORES SONDEQ SULPEÇAS TBM TEREX LATIN AMERICA TERRAMAR THORCO TOPAC TORNIBRÁS TRATORGEL TRIEX TURBO SERVICE BRASIL UNITEC VOLVO WACKER WEBERMT WILLTEC WOLF YANMAR
EXPOSITORES INTERNACIONAIS BAUER
LIUGONG
POCLAIN HYDRAULICS
BEIJING UNITED
MANITOWOC
SANY
CRANESMART
MB CRUSHER
TYFOS
HERRENKNECHT
NBB CONTROLS
XCMG
HIRSCHMANN
PETHRA CORP.
ENTIDADES NACIONAIS ABCIC
ABGE
ADTP
ARB
CREA-SP
SEBRAE-SP
SINDIREPA
ABCON
ABIMAQ
AHK
CAMP PINHEIRO
DNPM
SENAI
SINDLUB
ABCP
ABNT
ALEC
CB-18
EXÉRCITO BRASILEIRO
SICAP
SINDUSCON-SP
ABCR
ABPV
ANDAP
CBPM
FIESP
SICEPOT-MG
SINICESP
ABDIB
ABRACAL
ANEOR
CBT
IBC
SINDAREIA
SINICON
ANEPAC
SINICON
ABECORTEL ABRAMAN
CENTRAN
IBRACON
SINDEX
ABEF
ABRAPNEUS ANFAVEA
CIESP
IBRAM
SINDIBRITA
ABELME
ABRASFE
ANFIR
CODEMIG
INSTITUTO DE ENGENHARIA
SINDIPEÇAS
ABEMI
ABRATT
APELMAT COMIG
IPT
SINDIPEDRAS
ABENDE
ABRIVE
APEOP
CONSULADO PORTAL DA DA ITÁLIA AJUDA
ABESC
ABS
APM
CPRM
SAE BRASIL
SINDIPESA SINDIPESA
ENTIDADES INTERNACIONAIS AEM / CONEXPO-CONN/AGG (USA)
COMAMOTER (ITÁLIA)
ANMOPYC / SMOPYC (ESPANHA)
ICE (ITÁLIA)
BAI (ÍNDIA)
JCMA (JAPÃO)
CCPIT (CHINA)
KOCEMA (CORÉIA)
CEA (INGLATERRA)
MESSE MÜNCHEN (ALEMANHA)
CECE (BÉLGICA)
UCOMESA (ITÁLIA)
CISMA (FRANÇA)
VDMA (ALEMANHA)
CNCMC (CHINA)
APOIO EDITORIAL ACTIVIDAD MINERA APELMAT AREA MINERA AREIA E BRITA BRASIL MINERAL CONSTRUCION PAN-AMERICANA CONSTRUTORES EM REVISTA EAE MÁQUINAS EXPO HORMIGON
FORNECEDORES MUNICIPAIS HORIZONTE MINERO IN THE MINE INFOMINE JORNAL DA CONTRUÇÃO METRAMAQ MINERANDINA MINERIOS & MINERALES O EMPREITERO
PAINEL DE COMPRAS MUNICIPAIS PANORAMA MINERO REVISTA CONSTRUIR REVISTA ELO REVISTA ENGENHARIA ROCAS Y MINERALES RUMBO MINERO
M&T EXPO 2009
O CLIENTE ESTÁ MAIS EXIGENTE As questões ambientais, o baixo consumo de combustível e o menor custo operacional figuram entre as exigências dos clientes no desenvolvimento das máquinas para obras rodoviárias Para um setor movido a recursos públicos, que há muitos anos amargava escassez de investimentos governamentais, a indústria de máquinas rodoviárias tem motivos de sobra para comemorar o ano de 2008. Fabricantes de usinas de asfalto, rolos compactadores, fresadoras, vibro-acabadoras e demais equipamentos usados em obras de rodovias atestam a expansão do setor, apesar das ressalvas quanto aos recentes tremores da economia. O diretor-presidente da Ciber Equipamentos Rodoviários, Walter Rauen, resume o momento ao des-
28 | Junho | 2008
tacar os investimentos federais e estaduais em obras de estradas. “Os reflexos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já se farão sentir nas vendas de equipamentos do próximo ano, sem contar os projetos a serem implantados pelos governos estaduais como, por exemplo, os mais de R$ 1 bilhão a serem aplicados no Rio Grande do Sul em infra-estrutura.” Rauen chama a atenção também para os planos de obras dos demais países latino-americanos. “Estamos preparados para a demanda e investimos fortemente em pesquisa, de-
senvolvendo produtos adequados às necessidades de cada mercado”. Segundo ele, a empresa lidera seu segmento de equipamentos rodoviários na América Latina e conta com mais de 40 unidades vendidas na África, onde ingressou há dois anos. Por esses motivos, o executivo estima que a Ciber vai encerrar 2008 com um crescimento de 20%. Essa experiência de expansão da empresa será compartilhada com os clientes durante a M&T Expo 2009 com lançamentos apresentados durante o evento, conforme explica Rauen. “Na última edição da feira, lançamos
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
Los clientes están más exigentes
Walter Rauen, da Ciber: investimentos públicos aumentaram
a linha de usinas de asfalto Advanced e, em 2009, apresentaremos outras inovações.” A voz dos clientes Segundo ele, os clientes procuram equipamentos cada vez mais eficientes, produtivos, funcionais, ecologicamente corretos, que operem com baixo consumo de combustível e custo de produção e ofereçam boa relação custo/benefício. “Estamos atentos a essas questões, em especial à preservação ambiental, com investimentos na reutilização do material fresado e na reciclagem in situ de pavimentos, que resultam em vantagens econômicas e diminuição da emissão de poluentes.” A Brasif também vê na M&T Expo 2009 uma oportunidade para fortalecer a marca de equipamentos rodoviários Bomag, da qual é distribuidora máster em todo o território
nacional. No segmento de fresadoras, o foco da empresa está voltado para o modelo BF1300\30, com 1,30 m de largura de operação e capacidade de corte de 30 cm, em pavimentos flexíveis, ou de 20 cm, nos pavimentos de concreto rígido sem armações. Segundo Rubens Brito, gerente de produtos da Brasif responsável pela linha Bomag, o equipamento foi projetado para atingir máxima autonomia durante a operação. Além disso, a fresadora dispõe de um sistema pneumático que confere autonomia nas limpezas com ar comprimido no campo, como radiador, filtros e outros. As ferramentas de corte também podem ser trocadas in loco e com rapidez, uma vez que não são soldadas ou fixadas por pa-
Respeto al medio ambiente, bajo consumo de combustible y costo de operación más bajo son algunas de las exigencias impuestas por los clientes al desarrollo de máquinas para la construcción vial Sector dependiente de recursos públicos, que desde hace muchos años sufría la escasez de inversión gubernamental, el ramo de máquinas para la construcción vial tiene sobrados motivos para festejar. Los fabricantes de plantas de asfalto, rodillos compactadores, fresadoras, vibroacabadoras y otras máquinas que se usan en las obras viales confirman el crecimiento del sector, a pesar de los recaudos que deben tomarse en función de los recientes temblores de la economía. Walter Rauen, director presidente de la empresa Ciber Equipamentos Rodoviários, resume la situación al destacar la inversión del gobierno federal y de los estados en obras viales. “El Programa de Aceleración del Crecimiento (PAC) se reflejará en las ventas de maquinaria del año próximo, además de los proyectos que implementarán los gobiernos de los estados, tales como la inversión de más de mil millones de reales en infraestructura que hará el estado de Rio Grande do Sul.” Este es el motivo por el cual Rauen calcula que, al cierre del 2008, Ciber contabilizará un crecimiento del 20%. La empresa compartirá con los clientes esta experiencia de crecimiento en la M&T Expo 2009, feria en la que lanzará algunas novedades. “Durante la última edición de la feria, lanzamos la línea de plantas de asfalto Advanced y, en el 2009, presentaremos otras innovaciones.”
Líder mundial em equipamentos de compactaçao e asfalto. Conheça nossa linha de produtos:
www.brasifmaquinas.com.br
0800 970 7655
MÁQUINAS
M&T EXPO 2009
Nova linha de compactadores da Dynapac: mais modelos em 2009
rafusos. Além desses equipamentos, a empresa aposta na linha de rolos compactadores de grande porte, entre outros produtos. Para Luiz Lemos, gerente de vendas da Dynapac para o Brasil e América Latina, a demanda de máquinas rodoviárias encontra-se aquecida e essa tendência deve se manter estável no próximo semestre. As principais obras que devem continuar movimentando o setor são as de recuperação da malha federal e a construção de novas barragens, além do avanço da implantação do Rodoanel Mário Covas, em São Paulo, e de obras rodoviárias no Sul e no Nordeste do País. Ele avalia que a edição 2009 da M&T Expo vai superar a anterior, consolidando sua vocação em “atrair clientes, apresentar os desenvolvimentos em equipamentos e mostrar novidades”. O diretor lista as três principais necessidades apontadas pelos clientes nos novos produtos para obras rodoviárias: a ousadia e praticidade do ponto de vista ergonômico, com vistas a facilitar o trabalho do operador; a busca de máquinas com comandos mais amigáveis, que sejam mais econôFresadora compacta da Terex
micas e respeitem o meio ambiente – como os baixos níveis de emissão de poluentes e ruídos –; e o design avançado, que facilite as operações contínuas com maiores intervalos de manutenção periódica. Lançamentos previstos A linha de compactadores vibratórios para asfalto da empresa, recentemente lançada em âmbito mundial, reúne esses requisitos e deve figurar entre os destaques da Dynapac na M&T Expo 2009. “Inicialmente, lançamos três modelos de grande porte, acima de 10 t de peso, aos quais deverão se somar mais dois ou três rolos compactadores de médio porte”, adianta Lemos. A Terex Roadbuilding, por sua vez, planeja apresentar a linha completa de máquinas rodoviárias, reunindo modelos produzidos em seis fábricas espalhadas pelo mundo, das quais quatro nos Estados Unidos, uma na Bélgica e outra no Brasil. “Na próxima edição da feira teremos uma participação maior da companhia, já que em 2006 comparecemos ao evento com equipamentos produzidos em três de nossas fábricas globais”, diz Gilvan Medeiros Pereira,
diretor de vendas e marketing da Terex Roadbuilding. Um dos destaques da empresa será a fresadora de asfalto PR 260, fabricada na unidade brasileira, localizada no Rio Grande do Sul. Trata-se de um equipamento com 1 m de largura de operação, dotado de carregador frontal e dobrável, que segundo Pereira representa uma evolução quando comparado com outras máquinas do mesmo porte que, em geral, contam com carregador traseiro. “Essa fresadora já está sendo comercializada, mas sua apresentação na feira servirá para divulgá-la nos demais países da América Latina.” Entre outras novidades previstas pela Terex Roadbuilding se incluem as pavimentadoras de concreto da marca Bid-Well, muito populares no mercado norte-americano. Segundo Pereira, elas participam em cerca de 80% dos projetos de pavimentação de pontes, viadutos e demais obras-de-arte especiais nos Estados Unidos. “Também daremos grande destaque à linha de usinas de asfalto Magnum, comemorando a marca de 300 unidades fabricadas no Brasil e o lançamento da sua nova geração, com vários itens de evolução tecnológica.” A divisão Roadbuilding ocupará 50% do espaço total adquirido pela Terex para a M&T Expo 2009. “Também vamos aproveitar a ocasião para fortalecer ainda mais as vibroacabadoras da marca Cedarapids na América Latina”, diz o executivo. Inclusive, ele recorda que, apesar de a marca não ter sido exposta na edição anterior da feira, foi lá que a empresa vendeu sua primeira unidade no continente. “A Construtora Norberto Odebrecht comprou o equipamento para executar a construção da rodovia Interoceânica, no Peru”, finaliza Pereira.
Bomag/Brasif: www.brasifmaq.com.br Ciber: www.ciber.com.br Dynapac: www.dynapac.com.br Terex: www.terexrb.com.br
Foto: Scania
M&T EXPO 2009
RESISTÊNCIA A TODA PROVA Com eixos adicionais, suspensão reforçada e freio auxiliar hidráulico, os caminhões rodoviários se convertem em verdadeiros fora-de-estrada. E as montadoras já preparam novas versões com tração 10x4 Acabou a época em que, ao final de uma obra, o caminhão rodoviário estava deteriorado a ponto de ser descartado pela construtora. Incorporando mais eixos, reforço no chassi, maior potência e capacidade de carga, eles ganharam robustez e conquistaram um espaço antes ocupado pelos gigantescos modelos off-road. Com a assistência técnica oferecida pelas concessionárias das grandes montadoras e seu baixo custo operacional em relação aos tradicionais fora-de-estrada, eles se popularizaram também nas mineradoras e já operam até mesmo em minas com alto volume de produção de minério de ferro. “O segmento dos pesados e extrapesados, com potência acima de 330 hp, é o que mais cresce no setor de caminhões”, afirma Eustáquio Sirolli, gerente de marketing de produto da Mercedes-Benz. Nos cinco primeiros meses de 2008, as vendas desses modelos aumentaram 47,6%,
32 | Junho | 2008
totalizando quase 15.000 unidades, enquanto o crescimento em todo o mercado de caminhões foi de 35,2%, contabilizando 50.000 unidades vendidas no mesmo período. Com isso, eles já representam quase um terço de toda a produção das montadoras, embora seu maior mercado se concentre no setor de transporte rodoviário. Segundo Roberto Leoncini, diretor de vendas da Scania, as aplicações fora-de-estrada em construção, mineração, agroindústrias e colheita de madeira respondem por cerca de 14% do consumo de caminhões pesados. “No nosso caso, 15% de todas as vendas da empresa se destinam a esse segmento, o que representa 1.200 unidades/ano.” O executivo se refere aos modelos 6x4 e 8x4, destacando o pioneirismo da Scania na introdução deste último modelo no mercado brasileiro. “Já desenvolvemos caminhões com maior capacidade de carga, os 10x4, que contam
com algumas unidades em operação e serão lançados oficialmente em 2009”, diz ele ao antecipar o possível destaque da empresa na próxima edição da M&T Expo. Perfil dos pesados Grandes construtoras e a mineradora Vale estão estimulando as montadoras a desenvolver caminhões 10x4 no mercado brasileiro e esta última já opera em suas minas de ferro com unidades da Scania e uma frota adquirida da Volvo. “Os clientes solicitam veículos cada vez mais resistentes, com suspensão reforçada, maior capacidade de carga e soluções que aumentem sua disponibilidade”, afirma Leoncini. Como tendência, ele ressalta que os modelos 8x4 já saem equipados com freio auxiliar retarder, que amplia sua capacidade de frenagem nas declividades e gera economia no consumo de combustível e na manutenção do motor e do sistema de transmissão.
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
Leoncini cita ainda a preferência das construtoras e mineradoras por caminhões dotados de caixa de câmbio automatizada, que também contribui com a economia de combustível e aumenta a produtividade da operação. “Além do freio auxiliar hidráulico e desse sistema de câmbio, que elimina o uso da embreagem e facilita o trabalho do motorista, os atuais modelos pesados incorporam freios controlados eletronicamente, nos quais a atuação pneumática ocorre somente nas rodas, o que reduz o desgaste de seus componentes”, complementa Sirolli, da Mercedes-Benz. Entre outras inovações comuns aos caminhões extrapesados, ele cita os sistemas de eletrônica embarcada que permitem monitorar remotamente a operação, por meio da rede de telefonia celular ou de GPS (sistema de posicionamento global),
Sirolli, da Mercedes: telemática reduz consumo em 5%
acompanhando a temperatura, pressão e rotação do motor, entre outros parâmetros. “O uso da telemática proporciona uma economia de até 5% no consumo de combustível e aumenta a produtividade, além de emitir diagnóstico de falhas e contribuir com a manutenção preditiva, já que o sistema indica o nível de desgaste das pastilhas de freio, o momento de trocar o óleo e outras ações desse tipo.”
Lançamentos Líder no mercado brasileiro de caminhões, a Mercedes-Benz se prepara para disputar uma fatia maior do segmento de extrapesados, onde Scania e Volvo se consolidaram como principais competidores. Para isto, além de contar com sua linha tradicional e a família Axor, que totalizam oito modelos com chassi rígido 6x4 para aplicação basculante, ela acaba de lançar no Brasil o caminhão Actros 4144, com tração 8x4. “Trouxemos para o País as primeiras 100 unidades e a procura dos clientes nos surpreendeu”, diz Sirolli. Equipado com motor Mercedes-Benz de 435 hp de potência, o novo modelo tem 48 t de peso bruto (PBT) e atinge uma capacidade de carga de 38 t. Para Roberto Leoncini, da Scania, o suporte de pós-venda também contribui para o avanço dos caminhões rodoviários nos canteiros de obras e
M&T EXPO 2009
Resistencia a toda prueba
Leoncini, da Scania: foco no atendimento pós-venda
nas mineradoras. “Investimos nessa área por meio de nossas concessionárias, da disponibilização de peças nas operações do próprio cliente e de unidades móveis para atendimento em todo o Brasil.” Em muitos contratos, aliás, os clientes já estão adquirindo suas frotas com garantia de disponibilidade, cabendo à montadora a responsabilidade pela manutenção dos veículos fornecidos. De acordo com Daniel Rossetti,
Daniel Rossetti: caçambas mais leves
34 | Junho | 2008
gerente de marketing da empresa Rossetti, que produz caçambas, semi-reboques e bitrens, essa evolução na estratégia das montadoras impôs a necessidade de mudança na filosofia de atuação dos implementadores. “Como eles estão desenvolvendo modelos voltados à maior produtividade e resistência em operações severas, precisamos seguir essa mesma linha nos nossos produtos.” Como exemplo, Daniel cita o lançamento de um semi-reboque de maior capacidade de carga devido ao fato de ter peso próprio menor que 7 t. Entre as soluções desenvolvidas para o aumento da produtividade e da segurança, ele lista as caçambas mais leves, produzidas com aço especial, e os sistemas de controle eletrônico de basculamento, que eliminam situações de risco no momento da descarga do caminhão. “Além disso, os revestimentos antiaderentes evitam que materiais muito úmidos fiquem presos à caçamba após sua descarga, eliminando o transporte de ‘peso morto’.” Segundo Daniel Rossetti, esses produtos e outros lançamentos previstos pela empresa poderão ser conferidos em seu estande na M&T Expo 2009.
Mercedes-Benz: www.mercedes-benz.com.br Scania: www.scania.com.br Rossetti: www.rossetti.com.br
Con ejes adicionales, suspensión reforzada y freno hidráulico auxiliar, los camiones para carretera se convierten en verdaderos todo terreno. Las fábricas están preparando versiones con tracción 10x4 Llegó a su fin la época en que, al término de una obra, el camión estaba deteriorado a tal punto que era desechado por la empresa constructora. Con la incorporación de más ejes y refuerzo del chasis, y el aumento de la potencia y la capacidad de carga, son más fuertes y han conquistado un terreno que antes ocupaban los gigantescos modelos fuera de carretera. En función de la asistencia técnica prestada por las concesionarias de los grandes fabricantes y del bajo costo de operación en comparación con los todo terreno tradicionales, se han popularizado también en las empresas mineras y ya están operando en minas de gran volumen de producción de mineral de hierro. “El segmento de los camiones pesados y superpesados, con potencia de más de 330 hp, es el que más crece en el sector de camiones”, afirma Eustáquio Sirolli, gerente de marketing de producto de Mercedes-Benz. En los cinco primeros meses del 2008, las ventas de estos modelos han ascendido a casi 15.000 unidades, cifra que representa un aumento del 47,6%, mientras que el crecimiento general del mercado de camiones fue del 35,2%, con 50.000 unidades vendidas durante el mismo período. Esto significa que ya representan casi un tercio de toda la producción de las fábricas de camiones, cuyo principal mercado todavía está concentrado en el sector de transporte. Según informa Roberto Leoncini, director de ventas de Scania, las aplicaciones fuera de carretera en la construcción, la minería, el agro y el aprovechamiento forestal responden por aproximadamente el 14% del consumo de camiones pesados. “En nuestro caso, el 15% de todas las ventas de la empresa, unas 1.200 unidades por año, se destina a estos segmentos.”
Experimente o progresso com Liebherr: Os guindastes sobre esteiras convencem pela mobilidade, potência e segurança. Tecnologia avançada é o nosso negócio.
Liebherr Brasil Guindastes e Máquinas Operatrizes Ltda. Rua Dr. Hans Liebherr, no. 1 - Vila Bela CEP 12522-640 Guaratinguetá, SP Tel.: (012) 31 28 42 42 Fax: (012) 31 28 42 43 www.liebherr.com
Experimente o progresso.
O grupo
O AVANÇO DOS
Foto: Manitowoc
M&T EXPO 2009
PESADOS Operando com uma demanda acima da capacidade de produção, fabricantes de guindastes móveis apostam na procura por modelos de maior capacidade de carga Com um ritmo de crescimento nas vendas avassalador, que varia de 50% a 100% de acordo com o fabricante entrevistado, a indústria de guindastes móveis marcará presença na M&T Expo 2009 com toda a produção tomada. Mesmo assim, os profissionais do setor apostam no evento como forma de divulgação de suas respectivas marcas. “Participamos da primeira edição da feira e ela contribuiu com as nossas vendas”, afirma Sérgio Dal Zotto, diretor comercial da empresa gaúcha Luna ALG, que produz guindastes com tecnologia da espanhola Luna. Ele explica que, com a expansão dos setores de petróleo, gás, petroquímica, mineração, papel e celulose, infra-estrutura e usinas sucroalcooleiras, as construtoras e locadoras de guindastes aumentaram suas carteiras de contratos e partiram para a ampliação e renovação de suas respectivas frotas de guindastes. “O mercado está comprador e uma feira do porte da M&T Expo nos ajuda a otimizar os investimentos ao promover um contato direto com os clientes.” Dal Zotto pretende direcionar a participação da empresa no evento com a divulgação de seus guindastes articulados (guindautos) e modelos rodoviários (tipo TC, das iniciais de truck crane). Nessa última linha, ele aposta na demanda por guindastes de maior capacidade, montados sobre chassi de caminhão e dotados de
38 | Junho | 2008
sistemas de eletrônica embarcada e de motor auxiliar, entre outras características. A novidade da empresa deverá ser um modelo de 70 t de capacidade, instalado sobre caminhões 8x4 já fabricados no Brasil. A Manitowoc também comemora o crescimento nas vendas, que deve atingir a marca de 50% em 2009 e de 100% em 2010, segundo o gerente de vendas no Brasil Luciano Gonçalves Dias. Ele diz que a empresa está investindo US$ 50 milhões na expansão de sua fábrica nos Estados Unidos para melhorar os prazos de entrega aos clientes da América Latina. “Isto vai desafogar a produção na nossa unidade da Alemanha, principalmente na linha de guindastes entre 100 t e 220 t, já a partir de 2009.” Fábrica no Brasil Segundo o executivo, a estratégia de crescimento global da empresa se
apóia na expansão dos mercados emergentes, com ênfase no Brasil, onde as vendas em 2007 somaram 44 guindastes de torre e 30 modelos móveis. Os equipamentos sobre esteiras continuam com forte demanda e, nos últimos anos, envolveram a entrega de cinco unidades acima de 200 t, para atendimento a obras portuárias, de novas siderúrgicas, hidrelétricas e usinas de açúcar e álcool. Gonçalves Dias destaca ainda a forte procura por guindastes TC, segmento no qual a empresa está lançando modelos montados sobre chassi de caminhão. Além disso, a Manitowoc estuda a instalação de uma unidade industrial no Brasil, em local ainda não definido. Na linha dos equipamentos pesados sobre esteiras, com lança treliçada e 750 t de capacidade, ele vislumbra um aumento na procura para atendimento a obras de grande porte. “Eles proporcionam maior rentabilidade que os de-
Seja mais eďŹ ciente
mmm$cWd_jemeY$Yec
M&T EXPO 2009
Guindaste da Madal: modelos maiores
mais modelos nas locações.” Herbert Karly, diretor presidente da Madal Palfinger, também enfatiza a demanda dos clientes por modelos com capacidade de carga cada vez maior, tendência que poderá ser observada no estande da empresa na M&T Expo 2009. “O evento sempre se caracteriza por ser um espaço privilegiado para a apresentação de inovações e vamos surpreender com equipamentos maiores”, diz ele. Atualmente, a companhia produz guindastes TC de até 60 t a 3.000 mm, e guindautos das linhas PK e MD. No caso dos modelos articulados, muito usados em serviços de apoio, montagens de equipamentos e obras em redes de serviços públicos (energia, telecomunicações e outras), a demanda também cresce com a industrialização dos canteiros. Segundo Karly, os guindautos encontram aplicação na movimentação de pallets, de peças pré-moldadas de concreto e estruturas metálicas, incorporando soluções que permitem descarregar o material diretamente do caminhão para o andar no qual deverá ser usado. Promoção na feira Para Pedro Chiea, executivo da fabricante CNG (Central Nacional de Guindastes), a demanda no setor deve continuar crescendo entre 10% Modelo da ALG: tecnologia espanhola
e 15% nos próximos cinco anos. Ele baseia as projeções nos projetos de usinas sucroalcooleiras em implantação no Brasil, além dos investimentos da Petrobras e das obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Como resultado, a fábrica da empresa, em Piracicaba (SP), está com a produção dos próximos 90 dias vendida e o prazo mínimo para a entrega dos novos pedidos é de dois meses. Os equipamentos mais solicitados, segundo Chiea, são os modelos de guindautos 35.000 e 40.000, que representam 80% das vendas. Além disso, a empresa lançou recentemente o modelo telescópico 44.000, com capacidade de 40 toneladas métricas e 20 t de capacidade nominal. “Com a M&T Expo 2009, esperamos fixar ainda mais a nossa marca no mercado de equipamentos de elevação de cargas”, diz ele. Para isto, a empresa aposta em guindastes veiculares de maior capacidade de carga, dotados de sistemas para a segurança e produtividade da operação. Em sua primeira participação na feira, ela prepara uma estratégia para a realização de negócios. “Estamos estruturando uma promoção para os pedidos realizados durante o evento, com formas de pagamento facilitadas e a oferta de itens opcionais pelo preço do equipamento padrão.” Com a demanda aquecida, os fabricantes de equipamentos operam com a capacidade de produção no limite, mas não param de desenvolver soluções para impulsionar os negócios.
Central Nacional de Guindastes: www.cngguindastes.com.br Luna ALG: www.lunaalg.com.br Madal Palfinger: www.madal.com.br Manitowoc: www.manitowoccranegroup.com
CNG prepara promoção na feira
Los pesados avanzan Ante una demanda que supera la capacidad de producción, los fabricantes de grúas autopropulsadas apuestan por modelos de mayor capacidad de carga Con un aumento de las ventas arrollador, varía del 50 al 100% según el fabricante entrevistado, el sector de grúas autopropulsadas estará presente en la M&T Expo 2009 con toda la producción vendida. De todos modos, los profesionales del sector creen que es importante participar en la feria, como una forma de divulgar sus marcas. “Hemos participado de la primera edición de la feria y esto nos ayudó a aumentar nuestras ventas”, afirma Sérgio Dal Zotto, director comercial de la empresa Luna ALG que, en Rio Grande do Sul, fabrica grúas con tecnología del grupo español Luna. Manitowoc también está celebrando el aumento de las ventas, que debe llegar al 50% en el 2009 y al 100% en el 2010, según informa Luciano Gonçalves Dias, gerente de ventas en Brasil, que dice que la empresa está invirtiendo 50 millones de dólares en la ampliación de la fábrica de los Estados Unidos para acortar los plazos de entrega a los clientes de América Latina. “Esto aliviará, a partir del 2009, la producción de nuestra planta alemana, principalmente con respecto a la línea de grúas de 100 a 220 t.” Herbert Karly, director presidente de la empresa Madal Palfinger, destaca la demanda de modelos con capacidad de carga cada vez más grande, tendencia que podrá ser observada en el stand de la empresa en la M&T Expo 2009. “La feria se ha caracterizado siempre por ser un espacio privilegiado para la presentación de innovaciones y vamos a sorprender a todos con máquinas de mayor envergadura”, dice Karly.
Foto: JLG
M&T EXPO 2009
SEGURANÇA NA ELEVAÇÃO DE CARGAS E FUNCIONÁRIOS Com as mudanças na Norma Regulamentadora nº 18 (NR-18), fabricantes e locadores comemoram a expansão no mercado de plataformas aéreas de trabalho e manipuladores telescópicos As preocupações com segurança e produtividade estão ditando a expansão do mercado de manipuladores telescópicos e plataformas aéreas de trabalho a níveis jamais vistos no Brasil. Essa linha de equipamentos de construção, que chegou ao País há pouco mais de uma década e encontrava aplicação basicamente em obras de grandes fábricas e em serviços de manutenção industrial, geralmente planejados dentro de padrões internacionais de segurança, começa a se popularizar nos canteiros de obras com as recentes mudanças na Norma Regulamentadora nº 18 (NR-18), que estabeleceram regras mais restritivas à elevação de cargas e de funcionários a alturas elevadas. Segundo Paulo Esteves, diretor comercial da locadora de equipamentos Solaris, esse comportamento do mercado deve impulsionar um aumento nas receitas da empresa para US$ 50 milhões, até o final deste ano, com a expectativa de chegar a 2009 com um faturamento de US$ 75 milhões. “Vamos crescer cerca de 50% em 2008 e mais 40% no próximo ano”, ele avalia. O motor dessa expansão são os projetos nas áreas de mineração, siderurgia e obras não-residenciais, que motivam a locadora a investir na ampliação de sua frota. Nesse cenário, Esteves considera a realização da M&T Expo 2009 como um momento oportuno para a consolidação do setor e de sua empresa. “Participamos de praticamente todas as edições anteriores e a próxima vai representar uma oportunidade de divulgar nossos produtos e serviços a um público altamente selecionado.”
42 | Junho | 2008
Por esse motivo, ele pretende focar a presença da empresa com toda a sua linha de equipamentos para locação que, além das plataformas aéreas e telehandlers, inclui a família de grupos geradores. Hamilton Bogado, gerente de vendas para a América Latina da fabricante JLG, confirma a fase positiva vivida pelo setor e vislumbra o mesmo ritmo de crescimento até 2012. “Nós planejamos um volume de vendas que, felizmente, vem sendo superado freqüentemente, mesmo porque a expansão da demanda ocorre em todo o mundo; em função disso, estamos correndo para trazer mais equipamentos para o Brasil e superar nossas metas”, diz ele. Para o executivo, a M&T Expo tem se convertido num momento de reflexão da indústria de equipamentos para ajustes na sua estratégia, devido aos contatos diretos com os clientes. “Em 2006, nossa participação na feira foi muito positiva, pois consolidou a JLG como líder de mercado também no Brasil e mostrou que estávamos planejando corretamente o crescimento.” Ele diz que a última edição do evento gerou muitas consultas técnicas à empresa, o que aumenta a expectativa para 2009. “Acreditamos que o evento será uma verdadeira festa do setor, com a comemoração dos resultados de crescimento com os clientes brasileiros e dos demais países da América do Sul, que já adotaram a M&T Expo como o ponto de encontro do setor no continente.” Simulador de operação Bogado antecipa os destaques que
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
deverão chamar a atenção no estande da empresa: “entre outras novidades, teremos plataformas de trabalho de pequeno porte, para atendimento às companhias voltadas à locação de equipamentos.” Para facilitar o treinamento dos operadores, a empresa pretende difundir o uso de simuladores de plataformas elevatórias no País, a exemplo do que já vem sendo adotado em outras linhas de equipamentos pesados. “Nossa intenção é ter um simulador em cada centro de treinamento da JLG.” O diretor presidente da locadora Mills Rental, Ramon Vásquez, recorre a sua experiência histórica no setor para ilustrar o atual ritmo de crescimento nos negócios. “Para efeito de comparação, do ano passado até quando introduzimos as plataformas aéreas no Brasil, em janeiro de 1997, o mercado consumiu cerca de 5.000 unidades e, apenas
Seguridad en el levantamiento de cargas y personas
Esteves: ampliação da frota
em 2008, a previsão de vendas é de 1.500 equipamentos, o que representa cerca de 30% de tudo o que foi comercializado na última década”, ele analisa. Além do impulso decorrente das mudanças na NR-18, que entraram em vigor em julho de 2007, ele ressalta a maior procura pela locação de plataformas aéreas e manipuladores telescópicos para a otimização da mão-de-obra nos canteiros de cons-
Debido a las enmiendas de la Norma Reguladora n.º 18 (NR-18), fabricantes y arrendadores celebran el crecimiento del mercado de plataformas aéreas de trabajo y de manipuladores telescópicos La seguridad y la productividad están llevando la ampliación del mercado de manipuladores telescópicos y plataformas aéreas de trabajo a niveles inéditos en el Brasil. Esta línea de equipos para la construcción, que llegó a Brasil hace poco más de una década y era usada básicamente en grandes fábricas y en servicios de mantenimiento industrial, planificados por lo general de acuerdo con las normas internacionales de seguridad, empieza a ser cada vez más usada en las obras, en virtud de las últimas enmiendas de la Norma Reguladora n.º
s Confiabilidade s Exclusivo sistema BRV de variação automática de freqüência e energia s Melhor relação potência/peso do mercado s Alta produtividade com baixo custo operacional s Transmissão de energia otimizada s Proteção da escavadeira
ESPECIALISTA EM ACESSÓRIOS HIDRÁULICOS
LINHA PESADA
Distribuidor Exclusivo
Avenida Georg Schaeffler, 1945 Éden - CEP 18087-175 - Sorocaba-SP Tel.: (15) 3225-4466 - Fax: (15) 3225-4450
www.machbert.com.br
Gabarito
ROMPEDORES HIDRÁULICOS MONTABERT
M&T EXPO 2009
Bogado: ênfase no treinamento do operador
trução civil. Nesse sentido, os equipamentos vêm contribuindo com a industrialização e aumento da produtividade no setor. A empresa participa da M&T Expo desde as primeiras edições e, em 2009, pretende enfocar sua divulgação institucional na feira. “Apesar de sermos bastante conhecidos no mercado, continuaremos reforçando a imagem da Mills Rental já que o evento reúne nosso público-alvo do setor de construção.” Para isto, ela pretende exibir em seu estande as plataformas aéreas com altura superior a 40 m, menos usadas no Brasil, e os manipuladores telescópicos na faixa de 13 m a 16 m de altura, muito empregados nos canteiros de obras. Big booms Wendel Finotti, diretor da fabricante de equipamentos Haulotte, também enfatiza os ganhos de segurança e de produtividade como responsáveis pelo crescimento na procura por plataformas aéreas e
manipuladores telescópicos. “No caso dos telehandlers, é possível usar os equipamentos em várias aplicações diferentes com a simples troca do acessório dianteiro, o que resulta em maior eficiência no serviço e baixo custo operacional”, diz ele. Entre os principais mercados para esses equipamentos, atendidos basicamente pelas empresas de locação, Finotti aponta os investimentos da Petrobras, as obras de novas usinas siderúrgicas, como a implantação da CSA, e de expansão da indústria de papel e celulose, como os projetos do grupo Votorantim. Para atender à demanda desses clientes, ele enfoca a atuação da Haulotte nas plataformas para grandes alturas, as chamadas big booms. Esses equipamentos deverão ser expostos no estande da empresa na M&T Expo 2009, como a plataforma articulada HA41PX e a telescópica H43TPX. Outro destaque previsto é a plataforma telescópica H28TJ+, recém lançada pela fabricante e dotada de uma extensão do pêndulo de cerca de 5 m, o que possibilita seu uso para alcançar áreas de difícil acesso. O executivo avalia o evento como a maior vitrine na área de equipamentos para construção da América Latina, onde os fabricantes podem estabelecer contatos com clientes de toda a região. “Não é por acaso que a M&T Expo figura no calendário mundial como o principal evento desse setor no continente”, diz ele e conclui ao comentar a participação da sua empresa na edição 2006: “na ocasião, nossa presença na feira contribuiu para a consolidação definitiva da Haulotte no mercado brasileiro, pois os contatos estabelecidos abriram a oportunidade de desenvolver novos clientes, inclusive em outros países da América Latina”.
JLG: www.jlg.com Haulotte: www.haulotte.com.br Mills Rental: www.mills.com.br Solaris: www.solarisbrasil.com.br
Finotti: foco nas big booms
44 | Junho | 2008
Vásquez: equipamentos otimizam custo de mão-de-obra
18 (NR-18), que establecen reglas más rigurosas para el levantamiento de cargas y de personas a grandes alturas. Según la opinión de Paulo Esteves, director comercial de Solaris, empresa de arrendamiento de maquinaria, este cambio en el mercado debe impulsar el aumento de los ingresos de la empresa, que podrán llegar, al cierre de este año, a 50 millones de dólares y, a fines del 2009, a 75 millones de dólares, según sus estimaciones. “Vamos a crecer aproximadamente el 50% en el 2008 y otros 40% el próximo año,” calcula Esteves. El motor de tal crecimiento son los proyectos de las áreas de minería, siderurgia y obras no residenciales, que llevaron a la empresa a invertir en la ampliación del parque. En esta coyuntura, Esteves considera que la M&T Expo 2009 será un marco en la consolidación del sector, en general, y de su empresa, en particular. “Hemos participado en casi todas las ediciones anteriores, y la próxima representa una excelente oportunidad para dar a conocer nuestros productos y servicios a un público altamente seleccionado.” Por consiguiente, en la feria la empresa se concentrará en la exposición de toda su línea de maquinaria para arrendamiento que, además de las plataformas aéreas de trabajo y los manipuladores telescópicos, incluye también una familia de grupos electrógenos.
M&T EXPO 2009
EM BUSCA DA EFICIÊNCIA Da produção de agregados à usina de concreto, fabricantes desenvolvem novas tecnologias voltadas à maior produtividade no canteiro Num cenário de demanda aquecida, no qual as construtoras precisam atingir grandes volumes de produção em diferentes contratos, a mobilização de equipamentos modernos nos canteiros contribui para a produtividade da operação e sua redução de custos. Atentas a essa necessidade, as empreiteiras e seus fornecedores estão renovando o parque de equipamentos com enfoque na eficiência e qualidade. Segundo a avaliação de Ricardo Lessa, gerente comercial e de marketing da Schwing Stetter para a América Latina, as concreteiras brasileiras operam com um parque de centrais dosadoras com média de idade de 20 anos, sem contar os cerca de oito anos de vida
Ricardo Lessa, da Schwing Stetter
46 | Junho | 2008
da frota de autobetoneiras e as autobombas com idade média superior a 15 anos. “Elas certamente terão que investir em novos equipamentos para expansão da capacidade e atendimento às exigências de seus clientes do mercado imobiliário”, diz ele. Em relação aos projetos de infraestrutura, Lessa demonstra otimismo quanto à demanda por usinas misturadoras de concreto. Ela está sendo impulsionada pelas obras de hidrelétricas, assim como as de expansão industrial, instalação de siderúrgicas e os projetos em execução pelas empreiteiras brasileiras no exterior. “As grandes construtoras sempre investiram em equipamentos, mas as aquisições aumentaram muito este ano.” Por esse motivo, ele diz que as vendas da empresa praticamente dobraram nos últimos anos e devem continuar crescendo entre 30% e 50%. Para atender a essa demanda, a empresa está ampliando sua fábrica de Mairiporã (SP) em 30.000 m² e aposta no lançamento de novos equipamentos. Entre eles estão a maior autobomba para lançamento de concreto da sua linha, a P2023
S36X, com mastro de distribuição de 36 m, e a central misturadora CP30, do tipo compacta e com capacidade para a produção de 30 m3/h de concreto. Entre outros produtos que a Schwing está trazendo para o País, Lessa cita ainda a bomba SP 305, para lançamento de concreto em obras de pequeno porte, e as autobetoneiras comercializadas pela empresa nos Estados Unidos. Novo britador Na área de produção de agregados para construção, a Metso Minerals aposta no novo rebritador cônico HP4, lançado nos mercados europeu e norte-americano em 2007 e com previsão de chegar ao Brasil no próximo ano. “Ele incorpora uma série de inovações que ampliam seu poder de fragmentação e permitem produzir materiais mais finos e em menos estágios de britagem”, diz Geraldo Jesus, gerente de vendas da linha de britagem e peneiramento da empresa. Segundo ele, o equipamento combina a otimização na velocidade de processamento com uma grande capacidade de saída de materiais, pro-
M&T EXPO 2009
porcionando eficiência na britagem e redução no consumo de energia. Indicado para aplicação em construção civil e mineração, o britador cônico HP4 estará entre as novidades apresentadas pela Metso durante a M&T Expo 2009, juntamente com suas linhas de peneiras, transportadores de correias, moinhos, peças de desgaste, britadores estacionários e móveis, entre outros produtos. Dionísio Covolo, vice-presidente da Metso para a linha de negócios de construção, ressalta a forte demanda das empreiteiras pelos conjuntos móveis de britagem Lokotrack, que se deslocam sobre esteiras e possibilitam uma mobilização rápida e de baixo custo. “Eles são indicados para a construção de rodovias e hidrelétricas de pequeno e médio portes, mas também vêm despertando o interesse das mineradoras, inclusive com aplicação na produção de minério de ferro, devido a sua versatilidade e ao fato de oferecerem uma alternativa ao uso de caminhões fora-de-estrada”, ele afirma. Entre outros destaques, a empresa deve aproveitar sua participação na M&T Expo 2009 para divulgar a linha de transportadores de correias Cable Belt para longa distância, que conta com roldanas e cabos de aço dentro da cinta de borracha. Geraldo Jesus cita ainda a linha de peneiras com tela sintética, que se soma às equipadas com telas de borracha e poliuretano, com aberturas e espessuras adequadas às diferentes necessidades de classificação em mi-
En busca de la eficiencia
Geraldo Jesus
neradoras, pedreiras, cimenteiras e canteiros de obras. Aposta nos serviços Em 2007, a Metso dobrou seu faturamento na área de construção e as vendas de equipamentos para mineração praticamente triplicaram nos últimos três anos. “A M&T Expo 2006 proporcionou um ambiente favorável para a realização de novos contatos e negócios e, com o atual ritmo do mercado, nossas expectativas em relação à próxima edição são muito positivas”, diz Dionísio Covolo. Recentemente, a empresa investiu cerca de R$ 1 milhão na instalação de um Centro de Tecnologia de Processos (CTP) para a oferta de serviços de consultoria e pesquisa aos clientes das áreas de mineração e produção de agregados. Segundo a Metso, o objetivo é usar sua experiência no setor em projetos de otimização das instalações dos clientes, seja em plantas existentes ou em fase de implantação. Localizada na sede da empresa, em Sorocaba (SP), o CTP conta com laboratório e equipamentos para operação em escala piloto, de forma a permitir a análise das propriedades dos minérios e seu comportamento em condições de processo (desmonte, britagem, moagem e flotação). “Somente na América do Sul, já concluímos projetos para mineradoras que resultaram em aumento de até 30% na produção, sem considerar a redução nos custos operacionais e a melhor integração de processos”, conclui Geraldo Jesus.
Metso: www.metsominerals.com.br Schwing Stetter: www.schwingstetter.com.br
Dionísio Covolo
48 | Junho | 2008
De la producción de áridos a las platas de hormigón, los fabricantes desarrollan nuevas tecnologías para aumentar la productividad de la obra En un momento de demanda en alza, en el que las constructoras necesitan alcanzar grandes volúmenes de producción en cumplimiento de diferentes contratos, el uso de maquinaria moderna en las obras ayuda a aumentar la productividad y a reducir los costos. Para satisfacer esta necesidad, las empresas contratistas y sus proveedores están renovando el parque de maquinaria con la mira puesta en la eficiencia y la calidad. Según la evaluación de Ricardo Lessa, gerente comercial y de marketing de la empresa Schwing Stetter para América Latina, los fabricantes brasileños de hormigón trabajan con un parque de plantas dosificadoras de 20 años de antigüedad en promedio, y de motohormigoneras y motobombas, cuya vida útil se calcula en aproximadamente 8 años, pero que ya llevan trabajando, en promedio, 15 años. “Tendrán, necesariamente, que invertir en nuevas máquinas y equipos para aumentar la capacidad de producción y poder satisfacer las exigencias de los clientes del mercado inmobiliario”, dice Lessa. En el área de la producción de áridos para la construcción, la empresa Metso Minerals apuesta por el nuevo molino de conos HP4 que permite retrituración, anzado en el 2007 en Europa y los Estados Unidos y que, según está previsto, llegará a Brasil el próximo año. “Este modelo incorpora una serie de innovaciones que aumentan el poder de trituración y permiten producir materiales más finos pasando por menos etapas de trituración”, dice Geraldo Jesús, gerente de ventas de la línea de trituración y cribado de Metso.
M&T EXPO 2009
TECNOLOGIAS QUE O USUÁRIO NÃO VÊ Fabricantes de peças e subconjuntos destacam as inovações tecnológicas que ajudam a reduzir os custos de operação e a aumentar a produtividade dos equipamentos pesados O aquecimento na demanda de equipamentos pesados para construção e mineração não está gerando impacto apenas na linha de produção dos fabricantes dessas máquinas. A parte visível desse iceberg são os prazos de entrega aos quais os usuários se submetem nos novos pedidos, mas os gargalos estão presentes em todos os elos da cadeia produtiva, incluindo os fornecedores de peças e subconjuntos, como motores, sistemas de transmissão e componentes hidráulicos, entre outros. No setor de motores diesel, por exemplo, o crescimento segue em ritmo acelerado, conforme afirma Luís Chain, gerente de marketing da Cummins Brasil. “Além dos investimentos em construção civil, o bom desempenho do setor de agronegócios colaborou com o aumento dos negócios.” Ele projeta um crescimento de 20% nas vendas da empresa em 2008 e, com a pressão da demanda, contabilizou um avanço da Cummins na motorização de equipamen-
50 | Junho | 2008
tos. “No acumulado entre fevereiro último e o mesmo mês de 2007, registramos uma participação de 53,2% no segmento de máquinas.” Esse clima de otimismo deve marcar a participação da fabricante de motores na M&T Expo 2009. “O evento reúne o que há de mais representativo no setor e constitui uma oportunidade de conhecer o que está sendo desenvolvido em termos de novas tecnologias de equipamentos; além disso, ele possibilita a interação entre os agentes desse setor ao reunir num único espaço os fabricantes, fornecedores de componentes, clientes e usuários finais”, resume o executivo. Tendências Entre as tendências no setor, Chain aponta a demanda dos clientes por motores mais robustos, uma vez que eles equipam máquinas sujeitas a um ritmo de operação quase ininterrupto e a severas condições de trabalho. A economia no consu-
mo também merece destaque, assim como os baixos níveis de emissão de poluentes, por meio de dispositivos que atendem as normas ambientais internacionais e melhoram a eficiência na queima de combustível. Completando a lista, Chain cita a necessidade de oferecer uma rede de suporte aos clientes com estoque de peças, assistência técnica e manutenção. “Como nesse mercado se lida com equipamentos muito grandes, que dificilmente se deslocam para fora da área de operações, é fundamental ter uma estrutura capaz e ágil para atender o cliente no canteiro de obras.” No caso dos motores Cummins, ele destaca o fato de os produtos serem de classe mundial, o que significa a existência de cobertura em várias partes do mundo. Na área de hidráulica móbil, a tendência aponta para uma procura cada vez maior por acionamentos hidrostático-eletrônicos nos sistemas de tração dos equipamentos e por soluções load sensing com con-
ENFRENTE OS DESAFIOS COM PRODUTIVIDADE.
Terrenos acidentados, rampas íngremes, sistema de freios superexigidos, espaços reduzidos para manobras, quebras constantes do drive-line, treinamento de motoristas. Estes são alguns dos muitos desafios que o transporte nas operações de mineração enfrenta no seu dia a dia. Os caminhões equipados com as transmissões totalmente automáticas Allison proporcionam uma maior disponibilidade da frota, facilidade e agilidade em dirigir, segurança nas manobras e em declives e menor índice de quebras. As transmissões automáticas Allison são projetadas com especificações que otimizam as operações de carga, transporte e descarga, proporcionando o transporte de uma quantidade maior de minério em menos tempo. Quando sua frota for renovada, faça as contas e opte pela produtividade: escolha caminhões equipados com Allison. www.allisontransmission.com
Tel. (11) 5633 2599
DISTRIBUIDORES ALLISON TRANSMISSION • Ananindeua (Belém) - PA - Protec - Produtos e Serv. Técn. - Tel.: (91) 4008-9700 • Contagem - MG - Tracbel S/A - Tel.: (31) 3399-1800 • Curitiba - PR - Distr. Meridional de Motores Cummins - Tel.: (41) 3675-4500 • Fortaleza - CE - Distr. Cummins Diesel Nordeste - Tel.: (85) 4011-6400 • Goiâna - GO - Distr. de Motores Cummins Centro-Oeste - Tel.: (62) 3269-1010 • Manaus - AM - Entec Com. Imp. e Exp. - Tel.: (92) 3647-2000 • Porto Alegre – RS - Distr. Meridional de Motores Cummins - Tel.: (51) 3021-2288 • Recife - PE - Distr. Cummins Diesel do Nordeste - Tel.: (81) 3476-4190 • São José do Rio Preto - SP - CBTA - Cia. Brasileira de Transmissão Automática - Tel.: (17) 3227-3580 • Rio de Janeiro - RJ - Tracbel S/A - Tel.: (21) 2401-7576 • São Paulo - SP - Cia. Distr. Motores Cummins - Tel.: (11) 4787-4299 - JS Transmissões Peças e Serv. - Tel.: (11) 6912-3785 • Vitória - ES - Tracbel S/A - Tel.: (27) 2123-9800
M&T EXPO 2009
La tecnología que el usuario no ve
Sistema simula, no estande, o controle de tração nos equipamentos
troles eletrônicos para circuitos auxiliares, conforme explica Robinson Sartori, gerente de vendas OEM da Bosch Rexroth no Brasil. “Na M&T Expo 2009, vamos apresentar sistemas dotados de tração hidrostática com controle eletrônico e antipatinagem e os dispositivos auxiliares com controle load sensing de tecnologia LUDV, de Flow Sha-
ring”, ele antecipa. O executivo também considera o evento como um espaço para a apresentação das tecnologias que estarão nos equipamentos do futuro e quer aproveitar a oportunidade para fortalecer a marca da empresa no mercado brasileiro, além de realizar novos negócios com os clientes. Para isto, ele confirma a presença de um simulador de tração hidrostática no estande da empresa. Em 2009, Sartori projeta um crescimento de 15% na produção da Bosch Rexroth. Antônio Datti, diretor da Sauer Danfoss, ressalta as exigências tecnológicas por parte dos usuários de equipamentos e de quem compra componentes e conjuntos para essas máquinas. “Passamos a investir pesado em produtos como controladores de freqüência, motores AC e monitoramento por GPS, entre outros”, ele explica. Essas inovações, de acordo com Datti, serão destacadas pela empresa durante a M&T Expo 2009. É o caso do lançamento de soluções de automação para controle de frotas, de um novo modelo de bomba de pistões acionados eletronicamente e de uma nova série de motor AC. Novidade da Yanmar A Yanmar South America também prepara surpresas para a próxima edição da M&T Expo, conforme antecipa o gerente geral Heber Jordão. “Temos um projeto que contempla a vinda da nossa nova linha
52 | Junho | 2008
Los fabricantes de partes y subconjuntos destacan las innovaciones tecnológicas que ayudan a reducir los costos de operación y a aumentar la productividad de la maquinaria pesada La reactivación de la demanda de maquinaria pesada para la construcción y la minería no ha ejercido impacto solo en la línea de producción de los fabricantes de máquinas. La punta visible de este témpano es el plazo de entrega al usuario de los nuevos pedidos. Pero hay cuellos de botella a todo lo largo de la cadena de producción, incluidos los proveedores de partes y subconjuntos tales como motores, sistemas de transmisión y componentes hidráulicos. De acuerdo con la información proporcionada por Luís Chain, gerente de marketing de Cummins Brasil, en el sector de motores diesel, por ejemplo, se ha acelerado el ritmo de crecimiento. “Además de la inversión en la construcción civil, los buenos resultados del agro han colaborado al aumento de los negocios.” Para el 2008, Chain calcula un crecimiento del 20% de las ventas de la empresa y, en virtud de la presión ejercida por la demanda, estima que Cummins está aumentando su participación de mercado. “En los doce meses entre febrero del 2007 y febrero del 2008, nuestra participación en el segmento de maquinaria fue del 53,2%.” La tendencia del sector es, según la opinión de Chain, la demanda por motores más robustos, puesto que equipan máquinas sujetas a un ritmo de trabajo casi ininterrumpido y a condiciones de trabajo muy rigurosas. También debe destacarse el ahorro de combustible, así como el bajo nivel de emisión de gases contaminantes, controlados por medio de dispositivos que cumplen con las normas medioambientales internacionales y mejoran la eficiencia de la combustión.
de miniescavadeiras para o Brasil, com modelos na faixa de 1 t a 5 t de peso operacional, cujo lançamento oficial no País deverá acontecer durante o evento”, ele afirma. O detalhe é que, com os novos produtos, a Yanmar amplia sua atuação no mercado brasileiro, onde se destaca no fornecimento de motores e grupos geradores para construção civil. Jordão ressalta que o mercado de miniescavadeiras ainda ensaia os primeiros passos no Brasil, mas acredita no seu potencial de crescimento devido à versatilidade dos equipamentos para aplicação em obras urbanas e áreas com pouco espaço. Ele explica que, apesar de compactas, as máquinas são dotadas de tecnologia para atender exigências similares às dos equipamentos de grande porte, como o baixo custo operacional, economia no consumo de combustível, alto
Fotos Cummins
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
Chain: tendência para motores mais robustos e econômicos
rendimento, facilidade na operação e baixos índices de manutenção. “As máquinas que serão apresentadas na M&T Expo 2009 já são conhecidas nos mercados europeu e norte-americano, que se caracterizam pelo elevado nível de exigência. Assim, temos certeza que elas atenderão também às necessidades dos clientes brasileiros”, afirma Jordão. A empresa participou das edições anteriores da feira apenas com suas linhas de componentes, como motores e grupos geradores, que continuarão recebendo destaque em seu estande, com a exposição da última geração para os equipamentos diesel usados em construção civil.
Bosch Rexroth: www.boschrexroth.com.br Cummins: www.cummins.com.br Sauer Danfoss: www.sauer-danfoss.com Yanmar: www.yanmar.com.br
Foto: Michelin
M&T EXPO 2009
OS EQUIPAMENTOS
NÃO PODEM PARAR Com as exigências de produção nas mineradoras e canteiros de obras, fabricantes de pneus e materiais rodantes detalham os cuidados com esses componentes para que as máquinas não parem de trabalhar Num mundo ávido por commodities minerais, o Brasil ocupa o topo do ranking de competitividade na produção dessas matérias-primas fundamentais para o crescimento da economia global. Segundo avaliações da entidade norte-americana Fraser Institute, que há 15 anos divulga o índice de potencial mineral dos países (PPI, das iniciais de Policy Potential Index), o Brasil alcançou 98 pontos numa escala que vai até 100, consolidando sua liderança na produção de minérios. O dado é apontado pela Pethra Trade & Mining Corp., que dis-
54 | Junho | 2008
tribui com exclusividade os pneus fora-de-estrada da Evergreen para a América do Sul, como justificativa para a forte demanda pelos pneumáticos de grande diâmetro, usados nos caminhões e demais equipamentos de grande porte que circulam nas minas brasileiras. “Considerando as vendas realizadas no ano passado e as prospectadas para 2008, projetamos um crescimento nos negócios de cerca de 12%”, afirma Juliana Rodrigues de Souza, executiva da empresa.
Juliana: demanda de pneus OTR continua aquecida
La maquinaria no puede parar Ante las exigencias de producción en las minas, canteras y obras, los fabricantes de neumáticos y trenes de rodaje explican en detalle el cuidado necesario para que las máquinas no paren de trabajar En un mundo ávido de commodities minerales, Brasil está a la cabeza de la competitividad en la producción de materias primas fundamentales para el crecimiento de la economía mundial. De acuerdo con la entidad estadounidense Fraser Institute, que desde hace 15 años divulga el Policy Potential Index (PPI), índice que muestra los efectos que tienen las políticas públicas en la actividad minera, el Brasil obtuvo 98 puntos en una escala de 100 y se consolida en el liderazgo de la producción mineral. Pethra Trade & Mining Corp., em-
Com a escassez, usuários aprenderam a gerenciar melhor o uso de pneus
Para atender a demanda das mineradoras, de construtoras e demais empresas usuárias de equipamentos pesados, a companhia dispõe de uma linha que abrange desde os modelos para caminhões rodoviários usados em aplicação fora-de-estrada, como o 11.00R22, até os gigantescos 70/70-57. Juliana acredita que os investimentos da Vale, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), juntamente com as obras de infra-estrutura em execução no País e a instalação do projeto de mineração da MMX, do empresário Eike Batista, vão contribuir para manter aquecida a demanda por pneus off-road. Por esse motivo, a empresa pretende aproveitar a M&T Expo 2009 para apresentar ao mercado suas soluções nessa área. Além de expor o modelo radial 36.00R51, a Pethra planeja divulgar seu sistema OMS para monitoramento do uso de pneus em aplicações severas. “Ele permite acompanhar a velocidade de deslocamento, a temperatura e pressão dos pneus, entre outros dados que influenciam diretamente na sua vida útil”, explica a executiva. O objetivo, segundo ela, é “aumentar a durabilidade desse item básico e oferecer ferramentas para o cálculo de TKPH adequado às necessidades de cada clientes”. Foco na durabilidade Samuel Falcão, chefe de vendas
56 | Junho | 2008
da área de pneus de terraplenagem e industriais da Michelin, confirma a tendência de crescimento com base na expansão do setor de mineração. “Com a alta nos preços internacionais dos principais minérios, essa situação deve permanecer, embora os investimentos em infra-estrutura anunciados pelo governo, como o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), ainda não tenham saído do papel”, diz ele. A Michelin acaba de inaugurar uma fábrica, no Rio de Janeiro, para a produção de pneus industriais e de terraplenagem, cujos modelos já estão sendo comercializados no mercado. Segundo Paulo Sérgio França diretor comercial para a América do Sul, a empresa trabalha com uma expectativa de crescimento nas vendas de aproximadamente 10%, até o fim de 2008. “Nossos principais clientes são as mineradoras, construtoras, pedreiras, usinas de açúcar e álcool e empresas de operação portuária.” Ele classifica a M&T Expo como a principal vitrine do setor e a melhor ocasião para estabelecer contatos com os clientes, divulgando soluções que proporcionem melhor relação custo/benefício a suas operações. Essa última questão, aliás, tem reflexo nos pedidos. Samuel Falcão ressalta que os usuários estão receptivos a produtos e serviços que resultem em redução de custos e aumento da produtividade. “O que importa nos pneus é a durabilidade, que se
presa que distribuye en exclusivo en Sudamérica los neumáticos todo terreno Evergreen, cita este dato para justificar la fuerte demanda de neumáticos de gran diámetro usados en los camiones y otras máquinas de gran envergadura que circulan en las minas y canteras de Brasil. “Teniendo en cuenta las ventas del año pasado y las proyectadas para el 2008, calculamos un incremento de los negocios de aproximadamente el 12%,” afirma Juliana Rodrigues de Souza, ejecutiva de la empresa. Atenta a la demanda del mercado, Michelin acaba de inaugurar en Río de Janeiro una planta de producción de neumáticos industriales y para movimiento de tierra. De acuerdo con Paulo Sérgio França, director comercial para Sudamérica, la empresa trabaja con una expectativa de crecimiento de las ventas, al cierre del 2008, de aproximadamente el 10%. “Nuestros principales clientes son empresas mineras y de construcción y operación portuaria, y plantas productoras de azúcar y alcohol.” Considera que la M&T Expo es el principal escaparate del sector y la mejor oportunidad para establecer contacto con los clientes y divulgar soluciones que ofrezcan la mejor relación costo/beneficio a sus operaciones. Este último tema, en realidad, es lo que se refleja en los pedidos. França hace notar que los usuarios están dispuestos a invertir en productos y servicios que ayuden a reducir los costos y aumentar la productividad. “Respecto a los neumáticos, lo importante es la durabilidad, que se traduce en costo por hora en operación y en mayor productividad de la máquina, debido a la reducción del tiempo muerto.” Foto: Caterpillar
Foto: Goodyear
M&T EXPO 2009
M&T EXPO 2009
traduz no seu custo por hora trabalhada e na maior produtividade da máquina, com a conseqüente redução do seu tempo de parada.” Pensando nisso, a empresa vai destacar a linha de pneus radiais que, segundo ela, apresenta maior durabilidade, elevada resistência a furos e cortes e proporcionam mais conforto à rodagem, além de exigir menos manutenção nas máquinas. “Eles também possuem uma carcaça mais resistente, que possibilita seu reaproveitamento para novas vidas. Nessa área, aliás, estamos criando uma rede de recauchutadores, que adotam processos certificados pela Michelin e, nas reformas, usam a mesma borracha dos pneus novos”, explica Falcão. Como a empresa já possui muitos contatos com mineradoras, seu foco na M&T Expo serão as construtoras que, na avaliação de Paulo França, pautam as aquisições pelo menor preço, já que os pneus são computados no custo individual de cada obra. “Será uma oportunidade ímpar de mostrar para este segmento que nossos pneus radiais podem reduzir custos de operação, independentemente da obra em que estão trabalhando.”
Foto: Volvo
Melhoria na gestão Rubens Campos, gerente de marketing da Goodyear para pneus da linha pesada, também destaca a M&T Expo como uma oportunidade de contato com clientes das áreas de construção e mineração. “O evento está entre os quatro ou cinco mais importan-
tes do mundo e nós o temos como uma referência.” Como prova, ele ressalta que a empresa participa da feira desde a primeira edição e, com o mercado aquecido, espera atingir um volume de visitas e de negócios surpreendente em 2009. “Vamos destacar os produtos das nossas linhas radial e diagonal”, adianta Campos. Para ele, a recente escassez de pneus de grande diâmetro enfrentada pelo mercado, devido à forte demanda mundial, contribuiu para difundir junto aos profissionais de equipamentos uma filosofia voltada a sua melhor gestão. “Antes, o foco dos usuários era a produção, o que incentivava uma política de simplesmente trocar os pneus para manter a máquina operando, sem uma análise mais detalhada dos custos envolvidos.” Com o descasamento entre oferta e demanda, ele ressalta que esses profissionais aprimoraram seus procedimentos com vistas à maior vida útil dos produtos. A preocupação com a calibragem dos pneus e o respeito à velocidade máxima de transporte e capacidade de carga, entre outros itens que influem na vida útil do produto, passaram a ser observados dentro de um rigoroso programa de controle de uso dos pneumáticos. Além disso, Campos cita o maior cuidado na operação dos equipamentos e a preocupação em manter as praças de operação e pistas de acesso em boas condições, com a eliminação de matacões e ângulos de inclinação acentuados.
Material rodante representa até 50% dos custos com manutenção
58 | Junho | 2008
Material rodante Se os investimentos em mineração e infra-estrutura aqueceram o consumo de pneus para os equipamentos usados nessas atividades, o mesmo reflexo se fez sentir nas vendas de materiais rodantes, presentes em todas as máquinas que se deslocam sobre esteiras. Fabricantes de sapatas, roletes, rodas motrizes, rodas guias e sistemas completos de esteiras confirmam essa tendência. Segundo Nezon Souza Matos, diretor da fabricante Minusa, a demanda por esse produto deve permanecer aquecida nos próximos cinco anos. “Temos muitas obras de terraplenagem em execução, em particular para a construção de rodovias, nas quais o uso de tratores é fundamental”, ele afirma. Além desse tipo de equipamento, o material rodante está presente nas escavadeiras, as máquinas mais usadas em todos os canteiros de obras, e em guindastes pesados. A Minusa participa da M&T Expo desde 1999 e Souza tem a expectativa de bater recorde de visitas em seu estande na próxima edição. “Um dos nossos principais objetivos ao participar da feira é divulgar a empresa no Brasil e no exterior”, informa. Ele ressalta que a evolução dos equipamentos também passa pelo desenvolvimento de novas soluções em material rodante, que estão contribuindo para a melhoria da produtividade e redução de custos nos canteiro. Miguel Ceripieri, executivo da fabricante ITM Group, ressalta que a grande quantidade de modelos oferecidos pela indústria de equipamentos impôs aos fornecedores de material rodante a necessidade de acompanhar essa diversificação, com investimentos em ferramental e desenvolvimento de novos produtos. Embora também aposte na expansão do setor, ele demonstra cautela ao apontar uma redução do crescimento nos meses de abril e maio. “Mesmo assim, estamos vivendo um momento inédito no Brasil desde 2005 e essa situação deve permanecer devido aos investimentos em infra-
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
estrutura, mineração e agricultura, segmento no qual somos líderes de mercado”, ele afirma. Controle de desgastes Argumento semelhante é usado por Jeferson de Lima, executivo da Berco, ao projetar um crescimento para a empresa entre 10% e 15% em 2008. “Não basta vender um equipamento, serviço ou peça de reposição, pois o cliente busca soluções completas num único fornecedor”, ele pondera. Por esse motivo, Lima ressalta os desenvolvimentos da empresa em materiais rodantes para vários equipamentos de diferentes marcas. Para ele, a M&T Expo é uma referência no calendário de feiras de equipamentos para construção e mineração e, no caso da Berco, contribuiu para popularizar sua marca no Brasil e demais países da América do Sul. “Tornou-se normal recebermos solicitações de orçamento originárias de todo o Cone Sul.” Em 2009, ele espera uma repercussão ainda maior na feira, “uma vez que o intervalo entre as edições passou a ser de três anos e o número de visitantes deve ser bem superior ao de 2006”. Lima também ressalta a preocupação cada vez maior dos usuários com o custo dos equipamentos por hora trabalhada. “Ao longo da vida de uma máquina, o material rodante pode representar até 50% dos gastos com manutenção, motivo pelo qual o seu controle e monitoramento são fundamentais, por meio de inspeções de campo para a medição dos percentuais de desgaste.” Durante a M&T Expo, a Berco apresentará sua linha de material rodante para equipamentos pesados de mineração, além focar as famílias leve e média, para máquinas de 7 t a 50 t de peso operacional.
Berco: www.bercosul.com.br Goodyear: www.goodyear.com.br ITM Group: www.group-itm.com Michelin: www.michelin.com.br Minusa: www.minusa.com.br Pethra: www.pethracorp.com
Foto: Gascon
M&T EXPO 2009
ENGRENAGENS BEM LUBRIFICADAS Fabricantes dos equipamentos de apoio preparam as inovações tecnológicas que irão apresentar na M&T Expo 2009 com foco na maior produtividade nos canteiros Nem só de escavadeiras, tratores, caminhões basculantes, rolos compactadores, guindastes e motoniveladoras se compõe uma frota de equipamentos para construção. Para que a “tropa de ataque” possa desempenhar a tarefa nos serviços de escavação, transporte, terraplenagem, pavimentação, concretagem, montagem e outras atividades típicas em um canteiro, um parque de equipamentos atua no apoio às obras, como comboios de lubrificação, caminhões-pipa e outros. Os fabricantes desses equipamentos também apontam uma expansão nos negócios por conta dos investimentos em infra-estrutura e mineração. No caso da Bozza, que produz comboios de lubrificação, o crescimento é impulsionado ainda pelo setor sucroalcooleiro. “Este ano temos expectativa de crescer cerca de 16%, principalmente em função do início das obras das hidroelétricas do rio Madeira e do aumento nas safras de cana-deaçúcar e de grãos”, afirma Elizabeth Bozza, diretora da empresa. Segundo ela, a empresa participa regularmente da M&T Expo como
62 | Junho | 2008
parte de uma estratégia de fortalecimento da sua marca e de estreitamento dos contatos com os clientes. “O evento propicia uma oportunidade de estarmos juntos com os clientes do Brasil e do exterior para a apresentação de produtos e inovações.” A executiva ressalta que o aumento na demanda por comboios de lubrificação também se deve ao desenvolvimento de máquinas de maior porte, que demandariam maior tempo de parada caso precisassem se deslocar até os postos de abastecimento. Nas mineradoras e canteiros de obras, os comboios se consolidaram como aliados na busca de maior produtividade, possibilitando a lubrificação e abastecimento dos equipamentos sem impacto na produção. Para atender a demanda das construtoras, mineradoras e agroindústrias, a Bozza aposta na personalização dos produtos, desenvolvendo unidades adequadas à necessidade de lubrificação de cada frota. A Gascom, que também atua na produção de comboios de lubrificação, confirma o crescimento do setor e a procura por unidades cada
vez maiores, devido ao grande porte dos equipamentos usados nas lavouras, frentes de mineração e canteiros de obras. Segundo a empresa, com o passar do tempo essas máquinas aumentam em tamanho e robustez, com o objetivo de proporcionar maior escala de produção, e acabam exigindo um volume maior de lubrificantes e combustível. Isso também se deve à busca de maior autonomia na operação dos equipamentos. Nova fábrica Eduardo Agonicio, diretor comercial da LDA, compartilha da mesma opinião dos demais executivos em relação às expectativas de crescimento. Segundo ele, em 2007 a empresa vendeu 200 equipamentos, entre comboios de lubrificação, caminhões-pipa e espargidores de asfalto. “Em 2008, muito antes de chegarmos à metade do ano atingimos a marca de 120 unidades vendidas, o que demonstra o momento positivo pelo qual passamos.” Para atender esse crescimento nas vendas, a LDA está inaugurando uma nova fábrica, que deverá do-
Cresceu e multiplicou.
Há 30 anos, a Mecan oferece produtos de qualidade, respeita seus clientes, colaboradores e fornecedores, realiza ações de responsabilidade socioambiental, sendo eficiente e lucrativa. A Mecan cresceu e ampliou sua atuação para todo o Brasil e exterior, sem abrir mão de seus valores mais sólidos. Mecan 30 anos. Orgulho de construir caminhos.
www.mecan.com.br Andaimes • Elevadores • Escoramentos
Foto: Bozza
M&T EXPO 2009
Equipamentos são adequados à necessidade de lubrificação de cada frota
brar sua área construída. Instalada às margens da rodovia Anhanguera, no interior paulista, a empresa aposta na localização privilegiada de suas instalações para estabelecer uma logística eficiente de atendimento aos clientes. “As obras de recuperação da malha rodoviária brasileira, assim como a construção de novas usinas hidrelétricas e até mesmo os projetos em execução no exterior pelas empreiteiras brasileiras estão contribuindo para esse aumento na demanda por nossos produtos”, avalia Agonicio. Em sua primeira participação como expositora na M&T Expo, a empresa estabelece planos para colher os
resultados que o evento proporciona. “Temos certeza que após a feira iremos consolidar ainda mais a nossa marca no mercado, pois se trata de um evento freqüentado por todas as grandes construtoras e empresas de terraplenagem da América Latina.” Para isto, a LDA pretende aproveitar o evento para apresentar os avanços tecnológicos em suas linhas de equipamentos. No caso dos espargidores de asfalto, por exemplo, Agonicio cita a tendência de automatização dos equipamentos, com soluções hidrostáticas, contra os antigos modelos mecânicos e acionados por motores estacionários. “Os comboios de lubrificação também evoluíram dos modelos abertos, cujos tanques de óleos e graxas ficavam expostos ao tempo, para os totalmente blindados, que proporcionam proteção contra a contaminação dos lubrificantes e combustíveis.”
Bozza: www.bozza.com Gascon: www.gascom.com.br LDA: l.d.a@uol.com.br Machbert: www.machbert.com.br
Foco nos implementos A Machbert quer aproveitar a participação na M&T Expo 2009 para se posicionar como a maior distribuidora de acessórios hidráulicos para escavadeiras do Brasil. A informação é do diretor geral da empresa, José Alberto Moreira, que atribui o crescimento da Machbert aos investimentos em mineração, infra-estrutura e siderurgia. “Em 2008, nossas vendas devem aumentar cerca de 15%”, diz ele. A distribuidora participou de todas as edições anteriores da feira e espera atingir bons resultados também na de 2009. “Mesmo em anos difíceis, o evento trouxe resultados”, avalia Moreira. Para atender à demanda dos clientes, ele antecipa que a Machbert pretende lançar diversos acessórios hidráulicos para uso em
64 | Junho | 2008
escavadeiras, além de destacar seus rompedores hidráulicos, perfuratrizes, fresas, placas compactadoras, tesouras para demolição de concreto e caçambas britadoras, entre outros implementos que ela distribui. Moreira ressalta ainda a sua linha de britadores móveis e o robô dieselhidráulico 3100, uma miniescavadeira controlada remotamente por joystick, que a empresa desenvolveu para a execução de serviços de alto risco.
Engranajes bien lubricados Fabricantes de sistemas de apoyo preparan las innovaciones tecnológicas que presentarán en la M&T Expo 2009, apuntando al aumento de la productividad en las obras No solo excavadoras, topadoras, volquetes, rodillos compactadores, grúas y motoniveladoras componen un parque de maquinaria para la construcción civil. Para que la “tropa de ataque” esté en condiciones de desempeñar sus tareas en los trabajos de excavación, transporte, movimiento de tierra, pavimentación, hormigonado, montaje y otras actividades típicas de las construcciones, un conjunto de máquinas y vehículos, compuesto por sistemas móviles de lubricación, camiones cisterna, por ejemplo, actúa para dar apoyo a la obra. Los fabricantes de este tipo de equipos también destacan el aumento de los negocios resultante de la inversión en infraestructura y minería. En el caso de la empresa Bozza, que fabrica unidades móviles de lubricación, el crecimiento también está impulsado por el sector productor de azúcar y alcohol combustible. “Nuestra expectativa para este año es crecer un 16%, en función principalmente del comienzo de las obras de las hidroeléctricas del río Madeira y del aumento de la cosecha de caña de azúcar y de granos,” afirma Elizabeth Bozza, directora de la empresa. La empresa participa regularmente en la M&T Expo como parte de una estrategia de fortalecimiento de la marca y para estrechar el contacto con sus clientes. “La feria nos da oportunidad de encontrarnos con los clientes de Brasil y del exterior para presentarles productos e innovaciones.” Bozza hace notar que el aumento de la demanda de sistemas móviles de lubricación también se debe al desarrollo de máquinas de mayor envergadura, cuyo tiempo muerto sería mucho más prolongado su tuvieran que desplazarse hasta una estación de servicio.
AÇÚCAR E ÁLCOOL
MECANIZAÇÃO CHEGA ÀS LAVOURAS Com a mecanização do plantio e da colheita, usina do interior paulista aumenta a produtividade no campo e reduz custos operacionais Por Rodrigo Conceição Santos
A queima da palha de cana-deaçúcar está com os dias contados no estado de São Paulo. Para reduzir a poluição do ar nas regiões sucroalcooleiras, de forma a evitar problemas de saúde para as populações locais – como insuficiência respiratória e câncer de pulmão, por exemplo – o governo determinou a eliminação dessa prática até 2014 nas lavouras localizadas em território paulista. Somente talhões com declividade superior a 12% e distantes dos perímetros urbanos escapam da restrição imposta pelo decreto 47.700, que regulamenta a lei estadual nº 11.241. Atentas à nova legislação, as usinas produtoras de açúcar e álcool aceleraram a mecanização em suas respectivas lavouras. Com isso, além de atender às exigências ambientais,
66 |Junho | 2008
elas aumentam a produtividade em todo o processo – desde a preparação do terreno até a o plantio e a colheita da cana – e reduzem o custo operacional. Esse ganho pode ser atestado pela Usina Santa Cruz, localizada no município de Américo Brasiliense (SP), que planeja aumentar a mecanização da colheita de 65%, em 2007, para 85%, até o final deste ano. Nesse mesmo período, a expectativa é de ampliar a produção de 3,4 milhões para 3,8 milhões de t em moagem de cana-de-açúcar. “Atualmente, temos cinco frentes mecanizadas, que mobilizam uma frota de 23 colhedoras Case 7700”, afirma Francisco Antônio Cabeça, coordenador de manutenção e colheita. Segundo ele, os equipamentos ope-
ram com capacidade de produção de 700 t/dia e colhem a cana picada, que também pode ser usada para o plantio. Aliás, as mesmas máquinas que realizam a colheita para o refino são usadas para colher a cana que irá se destinar a futuros plantios. Para isso, alguns de seus componentes recebem revestimentos, com o objetivo de não danificar a muda durante o plantio, e os instrumentos passam por alguns ajustes. Sistema de colheita Na colheita feita para a moagem, a colhedora trabalha em conjunto com tratores agrícolas, que tracionam um implemento dotado de duas caçambas de acionamento hidráulico. “Na configuração original, os tratores são fornecidos com largura
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
de 1,20 m, mas fizemos modificações para sua operação em talhão de cana-de-açúcar e os adaptamos para 1,40 m”, explica Christóforo Jorge Ferreira, da área de suporte de colheita da Santa Cruz. As bitolas foram abertas para 2,80 m de largura, por meio de espaçadores instalados nas rodas, para que os equipamentos se desloquem sobre os sulcos realizados no terreno. Enquanto a colhedora se desloca rente à plantação, seus dois discos de corte de base removem a canade-açúcar pelo pé e outros dois discos cortam a “coroa”. Então, a máquina recolhe esse material e o corta em toletes de aproximadamente 15 cm de comprimento. As palhas, por sua vez, são sopradas para fora do equipamento. Imediatamente após seu corte, a cana é transportada por meio de um elevador para fora da colhedora, caindo diretamente nas caçambas acopladas aos tratores agrícolas. Quando carregados, os tratores seguem para a frente de carregamento dos caminhões. Em seguida, a colheita é transportada até a usina por bitrens – caminhões que tracionam um implemento com duas caçambas
em linha – com 70 t de capacidade de cana picada cada um. Para esse serviço, utiliza uma frota de caminhões Axor 3340, da Mercedes Benz, sempre acompanhados por carregadeiras. Equipadas com uma lâmina na parte inferior e com uma garra que atinge 3 m de altura, elas têm a função de recolher o material que cai durante o transbordo e carregar os bitrens. Ferreira explica que, nessa operação, os equipamentos são submetidos a severas condições de trabalho. No caso das colhedoras, a palha se mistura ao solo e forma um resíduo que se acumula no material rodante e nos componentes internos da máquina. “As ferramentas de corte, como as facas instaladas na base e os facões fiadores internos, utilizados para picar a cana, têm desgastes excessivos e precisam ser reparados diariamente.” Manutenções no campo Para atender cada frente de trabalho, a usina disponibiliza um caminhão para pequenas manutenções no campo, de forma a evitar o deslocamento das máquinas até a oficina. Além dessas unidades móveis,
AZÚCAR Y ALCOHOL Avanza la mecanización de la cosecha Gracias a la mecanización del cultivo y de la cosecha de la caña de azúcar, un ingenio del estado de São Paulo incrementa la productividad y reduce los costos de operación La quema de los cañaverales tiene los días contados en el estado de São Paulo. Para reducir la contaminación del aire en las zonas sucroalcoholeras, a fin de evitar problemas de salud a las poblaciones locales – como insuficiencia respiratoria y cáncer de pulmón, por ejemplo – el gobierno determinó que, a partir del 2014, no se permitirán más las quemas en el estado. Solamente los lotes con una pendiente superior al 12% y distantes de los perímetros urbanos quedarán libres de la restricción impuesta por el decreto 47.700, que reglamenta la ley del estado Nº 11.241. Para adecuarse a la nueva legislación, las plantas productoras de azúcar y alcohol avanzan en la mecanización de sus cosechas. De esta manera, además de cumplir con las exigencias medioambientales, incrementan la productividad en todo el proceso –desde la preparación del suelo hasta la siembra y la cosecha de la caña – y reducen el costo de operación. Gracias a los beneficios obtenidos, el
Tratores acompanham a colhedora (ao lado) e, depois de carregados, realizam o transbordo da safra para caminhões bitrens (acima)
67
AÇÚCAR E ÁLCOOL
equipadas com máquinas de solda para intervenções nos instrumentos de corte das colhedoras e com ferramentas para demais reparos, a frota de apoio inclui ainda os caminhões comboio para abastecimento e lubrificação das máquinas. Na lavoura de cana-de-açúcar, aliás, as trocas de filtro de ar e de óleo, assim como a substituição do lubrificante de motor, não seguem os prazos habituais da manutenção preventiva em canteiros de obras: elas são feitas todos os dias. Como nem toda a lavoura pode ser mecanizada, parte da colheita é feita pelo processo tradicional, com a queima da cana-de-açúcar e o corte manual. É o caso de talhões com rampas superiores a 12%, cuja inclinação impede o uso das colhedoras, ou de terrenos com muita incidência de pedras, que podem danificar os componentes das máquinas. “Mesmo nesses casos, já operamos com um sistema semi-automatizado, uma vez que a cana é carregada nos caminhões com o uso de carregadeiras e não manualmente, como no passado”, ressalta Ferreira. Nessa tarefa, a empresa mobiliza sete carregadeiras New Holland, que movimentam cerca de 5 mil t/dia de cana picada. Quando colhida manualmente, a cana não é picada e segue para outra área da usina onde será processada. Do mesmo modo, porém, ela é transportada por tratores equipados com caçambas hidráulicas até a área de transbordo para os caminhões bitrens, que então a conduzem até a usina por rodovia.
Severidade da operação se reflete no desgaste das ferramentas (acima) e no acúmulo de resíduos no material rodante
O uso de caminhões, aliás, mobiliza um complexo sistema de controle da frota. Para gerenciar o transporte por uma área de 48 mil hectares, a empresa montou um sistema de monitoramento remoto interligado ao seu software de gestão empresarial (ERP). Segundo Francisco Cabeça, em alguns casos um caminhão pode percorrer até 100 km entre a lavoura e o tanque de refino. “Em média, eles percorrem 27 km em cada ciclo, motivo pelo qual precisamos ficar atentos à melhoria da produtividade e redução dos custos operacionais.” Ganhos com monitoramento O sistema se baseia na transmissão de dados pela rede de telefonia celular (GPRS), permitindo monitorar em tempo real a velocidade de cada caminhão, a rotação e temperatura de seu motor e o consumo de combustível, entre outros parâmetros.
68 |Junho | 2008
68 |Junho | 2008
ingenio Santa Cruz, ubicado en el municipio Américo Brasiliense, se prepara para aumentar la mecanización de la cosecha de 65%, en 2007, a 85%, hasta fines de este año. En el mismo período, estima que la producción pasará de 3,4 millones a 3,8 millones de toneladas de caña de azúcar molida. “Actualmente, hay cinco frentes mecanizados donde están trabajando 23 cosechadoras Case 7700”, informa Francisco Antônio Cabeça, coordinador de mantenimiento y cosecha. Según explicó Cabeça, las máquinas trabajan con una capacidad de producción de 700 t/día y cosechan la caña en trozos, que también puede ser usada en la siembra. Las mismas máquinas que cosechan la caña que se destina a la producción son usadas para cosechar la que se usará como semilla. A fin de evitar dañar las semillas durante la siembra, se revisten algunos de los componentes y se regulan los instrumentos de la máquina. El ejecutivo añade que las maquinas hacen frente a severas condiciones de trabajo. El follaje y el suelo forman un residuo que se acumula en el tren de rodaje y en los componentes internos de la cosechadora. “Las herramientas de corte, como las cuchillas del cortador de base o del trozador, se desgastan rápidamente por lo que deben ser reparadas todos los días.” En cada frente de trabajo, se dispone de un camión para prestar servicios mecánicos, a fin de evitar el traslado de la máquina al taller. Además de los talleres móviles, equipados con soldadores para los instrumentos de corte de las cosechadoras y herramientas para otras averías, el ingenio también cuenta con vehículos para servicios de reposición de combustible y lubricantes. En los cañaverales, ni los filtros de aire y aceite ni el lubricante del motor se cambian a intervalos recomendados en los programas de mantenimiento preventivo de las obras: los cambios son diarios. Como la cosecha no está totalmente mecanizada, en algunos lugares todavía se tiene que usar el método tradicional de quema y corte manual. Es lo que ocurre en los lotes con pendientes superiores al 12%, donde las máquinas de grandes dimensiones poseen poca accesibilidad, o con suelos pedregosos, que pueden dañar sus componentes.
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
Até mesmo falhas do motorista, como dirigir com o motor desengatado ou apoiar o pé no pedal da embreagem, são detectadas imediatamente. Pelos cálculos da empresa, a implantação do sistema resultou em economia de 18% com combustível e nos gastos com manutenção dos mais de 80 veículos da sua frota. “Além disso, a produtividade no transporte aumentou 9% e a disponibilidade mecânica dos caminhões saltou de 80% para 90%”, reforça Francisco. Os ganhos são representativos ao se considerar que as operações de corte, carregamento e transporte respondem por 32% do custo total da matéria-prima produzida e, desse percentual, os gastos com caminhões são 29%. A escassez de pneus para aplicação fora-de-estrada no mercado, outro pesadelo dos grandes frotistas, também está sendo “driblada” por meio de um
Centro de controle da frota: economia de 18% com combustível e manutenção
AÇÚCAR E ÁLCOOL
Manutenção posta à prova Assim como no caso das colhedoras, os demais equipamentos mobilizados na lavoura de cana-de-açúcar também operam sob severas condições e exigem manutenções quase que diárias. Por esse motivo, a Santa Cruz dispõe de uma estrutura própria, incluindo oficinas, borracharia e um efetivo de 150 funcionários. Apenas serviços específicos como a retífica de motores, reparos em bombas hidráulicas e bombas injetoras são realizados externamente. Mesmo assim, a empresa montou uma rede de fornecedores com os quais mantém contratos anuais. O desgaste acelerado dos componentes e das máquinas, devido à severidade da operação, justifica os investimentos nessa área. “Usamos todos os indicadores para aferir a eficiência dessa estrutura, como o tempo gasto em um conserto (MTTR) e o período médio entre falhas (MTBF)”, diz Francisco Cabeça. A oficina central da usina, onde os controles são realizados, também conta com máquinas e profissionais treinados para a montagem de transmissão e de diferencial em equipamentos pesados e caminhões. Os setores de caldeiraria e de usinagem respondem pelo maior volume de intervenções. Ao lado deles fica a borracharia, que além de gerenciar o uso de pneus e realizar reparos, fica responsável pelo alinhamento e balanceamento das rodas dos caminhões, de acordo com uma programação pré-estabelecida. A empresa também realiza manutenção pró-ativa, por meio da análise de óleo do motor e do sistema hidráulico. Com essa estrutura, ela gerencia uma frota cuja maioria dos equipamentos opera em regime de 24 horas por dia no período de safra. Como a Santa Cruz espera bater seu recorde histórico no volume de cana moída, devido às novas práticas de colheita e de plantio, a área de manutenção precisa estar preparada para as demandas da produção. Detalhe: a atual safra deverá durar 30 dias a mais em relação à do ano anterior.
70 |Junho | 2008
sistema de gerenciamento do seu uso. Acompanhando a quilometragem que cada pneu roda, a equipe de manutenção consegue estipular seu custo efetivo na primeira vida e mesmo após as diversas recapagens. “Eliminamos os problemas de estoque e conseguimos melhores preços junto aos fabricantes”, adianta o coordenador de manutenção e colheita. “Isso porque temos poder de barganha ao provar quantos quilômetros cada marca de pneu roda sob as mesmas condições”, argumenta. Fertilizante próprio Adotando as consagradas práticas da boa agricultura, a Usina Santa Cruz realiza o rodízio de cultura após a quinta safra como forma de evitar o esgotamento do solo. Denir de Souza, profissional de suporte técnico de fundação de lavoura, afirma que, dos 48 mil hectares de plantações da empresa, 8 mil hectares estão sempre em fase de preparo para plantio. A maior parte está pronta para a colheita. A etapa de plantio não está sujeita a tantas exigências ambientais como a de colheita, mas seus processos também são marcados pela intensa mecanização. “Primeiro, fazemos o terraceamento, no qual as motoniveladoras e os tratores de esteira preparam o terreno com as devidas contenções de água e constroem as estradas de acesso para os equipamentos usados na lavoura, conforme especifica o projeto topográfico”, ele detalha. A etapa seguinte, de correção do solo, emprega tratores agrícolas que tracionam uma espécie de carreta. Equipado com discos em sua parte inferior, esse implemento é o responsável pela formação de sulcos no terreno, onde a cana será plantada. A terceira etapa é a de gradagem, pela qual são eliminadas as socas de cana restantes, permitindo que o novo plantio seja executado com eficiência. Nessa fase também se aplica o calcário, para a correção do solo, e os produtos necessários à sua fertilização. A alta no preço dos fertilizantes industrializados – a tonelada saltou de
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
Implementos especiais atuam na aplicação de corretivos
R$ 600 para mais de R$ 2 mil – levou a Usina Santa Cruz a desenvolver e produzir internamente seu próprio adubo, com o emprego de um insumo abundante na companhia: o bagaço da cana-de-açúcar. Após o refino da cana, o bagaço resultante passa por novas moagens até se converter no fertilizante denominado “torta de filtro”, um resíduo rico em fósforo, potássio e nitrogênio, ingredientes fundamentais para a saúde do solo. Esse resíduo produzido na usina é transportado por caminhões basculantes até o local de aplicação e fica disposto em pilhas. Em seguida, páscarregadeiras carregam o fertilizante em carretas distribuidoras de “torta de filtro”. Na etapa final, o fertilizante é aplicado sobre o solo já preparado com o uso de um trator com distribuidor acoplado, deixando o talhão pronto para uma nova plantação. Atualmente, a usina testa o uso de
AÇÚCAR E ÁLCOOL
É proibida a queima de cana: • A menos de 1.000 m de distância de área urbana definida pelo município; • A menos de 100 m das subestações de energia elétrica; • Em perímetro de 50 m, contados ao redor do limite de estação ecológica, de reserva biológica e de parques; • Em área de 25 m ao redor das estações de telecomunicações; • Em área de 15 m ao longo dos limites das faixas de segurança das linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica; • A menos de 15 m das áreas de domínio de ferrovias e rodovias. Dados: Decreto 47.700 da Lei 11.241 do Estado de São Paulo
ferramentas de agricultura de precisão no preparo do solo, mobilizando equipamentos e implementos controlados remotamente por GPS (sistema global de posicionamento). Ela ainda não compilou os resultados, mas avalia que o preparo do solo vem sendo realizado de forma eficiente, permitindo a mecanização do plantio. Plantio mecanizado Os mesmos equipamentos usados na colheita mecanizada desempenham um papel chave na colheita das mudas a serem plantadas. Quando empregadas nesse tipo de aplicação, as colhedoras têm seus rolos revestidos em toda a parte interna, para proteger as mudas da área de contato do equipamento. De acordo com Francisco Cabeça, o corte é realizado de forma diferente, para que a “gema” da muda saia perfeita, por meio de ajuste na distância entre os facões internos da colhedora. Depois de colhidas, as mudas seguem por caminhão até a frente de trabalho, onde são despejadas nas plantadoras, equipamentos com caçamba de 6 t de capacidade, tracio-
72 |Junho | 2008
Etapa de preparação do solo
nados por tratores agrícolas. “Nessa operação, usamos os tratores Valtra BH185, equipados com pneus Trelleborg, que reduzem a flutuação da máquina e evitam sua patinagem”, reforça Francisco. Atualmente, a empresa realiza 50% do plantio de forma mecanizada e planeja chegar ao final de 2009 com um índice de 85%, semelhante ao atual patamar de mecanização da colheita. A Santa Cruz já conta com quatro plantadoras em sua frota e deve investir na aquisição de mais equipamentos nos próximos dois anos. De acordo com Francisco Cabeça, o processo está se mostrando vantajoso devido à alta produtividade e economia de mãode-obra, também escassa na lavoura de cana. Uma visita à lavoura da empresa confirma a informação. Durante uma jornada de trabalho, das 7h00 às 16h00, dois equipamentos realizam o plantio mecanizado em uma
Aplicação de calcário para correção do PH do solo
área de 10 hectares. Segundo os especialistas, o plantio dessa mesma área pelo sistema manual exigiria a mobilização de cerca de 70 funcionários e o uso de muitos outros equipamentos. No processo mecanizado, além das duas plantadoras tracionadas por tratores agrícolas, são usados quatro caminhões de 12 t – para o carregamento das plantadoras com mudas – e uma colhedora para a produção de mudas durante a colheita. No processo manual, a estimativa é que seriam necessários mais dois tratores sulcadores, dois tratores cobridores, quatro caminhões de 12 t, um trator escarificador e dois ônibus para o transporte dos operários. Dá para entender por que a mecanização é a meta da Santa Cruz?
Usina Santa Cruz: www.usinasantacruz.com.br
Foto: U&M
TENDÊNCIA
ESTAMOS PREPARADOS PARA
O FUTURO? Evolução dos equipamentos e busca de maior competitividade por parte das construtoras impôs mudanças na área de gestão e manutenção de equipamentos. Nesse cenário, a qualificação da mão-de-obra desponta como o “calcanhar-deaquiles” do setor
74 | Junho | 2008
Num mundo em rápida transformação, o mecânico à moda antiga talvez não consiga entender como um laptop plugado à escavadeira hidráulica ajuda a identificar os problemas da máquina ou como seus sinais vitais podem ser monitorados remotamente por rede de telefonia celular. Da mesma forma, os novos técnicos em mecatrônica podem não compreender como aqueles profissionais resolviam no passado todos os problemas de manutenção dos equipamentos com apenas um jogo de chaves na mão. O fato é que, com a evolução do
setor, a área de equipamentos das construtoras vem convivendo com essa realidade, procurando conciliar a experiência dos profissionais mais antigos – apesar de algumas limitações na sua formação – com técnicos formados, porém muitas vezes inexperientes. Algumas empresas do setor já procuram escolas técnicas de mecatrônica para recrutamento de seus quadros, constatando que é mais fácil formar um mecânico a partir de um profissional com conhecimentos de eletrônica do que o inverso. Essa transformação, ocorrida nas
VALORES PARA INSCRIÇÃO Categorias
Até 29/09*
Associados Sobratema
Gratuita
Não-associados
R$ 85,00
TENDÊNCIA
Tendencia ¿Estamos preparados para el futuro?
Manutenção dos equipamentos passou a exigir profissionais mais especializados
últimas décadas, coincidiu com uma mudança na forma com que as construtoras operam. De uma estrutura verticalizada, na qual a maioria dos serviços de manutenção era feita internamente, elas partiram para a terceirização com o objetivo de focar no negócio da empresa: que é a operação dos equipamentos para a execução da obra. Com o fim do ciclo das “grandes obras”, as empreiteiras procuraram ajustar seus custos operacionais, mas a mudança também acompanhou a sofisticação tecnológica dos equipamentos. Mudança no perfil O consultor Norwil Veloso ressalta que a evolução dos sistemas hidráulicos nos equipamentos impôs novas exigências na oficina. “Vazamento tornou-se um problema sério, as máquinas passaram a operar com válvulas que trabalham com pressões hidráulicas diferentes e a mãode-obra não estava preparada para essa nova realidade.” No cenário antigo, Veloso explica que os técnicos de manutenção se formavam na própria obra e, com deficiências na formação educacional, encontravam dificuldades para progredir profissionalmente. “Era a época do ‘pensar
76 | Junho | 2008
com a chave’, na qual o mecânico precisava abrir o equipamento para procurar o problema e, muitas vezes, descobria que a falha estava em outro local.” Num ambiente cada vez mais competitivo, esse custo com retrabalho tornou-se inaceitável, assim como os gastos com a manutenção de uma estrutura subutilizada. Pelas características de um mercado então fechado às importações e pela ausência de um suporte de serviços por parte de
Norwil Veloso
En un mundo en rápida transformación, el mecánico tradicional tal vez no consiga entender cómo un portátil conectado a la excavadora hidráulica ayuda a identificar los problemas de la máquina o la forma en que sus señales vitales pueden ser monitoreadas a distancia a través de la red de telefonía celular. Del mismo modo, los nuevos técnicos en mecatrónica tal vez no entiendan cómo aquellos profesionales resolvían todos los problemas de mantenimiento solo con un juego de llaves. De hecho, con la evolución del sector, el área de maquinaria de las empresas constructoras trata de conciliar la experiencia de los profesionales con más antigüedad — a pesar de las lagunas en su formación — con técnicos titulados, pero muchas veces sin experiencia. Algunas empresas del sector ya buscan reclutar sus cuadros en las escuelas técnicas de mecatrónica: han concluido que es más fácil formar un mecánico a partir de un profesional con conocimiento de electrónica que al revés. Este cambio, concretado en las últimas décadas, coincidió con la transformación en la forma en que las empresas constructoras trabajan. Pasaron de una estructura vertical, en la cual la mayor parte de los servicios de mantenimiento se hacía internamente, a la subcontratación, con el objetivo de concentrar sus esfuerzos en el negocio de la empresa: la operación de la maquinaria para ejecutar las obras. Al término del ciclo de las “grandes obras”, las empresas contratistas ajustaron sus costos de operación, pero el cambio coincidió con el incremento de la sofisticación tecnológica de la maquinaria. El consultor Norwil Veloso destaca que la evolución de los sistemas hidráulicos de las máquinas para la construcción ha impuesto nuevas exigencias al taller. “Las pérdidas se convirtieron en problemas graves, las máquinas ahora funcionan con válvulas que trabajan a presiones hidráulicas diferentes y la mano de obra no estaba preparada para hacer frente a esta nueva realidad.”
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
fabricantes e distribuidores, as construtoras contavam com oficinas aparelhadas para todos os tipos de serviços, mas a baixa escala na demanda impunha alto custo a essa estrutura. Com a sofisticação dos equipamentos, que substituíram alavancas por joysticks e incorporaram recursos de eletrônica embarcada, o mercado passou a necessitar de um novo perfil de operadores e técnicos de manutenção. “Pensar com a chave” já não bastava mais, uma vez que os novos recursos de manutenção preditiva e proativa passaram a exigir conhecimento para interpretação dos dados da máquina – como os níveis de contaminação do óleo, por exemplo. A resposta para essa necessidade está na correta seleção dos profissionais e em treinamento. No caso dos serviços mais específicos, como intervenção em motor, sistemas hidráulicos e transmissão, a terceirização ajuda
a reduzir custos, eliminando investimentos em ferramental e a ociosidade na oficina. Aposta no treinamento Para Ângelo Navarro, diretor de equipamentos da U&M Mineração e Construção, os recursos tecnológicos dos novos equipamentos não reduzem a importância do homem nessas tarefas de operação e manutenção. “Temos uma escavadeira de grande porte cujo painel é semelhante ao de um avião, dotado até mesmo de diagrama do circuito hidráulico e que, a um toque do operador, mostra aquele ponto do sistema e como ele está trabalhando; mas com todo esse aparato, cabe ao homem interpretar as informações e tomar as medidas necessárias”, ele afirma. Como exemplo, Navarro cita o caso de uma motoniveladora que apresentou problemas de aqueci-
mento do motor e o supervisor da obra, não acreditando nas informações do operador, insistiu em mantêla trabalhando. Como resultado, o equipamento quebrou. “Nenhum
Ângelo Navarro, da U&M
TENDÊNCIA
evento ocorre inesperadamente, pois a máquina dá sinais antecipados do problema e o bom profissional deve saber interpretá-los corretamente.” Para isto, ele dispõe de recursos como a análise de óleo, do líquido de arrefecimento, de vibração e termografia, entre outros, mas cabe à empresa manter profissionais treinados e motivados para o exercício de suas tarefas. Com a retomada dos investimentos em construção, executivos do setor se deparam com a escassez de profissionais especializados. Investimentos na formação da mão-deobra passaram a integrar a cartilha de Recursos Humanos das empreiteiras, que também despertaram para políticas de retenção dos talentos, por meio de um plano de carreiras na empresa. A U&M, por exemplo, está formalizando uma parceria com o Sest/Senat para a formação de técnicos em mecânica e estuda o uso de simuladores para o treinamento de operadores. A terceirização de parte dos serviços de manutenção ajuda a superar essa escassez de mão-de-obra num cenário em que fabricantes e distribuidores investem nessa área para atendimento aos clientes. Muitas empresas, inclusive, oferecem contratos de disponibilidade garantida
José Pegoraro, da Odebrecht
78 | Junho | 2008
Terceirização predomina em serviços mais específicos
para seus equipamentos, assumindo toda a manutenção, estoque de peças e demais responsabilidades. “Trata-se de um caso típico em que a oferta gerou a demanda e aquela espera de até 30 dias para receber uma peça no canteiro de obras faz parte de um passado distante”, complementa Norwil Veloso. Automação dos processos Navarro ressalta ainda a contribuição da tecnologia da informação (TI), que permite manter todas as informações sobre a frota num banco de dados, gerando estatísticas e permitindo que a empresa se antecipe aos problemas. No caso da U&M, que conta com uma frota de mais de 430 equipamentos pesados, a área de manutenção acaba de ser integrada ao software de gestão empresarial (ERP), fornecido pela SAP. “O sistema permite um melhor controle da manutenção, além de maior precisão nos tempos de parada das máquinas e interação com a área de compras.” A próxima etapa do processo, segundo ele, será a adoção do monitoramento remoto da frota, acompanhando a operação dos
equipamentos e seus sinais vitais. O acompanhamento on line está sendo implantado para avaliação no contrato de terraplenagem para a instalação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em fase de execução, no qual a construtora mobiliza 45 máquinas de movimentação de solos. José Pegoraro Dias, da Construtora Norberto Odebrecht, concorda com os benefícios proporcionados pelo do uso dos recursos de TI. “A principal ferramenta de uma boa manutenção é a correta gestão das informações e, nesse contexto, o homem de manutenção transformou-se em profissional de equipamentos.” Por esse motivo, o especialista reforça a importância do treinamento e da definição do que a construtora quer na gestão de sua frota. “Em algumas empresas, os relatórios dos equipamentos acabam engavetados na mesa de um executivo e, quando uma máquina pára, percebe-se que os problemas estavam sendo apontados antecipadamente, mas ninguém percebeu isto.” Por esse motivo, Pegoraro afirma que primeiramente a empresa precisa
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
determinar quais são as informações importantes sobre a frota, dentro de um volume de dados possível de ser acompanhado rotineiramente. “Em seguida, basta definir os parâmetros de comparação, pois sem esses procedimentos a eletrônica embarcada das máquinas acaba sendo subutilizada.” Critérios para terceirizar O atual cenário do setor, assim como suas perspectivas futuras, aponta para o enxugamento da estrutura das empresas. Com a terceirização de parte dos serviços e o apoio de fabricantes e distribuidores, as empresas procuram otimizar os recursos na gestão e manutenção do parque de equipamentos. Nesse sentido, Américo Renê Giannetti Neto, diretor da construtora Barbosa Mello, ressalta os cuidados necessários na seleção dos parceiros. “Não adianta escolher o mais barato, pois existem outros critérios a se analisar, como os prazos a serem cumpridos e a qualidade do serviço”, diz o executivo. Para ele, a contratação de serviços de terceiros é uma parceria na qual as duas empresas devem ganhar. “Confiança é algo fundamental nessa área e os parceiros devem se pautar pelos ganhos mútuos, como a premiação por desempenho.” Como exemplo, Renê cita o sistema de garantia nacional estabelecido pelas retíficas credenciadas no Conarem (Conselho Nacional de Retífica de Motores). “Com isso, um equipamento cujo motor foi reformado no norte do País tem garantia em qualquer outra região por parte das demais empresas credenciadas, a exemplo de como funciona nas redes de dealers dos fabricantes.” Segundo ele, a Barbosa Mello adota alto índice de terceirização dos serviços de manutenção, focando sua atuação nas ações preventivas. Além disso, manter um parque de equipamentos novo ajuda nessa postura, já que dessa forma eles estão cobertos pela garantia dos fabricantes. “Um
Renê, da Barbosa Mello
componente à base de troca pode custar mais que a sua reforma, pois o fornecedor também precisa lucrar, mas quando adotamos essa estratégia o equipamento fica menos tempo parado e este é o nosso objetivo.” A análise da relação custo/benefício, aliás, é um item determinante na escolha entre a terceirização e a execução dos serviços internamente. Para o consultor Norwil Veloso, o próximo passo do setor será a adoção do sistema de manutenção de “classe mundial”. “Não se trata de consertar, nem de se antecipar aos problemas, mas simplesmente de evitar que eles aconteçam.” Esse padrão de excelência, já adotado em alguns setores industriais, implica custos elevados e deve ser adotado em processos que demandam total disponibilidade, como linhas de laminação em usinas siderúrgicas, por exemplo. Qualquer que seja a tendência para o futuro, entretanto, ela deverá envolver maiores esforços na qualificação dos profissionais do setor. As construtoras já perceberam isto.
Construtora Barbosa Mello: www.barbosamello.com.br Construtora Norberto Odebrecht: www.odebrecht.com U&M: www.uem.com.br
79
TENDÊNCIA
Fotos: Marcelo Vigneron
Evento promove intercâmbio de experiências
Mais de 200 profissionais de equipamentos para construção e mineração se reuniram em São Paulo, no mês de junho, para debater o futuro do setor. Sob o tema “A Evolução da Manutenção”, o workshop promovido pela Sobratema proporcionou uma reflexão para fabricantes de máquinas, distribuidores, executivos de construtoras, locadoras e demais empresas usuárias de equipamentos sobre as transformações pelas quais o setor vem passando e suas perspectivas futuras. Na ocasião, profissionais de empresas de pequeno e médio porte puderam trocar experiências com executivos de grandes construtoras, consultores e a indústria de equipamentos em geral. Durante os coffee breaks e o coquetel servido ao final do evento, eles também tiveram a oportunidade de visitar os estandes das empresas patrocinadoras do evento – Atlas Copco, Caterpillar, Ciber, Hyundai, Komatsu, Plus Brasil, Sandvik e Scania – para conhecer as inovações tecnológicas em suas linhas de produtos. Veja nesta página as imagens que marcaram o evento.
80 | Junho | 2008
23o CONGRESSO BRASILEIRO DE MANUTENCAO
SANTOS 2008
~
JAL DESIGN
Manutenção e os desafios do crescimento econômico
DE 01 a 05 de SETEMBRO
Mendes Convention Center Promoção e Organização Patrocínio
Apoio
INFORMAÇÕES ABRAMAN - Associação Brasileira de Manutenção Tel.: (21) 3231-7005 / 3231-7006 Fax: (21) 3231-7002 E-mail: eventos@abraman.org.br / eventos2@abraman.org.br Site: www.abraman.org.br
Foto: Makro
GUINDASTES
PESOS-PESADOS CONQUISTAM O MERCADO
Versatilidade dos modelos todo-terreno impulsiona a sua demanda, mas os guindastes rodoviários e sobre esteiras também são muito requisitados para obras de curta duração e projetos de grande porte, respectivamente O fenômeno não é uma exclusividade do Brasil, mas comum ao mercado de guindastes móveis em todo o mundo: para atender à forte demanda de içamento de cargas em obras de infra-estrutura, indústrias de grande porte, mineradoras e no setor de petróleo, as construtoras e locadoras operam com altas taxas de ocupação de suas frotas e enfrentam
82 | Junho | 2008
dificuldades para a aquisição de novos equipamentos. Dependendo do modelo, o prazo de entrega por parte do fabricante pode chegar a dois anos e, apesar da pressão de demanda ocorrer em praticamente todos os tipos de guindastes, ela se torna mais crítica nos modelos sobre rodas do tipo todo-terreno (AT, das iniciais de all terrain).
A preferência dos usuários pelos AT de lança telescópica se deve a sua versatilidade, já que, em alguns casos, eles dispensam a necessidade de licenças especiais para tráfego em rodovias e, com os desenvolvimentos dos fabricantes, estão adquirindo capacidades de carga cada vez maiores. Esses guindastes reúnem as melhores características dos modelos
Avanços na eletrônica Ao analisar a evolução dos modelos AT, Cesar Schmidt, gerente comercial da Liebherr, ressalta a contribuição da engenharia de materiais. “Com a aplicação de aços
mais nobres e resistentes, conseguimos projetar lanças telescópicas com espessura e peso menores, o que nos permite aumentar seu alcance e capacidade de içamento sem comprometer o peso bruto total do equipamento.” Como exemplo, ele diz que os modelos atuais contam com até oito seções de lança e o mesmo peso dos antigos, que eram dotados de lanças telescópicas de quatro seções. Esse é o caso do guindaste LTM 11200-9.1, com capacidade para 1.200 t em raio de 2,5 m, cuja lança atinge 100 m. Schmidt também destaca a evolução dos sistemas hidráulicos dos equipamentos, que atualmente operam com maior pressão e vazão
Guindaste atua na obra do Estádio Engenhão (RJ) Foto: Liebherr
montados sobre chassi de caminhão (TC, das iniciais de truck crane), que também se enquadram na categoria dos telescópicos sobre rodas, e dos potentes guindastes com lança treliçada sobre esteiras (veja quadro na página 85). Segundo o empresário Júlio Duarte Simões, presidente da Locar, o desenvolvimento dos modelos AT se deve à padronização no limite de peso dos caminhões para tráfego em rodovias, que é de 12 t por eixo na maioria dos países, incluindo o Brasil. Com isso, os fabricantes dispõem de escala para investir em soluções que atendam os mercados europeu, norte-americano e brasileiro. Maior empresa de içamento de cargas da América Latina, com uma frota de guindastes de 8 t a 1.500 t de capacidade, a Locar confirma essa tendência. “Vamos encerrar 2008 com 307 máquinas para levantamento de carga, das quais 130 serão modelos AT da faixa de 200 t de capacidade”, diz ele. A situação é semelhante na Guindastes Tatuapé, empresa do setor que opera com 51 guindastes de 13 t a 600 t de capacidade de carga e até 170 m de altura. “Atualmente, os modelos AT representam 50% da nossa frota”, afirma Edson Garzon Esparbiere, diretor presidente da empresa. Para atender os contratos spot, que mobilizam os equipamentos em curto espaço de tempo e exigem baixo custo de logística, as locadoras compõem suas frotas também com os modelos TC. Os guindastes RT (das iniciais de rough terrain) ficam reservados para obras em galpões e áreas confinadas, enquanto os modelos sobre esteiras se destinam ao içamento de cargas maiores, geralmente em refinarias, siderúrgicas e indústrias de papel e celulose.
Foto: Manitowoc
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
Com aços mais nobres e resistentes, as lanças ficam mais longas e leves
83
GUINDASTES
e atingem maior capacidade de içamento com confiabilidade no desempenho. “A esse avanço se somou o incremento dos sistemas eletrônicos, que possibilitam a supervisão do chassi e da superestrutura dos equipamentos por meio de computadores de bordo.” O sistema embarcado nos modelos da empresa, o Liebherr Information System (LIS), fica responsável pela supervisão de toda a operação de carga do equipamento. “Em conjunto, as máquinas podem incorporar, como item opcional, o Liebherr Information Bus, que faz a supervisão eletrônica de toda a parte veicular, como motor e transmissão”, diz Schmidt. A tecnologia permite ainda o monitoramento remoto dos guindastes, com acompanhamento de seus sinais vitais para a programação das paradas para manutenção. Com a eletrônica embarcada, a Liebherr também realiza a supervisão da operação dos equipamentos. “Todos os modelos contam com nivelamento automático e, nos guindastes com patolas, o sistema dispõe de medidores de pressão”, explica Schmidt. “Dessa forma, eles são acionados quando ocorre um desequilíbrio das patolas e o operador é informado imediatamente pelo painel de controle da máquina”. Os avanços da eletrônica embarcada também são apontados pela Terex como facilitadores na operação dos equipamentos. “Eles podem
84 | Junho | 2008
ser adquiridos com o software indicador de momento de carga (LMI), que transmite as informações sobre a carga içada ao operador em tempo real”, diz Gustavo Faria, diretor de vendas da empresa para a América do Sul. Quando a operação excede o limite de carga do equipamento para um determinado alcance ou raio, o sistema trava automaticamente todo o serviço. Por meio de divisões como a American e Demag – cuja marca detém forte tradição no Brasil – entre outras, a empresa produz equipamentos do tipo AT, TC, RT e sobre esteiras. Em âmbito internacional, o destaque fica para o CC8800-1 Twin, um gigantesco guindaste treliçado sobre esteiras com capacidade para 3.200 t de carga. Mobilidade dos TC Apesar da forte demanda pelos AT, os especialistas ressaltam que a procura por guindastes rodoviários (TC) também está aquecida. Mais compactos, eles possibilitam às locadoras uma adequação no mix de suas frotas, para operações que demandam o içamento de cargas menores, como as construções com pré-moldados de concreto e a manutenção de sondas de petróleo. Mesmo assim, esses equipamentos também estão incorporando maior capacidade. É o caso da Madal Palfinger, cujo maior modelo da linha TC atinge 60 t de capacidade a 3 m. Como eles são montados sobre
Foto: Terex
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
TIPOS DE GUINDASTES E SUAS CARACTERÍSTICAS TIPOS
Sobre esteiras (lança treliçada)
PONTOS FORTES - Elevada capacidade de carga; - Locomove-se carregado em distâncias curtas; - Opera como bate-estaca, dragline e perfuratriz.
- Opera em terrenos acidentados; - Rapidez na montagem; All terrain - Locomove-se carregado em distâncias curtas; (AT) - Boa dirigibilidade e fácil de manobrar já que possui 4, 5, 6 ou 8 eixos. - Locomove-se com carga; Rough terrain - Opera em terrenos irregulares; - Opera em áreas confinadas; (RT) - Fácil de manobrar. - Dispensa licença especial para tráfego em vias públicas; Truck Crane - Baixo custo de mobilização; (TC) - Rapidez nas mobilizações. - Dispensa licença especial para tráfego em vias públicas; Compact Truck - Baixo custo e rapidez nas mobilizações; (CT) - Fácil de operar e manobrar.
chassi de caminhão, Herbert Karly, diretor presidente da empresa, ressalta sua facilidade de locomoção para atendimento a um variado leque de necessidades. “Somente os equipamentos maiores, que importamos da Áustria em vez de fabricar no Brasil, dependem de licença especial para tráfego em rodovias, que mesmo assim pode ser obtida facilmente junto aos órgãos responsáveis”, diz ele. Além dessa linha de guindastes, a empresa produz modelos articula-
85
PONTOS FRACOS - Alto custo de mobilização; - Logística complexa para montagem e desmontagem; - Lança mais vulnerável pelo manuseio e transporte contínuo. - Licença especial para tráfego em vias públicas.
- Alto custo logístico, pois é transportado sobre carreta; - Menor capacidade de carga. - Menor capacidade de carga; - Não se desloca com carga. - Menor capacidade de carga; - Não se desloca com carga.
GUINDASTES
dos (guindautos), segmento no qual Karly estima que a empresa detenha uma participação de 33% a 37% do mercado sul-americano. Maior capacidade Na linha inversa dos leves e compactos modelos TC estão os guindastes sobre esteiras, imbatíveis em obras que exigem a movimentação de cargas elevadas. Sua desvantagem é a complexidade e custo logístico nas mobilizações, já que o equipamento segue em várias carretas para a obra e exige o uso de guindastes menores nas montagens e desmontagens. Segundo Cesar Schmidt, da Liebherr, essa característica vem sendo amenizada nos novos modelos, que pesam menos em relação a sua capacidade e são mais fáceis de transportar. “Atualmente, as placas dos nossos guindastes de es-
teira são projetadas de acordo com as capacidades das carretas que podem trafegar sem autorização especial nas rodovias.” A empresa forneceu o maior modelo em operação no Brasil, com capacidade para 1.500 t, adquirido pela Locar no ano passado. A Manitowoc, por sua vez, prepara-se para bater esse recorde com o lançamento de um guindaste sobre esteiras capaz de içar 2.300 t de carga. “Ele estará disponível no mercado a partir de 2010 e será dotado de um sistema de variação de posição do contrapeso, denominado de VCP”, diz Luciano Gonçalves Dias, gerente de vendas da empresa no Brasil. “O contrapeso desse modelo não encosta no solo; ele se movimenta de acordo com a quantidade de carga que está sendo elevada e faz o balanceamento
A partir de 2009, a Manitowoc pretende reduzir o prazo de entrega nos novos pedidos de guindastes dos clientes brasileiros. Com os investimentos da empresa na expansão da sua fábrica nos Estados Unidos, ela espera atender a demanda dos mercados latino-americanos, conforme explica Luciano Gonçalves Dias, gerente de vendas no Brasil. “Com isso, vamos desafogar nossa unidade industrial na Alemanha e conseguiremos melhorar os prazos de entrega para os clientes dessa região”, diz ele. Segundo ele, a empresa ainda traça uma estratégia para ampliar sua participação no mercado de guindastes dos países emergentes, com ênfase no Brasil, Rússia, Índia e China, o chamado BRIC. No caso do Brasil, a expectativa é de aumentar as vendas em 50%, ainda em 2009, atingindo um crescimento de 100% até o final de 2010. Em 2007, a companhia comercializou 30 guindastes de torre e 44 modelos móveis, que geraram uma receita total de US$ 41 milhões. “O Brasil figura entre os principais focos da companhia nos mercados emergentes”, afirma o executivo. Ele apóia sua justificativa no fato de que, para cada 1% de aumento nos recursos aplicados em infra-estrutura, o produto interno bruto (PIB) do país cresce 1,5%. “Esse setor vai crescer muito nos próximos anos, impulsionado pelas obras planejadas pelo governo, e temos espaço para ampliar nossa participação no mercado.” Afinal, enquanto ele estima a frota brasileira de guindastes em cerca de 4.000 unidades, no Japão são mobilizados mais de 70 mil. A empresa fabrica guindastes dos modelos AT, RT e sobre esteiras, sendo que os dois primeiros atendem a faixa de 50 a 450 t de capacidade e alturas de até 130 m. “Entre as inovações mais recentes em nossos equipamentos está a tecnologia Mega Trat, que dota os modelos AT de suspensão independente em cada eixo”, diz ele. Dessa forma, o equipamento pode operar em terrenos acidentados sem apresentar trepidação no chassi.
86 | Junho | 2008
Foto: Locar
Uma fábrica para atender a América Latina
Foto: Madal Palfinger
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
Os guindastes TC ganham maior capacidade de carga (acima) e os sobre esteira (ao lado) já são projetados para maior facilidade no transporte
necessário para o equilíbrio da máquina.” Segundo ele, a empresa já tem duas unidades desse guindaste encomendadas nos Estados Unidos e vislumbra oportunidades também no mercado brasileiro, principalmente em obras de hidrelétricas e no setor de petróleo.
Guindastes Tatuapé: www.guindastestatuape.com.br Liebherr: www.liebherr.com.br Locar: www.locar.com.br Madal Palfinger: www.madalpalfinger.com Manitowoc: www.manitowoccranegroup.com Terex: www.terexla.com
Grúas Los pesos pesados conquistan el mercado La versatilidad de los modelos todo terreno estimula la demanda, pero las grúas sobre camiones para uso en carretera y sobre orugas son muy solicitadas en obras de corta duración o grandes proyectos, respectivamente Este fenómeno no es exclusivo de Brasil, sino que es común en el mercado de grúas autopropulsadas de todo el mundo: para satisfacer la fuerte demanda de levantamiento de cargas en obras de infraestructura, plantas de gran tamaño, minas y canteras, y en el sector petrolero, las constructoras y arrendadoras trabajan con un alto índice de ocupación de la flota y enfrentan dificultados para comprar máquinas nuevas. Dependiendo del modelo, el plazo de entrega puede llegar a los dos años y, a pesar de que la demanda ejerce presión sobre todos los tipos de grúas, es mucho más acentuada en los modelos sobre ruedas, tipo todo terreno (AT). La preferencia de los usuarios por las grúas todo terreno, con pluma telescópica se debe a su versatilidad, puesto que, en algunos casos, no necesitan matrículas especiales para circular por carretera y, debido al desarrollo tecnológico, su capacidad de carga es cada vez más grande. Estas grúas cuentan con las mejores características de los modelos montados sobre chasis de camión (TC), que también pertenecen a la categoría de las telescópicas sobre ruedas, y de las potentes grúas sobre orugas, con plumas reticuladas. Según informa el empresario Júlio Duarte Simões, presidente de la empresa Locar, el desarrollo de los modelos todo terreno se debe a la normalización del límite de peso de los camiones que circulan por carreteras, que es de 12 toneladas por eje en la mayor parte de los países, incluido Brasil. De modo que los fabricantes disponen de escala para invertir en soluciones que satisfacen las necesidades de los mercados europeo, norteamericano y brasileño. Locar, principal empresa dedicada al levantamiento de cargas de América Latina, con un parque de grúas con ca-
pacidad de levantamiento de 8 a 1.500 t, confirma esta tendencia. “Al cierre del 2008 tendremos 307 máquinas de levantamiento de cargas, de las cuales 130 serán modelos todo terreno de la categoría de las 200 t de capacidad”, dice Simões. La situación es similar en la empresa Guindastes Tatuapé, que trabaja con 51 grúas de 13 a 600 t de capacidad de carga y alcance de hasta 170 m de altura. “Actualmente, las grúas todo terreno representan el 50% de nuestro parque”, afirma Edson Garzon Esparbiere, director presidente de la empresa. Para cumplir con los contratos spot, que requieren las máquinas por un plazo corto y logística de bajo costo, las empresas de arrendamiento incluyen en sus flotas modelos de grúas montadas sobre chasis de camión. Las grúas para terrenos accidentados (RT) se reservan para obras en galpones y áreas confinadas, mientras que los modelos sobre orugas se destinan al levantamiento de cargas más grandes, por lo general en refinarías, siderúrgicas y fábricas de papel y celulosa.
87
FERRAMENTAS DE PENETRAÇÃO
A ESCOLHA CERTA
FAZ A DIFERENÇA As ligas usadas na produção das ferramentas de penetração do solo (FPS), assim como seu design e o tratamento térmico empregado, determinam o tipo de peça mais indicado para cada aplicação Até que ponto a ferramenta de penetração do solo (FPS) usada nos equipamentos de escavação pode aumentar a eficiência em obras de infra-estrutura ou frentes de mineração? Segundo as construtoras, mineradoras e principais fabricantes de FPS, a correlação entre o tipo de ferramenta e a produtividade da operação existe e pode ser constatada na prática. Esse é o caso, por exemplo, de uma produtora de minério de ferro atendida pela Sinto que, ao
instalar dentes mais pontiagudos nas caçambas de suas escavadeiras, melhorou o tempo de ciclo dos equipamentos. Segundo Marco Sasaya, gerente de vendas de peças fundidas da fabricante de FPS, que prefere manter o nome do cliente em sigilo, o formato da peça reduziu o tempo de ataque e de desagregação do material de 110 para 70 segundos. A redução de tempo pode parecer insignificante, mas proporciona um ganho de produtividade signi-
ficativo ao se considerar os volumes produzidos e o regime de trabalho dos equipamentos. “Antes de adquirir a FPS, é preciso medir qual será o fator de penetração necessário, a abrasividade do material a ser manipulado e a intensidade de uso da máquina”, diz ele. Roberto Cardia de Oliveira, gerente de vendas da Metalúrgica Ecoplan, compartilha da mesma opinião e ressalta a importância de se conhecer o solo manuseado para a correta seleção da FPS. Fa-
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
89
FERRAMENTAS DE PENETRAÇÃO
Lâmina com borda XS 400, da TBM
30% nos custos de manutenção.
HERRAMIENTAS DE CORTE
Pontas para escavadeiras Nas operações com escavadeiras, Marco Sasaya destaca que existem duas situações extremas às quais os equipamentos podem ser submetidos: as de alto impacto e as de alta abrasão. No primeiro caso, ele recomenda o uso de pontas menos alongadas, de forma a diminuir a força de alavanca no momento em que a caçamba ataca o material a ser manuseado. “Essa opção é possível somente na escavação de materiais que não impõem muita dificuldade de penetração.” Nas operações de alta abrasão, ele explica que as ferramentas mais pontiagudas melhoram a penetração no solo, reduzindo seu desgaste natural. Roberto Cardia lista os três tipos de pontas indicadas para operações com escavadeiras. A primeira se destina a serviços leves e deve apresentar penetração e resistência a impacto regulares, mas suficientes para aplicação em curto período de tempo. O segundo tipo é composto pelas ferramentas reforçadas e mais duras,
La opción correcta marca la diferencia ¿Hasta qué punto la herramienta de corte (HC) usada en las máquinas excavadoras incrementa la productividad en las obras de infraestructura o en las frentes de minas y canteras? Según afirman las empresas constructoras, mineras y sus principales fabricantes, la correlación entre el tipo de herramienta y la productividad del trabajo existe y se la demuestra en la práctica. Una empresa productora de mineral de hierro cliente de Sinto, por ejemplo, colocó un sistema de dientes más puntiagudos en los cucharones de las excavadoras y redujo tiempo del ciclo de trabajo. Marco Sasaya, gerente de ventas de repuestos fundidos del fabricante de HC, que prefiere mantener el nombre del cliente en secreto, explica que la forma de la herramienta redujo el tiempo de corte y retirada del material de 110 a 70 segundos. La reducción de tiempo puede parecer insignificante, pero proporciona un incremento significativo de productividad si se consideran los volúmenes producidos y el régimen de trabajo de las máquinas.
Foto: TBM
tores como a dureza, abrasividade, granulometria, grau de compactação e desagregação, peso específico, fluidez e escoamento figuram entre os itens a serem considerados. Como resultado, o especialista ressalta os ganhos que o usuário pode obter com menor consumo de combustível, ciclos de trabalho mais rápidos, maior vida útil dos equipamentos e menores custos de manutenção. Um exemplo desse ganho pode ser atestado pela mineradora Empresa Brasileira de Quartzo (EBQ), que há três anos substituiu os dentes originais de suas escavadeiras e carregadeiras pelos fornecidos pela Ecoplan. Como o minério lavrado pela empresa – o quartzo – se caracteriza pelo alto índice de dureza e abrasividade, a FPS usada apresentava uma vida útil média de 50 h, conforme explica o supervisor de manutenção da EBQ, Hertne de Faria. Com a mudança, ele constatou um aumento na durabilidade das peças para 80 h e, além de reduzir as paradas dos equipamentos para troca de ferramentas, com melhoria na sua produtividade, houve uma diminuição de
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
recomendadas para trabalhos em rochas ou minérios pesados. Os materiais utilizados na produção da FPS, assim como o processo construtivo e o design da peça, contribuem para determinar seu melhor desempenho em aplicações de alto impacto ou de elevada abrasividade, que exijam melhor penetração ou combinem a necessidade de atender esses fatores. O terceiro tipo de FPS para uso em
Dentes para escavadeiras, da Ecoplan
escavadeiras, segundo Cardia, compreende as pontas afiadas. “Elas conferem maior poder de desagregação em rochas e minerais, além de possibilitarem melhor penetração em solo argiloso”, diz ele. Esse tipo de FPS foi utilizado pela Sinto na readequação das operações da mineradora citada no início desta reportagem e, apesar de melhorar o tempo de ciclo na escavação, apresenta um nível de desgaste maior. Mesmo assim, a fabricante destaca suas vantagens em termos de economia de combustível e menor solicitação de força hidráulica por parte do equipamento. Por esses motivos, os especialistas ressaltam que a escolha da FPS adequada para cada tipo de equipamento e aplicação deve se basear numa análise da relação custo/benefício. Nas operações com carregadeiras, por exemplo, caracterizadas por impactos de nível baixo a médio,
“Antes de adquirir una HC es necesario conocer cuál será el factor de penetración adecuado, la abrasividad del material y el tiempo de uso de la máquina”, dice. Roberto Cardia de Oliveira, gerente de ventas de la empresa Metalúrgica Ecoplan, tiene la misma opinión y hace hincapié en la importancia de saber en qué tipo de suelo se trabajará para seleccionar correctamente las HC. Factores como dureza, abrasividad, granulometría, grado de compactación y desagregación, peso específico, fluidez y circulación son algunos de los parámetros que deben considerarse. Como resultado, el especialista destaca los beneficios que el usuario puede obtener gracias a la reducción del consumo de combustible, la optimización de los ciclos de trabajos, la mejora de la vida útil de la maquinaria y la reducción de los costos de mantenimiento.
Fotos: Sinto
FERRAMENTAS DE PENETRAÇÃO
mas com elevada abrasão devido ao contato com o solo – seja durante o carregamento ou pelo uso da caçamba para a limpeza do pátio – tais peculiaridades devem ser levadas em consideração. “Nesse caso, a ferramenta poderá ser reforçada na parte inferior para atingir maior vida útil”, complementa Cardia. Processo de produção Para oferecer aos usuários ferramentas mais resistentes ao desgaste (abrasão) e a quebras (impacto), os fabricantes desenvolvem novas ligas de aço e aperfeiçoam seus respectivos processos de tratamento térmico. No caso das peças fundidas, usadas na confecção de pontas, dentes e adaptadores, as ligas à base de aço, cromo, níquel e molibdênio se destacam pela resistência a esses dois quesitos. Já as peças laminadas podem ser confeccionadas em aço/ manganês com médio ou alto teor de carbono, conforme explica Ana Maria Gomes Faria, gerente comercial da TBM. Segundo ela, o tratamento térmico ao qual a FPS é submetida tem a função de aumentar sua dureza sem comprometimento da tenacidade do aço (resistência ao impacto). Para isso, ele passa por seguidas fases de aquecimento em fornos e resfriamento (normalização, têmpera e revenimento), para homogeneização de sua estrutura molecular e endurecimento superficial. “Na têmpera, definimos a temperatura de acordo com a espessura do material desejado
Sistemas de desmontagem e montagem da FPS
e, após seu resfriamento por imersão em água ou óleo industrial, ele segue para o revenimento.” A função dessa etapa é eliminar as tensões na estrutura do aço para assegurar maior resistência a impactos. Ao utilizar esse processo, a TBM produz ferramentas laminadas com dureza de até 480 HB (brinnel), utilizadas em motoniveladoras, tratores e demais equipamentos de terraplenagem. Os fabricantes de FPS à base de fundidos também adotam esse processo de tratamento térmico. “Quando submetidas ao revenimento, as peças atingem dureza em torno de 500 HB”, diz Cardia, da Ecoplan. A opinião é compartilhada por Emerson Faria, gerente de negócio da Esco Soldering, outra produtora de ferramentas de penetração. “Com isso, obtemos baixa dispersão pela estrutura e boa tenacidade, condições necessárias para que a peça atinja alta resistência à abrasão e ao impacto”, diz ele. Os especialistas ressaltam ainda que, nas operações sujeitas a elevado desgaste ou naquelas onde se busca melhor penetração, as pontas podem receber uma camada de solda MIG, com o uso de arame de carbeto de tungstênio. A solda deve ser aplicada na parte central de sua superfície, de forma a proteger essa área da peça enquanto suas laterais se desgastam durante a operação. Com isso, a FPS torna-se mais afiada com o tempo de operação e seu poder de penetração aumenta.
Foto: Esco Soldering
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
Tempo de fixação A preocupação com a maior produtividade no uso das FPS passa ainda pela redução no tempo de fixação dessas peças. Tradicionalmente, elas são encaixadas com solda de alta precisão ou mecanicamente, por meio de parafusos, travas e cunhas. Apesar da eficiência e confiabilidade proporcionadas pelo processo de soldagem, Marco Sasaya, da Sinto, destaca seu inconveniente. “Como as máquinas de solda de alta precisão são pesadas e implicam um custo alto de mobilização, são os equipamentos que se deslocam até a oficina para a troca da FPS, o que resulta em maior quantidade de horas paradas e impacto na produtividade”, diz ele. No caso do sistema mecânico, que utiliza pino e arruela para travamento, o especialista cita a complexidade nas montagens e desmontagens. “É mais difícil trabalhar com as duas peças, pois o profissional precisa montar o componente no adaptador da caçamba, por exemplo, e depois fixar o pino.” Como a montagem do pino é realizada por golpes de marreta, ele enfatiza a possibilidade de acidentes durante o serviço. Por esse motivo, a Sinto desenvolveu uma tecnologia de fixação com um conjunto de travas composto por apenas uma peça, que se aplica às lâminas que fazem a proteção à lâmi-
na-base, que fica soldada à caçamba, para preservar as partes frontal e inferior do implemento. Dessa forma, o desgaste durante a operação ocorre apenas nesse material de proteção, que é parafusado em segmentos na estrutura. Com isso, Sasaya afirma que as peças podem ser trocadas em minutos e a vida útil da lâmina-base aumenta em até seis vezes. Ao facilitar o sistema de troca da FPS, o sistema também evita a perda de produtividade pela redução da capacidade das caçambas. Afinal, o desgaste de uma lâmina bico de pato, durante uma operação extremamente abrasiva, reduz sua largura e diminui a área de ataque da caçamba, o que resulta em menor captação de material em um mesmo ciclo. A TBM também utiliza tecnologia semelhante para diminuir o tempo de fixação das FPS. “Entretanto, é preciso lembrar que os segmentos de proteção diminuem, mas não eliminam a necessidade de soldagem da lâmina-base, de modo que ela deverá sofrer as intervenções em oficina especializada, de acordo com o desgaste sofrido durante a operação”, conclui Ana Maria.
Esco Soldering: www.escosoldering.com.br Metalúrgica Ecoplan: www.metalurgicaecoplan.com.br Sinto: www.sinto.com.br TBM: www.tbm.com.br
93
GEOTECNOLOGIA
COMO PREPARAR A MÁQUINA PARA O
CONTROLE GPS Por Franco Brazílio Ramos (*)
A preparação de um equipamento de terraplenagem para o uso de sinais GPS (sistema de posicionamento global) no controle geométrico da execução de uma obra passa por várias etapas, que vão desde o projeto até a adaptação da topografia da obra. Há de se lembrar que, nesse caso, a adoção dessa tecnologia nada tem a ver com a proteção da máquina contra furtos ou com a telemetria das suas condições de operação e manutenção. Estamos falando de executar um projeto praticamente sem estaqueamento topográfico. Consideremos a construção de uma rodovia durante a fase de utilização dos materiais mais nobres, de implantação do pavimento e da drenagem superficial: o uso dessa tecnologia resulta em maior precisão e rapidez na execução da obra. Além disso, ela permite implantar os projetos geométricos tal como foram feitos pelas empresas projetistas, com alto nível de detalhamento e de maneira geometricamente perfeita, eliminando a necessidade de locação de estacas a cada 20 m.
94 |Junho | 2008
Novo fluxo de trabalho Tradicionalmente, as empresas projetistas fornecem os projetos gravados em mídia eletrônica para as construtoras, acompanhados de um determinado número de cópias em papel. Esses arquivos eletrônicos são, em sua maioria, documentos gerados exclusivamente para impressão e consulta – pranchas de desenho e memoriais de cálculo. Dessa forma, os projetos não trazem consigo toda a inteligência usada em sua confecção. A geometria tridimensional do projeto, com todas as suas curvas e rampas, é materializada pela topografia, por meio da cravação de estacas a grandes distâncias entre si (vários metros), cabendo ao construtor experiente a arte de “esculpir” uma rodovia geo-
metricamente precisa. Nesse caso, a aplicação de toda a ciência do projeto fica limitada pela habilidade de trabalhadores experientes, nem sempre disponíveis. Em uma obra cujas máquinas são controladas por sistemas GPS, a geometria tridimensional do projeto é disponibilizada centímetro a centímetro, segundo a segundo, durante a execução da terraplenagem e da pavimentação. O projeto Nesse artigo, utilizamos como exemplo um teste feito no lote 2 do trecho sul Rodoanel Mário Covas, na região da Grande São Paulo, que se encontra em fase de construção. Nessa obra, os projetistas colaboraram adotando um procedimento inverso ao habitual. Solicitados a fornecer o projeto da rodovia para gravação no computador de bordo dos equipamentos (sistema Machine Control), eles os entregaram como sempre fizeram: em arquivos eletrônicos de pranchas, no formato DWG, e memoriais de cálculo de ali-
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
nhamento, em formato PDF. Para a execução do serviço, entretanto, era necessária a geometria do projeto em um arquivo único, em três dimensões. Então, foi solicitado aos projetistas o fornecimento de um arquivo de texto com as coordenadas de determinado trecho da obra (X,Y,Z), para a geração do modelo digital do projeto em três dimensões, ou então um arquivo com o desenho tridimensional desse trecho, gerado em software gráfico. Conversações entre profissionais do departamento de projetos do Consórcio Arco-Sul (composto pelas construtoras Odebrecht e Constran), responsáveis pela obra, e técnicos da empresa Santiago & Cintra, que instalou o sistema de controle, levaram ao fornecimento dos arquivos tal como foram gerados em software de projeto, antes de sua transformação em documentos para impressão.
Nesse formato, o projeto pôde ser gravado no sistema de controle de máquinas e, a partir daí, iniciaram-se as simulações. Instalação Dentre as máquinas disponíveis na obra, um trator Komatsu D51 foi escolhido para os testes do sistema. A única restrição era uma placa de metal existente na lâmina do equipamento, que inviabilizava a instalação
do mastro da antena GPS em seu centro. Sua montagem nesse ponto é uma das recomendações de instalação, de forma a manter a simetria do sistema. Com isso, o receptor GPS determina a posição da antena GPS e o computador de bordo calcula a posição do corte da lâmina, em função da distância da antena a suas extremidades. Para solucionar o problema, optouse pela soldagem do mastro em posi-
Preparação para a instalação da antena na lâmina e sua ligação com o painel da máquina
GEOTECNOLOGIA
GEOTECNOLOGÍA Cómo preparar la máquina para el GPS
Projeto foi convertido em arquivo instalado no computador de bordo da máquina
ção inclinada, de modo que, mesmo com sua base fora do centro da lâmina, a antena GPS ficasse sobre esse ponto. Após esse procedimento, como o sistema 3Di é de natureza indicativa, sem interação com os comandos hidráulicos da máquina, sua instalação foi concluída com a passagem dos cabos de maneira que estes não fossem danificados durante a operação. A montagem consistiu na instalação de um cabo entre a antena GPS e o receptor GPS, localizado no interior da cabine, e de três cabos saindo deste receptor. Um deles seguia para o painel de controle, outro para a antena de rádio e o último para a bateria do trator, que alimentava o sistema. Correção e calibração Conforme explicado nos artigos publicados nessa coluna, nas edições anteriores de M&T, o uso de receptores GPS em aplicações de topografia passa por uma tecnologia de correção. Um receptor instalado sobre um marco topográfico de coordenadas precisas conhecidas é utilizado para corrigir constantemente as coordenadas determinadas pelo
Técnicos fazem a calibração do sistema
96 |Junho | 2008
receptor GPS móvel, que se encontra no trator. Além disso, o receptor GPS trabalha com coordenadas geodésicas (que consideram a esfericidade do planeta) e as obras normalmente usam um plano topográfico local como referência. Portanto, para que o GPS fosse utilizado, era necessário um trabalho de calibração, no qual se usa paralelamente uma estação total, que dá as coordenadas locais, e um GPS. A calibração consiste em programar o receptor GPS para trabalhar com valores locais, tais como os obtidos em levantamentos feitos com estações totais. Dessa forma o GPS “aprende” a, mesmo fazendo um levantamento geodésico, fornecer o valor da coordenada local, perfeitamente enquadrada na realidade da obra. Utilização Com o projeto gravado em 3D, no painel de controle, com a base instalada e fornecendo correções e com os receptores GPS calibrados e trabalhando no plano topográfico local, uma máquina de terraplenagem está pronta para executar cortes e aterros com controle geométrico a cada passo, além de executar até mesmo as locações topográficas. Na próxima edição de M&T, vamos abordar mais detalhes sobre a operação desse sistema e as aplicações dele e de outras tecnologias de controle existentes, como os sistemas tridimensionais comandados por estação total e niveladores laser para planos 2D.
(*) Franco Brazílio Ramos é engenheiro civil e gerente de produto da área Machine Control da empresa Santiago & Cintra.
Preparar una máquina de movimiento de tierra para que use señales GPS (sistema de posicionamiento global) en el control geométrico de la ejecución de una obra comprende diversas etapas, que van desde el proyecto hasta la adaptación de la topografía de la obra. Se debe tener en cuenta que, en ese caso, esta tecnología no tiene ninguna relación con el sistema anti-hurto para proteger la máquina o con la telemetría de las condiciones de operación y mantenimiento. Estamos hablando de ejecutar un proyecto sin necesidad de esperar el avance de la topografía en el estacado o colocación de guías. En el caso de la construcción de carreteras, el uso de esa tecnología redunda en una mayor precisión y rapidez en la ejecución de las obras. Permite, además, implantar los diseños topográficos tal como fueron concebidos por las empresas proyectistas, con un nivel de detalle superior y de manera geométricamente perfecta, lo que elimina la necesidad de colocar estacas cada 20 metros. De forma general, los proyectistas cargan los diseños de las obras mediante tarjetas de memorias, exclusivamente para impresiones o consultas. Es decir que no muestran toda la inteligencia usada en los proyectos. Debido a que la geometría tridimensional del diseño se materializa por la topografía, colocando estacas a grandes distancias entre sí, el constructor asume la responsabilidad de “esculpir” una carretera geométricamente precisa. En ese caso, la aplicación de toda la ciencia del proyecto está limitada a la habilidad de operadores experimentados, no siempre disponibles. En una obra, cuyas máquinas están controladas por sistemas GPS, se pueden ver en los monitores de las cabinas el modelo tridimensional del proyecto centímetro a centímetro, segundo a segundo, durante los trabajos de movimiento de tierra y pavimentación.
Fotos: Marcelo Vigneron
MANUTENÇÃO
PINOS E BUCHAS: CUIDADOS QUE AUMENTAM A VIDA ÚTIL O acompanhamento do desgaste de pinos e buchas, com sua troca e lubrificação nos momentos certos, contribui para o melhor desempenho do equipamento e a produtividade e segurança da operação
S
empre que se fala de manutenção de equipamentos móveis de construção, o assunto freqüentemente recai para os reparos de motores, de sistemas hidráulicos e de transmissão, entre outros grandes subconjuntos dessas máquinas. Esta edição de M&T vai tratar dos cuidados com componentes habitualmente relegados a segundo plano, embora trabalhem submetidos a esforços elevados durante todas as movimentações dessas máquinas: os pinos e buchas. Presentes em todos os pontos de articulação dos equipamentos – do
material rodante ao braço e lança, passando pelo eixo e a fixação do implemento – esses componentes exigem atenção quanto à lubrificação e o acompanhamento de seu estado de conservação e desgaste. Eles são projetados para suportar os esforços gerados durante as movimentações das máquinas, mas quando atingem um desgaste avançado, podem comprometer a suavidade e precisão desses mesmos movimentos ou até mesmo a integridade estrutural do conjunto. Quando o alojamento das buchas apresenta um nível de desgaste acima
do aceitável, sua superfície precisa ser reconstruída com solda e posterior mandrilamento – uma operação onerosa e demorada, que impacta no tempo de paralisação do equipamento. Essa prática é muito adotada no caso de máquinas importadas, cujas marcas não dispõem de estrutura de distribuição e de peças no País. No caso dos grandes fabricantes, entretanto, os kits de pinos e buchas estão disponíveis no mercado para troca, bastando ao usuário uma inspeção freqüente dessas peças por meio de um programa de manutenção pre-
97
Foto: Volvo
MANUTENÇÃO
Kit de pinos e buchas
ventiva, para sua substituição no momento certo. No caso dos materiais rodantes, as buchas são projetadas para ter sua posição girada periodicamente para maior aproveitamento, uma vez que o desgaste interno e externo das mesmas, assim como o do pino, ocorre apenas em um dos lados desses componentes. A adoção dessa prática amplia a vida útil da peça em cerca de 50%. Segundo especialistas, o giro de buchas nos materiais rodantes, dentro de uma programação de inspeções, pode aumentar sua durabilidade de 7 mil a 8 mil horas para cerca de 12 mil horas trabalhadas. No caso de esteiras lubrificadas, deve-se dar atenção
especial a eventuais vazamentos. O alinhamento do chassi, bem como do braço e lança dos equipamentos, também reduz o desgaste irregular de pinos e buchas em suas respectivas articulações. O desgaste de pinos e buchas pode ser detectado com a observação de folgas entre as peças, durante as inspeções regulares, apontando a necessidade de lubrificação ou até mesmo de troca desses componentes. Se a substituição das peças não for realizada em tempo, o usuário pode se deparar com um elevado custo de manutenção, devido ao comprometimento de outros componentes envolvidos, ou até mesmo com riscos de segurança na operação, dependendo do ponto em que os pinos e buchas estiverem instalados. A lubrificação freqüente de pinos e buchas, item fundamental nas paradas preventivas, ajuda a criar uma película de proteção no ponto de contato entre as peças, reduzindo o atrito entre elas e a contaminação com materiais abrasivos, como poeira, terra, água e outros. Alguns equipamentos contam com sistema de lubrificação centralizada, que aplica o fluído automaticamente nos pontos de atrito sem a necessidade de paralisação da operação. Em caso de desgaste acentuado em curtos períodos de tempo, deve-se analisar também se a graxa usada suporta as cargas envolvidas. Caso con-
trário, deverá ser especificada uma graxa que suporte maiores pressões. O ponto de equilíbrio será ditado pela relação custo-benefício. Processos de produção e reparo Para suportar os esforços aos quais serão submetidos, os pinos e buchas são produzidos segundo conceitos de engenharia de materiais e avançadas tecnologias de usinagem e tratamento térmico. De forma simplificada, podemos considerar que um pino sempre trabalha exposto a esforços de flexão, torção e cisalhamento. Uma bucha, por sua vez, quando estiver apoiando um pino, será naturalmente comprimida por ele. Além disso, quando houver movimentos rotacionais entre as duas peças, elas estarão sujeitas a atrito. Já os esforços de tração e compressão em pinos são menos usuais. Por esse motivo, quando o usuário parte para a reconstrução desses componentes, deve seguir os mesmos conceitos adotados pelos fabricantes no que se refere à qualidade dos materiais e dos processos de produção. O desrespeito a essa premissa pode resultar no baixo rendimento das peças, em danos a componentes mais valiosos e até mesmo em problemas relacionados à segurança da operação. Um pino fraturado durante o uso, por exemplo, poderá provocar sérios danos no equipamento.
Os especialistas recomendam... • A inspeção freqüente de pinos e buchas para acompanhamento de seu desgaste; • A lubrificação das peças nas paradas preventivas ou em períodos determinados pela severidade da operação; • O uso de graxa que suporte a pressão de trabalho do componente. Para mudanças de especificação, recomenda-se consultar fabricantes de produtos especiais; • No caso de material rodante, evitar o tensionamento excessivo da esteira, que compromete a vida útil de seus pinos e buchas, e reduzir a movimentação em marcha à ré ao mínimo necessário; • Cuidados na movimentação do equipamento, pois choques em seus braços e lanças afetam o alinhamento e durabilidade das peças; • A imediata troca dos pinos e buchas quando estes atingem um nível de desgaste acima do especificado pelos fabricantes.
98 | Maio | 2008
98 | Junho | 2008
MANUTENÇÃO TECNOLOGIA
Dependendo da severidade da aplicação, os pinos são produzidos com ligas especiais de aço, para reduzir sua massa (peso) e melhorar o rendimento de todo o equipamento, sem comprometimento do desempenho mecânico dessas peças. Outro fator importante na sua fabricação é o tratamento térmico, através do qual as características do material são alteradas para conferir maior resistência aos componentes. Um exemplo típico de tratamento térmico aplicado a um pino é o beneficiamento seguido de têmpera por indução. O beneficiamento tem a função de conferir maior resistência à peça em toda a sua massa, da superfície até o centro. Já a têmpera por indução eleva a dureza superficial do pino, de forma a aumentar sua resistência ao desgaste e a resistência da peça como um todo. As buchas também passam por tratamentos térmicos, com ênfase na resistência ao desgaste. Para isso, elas são submetidas a processos de têmpera por indução, de cementação ou outros que permitam elevar sua dureza superficial. Os especialistas destacam ainda como processos importantes na manufatura de pinos e buchas as etapas de torneamento, furação e retífica, assim como os tratamentos químicos superficiais adotados em alguns casos. Um exemplo desses últimos é a galvanização e a aplicação de filmes lubrificantes a seco.
Lufer Indústria Mecânica: www.lufer.com.br
TABELA DE CUSTOS
CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTOS COSTO POR HORA DE EQUIPOS Equipamento
Propriedade Manutenção
Mat. Rodante
Comb./ Lubr.
Total
Caminhão basculante articulado 6x6
R$ 64,46
R$ 47,42
R$ 11,19
R$ 30,66
R$ 153,72
Caminhão basculante fora de estrada 30 t
R$ 39,89
R$ 23,95
R$ 11,19
R$ 22,23
R$ 97,26
Caminhão basculante rodoviário 6x4 (26 a 30 t)
R$ 20,48
R$ 14,40
R$ 6,79
R$ 7,67
R$ 49,33
Caminhão basculante rodoviário 6x4 (36 a 40 t)
R$ 30,94
R$ 23,21
R$ 7,04
R$ 15,33
R$ 76,52
Caminhão comboio misto 4x2
R$ 17,44
R$ 11,92
R$ 3,24
R$ 5,21
R$ 37,82
Caminhão guindauto 4x2
R$ 18,67
R$ 12,80
R$ 3,24
R$ 5,21
R$ 39,92
Caminhão irrigadeira 6x4
R$ 21,56
R$ 13,60
R$ 6,79
R$ 3,99
R$ 45,94
Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³)
R$ 29,40
R$ 15,40
R$ 3,13
R$ 13,03
R$ 60,97
Carregadeira de pneus (2,5 a 3,5 m³)
R$ 44,20
R$ 22,73
R$ 10,49
R$ 18,40
R$ 95,82
Compactador de pneus para asfalto
R$ 40,00
R$ 12,98
R$ 3,72
R$ 15,33
R$ 72,03
Compactador vibratório liso / pé de carneiro (10 t)
R$ 41,60
R$ 13,35
R$ 0,55
R$ 23,00
R$ 78,49
Escavadeira hidráulica (20 a 22 t)
R$ 44,20
R$ 27,67
R$ 2,17
R$ 32,19
R$ 106,23
Escavadeira hidráulica (30 a 34 t)
R$ 81,25
R$ 50,07
R$ 4,01
R$ 45,99
R$ 181,32
Motoniveladora (140 a 180 hp)
R$ 49,98
R$ 29,40
R$ 3,74
R$ 26,06
R$ 109,18
Motoniveladora (190 a 210 hp)
R$ 49,00
R$ 29,00
R$ 3,49
R$ 30,66
R$ 112,15
Retroescavadeira
R$ 22,31
R$ 12,46
R$ 1,73
R$ 12,26
R$ 48,77
Trator agrícola
R$ 14,80
R$ 7,35
R$ 1,30
R$ 15,33
R$ 38,78
Trator de esteiras (100 a 120 hp)
R$ 57,09
R$ 29,55
R$ 2,87
R$ 19,93
R$ 109,44
Trator de esteiras (160 a 180 hp)
R$ 56,00
R$ 29,13
R$ 6,18
R$ 32,19
R$ 123,50
Trator de esteiras (300 a 350 hp)
R$ 138,13
R$ 71,07
R$ 19,60
R$ 56,72
R$ 285,52
Os valores acima, sugeridos como padrão pela Sobratema, correspondem à experiência prática de vários profissionais associados, mas não devem ser tomados como única possibilidade de combinação, uma vez que todos os fatores podem ser influenciados pela marca escolhida, local de utilização, condições do terreno ou jazida, ano de fabricação, necessidade do mercado e oportunidades de execução dos serviços. Valores referentes a preço FOB em São Paulo (SP). Maiores informações no site: www.sobratema.org.br.
100 | Junho | 2008
PERFIL
DAVID RODRIGUES
DE LOCADORA A DISTRIBUIDORA
DE GUINDASTES Ao completar 31 anos de existência, a cearense Makro Engenharia se prepara para ingressar no setor de distribuição ao trazer para o Brasil os guindastes da marca Sany, segunda maior fabricante chinesa de equipamentos para construção. Considerada uma das maiores empresas de transportes especiais e de içamentos de cargas do País, ela marca presença em praticamente todas as obras industriais de grande porte e de infra-estrutura do norte e nordeste do Brasil e, nos últimos anos, mantém um ritmo de crescimento na faixa de 30%. Nesta edição de M&T, o diretor comercial David Rodrigues detalha as estratégias da Makro para sua expansão e o ingresso na área de distribuição de guindastes. Ao lado do pai, Fernando Rodrigues, que preside a empresa, e dos irmãos Fernando Filho (diretor financeiro) e Rodrigo (diretor de suprimentos), ele dirige uma empresa com cerca de 300 equipamentos pesados para movimentação de cargas e transportes especiais. M&T – Como está o mercado de içamento de cargas e quais suas expectativas para este ano? David – Com os fortes investimentos em obras industriais, de mineração e infra-estrutura, crescemos uma média de 30% ao ano nos últimos tempos e devemos manter esse ritmo em 2008, por conta da expansão da mineradora Vale em Carajás, da implantação da MMX no Amapá, das inúmeras obras de hidrelétricas, dos projetos de geração eólica no Ceará, de usinas siderúrgicas e dos contratos com a Petrobras para apoio às montagens e desmontagens de sondas de petróleo no Rio Grande do Norte.
M&T – A empresa atua apenas no norte e nordeste do país? David – Não, também participamos de obras no sul, sudeste e centro-oeste, mas nessas regiões focamos basicamente os negócios da divisão heavy lift, voltada à locação de guindastes de grande porte, acima de 100 t de capacidade. Além da sede, em Fortaleza, contamos com filiais em Camaçari (BA), no Maranhão, Pará e Rio Grande do Norte, bem como representantes em vários estados do sul e sudeste. Obviamente, as obras de grande porte em nossa região representam o maior percentual dos negócios da empresa, mas também atuamos na locação de empilhadeiras, de manipuladores telescópicos, em transportes especiais e remoções técnicas. M&T – Com esse ritmo de crescimento, como a Makro dimensiona seu parque de equipamentos? David – Temos uma frota de cerca de 300 equipamentos de grande porte, entre caminhões, carretas para transportes especiais e guindastes de 20 a 550 t de capacidade, que opera com uma taxa de ocupação de 80% a 85%. Esse nível de uso do parque de equipamentos é preocupante e, para atender os contratos com os clientes, estamos investindo na aquisição de dois guindastes sobre esteiras de 400 t de capacidade e um de 250 t, além de um modelo de 600 t previsto para chegar no próximo ano. Também adquirimos carretas de 40 m e 43 m de comprimento para transportes
pesados, com a aquisição de 24 linhas de eixos que usamos na montagem de usinas eólicas no Ceará. M&T – Como atender essa necessidade, que é pressionada pela demanda, com a disponibilida-
101 10 1 01
PERFIL de de entrega dos fabricantes? David – Os prazos de entrega adotados pelos fabricantes nos novos pedidos estão muito longos e, para contornar esse problema, trabalhamos com um planejamento cuidadoso e com muita criatividade, inclusive na busca de novos fornecedores. Como o mercado de guindastes está aquecido mundialmente, compramos o que está disponível e isto acaba gerando uma diversificação na nossa frota, aumentando os custos operacionais devido à maior quantidade de peças que precisamos manter em estoque, aos diferentes controles e planos de manutenção de cada marca de equipamento. M&T – O que a empresa faz para contornar esse problema? David – Procuramos manter uma frota padronizada dento do possível, o que já conseguimos realizar na linha de guindaste de grande porte, onde predominam os equipamentos Liebherr e Manitowoc. A maior diversificação ocorre entre os guindastes leves e médios, mas vamos solucionar esse problema com o acordo assinado recentemente com a Sany, uma das maiores fabricantes chinesas de equipamentos para construção. M&T – Quais as bases desse acordo? David – Firmamos um contrato de exclusividade para a distribuição dos guindastes da Sany no Brasil e ainda este ano vamos trazer 30 unidades de até 60 t de capacidade, que são os com maior procura no mercado. Para o próximo ano, importaremos modelos maiores com lança treliçada e até 400 t. Por esse motivo, estamos investindo na aquisição de peças e na formação de profissionais para a assistência aos clientes e, além disso, a Sany já se estabeleceu no País com um escritório em São Paulo. M&T – Há choque de interesses no fato de a empresa atuar na locação e na distribuição de guindastes? David – Não, pois o mercado funciona assim nos Estados Unidos e em vários países. Mesmo no Brasil, observamos que os distribuidores dos grandes fabricantes também atuam no mercado de locação. Apostamos nesse novo ne-
102 | Junho | 2008
David ao lado do pai, Fernando Rodrigues, e dos irmãos Fernando Filho (esquerda) e Rodrigo (direita)
De empresa arrendadora a distribuidora de grúas Al cumplir 31 años de existencia, la empresa Makro Engenharia se prepara para entrar en el sector de distribución al traer al Brasil las grúas de la Sany, la segunda mayor empresa fabricante china de máquinas y equipos para la construcción. Considerada una de las empresas de transportes especiales y de movimiento de cargas pesadas más importantes del Brasil, está presente en prácticamente todas las obras industriales y de infraestructura de gran envergadura del norte y nordeste del país y, en los últimos anos, ha mantenido un ritmo de crecimiento promedio del 30% anual. En este número de M&T, el director comercial David Rodrigues habla sobre las estrategias de Makro para administrar un parque de unas 300 máquinas pesadas para el movimiento de cargas y transportes especiales. M&T – ¿Cómo está el mercado de movimiento de cargas y cuáles son sus expectativas para este año?
David – Debido a las fuertes inversiones en obras industriales, mineras y de infraestructura, hemos crecido, en promedio, el 30% anual
durante los últimos años, y debemos mantener este ritmo en 2008 gracias a la expansión de la empresa minera Vale, en Carajás, la implantación de la MMX, en el estado de Amapá, la gran cantidad de obras de centrales hidroeléctricas, los proyectos de generación eólica en el estado de Ceará, las plantas siderúrgicas y los contratos firmados con Petrobras para participar en el montaje y desmontaje de sondas de petróleo en el estado Rio Grande do Norte. M&T – ¿La empresa actúa solo en el norte y nordeste del Brasil?
David – No, también estamos presentes en obras en el sur, sureste y centro-oeste, pero en esas regiones nos centramos básicamente en los negocios de la división heavy lift, dedicada al arrendamiento de grúas de gran envergadura, con capacidad de carga superior a las 100 toneladas. Además de la sede, en Fortaleza, contamos con sucursales en los estados de Bahia (Camaçari), Maranhão, Pará y Rio Grande do Norte, y con representantes en algunos estados del sur y sureste del país.
PERFIL gócio, pois os guindastes da Sany são robustos, possuem menos itens de eletrônica embarcada e já foram testados com sucesso em aplicações severas na África, nos Emirados Árabes, Índia e demais países onde os clientes não dispunham de uma estrutura de suporte eficiente. M&T – Voltando ao negócio de locação, qual a filosofia da empresa na área de manutenção dos equipamentos? David – Tanto a sede, em Fortaleza, quanto as filiais são responsáveis pela gestão e manutenção de suas respectivas frotas, com a realização dos reparos mais corriqueiros. Em qualquer contrato com a mobilização de seis equipamentos ou mais, disponibilizamos um supervisor operacional qualificado que acompanha essas máquinas e seu plano de manutenção. Os serviços mais pesados, como reparos em motores e sistemas de transmissão, são terceirizados, mas não ocorrem com muita freqüência em nossas operações. M&T – Por quê? David – Como nossos guindastes operam em muitas localidades distantes da sede, mantemos uma frota com no máximo cinco anos de vida útil, que é
Com o mercado aquecido, compramos o que está disponível e a diversificação da frota acaba aumentando nosso custo operacional." o período no qual eles trabalham sem apresentar grandes problemas de manutenção. Além disso, nesse período eles estão cobertos pela garantia contratual dos fabricantes e ainda conseguimos vendê-los por um bom preço, já que esses equipamentos se encontram com poucas horas trabalhadas e em bom estado de conservação. M&T – Qual o item mais sensível na manutenção dos guindastes? David – Certamente é a eletrônica embarcada, pois ela é composta por componentes caros e que danificam com facilidade, como placas eletrônicas sensíveis à maresia, poeira e impactos. Como esses equipamentos são importados, temos problemas de disponibilidade de algumas dessas peças e deficiências de mão-de-obra, que não está capacitada para a manutenção dos sistemas eletrônicos dos guindastes atuais. M&T – Aliás, a qualificação da
mão-de-obra deve representar outro problema... David – Exatamente. Por esse motivo montamos um programa baseado na correta seleção dos profissionais, no seu treinamento e retenção por meio de um plano de carreira na empresa. Há dois anos começamos a recrutar nosso pessoal por meio de um contrato com a escola técnica de Fortaleza, que forma técnicos em mecatrônica, e os treinamos em algumas frentes básicas: operação de guindastes, plano de rigger, manutenção básica e avançada, como eletroeletrônica e outros sistemas das máquinas. Nosso grande desafio no momento é o de implantar a cultura do operador mantenedor, pois mesmo que esse profissional não faça a manutenção do equipamento, ele precisa conhecer seu funcionamento para detectar os problemas e diagnosticá-los para a manutenção.
Parques eólicos mobilizam equipamentos pesados Após participar da montagem de várias usinas eólicas, a Makro Engenharia firmou este ano um contrato com o grupo argentino Impsa, que detém licença para a instalação de 12 parques de geração eólica no Brasil, dos quais três serão no Ceará, totalizando a instalação de 75 aerogeradores. Os guindastes recém adquiridos pela empresa destinam-se à montagem desses parques, cujo início das operações está previsto para o segundo semestre de 2008. Recentemente, a empresa realizou o transporte de componentes para as usinas eólicas de Canoa Quebrada (CE), com o uso de carretas extensivas para a entrega de pás
104 | Junho | 2008
com 44 m de extensão, que figuram ente as maiores já movimentadas no Brasil. Os arogeradores de 80 t, conhecidos como Nacelles, também foram transportados por conjuntos de linhas de eixo especiais adquiridos recentemente pela em-
presa. O contrato incluiu ainda o gerenciamento de carga e descarga das peças, com a mobilização de guindaste com capacidade de 250 t e equipamentos de apoio, como caminhões guindauto e manipuladores telescópicos.
Duas décadas divulgando a evolução da tecnologia em equipamentos
OS BONS NEGÓCIOS FECHADOS NA M&T EXPO 2009 PODEM SER ANTECIPADOS. BASTA ANUNCIAR NA REVISTA M&T
LEIA NA PRÓXIMA EDIÇÃO (JULHO N° 115)
Vibro-acabadoras Soluções para obras de pavimentação
Minério de ferro Impacto das expansões na área de equipamentos
Transporte de equipamentos Tipos de carretas e suas aplicações
Obras ferroviárias Tecnologias de equipamentos para estradas de ferro
Manutenção Cuidados com motores elétricos
E mais: Reportagens com usuários de máquinas pesadas, entrevistas, custo horário de equipamentos e demais informações úteis para os profissionais de equipamentos e manutenção.
PROGRAME SEU ANÚNCIO www.sobratema.org.br – Fone: 11 3662-4159
ESPAÇO ABERTO
Protetor de mancais para operações severas O protetor de mancais Isomag, da empresa Flex-A-Seal, foi desenvolvido com o objetivo de aumentar a proteção à integridade do lubrificante e, por conseqüência, dos rolamentos usados em equipamentos rotativos. Com um princípio de vedação baseado em faces planas lapidadas, ele permite movimento axial entre os eixos e evita o vazamento de lubrificante ou sua degradação por contaminação proveniente do ambiente externo. Segundo o fabricante, o produto aumenta a vida média dos rolamentos em até 48 meses, além de ampliar o tempo médio entre falhas no conjunto mancal/rolamento. Ele é indicado para uso em equipamentos que operam em mineração, siderurgia, petroquímica, usinas sucroalcooleiras e de biodiesel, entre outras atividades. Nessas aplicações, a empresa ressalta que os rolamentos são projetados para durar 20.000 horas, mas a degradação de retentores e protetores de mancais pode resultar na contaminação do lubrificante, reduzindo em até 90% a vida útil dos componentes. ✎ www.flexaseal.com.br
Dispositivo controla abastecimento da frota O sistema KT-37C, desenvolvido pela empresa Korth, utiliza tecnologia RFID (identificação por radiofreqüência) para controlar o abastecimento de frotas de equipamentos em operação no campo. Com isto, ele possibilita melhor gestão do estoque de combustível, evitando desperdícios ou até mesmo o seu desvio. Dotado de memória para até 500 abastecimentos, ele é instalado em caminhões comboios, que ao final da operação transferem as informações para o banco de dados da empresa por tecnologia Bluetooth (sem fio), facilitando o gerenciamento de estoques e o planejamento dos próximos abastecimentos. O sistema inclui medidor de vazão, válvula de controle de combustível, GPS e coletor de dados. Além disso, um transponder é fixado no interior do tanque de cada equipamento da frota, com uma identificação única e não copiável, que é lida por radiofreqüência no instante do abastecimento. Então, o leitor envia um sinal para o sistema de controle e, se o veículo estiver cadastrado, a operação é liberada. Caso contrário, a bomba fica bloqueada, impossibilitando a saída de combustível. Segundo o fabricante, o sistema pode ser aplicado tanto em postos fixos de abastecimento como em unidades móveis. Ele é indicado para uso em agroindústrias, canteiros de obras e mineradoras. ✎ www.korth.com.br
106 | Junho | 2008
Hélice reversível facilita a manutenção da pá-carregadeira Para suportar o trabalho severo em usinas de açúcar e álcool, a Case Construction incorporou adaptações a suas pás-carregadeiras que conferem maior robustez aos equipamentos e facilitam sua manutenção. Os modelos 621D,721E e 821E contam com sistema de hélice reversível em sua versão canavieira, que permite a limpeza do radiador sem a necessidade de parada do equipamento. Também são equipados com pré-filtro de ar ciclônico para o motor e o sistema de ar condicionado, com filtro para o alternador e caçambas maiores, para a movimentação de materiais com menor peso específico, como o bagaço da cana-de-açúcar. “Em um sistema convencional, se considerarmos os 365 dias do ano, em três turnos de trabalho, seriam perdidos 22 dias com paradas para a limpeza do radiador da máquina”, afirma Andrew Heslop, especialista de produto da Case. Com a hélice reversível, ele explica que o serviço é feito automaticamente, sem a necessidade de paradas, proporcionando ganhos de produtividade e de vida útil aos equipamentos. As carregadeiras da linha canavieira também possuem abertura no chassi, para evitar o acúmulo de resíduos em locais como a proximidade do cilindro hidráulico dos braços. CARACTERÍSTICAS DA LINHA CANAVIEIRA 621D
721E
821E
11.789 kg 14.688 kg 18.573 kg Peso operacional 4 m3 5 m3 Capacidade de caçamba 2,3 m3 137 hp 195 hp 213 hp Potência do motor
✎ www.casece.com.br
Qualidade e Confiabilidade
Com a evolução chegou-se à perfeição A mais alta tecnologia Komatsu e de toda a indústria foi combinada para criar e produzir as novas PC200-8 e PC200LC-8. Escavadeiras hidráulicas mais robustas, mais produtivas, mais eficientes e eficazes, com maior conforto e segurança para o operador. Com a qualidade e a confiabilidade que só a Komatsu tem!
Potência Bruta PC200-8 PC200LC-8
Peso
(HP)
(kg)
155 155
21000 22400
1
Komatsu Brasil International - KBI - Fone: 0800 10 0080 - Consulte nossos distribuidores e visite nosso site: www.komatsu.com.br