Revista M&T - Ed. 97 - Out / Nov 2006

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Revista M&T - Manutenção & Tecnologia

GESTÃO DE FROTAS

Quanto custa integrar a comunicação entre máquinas? GESTIÓN DE FLOTAS

N º 9 7 - O u t / N o v - 2 0 0 6 - w w w. s o b r a t e m a . o r g . b r

¿Cuánto cuesta implementar la comunicación entre máquinas?

MINA DE BRUCUTU

O desafio de operar uma planta em tempo integral MINA DE BRUCUTU

El desafío de operar una planta 24 horas por día, 350 días del año

nº97 - Outubro/Novembro - 2006

MOTORES

A resposta da indústria às exigências ambientais MOTORES

La respuesta de la industria a las exigencias medioambientales


CURRIPEÇAS


EDITORIAL

A contribuição da mineração ao setor de máquinas La contribución de la minería al sector de máquinas

Los teóricos de la nueva economía, que se apresuraron a pronosticar el fin de la era industrial basada en la tecnología de producción, y el inicio de un período en el que el valor de la riqueza se centraría exclusivamente en el conocimiento, no podrían estar más lejos de la realidad. En ese nuevo orden, explicaban esos especialistas, los sectores clásicos de la revolución industrial, como los de las industrias metalúrgica, siderúrgica, y petrolífera, por ejemplo, irían perdiendo terreno en beneficio de las empresas de telecomunicaciones y tecnología de la información. A ese respecto, se equivocaron, aunque la importancia de los avances de la comunicación en el proceso productivo es incuestionable. Después del pinchazo de la “burbuja de internet” se produjo una explosión de la demanda en los mercados emergentes, impulsada por el crecimiento vertiginoso de China. La expansión del consumo de commodities determinó la valoración de empresas que la nueva era económica consideraba como “patitos feos”. Como ejemplo se puede citar el caso de Compañía Vale do Rio Doce (CVRD), privatizada por 3.000 millones de dólares, que se ha convertido en la segunda empresa minera, en tamaño, del mundo y que cierra el 2006 con un valor de mercado de 50.000 millones de dólares. Por consiguiente, producir continúa siendo el resorte impulsor de la economía y, para el Brasil, un país de marcada vocación agrícola y rico en bienes naturales, esta combinación de factores tan favorable ha contribuido enormemente al incremento del superávit de su balanza de pagos. En la actual coyuntura, frente a la retracción de las inversiones públicas en infraestructura, los sectores vinculados a la construcción pesada se apoyan en la demanda de obras de la iniciativa privada, en especial de los exportadores. Esta edición de M&T refleja la nueva “época de oro” de la actividad minera brasileña. Además de la mina de Brucutu, inaugurada por CVRD como el complejo minerometalúrgico más importante del mundo en lo que se refiere a la capacidad inicial de producción, existen algunas decenas de proyectos en gestación, entre ellos el megaemprendimiento de MMX, en fase de construcción, que cuenta con un presupuesto de 3.600 millones de dólares. CVRD, una empresa de clase mundial, no se limita a aplicar los estándares internacionales de excelencia apenas en los procesos productivos y de logística. La gestión de flota de equipos también cumple con rigurosos estándares de eficiencia que, para atender la demanda de producción, trabaja de forma ininterrumpida las 24 horas del día, los 365 días por año. En consecuencia, los programas de mantenimiento y los sistemas de monitoreo de las máquinas han alcanzado niveles de sofisticación imposibles de imaginar hace algunos años. El sector minero sigue innovando y, una vez más, brinda a los usuarios de equipos de la construcción civil y del agronegocio su valiosa contribución.

Os teóricos da nova economia, que se apressaram em vaticinar o término da era industrial calcada na tecnologia da produção, para o início de um período cujo valor da riqueza se concentra exclusivamente no conhecimento, não poderiam incorrer em erro mais fragoroso. Nesse novo arranjo, diziam tais especialistas, setores que ocuparam o centro da revolução industrial, como as indústrias de mineração, siderurgia e petróleo, por exemplo, cederiam espaço em importância para empresas de telecomunicações e de tecnologia da informação. Nesse ponto, erraram profundamente, embora a importância dos avanços da comunicação no processo produtivo seja inquestionável. Ao estouro da “bolha da internet” seguiu-se a explosão de demanda nos mercados emergentes, capitaneada pelo crescimento desenfreado da China. E a expansão do consumo das commodities impulsionou a valorização de empresas antes consideradas como “patinhos feios” na nova era econômica. Tomando-se um exemplo mais próximo, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), privatizada por US$ 3 bilhões, saltou para a condição de segunda maior mineradora do mundo e encerra 2006 com um valor de mercado de US$ 50 bilhões. Portanto, produzir continua sendo a mola propulsora da economia e, para um país com vocação para a agricultura e bens naturais, isto não

poderia resultar numa combinação de fatores mais benéfica, como demonstram os crescentes saldos positivos na balança comercial brasileira. Num cenário marcado pela retração de investimentos públicos em infra-estrutura, a construção pesada apóia-se na demanda por obras da iniciativa privada, em especial os setores exportadores. Esta edição de M&T reflete a nova fase de ouro da mineração brasileira. Além da mina de Brucutu, inaugurada pela Vale como maior complexo mínero-metalúrgico do mundo em capacidade inicial de produção, o setor conta com algumas dezenas de projetos em gestação, entre eles o megaempreendimento da MMX, orçado em US$ 3,6 bilhões, já em fase de implantação. Como empresa de classe mundial que é, a Vale não se limita a adotar padrões globais de excelência apenas aos processos produtivos e de logística. Tais parâmetros de eficiência também se reproduzem na gestão da frota de equipamentos que, para atender à demanda de produção, precisa trabalhar em tempo integral, ao longo de 24 horas por dia e 365 dias por ano. Com isto, os programas de manutenção e sistemas de monitoramento das máquinas atingem patamares de sofisticação não imaginados alguns anos atrás. E esta talvez seja mais uma contribuição da mineração brasileira aos demais usuários de equipamentos, como construtoras e empresas de agronegócios.


EXPEDIENTE

SUMÁRIO Capa: Mina de Brucutu, recém-inaugurada pela CVRD (Fotos/CVRD)

Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção Diretoria Executiva e Endereço para correspondência: Av. Francisco Matarazzo, 404 – cj. 401 – Água Branca São Paulo (SP) – CEP 05001-000 Tel.: (55 11) 3662-4159 – Fax: (55 11) 3662-2192 Comitê Executivo

Presidente: Afonso Celso Legaspe Mamede Vice-Presidente: Benito Francisco Bottino Vice-Presidente: Carlos Fugazzola Pimenta Vice-Presidente: Ivan Montenegro de Menezes Vice-Presidente: Jader Fraga dos Santos Vice-Presidente: Jonny Altstadt Vice-Presidente: Lédio Augusto Vidotti Vice-Presidente: Luiz Carlos de Andrade Furtado Vice-Presidente: Mário Sussumu Hamaoka Vice-Presidente: Múcio Aurélio Pereira de Mattos Vice-Presidente: Octávio Carvalho Lacombe

Diretoria Técnica

Augusto Paes de Azevedo (Caterpillar) - Carlos Arasanz Loeches (Eurobrás / ALEC) - César Schmidt (Liebherr) Christopher Ian Podgorski (Scania) - Edson R. Del Moro (Engepar) - Eduardo M. Oliveira (Santiago e Cintra) Egberto Rosa Campos (Sersil) - Eurimilson João Daniel (Escad) Franz Treu (Atlas Copco) - Gilberto Leal Costa - Gino Raniero Cucchiari (CNH) - João Lazaro Maldi Jr. (CCCC) - João Ney P. Colagrossi (Metso) - Luis Afonso Pasquotto (Cummins) - Luis Gustavo Pereira (Tracbel) - Marcos Bardella (Brasif) - Mario Humberto Marques (Andrade Gutierrez) - Nathanael P. Ribeiro Jr (Multieixo / Randon) - Nelson Costábile Barros (Constran) - Paulo Gama (Goodyear) - Paulo Lancerotti (Sotreq) - Permínio A. Maia de Amorim Neto (Getefer) - Ramon Nunes Vasquez (Mills) - Silvimar Fernandes Reis (Galvão Engenharia) - Valdemar Shinhiti Suguri (Komatsu) - Vicente Bernardes - Vicente Cracasso (Equisul) - Yoshio Kawakami (Volvo)

Diretor Regional

Petrônio de Freitas Fenelon (MG) VPS Engenharia e Estudos Wilson de A. Meister (PR) Ivaí Engenharia de Obras S/A Jose Luis P. Vicentini (BA) Terrabrás Terraplanagem do Brasil S/A Laércio de F. Aguiar (PR) Construtora Queiroz Galvão S/A Antonio Almeida Pinto (CE) Construtora Queiroz Galvão S/A

Revista M&T - Conselho Editorial

Presidente: Lédio Augusto Vidotti Membros: Benito F. Bottino, César A. C. Schmidt, Cláudio Schmidt, Eduardo M. Oliveira, Gino R. Cucchiari, Leonilson Rossi, Luiz C. de A. Furtado, Rosa B. Moraes, Mário H. Marques, Agnaldo Lopes, Paulo O. Auler Neto, Permínio A. M. de Amorim Neto, Pedro Luiz Giavina Bianchi, Silvimar F. Reis. Gerente Geral: Hugo José Ribas Branco Produção Gráfica: DSGE Editor: Haroldo Aguiar Traduções: Maria Del Carmen Galindez Publicidade: Sylvio Vazzoler e Roberto Prado A Revista M&T - Manutenção & Tecnologia é uma publicação dedicada à tecnologia, gerenciamento, manutenção e custos de equipamentos. As opiniões e comentários de seus colaboradores não refletem, necessariamente, as posições da diretoria da SOBRATEMA. Tiragem: 12.000 exemplares. Circulação: Brasil, América Latina e USA. Periodicidade: bimestral. Impressão: Prol Filiado à:

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Mineração

Minería Os desafios da Vale em Brucutu Los desafíos de Vale en Brucutu Mina de ferro emprega frota dimensionada para produzir 24 horas por dia e 365 dias por ano La flota de equipos de la mina de hierro está calculada para trabajar 24 horas por día, 365 días del año

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Mineração

Minería Toque de Midas no sertão brasileiro Toque de Midas en el semiárido brasileño MMX inicia projeto de US$ 3,6 milhões para instalar um sistema integrado de minas de ferro, usinas de semi-acabados e logística MMX emprende proyecto de 3.600 millones de dólares para construir un sistema integrado de minas de hierro, plantas de semiacabados y logística

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Gestão de Frotas

Gestión De Flotas O custo da comunicação integrada Costos de la comunicación integrada Normatização para a interface entre sistemas embarcados de diferentes máquinas agrícolas expõe divergências na indústria Estandarización de interfaces de sistemas incorporados a diferentes máquinas agrícolas muestra las divergencias que existen en la industria

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Transmissão

Transmisión Máximo aproveitamento da potência Aprovechamiento óptimo de la potencia Novos equipamentos incorporam soluções que potencializam a transferência de torque com ganhos de rendimento e de consumo Nuevos equipos incorporan soluciones que potencian la distribución del par motor con lo cual se optimiza el rendimiento y el consumo

Motores Diesel

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Motores Diesel Tecnologias para um futuro mais limpo Adelantos tecnológicos para lograr un futuro más limpio Combustíveis alternativos e tecnologias para redução de emissões impulsionam uma nova geração de motores Combustibles alternativos y tecnologías avanzadas que reducen emisiones estimulan el desarrollo de una nueva generación de motores


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Comboios de lubrificação

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Camiones para lubricación Quando a frota não pode parar Las máquinas no pueden parar Novos modelos incorporam itens de maior produtividade e qualidade no abastecimento das máquinas em campo Nuevos modelos cuentan con componentes que mejoran la productividad y la calidad del servicio prestado a las máquinas en campo

Ferramentas de Penetração

Herramientas de corte Resistência a toda prova Resistencia incomparable Soluções de design, novas ligas e tecnologias de tratamento térmico ampliam a vida útil das ferramentas de penetração de solo (FPS) Soluciones de diseño, nuevas aleaciones y tecnologías de tratamiento térmico prolongan la vida útil de las herramientas de corte

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Pavimentação

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Pavimentación Estradas on-road para caminhões off-road Caminos on-road para camiones fuera de carretera Estudo apresenta solução ecológica e de baixo custo para rodovias vicinais e pistas de acesso a minerações Estudio aporta soluciones ecológicas y económicas para caminos vecinales y de acceso a las minas

Opinião do usuário

Opinión del usuario Produtividade confirmada em campo Productividad demostrada en campo Construtoras comprovam os ganhos de custo e de produtividade proporcionados pela escavadeira 330D L e a série H das carregadeiras 950 Empresas constructoras reducen costos y mejoran la productividad gracias a la excavadora 330D L y a las cargadoras 950 de la serie H

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Internacional

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Internacional Indústria européia debate o mercado global de máquinas Industria europea debate el mercado mundial de máquinas Sobratema marca presença no congresso CECE 2006, em Cannes, apresentando a experiência latino-americana no intercâmbio de informações sobre o setor Sobratema participó en el congreso CECE 2006, en Cannes, donde habló sobre la experiencia latinoamericana en el ámbito del intercambio de información en el sector

SEÇÕESSECCIONES

.............................................................................................................................. 06 Tabela de CustosTabla de Costos ........................................................................................................ 60 Espaço AbertoEspacio Abierto ........................................................................................................... 64 NotasNotas

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NOTAS

Pesquisadora propõe norma para pavimentação Uma tese de doutorado defendida na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) pode servir de embrião para novas normas em pavimentação de estradas no Brasil. A expectativa é de Márcia Aps, autora do trabalho e chefe da seção de Vias Terrestres e Estruturas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Segundo ela, órgãos como o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT) e Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) já demonstraram interesse pelo assunto. A pesquisadora avaliou doze tipos de misturas asfálticas usadas no Brasil, classificando cada uma delas de acordo com o International Friction Index (IFI), índice que mede o atrito e a textura do pavimento. Dessa forma, ela criou sete faixas de classificação para as pistas (péssimo, muito ruim, ruim, regular, bom, muito bom e ótimo), de acordo com a segurança que proporcionam ao usuário em aderência. Márcia ressalta que as normas brasileiras especificam apenas a textura do pavimento e seu atrito fica no campo das recomendações. “A questão da aderência, que garante segurança contra acidentes, é o resultado desses dois itens.” O IFI é um índice obtido medindose a microtextura e a macrotextura da

pista. A primeira depende da aspereza dos agregados e a macrotextura, por sua vez, está ligada a sua granulometria. “A combinação desses fatores resulta em quatro tipos de textura do pavimento: a rugosa e aberta; rugosa e fechada; polida e aberta; e polida e fechada. As pistas mais seguras são as que têm a textura rugosa e aberta”, observa Márcia. Não há estudos precisos sobre o assunto no País, mas calcula-se que a maior parte do concreto asfáltico usado no Brasil é

do tipo liso (polido e fechado). “Nesse tipo de pista, quando molhada, um carro a 80 km/h de velocidade pode precisar de até 147 m de frenagem para parar; num pavimento áspero (rugoso e aberto) essa distância diminui para cerca de 43 m.” Além da maior segurança proporcionada pelos índices de aderência, principalmente em dias de chuva, ela ressalta que pavimentos ásperos apresentam menor aqüaplanagem (formação de lâmina d’água entre a pista e o pneu) e efeito spray .

Instituto Opus visita Carajás A convite da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), o diretor do Instituto Opus, Wilson de Mello Júnior, visitou a mina de Carajás (PA) em companhia de Oswaldo Antonio Biltoveni, instrutor da entidade em cursos de operação de guindastes. A visita ocorreu em outubro, quando eles tiveram a oportunidade de se reunir com Daniel da Costa Morais, coordenador de Suporte Operacional da CVRD, com o objetivo de discutir a viabilidade da implantação de cursos para operadores de equipamentos dessa unidade. O Instituto Opus é mantido pela Sobratema, para promover o aprimoramento profissional nos setores de construção e mineração.

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CATERPILLAR


NOTAS

Pesquisa estimula projetos de mineração em MG

Exército amplia participação em obras Com 11 batalhões espalhados pelo Brasil e cerca de 6 mil militares trabalhando em projetos de rodovias, portos e aeroportos, o Exército Brasileiro poderia figurar entre as maiores “construtoras” do País. Afinal, a corporação já responde por mais de 6% dos investimentos federais em infra-estrutura, marcando presença em 28 obras de Norte a Sul, que somam um valor total de R$ 805 milhões. A corporação rejeita o rótulo de “construtora”, destacando que tal linha de atuação destina-se ao adestramento da tropa ou a contribuir com o País em situações de emergência. Quando impasses judiciais, durante a licitação, colocaram em risco o cronograma da duplicação de 142,5 km da BR-101, no Nordeste, o Exército assumiu essa empreitada que figura atualmente como maior obra de transporte em execução no País. Para isto, a instituição ofereceu descontos

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de até 18% sobre o preço máximo de referência licitado pelo governo. Além desse projeto, o Exército atua na restauração da BR-324 (BA), na pavimentação da BR-030 (MG), na construção dos aeroportos de Marabá (PA) e São Gonçalo do Amarante (RN), bem como em obras nos portos do Rio Grande (RS), São Francisco (SC) e Parintins (PA). Com isto, suas receitas com projetos de infra-estrutura atingiram a marca de R$ 405 milhões em 2005, ano em que a corporação investiu R$ 110 milhões na modernização de sua frota de equipamentos de construção.

Por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), o governo mineiro concluiu, em outubro, o levantamento aerogeofísico de uma área de 41 mil km2 ao Norte do Estado, com a detecção de anomalias que podem representar a ocorrência de metais básicos, como níquel, além de berílio e pedras preciosas como topázio e turmalina. “Infelizmente o Brasil investe pouco em pesquisa mineral e, para cada R$ 1 aplicado nesse tipo de atividade, cerca de R$ 5 retornam em projetos de mineração”, diz Wilson Brumer, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico. O levantamento aerogeofísico representa a primeira etapa da pesquisa mineral, à qual se seguem as perfurações de sondagem e ensaios para confirmação das reservas de minério e para produção em escala industrial. Segundo Brumer, o projeto está consumindo investimentos de R$ 7,8 milhões, numa parceria com a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), ligada ao Ministério de Minas e Energia (MME). O objetivo é mapear 33% do território mineiro até o final de 2008. No Sul do Estado, outro lote de 69 mil km2 de área está sendo submetido a aerolevantamento, para disponibilizar tais informações aos investidores interessados em prosseguir nas pesquisas. “Quando realizamos esse tipo de trabalho em Goiás, os requerimentos no Estado saltaram de 200 para cerca de 1.000 por ano”, pondera Cláudio Scliar, secretário de mineraçãodo MME.


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NOTAS

Locar adquire maior guindaste do País Um guindaste de 1,5 mil t de capacidade vai figurar entre os destaques do estande da Liebherr em Bauma, prevista para realizar-se em Munique, Alemanha, entre 23 e 29 de abril de 2007. A novidade é que o equipamento será entregue, durante a feira, à empresa brasileira Locar, especializada em serviços de locação e movimentação de cargas. Com a aquisição desse guindaste, um modelo LR 11350, sobre esteiras, a empresa reforça sua posição para disputar contratos em obras de refinaria de petróleo, usinas siderúrgicas, plantas de papel e celulose e mineração. Líder no mercado brasileiro de içamento de cargas, com uma frota em torno de 200 equipamentos, a Locar planeja encerrar 2006 com um faturamento de R$ 150 milhões e já avança suas operações em direção a países da América Latina e África. O novo modelo passa a figurar como maior guindaste em operação no Brasil, superando a marca de outro guindaste, também da Liebherr, com capacidade para 1.000 t de carga

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Senai investe em simulador para treinar operadores Com investimentos de R$ 2,8 milhões, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) da Bahia inaugurou, em outubro, novas instalações para a oferta de cursos de aperfeiçoamento profissional e de suporte tecnológico a diversos segmentos industriais. Localizadas na unidade de Dendezeiros, em Salvador, elas contam com áreas para treinamento e laboratórios de ensaios destinados aos segmentos alimentício, moveleiro, têxtil e de construção civil. Nesse último setor, a entidade passa a contar com um laboratório para ensaios físicos e verificação de qualidade dos materiais, em especial produtos cerâmicos (telhas, tijolos e outros). O destaque da unidade Dendezeiros, entretanto, é a área de treinamento para operadores de máquinas industriais e de construção. “Abandonamos os cursos de prateleira e estamos desenvolvendo opções adequadas às necessidades do empresário”, diz Jair Santiago Coelho, gerente dessa área. Para atender as exigências da indústria de papel e celulose em instalação na Bahia, por exemplo, ela treina operadores de máquinas florestais, como harvesters (cortadoras de toras) e forwarders (carregadoras de caminhões). O detalhe é que as aulas são ministradas em simuladores controlados por joystick, que reproduzem a cabine do equipamento e seus comandos, permitindo a familiarização do aluno com segurança. Ao todo, são 17 simuladores importados do Canadá, que possibilitam também a realização de cursos para operação de escavadeiras, carregadeiras, guindastes e gruas. Como estão instalados em uma unidade móvel, as aulas podem ser ministradas em regiões distantes, na planta do cliente. A unidade Dendezeiros do Senai oferece cursos para operadores de empilhadeiras, pontes rolantes e guindauto, entre outros, atendendo empresas como a Aracruz, Veracel, Suzano, Braskem, Odebrecht, Petrobras e Ford.


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LIEBHERR


MINERAÇÃO REF. 104

Mina opera com sete frentes, localizadas em distâncias máximas de 2 km da britagem

OS DESAFIOS DA VALE EM BRUCUTU Projetada para movimentar 55 milhões t/ano de materiais, entre minério de ferro e estéril, mina de Brucutu conta com frota de equipamentos e sistema de manutenção dimensionados para uma produção ininterrupta, 24 horas por dia e 365 dias por ano Por Haroldo Aguiar

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Em meio ao turbilhão provocado pela compra da canadense Inco pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), que transformou a empresa brasileira na segunda maior mineradora do mundo – ela já ocupava a liderança absoluta no segmento de minério de ferro – a inauguração da mina de Brucutu, em outubro último, poderia passar despercebida. Poderia, mas não foi o que aconteceu diante dos números envolvidos no projeto. Localizado em São Gonçalo do Rio Abaixo, no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais, o empreendimento nasce como maior complexo mínerometalúrgico do mundo em capacidade inicial de produção. A CVRD investiu US$ 1,1 bilhão para instalar

uma mina e usina de beneficiamento com capacidade para 30 milhões t/ ano de minério de ferro, a ser atingida a partir de 2008. Para se ter uma idéia, Carajás, que atualmente produz 85 milhões t/ano, começou com tímidos 6 milhões t. Em sua primeira etapa, Brucutu vai beneficiar 12 milhões t/ano, saltando para 23 milhões t em 2007. Atualmente o complexo encontra-se em fase de testes e comissionamento, mas ainda este ano deve contribuir com as metas de produção da Vale de 253 milhões t de minério de ferro, incluindo suas demais minas e empresas do grupo, como a Samarco e Minerações Brasileiras Reunidas (MBR). “Uma planta desse porte costuma levar um ano para atingir


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

seu pico e estamos trabalhando para reduzir esse prazo”, diz Roger Agnelli, presidente da CVRD. Perfil da mina Os testes para otimização das operações não se resumem apenas aos equipamentos estacionários da planta de beneficiamento, como britadores e usina de concentração. Eles também incluem as máquinas usadas na mina em serviços de escavação, carregamento e transporte. Afinal, essa frota foi dimensionada para trabalhar em regime ininterrupto, ao longo de 24 horas por dia e 365 dias por ano. Segundo Fernando Carneiro, gerente geral das Minas Centrais da CVRD, que além de Brucutu incluem as plantas de Gongo Soco, Água Limpa e Andrade, essa frota foi dimensionada de acordo com os volumes de produção previstos e o perfil da mina. “Como a relação estéril/minério é baixa, da ordem de 0,4, vamos trabalhar a maior parte do tempo no corpo mineral; devido às características desse material, que é muito friável, os maiores volumes de desmontes serão realizados mecanicamente, com pouco uso de perfuração e explosão”, diz ele. Com reservas de 737 milhões t de minério de ferro – que podem ampliar mediante pesquisas e sondagens Pátio de minérios: estocagem antes do carregamento para o porto

em andamento – a mina de Brucutu será explorada em bancadas de 10 m de altura, localizadas em distâncias máximas de 2 km até a britagem. Quando atingir plena capacidade, ela deverá movimentar cerca de 55 milhões t/ano de material, entre minério e estéril, com o uso de uma frota de cinco pás-carregadeiras 994F, equipadas com caçamba de 17,5 m³, e 14 caminhões 793, versões C e D, operando em tempos de ciclo de 25 minutos cada um. Segundo Carneiro, uma das carregadeiras deve trabalhar exclusivamente na remoção de estéril, juntamente com uma escavadeira hidráulica RH340, fornecida pela O&K. “Devido às características de coesão e pequena resistência à compressão desse material, optamos por equipamentos cujo peso represente baixa pressão sobre o solo e sem comprometimento à elevada demanda de produção.” A escavadeira escolhida tem 550 t de peso operacional e caçamba de 28 m³. Caixa preta das máquinas A largura mínima das praças de trabalho em Brucutu é de 70 m e a dos acessos de 40 m, com raios de curvatura sempre inferiores a 70 m. Nesse teatro de operações, que se desenvolve em sete frentes de lavra, o gerenciamento da frota de

MINERÍA Los desafíos de Vale en Brucutu En medio del torbellino de acontecimientos que se produjo cuando la Compañía Vale do Rio Doce (CVRD) adquirió la empresa canadiense Inco – la empresa brasileña, que ya ha alcanzado el liderazgo absoluto en el sector de mineral de hierro, se ha convertido en la segunda mayor empresa minera del mundo –, la inauguración de la mina de Brucutu, en octubre pasado, hubiera pasado desapercibida sino fuera por las cifras que contemplan el proyecto. El emprendimiento, que está ubicado en Cuadrilátero Ferrífero del Estado de Minas Gerais, nace como el complejo minerometalúrgico más importante del mundo en lo que se refiere a la capacidad inicial de producción. CVRD ha invertido 1.000 millones de dólares para explotar la mina e instalar una planta con capacidad de procesar un máximo de 30 millones toneladas de mineral de hierro por año, a partir del 2008. Para dar una idea de la magnitud del proyecto, Carajás, que actualmente produce 85 millones de toneladas por año, producía tan solo 6 millones de toneladas cuando se comenzó su explotación. En una primera etapa Brucutu procesará 12 millones de t/año, pero para el 2007 procesará 23 millones de toneladas. Actualmente el complejo se encuentra en período de pruebas y puesta en servicio, pero aún así, la producción de este año permitirá que CVRD alcance la meta de producción establecida de 253 millones toneladas de mineral de hierro. "Una planta de este tipo suele tardar un año para alcanzar la capacidad plena de producción, pero nosotros estamos trabajando para acortar este plazo", dice Roger Agnelli, presidente de CVRD. Los estudios y ensayos de optimización de las operaciones no se limitan tan solo a los equipos estacionarios de la planta de procesamiento – como trituradores y planta de concentración –, sino también a las máquinas usadas en la mina para las faenas de excavación, carga y transporte. Al fin de cuentas, los equipos fueron dimensionados para trabajar de forma ininterrumpida las 24 horas del día, 365 días por año, lo

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MINERAÇÃO

Frota customizada Os caminhões 793D fornecidos pela Caterpillar contam com caçamba desenvolvida para operações na mina de Brucutu. Denominada de Mine Specific Design (MSD), ela permite que um equipamento dimensionado para o transporte de 218

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que representa un total de 7000 h/año de operación, con una disponibilidad promedio del 80%. La explotación de Brucutu – que cuenta con reservas de 737 millones de toneladas de mineral de hierro, aunque estas pueden ser mayores como apuntan los estudios y sondeos que se llevan a cabo en la mina – se realizará a cielo abierto, por bancos de 10 m de altura que distarán, como máximo, 2 km de la planta de trituración. Cuando la mina alcance su capacidad plena de producción generará aproximadamente 55 millones t/año de material, entre mineral de hierro y estéril. La explotación demandará una flota compuesta por cinco palas cargadoras 994F, equipadas con cucharones de 17,5 m³, y 14 camiones 793, versiones C y D, que trabajará en ciclos de 25 minutos.

Caminhões contam com caçamba desenvolvida para operar na mina

Foto: Alisson J. Silva

carregamento e transporte contará com sistema de despacho eletrônico e monitoramento em tempo real. “Além de otimizar a produção de acordo com as exigências da planta de beneficiamento em relação às especificações do material a ser escavado, esse sistema acompanha os sinais vitais da máquina, permitindo uma postura preditiva nas manutenções.” Cada máquina pode contar com até 300 sensores, dependendo de seu porte, que monitoram funções como o nível de óleo, pressão hidráulica, vibrações, sistema de transmissão, motor e outros. Com base em parâmetros pré-estabelecidos de excelência, qualquer variação pode representar uma falha futura de algum componente, permitindo antecipar sua troca antes do problema atingir maiores dimensões. Batizado de Vital Information Management System (VIMS), esse sistema fornecido pela Caterpillar constitui uma verdadeira “caixa preta” e permite acompanhar a qualidade da operação, identificando falhas na troca de marcha ou excesso de velocidade, entre outras. As informações prioritárias trafegam sobre uma rede de telemetria montada na mina e são monitoradas on line, a partir de uma sala de controle. Dados mais detalhados, no entanto, podem ser obtidos conectando um notebook ao sistema de eletrônica embarcada dos equipamentos. Tal cuidado se justifica em função dos volumes previstos de produção, que devem exigir que os equipamentos operem cerca de 7.000 h/ano, ou seja, com uma disponibilidade na faixa de 80% ao final de sua vida útil.

Manutenção mobiliza 10% do pessoal Ocupando uma área de 180 mil m², a oficina de manutenção da mina de Brucutu pode ser considerada uma planta à parte dada a complexidade envolvida na gestão e conservação de uma frota que deve operar em tempo integral. Dos cerca de 2.500 postos de trabalho gerados pelo empreendimento, nada menos que 10% destinam-se a essa área. Além dos 250 empregos diretos, a área de manutenção deverá abrigar mais 200 funcionários de empresas contratadas para diversos tipos de serviços terceirizados. A central de manutenção vai operar com sete unidades distintas, com destaque para a oficina central, um galpão de 11 mil m² dotado de nove boxes para reparos em equipamentos leves e caminhões rodoviários e oito boxes para manutenção de máquinas pesadas e caminhões fora-de-estrada. A oficina contará ainda com área de usinagem, manutenção elétrica, ferramentaria, vestiários e escritório administrativo. Nos 750 m² de área destinada à borracharia estão previstos dois boxes equipados com central de ar comprimido e depósito de insumos. Completando a central de manutenção,

há ainda uma área com boxes para a lavagem de equipamentos, dotada de canhão de lavagem e separador óleo/água, postos de abastecimento de máquinas leves e pesadas e uma caldeiraria equipada com máquina de solda e ponte rolante. Seguindo a política adotada pela CVRD, a planta de Brucutu deve operar com paradas programadas de 12 h a 18 h, estabelecidas em intervalos médios de 30 dias, para reparos em equipamentos estacionários que não dispõem de circuito duplo. No caso das correias transportadoras, por exemplo, equipes preditivas devem monitorar regularmente o desgaste de polias, mancais e esteiras, programando sua substituição durante as paradas da planta.

Correias transportadoras na interligação entre plantas de britagem


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VIPAL


MINERAÇÃO

Projeto muda o perfil da cidade A mina de Brucutu não chega a representar uma novidade no mapa das plantas da CVRD. Ela já existia e chegou a produzir 6 milhões t/ano de minério de ferro. O problema é que sua operação envolvia a lavra e beneficiamento de hematita – um mineral com maior teor de ferro – e os itabiritos – mais pobres em teor de ferro – ficavam sem aproveitamento. Com a exaustão das jazidas de hematita, justificaram-se os investimentos na construção da usina de concentração e em pesquisas para desenvolvimento de reservas – em novas áreas e nas remanescentes da operação anterior. Dessa forma, a mina de Brucutu ganhou uma sobrevida de 30 anos dentro do ritmo de produção estabelecido, já que as reservas somam 737 milhões

Foto: Alisson J. Silva

Obra mobilizou cerca de 10.000 operários

t tenha sua capacidade ampliada para 252 t, conforme explica Luciano Lima, consultor de Vendas da Sotreq, a distribuidora da marca. “Mas a Vale optou por operar com 240 t em cada viagem”, diz ele. Essa otimização, segundo Lima, decorre de um design que resultou numa caçamba mais leve – ela pesa 29 t, contra a média de 50 t nos demais modelos do mesmo porte – e reforçada. Por meio de uma parceria entre a CVRD e a Caterpillar, os técnicos desta última visitam regularmente as plantas da mineradora para desenvolver equipamentos adequados a cada operação, de acordo com a densidade do minério, abrasividade e configuração da mina.

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t de minério. “Mas temos uma programação de investimentos em pesquisas e as reservas podem expandir”, alerta Roger Agnelli, presidente da CVRD. As obras de infra-estrutura da mina, conduzidas pela Santa Bárbara Engenharia e com montagem dos equipamentos eletromecânicos pela Camargo Corrêa, começaram em 2003 e, no pico dos trabalhos, mobilizaram cerca de 10.000 operários. O impacto se fez sentir na pequena São Gonçalo do Rio Abaixo, um município de 8.000 habitantes, instalando-se o caos no trânsito da cidade e com uma desenfreada corrida imobiliária. Mas ninguém reclama diante dos 2.500 postos de trabalho gerados com a inauguração da planta, além dos empregos indiretos e impostos arrecadados. A construção da planta consumiu cerca de 16 mil t de estruturas metálicas, o suficiente para erguer duas torres Eiffel, e em torno de 145 mil m³ de concreto, volume equivalente ao usado em três estádios de futebol como o Mineirão. São números impactantes, aos quais se soma o esforço logístico, principalmente na coordenação das atividades envolvidas de forma a se evitar que as obras civis de concretagem interferissem nos serviços de montagem. Lima explica que a versão D dos caminhões 793 incorpora ainda o conceito de customização. Eles podem ser entregues em cinco configurações para diferentes tipos de operações, por meio de reforço no eixo traseiro, mudanças na altura, velocidade máxima e frenagem extra. “Cada mudança de configuração torna o equipamento adequado para minas de diferentes perfis, como aquelas caracterizadas por longos trechos planos ou as que o caminhão precisa subir ou descer rampas carregado.” Como apenas 10% das reservas de Brucutu encontram-se em cota inferior à planta de britagem, a maior parte do tempo os caminhões vão trafegar em trechos

Planta vai operar 24 horas por dia e 365 dias por ano

planos ou descendo carregados, o que justificaria uma customização. Mesmo assim, por questões de manutenção, a CVRD optou pela compra de modelos standard, para a melhor gestão de estoques de peças sobressalentes. Afinal, além de Brucutu o modelo 793D está sendo adotado nas demais plantas da mineradora, em um total de 31 unidades adquiridas no último ano. Minério de qualidade Após a lavra e transporte, o material chega à planta de britagem, composta por quatro estágios de cominuição. À britagem primária, realizada por um equipamento cônico giratório, seguem-se as etapas secundária e terciária, em circuito fechado, e a britagem quaternária, que reduz a granulometria final do minério à faixa de 20 mm, especificada para seu ingresso na unidade de concentração. A etapa seguinte envolve a homogeneização do minério em um pátio equipado com um stacker de lança única e que movimenta o material para os dois lados – possibilitando atingir as especificações físico-químicas necessárias ao seu beneficiamento posterior – e uma retomadora. A interligação entre as quatro plantas de britagem, o pátio de ho-


MANUTENÇÃO&TECNOLOGIA

concentração até converter-se em um pellet feed com cerca de 68% a 70% Fe. “Trata-se de um produto de alta qualidade e valorizado no mercado internacional”, pondera Fernando Carneiro, da CVRD. Os teores de sílica são reduzidos de 24% para a faixa de 2,5%. Além

Foto: Alisson J. Silva

mogeneização, a usina de concentração e o pátio de carregamento de vagões é realizada por 8.842 m de correias transportadoras. Na etapa final de beneficiamento, o minério que apresenta baixos teores de ferro – um itabirito na faixa de 52% Fe – passa por estágios de

Carregamento para o porto: cada composição tem 80 vagões de 80 t

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do pellet feed (70% da produção), a planta de Brucutu vai gerar um minério mais fino (sinter feed) como produto final. O escoamento da produção passa por um pátio equipado com três empilhadeiras e três retomadoras de rodas, cada uma delas com capacidade para 6.000 t/h. Funcionando como um “pulmão” para a produção, essa área abastece o pátio de carregamento de vagões, que dispõe de sistema por silos e por pêra ferroviária. “Cada composição conta com 80 vagões de 80 t e, no pico, vamos carregar diariamente cerca de 110 composições”, enfatiza Carneiro. O ramal ferroviário de Brucutu se interliga à Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), operada pela CVRD, onde a produção das demais minas é incorporada em composições maiores, de 200 vagões, para o transporte em direção ao Porto de Tubarão.


MINERAÇÃO REF. 107

TOQUE DE MIDAS NO SERTÃO BRASILEIRO MMX dá a partida em seu projeto de US$ 3,6 bilhões para a operação integrada, da mineração de ferro à produção de semi-acabados e logística, em três regiões do País. E algumas plantas já encontram-se em fase de instalação e aquisição de equipamentos

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empresário Eike Batista, conhecido por seus projetos de mineração de ouro no Brasil, Canadá, América Latina e Leste Europeu, entre outras regiões do planeta, sempre em parceria com investidores estrangeiros, está preparando um mega-

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empreendimento digno de sua fama de hábil negociador. Filho de Eliezer Batista, ex-ministro de Minas e Energia e um dos arquitetos do império que se tornaria a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), ele poderia retratar a figura de Midas, aquele rei mitológico que trans-

formava tudo em ouro com um simples toque das mãos. Aos 48 anos de idade, entretanto, seus projetos já não se limitam apenas à mineração de ouro – negócio que iniciou em 1980, ainda como engenheiro recém formado, e que no prazo de 15 meses somava um patrimônio de US$ 6 milhões. Há tempos Eike diversificou os negócios, com investimentos em geração de energia e manejo florestal. Sua mais nova empreitada se relaciona à produção de minério de ferro, usinas de ferro-gusa e semi-acabados, em três sistemas integrados e distribuídos estrategicamente no Norte, Centro-Oeste e Sudeste do País. O projeto pertence à MMX Mineração e Metálicos, empresa pertencente à holding EBX, fundada por Eike em 1983. O empreendimento está orçado em US$ 3,6 bilhões e recursos não faltam, já que a MMX abriu 37,17% de seu controle acionário em bolsa, há quatro meses, com a forte valorização das ações negociadas e a captação de US$ 509 milhões (veja box na pág. 20). O objetivo é chegar a 2011 com uma produção de 37 milhões t/ano de minério de ferro, 1,5 milhão t/ano de gusa e 1 milhão t/ano de produtos semiacabados. Tais volumes correspondem à somatória de três complexos de produção, atualmente em diferentes etapas de instalação: as plantas de Corumbá (MS), do Amapá e do Sistema Minas Gerais-Rio de Janeiro. Nesse ponto, o projeto da companhia se enquadra numa estratégia integrada de lavra e beneficiamento mineral, produção de pelotas, ferro-gusa, semi-acabados e logística de escoamento, com a operação de ferrovias, mineroduto e até mesmo a instalação de terminais nos portos do Açu, em São João da Barra (RJ), e de Santana (AP). Esse nível de estruturação, que denota a busca de


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

competitividade para a disputa do mercado externo, encontra similar no País apenas nas operações da CVRD e demais empresas do Sistema Vale, como a Minerações Reunidas Brasileiras (MBR) e Samarco. Primeira operação O sistema em estágio mais avançado de implantação é o de Corumbá, onde a mina 63 encontra-se em atividade desde 2005 e o primeiro lote de produção foi exportado em julho deste ano. A usina de ferro-gusa recebeu licença de instalação (LI) em agosto último, com o início de sua construção no mês seguinte. Segundo Roberto Emil, gerente de Operações do sistema Corumbá, o objetivo é encerrar 2007 com uma produção de 400 mil t de gusa, 500 mil t de semi-acabados e 3,2 milhões t de minério de ferro, atingindo a marca de 4,9 milhões t/ano de minério em 2008. “Para atender essas metas, vamos terceirizar as operações de lavra”, diz ele. Atualmente, a companhia está negociando contrato com empresas especializadas em serviços de mineração e na complementação da frota de equipamentos. As condições geológicas e topográficas da mina, cujas frentes de lavra ficam localizadas a 5,5 km de distância da planta de britagem, determinaram o dimensionamento de uma frota composta basicamente por duas escavadeiras

hidráulicas com caçamba de 2 m³ e 20 caminhões 6x4 com capacidade para 27 t cada um. “O tempo de ciclo completo para o transporte está estimado em cerca de 12 minutos”, afirma Emil. Na planta de beneficiamento, o minério passa por estágios de cominuição, compostos por britagem primária, secundária, terciária e classificação granulométrica, gerando dois tipos de produtos: granulados e sinter feed (finos). A mina 63 conta com reservas indicadas de 65 milhões t, mas a MMX prossegue com campanhas de sondagem a profundidades de 6.100 m, que podem ampliar a extensão do corpo mineral. Além disso, dos 21 direitos minerários envolvidos nessa operação, até agosto último apenas três haviam sido mensurados. Da mina, localizada a 18 km de Corumbá, a produção segue por rodovia até a planta de semi-acabados (15 km de distância), cujo produto final é escoado por ferrovia até o rio Paraguai, onde operadores logísticos assumem seu transporte em barcaças até o porto de San Nicolas, na Argentina. Desse ponto, as exportações são enviadas para os mercados da Europa, Estados Unidos e Ásia em navios tipo Panamax. Classe mundial No sistema Amapá, que entra em operaPlanta de Corumbá: estágio mais adiantado de implantação

MINERÍA Toque de Midas en el semiárido brasileño El empresario Eike Batista, famoso por sus proyectos de explotación de minas de oro en el Brasil, Canadá, América Latina, Europa Oriental y otras regiones del planeta, siempre en asociación con inversores extranjeros, está preparando un emprendimiento de gran envergadura, digno de su fama de hábil negociador. Hijo de Eliezer Batista, ex ministro de Minas y Energía del Brasil y uno de los arquitectos del imperio en que se transformaría la Compañía Vale do Rio Doce (CVRD), representa la figura de Midas, el rey mitológico que transformaba en oro todo lo que tocaba. A los 48 años, sin embargo, sus proyectos no se limitan a la producción de oro. Desde hace tiempo, Eike Batista ha diversificado sus negocios con inversiones en la generación de energía y el manejo forestal. Su último emprendimiento está relacionado con la producción de mineral de hierro, plantas de hierro en lingotes y productos semiacabados de hierro, en tres sistemas integrados y distribuidos estratégicamente en las regiones Norte, CentroOeste y Sudeste del Brasil. El proyecto, que pertenece a la empresa MMX Mineração e Metálicos, tiene un presupuesto de 3.600 millones de dólares y el objetivo es llegar al 2011 con una producción anual de 37 millones de toneladas de mineral de hierro, 1,5 millones de toneladas de hierro en lingotes y un millón de toneladas de productos semiacabados. Esas cifras corresponden a la producción total de los tres complejos productivos, que se encuentran en diferentes etapas de instalación: las plantas de Corumbá (Mato Grosso do Sul), del estado de Amapá y del Sistema Minas GeraisRío de Janeiro. A ese respecto, el proyecto de la empresa se inserta en una estrategia integrada de mineraje y procesamiento mineral, producción de bolas, hierro en lingotes, productos semiacabados y logística de transporte, con la operación de ferrocarriles, mineroductos e, incluso, la instalación de terminales en los puertos de Açu, en São João da Barra (Río de Janeiro) y de Santana (Amapá).

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MINERAÇÃO ção no segundo semestre de 2007, o escoamento da produção envolve o transporte pela Estada de Ferro do Amapá (EFA) até o porto de Santana, dimensionado para armazenar até 500 mil t de minério e operar com navios do tipo Capesize (capacidade superior a 80 mil t). A ferrovia, uma linha de 200 km de extensão herdada pelo governo estadual, com a falência da mineradora Icomi, foi concedida este ano à empresa, que também realiza na região a lavra e beneficiamento de ouro, por meio da sua controlada Mineração Pedra Branca do Amapari (MPBA). Localizadas no extremo Norte do Amapá, próximas à fronteira com a Guiana Francesa, as minas de Tobaco e Vila do Meio terão capacidade para produzir 6,5 milhão t/ano de minério de ferro, a partir do próximo ano. Em abril de 2008 entra em operação a usina de ferro-gusa, dimensionada

Abertura em bolsa capitaliza a empresa O projeto da MMX vem sendo cuidadosamente preparado desde 2003, com a aquisição de direitos minerários, pesquisas e a concessão da Estrada de Ferro do Amapá (EFA) e de áreas para instalação de terminais portuários. O lance mais ousado durante sua implantação, entretanto, ocorreu em julho último, quando a empresa fez uma oferta pública de 37,17% de seu capital social, arrecadando US$ 509 milhões. As ações foram negociadas a R$ 815 na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e a operação constituiu a maior oferta base conduzida no País. Segundo a empresa, os controladores – leia-se Eike Batista e seus tradicionais parceiros canadenses – ainda negociam o ingresso de sócios estrangeiros numa proporção de 30% em cada sistema da MMX (Corumbá, Amapá e Minas-Rio). A operação está sendo conduzida pela Centennial Asset e, além de atrair mais capital, deve agregar experiência internacional em projetos de tal envergadura. É o estilo Eike Batista de desenvolver projetos de mineração.

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Eike Batista (ao centro), comemora o sucesso da operação de abertura de capital

para 2 milhões t/ano. Deste total, 500 mil t serão destinadas à produção de semi-acabados e o restante, à exportação. A licença de instalação (LI) da usina foi obtida em agosto último e as obras encontram-se em estágio acelerado, assim como a implantação da infra-estrutura das minas. Além disso, a MMX adquiriu os equipamentos necessários à operação e aguarda seu recebimento até março de 2007. A mineradora também prossegue na reforma da estrada de ferro (via permanente e composições ferroviárias) e planeja para dezembro próximo o início das obras do terminal portuário de Santana, que vai ocupar uma área de 71 hectares. Durante coletiva realizada no Rio de Janeiro, Eike Batista ressaltou o padrão de classe mundial das jazidas amapaenses, que somam cerca de 400 milhões t em reservas e ainda podem ser ampliadas mediante novas campanhas de sondagem. Sua localização privilegiada, mais próxima aos mercados consumidores da Europa e Estados Unidos, também constitui uma vantagem competitiva, assim como a isenção fiscal obtida pela MMX – redução de 75% do imposto de renda (IR) nos primeiros dez anos de operação. Sistema Minas-Rio O sistema mais complexo e vistoso do projeto, entretanto, envolve a operação de jazidas em Minas Gerais e de um terminal portuário em São João da Barra (RJ), interligados por um mineroduto de 550 km de extensão. As minas

de Itapanhoacanga e João Monlevade somam reservas indicadas e inferidas de 805 milhões t, também sujeitas a ampliação mediante novas pesquisas, e vão produzir, a plena capacidade, 26,6 milhões t/ano de minério de ferro. Esse volume também corresponde à capacidade instalada do mineroduto e, do total transportado, 19 milhões t/ano serão beneficiados para a geração de pellet feed como produto final. Os 7,6 milhões t/ano restantes vão se destinar à produção de pelotas de minério de ferro, cuja usina entra em operação em 2010. A planta de pelotização ficará localizada no porto do Açu, onde a mineradora adquiriu uma área de 2.000 hectares, para instalar um terminal dimensionado para o carregamento de navios acima de 250 mil t de capacidade. Segundo Carlos Gonzalez, gerente de Operações do sistema Minas-Rio, a construção do terminal portuário já conta com estudos de impacto ambiental (EIA-Rima) aprovados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). “O complexo encontra-se em fase de pré-instalação e aguardamos a licença ambiental de algumas plantas, ainda este ano, para começar a contratação dos serviços em 2007”, diz ele. Além do porto e da usina de pelotização, a MMX pretende atrair para o projeto a instalação de uma planta siderúrgica, com investimentos de terceiros, bem como uma unidade de tratamento de óleo bruto da Petrobras.


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GOODYEAR


GESTÃO DE FROTAS REF. 109

O CUSTO DA COMUNICAÇÃO INTEGRADA Normatização para a interface entre sistemas embarcados de diferentes máquinas agrícolas expõe divergências entre defensores de tecnologias fechadas e abertas. E o usuário continua pagando a conta da integração

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A melhor gestão da frota por sistemas de monitoramento remoto, que tornou-se viável com os avanços das telecomunicações e dos sistemas de eletrônica embarcada dos equipamentos pesados, está esbarrando na falta de padronização tecnológica entre os vários fabricantes do setor. O alerta vem de Vicente Pimenta, chairman do Comitê de Máquinas Agrícolas e de Construção da SAE Brasil (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade), que aponta a ausência de um protocolo de comunicação comum aos diferentes sistemas oferecidos pela indústria. “Nas grandes obras e lavouras que empregam frotas de diferentes marcas, a produtividade acaba sendo penalizada em até 40% pelo simples fato de que as tecnologias usadas pelos fabricantes não conversam entre si”, diz Pimenta. Segundo Gregory Brian Riordan, executivo da fabricante de equipamentos AGCO, no setor de máquinas agrícolas a solução passa pela conclusão da norma ISOBUS (ISO 11783), que já conta com dois terços de suas 13 partes publicados. “Caso contrário, a integração dos sistemas continuará exigindo soluções

caseiras ou desenvolvidas por terceiros, gerando um custo adicional para o usuário de 30%”, afirma Riordan, também secretário do comitê de eletrônica embarcada CE-041515, no âmbito da ABNT, para adequação da norma internacional ao Brasil. Na lavoura, ele explica que a impossibilidade de consolidar os dados enviados pelas máquinas de diferentes marcas acaba limitando a prática da agricultura de precisão a menos de 2% da frota em operação no País. “Os sinais relativos ao desempenho do equipamento já contam com interface, mas existem muitos dados a serem monitorados no controle de produção entre um trator e um implemento ou até mesmo dentro de uma mesma máquina que opera a taxas variáveis; nesse cenário confuso, o usuário acaba padronizando a marca de sua frota ou opta por adquirir modelos sem esses recursos.” O assunto, que foi debatido no Congresso SAE Brasil, realizado em São Paulo, entre 21 e 23 de novembro, acabou expondo as dificuldades enfrentadas pelo usuário, em especial o produtor agrícola. “A interface entre os sistemas é uma questão de


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Gestión de flotas Costos de la comunicación integrada La eficacia de la gestión de flotas por sistemas de monitoreo remoto, factible gracias a los adelantos de las telecomunicaciones y de los sistemas electrónicos incorporados a la maquinaria pesada, está tropezando en la falta de normalización tecnológica entre las diversas empresas fabricantes del sector. En las grandes obras y emprendimientos agrícolas que usan flotas de diferentes marcas, la productividad se ve perjudicada en hasta un 40% por el hecho de que los diferentes sistemas tecnológicos no usan un protocolo de comunicación común y, por consiguiente, las máquinas no se comunican unas con las otras. En la opinión de especialistas, en el ramo de máquinas agrícolas, la solución estaría en la conclusión de la norma ISOBUS (ISO 11783). En caso contrario, la integración de los sistemas continuará exigiendo soluciones caseras o desarrolladas por terceros, lo que representa un costo adicional del 30%. La imposibilidad de consolidar los datos enviados por máquinas de diferentes marcas acaba limitando la práctica de los sistemas de agricultura de precisión a menos del 2% de la flota en operación en el Brasil.

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tecnologia de informação (TI) e basta deslocar um técnico até o campo para resolver o problema, mas diante dos preços das commodities e dos custos de produção, ele não tem condições de arcar com essa despesa”, pondera Riordan. Confirmando suas projeções, das 1.215 colheitadeiras vendidas pela AGCO entre 1999 e 2005, somente 455 foram compradas com computador de bordo (37%). Desse total, apenas 21 unidades (1,73%) contavam com sistemas completos para trabalhar em agricultura de precisão, incluindo sensores de rendimento e mapeamento. Como o entrave não está na transmissão dos dados, resolvida com as modernas redes de telecomunicações, tão-menos na definição das coordenadas da máquina, Menos de 2% da frota brasileira emprega sistemas de agricultura de precisão

equacionada com o sistema GPS, a solução passa pela normatização dos protocolos de comunicação usados. Nesse caso, entretanto, um embate velado se desenvolve entre dois grupos de fabricantes. De um lado, posicionam-se os defensores de plataformas fechadas (proprietárias) como forma de agregar tecnologia que diferencie seus produtos, e de outro, estão os defensores de plataformas abertas como alternativa para a maior competitividade nos custos. “A versão brasileira da norma já contempla interface entre sinais enviados pela unidade de controle eletrônico (ECU) para o monitoramento de várias funções, como câmbio e freios, mas ainda há um caminho longo a ser percorrido”, conclui o especialista.


TRANSMISSÃO

MÁXIMO APROVEITAMENTO DA POTÊNCIA

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Novos equipamentos incorporam soluções de transmissão que potencializam a transferência de torque para eixos e rodas com ganhos de rendimento e de consumo

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perar equipamentos de construção torna-se uma tarefa cada vez mais prática e confortável, embora a popularização dos controles eletrônicos exija mais horas de treinamento por parte do condutor. No sistema de transmissão das máquinas, por exemplo, conjunto de componentes que transfere a potência do motor para os eixos e rodas com a ampliação de seu torque, as evoluções incorporam maior desempenho e as trocas de marcha manuais já fazem parte do passado. Mas nem todos os sistemas são iguais e as nuances de projeto entre um fabricante e outro revelam

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diferentes visões tecnológicas. Tais diferenças tornam-se mais claras nas pás-carregadeiras, cujo trem de força é mais solicitado em função das características de um equipamento que pode trabalhar em carregamentos ou transportando cargas a pequenas distâncias. Além da tradicional tecnologia powershift, que conta com um conversor de torque acoplado ao motor diesel, a transmissão hidrostática ganha adeptos e já está presente em várias linhas de equipamentos. Para a Liebherr, que há três décadas adota esse conceito em suas carregadeiras, a transmissão hidrostática contribui para o maior rendimento das máquinas. “Ao contrário

do sistema powershift, ela transfere a máxima potência do motor mesmo quando este opera em baixa rotação, permitindo trabalhos de escavação e carga a 1.600 rpm”, diz Sérgio Sassaki,engenheiro de Vendas e Aplicação do Produto, referindose ao modelo de carregadeira L580 2plus2 (18 t e caçamba de 5 m 3). Isto se traduz em maior economia de combustível com o total aproveitamento da energia produzida, sem perdas na sua transferência para eixos e rodas, conforme explica o especialista. Menor desgaste O sistema usado nas carregadeiras da marca conta com motor e


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

TRANSMISIÓN Aprovechamiento óptimo de la potencia Los controles electrónicos permiten operar los equipos para la construcción de forma productiva y cómoda, pero para obtener su máximo rendimiento es fundamental que los operadores reciban más horas de capacitación. Gracias a las innovaciones tecnológicas, el actual sistema de transmisión de las máquinas (conjunto de componentes encargado de transmitir la potencia del motor a los ejes y ruedas) garantiza un desempeño superior y suprime los cambios manuales de velocidades, por ejemplo. No todos los sistemas son iguales, las características peculiares de cada diseño muestran las diferentes soluciones tecnológicas de los fabricantes. Las diferencias aparecen más claramente en las palas cargadoras, cuyo tren de fuerza es más exigido debido a las características del equipo, que puede trabajar tanto en operaciones de carga y descarga como de transporte de cargas a cortas distancias. Además de la tradicional transmisión powershift, que cuenta con un convertidor de par acoplado al motor diesel, la transmisión hidrostática es cada vez más utilizada y ya se encuentra en varias líneas de equipos. Liebherr, que desde hace tres décadas fabrica cargadoras con la más avanzada tecnología de la época, explica que la transmisión hidrostática asegura el rendimiento máximo de las máquinas. “Al contrario del powershift, el sistema de transmisión hidrostática transfiere la máxima potencia del motor, aunque gire a bajas revoluciones, lo que permite excavar y cargar a 1600 rpm”, dice Sérgio Sassaki, ingeniero de de ventas y aplicación del producto de Liebherr, refiriéndose al modelo L580 2plus2 (18 t y cucharón de 5 m3). El aprovechamiento óptimo de la energía producida, sin pérdidas al transferirse a los ejes y ruedas, conlleva un considerable ahorro de combustible, de acuerdo al especialista. Alexandre Ziller, jefe de posventa de Dana para América Latina, opina que la opción entre la transmisión hidrostática o la powershift refleja la filosofía adoptada por el fabricante. “En el primer caso, se logra un ahorro de repuestos, mantenimiento y combustible, aunque hay que tener en cuenta el costo de los motores y las bombas hidráulicas adicionales

bombas de pistões axiais (de fluxo variável e reversível), em circuito fechado, ligados a uma caixa de marchas automática. A transferência de energia é feita diretamente nos eixos, com redutores planetários instalados nos cubos de rodas, substituindo os acoplamentos mecânicos do conversor de torque por pressão hidráulica. “Diferentemente da tecnologia powershift, na qual a mudança de marchas provoca trancos, o sistema fica protegido de desgastes e seus componentes podem ser menores.” Além dos ganhos de manutenção que essa característica possibilita, Sassaki ressalta o fato de a transmissão hidrostática agregar menos peso morto ao equipamento. “Nossas máquinas são mais leves e, devido ao máximo aproveitamento da potência do motor, podem trabalhar com caçambas maiores que o usual em sua classe de peso.” Como exemplo de economia de consumo, ele cita que uma carregadeira de 100 t desenvolve plena força mesmo com seu motor em baixa rotação, consumindo 18 l/h de combustível. Dotadas de três marchas à frente e três à ré, que mudam automaticamente (sem a interferência do operador), carregadeiras como a L580, por exemplo, dispensam o uso de freio de serviço. Basta o operador tirar o pé do acelerador e a máquina pára sem que o motor morra. “Isto permite realizar operações de carre-

Sistema hidrostático da Liebherr

gamento mesmo em rampas”, enfatiza Sassaki. Controle eletrônico O gerente Regional de Vendas da Komatsu, Paulo Jauar, compartilha da mesma opinião. “A transmissão hidrostática evita perda de potência do motor ao transferir energia para os eixos e rodas, que no sistema com conversor de torque chega a 20%.” Além disso, ela dispensa o uso de kick down para liberar maior força de tração instantaneamente, quando a máquina necessita de torque adicional para atacar uma pilha ou transportar materiais. A Komatsu acaba de lançar as carregadeiras WA200-5 e WA320-5, com 127 hp e 166 hp de potência, respectivamente, nas quais substitui a tecnologia powershift pela transmissão hidrostática. Tanto na WA200-5 (capacidade de 10 t e caçamba de 2 m 3) quanto na WA320-5 (14,5 t e caçamba de 2,5 m 3), o controle de velocidade é realizado eletronicamente, sem a necessidade de mudança de marcha: basta o operador selecionar entre quatro opções disponíveis (primei-

Carregadeira WA200-5, da Komatsu, com sistema automático de ajuste de velocidade

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TRANSMISSÃO o más potentes, lo que ocurre en las transmisiones con convertidor de par”. En la opinión de João Zarpelão, gerente de ingeniería de vendas de Volvo Construction Equipament (VCE), lo más importante es adecuar el diseño de la máquina a las exigencias del trabajo. “Nuestra empresa diseña, desarrolla y fabrica todos los componentes del tren de fuerza de sus modelos, en función de las condiciones de operación y desempeño esperado, como ser: factor de carga de la máquina, curva de potencia del motor, par y otras variables”, dice. Así pues, en las cargadoras menores, como a L50E (9 t y cucharón de 1,2/3,9 m3), se usa el sistema hidrostático, y, a partir del modelo L60E (12 t y cucharón de 1,7/5 m3 de capacidad máxima), la empresa opta por la transmisión powershift de contraeje.

Sistema de transmissão da Volvo

ra, segunda, terceira e quarta velocidade). “Com isto, o operador se concentra na sua tarefa e o sistema se ajusta automaticamente à demanda de força de tração, tornando as carregadeiras agressivas no trabalho e rápidas nos deslocamentos”, explica Jauar. As máquinas operam com dois

motores acoplados à bomba hidráulica, que são acionados nas velocidades mais baixas – usadas em trabalhos que demandam força, como escavações, subidas de rampas ou início de deslocamentos. Nas velocidades mais altas, um dos motores é desacoplado do sistema quando o equipamento ultrapassa 10 km/h (o sistema subentende operações de transporte). Segundo o especialista, a própria desaceleração do sistema funciona como freio dinâmico, facilitando operações em aclives e declives. Por meio de um interruptor no painel, o sistema permite controlar eletronicamente a tração nas rodas, evitando patinagens dos pneus. “Esse mecanismo reduz o esforço de tração em até 50%, sendo útil nas operações em terrenos arenosos ou úmidos.” Tais funcionalidades, de acordo com Jauar, transformam as carregadeiras em máquinas verdadeiramente multiuso, possibilitando sua operação em transporte de toras e outros materiais, além da tradicional função de escavação e carregamento de solos. Adequação do projeto Para Alexandre Ziller, chefe de Pós-Vendas da Dana para a América Latina, a opção entre transmissão hidrostática ou powershift reflete a filosofia adotada pelo fabricante. “No primeiro caso, há uma economia de peças, manutenção e consumo, mas a necessidade de motores e bombas hidráulicas adicionais ou mais potentes incorpora um custo inexistente nas transmissões com conversor de torque”, diz ele. Sua opinião deve ser considerada dentro de um cenário de isenção, já que a empresa produz tanto sistemas hidrostáticos como powershift, presentes em várias marcas de equipamentos. Segundo João Zarpelão, gerente de Engenharia de Vendas da Volvo Construction Equipament (VCE), o importante é a adequação do projeto às solicitações que a máquina será submetida em campo. “Em nossos

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TRANSMISSÃO

Controle eletrônico elimina interrupção de torque Especializada em transmissões para veículos comerciais e fora-de-estrada, a Allison Transmission produz sistemas dotados de conversor de torque para caminhões de até 200t de capacidade de carga. Segundo Carlos Roma, gerente Regional de Vendas, as transmissões powershift da empresa são totalmente automáticas e controladas eletronicamente, conferindo maior produtividade em serviços de transporte. “Como elas não têm embreagem, elimina-se o desgaste das peças e aquela interrupção de torque que ocorre numa fração de segundos durante o engate das marchas, algo prejudicial ao desempenho de veículos que trabalham sob condições severas e ciclos longos”, diz ele. Pertencente à General Motors, a empresa produz sistemas com torque de 400 Nm, na entrada, até os de 2.500 Nm, para aplicações off-road. Com o trabalho

do conversor de torque, essa força de tração se amplia de 2,5 a 7,5 vezes, de acordo com a marcha acionada. “A troca de marchas é realizada automaticamente pelo computador de bordo, sempre na faixa ideal de operação do motor, de acordo com a velocidade, carga e condições da pista”, explica Roma. O sistema de gerenciamento da transmissão permite a leitura do nível de fluído de transmissão no painel do equipamento, bem como a identificação de falhas, sem a necessidade de se plugar um laptop. No Brasil, Roma diz que as transmissões da empresa estão presentes nos caminhões Randon, além de equiparem outras marcas internacionais, como a sul-africana Bell e a norte-americana Terex, entre outras.

modelos, todos os componentes do trem de força são pensados e desenvolvidos pela própria empresa, considerando as condições operacionais e performance desejada, como o fator de carga da máquina, a curva de potência de seu motor, torque e ou-

tras variáveis”, diz ele. Seguindo essa linha, nas carregadeiras menores, como a L50E (9 t e caçamba de 1,2 a 3,9 m3), o sistema adotado é hidrostático. A partir do modelo L60E (12 t e caçamba de até 1,7 a 5 m3), a empresa opta pela trans-

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missão powershift com contra-eixo. “O sistema oferece alto torque a baixas rotações, na faixa de 1.000 a 1.500 rpm, já que as carregadeiras operam em ciclo curto e não necessitam de alta rotação, mas sim de força.” O resultado, segundo Zarpelão, é a maior durabilidade dos componentes e a economia de combustível. Zarpelão justifica o uso da transmissão hidrostática nas carregadeiras menores devido ao perfil multiuso dessas máquinas. “Quando o equipamento precisa vencer rampas carregado, esse sistema pode comprometer o tempo de ciclo e a produtividade”, diz ele. Sistema inteligente As carregadeiras da marca são dotadas de sistema inteligente de controle eletrônico, que troca automaticamente a marcha de acordo com a velocidade selecionada pelo operador, a rotação do motor e a carga transportada. “A operação torna-se mais simples já que sensores monitoram a aceleração imposta pelo operador, o torque que sai na caixa de marchas e a força necessária para a máquina devido às resistências impostas pelo pavimento e carga. Todos esses parâmetros se ajustam automaticamente e o equipamento ganha em rapidez nas respostas, eficiência, força de tração e economia de combustível.” Seguindo o mesmo conceito, a Dana acaba de lançar uma nova geração de controladores eletrônicos para toda a sua linha de transmissões. Segundo Alexandre Ziller, eles incorporam funcionalidades como a mudança automática de marchas, monitoramento do sistema, registro de dados e bloqueio das mudanças de marcha por segurança. “Basta o operador indicar se quer ir para frente ou para trás.” Ele explica que os controladores ajustam automaticamente uma operação de avanço lento com alta rotação (inching), proporcionando eficiência e torque em serviços como movimentação de contêineres em portos, por exemplo, realizados por stackers.


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TRANSMISSÃO

Sistema reduz tamanho e custos das peças Para Dirnei Antonio Datti, executivo da Sauer-Danfoss, o conceito de transmissão hidrostática, que transformar energia mecânica em hidráulica e depois novamente em mecânica, representa uma solução eficiente à medida em que elimina o contato entre as peças nesse

processo de transferência. “Além de evitar a perda de potência, ela permite uma considerável redução no tamanho das peças e, conseqüentemente, nos custo de aquisição e de manutenção da máquina”, diz ele. A Sauer-Danfoss produz uma ampla linha de sistemas hidrostáticos e redutores planetários, para aplicação em equipamentos de baixa a alta potência, como plataformas de elevação, mini-carregadeiras, empilhadeiras industriais, balões de caminhões-betoneira, colheitadeiras, rolos compactadores, fresadoras e acabadoras de asfalto, entre outros. “Temos bombas e motores de pistões axiais que suportam

Componente eletro-pneumático oferece respostas mais rápidas Tradicional fornecedora de válvulas direcionais e cilindros pneumáticos para sistemas de transmissão das marcas ZF e Eaton, a Parker está desenvolvendo novos modelos de componentes para atender às necessidades desse último cliente. Segundo Abílio Paulo Quintanilha Monteiro, gerente de Marketing da empresa, as válvulas pneumáticos passarão a ser do tipo eletro-pneumático, com ganhos de confiabilidade e praticidade para a operação. “O sistema oferece respostas mais rápidas”, diz ele. Suas peças, presentes nas caixas que faz e m a s m a r c h a s r e d u z i d a e s u p e r- r e d u z i d a das máquinas, trabalham sob pressão pneumática de 4 a 10 bar e são especificadas para uma vida útil de um milhão de ciclos. “Quando o sistema está trabalhando em reduzida, os componentes são submetidos a aquecimento e precisam suportar temperaturas de até 120 ºC”, explica Monteiro.

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pressões acima de 7.000 psi, com potência de até 1.140 hp”, afirma Datti. Sua linha atende sistemas simples ou duplos, além de transmissões auxiliares de circuito fechado. A empresa produz ainda componentes para circuitos abertos, motores orbitais, válvulas load-sensing e direções hidrostáticas, entre outras soluções.

A empresa produz transmissões powershift, para aplicação em compactadores de pneus, sistemas hidrostáticos, controlados eletronicamente e conversores de torque para uma ampla faixa de aplicações. No caso das pás-carregadeiras, por exemplo, eles contam com sistema para a melhor distribuição de torque entre os eixos, para evitar que a máquina patine em terrenos arenosos ou úmidos. Os maiores da linha, segundo Ziller, contam com eixos de 68 t de capacidade (modelo 63R) e torque de saída de 490.000 Nm, para aplicação em carregadeiras elétricas da alta capacidade (LHDs), muito usadas em mineração subterrânea.


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TECNOLOGIAS PARA UM FUTURO MAIS LIMPO Combustíveis alternativos e tecnologias para redução de emissões impulsionam uma nova geração de motores para caminhões e equipamentos fora-de-estrada Por Rodrigo Conceição Santos

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s rigorosos limites de emissão de poluentes estabelecidos pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) e sua correlata européia não estão contribuindo apenas para o surgimento de uma geração de motores mais limpos. Na busca por uma combustão mais eficiente e efetiva – que se traduz em maior potência do motor e menores índices de emissões – novos conceitos de motorização surgem como resposta da indústria a usuários atentos à questão do meio ambiente. No caso dos caminhões rodoviários, cujos motores eletrônicos chegam como fortes aliados na manutenção preventiva e economia de combustível, o Brasil já conta com normas para controle de emissões (Proconve – Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores), que encontra-se em sua quinta fase

de implantação e corresponde à versão Euro III – atualmente a legislação européia está ingressando na etapa Euro V. Ao contrário dos mercados norteamericano e europeu, entretanto, o País não dispõe de normas para emissão de poluentes dos equipamentos fora-deestrada. Esse descompasso, entretanto, não chega a representar um problema, já que as máquinas fabricadas no Brasil seguem padrões internacionais, atendendo à estratégia exportadora de seus fabricantes. Além disso, o especialista Luso Ventura, diretor da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil), explica que a motorização das máquinas de construção e mineração tende a seguir conceitos desenvolvidos para motores de caminhões, com algumas mudanças, como na rotação. “Dessa forma, os avanços registrados naquela área acabam beneficiando também os equipamentos de grande porte”, diz ele. Entre os avanços recentes, Ventura

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MOTORES DIESEL

EVOLUÇÃO DOS MOTORES

MOTORES DIESEL Adelantos tecnológicos para lograr un futuro más limpio

cita o sistema common rail, dotado de bicos injetores de combustível que abrem e fecham varias vezes durante o mesmo ciclo, possibilitando uma mistura mais rica e qualidade na combustão processada no motor. “Isto se traduz em menos sobras de gases que seriam emitidos na atmosfera.” Pelo sistema common rail, o combustível é injetado na câmara de combustão sob alta pressão (acima de 1.600 bar). Vantagens da eletrônica Além da tecnologia common rail, os motores eletrônicos vêm contribuindo com a redução de emissões, com ganhos no consumo de combustível e na manutenção. Wagner Fonseca, diretor da Netz Automotiva, quantifica essa economia. Segundo levantamento realizado pelo especialista, no primeiro ano de vida (ou 180 mil km rodados) um motor mecânico gasta quase duas vezes mais que um eletrônico em revisões preventivas (R$ 5.967 e R$ 3.493, respectivamente). “O usuário associa o motor eletrônico a uma economia de até 15% de combustível, mas desconhece as vantagens proporcionadas pelo maior intervalo de manutenção e seu sistema de autodiagnóstico”, ele avalia. Quando se estende o cálculo para cinco anos de uso, a economia é maior ainda. Avaliando o consumo de combustível, manutenção e revisões, um motor mecânico gasta mais de R$ 18 mil, enquanto o eletrônico não passa dos R$ 8 mil durante esse mesmo período. No estudo realizado por Fonseca, percebe-se

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que a economia resulta da somatória de gastos com peças vitais, como o reparo da bomba injetora, por exemplo – R$ 1,5 mil em cinco anos de uso do motor mecânico, contra nenhum custo na motorização eletrônica. Francisco Emílio Baccaro Nigro, diretor do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), partilha da opinião de Fonseca. “Com os alarmes criados pela eletrônica embarcada nos motores diesel tudo é previsível e a manutenção tornase mais eficiente”, diz ele. Esses recursos, que segundo o especialista foram criados principalmente para atender às normas de emissão de poluentes nos países de primeiro mundo, acabaram resultando na maior durabilidade e confiabilidade dos motores. Para Nigro, confiabilidade e durabilidade do motor ainda são os principais aspectos a serem avaliados nos equipamentos fora-de-estrada. “O desenvolvimento tecnológico dos motores é ditado pelas normas de emissão de poluentes internacionais, criadas para os veículos de transportes. Por isso, os motores para veículos especiais eram mais caros e mais antigos, como forma de garantir a sua boa funcionalidade.” O histórico dos motores para máquinas pesadas corrobora a afirmação de Nigro. “Enquanto os ônibus e caminhões já usavam a injeção eletrônica, os fora-de-estrada ainda eram equipados com motores dotados de pré-camera, apesar da perda de eficiência. Eram piores, porém mais confiáveis”, ele avalia.

Los rigurosos límites de emisión de gases contaminantes impuestos por la Agencia de Protección Medioambiental de los Estados Unidos (EPA) y por el organismo europeo correspondiente, contribuyen al surgimiento de una nueva generación de motores de funcionamiento más limpio. Al buscar una combustión más eficiente y efectiva, que aumente la potencia del motor y disminuya la emisión de gases contaminantes, surgen nuevos conceptos de propulsión como respuesta de la industria a los usuarios preocupados por los problemas medioambientales. En el caso de los camiones de transporte por carretera, cuyos motores electrónicos se presentan como aliados de peso del mantenimiento preventivo y del ahorro de combustible, el Brasil ya cuenta con normas de control de emisión de gases contaminantes: el Programa de Control de la Contaminación Atmosférica por Vehículos Automotores (Proconve), que está actualmente en la quinta etapa de implementación y corresponde a la versión Euro III (en este momento la normativa europea está entrando en la etapa Euro V). Sin embargo, al contrario de los mercados norteamericanos y europeos, el Brasil no dispone de normas de emisión de gases contaminantes que controlen las máquinas que circulan fuera de carretera. No obstante, esta falta de normalización no llega a constituir un problema, debido a que las máquinas fabricadas en el Brasil obedece a las normas internacionales, en función de la estrategia de exportación de las empresas fabricantes. Además, el especialista Luso Ventura, director de la Sociedad de Ingenieros de la Movilidad (SAE Brasil), explica que los motores de las máquinas para la construcción y la minería suelen obedecer a los criterios establecidos para los motores de camiones, con algunas adaptaciones, tales como cambios en las revolucio-


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MOTORES DIESEL Atualmente, as tecnologias incorporadas aos motores proporcionam economia, durabilidade e confiabilidade e os fabricantes e usuários de máquinas para construção e mineração também buscam essas vantagens. “A bomba mecânica, por exemplo, já está mais cara do que a eletrônica. Um agente importante nesse processo é o combustível. Ele tem que acompanhar as novas tecnologias para garantir o desempenho e ajudar a reduzir a emissão de poluentes”, diz Nigro. Combustíveis limpos Nos motores mais modernos, um dos diferenciais é a elevada pressão de injeção de combustível. Para que isso aconteça com eficiência, a qualidade do combustível deve ser severamente controlada. “Essa foi uma evolução conjunta, envolvendo a tecnologia de motores e o desenvolvimento de combustíveis mais limpos que chegam ao bico inje-

Efeitos do uso de óleo vegetal in natura em componentes do motor

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tor”, diz Nigro. “O nosso alerta é para que os fora-de-estrada sejam equipados com motores de manutenção mais simples e que usem, paralelamente, combustíveis mais limpos”, ele complementa. Nigro elogia a evolução dos motores criados para caminhões rodoviários e adverte: “a lição é olhar para o que está sendo feito no setor de transportes e seguir a mesma linha nos fora-de-estrada. É utopia acreditar que os novos motores que estão migrando para as máquinas de construção e mineração vão agüentar diesel ruim”. Segundo ele, os motores são fabricados para trabalhar com combustíveis de padrões semelhantes aos usados nos Estados Unidos, Japão ou Europa e sofrem maiores desgastes quando usam produtos de qualidade inferior, como os combustíveis comercializados no Brasil. Novos combustíveis A busca por combustíveis limpos e economicamente viáveis potencializa o desenvolvimento de produtos à base de plantas oleaginosas. Luso Ventura, da SAE Brasil, enxerga essas soluções como companheiras da evolução tecnológica dos motores. “Mas é preciso fechar a conta no final do mês.” Apesar das crescentes evoluções no desenvolvimento de biodiesel, por exemplo, Ventura alerta para a ausência de uma equação que prove sua viabilidade econômica. “Quando tivermos o modelo de negócio ideal, com o melhor vegetal escolhido devido às suas características técnicas e econômicas, o biodiesel poderá ser muito viável.” Segundo ele, esse tipo de combustível pode atingir níveis de qualidade similares ao diesel e, nesse caso, ser o único usado em alguns motores. “A preocupação dos fabricantes é ter garantia no padrão de qualidade nos óleos vegetais transformados em biodiesel, pois até agora o programa brasileiro de desenvolvimento do biodiesel não definiu quem vai desempenhar esse papel.” Atualmente, os veículos brasileiros podem adicionar 2% de biodiesel na composição do combustível (mistura B2). Isso ainda é opcional, mas será obrigatório em 2008 e, a partir de 2013, a legislação obriga a adição de 5% (B5). “Até o acrés-

Sistema common rail: injeção de combustível sob alta pressão

nes por minuto, por ejemplo. “De esta forma, los adelantos registrados en el área del transporte por carretera benefician también a las máquinas de gran tamaño”, dice. Entre los últimos adelantos, Ventura cita el sistema de inyección de conducto común (common rail), con toberas que se abren y se cierran varias veces a lo largo del mismo ciclo, lo que produce una mezcla combustible más rica y mejora la calidad de la combustión del motor. A través del sistema de conducto común, el combustible es inyectado en la cámara de combustión a alta presión (superior a 1600 bar). Los motores electrónicos también contribuyen a disminuir la emisión de gases contaminantes, el consumo de combustible y los costos de mantenimiento. Wagner Fonseca, director de la empresa Netz Automotiva, cuantifica el ahorro. De acuerdo con estudios realizados por este especialista, durante el primer año en operaciones (180.000 km recorridos) un motor mecánico gasta casi el doble que uno electrónico en revisaciones preventivas (5.967 y 3.493 reales, respectivamente). “El usuario asocia el motor electrónico a un ahorro de combustible de hasta el 15%, pero no está conciente de las ventajas proporcionadas por los intervalos de mantenimiento más prolongados y por el sistema de autodiagnóstico”, afirma.


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Workshop apresenta motores do futuro Mais de 150 pessoas reuniram-se, no dia 05 de outubro, no Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo, para participar do workshop “Motores do Futuro”. O evento, promovido pela Sobratema, contou com a participação de profissionais de grandes construtoras, de fabricantes de equipamentos, caminhões e motores, além de distribuidoras e estudantes de engenharia das faculdades FAAP e Fatec-SP. Com a presença de renomados es-

pecialistas em motores no País, como Luso Ventura e Wagner Fonseca (Netz), Francisco Baccaro Nigro (IPT) e Sílvia Velásquez (FAAP/CENBIO), entre outros, o evento mostrou como as normas nacionais e internacionais sobre controle de emissões estão impulsionam o desenvolvimento tecnológico dos motores para caminhões e equipamentos fora-de-estrada. Outro tema recorrente foi sua adequação ao uso de combustíveis alternativos, mais limpos.

Especialistas debatem tendências em motorização diante de uma platéia de frotistas e usuários de equipamentos, com a participação de fabricantes de motores como Caterpillar, Cummins, Scania e Volvo

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MOTORES DIESEL cimo de 20% de biodiesel ao combustível não encontraremos grandes problemas devido à má qualidade. Acima disso, os reveses podem aparecer”, diz Ventura. A busca pela qualidade do biodiesel não minimiza as vantagens da solução. Como detalha Ventura, não somente esse combustível como também o HBIO (processo para produção de diesel transesterificado com os mais variados tipos de óleos vegetais) reduz a emissão de poluentes sem influir significativamente na potência do motor. “Usando 100% de biodiesel de boa qualidade a queda de potência do motor pode ser de zero ou, no máximo, 8%.” Para Nigro, do IPT, a qualidade do biodiesel está muito próxima da do diesel convencional. Ele adverte que, ao se usar misturas com mais de 30%, os cuidados devem ser maiores, pois alguns motores podem não suportar as impurezas ainda existentes nesse combustível atualmente. “Por outro lado, motores de rotação mais baixa e cilindros maiores já podem aceitar até 100% do biodiesel disponível no mercado”, diz ele. O mesmo não acontece com os outros combustíveis à base de óleo vegetal. “Pela baixa rotação, um motor de caminhão fora-de-estrada pode até usar óleo vegetal in natura (sem passar pelo processo de transesterificação). Historicamente, eles já trabalham com diesel de qualidade inferior, mas o uso de combustíveis à base de óleo vegetal em motores mais rápidos ainda é algo para daqui há 10 ou 15 anos”, adverte Nigro. Ventura, por sua vez, avalia que a discussão atual em torno do biodiesel concentra-se mais no aspecto econômico que no funcional. Mesmo porque ainda não se definiu o tipo de vegetal a ser usado para a sua produção em massa. “O óleo vegetal ainda é mais caro do que o diesel, pois é produzido a partir de matérias-primas plantadas para alimentação, cujos preços são cotados em bolsas internacionais.” A mamona surge como exceção a esta regra, mas também é preciso avaliar como seria seu plantio em larga escala. “Qualquer decisão deve priorizar o custo da produção antes de tudo”, ele explica.

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As apostas dos fabricantes Para atender as exigências de mercado relacionadas ao uso de novos combustíveis e às limitações cada vez maiores nos índices de emissões de poluentes, os fabricantes do setor se lançam ao desenvolvimento de novos conceitos em motorização. A Volvo Construction Equipament (VCE), por exemplo, aposta nos motores VAC-T, que atendem as normas internacionais para máquinas pesadas (Tier III e Stage III) e estão presentes em diversos equipamentos da marca, como motoniveladoras, carregadeiras e caminhões articulados. Segundo Rodrigo Konda, engenheiro de Vendas da VCE para a América Latina, a redução em 20% nas emissões do motor, conforme determinam as normas internacionais, resulta da recirculação interna dos gases de escape, combinada a um gerenciamento eletrônico mais eficiente. Isso faz com que, em determinada rotação, parte dos gases retornem para a combustão e sejam diluídos, reduzindo a sobra de óxido de nitrogênio (NOx) que seria emitida na atmosfera. A Cummins desenvolveu os motores QSB, com tecnologia common rail, e já concluiu pesquisas que aprovam a adição de 5% de biodiesel (mistura B5) aos seus equipamentos. Com potência de até 260 cavalos, o motor QSB destina-se aos mercados de construção civil, agricultura e, segundo Luis Chain Faraj, gerente de Marketing da empresa, trabalha em três curvas de potência. “Isto garante o de-

sempenho do motor e, ao mesmo tempo reduz o consumo de combustível, o que ajuda a diminuir a emissão de poluentes.” A aposta da Scânia concentra-se no motor diesel DC9 60A, recém-lançado no País. “Ele atende às normas de emissões Tier III e Stage III”, diz Mauro Costenaro, engenheiro responsável por marketing e comunicação da área de motores industriais e marítimos da empresa. O motor é comercializado em cinco modelos, que vão de 240 hp a 330 hp, e já equipa os caminhões fora-de-estrada RK430M, fabricados pela Randon. Já a Caterpillar avança nas inovações aos motores de tecnologia Acert (Advanced Combustion Emissions Reduction Technology), testando e aprovando o uso de biodiesel nos equipamentos da marca. “Eles já aceitam até 30% de biodiesel, desde que o combustível atenda as especificações internacionais, e essa funcionalidade está disponível para os tratores de esteiras D6R III e D8T”, diz Eduardo Freitas, gerente de Marketing de Peças da empresa. Os motores da linha carregam o slogan “injeção precisa”. Freitas explica que a denominação é oriunda do modelo de combustão total com o qual são equipados os motores Acert. “A distribuição correta da carga de ar faz com que a combustão seja mais completa, eliminando as sobras de gases que seriam lançadas na atmosfera”, ele sintetiza.

Disputa vegetal Para Sílvia Velázquez, professora-doutora da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap) e coordenadora Técnica do Centro Nacional de Referência em Biomassa (Cenbio), o uso de biocombustíveis já é uma realidade. A especialista lista o alto preço do petróleo e a preocupação global com a redução de poluentes como impulsionadores dessa solução. E a disputa por matéria-prima, segundo ela, já é grande. A vasta gama de vegetais que contêm óleo capaz de ser transformado em combustível já acirra uma disputa entre diversas regiões do País, de acordo com

sua vocação para plantio. No Nordeste, por exemplo, o dendê se destaca. Trata-se do vegetal que produz maior volume de óleo por hectares plantados – 4 mil kg – seguido pela mamona, com 705 kg/ha. Na defesa dos novos combustíveis, Sílvia usa o exemplo do tradicional etanol, já disponível para exportações em larga escala. “O Brasil é líder mundial na produção de álcool e, com isso, dono do maior programa de biocombustível do mundo”, diz. Atualmente, o País produz 18 milhões l/ano e, segundo a especialista, “essa experiência pode ter continuidade com o programa de biodiesel”.


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

A nova geração de motores eletrônicos Por Mauro Costenaro (*) A Scania é uma das empresas líderes na fabricação de motores a diesel para operações em ambientes severos, que demandam baixo custo operacional e elevada disponibilidade dos equipamentos montados com seus produtos. Os motores da marca podem ser encontrados nos quatro cantos do mundo, geralmente em locais onde confiabilidade, baixa emissão de poluentes e alta performance são características essenciais e devem estar em sintonia, seja em aplicações veiculares, industriais ou marítimas. Os motores industriais da marca são utilizados nas áreas de construção, agricultura, florestal, transporte e movimentação, além de equiparem diversos veículos off road, locomotivas e geradores de energia elétrica no Brasil e em outros países.

Com o passar do tempo, a empresa evoluiu do antigo motor com base em um bloco de 11 litros, que tornou-se ultrapassado para a nova geração de máquinas. Isto porque a série de 11 litros era dotada de bomba injetora em linha, com baixo controle de diesel injetado em comparação à EMS utilizada em motores eletrônicos (tanto veiculares como industriais e marítimos). Sucesso de vendas por mais de 20 anos, o motor de 11 litros passou por mudanças. Foi o primeiro motor naturalmente aspirado produzido no Brasil e as alterações passaram pela introdução do turbo compressor na produção de caminhões, motores industriais e marítimos. Com isto, eles ganharam maior potência e tornaram-se mais econômicos no consumo de combustível. Depois

houve a introdução do intercooler (equipamento responsável pelo resfriamento do ar de admissão), novamente para as linhas veiculares e industriais. Em 1997, foram lançados os motores de 12 litros, chamados D12, ainda com bomba injetora, equipando os caminhões e ônibus da então Série 4 e também destinados, na época, para aplicações industriais e marítimas. Recém-lançado na M&T Expo pela Scania, o DC9 60A surge agora como uma resposta da empresa às exigências do mercado. Trata-se de um motor diesel de 9 litros, turbo alimentado, de quatro tempos, totalmente eletrônico com tecnologia EMS, quatro válvulas por cilindro, resfriamento ar-ar e configuração de cinco cilindros em linha, com potências de 240 hp a 330 hp. Ele atende às normas de emissões internacionais (EPA Tier 3 e Stage III) e está disponível em versão Stage II. O motor é produzido no Brasil, na unidade fabril da Scania de São Bernardo do Campo (SP). Atualmente, o DC9 60A equipa, na América Latina, os veículos Randon RK430M, lançados também na M&T Expo. Ele encontra aplicação ainda em geradores de energia elétrica, sendo indicado para operações que buscam baixo consumo de combustível e alta disponibilidade de produto. (*) Mauro Costenaro é engenheiro responsável por Marketing e Comunicação da área de Motores Industriais e Marítimos da Scania.

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Antecipando exigências sobre emissões Apresentada pela Caterpillar em 2005, como solução para atender a regulamentação sobre emissões de poluentes nos Estados Unidos em 2007, a tecnologia Acert (Advanced Combustion Emissions Reduction Technology) já está presente em mais de 100 tipos de motores fabricados pela empresa para uso em caminhões rodoviários. Segundo a fabricante, esses motores acumulam mais de 3,2 milhões km rodados e a segunda geração da tecnologia Acert, lançada em abril último, surge como resposta para as futuras normas norte-americanas de controle de emissões, tanto em relação aos caminhões rodoviários (a partir de 2010), como aos equipamentos fora-de-estrada (a partir de 2011, com a EPA Tier 4). A empresa está investigando melhorias nos cilindros, para reduzir as emissões de NOx (óxido de nitrogênio), e desenvolvendo soluções de pós-tratamento que diminuam ainda mais a emissão de material particulado. Atualmente, motores com essa tecnologia são testados pela fabricante em laboratório para sua validação e uso comercial. Entre as inovações, a Caterpillar anunciou recentemente que seus motores podem utilizar até 30% de biodiesel adicionado ao diesel (mistura B30), desde que o combustível atenda às normas norte-americana (ASTM D6751) e européia (EN 14214). Para a empresa, trata-se de uma alternativa para a motorização de equipamentos e caminhões em um cenário marcado pelo crescimento irreversível no preço do petróleo e de seus derivados, o que impulsiona o desenvolvimento de combustíveis alternativos em âmbito mundial.

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Entre os motores da marca preparados para trabalhar com a mistura B30 há mais de três dezenas de modelos para uso em equipamentos pesados e grupos geradores, entre outras aplicações, como o C7, C9, C11, C13, C15, C18 e outros. Como o biodiesel pode ser produzido a partir de uma grande variedade de plantas oleaginosas, a empresa ressalta que não está em condições de avaliar o impacto dessa diversidade sobre o desempenho ou durabilidade de seus motores, bem como os padrões de emissões estabelecidos. Nesse caso, sua recomendação para os usuários é o acompanhamento por meio do Serviço de Análise de Óleo (SOS) oferecido pela rede de revendedores da marca. Com investimentos superiores a US$ 1 bilhão e mais de 250 patentes para diferentes soluções tecnológicas, o sistema Acert surgiu para atender padrões de emissões que não poderiam ser cumpridos com a tecnologia convencional de motorização. Segundo a empresa, os esforços envolveram o desenvolvimento de novos conceitos para a maior precisão no ciclo de combustão interna no cilindro – incluindo sistemas de injeção de combustível e de ar – de forma a reduzir as emissões. Algoritmos eletrônicos avançados e controlados por computador fornecem gerenciamento e integração total ao sistema do motor. Mais de 340 mil motores a diesel rodoviários fabricados desde 2004 trazem essa tecnologia, bem como cerca de 50 modelos de equipamentos fabricados pela Caterpillar. Além disso, a empresa pesquisa soluções de combustão mais avançadas e alternativas como sistemas híbridos, baseados em células de combustível e acionados por hidrogênio.


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Fabricante conclui testes com mistura B5 A adição de 5% de biodiesel ao combustível consumido pela frota brasileira (a chamada mistura B5) ainda é um horizonte contemplado para 2013, mas alguns fabricantes já se anteciparam à legislação com testes de desempenho e confiabilidade. A Cummins, por exemplo, rodou cerca de 250 mil km testando o uso de mistura B5 em seus motores, somente no Brasil, sem constatar qualquer problema de performance ou de desgaste, desde que o combustível esteja em conformidade com as normas norte-americana (ASTM D6751) e européia (EN 14214). Segundo a fabricante, que anuncia a continuidade dos testes com mistura B20 (adição de 20% de biodiesel), a iniciativa faz parte de sua estratégia de colocar no mercado motores capazes de atender aos níveis de emissões que só entrarão em vigor dentro de alguns anos. Há casos em que os motores chegam ao usuário obedecendo normas de emissões de gases e de material particulado que só serão obrigatórias em mais de cinco anos. Sua mais recente inovação nessa área foi o início da produção no Brasil do motor QSB, de 6.7 litros, com potên-

cia de até 260 cv, destinado ao mercado de equipamentos para construção e agricultura. Além de seguir a norma Tier III de emissões, por ter a tecnologia triple power, ele disponibiliza três curvas de potência, o que possibilita o desempenho exigido de um motor de alta potência, mas com menor consumo de combustível – o que também significa menos emissões de poluentes. Mas a contribuição da fabricante com a preservação da natureza não se resume apenas ao desenvolvimento de novos motores. Por meio de seu programa ReCon, que consiste na remanufatura de peças, componentes e de motores inteiros, a empresa proporciona um continuidade à vida útil dos produtos, reduzindo sua demanda de nova produção, o que indiretamente também significa menos poluição. Implantado no Brasil desde 1989, o programa ReCon remanufatura mensalmente cerca de 85 motores ou pe-

ças. Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, os ensaios conduzidos pela Cummins envolvem parcerias com diversos institutos de pesquisas, fornecedores de peças e componentes. Os testes para uso de biodiesel (B5) contemplaram ensaios de laboratórios para análise de características físico-químicas; testes de desempenho e de emissões de gases; testes de durabilidade em dinamômetro e de durabilidade em campo.

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QUANDO A FROTA NÃO PODE PARAR Além da maior produtividade no abastecimento de combustível e lubrificação das máquinas em campo, unidades móveis incorporam itens de qualidade e proteção ao meio ambiente No trabalho em campo, eles ficaram conhecidos como “melosas”, uma denominação carinhosa dada a função de um equipamento que se destina a abastecer e lubrificar as demais máquinas de construção. Diante da nova realidade no canteiro de obras, entretanto, que exige produtividade e qualidade nessa tarefa, os comboios de lubrificação não pararam de incorporar funcionalidades que foram transformando as antigas “melosas” em máquinas sofisticadas. “A produtividade vem ditando a evolução desses equipamentos, cuja velocidade de abastecimento de diesel saltou de 60 l/min, na década de 1970, para até 600 l/min nos dias atuais”, diz Elizabeth Bozza, diretora da empresa José Murília Bozza, pioneira na produção de comboios no País. A velocidade de vazão de lubrificantes também aumentou, atingindo 50 l/min, dependendo da viscosidade do óleo. “Isto facilita o atendimento a frotas de equipamentos de grande porte, cujos reservatórios são maiores, como os utilizados em mineração”, explica a executiva. A capacidade dos comboios também aumentou e a empresa já projetou modelos para até 9.000 l de diesel. “Tudo

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depende das condições de operação do cliente, do tamanho da frota a ser atendida e sua distância até o posto de abastecimento”, complementa Ivan Esteves Rodrigues, gerente Comercial da Bozza. Tais características determinam ainda a configuração do equipamento, que além de reservatório para diesel, pode contar com tanques para diferentes tipos de óleos lubrificantes, graxas, água para abastecimento do radiador e ar comprimido (para enchimento de pneus e limpezas em geral). “A limitação fica por conta do caminhão, mas desenvolvemos projetos para qualquer modelo, dos leves aos mais pesados”, afirma Rodrigues. Inovações Para atingir maior produtividade, a transferência de fluidos evoluiu dos sistemas pneumáticos (à base de propulsoras), ainda usados em comboios de baixa e média vazão, para os acionados por bombas hidráulicas. Rodrigues explica que os equipamentos passaram a contar com medidores eletrônicos de vazão acoplados aos reservatórios de óleos e graxas, facilitando a gestão de seu consumo e até mesmo a manutenção preventiva das máquinas.

Camiones para Lubricación

Las máquinas no pueden parar En el Brasil, los vehículos para servicio de lubricación en los trabajos en campo son también conocidos como "melosas", una denominación cariñosa que recibe la función del equipo destinada a suministrar combustible y lubricar las máquinas de construcción, obras y minería. Sin embargo, para adecuar los camiones para lubricación a la nueva realidad que se vive en los frentes de obras y las explotaciones mineras, donde la productividad y la calidad son cuestiones prioritarias, se les incorporaron funcionalidades que transformaron las antiguas "melosas" en equipos sofisticados. El aumento de productividad es el principal factor impulsor de la evolución de estos equipos, cuya velocidad de suministro de diesel pasó de 60 l/min, en la década de 1970, a 600 l/min, en la actualidad. El caudal de entrega de lubricantes también aumentó que, según la viscosidad del aceite, puede llegar a los 50 l/min, lo que optimiza el servicio prestado a los equipos de gran tamaño, como los que trabajan en las explotaciones mineras.


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Os comboios ganharam configuração fechada e modulada, com tanques independentes, o que aumenta a proteção contra contaminações e facilita sua limpeza ou remoção diante de avarias. Mas Rodrigues vislumbra um mercado para os comboios cobertos, porém com espaço para fixação de tanques provenientes do fornecedor de óleos e combustíveis, principalmente em obras urbanas. “Os órgãos ambientais impedem o armazenamento de combustíveis e lubrificantes nos canteiros instalados em áreas urbanas e isto impulsiona a demanda por uma solução mais singela e menos custosa, com uma unidade móvel abastecendo várias obras espalhadas pela cidade”, diz ele. A questão ambiental, aliás, figura entre os itens que mais contribuíram com a evolução dos comboios de lubrificação. O isolamento dos reservatórios, associado ao sistema eficiente de sucção para transferência de óleos e combustíveis, que passam por filtragem durante o abastecimento, garante a isenção de impurezas indesejáveis. Além disso, tanques de armazenamento de óleos usados evitam a contaminação do meio ambiente. “Sem dúvida, trata-se de um equipamento que exige baixo investimento e proporciona alta produtividade à frota em operação no campo, além de atingir uma vida útil superior a 15 anos”, sintetiza Elizabeth Bozza.

Equipamentos evoluíram das antigas “melosas” para sofisticados comboios modulares e protegidos contra contaminações

Projeto sob medida Segundo Nilberto Andrade, diretor da Bombas Andrade, o projeto de cada comboio atende as necessidades do cliente,

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COMBOIOS DE LUBRIFICAÇÃO como o tamanho da frota a ser atendida, sua logística de abastecimento e lubrificação. “Já desenvolvemos modelos com capacidade para até 11 mil l de diesel, além de oito reservatórios para óleos e graxas”, diz ele. Os mais solicitados, entretanto, são equipamentos com tanques para diesel e três tipos de lubrificantes, além de outro para graxa, um recipiente para água usada em lavagens diversas e abastecimento de radiador, e ar comprimido. “Além disso, podemos anexar uma unidade de apoio a serviços volantes de borracharia, com espaço para pneus sobressalentes e ferramentas de troca.” A customização do projeto envolve ainda o tipo de acionamento usado, que pode ser pressurizado ou à base de bombas hidráulicas, este último com capacidade para abastecer até 250 l/min de diesel e 40 l/ min de lubrificantes, dependendo do tipo de óleo. O equipamento pode ser montado sobre qualquer tipo de

caminhão e Andrade explica que o foco da empresa é voltado especificamente para os comboios fechados, que garantem maior proteção contra contaminações. “Se o cliente pedir um modelo aberto, ele será atendido, mas nossa proposta está voltada para produtos de ponta”, ele afirma. A proteção contra contaminações é obtida por meio de sistemas de sucção para transferência de óleos e a instalação de bandejamento evita agressões ao meio ambiente. Segundo Andrade, os equipamentos encontram larga aplicação em lavouras, canteiros de obras e frentes de mineração. Assim como os demais fabricantes de comboios ouvidos pela revista M&T, seus equipamentos são certificados pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), o que significa o atendimento às normas de desempenho e segurança em abastecimento e lubrificação de frotas de equipamentos.

Unidade móvel desenvolvida pela Bombas Andrade

La capacidad de los tanques de los camiones para lubricación también aumentó, pero el volumen transportado depende de las condiciones de operación del cliente, de la cantidad de equipos de la flota y de la distancia del frente o la explotación a la estación de servicio. Estas características son las que determinan la configuración del equipo, que además de un tanque para gasóleo, cuenta con otros para lubricantes, grasas, agua para radiadores y aire comprimido (para inflar neumáticos y limpiar por soplado). Todos ellos están protegidos para evitar la contaminación del medioambiente.

Equipamento facilita programa 5S no canteiro “O equipamento atendeu às nossas necessidades operacionais com segurança, qualidade e respeito ao meio ambiente, inclusive permitindo o melhor cumprimento aos quesitos do programa 5S adotado pela empresa e com maior praticidade para o nosso pessoal.” Com essas palavras, Giuliano Silva Oliveira, chefe de Manutenção da construtora Barbosa Mello, sintetiza o desempenho do comboio de lubrificação Prolub Press durante as obras de infra-estrutura da mina de Fábrica Nova, da Companhia Vale do

Comboio Prolub Press, da Gascom

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Rio Doce (CVRD). Fornecido pela Gascom, o equipamento atendeu a uma frota de uma dezena de máquinas em campo, incluindo escavadeiras hidráulicas, tratores de esteira, carregadeiras, motoniveladoras e retros, entre outras. Segundo Oliveira, o uso de bombas de reabastecimento e a facilidade de estocagem dos lubrificantes, por meio da melhor disposição dos cilindros – que aumentou sua capacidade para 250 l – reduziu o tempo dessa operação para 50 minutos, contra as duas horas gastas nos modelos anteriores. “Também observamos uma economia de mão-de-obra, já que o comboio pode ser operado por um único profissional e sem risco de contaminação dos óleos, devido ao sistema de filtragem existente na saída dos óleos.” Entre outras vantagens, ele cita a precisão oferecida pelo medidor digital, que evita a dosagem errada de lubrificantes. Além disso, o sistema de

abastecimento de diesel das máquinas é acionado por bomba de alta vazão (107 l/min) com tomada de força ligada diretamente ao sistema de transmissão do caminhão, o que favorece um maior fluxo de óleo. Segundo Humberto de Jesus Eufrade, consultor Técnico Comercial da Gascom, os comboios pressurizados fornecidos pela empresa atingem vazões de até 500 l/min de diesel e 40 l/min de lubrificante, dependendo da viscosidade do óleo. A eliminação de contaminações de óleos também resulta do layout do equipamento, cujos lubrificantes, graxas e componentes – como carretéis, mangueiras e bicos, por exemplo – ficam protegidos em armários vedados contra poeira e intempéries. “Desenvolvemos modelos adequados às necessidades de cada cliente e o equipamento pode ser dotado até mesmo de sistema de diálise para filtragem de lubrificantes, possibilitando seu máximo aproveitamento”, conclui Eufrade.


GASCOM


FERRAMENTAS DE PENETRAÇÃO

Fotos: Marcelo Vigneron

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RESISTÊNCIA A TODA PROVA Soluções de design, novas ligas e tecnologias de tratamento térmico ampliam a vida útil das ferramentas de penetração de solo (FPS) Numa época em que a parada das máquinas pode comprometer o cronograma de uma obra ou a produção de uma mina, as ferramentas de penetração de solo (FPS) estão deixando de ser meras commodities para se transformar em componentes fundamentais para a maior produtividade em campo. Para atender as exigências de construtoras e mineradoras, fabricantes do setor desenvolvem novas ligas e aprimoram o tratamento térmico das peças, oferecendo produtos de maior durabilidade e de fácil substituição. Segundo Osvaldo Antonio Duarte, gerente Comercial da Siderúrgica Catarinense Ltda. (Sical), o uso de ligas à base de cromo, níquel e molibdênio firma-se como uma tendência nesse mercado para o desenvolvimento de peças mais resistentes a desgastes por abrasão ou quebras por impacto. “Os aços de baixa liga cumprem bem essa função, mas apresentam tolerâncias mínimas e máximas de dureza, de acordo com o tipo de aplicação à qual a FPS será submetida”, diz ele. O tratamento térmico, que pode ser

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normalizado, à base de têmpera, revenido ou até mesmo com a somatória dos três tipos, entra na fase final de produção dos fundidos, corrigindo tais parâmetros por meio de etapas de aquecimento em fornos e resfriamento. Duarte explica que o tratamento normalizado promove a homogeneização da estrutura do aço após sua fusão, enquanto a têmpera aumenta sua dureza superficial (o que qualifica o produto para aplicações de carregamento de areia e argila, mas o deixa suscetível a quebras) e o revenimento elimina as tensões provocadas na etapa anterior, gerando materiais mais resistentes ao impacto. “Com isso, produzimos FPS com até 450 HB (brinel) de dureza.” A Sical desenvolve uma ampla linha de ferramentas para implementos de escavadeiras, carregadeiras, tratores e retroescavadeiras, entre outros equipamentos, com uma produção de cerca de 15 t/mês de peças. Seus dentes, pontas, lâminas, cantos e demais tipos de peças são fornecidos para fabricantes como a JCB e também estão disponíveis para usuários finais de diver-


ECOPLAN


FERRAMENTAS DE PENETRAÇÃO sas outras marcas, por meio de sua rede de distribuidoras. Tempo de troca Marco Minoru Sasaya, supervisor de Vendas de peças fundidas da Sinto, aponta a crescente necessidade dos clientes por peças mais resistentes à abrasão, tendência impulsionada principalmente pela forte demanda no mercado de mineração. Para atender tal exigência, a empresa desenvolveu um sistema de lâminas para proteção à lâmina base, que fica soldada à caçamba, de forma a preservar as partes frontal e inferior do implemento. Segundo Sasaya, as peças que vão “para sacrifício” são aparafusadas em segmentos, por meio de um sistema exclusivo desenvolvido pela empresa, ampliando a vida útil da lâmina base em

Linha atende exigências da mineração Tradicional fabricante de equipamentos para mineração, a Metso também produz uma linha de ferramentas de penetração de solo para máquinas das marcas Volvo, Caterpillar, Demag, Bucyrus, Marathon, Liebherr e P&H, entre outras. Suas pontas, adaptadores, protetores de cantos e entre-dentes atendem desde as caçambas de pequena capacidade, até as que suportam 100 t de materiais. A linha conta ainda com lâminas bico-de-pato, cantos e bordas para tratores, placas para proteção ao desgaste e abrasão, conhecidas como linha Metso L, além de hastes, protetores e pontas de ripper, sapatas, lâminas e caçambas de retomadoras. Segundo a empresa, as ferramentas são produzidas em aço de baixa liga, atendendo as operações mais severas em mineração. Elas atingem dureza acima de 388 HB, no caso dos adaptadores e partes estruturais, e de 444 HB, para as pontas, protetores, cantos, bordas e lâminas de retomadoras.

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aproximadamente seis vezes. Dessa forma, a substituição dos segmentos pode ser realizada em minutos, contra as intermináveis horas usadas na soldagem de lâminas convencionais. “Além desse ganho em tempo de produção, com o uso de lâminas comuns a caçamba perde cubagem ao longo da vida útil da peça, devido ao seu desgaste.” No caso de um bico de pato com 600 mm de largura no centro, por exemplo, ele explica que a peça chega ao fim da vida útil com cerca de 200 mm, o que representa menor área para captação de material. As ferramentas produzidas pela empresa, como dentes, pontas, lâminas retas e bico de pato, entre outras, encontram larga aplicação em carregadeiras, escavadeiras e demais máquinas das marcas Carterpillar e Liebherr. Sasaya explica que elas são confeccionadas em liga de cromo, níquel e molibdênio, atingindo dureza na faixa de até 500 HB. “Desenvolvemos peças para diferentes tipos de operações, como variados níveis de abrasão e impacto, seja pelo design adequado às necessidades do cliente ou pelo rigoroso sistema de tratamento térmico empregado”, diz ele. Nesse quesito, o especialista ressalta o fato de a empresa pertencer à multinacional japonesa Sintokogio, especializada na fabricação de equipamentos industriais para fundição. “Detemos tecnologia nessa área, com processos monitorados eletronicamente, o que garante a ausência de variações nas especificações metalúrgicas da peça de um lote para outro.”

HERRAMIENTAS DE CORTE Resistencia a toda prueba En una época en la que una máquina parada puede comprometer el cronograma de trabajo de una obra o la producción de una mina, las herramientas de corte han dejado de ser meras commodities para convertirse en los componentes fundamentales de la productividad en campo. Para satisfacer las exigencias de las empresas constructoras y mineras, los fabricantes del ramo desarrollaron nuevas aleaciones y perfeccionaron el tratamiento térmico de los materiales para obtener productos de mayor durabilidad y componentes fácilmente reemplazables. El uso de aleaciones a base de cromo, níquel y molibdeno apunta a consolidarse en este mercado que exige herramientas cada vez más resistentes al desgaste por abrasión y a la rotura por golpes. Según explican los especialistas, los aceros de baja aleación satisfacen estas exigencias, dado que las tolerancias mínimas y máximas de dureza dependen del tipo de aplicación para la cual la herramienta de corte fue diseñada. El tratamiento térmico, que puede ser normalizado, de temple, revenido o incluso con los tres tipos, se realiza en la etapa final de producción de los fundidos para corregir parámetros a través de ciclos de calentamientos en hornos y enfriamientos. Además de los aspectos metalúrgicos, que permiten producir piezas con una dureza máxima de 500 HB, los estudios de diseño permiten desarrollar perfiles específicos para el tipo de aplicación al que esté destinada la herramienta, lo que le garantiza una elevada resistencia a la abrasión y al impacto.

Proteção extra O conhecimento desse mercado também é apontado como fator primordial para o atendimento às exigências dos clientes pela Somasa, que há cerca de 25 anos produz materiais de Ferramenta de penetração de solo da Metso desgaste para moinhos tipo pêndulo. “Além das questões metalúrgicas relacionadas à elevada resistência que os materiais devem atingir, realizamos um trabalho de campo para desenvolver peças com o perfil mais ade-


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

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A FERRAMENTA CERTA PARA PENETRAÇÃO DE SOLO Por Roberto Cardia de Oliveira (*) Fotos: Marcelo Vigneron

quadas ao tipo de operação do cliente”, explica Júlio Fernandes, coordenador de Orçamentos da empresa. Segundo ele, a empresa investe cerca de 15% do faturamento líquido anual em pesquisa, o que resultou no desenvolvimento de ferramentas dotadas de sistema de proteção autógena. “Constatamos uma insatisfação do mercado em relação à durabilidade das peças e isto nos levou a projetar modelos com acréscimo de até 4 mm a mais de espessura em determinados pontos dos fundidos”, ele explica. Além disso, estudos de design possibilitaram o desenvolvimento de perfis que permitem a retenção de material em pontos da FPS, que acabam atuando como elemento de proteção autógena da peça. Fernandes explica que o sistema ampliou a vida útil da FPS em até 70%, para operações com minério de ferro, já que o próprio material escavado transforma-se em material de desgaste para proteção da peça. A linha de ferramentas da empresa, confeccionada em liga SA AR 400, um aço nobre, normalizado, temperado e revenido, atinge em torno de 400 HB de dureza e destina-se a equipamentos de movimentação de solo das marcas Case, Fiatallis, Liebherr, Caterpillar, Michigan e Poclain, entre outras, estando disponível para os usuários finais na rede de distribuidoras da Somasa. De acordo com Fernandes, as ferramentas desenvolvidas dentro do conceito de proteção autógena atendem às linhas de máquinas mais usadas no mercado. “Até o final deste ano e início de 2007 vamos ampliá-la com outros modelos, além do lançamento de novos conceitos voltados à maior durabilidade da FPS”, ele conclui.

A

s máquinas rodoviárias para construção pesada, terraplanagem e principalmente as de mineração, têm evoluído muito em sistemas hidráulicos, incorporando motores mais econômicos e tecnologia embarcada, entre outros avanços. Tudo isso visa ao aumento de desempenho, economia de combustível e rendimento no trabalho. Nesse cenário, a escolha correta da ferramenta de penetração de solo (FPS) torna-se fundamental para a complementação dessas melhorias nos equipamentos.

A ferramenta, quando escolhida e especificada corretamente, deve levar em conta o tipo de máquina usada e de material trabalhado, fatores que influenciam positivamente no desempenho obtido. Dessa correta seleção resultam ganhos relacionados à economia de combustível, ciclos de trabalho mais rápidos, preservação da máquina – principalmente de seu sistema hidráulico – e menores custos de manutenção. Para cada tipo de máquina e suas características de trabalho existe um leque de ferramentas disponíveis e a escolha


FERRAMENTAS DE PENETRAÇÃO

certa leva em conta fatores como: •Sistema operacional do equipamento de penetração de solo; •Potência e capacidade da máquina; •Ângulo e velocidade de ataque; •Forma geométrica da peça; •Qualidade do aço empregado na fabricação da ferramenta. Outro ponto fundamental para a correta seleção da FPS está relacionado ao tipo de solo. Características como a abrasividade do material a ser trabalhado, sua dureza e grau de impacto no solo, bem como o tamanho, fluidez, escoamento e peso específico do material devem ser consideradas. Além disso, há de se levar em conta a penetração e desagregação, principalmente nos trabalhos com rochas e minerais. As elevadas temperaturas provocadas pelo atrito, o alto e repetitivo impacto a que são submetidas as ferramentas, aliados à abrasividade dos materiais – teor de sílica (1) – figuram entre os principais agentes responsáveis pelo desgaste das FPS. Na hora de definir a ferramenta adequada em relação a máquinas e terrenos, algumas opções se destacam para escavadeiras e carregadeiras, como pontas reforçadas para abrasão ou para penetração. As carregadeiras possuem um per-

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fil de trabalho geralmente de baixo a médio impacto, porém com abrasão normalmente elevada, principalmente no momento em que o operador raspa a caçamba no chão para carregamento. A ferramenta poderá ser reforçada na parte inferior e o aumento da sua espessura aumentará a vida útil da peça. É importante que, ao longo do desgaste, a FPS mantenha um bom grau de afiamento, podendo assim desagregar e carregar com menos esforço, proporcionando mais economia à operação. As escavadeiras contam com maior diversidade de pontas e ferramentas, em função dos variados tipos de trabalho a que são submetidas. O perfil de trabalho normalmente enfrentado por essas máquinas é de médio a alto impacto, com forte abrasão, sendo necessário grande poder de penetração e desagregação. Os três principais modelos de ferramentas (pontas) para

escavadeiras são: •Pontas para serviços leves ou gerais: Apresentam boa penetração e resistência a impacto em serviços leves, mas sua durabilidade pode ser menor devido ao tipo de material a ser trabalhado; •Pontas reforçadas: Recomendadas para rochas ou minérios pesados, apresentam boa penetração e resistência ao impacto, devido a sua estrutura mais robusta, atingindo maior durabilidade; •Pontas para penetração ou afiadas: Seu perfil afiado e longo aumenta o poder de desagregação em rocha e minerais, além de penetrar melhor em solo argiloso. Torna o ciclo da máquina mais rápido, com economia de combustível e boa produtividade. Por ser uma ponta do tipo agulha, seu desgaste poderá ser mais rápido. O aço empregado pelos melhores fabricantes mundiais conta, em 95% dos casos analisados, com ligas compostas por cromo, níquel, molibdênio e manganês, sempre submetidas a tratamentos térmicos, apresentando uma microestrutura homogênea – de martensita revenida – com tamanho de grão refinado e uma dureza em torno de 500 HB (brinell). Escolhendo a ferramenta com o desenho correto e o aço ideal para o trabalho, sua máquina apresentará, com certeza, um melhor desempenho. (1) Sílica: composto químico, cristalino, presente em toda a crosta terrestre. Encontrada em praticamente todos os tipos de solo, seu maior ou menor grau de incidência influencia diretamente na abrasão e no desgaste. (*) Roberto Cardia de Oliveira é gerente de Vendas da Metalúrgica Ecoplan, fabricante de ferramentas de penetração de solo (FPS).


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Em 2007 a revista M&T muda para melhor!

A revista M&T torna-se em 2007 a publicação “top” do setor, acompanhando o sucesso e a liderança da M&T EXPO. Consolida-se a sinergia entre feira e revista para levar o que há de novo em tecnologia aos usuários de equipamentos. O que muda em 2007 • Periodicidade mensal a partir de fevereiro. • Tiragem de 12.000 exemplares. • Mailing adequado ao segmento de construção e mineração, com base nos visitantes da M&T EXPO 2006. • Auditoria pelo IVC (Instituto Verificador de Circulação). • Equipe de profissionais da mais alta experiência no setor, incluindo a definição de correspondentes regionais nas principais capitais. • Aprimoramento técnico na elaboração das matérias. • Criação de novas colunas de conteúdo editorial (entrevista, reportagem internacional, “cases”, seção oficina mecânica). • Site dinâmico com notícias atualizadas do setor, cobertura nacional e internacional e enquetes para o leitor poder opinar sobre a revista e o site. Consulte-nos: Sylvio (svazzoler@sobratema.org.br) ou Roberto Prado (robertoprado@sobratema.org.br) Tel. (11) 3662 4159.

Revista M&T - Manutenção & Tecnologia

COBERTURA DA

FEIRA SUPERA EXPECTATIVAS Recorde de negócios. Compradores adquirem R$ 700 milhões em equipamentos

Feria supera las expectativas nº95 - Junho/Julho - 2006

Récord de negocios. Compradores adquieren R$ 700 millones en equipamientos

EXPOSITOR, ANUNCIE NA REVISTA M&T E MANTENHA TODO MÊS OS RESULTADOS OBTIDOS NA M&T EXPO. SÓ QUEM FAZ A MAIOR FEIRA DA AMÉRICA LATINA PARA EQUIPAMENTOS DE CONSTRUÇÃO E MINERAÇÃO PODE EDITAR A PRINCIPAL PUBLICAÇÃO DESSE SETOR NO CONTINENTE


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ESTRADAS ON-ROAD PARA CAMINHÕES OFF-ROAD Estudo apresenta solução ecológica e de baixo custo para rodovias vicinais, pistas de acesso a minerações e projetos agroindustriais Por Rogério Carneiro Vaz (*)

Na última década, a expansão do setor mineral em Goiás vem exigindo das construtoras locais um alto nível de qualidade na execução de obras de infra-estrutura e na adoção de tecnologias compatíveis à engenharia mundial. Com vultosos investimentos internacionais, o Estado já se posiciona em terceiro lugar no ranking nacional de produção mineral, impulsionado pela divulgação das suas potencialidades após a elaboração de recente levantamento aerogeofísico promovido pelo governo. Focadas na demanda ambiental, assessorias especializadas estão se posicionando para proporcionar às empresas a adoção de tecnologias econômica e ambientalmente viáveis. O objetivo é a valorização do solo laterítico da região como alternativa de baixo custo para pavimentação de estradas vicinais, pistas de acesso a minerações ou empreendimentos agrícolas. E o

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que se constata, nesse caso, é que a falta de solos com características geotécnicas apropriadas, exigidas pelos órgãos rodoviários para a construção de estradas, torna-se um dos grandes entraves para o setor de transportes na região. Em se tratando de solos lateríticos argilosos em pavimentos flexíveis, estes apresentam uma série de particularidades de projeto, de construção e conservação que os distingue dos materiais tradicionais. Com o objetivo de atenuar a carência de tecnologias para pavimentos de baixo custo, propomos critérios de atuação em função da irregularidade geométrica, bem como a adoção de tecnologias e procedimentos para execução. As maiores preocupações de projeto e execução costumam envolver o controle geométrico e a superfície de rolamento das estradas de terra, de forma que estas sejam capazes de proporcionar aos seus usuários níveis de

PAVIMENTACIÓN Caminos on-road para camiones fuera de carretera Gracias a la expansión que el sector minero del estado de Goiás ha experimentado durante la última década, las empresas de construcción civil locales han ejecutado obras de infraestructura de gran calidad y han incorporado adelantos tecnológicos compatibles con la ingeniería mundial. Los asesores especializados, que apuntan satisfacer la demanda medioambiental, están desarrollando acciones concretas para que las empresas incorporen recursos tecnológicos económica y medioambientalmente viables. El objetivo es valorar el suelo laterítico de la zona como una alternativa de bajo costo para la pavimentación de caminos vecinales, vías de acceso a las explotaciones mineras o a emprendimientos agrícolas. A través de estudios se ha constatado que los suelos no presentan las características geotécnicas ideales, exigidas por los órganos de vialidad, para la construcción de caminos, lo que constituye uno de los grandes obstáculos que enfrenta el sector de transportes en dicha zona.


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Quadro de dimensionamento (carga por rodas)

O gráfico abaixo aponta a maior produtividade e economia proporcionada pelo tratamento com o biocatalizador estabilizante de solos, com o uso de solos nativos, em função da pequena espessura de pavimento nos vários tipos de materiais adotados. 0

Estabilizante de solo

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a "A" Curv a "B" Curv

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Carga por roda (kg)

Espessura total do pavimento (cm)

conforto e segurança compatíveis com sua importância econômica. Resultados de avaliações econômicas, obtidas a partir de simulações realizadas pela Escola de Engenharia da Universidade Federal de São Carlos (UFSC), permitiram observar que mesmo para baixo volume diário de trafego justifica-se economicamente a adoção de planos para melhoria de estradas de terra. Os desafios estão na resolução dos problemas enfrentados pelos usuários, que utilizam frotas de caminhões fora-de-estrada com cargas bastante superiores ao permitido pelo padrão rodoviário (eixo-padrão de 8,6 t – DNIT). Com o uso de enzimas estabilizantes, mais especificamente o biocatalizador estabilizante de solos, desenvolvemos trabalhos buscando atender a necessidade das mineradoras em alcançar condições de trafegabilidade. As aplicações comprovam a utilização de pavimentos bastante delgados e a conseqüente redução de custos de implantação, mostrando que estes solos, quando abordados de forma correta, podem apresentar resultados satisfatórios (veja quadro ao lado). Em sua grande maioria, os substratos encontrados nas estradas de terra são compostos de misturas (solo + cascalho) devido aos processos tradicionais de conservação, que utilizam cascalhamento anual para manter as condições

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Índice de Suporte Califórnia (CBR) à penetração de 2,54 mm em amonstra compactada e saturada (%) de trafegabilidade. Mas isso não se torna um problema, uma vez que o cascalho depositado ao longo dos anos é incorporado à mistura, possibilitando melhoria de algumas características. Oportunamente, também podem ser utilizados subprodutos provenientes

das próprias plantas industriais. Um caso concreto foi a incorporação dos refugos de bypass na pavimentação de pátios da mineradora de calcário Calbras, em Indiara (GO). O principal propósito era a redução da poeira a partir da estabilização dos pavimentos, que foi diminuída em 80%. A opção pelo uso de enzimas na estabilização se deu em função da rusticidade requerida nos pavimentos a céu aberto, freqüentemente castigados por intempéries, seu uso atípico – por máquinas de esteira, por exemplo – e baixo custo de manutenção.

Centro-Oeste apresenta carência de solos com características apropriadas para estradas de terra

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PAVIMENTAÇÃO

Experiência americana em avaliações por regularidade da pista A regularidade tem se tornado o mais reconhecido índice para a avaliação do desempenho de um pavimento. O grau de irregularidade que se desenvolve em um pavimento constitui um índice geralmente aceitável para se predizer os limites do tempo de serviço que restam a determinada seção de uma pista. A medida IRI (International Roughness Index) vem sendo aplicada em escala nacional nos Estados Unidos desde 1990, quando a Administração Federal de Rodovias (FHWA-USA) decretou seu uso por todas as agências rodoviárias. O objetivo principal da estabilização da camada, além de oferecer uma plataforma de trabalho efetiva, é manter a suavidade do pavimento ao protegê-lo contra assentamentos diferenciais. O teste de IRI avalia esse critério fundamental de desempenho mais diretamente que qualquer outro ensaio de campo – testes práticos. Os projetos de rodovia sob controle do Departamento de Transportes do Texas (TxDOT) estão sendo monitorados anualmente quanto à regularidade do pavimento. Nesse cenário, constatou-se que pavimentos construídos com biocatalizador para estabilização de solos mostram-se livres de complicações e mantêm o alinhamento da pista suave. Em 1998, o distrito de Dallas do TxDOT concluiu uma pesquisa de dois anos com estradas de terra, constatando a eficácia do tratamento com biocatalizadores. O estudo mostrou que os solos tratados com essa tecnologia apresentavam níveis de permeabilidade, de sucção e de suscetibilidade à umidade mais baixos que aqueles sem qualquer tratamento. Como resultado, pavimentos tratados com estabilizantes mostraram-se propensos a escoar a água de sua superfície – e a não encharcar com água proveniente do solo subjacente. Diferentemente do tratamento com cascalho, que aumenta o fluxo de umidade através da camada do solo, uma

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ÍNDICE INTERNACIONAL DE IRREGULARIDADE COMO IRREGULARIDADES NO PAVIMENTO GERAM PRESSÕES DINÂMICAS

Pressão

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Pressão

Pressão

A pressão é relativamente constante em pavimentos regulares

Irregularidades Pressão

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Em pistas irregulares, o pavimento recebe pressões mais altas no ponto de irregularidades e após o ponto de irregularidade. A irregularidade no pavimento resulta em pressões dinâmicas maiores em determinados pontos, o que aumenta a deterioração do pavimento nestes pontos.

troca negativa vem acompanhada dos benefícios proporcionados pelo tratamento com biocatalizador estabilizante de solos, reduzindo o fluxo de umidade. Uma camada impermeável contra umidade não só retém sua própria rigidez flexural, como protege a rigidez dos solos de argila subO uso de cimentantes, que reagem por hidratação (cimento e cal), e de sulfatantes foi descartado por resultar em grandes trincas longitudinais e por promover reações irreversíveis, impossibilitando a recomposição do pavimento em caso de trincas, cisalhamento ou movimentação flexural – comprometendo, assim, seu comportamento resiliente. Para a construção pesada e as minerações, um novo trabalho de dimensionamento tem sido desenvolvido, utilizando mecanismos próprios e o know how acumulado pela indústria, uma vez que o método de dimensionamento do DNIT adota carga de eixo-padrão e “tandem” (triplo) demasiadamente bai-

jacentes, já que elimina os efeitos da evaporação e do encharcamento – cuja ação acarretaria mudança no volume abaixo do nível tratado, com o conseqüente recalque diferencial e irregularidades no pavimento. Este é o efeito multiplicador do estabilizante biodegradável. xos para essas utilizações. Realizou-se um dimensionamento baseado na utilização de caminhões fora-de-estrada modelo 777D, com 90 t de capacidade de carga e peso de 160 t (carregado). Para o dimensionamento, considerouse a carga do eixo traseiro (120 t). Os resultados obtidos são melhores condições de tráfego, com maior conforto e a segurança de seus usuários, reduzindo-se o desgaste de pneus, suspensão, câmbio e diferencial, bem como o consumo de combustíveis e a exigência de manutenção de pistas. (*) Rogério Carneiro Vaz é engenheiro civil ambientalista, pós-graduando em perícia ambiental e sócio-diretor da Selo Verde Engenharia Indústria e Comércio.


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OPINIÃO DO USUÁRIO REF. 129

PRODUTIVIDADE CONFIRMADA EM CAMPO Por Paola Carvalho

Construtoras comprovam os ganhos de custo e de produtividade proporcionados pela escavadeira 330D L e a série H das carregadeiras 950, recém lançadas pela Caterpillar

A

presentadas ao mercado pela Caterpillar durante a M&T Expo 2006, em junho último, as escavadeiras hidráulicas 330D L já estão confirmando, na prática, os ganhos de custo e de produtividade prometidos pela fabricante com as inovações incorporadas ao equipamento. Quem atesta esse desempenho é Marco Antônio Mendes Castro, diretor de Manutenção e Suprimentos da Servix Engenharia, que adquiriu oito unidades da máquina. “Cinco delas se destinaram à substituição de escavadeiras 330C L, que compramos em 2004 e já contavam com cerca de 6.000 h trabalhadas, e outras três foram adquiridas para atender a expansão em nossa carteira

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de contratos”, diz o engenheiro. Com 356 t de peso operacional e equipadas com motor de 268 hp, adequado às normas de emissões internacionais (EPA Tier 3 e Euro Stage IIIa), as escavadeiras dessa série foram desenvolvidas para atingir 9% a mais de potência em relação à versão anterior. Segundo a Caterpillar, a pressão do sistema hidráulico foi ampliada em 5%, aumentando sua força de escavação (atinge 188,5 kN) e capacidade de levantamento de carga. As otimizações no circuito hidráulico envolveram o desenvolvimento de válvulas carretéis que permitem a realização de movimentos combinados de braço, lança e caçamba, além do giro e reposicionamento das esteiras.

OPINIÓN DEL USUARIO Productividad demostrada en campo Las excavadoras hidráulicas 330D, que Caterpillar presentó al mercado durante la M&T Expo 2006, están demostrando en la práctica las ventajas de menores costos y mayor productividad prometidas gracias a las innovaciones incorporadas a las máquinas. Marco Antônio Mendes Castro, director de mantenimiento y suministro de la empresa Servix Engenharia, que adquirió ocho máquinas, afirma que el desempeño de la excavadora es excelente. “Cinco de ellas substituyeron las excavadoras 330C L, adquiridas en el 2004 y que ya tenían aproximadamente 6.000 horas de uso, y las otras tres fue-


ron destinadas a los trabajos previstos en nuestra cartera de contratos”, dice el Ing. Castro. Las excavadoras de esta serie, de un peso operativo de 356 toneladas y un motor de 268 HP de potencia, han sido diseñadas para entregar el 9% más de potencia que a la anterior. Caterpillar explica que aumentó en un 5% la presión del sistema hidráulico a fin de ofrecer al usuario una elevada fuerza de excavación (188,5 kN) y capacidad de carga. Castro confirma los excelentes re sultados alcanzados con las máquinas que gracias a los ciclos de trabajo más cortos, permite un mayor ahorro de combustible. “Nuestros operadores informan que la 330D L es más rápida que el modelo CL y que consume un promedio de 23,14 litros de combustible por hora”. El modelo anterior consume aproximadamente 28,585 l/h. Fidens Engenharia también adquirió otro lanzamiento de Caterpillar para trabajar en la mina de hierro de Brucutu: la pala cargadora 950H, que sustituye al modelo 950G. Cláudio Melhem, director de la empresa, informa que adquirieron cuatro máquinas para cumplir el contrato de prestación de servicios de carga de vagones firmado con CVRD. “Elegimos este modelo después que en las pruebas en el campo las máquinas tuvieron un desempeño excelente”, dice Melhem. Modelo 330D: maior força de escavação e economia de combustível

Castro confirma os resultados em termos de menor tempo de ciclo com economia de combustível, embora ainda não disponha de planilhas comparativas. “Nossos operadores relataram que a 330D L é bem mais rápida que a versão CL e consome uma média de 23,14 l/h de combustível.” No modelo anterior, o consumo era em torno de 28,585 l/h. Ele ressalta que esse maior punch do sistema hidráulico permitirá o emprego das máquinas em outras atividades. É que o novo modelo conta com reforço na parte frontal, possibilitando o uso de caçambas maiores e o carregamento de rochas e agregados. Trabalho em três turnos O diretor cita ainda as facilidades proporcionadas pelo sistema de ajuste de fluxo e pressão do sistema hidráulico, com a definição de até dez níveis de operação para trabalhos com diferentes ferramentas. “Além disso, com o acionamento de uma tecla no painel, o operador pode diminuir a rotação do motor e aumentar a potência da máquina. Trata-se de um recurso muito utilizado quando, durante a escavação, deparamos com uma alteração rochosa, um matacão ou veio de material mais duro, pois ajuda a desagregar o material.” Tradicional empresa da área de construção pesada e serviços de mineração pertencente ao grupo Tratex, com faturamento anual da ordem de R$ 9 milhões, a Servix ingressou no ramo de locação de máquinas e a aquisição das escavadeiras atendeu a essa nova atividade. Três delas estão operando em tempo integral (24 horas por dia e sete dias por semana) na mina de Brucutu, da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), atuando no carregamento de minério de ferro e de estéril em um contrato com a Fidens Engenharia.

Foto:Alisson J. Silva

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Carregadeira 950H em operação de carregamento de vagões na mina de Brucutu

Outra máquina trabalha em dois turnos, movimentando argila nas obras de ampliação do ramal de Costa Lacerda, também da CVRD, para a Integral Engenharia. A quinta escavadeira está operando na mina de Germano, da Samarco Mineração, em ritmo de 18 h/dia, de segunda a sábado, realizando o carregamento de estéril, por meio de um contrato com a Engine Engenharia. Na mesma mina, outra máquina trabalha para a Mecanorte, no carregamento de argila, em período de dois turnos, também de segunda a sábado. As duas últimas 330D L estão na mina de Sabará, da AngloGold, operando em dois turnos para a Cesenge Engenharia. Carregando vagões As operações na mina de ferro de Brucutu também determinaram a opção de outra construtora por mais um lançamento recente da Caterpillar. A empreiteira em questão é a Fidens Engenharia e o equipamento é a pá-carregadeira 950H, que chegou para substituir as da série G. Segundo Cláudio Melhem, diretor de Contratos da empresa, quatro unidades foram adquiridas para atender a CVRD em serviços de carregamento de vagões. “Optamos por esse modelo após um teste em campo, no qual as máquinas atingiram desempenho excelente”, diz ele. Com 10% a mais de carga estática de tombamento em relação à série

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OPINIÃO DO USUÁRIO anterior, a 950H atinge uma força de escavação 8% superior e 22% a mais de força de levantamento, o que resulta em ganhos de produtividade e nos custos operacionais. “O carregamento das composições, antes feito em 8 horas, foi reduzido em meia hora e, com o motor C7, a relação entre produtividade e consumo de combustível teve um ganho de 12,5%”, afirma Melhem. Ele ressalta que a empresa faz o carregamento de minério de ferro em cerca de 160 vagões/dia, operando em turnos ininterruptos (24 h), durante sete dias por semana e 365 dias por ano. A carregadeira, que atinge 216 hp de potência bruta e pode ser equipada com caçambas de 2,5 m 3 a 3,5 m 3, conta com um software (opcional) para gerenciar mudanças nas rotações da marcha lenta do motor de acordo com as exigências de trabalho e de economia de consumo. Batizado de EIMS, o sistema permite quatro ajustagens na marcha lenta. Sensor de carga O engenheiro destaca ainda a versatilidade do equipamento, que pode executar carregamento de outros materiais além do minério de ferro, como areia, brita e solos em geral. “A máquina tem um sistema hidráulico mais seguro e eficiente,

Distribuidora divulga lançamentos para os clientes Mais de 600 executivos de construtoras, mineradoras, companhias agrícolas e de reflorestamento reuniram-se em Contagem (MG), para conhecer as inovações nas linhas de equipamentos lançadas pela Caterpillar. O evento foi promovido em setembro, pela Sotreq, que distribui as máquinas da marca nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste do País, com o objetivo de apresentar aos seus clientes as tecnologias incorporadas pelo fabricante. Além da escavadeira 330D L e da pácarregadeira 950H, ela apresentou a retroescavadeira 416E que, entre outras inovações, conta com braço extensível mais longo, atingindo até 1,12 m de alcance e profundidade de escavação. A máquina apresenta ainda uma rotação de 205º na articulação da caçamba retro, o que facilita escavações junto a paredes e retém melhor o material durante o carregamento de caminhões. “As novas versões são dotadas de funpermitindo ganho no tempo de ciclo de carregamento de materiais”, diz ele, mas sem apresentar números. Entre as principais inovações da máquina, Melhem aponta seu dispositivo de autodiagnóstico e o sensor de carga do sistema hidráulico. Este último consiste em um circuito fechado que se ajusta automatica-

Escavadeira 330D L Peso operacional Motor Força de escavação da caçamba Alcance máximo (horizontal) Profundidade máxima de escavação Comprimento das esteiras

356 t Cat C9, de 268 hp 188,5 kN 11.714 mm (38’5”) 8.185 mm (26’10”) 5.020 mm (16’6”)

Pá-carregadeira 950H Motor Potência líquida no volante Potência máxima no volante Capacidade de caçamba Peso em ordem de marcha Carga estática de tombamento (em giro total) Força de desagregação

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Cat C7 195 hp 216 hp 2,7 a 3,5 m3 18,232 kg 11,136 kg 163 kN

Retroescavadeira 416E: braço extensível mais longo

cionalidades desenvolvidas a partir de sugestões de melhorias vindas dos próprios clientes, com ênfase na economia de combustível, durabilidade e ganhos operacionais”, diz Aluízio Franco, diretor da regional Centro da distribuidora. Com a demonstração, a empresa vendeu de imediato 19 escavadeiras hidráulicas 330D L, 12 carregadeiras 950H e duas retroescavadeiras 416E, por meio de suas filiais de Contagem e Uberlândia (Triângulo Mineiro). mente às condições de trabalho para oferecer o fluxo hidráulico necessário ao implemento. Segundo o fabricante, esse mecanismo é o responsável pela economia de combustível de até 7% e pelo aumento de 20% na força de elevação em comparação aos modelos da série anterior. No entanto, o engenheiro destaca que o grupo hidráulico ainda necessita de adaptações. “É preciso proteção contra impurezas vindas da válvula de alívio e checagem, que podem paralisar o sistema de implemento.” Com sede em Minas Gerais, a Fidens atua nos setores de construção pesada, serviços de mineração, concessões e vem experimentando uma rápida expansão nos negócios. Em 2005, sua receita operacional praticamente dobrou em relação ao ano anterior, atingindo R$ 264 milhões, e este ano a empresa deve se manter em ritmo de crescimento. Para atender seus contratos, investiu R$ 20,7 milhões em aquisição de equipamentos nesse período, reduzindo a idade média da frota para cerca de 10 mil h trabalhadas, ao final de 2005.


REF. 130


TABELA DE CUSTOS REF. 131

CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTOS COSTO POR HORA DE EQUIPOS Equipamento

Propriedade Manutenção

Material Comb./ rodante lubr.

Total

Caminhão basculante articulado 6x6

R$ 64,46

R$ 47,42

R$ 11,19

R$ 30,66

R$ 153,72

Caminhão basculante fora-de-estrada (30 t)

R$ 39,89

R$ 23,95

R$ 11,19

R$ 22,23

R$ 97,26

Caminhão basculante rodoviário 6x4 (26 a 30 t)

R$ 20,48

R$ 14,40

R$ 6,79

R$ 7,67

R$ 49,33

Caminhão basculante rodoviário 6x4 (36 a 40 t)

R$ 30,94

R$ 23,21

R$ 7,04

R$ 15,33

R$ 76,52

Caminhão comboio misto 4x2

R$ 17,44

R$ 11,92

R$ 3,24

R$ 5,21

R$ 37,82

Caminhão guindauto 4x2

R$ 18,67

R$ 12,80

R$ 3,24

R$ 5,21

R$ 39,92

Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³)

R$ 29,40

R$ 15,40

R$ 3,13

R$ 13,03

R$ 60,97

Carregadeira de pneus (2,5 a 3,5 m³)

R$ 44,20

R$ 22,73

R$ 10,49

R$ 18,40

R$ 95,82

Compactador de pneus para asfalto

R$ 40,00

R$ 12,98

R$ 3,72

R$ 15,33

R$ 72,03

Compactador vibratório liso / pé de carneiro (10 t)

R$ 41,60

R$ 13,35

R$ 0,55

R$ 23,00

R$ 78,49

Compressor de ar portátil (750 pcm)

R$ 15,87

R$ 13,55

R$ 0,11

R$ 52,43

R$ 81,95

Escavadeira hidráulica (15 a 17 t)

R$ 41,50

R$ 26,75

R$ 1,61

R$ 13,80

R$ 83,65

Escavadeira hidráulica (20 a 22 t)

R$ 44,20

R$ 27,67

R$ 2,17

R$ 32,19

R$ 106,23

Escavadeira hidráulica (30 a 34 t)

R$ 81,25

R$ 50,07

R$ 4,01

R$ 45,99

R$ 181,32

Motoniveladora (140 a 180 hp)

R$ 49,98

R$ 29,40

R$ 3,74

R$ 26,06

R$ 109,18

Motoniveladora (190 a 210 hp)

R$ 49,00

R$ 29,00

R$ 3,49

R$ 30,66

R$ 112,15

Retroescavadeira

R$ 22,31

R$ 12,46

R$ 1,73

R$ 12,26

R$ 48,77

Trator de esteiras (100 a 120 hp)

R$ 57,09

R$ 29,55

R$ 2,87

R$ 19,93

R$ 109,44

Trator de esteiras (160 a 180 hp)

R$ 56,00

R$ 29,13

R$ 6,18

R$ 32,19

R$ 123,50

Trator de esteiras (300 a 350 hp)

R$ 138,13

R$ 71,07

R$ 19,60

R$ 56,72

R$ 285,52

Os valores sugeridos como padrão, pela Sobratema, correspondem à experiência prática de vários profissionais associados, mas não devem ser tomados como única possibilidade de combinação, uma vez que podem ser influenciados por fatores como a marca escolhida, local de utilização, condições do terreno ou jazida, ano de fabricação, necessidade do mercado e oportunidades de execução dos serviços. Maiores informações ou cálculos para sua frota personalizada estão disponíveis no site: www.sobratema.org.br.

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INTERNACIONAL REF. 132

INDÚSTRIA EUROPÉIA DEBATE O MERCADO GLOBAL DE MÁQUINAS

Sobratema marca presença no congresso CECE 2006, em Cannes, apresentando a experiência do Fórum LatinoAmericano de Usuários de Equipamentos para Construção e Mineração no intercâmbio de informações sobre o setor no continente

P

alco do tradicional festival de cinema que leva seu nome, a cidade de Cannes, na Riviera francesa, abrigou um outro evento, em outubro último, não menos importante para a economia do Velho Mundo. Em vez de atores, diretores e produtores ligados aos estúdios cinematográficos, executivos da indústria de máquinas para

construção da Europa reuniram-se nas dependências do hotel MajesticBarrière para debater os rumos desse setor no continente. Promovido pelo Comitê Europeu de Equipamentos para Construção (CECE), que congrega as associações nacionais do setor no continente, o evento contou com a presença das “entidades irmãs” da instituição: a norte-americana AEM, a japonesa Cema e a Sobratema, representando o Brasil. “Ao desfrutar desse status, mantemos a indústria brasileira de máquinas em sintonia com os esforços empreendidos pelo CECE na regulamentação conjunta de aspectos relacionados ao controle de emissões, ruídos e vibrações em toda a Europa”, explica Jonny Altstadt, vice-presidente da Sobratema. Além de coordenar regulamentações nos países os quais conta com

INTERNACIONAL Industria europea debate el mercado mundial de máquinas En octubre pasado, la ciudad de Cannes, situada en la Costa Azul francesa y famosa por su festival de cine, fue marco de otro evento no menos importante para la economía del Viejo Mundo. En lugar de actores y directores de la industria cinematográfica, se reunieron en el hotel Majestic Barrière los ejecutivos de la industria de máquinas para la construcción de Europa con el objeto de debatir y definir el rumbo del sector en el continente. El evento, organizado por el Comité Europeo de Maquinaria de Construcción y Obras Públicas (CECE), que nuclea a las entidades nacionales del sector del continente, también contó con la participación de las entidades hermanas de la institución: AEM, de Estados Unidos, Cema, de Japón, y Sobratema, del Brasil. "Este estatus especial le permite a la industria brasileña de máquinas mantenerse en sintonía con los trabajos que está llevando a cabo el CECE para establecer una reglamentación conjunta sobre el control de emisiones, ruidos y vibraciones entre los países europeos", explica Jonny Altstadt, vicepresidente de Sobratema.

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INTERNACIONAL

Jonny Altstadt, da Sobratema, apresenta realidade do mercado brasileiro

entidades filiadas, o CECE promove um intercâmbio de informações relativas ao mercado mundial de equipamentos, como volumes de produção, de demanda e locação na Europa e demais regiões do mundo. Na reunião com as “entidades irmãs”, o norte-americano Dan Roley, executivo da Caterpillar e representante da AEM, apresentou os números do mercado de máquinas para construção e mineração nos Estados Unidos, que manteve tendência de expansão em 2005, com o consumo de 500 mil unidades. Intercâmbio de informações Na seqüência, coube ao chairman da Cema, Hiroo Shimada, a tarefa de apresentar os números relativos ao mercado japonês, seguido por Jonny Altstadt, que relatou a realidade brasileira, a demanda de equipamentos para construção no País – estimada em cerca de 50 mil unidades/ano – e apresentou os resultados oferecidos pela M&T Expo 2006 aos expositores. Seguindo o temário da reunião – definido na frase: “Como podemos nos ajudar” – Altstadt relatou ainda a criação do Fórum Latino-Americano de Usuários de Equipamentos para Construção e Mineração, que tem entre seus objetivos o intercâmbio de informações sobre o mercado de máquinas nos vários países da região. O presidente da associação italiana de máquinas para construção e mineração (Ucomesa), Luca Turri, ficou encarregado de interagir com a Sobratema no levantamento de dados sobre o mercado latino-americano, incluin-

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do informações sobre projetos de infra-estrutura na região, para disponibilização aos membros da CECE. Alternativas voltadas ao desenvolvimento dessa tarefa estão sendo aventadas, tais como a criação de newsletter para a divulgação das informações e a busca de patrocínio junto a organismos multilaterais como o

Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Ao final do encontro, o clima festivo típico do Brasil marcou o jantar de encerramento, regado a samba e apresentações de capoeira. Na ocasião, o

Presença brasileira no México A forte integração da economia mexicana ao mercado dos Estados Unidos pode servir como explicação para o sucesso da Expo Cihac 2006 (XVIII Exposición Internacional de Edificación y Vivenda), que atraiu cerca de 70 mil profissionais do setor de construção a uma área de 30 mil m2 de exposição. Realizado entre 17 e 21 de outubro, na Cidade do México, o evento tem o enfoque voltado para o setor de edificações. Além dos fabricantes locais de materiais de acabamento, fôrmas, produtos para concretagem e demais atividades em construção, ele atraiu expositores da América Latina, Europa e América do Norte. A Sobratema também esteve presente à Expo Cihac 2006 com um estande institucional no qual divulgou a M&T Expo 2009 aos visitantes e expositores do evento. Segundo o diretor Técnico da entidade, empresário Carlos Arasanz Loeches, que coordenou essa participação, o Brasil pode aproveitar muito da experiência mexicana nessa área. “Além dos entraves burocráticos no

país, muito criticados durante os debates por gerar atrasos à obra e um custo adicional de até 25%, eles estão desenvolvendo soluções de habitação popular com prédios de até oito andares sem elevador. Isto porque aproveitam encostas para que a edificação tenha quatro andares para cima e quatro abaixo do piso de acesso”, explica Loeches. Em sua passagem pelo México, ele aproveitou para divulgar a M&T Expo 2009 na embaixada brasileira no país.


MANUTENÇÃO&TECNOLOGIA

Peru abriga debates sobre pavimentação Cerca de 200 profissionais latino-americanos da área de pavimentação marcaram presença no IX Congreso Nacional del Asfalto, em outubro, onde tiveram a oportunidade de debater novas tecnologias de materiais, equipamentos e processos construtivos em vias pavimentadas. Realizado em Lima, capital do Peru, o evento foi promovido pela Asociación Peruana de Caminos, entidade integrante do Fórum Latino-Americano de Usuários de Equipamentos para Construção e Mineração, criado durante a M&T Expo 2006, por iniciativa da Sobratema. Como parceira da entidade peruana, a Sobratema participou do evento por meio de seu vice-presidente, engenheiro Mário Sus-

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sumu Hamaoka. “Dentro da proposta do Fórum, esse congresso proporcionou um salutar intercâmbio de informações, incluindo a presença de construtoras brasileiras”, diz ele. Empresas como a Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Odebrecht e Queiroz Galvão, entre outras empreiteiras, contam com sólida participação no mercado de obras rodoviárias do país, onde participam até mesmo da implantação do Corredor Interoceânico, que vai ligar portos peruanos no Oceano Pacífico ao Acre e o Porto de Santos, no litoral brasileiro. Além desse setor, Hamaoka aponta o dinamismo da mineração no Peru, cujas experiências podem contribuir com o mercado brasileiro.

presidente do CECE, Henri Marchetta, comunicou seu interesse em visitar todas as “entidades irmãs” ao longo de seu mandato. “O Brasil deve figurar entre os primeiros da lista, já que estamos agendando essa visita ainda no início de 2007”, conclui Altstadt.

Jonny Altstadt e o presidente do CECE, Henri Marchetta


ESPAÇO ABERTO

Furlan lança britador autógeno Um britador de impacto de eixo vertical (VSI Autógeno), com tecnologia da inglesa Ore Size, foi lançado pela Máquinas Furlan como alternativa para a redução de minérios, em especial brita, de forma a atingir a melhor curva granulométrica no produto final. Eles começam a ser fabricados no Brasil, em modelos com capacidade de produção entre 60 e 200 t/h, conforme explica Marcelo Luís Alves Dias, coordenador da divisão de Equipamentos da empresa. A vantagem desse modelo, segundo ele, é que o equipamento segue o conceito autógeno – a quebra das rochas pelo impacto entre si – reduzindo o desgaste dos revestimentos no interior do britador, mesmo para aplicação em materiais mais abrasivos. Dependendo da composição do minério, o sistema também pode resultar em maior qualidade granulométrica. O equipamento está disponível em unidades fixas, móveis ou semimóveis, com alimentação na faixa granulométrica de até 75 mm e motorização entre 150 cv e 400 cv.

Bitrem amplia capacidade de transporte O bitrem basculante modelo 20+20 m3 da Randon, cuja versão 2007 foi recentemente lançada pela divisão de Implementos da empresa, chega ao mercado com uma redução de 13% da tara e aumento de 4,6% da carga líquida. Segundo a fabricante, tal resultado se deve ao uso de aços especiais de alta resistência e ao emprego de novas ferramentas de desenvolvimento de projeto, que permitiram reduzir seu peso em 1.630 kg. O implemento atinge 10.960 kg de tara e 37.340 kg de carga líquida, possibilitando o ganho de uma viagem a cada 22 realizadas, em comparação com os modelos anteriores. Indicado para o transporte de calcário, fertilizantes, açúcar e grãos, ele possui basculamento acionado por controle remoto sem fio, dispensando adaptações no cavalo mecânico. Além disso, também pode contar com acionamento manual por alavancas instaladas no chassi. Seu semi-reboque dianteiro é dotado de tampa inferior mais larga, permitindo a descarga de materiais mais afastada do implemento. Como o semi-reboque traseiro é rebaixado, a operação ganha maior segurança e seus eixos possuem capacidade para 13 t, sendo dotados de bitola larga, para maior estabilidade lateral.

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Transmissão variável para tratores agrícolas O sistema de transmissão Eccom, lançado pela ZF para aplicação em tratores agrícolas, reúne as facilidades do controle variável proporcionado pelas unidades hidrostáticas à eficiência dos conjuntos mecânicos. Ele simplifica a operação da máquina ao automatizar seus comandos, proporcionando maior produtividade em serviços de precisão. Uma vez selecionado o modo operacional do trator e a direção de seu trajeto, basta o condutor determinar a velocidade e, a partir daí, o sistema muda as marchas automaticamente, de acordo com a rotação do motor, sem trancos ou interrupções na força de tração. A sistema mantém o equipamento parado em rampas acentuadas, mesmo carregado, sem o uso do freio de serviço, com o motor em marcha lenta. Segundo o fabricante, ele permite ainda o ajuste independente da rotação do motor e da velocidade da máquina para qualquer tarefa e mudança por sistema eletrônico, mesmo sob carga plena. O sistema possibilita operações de transporte acima de 60 km/h, com regulagens para velocidade constante e aproveitamento de potência ou torque máximo com o trator carregado.


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Caçamba com báscula para os dois lados Uma caçamba com basculamento para os dois lados, sem a necessidade de manobras adicionais por parte do caminhão, foi lançada pela Rossetti com enfoque nos mercados de construção pesada e mineração. Segundo Daniel Rossetti, gerente de Marketing da empresa, o equipamento foi desenvolvido para atender a Minerações Brasileiras Reunidas (MBR) e será fornecido apenas sob encomenda. “Sua configuração dependerá do tipo de caminhão no qual será instalado”, diz ele. Outro lançamento recente da Rossetti, o reboque de quatro eixos, também pode ser adaptado ao tipo de aplicação e modelo de veículo, dobrando a capacidade de transporte de materiais. A empresa está oferecendo ao mercado o sistema eletrônico de controle de basculamento SSRB, que impede esse tipo de operação em terrenos não planos e evita tombamentos. “O dispositivo conta com um sensor instalado na traseira do caminhão e um display no painel, indicando com exatidão o ângulo de inclinação do veículo”, ressalta Rossetti.

Bridgestone lança nova medida de pneu radial Os pneus radiais modelo 297, da Bridgestone, já estão disponíveis na nova medida 295/80 R22.5, para aplicação em caminhões pesados e semi-pesados em trechos rodoviários. Indicados para eixos direcionais e de reboque, eles incorporam mudanças de design – incluindo ejetores de pedras nos sulcos centrais e ranhuras com ângulos especiais – para condições mais severas de rodagem, como pistas com muitas curvas e rampas. Segundo o fabricante, essas alterações de projeto conferem maior quilometragem ao pneu em sua primeira vida útil, economia de combustível e alta recapabilidade, além de maior tração em pistas molhadas. Cálculos da empresa indicam que o uso dessa medida de pneus radiais avança em aplicações rodoviárias e já responde por cerca de 28% dos caminhões pesados e semi-pesados que saem de fábrica e por 20% do mercado de reposição.

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EMPRESAS/ENTIDADES ENTREVISTADAS NESTA EDIÇÃO AGCO - www.agco.com.br Allison Transmission – www.allisontransmission.com Bombas Andrade – www.bombasandrade.com.br Bridgestone-Firestone – www.firestone.com.br Caterpillar – www.cat.com.br Cenbio (Centro Nacional de Referência em Biomassa) – www.cenbio.org.br Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais) – www.codemig.com.br Construtora Barbosa Mello – www.cbmsa.com.br Cummins – www.cummins.com.br CVRD (Companhia Vale do Rio Doce) – www.cvrd.com.br Dana – www.dana.com.br Exército Brasileiro – www.exercito.gov.br Fidens Engenharia – www.fidens.com.br Gascom – www.gascom.com.br Instituto Opus – www.sobratema.org.br IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) – www.ipt.br José Murília Bozza – www.bozza.com Komatsu – www.komatsu.com.br Liebherr – www.liebherr.com Locar – www.locar.com.br Máquinas Furlan – www.furlan.com.br Metalúrgica Ecoplan – www. metalurgicaecoplan.com.br Metso – www.metsominerals.com.br MMX Mineração e Metálicos – www.ebx.com.br Netz Automotiva – www.netz.com.br Parker – www.parker.com.br Randon – www.randon.com.br Rossetti – www.rossetti.com.br SAE Brasil – www.saebrasil.org.br Sauer-Danfoss – www.sauer-danfoss.com Scania – www.scania.com.br Selo Verde Engenharia Ind. e Com. – (62) 3941.5733 Senai (Serviço Nacional da Indústria) – www.senai.br Servix Engenharia – www.servix.com.br Sical (Siderúrgica Catarinense Ltda.) – www.sical.com.br Sinto – www.sinto.com.br Sobratema – www.sobratema.org.br Somasa – www.somasa.com.br Sotreq – www.sotreq.com.br Volvo – www.volvo.com.br ZF – www.zfbrasil.com.br


Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção

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Tipo de Negócio/Indústria/Tipo de Negócio/Indústria Empreiteira/Contratista

Locador de Equip./Alquiler de Equipo

Estab. Indust. /Estab. Indust.

Fabr. Equip/Fabr. de Equipo

Agente/Distribuidor

Prest. Serv./Prest. Serv.

Org. Govern./Org. Gubern.

Outros/Otros

Qual o tipo de equipamento que você compra, específica, usa, vende ou assiste? (favor assinalar os itens aplicáveis)/ Cuál es el tipo de equipo que ud. compra, especifica, usa, vende o asiste? (por favor marcar los ítems aplicables) Constr. Pesada/Constr. Pesada

Constr. Predial/Edificación

Máq. Operatr./Máq. Herram.

Veíc. Leves/Veh. Liv.

Veíc. Pes./Veh. Pesados

Agricultura/Agricultura

Outros/Otros Qual o faturamento anual da sua empresa?(Milhares de dólares) Cúal es la facturacíon anual de su empresa?(Milares de dólares) Menos de mil/Abajo de Mil

5 a 19,9 mil

1 a 2,9 mil

20 a 99,9 mil

3 a 4,9 mil

Acima de 100 mil/Arriba de 100 mil

Sua empresa tem oficina de manutenção própria?/Tienes su empresa talleres de mantenimiento próprios? Sim/Si

Não/No

Outros/Otros

ANÚNCIOS PUBLICADOS NESTA EDIÇÃO: Bozza Caterpillar CNH/New Holland Curipeças

43 07 40/41 02

Dana Ecoplan Escad Gascom Goodyear Hyundai Komatsu Liebherr

67 47 17 45 21 68 29 11

Missão Técnica - World off Concret Peçaforte Portal Dajuda Retifort Revista M&T Rolink Sauer Danfoss Sinto

59 37 63 53 51 39 33 49

Trans-Serv Terex World off Concret Vipal Volvo

23 09 55 15 27


REF. 134


REF. 135

REF. 142


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