GASUM
MANUTENÇÃO
NOVOS COMBUSTÍVEIS
ATUALIZAM ROTINA DE CUIDADOS VEÍCULOS PESADOS DE CARGA MOVIDOS A BIODIESEL OU GÁS NATURAL JÁ SÃO UMA REALIDADE NO BRASIL, MAS A NOVIDADE TECNOLÓGICA EXIGE ADAPTAÇÃO E MANUTENÇÃO EM DIA PARA EVITAR PARADAS INESPERADAS
Por Marcelo de Valécio
C
om a demanda por baixas emissões, todos os setores buscam alternativas aos combustíveis fósseis, considerados os vilões das mudanças climáticas. Isso não é diferente no segmento de caminhões, no qual as novas tecnologias de controle de emissões seguem padrões cada vez mais rígidos. Em um futuro não muito distante, caminhões com motores híbridos, elétricos e a biocombustível estarão rodando pelas estradas mundo afora. Nesse cenário, a hegemonia do diesel deixará de existir no transporte de carga. O próprio diesel vem sofrendo mudanças, de forma a se tornar menos agressivo ao meio ambiente e ganhar sobrevida. Ao longo do tempo, o óleo vem tendo seu teor de enxofre substancialmente reduzido – no Brasil, passou do S500 (com mais de 500 ppm) para o atual S10 (10 ppm). Outro passo na direção de
tornar o diesel ambientalmente mais amigável foi a chegada do biodiesel, que passou a ser misturado ao óleo. O biodiesel é um produto renovável e, em geral, oriundo de óleos vegetais. Por essa razão, o dióxido de carbono emitido pela sua queima é considerado neutro, pois equivale à quantidade de dióxido de carbono consumido pela planta. “É um combustível que auxilia na redução dos gases de efeito estufa”, explica Marco Antonio Lassen, especialista de combustíveis da Raízen, licenciada da marca Shell. “Além disso, o biodiesel é isento de enxofre e, portanto, de emissões de óxidos de enxofre.” Assim como o biodiesel, o gás natural veicular – seja liquefeito (GNL) ou gasoso (GNV) – também é visto como uma opção interessante por ser um combustível mais limpo que o diesel, uma vez que emite menos poluentes e tem queima mais eficiente. Além disso, não
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