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AREVIST
ESPECIAL INFRAESTRUTURA
A ROTA
PARA DECOLAR Além da transformação digital, a modernização dos aeroportos brasileiros depende dos novos leilões de ativos e do reequilíbrio
N
econômico-financeiro das concessões já existentes
os últimos anos, a transformação digital vem impactando diferentes setores. Em ritmo acelerado, os serviços vêm ganhando agilidade em várias áreas por meio da tecnologia, sem falar das necessidades criadas pela pandemia, que fez com que diferentes tendências fossem antecipadas. No setor aeroportuário, esse processo também ganha força. De acordo com Eduardo Carvalhaes, especialista em direito público e regulação do escritório Lefosse Advogados, o Brasil já dispõe de
aeroportos modernos nos grandes centros urbanos, mas há regiões importantes que ainda contam com infraestrutura defasada. “Há diversas oportunidades no setor”, avalia. “E não apenas no mercado primário (novas concessões), como também no secundário (aeroportos já concedidos) e no setor de serviços”. Prejudicado por gargalos estruturais e pela pandemia, o transporte aéreo tem um longo caminho a percorrer no Brasil. “Do ponto de vista macroestrutural, se os custos para o transporte aéreo permanecem elevados, os agentes econômicos
tendem a buscar alternativas”, diz André Luiz Freire, advogado do escritório Mattos Filho. Já do ponto de vista microestrutural, ele frisa, destaca-se a precariedade de alguns ativos, que possuem reduzida capacidade de processamento de passageiros e, eventualmente, encaram a falta de estrutura adequada para manuseio e desembaraço de mercadorias. “Igualmente, constata-se a baixa conexão dos aeroportos com outros modais, o que prejudica o trânsito de mercadorias que chegam por via aérea e são escoadas pelo país por
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